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Consulte aqui o Relatório de Avaliação Final do Projecto "+ ... - FEC

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FUNDAÇÃO EVANGELIZAÇÃO E CULTURAS<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final │ Setembro 2007 – Agosto 2009«O nosso futuro comum será próspero na medida em que investirmosmaciçamente na educação e na formação <strong>do</strong>s Guineenses, que se<strong>de</strong>sejam <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.»in Programa <strong>do</strong> Governo da República da Guiné-Bissau, Bissau, Janeiro 2006.1


<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final│ Setembro 2007 – Agosto 2009ÍndiceLista <strong>de</strong> siglas e abreviaturas 3Descrição sumária <strong>do</strong> <strong>Projecto</strong> + Escola 4I. Introdução 6II Resumo executivo e recomendações 7III. Desenvolvimentos ao nível <strong>do</strong> contexto político e programático 103.1 Política sectorial 103.2 Características <strong>do</strong> sector 123.3 Outras intervenções 14IV Análise <strong>do</strong> progresso realiza<strong>do</strong> 184.1 Análise das pré-condições e pressupostos <strong>do</strong> projecto 184.2 Análise da eficiência 194.2.1 Sobre as activida<strong>de</strong>s 194.2.2 Sobre os resulta<strong>do</strong>s 444.3 Análise da eficácia 474.4 Análise <strong>do</strong> impacto 494.5 Recursos e orçamento 514.6 Gestão e mecanismo <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação 554.7 Análise SWOT e Boas Práticas 604.8 Aspectos chave <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong> e sustentabilida<strong>de</strong> 634.8.1 Aceitação das autorida<strong>de</strong>s locais 634.8.2 Participação 644.8.3 Tecnologias apropriadas 664.8.4 Género 664.8.5 Ambiente 684.8.6 Capacida<strong>de</strong>s institucionais e <strong>de</strong> gestão 68V. Bibliografia 70VI. Anexos 71Quadro-síntese <strong>do</strong> público-alvo <strong>do</strong> projecto 722


FUNDAÇÃO EVANGELIZAÇÃO E CULTURAS<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final │ Setembro 2007 – Agosto 2009Lista <strong>de</strong> siglas e abreviaturasAAAFIPEL CDEASSOFACASSOFITACDECDFCEPCIEECOMEDAGDCDEDECDPCDREEBEECESETNETR<strong>FEC</strong>GPICLINDEIPADLPMCMENESODMONGDPAEIGBPICPLAN GBPNUDRESENTFUAPUNESCOUNICEFAction Aid Guiné-Bissau/ Action Aid GâmbiaAssociação <strong>do</strong>s Filhos e Amigos da tabanca <strong>de</strong> Pelun<strong>do</strong>Associação <strong>do</strong>s Filhos e Amigos da tabanca <strong>de</strong> CanhobeAssociação <strong>do</strong>s Filhos e Amigos da tabanca <strong>de</strong> TameCentro <strong>de</strong> Desenvolvimento EducativoSigla em inglês – Facilita<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Desenvolvimento ComunitárioConferência Episcopal PortuguesaComissão Interdiocesana <strong>de</strong> Educação e EnsinoComissões <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong> (encontros <strong>de</strong> planificação)Departamento <strong>de</strong> Administração Geral da <strong>FEC</strong>Departamento <strong>de</strong> Cooperação da <strong>FEC</strong>Director <strong>de</strong> EscolaDirector <strong>de</strong> Escola ComunitáriaDepartamento <strong>de</strong> Plataformas e Comunicação da <strong>FEC</strong>Direcção Regional <strong>de</strong> EducaçãoEnsino Básico ElementarEscola ComunitáriaEscola Superior <strong>de</strong> Educação <strong>de</strong> Torres NovasEquipa Técnica RegionalFundação Evangelização e CulturasGestor <strong>do</strong> <strong>Projecto</strong>Índice <strong>de</strong> Capacida<strong>de</strong> LectivaInstituto Nacional para o Desenvolvimento da EducaçãoInstituto Português <strong>de</strong> Apoio ao DesenvolvimentoLíngua PortuguesaMissão CatólicaMinistério da Educação Nacional e <strong>do</strong> Ensino SuperiorObjectivos <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>do</strong> MilénioOrganização Não Governamental para o Desenvolvimento<strong>Projecto</strong> <strong>de</strong> Apoio à Educação no Interior da Guiné-BissauPrograma Indicativo <strong>de</strong> CooperaçãoPlan da Guiné-Bissau (ONG internacional)Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento<strong>Relatório</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Sistema Educativo Nacional (Guiné-Bissau)Técnico Forma<strong>do</strong>r <strong>do</strong> <strong>Projecto</strong> + EscolaUnida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Apoio PedagógicoFun<strong>do</strong> das Nações Unidas para a EducaçãoFun<strong>do</strong> das Nações Unidas para a Infância3


<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final│ Setembro 2007 – Agosto 2009Descrição sumária <strong>do</strong> <strong>Projecto</strong> + EscolaTítulo <strong>do</strong> projecto<strong>Projecto</strong> + Escola – Capacitação <strong>de</strong> professores, directores e comunida<strong>de</strong>promotor Fundação Evangelização e Culturas (<strong>FEC</strong>) | www.fecongd.net. Quinta <strong>do</strong> Cabeço Quinta <strong>do</strong> Cabeço, Porta D 1885 - 076 Moscavi<strong>de</strong> – Portugal. Bairro da Cooperação Portuguesa, Bairro Belém, Bissau, Guiné-BissauTelefone: 21.8861710 (Portugal), 00245 6840824 (Guiné-Bissau) Fax: 21.8861708│E-mail: Simão Leitão: fec.guinebissau@gmail.com João Ama<strong>do</strong>: joao.ama<strong>do</strong>@fecongd.orgparceiros naGuiné-BissauComissão Interdiocesana <strong>de</strong> Educação e Ensino (CIEE) - (01/09/2007 a 31/08/2009)Action Aid Guiné-Bissau/ The Gambia - (01/09/2007 a 31/08/2008)Plan Guiné-Bissau - (01/09/2007 a 31/08/2009)SNV – Cooperação Holan<strong>de</strong>sa - (01/05/2009 a 31/08/2009)parceirosem PortugalEscola Superior <strong>de</strong> Educação <strong>de</strong> Torres Novas (01/09/2007 a 31/08/2008)Entida<strong>de</strong>scolabora<strong>do</strong>ras Instituto Nacional para o Desenvolvimento da Educação (Guiné-Bissau)financia<strong>do</strong>rese <strong>do</strong>a<strong>do</strong>res Instituto Português <strong>de</strong> Apoio ao Desenvolvimento Plan Guiné-Bissau Action Aid Guiné-Bissau/The Gambia Conferência Episcopal Portuguesa Lusitânia Seguros Grupo Millenium BCP Caritas SNV – Cooperação Holan<strong>de</strong>saduração 2007 – 20091º ano: Setembro 2007 – Agosto 20082º ano: Setembro 2008 – Agosto 2009LocalizaçãoGruposalvopaís: Guiné-Bissauregiões: Bafatá, Cacheu, Tombali e Quinaraprofessores, directores <strong>de</strong> escola, dirigentes associativos e responsáveis <strong>de</strong> escolas geridaspela CIEE.4


FUNDAÇÃO EVANGELIZAÇÃO E CULTURAS<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final │ Setembro 2007 – Agosto 2009Objectivos,Resulta<strong>do</strong>sActivida<strong>de</strong>seObjectivos gerais:- Contribuir para a <strong>aqui</strong>sição <strong>de</strong> conhecimentos e para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>competências <strong>do</strong>s alunos, das escolas-alvo;- Contribuir para a redução <strong>do</strong> aban<strong>do</strong>no escolar da 3ª para a 4ª classes nasescolas-alvo.Objectivo específico:Melhorar a capacida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s professores <strong>do</strong> EBE leccionarem eficazmente osconhecimentos e <strong>de</strong>senvolverem as competências <strong>de</strong>finidas nos programas <strong>de</strong> LP(1º/2ª ano <strong>de</strong> projecto), Matemática (1º ano <strong>de</strong> projecto) e Ciências Integradas (2ºano <strong>de</strong> projecto) aos alunos das escolas-alvo nas regiões <strong>de</strong> Bafatá e Cacheu.Resulta<strong>do</strong> 1: Melhoria da formação <strong>de</strong> professores <strong>do</strong> EBE na <strong>do</strong>cência <strong>do</strong>sprogramas <strong>de</strong> Língua Portuguesa (1º/2ª ano <strong>de</strong> projecto), Matemática (1º ano <strong>de</strong>projecto) e Ciências Integradas (2ª ano <strong>de</strong> projecto).Activida<strong>de</strong> 1.1: Organizar e realizar sessões <strong>de</strong> formação em Língua Portuguesa(1º/2º ano <strong>de</strong> projecto);Activida<strong>de</strong> 1.2: Organizar e realizar sessões <strong>de</strong> formação em Matemática (1º ano<strong>de</strong> projecto) / Ciências Integradas (2º ano <strong>de</strong> projecto);Activida<strong>de</strong> 1.3: Observar aulas.Resulta<strong>do</strong> 2: Melhoria <strong>do</strong> apetrechamento das escolas-alvo em materiais <strong>de</strong>apoio a agentes educativos.Activida<strong>de</strong> 2.1: Adquirir e distribuir materiais escolares <strong>de</strong> apoio a professores edirectores das escolas alvo <strong>do</strong> projecto;Activida<strong>de</strong> 2.2: Reproduzir e distribuir a sebenta <strong>de</strong> apoio aos professores dasescolas-alvo <strong>do</strong> projecto.Resulta<strong>do</strong> 3: Aumento <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> permanência em activida<strong>de</strong>s escolares,lectivas e extra-lectivas, <strong>do</strong>s professores das escolas-alvo.Activida<strong>de</strong> 3.1: Organizar e realizar sessões <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> directores <strong>de</strong>escolas-alvo em Gestão e Administração Escolar 1 ;Activida<strong>de</strong> 3.2: Acompanhar directores/subdirectores das escolas-alvo erepresentantes das comunida<strong>de</strong>s da região <strong>de</strong> Cacheu).Activida<strong>de</strong> 3.3: Organizar e realizar formação em Gestão e AdministraçãoEscolar com missionários responsáveis e directores das escolas privadas e <strong>de</strong>auto-gestão da Diocese <strong>de</strong> Bafatá.1 No caso da Região <strong>de</strong> Cacheu, esta activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stina-se igualmente a subdirectores e representantes dascomunida<strong>de</strong>s das escolas-alvo.5


<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final│ Setembro 2007 – Agosto 2009I. IntroduçãoEste relatório tem por objectivo avaliar o progresso <strong>do</strong> projecto + Escola, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o planeamento daintervenção até ao que foi realmente executa<strong>do</strong> <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2007 a Agosto <strong>de</strong> 2009, no contexto <strong>do</strong>s<strong>do</strong>is anos <strong>de</strong> projecto. A avaliação recai sobre a eficiência 2 , a eficácia 3 , o impacto 4 e a sustentabilida<strong>de</strong> 5 dasacções realizadas. Preten<strong>de</strong>-se igualmente dar retorno às acções acordadas com os parceiros efinancia<strong>do</strong>res com quem se assumiram responsabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> avaliação.O relatório baseia-se na informação recolhida ao longo <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is anos <strong>de</strong> implementação <strong>do</strong> projecto, eparticularmente nas duas missões <strong>de</strong> avaliação (a primeira <strong>de</strong> 21 a 31 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2008 e a segunda <strong>de</strong> 18 a31 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2009). Relativamente a estas duas missões, realizaram-se reuniões com os vários grupos <strong>de</strong>interesse, incluin<strong>do</strong> responsáveis governamentais e institucionais em Bissau e parceiros e grupos-alvo dasactivida<strong>de</strong>s nas regiões <strong>de</strong> Bafatá, Cacheu, Quínara e Tombali. Em Portugal, foi igualmente recolhidainformação junto <strong>do</strong> Departamento <strong>de</strong> Administração Geral e <strong>do</strong> Departamento <strong>de</strong> Plataformas eComunicação, na se<strong>de</strong> da Fundação Evangelização e Culturas (<strong>FEC</strong>), em Lisboa.A equipa da missão <strong>de</strong> avaliação final incluiu <strong>do</strong>is avalia<strong>do</strong>res, um com experiência na área da Cooperaçãoe outro no sector da educação (<strong>do</strong>ravante <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong>s <strong>de</strong> avalia<strong>do</strong>res <strong>FEC</strong>), e o gestor <strong>do</strong> projecto. Emfunção das regiões e das activida<strong>de</strong>s, foram ausculta<strong>do</strong>s diferentes representantes <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> interesse,nomeadamente representantes <strong>do</strong>s parceiros: Plan GB (Ibraima Djinfam e Cirilo Varela); SNV (MariaCarreira e Isabel Miranda); Pe. Comissão Interdiocesana <strong>de</strong> Educação e Ensino – CIEE (Jo<strong>aqui</strong>m Pereira);Bispos das Dioceses <strong>de</strong> Bafatá e Bissau (D. Pedro Zilli e D. José Câmnate), representantes <strong>do</strong>s gruposalvo:professores, directores, representantes associativos; representantes <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s colabora<strong>do</strong>ras:Direcções Regionais <strong>de</strong> Educação – DRE <strong>de</strong> Bafatá e Cacheu, e a Direcção Geral <strong>do</strong> Ensino Básico eSecundário <strong>do</strong> Ministério da Educação (Juvenal Ferreira). A redacção <strong>do</strong> presente relatório contou com oscontributos <strong>do</strong>s técnicos forma<strong>do</strong>res <strong>do</strong> projecto, <strong>do</strong>s avalia<strong>do</strong>res <strong>FEC</strong>, da coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra para a educação,<strong>do</strong> gestor <strong>de</strong> projecto e <strong>do</strong> back Office <strong>do</strong> «+Escola).2 Eficiência: Quão bem os inputs/meios/recursos foram converti<strong>do</strong>s em activida<strong>de</strong>s, em termos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, quantida<strong>de</strong> etempo, e a qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s alcança<strong>do</strong>s (PCM Gui<strong>de</strong>lines, Vol. I, European Comission, p. 49).3 Eficácia: Uma avaliação da contribuição <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s no alcance <strong>do</strong> objectivo específico <strong>do</strong> projecto, e como os pressupostos<strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s afectaram essa contribuição (PCM Gui<strong>de</strong>lines, Vol. I, European Comission, p. 49).4 Impacto: O efeito <strong>do</strong> projecto no ambiente envolvente e a sua contribuição para os objectivos das políticas ou <strong>do</strong> sector (<strong>de</strong>acor<strong>do</strong> com o formula<strong>do</strong> no objectivo geral <strong>do</strong> projecto).5 Sustentabilida<strong>de</strong>: Análise da probabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s benefícios produzi<strong>do</strong>s pelo projecto continuar <strong>de</strong>pois <strong>do</strong> fim <strong>do</strong> financiamento eintervenção exterior, com particular referência aos seguintes factores: apropriação pelos beneficiários, apoio daspolíticas/estratégias, factores económico-financeiros, aspectos socio-culturais, igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género, a<strong>de</strong>quação da tecnologia,aspectos ambientais.6


FUNDAÇÃO EVANGELIZAÇÃO E CULTURAS<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final │ Setembro 2007 – Agosto 2009II. Resumo Executivo e RecomendaçõesO «+Escola» foi concebi<strong>do</strong> em 2007 extrain<strong>do</strong> as recomendações da avaliação <strong>do</strong> ciclo <strong>do</strong> projectoPAEIGB da <strong>FEC</strong> realiza<strong>do</strong> em <strong>do</strong>is processos autónomos, um da responsabilida<strong>de</strong> da <strong>FEC</strong> e outro <strong>do</strong>IPAD. A estas recomendações somam-se experiências bem sucedidas na África subsaariana, em particular<strong>do</strong>s países francófonos, e em escolas <strong>de</strong> base comunitária. O conhecimento que a <strong>FEC</strong> <strong>de</strong>tém <strong>do</strong> sector daeducação e da realida<strong>de</strong> sócio-cultural da Guiné-Bissau constituiu uma das mais-valias para a concepção<strong>do</strong> projecto experimental <strong>do</strong> «Escola».Face a estes pontos <strong>de</strong> partida, é possível fin<strong>do</strong> os <strong>do</strong>is anos <strong>do</strong> «Escola» avaliar <strong>de</strong> forma muito positiva,já que se verificou um aumento <strong>de</strong> 27,58% da taxa média <strong>de</strong> progresso <strong>do</strong> Índice <strong>de</strong> Capacida<strong>de</strong> Lectiva<strong>do</strong>s professores em relação aos 10% indica<strong>do</strong>s na proposta narrativa, em Setembro <strong>de</strong> 2007. A esteindica<strong>do</strong>r, acresce uma diminuição da taxa <strong>de</strong> aban<strong>do</strong>no masculino e feminino com <strong>de</strong>staque particularpara as raparigas, as quais registaram uma diminuição da taxa <strong>de</strong> aban<strong>do</strong>no escolar <strong>de</strong> 63,4% <strong>de</strong> 2007 a2009.Sobre a questão <strong>do</strong> género, po<strong>de</strong>mos afirmar que as raparigas alunas <strong>do</strong>s professores-alvo subiramclaramente <strong>de</strong> rendimento a nível escolar, também proporciona<strong>do</strong> pela gran<strong>de</strong> diminuição <strong>de</strong> aban<strong>do</strong>noescolar já menciona<strong>do</strong>. Este facto parece indicar que há uma resposta positiva aos vários projectosregionais que lidam com a questão <strong>do</strong> género. No entanto, esta questão necessita <strong>de</strong> mais aprofundamentoe esforço, pois a nível absoluto, ainda há uma larga disparida<strong>de</strong> entre os resulta<strong>do</strong>s globais <strong>de</strong> rapazes eraparigas, e ainda são visíveis as reticências a nível social e familiar da integração total das raparigas nasestruturas escolares e das professoras e directoras em espaços <strong>de</strong> formação marcadamente masculinos.Os professores participantes <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> formação apresentaram uma taxa <strong>de</strong> aproveitamento superiorao que era espera<strong>do</strong>. No entanto, a que referir que este é <strong>de</strong>sigual entre a Região <strong>de</strong> Bafatá e <strong>de</strong> Cacheu,<strong>de</strong>corrente da especificida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada escola e forma <strong>de</strong> organização comunitária. Por esta razão, a <strong>FEC</strong>apresentou alterações no processo <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> directores <strong>do</strong> ano 1 para o ano 2, as quais foramaprovadas <strong>de</strong> imediato pelos financia<strong>do</strong>res, com <strong>de</strong>staque para a PLAN-GB. As mais-valias da integração<strong>de</strong> um técnico-forma<strong>do</strong>r guineense para o acompanhamento <strong>de</strong> directores <strong>de</strong> escola na Região <strong>de</strong> Bafatáverificaram-se objectivamente na celebração <strong>de</strong> contratos <strong>de</strong> 9 meses para 18 professores em 22 <strong>de</strong> 12escolas em 14, permitin<strong>do</strong> <strong>de</strong>ste mo<strong>do</strong> passos para um aumento da estabilida<strong>de</strong> escolar e <strong>de</strong> dias lectivoscumpri<strong>do</strong>s.7


<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final│ Setembro 2007 – Agosto 2009Outras alterações foram implementadas <strong>do</strong> primeiro para o segun<strong>do</strong> ano <strong>de</strong> projecto. A integração <strong>de</strong> umaconsultora <strong>de</strong> educação resi<strong>de</strong>nte na Guiné-Bissau assumin<strong>do</strong> a coor<strong>de</strong>nação pedagógica <strong>do</strong> projecto. Asvantagens fizeram-se sentir <strong>de</strong> imediato na concepção e produção <strong>de</strong> instrumentos <strong>de</strong> formação maisimediata. Permitiu igualmente um acompanhamento mais imediato das necessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s TF cuja distâncianem sempre permitia uma comunicação e explicitação das mesmas.Em termos <strong>de</strong> gestão financeira <strong>do</strong> «+Escola», verificou-se uma execução global <strong>de</strong> 100%, apesar dasdificulda<strong>de</strong>s experimentadas com a suspensão <strong>do</strong> financiamento da Action Aid, no final <strong>do</strong> ano 1, o qualfoi rapidamente supri<strong>do</strong> com a integração da SNV. A este constrangimento, regista-se a situação políticomilitar,que se acentuou em particular no ano 2 <strong>do</strong> projecto e cujo projecto não ficou indiferente. Paraalém <strong>de</strong> elementos previstos não cumpri<strong>do</strong>s (celebração <strong>de</strong> protocolo com o Ministério da Educação,certificação das formações), os efeitos sociais foram visíveis na vida <strong>do</strong>s forman<strong>do</strong>s e, por conseguinte, nopróprio projecto. Face a este contexto, torna-se fundamental salientar o papel e empenho <strong>do</strong> público-alvo,<strong>do</strong>s parceiros e financia<strong>do</strong>res para contrariar os constrangimentos, contribuin<strong>do</strong> para o sucesso <strong>do</strong>«+Escola» e a reflexão sobre activida<strong>de</strong>s futuras após este ciclo <strong>de</strong> projecto.8


FUNDAÇÃO EVANGELIZAÇÃO E CULTURAS<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final │ Setembro 2007 – Agosto 2009Quadro 1: Análise da intervenção (Setembro 2007 a Agosto 2009)1| Relações parceria/ institucionais/ público-alvo• Convocação da reunião <strong>de</strong> apresentação institucional aos parceiros para entrega <strong>do</strong> calendário<strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s da equipa no que concerne às formações e visitas às escolas.• Continuar com os encontros regionais e gerais na Diocese, a fim <strong>de</strong> não se per<strong>de</strong>r o contacto ea troca <strong>de</strong> boas práticas.• Dar continuida<strong>de</strong> à vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> estabelecer acor<strong>do</strong>s <strong>de</strong> parceria com ONG locais• Calendarização das activida<strong>de</strong>s formativas e <strong>de</strong> acompanhamento em diálogo com público-alvono início <strong>do</strong> ano.• Convocação da reunião <strong>de</strong> apresentação no início <strong>do</strong> ano com o grupo-alvo e com os parceirosA Manter2| Meto<strong>do</strong>logia2.1. Formativa e educativa• Privilegiar a construção <strong>de</strong> materiais didácticos e explorar os manuais escolares nacionais.• Continuação da meto<strong>do</strong>logia <strong>de</strong> observação <strong>de</strong> aulas em todas as turmas (classes) que umprofessor tiver para melhor conhecer a sua prática pedagógica.• Continuação da meto<strong>do</strong>logia <strong>de</strong> rotativida<strong>de</strong> das TF nas observações/professor.• Continuar a explorar a sebenta + Escola, + I<strong>de</strong>ias na formação <strong>de</strong> Língua Portuguesa eCiências Integradas.• Apresentação <strong>de</strong> filmes para análise e discussão nas formações mas ten<strong>do</strong> em atenção o nível<strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s forman<strong>do</strong>s.• Exploração das potencialida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s baús pedagógicos e outros materiais entregues durante asformações ministradas pela <strong>FEC</strong>.• Promoção da reutilização <strong>de</strong> material didáctico e <strong>de</strong> escritório.• Convidar ora<strong>do</strong>res da área <strong>de</strong> ciências para ministrar sessões <strong>de</strong> formação, na área <strong>de</strong> C.I.• Fomento <strong>do</strong> uso das tecnologias, em harmonia com o ambiente, através da diminuição dasimpressões/fotocópias e privilegian<strong>do</strong> as digitalizações.• Distribuição da publicação <strong>do</strong> Boletim +Escola.• Estruturação <strong>do</strong> programa <strong>de</strong> L.P. por temas, que visem explorar várias modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> leiturae diferentes tipos <strong>de</strong> texto.• Calendarização prévia das observações <strong>de</strong> aula com os professoresIntercâmbio entre directores da região <strong>de</strong> Bafatá e Cacheu para promoção <strong>de</strong> boas práticas• No âmbito das C.I., diversificar os instrumentos e situações <strong>de</strong> avaliação aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ao seucarácter prático/experimental.2.2. Ciclo <strong>de</strong> projecto• Envolver os diferentes actores <strong>de</strong>tentores <strong>de</strong> interesses na área da educação, principalmenteaqueles com intervenção local nas diferentes activida<strong>de</strong>s realizadas.• Promover o preenchimento das pautas <strong>de</strong> notas escolares por género.• Procurar assegurar a continuida<strong>de</strong> <strong>do</strong> fornecimento (por parte da DRE) ou encomenda /compra (por parte da Associações) <strong>do</strong>s Livros <strong>de</strong> Sumários e Registo Diário da Frequência(sustentabilida<strong>de</strong>)• Manter mecanismos <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação, como os pontos focais e responsáveis <strong>de</strong> equipa.• Optimização da utilização <strong>do</strong> MANGO no âmbito da gestão financeira <strong>do</strong> projecto.9


<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final│ Setembro 2007 – Agosto 20091| Relações parceria/ institucionais/ público-alvoArticular calendário da formação com inspectores da ETR e calendário das COME.• Acordar com os professores a apresentação da planificação no início da aula a que os TF vãoassistir na sessão <strong>de</strong> abertura em Outubro.• Sensibilizar os professores para comunicar a impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comparecer a uma observação<strong>de</strong> aulas agendada, ou qualquer indisponibilida<strong>de</strong> que altere os planos <strong>de</strong> trabalho• Promover o preenchimento das fichas <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>do</strong> comité <strong>de</strong> gestão.• Sensibilização <strong>do</strong>s directores das escolas para serem tutores <strong>do</strong>s professores;• Calendarização <strong>de</strong> visitas conjuntas com os inspectores da DRE e CDF;A Melhorar2| Meto<strong>do</strong>logia2.1. Formativa e educativa• Aproveitar e melhorar espaços que permitam a reflexão entre forman<strong>do</strong>s <strong>de</strong> situaçõesobservadas pelos forma<strong>do</strong>res aquan<strong>do</strong> da observação <strong>de</strong> aulas• Pensar em inovar e consi<strong>de</strong>rar mais formas <strong>de</strong> fomentar o uso das tecnologias, em harmoniacom o ambiente.• Reforço da matéria dada em gestão e administração escolar na região <strong>de</strong> Bafatá, principalmenteo tema <strong>de</strong> gestão financeira.• Acompanhamento, <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> possível, <strong>do</strong>s professores no preenchimento <strong>de</strong> instrumentosadministrativos (pautas, ficha <strong>de</strong> apoio ao ICL, registo diário <strong>de</strong> frequência, livro <strong>de</strong> sumário);Promoção da formação e apoio atempa<strong>do</strong> e contínuo no manuseamento <strong>do</strong> instrumento <strong>de</strong>trabalho ICL e das ferramentas para obtenção <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s a serem inseri<strong>do</strong>s no ICL2.2. Ciclo <strong>de</strong> projecto• Reformular alguns <strong>do</strong>s instrumentos e processos <strong>de</strong> gestão administrativa e avaliação <strong>do</strong>projecto.• Melhorar a comunicação relativa à especificação e partilha <strong>do</strong>s Termos <strong>de</strong> Referência <strong>do</strong>sRecursos Humanos <strong>do</strong> projecto;• Comunicação atempada, das recomendações <strong>do</strong>s relatórios <strong>de</strong> Monitorização e <strong>Avaliação</strong> paraalteração <strong>de</strong> práticas;• <strong>Avaliação</strong> <strong>do</strong>s mecanismos <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação, com os pontos focais e responsáveis <strong>de</strong> equipa;• Organização <strong>do</strong>s instrumentos <strong>de</strong> trabalho por activida<strong>de</strong>s;• Especificação <strong>do</strong>s procedimentos logísticos, no terreno, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início <strong>do</strong> projecto;• Desenvolvimento <strong>de</strong> uma estratégia <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocação <strong>do</strong>s TF às EC que garanta um meio <strong>de</strong>transporte seguro e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a sua integrida<strong>de</strong> física;10


FUNDAÇÃO EVANGELIZAÇÃO E CULTURAS<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final │ Setembro 2007 – Agosto 2009III. Desenvolvimentos ao nível <strong>do</strong> Contexto Político e Programático3.1. Política sectorialO perío<strong>do</strong> referente a execução <strong>do</strong> ciclo <strong>do</strong> <strong>Projecto</strong> «+ Escola» foi afecta<strong>do</strong> pela instabilida<strong>de</strong> política quese acentuou <strong>de</strong> forma mais significativa a partir <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2008, com a queda <strong>do</strong> Governo nesse mês, onovo elenco ministerial viria a assumir funções em Novembro <strong>de</strong> 2008, após as eleições legislativas.O primeiro semestre <strong>de</strong> 2009 viria a ser perturba<strong>do</strong> pelo assassinato <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>-Maior Generaldas Forças Armadas, <strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte da República da Guiné-Bissau e <strong>de</strong> <strong>do</strong>is políticos guineenses. Ainstabilida<strong>de</strong> sócio-política reflectiu-se no sector da educação com a substituição <strong>de</strong> dirigentes políticos eadministrativos <strong>do</strong> Ministério da Educação, entre os quais o presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> Instituto Nacional para ODesenvolvimento da Educação (INDE) 6 e atrasos recorrentes no pagamento <strong>de</strong> salários na funçãopública, nomeadamente aos professores. O funcionamento das escolas públicas foi <strong>de</strong>scontínuo, marca<strong>do</strong>por sucessivas greves <strong>de</strong> professores, <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> salários em atraso na or<strong>de</strong>m <strong>do</strong>s seis meses, ao longo<strong>do</strong> ano lectivo <strong>de</strong> 2008-2009.6 O presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> INDE empossa<strong>do</strong> em Setembro 2008 viria a aceitar um lugar no Secretaria<strong>do</strong> Nacional <strong>de</strong> LutaContra a SIDA em Abril 2009, não sen<strong>do</strong> substituí<strong>do</strong> pelo Ministério <strong>de</strong> Educação. Nesta condição <strong>de</strong> in<strong>de</strong>finição ainstituição já <strong>de</strong> si bastante fragilizada, num contexto <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> incerteza quanto à linha política e ausência <strong>de</strong>recursos, paralisou por completo.11


<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final│ Setembro 2007 – Agosto 2009Apesar <strong>de</strong>ste cenário, é necessário evi<strong>de</strong>nciar <strong>do</strong>is acontecimentos para benefício <strong>do</strong> sector educativo: 1) arealização <strong>do</strong> RESEN – diagnóstico nacional <strong>do</strong> sector educativo na Guiné-Bissau 7 – <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> prazoestabeleci<strong>do</strong>; 2) a elaboração da Carta Política <strong>do</strong> Sector Educativo, <strong>do</strong>cumento <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição estratégicadas priorida<strong>de</strong>s para a educação. 8 Estes <strong>do</strong>is elementos constituem passos essenciais para a concretização<strong>do</strong> Programa Sectorial <strong>de</strong> Educação que permitirá o acesso a fun<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Banco Mundial.No quadro <strong>do</strong> RESEN e da referida Carta, o Governo aponta um conjunto <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong>s com vista aalcançar as metas acordadas <strong>de</strong> uma Educação Para To<strong>do</strong>s, das quais se <strong>de</strong>stacam a intenção política <strong>de</strong>consignar 17% <strong>do</strong>s recursos públicos para o sector <strong>de</strong> educação até 2015, atribuin<strong>do</strong> 50% <strong>do</strong> orçamento<strong>do</strong> sector aos 6 primeiros anos <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> até 2020.Outra das priorida<strong>de</strong>s inci<strong>de</strong> no pré-escolar, praticamente ausente <strong>do</strong> discurso político há quatro anosatrás, estabelecen<strong>do</strong>-se como meta para 2020 uma taxa <strong>de</strong> inscrição bruta <strong>de</strong> 11% (contra os 4,8% em2006) das crianças guineenses.Aos <strong>do</strong>is sistemas já referi<strong>do</strong>s, soma-se igualmente o subsector <strong>do</strong> ensino profissional, tal como foievi<strong>de</strong>ncia<strong>do</strong> pelo representante <strong>do</strong> grupo <strong>do</strong> Ministério <strong>de</strong> Educação responsável pela elaboração <strong>do</strong>Programa Sectorial no Encontro Nacional <strong>de</strong> Educação da Igreja Católica, promovi<strong>do</strong> pela <strong>FEC</strong>, em Maio<strong>de</strong> 2009. 9 Espera-se que, em 2020, o número <strong>de</strong> alunos finalistas <strong>de</strong> cursos profissionais seja <strong>de</strong> 6 900(15% <strong>do</strong> total da população estudantil expectável naquele ano), contra 426 regista<strong>do</strong>s em 2006.Para a concretização <strong>do</strong> Programa Sectorial <strong>de</strong> Educação, o Ministério da Educação prevê a necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> recrutar cerca <strong>de</strong> 500 professores para o Ensino Básico e 1500 para o Ensino Secundário. Com vista aacelerar o processo <strong>de</strong> recrutamento, prevê-se que a duração da formação <strong>de</strong> professores <strong>do</strong> EnsinoBásico passe <strong>de</strong> três para um ano e meio a partir <strong>de</strong> 2010.Aos recursos humanos, i<strong>de</strong>ntifica-se a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recuperar e construir instalações escolares quepermitam integrar o aumento da população estudantil no sistema: 48% da taxa <strong>de</strong> alunos que conclui oprimeiro ciclo <strong>do</strong> secundário em 2020 (contra 25% em 2006), para 18% os que concluem o segun<strong>do</strong> ciclo<strong>do</strong> ensino secundário, para 0,25% <strong>do</strong> total da população o número <strong>de</strong> estudantes universitários no país e7 Este estu<strong>do</strong> está a ser <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> pelo Ministério da Educação e <strong>do</strong> Ensino Superior da Guiné-Bissau, com oapoio técnico <strong>do</strong> Pólo <strong>de</strong> Dacar da UNESCO e com o suporte financeiro <strong>do</strong> Banco Mundial. Participam aindarepresentantes <strong>do</strong>s países com cooperação bilateral e <strong>de</strong> várias organizações internacionais. Em Junho <strong>de</strong> 2009, a<strong>FEC</strong>, com o apoio <strong>do</strong> IPAD, foi formalmente integrada no grupo responsável pela elaboração <strong>do</strong> plano Sectorial <strong>de</strong>Educação. Por inerências circunstanciais as reuniões <strong>de</strong> trabalho previstas para Julho não foram realizadas.8 A Carta <strong>de</strong> Política Educativa espera aprovação <strong>do</strong> Conselho <strong>de</strong> Ministros.9 À semelhança <strong>do</strong> Fórum <strong>de</strong> Educação realiza<strong>do</strong> em 2008, este encontro reuniu representantes <strong>do</strong>s váriosquadrantes <strong>do</strong> sector educativo em trono <strong>de</strong> uma reflexão sobre a qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> ensino na Guiné-Bissau. O<strong>do</strong>cumento síntese <strong>de</strong>ste Encontro está disponível em www.fecongd.net.12


FUNDAÇÃO EVANGELIZAÇÃO E CULTURAS<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final │ Setembro 2007 – Agosto 2009para 100% os indivíduos entre os 15-35 anos alfabetiza<strong>do</strong>s em 2020 (contra 42% em 2006). Para apoiar oingresso <strong>de</strong>stes alunos, o Ministério da Educação concebe o aumento das <strong>de</strong>spesas pedagógicas por aluno(<strong>de</strong> 4 000 FCFA/6,10€ a partir <strong>de</strong> 2011 contra 326 FCFA/0,50€, em 2006) e atribuição <strong>de</strong> apoios para10% <strong>do</strong>s alunos a partir <strong>de</strong> 2010.O RESEN e a Carta Política <strong>do</strong> Sector Educativo <strong>de</strong>stacam igualmente a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se valorizar aescolarização das raparigas e a iniciativa privada, comunitária e outras actuações apoiadas por movimentosda socieda<strong>de</strong> civil 10 como contributo essencial para uma educação <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.Para além <strong>de</strong>stas priorida<strong>de</strong>s políticas, o sector da educação carece <strong>de</strong> <strong>do</strong>cumentos orienta<strong>do</strong>res queenquadram o sistema <strong>de</strong> ensino, nomeadamente uma revisão da Lei <strong>de</strong> Bases <strong>do</strong> Sistema Educativo e <strong>do</strong>Estatuto da Carreira Docente, integran<strong>do</strong> novas modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> organização educativa. 11 Em Julho <strong>de</strong>2008, o INDE, na sequência das recomendações <strong>do</strong> Fórum <strong>de</strong> Educação, 12 promovi<strong>do</strong> pela <strong>FEC</strong> emparceria com este instituto, o Instituto Camões e o IPAD, 13 manifestou a intenção <strong>de</strong> criar um grupo <strong>de</strong>trabalho sobre o <strong>do</strong>ssier <strong>de</strong> acreditação da formação em serviço, com a participação <strong>de</strong> várias organizações<strong>de</strong> referência, entre as quais a <strong>FEC</strong> 14 . Infelizmente o contexto político não permitiu qualquer avanço nestesenti<strong>do</strong>.3.2. Características <strong>do</strong> sectorOs da<strong>do</strong>s estatísticos analisa<strong>do</strong>s provêm <strong>do</strong> levantamento efectua<strong>do</strong> pela <strong>FEC</strong>, nomeadamente junto dasDRE com quem colabora directamente, 15 já que os da<strong>do</strong>s apresenta<strong>do</strong>s no RESEN são <strong>de</strong> 2006.10 Por altura <strong>do</strong> seminário <strong>de</strong> lançamento <strong>do</strong> RESEN (Fevereiro 2008), a <strong>FEC</strong> e a Plan GB tiveram oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>apontar a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se levarem em consi<strong>de</strong>ração os sub-sistemas escolares não públicos (caso <strong>do</strong>s priva<strong>do</strong>s ecom participação comunitária) no diagnóstico, dada a importância <strong>do</strong>s mesmos em termos <strong>do</strong> acesso a uma educaçãobásica para to<strong>do</strong>s na Guiné-Bissau, à semelhança <strong>do</strong> que acontece no resto da sub-região da África Oci<strong>de</strong>ntal.11 Caso das escolas comunitárias, escolas públicas com o envolvimento <strong>de</strong> associações e as escolas <strong>de</strong> autogestão.12 A avaliação das intervenções no sector da educação IPAD, <strong>Avaliação</strong> <strong>de</strong> três intervenções no sector da educaçãona Guiné-Bissau (2000-2007), p.82. financiadas pela Cooperação Portuguesa, realizada em Dezembro <strong>de</strong> 2007,também já apontava para um conjunto <strong>de</strong> princípios base para a elaboração <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> acreditação da formaçãoem serviço. Sobre este assunto ver <strong>do</strong>cumento Síntese <strong>do</strong> Fórum <strong>de</strong> Educação e o <strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> <strong>Avaliação</strong> Intermédia<strong>do</strong> projecto «+ Escola» em www.fecongd.net.13 O fórum <strong>de</strong>correu no Centro Cultural Português, em Bissau, nos dias 25 e 26 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2008 e visoureflectir sobre o sistema educativo guineense, com particular <strong>de</strong>staque para o ensino básico. Marcaram presença noFórum um leque alarga<strong>do</strong> <strong>de</strong> participantes, num total <strong>de</strong> 176 pessoas <strong>de</strong> todas as regiões <strong>do</strong> país e representan<strong>do</strong> oMinistério da Educação, agências <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, ONGs, estabelecimentos <strong>de</strong> ensino superior, secundário ebásico, associações, comités <strong>de</strong> escola, missões religiosas, sindicato, entida<strong>de</strong>s estatais guineenses e estrangeiras comabrangência nacional com interesse na matéria.14 A este propósito foi facilita<strong>do</strong> ao INDE e ao MENCC o acesso ao <strong>do</strong>ssier <strong>de</strong> acreditação das entida<strong>de</strong>sforma<strong>do</strong>ras utiliza<strong>do</strong> em Portugal pelo Instituto para a Qualida<strong>de</strong> da Formação.15 Foram forneci<strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s pelas DRE <strong>de</strong> Cacheu, Bafatá e Tombali. Na ausência <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s da DRE e Quinara,apresentamos neste relatório somente elementos respeitantes às regiões on<strong>de</strong> é realizada uma intervenção integrada(formação <strong>de</strong> professores; formação em gestão escolar e apetrechamento <strong>de</strong> escolas): Cacheu e Bafatá.13


<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final│ Setembro 2007 – Agosto 2009A informação reporta-se para além das escolas públicas a quatro tipos <strong>de</strong> gestão: a) pública <strong>de</strong> iniciativacomunitária; b) comunitária; c) auto-gestão e d) privada, existentes nas regiões <strong>de</strong> Bafatá e Cacheu. Osda<strong>do</strong>s apresenta<strong>do</strong>s nos Quadros 2 e 3 apontam claramente para uma pre<strong>do</strong>minância das escolas <strong>de</strong> carizcomunitário no sistema educativo das duas regiões em análise, cerca <strong>de</strong> 60% na região <strong>de</strong> Cacheu e mais<strong>de</strong> 70% em Bafatá. Comparan<strong>do</strong> os da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> ano lectivo 2007/2008, com os que foram apresenta<strong>do</strong>saquan<strong>do</strong> <strong>do</strong> pedi<strong>do</strong> <strong>de</strong> financiamento – relativos a 2003/2004 – verifica-se uma tendência para adiminuição <strong>do</strong> número <strong>de</strong> escolas públicas (<strong>de</strong> 157, passam para 147 no conjunto das duas regiões) eprivadas (<strong>de</strong> 31 para 23). Em senti<strong>do</strong> contrário regista-se um aumento consi<strong>de</strong>rável <strong>do</strong> número <strong>de</strong> escolas<strong>de</strong> base comunitária (<strong>de</strong> 227 para 358).Na região <strong>de</strong> Cacheu, a participação da socieda<strong>de</strong> civil continua a <strong>de</strong>stacar-se através <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>signa<strong>do</strong><strong>de</strong> «escolas públicas <strong>de</strong> iniciativa comunitária», que beneficiam <strong>do</strong> apoio <strong>de</strong> associações <strong>de</strong> base manjaca –etnia pre<strong>do</strong>minante na região - e emigrantes, muitas <strong>de</strong>las enquadradas na Confe<strong>de</strong>ração das OrganizaçõesNão Governamentais e Associações Intervenientes ao Sul <strong>do</strong> Rio Cacheu, comummente conhecida porCONGAI/SRC – UNOR ALING. 16 Este aumento evi<strong>de</strong>ncia a mobilização das populações <strong>do</strong> interior daRegião <strong>de</strong> Cacheu em respon<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s educativas não colmatadas pelo Esta<strong>do</strong>, autoorganizan<strong>do</strong>-seno senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> garantirem o acesso à educação <strong>do</strong>s seus filhos. A análise <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s <strong>do</strong>Quadro 2 permite igualmente verificar que fora das três principais cida<strong>de</strong>s da região (Cacheu, Canchungoe Bula), a população procura criar oportunida<strong>de</strong>s para que os seus filhos tenham acesso à escola em locaismais isola<strong>do</strong>s em que o Esta<strong>do</strong> apresenta menos estabelecimentos <strong>de</strong> ensinoQuadro 2 - Relação nominal das escolas <strong>do</strong> Ensino Básico e Secundário ano lectivo 2007/08 Região <strong>de</strong> CacheuTipo <strong>de</strong>Pública <strong>de</strong>Auto-Gestão Pública Iniciativa ComunitáriaPrivada Total %GestãoSectorComunitáriaS. Domingos 2 18 23 43 19,28%Bigene 15 15 32 8 70 31,39%Cacheu 11 3 1 15 6,73%Bula 15 5 6 1 2 29 13,00%Canchungo 19 12 2 2 35 15,70%Calequisse 5 1 --- 6 12 5,38%Caio 7 4 7 1 19 8,52%Total 74 58 71 8 12 223 100,00%% 33,18% 26,01% 31,84% 3,59% 5,38% 100,00%Fonte: DRE <strong>de</strong> Cacheu e CIEE16 Estatutos da CONGAI/SRC – UNOR ALING, Capítulo I, Artigos 1º e 2º, Bissau, 20 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2005. Doravanteapresentada apenas como CONGAI, o que significa em Manjaco, língua da etnia pre<strong>do</strong>minante nesta região, basta <strong>de</strong>canseiras14


FUNDAÇÃO EVANGELIZAÇÃO E CULTURAS<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final │ Setembro 2007 – Agosto 2009Na região <strong>de</strong> Bafatá, a socieda<strong>de</strong> civil tem-se organiza<strong>do</strong> mais em torno <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> «escolascomunitárias». Tal como acontece na Região <strong>de</strong> Cacheu, este mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão escolar contribui para quemuitas crianças e jovens tenham oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> frequentarem a escola, o que sem a participação dacomunida<strong>de</strong> lhes seria negada esta possibilida<strong>de</strong>, como seja nos sectores <strong>de</strong> Contuboel, Cossé e Xitole.Quadro 3: Relação nominal das escolas <strong>do</strong> Ensino Básico e Secundário ano lectivo 2007/08 Região <strong>de</strong> BafatáTipo <strong>de</strong>GestãoSectorPúblicaComunitárioAutogestãoPrivada Madrassa Total %Bafatá 25 46 7 8 86 27,48%Bambadinca 17 34 1 4 56 17,89%Contubuel 8 56 64 20,45%Ganadú 11 33 44 14,06%Cossé 4 28 32 10,22%Xitole 8 24 32 10,22%Total 73 221 1 11 8 313 100,32%% 23,32% 70,61% 0,32% 3,51% 2,56% 100,00%Fonte: DRE <strong>de</strong> Bafatá e CIEEDas visitas efectuadas ao terreno, as equipas da <strong>FEC</strong> pu<strong>de</strong>ram constatar que nalgumas escolas públicas nointerior <strong>do</strong> país se registou, este ano, um movimento por parte da comunida<strong>de</strong> educativa no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong>angariar fun<strong>do</strong>s que permitissem garantir um rendimento mínimo aos professores (seguin<strong>do</strong> o exemplodas escolas <strong>de</strong> base comunitária) que evitasse greves resultantes <strong>do</strong> atraso <strong>de</strong> salários.Apesar <strong>do</strong> esforço da comunida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> acções <strong>de</strong> agências e organizações internacionais e nacionais,verifica-se que algumas <strong>de</strong>ficiências apontadas na candidatura <strong>do</strong> + Escola (em Agosto 2007) continuam acaracterizar <strong>de</strong>ficientemente o sistema educativo guineense, <strong>do</strong>s quais se salienta: a) re<strong>de</strong> escolar; b)número e qualificação <strong>de</strong> professores; c) acesso a materiais <strong>de</strong> gestão escolar, pedagógicos e manuaisescolares (em gran<strong>de</strong> medida são as agências internacionais, a cooperação bilateral e as ONG que osfornecem às escolas, sen<strong>do</strong> que os manuais escolares disponibiliza<strong>do</strong>s no merca<strong>do</strong> em cada ano nuncachegam para a procura); d) sucesso e aban<strong>do</strong>no escolar.3.3. Outras intervençõesA formação <strong>de</strong> recursos humanos no sector da educação tem si<strong>do</strong> uma área importante <strong>de</strong> actuação <strong>do</strong>Ministério da Educação da Guiné-Bissau (MENES). Para a superação <strong>de</strong> professores <strong>do</strong> Ensino Básicocom qualificações inferiores à 11ª classe, o MENES contou com as parcerias da UNICEF e da Plan GB,nos anos lectivos 2006/2007, 2007/2008 e 2008/2009. Este programa contava ao longo <strong>do</strong>s três anoscom a formação <strong>de</strong> professores em sala e acompanhamento nas escolas. De acor<strong>do</strong> com contactos15


<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final│ Setembro 2007 – Agosto 2009manti<strong>do</strong>s com os diferentes intervenientes neste programa, só foram realiza<strong>do</strong>s alguns acompanhamentosno ano <strong>de</strong> 2007/2008, sobretu<strong>do</strong> na Região <strong>de</strong> Cacheu.Com vista a harmonizar a linha estratégica <strong>do</strong> MENES, a <strong>FEC</strong> <strong>de</strong>finiu os seus programas <strong>de</strong> formação <strong>de</strong>professores em serviço, em sintonia com os programas <strong>do</strong> Ensino Básico e instrumentos usa<strong>do</strong>s peloMENES, <strong>do</strong>s quais se <strong>de</strong>staca os «Ca<strong>de</strong>rnos Pedagógicos», edita<strong>do</strong>s em 2007. Para além da preocupaçãona capacitação <strong>de</strong> professores em serviço, o MENES tem manifesta<strong>do</strong> interesse em capacitar os directores<strong>de</strong> escola. Na sequência <strong>do</strong> Encontro Nacional <strong>de</strong> Educação da Igreja Católica (Bissau, Maio <strong>de</strong> 2009), oMinistério da Educação solicitou o apoio da <strong>FEC</strong> para a acção <strong>de</strong> formação em gestão e administraçãoescolar que se encontravam a preparar em Julho <strong>de</strong> 2009. Neste contexto, a <strong>FEC</strong> facultou um exemplar <strong>do</strong>«Manual <strong>de</strong> Procedimentos em Gestão e Administração Escolar», disponibilizan<strong>do</strong>-se para outrascolaborações.Apresenta-se <strong>de</strong> forma sucinta a participação <strong>de</strong> outras entida<strong>de</strong>s para além <strong>do</strong> Governo guineense comvista ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> sector da educação.a) Cooperação BilateralA educação continua a figurar como área prioritária da acção da Cooperação Portuguesa (PIC 2008-2010),concretizada no caso da Guiné-Bissau através <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong> Apoio ao Sistema <strong>de</strong> Ensino Guineense emconjunto com o Ministério da Educação português (PASEG); <strong>do</strong> apoio à Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Direito <strong>de</strong> Bissau e<strong>do</strong> co-financiamento <strong>do</strong> projecto «+ Escola» da <strong>FEC</strong>.O PASEG tem incidência nos liceus <strong>de</strong> Bissau e na Escola <strong>de</strong> Formação <strong>de</strong> Professores 17 <strong>de</strong> Fevereiro.Na sequência das recomendações da missão <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> IPAD realizada em Dezembro 2007, oPASEG reforçou a sua componente <strong>de</strong> formação em serviço <strong>de</strong> professores guineenses. Este programaencontra-se em processo <strong>de</strong> reestruturação, ten<strong>do</strong> o IPAD para o efeito contrata<strong>do</strong> os serviços da EscolaSuperior <strong>de</strong> Educação <strong>de</strong> Viana <strong>do</strong> Castelo. A <strong>FEC</strong> participou neste processo ao nível da disponibilização<strong>de</strong> informação sobre a forma <strong>de</strong> funcionamento <strong>do</strong> «+ Escola».Des<strong>de</strong> 1989 que a Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Direito <strong>de</strong> Bissau conta com o apoio <strong>do</strong> IPAD em articulação com aFaculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Direito <strong>de</strong> Lisboa, que mantém a coor<strong>de</strong>nação científica e o apoio ao funcionamentoadministrativo da estrutura. De acor<strong>do</strong> com a avaliação realizada pelo representante da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong>Direito <strong>de</strong> Lisboa, em reunião ocorrida em Maio <strong>de</strong> 2009, a Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Direito <strong>de</strong> Bissau não seencontra em condições para dispensar o apoio concedi<strong>do</strong>, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> por isso este ser alarga<strong>do</strong> nospróximos anos.16


FUNDAÇÃO EVANGELIZAÇÃO E CULTURAS<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final │ Setembro 2007 – Agosto 2009O projecto «+ Escola» resulta da experiência educativa acumulada pela <strong>FEC</strong> na Guiné-Bissau <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2001,tem um carácter experimental com objectivo <strong>de</strong> alargamento <strong>de</strong> boas práticas, após o fim <strong>do</strong> ciclo emAgosto <strong>de</strong> 2009.Para além <strong>de</strong>stes, o IPAD/Embaixada <strong>de</strong> Portugal apoia financeira e logisticamente um conjunto <strong>de</strong>outras iniciativas <strong>de</strong>senvolvidas por ONG locais e internacionais que vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a formação aofornecimento <strong>de</strong> material escolar.Ao nível da <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> políticas educativas, a Cooperação Portuguesa tem participa<strong>do</strong> activamente naelaboração <strong>do</strong> Programa Sectorial <strong>de</strong> Educação e no recrutamento <strong>de</strong> um assessor técnico para oMinistério <strong>de</strong> Educação na Guiné-Bissau. Ao longo <strong>de</strong> 2008/2009 foram ainda <strong>de</strong>senvolvidas negociaçõescom a UNICEF para <strong>de</strong>finição <strong>do</strong>s mol<strong>de</strong>s em que será <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> o apoio ao projecto «EnsuringAccess and Quality Basic Education to Very Vulnerable Children in Guinea Bissau», que contará com aparticipação da <strong>FEC</strong> e <strong>do</strong> PASEG na execução <strong>de</strong> partes <strong>do</strong> programa.O Instituto Camões aposta em duas vertentes da educação na Guiné-Bissau: por um la<strong>do</strong>, a formaçãoinicial <strong>de</strong> professores <strong>de</strong> português através da Licenciatura em Língua Portuguesa na Escola <strong>de</strong> Formação<strong>de</strong> Professores <strong>do</strong> Tchico Té (<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ano lectivo <strong>de</strong> 2002/03); por outro, a formação em exercício <strong>de</strong>professores <strong>de</strong> língua portuguesa (<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2005) através das Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Apoio Pedagógico (UAP), emfuncionamento em todas as se<strong>de</strong>s regionais <strong>do</strong> país, exceptuan<strong>do</strong> Buba. O Instituto Camões apoiou em2007 a realização <strong>do</strong> Fórum <strong>de</strong> Educação, promovi<strong>do</strong> pela <strong>FEC</strong>.Ao esforço da Cooperação Portuguesa, soma-se o da Cooperação Espanhola, que contribuiu para ofinanciamento <strong>do</strong> Programa Sectorial <strong>de</strong> Educação em 2007-2008; o das Cooperações Cubana e Brasileiraem matéria <strong>de</strong> alfabetização <strong>de</strong> adultos.b) Agências internacionaisA UNICEF e o Banco Mundial (BM) colaboram com o Ministério da Educação essencialmente a <strong>do</strong>isníveis: 1) elaboração <strong>do</strong> Programa Sectorial da Educação, incluin<strong>do</strong> o diagnóstico RESEN; 2) programa <strong>de</strong>formação <strong>de</strong> professores em serviço (cf. Cap. 3.4., p. 16). O BM tem centra<strong>do</strong> também a sua ajuda noapoio ao Orçamento <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong>, particularmente n salários <strong>de</strong> professores e directores <strong>de</strong> escola no anolectivo 2007/2008.17


<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final│ Setembro 2007 – Agosto 2009No ano lectivo 2007-2008, o Banco Africano <strong>de</strong> Desenvolvimento (BAD) começou com a implementação<strong>do</strong> Programa Educação III, em particular na organização da coor<strong>de</strong>nação <strong>do</strong> programa. 17c) ONG, associações e outras entida<strong>de</strong>s não governamentaisExistem diversas ONG nacionais e estrangeiras com actuação no sector da educação, <strong>de</strong>stacam-se aquelasque actuam nas mesmas regiões em que se <strong>de</strong>senvolve o projecto «+Escola» ou cujo impacto temrepercussões nas regiões-alvo <strong>do</strong> projecto.A Plan GB actua essencialmente nas regiões <strong>de</strong> Bafatá e Gabú, sobretu<strong>do</strong> através <strong>do</strong> apoio a jardins eescolas comunitárias (construção/formação) e no apoio financeiro/institucional ao Ministério daEducação a nível central e através das DRE a nível local. Na formação <strong>de</strong> professores <strong>do</strong> Ensino Básico,participou no programa da UNICEF e no projecto «+Escola» da <strong>FEC</strong>, com quem se encontra em análiseoutras propostas <strong>de</strong> actuação para as duas regiões indicadas.A actuação da SNV tem si<strong>do</strong> orientada para a consultoria estratégica <strong>do</strong>s vários organismos estataisliga<strong>do</strong>s à educação, <strong>de</strong>signadamente o INDE, as DRE <strong>de</strong> Bafatá e <strong>de</strong> Canchungo. 18 Esta ONG inicioutambém um trabalho com as escolas corânicas, com o objectivo <strong>de</strong> promover a sua inclusão no sistema <strong>de</strong>ensino guineense. No senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> optimizar esforços, a <strong>FEC</strong> e a SNV iniciaram contactos em Outubro <strong>de</strong>2008, <strong>do</strong>s quais resultou um acor<strong>do</strong> assina<strong>do</strong> em Maio <strong>de</strong> 2009, a vigorar até Agosto <strong>de</strong> 2009. Este acor<strong>do</strong>prevê o financiamento <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s da <strong>FEC</strong> <strong>de</strong>senvolvidas na Região <strong>de</strong> Cacheu que envolvamprofessores, directores, escolas, comunida<strong>de</strong>s e DRE.As entida<strong>de</strong>s ligadas a instituições religiosas também <strong>de</strong>sempenham um papel <strong>de</strong> relevo para o aumento daoferta educativa. As escolas madrassas, as escolas privadas sob a tutela <strong>de</strong> missões cristãs e as escolas <strong>de</strong>autogestão, que contam com a participação das missões católicas, constituem exemplos <strong>do</strong> envolvimentolaico <strong>de</strong>stas entida<strong>de</strong>s no sector. 19 Segun<strong>do</strong> o investiga<strong>do</strong>r Alfre<strong>do</strong> Ha<strong>de</strong>m, embora a Igreja Católica sópossua 8% <strong>do</strong>s estabelecimentos <strong>de</strong> ensino existentes na Guiné-Bissau, encontram-se inscritos em escolascom ligação a esta instituição 20% <strong>do</strong>s alunos guineenses. 20 Com orientação técnica da <strong>FEC</strong>, as escolasligadas às Diocese <strong>de</strong> Bissau e Bafatá foram pioneiras na elaboração <strong>de</strong> um «Manual <strong>de</strong> Procedimentos»das escolas geridas directa e indirectamente por elas, regula<strong>do</strong>r <strong>de</strong> diversas dimensões escolares.17 Para uma análise mais aprofundada <strong>de</strong>ste programa ver o Documento-síntese <strong>do</strong> Fórum sobre Educação naGuiné-Bissau realiza<strong>do</strong> em 25 e 26 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2008 em Bissau. Este <strong>do</strong>cumento está disponível emwww.fecongd.net.18 Entre outras.19 Nestes estabelecimentos <strong>de</strong> ensino não se professa a religião, seguin<strong>do</strong> o programa curricular <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. Emcontrapartida, nas escolas corânicas existem orientações <strong>de</strong> profissão religiosa20 Participação contida no «Documento <strong>de</strong> Síntese <strong>do</strong> Encontro Nacional <strong>de</strong> Educação da Igreja Católica»18


FUNDAÇÃO EVANGELIZAÇÃO E CULTURAS<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final │ Setembro 2007 – Agosto 2009Des<strong>de</strong> 2007-2008, que as Dioceses <strong>de</strong> Bissau e Bafatá iniciaram um Curso para Educa<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Infância,em Bissau. Nas instalações <strong>do</strong> Liceu João XXIII, reuniram-se cerca <strong>de</strong> 25 alunos, em horário intensivo aosfins-<strong>de</strong>-semana. Este curso inscreve-se numa estratégia <strong>de</strong> longo prazo que visa a criação <strong>de</strong> umainstituição <strong>de</strong> ensino superior em que, entre outros, constem cursos <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> professores <strong>do</strong>Ensino Básico. Foi também aberto em Bissau o ano 0 <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> Gestão da faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ziguinchor(Senegal), que está inserida na Universida<strong>de</strong> Católica da Região.IV. Análise <strong>do</strong> progresso realiza<strong>do</strong>Neste capítulo, realizar-se uma análise da eficiência sobre as activida<strong>de</strong>s e os resulta<strong>do</strong>s, da eficácia e <strong>do</strong>impacto. Outros aspectos mais transversais serão igualmente reflecti<strong>do</strong>s. Embora se façam referências ada<strong>do</strong>s <strong>do</strong> ano 1, <strong>de</strong>dicar-se-á mais atenção ao ano 2 e a análise global <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is anos <strong>do</strong> «+Escola». Sempreque se mostrar pertinente faremos referência às particularida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada região.4.1. Análise <strong>do</strong>s pressupostos e das pré-condições <strong>do</strong> projectoA análise das pré-condições e pressupostos <strong>do</strong> projecto reportam-se à actualização efectuada no <strong>Relatório</strong><strong>de</strong> Monitorização <strong>de</strong> Maio 2009.Ao longo <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is anos <strong>do</strong> «+Escola», foi possível constatar que alguns <strong>do</strong>s pressupostos <strong>de</strong> partida nãoforam garanti<strong>do</strong>s, o que teve consequências para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> projecto. Destes <strong>de</strong>staca-se asalterações climáticas que tiveram repercussões quer na <strong>de</strong>dicação <strong>do</strong>s professores e alunos na escola(menos dias cumpri<strong>do</strong>s em algumas escolas, sobretu<strong>do</strong> as comunitárias <strong>de</strong> Bafatá), quer na manutenção <strong>de</strong>algumas escolas cuja estrutura era mais precária (turmas sem aulas por ter fica<strong>do</strong> a sala <strong>de</strong>struída).Outro aspecto repetidamente referi<strong>do</strong> pren<strong>de</strong>-se à mobilida<strong>de</strong> e aos transportes disponíveis para arealização eficaz <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> professores e directores: <strong>do</strong>s forman<strong>do</strong>s para as se<strong>de</strong>sregionais <strong>de</strong> formação; <strong>do</strong>s TF da Região <strong>de</strong> Bafatá da <strong>FEC</strong> para as escolas <strong>do</strong> sector. Esta situaçãoconduziu a uma taxa <strong>de</strong> assiduida<strong>de</strong> menor nalguns casos e da parte da <strong>FEC</strong> há uma sobrecarga das horas<strong>de</strong> <strong>de</strong>dicação aos acompanhamentos, que teve repercussões noutras dimensões <strong>do</strong> projecto por falta <strong>de</strong><strong>de</strong>dicação.19


<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final│ Setembro 2007 – Agosto 2009No ano 2, verificaram-se algumas sobreposições no calendário <strong>do</strong>s forman<strong>do</strong>s entres organizações noterreno, inviabilizan<strong>do</strong> sem informação prévia a realização <strong>de</strong> observações <strong>de</strong> aulas. Ainda em 2008/2009,algumas escolas registaram ausências <strong>de</strong> professores por falta <strong>de</strong> pagamento <strong>do</strong> subsídio acorda<strong>do</strong> entreprofessor e comunida<strong>de</strong>, diminuin<strong>do</strong> <strong>de</strong>ste mo<strong>do</strong> o número <strong>de</strong> dias lectivos cumpri<strong>do</strong>s.O reconhecimento das formações por parte <strong>do</strong> INDE foi um <strong>do</strong>s pressupostos não garanti<strong>do</strong>s queafectam o envolvimento <strong>do</strong> público-alvo em acções futuras e, por conseguinte, ser analisa<strong>do</strong> no próximoano lectivo em termos institucionais.Relativamente ao financiamento <strong>do</strong> «+Escola», os parceiros acorda<strong>do</strong>s em 2007 continuaram até ao fim<strong>do</strong> ciclo <strong>do</strong> projecto, contribuin<strong>do</strong> para a estabilida<strong>de</strong> necessária para a execução <strong>do</strong> projecto, afectadaparcialmente com a cessação <strong>do</strong> contrato com a Action Aid por motivo <strong>de</strong> alteração da estratégiainstitucional, canalizada <strong>do</strong>ravante para o sector da segurança alimentar. Com o apoio da SNV (Maio2009), foi possível dar continuida<strong>de</strong> aos objectivos traça<strong>do</strong>s na proposta <strong>de</strong> base.4.2. Análise <strong>de</strong> eficiência4.2.1 Sobre as activida<strong>de</strong>sO processo <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> professores em serviço administra<strong>do</strong> pela <strong>FEC</strong> visava a <strong>aqui</strong>sição <strong>de</strong>conhecimentos e competências <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes e indirectamente <strong>do</strong>s alunos <strong>do</strong> Ensino Básico <strong>de</strong> 2007 a2009. Pretendia-se igualmente promover a auto-formação <strong>do</strong> professor, razão pela qual se privilegiarammomentos formativos construí<strong>do</strong>s a partir <strong>de</strong> trabalhos <strong>de</strong> grupo, individuais e <strong>de</strong> pesquisa. Nesse senti<strong>do</strong>,optou-se por diversas modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> formação: i) formação mensal; (Sába<strong>do</strong>s); ii) formação intensiva naspausas lectivas (Natal, Páscoa e fim <strong>de</strong> ano); iii) observação e acompanhamento <strong>de</strong> aulas; iv) constituição<strong>de</strong> um portfolio; v) preenchimento <strong>de</strong> instrumentos <strong>de</strong>correntes da activida<strong>de</strong> <strong>do</strong>cente (pautas, da<strong>do</strong>sestatísticos).O calendário e a meto<strong>do</strong>logia <strong>de</strong> formação e acompanhamento foram analisa<strong>do</strong>s em função dadisponibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s professores, em particular aos Sába<strong>do</strong>s e nas pausas lectivas, na vertente presencial enos dias <strong>de</strong> aulas nos acompanhamentos efectua<strong>do</strong>s pela <strong>FEC</strong> às escolas. Os programas em termos <strong>de</strong>conteú<strong>do</strong> obe<strong>de</strong>ceram a relevância dada pelo Ministério da Educação da Guiné-Bissau e pela frequênciacom que aparecem nos quatro anos <strong>do</strong> Ensino Básico Elementar. Para além da exploração <strong>do</strong> <strong>do</strong>míniocientífico, os programas exploraram a didáctica das áreas disciplinares.20


FUNDAÇÃO EVANGELIZAÇÃO E CULTURAS<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final │ Setembro 2007 – Agosto 2009O processo <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> professores envolveu duas regiões, cuja representação se encontra no Quadro4:Quadro 4 – Formação em serviço <strong>de</strong> professores «+Escola» 2007- 2009RegiãoBafatáProfessoresPrevistos200722Escolas14Português(ano 1 + ano 2)103 horas (37 +66)Formação em serviço(ano 1 + ano 2)CiênciasIntegradasMatemáticaAcompanhamentos54 horas 78 horas 13 rondas <strong>de</strong>observaçãoCacheu464104 horas (20 +84)72 horas 108 horas 13 rondas <strong>de</strong>observaçãoTotal 68 18207 horas 126 horas 186 horas 13 rondas <strong>de</strong>observação414 horas (LP) + 312 (MAT+CI)+1030 horas (Acomp) = 1756 horas <strong>de</strong>formação em serviço para professores 21Activida<strong>de</strong> A1.1: Organizar e realizar sessões <strong>de</strong> formação em Língua Portuguesa<strong>Projecto</strong> + Escola – Língua PortuguesaConteú<strong>do</strong>s ProgramáticosAno 1 – 2007- 2008:1. Características a <strong>de</strong>senvolver pelos professores <strong>de</strong> língua portuguesa numa relação <strong>de</strong>ensino-aprendizagem que estimule o <strong>de</strong>senvolvimento da componente <strong>de</strong> oralida<strong>de</strong>2. Estratégias para <strong>de</strong>senvolver a oralida<strong>de</strong>3. Méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> leitura no fomento das competências linguísticas orais4. Casos <strong>de</strong> Leitura no enriquecimento <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem para amelhoria da oralida<strong>de</strong> em situações <strong>do</strong> quotidianoAno 2 – 2008- 2009:5. Iniciação à leitura e à escrita6. Competência da leitura7. Competência da escrita8. Didáctica <strong>do</strong> Português como Língua Materna e Língua Não Materna21 O total <strong>de</strong> horas referente à formação <strong>de</strong> Língua Portuguesa, Matemática e Ciências Integradas reporta-se para 22 professoresda Região <strong>de</strong> Bafatá e 42 da Região <strong>de</strong> Cacheu. As horas <strong>de</strong> acompanhamento foram calculadas, ten<strong>do</strong> em conta os professoresacompanha<strong>do</strong>s: 22 da Região <strong>de</strong> Bafatá e 12 da Região <strong>de</strong> Cacheu. Cada acompanhamento tem a duração <strong>de</strong> 2 horas + 20minutos <strong>de</strong> retorno, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> contabiliza<strong>do</strong> o nº <strong>de</strong> professores acompanha<strong>do</strong>s nesta activida<strong>de</strong>, diferente <strong>do</strong> que participa nasformações. Para esclarecimentos suplementares consultar Capítulo referente a Activida<strong>de</strong> A.1.3. Observação <strong>de</strong> aulas.Apresenta-se <strong>de</strong> seguida a fórmula a partir da qual se calculou o número <strong>de</strong> acompanhamentos efectua<strong>do</strong>s nos <strong>do</strong>is anos <strong>de</strong>projecto: 13 acompanhamentos x 2 horas x 20 mm x 22 prof Baf x 12 prof Cacheu = nº global <strong>de</strong> acompanhamentos nas duasregiões <strong>de</strong> 2007 a 2009.21


<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final│ Setembro 2007 – Agosto 2009O programa <strong>de</strong> língua portuguesa foi concebi<strong>do</strong> para os <strong>do</strong>is anos <strong>do</strong> «+ Escola». No primeiro ano, oprograma incidiu na oralida<strong>de</strong>, uma das componentes menos <strong>de</strong>senvolvida no sistema educativoguineense, com vista a tornar a língua portuguesa uma língua mais familiar e útil. Sem aban<strong>do</strong>nar adimensão oral, o segun<strong>do</strong> ano incidiu essencialmente nas componentes <strong>de</strong> leitura e escrita, dimensões maisformais <strong>do</strong> ensino. Apesar <strong>de</strong> salientar estas dimensões, a didáctica está presente em todas as áreas <strong>do</strong>programa.Nas duas regiões, constituíram-se <strong>do</strong>is grupos/turmas com vista a potenciar o <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>sprofessores. Durante os <strong>do</strong>is anos <strong>do</strong> «+Escola», a modalida<strong>de</strong> <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> língua portuguesa foi distinta.No primeiro ano, a calendarizações <strong>do</strong> programa foi <strong>de</strong> sessões <strong>de</strong> formação mensais aos Sába<strong>do</strong>s (Janeiroa Junho, exceptuan<strong>do</strong> o perío<strong>do</strong> da Páscoa <strong>de</strong>dicada à Matemática) e <strong>de</strong> <strong>do</strong>is intensivos no final <strong>do</strong> anolectivo. Na Região <strong>de</strong> Bafatá, <strong>de</strong>ram-se 4 sessões mensais enquanto na <strong>de</strong> Cacheu administraram-se 5sessões mensais, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> essencialmente à falta <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> público-alvo. No segun<strong>do</strong> ano, houveum reforço da carga horária <strong>de</strong>dicada à formação <strong>de</strong> português, passan<strong>do</strong> <strong>de</strong> 37 para 66 horas em Bafatá –região cujo público-alvo apresenta sempre menos disponibilida<strong>de</strong> para formações suplementares – e <strong>de</strong> 20para 84 horas em Canchungo, uma vez que se constatou que as dificulda<strong>de</strong>s em outras disciplinas estariamrelacionadas com a compreensão, interpretação e transmissão <strong>de</strong>sses conteú<strong>do</strong>s na LP. A distribuição dacarga horária fez-se em seis sessões mensais (Janeiro a Junho, exceptuan<strong>do</strong> o mês <strong>de</strong> Abril) e sessõesintensivas nas pausas lectivas <strong>do</strong> Natal, Páscoa e final <strong>do</strong> ano.No primeiro ano, aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ao facto <strong>do</strong> programa incidir na componente oral não foi feita uma provadiagnóstica (Novembro 2008). Os técnicos i<strong>de</strong>ntificaram o <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>s professores através <strong>de</strong> umconjunto <strong>de</strong> exercícios, mas cujo resulta<strong>do</strong> não integra o ICL. No segun<strong>do</strong> ano, efectuou-se uma provadiagnóstica e outra no final <strong>do</strong> ano, ambas com a mesma estrutura, dividida em quatro grupos, a saber:leitura, compreensão escrita, funcionamento da língua e expressão escrita.Na Região <strong>de</strong> Bafatá, o resulta<strong>do</strong> das provas diagnósticas foi bastante insatisfatório, sen<strong>do</strong> a média <strong>de</strong>37,5%. Dos 24 professores que realizaram a prova diagnóstica, 5 obtiveram positiva. As principaisdificulda<strong>de</strong>s reportam-se a perguntas <strong>de</strong> transposição <strong>de</strong> conhecimentos para a prática lectiva ou queimpliquem uma resposta que não seja directa (perguntas incorrectas rondan<strong>do</strong> os 60% e 70%). Na área <strong>do</strong>funcionamento da língua, os professores revelam falta <strong>de</strong> <strong>do</strong>mínio nos tempos verbais (95,8%) e naexpressão escrita, 79,17% <strong>do</strong>s professores apresentam dificulda<strong>de</strong>s em redigir um texto, seguin<strong>do</strong> umguião <strong>de</strong> pistas.No global, verificou-se uma melhoria significativa das provas diagnósticas para as finais, sen<strong>do</strong> a média <strong>de</strong>54,11%. Das 23 provas realizadas 15 tiveram cotação positiva. No que concerne ao grupo da leitura,houve uma ligeira evolução na performance <strong>do</strong>s forman<strong>do</strong>s. Na restante prova, verificou-se um aumento na22


FUNDAÇÃO EVANGELIZAÇÃO E CULTURAS<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final │ Setembro 2007 – Agosto 2009capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interpretação das perguntas, na explicação <strong>do</strong>s conteú<strong>do</strong>s e na ortografia e sintaxe. A áreada didáctica não sofreu alterações significativas. Os resulta<strong>do</strong>s mais expressivos positivamente revelaramsena leitura e os negativamente foram na expressão escrita que, apesar das melhorias, continuaram aapresentar os resulta<strong>do</strong>s menos positivos.Na Região <strong>de</strong> Cacheu, os resulta<strong>do</strong>s da prova diagnóstica e da prova final evi<strong>de</strong>nciam um aumento daperformance <strong>do</strong>s professores. No diagnóstico, <strong>do</strong>s 42 professores, 27 tinham obti<strong>do</strong> positiva,correspon<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a uma média <strong>de</strong> 64% <strong>de</strong> aproveitamento. Na prova final, registou-se apenas 1 negativa nocolectivo <strong>do</strong>s professores.As principais dificulda<strong>de</strong>s apresentadas no conjunto <strong>de</strong> professores das duas regiões inci<strong>de</strong>messencialmente: i) na elaboração <strong>de</strong> textos complexos; ii) transferência <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>s científicos para a vidadiária e para a sala <strong>de</strong> aula; iii) interdisciplinarida<strong>de</strong> entre a disciplina <strong>de</strong> língua portuguesa e as disciplinascientíficas. Às dificulda<strong>de</strong>s acima referidas, acresce ao grupo <strong>de</strong> professores <strong>de</strong> Bafatá outra associada aoconhecimento explícito da língua.O impacto da formação em língua portuguesa junto <strong>do</strong>s professores foi possível verificar com a entradano início <strong>do</strong> ano lectivo <strong>de</strong> 2008/2009 <strong>de</strong> cinco novos professores no colectivo <strong>de</strong> Canchungo. 22 Estesforam submeti<strong>do</strong>s a uma prova diagnóstica semelhante a realizada pelos outros colegas e foi possívelconstatar dificulda<strong>de</strong>s a diversos níveis da língua, que os restantes colegas não possuíam após um ano <strong>de</strong>formação com a <strong>FEC</strong>.Nas sessões <strong>de</strong> formação, os técnicos recorrem sempre que possível a recursos disponíveis nas regiões <strong>de</strong>actuação com vista a sua valorização e da própria formação. A título ilustrativo, evi<strong>de</strong>ncia-se emCanchungo, a presença <strong>do</strong> forma<strong>do</strong>r externo, professor Henrique Bamba Ferreira, patrono da Escola como mesmo nome <strong>de</strong> Canhobe, o qual partilhou a sua experiência <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> língua portuguesa numa dassessões formação. Essa partilha permitiu que os professores adquirissem mais estratégias <strong>de</strong> ensino eaprendizagem <strong>de</strong> português e que outros revelassem as suas experiências <strong>de</strong> longos anos <strong>de</strong> ensino. Aconstrução <strong>de</strong> materiais didácticos com materiais acessíveis aos professores é uma estratégia recorrente dasformações da <strong>FEC</strong>.Em termos <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s, os professores da Região <strong>de</strong> Bafatá salientaram como relevante para a suaaprendizagem da língua portuguesa duas activida<strong>de</strong>s realizadas: a leitura acompanhada <strong>de</strong> contos e o TPC(trabalho para casa). A primeira consistiu na leitura <strong>de</strong> contos tradicionais guineenses acompanhada <strong>de</strong>22 Devi<strong>do</strong> ao não reconhecimento <strong>do</strong>s professores contrata<strong>do</strong>s pelas escolas no início <strong>do</strong> ano escolar por parte da DRE <strong>de</strong>Canchungo, só na formação mensal <strong>de</strong> Janeiro foi possível proce<strong>de</strong>r a substituição <strong>do</strong>s professores, passan<strong>do</strong> a formação aabranger os 46 previstos no projecto.23


<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final│ Setembro 2007 – Agosto 2009perguntas orais <strong>de</strong> interpretação, e <strong>de</strong> posterior reconto oral. Depois <strong>de</strong> cada leitura acompanhada, osforman<strong>do</strong>s-ouvintes fizeram a análise crítica oral, apontan<strong>do</strong> o correcto e incorrecto na execução daactivida<strong>de</strong>. A dinâmica <strong>do</strong> TPC foi importante para que os forman<strong>do</strong>s utilizassem os dicionários <strong>do</strong> baúpedagógico e para perceberem o que são palavras homófonas. Estes exercício permitiram que a gran<strong>de</strong>maioria <strong>do</strong>s professores passasse a saber qual a diferença das palavras estudadas e aplicá-las em contextosdiferentes.Na avaliação da formação <strong>de</strong> português nas duas regiões, muitos professores referiram que o que maiscontribuiu para o seu <strong>de</strong>senvolvimento pessoal e profissional foi a elaboração <strong>de</strong> diferentes textos e a suacorrecção.Na Região <strong>de</strong> Bafatá, o público-alvo participante nas formações era composto <strong>de</strong> 22 professores (haven<strong>do</strong>apenas uma professora) das Escolas Comunitárias da Região <strong>de</strong> Bafatá, e em 4 professores-recurso daMissão Católica <strong>de</strong> Bambadinca. A taxa <strong>de</strong> assiduida<strong>de</strong> às formações ron<strong>do</strong>u os 85%. Apenas em Maio eJunho a assiduida<strong>de</strong> foi um pouco mais baixa <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> às formações para as eleições antecipadas e sobre acólera.Na Região <strong>de</strong> Cacheu, participaram 45 professores das 4 escolas-alvo. A taxa <strong>de</strong> assiduida<strong>de</strong> durante oprocesso <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> Língua Portuguesa no ano 2 foi <strong>de</strong> 89%.Activida<strong>de</strong> A1.2: Organizar e realizar sessões <strong>de</strong> formação em Matemática (1º ano <strong>de</strong>projecto) / Ciências Integradas (2º ano <strong>de</strong> projecto);<strong>Projecto</strong> + Escola – Conteú<strong>do</strong>s ProgramáticosMatemáticaCiências IntegradasAno 1 - 2007-2008 Ano 2 - 2008-2009I. Números e operaçõesII. Formas e espaçosIII. Gran<strong>de</strong>zas e medidasI. Ambiente – Agente condicionante <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> vivoII. Saú<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vidaIII. Corpo humanoIV. Didáctica das Ciências IntegradasFormação em serviço <strong>de</strong> matemáticaA formação <strong>de</strong> matemática realizou-se no 1º ano <strong>de</strong> projecto (2007/2008). A modalida<strong>de</strong> inicialmenteprevista para a formação foi alterada nas duas regiões para uma melhor a<strong>de</strong>quação à aprendizagem porblocos temáticos. Tal como referi<strong>do</strong>, 23 consi<strong>de</strong>rou-se pertinente trabalhar cada bloco programático emespaços <strong>de</strong> tempo específicos e circunscritos, optan<strong>do</strong>-se por concentrar nas formações intensivas oPrograma <strong>de</strong> Matemática (nas pausas <strong>do</strong> Natal, Páscoa e final <strong>do</strong> ano). Em termos meto<strong>do</strong>lógicos, e aindareportan<strong>do</strong> às duas regiões, a formação passou fundamentalmente por uma abordagem didáctica <strong>do</strong>s23 <strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> Monitorização <strong>Projecto</strong> + Escola - Setembro 07 – Fevereiro 0824


FUNDAÇÃO EVANGELIZAÇÃO E CULTURAS<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final │ Setembro 2007 – Agosto 2009conteú<strong>do</strong>s <strong>do</strong> EBE com recurso a meto<strong>do</strong>logias participativas, nomeadamente a simulação <strong>de</strong> situações <strong>de</strong>ensino <strong>de</strong> <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s conteú<strong>do</strong>s para <strong>de</strong>terminadas classes. Foi também possível que cadaforman<strong>do</strong>/escola construísse, em contexto <strong>de</strong> formação, materiais didácticos <strong>de</strong> ensino da matemáticaten<strong>do</strong> alguns replica<strong>do</strong> estas técnicas mais tar<strong>de</strong> nas suas escolas.Em cada região, o colectivo <strong>de</strong> professores foi dividi<strong>do</strong> em <strong>do</strong>is grupos, ten<strong>do</strong> por base os seguintescritérios: a) manter junto to<strong>do</strong>s os professores <strong>de</strong> cada escola para potenciar o aproveitamento daformação e a aplicação na escola; b) formar duas turmas heterogéneas com base nas observaçõesdiagnósticas efectuadas em Novembro <strong>de</strong> 2007, este último mais para a região <strong>de</strong> Bafatá.As provas diagnósticas (antes <strong>de</strong> iniciar o processo <strong>de</strong> formação) e finais estavam estruturadas em duascomponentes: uma orientada para a Didáctica da Matemática e outra para a área Científica, com diversasformulações <strong>de</strong> perguntas. O aproveitamento na prova diagnóstica nas duas regiões-alvo <strong>do</strong> projecto foidiferente, reflexo <strong>do</strong> percurso académico e científico <strong>do</strong>s forman<strong>do</strong>s. Na Região <strong>de</strong> Bafatá, 36% obtiverampositiva, enquanto na Região <strong>de</strong> Cacheu, o aproveitamento foi <strong>de</strong> 55%. Na prova final, os resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong>Bafatá sobem para 46% e os <strong>de</strong> Cacheu baixam para 49%. O resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Cacheu indicie um eventuallapso por parte <strong>do</strong>s forman<strong>do</strong>s na i<strong>de</strong>ntificação <strong>do</strong> pretendi<strong>do</strong>, já que na prova diagnóstica as respostasnegativas ao mesmo tipo <strong>de</strong> pergunta tinham si<strong>do</strong> <strong>de</strong> 23% contra os 54% da avaliação final. Da análise dasrespostas dadas nas duas provas é possível constatar que os forman<strong>do</strong>s apresentaram elevada dificulda<strong>de</strong>em respon<strong>de</strong>r às seguintes questões: i) Didáctica <strong>de</strong> Matemática; ii) resolução <strong>de</strong> problemas; iii) área dasmedidas e comprimento.Globalmente verifica-se que os resulta<strong>do</strong>s em Bafatá evi<strong>de</strong>nciam, para além das dificulda<strong>de</strong>s referidasanteriormente, dificulda<strong>de</strong>s científicas acentuadas, ainda que durante o ano <strong>de</strong> formação se tenhamverifica<strong>do</strong> melhorias consi<strong>de</strong>ráveis. Em contrapartida, os resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Cacheu revelam dificulda<strong>de</strong>ssobretu<strong>do</strong> na Didáctica da Matemática.A assiduida<strong>de</strong> na formação <strong>de</strong> Matemática foi <strong>de</strong> 94% na região <strong>de</strong> Bafatá e <strong>de</strong> 85% na região <strong>de</strong> Cacheu.Formação em serviço <strong>de</strong> Ciências IntegradasO 2º ano <strong>de</strong> projecto teve como disciplina científica as Ciências Integradas (CI). O tema central <strong>do</strong>programa <strong>de</strong> formação foi «Educação para a saú<strong>de</strong>», o qual foi dividi<strong>do</strong> em quatro módulos, três <strong>de</strong>lessequenciais e um transversal: 1) Ambiente – Agente condicionante <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> vivo; 2) Saú<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong><strong>de</strong> vida; 3) O corpo humano; 4) Didáctica das Ciências Integradas.25


<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final│ Setembro 2007 – Agosto 2009À semelhança da organização <strong>do</strong> programa <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> matemática, o programa <strong>de</strong> CiênciasIntegradas foi administra<strong>do</strong> em três perío<strong>do</strong>s intensivos coinci<strong>de</strong>ntes com as pausas lectivas <strong>de</strong> Natal(Dezembro), Páscoa (Abril) e final <strong>de</strong> ano (Julho) nas regiões <strong>de</strong> Bafatá e Cacheu.Dada a especificida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alguns temas <strong>do</strong> programa das CI, foi opção meto<strong>do</strong>lógica convidar forma<strong>do</strong>resexternos liga<strong>do</strong>s ao meio, em particular para os módulos «Saú<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida» e «Corpo humano».Na Região <strong>de</strong> Bafatá, participaram o Director <strong>do</strong> Hospital <strong>de</strong> Bafatá e um anima<strong>do</strong>r cultural da associaçãolocal AGUIBEF (Associação Guineense para o Bem-Estar Familiar). O primeiro abor<strong>do</strong>u questões ligadasàs <strong>do</strong>enças - tuberculose, difteria e febre tifói<strong>de</strong> – e o segun<strong>do</strong> a prevenção <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças sexualmentetransmissíveis. Na Região <strong>de</strong> Cacheu, o programa seguiu um mo<strong>de</strong>lo muito similar ao <strong>de</strong> Bafatá, mascontan<strong>do</strong> com três forma<strong>do</strong>res externos: o Director <strong>do</strong> Hospital Regional <strong>de</strong> Canchungo, um professor eum anima<strong>do</strong>r cultural da AGUIBEF, os quais abordaram globalmente os mesmos temas.A contratação <strong>de</strong>stes forma<strong>do</strong>res externos foi importante na medida em que o público-alvo recebeu umaformação com dinâmicas diferentes, na presença <strong>de</strong> pessoas com comprovada experiência nos temasaborda<strong>do</strong>s, valorizan<strong>do</strong>-se recursos humanos locais, os quais são socialmente reconheci<strong>do</strong>s pelos própriosforman<strong>do</strong>s.Para além <strong>de</strong> recorrer a recursos humanos externos, investiu-se no programa <strong>de</strong> formação na construção<strong>de</strong> material didáctico e na realização <strong>de</strong> experiências, passíveis <strong>de</strong> serem reproduzidas em sala <strong>de</strong> aula. Osbaús pedagógicos e materiais adquiri<strong>do</strong>s em anos anteriores pela <strong>FEC</strong> 24 e pela Plan GB revelaram-seinstrumentos importantes para a exploração das temáticas das CI, com <strong>de</strong>staque para as enciclopédias,mapas e o esqueleto humano, promoven<strong>do</strong> a pesquisa e a exploração visual. A título <strong>de</strong> exemplo,apresentam-se as dificulda<strong>de</strong>s apontadas pelos professores no uso <strong>do</strong>s mapas. Os <strong>do</strong>centes admitiram quenão utilizavam os mapas porque achavam que só serviam para a 4ª classe, pois continham muitainformação. Os técnicos da <strong>FEC</strong> fizeram <strong>de</strong>monstrações com exercícios que po<strong>de</strong>m ser usa<strong>do</strong>s nosdiversos anos <strong>do</strong> Ensino Básico, nomeadamente sobre as partes <strong>do</strong> corpo humano (1ª classe); os órgãos<strong>do</strong>s senti<strong>do</strong>s (1ª e 4ª classe) e os sistemas <strong>do</strong> corpo humano (4ª classe). A mesma meto<strong>do</strong>logia <strong>de</strong><strong>de</strong>monstração foi usada com o esqueleto.De mo<strong>do</strong> a contrariar o ensino estanque das matérias, os técnicos promoveram activida<strong>de</strong>s com vista ao<strong>de</strong>senvolvimento da interdisciplinarida<strong>de</strong> entre as CI e as outras áreas <strong>do</strong> Ensino Básico. Foram utilizadasmúsicas com gestos sobre as regras <strong>de</strong> higiene e as partes <strong>do</strong> corpo humano, cálculos matemáticos simplesnos órgãos <strong>do</strong>s senti<strong>do</strong>s, expressão plástica na construção <strong>de</strong> materiais didácticos (ex.: BI <strong>do</strong>s animais),interpretação <strong>de</strong> poemas sobre a alimentação e leitura acompanhada <strong>de</strong> um texto (activida<strong>de</strong> realizada emtodas as formações <strong>de</strong> LP) sobre os órgãos <strong>do</strong> corpo humano.24 Criação <strong>de</strong> baús pedagógicos ou reforço <strong>de</strong> baús pedagógicos na Guiné-Bissau foi uma activida<strong>de</strong> co-financiada pela FundaçãoCalouste Gulbenkian.26


FUNDAÇÃO EVANGELIZAÇÃO E CULTURAS<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final │ Setembro 2007 – Agosto 2009Na Região <strong>de</strong> Bafatá, foi possível explorar materiais usan<strong>do</strong> novas tecnologias graças ao local <strong>de</strong> formaçãopossuir electricida<strong>de</strong> (Escola Missionária S. Francisco Xavier, geri<strong>do</strong> pela missão católica <strong>de</strong> Bafatá). Destemo<strong>do</strong>, fez-se uso <strong>de</strong> spots publicitários da PLAN-GB sobre regras <strong>de</strong> higiene, power points sobre aprevenção <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças graças a vacinação e um filme sobre diferentes sistemas <strong>do</strong> corpo humano. Osforman<strong>do</strong>s manifestaram dificulda<strong>de</strong>s na compreensão <strong>do</strong> filme pelo facto <strong>do</strong> locutor falar com rapi<strong>de</strong>z.Seguiu-se a mesma meto<strong>do</strong>logia usada no ano transacto em Matemática na elaboração e aplicação dasprovas diagnósticas e finais para as regiões <strong>de</strong> Bafatá e Cacheu. A prova diagnóstica estava dividida emtrês grupos relaciona<strong>do</strong>s com os três gran<strong>de</strong>s temas a serem trabalha<strong>do</strong>s no programa <strong>de</strong> formação <strong>de</strong>Ciências Integradas, incluin<strong>do</strong> em cada um <strong>do</strong>s grupos questões ligadas à Didáctica.Na Região <strong>de</strong> Bafatá, <strong>do</strong>s 24 professores que realizaram a prova diagnóstica 16 tiveram positiva. Asperguntas às quais os professores apresentaram mais dificulda<strong>de</strong>s remetem essencialmente para atransposição <strong>do</strong>s conhecimentos científicos para a sala <strong>de</strong> aula e na expressão escrita quan<strong>do</strong> solicita<strong>do</strong>num texto e não em frases curtas. 25 Esta dificulda<strong>de</strong> é apresentada também na Região <strong>de</strong> Cacheu ainda quemenos frequentemente e numa percentagem menos elevada. Com efeito a pergunta que teve maisnegativas envolvia os <strong>do</strong>is pontos acima referi<strong>do</strong>s e os resulta<strong>do</strong>s regista<strong>do</strong>s <strong>de</strong> falta <strong>de</strong> aproveitamentoeram <strong>de</strong> 33%.Comparan<strong>do</strong> os da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Bafatá da prova diagnóstica com os da prova final, verifica-se que não houveuma diferença significativa na média das provas, ten<strong>do</strong> a primeira uma média <strong>de</strong> 51,41% e a segunda <strong>de</strong>50,60%. Das 23 provas finais realizadas 12 foram positivas. Tal como na prova <strong>de</strong> Língua Portuguesa, o<strong>de</strong>sempenho positivo <strong>do</strong>s professores evi<strong>de</strong>ncia-se no âmbito <strong>do</strong>s conhecimentos que possuem sobre asmatérias. A prestação menos conseguida integra-se na área da didáctica, na capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quar osconhecimentos que possuem para contextos reais da vida (seja profissional como a sala <strong>de</strong> aula, sejapessoal na vida da al<strong>de</strong>ia/comunida<strong>de</strong>). Os módulos em que os forman<strong>do</strong>s apresentaram maisaproveitamento pren<strong>de</strong>m-se ao «Ambiente» (Módulo I) e «Saú<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida» (Módulo II). Desalientar igualmente no caso <strong>do</strong>s professores-alvo da Região <strong>de</strong> Bafatá uma evolução positiva nas respostasàs perguntas, reduzin<strong>do</strong> a taxa <strong>de</strong> negativas nomeadamente no grupo III, associa<strong>do</strong> à didáctica e àredacção <strong>de</strong> um texto longo (<strong>de</strong> 66, 67% na prova diagnóstica para 34,78% na prova final).Na Região <strong>de</strong> Cacheu, os resulta<strong>do</strong>s da prova diagnóstica foram muito positivos. Dos 42 professoressubmeti<strong>do</strong>s à prova, 40 obtiveram positiva, correspon<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a uma média <strong>de</strong> 95% <strong>de</strong> aproveitamento. De25 A título <strong>de</strong> exemplo apresentam-se três das questões que tiveram mais respostas negativas na Região <strong>de</strong> Bafatá: «Elabore umexercício sobre regras <strong>de</strong> higiene pessoal em que utilize competências da Língua Portuguesa» com 87,5% <strong>de</strong> respostas negativas(Grupo II, pergunta 3); «Refira o que faz na sua sala para que os alunos aju<strong>de</strong>m a manter limpa a escola» com 66,7% <strong>de</strong> respostasnegativas (Grupo II, pergunta 4); «Desenvolva o tema das ciências no <strong>de</strong>senvolvimento integral da criança, utilizan<strong>do</strong> no mínimotrês argumentos» com 66,7% <strong>de</strong> respostas negativas (Grupo III, pergunta 3)27


<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final│ Setembro 2007 – Agosto 2009referir também que as duas negativas estão muito próximas da positiva e portanto a média das notas foi <strong>de</strong>67%. É possível verificar que os professores <strong>de</strong> Cacheu apresentam um <strong>do</strong>mínio científico da disciplina <strong>de</strong>CI e apresentam conhecimentos e experiência para tornar acessíveis os conteú<strong>do</strong>s <strong>de</strong>sta disciplina junto<strong>do</strong>s seus alunos. Os resulta<strong>do</strong>s da prova final exce<strong>de</strong>ram os da prova diagnóstica, ten<strong>do</strong> regista<strong>do</strong> 100% <strong>de</strong>aproveitamento nas 40 provas realizadas. 26 Ainda que os resulta<strong>do</strong>s sejam positivos, verifica-se aindaalgumas dificulda<strong>de</strong>s na redacção, em particular nas respostas mais longas.A taxa <strong>de</strong> assiduida<strong>de</strong> nas formações é muito elevada. Na Região <strong>de</strong> Bafatá, a presença é <strong>de</strong> 87,45%enquanto na Região <strong>de</strong> Cacheu é <strong>de</strong> 91,80%. As ausências são geralmente justificadas por óbito <strong>de</strong> umfamiliar e <strong>do</strong>ença.Activida<strong>de</strong> A1.3: Observar aulasNas duas regiões, a modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acompanhamento <strong>do</strong>s professores em serviço obe<strong>de</strong>ce à mesmameto<strong>do</strong>logia: observação <strong>de</strong> aulas e a realização <strong>de</strong> momentos em que se faz o retorno sobre os aspectoscientíficos e didácticos observa<strong>do</strong>s. Cada observação <strong>de</strong> aula tem uma duração média <strong>de</strong> duas horas, a qualse acresce cerca <strong>de</strong> 20 minutos <strong>de</strong> retorno por cada observação efectuada.No ano 1 <strong>do</strong> «+Escola» (2007/2008), <strong>de</strong>finiu-se que na Região <strong>de</strong> Bafatá se observariam to<strong>do</strong>s osprofessores das escolas comunitárias afectas ao projecto e que na Região <strong>de</strong> Canchungo a selecção <strong>de</strong>professores incidiria mais nos que leccionavam a 3ª e 4ª classe nas escolas das tabancas <strong>de</strong> Pelun<strong>do</strong>,Canhobe, Tame e Cabienque. Os critérios <strong>de</strong> selecção foram distintos, o que se <strong>de</strong>ve essencialmente a <strong>do</strong>isaspectos: 1) rentabilização das <strong>de</strong>slocações <strong>do</strong>s técnicos da <strong>FEC</strong> às escolas; 2) níveis <strong>de</strong> ensino em que severificam mais aban<strong>do</strong>no escolar. As escolas da Região <strong>de</strong> Bafatá estão localizadas em zonas distantes,isoladas e <strong>de</strong> difícil acesso e são globalmente <strong>de</strong> pequenas dimensões, possuin<strong>do</strong> cerca <strong>de</strong> <strong>do</strong>isprofessores/escola. Em contrapartida, o acesso às escolas-alvo da Região <strong>de</strong> Cacheu é rápi<strong>do</strong> e ágil emtempo seco e mais próximo da se<strong>de</strong> da equipa da <strong>FEC</strong>, na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Canchungo. Por outro la<strong>do</strong>, cadauma das escolas-alvo concentra uma média <strong>de</strong> 7 professores por estabelecimento.O objectivo <strong>do</strong>s acompanhamentos e <strong>de</strong> todas as outras componentes <strong>de</strong>ste programa <strong>de</strong> formação visatrabalhar a continuida<strong>de</strong> e a melhoria da capacida<strong>de</strong> lectiva <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes observa<strong>do</strong>s ao longo <strong>do</strong>s <strong>do</strong>isanos <strong>do</strong> «+Escola». Por esta razão, os professores acompanha<strong>do</strong>s no ano 2 foram globalmente os mesmosin<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da classe que leccionam. Esta tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão levou a alterar no caso da Região <strong>de</strong>Cacheu o segun<strong>do</strong> <strong>do</strong>s critérios <strong>de</strong> selecção <strong>do</strong>s professores acompanha<strong>do</strong>s, a saber: os professores-alvoleccionaram a 3ª e 4ª classe, nas quais se verifica um elevada taxa <strong>de</strong> aban<strong>do</strong>no escolar.26 Dois <strong>do</strong>s professores não compareceram por motivo <strong>de</strong> <strong>do</strong>ença e <strong>de</strong> falecimento <strong>de</strong> um familiar.28


FUNDAÇÃO EVANGELIZAÇÃO E CULTURAS<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final │ Setembro 2007 – Agosto 2009No ano lectivo <strong>de</strong> 2007/2008, o número <strong>de</strong> observações realizadas nas duas regiões foi <strong>de</strong> 6 observações 27por professor durante o ano 1. No caso da Região <strong>de</strong> Bafatá, foram realizadas 22 acompanhamentos, 28 oque perfaz 308 horas. Na Região <strong>de</strong> Cacheu, o número <strong>de</strong> observações foi superior ao previsto naproposta narrativa. Dos 12 acompanhamentos realiza<strong>do</strong>s, efectuaram-se 168 horas em <strong>de</strong>trimento das 140horas inicialmente previstas. No caso da região <strong>de</strong> Bafatá, para além das <strong>de</strong>slocações para osacompanhamentos previstos, os TF da <strong>FEC</strong> tiveram <strong>de</strong> efectuar outras mais pelo facto <strong>de</strong> algunsprofessores não comunicarem previamente aos técnicos a sua não comparência ao serviço.No segun<strong>do</strong> ano <strong>de</strong> projecto (2008/2009), foram calendarizadas também seis observações por professor,<strong>de</strong> Novembro a Junho, sen<strong>do</strong> que a primeira foi <strong>de</strong> diagnóstico. O instrumento <strong>de</strong> base para osacompanhamentos - Grelha <strong>de</strong> observação <strong>de</strong> aulas - foi reformula<strong>do</strong> para ser mais preciso e acessível aosprofessores acompanha<strong>do</strong>s, os quais receberam a grelha antes <strong>do</strong> início <strong>do</strong> processo e regularmente asavaliações realizadas após as observações. Para o acerto <strong>de</strong>sta grelha, realizaram-se duas observaçõesexperimentais em cada região, on<strong>de</strong> se tentou relativizar a subjectivida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta avaliação.A modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acompanhamento constitui uma das maiores valias para a avaliação <strong>do</strong> progresso <strong>do</strong>professor. Por esta razão, na Região <strong>de</strong> Cacheu e no quadro da parceria entre <strong>FEC</strong> e a SNV, os TF da<strong>FEC</strong> efectuaram em conjunto com os Inspectores da Direcção Regional da Educação <strong>de</strong> Cacheu umaobservação <strong>de</strong> aulas a duas professoras, no Complexo Escolar Thomás Nanhunque – Tame. Pretendia-separtilhar instrumentos e méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> trabalho neste âmbito usa<strong>do</strong>s pela DRE <strong>de</strong> Cacheu e a <strong>FEC</strong>, ten<strong>do</strong>no final si<strong>do</strong> a<strong>do</strong>ptada a Grelha <strong>de</strong> Observação <strong>de</strong> Aulas da <strong>FEC</strong> como um instrumento eficaz <strong>de</strong>trabalho. Apesar <strong>de</strong>sta avaliação, verifica-se ser necessário aperfeiçoar o instrumento.Os acompanhamentos <strong>de</strong> aula permitem igualmente verificar a assiduida<strong>de</strong> <strong>do</strong> professor na escola ecompreen<strong>de</strong>r a socieda<strong>de</strong> guineense. As razões apontadas para as ausências pren<strong>de</strong>m-se essencialmente a:i) motivos pessoais (<strong>do</strong>ença sua ou <strong>de</strong> familiar; falecimento <strong>de</strong> membro da família);ii) sobreposição <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s entre organizações, implican<strong>do</strong> que o professor esteja fora da escola (DRE,Plan,…);iii) rituais culturais («toca-tchoro», rituais <strong>de</strong> passagem cujo perío<strong>do</strong> é variável em função da etnia);iv) participação em activida<strong>de</strong>s produtivas da al<strong>de</strong>ia (colheitas familiares ou <strong>de</strong> grupo <strong>de</strong> al<strong>de</strong>ia);v) <strong>de</strong>struição da escola provocada pelo mau esta<strong>do</strong> das escolas e pela época da chuva;vi) greves provocadas pelo atraso no pagamento <strong>do</strong> subsídio/salário <strong>do</strong> professor;vii) situação política <strong>do</strong> país (participação na formação eleitoral);27 Cada observação tem uma duração média <strong>de</strong> 2 horas, acompanhada <strong>de</strong> um retorno <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 20 minutos, o que perfaz paracada professor um acompanhamento <strong>de</strong> 2h20 por observação.28 Os seis professores-recurso <strong>de</strong> Bambadinca não são grupo-alvo <strong>de</strong>sta activida<strong>de</strong> apesar <strong>de</strong> o serem na formação <strong>de</strong> LP eMatemática.29


<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final│ Setembro 2007 – Agosto 2009Ao longo <strong>do</strong>s acompanhamentos <strong>do</strong> ano 2, foi possível verificar que gran<strong>de</strong> parte <strong>do</strong>s professoresapresenta dificulda<strong>de</strong>s em: i) compreensão da importância da sua planificação das aulas para os alunos; ii)elaboração <strong>do</strong> plano <strong>de</strong> sessão (composto pelas componentes <strong>do</strong> tema da aula, os conteú<strong>do</strong>s, meto<strong>do</strong>logiaa aplicar, a estratégia e os materiais a utilizar, a avaliação); iii) produção e exploração <strong>de</strong> materiais escolarese didácticos (manuais escolares, mapas); iv) exploração <strong>do</strong> espaço da sala <strong>de</strong> aula e da escola no geral.Activida<strong>de</strong> A2.1: Adquirir e distribuir materiais escolares <strong>de</strong> apoio a professores edirectores para as escolas-alvo <strong>do</strong> projectoEsta activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolveu-se essencialmente no ano 1 <strong>do</strong> projecto «+Escola». Previa-se para as duasregiões distribuir manuais escolares (pacotes globais da 1ª, 2ª, 3ª e 4ª classes conten<strong>do</strong> manuais <strong>do</strong> aluno e<strong>do</strong> professor <strong>de</strong> cada um <strong>de</strong>stes anos) para cada professor, mas <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> às escolas-alvo; baús <strong>de</strong> metalpara guardar manuais e outros materiais educativos; livros <strong>de</strong> ponto e livros <strong>de</strong> registo <strong>de</strong> presença paracada turma.Na Região <strong>de</strong> Bafatá, foram distribuí<strong>do</strong>s manuais escolares para 24 professores das 14 escolascomunitárias <strong>do</strong> «+Escola» e para 8 professores <strong>de</strong> escolas comunitárias receptoras <strong>de</strong> baús pedagógicosno ano 2006/2007 (Bambadinca, Cossé, Contuboel). Na Região <strong>de</strong> Cacheu, os manuais foram entreguesem Dezembro <strong>de</strong> 2007 aos 47 professores das 13 escolas <strong>de</strong> Cacheu, exceptuan<strong>do</strong> os manuais <strong>do</strong>s alunos<strong>de</strong> 2ª e 3ª classe por estarem esgota<strong>do</strong>s na Guiné-Bissau e serem apenas produzi<strong>do</strong>s em Dacar, no Senegal.Após a espera <strong>de</strong> alguns meses e para contornar este constrangimento, foram fotocopia<strong>do</strong>s algunsexemplares <strong>do</strong>s manuais <strong>de</strong> Matemática e distribuí<strong>do</strong>s pelas quatro escolas <strong>do</strong> projecto. No total <strong>do</strong>s <strong>do</strong>isanos, foram adquiri<strong>do</strong>s 1459 manuais escolares da Editora Escolar da Guiné-Bissau para o público eescolas-alvo.Para além <strong>do</strong>s manuais escolares, o projecto previa a <strong>aqui</strong>sição <strong>de</strong> livros <strong>de</strong> ponto e livros <strong>de</strong> registo <strong>de</strong>presença para cada turma, ten<strong>do</strong> por base <strong>do</strong>is objectivos: 1) manusear e aplicar materiais solicita<strong>do</strong>s peloMinistério da Educação guineense; 2) constituir uma das formas <strong>de</strong> acompanhar o professor na análise daassiduida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s alunos e da sua planificação, através da leitura <strong>do</strong>s sumários. De referir que a entrega(Novembro 2007) foi antecipada pela exploração <strong>de</strong>stes instrumentos na primeira formação mensal,apesar <strong>de</strong>sta não ter si<strong>do</strong> inicialmente prevista.30


FUNDAÇÃO EVANGELIZAÇÃO E CULTURAS<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final │ Setembro 2007 – Agosto 2009Na Região <strong>de</strong> Bafatá, a distribuição <strong>do</strong>s livros foi alterada em relação à proposta narrativa inicial, 29aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ao número <strong>de</strong> professores por escola e às dificulda<strong>de</strong>s apresentadas por este colectivo <strong>de</strong>professores em manusear os livros optou-se por distribuir 21 livros <strong>de</strong> sumário da seguinte forma: 1 livropor professor a 8 professores, ten<strong>do</strong> em conta que este dá aulas a duas turmas na modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> bi-classe;2 livros por professor a 6 professores que, estan<strong>do</strong> sozinhos na sua escola, têm duas turmas em bi-classeno turno da manhã e outras duas turmas, na mesma modalida<strong>de</strong>, no turno da tar<strong>de</strong>.Na Região <strong>de</strong> Cacheu, adquiriram-se 95 <strong>de</strong> cada um <strong>do</strong>s materiais referi<strong>do</strong>s para o universo global <strong>de</strong>escolas envolvidas (16 turmas <strong>de</strong> Canhobe, 6 turmas <strong>de</strong> Cabienque, 33 turmas <strong>de</strong> Tame, 24 turmas <strong>de</strong>Pelun<strong>do</strong>, 16 livros <strong>de</strong> ponto para 4 escolas <strong>de</strong> Calequisse).Para guardar estes materiais, as sebentas e outros livros e materiais didácticos, encomendaram-se 14 baúsamarelos <strong>de</strong> metal 30 , um para cada escola comunitária da Região <strong>de</strong> Bafatá, que foram distribuí<strong>do</strong>s pelastécnicas durante as últimas visitas às escolas para o acompanhamento <strong>do</strong>s professores, no ano 1. Foitambém entregue a cada escola <strong>do</strong>is ca<strong>de</strong>a<strong>do</strong>s, tinta e um pincel para que os professores pu<strong>de</strong>ssemescrever no baú a i<strong>de</strong>ntificação da sua escola. Foi ainda entregue um guia <strong>de</strong> utilização <strong>do</strong> baú elabora<strong>do</strong>pela <strong>FEC</strong> no âmbito <strong>de</strong> anterior projecto liga<strong>do</strong> a Centros <strong>de</strong> Desenvolvimento Educativo e uma folhapara o registo das entradas e saídas <strong>do</strong>s materiais. As escolas da Região <strong>de</strong> Cacheu não receberam baúspedagógicos por terem beneficia<strong>do</strong> em intervenções anteriores da <strong>FEC</strong> com o apoio da FundaçãoCalouste Gulbenkian <strong>de</strong> armários pedagógicos.No 2º ano <strong>do</strong> «+Escola», verificou-se os manuais escolares em falta em cada escola para os professorespo<strong>de</strong>rem ter acesso a um exemplar <strong>de</strong> cada classe por disciplina na sua escola. Houve dificulda<strong>de</strong> emadquirir estes manuais por entretanto terem esgota<strong>do</strong> na Editora Escolar. De referir que no caso daRegião <strong>de</strong> Bafatá foi possível distribui-los com o apoio da PLAN, que disponibilizou exemplares quepossuía, garantin<strong>do</strong> a sua entrega no início <strong>do</strong> ano lectivo 2008-2009.Para além das <strong>aqui</strong>sições previstas no projecto, o apetrechamento das escolas foi reforça<strong>do</strong> com <strong>do</strong>nativos<strong>de</strong> particulares, com <strong>de</strong>staque para a oferta da Câmara Municipal <strong>de</strong> Amarante em colaboração com oConselheiro da Embaixada <strong>de</strong> Portugal na Guiné-Bissau, Fre<strong>de</strong>rico Silva, e com a Campanha da <strong>FEC</strong> «+Livros, Escola», a qual angariou mais <strong>de</strong> 3000 livros. 31 Deste mo<strong>do</strong>, foi possível no ano lectivo <strong>de</strong>2008/2009 reforçar os baús das escolas comunitárias na Região <strong>de</strong> Bafatá com 2 dicionários <strong>de</strong> línguaportuguesa, 1 prontuário, 1 gramática, 1 Enciclopédia Geográfica <strong>de</strong> 3 volumes, 1 dicionário <strong>de</strong> Ciências29 Na Região <strong>de</strong> Bafatá, estavam previstas adquirir 58 livros <strong>de</strong> registo <strong>de</strong> presença e 58 livros <strong>de</strong> ponto (56 livros para 14 escola <strong>de</strong>Bafatá e 2 escolas <strong>de</strong> Bambadinca)30 De recordar que estes baús já tinham si<strong>do</strong> entregues nas escolas-alvo da Região <strong>de</strong> Cacheu no âmbito <strong>de</strong> iniciativasanteriormente <strong>de</strong>senvolvidas pela <strong>FEC</strong>.31 Para mais da<strong>do</strong>s, consultar http://www.fecongd.org/campanhas_angariacao_noticia.asp?noticiaid=33054&tipo_id=14131


<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final│ Setembro 2007 – Agosto 2009Naturais, 1 livro <strong>do</strong> Corpo Humano, 1 Enciclopédia <strong>do</strong> Mun<strong>do</strong> Vivo. Foi também ofereci<strong>do</strong> umdicionário a cada uma das duas escolas-controlo: Escola Comunitária <strong>de</strong> Caur e Escola Comunitária <strong>de</strong>Campampe. Em Junho <strong>de</strong> 2009, foram distribuí<strong>do</strong>s dicionários <strong>de</strong> Língua Portuguesa aos professores <strong>de</strong>recurso, especificamente 2 para a Escola Missionária S. José I, 1 para o Liceu Pe António Grilo(Bambadinca) e 5 (4 <strong>de</strong> Língua Portuguesa e 1 <strong>de</strong> verbos portugueses) para a EBU <strong>de</strong> Bambadinca, quemanifestou a inexistência <strong>de</strong>stes na biblioteca da respectiva escola.Face às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> material <strong>de</strong> escritório aponta<strong>do</strong> reiteradamente pelos directores das 14 EC daRegião <strong>de</strong> Bafatá, foi distribuí<strong>do</strong> ao longo <strong>do</strong>s meses <strong>de</strong> Junho e Julho <strong>de</strong> 2009, em cada escola, um «kitmaterial directores» constituí<strong>do</strong> por uma régua, um fura<strong>do</strong>r, um agrafa<strong>do</strong>r, uma tesoura, um rolo <strong>de</strong> fitacola,um marca<strong>do</strong>r e <strong>do</strong>is <strong>do</strong>ssiers. Paralelamente, foi feita uma sensibilização aos directores das EC para amanutenção e conservação <strong>do</strong> material <strong>do</strong> baú pedagógico das escolas, uma vez que é proprieda<strong>de</strong> daprópria escola.Na Região <strong>de</strong> Cacheu, o reforço <strong>do</strong>s baús quer para as escolas-alvo quer para as escolas associadas aosdirectores <strong>de</strong> escola <strong>de</strong> Calequisse já tinham si<strong>do</strong> efectua<strong>do</strong>s em anos anteriores.Nos <strong>do</strong>is anos <strong>de</strong> projecto nas duas regiões, foram elabora<strong>do</strong>s, policopia<strong>do</strong>s e entregues Suportes Teóricosaos professores como apoio às formações em Língua Portuguesa, Matemática e Ciências Integradas,correspon<strong>de</strong>ntes aos módulos <strong>de</strong> cada programa e com o contributo para a sua auto-formação.Activida<strong>de</strong> A2.2: Reproduzir e distribuir sebenta <strong>de</strong> apoio às escolas e professores-alvo <strong>do</strong>projectoA reprodução e distribuição <strong>de</strong> sebentas foram efectuadas essencialmente no 1º ano (2007/2008) <strong>do</strong>«+Escola». No 2º ano, efectuaram-se algumas reposições. Este material foi também entregue a diversasinstituições, nomeadamente estatais guineenses, das quais se <strong>de</strong>stacam o INDE e as Direcções Regionais<strong>de</strong> Bafatá e Canchungo.Na Região <strong>de</strong> Bafatá, foram distribuídas 29 sebentas no primeiro ano <strong>de</strong> projecto – 23 a professores <strong>de</strong>Bafatá e 6 a professores-recurso <strong>de</strong> Bambadinca. Às quais acrescem as duas sebentas para cada uma das 14escolas <strong>do</strong> projecto, num total <strong>de</strong> 57 sebentas. Foram ainda entregues duas sebentas às escolas quebeneficiaram <strong>de</strong> baú pedagógico no ano lectivo passa<strong>do</strong>, ainda no âmbito <strong>do</strong> PAEIGB: 8 sebentas para as4 escolas comunitárias <strong>de</strong> Cossé (1) e Contuboel (2) e Bambadinca (1) e ainda uma sebenta para os CDE Ie CDE II <strong>do</strong> sector <strong>de</strong> Bambadinca (que funcionam como centro <strong>de</strong> recursos para todas as escolas eprofessores <strong>do</strong> sector), num total <strong>de</strong> 10 sebentas.32


FUNDAÇÃO EVANGELIZAÇÃO E CULTURAS<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final │ Setembro 2007 – Agosto 2009Na Região <strong>de</strong> Cacheu, foram colocadas 2 sebentas em cada armário pedagógico das quatro escolas-mãe <strong>do</strong>projecto e progressivamente distribuí<strong>do</strong>s um exemplar a cada um <strong>do</strong>s 46 professores.Activida<strong>de</strong> A3.1: Organizar sessões <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> directores / subdirectores <strong>de</strong> escolasalvoe representantes das comunida<strong>de</strong>s em gestão e administração escolarÀ semelhança <strong>do</strong> programa <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> professores, a meto<strong>do</strong>logia usada para a formação <strong>de</strong>directores e representantes das comunida<strong>de</strong>s foi realizada em exercício com componentes teóricas epráticas. Concebi<strong>do</strong> para <strong>do</strong>is anos, o programa <strong>de</strong> formação implicava uma componente formativa nasduas regiões e <strong>de</strong> acompanhamento apenas na <strong>de</strong> Bafatá. Os resulta<strong>do</strong>s da avaliação final <strong>do</strong> ano 1conduziram a uma re<strong>de</strong>finição da proposta <strong>de</strong> base que foi aprovada pela Plan, permitin<strong>do</strong> <strong>de</strong>ste mo<strong>do</strong> noano 2 a modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acompanhamento na Região <strong>de</strong> Bafatá.Outro elemento diferencia<strong>do</strong>r entre as duas regiões pren<strong>de</strong>-se também com a modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> formações.Na Região <strong>de</strong> Bafatá por sobrecarga <strong>do</strong> horário disponível <strong>do</strong>s directores aos Sába<strong>do</strong>s, perío<strong>do</strong> porexcelência para as formações, optou-se por formações intensivas (Dezembro, Março e Julho – ano 1;Novembro, Março e Julho – ano 2). 32 Em contrapartida, na Região <strong>de</strong> Cacheu, a formação foicalendarizada ao longo <strong>do</strong> ano lectivo numa lógica mensal (<strong>de</strong> Novembro a Junho, exceptuan<strong>do</strong> o mês <strong>de</strong>Abril no ano 1 e o <strong>de</strong> Maio no ano 2), com perío<strong>do</strong>s <strong>de</strong> formação intensiva no final <strong>de</strong> Julho e com umAtelier <strong>de</strong> <strong>Avaliação</strong> nesse mesmo mês para os <strong>do</strong>is anos.O programa <strong>de</strong> formação incidiu em temáticas que têm relevo para a gestão e sustentabilida<strong>de</strong> da escola.Se estes temas são <strong>de</strong> relevo para qualquer estabelecimento <strong>de</strong> ensino, no contexto da Guiné-Bissaumarca<strong>do</strong> por sucessivos atrasos no pagamento <strong>de</strong> salários e consequentes greves, este constitui um factorfulcral para o <strong>de</strong>senvolvimento local e a existência <strong>de</strong> uma escola. No ano lectivo <strong>de</strong> 2007/2008<strong>de</strong>senvolveram-se os seguintes módulos: 1) Regulamento das Escolas com participação das comunida<strong>de</strong>s,2) Valor da informação escolar, 3) Instrumentos <strong>de</strong> gestão escolar e 4) Gestão financeira na escola. Para talrecorreu-se a uma meto<strong>do</strong>logia <strong>de</strong> formação em exercício (teórico-prática), reforçada pela realização <strong>de</strong>32 A não realização <strong>de</strong> acompanhamento <strong>de</strong>veu-se a diversas razões: 1ª falta <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong> apresentada pelos directoresenvolvi<strong>do</strong>s na activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>do</strong>cência e nas activida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> projecto associadas à formação <strong>de</strong> professores; 2ª razão: necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>se integrar mais um elemento na equipa da <strong>FEC</strong> apenas para se realizar o trabalho <strong>de</strong> formação e acompanhamento <strong>de</strong> directores,já que as distâncias entre o espaço da <strong>FEC</strong> em Bafatá e as escolas é mais moroso pela <strong>de</strong>terioração <strong>do</strong>s caminhos para se ace<strong>de</strong>r àsescolas <strong>do</strong> que foi referi<strong>do</strong> pela DRE aquan<strong>do</strong> da preparação da proposta <strong>do</strong> projecto. De referir que hoje da<strong>do</strong> o conhecimentodas comunida<strong>de</strong>s em que se inserem as escolas é possível verificar que o acompanhamento na área da gestão <strong>de</strong>verá integraroutras pessoas que não apenas directores-professores.33


<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final│ Setembro 2007 – Agosto 2009trabalhos realiza<strong>do</strong>s fora <strong>do</strong> contexto <strong>de</strong> sala <strong>de</strong> aula. Como forma <strong>de</strong> avaliação, no final <strong>do</strong> processo <strong>de</strong>formação, os forman<strong>do</strong>s elaboraram um <strong>do</strong>ssier <strong>de</strong> escola que reflecte os exercícios práticos da formação.O processo <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> directores e pessoas com funções <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança na direcção da escola envolveuduas regiões, cuja representação se encontra no Quadro 5:Quadro 5 – Formação em serviço <strong>de</strong> directores «+Escola» 2007- 2009RegiãoDirectores,representantesdascomunida<strong>de</strong>sPrevistos2007Escolas +AssociaçõesFormação emespaço formativo(ano 1 + ano 2)Acompanhamento natabanca(ano 1 + ano 2)Bafatá141454 horas + 54horas0 +82 33Cacheu28 344 + 464 horas + 64horas 3563 +63 36Subtotal3022118 horas +118horas164 37 horas emBafatá+360 horas 38em CacheuTotal 236 horas 524 horasNas duas regiões, foi realiza<strong>do</strong> no início <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is anos (2007/2008 e 2008/2009) <strong>do</strong> «+Escola» umareunião com os directores e subdirectores das escolas, aos quais se somaram os dirigentes das associações<strong>de</strong> tabanca no caso <strong>de</strong> Cacheu e o Director Regional da Educação, Samba Buaró, e os inspectores da ETRno caso <strong>de</strong> Bafatá 39 . Esta reunião teve <strong>do</strong>is objectivos: i) apresentar o «+Escola» à comunida<strong>de</strong> educativa;e ii) calendarizar com a comunida<strong>de</strong> educativa as activida<strong>de</strong>s específicas a <strong>de</strong>senvolver no <strong>de</strong>correr <strong>do</strong> anolectivo. Realizou-se ainda um trabalho <strong>de</strong> concertação entre as equipas da <strong>FEC</strong> <strong>de</strong> Bafatá e Canchungo,33 Na Região <strong>de</strong> Bafatá, cada director foi em média acompanha<strong>do</strong> 5 a 6 vezes durante o ano 2.34 O número global inclui 8 directores/subdirectores e 2 representantes <strong>de</strong> cada uma das 4 associações <strong>de</strong> tabanca + 12 directorese subdirectores das escolas <strong>de</strong> autogestão <strong>de</strong> Calequisse.35 Englobe 58 horas <strong>de</strong> formação + 1 atelier <strong>de</strong> 6 horas no final <strong>do</strong> ano lectivo.36 O número global inclui 6 acompanhamentos <strong>de</strong> directores + 3 acompanhamentos <strong>de</strong> membros <strong>de</strong> associações – ambos nosector <strong>de</strong> Canchungo, mais 6 acompanhamentos <strong>de</strong> directores no sector <strong>de</strong> Calequisse.37 Cada acompanhamento dura cerca <strong>de</strong> 2 horas.38Foram realiza<strong>do</strong>s 6 acompanhamentos <strong>de</strong> directores x 5 horas cada acompanhamento x 4 directores <strong>de</strong> Canchungo mais 3acompanhamentos <strong>de</strong> associações x 5 horas cada acompanhamento x 4 associações <strong>de</strong> Canchungo mais 6 acompanhamento <strong>de</strong>directores x 5 horas cada acompanhamento x 6 directores <strong>de</strong> Calequisse39 Os resulta<strong>do</strong>s da reunião realizada em Cacheu, foi posteriormente apresentada à DRE, em função da sua indisponibilida<strong>de</strong> paraace<strong>de</strong>r ao convite realiza<strong>do</strong> pela <strong>FEC</strong> para participar na reunião.34


FUNDAÇÃO EVANGELIZAÇÃO E CULTURAS<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final │ Setembro 2007 – Agosto 2009com o objectivo <strong>de</strong> se consolidar uma estrutura comum <strong>do</strong> plano <strong>de</strong> formação, sen<strong>do</strong> posteriormenteadapta<strong>do</strong> por cada equipa aos seus contextos locais <strong>de</strong> execução <strong>do</strong> projecto. Neste âmbito, revelou-seimportante a participação <strong>do</strong>s TF da <strong>FEC</strong> <strong>de</strong> Bafatá na reunião geral <strong>de</strong> apresentação <strong>do</strong> «+Escola»realizada em Canchungo em Outubro <strong>de</strong> 2007 e a visita efectuada pelo TF <strong>de</strong> Canchungo a Bafatá,incluin<strong>do</strong> a ida a Escolas Comunitárias da região e a uma sessão <strong>de</strong> formação.Na Região <strong>de</strong> Bafatá, a formação em administração e gestão escolar (ano lectivo <strong>de</strong> 2007/2008) envolveuas mesmas 14 escolas comunitárias <strong>do</strong> sector <strong>de</strong> Bafatá, que participam no processo <strong>de</strong> formação <strong>de</strong>professores. Constituiu-se apenas uma turma com o objectivo <strong>de</strong> enriquecer a troca <strong>de</strong> experiências entreforman<strong>do</strong>s, visto que cada uma das escolas comunitárias tem especificida<strong>de</strong>s muito próprias, com mo<strong>de</strong>los<strong>de</strong> gestão distintos e com performances <strong>de</strong> organização variáveis consoante possuam um Comité <strong>de</strong>Gestão mais ou menos envolvi<strong>do</strong> nos assuntos relativos à escola.Na Região <strong>de</strong> Cacheu, a intervenção englobava escolas públicas com a participação <strong>de</strong> associações <strong>de</strong>manjacos <strong>de</strong> quatro tabancas <strong>do</strong> sector <strong>de</strong> Canchungo (Pelun<strong>do</strong>, Tame, Canhobe e Cabienque) e 6 escolas<strong>de</strong> autogestão <strong>do</strong> sector <strong>de</strong> Calequisse. Nas escolas <strong>de</strong> Canchungo, a formação foi administradadirectamente pelos TF da <strong>FEC</strong>, enquanto em Calequisse a formação era administrada pela Irmã EmíliaGarcês, Directora Pedagógica da Escola B.C. Francisco Maria Paulo Libermann e <strong>do</strong> Liceu Daniel Brottierem Calequisse, e responsável pelas 6 escolas <strong>de</strong> auto-gestão. Assim nas escolas-alvo <strong>de</strong>ste sector cadasessão foi replicada no mês seguinte após a <strong>de</strong> Canchungo, adaptan<strong>do</strong> o plano <strong>de</strong> sessão e os respectivosguiões <strong>de</strong> exercícios a realizar fora <strong>do</strong> contexto <strong>de</strong> sala <strong>de</strong> aula, usa<strong>do</strong>s pelo TF <strong>de</strong> Canchungo.No ano 1, foi possível contar com na Região <strong>de</strong> Cacheu com a participação <strong>do</strong> Secretário <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong>Ensino, Dr. Augusto Pereira, cuja visita assumiu, para além <strong>do</strong> relevo para a formação, um papel <strong>de</strong> relevosocial, já que parte <strong>de</strong>stas escolas raramente recebem visitas. De assinalar igualmente a participação <strong>de</strong> <strong>do</strong>isprofessores com funções <strong>de</strong> tesoureiros das escolas das tabancas <strong>de</strong> Pelun<strong>do</strong> e Tame como forman<strong>do</strong>s,melhoran<strong>do</strong> e aumentan<strong>do</strong> as competências <strong>de</strong> gestão financeira na escola.No caso da Região <strong>de</strong> Bafatá, foi possível verificar ao longo <strong>de</strong> 2007/2008 dificulda<strong>de</strong>s por parte <strong>do</strong>sdirectores no preenchimento e análise <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong> <strong>do</strong>cumentos exigi<strong>do</strong>s pelo Ministério daEducação. Dedicaram-se três das nove formações intensivas ao «Regulamento das escolas comparticipação das comunida<strong>de</strong>s», <strong>do</strong>cumento que regulamenta as responsabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os actores ecomo tal contribui para a manutenção da escola, elemento ainda frágil nas escolas geridas pelascomunida<strong>de</strong>s. De salientar igualmente que este regulamento tem repercussões na construção <strong>do</strong>Regulamento Interno <strong>de</strong> Escola (RIE), o qual terá repercussões em aspectos práticos como acomparticipação das comunida<strong>de</strong>s no salário/subsídio <strong>do</strong> professor, na gestão da escola, entre outros35


<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final│ Setembro 2007 – Agosto 2009aspectos. O módulo <strong>de</strong> «Gestão financeira na escola» foi trabalha<strong>do</strong> apenas na última formação intensiva,ten<strong>do</strong> os forman<strong>do</strong>s <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong> familiarida<strong>de</strong> com alguns instrumentos, tais como recibos eorçamentos, mas <strong>de</strong>sconhecimento da pertinência e aplicabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s mesmos na escola. Apesar <strong>de</strong>stasdificulda<strong>de</strong>s, foi possível abordar os quatro módulos <strong>do</strong> programa nas 9 sessões <strong>de</strong> formação, cujosconteú<strong>do</strong>s, por recomendação <strong>do</strong> ano 1, foram revistos em 2008/2009.Nas visitas efectuadas às tabancas e nas formações <strong>de</strong> directores, foi possível constatar que para além <strong>do</strong>sdirectores existem outros actores com relevo na direcção das escolas. Neste senti<strong>do</strong>, realizaram-sereuniões <strong>de</strong> sensibilização <strong>de</strong> carácter formal com a comunida<strong>de</strong>, em particular com Comités <strong>de</strong> Gestão,representantes da Associação <strong>de</strong> Pais, <strong>de</strong> Encarrega<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Educação e <strong>do</strong>s Alunos (APEEA), chefes databanca e pessoas influentes, para analisar a da importância da educação nas suas al<strong>de</strong>ias.O programa <strong>do</strong> segun<strong>do</strong> ano <strong>do</strong> «+Escola» incidiu para as duas regiões em quatro módulos: 1) Gestão <strong>de</strong>recursos humanos; 2) <strong>Avaliação</strong> <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> gestão escolar; 3) <strong>Avaliação</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho da escola; e4) Gestão financeira da escola. Optou-se estrategicamente em seguir a mesma meto<strong>do</strong>logia <strong>de</strong> formaçãoexercício, reforçada pela realização <strong>de</strong> TPC (trabalhos para casa). O ano 2 foi concebi<strong>do</strong> com o objectivo<strong>de</strong> reforçar a aplicação <strong>do</strong> RIE. Os conteú<strong>do</strong>s programáticos foram planifica<strong>do</strong>s numa lógica <strong>de</strong>continuida<strong>de</strong> e consolidação <strong>do</strong> processo formativo referente ao ano anterior.Na Região <strong>de</strong> Bafatá, o acompanhamento <strong>do</strong>s directores <strong>de</strong> EC evi<strong>de</strong>nciou ser uma opção meto<strong>do</strong>lógicamuito benéfica para os directores, a qual teve repercussões positivas no envolvimento <strong>do</strong>s directores nasformações e na gestão diária das escolas. Com efeito, verificou-se um envolvimento concreto <strong>do</strong>sdirectores na gestão da escola, o qual se po<strong>de</strong> constatar no número <strong>de</strong> contratos celebra<strong>do</strong>s e no número<strong>de</strong> Regulamentos Internos <strong>de</strong> Escola (RIE) (cf. Capítulo 4.2.2. Análise <strong>de</strong> eficácia sobre os resulta<strong>do</strong>s).Na Região <strong>de</strong> Cacheu, para além das sessões mensais e intensivas em Canchungo, <strong>de</strong>u-se continuida<strong>de</strong> àmeto<strong>do</strong>logia usada no ano 1 com o sector <strong>de</strong> Calequisse. Neste senti<strong>do</strong>, realizaram-se reuniões mensaiscom a Irmã Emília Garcês para replicação <strong>do</strong>s mesmos temas e instrumentos, com um mês <strong>de</strong> diferença<strong>do</strong> grupo <strong>de</strong> directores <strong>de</strong> Canchungo. Verificaram-se algumas alterações no calendário nas escolas <strong>de</strong>maior dimensão <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> sobretu<strong>do</strong> à sobreposição <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s, por parte da comissão, acrescidas pelotrabalho <strong>do</strong> CDE <strong>de</strong> Calequisse. A formação intensiva em Canchungo – Julho 2009 – estava organizadaem oito dias, os quais tiveram como local <strong>de</strong> formação as quatro escolas-alvo <strong>do</strong> «+Escola», <strong>do</strong>is em cadaescola. Todas essas sessões contaram com a participação da direcção das escolas, <strong>do</strong>s professores, <strong>do</strong>sdirigentes das associações <strong>de</strong> tabanca, das associações <strong>do</strong>s alunos e encarrega<strong>do</strong>s da educação <strong>do</strong>smesmos.36


FUNDAÇÃO EVANGELIZAÇÃO E CULTURAS<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final │ Setembro 2007 – Agosto 2009Como referi<strong>do</strong> em relatórios anteriores, o processo <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> directores na Região <strong>de</strong> Cacheu estámais <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> uma prática <strong>de</strong> gestão conjunta com a <strong>FEC</strong> em anos anteriores. Por estarazão, assinalam-se mais <strong>de</strong>talhadamente aspectos concretos <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong>ste processo <strong>de</strong>formação 40 , tais como: i) constituição <strong>de</strong> Conselho <strong>de</strong> Pais e Encarrega<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Educação, com eleição <strong>do</strong>Representante <strong>do</strong>s Alunos nas escolas-alvo on<strong>de</strong> ainda não existiam; ii) explicitação das receitas e <strong>de</strong>spesasda escola, dan<strong>do</strong> os primeiros passos para uma contabilida<strong>de</strong> estruturada e para qual contam com umtesoureiro eleito – seguin<strong>do</strong> um orçamento previsional elabora<strong>do</strong> no final <strong>do</strong> anterior ano lectivo emcontexto <strong>de</strong> formação; iii) relançamento <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> gestão <strong>do</strong> armário pedagógico em cada escolaalvo,passan<strong>do</strong> pela eleição <strong>de</strong> novos professores responsáveis e pela aplicação <strong>de</strong> instrumentos <strong>de</strong> registodisponibiliza<strong>do</strong>s inicialmente; iv) Assembleias-Gerais em cada escola-alvo, que permite dar senti<strong>do</strong> práticoa estas activida<strong>de</strong>s enumeradas. Para estas Assembleias, preten<strong>de</strong>-se a participação <strong>do</strong>s professores, <strong>de</strong>representantes <strong>do</strong>s alunos, <strong>do</strong> Conselho <strong>de</strong> Pais e Encarrega<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Educação e <strong>de</strong> representantes dacomunida<strong>de</strong> e/ou associação, ten<strong>do</strong> como objectivo principal a apresentação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho da escola noprimeiro perío<strong>do</strong>, e necessitará nomeadamente <strong>de</strong> um relatório <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s e contabilístico.No sector <strong>de</strong> Canchungo e durante a formação intensiva (Julho 2009), aplicaram-se conteú<strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>snestes <strong>do</strong> «+Escola» com vista a preparação <strong>do</strong> ano lectivo <strong>de</strong> 2009/2010. Neste senti<strong>do</strong>, calendarizou-seem todas as escolas o início <strong>do</strong> próximo ano lectivo para o dia 1 <strong>de</strong> Outubro 2009, com número <strong>de</strong> diaslectivos superiores a 170 dias; elaborou-se o orçamento previsional para 2009/2010; abor<strong>do</strong>u-se anecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> consolidar os trabalhos <strong>do</strong>s professores através da assinatura <strong>do</strong>s contratos para servir <strong>de</strong>base ao bom funcionamento das escolas.No sector <strong>de</strong> Canchungo e dada a natureza das escolas-alvo (públicas com apoio <strong>de</strong> associações),procurou-se integrar a activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> directores no trabalho da DRE <strong>de</strong> Cacheu, cuja repercussão positivafoi referida pelos directores. Durante as sessões <strong>de</strong> formação, os forman<strong>do</strong>s sublinharam a importância <strong>do</strong>trabalho em conjunto com os técnicos da DRE nas sessões para a i<strong>de</strong>ntificação das potencialida<strong>de</strong>s edificulda<strong>de</strong>s das escolas, na calendarização <strong>do</strong>s dias lectivos e na <strong>de</strong>finição das responsabilida<strong>de</strong>s para a suaresolução. De salientar igualmente que, em quase todas as sessões, o programa <strong>de</strong> formação em GAEcontou com a presença <strong>do</strong> inspector da DRE <strong>de</strong> Cacheu, Carlos Nhaga, reforçan<strong>do</strong> o trabalho conjuntocom a ONG SNV a actuar no reforço institucional <strong>de</strong>stas entida<strong>de</strong>s estatais.Na Região <strong>de</strong> Bafatá, o <strong>de</strong>staque vai para a participação <strong>do</strong> forma<strong>do</strong>r externo, Dr. Samuel Dinis Manuel,(economista, gestor e director <strong>do</strong> gabinete <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is ministros cessantes e <strong>do</strong> actual ministro da educaçãonacional) para a abordagem <strong>do</strong> módulo IV «Diagnóstico das necessida<strong>de</strong>s a orçamentar». A avaliação <strong>do</strong>s40 Não se fazem referência neste capítulo a elementos que integram os indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> medição <strong>do</strong> Resulta<strong>do</strong> 3 <strong>do</strong> «+Escola» aabordar em capítulo próprio.37


<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final│ Setembro 2007 – Agosto 2009forman<strong>do</strong>s foi muito positiva, uma vez que consi<strong>de</strong>raram que a abordagem <strong>do</strong>s conteú<strong>do</strong>s foi explícita,dinâmica e objectiva, ten<strong>do</strong> o forma<strong>do</strong>r <strong>de</strong>monstran<strong>do</strong> uma vasta experiência no tema.Para além das activida<strong>de</strong>s específicas em cada região, a <strong>FEC</strong> procurou potenciar as mais-valias dasexperiências <strong>de</strong> gestão em Bafatá e Canchungo. Neste senti<strong>do</strong>, no dia 13 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2009, reuniram-se,em Bafatá, os 14 directores das escolas comunitárias da Região <strong>de</strong> Bafatá e os 7 elementos da direcção das4 escolas e associações <strong>de</strong> emigrantes manjacos da Região <strong>de</strong> Cacheu, para promover um intercâmbioentre públicos-alvo <strong>do</strong> projecto. Nesta formação, a taxa <strong>de</strong> participação <strong>do</strong>s directores <strong>de</strong> Bafatá foi <strong>de</strong>100%. A ausência <strong>de</strong> alguns elementos <strong>de</strong> Canchungo ficou a <strong>de</strong>ver-se à respectiva participação naformação para a mesa <strong>de</strong> votos para as eleições presi<strong>de</strong>nciais antecipadas <strong>de</strong> 2009. O encontro surgiu porsugestão <strong>do</strong>s directores das duas regiões, que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início <strong>do</strong> «+Escola», em 2007, têm conhecimentodas boas práticas e experiências realizadas nas duas regiões. Depois <strong>de</strong> vários pedi<strong>do</strong>s, foi possível no fim<strong>de</strong> 2008/2009 concretizar uma formação conjunta em gestão e administração escolar. Os directores daRegião <strong>de</strong> Bafatá <strong>de</strong>stacaram as suas boas práticas <strong>de</strong> gestão, nomeadamente as activida<strong>de</strong>s extracurriculares,como as hortas pedagógicas. Os <strong>de</strong> Canchungo apresentaram o mo<strong>do</strong> como são geridas assuas escolas, em particular com o apoio das associações <strong>de</strong> emigrantes, filhos e amigos das tabancas, emPortugal, Espanha e França.Deste intercâmbio evi<strong>de</strong>ncia-se algumas notas <strong>de</strong>correntes da forma <strong>de</strong> gerir as escolas, abordadas pelosdirectores. Os directores <strong>de</strong> Canchungo <strong>de</strong>stacaram duas práticas usadas em Bafatá que mereciam serrevistas para o futuro: 1) Leccionação, em algumas EC da região <strong>de</strong> Bafatá, <strong>de</strong> 4 classes num só dia pelomesmo professor; 2) Pagamento <strong>do</strong> subsídio <strong>do</strong> professor efectuar-se somente no mês <strong>de</strong> Abril, a partirdas receitas obtidas na época da colheita da castanha <strong>de</strong> caju. Por sua vez, os directores <strong>de</strong> Bafatámanifestaram interesse em compreen<strong>de</strong>r melhor qual o envolvimento das associações <strong>de</strong> emigrantes nagestão e administração da escola. Segun<strong>do</strong> Bernar<strong>do</strong> Gomes, director da escola <strong>de</strong> Tame – Canchungo, osfilhos <strong>de</strong> Canchungo no exterior criaram associações em diferentes países na Europa com o objectivo <strong>de</strong>apoiar a educação <strong>do</strong>s seus irmãos na Guiné-Bissau. Cada associa<strong>do</strong> contribui anualmente com ummontante <strong>de</strong> 100 euros e 20% <strong>de</strong>ssa cotização anual é <strong>de</strong>stinada à escola <strong>de</strong> Tame, nomeadamente paracompra <strong>de</strong> equipamentos, construção e reparação das infra-estruturas, mediante um projecto apresenta<strong>do</strong>.Em Tame foi, também, criada uma Associação “ASSOFITA” (Associação <strong>do</strong>s Filhos <strong>de</strong> Tame) com omesmo objectivo das associações <strong>do</strong>s emigrantes manjacos. Cada associa<strong>do</strong> ou filho <strong>de</strong> Tame contribui,anualmente, com 5000 Fcfa/7,62 € cuja verba é orientada para a compra <strong>de</strong> materiais pedagógicos e nopagamento mensal <strong>do</strong> subsídio <strong>do</strong>s professores.Os directores das duas regiões reconheceram a importância <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> formação, pois permitiu-lhesadquirir uma nova experiência em gestão e administração escolar através da meto<strong>do</strong>logia das «boaspráticas», que po<strong>de</strong>rá ser implementada, <strong>de</strong> forma adaptada, às suas escolas.38


FUNDAÇÃO EVANGELIZAÇÃO E CULTURAS<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final │ Setembro 2007 – Agosto 2009Nas duas regiões, a <strong>FEC</strong> <strong>de</strong>stacou como prioritário da formação <strong>de</strong> directores em serviço que estes<strong>do</strong>minassem as seguintes práticas <strong>de</strong> gestão: a) calendarização <strong>do</strong>s dias lectivos; b) elaboração <strong>do</strong> planoanual previsional das activida<strong>de</strong>s; c) i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s para orçamento e elaboração <strong>do</strong>orçamento previsional. No <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>s grupos-alvo das duas regiões é possível verificar que existeuma consciência sobre a importância <strong>de</strong> gestão nas escolas, outrora globalmente inexistente. Conscientesque o Programa <strong>de</strong> GAE tem implicações em comportamentos sociais <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> extra-escola, asimplicações <strong>de</strong>ste programa <strong>de</strong> formação só serão globalmente visíveis a médio prazo.Em Bafatá os <strong>do</strong>is primeiros módulos tiveram uma assiduida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 100% e o terceiro e quarto módulouma assiduida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 92,5%. Em Canchungo, todas as sessões registaram uma elevada participação <strong>do</strong>sforman<strong>do</strong>s, com uma taxa <strong>de</strong> assiduida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 90%.Activida<strong>de</strong> A3.2: Acompanhar directores / subdirectores <strong>de</strong> escolas-alvo e representantesdas comunida<strong>de</strong>sA modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acompanhamento foi inicialmente concebida para a Região <strong>de</strong> Cacheu – sectores <strong>de</strong>Canchungo e Calequisse – e numa lógica <strong>de</strong> tutoria após as formações mensais. Da<strong>do</strong> o impacto positivojunto <strong>do</strong> público-alvo, alargou-se para o ano 2 para a Região <strong>de</strong> Bafatá. Nesta região, foram calendariza<strong>do</strong>scinco acompanhamentos por cada escola-alvo <strong>de</strong> Fevereiro a Junho 2009, num total <strong>de</strong> 70acompanhamentos aos directores das 14 EC <strong>do</strong> «+Escola». A estes somaram-se mais 22acompanhamentos não programa<strong>do</strong>s com o objectivo <strong>de</strong> passar mais tempo com a comunida<strong>de</strong> educativa,para aprofundar o conhecimento sobre a mesma, bem como para estreitar uma relação <strong>de</strong> confiança.Foi concebi<strong>do</strong> no ano 2 uma Grelha <strong>de</strong> Acompanhamento <strong>de</strong> Direcção, relevante para os forman<strong>do</strong>s, jáque lhes permite fazer uma auto-análise <strong>do</strong> seu trabalho e da evolução <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho da sua escola, epara os técnicos da <strong>FEC</strong> já que possibilita estruturar o seu acompanhamento e comparar a avaliação <strong>do</strong><strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> cada escola.Durante o ano <strong>de</strong> 2007-2008, realizaram-se adaptações à modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acompanhamentos previstos paraa Região <strong>de</strong> Cacheu. Deste mo<strong>do</strong>, com vista a rentabilizar os tempos <strong>de</strong> forman<strong>do</strong>s e TF, passou-se arealizar o acompanhamento ao grupo <strong>de</strong> directores e dirigentes associativos em conjunto – e nãoseparadamente, por escola ou por associação, como foi planea<strong>do</strong>, para acautelar eventuais dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>transporte. Alguns acompanhamentos mensais foram complementa<strong>do</strong>s por encontros em Canchungo,com alguns <strong>do</strong>s forman<strong>do</strong>s. Sempre que foi necessário e oportuno, usaram-se os momentos que39


<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final│ Setembro 2007 – Agosto 2009antece<strong>de</strong>ram as sessões <strong>de</strong> formação <strong>do</strong>s professores, ou os intervalos, para tarefas e pontos <strong>de</strong> situaçãocom os Directores e Subdirectores, o que se revelou importante, principalmente nos momentos <strong>de</strong>cumprir prazos e <strong>de</strong> se articular diversos contributos, como suce<strong>de</strong>u nos processos <strong>de</strong> finalização <strong>do</strong>sRegulamentos Internos <strong>de</strong> Escola.Foi igualmente realiza<strong>do</strong> em cada escola o ponto <strong>de</strong> situação da utilização <strong>do</strong> Livro <strong>de</strong> Sumário e <strong>de</strong>Registo Diário da Frequência, o que possibilitou a validação <strong>de</strong>sses instrumentos como indica<strong>do</strong>res daassiduida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s professores e alunos, bem como na contabilização <strong>do</strong>s dias lectivos cumpri<strong>do</strong>s, primeiropelo TF da <strong>FEC</strong> e posteriormente pelos próprios directores.Também se realizaram encontros mensais com a Irmã Emília Garcês, com um duplo objectivo: apreparação <strong>do</strong> Plano <strong>de</strong> Sessão e a realização <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> situação da formação em Gestão eAdministração Escolar nas escolas-alvo <strong>do</strong> sector <strong>de</strong> Calequisse.Foi igualmente <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ada uma iniciativa para redacção <strong>do</strong> Historial das Escolas e das Associações,com o fim <strong>de</strong> promover a reflexão e <strong>de</strong>bate para se <strong>de</strong>finir uma Escola Pública <strong>de</strong> Iniciativa Comunitária.É <strong>de</strong> salientar que no âmbito <strong>de</strong>sta iniciativa se registou em algumas escolas e tabancas a a<strong>de</strong>sãoespontânea <strong>de</strong> professores e das figuras respeitadas da comunida<strong>de</strong>, a saber, os homens gran<strong>de</strong>s (omisgarandis). Registou-se também a realização <strong>do</strong> levantamento <strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> escolas existentes na Região <strong>de</strong>Cacheu, incluin<strong>do</strong> a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> Escola Pública <strong>de</strong> Iniciativa Comunitária, efectuada pela equipa <strong>de</strong>estatísticos e inspectores da Direcção Regional <strong>de</strong> Educação e a convocação <strong>do</strong> grupo <strong>de</strong> forman<strong>do</strong>s paraapresentação, análise e discussão <strong>de</strong>sses resulta<strong>do</strong>s.Por fim <strong>de</strong>staca-se a participação <strong>de</strong> dirigentes ou membros das Associações congéneres da Europa emreuniões promovidas no âmbito <strong>do</strong> «+Escola», como aconteceu em Tame e em Canhobe. Impulsiona<strong>do</strong>spelas competências adquiridas e recursos disponíveis, a Associação <strong>de</strong> emigrantes AFIPEL, em Pelun<strong>do</strong>,<strong>de</strong>u início à concepção <strong>de</strong> um regulamento interno da Associação, sen<strong>do</strong> este um <strong>do</strong>s exemplos <strong>de</strong>externalida<strong>de</strong>s alcançadas pela intervenção da <strong>FEC</strong> no local.Na Região <strong>de</strong> Bafatá, esta activida<strong>de</strong> só foi realizada no ano 2 <strong>do</strong> projecto. Na perspectiva <strong>de</strong> criar umregisto da activida<strong>de</strong>, foi elabora<strong>do</strong> um Guia <strong>de</strong> Acompanhamento aos Directores.Com a integração <strong>de</strong> um TF em Janeiro, foi possível efectuar, durante este mês, visitas exploratórias às 14EC, o que permitiu: i) efectuar um primeiro contacto com a comunida<strong>de</strong> escolar e com a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cadaescola; ii) i<strong>de</strong>ntificar a sua forma <strong>de</strong> organização; iii) sensibilizar os elementos <strong>de</strong> cada comunida<strong>de</strong> para aimportância da escola e da sua colaboração numa melhor gestão escolar. Salienta-se a receptivida<strong>de</strong> e oenvolvimento <strong>do</strong> público-alvo nesta activida<strong>de</strong>.40


FUNDAÇÃO EVANGELIZAÇÃO E CULTURAS<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final │ Setembro 2007 – Agosto 2009Nos acompanhamentos <strong>de</strong> Fevereiro a Junho, o TF <strong>de</strong>parou-se com algumas dificulda<strong>de</strong>s em termos <strong>de</strong>meios <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocação, especificamente no que diz respeito ao aluguer <strong>do</strong> carro, porque nem sempre osmotoristas das sete-places estiveram disponíveis para efectuar <strong>de</strong>slocações às escolas <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> às máscondições das estradas.Nestas visitas, dói possível i<strong>de</strong>ntificar boas práticas e exemplos <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>s na gestão da escola.Destacam-se a título ilustrativo <strong>do</strong>is exemplos <strong>de</strong> cada um:1\ Casos <strong>de</strong> boas práticas:- Tabancas estruturalmente organizadas quer em termos <strong>de</strong> manutenção <strong>de</strong> espaços educativos quer narelação estabelecida entre professor e comunida<strong>de</strong> contribuin<strong>do</strong> para um clima propício <strong>de</strong> aprendizagem(ex.: Sintchã Alanso e Sintchã Djae);- Criação <strong>de</strong> hortas pedagógicas para suporte financeiro da escola e com um objectivo educativo <strong>do</strong> mo<strong>do</strong>como trabalhar a agricultura (Sintchã Djae, Sintchã Farba, Gã-Fati e Sintchã Alanso). Nalgumas tabancas,o sistema <strong>de</strong> hortas com fins financeiros em benefício da escola envolve modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> organização <strong>do</strong>smembros da comunida<strong>de</strong>. Para uma compreensão mais ampla <strong>do</strong> papel das comunida<strong>de</strong>s, apresenta-se ocaso da tabanca <strong>de</strong> Bambadinca-Cossorá, a qual criou uma associação com o objectivo <strong>de</strong> apoiar os paisno pagamento da matrícula e das mensalida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s seus filhos. Neste senti<strong>do</strong>, constituiu-se um espaço natabanca <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> ao trabalho agrícola, que é obrigatório para to<strong>do</strong>s os elementos da comunida<strong>de</strong>. Quemfaltar ao trabalho está sujeito a uma coima <strong>de</strong> 500Fcfa/0,76€. Dos produtos recolhi<strong>do</strong>s pela associação,uma parte é vendida e a outra parte serve <strong>de</strong> empréstimo às famílias com dificulda<strong>de</strong>s económicas. Estes,por sua vez, pagarão, com juros, o produto em causa no <strong>de</strong>correr da campanha <strong>de</strong> cajú, perío<strong>do</strong> em que acomunida<strong>de</strong> consegue adquirir algum fun<strong>do</strong> para a sua subsistência.2\ Casos <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> gestão:- Situações <strong>de</strong> incumprimento <strong>do</strong> acor<strong>do</strong> verbal <strong>de</strong> pagamento <strong>de</strong> subsídio por parte da comunida<strong>de</strong>,provocan<strong>do</strong> tensões entre esta e o professor, dificultan<strong>do</strong> o funcionamento das escolas;- Precarieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> algumas infraestruturas escolas, conduzin<strong>do</strong> ao encerramento da escola com as primeiraschuvas (Coli-Molo).Durante estes meses, fez-se sempre a sensibilização das comunida<strong>de</strong>s sobre a importância da escola e dasua organização, com <strong>de</strong>staque para a consolidação <strong>do</strong> RIE e a celebração <strong>de</strong> contratos <strong>de</strong> trabalho portabanca.41


<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final│ Setembro 2007 – Agosto 2009Na sequência das boas práticas implementadas na Região <strong>de</strong> Cacheu, a <strong>FEC</strong> procurou promover oenvolvimento da DRE <strong>de</strong> Bafatá na área da gestão e administração escolar. No <strong>de</strong>correr <strong>de</strong>sta activida<strong>de</strong>,o TF teve oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se <strong>de</strong>slocar, por 5 vezes, às EC com os inspectores da Direcção Regional daEducação, nomeadamente José Quadé e Adama Sei<strong>de</strong>, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> articular esforços para asensibilização da comunida<strong>de</strong> educativa sobre a importância da escola.É importante referir que, muito embora não tenha havi<strong>do</strong> uma programação conjunta com os CDF(Facilita<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Desenvolvimento Comunitário) – PLAN, para <strong>de</strong>slocações às comunida<strong>de</strong>s, por motivo<strong>de</strong> indisponibilida<strong>de</strong> por parte <strong>de</strong>stes, o TF encontrou ocasionalmente e por coincidência alguns CDF,(Fatumata Binta Djaló e David Baldé) durante as suas visitas às EC alvo <strong>do</strong> projecto, ten<strong>do</strong> essesmomentos si<strong>do</strong> aproveita<strong>do</strong>s para trocar experiências relativamente à situação <strong>de</strong>stas EC.Activida<strong>de</strong> A.3.3: Organizar e realizar formação em gestão e administração escolar commissionários responsáveis e directores das escolas <strong>de</strong> autogestão e privadas da Diocese<strong>de</strong> Bafatá.As escolas-alvo <strong>de</strong>sta activida<strong>de</strong> reportam-se à Diocese <strong>de</strong> Bafatá, a qual globalmente garante escolas emlocais em que não existe oferta educativa seja no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão privada – gestão integral da missãocatólica ou <strong>de</strong> uma congregação – seja no mo<strong>de</strong>lo comunitário das escolas <strong>de</strong> auto-gestão, partilhan<strong>do</strong>responsabilida<strong>de</strong>s neste caso com o Esta<strong>do</strong> e comunida<strong>de</strong>. Estas escolas situam-se administrativamentenas regiões <strong>de</strong> Bafatá, Tombali, Quínara e parte <strong>de</strong> Bolama/Bijagós.Ainda que os instrumentos, temas <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong> GAE usa<strong>do</strong>s nesta activida<strong>de</strong> sejam globalmentesimilares aos da A.3.1, a modalida<strong>de</strong> da formação e <strong>do</strong> acompanhamento é intensiva e mais itinerante.Em 2007/2008, a activida<strong>de</strong> foi lançada oficialmente no Conselho Presbiterial da Diocese <strong>de</strong> Bafatá, napresença <strong>de</strong> D.Pedro Zilli, o que permitiu integrá-la estrategicamente nas linhas <strong>de</strong> acção da Diocese <strong>de</strong>Bafatá para o sector da educação. Para além <strong>de</strong>sta divulgação, a projecção <strong>do</strong> projecto <strong>de</strong>u-se nas IJornadas <strong>de</strong> Lançamento, em Outubro <strong>de</strong> 2007, possibilitan<strong>do</strong> a promoção <strong>do</strong> mesmo junto <strong>de</strong> directorese missionários responsáveis <strong>de</strong> escola, os quais raramente se <strong>de</strong>slocam fora das suas regiões.Durante os <strong>do</strong>is anos <strong>do</strong> «+Escola» realizaram-se: visitas exploratórias e reuniões com cada uma dasmissões e direcções <strong>de</strong> escola; 6 acompanhamentos em cada missão; criação <strong>de</strong> três grupos <strong>de</strong> trabalhocom vista a rentabilizar o isolamento <strong>de</strong> cada escola/missão; realização <strong>de</strong> 4 seminários com cada grupo <strong>de</strong>trabalho (2 por ano); realização <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> eventos reagrupan<strong>do</strong> as quatro regiões envolvidasnesta activida<strong>de</strong> (II e III Encontro sobre educação na Diocese <strong>de</strong> Bafatá - Junho 2008 e 2009), I e IIJornadas <strong>de</strong> Educação - Outubro <strong>de</strong> 2007 e 2008) e as restantes regiões afectas à Diocese <strong>de</strong> Bissau42


FUNDAÇÃO EVANGELIZAÇÃO E CULTURAS<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final │ Setembro 2007 – Agosto 2009(Encontro Nacional <strong>de</strong> Educação da Igreja Católica, Maio 2009). De salientar que um <strong>do</strong>s principaisobjectivos <strong>de</strong>sta activida<strong>de</strong> visava a elaboração <strong>de</strong> um «Manual <strong>de</strong> Procedimentos».No II Encontro sobre Educação na Diocese <strong>de</strong> Bafatá (Junho 2008), aprovou-se o «Documento <strong>de</strong> Base<strong>do</strong> Manual <strong>de</strong> Procedimentos», com <strong>de</strong>staque para <strong>do</strong>is pontos que apesar <strong>do</strong>s acompanhamentos aindarevelaram dúvidas por parte <strong>do</strong>s participantes, a saber: o Regulamento <strong>de</strong> <strong>Avaliação</strong> e o Regime <strong>de</strong> Faltas.O «Manual <strong>de</strong> Procedimentos – Documento <strong>de</strong> Base», apresenta<strong>do</strong> neste Encontro, é fruto <strong>de</strong> umareflexão das escolas ligadas à Igreja Católica, da recolha <strong>de</strong> <strong>do</strong>cumentos <strong>do</strong> Ministério <strong>de</strong> Educação eEnsino Superior (MEES), das leis trabalhistas vigentes na Guiné-Bissau e da CIEE, que potencia ummaior envolvimento e sintonia entre to<strong>do</strong>s os responsáveis e directores das escolas ligadas à Igreja Católicana Guiné-Bissau. O «Manual <strong>de</strong> Procedimentos» foi assumi<strong>do</strong> neste encontro por todas as escolas, o quepermite catalisar as boas práticas e colmatar as dificulda<strong>de</strong>s sentidas nas várias missões em aspectosrelaciona<strong>do</strong>s com a Administração e Gestão Escolar.A participação <strong>de</strong> membros das Missões Católicas <strong>de</strong> Mansoa e Bissorã, assim como <strong>do</strong>s coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>resdas escolas <strong>de</strong> autogestão das respectivas missões, foi importante dada a sua experiência em autogestão,que data <strong>de</strong> 1992. De salientar que as suas abordagens contribuíram significativamente e <strong>de</strong> formaenriquece<strong>do</strong>ra para a discussão <strong>do</strong> «Documento <strong>de</strong> Base <strong>do</strong> Manual <strong>de</strong> Procedimentos».Reflectiu-se igualmente sobre o papel da Igreja Católica na educação da Guiné-Bissau, contan<strong>do</strong>-se paraeste ponto com a presença <strong>do</strong> coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r da Fundação Educação e Desenvolvimento (FED) e exministroda educação guineense, Dr. Alexandre Furta<strong>do</strong>, e sobre o futuro da activida<strong>de</strong> na Diocese.A presença <strong>do</strong> bispo <strong>de</strong> Bafatá, D. Pedro Zilli, e <strong>do</strong> coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r da CIEE, Pe. Jo<strong>aqui</strong>m Pereira, foramfundamentais institucional e politicamente, na medida em que são as pessoas que legitimaram as <strong>de</strong>cisõestomadas e os assuntos discuti<strong>do</strong>s.Depois <strong>do</strong> encontro, o «Manual <strong>de</strong> Procedimentos» foi revisto pelocoor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r da CIEE, e entregue nas missões da Diocese <strong>de</strong> Bafatá, juntamente com a síntese <strong>do</strong>encontro.A meto<strong>do</strong>logia utilizada nos seminários foi essencialmente reflexiva, para que o trabalho final fosseapropria<strong>do</strong> pelo público-alvo. De uma maneira geral, houve uma boa participação por parte <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s osforman<strong>do</strong>s. De referir, no entanto, que a participação nos seminários <strong>de</strong> Empada e Catió não foi tãoenvolvida como na <strong>do</strong>s outros grupos, essencialmente <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a <strong>do</strong>is aspectos: i) o grupo ser maior e maisheterogéneo; b) os directores <strong>de</strong> escolas <strong>de</strong> tabanca com maior dificulda<strong>de</strong> na língua portuguesa terem umamenor participação.43


<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final│ Setembro 2007 – Agosto 2009Em 2008/2009, retoman<strong>do</strong> as boas práticas <strong>do</strong> ano anterior, apresentou-se nas II Jornadas <strong>de</strong>Lançamento (Outubro 2008) a Activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Formação em GAE com os directores e missionáriosresponsáveis das escolas <strong>de</strong> autogestão 41 e privadas 42 da Diocese <strong>de</strong> Bafatá (total <strong>de</strong> 14 horas). Nesteencontro, as activida<strong>de</strong>s anuais foram discutidas e consensualmente calendarizadas.De acor<strong>do</strong> com o previsto, realizou-se nos meses <strong>de</strong> Novembro e Dezembro <strong>de</strong> 2008 a 1ª visita <strong>de</strong>trabalho a cada escola. Nesta visita, fez-se um ponto <strong>de</strong> situação sobre o início <strong>do</strong> ano lectivo e sobre aaplicação <strong>do</strong> Manual <strong>de</strong> Procedimentos (MP), nomeadamente no que diz respeito a: i) RegulamentoInterno <strong>de</strong> Escola; ii) contrato <strong>de</strong> trabalho <strong>do</strong>s professores; iii) recursos financeiros; iv) calendário escolare v) articulação com os parceiros (DRE, comités <strong>de</strong> gestão e MC). Fez-se ainda um ponto <strong>de</strong> situaçãosobre o Regulamento <strong>de</strong> faltas e <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> cada escola. Verificou-se que, das 24 escolas, apenas 4ainda não tinham começa<strong>do</strong> a aplicar o MP.Dan<strong>do</strong> seguimento a uma proposta apresentada no final <strong>do</strong> ano 1, constituiu-se o Conselho <strong>de</strong> Educaçãoda Diocese <strong>de</strong> Bafatá composta por um grupo <strong>de</strong> «pontos focais» que fazem a ponte entre os locais maisisola<strong>do</strong>s e a Diocese. Este Conselho preten<strong>de</strong> sobretu<strong>do</strong> dar continuida<strong>de</strong> às boas práticas estimuladaspela <strong>FEC</strong>, contribuin<strong>do</strong> <strong>de</strong>ste mo<strong>do</strong> para a sustentabilida<strong>de</strong> das intervenções no futuro. Realizaram-se noâmbito <strong>de</strong>ste Conselho <strong>de</strong> Educação 3 reuniões <strong>de</strong> trabalho (Dezembro 08, Março 09, Maio 09 43 ), as quaiscontaram com a participação <strong>do</strong> coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r e/ou membros da CIEE e <strong>do</strong> bispo <strong>de</strong> Bafatá. As reuniõescentram-se significativamente no «Manual <strong>de</strong> Procedimentos», em componentes que o integram (regime<strong>de</strong> faltas, regulamento <strong>de</strong> avaliação,..) e sua aplicação. De salientar que este <strong>do</strong>cumento <strong>de</strong>fine asorientações para todas as escolas sob a tutela da Diocese <strong>de</strong> Bafatá e em fase <strong>de</strong> análise para a Diocese <strong>de</strong>Bissau.No final <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2009, realizou-se o Encontro Nacional <strong>de</strong> Educação da Igreja Católica. O encontrofoi um espaço técnico para discussão e <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> linhas estratégicas da Igreja Católica para a educaçãona Guiné-Bissau. Neste senti<strong>do</strong>, foram convida<strong>do</strong>s missionários, agentes escolares, representantes dasdiferentes estruturas <strong>do</strong> Ministério da Educação, representantes <strong>de</strong> ONG e organismos internacionais enacionais, investiga<strong>do</strong>res e outros interessa<strong>do</strong>s. Durante os três dias <strong>do</strong> encontro, estiveram presentes 110pessoas, com representativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> todas as zonas <strong>do</strong> país, on<strong>de</strong> existem escolas ligadas à Igreja.41 Escolas em autogestão são escolas estatais que funcionam em parceria com a comunida<strong>de</strong> local e a Diocese <strong>de</strong> Bissau e <strong>de</strong>Bafatá. Visam proporcionar educação e formação académica às crianças, a<strong>do</strong>lescentes e jovens e fazer com que a educação sejauma responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s. Para tanto, as activida<strong>de</strong>s são realizadas mediante um processo <strong>de</strong> consciencialização e <strong>de</strong> coresponsabilida<strong>de</strong><strong>do</strong> Ministério da Educação Nacional, Diocese, comunida<strong>de</strong> local, escolar e corpo <strong>do</strong>cente.42 Escolas privadas são escolas que têm como entida<strong>de</strong> responsável a Diocese <strong>de</strong> Bissau e Bafatá, no entanto encontram-sevinculadas ao sistema <strong>de</strong> Ensino <strong>do</strong> Ministério da Educação Nacional para fins <strong>de</strong> inspecção e fiscalização.43 A 3ª reunião <strong>do</strong> Conselho da Educação, em Maio <strong>de</strong> 2009, contou com a presença <strong>de</strong> mais 5 elementos da CIEE (coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>rPe. Jo<strong>aqui</strong>m Pereira, representantes <strong>do</strong>s sectores pastorais <strong>de</strong> Bissau, Pe. Lídio Roman e <strong>de</strong> Biombo, Ir. Maria Pereira da Silva,responsável pela formação <strong>de</strong> professores, Pe. José Casal Martins, e directora <strong>do</strong> Liceu João XXIII, Ir. Noeli Blume)44


FUNDAÇÃO EVANGELIZAÇÃO E CULTURAS<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final │ Setembro 2007 – Agosto 2009Da síntese <strong>do</strong> encontro, saíram conclusões e recomendações, das quais se <strong>de</strong>stacam: i) necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>formação <strong>de</strong> quadros no sector da educação, com <strong>de</strong>staque para professores <strong>do</strong> EB, educa<strong>do</strong>res <strong>de</strong>infância e na área técnico-profissional; ii) aumento da comunicação entre parceiros liga<strong>do</strong>s ao sector daeducação; iii) criação <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> trabalho para discussão <strong>de</strong> temas relevantes para a qualida<strong>de</strong> daeducação no país e para a certificação das escolas que aplicam o MP.No encerramento <strong>de</strong>sta activida<strong>de</strong>, foi aprova<strong>do</strong> o MP para ser utiliza<strong>do</strong> em todas as escolas ligadas àIgreja Católica e elabora<strong>do</strong> um <strong>do</strong>cumento com a caracterização das escolas da Diocese <strong>de</strong> Bafatá, em quefoi apresentada a forma <strong>de</strong> trabalhar <strong>de</strong> cada escola da Diocese <strong>de</strong> Bafatá, inserida no contexto da suaregião e da Missão Católica.4.2.2. Sobre os resulta<strong>do</strong>sNeste capítulo, efectuar-se-á uma análise da execução <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s a partir <strong>do</strong>s indica<strong>do</strong>res, algunsactualiza<strong>do</strong>s no final <strong>do</strong> ano 1, no <strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> <strong>Avaliação</strong> (Setembro 2007 – Agosto 2008).Em Bafatá, 11 <strong>do</strong>s 22 professores, obtiveram um aproveitamento da formação com mais <strong>de</strong> 75% <strong>de</strong>presenças nas acções <strong>de</strong> formação <strong>de</strong>senvolvidas e nas observações <strong>de</strong> aulas. Em Canchungo, <strong>do</strong>s 46professores que fazem parte <strong>do</strong> projecto, 41 obtiveram aproveitamento com mais <strong>de</strong> 75% <strong>de</strong> presençasnas acções <strong>de</strong> formação <strong>de</strong>senvolvidas e 100% <strong>de</strong> presenças nas observações <strong>de</strong> aulas.Da análise <strong>do</strong> Quadro 6, é possível concluir que se alcançou o Resulta<strong>do</strong> 1 com o conjunto <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>sapresentadas anteriormente (formação <strong>de</strong> LP, Matemática, CI e observação <strong>de</strong> aulas). Para medir esteresulta<strong>do</strong>, foi <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> em se<strong>de</strong> <strong>de</strong> candidatura o indica<strong>do</strong>r que se apresenta no Quadro 6.Fundamenta<strong>do</strong>s nos da<strong>do</strong>s apresenta<strong>do</strong>s, po<strong>de</strong>-se concluir que o balanço é positivo, já que noencerramento <strong>do</strong> ciclo «+Escola» 52 <strong>do</strong>s 68 professores-alvo registaram um aproveitamento com pelomenos 75% <strong>de</strong> presenças nas acções <strong>de</strong> formação.Quadro 6: Relação entre resulta<strong>do</strong> espera<strong>do</strong> e apura<strong>do</strong> - Resulta<strong>do</strong> 1Resulta<strong>do</strong> Espera<strong>do</strong> 1Melhoria da formação <strong>de</strong> professores <strong>do</strong>ensino básico elementar na <strong>do</strong>cência <strong>do</strong>sprogramas <strong>de</strong> Língua Portuguesa eMatemática (ano 1) e Ciências (ano 2)Indica<strong>do</strong>rIndica<strong>do</strong>r 1.1: forman<strong>do</strong>s com aproveitamento, compelo menos 75% <strong>de</strong> presenças, nas acções <strong>de</strong> formação<strong>de</strong>senvolvidas e nas observações <strong>de</strong> aulasResulta<strong>do</strong>apura<strong>do</strong>52 (77%)O resulta<strong>do</strong> 2 foi já atingi<strong>do</strong> no Ano 1. Porém, com a entrada <strong>de</strong> novos professores no projecto, estesforam <strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> sebentas próprias. Tem-se ainda tenta<strong>do</strong> munir as escolas-alvo <strong>de</strong> materiais aos quais a<strong>FEC</strong> vai ten<strong>do</strong> acesso, como manuais escolares portugueses e dicionários. Ao número <strong>de</strong> professores45


<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final│ Setembro 2007 – Agosto 2009<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> manuais, acresce os manuais adquiri<strong>do</strong>s para apetrechar as escolas-alvo <strong>de</strong>ste instrumento paraos alunos, concretamente 1390 manuais escolaresQuadro 7: Relação entre resulta<strong>do</strong> espera<strong>do</strong> e apura<strong>do</strong>s - Resulta<strong>do</strong> 2Resulta<strong>do</strong>Indica<strong>do</strong>resEspera<strong>do</strong> 2Melhoria <strong>do</strong> Indica<strong>do</strong>r 2.1: Nº <strong>de</strong> professores <strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> manuais escolaresapetrechamentodas escolas-alvo Indica<strong>do</strong>r 2.2: Nº <strong>de</strong> professores <strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> sebentasem materiais <strong>de</strong>apoio a agentes Indica<strong>do</strong>r 2.3: Nº <strong>de</strong> turmas <strong>do</strong>tadas <strong>de</strong> livros <strong>de</strong> sumárioseducativosIndica<strong>do</strong>r 2.4: Nº <strong>de</strong> turmas <strong>do</strong>tadas <strong>de</strong> livros <strong>de</strong> registo diário <strong>de</strong> frequênciaResulta<strong>do</strong>sapura<strong>do</strong>s6969152152O terceiro resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> «+Escola» é medi<strong>do</strong> através <strong>de</strong> cinco indica<strong>do</strong>res, relativamente distintos, como sepo<strong>de</strong> verificar no Quadro 8:Quadro 8: Relação entre resulta<strong>do</strong> espera<strong>do</strong> e apura<strong>do</strong> - Resulta<strong>do</strong> 3Resulta<strong>do</strong> espera<strong>do</strong> 3 Indica<strong>do</strong>res Resulta<strong>do</strong>sapura<strong>do</strong>sAumento <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> <strong>de</strong>permanência em activida<strong>de</strong>sescolares, lectivas e extralectivas,<strong>do</strong>s professores dasescolas-alvoIndica<strong>do</strong>r 3.1: Aumento <strong>de</strong> 10% <strong>de</strong> dias lectivos cumpri<strong>do</strong>sentre o ano lectivo <strong>de</strong> 2006-07 e o ano lectivo <strong>de</strong> 2008-09 nosmomentos <strong>de</strong> avaliação intercalar e avaliação final <strong>do</strong>projecto;8,78Indica<strong>do</strong>r 3.2: Nº <strong>de</strong> professores das escolas-alvo comcontratos <strong>de</strong> trabalho, formais ou informais, <strong>de</strong> 9 meses; 4418Indica<strong>do</strong>r 3.3: Nº <strong>de</strong> regulamentos internos das escolas-alvo13Indica<strong>do</strong>r 3.4: Uma taxa <strong>de</strong> assiduida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 70% <strong>do</strong>sprofessores forma<strong>do</strong>s das escolas-alvo87,02 %Indica<strong>do</strong>r 3.5: Nº <strong>de</strong> propostas <strong>do</strong> manual <strong>de</strong> procedimentos<strong>do</strong>s grupos <strong>de</strong> trabalho regionais, apresenta<strong>do</strong>s no encontrodiocesano <strong>de</strong> missionários, em que é <strong>de</strong>senvolvida aregulamentação <strong>do</strong> regime <strong>de</strong> faltas.3Para medir o indica<strong>do</strong>r 3.1., <strong>de</strong>finiram-se como meios <strong>de</strong> verificação o registo <strong>de</strong> presenças <strong>de</strong>professores nos livros <strong>de</strong> ponto e as estatísticas <strong>do</strong> projecto, integradas no ICL. Foi possível ao longo <strong>do</strong>s<strong>do</strong>is anos <strong>de</strong> projecto verificar que muitos professores não usavam o livro <strong>de</strong> ponto, ainda que seja umaexigência <strong>do</strong> Ministério da Educação guineense. Este facto teve repercussões no preenchimento <strong>do</strong>s livros<strong>de</strong> ponto, dificultan<strong>do</strong> a fiabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s para medição <strong>de</strong>ste indica<strong>do</strong>r. Os TF da <strong>FEC</strong> procuraram44 Alteração <strong>do</strong> número <strong>de</strong> meses para os contratos <strong>de</strong> 10 para 9 meses foi apresentada no final <strong>do</strong> ano 1 em <strong>Relatório</strong> e comactualização <strong>de</strong> Quadro Lógico.46


FUNDAÇÃO EVANGELIZAÇÃO E CULTURAS<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final │ Setembro 2007 – Agosto 2009contornar este constrangimento reforçan<strong>do</strong> nas formações, em particular <strong>de</strong> directores, a prática correcta<strong>do</strong> preenchimento e nos acompanhamentos regulares <strong>de</strong> professores e directores, cruzan<strong>do</strong> informação.Alguns factores contribuíram para que não se tenha alcança<strong>do</strong> na totalida<strong>de</strong> os resulta<strong>do</strong>s espera<strong>do</strong>s, <strong>do</strong>squais se evi<strong>de</strong>nciam: i) acontecimentos políticos que condicionaram a estabilida<strong>de</strong> das escolas (cf. Capítulo3.1.); ii) salários em atraso, em particular, nas escolas comunitárias <strong>do</strong> sector <strong>de</strong> Bafatá, conduzin<strong>do</strong> aausência <strong>de</strong> professores ao serviço; iii) início tardio <strong>do</strong> ano lectivo (Novembro 2008) nas escolascomunitárias <strong>do</strong> sector <strong>de</strong> Bafatá após o fim da época das colheitas.Uma análise cruzada <strong>do</strong> indica<strong>do</strong>r 3.1. com o indica<strong>do</strong>r 3.4. permite contextualizar os resulta<strong>do</strong>s,verifican<strong>do</strong> que exceptuan<strong>do</strong> as contingências políticas e sócio-culturais <strong>do</strong> país, ultrapassou-se a taxa <strong>de</strong>assiduida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s professores prevista na proposta narrativa <strong>do</strong> «+Escola», com um aumento <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong>17% acima <strong>do</strong> indica<strong>do</strong> (cf. Quadro 8, indica<strong>do</strong>res 3.1. e 3.4.).Os indica<strong>do</strong>res 3.2 e 3.3 reportam-se essencialmente à celebração <strong>de</strong> contratos entre a comunida<strong>de</strong> e oprofessor, no caso das escolas comunitárias e <strong>de</strong> auto-gestão; entre a congregação e o professor, caso dasescolas privadas sob a tutela da Diocese <strong>de</strong> Bafatá. No caso das escolas públicas com o apoio dasassociações <strong>de</strong> manjacos, a celebração <strong>de</strong> contratos revela-se complexa, já que pelo seu estatuto legal sãoescolas públicas e como tal reportan<strong>do</strong>-se ao Ministério da Educação/DRE <strong>de</strong> Cacheu, mas em termospráticos, da<strong>do</strong>s os sucessivos atrasos no pagamento <strong>de</strong> salários, são financeiramente apoia<strong>do</strong>s pelasassociações <strong>de</strong> manjacos. Por <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>stas, a celebração <strong>de</strong> contratos não foi efectuada por serresponsabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> da Guiné-Bissau. A opção da <strong>FEC</strong> foi garantir no Programa <strong>de</strong> FormaçãoGAE formas práticas <strong>de</strong> garantir o subsídio para fazer face aos atrasos salariais e contribui para aestabilida<strong>de</strong> nas escolas.A celebração <strong>de</strong> um contrato é uma prática pouco frequentemente nestes estabelecimentos <strong>de</strong> ensino ereflecte a forma como a socieda<strong>de</strong> encara o trabalho <strong>do</strong> professor/director, em particular nas escolascomunitárias e nas escolas públicas com associações manjacas. Com efeito, assume-se que o professor só<strong>de</strong>va ser remunera<strong>do</strong> pelos meses em que administra aulas, razão pela qual se teve <strong>de</strong> alterar <strong>de</strong> 10 para 9meses a celebração <strong>do</strong>s contratos (não contemplan<strong>do</strong> os meses <strong>de</strong> Julho, Agosto, Setembro <strong>de</strong>dica<strong>do</strong>s àavaliação e planificação). De salientar que esta perspectiva <strong>de</strong> 9 meses é reforçada pelo próprio Esta<strong>do</strong>guineense como razoável. 45 Dadas as reservas apontadas pelas comunida<strong>de</strong>s, po<strong>de</strong>-se consi<strong>de</strong>rar que oindica<strong>do</strong>r 3.2. é significativamente positivo.45 O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> contrato, cedi<strong>do</strong> pela DRE, que foi distribuí<strong>do</strong> às escolas <strong>do</strong> projecto que não celebram contratos com osprofessores, para servir como exemplo no trabalho a realizar durante o próximo ano.47


<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final│ Setembro 2007 – Agosto 2009Das 14 escolas da Região <strong>de</strong> Bafatá, 12 celebraram contratos formais colectivos <strong>de</strong> 9 meses com acomunida<strong>de</strong> educativa, perfazen<strong>do</strong> um total <strong>de</strong> 18 em 22 professores com contratos <strong>de</strong> trabalho formais.Em relação ao indica<strong>do</strong>r 3.3., é necessário referir que o Regulamento Interno <strong>de</strong> Escola é uma novida<strong>de</strong>para as escolas comunitárias, tal como o foi para as escolas públicas com apoio das associações manjacasaté intervenção da <strong>FEC</strong> em anos anteriores. O seu relevo pren<strong>de</strong>-se com a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gerir uma escolasegun<strong>do</strong> parâmetros conheci<strong>do</strong>s <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os actores e, por conseguinte, garantir pelo exercício prático <strong>de</strong>o aplicar que a escola não encerre no futuro. Na Região <strong>de</strong> Bafatá, das 14 EC, 10 aprovaramRegulamentos Internos <strong>de</strong> Escola (RIE). De salientar que das 4 EC que não conseguiram aprovar o RIE,uma já tinha a redacção quase concluída em mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong> mês <strong>de</strong> Junho 2009. Na Região <strong>de</strong> Cacheu, das 4escolas-alvo, 3 aprovaram o RIE. A única escola que não aprovou o RIE encontra-se em negociação coma associação <strong>de</strong> emigrantes ASSOFAC e com a comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Canhobe, situação possível <strong>de</strong> serultrapassada após a Conferência Internacional <strong>de</strong> Canhobe a realizar em Dezembro <strong>de</strong> 2009, em Lisboa.Dos 3 grupos <strong>de</strong> trabalho regionais, to<strong>do</strong>s apresentaram propostas <strong>de</strong> Manuais <strong>de</strong> Procedimentosapresenta<strong>do</strong>s, permitin<strong>do</strong> alcançar com sucesso o indica<strong>do</strong>r 3.5.4.3. Análise <strong>de</strong> eficáciaPara a avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>s professores, estavam previstos um conjunto <strong>de</strong> instrumentos cujaferramenta <strong>de</strong> síntese era o Índice <strong>de</strong> Capacida<strong>de</strong> Lectiva (ICL), que tinham como objectivo final melhoraras suas competências pedagógicas e capacitá-los para a autonomia <strong>de</strong> tarefas pedagógicas (preparação <strong>de</strong>materiais, planeamento, etc.), ten<strong>do</strong> por base os programas <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> Português, Matemática,Ciências Integradas, Didáctica das áreas anteriores. As características, indica<strong>do</strong>res e factores <strong>de</strong> avaliaçãoincluem grelhas <strong>de</strong> observação, assiduida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s professores nas aulas e nas formações, provas <strong>de</strong>diagnóstico, provas <strong>de</strong> avaliação final e resulta<strong>do</strong>s escolares <strong>do</strong>s alunos <strong>do</strong>s professores observa<strong>do</strong>sinseri<strong>do</strong>s na lógica <strong>do</strong> projecto.O ICL tem como objectivo avaliar se os professores melhoraram a sua capacida<strong>de</strong> lectiva, numa escala <strong>de</strong>1 a 6, sen<strong>do</strong> 1 o valor mínimo e 6 o máximo. Na génese <strong>do</strong> ICL, está a preocupação essencial com acomponente didáctica. Será importante referir que os professores foram informa<strong>do</strong>s sobre os seusresulta<strong>do</strong>s ao longo <strong>do</strong> projecto. O objectivo é que os professores possam reflectir continuamente sobre asua activida<strong>de</strong> lectiva procuran<strong>do</strong> uma melhoria contínua. Só recorren<strong>do</strong> a instrumentos/mecanismosobjectivos é possível transformar o <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>s professores em aspectos quantitativos e quepermitam discriminar positivamente o trabalho <strong>do</strong>s professores48


FUNDAÇÃO EVANGELIZAÇÃO E CULTURAS<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final │ Setembro 2007 – Agosto 2009Para além das provas diagnósticas e finais <strong>de</strong> cada disciplina (cf. Capítulos 4.2.1. Activida<strong>de</strong>s A.1.1 eA.1.2), outros elementos integraram o processo <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes na formação em exercício <strong>de</strong>CI, das quais se <strong>de</strong>stacam; i) reflexões críticas; ii) duas provas intercalares (Natal e Páscoa); iii) portfolio.Destes efectuar-se-á uma análise das provas intercalares e <strong>do</strong> portfolio pela importância junto <strong>do</strong> públicoalvo.As duas provas intercalares têm uma estrutura similar, diferencian<strong>do</strong>-se da diagnóstica e final pelaformulação das perguntas. São provas <strong>de</strong> resposta rápida compostas <strong>de</strong> perguntas directas e fechadassobre os conteú<strong>do</strong>s, questões <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>iro e falso. Na Região <strong>de</strong> Bafatá, a média <strong>de</strong> avaliação intermédiada Páscoa foi <strong>de</strong> 56,25%, enquanto na Região <strong>de</strong> Cacheu, a média <strong>de</strong> avaliação intermédia <strong>do</strong> mesmoperío<strong>do</strong> foi <strong>de</strong> 71,45%.O portfolio constitui um <strong>do</strong>s instrumentos que integram o ICL e a avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>professor. Pressupõe a organização e planificação <strong>do</strong> professor. Ao longo das observações, foram dadasindicações aos professores para colocarem to<strong>do</strong> o material forneci<strong>do</strong> nas formações, as grelhas <strong>de</strong>observação, planos <strong>de</strong> aula, entre outros, no portfolio, sen<strong>do</strong> da sua responsabilida<strong>de</strong> a sua organização. Aavaliação <strong>do</strong> portfolio contempla quatro aspectos: 1) organização <strong>do</strong> <strong>do</strong>ssier; 2) três planificações <strong>do</strong>professor; 3) pon<strong>de</strong>ração das planificações elaboradas pelo professor ao longo <strong>do</strong> ano; 4) instrumentosproduzi<strong>do</strong>s para as aulas. A título <strong>de</strong> exemplo, refira-se que na Região <strong>de</strong> Bafatá, se verificou não só uma<strong>de</strong>sorganização <strong>do</strong>s portfolios como a falta <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> parte <strong>do</strong> material da formação. Dos 22professores que o apresentaram, apenas 8 tinham planos <strong>de</strong> sessão das suas próprias aulas e apenas 1continha instrumentos produzi<strong>do</strong>s.A análise <strong>do</strong> Quadro 9, permite acrescentar algumas leituras às anteriormente efectuadas:Quadro 9 - Relação entre objectivo específico e resulta<strong>do</strong> apura<strong>do</strong>Objectivo específicoMelhorar a capacida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s professores <strong>do</strong> EBEleccionarem eficazmente os conhecimentos e<strong>de</strong>senvolverem as competências <strong>de</strong>finidas nos programas<strong>de</strong> LP e Matemática (1º ano <strong>de</strong> projecto) aos alunos dasescolas-alvo nas regiões <strong>de</strong> Bafatá e Cacheu.Indica<strong>do</strong>resAumento em 10% da taxamédia <strong>de</strong> progresso <strong>do</strong> Índice<strong>de</strong> Capacida<strong>de</strong> Lectiva <strong>do</strong>sprofessores alvoResulta<strong>do</strong>apura<strong>do</strong>27,58%Se compararmos o valor médio apura<strong>do</strong> na situação diagnóstica, em 2007, (2,95 numa escala que variaentre 1 e 6) com o valor médio <strong>do</strong> ICL ao fim <strong>de</strong> um ano, 2008, (3,04), registamos um aumento na or<strong>de</strong>m<strong>do</strong>s 3, 07%. No entanto o valor médio <strong>do</strong> ICL no final <strong>do</strong> projecto (2009) é <strong>de</strong> 3,7, o que representa umaumento <strong>de</strong> 27,58% da taxa média <strong>de</strong> progresso <strong>do</strong> Índice <strong>de</strong> Capacida<strong>de</strong> Lectiva <strong>do</strong>s professores alvo, ao49


<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final│ Setembro 2007 – Agosto 2009longo <strong>do</strong> projecto, o que represente um resulta<strong>do</strong> muito satisfatório no <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>s professores,objectivo principal <strong>do</strong> «+Escola».Por fim, é importante referir que o Índice <strong>de</strong> Capacida<strong>de</strong> Lectiva médio se encontra acima <strong>do</strong> pontointermédio da escala (3,5). Quer isto dizer que a evolução da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino <strong>do</strong>s professoresacompanha<strong>do</strong>s durante os <strong>do</strong>is anos <strong>do</strong> projecto aumentou, ultrapassan<strong>do</strong> o nível intermédio. Analisan<strong>do</strong>os da<strong>do</strong>s apura<strong>do</strong>s com maior pormenor, verificamos que 40 professores (cerca <strong>de</strong> <strong>do</strong>is terços) obtiveramuma classificação acima <strong>do</strong> ponto intermédio, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a escala e critérios <strong>de</strong> avaliação utiliza<strong>do</strong>s.Em resumo, e fazen<strong>do</strong> a ressalva da fragilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s estatísticos disponíveis neste momento,po<strong>de</strong>-se afirmar que o «+Escola» tem si<strong>do</strong> bastante eficaz, sobretu<strong>do</strong> se aten<strong>de</strong>rmos que alguns <strong>do</strong>spressupostos não foram integralmente garanti<strong>do</strong>s e da<strong>do</strong> o contexto <strong>de</strong> instabilida<strong>de</strong> sócio-político vivi<strong>do</strong>,em particular no ano 2 (2008/2009)Para além da análise <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s patentes no Quadro 9, os instrumentos permitem tirar mais algumasconclusões:i) No sector <strong>de</strong> Canchungo, o aumento <strong>do</strong> valor <strong>do</strong> ICL foi significativo em todas as escolas;ii) No sector <strong>de</strong> Bafatá, houve uma <strong>de</strong>scida generalizada <strong>do</strong> valor <strong>do</strong> ICL nas escolas, exceptuan<strong>do</strong> as quetinham valores muito baixos no ano 1 (2007/2008)4.4. Análise <strong>de</strong> impactoQuadro 10 - Relação entre objectivos gerais e resulta<strong>do</strong>s apura<strong>do</strong>sObjectivos GeraisOG1: Contribuir para a<strong>aqui</strong>sição<strong>de</strong>conhecimentos e para o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>competências <strong>do</strong>s alunos,das escolas-alvo;OG2: Contribuir para aredução <strong>do</strong> aban<strong>do</strong>noescolar da 3ª para a 4ªclasses nas escolas-alvo.Indica<strong>do</strong>res♀LP: Aumento <strong>de</strong> 10% na taxa <strong>de</strong> aprovação das alunas <strong>do</strong>sprofessores alvo <strong>do</strong> projecto na disciplina <strong>de</strong> Língua Portuguesa1♂LP: Aumento <strong>de</strong> 10% na taxa <strong>de</strong> aprovação <strong>do</strong>s alunos <strong>do</strong>sprofessores alvo <strong>do</strong> projecto na disciplina <strong>de</strong> Língua Portuguesa♀M: Aumento <strong>de</strong> 10% na taxa <strong>de</strong> aprovação das alunas <strong>do</strong>sprofessores alvo <strong>do</strong> projecto na disciplina <strong>de</strong> Matemática♂M: Aumento <strong>de</strong> 10% na taxa <strong>de</strong> aprovação <strong>do</strong>s alunos <strong>do</strong>sprofessores alvo <strong>do</strong> projecto na disciplina <strong>de</strong> Matemática♀: Diminuição <strong>de</strong> 5% da taxa média <strong>de</strong> aban<strong>do</strong>no escolar das alunasque frequentam a 3ª classe nas escolas alvo <strong>do</strong> projectoResulta<strong>do</strong>apura<strong>do</strong>16,5 %-12,7%16,9%-6,4%63,4%♂: Diminuição <strong>de</strong> 5% da taxa média <strong>de</strong> aban<strong>do</strong>no escolar <strong>do</strong>s alunosque frequentam a 3ª classe nas escolas alvo <strong>do</strong> projecto76,6%50


FUNDAÇÃO EVANGELIZAÇÃO E CULTURAS<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final │ Setembro 2007 – Agosto 2009Os seis indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> impacto reportam-se a uma análise <strong>de</strong> género, sen<strong>do</strong> <strong>do</strong>is <strong>de</strong>dica<strong>do</strong>s ao aban<strong>do</strong>noescolar e quatro ao aproveitamento nas disciplinas <strong>de</strong> Português e Matemática. Os da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Matemáticareporta-se ao início e fim <strong>de</strong> 2007/2008, e os <strong>de</strong> Português aos mesmos perío<strong>do</strong>s <strong>de</strong> 2008/2009.De referir igualmente que os resulta<strong>do</strong>s apura<strong>do</strong>s na aprovação <strong>do</strong>s alunos masculinos correspon<strong>de</strong>m auma diminuição da taxa <strong>de</strong> aprovação <strong>do</strong>s alunos nas disciplinas <strong>de</strong> Português e Matemática, nãosignifican<strong>do</strong> que sejam resulta<strong>do</strong>s negativos nessas disciplinas. A taxa <strong>de</strong> aprovação <strong>do</strong>s rapazes emPortuguês registou-se inferior <strong>do</strong> ano 1 para o ano 2.Da análise <strong>do</strong> Quadro 10, é possível verificar que no caso <strong>do</strong>s alunos femininos o aumento da taxa <strong>de</strong>aprovação nas duas disciplinas é muito similar, sen<strong>do</strong> que este foi claramente superior ao resulta<strong>do</strong>espera<strong>do</strong> em candidatura <strong>do</strong> «+Escola».Quanto ao aban<strong>do</strong>no escolar, ainda que a taxa <strong>de</strong> aban<strong>do</strong>no entre rapazes e raparigas seja muito similar,verificou-se que as raparigas ten<strong>de</strong>m a aban<strong>do</strong>nar mais o sistema <strong>de</strong> ensino <strong>do</strong> que os rapazes. Porém, osda<strong>do</strong>s evi<strong>de</strong>nciam que o global das escolas-alvo procurou fixar os alunos até a 3ª classe, na esperança <strong>de</strong>concluir <strong>de</strong> forma sequencial o 1º ciclo <strong>do</strong> EB. Contrariamente ao que se pensava inicialmente, verificouseque são as raparigas que parecem beneficiar <strong>do</strong> impacto <strong>do</strong> projecto ao nível local.Uma análise mais <strong>de</strong>talhada <strong>do</strong>s instrumentos, permite tirar algumas leituras suplementares quanto aoaproveitamento e aban<strong>do</strong>no escolar por género e por região:i) O aproveitamento <strong>do</strong>s alunos é muito similar entre os sectores <strong>de</strong> Bafatá e Cacheu e ten<strong>de</strong> a melhorarem cada classe <strong>do</strong> 1º ciclo;ii) O aproveitamento é muito homogéneo nas três disciplinas basilares <strong>do</strong> EB, evi<strong>de</strong>ncian<strong>do</strong>-se apenasuma performance menos positiva na 1ª classe <strong>do</strong> sector <strong>de</strong> Bafatá, ou seja, à entrada no sistema formal <strong>de</strong>ensino;iii) As raparigas apresentam uma evolução inicial superior à <strong>do</strong>s rapazes, mas ao longo <strong>do</strong> ciclo, registamvalores inferiores aos <strong>do</strong>s colegas masculinos;iv) Há uma discrepância maior em termos <strong>de</strong> aproveitamento entre rapazes e raparigas na Região <strong>de</strong>Bafatáv) Globalmente há uma evolução positiva da 1ª à 4ª classe, o que parece contrário às tendências <strong>do</strong>spaíses em <strong>de</strong>senvolvimento e em sistemas <strong>de</strong> base comunitária;51


<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final│ Setembro 2007 – Agosto 2009vi) Uma análise cruzada <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>correntes das activida<strong>de</strong>s associadas a professores e a <strong>de</strong> directores,permite verificar que as escolas com uma taxa <strong>de</strong> aban<strong>do</strong>no nula ou quase inexistente são aquelas queforam referenciadas nos acompanhamentos <strong>de</strong> escola como as que possuem boas práticas <strong>de</strong> gestão(Sintcha Alonso, Sintcha Djae, Sintcha Farba) e, simultaneamente as que registam mais raparigas <strong>do</strong> querapazes na escola.4.5 Recursos e Orçamentoa) Recursos HumanosNo que respeita aos recursos humanos <strong>do</strong> projecto, há vários pontos a salientar. A aposta em técnicoslocais faz parte da estratégia da <strong>FEC</strong>. No caso da Guiné-Bissau, a escassez <strong>de</strong> recursos humanosqualifica<strong>do</strong>s conduziu a que este recrutamento se realizasse a partir <strong>de</strong> Portugal com vista a integrarguineenses nos projectos <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s no país (2002-2007). Com o início <strong>do</strong> «+ Escola», iniciou-se orecrutamento a partir da Guiné-Bissau através da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> contactos existentes, <strong>de</strong> empresas <strong>de</strong>recrutamento <strong>de</strong> recursos humanos e <strong>de</strong> anúncios. Verificaram-se dificulda<strong>de</strong>s significativas em recrutarpessoas com habilitações académicas mínimas para o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> funções, sobretu<strong>do</strong> na área daeducação. Foi possível, no entanto, integrar recursos humanos locais para as vagas <strong>de</strong> administrativologístico(Junho 2008), um Técnico Forma<strong>do</strong>r <strong>de</strong> professores (Setembro 2009) e <strong>de</strong> director <strong>de</strong> escola(Dezembro 2009), este último com reforço <strong>de</strong> financiamento da PLAN-GB.No que diz respeito aos outros recursos humanos afectos ao projecto, é necessário assinalar globalmente aestabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s membros da equipa em Lisboa. No caso da equipa na Guiné-Bissau, a <strong>FEC</strong> procurou nolançamento <strong>do</strong> ano 1 <strong>do</strong> «+ Escola» manter uma equipa com experiência na meto<strong>do</strong>logia <strong>de</strong> trabalho dainstituição, da Guiné-Bissau e/ou <strong>de</strong> outros países africanos. Da equipa total <strong>de</strong> 10 membros, 6 tiveramum percurso com a <strong>FEC</strong> e/ou em África. Na transição para o 2º ano (2008/2009), foi necessário recrutar8 pessoas para a equipa na Guiné-Bissau. A <strong>FEC</strong> procurou minorar os efeitos negativos <strong>de</strong>sta rotativida<strong>de</strong>com a continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 2 membros, 1 para a região <strong>de</strong> Bafatá e outro para a <strong>de</strong> Cacheu, e contratan<strong>do</strong> oavalia<strong>do</strong>r <strong>do</strong> ano 1 <strong>do</strong> «+Escola» na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gestor <strong>de</strong> projecto.Para o recrutamento <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os recursos humanos, <strong>de</strong>staca-se para além das competências técnicas para<strong>de</strong>sempenho das funções, experiência generalizada por parte da equipa em gestão e execução <strong>de</strong> projectose em países <strong>de</strong> pós-conflito (90% no ano 1; 77% no ano 2). 46b) Recursos Materiais46 No caso <strong>do</strong>s recursos humanos locais, foram contabiliza<strong>do</strong>s os que possuíam experiências na gestão e/ouexecução <strong>de</strong> projectos e na formação52


FUNDAÇÃO EVANGELIZAÇÃO E CULTURAS<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final │ Setembro 2007 – Agosto 2009No que respeita aos recursos materiais, a análise incidirá sobre questões <strong>de</strong> alojamento e escritórios,transporte e equipamento tecnológico.Na Região <strong>de</strong> Bafatá, o arrendamento da casa no perímetro da Cúria Diocesana <strong>de</strong> Bafatá provou ser umaopção acertada, uma vez que as boas condições <strong>de</strong> habitabilida<strong>de</strong> da casa foram importantes para que aequipa pu<strong>de</strong>sse respon<strong>de</strong>r às exigentes condições <strong>de</strong> trabalho existentes na região. Também o facto <strong>de</strong> sedispor <strong>de</strong> um escritório, na Cúria, com uma boa provisão <strong>de</strong> energia e segurança permitiu que acapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho fosse maximizada. Esta equipa pô<strong>de</strong> ainda beneficiar no segun<strong>do</strong> ano <strong>de</strong> acessoperiódico à internet, no quadro das relações <strong>de</strong> parceria com a PLAN GB. Em Julho <strong>de</strong> 2009, a Diocese<strong>de</strong> Bafatá passou também a ter internet disponível ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> firma<strong>do</strong> um acor<strong>do</strong> verbal para que uma daslinhas pu<strong>de</strong>sse ser montada no escritório da <strong>FEC</strong>.As condições <strong>de</strong> habitação em Canchungo não são tão propícias a um clima <strong>de</strong> vida e trabalho. Comefeito, o escritório encontra-se na casa, dificultan<strong>do</strong> a separação <strong>de</strong> tempos <strong>de</strong> trabalho e <strong>de</strong> vida pessoal.Por outro la<strong>do</strong>, a casa não possui água canalizada o que dificulta a logística diária. Registam-se aindaperío<strong>do</strong>s sem electricida<strong>de</strong>, problemas <strong>de</strong> luminosida<strong>de</strong> natural/arejamento e a ausência <strong>de</strong> uma garagemobriga a que as motas sejam mantidas <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> espaço habitacional. Apesar das limitações em termos <strong>de</strong>oferta, <strong>de</strong>vem ser procuradas alternativas que permitam melhorar as condições <strong>de</strong>sta equipa.O acesso à internet em Canchungo foi possível ao longo <strong>do</strong> segun<strong>do</strong> ano <strong>de</strong> projecto por cortesia daAl<strong>de</strong>ia S.O.S, embora <strong>de</strong> forma bastante irregular. Por alargamento da re<strong>de</strong> sem fios a esta região noúltimo semestre é <strong>de</strong> pon<strong>de</strong>rar fortemente a <strong>aqui</strong>sição <strong>do</strong> equipamento necessário para que a equipa passea ter acesso directo à internet.Em Bissau, o IPAD facultou um apartamento T2 no Bairro da Cooperação para a equipa <strong>de</strong> gestão, queincluía na proposta narrativa <strong>do</strong> «+ Escola» o Gestor <strong>de</strong> <strong>Projecto</strong> e o logístico-administrativo em Bissau,por serem expatria<strong>do</strong>s. Necessida<strong>de</strong>s logísticas por parte <strong>do</strong> Bairro da Cooperação, levaram a <strong>FEC</strong> acorrespon<strong>de</strong>r ao pedi<strong>do</strong> <strong>do</strong> Gestor <strong>do</strong> Bairro da Cooperação e <strong>do</strong> Adi<strong>do</strong> para a Cooperação daEmbaixada <strong>de</strong> Portugal em Bissau a mudar para um T0, em Março <strong>de</strong> 2008, situação apresentada comotemporária e sujeita a alteração aquan<strong>do</strong> <strong>do</strong> recrutamento <strong>do</strong> técnico logístico em falta. Com a alteração daequipa <strong>de</strong> gestão no ano 2, envolven<strong>do</strong> o gestor <strong>de</strong> projecto e uma assessora <strong>de</strong> educação, a <strong>FEC</strong> voltou asolicitar o apartamento T2 acorda<strong>do</strong> no início <strong>do</strong> projecto «+ Escola».As limitações apresentadas no relatório intercalar relativamente à residência/escritório <strong>de</strong>monstraram serbastante justificadas. O T0 alberga duas pessoas com funções centrais para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> projecto(gestor <strong>de</strong> projecto e assessora <strong>de</strong> educação) cujas repercussões se fazem sentir tanto ao nível da vida53


<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final│ Setembro 2007 – Agosto 2009privada como profissional e institucional. Um T0 apresenta-se como uma opção habitacional prejudicialpara duas pessoas em qualquer circunstância, ainda mais se tiver <strong>de</strong> ser frequentada como local <strong>de</strong> trabalhopor parte <strong>de</strong> outros funcionários ou <strong>de</strong> parceiros no terreno.Des<strong>de</strong> a alteração da equipa <strong>de</strong> gestão que a <strong>FEC</strong> tem <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> diligências quer a nível local quer apartir <strong>de</strong> Lisboa, junto <strong>do</strong> IPAD, sen<strong>do</strong> que a disponibilida<strong>de</strong> para encontrar alternativas tem si<strong>do</strong> limitadaa nível local. Até a elaboração final <strong>de</strong>ste relatório, as condições <strong>de</strong> habitabilida<strong>de</strong> não tinham si<strong>do</strong>alteradas.Em conversação com a Diocese <strong>de</strong> Bissau foi estabeleci<strong>do</strong> um contrato com a Cáritas da Guiné-Bissaupara atenuar parte <strong>do</strong> problema com a passagem <strong>do</strong> escritório para as instalações <strong>de</strong>sta instituição. Oescritório nas instalações da Cáritas da Guiné-Bissau fornece as condições <strong>de</strong> luminosida<strong>de</strong>, internet eergonómicas necessárias. É também possível requisitar, sem custos acresci<strong>do</strong>s, outras salas <strong>do</strong> complexopara realização <strong>de</strong> reuniões <strong>de</strong> trabalho, encontros ou formações.Dada a itinerância característica <strong>do</strong> trabalho formativo, a execução <strong>do</strong> «+Escola» implica meios <strong>de</strong>transporte em quatro regiões. A <strong>FEC</strong> disponibilizava no arranque da intervenção <strong>de</strong> 1 pick-up e 4motorizadas. As sucessivas reparações e o aci<strong>de</strong>nte em Julho <strong>de</strong> 2008 vieram inviabilizar o uso <strong>de</strong>ste meio<strong>de</strong> transporte cujo impacto foi menor da<strong>do</strong> o facto <strong>de</strong> se ter adquiri<strong>do</strong> um novo veículo dupla cabine 4X4,<strong>do</strong>a<strong>do</strong> pelo Grupo Salva<strong>do</strong>r Caetano. Com vista a assegurar com eficácia o projecto, e dada a dificulda<strong>de</strong><strong>de</strong> encontrar financiamento para a <strong>aqui</strong>sição <strong>de</strong> nova viatura a solução foi um reforço <strong>de</strong> orçamento porparte da PLAN GB para aluguer <strong>de</strong> viatura para <strong>de</strong>slocação no âmbito das activida<strong>de</strong>s a <strong>de</strong>senvolver nastabancas da região <strong>de</strong> Bafatá. O mau esta<strong>do</strong> das estradas para as escolas comunitárias dificulta o aluguer <strong>de</strong>veículos, pelo que apenas tem si<strong>do</strong> possível recorrer a carros ligeiros que para além das limitações emestradas não alcatroadas, apresentaram falta <strong>de</strong> condições <strong>de</strong> comodida<strong>de</strong>, segurança e logísticas.Já o aluguer <strong>do</strong> Toyota Landcruiser 4X4 da Diocese <strong>de</strong> Bafatá para a activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> formação em gestão eadministração escolar nas escolas ligadas à Igreja nas regiões <strong>do</strong> Sul <strong>de</strong>monstrou ser bastante a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>.Em relação às motas, adquiridas por se a<strong>de</strong>quarem a caminhos <strong>de</strong> terra batida, revelaram serem difíceis <strong>de</strong>manusear por gran<strong>de</strong> parte da equipa. A equipa <strong>de</strong> Canchungo usou-as com frequência, mas verifica-sefundamental a <strong>aqui</strong>sição <strong>de</strong> um veículo para os acompanhamentos que exigem o uso <strong>de</strong> muitos materiais.Quanto ao material tecnológico, os materiais existentes e adquiri<strong>do</strong>s ao longo <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is anos <strong>de</strong> projectoforam-se <strong>de</strong>terioran<strong>do</strong> no <strong>de</strong>curso <strong>do</strong> 2º ano dadas as condições climatéricas da Guiné-Bissau, o queconduziu a uma assistência técnica mais frequente e a <strong>aqui</strong>sição <strong>de</strong> memórias e discos para os PC, bem54


FUNDAÇÃO EVANGELIZAÇÃO E CULTURAS<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final │ Setembro 2007 – Agosto 2009como a reinstalação e actualização <strong>de</strong> software, a <strong>aqui</strong>sição <strong>de</strong> equipamentos (fotocopia<strong>do</strong>ra, impressora eum PC, bateria e transforma<strong>do</strong>r) indispensáveis para a prossecução das activida<strong>de</strong>s.c) Recursos FinanceirosTal como é apresenta<strong>do</strong> no Quadro 11, verificou-se uma elevada taxa <strong>de</strong> execução orçamental em termosglobais <strong>do</strong> <strong>Projecto</strong> (99,9% <strong>do</strong>s 606.954 € orçamenta<strong>do</strong>s em candidatura), salientan<strong>do</strong>, neste ponto, quatropontos-chave:1| Procurou-se executar integralmente, através da realização das activida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> <strong>Projecto</strong>, os orçamentos<strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os financia<strong>do</strong>res, <strong>de</strong>stacan<strong>do</strong> <strong>aqui</strong> a disponibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s financia<strong>do</strong>res IPAD e PLAN GB para o<strong>de</strong>ferimento das propostas <strong>de</strong> reorçamentação apresentadas, no <strong>de</strong>curso <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is anos <strong>do</strong> <strong>Projecto</strong>,segun<strong>do</strong> as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> reajuste das acções e activida<strong>de</strong>s verificadas no terreno;2| O co-financiamento <strong>do</strong>s parceiros IPAD (100%), Plan GB (100%), Action Aid (85,7%), SNV (100%)Igreja Católica da Guiné-Bissau (100%), Cáritas Guiné-Bissau (100%) e <strong>FEC</strong> (100%) registaram uma taxa<strong>de</strong> execução acima da média;3|O orçamento efectivo global correspon<strong>de</strong> a 99,98% <strong>do</strong> orçamento previsto inicial em se<strong>de</strong> <strong>de</strong>candidatura. Perante a redução <strong>do</strong> orçamento para o ano 1 e não financiamento <strong>do</strong> ano 2 <strong>do</strong> cofinancia<strong>do</strong>rAction Aid, foi solicita<strong>do</strong> e aprova<strong>do</strong> um reforço <strong>do</strong> co-financiamento da PLAN GB, a par daentrada, no ano 2, <strong>do</strong>s parceiros Cáritas GB e SNV, <strong>de</strong>monstran<strong>do</strong> um esforço continuo e dinâmico <strong>de</strong>adaptação <strong>do</strong> <strong>Projecto</strong>;4|À apresentação <strong>do</strong>s relatórios técnicos e financeiros nos timings previstos aos diferentes cofinancia<strong>do</strong>rescorrespon<strong>de</strong>u a sua aprovação, assim como, o pagamento das respectivas tranches <strong>de</strong>financiamento no calendário planea<strong>do</strong>.O relatório <strong>de</strong> avaliação intercalar <strong>do</strong> projecto apontava a melhoria da execução <strong>do</strong> orçamento IPADcomo forma <strong>de</strong> melhorar a execução global <strong>do</strong> projecto, que se veio <strong>de</strong> facto a verificar (<strong>de</strong> 92% noprimeiro ano para 100% no segun<strong>do</strong> ano), face ao peso que este representa no cômputo geral cuja análisepo<strong>de</strong> ser confirmada no Quadro 11:55


<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final│ Setembro 2007 – Agosto 2009Quadro 11 – Execução financeira <strong>do</strong> «+Escola» 2007-2009Orçamento Previsto inicialValororçamenta<strong>do</strong>TOTALCofinancia<strong>do</strong>rValororçamenta<strong>do</strong>(1º ano)(Euro)Valororçamenta<strong>do</strong> (2º ano)(Euro)Valororçamenta<strong>do</strong>TOTALOrçamento efectivoValorValororçamenta<strong>do</strong> orçamenta<strong>do</strong> (2º(1º ano) (Euro) ano) (Euro)efectivoIPAD 424.353,00 215.276,50 209.076,50 424.353,00 193.172,53 231.180,47Plan GB 26.102,38 14.509,06 11.593,32 33.330,38 14.509,06 18.821,32Action Aid 28.200,00 16.237,54 11.962,46 10.690,00 10.690,00 0,00IgrejaCatólica GB7.078,00 3.539,00 3.539,00 7.078,00 3.539,00 3.539,00<strong>FEC</strong> 121.315,00 84.491,00 36.824,00 121.315,00 84.491,00 36.824,00Cáritas GB 0,00 0,00 0,00 1.800,00 0,00 1.800,00SNV 0,00 0,00 0,00 8.387,74 0,00 8.387,74TOTAL 607.048,38 334.053,10 272.995,28 606.954,12 306.401,59 300.552,53Cofinancia<strong>do</strong>rValorexecuta<strong>do</strong>TOTALValor executa<strong>do</strong> (1º ano)(Euro)Execução GlobalValor executa<strong>do</strong> (2º ano)(Euro)Taxa <strong>de</strong> execução (%)IPAD 424.320,17 193.172,53 231.147,64 100,0%Plan GB 33.329,51 14.513,37 18.816,14 100,0%Action Aid 9.159,08 9.159,08 0,00 85,7%IgrejaCatólica GB7.078,00 3.539,00 3.539,00 100,0%<strong>FEC</strong> 122.111,21 81.919,30 40.191,91 100,7%Cáritas GB 1.800,00 0,00 1.800,00 100,0%SNV 8.387,74 0,00 8.387,74 100,0%TOTAL 606.185,71 302.303,28 303.882,44 99,9%4.6 Gestão e mecanismo <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>naçãoa) Recursos HumanosAs capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> gestão da <strong>FEC</strong> evi<strong>de</strong>nciaram-se na passagem <strong>do</strong> ano 1 para o ano 2 <strong>do</strong> «+Escola» emdiversos <strong>do</strong>mínios. Na gestão <strong>de</strong> recursos humanos, a Fundação conseguiu recrutar, contratar e formar 7<strong>do</strong>s 13 membros da equipa, <strong>do</strong>s quais <strong>do</strong>is recursos guineenses, em apenas <strong>do</strong>is meses. A constituição da56


FUNDAÇÃO EVANGELIZAÇÃO E CULTURAS<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final │ Setembro 2007 – Agosto 2009maior parte da equipa a residir na Guiné-Bissau envolveu uma revisão da modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> formação aosfuturos TF, alguns <strong>de</strong>sconhecen<strong>do</strong> a meto<strong>do</strong>logia <strong>de</strong> trabalho da <strong>FEC</strong> e da realida<strong>de</strong> sócio-cultural daGuiné-Bissau. Do primeiro para o segun<strong>do</strong> ano, o recrutamento <strong>de</strong> recursos humanos guineenses foi maiságil <strong>de</strong>corrente da experiência adquirida durante o ano 1.Para além das implicações <strong>de</strong>sta renovação local, a <strong>FEC</strong> teve <strong>de</strong> conceber para o ano 2 um novo mo<strong>de</strong>lo<strong>de</strong> concepção, supervisão e acompanhamento educativo <strong>do</strong> «+Escola», <strong>de</strong>corrente da revisão dacolaboração da Escola Superior <strong>de</strong> Educação <strong>de</strong> Torres Novas e da assumpção integral <strong>de</strong>sta componentepor parte da Fundação. Por conseguinte, foi contratada uma assessora <strong>de</strong> educação a residir na Guiné-Bissau e <strong>de</strong>slocan<strong>do</strong>-se às regiões para acompanhamento das equipas nesta matéria. Na monitorização dacomponente educativa, a assessora <strong>de</strong> educação apoiou-se nos pontos focais, figuras <strong>de</strong> relevo concebidasno segun<strong>do</strong> <strong>de</strong> semestre <strong>de</strong> 2008, para avaliar a nível regional os programas <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> professores edirectores <strong>de</strong> escola.Com vista a um seguimento mais atempa<strong>do</strong> e eficaz <strong>do</strong>s TF, a AE <strong>de</strong>finiu, no início <strong>do</strong> ano 2, um plano<strong>de</strong> acompanhamento para cada um <strong>de</strong>les. Este incluía a revisão <strong>de</strong> planos <strong>de</strong> sessão das formações, aobservação e registo <strong>de</strong> 3 sessões <strong>de</strong> formação para posterior discussão, 1 reunião <strong>de</strong> acompanhamentomensal, disponibilida<strong>de</strong> para dúvidas, troca <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias, etc. To<strong>do</strong> o acompanhamento foi sen<strong>do</strong>sistematiza<strong>do</strong> em instrumentos próprios e resumi<strong>do</strong> no final <strong>do</strong> ano num <strong>do</strong>cumento conten<strong>do</strong>: perfil <strong>de</strong>entrada, quadro resumo <strong>do</strong> acompanhamento e perfil <strong>de</strong> saída. Este <strong>do</strong>cumento final foi da<strong>do</strong> aos TFenquanto retorno <strong>do</strong> seu trabalho, discuti<strong>do</strong> e assina<strong>do</strong> pela AE e TF em causa.Gran<strong>de</strong> parte <strong>do</strong>s TF acompanha<strong>do</strong>s estava pela primeira vez ao serviço da <strong>FEC</strong>. Isto implicou umagran<strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptação não só à forma <strong>de</strong> trabalho da instituição, mas sobretu<strong>do</strong> àsespecificida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> programa <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> professores em curso e seus instrumentos. To<strong>do</strong>s os TF<strong>de</strong>monstraram ter gran<strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptação e <strong>de</strong> trabalho, compreen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> que a motivação eaproximação ao público-alvo são tão importantes como a capacida<strong>de</strong> técnica e pedagógica <strong>do</strong> forma<strong>do</strong>r.Em termos operacionais verificou-se uma crescente melhoria da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resposta administrativa,financeira e <strong>de</strong> gestão com o reforço <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> logístico-administrativo em Bissau e oaperfeiçoamento no uso <strong>de</strong> instrumentos e procedimentos <strong>de</strong> trabalho, em particular <strong>do</strong> MANGO e aavaliação <strong>de</strong> recursos humanos (Balanço <strong>de</strong> Competências, <strong>Avaliação</strong> <strong>de</strong> Desempenho, das Condições <strong>de</strong>Trabalho e <strong>de</strong> Integração na Instituição). Também os mecanismos <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> contas, com a execução<strong>de</strong> relatórios financeiros adapta<strong>do</strong>s às diferentes exigências <strong>do</strong>s vários co-financia<strong>do</strong>res, foram<strong>de</strong>vidamente implementa<strong>do</strong>s.57


<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final│ Setembro 2007 – Agosto 2009Com o reforço da equipa <strong>de</strong> gestão em Bissau, foi necessário introduzir uma nova rotina <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação:as reuniões semanais <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação logística e administrativa. Estas reuniões foram importantes paracoor<strong>de</strong>nar o trabalho <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>, fazer formação e criar autonomia. As reuniões semanais à distância,via skype, entre o gestor e o <strong>de</strong>sk officer <strong>de</strong>correram conforme planea<strong>do</strong>, apesar <strong>de</strong> também sofrerem porvezes das dificulda<strong>de</strong>s da ligação à Internet ou dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> agenda. O balanço geral <strong>de</strong>ste mecanismo épositivo. No segun<strong>do</strong> ano, e seguin<strong>do</strong> recomendações da missão <strong>de</strong> avaliação intercalar, foi introduzi<strong>do</strong>um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> relatório semanal a partilhar entre Bissau e Lisboa.A nível institucional, a <strong>FEC</strong> conseguiu renegociar com os principais parceiros novas necessida<strong>de</strong>s e captarfun<strong>do</strong>s para superar a interrupção <strong>do</strong> financiamento da Action Aid para o ano 2 47 com a assinatura <strong>de</strong>protocolo com a SNV, em Maio <strong>de</strong> 2009. Para além da antecipação <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s por parte da <strong>FEC</strong>,evi<strong>de</strong>ncia-se a abertura <strong>do</strong>s financia<strong>do</strong>res e parceiros para revisão da proposta narrativa inicial. Nestesenti<strong>do</strong>, <strong>de</strong>staca-se a rapi<strong>de</strong>z por parte da PLAN- GB em reforçar o orçamento para recrutar um TF paraacompanhamento <strong>do</strong>s directores das escolas comunitárias <strong>de</strong> Bafatá; a abertura para a reafectação <strong>de</strong>rúbricas, sobretu<strong>do</strong> por parte <strong>do</strong> IPAD <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a correspon<strong>de</strong>r a situações imprevistas; a disponibilida<strong>de</strong>apresentada pela Diocese <strong>de</strong> Bafatá e pela Cáritas GB para reforçar recursos com vista a uma execuçãoeficaz e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> das activida<strong>de</strong>s. A parceria com a Caritas GB foi <strong>de</strong>senvolvida a partir <strong>do</strong> contrato <strong>de</strong>arrendamento <strong>do</strong> escritório da <strong>FEC</strong> em Bissau.Com vista a harmonizar a actuação da <strong>FEC</strong> com a linha estratégica <strong>de</strong>finida pelo Governo guineense e noquadro da política <strong>de</strong> cooperação portuguesa, a Fundação participou em reuniões <strong>de</strong> trabalho periódicascom entida<strong>de</strong>s ligadas ao sector, <strong>do</strong>s quais se <strong>de</strong>stacam: o Fórum <strong>de</strong> Educação (Fevereiro 2008), oEncontro Nacional <strong>de</strong> Educação da Igreja Católica (Maio 2009), o Programa Sectorial <strong>de</strong> Educação, ospareceres técnicos elabora<strong>do</strong>s em matéria <strong>de</strong> educação, em particular o efectua<strong>do</strong> a pedi<strong>do</strong> da Embaixada<strong>de</strong> Portugal no país sobre o projecto Ensuring Access and Quality Basic Education to Very Vulnerable Children inGuinea Bissau, a promover pela UNICEF nos próximos meses com base no financiamento <strong>do</strong>a<strong>do</strong> porPortugal aquela instituição. Como contributo para a partilha <strong>de</strong> experiências, uma <strong>de</strong>legação <strong>do</strong> PASEGassistiu a uma das sessões <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> professores sobre Língua Portuguesa em Canchungo, <strong>do</strong> «+Escola», seguida <strong>de</strong> troca <strong>de</strong> impressões sobre as meto<strong>do</strong>logias e estratégias <strong>de</strong> intervenção da <strong>FEC</strong>.Salienta-se ainda a participação da <strong>FEC</strong> na missão <strong>do</strong> IPAD, responsável pela reestruturação <strong>do</strong> programa<strong>do</strong> PASEG, em Junho <strong>de</strong> 2009.A participação da <strong>FEC</strong> nestes encontros pren<strong>de</strong>-se ao seu know-how em matéria educativa, masigualmente o reforço institucional faculta<strong>do</strong> pelos Embaixa<strong>do</strong>res José Manuel Paes Moreira até Fevereiro47 A Action Aid na Guiné-Bissau comunicou à <strong>FEC</strong>, em Maio <strong>de</strong> 2008, a sua incapacida<strong>de</strong> em co-financiar parte <strong>do</strong> orçamentoprevisto para o 1º ano e a totalida<strong>de</strong> <strong>do</strong> orçamento previsto para o 2º ano <strong>de</strong> projecto. De acor<strong>do</strong> com os responsáveis daquelaorganização, a <strong>de</strong>cisão foi tomada por orientação <strong>do</strong> seu escritório regional que estabelece a obrigatorieda<strong>de</strong> da re-programação daorganização e respectiva re-afectação <strong>de</strong> recursos ao sector da segurança alimentar.58


FUNDAÇÃO EVANGELIZAÇÃO E CULTURAS<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final │ Setembro 2007 – Agosto 2009<strong>de</strong> 2009 e António Freire a partir <strong>de</strong>ssa data, para integração <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas pela <strong>FEC</strong> junto<strong>de</strong> instâncias nacionais e internacionais. De salientar igualmente o acompanhamento <strong>do</strong> Adi<strong>do</strong> para aCooperação 48 em matérias como acolhimento da equipa, visitas às escolas e <strong>de</strong> <strong>de</strong>legações provindas <strong>de</strong>Portugal, angariação <strong>de</strong> material para distribuição nas escolas, realização <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s eventos, segurança daequipa, facilitação <strong>de</strong> contactos institucionais junto <strong>de</strong> outras cooperações bilaterais. A entrada <strong>de</strong> mais umelemento para os serviços da embaixada associa<strong>do</strong> ao programa INOV Mun<strong>do</strong>s <strong>do</strong> IPAD, possibilitouque os contactos fossem mais intensos <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista técnico.Por outro la<strong>do</strong> apesar <strong>de</strong> uma crescente articulação entre organizações ou programas da CooperaçãoBilateral Portugal/Guiné-Bissau (incluin<strong>do</strong> Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Direito e Instituto Camões) a actuar na área daeducação, fica ainda por operacionalizar a realização <strong>de</strong> encontros para partilha <strong>de</strong> informação e tomada<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão conjunta periódica.No reforço institucional da <strong>FEC</strong> na Guiné-Bissau, <strong>de</strong>stacam-se os contributos da PLAN-GB, CIEE, SNVe DRE <strong>de</strong> Bafatá e Canchungo na reflexão sobre a intervenção futura da Fundação, alinhan<strong>do</strong> estratégiasno terreno, nomeadamente em aspectos como: i) filosofias <strong>de</strong> trabalho; ii) calendarização <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s;iii) promoção <strong>de</strong> contacto com parceiros e comunida<strong>de</strong>; iv) distribuição <strong>de</strong> material às mesmas escolasalvo.Neste senti<strong>do</strong> foi ainda realiza<strong>do</strong> uma acção <strong>de</strong> formação conjunta entre a <strong>FEC</strong> e a PLAN em Junho2009, <strong>de</strong>stinada a 120 professores das EC da região <strong>de</strong> Bafatá que não participam das formações da <strong>FEC</strong>.A parte pedagógica ficou a cargo da <strong>FEC</strong> e a parte logística e financeira a cargo da PLAN. 49A articulação com os diferentes organismos <strong>do</strong> Ministério da Educação guineense foi também constante,embora, no segun<strong>do</strong> ano, menos regular em consequência da instabilida<strong>de</strong> político-militar na Guiné-Bissau. Ainda assim, evi<strong>de</strong>ncia-se o cumprimento <strong>do</strong> compromisso <strong>de</strong>ste ministério, da Direcção Geral <strong>do</strong>Ensino Básico e Secundário e DRE das regiões-alvo em manter os professores <strong>do</strong> projecto sedia<strong>do</strong>s nasmesmas escolas pelo menos durante o perío<strong>do</strong> relativo à execução <strong>do</strong> «+Escola». Em contrapartida, nãofoi possível obter a certificação <strong>do</strong>s professores que frequentaram as acções <strong>de</strong> formação da <strong>FEC</strong> duranteos últimos <strong>do</strong>is anos, pelo facto <strong>de</strong> o presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> INDE não estar a exercer as suas funções aquan<strong>do</strong> <strong>do</strong>encerramento <strong>do</strong> ano lectivo.Para os <strong>do</strong>is anos <strong>do</strong> «+Escola», elaborou-se um Plano <strong>de</strong> Comunicação <strong>do</strong> projecto, em colaboração como Departamento <strong>de</strong> Plataformas e Comunicação da <strong>FEC</strong>. Na estratégia <strong>de</strong> comunicação, concebeu-se a48 A articulação com a Embaixada esten<strong>de</strong>u-se a outros níveis envolven<strong>do</strong> o conselheiro Dr. Fre<strong>de</strong>rico Silva, a D.Ana Costa Silva (secretária <strong>do</strong> Sr. Embaixa<strong>do</strong>r) e <strong>do</strong> Sr. Victor Silva (responsável pelo Bairro da Cooperação).49 A troca <strong>de</strong> informação com a PLAN em Bafatá foi difícil e intermitente, ten<strong>do</strong> a resposta a questões logísticassi<strong>do</strong> ineficaz. No entanto o balanço geral é positivo, ten<strong>do</strong> o público-alvo pedi<strong>do</strong> mais formações <strong>do</strong> género.59


<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final│ Setembro 2007 – Agosto 2009elaboração <strong>de</strong> artigos a editar no website da <strong>FEC</strong>. Os artigos são redigi<strong>do</strong>s pela equipa no terreno, sen<strong>do</strong>que cada equipa regional produz um artigo mensalmente, o que permite a actualização da informação nosmeios <strong>de</strong> comunicação da instituição com uma periodicida<strong>de</strong> quinzenal.Ao longo <strong>do</strong> segun<strong>do</strong> semestre <strong>do</strong> primeiro ano foram edita<strong>do</strong>s e distribuí<strong>do</strong>s 1500 exemplares <strong>do</strong>Boletins Igrejas Lusófonas sobre a Educação na Guiné-Bissau. O BIL <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2009 <strong>de</strong>dicou umartigo <strong>de</strong> três páginas sobre as questões <strong>de</strong> género na Guiné-Bissau. De referir que a divulgação <strong>do</strong> BIL éfeita em to<strong>do</strong>s os Países <strong>de</strong> Língua Oficial Portuguesa. Durante os <strong>do</strong>is anos <strong>de</strong> projecto foram edita<strong>do</strong>strês números <strong>do</strong> Boletim + Escola, o qual conta com a participação <strong>de</strong> representantes <strong>do</strong>s grupos-alvo arepresentantes <strong>do</strong>s parceiros <strong>do</strong> projecto e da equipa da <strong>FEC</strong> na redacção <strong>do</strong>s artigos constantes <strong>de</strong>stesboletins. A tiragem por cada número foi <strong>de</strong> 1600 exemplares cada, que foram distribuí<strong>do</strong>s pelo públicoalvo<strong>do</strong> projecto e grupos-alvo <strong>de</strong> interesse. O primeiro número, sobre educação para to<strong>do</strong>s, saiu emDezembro <strong>de</strong> 2008 e o segun<strong>do</strong> número, com o tema educação para a saú<strong>de</strong>, saiu em Maio <strong>de</strong> 2009. Denotar que este boletim, concebi<strong>do</strong> em 2007, é o primeiro na área da educação que envolve participaçõesguineenses e que é reproduzi<strong>do</strong> integralmente na Guiné-Bissau.Foi ainda elaborada uma Brochura <strong>de</strong> apresentação da <strong>FEC</strong>, redigida em português e inglês, com especialincidência no «+Escola» e na Guiné-Bissau com um objectivo <strong>de</strong> divulgar as activida<strong>de</strong>s e parceirosenvolvi<strong>do</strong>s no país.A nível radiofónico, a rúbrica «Em poucas palavras» permitiu fazer o lançamento <strong>do</strong> plano <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>spara cada um <strong>do</strong>s anos <strong>do</strong> «+Escola» (objectivos, activida<strong>de</strong>s, resulta<strong>do</strong>s, financia<strong>do</strong>res, recursoshumanos) e uma divulgação da Campanha «+ Livros, +Escola». No segun<strong>do</strong> ano, o gestor <strong>de</strong> projectoparticipou no programa LusoFonias para caracterização das principais activida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> projecto.Na Guiné-Bissau, os membros da equipa da <strong>FEC</strong> <strong>de</strong>ram várias entrevistas a rádios locais, nas regiões <strong>de</strong>intervenção.60


FUNDAÇÃO EVANGELIZAÇÃO E CULTURAS<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final │ Setembro 2007 – Agosto 20094.7 Análise SWOT, Recomendações e Boas PráticasQuadro X4: Análise SWOT 50Pontos Fortes Experiência acumulada da instituição no sector e no país Trabalho no interior <strong>do</strong> país com pouca/inexistente oferta <strong>do</strong>s serviços presta<strong>do</strong>s Trabalho com escolas com níveis <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong> elevada para fazer face aos atrasos salariais <strong>do</strong>Esta<strong>do</strong> Estabelecimento <strong>de</strong> relações <strong>de</strong> proximida<strong>de</strong> com beneficiários, parceiros, financia<strong>do</strong>res e <strong>de</strong>tentores<strong>de</strong> interesse Crescente contratação <strong>de</strong> técnicos resi<strong>de</strong>ntes no país e <strong>de</strong> nacionalida<strong>de</strong> guineense Participação <strong>de</strong> forma<strong>do</strong>res externos locais <strong>de</strong> reconhecimento social para os beneficiários nasformações Destinatários da formação com potencial eleva<strong>do</strong> <strong>de</strong> multiplicação <strong>de</strong> efeitos Modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acompanhamento pedagógico junto <strong>de</strong> professores, directores e membros <strong>de</strong> relevona gestão da escola propício a mudanças <strong>de</strong> curto e médio prazo na escola Programa, suportes pedagógicos e instrumentos avalia<strong>do</strong>s e aperfeiçoa<strong>do</strong>s ao longo <strong>do</strong> processo <strong>de</strong>formação Promoção da criação <strong>de</strong> estruturas locais com vista a capacitação e sustentabilida<strong>de</strong> das acções após oprojecto (Conselho <strong>de</strong> Educação, Assembleias Gerais, APEEA) Promoção ao pagamento atempa<strong>do</strong> <strong>de</strong> salários/subsídios aos professores e à organização interna daescola com vista à sua manutenção estável (celebração <strong>de</strong> contratos <strong>de</strong> 9 meses e aprovação <strong>de</strong>Regulamentos Internos <strong>de</strong> Escola) Formação <strong>de</strong> técnicos antes <strong>de</strong> início <strong>de</strong> funções Preparação participada <strong>de</strong> instrumentos <strong>de</strong> trabalho Publicação e divulgação <strong>de</strong> uma publicação sobre questões <strong>de</strong> educação, inexistente no país eacessível à leitura <strong>de</strong> forman<strong>do</strong>s: Boletim + Escola Distribuição <strong>de</strong> material pedagógico-didáctico e administrativo <strong>de</strong> reforço às orientações estataisguineense (manuais escolas, livros <strong>de</strong> ponto) às escolas <strong>do</strong> projecto Participação da <strong>FEC</strong> em reuniões técnicas sobre educação na Guiné-Bissau e em Portugal Credibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> trabalho <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> pela <strong>FEC</strong> na capacitação e acompanhamento <strong>de</strong> professores edirectores50 A ausência <strong>de</strong> referência nos pontos às regiões significa que estes se reportam às Regiões <strong>de</strong> Bafatá e Cacheu.Sempre que a referência seja específica a uma <strong>de</strong>terminada região esta é nomeada.61


<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final│ Setembro 2007 – Agosto 2009Pontos Fracos Rotação <strong>de</strong> equipas que obrigam a um perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> adaptação <strong>do</strong> técnicos a instituição, funções eterreno Visitas <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s externas ao terreno em perío<strong>do</strong>s <strong>de</strong>sgarra<strong>do</strong>s sobrecarreguem a equipa <strong>de</strong> gestão Processo <strong>de</strong> avaliações <strong>de</strong> projecto com missões <strong>de</strong> avaliação intercalares <strong>de</strong>masia<strong>do</strong> exaustivas paraperío<strong>do</strong>s <strong>de</strong> 6 em 6 meses Escassez <strong>de</strong> bibliografia especializada nos escritórios da <strong>FEC</strong> Nº <strong>de</strong> horas <strong>de</strong> formação diferente <strong>de</strong> região para região Pouca disponibilida<strong>de</strong> para reforço da carga horária das formações sentidas como necessária por to<strong>do</strong>sos envolvi<strong>do</strong>s Distâncias elevadas entre a se<strong>de</strong> <strong>de</strong> sector e algumas EC, não permitem visitas mais frequentes e umamaior rentabilização <strong>do</strong> tempo; Falta <strong>de</strong> hábitos <strong>de</strong> formação e <strong>de</strong> prática <strong>de</strong> auto-formação junto <strong>de</strong> alguns professores Dificulda<strong>de</strong>s na compreensão e expressão oral e escrita em Língua Portuguesa; Ausência <strong>de</strong> carro nas equipas dificulta as <strong>de</strong>slocações às escolas; Dificulda<strong>de</strong> em alugar sete-places que se <strong>de</strong>sloquem às EC <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> às condições das estradas;Oportunida<strong>de</strong>s Sector <strong>de</strong> educação e ensino básico são priorida<strong>de</strong> internacional para o <strong>de</strong>senvolvimento Integração da <strong>FEC</strong> para a operacionalização <strong>do</strong> Programa Sectorial <strong>de</strong> Educação da Guiné-Bissau Parceiro estratégico da Igreja Católica na Guiné-Bissau para o sector da educação Parceiro <strong>de</strong> relevo para as DRE <strong>de</strong> Bafatá e Canchungo Participação na criação <strong>de</strong> uma plataforma <strong>de</strong> ONG locais e internacionais na região <strong>de</strong> Bafatá. Reconhecimento institucional por parte <strong>do</strong> Ministério da Educação da GB da intervenção da <strong>FEC</strong> Criação <strong>de</strong> espaços com bibliografia, alguma mais especializada, em zonas em que não existia oferta(CDE regionais, Biblioteca Africana <strong>de</strong> Bafatá, baú pedagógico com livros para professores e <strong>de</strong> históriasinfantis para crianças) <strong>Avaliação</strong> <strong>de</strong> impacto da intervenção da <strong>FEC</strong> na Região <strong>de</strong> Oio passível <strong>de</strong> serem replicadas boaspráticas para outros locais <strong>de</strong> intervenção da <strong>FEC</strong> Levantamento da intervenção social da Igreja Católica na GB passível <strong>de</strong> serem potenciadas áreas em<strong>de</strong>staque Articulação entre instituições a actuar nas mesmas escolas-alvo da <strong>FEC</strong> (CDF da PLAN-GB einspectores da DRE Bafatá; inspectores da DRE <strong>de</strong> Cacheu; Possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> integrar as formações administradas pela <strong>FEC</strong> para a certificação <strong>do</strong> professor porparte <strong>do</strong> Ministério da Educação da GB, Aplicação <strong>do</strong> acorda<strong>do</strong> nos contratos e Regulamentos Internos <strong>de</strong> Escola por parte da comunida<strong>de</strong>como garantia <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong> e estabilida<strong>de</strong> na escola e nas formações Colaboração com as DRE, chefes <strong>de</strong> tabancas, chefes religiosos62


FUNDAÇÃO EVANGELIZAÇÃO E CULTURAS<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final │ Setembro 2007 – Agosto 2009Ameaças Instabilida<strong>de</strong> política, militar, social e financeira <strong>do</strong> país e países limítrofes Falantes em português são escassos e pouca exposição à língua portuguesa Tradições (exemplo choro, fana<strong>do</strong>) que afectam o funcionamento das escolas e, em particular, o acessoe continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> raparigas no sistema (casamento precoce) Calendário escolar pouco compatível com a época da chuva e da seca e com a vida produtiva dasal<strong>de</strong>ias (falta <strong>de</strong> assiduida<strong>de</strong> <strong>de</strong> professores e alunos para participar em trabalhos agrícolas e paraprotecção) Débil funcionamento <strong>do</strong>s comités <strong>de</strong> gestão das escolas-alvo <strong>do</strong> projecto Dificulda<strong>de</strong>s em assegurar o subsídio aos professores provocam interrupções às aulas; Fragilida<strong>de</strong> na participação <strong>de</strong> forma contínua e eficaz das populações na escola Participação <strong>de</strong> mulheres nas formações provoca tensões familiares, em particular em meiosmuçulmanos, por estarem em minoria em grupos <strong>de</strong> forman<strong>do</strong>s masculinos Meios <strong>de</strong> comunicação com os forman<strong>do</strong>s (têm telemóvel mas o contacto é difícil porque existe oproblema <strong>de</strong> falta <strong>de</strong> re<strong>de</strong> nas tabancas); Ausência e escassez <strong>de</strong> oferta <strong>de</strong> meios <strong>de</strong> transporte para <strong>de</strong>slocação às EC e <strong>de</strong>stas para os locais <strong>de</strong>formação, aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> o caminho e as distâncias;São <strong>de</strong> seguida i<strong>de</strong>ntificadas algumas das boas práticas <strong>do</strong> projecto +Escola:1| Atelier <strong>de</strong> abertura e encerramento das activida<strong>de</strong>s anuaisEstes ateliers permitem envolver e co-responsabilizar os beneficiários directos (professores, directores,membros <strong>de</strong> associações, responsáveis na gestão <strong>de</strong> escolas) com a análise das activida<strong>de</strong>s e <strong>do</strong> calendárioa realizar ao longo <strong>do</strong> ano. Permite igualmente a divulgação e participação <strong>de</strong> membros da comunida<strong>de</strong> naaceitação <strong>do</strong> projecto e das repercussões que po<strong>de</strong>m ter nas escolas e al<strong>de</strong>ias. Reforçam também aproximida<strong>de</strong> entre to<strong>do</strong>s os actores <strong>do</strong> projecto.2|Intercâmbios <strong>de</strong> directores das regiõe-alvoPermitem fazer uma pausa no calendário <strong>de</strong> trabalho e constituem momentos <strong>de</strong> concentração sobre oexercício <strong>de</strong> funções na gestão <strong>de</strong> uma escola. Têm um impacto social <strong>de</strong> fortalecer o reconhecimento e aimportância <strong>do</strong> papel <strong>do</strong> director e conseguem ter consequências práticas em pequenas alterações naescola, já que cada escola quer aplicar as melhores práticas, constituem uma activida<strong>de</strong> por excelência <strong>de</strong>contaminação positiva.3|Partilha <strong>de</strong> experiências e conhecimentos entre entida<strong>de</strong>s que actuam no sectorAs relações <strong>de</strong> parceria traduzem-se na partilha da área <strong>de</strong> especialização <strong>de</strong> cada instituição, evitan<strong>do</strong>sobreposições e enriquecimento <strong>de</strong> instrumentos e meto<strong>do</strong>logias entre técnicos da <strong>FEC</strong> e da DRE <strong>de</strong>Bafatá e Cacheu, da <strong>FEC</strong> e da PLAN-GB e vice-versa. A <strong>FEC</strong> partilhou materiais com a Direcção Geral<strong>do</strong> Ensino Básico sobre gestão e administração. As partilhas têm como base o respeito, a não violação <strong>do</strong>sinstrumentos nem da reprodução não autorizada <strong>do</strong>s mesmos.63


<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final│ Setembro 2007 – Agosto 20094|Meto<strong>do</strong>logias activas com ênfase na modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acompanhamento e <strong>de</strong> auto-formação <strong>do</strong>público-alvoTo<strong>do</strong> o processo <strong>de</strong> formação <strong>do</strong> público-alvo assente na diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s, ten<strong>do</strong> por base adisponibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s forman<strong>do</strong>s e <strong>do</strong>s recursos ao dispor. A produção <strong>de</strong> suportes teóricos por módulospermite um estu<strong>do</strong> autónomo <strong>do</strong>s forman<strong>do</strong>s após as sessões, <strong>de</strong> fácil acesso e transporte. A edição <strong>do</strong>«Boletim +Escola» evi<strong>de</strong>ncia boas práticas realizadas na Guiné-Bissau passíveis <strong>de</strong> serem transpostas comas <strong>de</strong>vidas adaptações no contexto <strong>de</strong> cada forman<strong>do</strong>. Os acompanhamentos permitem analisar acompreensão <strong>do</strong>s forman<strong>do</strong>s às sessões, possíveis <strong>de</strong> serem reanalisa<strong>do</strong>s graças às filmagens. Asmeto<strong>do</strong>logias activas <strong>de</strong> reflexão e participação utilizadas na formação (trabalho <strong>de</strong> grupo, reflexão /<strong>de</strong>bate) têm por base o saber-fazer, as vivências <strong>do</strong>s próprios forman<strong>do</strong>s e a utilização <strong>de</strong> exemplospróximos e locais.4.8. Aspectos chave <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong> e sustentabilida<strong>de</strong>4.8.1 Aceitação das autorida<strong>de</strong>s locaisVerificou-se sempre uma aceitação das autorida<strong>de</strong>s que foi sen<strong>do</strong> reforçada ao longo <strong>do</strong> tempo. Osfactores que concorrem para que isto se verifique são vários: i) reconhecimento da atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> auscultaçãodas necessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s grupos-alvo por parte da <strong>FEC</strong>; ii) reconhecimento da atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> respeito para com aspolíticas educativas traçadas pelo Ministério da Educação e pela visão estratégica da Igreja Católica nessamatéria. De salientar também, o diálogo frequente e a coor<strong>de</strong>nação com as estruturas responsáveis pelagestão <strong>de</strong>ssas políticas/visões (INDE, DRE, Direcções Gerais <strong>do</strong> la<strong>do</strong> <strong>do</strong> MENES e Bispos, CIEE, CE<strong>do</strong> la<strong>do</strong> da Igreja) – <strong>de</strong>correntes da intervenção da <strong>FEC</strong> no país <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2001. Ilustrativo da formaconcertada com que a <strong>FEC</strong> trabalha com as instituições no terreno (Ministério da Educação, IgrejaCatólica e outras organizações da socieda<strong>de</strong> civil, nomeadamente ONG, e com as organizações dacooperação bilateral e multilateral) <strong>de</strong>staca-se a realização <strong>do</strong> Fórum sobre Educação na Guiné-Bissau, emFevereiro <strong>de</strong> 2008 e o Encontro Nacional <strong>de</strong> Educação da Igreja Católica, em Maio <strong>de</strong> 2009.A comprovar este reforço da credibilida<strong>de</strong> da <strong>FEC</strong> na Guiné-Bissau, estão os protocolos assina<strong>do</strong>s com asDioceses <strong>de</strong> Bissau e Bafatá e com a CIEE; as propostas <strong>de</strong> protocolos com MENES e INDE – que sónão terão si<strong>do</strong> formaliza<strong>do</strong>s por sucessivos adiamentos relaciona<strong>do</strong>s com a instabilida<strong>de</strong> política; aintegração da <strong>FEC</strong> no grupo responsável pela elaboração <strong>do</strong> plano sectorial <strong>de</strong> educação; o estreitamento<strong>de</strong> relações <strong>de</strong> parceria com a SNV e com a Plan; novas propostas <strong>de</strong> actuação com a UNICEF, PLAN-GB, Dioceses <strong>de</strong> Bissau e Bafatá (com a participação da <strong>FEC</strong> na elaboração <strong>do</strong> plano estratégico para aárea social), e na possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reforço <strong>de</strong> actuação com o INDE (no âmbito <strong>do</strong> processo <strong>de</strong>acreditação <strong>de</strong> formações <strong>de</strong> agentes educativos).64


FUNDAÇÃO EVANGELIZAÇÃO E CULTURAS<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final │ Setembro 2007 – Agosto 2009O projecto «+ Escola» gozou da melhor referência junto <strong>do</strong>s diferentes ministros que ocuparam a pasta aolongo <strong>de</strong>stes anos, bem como junto <strong>do</strong>s responsáveis <strong>do</strong>s diferentes <strong>de</strong>partamentos e instâncias <strong>do</strong>ministério <strong>de</strong> educação.A Direcção Geral <strong>do</strong> Ensino Básico e Secundário foi da máxima importância para que fosse concretiza<strong>do</strong>o compromisso <strong>de</strong> manter os forman<strong>do</strong>s nas escolas-alvo <strong>do</strong> projecto, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> seremcontrata<strong>do</strong>s ou efectivos, durante a duração <strong>do</strong> projecto 51 . Compromisso que é necessário continuar arenovar para estabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> futuras intervenções.4.8.2 ParticipaçãoDurante a fase <strong>de</strong> implementação <strong>do</strong> «+ Escola», a participação <strong>do</strong>s actores liga<strong>do</strong>s ao projecto fez-sesentir a <strong>do</strong>is níveis diferencia<strong>do</strong>s: a nível regional/local e a nível central, envolven<strong>do</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o público-alvoaos financia<strong>do</strong>res e parceiros.Na Região <strong>de</strong> Bafatá, a equipa <strong>de</strong>senvolveu uma estreita relação com os parceiros, nomeadamente com aPLAN-GB, 52 a DRE, a Diocese e outras entida<strong>de</strong>s a actuar no terreno. Neste senti<strong>do</strong>, intensificaram-secontactos com o responsável da PLAN-GB em Bafatá, Iaia Embaló, com os coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>res das áreas daeducação, Ibraim Djifan, e da saú<strong>de</strong>, Dra. Irene Gomes, e com os CDF da mesma ONG. Com vista aarticulação <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s com o mesmo público-alvo, a <strong>FEC</strong> contactou com os CDF da PLNA-GB e osinspectores da DRE com o intuito <strong>de</strong> complementar as activida<strong>de</strong>s das três entida<strong>de</strong>s na sensibilização dacomunida<strong>de</strong> para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> sentimento <strong>de</strong> apropriação da escola, bem como para a promoção<strong>de</strong> uma boa gestão escolar. Muito embora não tenha si<strong>do</strong> possível conjugar estas visitas com as trêsentida<strong>de</strong>s, houve encontros pontuais e por coincidência em algumas escolas, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> aproveita<strong>do</strong>s pelaPLAN e DRE para assistirem ao trabalho realiza<strong>do</strong> pela <strong>FEC</strong> e, <strong>de</strong>sta forma, reiterarem a sua vonta<strong>de</strong> edisponibilida<strong>de</strong> no apoio ao trabalho <strong>de</strong> sensibilização das comunida<strong>de</strong>s para um envolvimento efectivo naadministração e gestão da sua própria escola. Com a Diocese <strong>de</strong> Bafatá continua o apoio para o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s conjuntas.Outras colaborações foram estabelecidas com a DRE <strong>de</strong> Bafatá, a qual contribui na pessoa <strong>do</strong> directorSilvano Choco-Cinho, na recolha <strong>de</strong> informação e na articulação <strong>de</strong> esforços.Durante o Ano 2, a equipa <strong>de</strong> Bafatá <strong>de</strong>u continuida<strong>de</strong> ao projecto da Biblioteca móvel, inicia<strong>do</strong> no anoanterior, em colaboração com a ONG local ECAS-D e com a ONG Espanhola INTERCANVI. Deram-51 Compromisso regista<strong>do</strong> em acta da dita reunião, com uma cópia no arquivo <strong>do</strong> projecto e outra cópia na posse <strong>do</strong>Director-Geral <strong>do</strong> Ensino Básico e Secundário.5265


<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final│ Setembro 2007 – Agosto 2009se, igualmente, os primeiros passos no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> estabelecer um acor<strong>do</strong> <strong>de</strong> parceria entre a <strong>FEC</strong> e aECAS-D.Adicionalmente, é pertinente mencionar a participação <strong>do</strong> público-alvo das Regiões <strong>de</strong> Bafatá e Tombalinas visitas <strong>de</strong> dirigentes da Câmara Municipal <strong>de</strong> Santa Maria da Feira, em Fevereiro, à EC Sintchã Djae e<strong>do</strong> IPAD, em Maio, à EC Sintchã Alanso. Com estas visitas foi possível apresentar, no terreno, a realida<strong>de</strong>das escolas <strong>do</strong> projecto, verificar os materiais didácticos que integram o baú pedagógico e envolver acomunida<strong>de</strong> escolar (Comité <strong>de</strong> Gestão, Associação <strong>de</strong> Pais e Encarrega<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Educação, chefe databanca) na <strong>de</strong>scrição <strong>do</strong> trabalho efectua<strong>do</strong> até ao momento pela <strong>FEC</strong>, bem como sistematizarnecessida<strong>de</strong>s, forças, fraquezas, ameaças e oportunida<strong>de</strong>s a serem exploradas pela comunida<strong>de</strong> educativapara o bom funcionamento da escola.Na Região <strong>de</strong> Cacheu, a participação activa <strong>do</strong> público-alvo na visita <strong>do</strong> IPAD em Setembro 2008 não<strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser salientada, aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ao facto <strong>de</strong> não se encontrar os TF que os acompanham. Para além<strong>de</strong>ste envolvimento institucional, as reuniões comunitárias (escola-associação-comunida<strong>de</strong>), que surgiramna realização <strong>do</strong> historial <strong>de</strong> escola e associação, serviram também para divulgação alargada <strong>do</strong> trabalho <strong>de</strong>concepção <strong>do</strong> RIE. O envolvimento comunitário foi igualmente visível na constituição <strong>de</strong> um Conselho<strong>de</strong> Pais e Encarrega<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Educação e na eleição <strong>do</strong> Representante <strong>do</strong>s Alunos nas escolas-alvo on<strong>de</strong>ainda não existiam, bem como a realização <strong>de</strong> Assembleias-Gerais para apresentação <strong>de</strong> resulta<strong>do</strong>s (alunose dinheiro) (cf. Capítulo 4.2.1. A.3.2.)A participação da DRE <strong>de</strong> Cacheu verificou-se nomeadamente nas sessões <strong>de</strong> formação comoobserva<strong>do</strong>res-comenta<strong>do</strong>res e como forma<strong>do</strong>res externos, mas também por iniciativa própria narealização <strong>do</strong> levantamento <strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> escolas existentes na Região <strong>de</strong> Cacheu, na <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> EscolaPública <strong>de</strong> Iniciativa Comunitária, e na convocação <strong>do</strong> encontro formativo para apresentação e análise <strong>do</strong>sresulta<strong>do</strong>s.Nas sessões <strong>de</strong> formação administradas pelos TF foram aplicadas diversas meto<strong>do</strong>logias com o intuito <strong>de</strong>contextualizar os conteú<strong>do</strong>s <strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>quada aos forman<strong>do</strong>s e <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver estratégias pedagógicaspromotoras <strong>do</strong> seu raciocínio lógico e consequente compreensão e assimilação <strong>do</strong>s conteú<strong>do</strong>sprogramáticos. As sessões <strong>de</strong> formação <strong>de</strong>senvolveram-se num ambiente <strong>de</strong> diálogo e <strong>de</strong> abertura paradúvidas, favorável à aprendizagem por parte <strong>do</strong>s forman<strong>do</strong>s.O Boletim Igrejas Lusófonas (BIL) sobre a Guiné-Bissau e os «Boletins + Escola» contaram com aparticipação <strong>de</strong> representantes <strong>do</strong> público-alvo, parceiros e financia<strong>do</strong>res na redacção <strong>do</strong>s artigos.4.8.3 Tecnologias apropriadas66


FUNDAÇÃO EVANGELIZAÇÃO E CULTURAS<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final │ Setembro 2007 – Agosto 2009Nas Regiões <strong>de</strong> Bafatá e Cacheu, o material didáctico-pedagógico construí<strong>do</strong> para as formações teve porbase o uso <strong>de</strong> material local para permitir a sua reprodução por parte <strong>do</strong>s professores. Nota-se umaaplicação gradual <strong>do</strong>s materiais usa<strong>do</strong>s nas formações, bem como iniciativa <strong>do</strong>s professores para produção<strong>do</strong>s seus próprios materiais. Alguns professores têm pesquisa<strong>do</strong> nos vários livros, dicionários eenciclopédias, que foram distribuí<strong>do</strong>s pela <strong>FEC</strong> para o baú pedagógico.A Sebenta +Escola, + I<strong>de</strong>ias têm si<strong>do</strong> regulamente usada por parte <strong>do</strong>s professores, ainda que algunsrevelem falta <strong>de</strong> autonomia na sua exploração. A entrega <strong>do</strong> suporte teórico e <strong>do</strong> plano <strong>de</strong> sessão em cadaformação é valoriza<strong>do</strong> pelos forman<strong>do</strong>s por permitir a sua auto-formação. A entrega e respectiva leitura<strong>do</strong> plano <strong>de</strong> sessão no início das formações têm um duplo senti<strong>do</strong>: por um la<strong>do</strong>, proporciona, aosforman<strong>do</strong>s, uma melhor apreensão <strong>do</strong>s conteú<strong>do</strong>s que vão ser trata<strong>do</strong>s e por outro la<strong>do</strong>, promove aimportância da prática <strong>de</strong> planificação das aulas. Neste senti<strong>do</strong>, nas observações <strong>de</strong> aulas tem-se verifica<strong>do</strong>que alguns professores já fazem um plano relativamente estrutura<strong>do</strong> das suas aulas.Ao longo <strong>do</strong> Ano 2 <strong>do</strong> projecto, a aplicação <strong>do</strong> trabalho para casa (TPC) como estratégia usada pelos TFnas formações com vista à utilização <strong>do</strong> material existente no baú pedagógico, foi registan<strong>do</strong> resulta<strong>do</strong>spositivos. Alguns professores passaram a pesquisar nos dicionários que foram distribuí<strong>do</strong>s pela <strong>FEC</strong> parao baú pedagógico. Numa linha <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong>, os TF exploraram, com os forman<strong>do</strong>s, outros materiaisdidácticos <strong>do</strong> baú pedagógico, tais como mapas e enciclopédias.4.8.4 GéneroO público-alvo das activida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> «+Escola» é maioritariamente masculino, sobretu<strong>do</strong> por causa <strong>do</strong> sectorem que se integra. A educação continua a ser na Guiné-Bissau uma oportunida<strong>de</strong> e um privilégioconferi<strong>do</strong> aos homens por razões <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m sócio-cultural e económica. Ten<strong>do</strong> em atenção que o públicoalvo<strong>do</strong> projecto centra-se em pessoas formadas pelo menos com a 6ª classe, os professores e os directores<strong>de</strong> escola são ten<strong>de</strong>ncialmente masculinos. Num universo <strong>de</strong> 241 professores, 205 são homens e apenas 36são mulheres. Dos 42 estabelecimentos <strong>de</strong> ensino, 10 são dirigi<strong>do</strong>s por mulheres, todas elas associadas àsescolas sob a tutela da Diocese <strong>de</strong> Bafatá, haven<strong>do</strong> registo <strong>de</strong> 1 sub-directora no sector <strong>de</strong> Bafatá.Nas 14 escolas comunitárias <strong>do</strong> sector <strong>de</strong> Bafatá, <strong>do</strong>s 23 professores, 3 são <strong>do</strong> sexo feminino, enquantonas 4 escolas públicas com o envolvimento das associações manjacas <strong>do</strong> sector <strong>de</strong> Canchungo <strong>do</strong>s 45professores 8 são mulheres.A discrepância entre alunos <strong>do</strong> sexo masculino e feminino não é tão significativa em termos globais,verifican<strong>do</strong>-se uma diferença a favor <strong>do</strong>s alunos masculinos <strong>de</strong> 5% nas escolas comunitárias <strong>do</strong> sector <strong>de</strong>Bafatá; <strong>de</strong> 8% nas escolas públicas com apoio <strong>de</strong> associações <strong>do</strong> sector <strong>de</strong> Canchungo e <strong>de</strong> 17,2% nas67


<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final│ Setembro 2007 – Agosto 2009escolas sob a tutela da Diocese <strong>de</strong> Bafatá. Uma análise <strong>do</strong> aproveitamento <strong>do</strong>s alunos (2008-2009) porsexo e pelos sectores <strong>de</strong> Bafatá e Canchungo evi<strong>de</strong>ncia uma diferença mínima entre rapazes e raparigas.Com efeito, no sector <strong>de</strong> Canchungo, os rapazes registam no 1º ciclo um aproveitamento <strong>de</strong> 64,03%enquanto as raparigas apresentam um aproveitamento <strong>de</strong> 62,62%; no sector <strong>de</strong> Bafatá, ainda que adiferença seja maior, continua a não significativa: 65,10% <strong>do</strong>s rapazes registam aproveitamento contra59,61% <strong>de</strong> raparigas.De referir que uma análise mais personalizada das escolas, conduz a outras leituras. A fragilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>snúmeros surge nos acompanhamentos efectua<strong>do</strong>s a professores e directores <strong>de</strong> escola. No sector <strong>de</strong>Bafatá, a escola comunitária <strong>de</strong> Fulamansa é a única que apresenta uma sub-directora. Graças àsensibilização promovida pelos TF, junto da professora e <strong>do</strong> director da escola, para a importância dasformações da <strong>FEC</strong> na melhoria da capacida<strong>de</strong> lectiva da professora Djariato Djamanca. A professorapassou a comparecer mais assiduamente às formações perfazen<strong>do</strong> uma taxa <strong>de</strong> participação <strong>de</strong> 55%.Na escola comunitária <strong>de</strong> Cambeidare, a comunida<strong>de</strong> proibiu as raparigas <strong>de</strong> prosseguir com os seusestu<strong>do</strong>s (5ª e 6ª classe) em Bafatá, pois no ano anterior as raparigas que frequentavam a escola ficaramgrávidas. Por este motivo, o segun<strong>do</strong> acompanhamento a esta comunida<strong>de</strong> foi feito com o TF da <strong>FEC</strong> e oinspector da DRE <strong>de</strong> Bafatá, José Quadé, a fim <strong>de</strong> sensibilizar para a importância da escola e para aequida<strong>de</strong> <strong>do</strong> género. O chefe <strong>de</strong> tabanca e o seu conselheiro mostraram-se receptivos a aumentar o nívelescolar na tabanca. A tabanca <strong>de</strong> Sintchã Djae possui <strong>do</strong>is Comités <strong>de</strong> Gestão, o <strong>do</strong>s homens e o dasmulheres, a fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>scentralizar as tarefas, sen<strong>do</strong> que é uma mulher a responsável pela parte financeira daEC. Revela-se necessário aprofundar o conhecimento das razões e factores que condicionam aintervenção pública das mulheres nas comunida<strong>de</strong>s fulas e mandingas 53 das tabancas em que se <strong>de</strong>senvolveo projecto e, em função disso, empreen<strong>de</strong>r acções <strong>de</strong> sensibilização sobre esta matéria junto <strong>do</strong>sresponsáveis da comunida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> forma coor<strong>de</strong>nada com a PLAN e a DRE. Tal acção só será possívelatravés <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acompanhamento junto <strong>de</strong> directores e comunida<strong>de</strong>,factor a ser pon<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> na planificação <strong>do</strong> próximo ano <strong>de</strong> projecto mediante a integração <strong>de</strong> mais ummembro na equipa da <strong>FEC</strong> em Bafatá.Escolas com práticas mais eficazes <strong>de</strong> gestão referenciadas na activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> directores (Cap. 4.2.1. A.3.2.)(escola <strong>de</strong> Tame - mãe, Sintcha-Alonso, Sintcha Djae, Sintcha Farba), registam ter mais raparigas <strong>do</strong> querapazes no global.Para além das sensibilizações na comunida<strong>de</strong>, a abordagem <strong>de</strong> género é <strong>de</strong>senvolvida nas sessões <strong>de</strong>formação e nas observações <strong>de</strong> aula, ten<strong>do</strong>-se verifica<strong>do</strong> que os professores dão muitas vezes provas <strong>de</strong>53 Etnias maioritárias nas tabancas on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>senvolve o projecto + Escola, na região <strong>de</strong> Bafatá. Estas são etnias muçulmanas,com um contexto religioso e cultural particular no que respeita à concepção <strong>do</strong> papel das mulheres na socieda<strong>de</strong>.68


FUNDAÇÃO EVANGELIZAÇÃO E CULTURAS<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final │ Setembro 2007 – Agosto 2009serem capazes <strong>de</strong> agir <strong>de</strong> forma equitativa no <strong>de</strong>correr das aulas. O trabalho realiza<strong>do</strong> em par pedagógicomisto pelos técnicos forma<strong>do</strong>res, quer nas activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> formação, quer <strong>de</strong> acompanhamento, ensina,pelo exemplo, a igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> géneros na profissão <strong>do</strong>cente.4.8.5. AmbienteTornou-se prática das equipas informatizar e digitalizar to<strong>do</strong>s os da<strong>do</strong>s relativos ao projecto e, <strong>de</strong>staforma, reduzir o número <strong>de</strong> fotocópias e impressões. Privilegia-se a impressão a preto e em mo<strong>do</strong> <strong>de</strong>rascunho. Sempre que possível, a equipa promove a prática da reutilização <strong>do</strong> material <strong>de</strong> escritório, bemcomo a produção <strong>de</strong> material didáctico-pedagógico aplica<strong>do</strong> e explora<strong>do</strong> nas sessões <strong>de</strong> formação.É <strong>de</strong> <strong>de</strong>stacar a temática <strong>de</strong> protecção ambiental e das áreas protegidas na Guiné-Bissau no Programa <strong>de</strong>Formação <strong>de</strong> Ciências Integradas.4.8.6 Capacida<strong>de</strong>s institucionais e <strong>de</strong> gestãoCom o projecto + Escola, a <strong>FEC</strong> tencionou alterar o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong> cooperação,preten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> reforçar a gestão e parte <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão para a Guiné-Bissau. Apesar darotativida<strong>de</strong> e das dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> contratação <strong>de</strong> pessoal já enunciadas, foi possível criar um conjunto <strong>de</strong>instrumentos e mecanismos que melhoraram progressivamente a estrutura local ao nível <strong>do</strong>s diferentesmomentos <strong>do</strong> ciclo <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> projecto. Destaca-se a opção pelo acompanhamento pedagógico feito apartir <strong>de</strong> Bissau, os mecanismos <strong>de</strong> avaliação introduzi<strong>do</strong>s e o trabalho realiza<strong>do</strong> ao nível <strong>do</strong>s instrumentose processos financeiros, logísticos e administrativos (e.g. Mango).Nas escolas-alvo, os avanços foram bastante significativos. Note-se a introdução <strong>de</strong> instrumentos como oRegulamento Interno, planos e relatórios financeiros e <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s, contratos <strong>de</strong> trabalho, melhorias aonível <strong>do</strong> registo e controlo <strong>de</strong> processo pedagógico (mapas estatísticos) e o início da implementação <strong>do</strong>manual <strong>de</strong> Procedimentos <strong>de</strong> Gestão e Administração Escolar. Por esta via as escolas alvo encontram-sena charneira da gestão escolar na Guiné-Bissau.O trabalho feito na Região <strong>de</strong> Cacheu, faz acreditar que existem condições para se entrar numa fase <strong>de</strong>monitorização para consolidação <strong>do</strong>s processos introduzi<strong>do</strong>s. Perspectiva-se também o início <strong>de</strong> umtrabalho com a DRE, em parceria com a SNV, facilita<strong>do</strong>r da efectivação da supervisão das escolas.Com as escolas comunitárias da região <strong>de</strong> Bafatá é necessário dar continuida<strong>de</strong> ao trabalho realiza<strong>do</strong>, umavez que esforço feito até agora não só conta com menos tempo (<strong>do</strong>is anos contra cinco em Cacheu) comofoi menos intenso até Janeiro <strong>de</strong> 2009, data em que entrou ao serviço um técnico forma<strong>do</strong>r <strong>de</strong> gestão eadministração escolar em Bafatá. Des<strong>de</strong> então têm existi<strong>do</strong> outras condições para colmatar as fragilida<strong>de</strong>s69


<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final│ Setembro 2007 – Agosto 2009i<strong>de</strong>ntificadas nos sucessivos relatórios <strong>de</strong> avaliação realiza<strong>do</strong>s, como aliás dão provas os resulta<strong>do</strong>sapresenta<strong>do</strong>s num curto espaço <strong>de</strong> tempo. Perspectivan<strong>do</strong> o mesmo processo <strong>de</strong> autonomização e oalargamento <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo a outras escolas comunitárias a <strong>FEC</strong> tem procura<strong>do</strong> criar as condições para obterrecursos <strong>de</strong> forma a iniciar um trabalho junto da DRE <strong>de</strong> Bafatá em gestão e administração escolar.No que diz respeito às escolas <strong>de</strong> auto-gestão e privadas com ligação à Igreja Católica, importa referir acriação <strong>do</strong> Conselho <strong>de</strong> Educação, com o apoio da <strong>FEC</strong>, na Diocese <strong>de</strong> Bafatá. Órgão que aumenta acapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> suporte das escolas que estão associadas a esta Diocese. O «Manual <strong>de</strong> Procedimentos <strong>de</strong>Gestão e Administração Escolar», produzi<strong>do</strong> no «+ Escola» é outro instrumento que tem vin<strong>do</strong> e <strong>de</strong>verácontinuar a reforçar competências nas escolas. O plano estratégico das Dioceses em elaboração também<strong>de</strong>verá colmatar a ausência <strong>de</strong> um <strong>do</strong>cumento orienta<strong>do</strong>r para a área da educação que tem vin<strong>do</strong> a serassinala<strong>do</strong> como uma das fragilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> gestão.Apesar <strong>do</strong> progresso e <strong>do</strong> trabalho <strong>de</strong> charneira da Igreja Católica na área da educação, a verda<strong>de</strong> é que aCIEE continua a apresentar algumas ineficiências, <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista organizativo. Prova disso mesmo sãoas dificulda<strong>de</strong>s ao nível <strong>do</strong>s processos <strong>de</strong> recolha <strong>de</strong> informação, a falta <strong>de</strong> alinhamento entre as Dioceses<strong>de</strong> Bissau e Bafatá e as dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação entre estruturas regionais e nacionais. Os Encontros<strong>de</strong> Educação da Diocese <strong>de</strong> Bafatá e o Encontro Nacional <strong>de</strong> Educação da Igreja Católica realiza<strong>do</strong>s noâmbito <strong>do</strong> projecto, constituíram espaços privilegia<strong>do</strong>s para o diálogo entre as diferentes partesinteressadas. D<strong>aqui</strong> saíram compromissos concretos <strong>de</strong> continuar a criar um sistema harmónico, coerentee funcional <strong>de</strong>ntro da Igreja Católica.É importante continuar a realizar trabalho que permita que as estruturas da Igreja Católica incorporemefectivamente os processos e instrumentos trabalha<strong>do</strong>s. Em função das lições aprendidas com ageneralização <strong>do</strong> acesso e aplicação manual <strong>de</strong> procedimentos ao conjunto das escolas das dioceses, <strong>de</strong>vemser pensa<strong>do</strong>s momentos <strong>de</strong> reflexão para melhoramento <strong>do</strong>s instrumentos e também para a elaboração <strong>de</strong>um instrumento similar para as escolas comunitárias e públicas.V. Bibliografia70


FUNDAÇÃO EVANGELIZAÇÃO E CULTURAS<strong>Projecto</strong> + Escola<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação final │ Setembro 2007 – Agosto 2009 European Commission, 2004, Aid Delivery Methods – Project Cycle Management Gui<strong>de</strong>lines, volume 1,Brussels. <strong>FEC</strong>, 2007, <strong>Projecto</strong> + Escola: proposta narrativa, quadro lógico, cronograma <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s, orçamento, Lisboa. <strong>FEC</strong>, 2008, <strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> monitorização <strong>do</strong> <strong>Projecto</strong> + Escola: Setembro 2007 – Fevereiro 2008. Guiné-Bissau. <strong>FEC</strong>, 2008, <strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> <strong>Projecto</strong> + Escola: Setembro 2007 – Agosto 2008. Guiné-Bissau. <strong>FEC</strong>, 2009, <strong>Relatório</strong>s <strong>de</strong> monitorização <strong>do</strong> <strong>Projecto</strong> + Escola das equipas <strong>de</strong> Canchungo e Bafatá 2008/2009.Guiné-Bissau. Governo da República da Guiné-Bissau, Banco Mundial, 2005, Documento <strong>de</strong> Estratégia Nacional <strong>de</strong>Redução da Pobreza da Guiné-Bissau (DENARP/PRSP), Bissau. Governo da República da Guiné-Bissau, UNICEF, 2000, Multiple Indicator Cluster Survey, Bissau. Governo da República da Guiné-Bissau, Comissão Europeia, 2008, Document <strong>de</strong> stratégie pays et programmeindicatif national pour la pério<strong>de</strong> 2008-2013, Bissau. Governo da República da Guiné-Bissau – Ministério da Educação Nacional, 2003, Plano Nacional <strong>de</strong>Acção – Educação Para To<strong>do</strong>s, Bissau. Governo da República da Guiné-Bissau – Ministério da Educação Nacional, Lei <strong>de</strong> Bases <strong>do</strong> SistemaEducativo, Bissau. (versão ainda não aprovada em Assembleia Nacional Popular). Huco Monteiro, J. J., 2005, A Educação na Guiné-Bissau: bases para uma estratégia sectorial renovada,PAEB/FIRKIDJA, Bissau. Instituto Português <strong>de</strong> Apoio ao Desenvolvimento, 2008, Programa Indicativo <strong>de</strong> Cooperação Portugal –Guiné-Bissau: 2008 – 2010, Lisboa. Lopes, C., 2007, Participação das populações locais no <strong>de</strong>senvolvimento da Educação. Caso <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>: escolascomunitárias da região <strong>de</strong> Bafatá. Guiné-Bissau 2004 -2006, Instituto Superior <strong>de</strong> Ciências <strong>do</strong> Trabalho eda Empresa, Lisboa.71

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