10.07.2015 Views

192 terrenos de marinha e seus acrescidos - Fabsoft - Cesupa

192 terrenos de marinha e seus acrescidos - Fabsoft - Cesupa

192 terrenos de marinha e seus acrescidos - Fabsoft - Cesupa

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

201União os Terrenos e Acrescidos <strong>de</strong> Marinha, e foi expresso ao incluir nopatrimônio da União a “porção <strong>de</strong> terras <strong>de</strong>volutas indispensáveis à <strong>de</strong>fesa dasfronteiras às fortificações, construções militares e estradas <strong>de</strong> ferro”. Coube àUnião, especificamente, às terras <strong>de</strong>volutas necessárias para <strong>de</strong>fesa dasfronteiras e construção <strong>de</strong> estradas <strong>de</strong> ferro, como antes mencionado. Oargumento dos Terrenos <strong>de</strong> Marinha se confundirem com Terras Devolutas nãopo<strong>de</strong> ser utilizado, são duas espécies nitidamente distintas em nossa doutrina eor<strong>de</strong>namento jurídico, cada instituto possui características e objetos próprios.Durante o Regime Militar, implantado com o Golpe <strong>de</strong> 1964, a situação foimantida nas Constituições <strong>de</strong> 1967 e 1969, sendo apenas integrado aopatrimônio da União as terras ocupadas pelos silvícolas, a plataforma continentale <strong>de</strong>claradas as terras <strong>de</strong>volutas indispensáveis à segurança nacional na faixa <strong>de</strong>100 Km das rodovias fe<strong>de</strong>rais. Entretanto, sobre Terrenos e Acrescido <strong>de</strong>Marinha não houve qualquer referência.Rosita <strong>de</strong> Souza Santos, em sua obra Terras <strong>de</strong> Marinha, comenta:“Constata-se, então, que a Administração nunca abriu mão dos <strong>terrenos</strong><strong>de</strong> <strong>marinha</strong>, enquanto que a Carta Constitucional nunca os mencionou,nem menciona, expressamente. Como se trata <strong>de</strong> matéria <strong>de</strong> relevanteinteresse para o Estado quanto à renda, quer <strong>de</strong> aforamento, quer <strong>de</strong>tributação em geral sobre o comércio e indústria das comunida<strong>de</strong>s queali se <strong>de</strong>senvolvem, e quanto à presença <strong>de</strong> nacionais na orla marítima,verda<strong>de</strong>ira faixa <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa nacional, tanto quanto o é a faixa <strong>de</strong>fronteiras interiores, não se enten<strong>de</strong> bem o porquê do silêncio”(SANTOS, 1985, p. 76).Somente com o advento da Carta Magna <strong>de</strong> 1988, num período<strong>de</strong>nominado Nova República, a situação dos Terrenos e Acrescidos <strong>de</strong> Marinhafoi alterada, pois, até então no âmbito constitucional não havia referênciaexpressa <strong>de</strong>ssas áreas pertencerem a União Fe<strong>de</strong>ral, e pela primeira vez, olegislador normatizou constitucionalmente o instituto do Terreno e Acrescido <strong>de</strong>Marinha, vez que até então, era tratado como pertencente ao Governo Fe<strong>de</strong>ralpor “tradição legislativa”.Na Constituição <strong>de</strong> 1988, <strong>de</strong>ntro do Título III: Da Organização do Estado,dispondo no artigo 20, VII, os Terrenos e Acrescidos <strong>de</strong> Marinha foram incluídosentre os bens imóveis da União. A nova Carta Magna mencionou o instituto e <strong>de</strong>uSaber. Ciências Sociais Aplicadas, Belém, v.7, n. 1, p.191-217, jan./jun. 2008.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!