12.07.2015 Views

Concepções e práticas de professores de Matemática

Concepções e práticas de professores de Matemática

Concepções e práticas de professores de Matemática

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

interpretadas pelo aluno <strong>de</strong> forma ten<strong>de</strong>ncialmente precisa"(Ministério da Educação, 1991, p. 16).A dimensão social da comunicação — outra razão avançada por Baroody(1993) — é também salientada por Hiebert (1992), quando assume que a comunicaçãoé uma parte integrante do "fazer Matemática". Esta activida<strong>de</strong> matemáticaconstitui-se, segundo o autor, como um processo <strong>de</strong> interacção social on<strong>de</strong> a comunicação<strong>de</strong>sempenha um papel relevante, tanto ao nível da Matemática feitapelos profissionais como daquela que é feita pelos alunos nas aulas.Baroody (1993) aponta outros motivos, além da aquisição <strong>de</strong> skills sociais,para o professor estimular a comunicação na aula <strong>de</strong> Matemática, principalmenteaquela que acontece entre os alunos: (i) <strong>de</strong>senvolve o conhecimento matemático;(i) <strong>de</strong>senvolve a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resolver problemas; (iii) melhora a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>raciocínio; (iv) encoraja a confiança.A comunicação entre os alunos, tanto oral como escrita, constitui um aspectoque o professor <strong>de</strong>ve incrementar, porque permite o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>s,<strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> conhecimentos consi<strong>de</strong>rados a<strong>de</strong>quados. É por estemotivo que os novos programas <strong>de</strong> Matemática do 2º Ciclo do Ensino Básico, nasorientações metodológicas gerais, enfatizam a importância da comunicação:"Consi<strong>de</strong>rando a estreita <strong>de</strong>pendência entre os processos <strong>de</strong> estruturaçãodo pensamento e da linguagem, há que promover activida<strong>de</strong>sque estimulem e impliquem a comunicação oral e escrita, levando oaluno a verbalizar os seus raciocínios, explicando, discutindo,confrontando processos e resultados" (Ministério da Educação,1991, p. 16).Esta estreita ligação da linguagem aos processos <strong>de</strong> estruturação do pensamentoé também assinalada por Hoyles (1985, citada por Lappan e Schram,1989). Esta autora consi<strong>de</strong>ra que, na sala <strong>de</strong> aula, a linguagem tem duas funções:(i) a função comunicativa; (ii) a função cognitiva. A primeira <strong>de</strong>stas funções,pren<strong>de</strong>-se, segundo aquela autora, com a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> o aluno, numa dadasituação, ser capaz <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar os elementos importantes e <strong>de</strong> os relatar aosoutros. A segunda, está relacionada com a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> a linguagem promovera estruturação e a regulação do pensamento, especialmente quando o aluno estáem interacção com os outros.Lappan e Schram (1989) consi<strong>de</strong>ram que qualquer aula <strong>de</strong> Matemática <strong>de</strong>veincorporar "espaços" on<strong>de</strong> o aluno possa raciocinar e comunicar as suas i<strong>de</strong>ias.Acrescentam que é necessário que o professor escute os alunos e lhes peça paraexplicitarem o seu pensamento. Aquelas autoras, em jeito <strong>de</strong> conclusão, afirmam- 29 -

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!