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Concepções e práticas de professores de Matemática

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Esta professora privilegia a observação dos alunos, analisando, nomeadamente, ogosto <strong>de</strong> estarem nas aulas. Adianta, no entanto, que este tipo <strong>de</strong> avaliação não éfácil <strong>de</strong> implementar. Nesta forma <strong>de</strong> avaliação, os <strong>professores</strong> afirmam queapostam na intuição, nas observações que conseguem fazer e nos comportamentosdos alunos quando enfrentam <strong>de</strong>terminadas situações. A investigadora sublinhaque alguns dos <strong>professores</strong> "assumem conscientemente o carácter subjectivo daavaliação, e tentam minimizar possíveis efeitos perversos" (Loureiro, 1991, p.272).De forma concordante com os <strong>professores</strong> estudados por Loureiro (1991),tanto Rui como Maria, estudados por Vale (1993), salientam as insuficiências doteste escrito enquanto elemento <strong>de</strong> avaliação dos alunos. Em relação à avaliaçãoda capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resolver problemas, Rui consi<strong>de</strong>ra que o teste é ina<strong>de</strong>quado, porquecria gran<strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> nos alunos. Maria assinala o <strong>de</strong>sfasamento que constituia valorização do teste escrito na avaliação, quando os alunos, nas aulas, trabalhamem grupo. Acrescenta que o professor <strong>de</strong>ve promover uma ligação estreita entre otipo <strong>de</strong> tarefas que coloca aos alunos e a avaliação que põe em prática. No entanto,quando a investigadora confronta esta professora com outras formas <strong>de</strong> recolherdados para a avaliação dos alunos, como relatórios ou trabalhos escritos, respon<strong>de</strong>que isso seria uma gran<strong>de</strong> "trabalheira para o professor" (p. 178), só sendopraticável com turmas pequenas.Destes estudos ressalta o reconhecimento, por parte dos <strong>professores</strong>, dasinsuficiências dos testes escritos na avaliação. Por este facto sugerem outrosinstrumentos que po<strong>de</strong>m ser utilizados pelos <strong>professores</strong> <strong>de</strong> Matemática. Estesinstrumentos <strong>de</strong> avaliação são consi<strong>de</strong>rados, no entanto, mais subjectivos do queos testes.A ComunicaçãoA Comunicação na Aula <strong>de</strong> MatemáticaA comunicação no contexto das orientações para o ensino daMatemática nos anos 90. O movimento <strong>de</strong> reforma, que tem ocorrido no ensinoda Matemática, iniciado nos anos 80 e que continuou na década <strong>de</strong> noventa (APM,1988; Cockcroft, 1983; NCTM, 1980, 1991, 1994; NRC, 1989), extensivo adiversos países, tem por base uma nova visão do que <strong>de</strong>ve ser o ensino e aaprendizagem da disciplina. Este conjunto <strong>de</strong> novas i<strong>de</strong>ias, que pressupõemdiferentes finalida<strong>de</strong>s do ensino da Matemática, tem subjacentes novos enquadramentosmetodológicos, diferentes papéis para o professor e para o aluno e novasformas <strong>de</strong> avaliação. A preparação para uma socieda<strong>de</strong> a entrar num novo milénio,- 27 -

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