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Inclusão social na palma das mãos - Appai

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PsicopedagogiaApesar de toda a tecnologia, escreverainda é uma <strong>das</strong> funções mais privilegia<strong>das</strong><strong>na</strong> vida do ser humano, umavez que é através dessa atividade quese registram fatos, se expressam e setrocam ideias e informações com outraspessoas. De acordo com o crescimento dacriança, não somente em estatura, mas tambémno aspecto intelectual, afetivo, motor, ébem possível que ela inicie seu processo deaquisição da escrita tão logo as pessoas que acercam comecem a apresentar-lhe os conteúdos. Porém alguns cuidadossão de extrema importância e um deles é saber se é tempo deesta criança avançar mais para esta nova etapa.Na escola convencio<strong>na</strong>l, por exemplo, existe um currículo a serseguido em que as crianças, em sua maioria, precisam aprender maisrápido do que o seu desenvolvimento permite. Todavia, sabemos que,para que haja a execução motora da escrita, o Sistema Nervoso Central(responsável pelo armaze<strong>na</strong>mento, elaboração e processamentoda informação resultante da resposta apropriada do organismo) e oPeriférico (responsável pelos receptores sensoriais, que são ca<strong>na</strong>isprincipais para aprendizagem simbólica), além de um determi<strong>na</strong>dograu de desenvolvimento psicomotor, necessitam ter passado porum certo amadurecimento, uma vez que a coorde<strong>na</strong>ção e a força dosmovimentos precisam estar firmes e com equilíbrio para proporcio<strong>na</strong>rfacilmente a atividade <strong>das</strong> <strong>mãos</strong> e dos dedos. Esse processo motorvai se desenvolvendo e se aprimorando de acordo com o progressono ambiente escolar.Entretanto, em muitos casos, esta criança não está emocio<strong>na</strong>lmente,cognitivamente, motoramente preparada e, no caso de ser uma criançadisgráfica – por não estar pronta para iniciar a aquisição do grafismo,da escrita –, certamente apresentará dificuldades neste processo, oque pode trazer uma série de consequências negativas, no momentoem que ela perceber que não consegue fazer o que os colegas fazem,e que é proposto pelo professor. Essa relação, em muitos casos, podese tor<strong>na</strong>r algo doloroso, constrangedor, e até ser causa de “bulling”.São inúmeras as dificuldades existentes no processo de aprendizagemda escrita, e o professor precisa estar atento aos si<strong>na</strong>is que seusalunos emitem de que algo não anda bem.A EscritaPodemos definir a escritacomo uma representaçãoda língua falada atravésde caracteres e/ou signosgráficos. Mas, paraque isso ocorra, braços,<strong>mãos</strong>, dedos, entre outraspartes do corpo eda mente, através dedelicados e finos gestos,se esforçam parafazer um bom trabalho,uma vez que o ato dejuntar esses signos, ouseja, escrever, não pertence aoser desde o seu <strong>na</strong>scimento. Este ato é resultante de um processode vagarosas e importantes conquistas nos planos simbólicos, motore perceptivo da criança.Uma <strong>das</strong> grandes exigências da escrita, para quem a pratica, é adisposição do espaço gráfico, obedecendo a regras de utilização, ondeo que se escreve deve apresentar um visual no qual as letras estejamde acordo umas com as outras, sendo encaixa<strong>das</strong> corretamente <strong>na</strong>spalavras e consequentemente havendo um controle de ajuste paraque fiquem alinha<strong>das</strong> onde se quer escrever.Quando o aluno não consegue realizar cópias ou montar uma sequênciade letras em palavras fáceis ou comuns ao seu vocabulário, oprofessor deve ficar atento, pois pode estar diante de um transtornoda expressão escrita, que é mais conhecido como disgrafia.Isto significa que a habilidade escrita está abaixo do nível idealizadopela idade cronológica, escolaridade e inteligência, podendoou não estar associada a outros transtornos de aprendizagem, comoa discalculia ou de leitura, comprometendo assim a ortografia e acaligrafia. Em muitos casos – com suas exceções –, as crianças comdisgrafia apresentam também a disortografia, <strong>na</strong> qual as letras sãoamontoa<strong>das</strong> para esconder os erros ortográficos.Conhecida também por letra feia, a disgrafia tem muitos motivosaparentes e um deles é o fato de a criança não conseguir se lembrarda figura que aquela letra representa e, ao fazer o esforço para selembrar como se faz o grafismo, escreve vagarosamente, o que fazcom que a união <strong>das</strong> letras aconteça de forma i<strong>na</strong>propriada, tor<strong>na</strong>doasilegíveis.Segundo Ajuriaguerra (1988) a escrita é uma tarefa que se sujeitaàs necessidades direcio<strong>na</strong><strong>das</strong> pela estrutura espacial, uma vez que4 Jor<strong>na</strong>l Educar

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