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Projecto + EscolaRelatório de avaliação final│ Setembro 2007 – Agosto 2009formandos foi muito positiva, uma vez que consideraram que a abordagem dos conteúdos foi explícita,dinâmica e objectiva, tendo o formador demonstrando uma vasta experiência no tema.Para além das actividades específicas em cada região, a FEC procurou potenciar as mais-valias dasexperiências de gestão em Bafatá e Canchungo. Neste sentido, no dia 13 de Junho de 2009, reuniram-se,em Bafatá, os 14 directores das escolas comunitárias da Região de Bafatá e os 7 elementos da direcção das4 escolas e associações de emigrantes manjacos da Região de Cacheu, para promover um intercâmbioentre públicos-alvo do projecto. Nesta formação, a taxa de participação dos directores de Bafatá foi de100%. A ausência de alguns elementos de Canchungo ficou a dever-se à respectiva participação naformação para a mesa de votos para as eleições presidenciais antecipadas de 2009. O encontro surgiu porsugestão dos directores das duas regiões, que desde o início do «+Escola», em 2007, têm conhecimentodas boas práticas e experiências realizadas nas duas regiões. Depois de vários pedidos, foi possível no fimde 2008/2009 concretizar uma formação conjunta em gestão e administração escolar. Os directores daRegião de Bafatá destacaram as suas boas práticas de gestão, nomeadamente as actividades extracurriculares,como as hortas pedagógicas. Os de Canchungo apresentaram o modo como são geridas assuas escolas, em particular com o apoio das associações de emigrantes, filhos e amigos das tabancas, emPortugal, Espanha e França.Deste intercâmbio evidencia-se algumas notas decorrentes da forma de gerir as escolas, abordadas pelosdirectores. Os directores de Canchungo destacaram duas práticas usadas em Bafatá que mereciam serrevistas para o futuro: 1) Leccionação, em algumas EC da região de Bafatá, de 4 classes num só dia pelomesmo professor; 2) Pagamento do subsídio do professor efectuar-se somente no mês de Abril, a partirdas receitas obtidas na época da colheita da castanha de caju. Por sua vez, os directores de Bafatámanifestaram interesse em compreender melhor qual o envolvimento das associações de emigrantes nagestão e administração da escola. Segundo Bernardo Gomes, director da escola de Tame – Canchungo, osfilhos de Canchungo no exterior criaram associações em diferentes países na Europa com o objectivo deapoiar a educação dos seus irmãos na Guiné-Bissau. Cada associado contribui anualmente com ummontante de 100 euros e 20% dessa cotização anual é destinada à escola de Tame, nomeadamente paracompra de equipamentos, construção e reparação das infra-estruturas, mediante um projecto apresentado.Em Tame foi, também, criada uma Associação “ASSOFITA” (Associação dos Filhos de Tame) com omesmo objectivo das associações dos emigrantes manjacos. Cada associado ou filho de Tame contribui,anualmente, com 5000 Fcfa/7,62 € cuja verba é orientada para a compra de materiais pedagógicos e nopagamento mensal do subsídio dos professores.Os directores das duas regiões reconheceram a importância deste tipo de formação, pois permitiu-lhesadquirir uma nova experiência em gestão e administração escolar através da metodologia das «boaspráticas», que poderá ser implementada, de forma adaptada, às suas escolas.38