incremento de explicações nas diversas disciplinase implementação de cursos de formação de curtaduração, a par do funcionamento de bibliotecasescolares.No que respeita à área da saúde, há igualmenteuma grande presença, designadamente nodomínio da educação para a saúde atravésde intervenções preventivas e campanhas desensibilização, no apoio genérico a instituições desaúde e na formação de técnicos especializados.Como resultados percetíveis, realça-se a reduçãoda taxa de mortalidade (especialmente a infantil),a melhoria na qualidade de prestação de cuidadosde saúde, a criação de farmácias comunitárias ede um centro de reabilitação nutricional.Os apoios ao nível jurídico, económico, pessoale social prestados pelos voluntários e pelasinstituições que os suportam constituem tambémáreas de atuação do voluntariado missionário. Oapoio jurídico é o menos prestado, seguido doeconómico, do pessoal e do social. O públicoalvoé essencialmente o dos jovens e das crianças.Quando se faz a comparação por género, verificaseque o apoio é prestado essencialmente apessoas do sexo feminino. O impacto nesta área é,16uma vez mais, muito variado. Por essa razão, nestemomento, distinguem-se apenas alguns exemplos:maior qualidade de vida, promoção da dignidadeda mulher e da criança, consciencialização paraa igualdade de género aliada a uma mudançade comportamentos, iniciativas de criação depróprio emprego através do microcrédito, criaçãode um centro de acolhimento para adolescentes,para além de formação de técnicos de carpintaria,mecânica ou outros.As escolas são as infraestruturas que mais usufruemde manutenção e melhoria com os recursosdisponibilizados. Contudo, também as instituiçõespastorais, as habitações, as instituições de apoiosocial são, com alguma frequência, alvo dessamelhoria. No que se refere ao impacto, destaca-sea melhoria das condições de vida que provém da(re)construção de bombas de água/depósitos deágua potável, escolas, lares, etc.O desenvolvimento comunitário, sobretudo emcontexto rural, não é das áreas de atuação maismencionadas. Todavia, também aqui as formasde atuação são muito diversas, realçando-se, emprimeiro lugar, o combate à fome e à carênciamaterial extrema, logo seguida da animaçãocomunitária (ações de capacitação cultural eintegração social). Na mesma linha de ação, masem contexto urbano, mantêm-se estas áreascomo predominantes, se bem que, neste terreno,haja mais instituições a atuar. Distinguem-se,por agora, algumas das ações desenvolvidas:dotar de meios os líderes locais, apoio em crisesextremas de fome e o incentivo ao aleitamentomaterno, distribuição de sementes e materialagrícola em troca de trabalho, formação sobre oHIV/SIDA através de jovens estudantes, criaçãode emprego nas missões para apoio à economialocal, entre outros.A disponibilização de recursos materiais efinanceiros é também uma das áreas emque menos instituições atuam. No entanto,a distribuição de recursos orientada paraa manutenção de projetos em curso e amobilização de recursos para a implementaçãode novos projetos são aspetos muito assumidospelas instituições. No que se refere ao impactodesta área, uma vez mais houve referência, porexemplo, ao aumento de frequência de alunosnas aulas, ao sucesso escolar e ao facto de setornar possível a produção de produtos agrícolasem maior quantidade e com melhor qualidade.
Houve ainda a indicação de outras áreasde atuação para além das anteriores: umainstituição referiu a formação de voluntários esete referiram a formação espiritual, pastorale no domínio da evangelização (explicamseestas respostas pelo facto de muitas dasinstituições serem de cariz religioso).Evolução do número de voluntáriospor área de atuaçãoCom o objectivo de apresentar dados maisprecisos quanto ao volume de voluntáriosmobilizados no âmbito do voluntariadomissionário nas últimas duas décadas, destacaseque, em quase todas as áreas de atuação,,abaixo assinaladas na tabela, o número de fluxosregistado em apenas cinco anos, entre 2000 a2005, foi semelhante ou superior àquele que serealizou em doze anos, entre 1988 a 2000. Noquinquénio seguinte, entre 2005 e 2010, o ritmode fluxos cresceu extraordinariamente, à razãomédia de, pelo menos, 30% a 50%, em cada área.Contudo, destaca-se neste crescimento a áreado desenvolvimento comunitário que teve umaumento exponencial de mais de 200% (pelosdados recolhidos, no período de 2000-2005partiram 232 voluntários em <strong>missão</strong> e, entreos anos de 2005-2010, foram 701 os que sevoluntariaram) sendo que a área da educação/alfabetização/formação quase duplicou onúmero de enviados.O aumento dos voluntários pode ser justificadonão só pelo interesse intrínseco que este tipode <strong>missão</strong> desperta, como por serem áreas emque, cada vez mais, as instituições têm vindo aatuar. Resumidamente, a tabela evidencia osseguintes resultados:EducaçãoAlfabetizaçãoFormaçãoSaúdePromoçãoHumana(Apoio: Jurídico,Económico,Pessoal e Social)Criação,Manutençãoe melhoria deInfraestruturasDesenvolvimentoComunitárioDisponibilizaçãode RecursosMateriais eFinanceirosOutra Área deAtuaçãoAção*1988 a 2000 493 372 428 361 352 116 602000 a 2005 592 313 406 329 232 107 1482005 a 2010 1067 468 590 459 701 195 272* 1 Instituição referiu Formação de voluntários e 7 Formação espiritual e pastoral/Evangelização 177Estes dados são apenas aproximados, tendo sido obtidos, num primeiro momento, através de inquérito por questionário aplicado às instituições. Esta imprecisão inicialnos números tornou necessário um procedimento adicional: como nem todas as instituições reponderam ao inquérito ou possuíam registos permanentes e rigorososdo número de voluntários enviados num horizonte temporal tão vasto, foi posteriormente solicitado que clarificassem os números fornecidos, tornando-os o maisaproximados possível à realidade constatada.17