DegravaÃ§Ã£o na Ãntegra das falas da AudiÃªncia PÃºblica em MarabÃ¡

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Reunião do Conselho Curador da EBC – Marabá – 14.09.2012ondas curtas, mas a gente chegou à conclusão que os rádios que a gentecompra não tem mais onda curta.Então, eu imagino... Eu morei no Acre um tempo grande, trabalheicom o movimento de seringueiros, era ouvidor da rádio. Então, aqui, agente já quase não escuta, não é? Então, talvez, não é o problema desinal. Mas qual a política de não deixar a gente ficar refém dessas FMs quese proliferam, com uma programação alienada, uma programação que sóincute um modelo de desenvolvimento e que não dá voz para outrossujeitos, se a gente não consegue comprar um rádio que tem ondascurtas.Aí, nessa linha, todo esse esforço, então, de fazer a comunicaçãochegar à Amazônia, como é que a gente inverte o fluxo de informação?Tem a cartinha, tem iniciativas importantes, mas eu acho que a gente temque ampliar isso daí. Na linha do que Airton falou: como que osmovimentos sociais que estão enfrentando essas contradições, aqui, comoque a população local, da periferia, das escolas, da juventude, pode termais espaço de produzir informação daqui para ser veiculada, e não só serreceptora do processo?E aí, o terceiro ponto, concluindo, nós da universidade, aqui, docampus, da UFPA, estamos numa fase de conclusão do recebimento daoutorga de uma rádio educativa, de um edital que o Ministério daComunicação lançou, o ano passado. Então, esperamos que, em breve, agente inicie a implantação da Rádio Educativa de Marabá, vinculada àUniversidade Federal do Pará, ao Campus de Marabá.Então, como que a gente poderia aproveitar essa disponibilidade daEBC e da Funtelpa para a gente ter um apoio, no sentido de capacitação,captação de recursos, montagem, que para nós ia ser uma experiêncianova. Mas para a gente construir nessa perspectiva mesmo de reforçar acomunicação pública, aqui, na região. Obrigado.SRA. BETH BEGONHA: Eu gostaria de convidar o Alysson Vieira deOliveira, para que viesse até a tribuna. Lembrar, mais uma vez, que asinscrições continuam abertas. A Mari está ali, aguardando, você, para quevocê possa participar, efetivamente, da nossa reunião.SR. ALYSSON VIEIRA DE OLIVEIRA: Bom dia a todos. Eu sou oAlysson Vieira de Oliveira, servidor público municipal da Prefeitura deMarabá e, também, professor universitário da Faculdade Metropolitana deMarabá, do curso de administração. E ressaltar a importância dessaaudiência pública, aqui, na região Amazônica, que tanto carece de umacomunicação menos comercial e mais voltada para a cultura.E eu conheço o Pará como poucas pessoas, eu conheço acho que emtorno de 90% do Pará, e outras regiões do Brasil. Eu tive a oportunidadede viajar pela Transamazônica durante quatro anos, ir até nas fronteirascom o Mato Grosso. Então, conheço bem a região agrária, a zona rural e,também, essa diversidade do Pará.SA/ehc 14
Reunião do Conselho Curador da EBC – Marabá – 14.09.2012A gente sabe que o Pará é multicultural, pela grande migração queteve na formação, na própria Transamazônica, pelos incentivos federaisque trouxeram pessoas de outras regiões para cá. E até em algumasregiões se perde a identidade paraense, por essa multicultura que vem.E o que muito me preocupa é que, hoje, a gente vê a privatização, ofortalecimento da privatização da cultura, da comunicação, que se perde aimportância da cultura, da valorização regional pela parte comercial,financeira mesmo. E as rádios, hoje, elas não se preocupam com essaparte cultural. E a Rádio Nacional da Amazônia, ela resgata isso, porqueela valoriza a parte regional, trabalha mesmo transmitindo de Brasília, deuma certa distância, mas se trabalha a parte cultural localizada. E isso éimportante.Pena que a audiência não seria, em primeiro lugar, o Pará, como foifalado pelo Sr. Bráulio, a importância da audiência, aqui, que tem umaexcelente audiência, mas poderia ser maior. Mas as rádios comerciais,elas tomam isso porque elas seduzem com hits do momento, compropagandas comerciais, então, afasta isso.E também falar, assim, a Secretaria na qual eu trabalho naprefeitura, ela atende um público da zona rural. Um público que está lá,na floresta – que não tem tanto mais floresta, pela devastação e pela faltade orientação, também –, mas que também carece de comunicação,carece participar dessa coisa democrática que é a comunicação voltadapara o social, para a orientação.Muitas vezes, uma simples orientação, na parte ambiental, poderiamudar o conceito de muitos pequenos agricultores, mas não chega a eles;chegam aquelas músicas de momento, chega aquela parte comercial queos afastam da preocupação ambiental.Então, assim, o fortalecimento da comunicação... Ela tem que sercontínua, mas sem perder o caráter cultural e regionalizado. E, também, adiversidade de pessoas nos leva a acreditar que a comunicação,realmente, é democrática, que nós temos que atender vários públicos devárias formas. Então, desse ponto de vista, eu acredito, assim, que aRádio Nacional tem uma participação prioritária nisso, de levar, porquenão é uma rádio voltada para o comercial, mas, sim, para atender a umademanda social que muito está se perdendo, nesses dias de hoje.E, também, assim, a forma como se leva a comunicação, ainformação para as pessoas, ela tem que ser bastante relevante,preocupando, também, em incentivar a formação cultural dessas pessoase, também, a formação social. E, como funcionário da Prefeitura Municipalde Marabá, eu vejo o quanto a nossa zona rural carece desse tipo decultura, desse tipo de informação.Como foi falado na primeira fala do professor, no início, nós nãotemos sinal aberto de televisões públicas que são voltadas para aeducação, para a formação. E quem tiver... quiser acesso a isso, tem queSA/ehc 15
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