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Determinantes da Estrutura de Capital das Pequenas e Médias ...

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preferem não emitir dívi<strong>da</strong>s para financiar oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> crescimento intangíveis. SegundoGomes e Leal (2000, p.47), isso ocorre por diversas razões:Em primeiro lugar, o crescimento acelerado e o investimento <strong>de</strong>le <strong>de</strong>correntegeram créditos fiscais que funcionam como escudos <strong>de</strong> impostos, reduzindoa atrativi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos benefícios físcais do endivi<strong>da</strong>mento. Em segundo lugar, ocusto <strong>de</strong> falência <strong>de</strong> empresas que possuem um crescimento acelerado é maiselevado porque seu valor é <strong>de</strong>terminado por ativos intangíveis e pelasexpectativas <strong>de</strong> retornos futuros, que não têm valor no caso <strong>de</strong> liqui<strong>da</strong>çào.Por outro lado, <strong>de</strong> acordo com a teoria Pecking Or<strong>de</strong>r, <strong>de</strong>veria existir umarelação positiva entre as oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> crescimento e a a1avancagem, pois a preferênciapelo autofmanciamento proposto pela teoria levaria firmas com baixo potencial <strong>de</strong>crescimento a não <strong>de</strong>terem dívi<strong>da</strong>s. As empresas com alto potencial <strong>de</strong> crescimento, que nãopossuem recursos próprios suficientes para se financiar, optariam por uma maior a1avancagemfinanceira.Nesta pesquisa, será testa<strong>da</strong> a hipótese <strong>de</strong> que existe um relacionamentonegativo entre crescimento e endivi<strong>da</strong>mento, conforme sugerido pela teoria <strong>de</strong> Falência etestado com mais freqüência em estudos empíricos anteriores.2.4 RENTABILIDADEDe acordo com a teoria Pecking Or<strong>de</strong>r proposta por Myers (1984), as empresasfinanciam seus investimentos preferencialmente com fundos gerados internamente (lucrosretidos), seguido <strong>de</strong> financiamento e, finalmente, <strong>de</strong> emissão <strong>de</strong> novas ações. De acordo comesta teoria, os índices <strong>de</strong> endivi<strong>da</strong>mento são o resultado <strong>da</strong> insuficiência <strong>de</strong> fluxos <strong>de</strong> caixa,face às oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> investimento, e as empresas somente emitem capital próprio quandoesgota<strong>da</strong> sua capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> endivi<strong>da</strong>mento.À luz <strong>de</strong>ssa teoria, quanto mais eleva<strong>da</strong> for a rentabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> empresa, menor<strong>de</strong>verá ser o seu nível <strong>de</strong> endivi<strong>da</strong>mento, pois empresas mais rentáveis adquirem uma maiorcapaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se financiarem com fundos gerados internamente. Essa teoria explica tambémporque algumas empresas utilizam menos capital <strong>de</strong> terceiros do que pareceria ser apropriado,porque isso 1hes permite evitar o uso <strong>de</strong> financiamento por meio <strong>de</strong> capital próprio externocaro, quando necessitam <strong>de</strong> mais capital.Uma segun<strong>da</strong> justificativa para a relação negativa entre a rentabili<strong>da</strong><strong>de</strong> eendivi<strong>da</strong>mento baseia-se na associação existente entre rentabili<strong>da</strong><strong>de</strong> e risco. Na medi<strong>da</strong> emque a teoria dos Custos <strong>de</strong> Falência sugere que o risco é negativamente associado com oendivi<strong>da</strong>mento, a rentabili<strong>da</strong><strong>de</strong> também <strong>de</strong>ve ser negativamente relaciona<strong>da</strong> com oendivi<strong>da</strong>mento.A maioria dos estudos empíricos constata a existência <strong>de</strong> um relacionamentonegativo entre rentabili<strong>da</strong><strong>de</strong> e endivi<strong>da</strong>mento. Tratando-se especificamente <strong>de</strong> pequenas emédias empresas, espera-se também encontrar a existência <strong>de</strong>sse relacionamento negativo,pois acredita-se que nessas empresas esse relacionamento seja reforçado pela dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>acesso ao crédito e que as pequenas e médias empresas rentáveis ten<strong>de</strong>riam a recorrerprimeiramente aos recursos próprios gerados internamente, em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>.Portanto, nesta pesquisa, será testa<strong>da</strong> a hipótese <strong>de</strong> que existe um relacionamento negativoentre rentabili<strong>da</strong><strong>de</strong> e endivi<strong>da</strong>mento, conforme propõe a teoria Pecking Or<strong>de</strong>r.2.5 RISCOO risco está relacionado à dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se prever um fenômeno. Em finanças,o risco está associado à possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> dos retornos reais diferirem <strong>da</strong>queles <strong>de</strong>sejados.Na literatura financeira, encontram-se presentes dois tipos <strong>de</strong> risco: o risco donegócio ou econômico e o risco financeiro. De acordo com Sanvicente (1997), o riscoeconômico está intimamente relacionado ao tipo <strong>de</strong> operação <strong>da</strong> empresa, bem como ànatureza do produto. O risco financeiro, por sua vez, é <strong>de</strong>terminado, além do risco econômico6------

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