1. Estudo comparativo envolvendo diferentes países: EUA, Holan<strong>da</strong>, Noruega, Japão eFrança.2. Nas empresas localiza<strong>da</strong>s no Japão e na França, os autores constataram a existência <strong>de</strong> umrelacionamento entre o setor e a estrutura financeira.3. O porte não parece ser um <strong>de</strong>terminante <strong>da</strong> estrutura <strong>de</strong> capital.4. I<strong>de</strong>m item 1.5. Significante apenas nas empresas dos EUA e Japão.6. Significante apenas nas empresas dos EUA e Noruega. Nas empresas localiza<strong>da</strong>s naHolan<strong>da</strong> houve um relacionamento negativo, mas não significante e nas empresaslocaliza<strong>da</strong>s no Japão houve um relacionamento positivo e também não significante.7. Nem sempre significante. Somente é significante quando a <strong>de</strong>preciação é excluí<strong>da</strong> dosganhos.8. Embora a indústria e a estrutura financeira não sejam totalmente in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes uma <strong>da</strong>outra, a <strong>de</strong>pendência é mo<strong>de</strong>sta e indireta.9. Apenas 1 caso <strong>da</strong>s 233 empresas apresentou influência do porte na estrutura <strong>de</strong> capital.10. Relacionamento negativo quando a variável <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte foi o endivi<strong>da</strong>mento <strong>de</strong> médio elongo prazo e relacionamento positivo quando a variável <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte foi o endivi<strong>da</strong>mento<strong>de</strong> curto prazo11. Relação positiva no setor têxtil e negativa no setor <strong>de</strong> alimentos.12. Relacionamento positivo no setor têxtil e negativo no setor <strong>de</strong> alimentos.13. Relacionamento negativo no setor <strong>de</strong> alimentos e positivo no setor têxtil.14. Estudo comparativo envolvendo os países do G-7: Estados Unidos, Japão, Alemanha,França, Itália, Reino Unido e Canadá.15. Obteve um relacionamento negativo nas empresas localiza<strong>da</strong>s na Alemanha.16. Obteve um relacionamento positivo nas empresas <strong>da</strong> Alemanha e um relacionamento nãosignificante nas empresas <strong>da</strong> França.17. Influência muito fraca sobre o endivi<strong>da</strong>mento <strong>de</strong> médio e longo prazo, e mesmo assim, sóquando medi<strong>da</strong> pelo ativo total líquido (relação positiva) ou pelo volume <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>s(relação negativa).18. Exerce influência negativa sobre o endivi<strong>da</strong>mento total e <strong>de</strong> curto prazo quando utilizado oindicador resultado antes dos juros e impostos dividido pelo ativo total líquido. Quandoutilizado o indicador resultado operacional, apresenta-se um relacionamento positivo.19. Quando se utiliza o indicador ativos tangíveis, encontra-se um relacionamento positivocom o endivi<strong>da</strong>mento <strong>de</strong> médio e longo prazo e um relacionamento negativo com oendivi<strong>da</strong>mento total. Quando se utiliza os ativos incorpóreos, encontra-se umrelacionamento negativo com o endivi<strong>da</strong>mento total e <strong>de</strong> curto prazo.20. Relacionamento negativo como endivi<strong>da</strong>mento total e <strong>de</strong> curto prazo e positivo com oendivi<strong>da</strong>mento <strong>de</strong> médio e longo prazo.21. Relacionamento positivo somente com o endivi<strong>da</strong>mento total e <strong>de</strong> curto prazo.22. Relacionamento negativo somente com o endivi<strong>da</strong>mento total e <strong>de</strong> curto prazo.23. Relacionamento positivo somente com o endivi<strong>da</strong>mento total e <strong>de</strong> curto prazo.2.1 CLASSIFICAÇÃO DO SETORVárias pesquisas empíricas foram realiza<strong>da</strong>s com intuito <strong>de</strong> averiguar a relaçãodo setor <strong>da</strong> indústria com o índice <strong>de</strong> endivi<strong>da</strong>mento. Alguns estudos apresentaram aclassificação <strong>da</strong> indústria como <strong>de</strong>terminante <strong>da</strong> estrutura <strong>de</strong> capital. Entretanto, outros nãopermitiram concluir que o setor <strong>de</strong>termina o nível <strong>de</strong> endivi<strong>da</strong>mento <strong>da</strong>s empresas.De acordo com Gupta (1969) e Scott (1972), o setor <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> constitui umaprimeira aproximação do risco inerente às ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong>s empresas. Aliado a isto, empresas <strong>de</strong>um mesmo setor se <strong>de</strong>param com problemas semelhantes, e isso leva-as a adotar4--.---- --
~--, ------comportamentos financeiros similares, fazendo, <strong>de</strong>sta forma, com que os índices <strong>de</strong>endivi<strong>da</strong>mento fiquem próximos.Segundo Myers (1984, p.590), "os índices <strong>de</strong> endivi<strong>da</strong>mento variam <strong>de</strong>indústria para indústria, porque o risco dos ativos, o tipo <strong>de</strong> ativo, a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>financiamento externo também variam <strong>de</strong> acordo com a indústria".Empresas que fabricam ou comercializam um único tipo <strong>de</strong> produto apresentamum índice <strong>de</strong> endivi<strong>da</strong>mento relativamente baixo, conforme constatou Titman e Wessels(1988). Os referidos autores afirmam ain<strong>da</strong> que firmas que fabricam produtos que requeremdisponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços especializados estão sujeitas a um custo <strong>de</strong> liqui<strong>da</strong>ção elevado,isto indica que firmas que fabricam mãquinas e equipamentos <strong>de</strong>veriam ser financia<strong>da</strong>srelativamente com menos capital <strong>de</strong> terceiros.Na presente pesquisa, não será analisado o efeito do setor na estrutura <strong>de</strong> capital<strong>da</strong>s pequenas e médias empresas industriais <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> João Pessoa, <strong>de</strong>vido ao restritonúmero <strong>de</strong> setores industriais envolvidos na pesquisa, bem como ao número reduzido <strong>de</strong>empresas em ca<strong>da</strong> setor.2.2 PORTEDe acordo com a teoria dos custos <strong>de</strong> falência, quanto mais elevado for o valor<strong>da</strong> empresa, mais reduzido o custo <strong>de</strong> falência. Conseqüentemente, gran<strong>de</strong>s empresas ten<strong>de</strong>rãoa apresentar estruturas <strong>de</strong> capital com maior nível <strong>de</strong> endivi<strong>da</strong>mento. Na medi<strong>da</strong> que gran<strong>de</strong>sempresas são mais diversifica<strong>da</strong>s e gozam <strong>de</strong> maiores facili<strong>da</strong><strong>de</strong>s no acesso ao mercado <strong>de</strong>capitais, conseguem créditos elevados com taxas <strong>de</strong> juros mais baixas.Segundo Titman e Wessels (1988), o custo <strong>de</strong> emissão <strong>de</strong> dívi<strong>da</strong>s e açãotambém está relacionado com o tamanho <strong>da</strong> empresa. Empresas pequenas pagam muito maisque empresas gran<strong>de</strong>s para emitir novas ações e também um pouco mais para emitir dívi<strong>da</strong>s <strong>de</strong>longo prazo. Isto implica que empresas pequenas po<strong>de</strong>m ser mais alavanca<strong>da</strong>s do queempresas gran<strong>de</strong>s e po<strong>de</strong>m preferir captar recursos a curto prazo (empréstimos bancários)mais do que recursos a longo prazo por causa dos custos fixos mais baixos associados comessa alternativa. Os autores incluem um indicador (além do indicador logaritmo natural <strong>da</strong>sven<strong>da</strong>s) que me<strong>de</strong> a rotativi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos funcionários como uma medi<strong>da</strong> do tamanho <strong>da</strong> empresa.A inclusão <strong>de</strong>sse indicador reflete o fenômeno que gran<strong>de</strong>s empresas, que muitas vezesoferecem larga oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> carreira a seus funcionários, têm baixo índice <strong>de</strong> rotativi<strong>da</strong><strong>de</strong>dos funcionários.Conforme sugere a teoria dos custos <strong>de</strong> falência, nesta pesquisa será testa<strong>da</strong> ahipótese <strong>de</strong> que existe um relacionamento positivo entre porte e endivi<strong>da</strong>mento, constituindo oporte um <strong>de</strong>terminante <strong>da</strong> estrutura <strong>de</strong> capital <strong>da</strong>s pequenas e médias empresas industriais <strong>da</strong>ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> João Pessoa.2.3 CRESCIMENTORoss et aI. (2001) afirmam que o índice <strong>de</strong> endivi<strong>da</strong>mento ten<strong>de</strong> a ser muitobaixo em empresas que estão em crescimento e possuem altas oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> investimento,como produtos biológicos, computadores e indústria eletrônica. Indústrias <strong>de</strong> metais primáriose papel, com relativamente pouca oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> investimento e baixo crescimento, ten<strong>de</strong>ma usar mais dívi<strong>da</strong>.Outro fator relacionado com as empresas que apresentam rápido crescimento éo alto grau <strong>de</strong> incerteza quanto ao seu futuro, fato que reduz sua disposição <strong>de</strong> utilizar capital<strong>de</strong> terceiros (BRIGHAM e HOUSTON, 1999, p.48l). A incerteza com relação ao seu futurodiz respeito à variabili<strong>da</strong><strong>de</strong> dos ganhos futuros. Alguns estudos têm sugerido a inexistência <strong>de</strong>relação entre a variabili<strong>da</strong><strong>de</strong> dos ganhos e o nível <strong>de</strong> endivi<strong>da</strong>mento, como o trabalho <strong>de</strong> Ferrie Jones (1979).A variável crescimento encontra-se fun<strong>da</strong>menta<strong>da</strong> em duas teorias: a teoria <strong>de</strong>Falência e a teoria Pecking Or<strong>de</strong>r. A teoria <strong>de</strong> Custos <strong>de</strong> Falência argumenta que as empresas5