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Determinantes da Estrutura de Capital das Pequenas e Médias ...

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~--, ------comportamentos financeiros similares, fazendo, <strong>de</strong>sta forma, com que os índices <strong>de</strong>endivi<strong>da</strong>mento fiquem próximos.Segundo Myers (1984, p.590), "os índices <strong>de</strong> endivi<strong>da</strong>mento variam <strong>de</strong>indústria para indústria, porque o risco dos ativos, o tipo <strong>de</strong> ativo, a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>financiamento externo também variam <strong>de</strong> acordo com a indústria".Empresas que fabricam ou comercializam um único tipo <strong>de</strong> produto apresentamum índice <strong>de</strong> endivi<strong>da</strong>mento relativamente baixo, conforme constatou Titman e Wessels(1988). Os referidos autores afirmam ain<strong>da</strong> que firmas que fabricam produtos que requeremdisponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços especializados estão sujeitas a um custo <strong>de</strong> liqui<strong>da</strong>ção elevado,isto indica que firmas que fabricam mãquinas e equipamentos <strong>de</strong>veriam ser financia<strong>da</strong>srelativamente com menos capital <strong>de</strong> terceiros.Na presente pesquisa, não será analisado o efeito do setor na estrutura <strong>de</strong> capital<strong>da</strong>s pequenas e médias empresas industriais <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> João Pessoa, <strong>de</strong>vido ao restritonúmero <strong>de</strong> setores industriais envolvidos na pesquisa, bem como ao número reduzido <strong>de</strong>empresas em ca<strong>da</strong> setor.2.2 PORTEDe acordo com a teoria dos custos <strong>de</strong> falência, quanto mais elevado for o valor<strong>da</strong> empresa, mais reduzido o custo <strong>de</strong> falência. Conseqüentemente, gran<strong>de</strong>s empresas ten<strong>de</strong>rãoa apresentar estruturas <strong>de</strong> capital com maior nível <strong>de</strong> endivi<strong>da</strong>mento. Na medi<strong>da</strong> que gran<strong>de</strong>sempresas são mais diversifica<strong>da</strong>s e gozam <strong>de</strong> maiores facili<strong>da</strong><strong>de</strong>s no acesso ao mercado <strong>de</strong>capitais, conseguem créditos elevados com taxas <strong>de</strong> juros mais baixas.Segundo Titman e Wessels (1988), o custo <strong>de</strong> emissão <strong>de</strong> dívi<strong>da</strong>s e açãotambém está relacionado com o tamanho <strong>da</strong> empresa. Empresas pequenas pagam muito maisque empresas gran<strong>de</strong>s para emitir novas ações e também um pouco mais para emitir dívi<strong>da</strong>s <strong>de</strong>longo prazo. Isto implica que empresas pequenas po<strong>de</strong>m ser mais alavanca<strong>da</strong>s do queempresas gran<strong>de</strong>s e po<strong>de</strong>m preferir captar recursos a curto prazo (empréstimos bancários)mais do que recursos a longo prazo por causa dos custos fixos mais baixos associados comessa alternativa. Os autores incluem um indicador (além do indicador logaritmo natural <strong>da</strong>sven<strong>da</strong>s) que me<strong>de</strong> a rotativi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos funcionários como uma medi<strong>da</strong> do tamanho <strong>da</strong> empresa.A inclusão <strong>de</strong>sse indicador reflete o fenômeno que gran<strong>de</strong>s empresas, que muitas vezesoferecem larga oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> carreira a seus funcionários, têm baixo índice <strong>de</strong> rotativi<strong>da</strong><strong>de</strong>dos funcionários.Conforme sugere a teoria dos custos <strong>de</strong> falência, nesta pesquisa será testa<strong>da</strong> ahipótese <strong>de</strong> que existe um relacionamento positivo entre porte e endivi<strong>da</strong>mento, constituindo oporte um <strong>de</strong>terminante <strong>da</strong> estrutura <strong>de</strong> capital <strong>da</strong>s pequenas e médias empresas industriais <strong>da</strong>ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> João Pessoa.2.3 CRESCIMENTORoss et aI. (2001) afirmam que o índice <strong>de</strong> endivi<strong>da</strong>mento ten<strong>de</strong> a ser muitobaixo em empresas que estão em crescimento e possuem altas oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> investimento,como produtos biológicos, computadores e indústria eletrônica. Indústrias <strong>de</strong> metais primáriose papel, com relativamente pouca oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> investimento e baixo crescimento, ten<strong>de</strong>ma usar mais dívi<strong>da</strong>.Outro fator relacionado com as empresas que apresentam rápido crescimento éo alto grau <strong>de</strong> incerteza quanto ao seu futuro, fato que reduz sua disposição <strong>de</strong> utilizar capital<strong>de</strong> terceiros (BRIGHAM e HOUSTON, 1999, p.48l). A incerteza com relação ao seu futurodiz respeito à variabili<strong>da</strong><strong>de</strong> dos ganhos futuros. Alguns estudos têm sugerido a inexistência <strong>de</strong>relação entre a variabili<strong>da</strong><strong>de</strong> dos ganhos e o nível <strong>de</strong> endivi<strong>da</strong>mento, como o trabalho <strong>de</strong> Ferrie Jones (1979).A variável crescimento encontra-se fun<strong>da</strong>menta<strong>da</strong> em duas teorias: a teoria <strong>de</strong>Falência e a teoria Pecking Or<strong>de</strong>r. A teoria <strong>de</strong> Custos <strong>de</strong> Falência argumenta que as empresas5

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