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Concepções e práticas de professores de Matemática

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através do diálogo. Maria, <strong>de</strong> uma forma mais pormenorizada, refere que nasactivida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> resolução <strong>de</strong> problemas, o professor <strong>de</strong>ve fazer perguntas paraclarificar a situação, dando algumas pistas, discutindo possíveis estratégias eencorajando os alunos a colocarem perguntas.Papel do aluno. Os <strong>professores</strong> estudados por Guimarães (1988) reservampara o aluno o papel <strong>de</strong> receptor, seguindo o que vai sendo exposto pelo professor,acompanhando a sua explicação. Segundo Filipe, pe<strong>de</strong>-se aos "alunos queaprendam tudo o que está a ser transmitido pelo professor" (p. 222). Comoconsequência, o "bom aluno" é aquele que consegue "acompanhar" o professor e"seguir" o seu raciocínio. Julieta <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que os alunos <strong>de</strong>vem participar nasaulas, estando presos pela situação, atentos, interessados e reagindo às solicitaçõesdo professor.Todos os <strong>professores</strong> estudados por Canavarro (1993) se referem à participaçãodos alunos, embora <strong>de</strong> uma forma diferenciada. Júlia consi<strong>de</strong>ra a participaçãodos alunos como algo fundamental ao <strong>de</strong>senvolvimento das aulas, resolvendoproblemas, pondo questões e explicando raciocínios. Isabel pensa que aparticipação dos alunos é algo "<strong>de</strong>sejável", mas "não imprescindível". Aos alunoscompete seguir (ouvir) a exposição da professora e, nalguns casos, resolver exercícios.Fernando consi<strong>de</strong>ra, sem gran<strong>de</strong> convicção, que a participação dos alunos éalgo que gostaria que ocorresse. No entanto, acrescenta que o principal construtorda aula é o professor, ficando aos alunos reservado um papel <strong>de</strong> espectadores.Rosa, professora estudada por Delgado (1993), pensa que é importante queos alunos interajam uns com os outros, discutindo e explicando as suas i<strong>de</strong>ias.Contudo, pensa que é algo inviável porque gera um bocado <strong>de</strong> "confusão" e"barulho". Ivone <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que os alunos <strong>de</strong>vem trabalhar em grupo porque elesestão mais à vonta<strong>de</strong> para colocarem as suas dúvidas.Os <strong>professores</strong> estudados por Vale (1993), <strong>de</strong> forma consistente com o quetinham <strong>de</strong>fendido enquanto formandos, pensam ser importante que os alunosresolvam problemas no sentido <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolverem capacida<strong>de</strong>s e competências.Tarefas/activida<strong>de</strong>s e meios. Os <strong>professores</strong> estudados por Guimarães(1988) <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma prática por parte dos alunos. Estas activida<strong>de</strong>straduzem-se em gran<strong>de</strong>s sequências <strong>de</strong> exercícios, que se suce<strong>de</strong>m à exposiçãodo professor ou mesmo durante aulas inteiras. As activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidaspelos alunos, em casa, restringem-se, na maioria das vezes, à realização <strong>de</strong>exercícios anteriormente mo<strong>de</strong>lados pelo professor na aula. A resolução <strong>de</strong>problemas é uma expressão entendida <strong>de</strong> forma diversa pelos <strong>professores</strong>estudados. Embora os <strong>professores</strong> consi<strong>de</strong>rem estas activida<strong>de</strong>s importantes,afirmam que as colocam com pouca frequência, porque não têm tempo e os alunosnão estão preparados (no caso <strong>de</strong> Filipe e <strong>de</strong> Telma); porque há alunos que não se- 25 -

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