37• Objetivos <strong>de</strong> larga escalaEsses objetivos se aplicam a gran<strong>de</strong>s regiões ou mesmo a todo país, sendoadotado por países que estão próximos do nível da ‘segunda’ geração <strong>de</strong>sistemas <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> d’água 2 . Na maioria, as necessida<strong>de</strong>s básicasda população já foram atendidas e há disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos <strong>para</strong>intensificar a melhoria <strong>de</strong>sses sistemas. Esses países também adotam a políticaanti-<strong>de</strong>gradação, não permitindo que sejam instituídos objetivos menos restritivosdo que aqueles que a situação atual do corpo d’água sustente.A abordagem em larga escala apresenta uma visão ecossistêmica do processo<strong>de</strong> gestão, tendo uma maior garantia <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong> em longo prazo. As<strong>de</strong>svantagens associadas são que essa abordagem requer um alto investimentoe apresenta um difícil gerenciamento, pois <strong>de</strong>manda um gran<strong>de</strong> esforço <strong>de</strong>fiscalização, por impor gran<strong>de</strong>s restrições a um número elevado <strong>de</strong> poluidores.• Objetivos <strong>de</strong> escala localEsses objetivos permitem atribuir a cada corpo d’água usos <strong>de</strong>terminados e maispróximos à realida<strong>de</strong> da <strong>bacia</strong>. Portanto, essa abordagem se aplica melhor aospaíses em <strong>de</strong>senvolvimento, com menor capacida<strong>de</strong> financeira <strong>de</strong> investimento,po<strong>de</strong>ndo direcionar esses recursos <strong>de</strong> forma mais eficiente <strong>para</strong> usos maisapropriados à aptidão da <strong>bacia</strong> hidrográfica.Porto (2002), citando Houck (1999) 3 , registra que as críticas negativas daabordagem local dizem respeito à redução da eficiência do processo <strong>de</strong>vido à<strong>de</strong>scentralização que ocorre no controle da poluição, bem como, à redução <strong>de</strong>custos, por meio do uso da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> assimilação dos corpos d’água comoparte do ‘tratamento’ dos efluentes. Em relação a este último, os críticos2 Nos países <strong>de</strong>senvolvidos que já passaram <strong>para</strong> a ‘segunda’ geração da gestão da qualida<strong>de</strong> da água ou‘segunda’ geração dos instrumentos <strong>de</strong> controle da poluição existe a preocupação com o aperfeiçoamento dosprocessos <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> esgotos domésticos, a mo<strong>de</strong>rnização e a<strong>de</strong>quação das re<strong>de</strong>s antigas <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong>efluentes, o melhor controle <strong>de</strong> substâncias tóxicas, os problemas relativos às cargas difusas e industriais e,principalmente, a evolução dos sistemas <strong>de</strong> monitoramento e informação. Por outro lado, a ‘primeira’ geraçãoestá associada aos países em <strong>de</strong>senvolvimento que, por insuficiência <strong>de</strong> recursos financeiros e capacida<strong>de</strong>institucional, ainda está longe <strong>de</strong> resolver problemas básicos como universalização dos serviços <strong>de</strong> saneamentobásico e <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> esgotos domésticos (PORTO, 2002, 2003).3 Houck, O.A. The Clean Water Act TMDL Program: Law, Policy and Implementation. Envirenmental LawInstitute. Washington, DC, EUA, 1999.
38ressaltam a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> se trabalhar com essa variável, <strong>de</strong>vido à gran<strong>de</strong><strong>de</strong>manda <strong>de</strong> informações sobre a <strong>bacia</strong> e em função do fato <strong>de</strong> que existempoluentes <strong>para</strong> os quais a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> assimilação é zero.Entretanto, a autora argumenta que não há respaldo científico <strong>para</strong> o não uso dacapacida<strong>de</strong> natural <strong>de</strong> assimilação <strong>de</strong> poluentes pelos corpos <strong>de</strong> água, <strong>de</strong>s<strong>de</strong>que não ocorram prejuízos que se contraponham aos objetivos pretendidos,<strong>de</strong>vendo ser levado em conta também os usos futuros da <strong>bacia</strong> (aumento <strong>de</strong>cargas poluidoras <strong>de</strong>vido ao crescimento populacional e econômico), <strong>de</strong> formaque o planejamento do controle da poluição preveja esses usos.O controle da poluição hídrica é normatizado por meio <strong>de</strong> padrões <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, quesão sistemas do tipo comando-controle, representado por valores numéricos ounarrativos. Na gestão da qualida<strong>de</strong> da água são normalmente utilizados dois tipos<strong>de</strong> padrões <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>: o Padrão ambiental, que estabelece a qualida<strong>de</strong> que umcorpo <strong>de</strong> água <strong>de</strong>ve ter <strong>para</strong> garantir um <strong>de</strong>terminado uso, servindo <strong>de</strong> balizador nagestão da <strong>bacia</strong> hidrográfica em relação ao controle global da qualida<strong>de</strong> d’água; e, oPadrão <strong>de</strong> lançamento (emissão), que é <strong>de</strong> caráter essencialmente tecnológico,tendo por objetivo restringir a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> poluentes que po<strong>de</strong> ser lançada numcorpo d’água por uma ativida<strong>de</strong> qualquer (PORTO, 2002).A Resolução CONAMA N o 357/2005 <strong>de</strong>termina os padrões <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> das águaspor classe <strong>para</strong> subsidiar a proposta <strong>de</strong> <strong>enquadramento</strong>, estabelecendo limitesindividuais <strong>para</strong> cada substância. Assim, o termo padrão é <strong>de</strong>finido por essaresolução como o valor limite adotado como requisito normativo <strong>de</strong> um parâmetro <strong>de</strong>qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água ou efluente.Porto (2002), ao propor um sistema <strong>de</strong> gestão da qualida<strong>de</strong> da água <strong>para</strong> o Brasil,recomenda que a seleção dos parâmetros a serem utilizados <strong>para</strong> o <strong>enquadramento</strong>seja realizada com base nos impactos prepon<strong>de</strong>rantes na <strong>bacia</strong>, ou seja, na principalfonte <strong>de</strong> poluição a ser controlada.Observa-se, na literatura, que a maior fonte <strong>de</strong> poluição hídrica no Brasil é o esgotodoméstico, apesar <strong>de</strong> haver gran<strong>de</strong> contribuição da agricultura, da pecuária e dasindústrias (KLIGERMAN, 2001; PORTO, 2002; ANA, 2005; BRAGA, 2005).
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