Trajetória profissional1983Integrante da Comissão de MeioAmbiente da Câmara Municipal1990 e 1994Deputado estadual. Trabalhou na Comissão de Meio Ambientee Recursos Naturais da Assembléia Legislativa de MG2005Vice-prefeito deBelo Horizonte – MG1982Vereador deBelo Horizonte – MG1986Deputado estadual de MG1998 e 2002Deputado federal. Atuou na Comissão de MeioAmbiente e Desenvolvimento Sustentável14 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.pára na reforma. Eles querem fazer a parte deles e,após o pneu ser inservível, criar possibilidades para darcontinuidade à destinação correta do pneu. E é por issoque insisto, qual a visão das ações políticas? Para tiraressa imagem distorcida do pneu, não seria o momentodo governo fazer sua parte de maneira mais ativa?Ronaldo Vasconcellos: Nós, do poder público, temosculpa, porque precisamos representar uma legislaçãoque aborde o assunto. O dever é nosso, mas a associaçãopode nos ajudar e se fazer visível. Não é fácildefender o tema pneus. Mas, a ação política tem queser sensível e ter coragem para fazer sua parte. Opneu só é vilão para quem não temessa consciência.Sou totalmente favorável à questãoda legislação e em criar ecopontos,mas temos agora que saber fazer. Osprojetos sugeridos são interessantes,mas acho que a AMIRP e demais associaçõesdo setor têm que ter contatocom vereador, deputado estadual,deputado federal, com ONGs e escolas.Porque os representantes dessasentidades entendem a questão dopneu e assim podem contribuir muitopara a elaboração de uma legislação.A gente não pode ficar esperando a política nacionalde resíduo sólido atuar por si só. Temos que ver que,normalmente, a sociedade como um todo ainda nãotem uma visão ambientalmente correta e completa.Não tem a noção e não possui a prática. E o poderpúblico também. Muitos prefeitos não possuem visãoambiental. Quando se fala em meio ambiente, logose pensa em plantar uma árvore. Isso é muito bonitinho,mas não resolve nada.<strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.: O Sr., representante da ação política edefensor de interesses relacionados ao meio ambiente,já foi a uma reformadora?Ronaldo Vasconcellos: Não. E por isso afirmo que instituições,como a AMIRP, precisam divulgar o setor. Éum trabalho que necessita de muita paciência e muitapersistência, mas que precisa ser feito em nome domeio ambiente.Quando se fala emmeio ambiente, logose pensa em plantaruma árvore. Isso émuito bonitinho, masnão resolve nadaA associação deve ser participativa, estar sempre antenada,ter visibilidade. A entidade, que ainda estáem um ponto de vista desfavorável, precisa mudaro costume e a visão para ter uma imagem positiva.A AMIRP tem que ter um trabalho de convencimento,de paciência, de perseverança, mas tem queagir, porque senão vai ficar sempre na derrota. É umdesafio trabalhoso e que será desenvolvido com otempo. Mas, para perpetuar, é necessário ser persistente,afinal, quem não tem competência, que nãose estabeleça. É preciso acreditar no seu produtoe qualificá-lo cada vez mais para dar credibilidadepara todo o setor de reforma.<strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.: O que está faltandopara que a consciência ambientalfloresça amplamente em todos ossetores empresarias?Ronaldo Vasconcellos: É preciso estabelecerum relacionamento com opoder público constituído, independentede qualquer coisa: com a CâmaraMunicipal, com a AssembléiaLegislativa, com a Comissão de MeioAmbiente e com a Semad (Secretariade Estado de Meio Ambiente e DesenvolvimentoSustentável), no casode Minas. Mas isso é de maneira generalizada. Devesefocar e ter uma equipe. O trabalho é um processoque para chegar lá e ser bem sucedido tem que terinício, meio e fim. O setor tem que se mostrar paraganhar mais visibilidade, e, assim, conquistar o apoiodessas instituições. E tem mais, é preciso a união dosegmento e que todos trabalhem em busca de ummesmo propósito.Ronaldo Vasconcellos é engenheiro eletricista, formadoem 1973. Em 1975, fez o curso de extensãode Engenharia e Segurança do Trabalho e, hoje, sededica à área de engenharia ambiental. Ronaldoé professor universitário do curso de EngenhariaAmbiental, na disciplina de Legislação e PolíticaAmbientais, e apresenta o programa de televisãoEcologia e Cidadania, da ONG Ponto Terra – voltadapara educação, conscientização e comunicaçãona área ambiental.
CENÁRIODESAFIOS QUE TRAZEMOPORTUNIDADESOmercado de reforma de pneus, assim comoas demais cadeias produtivas que têm opetróleo como principal matéria-prima,vive hoje um novo período de desafios. O atualcontexto tem como características a escassez deproduto bruto, os preços em alta, o consumo emascensão. Sabemos que é um momento difícil, mastambém as crises dos mercados são cíclicas; acontecemde tempos em tempos e acabam estabelecendonovos patamares de consumo, de preço e darelação oferta/demanda.Por outro lado, a economia do mundo está se transformando.Com um novo patamar de consumidores:o Brasil, a China, a Índia e os países emergentesestão trazendo as suas populações para o nívelde consumo. Por isso, a demanda por alimentose produtos básicos também aumenta – e acreditoque dificilmente venha a diminuir. Aqui tambémchegamos a um novo patamar.Portanto, desafios e oportunidades andam juntos.A reforma de pneus se consolida como alternativasustentável para manter nossa economia“na estrada” e garantir melhores margenspara caminhoneiros e frotistas. A reposição dabanda de rodagem desgastada pelo uso empregaapenas cerca de 25% do material utilizadona produção de um pneu novo. Por isso, estimaseque a reforma represente uma economia dequase 60 litros de petróleo por pneu reformado.Sem falar no menor custo da reforma com relaçãoao pneu novo.Agora, o objetivo é focar em uma busca incessantepor crescimento e reconhecimento. Aproveitamoseste momento para fortalecer parceriascom nossos reformadores autorizados e oferecerainda mais apoio e serviços para caminhoneiros efrotistas que utilizam nossos produtos. Com visãode futuro e planejamento estratégico, é importanteoptar por uma expansão da produção.Sempre tivemos a certeza de que a reforma depneus é a opção mais econômica e ecológica.O cenário mundial em que vivemos hoje reafirmanossa convicção da importância estratégicada reforma na economia. Fazer rodar mais, commenos utilização de matéria-prima, mais do quelógico, passa a ter papel fundamental no modelode transporte rodoviário e no modelo de desenvolvimentosustentável que queremos parao planeta.Túlio Luiz Zamin – diretor comercial e de marketingda Borrachas Vipal15 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.