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A Diversidade Revelada - Cepac

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TRANSEXUAIS TÊM MAIORescolaridade e inserção no trabalhoPerfil de 204 usuárias do ambulatório do CRT DST/Aids-SPmostra que 55,6% das travestis são profissionais do sexo e a maiordemanda é por terapia hormonal e retirada de silicone. Quase umterço das transexuais tem curso superior completo ou incompleto.A DIVERSIDADE REVELADA32Desde que iniciou o atendimento, em 15 dejunho de 2009, até 30 de junho de 2010, oAmbulatório de Saúde Integral para Travestise Transexuais atendeu cerca de 500pessoas. Dos primeiros 301 casos, 204 foramanalisados. Desse total, 129 ou 64,2%,se declararam transexuais. Oito tinham sido operadas,102 eram mulheres trans não operadas e 19,homens trans não operados. As travestis auto-referidaseram 72, ou 35,3% desse grupo. Outros três sedisseram cross dressing ou gay. A faixa etária é bastanteuniforme entre 22 e 56 anos.Como era proposta do ambulatório, os usuários sãona quase totalidade transexuais e travestis. Os dois grupostêm demandas, escolaridade e perfil profissionalbastante diferentes. Na primeira consulta das 72 travestis,e como primeira demanda, 16 disseram procuraro ambulatório para tratamento hormonal, 15 porproblemas com silicone industrial e 14 para sorologias.Seis delas procuraram para clínica geral, quatro porlesões genital e anal, três para acompanhamento deHIV/aids. Só uma buscou atendimento psicológico.Como segunda demanda, 44 travestis apresentaramqueixas devido a problemas decorrentes de uso desilicone industrial, sendo que “em alguns casos já nãohavia mais o que fazer”, diz Judit Lia Busanello, psicólogae uma das diretoras do Ambulatório de Saúde Integralpara Travestis e Transexuais.Entre as transexuais, as principais demandas sãocirurgia de transgenitalização – 23 delas disseram queera a primeira demanda. Mas 59 outras reivindicavama cirurgia de redesignação sexual associada a outrasdemandas, principalmente o acompanhamentohormonal. Significa que das 121 mulheres trans e homenstrans não operados, 67,7% tinham como meta ademanda pela cirurgia.As travestis têm um nível de escolaridade maisbaixo que as pessoas transexuais, fato que explica amenor inserção no mercado de trabalho formal e ummaior número de profissionais do sexo entre elas.Também revela o preconceito maior que pesa sobreesse grupo. Entre as travestis, 52,1% têm ensino fundamental,39,4% têm nível médio e 6,4%, superior.Entre as transexuais, 28,9% têm curso superior, 47,0%cursaram nível médio ou formação técnica e 22,6%,o fundamental.A discriminação com relação aos dois grupos ébastante perceptível quando se observa a ocupação.Das 72 travestis, 40 se disseram profissionais dosexo, o que representa 55,6% desse grupo. Onzeafirmaram ser cabeleireiras. E outras onze faziamtrabalhos diversos, como anfitriã e recreação, artistaplástica, assistente social, balconista, carteiro,costureira, cozinheira, dona de pensão. Três informaramestar desempregadas.Entre as transexuais, o maior número delas é cabeleireira,19, seguida por estudantes, 11, e profissionaisdo sexo, nove. Há um maior número delasinseridas no mercado de trabalho, o que revela umamelhor aceitação desse grupo, quando se compara comas travestis. Quatro atuam como professoras, três estãoempregadas no setor público, quatro são vendedoras,duas comerciantes e duas autônomas. Pelo menos umarevelou ser auxiliar de enfermagem, bancária, bióloga,caixa. Cerca de 40 diferentes profissões ou ocupaçõesforam citadas. Onze delas estavam desempregadas.

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