12.07.2015 Views

baixar - Prof. Dr. Aldo Vieira

baixar - Prof. Dr. Aldo Vieira

baixar - Prof. Dr. Aldo Vieira

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

LÍNGUAPORTUGUESAINTERPRETAÇÃO DE TEXTO IFUNÇÕES DA LINGUAGEM ELINGUAGEM FIGURADAVOCABULÁRIOINTERPRETAÇÃO DE TEXTO IIFIGURAS DE LINGUAGEMPERÍODOS SIMPLES E COMPOSTOFONOLOGIA, ACENTUAÇÃO, ORTOGRAFIAE FORMAÇÃO DE PALAVRASARTIGOS, SUBSTANTIVOS, ADJETIVOSVERBOS E ADVÉRBIOSPRONOMESPONTUAÇÃOCONCORDÂNCIA E REGÊNCIACRASENOÇÕES DE LITERATURAFUNÇÕES DE “QUE” E “SE”LITERATURA NO PERÍODO COLONIALREALISMO/ NATURALISMOHUMANISMO, QUINHENTISMO,BARROCO E ARCADISMOPARNASIANISMO/ SIMBOLISMOROMANTISMOPRÉ-MODERNISMO/ MODERNISMOCLASSICISMOIMPRIMIRVoltar


LÍNGUA PORTUGUESAINTERPRETAÇÃO DETEXTO I11. U. Católica de Brasília-DF Assinale V, para os itensverdadeiros, e F, para os falsos.( ) A figura ao lado trata-se de uma charge, cujo temaversa sempre sobre algum acontecimento que jáfoi veiculado na mídia. Dessa forma a charge nãoé responsável por uma nova notícia, mas é umareleitura de uma notícia ou de um fato.( ) Observando os elementos que compõe a charge,é correto afirmar que ela se refere a alguma notíciasobre aviação. Isso é comprovado pelos elementos icônicos, pois nenhum elementoverbal faz referência à aviação.( ) O verbo ter, utilizado na fala do passageiro, poderia ser substituído pelo verbohaver, o que configuraria o uso do nível formal da linguagem.( ) A opção de reserva de um lugar na caixa-preta, que em caso de sinistro com aaeronave, é um instrumento que pode ajudar a identificar as causas, é a responsávelpelo humor na charge e, ao mesmo tempo, permite inferir que a charge foi feitadepois de algum desastre aéreo.( ) As palavras “algum”, “vago” e “caixa-preta” são respectivamente, adjetivo, advérbio,adjetivo e substantivo.( ) Caixa-preta, sob o ponto de vista de sua estrutura, contém dois radicais, por isso,quanto ao processo de formação, é considerada uma palavra derivada.2. Analise a charge que segue, publicada na revista Veja, de 07. jun. 2000.GABARITOIMPRIMIRA leitura da charge permite as seguintes afirmações:( ) nos desenhos humorísticos, a caricatura é uma representação gráfica de uma pessoaou situação que explora aspectos ridículos ou grotescos.( ) a legenda, texto curto que, às vezes, acompanha o desenho, tem a finalidade dedeterminar para o leitor o sentido da charge.( ) o cartunista interpreta uma idéia presente no imaginário do torcedor brasileiro: ostécnicos de futebol, quando cometem erros, são chamados de burros.( ) a frase “O técnico Wanderley Luxemburgo examina as condições do gramado”funciona de modo redundante, visto que repete o significado contido no desenho.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


8. U.F. Goiânia-GO Leia as tiras do cartunista Angeli, publicadas no caderno Ilustrada, daFolha de São Paulo, em 29. jul. 1999. Depois assinale V, para os itens verdadeiros, e Fpara os falsos.4Sansão e Dalila são personagens do universo gráfico de Angeli. Eles formam um casalsem charme, cujo cotidiano é retratado de forma ridícula pelo cartunista.De acordo com os elementos que constituem as tiras acima:( ) as expressões crak, flap e tuf! são consideradas onomatopéias, porque procuramrepresentar, na escrita, sons naturais.( ) a falta de diálogo entre o casal, durante a refeição, indica uma vida monótona,propensa às explosões agressivas.( ) a sigla TPM – que significa tensão pré-menstrual – opõe-se à expressão kung fu,arte marcial desenvolvida na antiga China.( ) o humor das tiras tem função social, pois procura descontrair o leitor, com a representaçãocaricaturesca de cenas do cotidiano dos personagens.9. UFMS Observe a tira humorística que segue e marque a(s) opção(ões) verdadeira(s).URBANO, o aposentadoA.SilvérioGABARITOIMPRIMIRGlobo, 22/09/2000.01. A frase apresentada no balão 3 pode ser associada à profissão da personagem que aenuncia.02. Atribui-se a uma dada estação do ano a capacidade de influenciar o estado de almadas pessoas em geral.04. Em Todos mesmo (balão 4), o advérbio em negrito é usado como reforço, indicandoque não há exceção à regra.08. O uso do artigo definido em a outra metade (balões 1 e 3) está equivocado, uma vezque se trata de referentes que aparecem pela primeira vez no texto.16. Os enunciados Encontrei a outra metade da minha laranja! (balão 1) e Encontrei aoutra metade do meu comprimido! (balão 3) retomam, através de figuras distintas, oenunciado mais genérico “Encontrei a companheira ideal.”32. O efeito humorístico da tira advém do fato de que se a personagem hipocondríacaleva sua obsessão às últimas conseqüências, associando-a inclusive aocampo amoroso.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


10. UFMAJaguar.5Na tira acima, o autor:a) trabalha a fala das personagens no contexto, relacionando termos que não possuemnada em comum;b) subverte a lógica homonímica através da utilização de um jogo de palavras marcadopela sonoridade, num tom de humor;c) aproxima palavras heterógrafas (termos de grafias diferentes) e heterófonas (termosde sons diferentes) que, apesar de sugerirem humor, não subvertem a lógica homonímica;d) usa sua criatividade e faz uma brincadeira lingüística com Há fogo / Afogo para demonstrarque ambos os termos possuem o mesmo significado;e) considera os termos grifados acima como palavras sinônimas que não possuem outrarelação a não ser a própria referência.11. UFMAGABARITOIMPRIMIRRevista Veja, de 19/04/2000.Sobre a propaganda acima, é correto inferir que:a) inanição gera morte e morte gera imobilidade. Logo, os usuários da Internet estãocondenados a morrer;b) ir ao supermercado implica, infelizmente, em deslocamento e deslocamento implicaem não morrer de fome. Logo, sem se mexer, a Internet é a solução;c) não comer implica em não se mexer e não se mexer implica em não sair de casa. Logo,para não morrer, é preciso ir ao supermercado;d) a Internet possibilita a compra e a compra implica em deslocamento. Logo, é precisose mexer para não morrer de inanição.e) para consultar a fatura da compra pela Internet, é preciso se mexer e se mexer implicaem ir ao supermercado. Logo, o ideal é não acessar a Internet.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


12. UFMG“Com o Document Centre a Xerox reinventa a copiadoraO mercado evolui. A Xerox revoluciona. Todo o poderda tecnologia digital chega ao seu escritório com o maisavançado sistema de processamento de documentos: DocumentCentre. Uma copiadora que também é impressora,fax e scanner, com capacidade de realizar as operaçõessimultaneamente. Para você copiar, imprimir, receber,enviar, criar, transformar, alterar, arquivar e recuperardocumentos com mais facilidade, menor manuseiode papel e maior segurança. O novo software Centrewarepermite explorar e gerenciar o equipamento de acordocom as suas necessidades, a partir do seu computador,via rede e até mesmo via Internet. Document Centreé tudo isso e mais a garantia e a assistência técnica quesó a Xerox pode lhe oferecer.”AO VIVO E EM CORES NA DOCUWORLD. Visite a feira de tecnologiaavançada, dias 13 e 14 de maio, no Hotel Transamérica - SP.6Todas as afirmativas apresentam recursos lingüísticos que estão presentes nesse texto depropaganda, exceto:a) Articulam-se a linguagem verbal e a não-verbal.b) Impessoaliza-se o tratamento do leitor.c) Enumeram-se cumulativamente as características do produto.d) Recorre-se não só à conotação, mas também à denotação.13. UERJGABARITOIMPRIMIRZiraldo, Jornal do Brasil, 11/11/1999.Na tira de Ziraldo, os personagens mudam de atitude do primeiro quadrinho para o segundo.Pelo terceiro quadrinho, pode-se deduzir o que não está escrito: um pensamentoteria provocado a mudança.Esse pensamento poderá ser traduzido como: “E se os caras dentro do espelho...a) ...estivessem rindo deles?”b) ...fossem reais e eles o reflexo?”c) ... pudessem trocar de lugar com eles?”d) ... duvidassem da realidade do mundo?”VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


714. U.F. Pelotas-RS A compreensão de um textonão decorre apenas da decodificação pura esimples dos itens lingüísticos neles contidos.Na realidade, ao ler, o leitor deixa aflorar seuconhecimento de mundo, suas crenças, suasvivências, que possibilitam conexões entre os Contrariarenunciados e o levam a construir o sentido dotexto que leu. Uma das características do leitorproficiente é a capacidade de interpretar gráficos.Demonstre que você domina a habilidadede leitura, inferindo corretamente os resultadosexpressos no gráfico ao lado:Uma pesquisa encomendada pela entidade Parceria Contra as <strong>Dr</strong>ogas entrevistou 700 pessoas,entre 13 e 21 anos, de cinco cidades há três anos e obteve os seguintes resultados:De acordo com os dados representados no gráfico, pode-se dizer que:a) a descoberta do novo sempre atraiu o homem a aventuras cujas conseqüências, muitasvezes, são desconsideradas em virtude do prazer do desconhecido, sendo esse o motivopara que de noventa a cem jovens recorram às drogas;b) como todo ser em formação, a maior parte dos jovens procura uma maneira de afirmaseem seu grupo, recorrendo, para isso, ao uso de psicotrópicos;c) não é verdadeira a argumentação de que o maior contingente de jovens, rebeldes pornatureza, procura nas drogas formas de transgredir normas sociais;d) a orientação familiar não seria uma das primeiras providências no combate ao vício,uma vez que não está na família a causa principal de o jovem se envolver com drogas;e) são de toda ordem as causas que levam o jovem ao consumo de drogas; com exceçãodos problemas com a família, essa diversidade, somada, representa mais de 3/4 dototal de entrevistados.GABARITOIMPRIMIR15. UFPR Assinale V (verdadeiro) ou F (falso)na(s) alternativa(s) em que a descrição da fotoabaixo vem expressa de acordo com as normasde escrita do português padrão.( ) Um homem com roupas típicas de trabalhadorrural, onde é mostrado da cinturapara baixo, segura um tipo de facãocom a mão direita. Abraçado a suaperna há uma criança, que a expressãoFoto: Paula Simasdenota raiva e medo. O homem apóiasua outra mão na cabeça da criança, como se protegesse ela.( ) Um homem com roupas típicas de trabalhador rural, mostrado da cintura para baixo,segura uma espécie de facão. Abraçado a sua perna há um menino, cuja expressãodenota raiva e medo. A outra mão do homem repousa sobre a cabeça da criança,como se protegendo-a.( ) A foto mostra um menino abraçado às pernas de um homem vestido como umtrabalhador rural, onde está segurando uma espécie de facão com a mão direita. Aexpressão da criança é de medo e raiva, e é como se o homem estivesse protegendoa ela de alguma ameaça.( ) Na foto, mostra um homem, que está segurando uma espécie de facão e vestido comotrabalhador rural. Uma criança está abraçada à perna dele, que apóia a mão sobre suacabeça, como se estivesse protegendo. E onde o olhar da criança exprime medo e raiva.( ) Na foto, aparecem um menino e um homem. O enquadramento destaca a criança,mostrando o homem apenas na altura da cintura. A ele está abraçada a criança, cujoolhar é de medo e raiva. O homem, que, em traje de trabalhador rural, empunha umfacão, parece estar protegendo o menino, sobre cuja cabeça pousa a mão.( ) A foto mostra, da cintura para baixo, um homem que traja roupa de trabalhadorrural e empunha uma espécie de facão. Uma criança, com expressão de medo eraiva, está abraçada à perna do homem. Ele apóia a mão sobre a cabeça do menino,como se o estivesse protegendo.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


816. UEGOA leitura da charge permite as seguintesafirmações:( ) o título “A República do MauHumor” funciona como indicadorde leitura, pois dá ao leitor a oportunidadede interpretar tanto otexto verbal como o não-verbal;( ) o mau humor dos aliados do governonos permite deduzir que ospolíticos aderem ao poder visandoapenas ao seu benefício próprio;( ) a parte inferior da charge remetenosao contexto social brasileiro,onde a população, em sua maioria,sofre os efeitos;Folha de São Paulo, 11.09.99( ) a frase de 2º balão “Um dia, só eles vão rir de tudo isso!”, proferida pelo personagemque representa o povo, deixa transparecer o humor e o descompromisso comque o brasileiro encara seus problemas;( ) a frase “Não esquenta, mulher!”, proferida pelo personagem denuncia a ineficiênciado cobertor com que ele se agasalha, uma vez que o frio é intenso.17. UnB-DF“ACREDITAMOS EM OPORTUNIDADES IGUAIS INDEPENDENTEMENTE DE RAÇA,CREDO, SEXO, REINO, TRIBO, CLASSE, ORDEM, FAMÍLIA, GÊNERO OU ESPÉCIE.GABARITOOs seres vivos são interdependentes. Dessa forma,sem apoio de milhões de espécies, a sobrevivênciahumana não estaria garantida. Essa variedadee a dependência entre as espécies interessaespecialmente à nossa empresa. Pois o nosso trabalhodepende de descobertas no mundo das informaçõesgenéticas. Informações que se perdempara sempre quando as espécies são extintas. Informaçõesque oferecem soluções inéditas para aagricultura, a nutrição e a medicina. Para atendera uma população que está crescendo. Em um planetado mesmo tamanho.”Isto é. nº 1.575. 8/12/99. p. 125 (com adaptações).IMPRIMIRConsiderando as informações prestadas pelo anúncio acima, o sentido da mensagem e acorreção gramatical dos itens a seguir, julgue-os.( ) A figura explora e exemplifica a biodiversidade.( ) Mesmo sabendo que nem todos os reinos estão representados na figura, isto nãocontradiz o argumento principal da propaganda, colocado acima da ilustração.( ) Devido à interdependência dos seres vivos, a sobrevivência da espécie humana nãoestaria garantida sem apoio de milhões de espécies.( ) O trabalho desenvolvido pela empresa depende de descobertas no mundo das informaçõesgenéticas e, quando as espécies são extintas, se perdem para sempre.( ) As informações genéticas oferecem soluções inéditas para a agricultura, a nutrição,a medicina, a população que está crescendo e o planeta, que tem o tamanho dapopulação.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


18. UFPB-PSSTexto I“Diogo MainardiÍndios furibundos invadiram o Congresso Nacional para protestar contra as comemorações dos500 anos de descobrimento do Brasil. Paramentados com seus tradicionais cocares, calções debanho e tênis Nike, foram até o senador Antonio Carlos Magalhães e apontaram-lhe uma lança.Foi bonito ver todos aqueles índios lutando juntos – 500 anos atrás, eles provavelmente estariamdevorando uns aos outros. Pois eu concordo com os índios: não há o que comemorar. Em 500anos de História, não fizemos nada que justificasse uma festa. A meu ver, deveríamos ficar recolhidosnum canto, chorando pelo joelho de Ronaldinho. Foi o que fiz.”Texto II9Lendo o texto I e relacionando-o com a charge (texto II), conclui-se:a) O selvagem da charge não é o índio, mas sim a respeitável autoridade brasileira.b) Os índios continuavam lutando entre si.c) O índio da charge é mais autêntico porque não usa tênis Nike e veste calça comprida.d) O objetivo de Mainardi e Chico é o mesmo: registrar a política favorável do CongressoNacional às causas indígenas.e) As comemorações dos 500 anos do Descobrimento do Brasil representaram um momentode alegria para os índios.GABARITOIMPRIMIR19. UFMA“O chinês anônimo desafia os tanquesNunca se soube o nome daquele jovem alto e magrovestido como milhões de chineses, de camisa brancae calça de tergal. Ninguém ouviu sua voz. Jamaisse soube o paradeiro do solitário rebelde que barrouuma coluna de 17 tanques naquela manhã de junhode 1989. Sozinho, nas fotografias e no balé diantedas câmeras de vídeo – os tanques se deslocavam e asilhueta se movia, simultaneamente, para a esquerdae para a direita – o chinês anônimo fez mais, em seugrande momento, do que muitos líderes revolucionáriosdo milênio. É certo que foi visto por mais gente,nas telas de TV, dentro dos lares, do que persona-5 de julho de 1989.lidades como o mongol Kublai Khan, o francês Maximilien de Robespierre ou o mexicano EmilianoZapata.”Depreende-se da compreensão do texto acima que há uma gradação ascendente do personagemenvolvido, que assim passa do anonimato de um momento para a fama de ummilênio. Isso fica evidente através dos seguintes itens lexicais:a) jovem alto e magro solitário rebelde silhueta líder revolucionário personalidade;b) silhueta solitário rebelde sem paradeiro sozinho personalidade;c) jovem alto e magro sem voz solitário rebelde líder revolucionário sozinho;d) sem paradeiro silhueta solitário rebelde chinês anônimo líder revolucionário;e) solitário rebelde líder revolucionário sozinho personalidade chinês anônimo.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


20. UERJ Leia a piada reproduzida a seguir.Vinha o motorista dirigindo o seu carro, quando se deparou com uma placa de sinalização:Imediatamente, ele acelerou o seu veículo. Logo depois, voltou a pé para o local da placae nela escreveu, para corrigi-la:10Como muitas piadas, esta se baseia em um equívoco.O comportamento do motorista que explica mais adequadamente o efeito cômico dapiada é:a) voltar a pé ao local da placa para efetuar uma correção;b) ler a mensagem da placa como uma ordem para acelerar;c) corrigir a mensagem da placa para retificar informação incompleta;d) imprimir maior velocidade ao carro para escapar dos quebra-molas.Texto para as questões 21 e 22.GABARITOIMPRIMIR“Homem PrimataDesde os primórdiosAté hoje em diaO homem ainda fazO que o macaco fazia5 Eu não trabalhava, eu não sabiaQue o homem criava e também destruía.Homem primataCapitalismo selvagemÔ, ô, ô10 Eu aprendiA vida é um jogoCada um por siE Deus contra todosVocê vai morrer e não vai pro céu15 É bom aprender, a vida é cruel.Homem primataCapitalismo selvagemÔ, ô, ôEu me perdi na selva de pedra20 Eu me perdi, eu me perdi”BRITTO, Sérgio, FROMER, Marcelo, REIS, Nando, PESSOA, Ciro. Do CD Cabeça de dinossauro.21. UFR-RJ No texto Homem Primata, a comparação estabelecida entre o homem e macacoalude:a) a uma das teorias sobre a origem da espécie humana;b) ao comportamento irracional do homem na sociedade moderna;c) às semelhanças biológicas entre os dois seres;d) ao bom relacionamento entre homem e macaco;e) ao capitalismo selvagem da sociedade contemporânea.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


22. UFR-RJ A oposição entre os quatro primeiros versos de Homem primata e o textoPecados do século XXI (questões 101 a 103) envolve, respectivamente, os antônimos:a) lentidão X velocidade;b) atraso X progresso; d) estagnação X mudança;c) santidade X pecado; e) passado X presente.Instrução: Responder às questões de 23 a 25 com base no texto.11JAGUAR. Átila, você é barbaro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968. p. 166-167.GABARITOIMPRIMIR23. PUC-RS Instrução: Responder à questão analisando a veracidade das afirmativasabaixo.1. A absolescência das armas utilizadas pelo homem levam-no a um final trágico.2. As armas apresentam-se em gradação ascendente quanto ao seu poder letal.3. O militarismo, simbolizado pelos uniformes que os personagens vestem, é causa principaldo desfecho presente no cartum.4. A vestimenta dos personagens ilustra cronologicamente o desenrolar dos fatos apresentados.5. Os itens 2 a 5 do cartum apresentam o homem como o responsável pelas açõesbélicas, enquanto nos itens 6 a 10 essa responsabilidade é atribuída apenas aos armamentos.Conclui-se que a alternativa que apresenta a numeração correspondente às afirmativascorretas é:a) 1 e 2. b) 1, 2 e 4. c) 2 e 4. d) 3 e 5. e) 3, 4 e 5.24. PUC-RS Instrução: Responder à questão com base nas afirmativas a seguir.I. A estrutura narrativa e as ilustrações têm efeito argumentativo marcante.II. As ilustrações são um recurso para chamar a atenção do leitor, e poderiam ser retiradassem prejuízo para a clareza do texto.III. Os itens 1 e 2 apresentam ao leitor os personagens, enquanto o 9 prepara-o para odesfecho da história.IV. A simplicidade da linguagem contrasta com a seriedade do tema.Concluí-se que as afirmativas corretas encontram-se na alternativa:a) I e II. b) I, III e IV. c) I, II, III e IV. d) II, III e IV. e) III e IV.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


25. PUC-RS O ditado popular que melhor sintetiza as idéias expressas no cartum é:a) “O feitiço virou contra o feiticeiro.” d) “Quando um não quer, dois não brigam.”b) “Quem tudo quer tudo pode.” e) “Devagar se vai ao longe.”c) “Se queres a paz, prepara-te para a guerra.”26. Univali-SC12Ouça um bom conselhoQue lhe dou de graçaInútil dormirQue a dor não passaEspere sentadoOu você se cansaEstá provadoQuem espera nunca alcançaOuça meu amigoDeixe esse regaçoBrinque com meu fogoVenha se queimar“BOM CONSELHOFaça como eu digoFaça como eu façoAja duas vezes antes de pensarCorro atrás do tempoVim de não sei ondeDevagar é que não se vai longeEu semeio o ventoNa minha cidadeVou para rua e bebo a tempestade”Chico BuarqueAo compor o texto, o autor se preocupou em:a) contradizer sistematicamente os conselhos populares em situações absurdas;b) enfatizar a sabedoria que se exprime através de provérbios;c) utilizar-se de provérbios para expressar sua concordância ou discordância diante defatos da vida;d) inadvertidamente o compositor apresenta situações nas quais os ditos populares vãode encontro à realidade;e) através de um jogo de palavras, o autor procura confundir o leitor.INSTRUÇÃO: Com base no texto, julgue os itens da questão 27.GABARITOIE não foi só ele.Milhares de brasileiros pendurarãoas chuteiras mais cedo porproblemas cardiovasculares.IIHoje, 20% da população adultabrasileira é hipertensa,12% é diabética e 30% temcolesterol elevado.IIIEssas doenças, associadasa tabagismo, obesidade, estresse“Tão novo e já pendurou as chuteirase vida sedentária levam ao óbitopor problemas cardiovasculares,que correspondem a 32% de todos os óbitos.IVNão seja mais uma vítimadas doenças cardiovasculares.VProcure seu médico e sigaa sua orientação.”Líder em soluçõesVeja. 23/06/99, p. 153.IMPRIMIR27. UFMT( ) A polissemia presente no título do texto se revela pelos sentidos diversos que ele sugere.( ) A leitura do texto desfaz a polissemia do título atribuindo-lhe o sentido da morte.( ) O sentido da palavra hoje é encontrado na primeira parte do texto, daí ser umelemento anafórico.( ) Em Ele é um novo homem, o adjetivo novo apresenta sentido igual ao do título do texto.( ) Na última parte do texto, o pronome possessivo sua provoca certa ambigüidadeque pode ser desfeita se substituído por dele.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


INSTRUÇÃO: A partir da leitura do texto, julgue os itens da questão 8.“A VIDA MODERNA OFERECE TV DIGITAL, CELULAR, INTERNET E O JEEP GRAND CHEROKEEPARA VOCÊ FUGIR DISSO TUDO.Jeep Grand Cherokee. A partir de R$ 55.400.O mundo tem lugares onde você pode viver emoções muito maiores do que ir e vir do trabalho.E o Jeep Grand Cherokee dá liberdade para você seguir qualquer trilha. Ele tem motor 4.0L HighOutput, tração Quadra-Trac ® 4x4 permanente, duplo air-bag, freios a disco nas quatrorodas com ABS e suspensão “Up Country” para você chegar onde ninguém chegou. Além decâmbio automático e ar-condicionado para você chegar lá inteiro. Jeep Grand Cherokee. Avida moderna em favor da vida de verdade.Jeep ®Só Existe Um.”Veja, 11/10/98.1328. UFMT( ) A propaganda defende a idéia de que a tecnologia é insuficiente para o homem serfeliz na vida moderna.( ) A tese que sustenta o texto é a de que se a vida moderna propicia não só altatecnologia como também possibilidades de se fugir.( ) A expressão “onde ninguém chegou” pode significar sucesso profissional.( ) Os argumentos utilizados para convencer o leitor se baseiam nos atrativos da vidamoderna e não no objeto em si da propaganda.( ) A palavra trilha refere-se unicamente a caminhos pouco percorridos.29. Unifor-CE“Façam a festacantem dancemque eu faço o poema duroo poema-murrosujocomo a miséria brasileira.”Nos versos acima, o poeta Ferreira Gullar:a) defende uma poesia voltada para o canto e a exaltação dos sentimentos líricos;b) expõe sua condição de artista marcado pelo desejo de participação social;c) opõe a poesia que ele faz à poesia dos que se preocupam com temas políticos;d) deixa claro que suas opções estéticas coincidem com as dos poetas concretistas;e) adota uma visão de mundo muito semelhante à da poesia de Manuel Bandeira.GABARITO30. U. Potiguar-RN“SonetoPálida, à luz da lâmpada sombria,Sobre o leito de flores reclinadaComo a lua por noite embalsamada,Entre as nuvens do amor ela dormia!Era a virgem do mar! na escuna friaPela maré das águas embalada!Era um anjo entre nuvens d’alvoradaQuem em sonhos se banhava e se esquecia!Era mais bela! o seio palpitando...Negros olhos as pálpebras abrindo...Formas nuas no leito resvalando...Não te rias de mim, meu anjo lindo!Por ti – as noite eu velei chorando,Por ti – nos sonhos morrerei sorrindo!”IMPRIMIRO texto acima é um poema de Álvares de Azevedo, autor que, segundo Mário de Andrade,sofre muito o prestígio romântico da mulher. O amor sexual lhe repugnava. Há nosoneto uma contradição entre as imagens que caracterizam a mulher. Aponte-a:a) De um lado, a mulher é pálida sobre o leito e, de outro lado, anjo entre nuvens.b) Num momento, a mulher caracteriza-se pela pureza e, em outro momento, pela nudeze sensualidade.c) Em princípio, a surpresa da visão da mulher amada; num segundo momento, a revelaçãode que apenas é uma lavadeira.d) Inicialmente, o sofrimento das noites de vigília; em seguida, a fuga pelo sonho e pela morte.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


Leia atentamente o texto abaixo para responder às questões de 31 a 33.“ConsoadaQuando a Indesejada das gentes chegar O meu dia foi bom, pode a noite descer.(Não sei se dura ou coroável),(A noite com seus sortilégios.)Talvez eu tenha medo.encontrará lavrado o campo, a casa limpa,Talvez eu sorria, ou diga:A mesa posta,– Alô, iniludível! Com cada coisa em seu lugar.”Manuel Bandeira. In: Os melhores poemas de Manuel Bandeira. São Paulo: Global,1984.31. Uniube-MG Para o poeta a palavra Indesejada se refere à:a) Amada. b) Visita. c) Morte. d) Noite.32. Uniube-MG Por que o poeta cumprimenta a Indesejada das gentes, chamando-a deiniludível?a) Porque ela é fácil de se enganar. c) Porque aparece toda noite.b) Porque não poupa ninguém. d) Porque é amiga do poeta.1433. Uniube-MG Com relação à estrutura, o poema pode ser dividido em duas partes:I. a primeira, que mostra incerteza do poeta, expressa pelos advérbios de negação edúvida, e a segunda, que apresenta certeza expressa pelo tom afirmativo dos verbos;II. a primeira, que revela segurança e certeza quanto ao futuro, e a segunda, que apresentadúvida e descontrole emocional;III. a primeira, que mostra coragem e segurança para enfrentar o desconhecido, e a segunda,que revela a felicidade de um dia de trabalho;IV. a primeira, que mostra o poeta despreparado para o que lhe espera, e a segunda, querevela sua ousadia e destemor diante da vida.O item que melhor caracteriza essa divisão é:a) I. b) II. c) III. d) IV.34. Univali-SC Compare os versos de Manual Bandeira e Vinícius de Moraes, sobre o tema:Mulheres.GABARITOIMPRIMIR“MulheresComo as mulheres são lindas!Inútil pensar que é do vestido...E depois não há só as bonitas:Há também as simpáticas.E as feias, certas feias em cujos olhos vejo isto:Uma menininha que é batida e pisada e nunca sai da cozinha.Como deve ser bom gostar de uma feia!”BANDEIRA, Manuel. In: Libertinagem.“Receita de mulherAs muito feias que me perdoemMas beleza é fundamental. É precisoQue haja qualquer coisa de flor em tudo isso.(...)Seja bela ou tenha pelo menos um rosto que lembre um templo eSeja leve como um resto de nuvem...”Vinícius de Moraes.Sobre os textos, pode-se afirmar que:a) os dois textos são ambíguos na abordagem do tema;b) ambos os textos vêem apenas belezas, embora diferentes, nas mulheres;c) enquanto o primeiro texto fala só na beleza infantil, o segundo aborda a beleza damulher madura;d) embora falem sobre o mesmo assunto, os dois textos revelam posicionamentos antagônicos;e) os textos abordam temáticas diferentes.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


35. PUC-PR“Nada mais diferente (...) entre o biscoito de Proust e o embrulho do pai. A madeleine trouxe ogosto que leva ao passado geral, ao passado anterior ao passado, ao passado depois do passado,ao passado ‘ao lado’ do passado.O biscoito abriu as portas do tempo – do tempo perdido. Ora, o meu caso, ou melhor, o ‘meu’embrulho não abre nada, muito menos o tempo. Se abria alguma coisa era o espaço – até então,nunca pensara organizadamente na única pessoa, no único personagem, no único tempo de umhomem que, não sendo eu, era o tempo do qual eu mais participara.”15Assinale a alternativa que identifica e explica a referência feita ao episódio da “madeleine”na obra de Proust, criando uma relação com Quase memória, de CarlosHeitor Cony:a) É uma similaridade e provoca a percepção de que tempo e espaço são valores diferentes.b) É uma comparação que demonstra as leituras do autor.c) É um caso de intertextualidade e serve para estabelecer relações na cadeia de leiturase de escrita literária.d) É um caso de referencialidade porque faz referência a um livro do passado.e) É um caso de associação de idéias, pois a noção de passado é a mesma nos dois autores.O texto publicitário que você lerá abaixo foi extraído de Isto é, de 7 jun. 2000. As questões36 e 37 referem-se a ele.“Quando a gente deixa as criançasexperimentarem, se sujarem,elas aprendem maise se desenvolvem melhor.É por isso que estamos lançandoo novo Omo Multi Ação.Uma fórmula inovadora queage nos primeiros instantes dalavagem, removendo manchasde gordura como nenhum outro.Omo Multi Ação está aindamais eficiente porque sabe, assimcomo você, que seu filho precisade liberdade para aprender.Novo Omo Multi Ação.Porque não há aprendizadosem manchas.”GABARITOIMPRIMIR36. UFGO Além de veicular informações sobre o produto, a linguagem publicitária procurapersuadir o consumidor.Com base nessa informação e na leitura do texto, pode-se afirmar que:( ) liberdade de ação e aprendizagem infantil, idéias deduzidas do início do texto,estabelecem relação de causa e conseqüência.( ) o vocábulo outro, em “como nenhum outro”, refere-se a um elemento extratextual,pois não remete a nenhum termo explicitamente presente no texto.( ) a palavra ainda, em “Omo Multi Ação está ainda mais eficiente”, indica que, só apartir de agora, o produto foi aprovado pelo consumidor.( ) o vocábulo manchas aparece no texto com dois sentidos diferentes, ou seja, o primeiroé denotativo e o segundo, conotativo.37. UFGO Acerca da organização das frases, é possível afirmar que:( ) o trecho “removendo manchas de gordura como nenhum outro” NÃO pode sersubstituído por “que remove manchas como nenhum outro”, pelo fato de causarincoerência.( ) o segmento “Quando a gente deixa as crianças experimentarem, se sujarem”, apresentadona abertura do texto, serve para destacar a atitude desejável de um consumidorideal.( ) os vocábulos “elas” e “se”, apresentados no primeiro período do texto, remetem àexpressão “as crianças”.( ) a oração “Porque não há aprendizado sem manchas” estabelece uma relação dedependência com frase “Novo Omo Multi Ação”.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


INSTRUÇÃO: A partir da leitura do texto, julgue os itens da questão 38.“TOURODe 21/4 a 20/5Você está curando suas velhas feridas e aprendendo a confiar de novo na vida. A dinâmicado mês é o aprofundamento das relações e a expressão das emoções. Você poderá contribuircom o parceiro, ampliando a intimidade e a cumplicidade do casal. Vida íntima emalta: dê vazão à sua sensualidade. Com Marte transitando em seu signo, este é um mês deação e decisões: hora de colocar projetos em prática, o que lhe trará entusiasmo. Para isso,conte com os amigos. É tempo também de investir “no social”: lute com a velha preguiçade sair e vá ao encontro das pessoas. Terá que enfrentar algum mal-estar passageiro que aobrigará a ter mais cuidado com a saúde. No trabalho, confusão: espere até poder expressarsuas idéias.”Marie Clarie, maio de 1998.1638. UFMT( ) A organização desse texto se calca em conselhos, ora implicitamente ora diretamente.( ) Há no texto uma única marca lingüística que mostra ser o interlocutor você feminino.( ) O lugar comum investir no social tem o sentido usual reiterado por referir-se aconselho.Texto para as questões 39 e 40.“LínguaGosto de sentir minha língua roçarA língua de Luís de CamõesGosto de ser e de estarE quero me dedicarA criar confusões de prosódiaE uma profusão de paródiasQue encurtem doresE furtem cores como camaleõesGosto do Pessoa na pessoaDa rosa no RosaE sei que a poesia está para a prosaAssim como o amor está para a amizadeE quem há de negar que esta lhe é superiorE quem há de negar que esta lhe é superiorE deixa os portugais morrerem à minguaMinha pátria é minha línguaFala MangueiraFala!Flor do Lácio sambódromoLusamérica latim em póO que querO que pode esta língua (...)A língua é minha PátriaE eu não tenho Pátria: tenho mátriaEu quero frátria”GABARITOIMPRIMIRVELOSO, Caetano. Língua. Velô-Caetano e a Banda Nova. PolyGram, 1984.39. UFPE Leia as afirmativas abaixo sobre as idéias apresentadas no texto.1. Em “Gosto de ser e de estar”, a idéia de plenitude, desejada pelo autor, é expressacom os verbos “ser” e “estar”, que implicam o aspecto do ser permanente e do sertransitório.2. Utilizando a expressão “Fala mangueira”, grito de guerra de uma escola de samba, oautor alude à idéia de que, sendo “pátria”, uma língua expressa os valores culturais deseu povo.3. O verso “Lusamérica latim em pó” alude não só à pulverização do latim que deuorigem às línguas latinas como à divisão-união de Portugal e Brasil.4. Os neologismos “mátria” e “fátria” disfarçam o sentimento de união que o autor pretendeesteja envolvido na sua percepção de “língua”.Está(ão) correta(s) apenas:a) 1, 2 e 3. d) 2.b) 1, 3 e 4. e) 3 e 4.c) 2 e 4.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


1740. UFPE Os enunciados abaixo referem-se aos recursos utilizados na criação de Língua.1. Com os versos “E sei que a poesia está para a prosa/Assim como o amor está para aamizade”, o autor estabelece uma relação de proporcionalidade.2. O autor incorpora à sua canção elementos relacionados à expressão sensorial, como“roçar”, “dores”, “cores”.3. Nos versos “Gosto do Pessoa na pessoa/Da rosa no Rosa” o autor utiliza o recurso dainversão.4. Nas expressões “confusões de prosódia”, “profusão de paródias” e “furtem cores comocamaleões”, perpassa a idéia comum de “pluralidade”.Estão corretas:a) 1, 2 e 3 apenas.b) 1 e 4 apenas.c) 1, 2, 3 e 4.d) 2 e 4 apenas.e) 3 e 4 apenas.41. UFBA“À despedida do seu mau governoGABARITOIMPRIMIRSenhor Antão de Souza de Menezes,Quem sobe a alto lugar, que não merece,Homem sobe, asno vai, burro parece,que subir é desgraça muitas vezes.A fortunilha autora de entremezesTranspõe em burro o herói, que indigno cresce,Desanda a roda, e logo o homem desce,que é discreta a fortuna em seus reveses.Homem sei eu que foi Vossenhoria,Quando o pisava da Fortuna a Roda,Burro foi ao subir tão alto clima.Pois vá descendo do alto, onde jazia;verá quanto melhor se lhe acomodaser homem em baixo, do que burro em cima.”MENDES, Cleise Furtado. Senhora Dona Bahia: poesia satírica de Gregório de Matos. Salvador: EDUFBA, 1996. p. 63.O discurso da sátira contida no soneto pode ser assim sintetizado:01. Um mau governo é fruto da falta de senso do povo que o escolhe.02. É tão fácil conquistar um alto posto quanto é fácil dignificá-lo.04. A irracionalidade em proveito de alguns representa a satisfação de muitos.08. À ascensão social deverá corresponder o mérito pessoal.16. A glória indevidamente conquistada rebaixa o indivíduo em vez de exaltá-lo.32. É preferível o anonimato a um destaque que desabone o homem.64. Em terra de incompetentes, o menos incompetente reina.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


Leia atentamente o texto abaixo para responder às questões de 42 a 44.18“Valsinha1. Um dia ele chegou tão diferente2. Do seu jeito de sempre chegar.3. Olhou-a de um jeito muito mais quente4. Do que sempre costumava olhar5. E não maldisse a vida tanto6. Quanto era seu jeito de sempre falar.7. E nem deixou-a só num canto8. Pra seu grande espanto9. Convidou-a pra rodar.10. Então ela se fez bonita11. Como há muito tempo não queria ousar12. Com seu vestido decotado13. Cheirando a guardado14. De tanto esperar15. Depois os dois deram-se os braços16. Como há muito tempo17. Não se usava dar18. E cheios de ternura e graça19. Foram para a praça20. E começaram a se abraçar.21. E ali dançaram tanta dança22. Que a vizinhança toda despertou23. E foi tanta felicidade24. Que toda a cidade se iluminou25. E foram tantos beijos loucos26. Tantos gritos roucos27. Como não se ouviam mais28. Que o mundo compreendeu29. E o dia amanheceu em paz.”MORAES, Vinícius de e HOLANDA, Chico Buarque de. Chico Buarque de Holanda. São Paulo,Abril Educação, 1980. p. 30-I. (Literatura Comentada).GABARITOIMPRIMIR42. Uniube-MG Sobre o texto, só não se pode afirmar que:a) o texto estabelece uma relação de semelhança entre a dança, o jogo amoroso e asrelações humanas;b) o gesto amoroso da dança começa no interior da casa e atinge o mundo;c) o gesto amoroso da dança produz o efeito de instaurar a paz entre os seres humanos;d) o conceito de amor implícito no texto não inclui o prazer físico entre os personagens.43. Uniube-MG Leia as asserções a seguir para responder à questão abaixo:I. A expressão “pra”, nos versos 8 e 9, traz marcas de oralidade.II. Nos versos 21 e 22 estabelece-se uma relação de conseqüência.III. A expressão “ali”, no verso 21, refere-se à palavra cidade.IV. Este é um texto narrativo que relata uma transformação.A alternativa que traz os números das asserções corretas é:a) I e II. c) I, III e IV.b) III e IV. d) I, II e IV.44. Uniube-MG A expressão “seu jeito” (verso 6) tem como referente:a) o narrador. c) ele.b) o autor. d) ela.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


Instrução: Responder às questões de 45 a 46 com base nos textos 1 e 2.TEXTO 1“A vida em Barretos nunca mais foi a mesma depois que peão de boiadeiro virou caubói emúsica caipira passou a ser chamada de country. Integrada ao calendário das maiores comemoraçõesnacionais, a 44ª Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos está para abrir as porteiras, estilizandoa rotina do campo para o fascínio de legiões urbanas. (...) É uma multidão de turistas vestidosa caráter e apelidados de “peões de butique”. Chegam de todos os cantos do país, enfiados emcalças jeans, imaculadas botas de couro, cintos e chapéus vistosos. Os boiadeiros urbanos caprichamna indumentária (chegam a importá-la) e vivem uma fantasia que só fica a dever ao Carnavalcarioca em termos de público e opulência. No Carnaval, reis e princesas sonham até a Quartafeirade Cinzas. Em Barretos, imagina-se domar perigosos touros e potros ariscos.”Adaptado de: Época – Especial “Nós, brasileiros”, 24/05/99, p. 102.TEXTO 219Charge de lotti, Zero Hora, Porto Alegre, 24/01/99.GABARITOIMPRIMIR45. PUC-RS A problemática comum aos textos 1 e 2 é:a) a crescente valorização da vida rural no Brasil;b) o obstinado apego do homem do campo às suas tradições;c) a evidente influência do que vem de fora sobre o brasileiro;d) a pacífica convivência entre o antigo e o novo Brasil moderno;e) a saudável popularização dos costumes gaúchos em outros centros do Brasil.Instrução: Responder à questão 15 analisando as afirmativas sobre os textos 1 e 2.I. A charge (texto 2) destina-se a um público mais restrito, pois faz alusão a um fatorecente de repercussão regional.II. Para uma adequada compreensão do texto 2, é necessário levar em conta dados contextuais,como veículo de divulgação, local e data.III. Enquanto o texto 1 visa principalmente a informar o leitor, o texto 2 pretende mobilizarseu humor, a partir de uma informação que esse já tem.IV. Apesar de não utilizar frases exclamativas como o gaúcho da charge, o autor do texto1 expressa um grau de indignação equivalente.46. PUC-RS A alternativa que contém apenas afirmativas corretas é:a) I e II. d) I, II e III.b) I e III. e) I, II, III e IV.c) II e IV.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


Texto para a questão 47.20GABARITOIMPRIMIR“TESTEAvalie suas chances de obter um emprego.Existem vários fatores que fazem uma pessoa ter maior ou menor facilidade para encontrar umbom emprego. Assinale o número de pontos que você tem em cada fator e some tudo no finalpara obter sua pontuação no teste.CURSOS COMPLEMENTARESVocê fez...• pós-graduação lato-sensu;• mestrado;• doutorado;• um curso de especialização.CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICASeu domínio é...• bom – 15 pontos• médio – 8 pontos• ruim – zeroFORMAÇÃO ACADÊMICAVocê completou...• até o ensino médio – 40 pontos• até a faculdade – 60 pontosINGLÊSSua fluência é...• boa – 15 pontos• média – 8 pontos• ruim – zeroCaso você fale uma terceira língua, acrescente 20 pontos se tem um bom domínio dela, ou 10pontos, se tem um domínio regular.Sua imagem perante os colegas de trabalho é...• boa – 30 pontos• média – 15 pontos• ruim – zeroSeus conhecimentos técnicos dentro da profissão...• bons – 25 pontos• médios – 13 pontos• ruins – zero”47. UnB-DF Julgue se os itens a seguir apresentam, por meio de estruturas gramaticalmentecorretas, informações coerentes com o teste do texto.( ) quem tiver cursos complementares de pós-graduação será menos valorizado nomercado de trabalho.( ) Conhecimentos de inglês são importantes, mas se forem substituídos por outroidioma – como, por exemplo, espanhol – a valorização será maior.( ) Todo candidato que tiver conhecimentos técnicos ruins e domínio de informáticamédio terá “pontuação no teste” inferior a dez.( ) A pontuação atribuída a uma boa imagem perante os colegas de trabalho corresponde:a de um curso de mestrado ou a de uma boa fluência em inglês acrescida dade um bom domínio de conhecimentos de informática.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


Texto para as questões 48 e 49.“Às vezes, gosto de viabilizar o Universo como a superfície de uma lagoa, cheia de vitóriasrégias,as belas plantas flutuantes que aparecem em bandos, arquipélagos de ilhas verdes detamanhos e formas variados. Cada planta é uma galáxia, e cada grupo de plantas é um agregadode galáxias. Claro, esse é um modelo bidimensional do Universo, pois estou me restringindo avisualizar a superfície da lagoa. Uma outra diferença importante é que o Universo está em expansão,as distâncias entre galáxias e seus aglomerados, sempre aumentando, enquanto, em geral,lagoas não costumam estar em expansão. De qualquer forma, a imagem vale, senão pela suaprecisão, pelo seu poder evocativo.”GLEISER, Marcelo. “As maiores estruturas do Universo”.In: Folha de S. Paulo, 27 ago. 2000. p. 29. Mais!2148. U. Salvador-BA A confissão do autor tem por objetivo revelar:a) uma grande sensibilidade, ao englobar duas realidades antagônicas na busca da harmoniauniversal;b) um momento de percepção da realidade, através de um discurso poético, metafórico;c) a emoção em face da semelhança entre o mundo da fantasia e o real;d) a preocupação com questões de ordem ecológica e transcendental.e) a exuberante natureza amazônica.49. U. Salvador-BA Por inferência, o texto permite afirmar:a) Há múltiplas formas de enxergar o mundo.b) O espaço físico do mundo palpável é uniforme.c) As lagoas e as vitórias-régias são a síntese de um universo delimitado.d) A amplitude do universo é inversamente proporcional à imaginação do homem.e) O cosmo é constituído de espaços específicos para serem contemplados pelo artista.50. Unifor-CEGABARITOIMPRIMIR“Uma nova carta de CaminhaSenhor,Posto que outros escreveram a Vossa Excelência sobre a nova do achamento dessa vossa terranova, não deixarei também de dar conta disso a Vossa Excelência, o melhor que eu puder, aindaque – para o bem contar e falar – o saiba fazer pior que todos. Tome Vossa Excelência minhaignorância por boa vontade e creia bem por certo que, para alindar ou afear, não porei aqui maisdo que aquilo que vi e me pareceu.A terra em si é de muitos bons ares. Águas são muitas, infindas. E em tal maneira é graciosaque, querendo-a aproveitar, é só estimular o turismo. Hotéis não há muitos, mas os poucos queexistem são confortáveis, especialmente o que nos foi oferecido. E que não houvesse mais queuma pousada, isso bastaria.”SCLIAR, Moacyr. Folha de S. Paulo. 17/05/99.Considere as seguintes afirmações:I. Há, no primeiro período, considerando-se o uso atual, uma infração à norma culta,quanto à relação entre o pronome possessivo e o pronome de tratamento.II. Registra-se um propósito do narrador no sentido de se ater a um relato fiel a suasconstatações e impressões pessoais.III. No segundo parágrafo, há uma referência nova, ausente no relato da carta original dePero Vaz de Caminha.Está correto, em relação ao texto, o que se afirma em:a) somente II.b) somente I e II.c) somente I e III.d) somente II e III.e) I, II e III.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


51. U.F. Uberlândia-MG Leia o poema seguinte e assinale a alternativa incorreta.Barriga de minha pernaonde estás?na barriga do gorilaDedos de minha mãoonde estão?na barriga do gorilaLobos de minha orelhaonde estais?“Macunaíma nos ajudena barriga do gorilaCabeça do meu pau?na barriga do gorilaMeu alegre coraçãoonde estás?na barriga do gorila”SCHWARZ, Roberto, 26 poetas hoje.22a) O poema não se refere à obra Macunaíma, de Mário de Andrade; é tão somente umabrincadeira que o poeta faz, dentro do universo irreverente da poesia marginal.b) O poema refere-se à obra Macunaíma, recuperando o episódio em que o herói comecarne da perna de Curupira.c) O título do poema está na 1ª. pessoa do plural, enquanto o poema em sua totalidadeestá escrito na 1ª. pessoa do singular. Considerando que o sujeito lírico expõe sentimentosque poderiam ser nossos o título do poema não está inadequado.d) O poema sugere que o “gorila”, metáfora de uma situação ou de um ente abominável,tem-nos espoliado bens físicos e espirituais: a capacidade de andar, escrever, ouvir,pensar e sentir.Para responder às questões de números 52 a 54, leia os textos a seguir.Texto 1“Se um certo homem vem a ter cem ovelhas e uma delas se perder, não deixará ele as noventae nove sobre os montes e irá à procura daquela que se perdeu? E, se por acaso a encontrar,certamente vos digo que se alegrará mais com ela do que com as noventa e nove que não seperderam. Do mesmo modo, não é algo desejável para meu Pai, que está no céu, que pereça umdestes pequenos.”Tradução do Novo Mundo das Sagradas Escrituras. Mateus 18:12.GABARITOIMPRIMIRTexto 2“Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado,Da vossa piedade me despido,Porque, quanto mais tenho delinqüido,Vos tenho a perdoar mais empenhado.Se basta a vos irar tanto um pecado,A abrandar-vos sobeja um só gemido,Que a mesma culpa, que vos ha ofendido,Vos tem para o perdão lisonjeado.Se uma ovelha perdida, e já cobradaGlória tal, e prazer tão repentinoVos deu, como afirmais na Sacra História:Eu sou, Senhor, a ovelha desgarradaCobrai-a, e não queirais, Pastor Divino,Perder na vossa ovelha a vossa glória.”MATOS, Gregório de. Poesia Barroca. São Paulo: Melhoramentos.52. F.M. Triângulo Mineiro-MG A idéia do Texto 1, à qual Gregório de Matos recorre,corresponde à:a) preocupação de Deus com todos os que seguem os seus ensinamentos;b) ira que Deus mostra em relação aos que pecam e deixam de seguir o caminho divino;c) expiação dos pecados para aqueles que ferem os ensinamentos do Criador;d) exaltação da sabedoria de Deus, que exclui da salvação os que se desviam do santo caminho;e) preocupação especial de Deus com os que pecam e desviam-se do caminho divino.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


53. F.M. Triângulo Mineiro-MG O verbo destacado no Texto 1 significa:a) morra. d) peque.b) sofra. e) padeça.c) se perca.2354. F.M. Triângulo Mineiro-MG Pode-se entender, do texto 2, que Gregório Matos:a) reconhece seus pecados, mas não se arrepende deles, razão pela qual acredita que nãoserá salvo;b) conversa com o Senhor, explicando-lhe que é uma ovelha tão importante quanto asdemais e, por isso, merece a salvação;c) suplica pela salvação divina, pois está arrependido de todos os pecados que cometeudurante a sua vida;d) argumenta, chantageando o Senhor, pois, se Ele não o salvar entrará em contradiçãocom a Sagrada Escritura;e) submete-se à vontade de Deus, deixando que Ele decida se o salva ou não.55. Univali-SC“Opções diferentes no EstadoGABARITOEntre tantas datas comemorativas, algumas passam quase em branco e outras são exaustivamentelembradas. O Dia do Museu, comemorado hoje, talvez não precise de uma grande festanacional, mas pode servir de momento de reflexão sobre a existência dessas instituições surgidasna antigüidade, “para conservar, estudar, valorizar pelos mais diversos modos, e sobretudo exporpara deleite e educação do público, coleções de interesse artístico, histórico e técnico”, conformea definição do dicionário Aurélio. Santa Catarina possui cerca de 100 museus, de acordo com umlevantamento da Gerência de Organização de Museus da Fundação Catarinense de Cultura. Elesestão espalhados por pelos menos 50 cidades.A palavra museu, vem do grego “mouseon”, que significa templo de musas. E as musas escolhidasnos municípios catarinenses são as mais variadas. Muitos museus são dedicados à históriade cidade na qual estão sediados. Mas há também os arqueológicos, antropológicos, de artes, dearmas, erguidos em homenagem à cerveja, ao vinho ou aos insetos, os religiosos, ecológicos,oceanográficos, os que reverenciam a colonização ou profissões, entre tantos outros que chegama impressionar pela variedade de temas científicos e culturais.”SILVA, Marco Aurélio. Jornal de Santa Catarina, 18/05/00.Sobre o texto, assinale a alternativa correta.a) O objetivo do texto é explicar morfologicamente o significado da palavra museu.b) O texto preocupa-se em lembrar a importância de todas as datas comemorativas.c) É um texto informativo sobre uma data comemorativa pouca lembrada.d) O autor se utiliza da narração para argumentar sobre a necessidade dos museus.e) O texto sugere que os museus de Santa Catarina não são valorizados, visitados e respeitadospelos catarinenses porque não há quem os preserve.IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


Texto para as questões 56 e 57:“A carta de Pêro Vaz de Caminha24Num dos trechos de sua carta a D. Manuel, Pêro Vaz de Caminha descreve como foi ocontato entre os portugueses e os tupiniquins, que aconteceu em 24 de abril de 1500: “OCapitão, quando eles vieram, estava sentado em uma cadeira, aos pés de uma alcatifa porestrado; e bem vestido, com um colar de ouro, muito grande, ao pescoço (...) Acenderam-setochas. E eles entraram. Mas nem sinal de cortesia fizeram, nem de falar ao Capitão; nem aninguém. Todavia um deles fitou o colar do Capitão, e começou a fazer acenos com a mão emdireção à terra, e depois para o colar, como se quisesse dizer-nos que havia ouro na terra. Etambém olhou para um castiçal de prata, e assim mesmo acenava para a terra, e novamentepara o castiçal, como se lá também houvesse prata! (...) Viu um deles umas contas de rosário,brancas; fez sinal que lhas dessem, folgou muito com elas, e lançou-as ao pescoço, e depoistirou-as e meteu-as em volta do braço, e acenou para a terra e novamente para as contas epara o colar do Capitão, como se davam ouro por aquilo. Isto tomávamos nós nesse sentido,por assim o desejarmos! Mas se ele queria dizer que levaria as contas e mais o colar, isto nãoqueríamos nós entender, por que não lho havíamos de dar! E depois tornou as contas a quemlhas dera. E então estiraram-se de costas na alcatifa, a dormir sem procurarem maneiras deesconder suas vergonhas, as quais não eram fanadas; e as cabeleiras delas estavam raspadase feitas. O Capitão mandou pôr por baixo de cada um seu coxim; e o da cabeleira esforçavasepor não a estragar. E deitaram um manto por cima deles; e, consentindo, aconchegaram-see adormeceram.”COLEÇÃO BRASIL 500 ANOS. Fasc. I, Abril, SP, 1999.Vocabulário:Alcatifa – tapete, carpete.Fanadas – murchas.Coxim – almofada que serve de assento.GABARITOIMPRIMIR56. UFSC De acordo com o texto, assinale a(s) proposição(ões) verdadeira(s).01. Pêro Vaz de Caminha, um dos escrivães da armada portuguesa, escreve para o Reide Portugal, D. Manuel, relatando como foi o contato entre os portugueses e ostupiniquins.02. Em E eles entraram. Mas nem sinal de cortesia fizeram, nem de falar ao capitão,nem a ninguém, fica implícito que os tupiniquins desconheciam hierarquia ou categoriasocial lusitanas.04. O trecho ... e acenou para a terra e novamente para as contas e para o colar doCapitão, como se davam ouro por aquilo. Isto tomávamos nós nesse sentido, porassim o desejarmos, evidencia que havia problemas de comunicação entre portuguesese tupiniquins.08. Nada, na embarcação portuguesa, pareceu despertar o interesse dos tupiniquins.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.57. UFSC A propósito do texto, é correto afirmar que:01. A expressão ...folgou muito com elas... pode ser substituída por divertiu-se muitocom as contas do rosário.02. Os tupiniquins, bastante comunicativos, falaram aos marinheiros que havia muitariqueza na terra descoberta.04. Pelo trecho ...E também olhou para um castiçal de prata, e assim mesmo acenavapara a terra... entende-se que os tupiniquins estavam dentro da embarcaçãoportuguesa.08. Os tupiniquins ficaram constrangidos com a presença dos portugueses e logo abandonaramo navio.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


Texto para as questões 58 e 59.25GABARITOIMPRIMIR“A história oficial tem sido contada do ponto de vista dos dominadores e não dos dominados.Essa perspectiva se inverte na entrevista abaixo, publicada na revista Isto é (21/7/99, p. 7-11), emque o índio tapuia Kaká Werá Jecupe analisa os 500 anos do descobrimento do Brasil, sob aótica dos que habitavam o Novo Mundo quando os colonizadores europeus aqui chegaram, e falado seu livro A terra dos mil povos. Apresentamos, a seguir, trechos dessa entrevista.ISTOÉ - O Brasil está se preparando para comemorar seus 500 anos. Para os povos indígenas,são anos de descoberta ou de invasão?Kaká - De desencontro. Desencontro que provocou e continua provocando situações gravíssimas.A realidade atual indígena não é fácil. Ainda hoje, em grandes áreas do País, é na base dotiro. Os interesses que provocam essas ações continuam os mesmos interesses econômicos: Hojehá um elemento a mais que são as indústrias farmacêuticas multinacionais que estão praticando abiopirataria, roubando todo o conhecimento ancestral que os povos indígenas detêm a respeitode ervas medicinais.ISTOÉ - E qual é a razão desse desencontro?Kaká - A semente desse desencontro está na sociedade que tem na sua estrutura de cultura aquestão do ter e encontrou uma cultura aqui voltada para o ser.ISTOÉ - Os europeus chegaram trazendo o progresso, trataram aqui como primitivos. Comovocê pensa essa relação?Kaká - Para quem fundamenta a sua cultura no teor, a noção de progresso está a ver ao seuredor o acúmulo de bens materiais. A noção de progresso dos indígenas está em desenvolver asua capacidade criativa, a sua expressão no mundo. É preciso que a civilização olhe para os índioscom menos prepotência, até para perceber que ela está em colapso. (...)ISTOÉ - Nesses 500 anos, com o desaparecimento de centenas de etnias, qual foi o maiorpatrimônio que o Brasil já perdeu?Kaká - O patrimônio da sabedoria. O brasileiro não sabe da sua própria cultura. Tem todo ummodelo insistindo no imaginário que vê o índio como um pobre coitado. Esses 500 anos oferecema possibilidade de rever as suas raízes, ter a percepção desse patrimônio.ISTOÉ - Há um trecho em seu livro, A terra dos mil povos, em que você escreve: “De acordo coma nossa tradição, uma palavra pode proteger ou destruir uma pessoa. Uma palavra na boca écomo uma flecha no arco.” O que significa exatamente a palavra para o índio?Kaká - Para o tupi-guarani, ser e linguagem são uma coisa só. A palavra tupuy designa ser. Aprópria palavra tupi significa em pé. Nosso povo enxerga o ser como um som, um tom de umagrande música cósmica, regida por um grande espírito criador, o qual chamamos de Namandu-ruetê,ou Tupã, que significa o som que se expande. Um dos nomes da alma é neeng, que tambémsignifica fala. Um pajé é aquele que emite neeng-porã, aquele que emite belas palavras. Não nosentido de retórica. O pajé é aquele que fala com o coração. Porque fala e alma são uma coisa só.É por isso que os guaraniscayowas, por ilusão dessas relações com os brancos, preferem recolhera sua palavra-alma. Se matam enforcados (como vem acontecendo há cerca de dez anos, emDourados, em Mato Grosso do Sul) porque a garganta é a morada do ser. Por aí você pode ver quea relação da linguagem com a cultura é muito profunda para o tupi-guarani. (...)”58. UFMS Marque a(s) proposição(ões) verdadeira(s), de acordo com os trechos da entrevistaque você acabou de ler.01. Para Kaká Jecupe, a tensão entre índios e brancos é um problema deste final deséculo, motivado pelo acirramento de interesses econômicos.02. A biopirataria mencionada na entrevista consiste no roubo de ervas medicinais indígenaspelas indústrias farmacêuticas multinacionais.04. A base do desencontro entre índios e brancos está nos valores assumidos por cadauma dessas culturas, que são respectivamente o ter e o ser.08. A noção do progresso relacionada ao ser desloca a questão do acúmulo de bensmateriais para a do aprimoramento da criatividade.16. Na opinião do escritor tapuia, ver o índio de forma menos prepotente levaria a civilizaçãoatual a voltar o olhar sobre si mesma para avaliar sua própria situação.32. A representação do índio como “pobre coitado” é um dos estereótipos cultivadospelo imaginário nacional.64. Os 500 anos de Brasil significam, para as etnias indígenas desaparecidas, a oportunidadede resgatar sua raízes culturais dilapidadas pelo progresso.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


As questões de números 62 a 64 referem-se ao texto que segue.“Natal 1961Deslocados por uma operação burocrática – o recenseamento da terra – a Virgem e o carpinteiroJosé aportam a Belém.“Não há lugar para essa gente”, grita o dono do hotel onde se realiza um congresso internacionalde solidariedade.O casal dirige-se a uma estrebaria, recebido por um boi branco e um burro cansado do trabalho.Os soldados de Herodes distribuem elementos radioativos a todos os meninos de menos de doisanos.Uma poderosa nuvem em forma de cogumelo abre o horizonte e súbito explode.O menino nasce morto.”MENDES, Murilo. Conversa portátil. Poesia completa e prosa.Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1944. p. 1486.2762. Unifor-CE Pode-se inferir que o autor do texto:I. Atualiza a história de Cristo, adaptando o sentido da paixão cristã às duras condiçõesde vida nas grandes cidades.II. Faz ver que, em nossa era, o advento de um Cristo seria impossível, em vista dasatrocidades em que os homens se especializaram.III. Ironiza a corrida armamentista, comparando-a a fatos narrados em passagens bíblicas.Está correto somente o que se afirma em:a) I. d) I e II.b) II. e) II e III.c) III.63. Unifor-CE Anacronismo. S.m. 1. Confusão de data quanto a acontecimentos oupessoas.Com base na definição acima, do Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, oautor se vale intencionalmente de um anacronismo quando associa:a) a Virgem e o carpinteiro José à cidade de Belém;b) a fala do dono de um hotel à realização de um congresso;c) soldados de Herodes a elementos radioativos;d) nuvem em forma de cogumelo a súbita explosão;e) uma estrebaria a um boi branco e um burro cansado.GABARITOIMPRIMIR64. Unifor-CE O texto apresenta-se de forma predominantemente:a) narrativa, com narrador em terceira pessoa;b) narrativa, com narrador em primeira pessoa;c) descritiva, sobretudo nos três primeiros parágrafos;d) descritiva, sobretudo nos três últimos parágrafos;e) dissertativa, pois se apóia em argumentos encadeados.65. Unifor-CE Atente para as seguintes afirmações:I. Na crônica moderna, o cotidiano pouco ou nenhum interesse tem; o que importa sãoas emoções profundas e intemporais do homem, anotadas em estilo elegante.II. No romance, mais do que no conto ou na novela, as personagens ganham amplodesenvolvimento, as tramas se cruzam e os espaços de ação se multiplicam.III. No conto, o reduzido espaço narrativo obriga o narrador a selecionar e a concentraras ações essenciais de suas poucas personagens num tempo quase sempre bastantelimitado.Está correto o que se afirma em:a) II, somente; d) II e III, somente;b) I e II, somente; e) I, II e III.c) I e III, somente;VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


Texto para as questões de 66 a 69.“Certo milionário brasileiro foi traído pela esposa. Quis gritar, mas a infiel disse-lhe sem medo:– “Eu não amo você, nem você a mim. Não temos nenhum amor a trair”. O maridobaixou a cabeça. Doeu-lhe, porém, o escândalo. Resolveu viajar para a China, certo de quea distância é o esquecimento. Primeiro, andou em Hong Kong. Um dia, apanhou o automóvele correu como um louco. Foi parar quase na fronteira com a China. Desce e percorre, apé, uma aldeia miserável. Viu, por toda a parte, as faces escavadas da fome. Até que entrana primeira porta. Tinha sede e queria beber. Olhou aquela miséria abjeta. E, súbito, vêsurgir, como num milagre, uma menina linda, linda. Aquela beleza absurda, no meio desordidez tamanha, parecia um delírio. O amor começou ali. Um amor que não tinha fim,nem princípio, que começara muito antes e continuaria muito depois. Não houve uma palavraentre os dois, nunca. Um não conhecia a língua do outro. Mas, pouco a pouco, o brasileirofoi percebendo esta verdade: – são as palavras que separam. Durou um ano o amorsem palavras. Os dois formavam um maravilhoso ser único. Até que, de repente, o brasileiroteve que voltar para o Brasil. Foi também um adeus sem palavras. Quando embarcou, ele aviu num junco que queria seguir o navio eternamente. Ele ficou muito tempo olhando.Depois não viu mais o junco. A menina não voltou. Morreu só, tão só. Passou de um silêncioa outro silêncio mais profundo.”RODRIGUES, Nelson. A cabra vadia: novas confissões.São Paulo: Companhia das Letras, 1995.2866. UERJ Há uma contradição aparente entre as passagens “um amor que não tinha fim” e“durou um ano o amor sem palavras”.Essa aparente contradição se desfaz se procurarmos interpretar o texto relacionando-oaos seguintes versos da poesia brasileira:a) “quando o amor tem mais perigoé quando ele é sincero” (Cacaso).b) “Que não seja imortal, posto que é chamaMas que seja infinito enquanto dure” (Vinícius de Morais).c) “e se te fujo é que te adoro loucoés bela – eu moço; tens amor – eu medo! ...” (Casimiro de Abreu).d) “não é pois todo amor alvo divino,e mais aguda seta que o destino?” (Carlos <strong>Dr</strong>ummond de Andrade).GABARITOIMPRIMIR67. UERJ A esposa do milionário convenceu o marido.Para apresentar o seu argumento de uma forma completa, ela poderia utilizar a seguinteconstrução:a) “Toda traição envolve outro amor, ora, eu amo outro; logo, eu não amo você”.b) “Só se trai a quem se ama; ora, eu não te amava nem você me amava; logo, eu não tetrai”.c) “Na dívida entre o amor e a traição eu escolhi, como mulher, o amor; logo, você nãose deve sentir traído”.d) “Como você não me amava nem eu a você, ninguém tem culpa dessa traição; logo,cada um deve seguir a sua vida”.68. UERJ O pequeno conto de Nelson Rodrigues narra o improvável encontro entre ummilionário brasileiro e uma menina miserável do interior da China.O caráter improvável desse encontro pode ser lido como uma metonímia que tem funçãocentral na constituição do sentido do texto.Essa função é a de:a) revelar as obsessões do autor;b) marcar as repetições da narrativa;c) negar um amor para afirmar outro;d) ressaltar a dificuldade dos encontros amorosos.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


69. UERJ O narrador de um conto assume determinados pontos de vista para conduzir oseu leitor a observar o mundo sob perspectivas diversificadas.No conto de Nelson Rodrigues, a narrativa busca emocionar o leitor por meio do seguinterecurso:a) expressa diretamente o ponto de vista do personagem milionário;b) expressa de maneira indireta o ponto de vista da personagem chinesa;c) alterna o ponto de vista do personagem milionário com o do narrador;d) alterna o ponto de vista do personagem milionário com o da personagem chinesa.70. Univali-SC“Agonia pública29Na cama, de olhos semicerrados, a boca aberta no esforço desesperado por ar, a cabeça semcabelos, os olhos salientes pela magreza do doente terminal. No colo dele, uma fotografia tiradaapenas dois meses antes daquele momento final. Na imagem, um homem robusto, musculoso ede farta cabeleira loira aparece com o filho pequeno nos braços. A divulgação das fotos chocantesfoi o último desejo do moribundo, Bryan Lee Curtis, um americano de 34 anos devastado pelocâncer nos pulmões. O motivo para tornar pública a própria agonia foi a esperança de servir dealerta sobre os malefícios do cigarro. Enquanto agonizava, em 3 de junho, sua mãe ligou para oSt. Petersburg Times, jornal da cidade de St. Petersburg, na Flórida, pedindo a presença de umfotógrafo. Às 11h56, Bryan morreu em casa, ao lado da mãe, da mulher, Bobbie, e do filho BryanJr., de 2 anos. Em poucos dias, o retrato de sua morte espalhou-se pelo mundo. (...)”Revista Veja, 30 de junho de 1999.Sobre o texto acima pode-se afirmar:a) Observa-se a predominância de figuras de linguagem que realça a narrativa.b) É um texto poético com intuito de relatar o drama vivido por um paciente terminal.c) É um texto jornalístico com elementos descritivos para caracterizar a situação do doente.d) É um pequena dissertação argumentativa contra o uso do tabaco.e) É pura e simplesmente uma narração.71. Univali-SC“A reconstrução de AnitaGABARITOIMPRIMIRAna Maria de Jesus Ribeiro mudou de nome e carimbou seu passaporte para a História aos 18anos, quando abandonou o primeiro marido, um sapateiro, para embarcar no navio comandadopelo revolucionário italiano Giuseppe Garibáldi (1807–1882). Virou Anita. Dez anos depois, em 4 deagosto de 1849 – há exatos 150 anos –, com a cabeça a prêmio e perseguida pelo Exército austríaco,morreu nos braços de Garibáldi, numa fazenda em Mandriole, 400 quilômetros ao nordeste deRoma, na Itália. Lá, é venerada como heroína da unificação. Mas, no Brasil, onde nasceu e combateuao lado de rebeldes republicanos na Revolução Farroupilha (1835–1845), é quase desconhecida.Tanto que só passou a existir, oficialmente, há três meses. Só no último dia 11 de maio, o cartóriode Laguna, em Santa Catarina, por iniciativa da Câmara Municipal, expediu o chamado mandado deregistro de nascimento tardio. O documento afirma que Ana Maria de Jesus Ribeiro nasceu emLaguna, em 30 de agosto de 1821. Ninguém sabe se a data e o local estão corretos. Naquela épocanão existia certidão de nascimento e o chamado “assento de batismo” jamais foi encontrado.”MARKUN, Paulo. Superinteressante, agosto de 1999.Observe as afirmações abaixo:I. O autor isenta-se de opinar a respeito do assunto.II. O autor chama a atenção para a desvalorização em relação à história de Anita Garibáldi.III. O texto é um relato poético da vida de Anita Garibáldi.IV. Este trecho sintetiza um pouco a vida heróica de Anita.V. Os parágrafos narram a trajetória da heroína catarinense Anita Garibáldi.Estão de acordo com o texto:a) somente a II. d) II, IV e V.b) I e III. e) somente a V.c) somente a III.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


72. Univali-SC“As armadilhas da lógica30(...) Ele lecionava lógica de segunda a sábado para uma turma, digamos, efervescente. Aborrecidocom o mau desempenho de seus discípulos, um dia perdeu a paciência: “A partir de agora,vocês terão uma prova toda semana”, anunciou peremptoriamente. E ressaltou: “Como na vida otempo é escasso e bem determinado, eu só avisarei de véspera que o teste será realizado. Assim,os senhores terão no máximo 24 horas para se preparar, e nada mais”. Assustados, os jovens seremexeram em suas carteiras. Um deles, porém, manteve a impassividade de quem tinha a certezade ter encontrado uma brecha lógica.Depois de esperar que o evidente mau humor do mestre passasse, o jovem ponderou: “<strong>Prof</strong>essor,rigoroso, porém justo e lógico como o senhor tem sido, quero acreditar que nunca poderá nosdar tal prova”. Antes que todos saíssem do estado de curiosidade e espanto, emendou. “O senhor,para ser coerente, nunca poderá reservar o sábado para nos testar, pois, como ele é o últimodia com aulas na semana, ao terminarmos as aulas da quinta-feira e percebermos que não nosavisaram da prova da sexta-feira, então saberemos com 48 horas de antecedência que ela sópoderá ser no sábado, contrariando sua própria norma de termos no máximo um dia de preparo”.“Parece-me justo”, afirmou o professor, que podia ser rigoroso mas não impermeável a um bomargumento.O estudante, no entanto, ainda não tinha terminado. “Se o senhor concorda, então, que osábado está descartado, isso significa que sexta-feira é o último dia para aplicar o teste”, raciocinou.“Assim, ao terminar a nossa aula de quarta-feira, se o senhor não nos avisar do teste naquinta, logo descobriremos, com 48 horas disponíveis, que a prova será na sexta-feira, contrariandomais uma vez a regra imposta”.Não foi necessário prosseguir. O mestre percebeu que havia caído numa armadilha da lógica aoformular uma regra impossível de ser coerentemente seguida. Pelo mesmo critério, ficariam prejudicadosos demais dias da semana. (...)”Luiz Barco.GABARITOIMPRIMIRApós a leitura do trecho acima, retirado da revista Superinteressante de maio de 1999,pode-se pressupor que o autor pretende:a) fazer que os professores não se utilizem da “prova” para forçar seus alunos a estudar;b) mostrar que há lógica matemática até em pequenas situações do dia-a-dia;c) reafirmar que o “aluno sempre tem razão”;d) provar que o cálculo realizado pelo aluno está equivocado;e) chamar a atenção para a lógica como armadilha, portanto, não deve ser usada emtodos os casos.73. Unb-DF O texto poético pode servir de base ao texto publicitário; porém, às vezes, éeste que fundamenta aquele. Relacionando essa observação ao texto acima, julgue ositens que se seguem.( ) O texto é uma paródia da embalagem original de um produto.( ) O modo como foi desenhada a letra inicial de “Clichetes” permite a leitura musical,financeira e política da mensagem.( ) No texto, “MASCARAR” está para mascar assim como “MENTAL” está paramenta.( ) Esse é um texto característico da literatura que se propagou no Brasil a partir de1922 como uma espécie de crítica ao imperialismo norte-americano.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


74. UFGO O poema abaixo é de José Paulo Paes.“À IMPROPRIEDADEDe cearense sedentáriobaiano lacônicomineiro perdulárioDeus nos guarde.De carioca cerimoniosogaúcho modestopaulista preguiçosoDeus nos livre e guarde.”Interpretando-se os sentimentos do poema, pode-se afirmar que:( ) em seu sentido global, o poema reafirma os estereótipos a respeito dos diversostipos de brasileiro.( ) o poema construído com antíteses parcialmente implícitas: ao conceito de “cearensesedentário”, por exemplo, opõe-se “cearense migrante”.( ) o poema é bem-humorado por causa das inversões de sentido utilizadas pelo autor.( ) o título “À impropriedade” funciona como um ornamento dispensável ao texto,sem manter assim relações de sentido com o poema.INSTRUÇÃO: Leia atentamente o texto e julgue os itens das questões de 75 a 77.31GABARITOIMPRIMIRNa espuma das ondasAs meninas se lançamAs cadeiras redondasOnde as ondas se amansamTodo dia é na praiaTodo minuto é pra umTodo dia é todo o tempoO tempo todo, tempo algumEu passei lá na vilaEle é de Vila IsabelMeu nego meu jongoHoje eu chego na barra do céuVocê me entendaDança de Oxum é assimSe joga no mundoCai nas ondas e volta para mimHoje é final de séculoHoje é um dia qualquer“UM DIA QUALQUER - 66583624(Chico Amaral)Você vai ao cinemaOu toma um foguete, ou toma um caféHoje bobagem, dramaHoje é um dia comumVocê deita na camaCom os pés no século vinte e umEntão corre pra verEntão fica para verEntão corre pra verBeleza do mundo descerToda rua começaOnde acaba o meu malDe conversa em conversaEu já passei da capitalEra um filme domingoPenas do paraísoEu só guardo o que me ensinouque tocar é preciso”(CD–SKANK)75. UFMT( ) Lendo somente as palavras em negrito, pode-se perceber que a imagem devida do eu lírico permanece inalterada mesmo com a proximidade do séculovinte e um.( ) No texto, predomina a narração com a manutenção da unidade temática.( ) A linguagem do texto é marcada pela logicidade e linearidade.( ) O texto ressalta a uniformidade da formação cultural brasileira: branca, européia e cristã.76. UFMT( ) Na primeira estrofe, concretiza-se uma paródia do célebre poema de Bandeira: “aonda anda/aonde anda/a onda?”.( ) Há também na primeira estrofe um traço erotizante traduzido pela imagem ...cadeiras...onde as ondas se amansam.( ) O espraiar das ondas é sugerido pela reiteração de fonemas nasais em toda a estrofeprimeira.( ) A última linha do texto estabelece intertextualidade com os versos “Navegar é preciso/viver não é preciso”, revelando, assim como estes, o sentido da vida para o eu lírico.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


77. Unifor-CE“Bem quisera ter mais intimidade com ela, falar-lhe de minhas dúvidas, de minhas fraquezas, demeus receios. Mas somos nesta casa uma família de estranhos. Assalta-me freqüentemente aimpressão de que vivemos num alojamento de emigrantes, que só a língua têm em comum.Revolto-me contra mim mesmo, pois suponho ser em parte o causador desse mal-estar. Minhanatureza cria embaraços à aproximação de uns aos outros. Vivem constrangidos, sem liberdade,como que em presença de um inválido.”O trecho acima apresenta características evidentes de:I. Narração em primeira pessoa, com predomínio do tom reflexivo e de marcas de análisepsicológica.II. Dissertação, voltada para a exterioridade das ações e marcada por um tom de convicção.III. Prosa poética, apoiada em figuras de linguagem e empenhada na expressão do mundoimaginário em que vive o autor.Está correto somente o que está caracterizado em:a) I. b) II. c) I e II. d) I e III. e) II e III.As questões de números 78 a 80 baseiam-se no texto abaixo.32“Hoje não escrevoChega um dia de falta de assunto. Ou, mais propriamente, de falta de apetite para os milharesde assuntos.Escrever é triste. Impede a conjugação de tantos outros verbos. Os dedos sobre o teclado, asletras se reunindo com o maior ou menor velocidade, mas com igual indiferença pelo que vãodizendo, enquanto lá fora a vida estoura não só em bombas como também em dádivas de todanatureza, inclusive a simples claridade da hora, vedada a você, que está de olho na maquininha. Omundo deixa de ser realidade quente para se reduzir a marginália, purê de palavras, reflexos noespelho (infiel) do dicionário.(...)Que é isso, rapaz. Entretanto, aí está você, casmurro e indisposto para a tarefa de encher opapel de sinaizinhos pretos. Conclui que não há assunto, quer dizer: que não há para você, porqueao assunto deve corresponder certo número de sinaizinhos, e você não sabe ir além disso, nãocorta na verdade a barriga da vida, não revolve os intestinos da vida, fica em sua cadeira assuntando,assuntando. Então hoje não tem crônica.”Carlos <strong>Dr</strong>ummond de Andrade.GABARITOIMPRIMIR78. Unifor-CE Considere as seguintes afirmações:I. A ação de escrever priva, por vezes, o escritor de usufruir de coisas simples do cotidiano.II. Não basta haver variedade de assunto; escrever exige predisposição e inspiração.III. O escritor empenha-se em produzir textos de qualidade superior à daqueles escritospor simples falantes da Língua.Está correto, em relação ao texto, o que se afirma em:a) somente II; d) somente II e III;b) somente I e II; e) I, II e III.c) somente I e III;79. Unifor-CE De acordo com o último parágrafo do texto:a) momentos de reflexão são importantes para que o assunto venha a ocupar a mentedaquele que escreve;b) escrever bem implica sensibilidade e talento na percepção da matéria a ser exploradana escrita;c) a indisposição para a tarefa de encher o papel de sinaizinhos pretos é própria daspessoas casmurras;d) a falta, bem como a abundância de assunto, depende das condições intelectuais daqueleque escreve;e) letras e escritor embaralham-se no momento de passarem a expressão das idéias parao papel.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


80. Unifor-CE No fragmento “reflexos no espelho (infiel) do dicionário”, o adjetivo infieldenota que:a) nem sempre o significado dicionarizado das palavras satisfaz plenamente a busca daqueleque escreve;b) as palavras dicionarizadas perdem a essência de seu significado, uma vez contextualizadas;c) o emprego adequado da palavra decorre da atividade de consulta ao dicionário;d) há matizes de significado entre as palavras arroladas na mesma série sinonímica;e) o escritor não pode dispensar o auxílio do dicionário – o que lhe garante a perfeiçãodo texto.As questões de 81 a 84 referem-se ao seguinte texto:“Os Jardins33Sempre olhei para os jardins com doçura e gratidão. Eles são as minhas aldeias. Tão sossegados!Só nos jardins há amores-perfeitos. Aquele jardim era meu amigo. Tinha umaárvore, um jardineiro risonho, mas triste, com qualquer coisa de gato e de mulher. E tinhacanteiros de rosas. Era um Jardim sereno. Sábado. Quem pode vai para fora. Os outrosficam aqui mesmo. Imagine o campo, logo mais. A noite caindo sem desastres. O cheiro deterra. Uma voz de água no silêncio. Ah! dormir com o sentimento de pôr, nos olhos e nasmãos, amanhã, bem cedo a luz que desce de um céu imenso perdido, luz cheia de sombrasde asas. Lembro-me dela. Ela pousa, primeiro, nas árvores, como se dissesse – Bom-dia!Chega, depois até a gente tão simples, tão igual, como se convidasse – Não quer andar?Este desejo de viver no campo, que enche de ar refrigerante os meus sentimentos, não veioda cidade, com certeza. Veio, talvez, do tempo. Hoje, “ir para fora” tem um sentido maislibertador. Que bom ver outra vida! Que bom ouvir a outra face do disco!... É preciso gostarda vida. A vida arranja tudo pelo melhor, às vezes na realidade. Às vezes na imaginação,realidade de uso interno.”Álvaro Moreyra.81. Cesgranrio “Eles são as minhas aldeias. Tão sossegados! Só nos jardins há amoresperfeitos.”No texto, as palavras destacadas conotam, respectivamente:a) esconderijo e flor silvestre; d) proteção e felicidade;b) lugarejo e beleza natural; e) segurança e incerteza.c) solução e realidade;GABARITOIMPRIMIR82. Cesgranrio A caracterização do jardineiro “com qualquer coisa de gato e de mulher”corresponde, semanticamente, a:a) meio arredio e misterioso; d) bastante descrente e desiludido;b) muito arredio e pouco confiável; e) com certa melancolia e pouca sinceridade.c) pouco desconfiado e muito observador;83. Cesgranrio O texto estrutura-se com períodos curtos. Semanticamente, essa construçãocaracteriza a:a) realidade e a expressão dos anseios do narrador;b) narração e a relação realidade-imaginação;c) sensibilidade e o contraste do sentimento com a razão;d) fantasia e a irrealização pessoal do narrador;e) reflexão e a progressiva introspecção do narrador.84. Cesgranrio A palavra ou expressão que marca o ingresso no imaginário é:a) “amores-perfeitos”. d) “céu imenso perdido”.b) “Sábado”. e) “luz cheia de sombras de asas”.c) “cheiro de terra”.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


85. Univali-SC“A Tecnologia aproxima os empresáriosTelefone e Internet são importantes ferramentasna hora de fechar negócios.As novas tecnologias da informação têm modificado a forma de os empresários apresentaremseus produtos ao mercado potencial e fecharem negócios. Os almoços e jantares com clientes sãocada vez menos freqüentes, sendo substituídos por apresentações e reuniões na empresa dofuturo cliente. “Hoje em dia muitos negócios são fechados por telefone, fax ou e-mail”, garanteo sócio gerente da Mega Sul Informática, empresa especializada em sistemas de automação comercial,Ingo Tirgarten. (...)A Mega Sul costuma apresentar seu produto na empresa do cliente em potencial e, a partir daí,o e-mail, o fax e o telefone são usados para manter contato permanente até o fechamento donegócio. (...)O presidente da empresa de seguros ADD Makler, Hans Dieter Didjurgeit, afirma que jantares ealmoços funcionam com mais eficiência no pós-venda (...)”34A idéia central do texto está na opção:a) Não se fazem mais negócios pelos métodos antigos, como almoços e jantares com ocliente em potencial.b) O telefone, o fax e o e-mail têm substituído muitos encontros com o cliente parafechamento de negócios.c) Há novas tecnologias no mercado que substituem o e-mail, o fax e o telefone.d) Todos os empresários, atualmente, sempre utilizam a tecnologia (telefone e internet)na hora de fechar negócios.e) A apresentação dos produtos que serão vendidos aos clientes devem ser apresentadovia e-mail, fax ou telefone.86. Univali-SC“Atenção ao estresse!GABARITOIMPRIMIRMas será que isso leva ao estresse? Estatísticas confiáveis dizem que pelo menos 30% dosbrasileiros sofrem de estresse, uma das tantas doenças modernas. A psicóloga Marilda Lipp afirma:“Sob tensão pesada, o ser humano rende maravilhosamente durante algum tempo. Depoiscapota”.Uns dizem que o culpado é o trabalho. Será que é mesmo? Será que não é o resultado de umacerta maneira de viver? O homem, afirma <strong>Aldo</strong> Colombo, trocou o dia pela noite, aboliu o Domingo,inventou a Internet, o celular..., e não desliga mais, é uma máquina nunca desligada: istoprovoca circuito e, por vezes, desliga mesmo!O homem desaprendeu a viver; não sabe mais distribuir corretamente as 24 horas, fazendo umacoisa de cada vez, mantendo assim o humor e a alegria de viver. Os pobres humanos que estão nolimiar do terceiro milênio devem reaprender a viver para não prepararem, para o Terceiro Milênio,uma sociedade totalmente estressada. É mais um desafio!”Missão Jovem, agosto de 1999.Observe as afirmações:I. 30% dos brasileiros sofrem de estresse.II. O estresse é uma doença moderna.III. A culpa para o estresse é não saber fazer uma coisa de cada vez.IV. O homem é uma máquina que nunca desliga.V. O desafio para o Terceiro Milênio é reaprender a viver.As idéias contidas no texto estão nos itens:a) I, II e IV. d) I, II e III.b) II, IV e V. e) todos os itens.c) II, III e V.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


87. UFPR Leia com atenção esta passagem introdutória de A Lógica da Investigação Científica(1934), de Karl Popper.“Costuma-se chamar de “indutiva” a uma inferência se ela passa de enunciados singulares(também chamados, algumas vezes, enunciados “particulares”), tais como as descrições dosresultados de observações ou experimentos, a enunciados universais, tais como hipóteses outeorias. Ora, de um ponto de vista lógico, está longe de ser óbvio que se justifique inferirenunciados a partir dos singulares, por mais elevado que seja o número destes últimos; poisqualquer conclusão que obtemos dessa maneira pode acabar sendo falsa: não importa quantasocorrências de cisnes brancos possamos ter observado, isto não justifica a conclusão deque todos os cisnes são brancos.”Segundo Popper, “indução” é: marque V (verdadeiro) ou F (falso).( ) A passagem de enunciados particulares a universais através de um inferência.( ) Um método físico para o exame tanto das partículas quanto do universo.( ) Um raciocínio cuja justificação lógica não é evidente.( ) Um método impróprio no caso da zoologia, mas não das demais ciências.( ) Um método lógico que nos permite concluir com segurança se certas teorias sãovalidadas pela observação.3588. Univali-SC“No antigo Egito, o gato foi honrado e enaltecido. Sendo considerado como um animal santo.Nesta mesma época, a gata transformou-se na representação da deusa Bastet, fêmea do deus solRá. (...) Na Europa, o gato se desenvolveu com as conquistas romanas. Ele foi admirado por suabeleza e dupla personalidade (ora um selvagem independente, ora um animal doce e afável), eapreciado ainda no século XI quando o rato negro invadiu a Europa. No século XIII desenvolveramseas superstições e o gato passou de criatura adorada a infernal, associada aos cultos pagãos e àfeitiçaria. A igreja lhe virou as costas. (...) No século XVIII ele voltou majestoso e em perfeitoacordo com os poetas, pintores e escritores que prestam homenagem à sua graça e à beleza deseu corpo.”Revista DC – Diário Catarinense – 25 de abril de 1999.GABARITOSão idéias presentes no texto:I. Enaltecer a figura do gato no mundo atual.II. Descrever a história dos gatos ao longo dos tempos.III. Justificar a importância dos gatos e dos ratos.IV. Citar superstições acerca dos gatos.V. Exemplificar as várias concepções a respeito dos gatos.VI. Metaforizar sobre os poderosos nos dias atuais.Dos itens acima, os que realmente caracterizam o texto são:a) II, IV e V. d) I, III e IV.b) I, II, III e VI. e) todos os itens.c) I, III e VI.IMPRIMIR89. UFMT( ) Ações corriqueiras são usadas no texto (estrofes 5 e 6) com intenção de apontar asalterações provocadas pela chegada do novo século.( ) Os sentidos das estrofes 6 e 7 contradizem a postura revelada até então pelo eulírico de atribuir desimportância à mudança de século.( ) Na estrofe 6, o verso Com os pés no século vinte e um revela o jogo feito ao longodo texto entre mudanças e não-mudanças pelo passar do século.( ) Uma leitura possível dos versos Era um filme domingo/Penas do paraíso volta-seaos filmes vistos aos domingos que versavam sobre a dualidade sofrimento e felicidade.( ) Na estrofe 8, percebe-se a preocupação do produtor do texto em registrar o sentidoliteral das palavras e expressões.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


Texto para as questões 90 e 91.36GABARITOIMPRIMIR“OUTRO BRASIL QUE VEM AÍ(Gilberto Freyre)1 Eu ouço as vozes2 eu vejo as cores3 eu sinto os passos4 de outro Brasil que vem aí5 mais tropical6 mais fraternal7 mais brasileiro.8 O mapa desse Brasil em vez das cores dos Estados9 terá as cores das produções e dos trabalhos.10 Os homens desse Brasil em vez das cores das três raças11 terão as cores das profissões e regiões.12 As mulheres do Brasil em vez das cores boreais13 terão as cores variamente tropicais.14 Todo brasileiro poderá dizer: é assim que eu quero o Brasil15 todo brasileiro e não apenas o bacharel e o doutor,16 o preto, o pardo, o roxo e não apenas o branco e o semibranco.17 Qualquer brasileiro poderá governar esse Brasil18 lenhador19 lavrador20 pescador21 vaqueiro22 marinheiro23 funileiro24 carpinteiro25 contanto que seja digno do governo do Brasil26 que tenha olhos para ver pelo Brasil,27 ouvidos para ouvir pelo Brasil,28 coragem de morrer pelo Brasil,29 ânimo de viver pelo Brasil,30 mãos para agir pelo Brasil,31 mãos de escultor que saibam lidar com o barro forte e novo dos Brasis.32 ...............33 Mãos todas de trabalhadores,34 pretas, brancas, pardas, roxas, morenas,35 de artistas36 de escritores37 de operários38 de lavradores39 de pastores40 de mães criando filhos41 de pais ensinando meninos42 de padres benzendo afilhados43 de mestres guiando aprendizes44 de irmãos ajudando irmãos mais moços45 de lavadeiras lavando46 de pedreiros edificando47 de doutores curando48 de cozinheiros cozinhando49 de vaqueiros tirando leite das vacas chamadas comadres de homens.50 Mãos brasileiras51 brancas, morenas, pretas, pardas, roxas52 tropicais53 sindicais54 fraternais.55 Eu ouço as vozes56 eu vejo as cores57 eu sinto os passos58 desse Brasil que vem aí.”VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


90. AEU-DF Julgue os itens abaixo, em relação à compreensão e à interpretação do texto.( ) O texto é uma apologia ao patriotismo, cujas exigências se baseiam inicialmenteno trabalho e no amor à prática e a seu povo.( ) De tom otimista, revela a crença do escritor em um Brasil mais justo e democrático.( ) Com “Todo brasileiro poderá...” (l. 14), “todo brasileiro e não apenas...” (l. 15), opoema expõe o seu desejo de que a eqüidade sempre supere as desigualdades.( ) As qualidades necessárias para se chegar à presidência do país deixam de ser acultura e a cor da pele e passam a ser os valores intrínsecos a um cidadão patriota.( ) Ao se referir aos “Brasis” (l. 31), Gilberto Freyre alude às tão diferentes realidadesque formam este país.3791. AEU-DF Julgue os itens seguintes, em relação à semântica e à estilística.( ) A passagem do verso “de outro Brasil que vem aí” (l. 4) para “desse Brasil que vemaí” (l. 58), no quarteto repetido que abre e encerra o poema, salienta o desejo de quea mudança esperada esteja em andamento.( ) O termo “boreais” (l. 12) alude à cor mestiça das mulheres brasileiras.( ) “Qualquer” (l. 17) tem, no texto, conotação pejorativa.( ) A ação de cada profissional no seu trabalho é realçada no poema pelas formas pleonásticase cognatas de verbos no infinitivo (l. 26 e 27) e no gerúndio (l. 40 a 48).( ) As “mãos” (l. 30, 31, 33 e 50) metonimicamente representam o labor e a solidariedadedos brasileiros.( ) O termo “sindicais” (l. 53) está associado à consciência de classe dos trabalhadoresbrasileiros.92. UFGOGABARITOIMPRIMIR“Segue-se um trecho, extraído do conto “Ecológica ”, de Moacyr Scliar.Isto aqui já foi muito bucólico, vocês sabem. A campina, os pássaros, a brisa, o riacho. Muitotranqüilo, antes.Agora, não. Agora, acontecem coisas. Por exemplo: dois pontos aparecem no horizonte. Vão seaproximando lentamente; por fim se definem. Trata-se de um casal. Ele, um homem gordo, deidade, usa terno branco, gravata vermelha e chapéu panamá; enxuga com um grande lenço orosto vermelho e suarento. (No terno branco reconheço o linho; fibras de plantas que uma vezcresceram num prado igual a este. Pobres fibras, pobres plantas.)A mulher também é gorda, e baixota. Também está suada, mas não se enxuga; resmungaconstantemente. Reconheço, no vestido da mulher, seda; substância extraída do casulo de larvas,e depois esticada, e depois tingida, e depois cortada, e costurada. Pobres larvas, pobre substância.Pobre seda.”Pela leitura do fragmento acima:( ) a narrativa organiza-se entre dois movimentos: um antes (o bucolismo) e um depois(a aparição do casal), mas o acontecimento, na história, é situado no presente.( ) no fragmento, a descrição é uma modalidade discursiva que permite a criação devisões de conjunto e de detalhe, aproximando-se, às vezes, da técnica cinematográfica.( ) o narrador, de 1ª pessoa, tenta envolver o leitor no episódio que está sendo narrado,dirigindo-se a ele; esse envolvimento tem como principal conseqüência o uso darepetição: “Pobres fibras, pobres plantas.” e “Pobres larvas, pobre substância. Pobreseda.” - que revela o sentimento de compaixão do narrador.( ) a metalinguagem é o processo que o narrador utiliza quando descreve o linho e aseda; o seu emprego propicia a expansão da narrativa.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


INSTRUÇÃO: A partir da leitura do texto, julgue os itens da questão 93.“O menino e o jacaréUma piada que circulou por aqui nos últimos dias dá a medida do engajamento político-ideológicodos portugueses. Conta-se que um redator do Diário estava visitando o zoológico quando viuum menino cair num lago onde havia um jacaré. Imediatamente imaginou a manchete:‘Administração incompetente dos socialistas de Mário Soares provoca morte de miúdo noparque.’De repente, porém, um cidadão arranca a camisa e atira-se na água.O redator imediatamente recriou a manchete:‘Camarada intrépido salva miúdo que ia ser comido por jacaré’.Infelizmente, para o redator do Diário, o camarada intrépido, entrevistado, revelou-se salazarista.A manchete mudou para:‘Fascista desumano tira alimento de jacaré faminto.”Isto é, 11/02/1981, p.15.3893. UFMT( ) O humor contido no texto apresenta um aspecto caricatural.( ) Das três manchetes criadas pelo redator, somente a primeira mantém relação desentido com um contexto político português.( ) Na terceira manchete, há uma intencional desconsideração pela vida da criança.( ) A referência “Isto é, 11/02/81, p. 15” torna ambíguo o sentido da palavra aqui naprimeira linha.( ) Há no texto marcas de diferenças lexicais entre o português do Brasil e o de Portugal.( ) O uso dos dois pontos, no texto, serve para introduzir uma explicação.94. UFSE-PSSGABARITO“Os vizinhos chegavam às janelas, vozeando furiosos contra semelhante berraria.— É o que sucede a quem mora perto de um João Coqueiro! bradou um da turma.— Quem mora junto ao chiqueiro sente o fedor da lama! gritou um segundo.— Queixe-se à Câmara Municipal! acudiu outro.E formidável matacão foi de encontro à vidraça iluminada do chalé de Amélia.Um dos vizinhos apitou e outro despediu um jarro de água sobre os desordeiros.Ouviu-se logo o estardalhaço impetuoso dos gritos, das descomposturas e do crepitar dos vidrosque se partiam sob um chuveiro de pedras.— Morra o infame! bramia a malta, já de carreira para o Largo do Machado. — Morra o cáften!João Coqueiro presenciara tudo aquilo, grudado a um canto da janela, mordendo os nós damão, os olhos injetados, o sangue a saltar-lhe nas veias.— Oh! Era demais, pensava ele desesperado. — Era demais tanta injúria! — Se Amâncio estivesseali, naquela ocasião, por Deus que o estrangulava!”AZEVEDO, Aluísio. Casa de Pensão.IMPRIMIRCom base no texto, assinale como verdadeiras as frases que fazem uma afirmação corretae como falsas aquelas em que isso não ocorre.( ) O trecho apresenta uma estrutura narrativa, pois indica situações diferentes, comvárias personagens e as alterações decorrentes dos fatos apontados.( ) Confere vivacidade e veracidade à afirmação do autor em “vozeando furiosos contrasemelhante berraria” o uso do discurso direto que se segue a ela.( ) “Quem mora junto ao chiqueiro sente o fedor da lama!” – a frase está empregadaem seu sentido denotativo.( ) As formas verbais chegavam e vozeando indicam ações pontuais ou que se efetuamrapidamente.( ) Um da turma bradou que era o que sucedia a quem morava perto de um JoãoCoqueiro. Essa é a transposição correta da 1ª fala do texto para o discursoindireto.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


95. UFSE-PSS“O avestruz está em alta. A fazenda Chalé da Serra, no município de Simião Dias, interior deSergipe, sempre teve como carro-chefe a criação de gado. Mas, nos últimos cinco anos, bois evacas começaram a dividir espaço com exóticos exemplares de um novo investimento: a estrutiocultura(é assim que se chama a criação de avestruzes). Já são 800 animais, cujo preço varia de1.500 reais, o filhote, a 8.000 reais, o adulto – dezesseis vezes mais que o preço de uma vaca.Compridos e desengonçados, os animais são um negócio de altíssimo rendimento. Uma fêmeacomeça a produzir aos 3 anos e é tratada apenas com capim e ração à base de soja e milho. Atévinte avestruzes podem ser criados no espaço de um hectare, área ocupada por um único boi napecuária extensiva. Além disso, cada fêmea gera em média quinze filhotes por ano, número idênticoao de toda a vida produtiva de uma vaca – e o período de fertilidade de um avestruz é superiora trinta anos. Nascido de um ovo que pesa aproximadamente 1,5 quilo, o avestruz atinge o pesode abate, em torno de 110 quilos, no prazo de doze meses.”Adaptado, Veja, 18 out. 2000, p. 77.Avestruz. Ave estrutioniforme, com seis espécies conhecidas. Tem as asas atrofiadas, apenasdois dedos em cada pé e é onívora; vive em zonas semidesérticas, na Arábia e na África. Atualmenteé a maior das aves.39Com base no texto, assinale como verdadeiras as frases que fazem uma afirmação corretae como falsas aquelas em que isso não ocorre.( ) A função da linguagem, em ambos os textos, é a mesma: predominantemente referencial.( ) O segundo texto, parte de um verbete de dicionário, é eminentemente descritivo.( ) Os dois segmentos introduzidos por um travessão são exemplos de oralidade, jáque correspondem a explicações inseridas pelo autor do texto.( ) Negócio e fêmea são palavras que recebem acento gráfico pela mesma razão gramatical.( ) A fertilidade de um avestruz é, em muito, superior a de uma vaca. – Não é necessárioo emprego do sinal de crase na palavra em negrito.96. U. Potiguar-RN“Uma galinhaGABARITOIMPRIMIREra uma galinha de domingo. Estava viva ainda porque não passava de nove horas da manhã.Tinha a aparência de estar calma, pois desde o sábado se encolhera num canto da cozinha.Foi uma surpresa quando os elementos da casa viram a galinha abrir as asas de curto vôo ealcançar a murada do terraço e fugir vacilante para a liberdade.A cozinheira deu um grito e o dono da casa levado pela necessidade de fazer esporadicamentealgum esporte e de almoçar começa a captura da galinha.O animal estava sozinho no mundo, fugindo sem saber pra onde. Até que finalmente foi alcançado:entretanto logo que foi levado de volta para a cozinha põe um ovo. Uma pequena meninanota o fato e começa a gritar:— Mamãe, mamãe, não mate mais a galinha, ela pôs um ovo! Ela quer nosso bem!Diante do fato novo, todos rodearam-na com uma atenção especial, a menina prometia nuncamais comer galinha, caso aquela fosse morta, depois do acontecido. A mãe é vencida pela filha ea galinha foi deixada viver.Entretanto, passadas algumas semanas, já esquecidos do fato, a família, indiferente, mata ecome a galinha.”No texto “Uma galinha”, de Clarice Lispector, analisando as características estilísticas,percebe-se claramente que:a) Os referentes semânticos e os signos estéticos são portadores de sons e formas que sedesvendam.b) Perfeito domínio do Português arcaico e contemporâneo.c) A tendência regionalista acaba assumindo a característica de experiência estética universal,compreendendo a fusão entre o real e o mágico.d) Mostra a personagem disposta numa determinada situação cotidiana que se preparapara um evento pressentido até ocorrer o desfecho, no qual se considera a situação davida da personagem, após o evento.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


Compare os textos 1 e 2 e responda às questões de números 97 e 98.40GABARITOTEXTO 1“Olhava eu o meu avô como se fosse ele o engenho. A grandeza da terra era a suagrandeza. Fixara-se em mim a certeza de que o mundo inteiro estava ali dentro. Não podiahaver nada que não fosse do meu avô. Lá ia o gado para o pastoreador, e era dele; lá saíamos carros-de-boi a gemer pela estrada ao peso das sacas de lã ou dos sacos de açúcar, etudo era dele; lá estavam as negras da cozinha, os moleques da estrebaria, os trabalhadoresdo eito, e tudo era dele. O sol nascia, as águas do céu se derramavam na terra, o rio corria,e tudo era dele. Sim, tudo era do meu avô, o velho Bubu, de corpo alto, de barbas, de olhosmiúdos, de cacete na mão. O seu grito estrondava até os confins, os cabras do eito lhetiravam o chapéu, o <strong>Dr</strong>. José Maria mandava buscar lenha para a sua cozinha no Corredor,e a água boa e doce nas suas vertentes. Tudo era do meu avô Bubu, o “Velho” da boca dostrabalhadores, o Cazuza da velha Janoca, o papai da Tia Maria, o meu pai da Tia Iaiá. Aminha impressão firme era de que nada havia além dos limites do Corredor. Chegavam delonge portadores de outros engenhos. Ouvia apitar o trem na linha de ferro. Apesar detudo, só havia de concreto mesmo o Engenho Corredor. (...)”LINS DO REGO, José. “Meus verdes anos”. In: Ficção completa.Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1976.TEXTO 2“A bem dizer, sou Ponciano de Azeredo Furtado, coronel de patente, do que tenho honra efaço alarde. Herdei do meu avô Simeão terras de muitas medidas, gado do mais gordo, pastodo mais fino. Leio no corrente da vista e até uns latins arranhei em tempos verdes da infância,com uns padres-mestres a dez tostões por mês. Digo, modéstia de lado, que já discuti e jogueino assoalho do Foro mais de um doutor formado. Mas disso não faço glória, pois sou sujeitolavado de vaidade, mimoso no trato, de palavra educada. Já morreu o antigamente em quePonciano mandava saber nos ermos se havia um caso de lobisomem a sanar ou pronta justiçaa ministrar. Só de uma regalia não abri mão nesses anos todos de pasto e vento: a de falaralto, sem freio nos dentes, sem medir consideração, seja em compartimento do governo, sejaem sala de desembargador. Trato as partes no macio, em jeito de moça. Se não recebo cortesiade igual porte, abro o peito:– Seu filho da égua, que pensa que é?Nos currais do Sobradinho, no debaixo do capotão de meu avô, passei os anos de pequenice,que pai e mãe perdi no gosto do primeiro leite. Como fosse dado a fazer garatujações e desabusadode boca, lá num inverno dos antigos, Simeão coçou a cabeça e estipulou que o neto devia serdoutor de lei:– Esse menino tem todo o sintoma do povo da política. É invencioneiro e linguarudo. (...)”CARVALHO, C. J. O coronel e o lobisomem.Rio de Janeiro: José Olympio, 1978.97. UERJ Identifique o foco narrativo adotado nos textos.98. UERJ Estabeleça uma comparação entre os textos quanto ao tratamento dado ao tema.Com base no texto 2, responda às questões de números 99 e 100.99. UERJ Transcreva a passagem do texto em que o personagem-narrador informa que ficouórfão.IMPRIMIR100. UERJ Descreva a caracterização que o texto faz da autoridade.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


Leia o texto a seguir e responda às questões.“Pecados do Século XXI41As versões modernas para a luxúria, a inveja, o orgulho, a ira, a avareza, a preguiça e a gula.Os setes pecados capitais do cristianismo – inveja, avareza, gula, preguiça, ira, orgulho e luxúria– adquiriram novas versões neste final de século. A maioria movida a compulsões por trabalho,consumo, sucesso, prazeres e lucro, valores de uma sociedade que trocou a existência natural peloacúmulo de sensações e de bens materiais. (...)O psicanalista Eduardo Losicer, um dos membros do Aspas (Associação de Pesquisadores eAnalistas da Subjetividade), que está à frente da pesquisa sobre as novas psicopatologias, explicaque o indivíduo contemporâneo obedece essencialmente a ordens externas, enquanto suas demandasinternas caem no vazio e dão origem às compulsões:– O paraíso atual é obrigatório. Não há mais a moralidade do pecado, na qual o pecador viviaum conflito interno entre ceder ou não à tentação. Não há possibilidade de escolha entre o céu eo inferno. Vivemos sob a moralidade dos mandados. São ordens que devem ser obedecidas, sobpena de exclusão do sistema. Esta é a ameaça. Vivemos hoje como se cada indivíduo fosse apenasum conjunto de leis, um superego.(...) Os indivíduos contemporâneos vêm sofrendo de ausência cada vez maior de vida interior.– Este vazio na alma dá origem a condutas compulsivas para preencher este vazio afetivo comdinheiro, roupas, trabalho, imagens de jornais, cinema e TV, bebida ou drogas pesadas. É precisopreencher um vazio existencial e afetivo.Para o antigo pecado capital da avareza, temos hoje o seu avesso: o consumismo desenfreadoe compulsivo do perdulário contemporâneo, para quem o que importa não é ser alguém, mas tertudo e, se possível, todos à sua volta. A criativa preguiça, tão elogiada pelos defensores da vidacontemplativa, prazerosa e lúdica, transformou-se em mania de trabalho. O pecado da luxúria,que levava homens e mulheres a pensar ou a fazer sexo em excesso, é hoje um hábito do telespectador:o voyeurismo. Quem tem ódio do Governo, do time rival ou do parceiro que lhe deu umfora debocha, ironiza e ridiculariza estes desafetos. Já não há mais lugar para a ira. O orgulho estáem baixa. Pouca gente se orgulha de si mesmo ou da vida que leva (...) todo mundo sabe que hojeem dia é fundamental se autopromover. Não resistir ao apelo de uma caixa de bombons importados...Este era o pecado da gula, praticamente superado por uma legião de mulheres que buscamum corpo cada vez mais magro e mais jovem. A aparência do bom moço, adotada por ídolos doesporte, executivos de empresas e apresentadores de TV, encobre um sujeito dissimulado quecumpre um papel preestabelecido. É a nova versão do invejoso, que já não deseja ser o outro, masalgo imaginário e, portanto, irreal.”CEZIMBRA, Márcia - O Globo, 16/05/99.GABARITOIMPRIMIR101. UFR-RJ No texto “Pecados do século XXI”, o autor pretende:a) expressar suas opiniões pessoais sobre a pesquisa desenvolvida pelo psicanalista EduardoLosicer;b) levar o receptor (leitor) a rejeitar as opiniões do pesquisador Eduardo Losicer;c) informar o receptor (leitor) sobre o trabalho do psicanalista Eduardo Losicer, relatandosuas conclusões;d) refletir sobre a natureza do código lingüístico, bem como sobre sua relevância nacaracterização do homem do século XXI;e) elaborar uma mensagem rica em musicalidade e figuras de linguagem.102. UFR-RJ Os valores dos indivíduos contemporâneos, segundo o texto, estão sendo determinadospelo(a):a) conflito interno entre ceder ou não à tentação;b) compulsão cada vez maior pela vida interior;c) Associação de Pesquisadores e Analistas da Subjetividade;d) determinação de alcançar o paraíso celeste;e) sensação de um vazio existencial e afetivo.103. UFR-RJ A pesquisa do psicanalista Eduardo Losicer, à qual o artigo se refere, atesta que:a) o homem contemporâneo se empenha em mudar os valores do século passado;b) a grande ameaça da sociedade está na subversão dos valores individuais;c) a punição da modernidade é a exclusão do sistema, equivalente ao inferno;d) a modernidade se caracteriza por ser um paraíso, sem noção de valores materiais;e) as novas versões para os sete pecados capitais apenas se explicam no campo do imaginário.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


104. Unioeste-PR Leia o texto a seguir:“Rudimentos em Inteligência SocialÉ hora do recreio e um bando de meninos atravessa correndo o gramado. José tropeça, machucao joelho e começa a chorar, mas os outros continuam a correr – menos Roberto, que pára.Enquanto diminuem os soluços de José, Roberto curva-se e massageia o próprio joelho, gritando:– Eu também machuquei o joelho!Roberto possui uma inteligência interpessoal exemplar. Parece que é extraordinariamente capazde reconhecer os sentimentos dos coleguinhas de brincadeiras e de estabelecer rápidas e suavesligações com eles. Só ele notou a situação de dor de José, e só ele tentou oferecer algum consolo,ainda que o máximo que pudesse fazer fosse esfregar o próprio joelho. Esse pequeno gesto revelaum talento para o relacionamento, uma aptidão emocional essencial para a preservação de relacionamentosestreitos, seja no casamento, com amigos ou numa parceria comercial. Essas aptidõesem pré-escolares são os botões de talentos que desabrocham pela vida afora.”Fragmento retirado, e adaptado, do texto “Rudimentos em InteligênciaSocial”, inserido no Capítulo “A Arte de Viver em Sociedade”,do livro Inteligência Emocional, de Daniel Goleman, p. 131.42É possível concluir, a partir do excerto exposto acima, que:01. crianças como Roberto se dão bem praticamente só com crianças problemáticas;02. a atitude de Roberto demonstra que o mesmo não se adapta a algumas brincadeiras ese sente feliz por assim proceder;04. crianças como Roberto tendem a ser melhores na interpretação de expressões faciais;08. crianças como Roberto conseguem detectar e intuir sentimentos, motivos e preocupaçõesdos outros, porque centram o problema unicamente em sua própria pessoa;16. para o autor, a preocupação de Roberto com o colega indica o grau elevado de suainteligência emocional;32. a atitude de Roberto não condiz com o esperado pelo coleguinha, pois simulou aprópria dor, em vez de ter oferecido ajuda concreta. Poderia, por exemplo, ter chamadoa professora;64. o relacionamento que Roberto estabeleceu com o coleguinha ferido indicou umapreocupação que foi altruísta.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.105. Univali-SCGABARITOIMPRIMIR“Guerra ao preconceitoPsicóloga diz que sociedade precisa respeitar os gays.Mesmo que não concorde com eles.Presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), a paulista Ana Bock é autora da resolução queproíbe os psicólogos brasileiros de tratar a homossexualidade como doença. Não se trata de umamedida isolada. ’O homossexualismo é apenas um dos assuntos que vamos atacar‘, diz. Seu objetivoé envolver os psicólogos numa espécie de compromisso com o bem-estar da sociedade e com osdireitos humanos. Ela está começando a sentir as conseqüências do vespeiro em que está se metendo.Desde que um deputado distrital de Brasília propôs a criação de banheiros separados para homossexuais(o primeiro deles será inaugurado no próximo mês numa cidade-satélite), Ana Bock temsido convocada pelas rádios para explicar como e por que isso está ocorrendo na capital da República.’É tão absurdo quanto querer criar banheiros especiais para deputados‘, protesta a psicóloga.”Veja, 26 de abril de 2000.Analise as afirmações abaixo:I. Ana Bock é autora da resolução que proíbe os psicólogos brasileiros de tratar a homossexualidadecomo doença.II. Serão criados banheiros especiais para deputados.III. Os psicólogos não têm compromisso com o bem-estar da sociedade e com os direitoshumanos.Está(ão) de acordo com o texto:a) a primeira afirmação; d) nenhuma das afirmações;b) a segunda afirmação; e) todas as afirmações.c) a terceira afirmação;VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


106. Cefet-PR Leia o seguinte trecho e, depois, responda:“Era esse dia domingo do Espírito Santo. Como todos sabem, a festa do Espírito Santo é uma dasfestas prediletas do povo fluminense. Hoje, mesmo que se vão perdendo certos hábitos, uns bons, outrosmaus, ainda essa festa é motivo de grande agitação; longe porém está o que agora se passa daquilo quese passava nos tempos a que temos feito remontar os leitores. A festa não começava no domingomarcado pela folhinha, começava muito antes, nove dias, cremos, para que tivessem lugar as novenas”.Extraído de Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida.Com relação ao texto, é correto afirmar que:a) os hábitos antigos é que eram bons;b) quem nasce no Espírito Santo é chamado de fluminense;c) com o passar do tempo, houve mudança nos festejos do Espírito Santo;d) durante a festa havia muita confusão;e) as novenas começavam sempre no domingo.INSTRUÇÃO: Leia atentamente o texto abaixo e julgue os itens das questões 107 a 109.43“A disciplina do amorFoi na França, durante a segunda grande guerra: um jovem tinha um cachorro que todos os dias,pontualmente, ia esperá-lo voltar do trabalho. Postava-se na esquina, um pouco antes das seis datarde. Assim que via o dono, ia correndo ao seu encontro e, na maior alegria, acompanhava-o com seupassinho saltitante de volta a casa. A vila inteira já conhecia o cachorro e as pessoas que passavamfaziam-lhe festinhas e ele correspondia, chegava a correr todo animado atrás dos mais íntimos. Paralogo voltar atento ao seu posto e ali ficar sentado até o momento em que seu dono apontava lá longe.Mas eu avisei que o tempo era de guerra, o jovem foi convocado. Pensa que o cachorro desistiu deesperá-lo? Continuou a ir diariamente até a esquina, fixo o olhar ansioso naquele único ponto, aorelha em pé, atenta ao menor ruído que pudesse indicar a presença do dono bem-amado. Assim queanoitecia, ele voltava para casa e levava sua vida normal de cachorro até chegar o dia seguinte. Então,disciplinadamente, como se tivesse um relógio preso à pata, voltava ao seu ponto de espera. O jovemmorreu num bombardeio, mas no pequeno coração do cachorro não morreu a esperança. Quiseramprendê-lo, distraí-lo. Tudo em vão. Quando ia chegando aquela hora ele disparava para o compromissoassumido, todos os dias. Com o passar dos anos (a memória dos homens!) as pessoas foram esquecendodo jovem soldado que não voltou. Casou-se a noiva com um primo. Os familiares voltaram-se paraoutros familiares. Os amigos, para outros amigos. Só o cachorro já velhíssimo (era jovem quando ojovem partiu) continuou a esperá-lo na sua esquina. As pessoas estranhavam, mas quem esse cachorroestá esperando?... Uma tarde (era inverno) ele lá ficou, o focinho voltado para aquela direção.”Lygia Fagundes Telles.GABARITOIMPRIMIR107. UFMT( ) O artigo indefinido, nas expressões “um jovem” e “um cachorro”, introduz as personagensna narrativa.( ) Fidelidade, amizade, afeição são as idéias centrais do texto.( ) O uso de mas, em “Mas eu avisei que o tempo era de guerra, o jovem foi convocado.”,quebra a seqüência narrativa e inicia o conflito da história.( ) Os elementos lá e aquela (última frase do texto) remetem à mesma significação.108. UFMT – Modificada( ) Com a frase “Pensa que o cachorro desistiu de esperá-lo?”, a autora busca maiorenvolvimento do leitor na narrativa.( ) A ênfase dada à persistência nas ações do animal contraria a idéia contida no título.( ) O tom poético do texto pode ser exemplificado pela metáfora presente em “... masno coração do cachorro não morreu a esperança”.( ) A personificação do cachorro se concretiza por expressões como: “o olhar ansioso”,“correr animado”, “na maior alegria”, “era jovem”.109. UFMT – Modificada( ) O texto pertence ao gênero narrativo, fazendo a crônica da fidelidade.( ) O narrador é onisciente – intruso: conhece todos os eventos e presentifica-se noenunciado.( ) O tempo da narração é o mesmo dos eventos narrados.( ) As personagens não são nomeadas porque o narrador quer evidenciar uma idéiamais que uma história em particular.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


Texto para as questões de 110 a 113.44“A Janela e o Menino(Resumo dos anos mais antigos do passado)A casa tinha um jardim e três janelas que davam para a rua. Duas ficavam fechadas, só seabriam aos domingos, ou em dias especiais. A outra dava para um aposento que era uma espéciede hall, não era sombrio como a outra sala que só se abria quando havia visitas, ou quandoalguma coisa de extraordinário acontecia no mundo ou dentro da própria casa.O menino descobriu a janela e a escolheu como seu lugar predileto. Podia ficar ali, era umaforma de estar metade protegido pela casa, metade envolvido com o mundo. Pelas manhãs, viapassar o leiteiro, o homem que afiava tesouras e facas, os outros meninos que iam para a escolalevando merendeiras – ele invejava as merendeiras dos outros meninos, imaginava o que elascontinham. Um dia, quando crescesse, levaria sempre uma merendeira consigo.Ao meio-dia, passava a leprosa que pedia esmolas. Tinha um lenço encardido em volta do rosto,escondendo o nariz deformado. O menino tinha pavor da leprosa, mas ficava fascinado pelapontualidade com que ela ia ao portão e apanhava a moedinha que o pai sempre deixava para ela,numa reentrância da grade.À tarde, passava o sorveteiro. À noite, quando todos começavam a ir para a cama, passava omoleque vendendo amendoim torradinho, a lata que servia de fogareiro despejando fagulhas,como as estrelinhas de São João.Era da janela que o menino via o mundo e dele participava sem se contaminar. O meninogostava, mas tinha medo da rua, do bonde que cortara a perna do seu Almeida, do homem quedeu um tiro na mulher que o traíra, da carrocinha de cachorro, dos mascarados do Carnaval.Da janela, ele sabia de tudo, mas nada tinha a ver com ele. Como a baratinha que encontrou odinheiro e foi para a janela, ele gostava de ficar ali, vendo a vida passar.Um dia o menino cresceu, mas continuou na janela, esperando a hora em que avisassem queera tarde e o chamassem para dentro.”CONY, Carlos Heitor. In: Os anos mais antigos do passado – crônicas.3. ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 1999. p. 250-1.110. Uneb-BA Identifique as afirmativas verdadeiras referentes ao primeiro parágrafo do texto.I. O narrador restringe a utilidade de duas das três janelas.II. Os moradores da casa são sistemáticos e conservadores quanto à vida social.III. A casa focalizada é apresentada como uma realidade física, tão-somente no seu caráterexterno.IV. A alternância de hábitos dentro da casa é proporcionada por acontecimentos de rotina.A alternativa em que todas as afirmativas indicadas são verdadeiras é:a) I e II. b) I e IV. c) II e III. d) I, III e IV. e) II, III e IV.GABARITO111. Uneb-BA No segundo parágrafo, o menino mostra-se:a) realista quanto a seu futuro;b) revoltado com a sua condição de aprisionado;c) inseguro de seu objetivo, ao escolher o seu espaço;d) imprudente na escolha da realidade a ser observada;e) auto-suficiente para definir sua relação com a realidade circundante.112. Uneb-BA Sobre o menino, pode-se afirmar:a) Ele não interage com o mundo real.b) A janela tem uma função unilateral em sua existência.c) A violência da rua acaba inviabilizando a sua vida de reclusão.d) O seu caráter questionador leva-o a ser incompreendido por todos.e) A sua forma de agir sobre o mundo se modifica quando ele se torna adulto.IMPRIMIR113. Uneb-BA A expressão “vendo a vida passar”, em relação ao menino, revela:a) medo. b) alienação. c) passividade. d) deslumbramento. e) comprometimento.Na tradução do relacionamento do menino com o mundo, os termos que semanticamentese aproximam são:a) “descobriu”, “invejava” e “crescesse”; d) “tinha”, “gostava” e “cresceu”;b) “protegido”, “imaginava” e “levaria”; e) “fascinado”, “continuou” e “esperando”.c) “envolvido”, “via” e “participava”;VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


As questões de números 114 a 116 referem-se ao texto que segue.45“Sobre a formação de técnicosInteressado em se fazer profissional, o cidadão, atualmente, busca cursos oferecidos pelas escolastécnicas, ora premido pelas circunstâncias imediatas da vida, ora movido pelos sonhos domercado: uma vez profissional, torna-se mais leve a luta pela sobrevivência em face da “competênciatécnica” que um curso de formação proporcionaria. Afinal, diz-se, a mão-de-obra nãoespecializadasofre não só os baixos salários, mas também as primeiras dispensas quando os“movimentos na economia” provocam cíclicas retrações do sistema de produção. <strong>Prof</strong>issionalespecializado, sonha o estudante de agora com um futuro se não promissor, no mínimo menosperigoso.E, entrando para a escola, ei-lo às voltas com estudos que o distanciam de seus interessesimediatos: são as chamadas disciplinas técnicas, de preferência ministradas diretamente nas oficinas,que mais lhe interessam. O resto... bom, o resto é apenas um obstáculo a mais na maratonasempre perigosa do viver: passa-se pelas chamadas disciplinas de “humanidades” para satisfazerexigências formais de uma formação que se quer técnica.Formação técnica X Formação humanística. Tecnologia X Humanismo. Seriam efetivamenteformações distintas?”GERALDI, João W. Linguagem e ensino. Campinas: Mercado de Letras, 1996. p. 117-8.114. Unifor-CEI. O texto deixa em aberto a questão da integração entre formação técnica e formaçãohumanística.II. As condições oferecidas pelas escolas técnicas não correspondem às expectativas doestudante.III. O avanço atual da tecnologia explica o especial interesse do estudante pelas escolastécnicas.A respeito dos enunciados acima, está de acordo com o texto o que se afirma somenteem:a) I.b) II.c) III.d) I e II.e) II e III.GABARITOIMPRIMIR115. Unifor-CE Quanto à estrutura, o texto organiza-se como:a) simples narração de fatos;b) exposição argumentativa de idéias;c) exposição descritiva de idéias;d) integração descritivo-narrativa;e) descrição argumentativa.116. Unifor-CE A coesão do segundo parágrafo decorre:a) do uso de reticências;b) da ligação adequada das orações;c) da ausência de conectivos;d) da freqüência de preposições;e) do emprego de orações reduzidas.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


117. U. Alfenas-MG“Brito, em seu depoimento, disse que recebeu autorização de Pitta para responder às reportagensque tratavam da não aplicação dos 30% em Educação, mas apontou o então chefe daAssessoria de Imprensa da Prefeitura, Henrique Nunes, como autor da nota. Nunes teria ditado otexto para Brito que, apesar de subscrevê-lo, não interessou-se em saber onde seria publicado,nem quanto custaria. ’Eu não sabia de que maneira isso seria feito‘, disse Brito ao juiz. ’E desconheciaque a resposta implicaria gastos públicos.‘”O Estado de S. Paulo, 30/1/98, C1.46‘Para dar-nos a conhecer os pensamentos e as palavras de personagens reais ou fictícios,dispõe o narrador de três moldes lingüisticos diversos conhecidos pelos nomes de discursodireto, discurso indireto e discurso indireto livre.’ No texto, o repórter fez uso dodiscurso direto nos períodos:a) 1 e 4.b) 2 e 3.c) 1 e 2.d) 3 e 4.e) 2 e 4.118. Univali-SC“A hora de dizer nãoGABARITOIMPRIMIRHá quem afirme que a atual geração de filhos vem recebendo dos pais uma educação maisconservadora do que estes receberam dos avós.Pais e educadores estão redescobrindo a dimensão educativa de uma palavra antipática e necessária:não!Ainda é recente o grito de libertação: É proibido proibir! No entanto, hoje, existe quase umconsenso: é preciso proibir. Os jovens libertários da década de 70, que pregavam o amor livre, ostrajes nem sempre asseados, a desobediência civil e o consumo de drogas, são pais que optam poruma educação mais conservadora.São estes pais que reclamam dos filhos: eles não aceitam ouvir um “não”, estão sempre de mauhumor, são agressivos, não sabem o que querem, passam horas falando ao telefone ou na Internet,estão sempre desafiando os limites...Os filhos, por sua vez, reclamam dos pais: os pais não confiam neles, só sabem dar broncas eimpor regras, implicam com sua maneira de falar, de trajar e com suas amizades, só vêem o erro enão os acertos, não entendem seus problemas e tratamos como crianças diante dos amigos.Educação – ontem, hoje e sempre – implica conjugar liberdade e responsabilidade. Implica amore firmeza. Quando apenas um dos termos vale, criam-se distorções. Educar é trazer para fora aspossibilidades existentes na criança e no adolescente. Educar é ensinar que existem limites, horáriose deveres.Educar é também conceder liberdade, para que o jovem forme seu caráter e suas convicções.Mas isto deve ser progressivo. Porque experientes, os pais conhecem os erros que elesmesmos cometeram e querem evitar que isso aconteça aos filhos. Educar é, sobretudo, exercitaro diálogo.”Missão Jovem, agosto de 1999.Deduz-se do texto que:a) “É proibido proibir” era o grito de libertação dos jovens da década de 70.b) “Uma educação mais conservadora” significa mais proibições.c) “Educação” diz respeito à Educação Infantil, ao Ensino Fundamental e EnsinoMédio.d) “Exercitar o diálogo” subentende-se discutir o problema entre duas pessoas.e) Só liberdade e só responsabilidade produzem jovens mais livres e responsáveis.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


Texto para as questões 119, 120 e 121.47GABARITOIMPRIMIR“O coelho e o cachorro(fragmento)De vez em quando surgem umas histórias que todos que contam juram ser verdade e até dizemque têm um primo que conheceu a vizinha da sobrinha da pessoa com a qual aconteceu. A maiscélebre é aquela do sapatinho vermelho da sogra que desliza debaixo do banco do carro. Lembrou?Agora pintou uma nova. Simplesmente genial. Quem me contou garante que aconteceu naGranja Viana, bairro de classe média alta em São Paulo, na semana passada.Eram dois vizinhos. O primeiro vizinho comprou um coelhinho para os filhos. Os filhos do outrovizinho pediram um bicho para o pai. O doido comprou um pastor alemão.Papo de vizinho:– Mas ele vai comer o meu coelho.– De jeito nenhum. Imagina. O meu pastor é filhote. Vão crescer juntos, pegar amizade. Entendode bicho. Problema nenhum.E parece que o dono do cachorro tinha razão. Juntos cresceram e amigos ficaram.Era normal ver o coelho no quintal do cachorro e vice-versa. As crianças, felizes.Eis que o dono do coelho foi passar o final de semana na praia com a família e o coelho ficousozinho. Isso na sexta-feira. No domingo, de tardinha, o dono do cachorro e a família tomavamum lanche, quando entra o pastor alemão na cozinha. Pasmo.Trazia o coelho entre os dentes, todo imundo, arrebentado, sujo de terra e, é claro, morto.Quase mataram o cachorro.– O vizinho estava certo... E agora, meu Deus?– E agora?A primeira providência foi bater no cachorro, escorraçar o animal, para ver se ele aprendia ummínimo de civilidade e boa vizinhança. Claro, só podia dar nisso. Mais algumas horas e os vizinhosiam chegar. E agora? Todos se olhavam. O cachorro rosnando lá fora, lambendo as pancadas.– Já pensaram como vão ficar as crianças?– Cala a boca!Não se sabe exatamente de quem foi a idéia, mas era infalível. Vamos dar um banho no coelho,deixar ele bem limpinho, depois a gente seca com o secador da sua mãe e coloca na casinha deleno quintal.Como o coelho não estava muito estraçalhado, assim fizeram. Até perfume colocaram no falecido.Ficou lindo, parecia vivo, diziam as crianças. E lá foi colocado, com as perninhas cruzadas,como convém a um coelho cardíaco.Umas três horas depois eles ouvem a vizinhança chegar. Notam o alarido e os gritos das crianças.Descobriram! Não deram cinco minutos e o dono do coelho veio bater à porta. Branco, lívido,assustado. Parecia que tinha visto um fantasma.– O que foi? Que cara é essa?– O coelho... O coelho...– O que tem o coelho?– Morreu!– Todos:– Morreu? Inda hoje de tarde parecia tão bem...– Morreu na sexta-feira!– Na sexta?Foi. Antes de a gente viajar as crianças enterraram ele no fundo do quintal!(...)O personagem que mais me cativa nesta história toda, o protagonista da história, é o cachorro.Imagina o pobre do cachorro que, desde sexta-feira, procurava em vão pelo amigo de infância,o coelho. Depois de muito farejar descobre o corpo. Morto. Enterrado. O que faz ele? Provavelmentecom o coração partido, desenterra o pobrezinho e vai mostrar para os seus donos. Provavelmenteestivesse até chorando, quando começou a levar porrada de tudo quanto é lado.O cachorro é o herói. O bandido é o dono do cachorro. O ser humano. Sim, nós mesmos, quenão pensamos duas vezes. Para nós o cachorro é o irracional, o assassino confesso. E o homemcontinua achando que um banho, um secador de cabelos e um perfume disfarçam a hipocrisia, oanimal desconfiado que tem dentro de nós.Julgamos os outros pela aparência, mesmo que tenhamos que deixar esta aparência comomelhor nos convier. Maquiada.Coitado do cachorro. Coitado do dono do cachorro. Coitados de nós, animais racionais.”PRATA, Mário. Isto é, 22/04/98.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


119. U.E. Norte Fluminense-RJ Entre as modalidades discursivas – dissertativa, narrativa,descritiva – uma delas apresenta estrutura com enredo e personagens.a) Cite a modalidade predominante no texto de Mário Prata.b) O cachorro é o protagonista da história. Identifique o antagonista.120. U.E. Norte Fluminense-RJ O texto de Mário Prata nos conta uma história em tom defábula. Nas fábulas, costuma haver um final moralizante.a) Identifique, no texto, o critério de julgamento utilizado pelos seres humanos.b) Transcreva dos três últimos parágrafos do texto uma frase completa que justifique aresposta anterior.121. U.E. Norte Fluminense-RJ O autor utiliza expressões da linguagem coloquial.Reescreva as passagens abaixo, substituindo os termos sublinhados por outros do padrãomais formal da língua:a) “Agora pintou uma nova”.b) “As crianças enterraram ele no fundo do quintal”.48Excerto (de texto que trata da mudança de localização do Palácio dos Bandeirantes) paraa questão 122:“É uma parceria que implica da mudança de zoneamento, reforma de prédios, incentivos fiscaispara quem recupera patrimônio tombado, até cuidar de meninos de rua ou dos jardins.”O Estado de S. Paulo, 16/05/99, p. 3-18.122. U. Alfenas O excerto pode ser considerado como um texto:a) argumentativo. d) épico.b) narrativo. e) de propaganda.c) descritivo.123. Univali-SCGABARITOIMPRIMIR“Ordem na malhação<strong>Prof</strong>essor de ginástica costuma ser daquelas pessoas eternamente bem-humoradas, com umadisposição que parece não terminar nunca e ter sempre à mão – com justificativas científicas – asérie ideal de exercícios para deixar o corpo do aluno próximo da perfeição. O bom-humor e adisposição podem ser autênticos, mas o conhecimento adequado para preparar a receita da malhaçãonão necessariamente. Deveria ser o requisito básico, mas centenas de jovens belos e musculososque comandam animadíssimas aulas nas academias nunca passaram nem perto de umafaculdade de Educação Física, onde deveriam ter aprendido o que ensinam. A partir deste mês, noentanto, os Conselhos Regionais e Federal de Educação Física prometem acabar com essa espéciede professor de fachada. As entidades colocarão em prática a lei, de 1998, que regulamenta aprofissão (só agora, depois de anos, os conselhos estão preparados para fiscalizar sua aplicação).Ela estabelece que só poderá trabalhar na área aquele que for registrado no conselho e, portanto,formado em Educação Física. A abrangência da legislação vai além dos limites da academia. A leivale para clínicas, hotéis, clubes e até condomínios, que serão obrigados a registrar o profissionalcomo funcionário. Mais. Todos os estabelecimentos que tiverem como principal atividade a educaçãofísica deverão ser registrados no conselho.”Isto é, 22 de março de 2000.Assinale a alternativa que está de acordo com o texto acima.a) Depois de dois anos, os conselhos estão preparados para fiscalizar a aplicação da lei.b) Bom-humor é uma das características de todos os professores de Educação Física.c) Há tanta autenticidade na disposição e no bom-humor como no conhecimento para amalhação.d) Conselhos Regionais de Educação Física prometem acabar com a ginástica como atividadeprofissional.e) Nova lei regulamenta a profissão de professor de Educação Física.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


124. UnB-DF49“A formiga e a cigarraEra uma vez uma formiguinha e uma cigarra muito amigas. Durante todo o outono, a formiguinhatrabalhou sem parar, armazenando comida para o período de inverno. Não aproveitou nadado Sol, da brisa suave do fim da tarde nem do bate-papo com os amigos ao final do expediente detrabalho, tomando uma cervejinha. Seu nome era “trabalho” e seu sobrenome, “sempre”.Enquanto isso, a cigarra só queria saber de cantar nas rodas de amigos e nos bares da cidade; nãodesperdiçou um minuto sequer, cantou durante todo o outono, dançou, aproveitou o Sol, curtiupara valer, sem se preocupar com o inverno que estava por vir. Então, passados alguns dias, começoua esfriar. Era o inverno que estava começando. A formiguinha, exausta, entrou em sua singela eaconchegante toca repleta de comida. Mas alguém chamava por seu nome do lado de fora da toca.Quando abriu a porta para ver quem era, ficou surpresa com o que viu: sua amiga cigarra, dentro deuma Ferrari, com um aconchegante casaco de visom. E a cigarra falou para a formiguinha:— Olá, amiga, vou passar o inverno em Paris. Será que você poderia cuidar da minha toca?— Claro, sem problema! Mas o que lhe aconteceu? Como você conseguiu grana pra ir a Paris ecomprar esta Ferrari?— Imagine você que eu estava cantando em um bar, na semana passada, e um produtor gostouda minha voz. Fechei um contrato de seis meses para fazer shows em Paris... A propósito, a amigadeseja algo de lá?—Desejo, sim. Se você encontrar um tal de La Fontaine por lá, manda ele pro DIABO QUE OCARREGUE!MORAL DA HISTÓRIA: Aproveite sua vida, saiba dosar trabalho e lazer, pois trabalhoem demasia só traz benefício em fábulas do La Fontaine.”Fábula de La Fontaine reelaborada. http://www.geocities.com/soho/Atrium/8069/Fabulas/fabula2.html (com adaptações).Em relação ao texto acima, julgue os itens a seguir.( ) Considerando que, na fábula original, escrita por La Fontaine, a formiga é vistacomo uma trabalhadora-modelo, enquanto a cigarra é considerada como boa-vida,verifica-se que, nesta versão, reelaborada, o ensinamento principal mudou, poismudou a maneira de se enxergar a relação lazer/trabalho.( ) Nas linhas 8 e 9, as relações semântico-sintáticas estão organizadas de tal formaque a vírgula é desnecessária( ) Na linha 10, a significação de “o que” está expressa depois dos dois-pontos.( ) O emprego dado ao pronome “ele”, último período do texto, apesar de usual na línguafalada, não atende às exigências da escrita culta: para tal, esse pronome deveriaser substituído por “o”, fazendo-se o ajuste devido entre o pronome e o verbo.( ) O gênero fábula é uma narrativa breve tradicional que apresenta duas característicasbásicas: personificação ou antropomorfismo, já que dá a animais ou a seresinanimados voz e comportamento similares aos humanos, e intenção de transmitirum ensinamento, um preceito ou uma lição de vida.GABARITOIMPRIMIRINSTRUÇÃO: Leia o texto de Clarice Lispector e jugue os itens da questão 125.“Atenção ao SábadoAcho que sábado é a rosa da semana; sábado de tarde a casa é feita de cortinas ao vento, ealguém despeja um balde de água no terraço: sábado ao vento é a rosa da semana; sábado demanhã, a abelha no quintal, e o vento: uma picada, o rosto inchado, sangue e mel, aguilhão emmim perdido: outras abelhas farejarão e no outro sábado de manhã vou ver se o quintal vai estarcheio de abelhas. No sábado é que as formigas subiam pela pedra. Foi num sábado que vi umhomem sentado na sombra da calçada comendo de uma cuia de carne-seca e pirão; nós já tínhamostomado banho. De tarde a campainha inaugurava ao vento a matinê de cinema: ao vento sábadoera a rosa de nossa semana. Se chovia só eu sabia que era sábado; uma rosa molhada, não? No Riode Janeiro, quando se pensa que a semana vai morrer, com grande esforço metálico a semana seabre em rosa: o carro freia de súbito e, de súbito, antes do vento espantado poder recomeçar, vejoque é sábado de tarde. Tem sido sábado, mas já não me perguntam mais. Então eu não digo nada,aparentemente submissa. Mas já peguei as minhas coisas e fui para domingo de manhã. Domingode manhã também é a rosa da semana. Não é propriamente rosa que eu quero dizer.”LISPECTOR, Clarice. Os melhores contos de Clarice Lispector. Seleção de Walnice Galvão, São Paulo, Global, 1997.125. UFMT( ) A apresentação das ações respeita uma ordem cronológica e espacial.( ) São claros os limites entre eventos vividos e a reflexão sobre eles.( ) A personagem é caracterizada por traços realistas visando retratar a realidade brasileira.( ) A modalidade discursiva utilizada é o monólogo interior.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


INSTRUÇÃO: Leia atentamente o texto a seguir e julgue os itens da questão 126:“EirosA leitora Elza Marques Marins me escreve uma carta divertida estanhando que “brasileiro” sejao único adjetivo pátrio conhecido em “eiro” que, segundo ela, é um sufixo pouco nobre. Existemsuecos, ingleses e brasileiros, como existem médicos, terapeutas e curandeiros. (...)É a diferença entre jornalista e jornaleiro ou entre músico ou musicista e roqueiro, timbaleiro ou seresteiro.Há o importador e há o muambeiro. “Se você começou como padeiro, açougueiro ou carvoeiro” –escreve Elza – “as chances são mínimas de acabar como advogado, empresário, grande investidor oulatifundiário, a não ser que se dê o trabalho de ser político antes”. Aliás, há políticos e politiqueiros. (...)”VERÍSSIMO, Luís Fernando. Jornal do Brasil, 7/10/95.126. UFMT( ) Segundo a leitora, alguns morfemas funcionariam como indicadores de status.( ) O jornalista apresenta argumentos que contrariam a hipótese levantada pela leitora.( ) De acordo com o texto, suecos e ingleses estão para médicos e terapeutas, assimcomo brasileiros estão para curandeiros.( ) A teoria da leitora ganharia força, caso se recorresse ao par banqueiro/bancário.( ) Na opinião da leitora de Veríssimo, o ciclo da pobreza poderia ser rompido pormeio da carreira política.50GABARITOIMPRIMIRTexto para as questões 127 a 129.“Disputam-se “play-offs”, atualmente, no campeonato nacional. “Play-off” é um termo importadodo basquete americano que ultimamente passou a integrar o repertório da crônica esportiva. AConfederação Brasileira de Futebol, CBF, resolveu rotular as finais de “play-offs”, no regulamento doatual campeonato, e os basbaques foram atrás. A história do futebol, no Brasil, é, entre outrascoisas, uma história de triunfo da língua portuguesa. O futebol, esporte inglês, introduzido poringleses no país, no início era jogado em inglês. Entrava, em campo não o goleiro, mas o “goalkeeper”não o zagueiro, mas o “back”. A aclimatação deu-se às vezes por simples aportuguesamentodas palavras, como no “goal” que virou “gol”. Algumas poucas palavras inglesas ainda não caíramem completo desuso, como “corner”, mas “corner” já está perdendo feio para “escanteio”.O triunfo da língua reflete o triunfo o futebol. Mostra que o futebol se enraizou a tal ponto,nestas terras, que o povo acabou por revesti-lo com o que tem de mais particular e íntimo, que éo idioma. Eis que agora se tenta entregar o futebol de volta à língua inglesa – e, por cúmulo, nãoà língua inglesa da Inglaterra, mas dos Estados Unidos, um dos únicos países do mundo que nãotem nada a ver com futebol, e com termos emprestados de outro esporte, o basquete. (...) Isto sedá quando nem estão nos pedindo nada. Nós é que nos oferecemos, em virtude de irrefreávelimpulso de submissão. Seria um caso incurável de carência de colonizador. Não, não compliquemos.Chamemos o fenômeno por seu nome. É bobeira mesmo.”TOLEDO, Roberto Pompeu. Entre a assistência e o play-off. Veja, 09/12/1998, p. 198.127. UFPE No texto, o autor admite que os brasileiros:a) reagem contra todo tipo de submissão;b) rompem, facilmente, com a cultura colonizadora;c) acabaram por subverter, definitivamente, a imposição de estrangeirismos no campodo futebol;d) retrocederam na sua disposição de incorporar o vocabulário do futebol à língua portuguesa;e) rejeitam influências do inglês europeu sobre o vocabulário do futebol.128. UFPE Leia os enunciados abaixo, referentes às idéias expressas no texto.1. O tema da submissão brasileira à cultura estrangeira foi abordado sob o ponto de vistada prática esportiva.2. A escolha de expressões como “um caso incurável de carência do colonizador” e “ébobeira, mesmo” confere um tom de repreensão, embora um tanto jocoso, ao texto.3. Coube à Confederação Brasileira de Futebol a adaptação dos termos ingleses à línguaportuguesa.4. O texto demonstra que, ao longo de algum tempo, houve mudanças de atitude dobrasileiro em relação ao uso de termos estrangeiros no futebol.Estão corretos apenas:a) 1, 2 e 4. b) 1, 3 e 4. c) 1 e 3. d) 2 e 3. e) 2 e 4.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


129. UFPE Assinale a alternativa em que se faz uma afirmação inaceitável em relação aosrecursos gramaticais em negrito no texto.a) Na expressão ‘outro esporte’, a palavra em negrito constitui um recurso de coesãoque relaciona o núcleo da expressão a ‘futebol’, referido anteriormente.b) Nesse trecho, o pronome de 1ª pessoa do plural, ‘nós’, tem como referente os brasileirosem geral.c) Em “Seria um caso incurável de carência de colonizador”, o verbo ser, no futuro dopretérito, indica que o autor preferiu não ser taxativo em sua apreciação.d) O verbo ‘chamar’ encontra-se no modo subjuntivo, indicando que o autor não temcerteza de que a ação possa realizar-se.e) Na última oração do texto, ‘mesmo’ foi aí inserido para reforçar a avaliação do autor.51130. Uneb-BA Este exercício, refere-se também ao texto “A Janela e o Menino” (das questõesde 110 a 113).GABARITO“Nesta triste masmorra,de um semivivo corpo sepultura,inda, Marília, adoroa tua formosura.Amor na minha idéia te retrata;busca, extremoso, que eu assim resistaà dor imensa, que me cerca e mata.Quando em meu mal pondero,então mais vivamente te diviso:vejo o teu rosto e escutoa tua voz e riso.Movo ligeiro para o vulto os passos:eu beijo a tíbia luz em vez de face,e aperto sobre o peito em vão os braços.”GONZAGA, Tomás Antônio. Marília de Dirceu.São Paulo: Círculo do Livro, s/d. p. 127.Relacionando-se as situações vividas pelo menino do texto de Carlos Heitor Cony e peloeu-lírico do poema de Tomás Antônio Gonzaga, constata-se que:a) ambos se sentem aprisionados e tristes;b) os dois se mostram desiludidos em face da impossibilidade de amar;c) um e outro sofrem pela incapacidade de romper as barreiras que os isolam do mundo;d) a condição do menino é fruto de sua opção existencial, enquanto a do sujeito poéticoé resultado de uma imposição circunstancial;e) o menino vivencia uma experiência de opressão social; já o eu-lírico se sente subjugadopela tirania do amor.IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


Com base nos textos abaixo, responda às questões de números 131 a 134.“Cartas de leitoresJá conhecemos nossos governantes e políticos, suas índoles, seus defeitos, suas capacidadeslimitadas para soluções e amplas para confusões. Só não conhecíamos ainda nossos manifestantes,se é que assim se pode dizer. Nada justifica a agressão física, seja qual for a manifestação, sejaquem for o agredido ou o agressor. Nada justificará, jamais, a agressão sofrida pelo governadorMário Covas, por mais digna que fosse a manifestação. O que causa espanto é que se tratava deuma manifestação de professores. É esse o papel de um educador?”ÁVILA, Marcelo Maciel. O Globo.03/06/2000.“O país está chocado com as agressões que os representantes do povo estão sofrendo. Asautoridades e a imprensa nacional têm-se manifestado severamente contra esses atos. Primeirofoi uma paulada no governador de São Paulo, depois um ovo no ministro da saúde e, em 1º dejunho, outro ataque ao governador Mário Covas. O vice-presidente da república disse que o governadormerece respeito. Concordo. Mas os demais cidadãos brasileiros não merecem? O ministroda justiça cobrou punição judicial para os agressores, afirmando que a última manifestaçãotranspusera os limites do tolerável. E a situação de extrema violência que nós, cariocas, estamosvivendo? Quando o ministro vai achar que foram transpostos os limites do tolerável?”COSTA DA SILVA, Arthur. O Globo.03/06/2000.52131. UERJ As duas cartas acima são de leitores expressando suas opiniões sobre o episódiode agressão ao governador de São Paulo em manifestação de professores em greve. Oveículo de publicação das cartas – o jornal – impõe um limite de espaço para os textos.Em função desse limite de espaço, os dois textos apresentam como traço comum:a) combate a pontos de vista de outros leitores;b) construção de comprovações por meio de silogismos;c) expressão de opinião sem fundamentos desenvolvidos;d) escolha de assunto segundo o interesse do editor do jornal.GABARITOIMPRIMIR132. UERJ Em geral, esse tipo de carta no jornal busca convencer os leitores de um dadoponto de vista.Por causa dessa intenção, é possível verificar que ambas as cartas transcritas se caracterizampor:a) finalizar com perguntas retóricas para expressar sua argumentação;b) iniciar com considerações gerais para contestar opiniões muito difundidas;c) utilizar orações de estruturação negativa para defender a posição de outros;d) empregar estruturas de repetição para reforçar idéias centrais da argumentação.133. UERJ O fragmento que expõe a tese de cada uma das cartas, respectivamente, pode seridentificado em:a) “Já conhecemos nossos governantes” / “Quando o ministro vai achar que foram transpostosos limites do tolerável?”b) “Só não conhecíamos ainda nossos manifestantes” / “a última manifestação transpuseraos limites do tolerável.”c) “Nada justifica a agressão física” / “Mas os demais cidadãos brasileiros não merecem?”d) “É esse o papel de um educador” / “Primeiro foi uma paulada no governador de SãoPaulo.”134. UERJ Pela leitura da carta de Arthur Costa da Silva, é possível afirmar que as perguntasnela presentes têm o seguinte significado:a) questionar as atitudes dos políticos brasileiros;b) apontar falhas no discurso de autoridades brasileiras;c) propor uma reflexão acerca da atitude dos agressores;d) mostrar solidariedade ao comportamento dos manifestantes.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


Leia o texto a seguir e responda às questões de 135 a 138.53GABARITOIMPRIMIR“Ano Novo, uma vida novaHoje estamos ingressando em 1998. Chegamos mais perto do fim do século XX e do início doterceiro milênio. Estaremos chegando mais perto de nós mesmos?Há uma abissal distância entre o que somos e o que queremos ser. Um apetite do Absoluto e aconsciência aguda de nossa finitude. Olhamos para trás: a infância que resta na memória comsabor de paraíso perdido, a adolescência tecida em sonhos e utopias, os propósitos altruístas.Agora, nas atuais circunstâncias, o salário exíguo num pais tão caro; os filhos, sem projeto, apegadosà casa; os apetrechos eletrônicos que perenizam a criança que ainda existe em nós.Em volta, a violência da paisagem urbana e nossa dificuldade de conectar efeitos e causas.Dentro do coração o medo de quem vive numa cidade que lhe é hostil. Como se meninos de ruafossem cogumelos espontâneos e não frutos do darwinismo econômico que segrega a maioriapobre e favorece a minoria abastada. O mesmo executivo que teme o seqüestro e brada contra osbandidos, abastece o crime ao consumir drogas.Ano Novo, vida nova. A começar pelo réveillon. Há o jeito velho de empanturrar-se de carnes edoces, encharcando-se de bebidas alcoólicas, como se a alegria saísse do forno e a felicidadeviesse engarrafada. Ou a opção de um momento de silêncio, um gesto litúrgico, uma oração, aefusão de espíritos em abraços afetuosos.No fundo da garganta, um travo. Vontade de remar contra a corrente e, enquanto tantos celebrama pós-modernidade, pedir colo a Deus e resgatar boas coisas: uma oração em família, a leitura espiritual,a solidão entre matas, o gesto solidário que ameniza a dor de um enfermo. Reencontrar, no anoque se inicia, a própria humanidade. Despir-nos do lobo voraz que na arena competitiva do mercadonos faz estranhos a nós mesmos. Por que acelerar tanto, se teremos de parar no próximo sinal vermelho?Por que não escrever ao patrocinador do programa de violência e de pornografia na TV, e comunicarnossa disposição de cancelar o consumo de seus produtos? Por que não competir mais conoscoem busca de melhores índices de virtudes e de valores morais, em vez de competir com o próximo?Ano novo de eleições. Olhemos a cidade. As obras que beneficiam certas empresas trazemproveito à maioria da população? Melhoraram o transporte público, o serviço de saúde, a redeeducacional, os sacolões? Nosso bairro tem um bom sistema sanitário, as ruas são limpas, há áreasde lazer? Participamos do debate sobre o uso de verbas públicas? O político em quem votamosteve desempenho satisfatório? Prestou contas de seu mandato?Em política, tolerância é cumplicidade com maracutaias. Voto é delegação e, na verdadeirademocracia, governa o povo através de seus representantes e de mobilizações diretas junto aopoder público. Quanto mais cidadania, mais democracia.Ano de nova qualidade de vida. De menos ansiedade e mais profundidade. Ano de comemorar50 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. De celebrar dez anos, em janeiro, daressurreição de Henfil e, em dezembro, de Chico Mendes.Aceitar a proposta de Jesus a Nicodemos: nascer de novo. Mergulhar em nós, abrir espaço àpresença do Inefável. Braços e corações abertos também ao semelhante. Recriar-nos e reapropriar-nosda realidade circundante, livre de pasteurização que nos massifica na mediocridade bovinade quem rumina hábitos mesquinhos, como se a vida fosse uma janela da qual contemplamos,noite após noite, a realidade desfilar nos ilusórios devaneios de uma telenovela.Feliz homem novo. Feliz mulher nova.”Frei Beto. O Globo, 01 de janeiro de 1998. p. 7.135. UFR-RJ Pode-se afirmar que o autor do texto “Ano Novo, uma vida nova” propõe àsociedade uma renovação:a) política e material;b) social e econômica;c) existencial e política;d) pessoal e financeira;e) política e econômica.136. UFR-RJ O texto é uma dissertação argumentativa que parte da tese de que:a) o homem busca o progresso espiritual, mas se esquece do material;b) a sociedade tem buscado a espiritualidade no fim do segundo milênio;c) a sociedade deveria procurar “nascer de novo” num plano espiritual;d) o homem tem buscado a renovação política com base na democracia;e) o homem busca a plenitude, mas está condicionado às limitações materiais.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


137. UFR-RJ Fica evidente a proposta de sermos sujeitos do nosso tempo em:a) “Recriar-nos e reapropriar-nos da realidade circundante (...).”b) “Há o jeito velho de empanturrar-se de carnes e doces (...).”c) “Olhamos para trás: a infância que resta na memória (...).”d) “Em política, tolerância é cumplicidade com maracutaias.”e) “Chegamos mais perto do fim do século XX e do início do terceiro milênio.”138. UFF-RJ “Talvez a narração me desse a ilusão, e as sombras viessem perpassar ligeiras,como ao poeta, não o do trem, mas o do Fausto: Aí vindes outra vez, inquietas sombras?...”Os dois pontos e o recurso gráfico do itálico no trecho acima permitem-nos a seguinteinterpretação da frase “Aí vindes outra vez, inquietas sombras?...”:a) Indica a citação da obra “Fausto” escrita pelo poeta do trem.b) Refere-se a um desabafo proferido pelo narrador, ao se libertar de memórias antigas.c) Corresponde a uma explicação sobre o valor de uma narração literária.d) Trata-se de um meio de o poeta do trem se libertar da lembrança de outro poeta.e) Trata-se de uma citação de frase empregada anteriormente em obra literária.54139. Cefet-PR Leia o seguinte trecho, extraído de Machado de Assis, e depois responda:“Há dessas lutas terríveis na alma de um homem. Não, ninguém sabe o que se passa no interiorde um sobrinho, tendo de chorar a morte de um tio e receber-lhe a herança. Oh, contraste maldito!Aparentemente tudo se recomporia, desistindo o sobrinho do dinheiro herdado; ah! masentão seria chorar duas coisas: o tio e o dinheiro.”A “luta terrível” na alma do sobrinho, de que fala o autor, consiste em:I. amaldiçoar a herança deixada pelo tio e recompor-se da perda o parente;II. lamentar a morte do tio e alegrar-se com a herança deixada por ele;III. desistir da herança e chorar a perda do tio.Sendo assim:a) apenas a afirmativa I está correta; d) estão corretas as afirmativas I e II;b) apenas a afirmativa II está correta; e) estão corretas as afirmativas I e III.c) apenas a afirmativa III está correta;GABARITOIMPRIMIR140. Univali-SC“Volta às aulas(...) Ensinar a pensar também não é tão fácil assim. Não é um curso de lógica nem uma questãode formar uma visão crítica do mundo, achando que isso resolve a questão. Sair criticando omundo, contestando as teorias do passado forma uma geração de contestadores que nada constrói,que nada sugere.Minha recomendação ao jovem de hoje é para que se concentre em uma das competênciasmais importantes para o mundo moderno: aprender a pensar e a tomar decisões.”Stephen Kanitz, Veja, 16 de fevereiro de 2000.Leia as afirmações a respeito do texto.I. É impossível ensinar a pensar, nem um curso de lógica consegue formar jovens críticos.II. Só formar uma visão crítica do mundo não resolve, não constrói, nada sugere.III. Aprender a pensar e a tomar decisões é uma das competências mais importantes parao mundo moderno.Está de acordo com o texto a alternativa:a) I e II são corretas; d) somente a III é correta;b) somente a II é correta; e) II e III são corretas.c) somente a I é correta;VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


141. Univali-SC“Parece-me que é chegado o momento de romper com tamanha complacência cultural, e,assim, conscientizar a nação de que é preciso agir em prol da língua pátria, mas sem xenofobismoou intolerância de nenhuma espécie. É preciso agir com espírito de abertura e criatividade, paraenfrentar – com conhecimento, sensibilidade e altivez – a inevitável, e claro que desejável, interpenetraçãocultural que marca o nosso tempo globalizante. Esse é o único meio de participar devalores culturais globais sem comprometer os locais. A propósito, Machado de Assis, nosso escritor,deixou-nos, já em 1873, a seguinte lição: ‘Não há dúvida que as línguas se aumentam e sealteram com o tempo e as necessidades dos usos e costumes’.CASTRO, Álvaro. “Protegendo a língua nacional”.Jornal de Santa Catarina, 29/12/1999.55Sobre o texto, está correta a alternativa:a) Certos modos de dizer, locuções novas e novas palavras são características do estilode Machado de Assis, ao abordar o problema da globalização atual na língua pátria.b) As línguas mudam com o passar do tempo e o número de vocábulos aumenta, emdecorrência do acréscimo de termos estrangeiros e das necessidades dos usos e costumes.c) Não é condenável praticar o xenofobismo ou a intolerância de qualquer espécie noque se refere à língua pátria, só com a abertura a todo e qualquer termo estrangeiroseremos capazes de acompanhar, com sucesso, a globalização.d) A língua portuguesa, segundo Machado de Assis, não pode parar no século passado,porque a América foi incapaz de produzir riquezas novas. É preciso inovar, a qualquerpreço.e) É preciso acabar com a complacência que cerca a língua pátria, voltando a valorizá-lae eliminando as contribuições estrangeiras.142. Univali-SCGABARITOIMPRIMIR“Um investimento que vale a penaSabe aquele funcionário que está sempre de bom humor, incentivando os colegas e chamandopara si a responsabilidade de determinadas tarefas inclusive aquelas que ninguém se propõe afazer? Pois é, esse funcionário está em alta nas empresas que pretendem sobreviver no próximomilênio. Por quê? Simplesmente porque investe no seu marketing pessoal.‘Diferente do que muitas pessoas pensam, marketing pessoal não é tentar passar uma boaimagem daquilo que você não é, mas passar bem uma imagem daquilo que você realmente é’,afirma o gerente de marketing da Karsten e professor do Serviço Nacional de AprendizagemComercial de Santa Catarina (SENAC), Nelson Marinho Teixeira.Segundo ele, isso seria uma tarefa fácil se as pessoas não ficassem tentando imitar o modelo deoutras pessoas, e tentassem descobrir as suas virtudes. ‘Cada um deve investir naquilo que faz eque os outros não fazem’, argumenta. ‘Se pensarmos bem, veremos que a vida é mais simples doque nós a encaramos e, muitas vezes, gastamos muito tempo em busca de sermos o que nãopodemos ser’. (...)”AVENDANO, Jaime, Jornal de Santa Catarina, 19 e 20 de setembro de 1999.A melhor interpretação para o texto é:a) O funcionário deve fazer só o que os outros não querem.b) Deve-se passar a imagem daquilo que se é ao invés de imitar outras pessoas.c) Investir no marketing pessoal é muito penoso, necessita de mudança de humor, funçãoetc.d) O marketing pessoal deve ser uma preocupação na hora de procurar emprego.e) Pode-se ser tudo usando marketing pessoal.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


As questões de 143 a 145 baseiam-se no texto abaixo. Leia, atentamente, todo o textoantes de resolvê-las:56“A importância do conto popular em nossa cultura é tão forte que precisamos ter muito claro oque se deve entender por popular, quando se trata de estudar gêneros literários.Geralmente se entende por popular um tipo de criação rústica, caracterizada pela simplicidadee pobreza expressiva. Talvez você mesmo pense assim. Mas, veja bem, se assim fosse, como sejustificaria a influência que a tradição popular exerceu e continua exercendo sobre a literatura e asoutras manifestações artísticas e culturais, inclusive aquelas de caráter eminentemente técnico?Se este legado existe, é porque a cultura popular é algo muito mais rico do que podemos imaginar.Popular é, portanto, uma manifestação cultural de caráter universal, nascida de modo espontâneoe totalmente indiferente a tudo que seja imposto pela cultura oficial. Também não pode serentendido como sinônimo de regional, pois isto eliminaria a tendência universalizante das manifestaçõespopulares. Quer dizer, as criações populares não conhecem normas nem limites. Elasestão acima de qualquer tipo de aprovação social.O conto popular, embora tenha um caráter universal, seja uma criação coletiva e tenha vividomuito tempo graças à transmissão oral, apresenta um modo narrativo que o singulariza diante deoutros tipos de narrativas. Com isso, é possível dizer que o conto popular é um gênero narrativoque desenvolve traços que se repetem em histórias criadas nos mais variados locais e épocas. Suascaracterísticas composicionais não conhecem fronteiras de tempo nem de lugar.”MACHADO, Irene. Literatura e redação. São Paulo, Scipione, 1994. p. 28.143. UFMS Marque a(s) alternativa(s) que completa(m) corretamente a frase:O conto popular é um gênero narrativo que:01. sobrevive até hoje apenas por força da transmissão oral;02. desenvolve traços próprios que o distinguem de outros tipos de narrativas;04. possui um caráter eminentemente regional;08. não pode ser considerado como um gênero literário devido a sua simplicidade epobreza expressiva.16. apresenta características composicionais que variam no tempo e no espaço;32. não se prende a um autor específico, já que se trata de uma criação coletiva.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.GABARITOIMPRIMIR144. UFMS O termo popular, tal como aparece no texto, pode ser associado à(s) seguinte(s)características(s):01. indiferença às imposições da cultura oficial;02. tendência à universalização;04. criação rústica;08. manifestação culturalmente rica;16. obediência às normas socialmente aprovadas;32. caráter espontâneo.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.145. UFMS Em relação ao texto lido, é correto afirmar:01. Trata-se de um texto literário, pois discorre sobre o conto popular.02. Em alguns momentos, a autora estabelece uma interlocução com o leitor.04. O texto utiliza uma linguagem informal, próxima da variante popular.08. A autora se preocupa não apenas em definir o conto popular enquanto gênero narrativo,mas também em caracterizar o termo popular.16. Quanto à estruturação formal, o texto segue o esquema básico introdução – desenvolvimento– conclusão.32. O texto pode ser classificado como opinativo, visto que a autora apresenta seus própriospontos de vista sobre o assunto.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


Texto para a questão 146.57“A Nona Conferência Internacional Americana e os Direitos HumanosOs Estados americanos, no livre exercício de suas próprias soberanias, mediante um processoevolutivo que resultou na adoção de diferentes instrumentos internacionais, estruturaram umsistema regional de promoção e proteção dos direitos humanos, no qual se reconhecem e definemcom precisão a existência desses direitos; se estabelecem normas de conduta obrigatóriasdestinadas a sua promoção e proteção, e se criam os órgãos destinados a velar pela fiel observânciadesses direitos.Esse sistema interamericano de promoção e proteção dos direitos fundamentais do homemteve seu início formal com a Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem, aprovadapela Nona Conferência Internacional Americana (Bogotá, Colômbia, 1948), durante a qual tambémfoi criada a Organização dos Estados Americanos, cuja Carta proclama os “direitos fundamentaisda pessoa humana” como um dos princípios em que se fundamenta a Organização.Além disso, foram aprovadas algumas resoluções que se enquadram no campo dos direitoshumanos, tais como as convenções sobre concessão dos direitos civis e políticos à mulher, a resoluçãosobre a ‘Condição Econômica da Mulher Trabalhadora’ e a ‘Carta Internacional Americanade Garantias Sociais’, na qual os Governos da América estabelecem ‘os princípios fundamentaisque devem proteger os trabalhadores de toda classe’ e que ‘estabelece os direitos mínimos de quedevem eles gozar nos Estados americanos, sem prejuízo da possibilidade de que as leis de cada umpossam ampliar esses direitos ou reconhecer outros mais favoráveis’, pois reconhecem que ‘asfinalidades do Estado não se cumprem apenas com o reconhecimento dos direitos do cidadãomas também’ com a preocupação pelo destino dos homens e das mulheres, considerados nãocomo cidadãos mas como pessoas’ e, conseqüentemente, deve-se garantir ‘simultaneamente tantoo respeito às liberdades políticas e do espírito, como a realização dos postulados da justiça social’.”146. I.E. Superior de Brasília-DF Julgue os itens a seguir, de acordo com a leitura, compreensãoe interpretação textuais.( ) A Organização dos Estados Americanos foi criada especificamente para protegeros direitos fundamentais do homem.( ) A concessão dos direitos civis à mulher enquadra-se no âmbito dos direitos humanos.( ) As obrigações do Estado não se limitam ao campo da cidadania.( ) O preconceito sexual ou religioso enquadra-se no campo das liberdades políticas.( ) Infere-se do texto que os direitos da mulher estão dissociados dos direitos do homem.INSTRUÇÃO: Leia atentamente o texto a seguir e julgue os itens das questões 147 e 148:GABARITO“Invasão de língua estrangeira tem várias razões. Uma é o prestígio. O inglês avançou nas nossasfronteiras porque é falado pela maior potência do planeta, que vende como ninguém sua música,seu cinema, sua televisão, sua literatura, sua tecnologia e o american way of life. Outra é a receptividade.Nós, já dizia Gláuber Rocha, temos complexo de vira-lata. O que vem de fora é melhor.(...) Hoje aportuguesamos termos que nem sonhavam figurar no Aurélio. A informática serve deexemplo. Deletar tomou a vez do velho apagar. Printar expulsou o imprimir. Startar cassou ocomeçar. É isso. Quem não aderiu se tornou out. Que corra atrás do prejuízo. Peça help. E vire in.“SQUARISI, Dad. Revista Exame, 18 de nov. 1998, p. 170.147. UFMT – Modificada( ) Dizer que os brasileiros têm complexo de vira-lata significa dizer que eles sofremde xenofobia.( ) Segundo Squarisi, é a ascendência cultural, e não econômica, que determina o prestígiode uma língua sobre as outras.IMPRIMIR148. UFMT( ) O aportuguesamento do vocabulário da informática em deletar, printar e startar émeramente semântico.( ) As expressões “se tornou out” e “vire in” significam respectivamente “estar porfora” e “ficar por dentro”.( ) O léxico do português brasileiro tem sido ampliado pela entrada e acomodação deestrangeirismos.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


149. UFPETexto I“Capítulo CVII (em que se declara que bicho é o que se chama preguiça):Nestes matos se cria um animal mui estranho, a que os índios chamam “aí”, e os portuguesespreguiça, nome certo mui acomodado a este animal, pois não há fome, calma, frio, água, fogo,nem outro perigo que veja diante, que o faça mover uma hora mais que outra; (...) e são estesanimais tão vagarosos que posto um ao pé de uma árvore, não chega ao meio dela desde pelamanhã até as vésperas.”SOUSA, Gabriel S. de. Tratado Descritivo do Brasil, 1587.Texto II“Festa da RaçaHu certo animal se acha também nestas partesA que chamam PreguiçaTem hua guedelha grande no toutiçoE se move com passos tam vagorososQue ainda que ande quinze dias aturadoNão vencerá a distância de hu tiro de pedra”ANDRADE, Oswald de. Poesias Reunidas.58Sobre os textos I e II, qual alternativa é incorreta?a) O texto de Gabriel de Sousa utiliza o recurso da comparação para dar conta da realidadecom que se defronta na terra ultramarina e transmiti-la aos europeus.b) O poema de Oswald de Andrade ilustra um procedimento comum aos nossos modernistasde primeira hora; o de tomar a literatura quinhentista como fonte de inspiraçãotemática e formal.c) É inegável o tom jocoso e irônico de Oswald de Andrade ao fazer, com o título de seupoema, uma alusão à suposta preguiça do brasileiro.d) No texto I, o objetivo é ressaltar as peculiaridades da terra tropical, paradisíaca, recém-descoberta;já no texto II, o poeta busca resgatar a língua original do Brasilcolônia.e) A linguagem dos dois textos apresenta pontos em comum, não só no léxico comotambém na sintaxe. Mas a intenção era diversa: o primeiro queria encantar, seduzir, eo segundo, parodiar.150. Uneb-BAGABARITOIMPRIMIRTexto IReverendo vigário,que é título de zotes ordinário,como sendo tão bobo,e tendo tão larguíssimas orelhas,fogem vossas ovelhasde vós, como se fosseis voraz lobo?Quisestes tosquear o vosso gado,e saístes do intento tosqueado;não vos cai em capeloo que o provérbio tantas vezes canta,que quem ousadamente se adiantaem vez de tosquear fica em pêlo?Intentastes sangrar toda a comarca,mas ela vos sangrou na veia d’arca,“A um vigário de certafreguesia, conhecido por ser muito ambiciosopois ficando faminto, e sem sustento,heis de buscar a dente qual jumentoerva para o jantar, e para a ceia (...).Sois tão grande velhaco,que a pura excomunhão meteis no saco:já diz a freguesiaque tendes de Saturno a natureza,pois os filhos tratais com tal cruezaque os comeis, e roubais, qual uma harpia.Valha-vos; mas quem digo que vos valha?Valha-vos ser um zote, e um canalha:mixelo hoje de chispo,ontem um passa-aqui do Arcebispo! (...)”MATOS, Gregório de. In: Senhora Dona Bahia – Poesia Satírica de Gregório de Matos.Org. MENDES, Gleise F. Salvador: EDUFBA, 1996. p. 171-2.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


59Texto II“Jesuítas e FradesQue o mundo antigo s’erga e lance a maldiçãoSobre vós... remembrando a negra Inquisição,A hidra escura e vil da vil Teocracia,O Santo Ofício, as provas, o azeite, a gemonia...Lisboa, Tours, Sevilha e Nantes na tortura,Na fogueira Grandier, João Huss na sepultura,Colombo a soluçar, a gemer Galileu...De mil autos-da-fé o fumo enchendo o céu...Que a maldição vos lance a pena do GaulêsTendo por tinta a borra das caldeiras de pez...Que o Germano a sangrar maldiz em feros hinos.É justo!... (...)Oh! não! Mil vezes não! O poeta AmericanoVos deve sepultar no verso soberano– Pano negro que tem por lágrimas de prataAs lágrimas que a Musa inspirada desata!!!Se aqui houve cativos – eles os libertaram.Se aqui houve selvagens – eles os educaram.Se aqui houve fogueiras – eles nelas sofreram.Se lá carrascos foram – cá mártires morreram.Em vez de Inquisidor – tivemos a vedeta.Loiola – aqui foi Nóbrega, Arbues – foi Anchieta!”ALVES, Castro. In: Poesias completas de Castro Alves. 17. ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 1995. p. 145-6. (Coleção Prestígio).GABARITOIMPRIMIRTexto III“ENCOURADO, de costas, grande grito, com o braço ocultando os olhos.Quem é? É Manuel?MANUELSim, é Manuel, o Leão de Judá, o Filho de Davi. Levantem-se todos, pois vão ser julgados.JOÃO GRILOApesar de ser um sertanejo pobre e amarelo, sinto perfeitamente que estou diante de umagrande figura. Não quero faltar com o respeito a uma pessoa tão importante, mas se não meengano aquele sujeito acaba de chamar o senhor de Manuel.MANUELFoi isso mesmo, João. Esse é um de meus nomes, mas você pode me chamar também de Jesus,de Senhor, de Deus... Ele gosta de me chamar Manuel ou Emanuel, porque pensa que assim podese persuadir de que sou somente homem. Mas você, se quiser, pode me chamar de Jesus.JOÃO GRILOAquele Jesus a quem chamavam Cristo?JESUSA quem chamavam, não, que era Cristo. Sou, por quê?JOÃO GRILOPorque... não é lhe faltando com o respeito não, mas eu pensava que o senhor era muito menosqueimado.BISPOCale-se, atrevido.MANUELCale-se você. Com que autoridade está repreendendo os outros? Você foi um bispo indigno deminha Igreja, mundano, autoritário, soberbo. Seu tempo já passou. Muita oportunidade teve deexercer sua autoridade, santificando-se através dela. Sua obrigação era ser humilde, porque quantomais alta é a função, mais generosidade e virtude requer. Que direito tem você de repreenderJoão porque falou comigo com certa intimidade? João foi um pobre em vida e provou sua sinceridadeexibindo seu pensamento. Você estava mais espantado do que ele e escondeu essa admiraçãopor prudência mundana. O tempo da mentira já passou.”SUASSUNA, Ariano. Auto da Compadecida. 9 ed. Rio de Janeiro: Agir, 1972. p. 146-8.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


Os três textos, embora de épocas diferentes, interrelacionam-se, uma vez que focalizama ação do clero na realidade do Brasil.Sobre eles, identifique as afirmativas verdadeiras.I. No Texto I, o pastor religioso é apresentado como um exemplo de comportamentomundano, distanciando-se, assim, de suas reais funções.II. No Texto II, a ação dos religiosos no continente americano é amaldiçoada devido aoseu caráter opressor.III. O Texto II evidencia um contraste entre as ações dos religiosos na Europa e na América.IV. No Texto III, a ação do representante terreno do clero é voltada para a defesa devalores essencialmente cristãos.V. Tanto no Texto I quanto no II, evidencia-se uma crítica à hipocrisia religiosa.VI. Os Textos I e III apresentam um ponto em comum: um enfoque crítico do comportamentodos representantes do clero.A alternativa em que todas as afirmativas indicadas são verdadeiras é:a) I e V; d) II, IV e V;b) II e III; e) II, III, IV e VI.c) I, III e VI;Texto para as questões 151, 152 e 153.60GABARITOIMPRIMIR“O meu fim evidente era atar as duas pontas da vida, e restaurar na velhice a adolescência. Pois,senhor, não consegui recompor o que foi nem o que fui. Em tudo, se o rosto é igual, a fisionomiaé diferente. Se só me faltassem os outros, vá; um homem consola-se mais ou menos das pessoasque perde; mas falto eu mesmo, e esta lacuna é tudo. O que aqui está é, mal comparando,semelhante à pintura que se põe na barba e nos cabelos, e que apenas conserva o hábito externo,como se diz nas autópsias; o interno não agüenta tinta. Uma certidão que me desse vinte anos deidade poderia enganar os estranhos, como todos os documentos falsos, mas não a mim. Osamigos que me restam são de data recente; todos os antigos foram estudar a geologia dos campossantos. Quanto às amigas, algumas datam de quinze anos, outras de menos, e quase todascrêem na mocidade. Duas ou três fariam crer nela aos outros, mas a língua que falam obriga muitavez a consultar os dicionários, e tal freqüência é cansativa.Entretanto, vida diferente não quer dizer vida pior, é outra coisa. A certos respeitos, aquela vidaantiga aparece-me despida de muitos encantos que lhe achei; mas é também exato que perdeumuito espinho que a fez molesta, e, de memória, conservo alguma recordação doce e feiticeira.Em verdade, pouco apareço e menos falo. Distrações raras. O mais do tempo é gasto em hortar,jardinar e ler; como bem e não durmo mal.Ora, como tudo cansa, esta monotonia acabou por exaurir-me também. Quis variar, e lembrou-meescrever um livro. Jurisprudência, filosofia e política acudiram-me, mas não me acudiram as forçasnecessárias. Depois, pensei em fazer uma História dos subúrbios menos seca que as memórias dopadre Luís Gonçalves dos Santos relativas à cidade; era obra modesta, mas exigia documentos e datascomo preliminares, tudo árido e longo. Foi então que os bustos pintados nas paredes entraram a falarmee a dizer-me que, uma vez que eles não alcançavam reconstituir-me os tempos idos, pegasse dapena e contasse alguns. Talvez a narração me desse a ilusão, e as sombras viessem perpassar ligeiras,como ao poeta, não o do trem, mas o do Fausto: Aí vindes outra vez, inquietas sombras ?...”ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. Capítulo II, Rio de Janeiro: José Aguilar 1971, v. 1, p. 810-11.151. UFF-RJ “A certos respeitos, aquela vida antiga aparece-me despida de muitos encantosque lhe achei; mas é também exato que perdeu muito espinho que a fez molesta, e, dememória, conservo alguma recordação doce e feiticeira.”Em relação à posição do narrador, expressa no fragmento acima, conclui-se que:a) A narrativa é feita a partir das mesmas idéias sobre si que o narrador possuía no momentomesmo em que os episódios da vida antiga ocorreram.b) O narrador aspira a uma reconstrução textual do passado, ignorando o ponto de vistado momento em que o texto é escrito.c) O julgamento sobre a vida antiga não é o mesmo que o narrador tinha, no tempo emque os eventos narrados ocorreram.d) O narrador, em determinado momento de sua vida, pretende reconstituir os eventosocorridos em seu passado, tal como ocorreram então.e) A análise dos encantos da vida antiga parte dos mesmos pressupostos que o narradortinha, na época em que antigamente vivia.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


152. UFF-RJ Uma das características da prosa de Machado de Assis é a presença de referênciasao leitor de seus textos.Identifique o fragmento em que o narrador emprega uma forma lingüística que expressao leitor a quem se dirige:a) “Pois, senhor, não consegui recompor o que foi nem o que fui.”b) “Em tudo, se o rosto é igual, a fisionomia é diferente.”c) “Uma certidão que me desse vinte anos de idade poderia enganar os estranhos, comotodos os documentos falsos, mas não a mim.”d) “Duas ou três fariam crer nela aos outros, mas a língua que falam obriga muita vez aconsultar os dicionários, e tal freqüência é cansativa.”e) “Quanto às amigas, algumas datam de quinze anos, outras de menos, e quase todascrêem na mocidade.”153. UFF-RJ O narrador do texto pouco aparece e menos fala, não tem amigos de longa data,e tenta, com certo humor, “atar as duas pontas da vida”, em sua narrativa.Assinale a Opção em que, através de outra linguagem – o cartum –, percebe-se um certohumor semelhante ao que constitui o texto de Machado de Assis, sobretudo no seguintetrecho:61“Se só me faltassem os outros, vá; um homem consola-se mais ou menos das pessoas queperde; mas falto eu mesmo, e esta lacuna é tudo. O que aqui está é, mal comparando, semelhanteà pintura que se põe na barba e nos cabelos, e que apenas conserva o hábito externo, como se diznas autópsias; o interno não agüenta tinta.”a)b)c)GABARITOd)IMPRIMIRe)Caulos. Só dói quando eu respiro. Porto Alegre: L&PM, sd.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


Texto para as questões 154 e 155.“Trechos da carta de Pero Vaz de Caminha62GABARITOMuitos deles ou quase a maior parte dos que andavam ali traziam aqueles bicos de osso nosbeiços. E alguns, que andavam sem eles, tinham os beiços furados e nos buracos uns espelhos depau, que pareciam espelhos de borracha; outros traziam três daqueles bicos, a saber, um no meioe os dois nos cabos. Aí andavam outros, quartejados de cores, a saber, metade deles da suaprópria cor e metade de tintura preta, a modos de azulada; e outros quartejados de escaques. Aliandavam entre eles três ou quatro moças, bem moças e bem gentis, com cabelos muito pretos,compridos pelas espáduas, e suas vergonhas tão altas, tão cerradinhas e tão limpas das cabeleirasque, de as muito bem olharmos, não tínhamos nenhuma vergonha.Esta terra, Senhor me parece que da ponta que mais contra o sul vimos até a outra ponta quecontra o norte vem, de que nós deste porto houvemos vista, será tamanha que haverá nela bemvinte ou vinte e cinco léguas por costa. Tem, ao longo do mar, nalgumas partes, grandes barreiras,delas vermelhas, delas brancas; e a terra por cima toda chã e muito cheia de grandes arvoredos.De ponta a ponta, é toda praia parma, muito chã e muito formosa.Pelo sertão nos pareceu, vista do mar muito grande, porque, a estender olhos, não podíamosver senão terra com arvoredos, que nos parecia muito longa. Nela, até agora, não pudemos saberque haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos Porém a terra emsi é de muito bons ares, assim frios e temperados, como os de Entre Douro e Minho, porque nestetempo de agora os achávamos como os de lá.Águas são muitas; infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-ánela tudo, por bem das águas que tem.”Carta de Pero Vaz de Caminha in: ROBERTO, Paulo Pereira (org.)Os três únicos testemunhos do descobrimento do Brasil.Rio de Janeiro: Lacerda, 1999, p 39-40.Vocabulário:1. “espelhos de pau, que pareciam espelhos de borracha”:associação de imagem com a tampa de um vasilhame de couro, para transportar água ou vinho,que recebia o nome de “espelho” por ser feita de madeira polida.2. “tintura preta, a modos de azulada”: é uma tintura feita com o sumo do fruto jenipapo.3. “escaques”: quadrados de cores alternadas como os do tabuleiro de xadrez.4. “parma”: lisa como a palma da mão.5. “chã”: terreno plano, planície.154. UFF-RJ Assinale o fragmento que representa uma retomada modernista da Carta dePero Vaz de Caminha.a) “O Novo Mundo nos músculos / Sente a seiva do porvir”. (Castro Alves).b) “Minha terra tem palmeiras, / Onde canta o sabiá” (Gonçalves Dias).c) “A terra é mui graciosa / Tão fértil eu nunca vi.” (Murilo Mendes).d) “Irás a divertir-te na floresta, / sustentada, Marília, no meu braço” (Tomás AntônioGonzaga)e) “Todos cantam sua terra / Também vou cantar a minha” (Casimiro de Abreu).IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


155. UFF-RJ“Pero Vaz Caminhaa descobertaSeguimos nosso caminho por este mar de longoAté a oitava da PáscoaTopamos aves5 E houvemos vista de terraos selvagensMostraram-lhes uma galinhaQuase haviam medo delaE não queriam pôr a mão10 E depois a tomaram como espantados63primeiro cháDepois de dançaremDiogo DiasFez o salto real15 as meninas da gareEram três ou quatro moças bem moças e bem gentisCom cabelos mui pretos pelas espáduasE suas vergonhas tão altas e tão saradinhasQue de nós as muito olharmos20 Não tínhamos nenhuma vergonha”ANDRADE, Oswald de. Poesias reunidas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978, p. 80.O procedimento poético empregado por Oswald de Andrade em seu texto é:a) reconhecer e adotar a métrica parnasiana, criando estrofes simétricas e com títulos;b) recortar e recriar em versos trechos da carta de Caminha, dando-lhes novos títulos;c) imitar e refazer em prosa a Carta de Caminha criando títulos para as várias seções;d) reconhecer e retomar a prática romântica, dando títulos nacionalistas às estrofes;e) identificar e recusar os processos de colagem modernistas, dando-lhes títulos novos.156. U.F. Pelotas-RS Na imprensa brasileira, por ocasião das eleições de 1994, a UNICEF e aFundação Odebrecht, sob o título “Você acha normal que uma criança carente fracasse na escola?Nós não.”, advertem os eleitores a respeito do cuidado com a escolha dos seus candidatos.GABARITOIMPRIMIR“Os altos índices de repetência escolar só não são mais perversos que o conformismo de nossasociedade com esse absurdo que está presente, de modo significativo, entre as classes sociais maisricas e, de modo esmagador, entre as classes mais pobres.A verdade é que o fracasso na escola passou a ser encarado de forma tão natural que agora jáfaz parte da nossa cultura, de forma tão natural quanto a chuva, o sol, o calor e o frio. (...)O pior é que a responsabilidade da cultura da repetência é atribuída, via-de-regra, quase sempre àsduas grandes vítimas desse monstrengo caótico que virou o ensino brasileiro: a criança e o professor. (...)A vontade política e a criatividade do povo comprovam, em algumas experiências, que é possívelo Brasil mudar esse quadro.Estamos às vésperas de uma eleição e o nosso voto pode contribuir decisivamente para que aescola volte a ser a grande solução do Brasil e deixe de ser apenas mais um problema.”Marque a alternativa que não está de acordo com o texto.a) Para o autor do texto, o problema da repetência será resolvido com vontade política ecriatividade por parte do povo brasileiro.b) A seqüência “o fracasso na escola passou a ser encarado de forma tão natural queagora já faz parte de nossa cultura” pode ser substituída, sem prejuízo do sentidoglobal, por “como o fracasso na escola passou a ser encarado de forma muito natural,agora já faz parte de nossa cultura”.c) A expressão “duas grandes vítimas desse monstrengo caótico” remete a termos posterioresa ela.d) As expressões “volte a ser” e “deixe de ser” levam, respectivamente, à dedução de quea escola já foi a grande solução do Brasil e de que há necessidade de que não seja maisum problema.e) O conformismo de nossa sociedade é menos perverso que os altos índices de repetênciaescolar.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


157. U.E. Maringá-PR Leia o texto a seguir:64GABARITOIMPRIMIR“Gênio da selvaApetite favorece a inteligênciaQuando se fala em bicho inteligente, a primeira palavra que vem à cabeça é o chimpanzé. Nãoé para menos. Parente mais próximo do homem, esse macaco africano consegue aprender porobservação, usar ferramentas e se reconhecer no espelho.Os macacos-pregos pertencem a um grupo menos evoluído de primatas, o dos macacos doNovo Mundo. Apesar da distância, são muito mais parecidos com seus primos de terceiro grau daÁfrica do que com seus conterrâneos, como o macaco-aranha e o muriqui. “Eles podem andarsobre duas patas e também são perfeitamente capazes de aprender por observação”, ressalta oetólogo Eduardo Ottoni, da Universidade de São Paulo.As razões desse desenvolvimento cognitivo só começaram a ser compreendidas muito recentemente.Duas delas são fisiológicas. A primeira é o tamanho do cérebro, proporcionalmente maiornesses micos do que nos outros macacos americanos. A outra é o chamado polegar pseudoopositor,que dá uma destreza enorme ao animal. Ele consegue pescar, abrir latas e frutas eescavar a terra movido pelo ímpeto de encontrar comida.O apetite insaciável, aliás, é marca registrada dos espertos macacos-prego. Onívoros de carteirinha,eles são capazes de procurar comida nos lugares mais improváveis. Para comer coquinhos,seu prato preferido, usam uma ferramenta: ajeitam o fruto cuidadosamente numa pedra e jogamuma outra em cima, com força. Se não houver frutas nem insetos à mão, eles mudam a dieta epodem atacar plantações ou mesmo assaltar casas.Foi isso o que aconteceu em Fernandópolis, interior de São Paulo, em fevereiro de 1999. Apopulação da cidade entrou em pânico com uma misteriosa quadrilha que aproveitava a ausênciados moradores para roubar comida. O caso foi resolvido em março, quando a Polícia Florestalprendeu, em flagrante, um bando bem organizado de 55 micos assaltantes. Os coitados haviamsido soltos numa mata na vizinhança da cidade, depois que o zoológico municipal fechou, eestavam com fome. Tiveram de apelar para o crime.A sociedade dos micos também é mais democrática que a média. Os outros primatas normalmentese organizam em torno de um macho dominante que controla o abastecimento do grupo.Entre os macacos-prego o poder é diluído. “Não existe um único líder no bando. As chefias sãoformadas por até três animais”, diz Eduardo Ottoni. Os mandachuvas dividem a própria comidacom os seus subordinados. “São os únicos, além do homem e do chimpanzé, capazes de partilharalimento”, observa Ottoni.Sem precisar disputar o coquinho de cada dia a mordidas, sobra tempo para atividades sociais epara cultivar amizades. Com relações tão complexas, o macaco-prego só podia mesmo ser umsujeito muito esperto.”Superinteressante, julho/00, p.72.De acordo com o texto:01. existem duas razões fisiológicas para o desenvolvimento cognitivo do macaco-prego;02. o macaco-prego é o parente mais próximo do homem e pertence a um grupo menosevoluído de primatas;04. o macaco-aranha e o muriqui são macacos africanos;08. o macaco-aranha e o muriqui são espécies de macacos da América, da mesma formaque o macaco-prego;16. diferente dos outros primatas, na sociedade dos macacos-prego não existe a noçãode poder e liderança.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


158. Univali-SC“Maria MariaMaria, MariaÉ um dom, uma certa magia,Uma força que nos alerta.Uma mulher que merece viver e amarComo outra qualquer do planeta.Maria, MariaÉ o som, é a cor, é o suor.É a dose mais forte e lentaDe uma gente que ri, quando deve chorar,E não vive, apenas agüenta.”Milton Nascimento e Fernando Brandt.A opção que melhor sintetiza o trecho da canção é:a) Todas as mulheres merecem ser amadas.b) A mulher, Maria, apenas suporta a dor de viver.c) Maria, a mulher da canção, é uma combinação de força e resistência, como são todasas mulheres do planeta.d) Maria, no texto, simboliza os seres humanos que lutam, sofrem e resistem à dor de viver.e) A mulher brasileira, representada pela Maria da canção, transforma a dor em alegria,a lágrima em riso, e segue sua vida.65GABARITOIMPRIMIRTexto para as questões 159 e 160.“A LÍNGUA NA LITERATURA BRASILEIRA(Machado de Assis)Entre os muitos méritos dos nossos livros nem sempre figura o da pureza da linguagem. Não é rarover intercalados em bom estilo os solecismos da linguagem comum, defeito grave a que se junta o daexcessiva influência da língua francesa. Este ponto é objeto de divergência entre os nossos escritores.Divergência digo, porque, se alguns caem naqueles defeitos por ignorância ou preguiça, outroshá que os adotam por princípio, ou antes por uma exageração de princípio.Não há dúvida que as línguas se aumentam e alteram com o tempo e as necessidades dos usose costumes. Querer que a nossa pare no século de quinhentos é um erro igual ao de afirmar quea sua transplantação para a América não lhe inseriu riquezas novas. A este respeito a influência dopovo é decisiva. Há portanto certos modos de dizer, locuções novas, que de força entram nodomínio do estilo e ganham direito de cidade.Mas se isto é um fato incontestável, e se é verdadeiro o princípio que dele se deduz, não meparece aceitável a opinião que admite todas as alterações da linguagem, ainda aquelas que destroemas leis da sintaxe e a essencial pureza do idioma. A influência popular tem um limite; e oescritor não está obrigado a receber e dar curso a tudo o que o abuso, o capricho e a modainventam e fazem correr. Pelo contrário, ele exerce também uma grande parte da influência a esterespeito, depurando a linguagem do povo e aperfeiçoando-lhe a razão.Feitas as exceções devidas, não se lêem muito os clássicos no Brasil.Entre as exceções poderia eu citar até alguns escritores, cuja opinião é diversa da minha neste ponto,mas que sabem perfeitamente os clássicos. Em geral, porém, não se lêem, o que é um mal. Escrever comoAzurara ou Fernão Mendes seria hoje um anacronismo insuportável. Cada tempo tem o seu estilo. Masestudar-lhes as formas mais apuradas da linguagem, desentranhar delas mil riquezas que, à força develhas, se fazem novas, – não me parece que se deva desprezar. Nem tudo tinham os antigos, nem tudotemos os modernos; com os haveres de uns e outros é que se enriquece o pecúlio comum.”159. AEU-DFJulgue os itens abaixo, em relação à compreensão e à interpretação do texto.( ) Machado de Assis, em seu texto, propõe a mediação, por intermédio dos escritores,entre a tradição e a modernidade.( ) Conquanto reconheça a necessidade de atualização da língua, o autor se opõe àtácita aceitação de modismos, principalmente por parte dos escritores.( ) Machado, apesar de defender a preservação da essência lingüística do Português,não imputa aos literatos tal responsabilidade.( ) Ele é de opinião que se pode muito bem prescindir do conhecimento dos clássicospara se saber corretamente a língua culta.( ) É notória a sua preferência pelo aristocrático e o tradicional e o seu desprezo pelopopular e o moderno.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


160. AEU-DFJulgue os itens que seguem, em relação à teoria e aos estilos de época na LiteraturaBrasileira.( ) De roupagem metalingüística, o texto lido pode ser classificado como crônica.( ) Nele, Machado de Assis faz um ensaio crítico em que, após apresentação de umatese, expõe os elementos que a compõem.( ) Evitando o estilo fácil e superficial, o autor leva constantemente o leitor à reflexão,com sua dialética irresistível.( ) Toda a fundamentação lingüística de Machado é profundamente influenciada pelaspremissas saussurianas, que então vigoravam no Brasil do século XIX.161. UnB-DF“Um grupo de alunos de uma escola de propaganda e marketing recebeu a tarefa de criartextos publicitários a partir de fragmentos de textos da literatura brasileira. Para isso, o grupoescolheu fragmentos que apresentam temáticas e enfoques diferenciados da realidade sociocultural,econômica ou política nacional, identificados abaixo.”66GABARITOIMPRIMIRFragmento IProcuremos, porém, neste intricado caldeamento a miragem fugitiva de uma sub-raça, efêmeratalvez. Inaptos para discriminar as nossas raças nascentes, acolhamo-nos ao nosso assunto. Definamosrapidamente os antecedentes históricos do jagunço.Ante o que vimos a formação brasileira do norte é mui diversa da do sul. As circunstânciashistóricas, em grande parte oriundas das circunstâncias físicas, originaram diferenças iniciais noenlace das raças, prolongando-as até ao nosso tempo.A marcha do povoamento, do Maranhão à Bahia, revela-as.CUNHA, Euclides da. Os sertões. In: Obra completa. vol. II. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1995. p. 162.Fragmento II“Quadrante que assim viemos, por esses lugares, que o nome não se soubesse. Até, até. Aestrada de todos os cotovelos. Sertão, - se diz - o senhor querendo se procurar, nunca não encontra.De repente, por si, quando a gente não espera, o sertão vem. Mas, aonde lá, era o sertãochurro, o próprio, o mesmo. Ia fazendo receios, perfazendo indagação. Descemos por umas grotas,no meio de serras de parte-vento e suas mães árvores.”ROSA, Guimarães. Grande sertão: veredas. Apud SANTOS, Volnir e Adão E. Carvalho. Literatura brasileira. 3ª ed. porto Alegre:Sulina. 1997. p. 158.Fragmento III“E se eu lhe disser que vossa História está toda escrita, em magnífico resumo, na face e nasvidas das gentes que hoje se acham no réveillon do Comercial? E se eu vos assegurar que nesteclube se agita uma espécie de microcosmo do Rio Grande? (...) Ali estão dois representantes do clãpastoril, os senhores de terras e gados, muitos deles descendentes dos primeiros sesmeiros...”VERÍSSIMO, Érico. O tempo e o vento. Apud Sergius Gonzaga.Manual de literatura brasileira, 5ª. ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1989. p. 227.Fragmento IV“Agora estamos fartos de aventuras exóticas e mesmo de adjetivos clássicos e é possível dizer que estefoi o último aventureiro exótico da planície. Um aventureiro que assistiu às notas de mil réis acenderem oscharutos e confirmou de cabeça que a lenda requentou. Depois dele: o turismo multinacional.”SOUZA, Márcio. Galvez, o imperador do Acre. 12ª ed. Rio de Janeiro: Marco Zero. 1984. p. 13.Fragmento V“E mais! Um país de povo alegre, festeiro, que dribla todas as dificuldades com o célebre jeitinho,um país feliz! E mais! Um povo que nunca enfrentou guerras, nem pestes, nem vulcões, nemterremotos, nem furacões, nem lutas fratricidas. E mais! Um povo que convive em amenidade ecortesia, um povo prestativo, de coração bondoso, em que todas as cores e raças se misturamlivremente, pois desconhece o preconceito racial, visto que aqui o preconceito é econômico.”RIBEIRO, João Ubaldo. Viva o povo brasileiro. Rio de Janeiro: Record. 1984. p. 626.Em cada um dos itens seguintes, julgue se o(s) fragmento(s) acima poderia(m) subsidiara elaboração de um texto publicitário com a temática apresentada abaixo.( ) fragmento II ( ) fragmento V ( ) fragmento I e III ( ) fragmento II e IV– integração nacional, pela abertura de rodovias.– divulgação de qualidades do país com vistas à atração de turistas para a festa decomemoração dos 500 anos do descobrimento do Brasil.– valorização das idiossincrasias regionais.– lançamento de uma fábrica brasileira de cigarros.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


Leia o texto abaixo para responder a questão 41.“No Brasil, mas de passagemO processo de abertura econômica do país produziu mudanças na vida dos brasileiros, mas mexeutambém com a rotina de milhares de estrangeiros. Desde 1990, grupos cada vez maiores de executivosoriundos de outros países mudaram-se com a família para o Brasil para trabalhar. O processo se intensificoucom as privatizações ocorridas no setor de telecomunicações, com a venda de bancos para gruposestrangeiros e com a chegada da nova safra de montadoras de automóveis. Hoje, existem colônias defranceses no Paraná, graças à Renault. Em São Paulo, muitos espanhóis na esteira da Telefônica. A Bahiarecebeu uma recente onda de americanos por causa da transferência da Ford, “roubada” do Rio Grandedo Sul. Das 500 maiores companhias transnacionais, mais de 400 estão instaladas no país. Como oBrasil ganhou espaço no mundo dos negócios, nada mais natural que essas empresas transfiram parao país alguns executivos da matriz. Para as companhias, essa transferência representa um reforço nafilial. Para os executivos e a família, a mudança é um sacolejo completo na vida.”BUCHALLA, Anna Paula, Veja, 26/04/2000.67162. UEMS De acordo com o texto é correto afirmar que:a) Os estrangeiros têm vindo, por iniciativa própria, em massa, procurar emprego emnosso país.b) A Renault construiu uma colônia de franceses no Paraná.c) As multinacionais empregam executivos estrangeiros, já que aqui não há executivospreparados.d) As multinacionais transferem executivos da matriz para o Brasil objetivando reforçarsua filial.e) Todas as 400 empresas transnacionais instaladas no Brasil trouxeram seus executivosda matriz.Texto para a questão 163.GABARITOIMPRIMIR“NOVOS & VELHOS(Mário Quintana)Não, não existe geração espontânea. Os (ainda) chamados modernistas, com a sua livre poética,jamais teriam feito aquilo tudo se não se houvessem grandemente impressionado, na incautaadolescência, com os espetáculos de circo dos parnasianos.Acontece que, por sua vez, fizeram eles questão de trabalhar mais perigosamente, sem rede desegurança - coisa que os acrobatas antecessores não podiam dispensar.Quanto a estes, os seus severos jogos atléticos eram uma sadia reação contra a languidez dosromânticos. E assim, sem querer, fomos uns aprendendo dos outros e acabando realmente por herdarsuas qualidades ou repudiar seus defeitos, o que não deixa de ser uma maneira indireta de herdar.Por essas e outras é que é mesmo um equívoco esta querela, ressuscitada a cada geração, entrenovos e velhos.Quanto a mim, jamais fiz distinção entre uns e outros. Há uns que são legítimos e outros quesão falsificados. Tanto de um como de outro grupo etário.Porque na verdade a sandice não constituiu privilégio de ninguém, estando equitativamentedistribuída entre novos e velhos, em prol do equilíbrio universal.E, além de tudo, os novos significam muito mais do que simples herdeiros: embora sem saber,embora sem querer, são por natureza os nossos filhos naturais.”163. AEU-DF-ModificadaJulgue os itens abaixo, em relação à compreensão e à interpretação do texto.( ) Para Mário Quintana, apesar de equivocada, é latente a contenda entre novos evelhos poetas.( ) Ao apontar os novos como herdeiros, deixa subjacente a condição de inferioridadedeles em relação aos velhos.( ) No primeiro parágrafo diz que a poética parnasiana, também foi responsável peloaprendizado dos modernistas.( ) Para ele, o ímpeto da loucura é exclusivo da senilidade.( ) Depreende-se de todo que Quintana não estabelece relação direta entre a qualidadedo poeta e sua faixa etária.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


Textos para a questão 164.Texto I“Fragmento da Carta de Pero Vaz de Caminha... a terra em si, é muito boa de ares, tão frios e temperados, como os de Entre-Douro e Minho,porque, neste tempo de agora, assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas e infindas.De tal maneira é graciosa que, querendo aproveitá-la dar-se-á nela tudo por bem das águas quetem.”68Texto II“Carta de Pero Vaz(Murilo Mendes)A terra é mui graciosa,Tem macaco até demais.Tão fértil eu nunca vi.Diamantes tem à vontade,A gente vai passear,Esmeralda é para os trouxas.No chão espeta um caniço,Reforçai, Senhor, a arca,No dia seguinte nasceCruzados não faltarão,Bengala de castão de oiro.Vossa perna encanareis,Tem goiabas, melancias,Salvo o devido respeito.Banana que nem chuchu.Ficarei muito saudosoQuanto aos bichos, tem-nos muitos,Se for embora daqui.”De plumagens mui vistosas.164. UFPB-PSS Após a leitura dos textos I e II, verifica-se que Murilo Mendes ironiza aexaltação da terra feita por Caminha. Essa ironia é traduzida claramente pelo(s) verso(s):a) A terra é mui graciosa, c) Tem goiabas, melancias,Tão fértil eu nunca vi.Banana que nem chuchu.b) No chão espeta um caniço, d) Diamantes tem à vontade,No dia seguinte nascee) Quanto aos bichos, tem-nos muitos,Bengala de castão de oiro.GABARITOIMPRIMIRTexto para as questões 41 e 42.“Ainda não haviam louras, nem surfistas,nem mulatas, nem biquínis, nas praias douradasdesse novo país. Havia outra raça bronzeadaque corria nua pelas matas e florestase pelo litoral.Araras, papagaios, onças, capivaras, umnúmero sem fim de animais povoavam asselvas e constelações de pássaros enfeitavamos céus sem fumaça do novo mundo descoberto.Rios e riachos corriam límpidos, cristalinos e plenos de peixes. Árvores gigantescas e multidõesde palmeiras formavam o imenso verde da futura bandeira. Era assim o Brasil de Cabral, jáquinhentos anos passados. Como será esse país no futuro, quando for a vez desses meninos?Riachos, rios, árvores, palmeiras, onças e capivaras, araras e papagaios, cajueiros, mangueiras...ainda haverá?”Texto extraído da revista Rivista. Edição Zero. Fortaleza: Editora RISO, s/d, p.55.165. UFPB-PSS A intertextualidade é a relação que ocorre entre dois ou mais textos. Essarelação pode dar-se em forma de paráfrase ou de paródia. O corpo do texto é uma paráfraseda Carta de Caminha pois:I. apesar da leve mudança no estilo, confirma a visão de Caminha sobre a terra descoberta;II. faz críticas explícitas ao aspecto ufanista da Carta;III. mantém o mesmo olhar positivo de Caminha sobre o futuro da terra brasileira;IV. embora escrita no mesmo estilo, critica de modo disfarçado a visão de Caminha sobrea terra descoberta.Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s):a) I, II e III. b) I e III. c) I. d) II e IV. e) III e IV.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


166. UFPB-PSS A respeito da manchete: Cabral descobre o caminho das Índias, é corretoafirmar que o autor pretendia:a) dizer que havia muitas índias na terra descoberta;b) dizer que Cabral descobriu o caminho que o levaria para as Índias;c) usar a homonímia para causar um efeito humorístico;d) explorar a sinonímia das palavras;e) usar a paronímia a fim de confundir o leitor.As questões de números 167 e 169 referem-se ao texto abaixo.“É próprio da natureza humana olhar o passado com melancolia, como se o bom e o interessantenão tivessem presente, nem futuro. Nessa operação mental, até o ruim de outrora ganhauma aura mágica, como demonstram os relatos das décadas de 60 e 70. Em suas reminiscências,a passagem do saudosismo para a mitificação é instantânea.”69167. Unifor-CEI. Os relatos das décadas de 60 e 70 limitam-se a um registro dos fatos sociais mais notáveis.II. Existe um tipo de operação mental capaz de transfigurar os acontecimentos do passado.III. Entre o saudosismo e a mitificação não há distância.A respeito dos enunciados acima, está correto o que se afirma somente em:a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) II e III.168. Unifor-CE De acordo com o texto:a) as noções de presente, passado e futuro fundem-se simultaneamente na mente humana;b) é tendência própria da natureza humana a visão fantasiosa do passado;c) os relatos das décadas de 60 e 70 revelam uma nota da melancolia reinante na época;d) o saudosismo é sentimento característico daqueles que usufruíram de um passado agradável;e) o bom e o interessante representam-se como alvo permanente da ambição humana.169. Unifor-CE A expressão aura mágica denota no texto um:a) passado feliz; d) sentimento saudosista;b) sentido excepcional; e) ar misterioso.c) halo de encantamento;GABARITO170. UnifenasDiante de coisa tão doídaconservemo-nos serenos.Cada minuto de vidaNunca é mais, é sempre menos.“O RelógioSer é apenas uma faceDo não ser, e não do ser.Desde o instante em que se nascejá se começa a morrer.”Cassiano Ricardo.IMPRIMIRConsidere as seguintes afirmações a respeito do texto:I. Os versos 3 e 4 expressam a idéia de que, a cada instante que passa, estamos maispróximos da morte.II. “Ser”, no verso 5, corresponde à nossa existência que é o estado transitório, ligado àclassificação morfológica do verbo ser, que é de ligação.III. O relógio faz pensar na efemeridade de nossa existência na Terra.IV. Perpassam, em todo o poema, sentimentos de angústia, niilismo e revolta.Está correto o que se afirma apenas em:a) I e III. d) III e IV.b) II e IV. e) IV.c) II e III.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


As questões de números 171 a 173 baseiam-se no texto abaixo.70“Resolvo-me a contar, depois de muita hesitação, casos passados há dez anos – e, antes decomeçar, digo os motivos por que silenciei e por que me decido. Não conservo notas: algumas quetomei foram inutilizadas e, assim, com o decorrer do tempo, ia-me parecendo cada vez maisdifícil, quase impossível, redigir esta narrativa. Além disso, julgando a matéria superior às minhasforças, esperei que outros mais aptos se ocupassem dela. Não vai aqui falsa modéstia, comoadiante se verá. Também me afligiu a idéia de jogar no papel criaturas vivas, sem disfarces, com osnomes que têm no registro civil. Repugnava-me deformá-las, dar-lhes pseudônimo, fazer do livrouma espécie de romance; mas teria eu o direito de utilizá-las em história presumivelmente verdadeira?Que diriam elas se se vissem impressas, realizando atos esquecidos, repetindo palavrascontestáveis e obliteradas?Restar-me-ia alegar que o DIP, a polícia, enfim, os hábitos de um decênio de arrocho, meimpediram o trabalho. Isto, porém, seria injustiça. Nunca tivemos censura prévia em obra dearte. Efetivamente se queimaram alguns livros, mas foram raríssimos esses autos-de-fé. Emgeral a reação se limitou a suprimir ataques diretos, palavras de ordem, tiradas demagógicas,e disto escasso prejuízo veio à produção literária. Certos escritores se desculpam de não haveremforjado coisas excelentes por falta de liberdade – talvez ingênuo recurso de justificarinépcia ou preguiça. Liberdade completa ninguém desfruta: começamos oprimidos pela sintaxee acabamos às voltas com a delegacia de Ordem Política e Social, mas nos estreitos limitesa que nos coagem a gramática e a lei, ainda nos podemos mexer. Não será impossível acharmosnas livrarias libelos terríveis contra a república novíssima, às vezes com louvores de sustentáculosdela, indulgentes ou cegos. Não caluniemos o nosso pequenino fascismo tupinambá:se o fizermos, perderemos qualquer vestígio de autoridade e, quando formos verazes,ninguém nos dará crédito. De fato ele não nos impediu escrever. Apenas nos suprimiu odesejo de entregar-nos a esse exercício.”Graciliano Ramos.171. Unifor-CE O autor enumera razões que justificam um silêncio de dez anos. Entre elas,é incorreta:a) existia uma censura prévia, que o impediria de publicar seu livro, caso o escrevesse;b) julgava-se incapaz de colocar num livro os acontecimentos que vivenciara;c) sentia-se desautorizado a relatar fatos sobre pessoas reais e identificá-las por seu verdadeironome;d) perdera as anotações que havia feito, com intenção de dar veracidade aos fatos;e) tencionava prender-se aos fatos, como realmente haviam ocorrido, sem romanceá-los.GABARITOIMPRIMIR172. Unifor-CE Infere-se do final do texto que:a) sempre há pessoas que aceitam a opressão política e se beneficiam dela, para publicarsuas obras;b) a falta de liberdade política, em qualquer época ou lugar, inibe também a capacidadede criação literária;c) numa época de força policial, os civis não conseguem fazer-se ouvir pelas autoridadesdo poder;d) escrever romances só é possível em determinadas situações políticas, com o uso depseudônimos ou de outros disfarces;e) sem liberdade de criação, o escritor é como um cego, ou alguém em quem não se podeconfiar;173. Unifor-CE O autor situa num mesmo plano, como limites à liberdade de expressão,principalmente escrita:a) os fatos reais em oposição à invenção literária;b) um depoimento verdadeiro, contra a existência de uma censura prévia;c) a força policial e a ausência de anotações que sirvam de apoio à narrativa;d) a impossibilidade de escrever com clareza, e a proibição de usar nomes verdadeiros;e) as normas gramaticais e as ações da força policial.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


Para responder às questões de números 174 a 175, considere o poema que segue.“Antes de lançares a semente no chão,antes de calculares os lucros da seara,e antes de somares o valor da jóia que vais dar a tua noiva,ou os cofres que tu vais enchere as coisas que tu vais transformar;vê através do pequeno embrião de árvore:a sombra, o pastor tocando a sua gaitae a virgem derrubada debaixo da fronde,e o neto do pastor subindo nos galhosà procura dos ninhos escondidos;e os ramos benfazejos descendo sobre novos berços.Vê o jovem enforcado num dos galhos sem folhas,e o Bem e o Mal sempre brotando da árvore;e as sementes, como nas parábolas sagradasdando de comer aos pássaros ou secando nas pedras;e sempre galhos subindo para a glória de Deuse sempre galhos descendo para a fome da terra.”LIMA, Jorge de. Poesias Completas. Rio de Janeiro: Aguilar, 1974. v. 2, p. 57.71174. UFSE A idéia central do poema está em:a) Uma semente é a síntese da vida individual, familiar e do mundo todo.b) A árvore sempre foi e continuará associada à noção da bondade divina.c) A árvore que brota da semente é o símbolo da riqueza material.d) O Bem e o Mal fazem parte da vida, desde os tempos bíblicos.e) O cultivo da terra garante os alimentos de toda a população, no mundo inteiro.175. UFSE Infere-se corretamente do poema que:a) os galhos de uma árvore podem simbolizar mais as coisas boas que as más, desde queeles estejam floridos;b) os pássaros, mesmo aqueles que prejudicam uma plantação comendo as sementes, sãosímbolos do poder divino;c) as crianças serão sempre mais felizes e saudáveis se crescerem em contato com a natureza;d) a simplicidade da vida campestre, no ritmo lento da natureza, induz a uma acomodaçãodo homem à rotina diária.e) a árvore é sinônimo de vida, tanto espiritual, por elevar seus galhos ao céu, quantoterrestre, por aquilo que produz.GABARITOIMPRIMIRTexto para as questões 176 e 177.“Ciúme, como lidar com esse venenoMarido apaixonado desconfia que a mulher, linda, o trai com um amigo. A mulher é honesta, oamigo é sincero, mas o marido só enxerga à sua volta indícios da traição inexistente. Por fim, transtornado,mata a mulher e se mata. A tragédia, no seu cruel desenrolar, é velha como o mundo.Assim foi descrita magistralmente por William Shakespeare, no século XVII, no texto em que Otelo,o general mouro, mata a doce Desdêmona. Antes dele e depois dele, homens e mulheres mataram(e matam) pelo mesmo motivo: o ciúme, um sentimento insano, paranóico, doente, insuportávelpara quem sente e doído, perigoso, para quem é alvo dele. A morte é uma atitude extrema, mas astragédias clássicas acabam sendo a melhor tradução para a força destruidora e devastadora dessesentimento. A realidade, o verniz civilizatório ou, simplesmente, a sobrevivência do bom senso mesmoque o cotovelo doa colocam freios em boa parte das pessoas que dele sofrem – por isso, e só porisso, as ruas não estão coalhadas de corpos adúlteros ou apaixonados desprezados. (...)”Veja: 14/06/2000.176. UFR-RJ A narração que dá início ao texto aborda um tema:a) ausente nas obras clássicas; d) inerente a qualquer manifestação literária;b) recorrente na literatura universal; e) próprio da literatura socialmente engajada.c) cultivado pelas elegias pastoris;VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


177. UFR-RJ O comentário sobre o ciúme chama a atenção do leitor para:a) a ação inibidora das convenções sociais;b) a influência maléfica de uma obra literária;c) os perigos do verniz civilizatório para o homem;d) o adultério, como tema constante das tragédias gregas;e) a importância do século XVII para a literatura brasileira.Texto para as questões 178 e 179.72“(minuano)A chuva escorre na vidraça: na rua o vento uiva.E geme, na árvore dobrada.Lembrança – o vento pertence ao campo.Uma rês geme, vagabunda, gotejante: o vento a corta, como faca.Estranha faca: gelo e água.O vento nasce e morre no horizonte: o mundo é redondo.E no entanto o tempo passa:Do campo, o vento chega arrefecido na cidade.Protegido no copo de conhaque, divirto-me como os desenhos abstratos Que desenha emgotas na vidraça.E no entanto o vento uiva, mesmo na cidade: tem presente seu passado. Mais estranho: omundo é redondo, o vento nasce e morre no horizonte;E sempre prossegue rumo ao norte.”Flávio Aguiar.178. USU-RJ O vento só não causa no poeta:a) postura nostálgica em relação ao tempo; d) medo da fugacidade do tempo;b) intenso questionamento sobre tempo; e) curiosidade quanto à origem do vento.c) desligamento da realidade;179. USU-RJ Marque a opção que apresenta a palavra que primeiro marca o tempo no poema:a) chuva. b) lembrança. c) vento. d) nasce. e) passa.180. Univali-SC“Calouros como genteGABARITOIMPRIMIRAs boas iniciativas que transformam o ritual de entrada na faculdade num momento feliz.Há caminhos suaves para abolir o trote violento. Em todo o país começa a vir à tona uma série deboas idéias que pode transformar o ritual de entrada na universidade um momento agradável – enão em festivais de estupidez. Há 15 dias, alunos do Diretório Central dos Estudantes (DCE) daUniversidade Veiga de Almeida, do Rio de Janeiro, levam os calouros para a rua e, unidos, promoveramo “trote solidário”. Ninguém precisou pedir dinheiro na esquina ou teve os cabelos pintados.Para participar da festa, os calouros só precisaram levar 1 quilo de alimento não perecível. Arrecadou-semais de 200 quilos, que serão doados para obras sociais. (...) A solução encontrada pelaUERJ foi transformar o trote em atividade cívica. Em vez de cumprir tarefas vexatórias, os calourosensinaram crianças de favelas a escovar dentes, como fizeram os alunos de Odontologia no anopassado, ou recolher lixo nas praias, tarefa dos novatos de Oceanografia.Em outros estados há iniciativas de trote solidário semelhantes ao da UERJ. Escolas como a FGV, aFaculdade de Economia e Administração (FEA) e a PUC, todas de São Paulo, transformaram a recepçãoem coleta de sangue. O hemocentro de São Paulo recebeu, no início do ano, 3.427 bolsas de sangue.”A idéia central do texto é:a) O trote aos calouros deve ser, de uma vez por todas, abolido.b) Há várias maneiras de camuflar o trote tradicional.c) As universidades têm obrigação de criar trotes sociais.d) Os trotes tradicionais podem virar trotes solidários.e) Os calouros são a favor dos trotes independentemente do tipo.VIEIRA, Marceu - Época, 26 de abril de 1999.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


181. Univali-SC“... são apresentadoras dos programas infantis, destinados às crianças. São apresentadorasmedíocres interessadas apenas em ensinar a dança da bundinha, a dança da garrafa, essas coisasconstrangedoras para um país que se diz sério e pretende crescer a começar por sua infância.Então fica assim: de um lado, a grande legião de crianças abandonadas à própria sorte neste paísabsurdo; e, de outro lado, as outras crianças que têm casa, têm família, que ficam diante datelevisão vendo as representantes da inconseqüência nesse vale-tudo sombrio.”Revista Caros Amigos - março de 1999.Lygia – texto de Álvaro de Alves de Faria.73A idéia central do texto é:a) As crianças, no Brasil, podem ser vistas como pertencentes a dois grandes grupos,ambos desamparados.b) Os programas infantis ensinam às crianças danças constrangedoras e escandalosas.c) A responsabilidade das apresentadoras de programas infantis nem sempre é o pontoforte da programação das emissoras.d) Uma crítica às apresentadoras de programas infantis, que poderiam contribuir para aeducação infantil, mas pouco ou nada fazem nesse sentido.e) Algumas crianças têm tudo: casa, família, assistência, enquanto outras nada têm, evivem nas ruas.Texto para as questões 182.“É difícil ser faber e ludens ao mesmo tempoSomos sempre faber e ludens, ainda que dificilmente ao mesmo tempo. Divertir-se trabalhandoou trabalhar divertindo-se é, em tese, o objetivo de todos, mas, na prática, uma exceção válidapara muito poucos, em muito poucas circunstâncias...Algumas pessoas dizem que o trabalho é sua principal diversão, mesmo quando dispõem deoutras alternativas e as aproveitam. São alguns privilegiados – como artistas, esportistas, artesãosprofissionais e alguns executivos e empresários –, pessoas que conseguem imprimir um ritmopessoal de intensidade e tempo ao seu trabalho e condições próprias de execução.”CAMARGO, Luiz Octávio de Lima. Introdução. In: Educação para o lazer. São Paulo: Moderna, 1998. p. 22.GABARITO182. UnB-DF Julgue os itens que se seguem, a respeito da organização das idéias do texto.( ) O texto “ainda que” confere à oração subordinada uma idéia de conseqüência eadmite ser corretamente substituído por já que.( ) Na linha 4, o termo “muito”, que intensifica “poucos” e “poucas”, é uma palavrainvariável quanto a gênero e número.( ) Depreende-se do texto que “pessoas que conseguem imprimir ritmo pessoal deintensidade e tempo ao seu trabalho e condições próprias de execução” são aquelasque alcançam o “objetivo de todos”.( ) O texto demonstra que a tese de que somente o trabalho lúcido dignifica o homemnão é comprovada na prática.( ) Infere-se da leitura do texto que a intensidade e o tempo aplicados ao trabalho sãofatores relacionados ao “ritmo pessoal”.Texto para a questão 183.IMPRIMIR“Confissões de Gisele Bündchen para o editor-chefe da revista Ícaro Brasil, Mac Margolis,no Bubby’s, em Nova YorkTrabalho e prazer. No começo eu confesso que trabalhava mais pelo dinheiro. Com o tempo,comecei a levar o trabalho numa boa. Num dia, você tem que ser sexy, no outro, ingênua e,depois, maluquete. Hoje uma soldada na guerra, amanhã uma perua no shopping. É como vidade atriz, só que o palco é a capa da revista, a passarela.E depois? Daqui a cinco anos, penso em cair fora. Não quero trabalhar para sempre. Querovoltar ao Brasil, casar, ter filhos e uma fazenda. Quero aprender com a indústria da moda, não medestruir com ela.”Ícaro Brasil, 1/2000 (com adaptações).VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


183. UnB-DF Com relação ao texto e ao fragmento de texto acima, julgue os itens seguintes.( ) Considerando que as expressões “faber” e “ludens” correspondem, respectivamente,a trabalho e divertimento, é correto concluir que a entrevistada admite quedeixou de ser muito faber para se tornar mais ludens.( ) Para que o fragmento de texto obedeça às exigências da norma culta formal, asexpressões “levar o trabalho numa boa” e “cair fora” devem ser substituídas, respectivamente,por carregar bem o trabalho e precipitar-me.( ) No fragmento de texto, o pronome pessoal “você” está empregado como indicadorde um sujeito indeterminado, corresponde tanto a eu, Gisele Bündchen, como aqualquer pessoa nas mesmas circunstâncias.( ) No fragmento do texto, pela significação textual, as expressões “Quero aprender” e“não me destruir” são empregadas como semanticamente equivalentes.Texto para a questão 184:74“O trecho abaixo foi retirado dos PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS – ENSINO MÉDIO (Brasília,DF: Ministério da Educação. 1999, p. 133-4). Leia-o, com atenção, e responda à questão proposta.Qualquer inovação tecnológica traz certo desconforto àqueles que, apesar de conviverem comela, ainda não a entendem. As tecnologias não são apenas produtos de mercado, mas produtosde práticas sociais. Seus padrões são arquitetados simbolicamente como conteúdos sociais, paradepois haver uma adaptação mercadológica.As tecnologias da comunicação e informação não podem ser reduzidas a máquinas; resultam deprocessos sociais e negociações que se tornam concretas. Elas fazem parte da vida das pessoas; nãoinvadem a vida das pessoas. A organização de seus gêneros, formatos e recursos procura reproduzir asdimensões da vida no mundo moderno, o tempo, o espaço, o movimento: o mundo plural hoje vivido.Novos modos de sentir, pensar, viver e ser, construídos historicamente, se mostram nos processoscomunicativos derivados das necessidades sociais.Cabe à escola o esclarecimento das relações existentes, a indagação de suas fontes, a consciênciade sua existência, o reconhecimento de suas possibilidades, a democratização de seus usos.”GABARITO184. UFMS Assinale a(s) alternativa(s) que se mostra(m) ao texto lido.01. Os padrões das inovações tecnológicas adaptam-se, em primeiro lugar, às exigênciasdo mercado de consumo para, em seguida, atender às demandas sociais.02. Embora hoje as tecnologias de comunicação e informática façam parte do cotidianodas pessoas, estas ainda resistem ao seu uso por falta de conhecimento sobre o assunto.04. O sentimento experimentado por aqueles que ainda não entendem as inovações tecnológicasé de desconfiança, já que estas representam o trato com o novo, com odesconhecido que amedronta.08. Os processos comunicativos têm sua origem nas necessidades sociais e, portanto,espelham, na atualidade, os múltiplos aspectos que caracterizam a vida do homem.16. As tecnologias em questão podem ser tomadas como máquinas, pois resultam de processoshistóricos e sociais que, apesar de simbólicos a princípio, acabam por concretizar-se.32. A escola não deve opor-se às tecnologias de comunicação e informática, mas utilizálas,com cautela e moderação, adequando-as às suas possibilidades e às exigênciasdo mercado de consumo.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.185. UFGO Leia a mensagem publicitária abaixo, publicada em O Popular, em 1º ago. 1999.DIA 9, SAIA DO STRESSIMPRIMIRA partir do dia 9, toda segunda-feira, você vaificar mais relaxado e em boa companhia. Serão16 sessões de uma análise completa e descomplicadados livros indicados para os vestibularesda Federal, da Católica e outras faculdades.É só ler e relaxar que você tira de letra qualquerquestão de literatura.Afinal, vestibulando e stress dão uma mistura explosiva. Fique esperto!Toda 2ª vai ter um novo livro pra você!VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


Considerando-se que, para o vestibular, a leitura obrigatória de livros da literatura brasileiratem um propósito pedagógico, é oportuno perguntar-se: no cumprimento desse deverque se impõe ao vestibulando?Analisando-se os efeitos de sentido que a linguagem permite criar no referido anúncio,pode-se afirmar que:( ) se depreende do texto uma associação entre stress, vestibular e leitura dos livros;daí se sugere que, lendo o material anunciado, o vestibulando estará valendo-se deum meio de atenuação do stress decorrente das muitas exigências do vestibular;( ) o canal, explicitado pela palavra você, recebe a ênfase nessa comunicação, devidoà predominância da função fática;( ) o vestibulando terá, não apenas de relaxar-se e ler a análise dos livros indicados, mastambém de ler os próprios livros, para “tirar de letra qualquer questão de literatura”;( ) a metonímia utilizada na última frase do texto pode induzir o leitor a um equívoco intelectualmentedanoso; o de acreditar que a análise do livro dispensa a leitura do mesmo.Leia o texto que segue para responder a questão 186.75“Faz parte de nossa tradição tomar mate. Chimarrão é o mate cevado, sem açúcar, regado a águaquente. Tereré é o refresco, bem gelado. De acordo com o clima, passa-se do chimarrão ao tereré.Para tomar mate é necessário adquirir-se uma cuia, morena e matuta, uma bomba ou bombilhae a erva moída, tudo semelhante a “um coração verde com uma artéria de prata”, conformepoema do gaúcho Aparício Silva Rillo.O ideal é tomá-lo numa grande roda, sob um laranjal.Se houver os serviços de alguma bugra para “carregar mate”, ótimo. “Carregar mate” significaalguém ficar segurando a chaleira, passar a cuia de uma mão para a outra, de uma boca para aoutra, respeitando a vez de cada um, a animação da prosa e o ritmo dos sorvos. Levar a chaleira ládentro para esquentar de novo quando a água começar a esfriar, para não azedar o mate.É bom que haja no céu um sol bem vermelho e uma poeira cor-de-tijolo envolvendo tudo.Se for na hora do quiriri e algumas estrelas perfurarem a tarde com suas pontas de lata, aconversa será mais lenta.Se alguém falar alguma frase, alguma palavra em guarani, como chê-kambá ou cunhataí, darámais sabor à erva.Importante mesmo é que haja um clima de comunhão, de cachimbo da paz, tudo muito mornoe quente. (...)”NOVEIRA, Raquel. O arado e a estrela. Campo Grande, Ed. UCDB, 1996. p. 23.GABARITO186. UFMS Marque a(s) alternativa(s) que NÃO está(ão) de acordo com o texto.01. O mate é o principal ingrediente tanto do chimarrão quanto do tereré.02. As duas bebidas – o chimarrão e o tereré – são tomadas sempre durante o dia, comsol forte e poeira envolvendo tudo.04. Os serviços de uma bugra para “carregar mate” são indispensáveis, senão a ervapode azedar.08. A expressão na hora do quiriri, tal como aparece no 6º (sexto) parágrafo, pode serassociada à chegada da noite.16. O uso de palavras ou expressões em guarani faz parte de um ritual mágico inerente àtradição.32. O que importa realmente para quem toma mate não são as condições atmosféricas,mas o espírito de serenidade e união que se cria entre os participantes.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.Texto para a questão 187.IMPRIMIR“O grafiteiro pixou no muro caiado: ‘Herrar é umano.’Considere as seguintes atitudes:1. Você corrige um erro.2. Você corrige dois erros.3. Você não corrige nada e elogia a criatividade do grafiteiro.4. Você fica louco da vida, xinga o cara de ignorante e manda repintar o muro.”(Lourenço Diaféria)VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


187. UFMT Assinale V, para verdadeiro, e F, para falso:( ) Na expressão pichar em muro caiado, contrapõem-se duas cores, literalmente, opreto e o branco.( ) Escrever em muros e paredes e aplicar piche são acepções do verbo pichar e amboscabem no texto.( ) As opções 3 e 4 refletem posturas diferentes em face da escrita, uma de aceitação eoutra de não-aceitação de problemas relativos à ortografia.( ) O texto faz alusão à escola pela escolha tanto da forma de dizer quanto daquilo quediz.Leia os textos que seguem. Eles servirão de base para as questões 188 e 189:76GABARITOTexto I“(...)Esse negócio de língua estrangeira em país colonizado é fogo. A começar que a nossa línguaoficial, o português, nós a recebemos do colonizador luso, o que foi uma bênção. Imagina se,como na África, nós tivéssemos idiomas nativos fixados em profundidade, ou, então, se fosserealidade a falada “língua geral” dos índios, que alguns tentaram, mas jamais conseguiram imporcomo língua oficial do brasileiro. Mesmo porque as tribos indígenas que povoaram e ainda remanescempelos sertões, cada uma fala o seu dialeto; o pataxó, por exemplo, não tem nada a vercom o falar dos amazônicos; pelo menos é o que informam os especialistas.Mas, deixando de lado os índios que nós, pelo menos, pretendemos ser, falemos de nós, osbrasileiros, com o nosso português adaptado a estas latitudes e língua oficial dos nossos váriosmilhões de nativos. Pois aqui no Brasil, se você for a fundo no assunto, toma um susto. Pegue umjornal, por exemplo: é todo recheado de inglês, como um peru de farofa. Nas páginas dedicadasao show business, que não se pode traduzir literalmente por “arte teatral”, tem significação maisextensa, inclui as apresentações em várias espécies de salas, ou até na rua, tudo é show. E o leitordo noticiário, se não for escolado no papo, a todo instante tropeça e se engasga com rap, punk,funk, soap-opera, etc., etc. Cantor de forró do Ceará, do Recife ou Bahia só se apresenta com seusong book, onde as melodias podem ser originalmente nativas, mas têm como palavras-chaveesse inglês bastardo que eles inventaram e não se sabe se nem os próprios americanos entendem.No esporte é a mesma coisa, ou pior. Já que os nossos esportes foram importados (até a palavraque os representa – sport – é inglesa). O meu querido ministro Pelé tenta descaracterizar o neologismo,chamando-o de ‘desporto’. Mas não pega.Verdade que o jornalismo esportivo procura aclimatar o dialeto, traduzindo como pode os nomesimportados – goal keeper já é goleiro, back é beque, e há traduções já não tão assimiladasque ninguém diz mais senão “centroavante”, “meio-de-campo”, etc. Engraçado nós sermos umpaís tão apaixonado por esporte, especialmente o futebol (não mais foot-ball), e nunca fomoscapazes de inventar nenhuma modalidade de peleja esportiva. Os índios têm lá os jogos deles,mas devem ser chatos ou difíceis, já que a gente não os conhece nem de nome. Ficamos nasadaptações tipo “futevôlei”, que, pelo menos, é engraçado.”Rachel de Queiroz.Texto IIIMPRIMIR188. UEMS No texto I, é possível inferir que:a) A autora defende a utilização de uma “língua geral” dos índios como língua oficial dobrasileiro.b) O fato do inglês “rechear” os jornais, por exemplo, demonstra a intenção do jornalistaem impor aquela língua.c) O português é língua oficial do Brasil e o inglês, por exemplo, é estrangeira impostapelo colonizador.d) Os neologismos impostos pelos jornalistas esportivos deveriam ser banidos do nossoidioma.e) Palavras estrangeiras, como as do texto, permitem que o falante invente e importe aspalavras que melhor lhe convier.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


189. UEMS A respeito do texto II, é possível concluir que:I. O inglês é tão usado no Brasil que algumas palavras acabam sendo incorporadas aonosso idioma.II. Em virtude de tantas palavras importadas, falar português é como falar inglês.III. Quando necessárias, as palavras estrangeiras são bem-vindas à língua portuguesa.Estão corretas:a) I. b) I e III. c) I e II. d) II e III. e) III.190. UFSE“vê através do pequeno embrião de árvore”O verso em que o poeta emprega a palavra correspondente à expressão em negrito é:a) antes de lançares a semente no chão; d) ou os cofres que tu vais encher;b) antes de calculares os lucros da seara; e) e as coisas que tu vais transformar.c) o valor da jóia que vais dar a tua noiva;191. U. Salvador-BA77“Ofendido vos tem minha maldade.Arrependido a tanta enormidade.É verdade, Senhor, que hei delinqüido,Arrependido estou de coração,Delinqüido vos tenho, e ofendido,De coração vos busco, dai-me os braços,Ofendido vos tem minha maldade.Abraços que me rendem vossa luz.Maldade que encaminha a vaidade,Luz que claro me mostra a salvação,Vaidade que todo me há vencido,A salvação pretendo em tais abraços,Vencido quero ver-me e arrependido,Misericórdia, amor, Jesus, Jesus!”MATOS, Gregório de. Soneto. In: Poemas escolhidos. São Paulo: Círculo do Livro, s/d, p. 281.Assinale V para as afirmativas comprováveis no texto e F, para as não comprováveis.( ) Dualidade entre o profano e o sagrado.( ) Consciência da efemeridade das coisas.( ) Predominância do hipérbato na primeira estrofe.( ) Relação de equivalência semântica entre os versos 6 e 7.( ) Relação de causa e efeito apresentada no verso 3.( ) Estruturação do poema segundo padrões clássicos: soneto, a rigidez métrica e aregularidade das rimas.GABARITOIMPRIMIR192. Uneb-BATexto I“O sujeito fez sinal aos dois urbanos, que o acompanharam logo, e encaminharam-se todospara o interior da casa. Botelho, à frente deles, ensinava-lhes o caminho. João Romão ia atrás,pálido, com as mãos cruzadas nas costas.Atravessaram o armazém, depois um pequeno corredor que dava para um pátio calçado, echegaram finalmente à cozinha. Bertoleza, que havia já feito subir o jantar dos caixeiros, estava decócaras no chão, escamando peixe, para a ceia do seu homem, quando viu parar defronte delaaquele grupo sinistro.Reconheceu logo o filho mais velho do seu primitivo senhor, e um calafrio percorreu-lhe ocorpo. Num relance de grande perigo compreendeu a situação; adivinhou tudo com a lucidez dequem se vê perdido para sempre: adivinhou que tinha sido enganada; que a sua carta de alforriaera uma mentira, e que o seu amante, não tendo coragem para matá-la, restituía-a ao cativeiro.Os polícias, vendo que ela se não despachava, desembainharam os sabres. Bertoleza, então,erguendo-se com ímpeto de anta bravia, recuou de um salto e, antes que alguém conseguissealcançá-la, já de um só golpe certeiro e fundo rasgara o ventre de lado a lado.”E depois emborcou para a frente, rugindo e esfocinhando moribunda numa lameira desangue.”AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. São Paulo: FTD, 1993. p. 229-30.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


Texto II“Através de grossas portas,Cavalo de La Fayettesentem-se luzes acesas,saltando vastas fronteiras!– e há indagações minuciosas Ó vitórias, festas, floresdentro das casas fronteiras.das lutas da Independência!“Que estão fazendo, tão tarde?Liberdade – essa palavraQue escrevem, conversam, pensam?que o sonho humano alimenta:Mostram livros proibidos?que não há ninguém que explique,Lêem notícias nas Gazetas?e ninguém que não entenda!)Terão recebido cartasE a vizinhança não dorme:de potências estrangeiras?”murmura, imagina, inventa.(Antiguidades de NimesNão fica bandeira escrita,em Vila Rica suspensas!mas fica escrita a sentença.”MEIRELES, Cecília. Obra Poética. 3. ed. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1972. p. 151-2.78As afirmativas a seguir referem-se ora ao texto I, ora ao texto II.A que evidencia uma idéia comum aos dois textos é:a) Morte vista como libertação.b) Liberdade enfocada no plano individual.c) Liberdade, bem coletivo, fruto da luta política.d) Denúncia da exploração do homem pelo homem.e) Liberdade como valor imprescindível à condição humana.193. UFPEGABARITOIMPRIMIR“Abrasileiramento da língua portuguesa no Brasil dos primeiros temposA ama negra fez muitas vezes com as palavras o mesmo que com a comida: machucou-as,tirou-lhes as espinhas, os ossos, as durezas, só deixando para a boca do menino branco as sílabasmoles. Daí esse português de menino que no Norte do Brasil, principalmente, é uma das falas maisdoces deste mundo. Sem rr nem ss; as sílabas finais moles; palavras que só faltam desmanchar-sena boca da gente. A linguagem infantil brasileira, e mesmo a portuguesa, tem um sabor quaseafricano: cacá, pipi, bumbum, nenen, tatá, lili (...)Esse amolecimento se deu em grande parte pela ação da ama negra junto à criança; do escravopreto junto ao filho do senhor branco. E não só a língua infantil se abrandou desse jeito, mas alinguagem em geral, a fala séria, solene, da gente, toda ela sofreu no Brasil, ao contacto dosenhor com o escravo, um amolecimento de resultados às vezes deliciosos para o ouvido. Efeitossemelhantes aos que sofreram o inglês e o francês noutras partes da América, sob a mesmainfluência do africano e do clima quente.”FREYRE, Gilberto. Casa-Grande & Senzala, 9ª ed., Rio de Janeiro: José Olympio, 1958.Com base na compreensão do texto, analise a coerência das seguintes afirmações:1. O autor põe em paralelo os campos da linguagem e da gastronomia brasileiras, destacando,nesses campos, a influência da cultura africana.2. A escolha das palavras, do princípio ao final do texto, reforça a convergência encontradapelo autor entre ‘falar’ e ‘saborear’.3. O falar “doce”, “esse português de menino”, inaugurado com a ama negra, firmou-seem todas as regiões do Brasil, indistintamente.4. O autor demonstra perceber que há níveis distintos de formalidade entre o falar dacriança e aquele do adulto.5. O fato apreciado pelo autor constitui uma particularidade da língua portuguesa emsolo americano.Estão corretas apenas:a) 2, 3 e 5. d) 4 e 5.b) 1, 2 e 4. e) 1, 2, 3 e 5.c) 1, 3 e 4.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


Leia o texto abaixo para responder às questões de 194 a 196.79“Confidência do ItabiranoAlguns anos vivi em Itabira.Principalmente nasci em Itabira.Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro.Noventa por cento de ferro nas calçadas.Oitenta por cento de ferro nas almas.E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação.A vontade de amar, que me paralisa o trabalho,vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e sem horizontes.E o hábito de sofrer, que tanto me diverte,é doce herança itabirana.De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço:esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil;este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval;este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas;este orgulho, esta cabeça baixa...Tive ouro, tive gado, tive fazendas.Hoje sou funcionário público.Itabira é apenas uma fotografia na parede.Mas como dói!”Carlos <strong>Dr</strong>ummond de Andrade.194. U.F. Juiz de Fora-MG Assinale o verso que melhor o explica o título do poema:a) “Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro.”b) “Noventa por cento de ferro nas calçadas.”c) “este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval.”d) “de suas noites brancas, sem mulheres e sem horizontes.”GABARITO195. U.F. Juiz de Fora-MG Assinale a alternativa que melhor expressa uma relação de causae conseqüência:a) “Alguns anos vivi em Itabira.Principalmente nasci em Itabira.”b) “Itabira é apenas uma fotografia na parede.Mas como dói!”c) “Oitenta por cento de ferro nas almas.E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação.”d) “Tive ouro, tive gado, tive fazendas.Hoje sou funcionário público.”196. U.F. Juiz de Fora-MG Assinale a única alternativa correta:a) no poema, delineia-se o impulso erótico que é, no entanto, reprimido;b) o orgulho faz com que o poeta renegue sua terra natal;c) o poeta, ao se tornar funcionário público, abandona a postura crítica;d) o poeta expressa seu entusiasmo por ser itabirano.197. PUC-RJIMPRIMIRTexto 1:“Já era tarde. Augusto amava deveras, e pela primeira vez em sua vida; e o amor, mais forte queseu espírito, exercia nele um poder absoluto e invencível. Ora, não há idéias mais livres que as dopreso; e, pois, o nosso encarcerado estudante soltou as velas da barquinha de sua alma, que voou,atrevida, por esse mar imenso da imaginação; então começou a criar mil sublimes quadros e emtodos eles lá aparecia a encantadora Moreninha, toda cheia de encantos e graças.Viu-a, com seu vestido branco, esperando-o em cima do rochedo, viu-a chorar por ver que elenão chegava, e suas lágrimas queimavam-lhe o coração.”MACEDO, Joaquim Manuel de. A Moreninha. São Paulo: Ática. 1997 p. 125.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


Texto 2:“QuadrilhaJoão amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lilique não amava ninguém.João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficoupara tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história.”ANDRADE, Carlos <strong>Dr</strong>ummond de. Reunião. Rio de Janeiro: José Olympio, 1973, p. 19.Em ambos os textos, percebe-se a utilização de uma mesma temática mas com tratamentosdistintos. Explique, com suas próprias palavras, a concepção de amor presente nostextos de Joaquim Manuel de Macedo e de Carlos <strong>Dr</strong>ummond de Andrade.Texto para as questões de 198 a 201.80GABARITOIMPRIMIR“Campo de FloresDeus me deu um amor no tempo de madureza,quando os frutos ou não são colhidos ou sabem a verme.Deus – ou foi talvez o Diabo – deu-me este amor maduro,e a um e outro agradeço, pois que tenho um amor.5 Pois que tenho um amor, volto aos mitos pretéritose outros acrescento aos que amor já criou.Eis que eu mesmo me torno o mito mais radiosoe talhado em penumbra sou e não sou, mas sou.Mas sou cada vez mais, eu que não me sabia10 e cansado de mim julgava que era o mundoum vácuo atormentado, um sistema de erros.Amanhecem de novo as antigas manhãsque não vivi jamais, pois jamais me sorriram.Mas me sorriam sempre atrás de tua sombra15 imensa e contraída como letra no muroe só hoje presente.Deus me deu um amor porque o mereci.De tantos que já tive ou tiveram em mim,o sumo se espremeu para fazer um vinho20 ou foi sangue, talvez, que se armou em coágulo.E o tempo que levou uma rosa indecisaa tirar sua cor dessas chamas extintasera o tempo mais justo. Era tempo de terra.Onde não há jardim, as flores nascem de um25 secreto investimento em formas improváveis.Hoje tenho um amor e me faço espaçosopara arrecadar as alfaias de muitosamantes desgovernados, no mundo, ou triunfantese ao vê-los amorosos e transidos em torno,30 o sagrado terror converto em jubilação.Seu grão de angústia amor já me oferecena mão esquerda. Enquanto a outra acariciaos cabelos e a voz e o passo e a arquiteturae o mistério que além faz os seres preciosos35 à visão extasiada.Mas, porque me tocou um amor crepuscular,há que amar diferente. De uma grave paciêncialadrilhar minhas mãos. E talvez a ironiatenha dilacerado a melhor doação.40 Há que amar e calar.Para fora do tempo arrasto meus despojose estou vivo na luz que baixa e me confunde.ANDRADE, Carlos <strong>Dr</strong>ummond de. Antologia Poética. 32. ed. Rio de Janeiro: Record, 1996. p. 161-3.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


198. UFBA No poema, o eu-lírico:01. enfatiza a origem divina do amor, relativizando a força demoníaca com que ele atua;02. articula sua experiência individual a outras vivências amorosas;04. relata um desencanto amoroso passado que, no presente, tende a se repetir;08. declara-se ansioso por recuperar o tempo perdido, na tentativa de atingir a plenitudeamorosa.16. esboça um projeto de vida voltado para a superação da amargura e do sofrimentoque até então o haviam dominado.32. passa de um estado contemplativo e melancólico para outro de renovação e de redescoberta.64. insere a sua realidade amorosa na realidade preexistente, dando-lhe, contudo, dimensãonova.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.81199. UFBA Constitui declaração comprovável no texto:01. A racionalidade bloqueia a expectativa de eternizar o presente.02. O tempo atual é de crescimento pessoal do sujeito poético, em relação ao tempo emque o sentimento amoroso estava hibernando em seu interior.04. O sentimento amoroso submete o indivíduo a situações de caráter paradoxal.08. O jogo do amor está ligado a questões essencialmente culturais.16. A experiência do amor é diferenciada em função do momento da vida em que elaocorre.32. O título alegoriza um momento em que a vida pode brotar rejuvenescida pelo amor.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.GABARITOIMPRIMIR200. Há uma explicação correta em:01. “ou” e “ou” ligam idéias indicativas de situações contrastantes, decorrentes da açãodo tempo.02. “pois” introduz um enunciado de valor argumentativo.04. “um amor” e “amor” referem-se, respectivamente, ao amor vivenciado pelo eu-líricoe ao sentimento amoroso sem objeto determinado.08. “sou cada vez mais” conota um redimensionamento da capacidade de perceber omundo.16. “tive” expressa a indeterminação do sujeito, o que é um recurso do poeta para não serevelar amador.32. “desgovernados” e “triunfantes” expressam estados de espírito experimentados pelosque amam.64. “há que” indica possibilidade com relação à declaração anterior.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.201. UFBA Com referência ao texto, é correto afirmar:01. O período constituído pelos versos 5 e 6 é construído pelo processo de coordenaçãoe subordinação;02. O pensamento que se expõe do verso 9 ao verso 11 tem como declaração principal:“sou cada vez mais”;04. O enunciado do verso 18 está constituído de idéias que se excluem;08. “Onde não há jardim” determina o período em que as flores nascem;16. “e”, no verso 26, relaciona enunciados sintaticamente equivalentes;32. “ao vê-los amorosos e transidos em torno” indica circunstância de tempo;64. “que baixa e me confunde” refere-se a “tempo”, servindo para especificá-lo.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


202. Uneb-BA Numa propaganda da empresa paulista de eletricidade, na Folha de São Paulode 25 de julho de 2000, apareceu o seguinte texto:“Tem coisa que se a gente que é uma das mais avançadas empresas de energia elétrica domundo não fala, ninguém fala.”Observe que a linguagem utilizada tem a marca do coloquialismo. É a língua cotidiana,com objetivo de atingir o maior número possível de falantes.Esse mesmo nível de linguagem é encontrado no fragmento:a) “Toda paisagem tem um ar de sonho.”b) “Tendo-a ao meu lado, eu perdi o medo do mundo e do vento.”c) “Minha terra tem macieiras da Califórnia / Onde cantam gaturamos de Veneza.”d) “Ó cidade de Ouro Preto / Boa da gente morar! / Numa casa com mirantes / Entremalvas e gerânios, / Ter os olhos de Marília / Para cismar e cismar.”e) “Quisera pascer cuidados... / ou esgueirado pelas bordas / do poço do mundo estéril, /fecundar óvulos mortos.”203. UFMA Considere a fala abaixo do economista Cláudio de Moura Castro:82“Porque, no país do ‘homem cordial’, somos tão atabalhoados na etiqueta do celular? A mesmapessoa que faz gentilezas e rapapés palra no aparelho diante de um grupo de amigos ouclientes.”Revista Veja, de 19/04/2000.GABARITOAssinale a alternativa que, na linguagem informal, melhor traduz a formalidade do discursoacima, sem comprometer o sentido do texto:a) “Por que, no país do ‘homem cordial’, somos tão atrapalhados na etiqueta do celular?A mesma pessoa que faz gentilezas e lisonjas palestra no aparelho diante de um grupode amigos ou clientes.”b) “Por que, no país do ‘homem cordial’, ficamos tão embaraçados na etiqueta do celular?A mesma pessoa que faz gentilezas e rapapés chalra no aparelho diante de umgrupo de amigos ou clientes.”c) “Por que, no país do ‘homem cordial’, ficamos tão atrapalhados na etiqueta do celular?A mesma pessoa que faz gentilezas e bajulações tagarela no aparelho diante deum grupo de amigos ou clientes.”d) “Por que, no país do ‘homem cordial’, ficamos tão aturdidos na etiqueta do celular? Amesma pessoa que faz gentilezas e adulações conversa no aparelho diante de um grupode amigos ou clientes.”e) “Por que, no país do ‘homem cordial’, ficamos tão perplexos na etiqueta do celular? Amesma pessoa que faz gentilezas e lisonjas palavreia no aparelho diante de um grupode amigos ou clientes.”204. Uniube-MGIMPRIMIR“Um dos critérios básicos dos conquistadores europeus para se imporem sobre os colonizados foiforçar o uso de sua língua. A língua materna é o bem mais caro a que um povo livre pode aspirar.No caso do Brasil, nestes tempos neoliberais, vemos esse bem ser atingido em seu âmago, com aproliferação das formas da língua inglesa imperando sobre as coisas mais simples do nosso dia-a-dia.”Folha de S. Paulo, 05/08/00.Pode-se inferir que o autor do trecho acima considera:a) imperiosa a proliferação de termos da língua inglesa em nossa língua;b) que devemos evitar o uso excessivo de termos da língua inglesa;c) que a nossa língua materna está sendo a língua inglesa;d) que um povo livre não usa a língua de seu colonizador.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


A seguir, são apresentados dois trechos de músicas. Leia-os atentamente para responderàs questões de números 205 e 206.Texto 1“A burguesia fede!A burguesia quer ficar rica!(...)A burguesia não tem charme nem é discretaCom suas perucas de cabelo de bonecaA burguesia quer ser sócia do CountryQuer ir em Nova Iorque fazer compras.”Burguesia, de G. Israel/Cazuza/E. Neves. In: Burguesia, LP 838 448-1, PolyGram, 1989.83Texto 2“Você não faria a menor faltaNum dia de domingo no Beach ParkEu não te levaria nem mortapara passear comigo no IguatemiEu não me atreveria a passar vexamePerante os meus amigos lá da AldeotaPois agora eu tenho o maior respaldoNas altas paneladas da alta sociedadeEu sei que a burguesia fedeMas tem dinheiro pra comprar perfume.”Um bodegueiro na FIEC, de Falcão/Tarcísio Matosin Falcão. In: Bonito, lindo e joiado, CD 804.142, VAT, 1993.GABARITOIMPRIMIR205. F.M. Triângulo Mineiro-MG A leitura permite afirmar que:a) ambos os textos criticam os hábitos e valores burgueses, porém apontam para a impossibilidadede rompê-los;b) o texto de Falcão tende a ser uma exaltação aos valores burgueses, opondo-se, pois, aode Cazuza, no qual está camuflada uma crítica;c) no texto de Cazuza a crítica feita à burguesia é branda, o que não ocorre no de Falcão,que a denuncia em tom de sarcasmo;d) ambos os textos fazem uma crítica social explícita à burguesia, questionando de formacontundente os seus valores;e) os dois textos criticam os hábitos e valores burgueses: o primeiro, pelo sarcasmo epela denúncia explícita; o segundo, pela ironia.206. F.M. Triângulo Mineiro-MG A idéia de falta de autenticidade à burguesia pode sercomprovada pelo seguinte verso do texto 1:a) “A burguesia fede!”b) “Com suas perucas de cabelo de boneca.”c) [A burguesia] “Quer ir em Nova Iorque fazer compras.”d) “A burguesia não tem charme nem é discreta.”e) “A burguesia quer ficar rica!”VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


As questões 207 e 208 referem-se ao seguinte texto:“Nunca esteve tão bom para nós, mulheres. Nem tão difícil.Os salários não são iguais, as creches continuam insuficientes, o sexo é uma confusão totalentre o agir e o sentir, o trabalho é complicadíssimo em termos psíquicos para a mulher: fonte deculpa e medos. Nunca foi tão difícil. Muito está colocado, mas tudo está por fazer. Esta é umahora para se parar e pensar.Pensar pelo que brigamos até agora, o que conseguimos, onde fomos usadas pelo sistema, oque deu errado, o que fazer de agora em diante. Sinto que existe todo um trabalho a ser feito deconscientização feminina – pois o que se passa no Piauí não é o mesmo das grandes capitais – jáque as lutas não serão primordialmente mais no nível do “queremos”, “exigimos”, das passeatas,mas da prática do obter e do ser. É uma luta mais intimista de um lado, fora dos jornais, maisdifusa na realidade.A luta de base, de formiguinha, onde o confrontamento não será mais com a polícia e o governosomente, mas basicamente com os companheiros de trabalho, amigos e marido.”SUPLICY, Marta. Reflexões sobre o cotidiano. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo, 1986. p. 124-5.84207. UFF-RJ Segundo o texto, a luta fundamental para as mulheres é:a) de cada mulher, para conscientizar os colegas, amigos e marido;b) de todas as mulheres, contra todos os governos que as oprimem;c) dos companheiros de trabalho, amigos e marido, por melhores salários;d) dos governos, pela melhoria das condições de vida das mulheres;e) das mulheres todas, para exigir seus direitos publicamente em passeatas.208. UFF-RJ Assinale a opção que transcreve a passagem do texto, cujo sentido correspondeao fragmento de Marina Colasanti:“Culpadas estão quase todas as que trabalham. Porque não estão em casa, onde sempre lhesdisseram que deveriam estar. Porque não estão coladas nos filhos. Porque não estão à disposiçãodos maridos. Porque, cumprindo a sua vida, não se sentem cumprindo à perfeição aquelas quesão consideradas suas atribuições primordiais.”COLASANTI, Marina. Mulher daqui pra frente. São Paulo: Linoart, 1981.GABARITOIMPRIMIRa) “Nunca esteve tão bom para nós, mulheres.”b) “o que se passa no Piauí não é o mesmo das grandes capitais”c) “Os salários não são iguais, as creches continuam insuficientes”d) “o trabalho é complicadíssimo em termos psíquicos para a mulher”e) “É uma luta mais intimista de um lado, fora dos jornais”As questões 209 e 210 referem-se ao texto “Natal 1961”, abordado nas questões de 62 a 64.209. Unifor-CE No segundo parágrafo, a fala do dono do hotel e a menção ao congressointernacional de solidariedade articulam-se de modo a constituir uma:a) metáfora.b) ironia.c) metonímia.d) comparação.e) hipérbole.210. Unifor-CE Há conotação em:a) “movimentos na economia” provocam cíclicas retrações no sistema de produção.b) Passa-se pelas chamadas disciplinas de “humanidades”.c) Ei-lo às voltas com estudos que o distanciam de seus interesses imediatos.d) Uma vez profissional, torna-se mais leve a luta pela sobrevivência.e) Um obstáculo a mais na maratona sempre perigosa do viver.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


211. UEPI Em:“Ó Formas alvas, brancas, Formas clarasDe luares, de neves, de neblinas!...Ó Formas vagas, fluídas, cristalinas...Incensos dos turíbulos das aras...”Encontra-se uma figura de linguagem, resultante do cruzamento de sensações, chamada:a) metáfora. d) sinestesia.b) metonímia. e) antonomásia.c) catacrese.85212. Unifor-CE Muitas vezes, no campo da concordância, opera-se uma integração entre osmecanismos gramaticais da Língua e a significação de palavras e expressões. Desse fatoresulta a substituição da concordância formal pela concordância ideológica. Denominasesilepse esse tipo de concordância.Assinale a alternativa que contém silepse.a) Alguém, participou do concurso e espera ser aprovado.b) Vossa Senhoria demonstra ser a mais preparada das concorrentes.c) Fomos ouvidos com atenção, o que nos deixa agradecidos.d) Todos farão o possível para que as realizações correspondam à esperança geral.e) Os escritores não desconhecemos as dificuldades daquele que escreve.213. Unifor-CE O segmento em que uma metáfora está explicitada em outra metáfora é:a) A vida estoura em bombas como também em dádivas de toda natureza.b) O mundo deixa de ser realidade quente para se reduzir a marginália.c) Não corta na verdade a barriga da vida, não revolve os intestinos da vida.d) Escrever é triste. Impede a conjugação de tantos outros verbos.e) Purê de palavras, reflexos no espelho (infiel) do dicionário.214. UFMA Considere o trecho do ensaio “O fascínio do calendário”, publicado na RevistaÉpoca, de 20 de dezembro de 1999.GABARITOIMPRIMIR“Eis uma definição ampla de tempo, extraída do Oxford English Dictionary: ‘Uma extensãofinita de uma existência contínua’. O lapso de tempo corresponde à expectativa média de vidaentre as mulheres (79 anos), por exemplo, ou do mosquito Anopheles (de 7 a 10 dias). ‘Uma dasprimeiras coisas de que tomamos consciência quando nos tornamos conscientes é a passagem dotempo’, diz David Ewing Duncan, autor de um livro sobre a evolução dos calendários. ‘A razão ésimples: nascemos e depois morremos, somos seres lineares.’ E cedo cedo incorporamos a consciênciado tempo em nossa vida e em nossa cultura. Nosso linguajar cotidiano está cheio disto:tempo de vida, bons tempos, maus tempos, há muito tempo que não o vejo, o tempo trabalha anosso favor, parece que foi ontem.”Pode-se observar, da leitura do fragmento acima, a presença de algumas das muitas expressõeslingüísticas nas quais o fator tempo aparece. É possível afirmar, com base nasexpressões suscitadas nas três últimas linhas do trecho, que:a) “tempo de vida” e “o tempo trabalha a nosso favor” estão, ambas, no sentido denotativo.b) “há muito tempo que não o vejo” e “parece que foi ontem” estão, ambas, no sentidoconotativo.c) “bons tempos” está no sentido denotativo e “parece que foi ontem” no sentido conotativo.d) “tempo de vida” está no sentido conotativo e “maus tempos” no sentido denotativo.e) “há muito tempo que não vejo” está no sentido denotativo e “bons tempos” no sentidoconotativo.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


215. UFMA Considere o texto:“Fui fazer um sambaNa mesa de um botequimDepois de umas e outrasO samba ficou assimEstrambonáticoPalipopéticoCibaleníticoEstapafúrdicoProtopológicoAntropofágicoPresolopépicoAtroveráticoBatulitréticoPratofinâmboloCalotoléticoCarambolâmboloPosolométricoPratofilônicaProtopolágicoCanecalônicaÉ isso aíÉ isso aíNinguém entendeu nadaEu também não entendi”“Idioma Esquisito”, de Nelson Sargento.86Pode-se depreender que os termos selecionados:a) ligam-se ao movimento antropofágico da 1ª geração modernista, cujo expoente éOswald de Andrade;b) são neologismos criados intencionalmente na língua e possuem comprovada significação,com claro conteúdo semântico;c) são palavras que fazem parte do cotidiano da língua e relacionam-se, na sua grandemaioria, a nomes de medicamentos;d) ironizam a linguagem rebuscada de determinadas pessoas que utilizam uma fala empoladano seu dia-a-dia.e) enfatizam o uso de vocábulos estranhos e esdrúxulos, preocupando-se com a tonicidadee a economia das palavras.216. UFF-RJGABARITOIMPRIMIR“Educai o coração da mulher, esclarecei seu intelecto com o estudo de coisas úteis e com aprática dos deveres, inspirando nela o deleite que se experimenta ao cumpri-los; purgai a sua almade tantas nocivas frivolidades pueris de que se acha rodeada mal abre os olhos à luz.Cessai aqueles tolos discursos com os quais atordoais sua razão, fazendo-a crer que é rainha,quando nada mais é que a escrava dos vossos caprichos. Não façais dela a mulher da Bíblia; amulher de hoje em dia pode sair-se melhor do que aquela; nem muito menos a mulher da IdadeMédia: da qual estamos todas tão distantes que não poder-nos-ia servir de modelo; mas a mulherque deve progredir com o século dezenove, ao lado do homem, rumo à regeneração dos povos.Guarde-se bem o homem de ter a mulher para seu joguete, ou sua escrava; trate-a como umacompanheira da sua vida, devendo ela participar de suas alegres e tristes aventuras; considere-adesde o berço até seu leito de morte, como aquela que exerce uma influência real sobre o destinodele, e por conseguinte sobre o destino das nações; dedique-lhe, por último, uma educação comoexige a grande tarefa que ela deve cumprir na sociedade como o benéfico ascendente do coração;e a mulher será como deve ser, filha e irmã dedicadíssima, terna e pudica esposa, boa e providentemãe.”FLORESTA, Nísia. Cintilações de uma alma brasileira. Florianópolis / Santa Cruz:Ed. Mulheres / Ed. da UNISC, 1997 p. 115-7.A condição indispensável para que ocorra uma mudança no papel que a mulher exercecomo “filha e irmã dedicadíssima, terna e pudica esposa, boa e providente mãe”, deacordo com o texto, é:a) o homem exercer uma influência real sobre o destino dela e sobre o destino das nações;b) o homem guardar-se de tratá-la como companheira da sua vida, joguete ou escrava;c) o homem vê-la como aquela que exerce uma influência real sobre o destino dela;d) o homem evitar vê-la como objeto e procurar tê-la como sua companheira de vida;e) o homem ser a fonte das alegrias e desventuras dela, desde o berço até o leito demorte.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


217. F.M. Triângulo Mineiro-MG“Antes de tudo a atenção médica como uma forma de relação entre pessoas é provida doatributo mágico da afeição pela condição humana, prenhe de respeito e carinho pelo semelhante,e repousa no preceito basilar do cristianismo: ‘ama a teu próximo como a ti mesmo’.”Jornal do Conselho Federal de Medicina. Setembro/99.87Lendo-se o trecho, conclui-se que:a) a conhecida máxima cristã norteia qualquer forma de relação entre as pessoas;b) entre médico e paciente deve prevalecer um código humano de fraternidade;c) a consulta médica deve incorporar as práticas de um ritual religioso;d) o sucesso do diagnóstico médico depende da empatia com o cliente;e) sem uma certa dose de magia, o tratamento médico fica comprometido.218. CesgranrioGABARITOIMPRIMIR“O Sol muda de cor por causa da atmosfera?Por que o Sol muda de cor durante o dia?!A luz solar não é amarela nem vermelha, é branca. O branco resulta da soma das sete cores doarco-íris – o violeta, o azul, o anil, o verde, o amarelo, o laranja e o vermelho. Nós enxergamos oSol com tonalidades diferentes, ao longo de um dia, porque a atmosfera filtra os seus raios,separando as cores. “A nossa percepção do Sol muda por causa das irregularidades na camada dear que envolve a Terra e pela distância que a luz percorre na atmosfera”, explica o físico HenriqueFleming, da Universidade de São Paulo. Existem partículas de poeira, poluição e gotículas d’águainfiltradas entre as moléculas de gás que compõem a atmosfera. Quando o Sol está alto, as coresformadas por ondas de maior amplitude contornam essas partículas e as moléculas. Mas as menores(o violeta, o azul e o anil) não conseguem se desviar e trombam, espalhando-se. Com isso,tingem o céu de azul e o Sol fica amarelo, que é a soma das cores restantes: o verde, o amarelo,o laranja e o vermelho. À medida que o Sol vai se pondo, seus raios têm que atravessar um pedaçomaior da atmosfera, colidindo com mais obstáculos.Afinal, no crepúsculo, até as ondas longas, laranja e vermelho, acabam trombando e se desviando,avermelhando gradativamente o horizonte (embora o resto do céu continue azul). A vermelhaé a última onda de luz que consegue cruzar a atmosfera e nos atingir, por isso o astro-reifica vermelho no pôr-do-sol. Por fim, o céu fica preto com a ausência de luz: não chega maisnenhuma cor e nem se vê mais nenhum espalhamento, pois o Sol está abaixo do horizonte.”Superinteressante - 1997.Assinale a idéia não contida no texto.a) A tonalidade azul do céu se deve à ação da atmosfera sobre as cores cujas ondas têmmenor amplitude.b) A ação da atmosfera sobre os raios solares é responsável pelas diferentes tonalidadesdo Sol.c) As cores, ao trombarem, dão aos raios solares as respectivas tonalidades.d) As cores do arco-íris, somadas, dão à luz solar a cor branca.e) Ao pôr-do-sol, a distância a ser percorrida pelos raios solares aumenta.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


Leia o texto a seguir e responda às questões 219 a 221.88“Falando em leitura...Falando em leitura, podemos ter em mente alguém lendo jornal, revista, folheto, mas o maiscomum é pensarmos em leitura de livros. E quando se diz que uma pessoa gosta de ler, ‘vivelendo’, talvez seja rato de biblioteca ou consumidor de romances, histórias em quadrinhos, fotonovelas.(...) Sem dúvida, o ato de ler é usualmente relacionado com a escrita, e o leitor visto comodecodificador da letra. Bastará porém decifrar palavras para acontecer a leitura? Como explicaríamosas expressões de uso corrente ‘fazer a leitura’ de um gesto, de uma situação; ‘ler o olhar dealguém’, ‘ler o tempo’; ‘ler o espaço’, indicando que o ato de ler vai além da escrita?Se alguém na rua me dá um encontrão, minha reação pode ser de mero desagrado, diante deuma batida casual, ou de franca defesa, diante de um empurrão proposital. Minha resposta a esseincidente revela meu modo de lê-lo. Outra coisa: às vezes passamos anos vendo objetos comuns,um vaso, um cinzeiro, sem jamais tê-los de fato enxergado; limitamo-los à sua função decorativaou utilitária. Um dia, por motivos os mais diversos, nos encontramos diante de um deles como sefosse algo totalmente novo. O formato, a cor, a figura que representa, seu conteúdo passam a tersentido, melhor, a fazer sentido para nós.Só então se estabeleceu uma ligação efetiva entre nós e esse objeto. E consideramos sua belezaou feiura, o ridículo ou adequação ao ambiente em que se encontra, o material e as partes que ocompõem. (...)(...) Será assim também que acontece com a leitura de um texto escrito?Com freqüência nos contentamos, por economia ou preguiça, em ler superficialmente, ‘passaros olhos’, como se diz. Não acrescentamos ao ato de ler algo mais de nós além do gesto mecânicode decifrar os sinais. Sobretudo se esses sinais não se ligam de imediato a uma experiência, umafantasia, uma necessidade nossa.Reagimos assim ao que não nos interessa no momento. Um discurso político, uma conversa,uma língua estrangeira, uma aula expositiva, um quadro, uma peça musical, um livro. Sentimonosisolados do processo de comunicação que essas mensagens instauram – desligados. E a tendêncianatural é ignorá-las ou rejeitá-las como nada tendo a ver com a gente. Se o texto é visual,ficamos cegos a ele, ainda que nossos olhos continuem a fixar os sinais gráficos, as imagens. Se ésonoro, surdos. Quer dizer: não o lemos, não o compreendemos, impossível dar-lhe sentido porqueele diz muito pouco ou nada para nós.Por essas razões, ao começarmos a pensar a questão da leitura, fica um mote que agradeço aPaulo Freire:‘a leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra e a leitura desta implica a continuidadeda leitura daquele’.“MARTINS, Maria Helena. O que é leitura. São Paulo, Ática. p. 7-10.GABARITOIMPRIMIR219. UFR-RJ Partindo-se das reflexões da autora, pode-se concluir que o ato de ler é, emúltima análise, um:a) gesto mecânico de decifrar sinais;b) gesto rotineiro de “passar os olhos”;c) ato de construir sentido para aquilo que se lê;d) ato prazeroso de decodificar romances, fotonovelas e histórias em quadrinhos;e) modo de perceber as relações sintáticas que constroem o texto.220. UFR-RJ “Ler não é uma atividade restrita ao ato de decifrar um código escrito. Ler éinterpretar. Neste sentido, a leitura é uma atividade que se constrói através de um diálogoentre quem lê e o que é lido.”Pode-se dizer que a afirmativa acima, em relação ao texto, está:a) certa, pois a autora afirma que o ato de ler é usualmente relacionado com a escrita;b) errada, pois, para a autora, basta que se decifrem as palavras para acontercer a leitura;c) certa, pois, para a autora, o leitor é visto como um decifrador da letra se contenta emler superficialmente;d) errada, pois, para a autora, só podemos ler textos escritos e esses textos precisam teruma relação direta com a nossa realidade;e) certa, pois, para a autora, ainda que o indivíduo não saiba decodificar a escrita, elepode ser considerado leitor, na medida em que interpreta o que observa.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


221. UFR-RJ Paulo Freire, ao afirmar que “a leitura do mundo precede sempre a leitura dapalavra e que a leitura desta implica a continuidade da leitura daquele”, nos diz que:a) quando se começa a ler a palavra não se pode deixar de ler o mundo, pois a leitura dapalavra depende da leitura do mundo;b) quando se começa a ler o mundo não se pode deixar de ler a palavra, pois a leitura domundo depende da leitura da palavra;c) quando se começa a ler a palavra não se pode deixar de ler o texto, pois a leitura dotexto depende da leitura da palavra;d) quando se começa a ler a palavra não se pode deixar de ler o mundo, pois a leitura dapalavra não depende da leitura do mundo;e) quando se começa a ler o texto não se pode deixar de ler cada palavra, pois a leitura decada palavra depende da leitura do texto.Com base na foto abaixo, responda às questões de números 222 e 223.89“O fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado fez esta fotonum campo de refugiados instalados em equipamentosferroviários na fronteira da Croácia com a Sérvia e a Bósnia,em 1994.Assim como textos, fotografias podem ser lidas: omenino que aparece no primeiro plano funciona como otema da foto, enquanto o trem no segundo plano comentaeste tema.”SALGADO, Sebastião. Êxodos. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.222. UERJ A escolha da figura humana no primeiro plano busca provocar no espectador aseguinte atitude:a) questionar a opção pelo tema; c) surpreender-se com o gesto do menino;b) admirar a composição com o fundo; d) refletir sobre o desamparo da criança.223. UERJ O fotógrafo, ao enquadrar o trem parado ao fundo, onde os refugiados se encontravaminstalados, ressalta o contraste entre:a) o metal e a terra; c) o progresso e a guerra;b) o real e o imaginário; d) a infância e o mundo adulto.GABARITOIMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


LÍNGUA PORTUGUESAINTERPRETAÇÃO DETEXTO I1GABARITOIMPRIMIR1. V – F – V – V – F – F2. V – F – V – F3. b4. c5. c6. e7. c8. V – V – F – V9. 5410. b11. b12. b13. b14. c15. F – V – F – F – V – V16. V – V – V – F – F17. V – F – V – F – F18. a19. a20. b21. b22. d23. c24. b25. a26. c27. V – V – F – F – V28. V – V – F – F – F29. b30. b31. c32. b33. a34. d35. c36. V – V – F – V37. F – V – V – V38. V – F – F39. a40. c41. 5642. d43. d44. c45. b46. c47. F – F – F – V48. 0249. 0150. e51. a52. e53. c54. d55. d56. c57. 0758. 5659. 2860. 3461. 2562. b63. c64. a65. d66. b67. b68. d69. c70. 0571. c72. d73. V – V – V – F74. V – V – V – F75. V – F – F – F76. F – V – V – V77. a78. b79. e80. a81. d82. a83. e84. b85. d86. b87. b88. e89. V – V – F – F – V90. V – V – F – V – F91. V – V – F – V – F92. V – V – F – V93. V – F – V – F – V – F94. V – V – F – F – V95. V – V – F – V – F96. dVoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


2GABARITOIMPRIMIR97. Uma dentre as formulações:• Os textos são ambos narrados em primeira pessoa.• O ponto de vista é interno à narrativa.98. O primeiro texto apresenta um tom nostálgico e respeitoso diante do poder e da autoridadedo patriarca, avô do personagem-narrador.O segundo satiriza a família e os representantes da ordem social com quem o narradortravou contato.99. Nos currais do Sobradinho, no debaixo do capotão de meu avô, passei os anos de pequenice,que pai e mãe perdi no gosto do primeiro leite.100. A autoridade se considera digna de trato respeitoso e cordial, e não impõe a si mesmalimites para reagir ao que julgue falta de consideração, podendo ser caprichosa, arbitráriae violenta.101. c102. e103. c104. 80105. a106. c107. V – V – V – F108. V – F – V – V109. V – V – F – V110. a111. e112. a113. c114. c115. d116. b117. b118. d119. a) Narrativa.b) O(s) dono(s) do cachorro.- ouO ser humano.120. a) Julgamento pela aparência.b) Uma dentre as frases:• E o homem continua achando que um banho, um secador de cabelos e um perfumedisfarçam a hipocrisia, o animal desconfiado que tem dentro de nós.• Julgamos os outros pela aparência, mesmo que tenhamos que deixar esta aparênciacomo melhor nos convier.• Maquiada.121. a) Agora surgiu uma nova.- ouAgora apareceu uma nova.b) Uma dentre as reescrituras:• As crianças enterram-no no fundo do quintal.• As crianças o enterraram no fundo do quintal.• As crianças enterraram o coelho no fundo do quintal.122. a123. c124. V – F – V – V – V125. F – F – F – V126. V – F – V – F – V127. d128. a129. d130. d131. c132. a133. c134. bVoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


3GABARITO135. c136. e137. a138. e139. a140. a141. b142. b143. 34144. 43145. 26146. F – V – V – F – F147. F – F148. F – V – V149. d150. c151. c152. a153. d154. c155. b156. b157. 09158. d159. V – V – F – F – F160. V – V – V – F161. V – V – V – F162. d163. V – F – V – F – V164. b165. c166. c167. e168. c169. a170. a171. b172. e173. a174. e175. a176. b177. a178. e179. b180. d181. d182. F – V – V – F – F183. V – F – V – F184. 08185. V – F – F – V186. 22187. V – F – V – V188. c189. b190. b191. V – F – V – F – F – V192. e193. b194. a195. c196. a197. Resposta:A concepção de amor no texto 1 indicaidealização do sentimento amoroso e da mulheramada; valorização da fantasia e da imaginação;caracterização do poder absolutodo amor sobre as personagens. O tema é tratadono texto 2 a partir de um tom crítico eirônico, apontando o desencanto e o desencontroentre as personagens. Lili, a “que nãoamava ninguém”, é a única do grupo queironicamente encontrou um par. Diferentedos outros que cumpriram um destino solitárioou trágico, ela se casou com J. PintoFernandes, uma personagem fora da quadrilha.198. 54199. 46200. 51201. 04202. c203. b204. a205. e206. b207. a208. d209. e210. d211. e212. c213. e214. d215. a216. d217. b218. c219. c220. e221. a222. d223. cIMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar


LÍNGUA PORTUGUESAF UNÇ Õ E S D AL ING UA G E M EL ING UA G E MF IG U R A D ATexto para a questão 1.1GABARITO“Desacordo no AcordoNão esqueça dizer que, em 1888, uma questão grave e gravíssima os fez concordar também,ainda que por diversa razão. A data explica o fato: foi a emancipação dos escravos. Estavam entãolonge um do outro, mas a opinião uniu-os.A diferença única entre eles dizia respeito à significação da reforma, que para Pedro era um atode justiça, e para Paulo era o início da revolução. Ele mesmo o disse, concluindo um discurso emS. Paulo, no dia 20 de maio: “A abolição é a aurora da liberdade; esperemos o sol; emancipandoo preto, resta emancipar o branco.”Natividade ficou atônita quando leu isto; pegou da pena e escreveu uma carta longa e maternal.Paulo respondeu com trinta mil expressões de ternura, declarando no fim que tudo lhe poderiasacrificar, inclusive a vida e até a honra; as opiniões é que não.‘Não, mamãe; as opiniões é que não.’— As opiniões é que não, repetiu Natividade acabando de ler a carta.Natividade não acabava de entender os sentimentos do filho, ela que sacrificara as opiniões aosprincípios, como no caso de Aires, e continuou a viver sem mácula. Como então não sacrificar?...Não achava explicação. Relia a frase da carta e a do discurso e tinha medo de o ver perder acarreira política, se era a política que o faria grande homem. ‘Emancipado o preto, resta emanciparo branco’, era uma ameaça ao imperador e ao império.Não atinou... Nem sempre as mães atinam. Não atinou que a frase do discurso não era propriamentedo filho; não era de ninguém. Alguém a proferiu um dia, discurso ou conversa, emgazeta ou em viagem de terra ou de mar. Outrem a repetiu, até que muita gente a fez sua. Eranova, era enérgica, era expressiva, ficou sendo patrimônio comum.Há frases assim felizes. Nascem modestamente, como a gente pobre; quando menos pensam,estão governando o mundo, à semelhança das idéias. As próprias idéias nem sempre conservam onome do pai; muitas aparecem órfãs, nascidas de nada e de ninguém. Cada um pega delas, verteascomo pode, e vai levá-las à feira, onde todos as têm por suas.”Esaú e Jacó. Cap. 37, pág 59 – 60.IMPRIMIR1. UEGO Assinale V, para os itens verdadeiros, e F, para os falsos:( ) A citação: “uma questão grave, gravíssima” e “Era nova, era enérgica, era expressiva”– constituem exemplos de gradação de idéias.( ) As figuras de linguagem presentes na frase do discurso, são: metáfora em “A aboliçãoé a aurora da liberdade”; metonímia em “esperemos o sol“, e, antítese, em“preto e branco.”( ) “Trinta mil expressões de ternura”, caracteriza um hipérbato.( ) “– As opiniões é que não, repetiu Natividade...” ilustra um discurso indireto.( ) Atinar, conforme o dicionário Aurélio, significa: “descobrir pelo tino, pelo raciocínio,por conjetura ou por indício; acertar com; dar com; achar. “Essas definiçõesencaixam-se perfeitamente à interpretação que Natividade deu ao contextoe à frase.VoltarLíngua Portuguesa - Funções da linguagem e Linguagem figuradaAvançar


Leia o texto a seguir e responda a questão.“Sem dataHá seis ou sete dias que eu não ia ao Flamengo. Agora à tarde lembrou-me lá passar antes de virpara casa. Fui a pé; achei aberta a porta do jardim, entrei e parei logo.‘Lá estão eles’, disse comigo.Ao fundo, à entrada do saguão, dei com os dois velhos sentados, olhando um para o outro.Aguiar estava encostado ao portal direito, com as mãos sobre os joelhos. D. Carmo, à esquerda,tinha os braços cruzados à cinta. Hesitei entre ir adiante ou desandar o caminho; continuei paradoalguns segundos até que recuei pé ante pé. Ao transpor a porta para a rua, vi-lhes no rosto e naatitude uma expressão a que não acho nome certo ou claro: digo o que me pareceu. Queriam serrisonhos e mal se podiam consolar. Consolava-os a saudade de si mesmos.”ASSIS, Machado de. Memorial de Aires. In: Obra Completa. Rio de Janeiro, Aguilar, 1989.22. UFR-RJ Em “Consolava-os a saudade de si mesmos.”, o autor está empregando a linguagem:a) denotativa.b) coloquial.c) conotativa.d) paradoxal.e) sinestésica.3. U.F. Pelotas-RS Leia atentamente o poema abaixo:GABARITOIMPRIMIR“Lição sobre a águaEste líquido é água.Quando puraé inodora, insípida e incolor.Reduzida a vapor,sob tensão e a alta temperatura,move os êmbolos das máquinas, que, por isso,se denominam máquinas de vapor.É um bom dissolvente.Embora com exceções, mas de um modo geral,dissolve tudo bem, ácidos, bases, sais.Congela a zero graus centesimaise ferve a 100, quando a pressão é normal.Foi nesse líquido que numa noite cálida de verão,sob um luar generoso e branco de camélia,apareceu a boiar o cadáver de Oféliacom um nenúfar na mão.”GEDEÃO, Antonio. Poesias completas (1956–1967). Lisboa, Portugália, 1972. p. 244-5.Após a leitura do poema, analise as seguintes afirmativas:I. No texto, há uma leitura denotativa da realidade (propriedade e funções da água,ciclo hidrológico) mesclada a uma leitura conotativa, pois na água também há umlugar para a tragédia humana.II. A mudança de tempo verbal na poesia simboliza a passagem de uma linguagempretensamente denotativa para uma linguagem que relata ações humanas.III. Na segunda estrofe, há uma informação físico-química que, embora incorreta, permiteconstatar o descompasso existente entre o mundo da ciência e o mundo dapoesia, lição pretendida pelo eu-lírico.Com relação às afirmativas acima, pode-se dizer que está(ão) correta(s):a) somente a afirmativa III;b) as afirmativas I e III;c) as afirmativas I e II;d) as afirmativas II e III;e) somente a afirmativa I.VoltarLíngua Portuguesa - Funções da linguagem e Linguagem figuradaAvançar


Texto para a questão 4:3“A Paz1. Vieram famintos,Desnudos,Cansados.Alforjes vazios,5. Os olhos opacos,Sentaram-se à mesa.Vieram vestidosDe linho,De seda.10. Alforjes tão cheiosOs olhos tão ávidos,Sentaram-se à mesa.E ele chegou.Na branca toalha,15. Ao longo estendida,Nem vinho, nem peixe,Nem água, nem pão.Olhou-os nos olhos,Sentiu-lhes a fome,20. Sentiu-lhes o frio,Chamou-os meus filhos,Serviu-lhes a paz.”Neusa Peçanha.4. IESB Julgue os itens, segundo os critérios da leitura, compreensão e interpretação textuais.( ) Os dois primeiros movimentos do texto juntam indivíduos de diferentes classessociais.( ) olhos opacos (v.5) e olhos tão ávidos (v.11) configuram oposição em nível conotativo.( ) O terceiro movimento da leitura do texto apresenta intertextualidade com o textobíblico.( ) Nos versos 16 e 17, ocorre a figura de construção chamada polissíndeto.( ) O verso 21 poderia ser escrito assim: “Chamou-os de meus filhos”, sem incorrerem qualquer erro gramatical.GABARITOIMPRIMIRTexto para a questão 5.“O sistema circulatório sangüíneo é um vasto e complexo circuito de vasos que tem como peçaprincipal o coração, pois é do seu trabalho que resulta a força propulsora que impulsiona o sangueatravés de toda a rede vascular.”5. U. Alfenas-MG Considere as seguintes afirmações a respeito do excerto acima.I. A função de linguagem predominante no excerto é a referencial.II. Predomina no texto o nível elevado de linguagem por situar-se acima da linguagempadrão.III. Na redação do texto, foi usada a linguagem de nível técnico, caracterizada por umléxico próprio das áreas da ciência e da filosofia, entre outras.IV. A palavra “pois” introduz oração que indica conclusão, conseqüência.Estão corretas as afirmações dos itens:a) I e III.b) I e II.c) II e IV.d) III e IV.e) I e IV.VoltarLíngua Portuguesa - Funções da linguagem e Linguagem figuradaAvançar


Leia o texto a seguir e responda a questão.“EsparadrapoHá palavras que parecem exatamente o que querem dizer. “Esparadrapo”, por exemplo. Quemquebrou a cara fica mesmo com cara de esparadrapo. No entanto, há outras, aliás de nobresentido, que parecem estar insinuando outra coisa. Por exemplo, ‘incunábulo*’.”QUINTANA, Mário. Da preguiça como método de trabalho. Rio de Janeiro, Globo 1987 p. 83.*Incunábulo: [do lat. Incunabulu: berço] Adj. 1 – Diz-se do livro impresso até o ano de1500./S.m. 2 – Começo, origem.6. UFR-RJ A expressão “quebrar a cara” é largamente empregada na língua portuguesa comsentido conotativo. O vocábulo que melhor traduz o emprego conotativo dessa expressão é:a) fracassar; d) desanimar;b) machucar-se; e) destruir.c) desistir;Texto para as questões 7 e 8.4“Memórias de um Sargento de Milícias (fragmento)No capítulo XIII, intitulado Escapula, o Leonardo havia sido detido pelo Major Vidigal, mas,driblando a escolta, no caminho para a prisão, consegui fugir.O trecho abaixo reproduzido é parte desse capítulo e aborda, entre outras coisas, o sentimentodo Major frente à situação.‘O Major Vidigal fora às nuvens com o caso: nunca um só garoto, a quem uma vez tivesse postoa mão, lhe havia podido escapar, e entretanto aquele lhe viera pôr sal na moleira; ofendê-lo emsua vaidade de bom comandante de polícia, e degradá-lo diante dos granadeiros. Quem pregavaao Major Vidigal um logro, fosse qual fosse a sua natureza, ficava-lhe sob a proteção, e tinha-oconsigo em todas as ocasiões. Se o Leonardo não tivesse fugido, e arranjasse depois a soltura porqualquer meio, o Vidigal era até capaz, por fim de contas, de ser seu amigo; mas tendo-o deixadomal, tinha-o por seu inimigo irreconciliável enquanto não lhe desse desforra completa.Já se vê pois que as fortunas do Leonardo redundavam-lhe sempre em mal; era realmente ummal naquele tempo ter por inimigo o Major Vidigal, principalmente quando se tinha, como oLeonardo, uma vida tão regular e tão lícita.’”ALMEIDA, Manuel A. de. Memórias de um Sargento de Milícias. São Paulo, FTD, 1992.GABARITO7. UFMS O texto literário utiliza a língua de maneira criativa e original; por isso, muitasvezes, uma leitura nos surpreende, pois certas palavras e expressões apresentam significadosnovos ou fora do comum, e devem ser entendidas no contexto em que se encontram,sob pena de a compreensão do texto como um todo ficar prejudicada. Nesse sentido,a expressão fora às nuvens, na 1ª linha, indica que o Major ficara:a) indiferente. d) enfurecido.b) eufórico. e) meditativo.c) envaidecido.8. UFMS Leia o texto abaixo, extraído de um ensaio sobre Memórias de um Sargento deMilícias.“Prodígio de humor e ironia, isento de qualquer traço idealizante, no romance não há lugarpara as tintas sentimentais e heróicas nem para o abuso de peripécias inverossímeis, tão do gostodo romance romântico da época...”WALDMAN, Berta. O romântico fruto de uma pisadela e de um beliscão,em Memórias de um Sargento de Milícias, ed. citada.IMPRIMIRIdentifique entre as alternativas abaixo, retiradas do fragmento transcrito do romance, aseqüência que apresenta sentido claramente irônico.a) se o Leonardo (...) arranjasse depois a soltura.b) em sua vaidade de bom comandante de polícia.c) uma vida tão regular e tão lícita.d) fosse qual fosse a sua natureza.e) inimigo irreconciliável.VoltarLíngua Portuguesa - Funções da linguagem e Linguagem figuradaAvançar


9. Univali-SC“Visões de um novo tempo(...) Mas a cidadania não se constrói apenas com palavras, com boas intenções. Este edifício temcomo alicerce a vontade férrea de nossa gente, o desejo de interferir ativamente no comando dosdestinos da comunidade. Esta base, cremos, foi a formação moral herdada de nossos fundadores,que acreditavam poder aqui edificar uma sociedade livre, participativa e laica, onde cada umpudesse ter de acordo com suas capacidades e segundo suas necessidades.Na construção de uma sociedade justa e democrática, acreditamos, tem especial relevância aexistência da imprensa livre, pluralista, que possibilite o trânsito correto da informação, indispensávelpara a afirmação da cidadania. A continuação do exercício desta prática jornalística, dadifusão da informação de interesse público, de qualidade e com profunda afinidade com a realidade,é uma das boas notícias que aguardamos para o próximo século.”SCHRAMM, Egon José. Jornal de Santa Catarina, 22 de setembro de 1999.5Indique a opção, cuja frase, retirada do texto acima, se vale do sentido como conotativoda linguagem:a) Este edifício tem como alicerce a vontade férrea de nossa gente...b) Esta base, cremos, foi a formação moral herdada de nossos fundadores...c) ... tem especial relevância a existência da imprensa livre...d) ... onde cada um pudesse ter de acordo com suas capacidades e segundo suas necessidades.e) A continuação do exercício desta prática jornalística, da difusão da informação deinteresse público, de qualidade e com profunda afinidade com a realidade...10. U. Alfenas-MG“Copo d’água no serenoO copo no peitorilConvoca os eflúvios da noite.Vem o frio nervoso da serraVêm os perfumes brandos do mato dormindoVem o gosto delicado da brisaE pousam na água.”Carlos <strong>Dr</strong>ummond de Andrade.GABARITOIMPRIMIRConsidere as seguintes afirmações:I. Nas referências descritivas de seres inanimados, o autor premia os cinco sentidos docorpo humano.II. O texto constrói-se basicamente no uso de sinestesias e prosopéias.III. É o tipo de texto que analisa, interpreta e explica os dados da realidade.Está correto o que se afirma:a) em I, II e III.b) em II e III.c) em I e II.d) apenas em I.e) apenas em II.11. PUC-PR Considerando apenas o sentido próprio, denotativo, e não o sentido figurado,conotativo, assinale a alternativa que contenha um sinônimo para a palavra senda:a) vereda.b) casa.c) banda.d) turma.e) companhia.VoltarLíngua Portuguesa - Funções da linguagem e Linguagem figuradaAvançar


12. AEU-DF Leia o texto “A língua na literatura brasileira” e depois julgue os itens seguintes,em relação à semântica e à estilística.6“A LÍNGUA NA LITERATURA BRASILEIRA(Machado de Assis)Entre os muitos méritos dos nossos livros nem sempre figura o da pureza da linguagem. Não éraro ver intercalados em bom estilo os solecismos da linguagem comum, defeito grave a que sejunta o da excessiva influência da língua francesa. Este ponto é objeto de divergência entre osnossos escritores.Divergência digo, porque, se alguns caem naqueles defeitos por ignorância ou preguiça, outroshá que os adotam por princípio, ou antes por uma exageração de princípio.Não há dúvida que as línguas se aumentam e alteram com o tempo e as necessidades dos usose costumes. Querer que a nossa pare no século de quinhentos é um erro igual ao de afirmar quea sua transplantação para a América não lhe inseriu riquezas novas. A este respeito a influência dopovo é decisiva. Há portanto certos modos de dizer, locuções novas, que de força entram nodomínio do estilo e ganham direito de cidade.Mas se isto é um fato incontestável, e se é verdadeiro o princípio que dele se deduz, não meparece aceitável a opinião que admite todas as alterações da linguagem, ainda aquelas que destroemas leis da sintaxe e a essencial pureza do idioma. A influência popular tem um limite; e oescritor não está obrigado a receber e dar curso a tudo o que o abuso, o capricho e a modainventam e fazem correr. Pelo contrário, ele exerce também uma grande parte da influência a esterespeito, depurando a linguagem do povo e aperfeiçoando-lhe a razão.Feitas as exceções devidas, não se lêem muito os clássicos no Brasil.Entre as exceções poderia eu citar até alguns escritores, cuja opinião é diversa da minha nesteponto, mas que sabem perfeitamente os clássicos. Em geral, porém, não se lêem, o que é um mal.Escrever como Azurara ou Fernão Mendes seria hoje um anacronismo insuportável. Cada tempotem o seu estilo. Mas estudar-lhes as formas mais apuradas da linguagem, desentranhar delas milriquezas que, à força de velhas, se fazem novas, – não me parece que se deva desprezar. Nemtudo tinham os antigos, nem tudo temos os modernos; com os haveres de uns e outros é que seenriquece o pecúlio comum.”( ) Os “solecismos” de que nos fala no texto, são os erros de grafia e de pronúncia daspalavras.( ) “Divergência” não implica diferentes posturas diante do tema abordado por Machado.( ) Por “no século de quinhentos”, entendemos os anos de mil e quinhentos.( ) A expressão “ganham direito de cidade” alude à irrefutável inserção de novos termosna língua e sua conseqüente aceitação por parte de todos que a utilizam.( ) Há silepse de pessoa em “nem tudo temos os modernos”.GABARITOIMPRIMIR13. UFF-RJ Assinale a opção em que os elementos grifados nos trechos a seguir exemplificama figura de linguagem apresentada.a) Paronomásia é o emprego de palavras semelhantes no som, porém de sentido diferente./ “Entretanto, vida diferente não quer dizer vida pior; é outra coisa.”b) Eufemismo é uma substituição de um termo, pela qual se pode evitar usar expressõesmais diretas ou chocantes, para referir-se a determinados fatos. / “Os amigos que merestam são de data recente; todos os antigos foram estudar a geologia dos campossantos.”c) Anáfora é a repetição de uma ou mais palavras no princípio de duas ou mais frases, demembros da mesma frase, ou de dois ou mais versos. / “Ora, como tudo cansa, estamonotonia acabou por exaurir-me também. Quis variar e 1embrou-me escrever umlivro.”d) Metonímia é a designação de um objeto por palavra designativa de outro objeto quetem com o primeiro uma relação. / “O que aqui está é, mal comparando, semelhante àpintura que se põe na barba e nos cabelos, e que apenas conserva o hábito externo,como se diz nas autópsias; o interno não agüenta tinta.”e) Onomatopéia é o emprego de palavra cuja pronúncia imita o som natural da coisasignificada. / “Foi então que os bustos pintados nas paredes entraram a falar-me e adizer-me que, uma vez que eles não alcançavam reconstituir-me os tempos idos, pegasseda pena e contasse alguns.”VoltarLíngua Portuguesa - Funções da linguagem e Linguagem figuradaAvançar


14. UFMT-Modificada Antes de julgar os itens abaixo, leia o texto “Atenção ao sábado”.Use V, para os verdadeiros, e F para os falsos.“Atenção ao SábadoAcho que sábado é a rosa da semana; sábado de tarde a casa é feita de cortinas ao vento, ealguém despeja um balde de água no terraço: sábado ao vento é a rosa da semana; sábado demanhã, a abelha no quintal, e o vento: uma picada, o rosto inchado, sangue e mel, aguilhão emmim perdido: outras abelhas farejarão e no outro sábado de manhã vou ver se o quintal vai estarcheio de abelhas. No sábado é que as formigas subiam pela pedra. Foi num sábado que vi umhomem sentado na sombra da calçada comendo de uma cuia de carne-seca e pirão; nós já tínhamostomado banho. De tarde a campainha inaugurava ao vento a matinê de cinema: ao vento sábadoera a rosa de nossa semana. Se chovia só eu sabia que era sábado; uma rosa molhada, não? No Riode Janeiro, quando se pensa que a semana vai morrer, com grande esforço metálico a semana seabre em rosa: o carro freia de súbito e, de súbito, antes do vento espantado poder recomeçar, vejoque é sábado de tarde. Tem sido sábado, mas já não me perguntam mais. Então eu não digo nada,aparentemente submissa. Mas já peguei as minhas coisas e fui para domingo de manhã. Domingode manhã também é a rosa da semana. Não é propriamente rosa que eu quero dizer.”LISPECTOR, Clarice. Os melhores contos de Clarice Lispector. Seleção de Walnice Galvão, São Paulo, Global, 1997.7( ) Sábado ao vento e grande esforço metálico são construções de valor denotativo emonossêmico.( ) Ocorre personificação em a semana vai morrer e antes do vento espantado.( ) A expressão Tem sido sábado deixa de indicar um dado sobre o tempo e descreve oestado de espírito da personagem.15. Univali-SC“PaciênciaAté quando o corpo pede um pouco mais de almaA vida não páraEnquanto o tempo acelera e pede pressaEu me recuso faço hora, vou na valsaA vida é tão raraEnquanto todo mundo espera a cura do malE a loucura finge que isso é normalEu finjo ter paciênciaO mundo vai girando cada vez mais velozA gente espera do mundo e o mundo espera de nósUm pouco mais de paciência”Lenine.GABARITOIMPRIMIRAnalise as afirmações abaixo com base no texto apresentado.I. O autor se utiliza de prosopopéia em alguns versos.II. São também utilizadas expressões populares no texto.III. A palavra paciência tem um sentido denotativo.IV. Há antíteses na letra da música acima.A alternativa correta considerando o texto apresentado é:a) nenhuma está correta;b) apenas a III está correta;c) todas as afirmações estão corretas;d) I e IV estão corretas;e) II, III e IV estão corretas.16. F.M. Itajubá-MG “Motivos de alegria e de tristeza” – “... trancados na ilha do nossoegoísmo”. Reconheça as figuras de linguagem que aparecem nestas duas frases.a) ironia e hipérbole.b) eclipse e paralelo.c) antítese e metáfora.d) ênfase e comparação.e) contraste e alusão.VoltarLíngua Portuguesa - Funções da linguagem e Linguagem figuradaAvançar


17. AUE-DF Leia o texto “Novos & velhos” e julgue os itens seguintes, em relação à semânticae à estilística.“NOVOS & VELHOS(Mário Quintana)Não, não existe geração espontânea. Os (ainda) chamados modernistas, com a sua livre poética,jamais teriam feito aquilo tudo se não se houvessem grandemente impressionado, na incautaadolescência, com os espetáculos de circo dos parnasianos.Acontece que, por sua vez, fizeram eles questão de trabalhar mais perigosamente, sem rede desegurança - coisa que os acrobatas antecessores não podiam dispensar.Quanto a estes, os seus severos jogos atléticos eram uma sadia reação contra a languidez dosromânticos. E assim, sem querer, fomos uns aprendendo dos outros e acabando realmente por herdarsuas qualidades ou repudiar seus defeitos, o que não deixa de ser uma maneira indireta de herdar.Por essas e outras é que é mesmo um equívoco esta querela, ressuscitada a cada geração, entrenovos e velhos.Quanto a mim, jamais fiz distinção entre uns e outros. Há uns que são legítimos e outros quesão falsificados. Tanto de um como de outro grupo etário.Porque na verdade a sandice não constituiu privilégio de ninguém, estando equitativamentedistribuída entre novos e velhos, em prol do equilíbrio universal.E, além de tudo, os novos significam muito mais do que simples herdeiros: embora sem saber,embora sem querer, são por natureza os nossos filhos naturais.”8( ) No texto “geração espontânea” reporta-se a criação súbita, explosão criadora.( ) Ao colocar entre parênteses a palavra “ainda” , Quintana alude ao sentido denotativoda palavra modernista.( ) Os “acrobatas” são os poetas parnasianos em oposição aos nefelibatas simbolistas.( ) A expressão “sem rede de segurança” significa sem as amarras da técnica poéticatradicional.( ) Há ironia em “a sandice não constitui privilégio de ninguém”.18. UFMS A conotação ocorre quando as palavras ganham, no texto em que estão inseridas,um outro sentido que se acrescenta ao seu sentido primeiro (sentido denotativo,próprio, habitual). Sendo assim, identifique, entre os trechos abaixo, retirados do textode Raquel Noveira, aquele(s) em que há presença de conotação.GABARITOIMPRIMIR“Faz parte de nossa tradição tomar mate. Chimarrão é o mate cevado, sem açúcar, regado a águaquente. Tereré é o refresco, bem gelado. De acordo com o clima, passa-se do chimarrão ao tereré.Para tomar mate é necessário adquirir-se uma cuia, morena e matuta, uma bomba ou bombilhae a erva moída, tudo semelhante a ‘um coração verde com uma artéria de prata’, conformepoema do gaúcho Aparício Silva Rillo.O ideal é tomá-lo numa grande roda, sob um laranjal.Se houver os serviços de alguma bugra para ‘carregar mate’, ótimo. ‘Carregar mate’ significaalguém ficar segurando a chaleira, passar a cuia de uma mão para a outra, de uma boca para aoutra, respeitando a vez de cada um, a animação da prosa e o ritmo dos sorvos. Levar a chaleira ládentro para esquentar de novo quando a água começar a esfriar, para não azedar o mate.É bom que haja no céu um sol bem vermelho e uma poeira cor-de-tijolo envolvendo tudo.Se for na hora do quiriri e algumas estrelas perfurarem a tarde com suas pontas de lata, aconversa será mais lenta.Se alguém falar alguma frase, alguma palavra em guarani, como chê-kambá ou cunhataí, darámais sabor à erva.Importante mesmo é que haja um clima de comunhão, de cachimbo da paz, tudo muito mornoe quente. (...)”NOVEIRA, Raquel. O arado e a estrela. Campo Grande, Ed. UCDB, 1996. p. 23.01. “Chimarrão é o mate cevado, sem açúcar, regado a água quente.”02. “... tudo semelhante a ‘um coração verde com uma artéria de prata’, conforme poemado gaúcho Aparício Silva Rillo.”04. “O ideal é tomá-lo numa grande roda, sob um laranjal.”08. “É bom que haja no céu um sol bem vermelho e uma poeira cor-de-tijolo envolvendo tudo.”16. “Se for na hora do quiriri e algumas estrelas perfumarem a tarde com suas pontas delata, a conversa será mais lenta.”Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.VoltarLíngua Portuguesa - Funções da linguagem e Linguagem figuradaAvançar


19. U. Alfenas-MG “Os prédios são altos e se espreitam traiçoeiramente com binóculos nasombra”. Predomina nessa frase a figura de linguagem denominada:a) metáfora.b) prosopopéia.c) hipérbole.d) eufemismo.e) ironia.20. Univali-SC Indique o item em que a figura de linguagem existente nas manchetes, retiradasde revistas de circulação nacional, está denominada corretamente entre parênteses:a) “O pai do ciberespaço” – Isto é, 14/04/99 (PLEONASMO).b) “A supermoeda murchou“ – Veja, 27/01/99 (METONÍMIA).c) “A canoa furada dos impostos” – Veja, 30/06/99 (METÁFORA).d) “Um passado escrito por pólen e lascas de madeira” – Superinteressante, agosto/99(ANTÍTESE).e) “O gigante e os anões” – Superinteressante, agosto/99 (PROSOPOPÉIA).Leia o texto abaixo e responda às questões 21 e 22.9“...............Dois homens tramando um assalto.– Valeu, mermão? Tu traz o berro que nóis vamo rendê o caixa bonitinho.Engrossou, enche o cara de chumbo. Pra arejá.– Podes crê. Servicinho manero. É só entrá e pegá.– Tá com o berro aí?– Tá na mão.Apareceu um guarda.– Ih, sujou. Disfarça, disfarça...O guarda passa por eles.– Discordo terminantemente. O imperativo categórico de Hegel chega a Marx diluído pela fenomenologiade Feurbach.– Pelo amor de Deus! Isso é o mesmo que dizer que Kierkegaard não passa de um Kant comalgumas sílabas a mais. Ou que os iluministas do século 18...O guarda se afasta.– O berro, tá recheado?– Tá.– Então vamlá.”Luís Fernando Veríssimo.GABARITOIMPRIMIR21. UEMS Sobre a linguagem utilizada nesse trecho, é correto afirmar:I. Foram utilizados dois níveis de linguagem, sendo um popular, cheio de gírias, eoutro culto, com vocabulário rico.II. A linguagem utilizada pelos assaltantes pode ser considerada correta apenas no segundomomento de suas falas, ou seja, na passagem do guarda.III. O conteúdo e o vocabulário da linguagem dos assaltantes não está de acordo com osníveis de linguagem empregados.Estão corretas:a) II e III. d) I e III.b) I. e) I e II.c) I, II e III.22. UEMS A expressão “Tu traz o berro que nóis vemo rendê o caixa bonitinho”, poderiaser substituída, sem mudar o sentido, em linguagem formal, por:a) Você traz o revólver que nós vamos dominar o caixa bonito.b) Me traga o revólver que nós vamos dominar facilmente o caixa.c) Tu trazes o revólver que vais dominar o caixa.d) Traga-me o revólver que vamos dominar de maneira bela o caixa.e) Traga o revólver que vamos dominar facilmente o caixa.VoltarLíngua Portuguesa - Funções da linguagem e Linguagem figuradaAvançar


23. U. Alfenas-MG Definição: “Silepse é uma figura de linguagem que ocorre quando efetuamosa concordância não com os termos expressos, mas com a idéia a eles associadaem nossa mente”. Assinale a alternativa em que esse tipo de figura acontece.a) Aos amigos faltou-lhes coragem.b) Vi com meus próprios olhos.c) “Luar, espere um pouco / Que é pro meu samba poder chegar.”d) Toda profissão tem seus espinhos.e) “Quando a gente é novo, gosta de fazer bonito.”24. U. Alfenas-MG“Ninguém coça as costas da cadeira.Ninguém chupa a manga da camisa.(...)”José Paulo Paes.10Na composição do excerto, o poeta emprega termos figurados por falta de palavras maisapropriadas. A figura de linguagem em questão é a:a) catacrese.b) sinestesia.c) metáfora.d) metonímia.e) perífrase.25. U.E. Londrina-PR Leia os poemas abaixo:“Pronto pra outragravei seu olhar seu andarsua voz seu sorriso.você foi emborae eu vou na papelariacomprar uma borracha.”CHACAL. <strong>Dr</strong>ops de abril. 2ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1984. p. 87.GABARITOIMPRIMIR“Happy Endo meu amor e eunascemos um para o outroagora só falta quem nos apresente”CACASO. Beijo na boca. Rio de Janeiro: 7 letras, 2000. p. 13.Sobre os poemas, é correto afirmar:a) Ambos redimensionam a desilusão amorosa tanto através da elevação espiritual quantodo recurso a elementos prosaicos.b) Ambos focalizam a temática amorosa, despertando atenções para o eu-lírico, que sofretransformações decisivas do passado para o futuro.c) Ambos enfocam a temática amorosa, através da ironia que minimiza diferenças entrepassado, presente e futuro.d) Ambos ignoram a temática amorosa, preferindo dar ênfase aos assuntos cotidianos,como na poesia marginal em geral.e) Ambos ridicularizam a desilusão amorosa, embora continuem professando a fé noamor definitivo que não será superado sequer pela morte.26. UFR-RJ No fragmento “que bom passar a mão no som da percalina” percebe-se:a) a correlação entre o sentido próprio e o sentido figurado das palavras;b) relação de termos que consiste no uso do todo pela parte;c) suavização de uma idéia através da substituição de uma palavra;d) relação entre percepção de sentidos diferentes;e) emprego de termos que se referem a conceitos contrários.VoltarLíngua Portuguesa - Funções da linguagem e Linguagem figuradaAvançar


27. UFGO-Modificada“Mestre do CoroQuem te ensinô essa mandinga?- Foi o nego de sinhá.O nego custô dinhero,dinhero custô ganhá,Camarado.CoroCai, cai, Catarina,sarta de má, vem vê Dalina.Mestre do CoroAmanhã é dia santo,dia de corpo de DeusQuem tem roupa vai na missa,quem não tem faz como eu.”11O fragmento transcrito apresenta um registro lingüístico próprio também das rodas decapoeira, conforme pode ser atestado em O pagador de promessas, de Dias Gomes.Sobre a linguagem do trecho citado, pode-se afirmar que:( ) a variedade não-padrão cumpre seu papel comunicativo, desde que pautada pelaclareza e coerência.( ) na 1ª estrofe, o vocábulo custô tem o mesmo sentido, nas duas construções em quefoi usado.( ) a palavra camarado apresenta uma flexão de gênero, imprópria, de acordo com anorma padrão.INSTRUÇÃO: Leia atentamente o texto e julgue os itens da questão 28.GABARITO“O samba do ErnestoO Arnesto nos convidô prum sambaEle mora no BrásNóis fumo e não encontremos ninguémNóis vortemos com uma baita duma reivaDa otra vez nóis num vai maisNóis num semos tatuNotro dia encontremos co’ ArnestoQui pidiu discurpa mas nóis num aceitemosIsso num si faiz Arnesto nóis num s’ importaMais você devia ter ponhado um recado na portaAnsimÓia turma num deu pra esperaAduvido que isso num faiz márNum tem importância nóis si habitua”Adoniran Barbosa e Nicola Caparrino.IMPRIMIR28. UFMT( ) O texto retrata um pedido de desculpas de amigos que não se vêem há muitotempo.( ) “Aduvido, vortemos, ponhando, ansim, óia” são marcas de uma variedade lingüísticautilizada por pessoas de pouca ou nenhuma escolaridade.( ) “Prum, num, cuma, duma, pra” marcam a moralidade oral do texto.( ) Sempre que é usada a primeira pessoa do plural, no texto, a desinência verbal éadequada.VoltarLíngua Portuguesa - Funções da linguagem e Linguagem figuradaAvançar


29. Uniube-MG“Cumprida a obrigação, Fabiano levantou-se com a consciência tranqüila e marchou para casa.Chegou-se à beira do rio. A areia fofa cansava-o, mas ali, na lama seca, as alpercatas dele faziamchape-chape, os badalos dos chocalhos que lhe pesavam no ombro, pendurados em correias,batiam surdos.”RAMOS, Graciliano, Vidas secas.Observando-se, neste excerto de Vidas secas, a linguagem do autor, pode-se afirmar quea expressão grifada é uma figura de linguagem denominada:a) onomatopéia.b) pleonasmo.c) aliteração.d) eufemismo.30. U.E. Londrina-PR Observe os quadros abaixo.12GABARITOIMPRIMIRO comentário irônico de Mafalda no último quadro refere-se, fundamentalmente, a umafigura de linguagem presente nos quadros anteriores, que é:a) hipérbole.b) metáfora.c) aliteração.d) metonímia.e) pleonasmo.31. Uniube-MG Há figuras de linguagem em:I. antítese em “o meu dia foi bom, pode a noite descer”;II. prosopopéia em “a noite com seus sortilégios encontrará lavrado o campo, a casalimpa, a mesa posta”;III. metáfora em “com cada coisa em seu lugar”;IV. comparação em “quando a indesejada das gentes chegar / (não sei se dura ou coroável)”.Estão corretas as afirmativas:a) I e II.b) I e III.c) I e IV.d) II e IV.VoltarLíngua Portuguesa - Funções da linguagem e Linguagem figuradaAvançar


Leia, a seguir, o fragmento retirado do livro Macunaíma, de Mário de Andrade, e responda aquestão 32.“– Meu avó, dá caça pra mim comer?– Sim, Currupira fez.Cortou carne de perna moqueou e deu pro menino, perguntando.– O que você está fazendo na capoeira, rapaiz!– Passeando.– Não diga!– Pois é, passeando...Então contou o castigo da mãe por causa dele ter sido malévolo pros manos. E contando otransporte da casa de novo pra deixa onde não tinha caça deu uma grande gargalhada. O Currupiraolhou pra ele e resmungou:– Tu não é mais curumi, rapaiz, tu não é mais curumi não... Gente grande que faiz isso...”1332. UFGO Uma característica importante das línguas é o fato de que elas não são uniformesnem estáticas. Fatores como região, classe social, idade, entre outros, explicam suasvariações.Tendo em vista o comentário que você acabou de ler e as particularidades lingüísticas dotrecho de Macunaíma, julgue os itens.( ) A construção “dá caça pra mim comer” é típica da linguagem oral, representado,portanto, uma variação de “dê-me caça para eu comer”, própria da norma padrão.( ) O emprego de palavras como “rapaiz” e “faiz”revela variação no nível dos sons,indicando pronúncia de um falante, no caso o Currupira, que utiliza a variedadepadrão língua.( ) Em “por causa dele ter sido malévolo”, ocorreu uma variação no nível sintático,uma vez que esse enunciado, na norma padrão, corresponde a “por causa de ele tersido malévolo”.( ) O enunciado “Tu não é mais curumi”, apesar de ser um exemplo de falar informal,está de acordo com a língua padrão, como se pode verificar pela concordânciaverbal.GABARITO33. Cesgranrio Assinale a opção em que há correspondência entre o período e o recursoestilístico a ele atribuído.a) “Quem pode vai para fora” – hipérbato.b) “Aquele jardim era meu amigo” –metonímia.c) “Eles são as minhas aldeias” – metáfora.d) “Uma voz de água no silêncio” – anáfora.e) “Que bom ver outra vida! Que bom ouvir a outra face do disco!” – anástrofe.34. U. Santa Ursula-RJ-Modificada Primeiramente, nos versos “de carne e de memória” /“de osso e de esquecimento” e nos versos “bocas bafos bacias” / “bandejas bandeirasbananeiras”, o autor se utiliza dos seguintes recursos de linguagem:a) metáfora e comparação;b) metonímia e aliteração;c) antítese e aliteração;d) comparação e hipérbato;e) paradoxo e aliteração.IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Funções da linguagem e Linguagem figuradaAvançar


LÍNGUA PORTUGUESA1F UNÇ Õ E S D AL ING UA G E M EL ING UA G E MF IG U R A D AGABARITO1. V – V – F – F – F2. c3. d4. V – V – V – V – V5. a6. a7. d8. c9. d10. c11. d12. F – F – V – V – V13. b14. F – V – V15. c16. c17. V – V – F – V – V18. 1819. b20. a21. b22. e23. e24. a25. a26. d27. V – F – V28. F – V – V – F29. a30. c31. a32. V – F – V – F33. c34. cIMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Funções da linguagem e Linguagem figuradaAvançar


LÍNGUA PORTUGUESAVO C A B U L Á R IO1. UFRN-Adaptada Essas previsões podem parecer ousadas, mas, no fundo, são até conservadoras”Assinale a opção em que o vocábulo traduz o sentido de ousadas:a) audaciosas.b) magníficas.c) impulsivas.d) duvidosas.12. Unifor-CE Assinale a alternativa em que se substitui uma frase por outra de sentidoequivalente.a) os videogames induzem à passividade = os videogames não permitem o isolamento.b) a ponto de não ter de esforçar-se = tanto que não precisa de muita vontade.c) porque inibem a vontade = porque estimulam o desejo de brincar.d) o jovem tende ao retraimento = o jovem procura distrair-se.e) Atividades físicas e em grupo são um antídoto = exercícios físicos comuns são asolução.3. Emescam-ESGABARITOIMPRIMIR“Hoje, a erotização televisivamente monitorada faz da criança um consumidor precoce. Momentopor não possuir suficiente discernimento e ser capaz de seduzir os adultos, que cedem aoscaprichos do desejo para se verem livres da insistência pirralha.Aos quatro anos, eis o menino revestido de grifes e a menina embotelhada em danças daesquizofrenia que distância a idade fisiológica da psicologia, corpo de criança e alma de mulher.O sonho é substituído pela TV, as histórias cedem lugar aos programas de auditório, e as fadas,bruxas e reis, aos brinquedos eletrônicos. O armário é tão cheio quanto o espírito vazio.(...) Há crianças assustadoramente gordas de açúcar e sem afeto, cansadas perante um futuroque ainda não viveram, viciadas em indigência intelectual e espiritual.”Excerto de “Memória de um Dinossauro”, de Frei Betto. A Gazeta, Vitória, 08. set. 98 p. 05.Um dos itens abaixo apresenta explicação inadequada de alguns termos usados no texto;isso ocorre em:a) “suficiente discernimento” – necessária competência para avaliar ou julgar com bomsenso;b) “insistência pirralha” – teima persistente da criança;c) “embotelhada em danças” – especialista em danças;d) “ritmo da esquizofrenia” – ritmo que revela psicopatias e distúrbios mentais;e) “indigência intelectual e espiritual” – pobreza de cultura e de espírito.4. UFF-RJ No fragmento “O meu fim evidente era atar as duas pontas da vida, e restaurarna velhice a adolescência.”, pode-se substituir a palavra em negrito, sem alteração desentido, por:a) limite.b) momento final.c) término.d) objetivo.e) ponto extremo.VoltarLíngua Portuguesa - VocabulárioAvançar


5. Univali-SC“Retrato do Brasil quando ainda jovemComo se explica o otimismo de nosso povo?Algumas pesquisas e levantamentos recentes, tenham ou não a ver com as comemorações dos500 anos de Descobrimento, revelam um Brasil cuja ambigüidade torna cada vez mais difícildecifrá-lo e defini-lo em termos de personalidade e temperamento. De um país em crise e cheiode mazelas, onde, segundo o IBGE, quase um quarto da população ganha R$ 4,00 por dia, o quese esperaria? Que fosse a morada de um povo infeliz, cético e pessimista, não?Não. Por incrível que pareça, não. Os brasileiros não só consideram seu país um lugar bom eótimo para viver, como estão otimistas em relação ao seu futuro e acreditam que ele se transformaránuma superpotência em cinco anos. Pelo menos essa é conclusão de um levantamentosobre a “utopia brasileira” realizado há pouco pelo Data Folha.”VENTURA, Zuenir. Época, 08/05/2000.2Os sinônimos que poderiam ser utilizados para substituir as palavras destacadas no textoencontram-se, respectivamente, na opção:a) impressão / descrente / fantasia;b) equívoco / duvidoso / infelicidade;c) incerteza / seco / irrealização;d) indeterminação / cego / quimera;e) que tem dois sentidos / que não crê / felicidade.6. Unifor-CE Assinale a letra correspondente à alternativa que preenche corretamente aslacunas das frases apresentadas.Sem ..............., a criança ............... os comandos do jogo eletrônico, em que ...............eram perseguidos.a) hesitar – compulçava –animaizinhosb) hesitar – compulsava – animaisinhosc) hesitar – compulsava – animaizinhosd) exitar – compulsava – animaisinhose) exitar – compulçava – animaizinhosGABARITOIMPRIMIR7. Unifor-CE Uma sociedade ............... é aquela em que os ............... têm ............... dosproblemas que atingem todos aqueles que a compõem.As lacunas serão corretamente preenchidas com:a) armonioza – previlegiados – consciênciab) armoniosa – privilegiados – conciênciac) harmonioza – privilegiados – conciênciad) harmoniosa – previlegiados – consciênciae) harmoniosa – privilegiados – consciência8. U.F. Juiz de Fora-MG “...Sou adepto do voto inútil! Vote inútil!!!” (Luiz EurípedesMassiére)Um significado alternativo para a palavra acima destacada é:a) partidário.b) contrário.c) representante.d) rebelde.9. U.F. Uberlândia-MG Assinale a única alternativa em que a palavra ou expressão emnegrito não está adequadamente interpretada de acordo com seu sentido no texto.a) “Para se restringir a compreensão das mensagens a uns poucos detentores do códigolingüístico...” = limitar.b) “O uso correto do idioma não é um refinamento...” = requinte.c) “Porém, o oficialismo deveria, pelo menos, abster-se de usar estrangeirismos paraevitar o ridículo de ser brega...” = impedir.d) “Não se trata de xenofobia.” = aversão a coisas estrangeiras.VoltarLíngua Portuguesa - VocabulárioAvançar


10. UFPR Leia o texto abaixo:“A referência a Xuxa, além de providencial, é pertinente. Ela é pioneira nesse fenômeno, tãocaracterístico do Brasil de hoje, que é a erotização das crianças. Faz anos que, consciente ouinconscientemente, lhes dá aulas de sedução. Outras a seguiram na TV, entre louras que a imitame reboladoras profissionais, mas Xuxa detém a palma do pioneirismo. Merece ser considerada umsímbolo da permissividade da televisão brasileira.”Veja, 18/08/1999.Marque V (verdadeiro) ou F (falso) na(s) alternativa(s) em que todas as expressões sãoapropriadas para substituir as expressões em negrito, sem prejuízo para o sentido dotexto.( ) menção – apropriada – interrompe – da licenciosidade.( ) convocação – irritante – conserva – da abertura.( ) observação – relevante – possui – da liberalidade.( ) menção – apropriada – conserva – da falta de limites.( ) saudação – obrigatória – interrompe – do vale-tudo.( ) alusão – relevante – ostenta – da liberalidade.311. Unifor-CE O solecismo ou erro de sintaxe torna a linguagem ...............ou ...............,por estar em ............... com as normas do padrão culto da língua.As lacunas da frase apresentada estão corretamente preenchidas em:a) incompreencível – imprecisa – dezacordob) incomprensiva – imprescisa – desacordoc) incomprensiva – imprecisa – dezacordod) incompreensível – imprecisa – desacordoe) incompreensível – imprescisa – desacordo12. Unifor-CE O vocábulo em negrito está corretamente substituído por outro, sem prejuízodo sentido original, em:a) a influência do povo é decisiva = prejudicial.b) não lhe inseriu riquezas novas = descobriu.c) a receber e dar curso a tudo = ensinar.d) depurando a linguagem = purificando.e) se isto é um fato incontestável = divergente.GABARITO13. U. Alfenas-MG-Adaptada A palavra “então” do trecho “apontou o então chefe da Assessoriade Imprensa da Prefeitura como autor da nota” tem o sentido de:a) naquela ocasião.b) nesse caso.c) além disso.d) nesse tempo.e) naquele lugar.14. PUC-RJ-Adaptada“Se além das prendas (...), D. Evarista era mal composta de feições, longe de lastimá-lo, agradecia-oa Deus, porquanto não corria o risco de preterir os interesses da ciência...”Machado de Assis.IMPRIMIRAs expressões abaixo estão dicionarizadas como acepções possíveis para preterir. Qualdelas melhor poderia substituir o verbo no contexto em que é empregado no texto?a) ultrapassar.b) omitir.c) deixar de parte.d) ir além de.e) ser ilegalmente promovido.VoltarLíngua Portuguesa - VocabulárioAvançar


15. Unifor-CE A expressão em negrito está corretamente substituída por outra, sem prejuízodo sentido original, em:a) provocam cíclicas retrações = periódicas diminuições.b) premido pelas circunstâncias = decepcionado.c) para satisfazer exigências formais = leis costumeiras.d) mão-de-obra não-especializada = trabalho incomum.e) um futuro se não promissor = de desesperança.16. Uniube-MG-Adaptada A expressão “dia-a-dia” no trecho “as coisas mais simples donosso dia-a-dia”, pode ser substituída, sem que se altere o sentido da frase, apenas pelaexpressão grifada em:a) Não há trabalho para se fazer de supetão, mas dia a dia.b) Dia após dia aumenta a violência em nosso país.c) Obras de Machado de Assis fazem parte de meu cotidiano.d) A insegurança do brasileiro aumenta a cada dia.417. Uniube-MG “Se pintar um clima, você pode caprichar no estilo, descolar um gato ecurtir um papo legal.”Considerando-se a variedade lingüística que se pretendeu reproduzir nessa frase, é corretoafirmar que a expressão proveniente de variedade diversa é:a) pintar um clima;b) caprichar no estilo;c) descolar um gato;d) curtir um papo legal.18. Univali-SCGABARITOIMPRIMIR“Notas de um NobelA julgar pelas últimas declarações do escritor português José Saramago, o Prêmio Nobel deLiteratura que lhe foi atribuído em 1998 tornou-se um fardo difícil de ser carregado. Saramagoreclama de falta de tempo para escrever. Hoje ele é uma espécie de arauto da língua portuguesaque percorre os quatro cantos do mundo propagandeando o idioma de Camões.Os recém-lançados Cadernos de Lanzarote II, segundo volume de seus diários, vão de 1996 a1997 e mostra um Saramago andarilho, que deixa seu lar em Lanzarote, uma das Ilhas Canárias,dá voltas pela Europa, circula no Brasil e ainda tem tempo de salpicar as páginas de seu diário comobservações perspicazes e poéticas.Para quem conhece os romances de Saramago, o estilo pode parecer frugal. Mas é aquele tipode simplicidade que só alguém que pensa e escreve bem sabe fazer. Não faltam ao escritor o sensode humor, a ironia e uma delicadeza especial na percepção das coisas. (...)”VOLPATO, Cadão – Época, 26 de abril de 1999.No texto, os vocábulos arauto, perspicazes e frugal podem ser substituídos, respectivamente,pelos sinônimos:a) mensageiro – inteligentes – modesto.b) representante – talentosas – insosso.c) que sabe – que observam – parco.d) eminente – sagazes – exagerado.e) propagandista – complicadas – sóbrio.19. F. Católica de Salvador-BA-Adaptada A substituição proposta à direita mantém osignificado do contexto em que o termo transcrito aparece em:a) “toda” em “metade de toda a força” – qualquer.b) “algum” em “com algum êxito” – pouco.c) “apenas” em “foram selecionados apenas os chefes” – mal.d) “ainda” em “O Brasil ainda tem uma vantagem” – afinal.e) “Assim que” em “Assim que a economia voltar a crescer, isso vai ser consertado” –Quando.VoltarLíngua Portuguesa - VocabulárioAvançar


20. Uniube-MG Assinale a única alternativa em que a palavra ou expressão em negrito nãoestá corretamente interpretada de acordo com seu sentido.a) “E só estando ao abrigo das necessidades (e do mau tempo) é que poderemos, comcalma e sapiência, manipular os peões...” = sabedoria.b) “Pena que os bispos sejam tão renitentes.” = teimosos.c) “Acho que nenhum patriota sincero se oporia a esta medida tão salutar e higiênica” =moralizadora.d) “Conto com teu bom senso para tratar com severidade os trabalhadores, sem deixar-televar por pieguices.” = sentimentalismos.521. F.M. Triângulo Mineiro-MG-Adaptada“... uma relação é provida do atributo mágico...”“... prenhe de respeito e carinho...”“... repousa no preceito basilar do cristianismo...”Os sinônimos mais adequados para as palavras em negrito nos trechos acima são, respectivamente:a) dotada, repleta, fundamental;b) portadora, isenta, simples;c) concebida, marcada, único;d) destituída, madura, básico;e) incentivadora, plena, indiscutível.GABARITOIMPRIMIR22. U.E. Maringá-PR Assinale a(s) alternativa(s) em que as palavras em destaque podemser substituídas pelas palavras que estão em itálico, respectivamente.01. “A conclusão da primeira etapa de decodificação do genoma humano...” – o epílogo– leitura.02. “A complicação é que se desconhecem quantas casas e edifícios existem de fato nametrópole e qual a função de cada um dos imóveis.” – o obstáculo – ignoram.04. “As estimativas variam de 38.000 a 120.000” – as avaliações.08. “As poderosas máquinas da Celera Genomics e do Projeto Genoma Humano ordenaramas seqüências de letras...” – prostraram – as apreensões.16. “Identificar os genes será uma tarefa árdua e mais complexa do que foi decifrar opróprio genoma.” – um trabalho – desviar.32. “...os geneticistas ainda são incapazes de encontrar a padaria ou a delegacia de políciano complexo DNA do ser humano.” – hábeis – no elucidado.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.23. U.F. Uberlândia-MG Assinale a única alternativa em que a palavra ou expressão emnegrito não está adequadamente interpretada de acordo com seu sentido no texto.a) “Quis continuar a falar, para escrutar-lhe bem a alma; não pude, ele esquivou-se, efiquei outra vez só.” = sondar.b) “...ninguém me dava o direito de presumir intenções e intervir nos negócios particularesde uma família...” = vangloriar.c) “Bastou que uma idéia se me afigurasse possível para que eu a acreditasse certa.” =parecesse.d) “...Félix achara um modo de conciliar umas e outras, amando sem casar.” = harmonizar.VoltarLíngua Portuguesa - VocabulárioAvançar


24. PUC-RS6“Não vai dar certoOutro dia, dois cientistas americanos apresentaram um pedido ao Serviço de Marcas e Patentesdos Estados Unidos para registrar uma criatura que estão produzindo em laboratório. A talcriatura seria uma mistura de homem com animal. Não se sabe direito que animal é este, masderam a entender que tanto pode ser um macaco como um camundongo.É fácil imaginar um homem-macaco. Afinal, todos nós, no passado, já protagonizamos essadobradinha. E nem faz tanto tempo. Conheço gente que ainda se lembra de quando o avôdesceu da árvore (...) Já cruzamento de um homem com camundongo é mais difícil de visualizar.O único parâmetro conhecido é o Mickey, o rato mais bem-sucedido da história. Em cima dele,construiu-se um império que é, na verdade, uma ratoeira humana (...).A idéia de cruzar artificialmente seres humanos com animais não é nova. Já foi imaginada nocomeço do século pelo inglês H. G. Wells, em A Ilha do <strong>Dr</strong>. Moreau e, nos anos 50, pelo americanoJames Clavell, em A Mosca da Cabeça Branca. Ambas as histórias renderam vários filmes. Emtodos eles, a parte humana levou um baita prejuízo. No filme do homem que virou mosca, o pobreVincent Price ficou desesperado porque, com seu corpinho de mosca, não conseguia chamar aatenção de sua mulher, para que esta o fizesse voltar ao normal. E olhe que ele foi o cientista queresolveu fazer a experiência.Boa idéia. O ideal seria se os dois cientistas se oferecessem como cobaias de suas experiências.Um cruzaria o outro com o macaco. E o outro cruzaria o um com o camundongo.”CASTRO, Ruy. Manchete, 19/04/98 (adaptado)Se as expressões “Outro dia”, “A tal criatura”, “dobradinha” e “corpinho”, característicasda linguagem coloquial, fossem substituídas por expressões do português culto formal,sem alteração básica no significado, seria correto utilizar, respectivamente:a) Uma vez – a experiência – par – figura diminuta.b) Dia desses – este monstro – dualidade – corpo minúsculo.c) Certo dia – o experimento – dupla – silhueta pequena.d) Há pouco tempo – o resultado – casal – corpete.e) Recentemente – esse ser – parceria – corpúsculo.GABARITOIMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - VocabulárioAvançar


LÍNGUA PORTUGUESAVO C A B U L Á R IO11. b2. c3. c4. d5. e6. c7. e8. a9. c10. F - F - F - V - F - V11. d12. d13. a14. c15. a16. c17. b18. a19. b20. c21. a22. 0123. b24. eGABARITOIMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - VocabulárioAvançar


LÍNGUA PORTUGUESAF O N O L O G IA , A C E N T UA Ç Ã OO R T O G R A F IA E FO R M A Ç Ã OD A S PA L AV R A S1. UFMT Leia o texto de Lourenço Diaféria e julgue os itens a seguir. Use V, para os itensverdadeiros, e F, para os falsos.1“O grafiteiro pixou no muro caiado: ‘Herrar é umano.’Considere as seguintes atitudes:1. Você corrige um erro.2. Você corrige dois erros.3. Você não corrige nada e elogia a criatividade do grafiteiro.4. Você fica louco da vida, xinga o cara de ignorante e manda repintar o muro.”Lourenço Diaféria.( ) A letra h não representa, na Língua Portuguesa, nenhuma fonema, mas é usada empalavras que a trazem da etimologia, como humano.( ) As letras x e ch podem representar o mesmo fonema, o que ocasiona certa dificuldadena escrita de palavras como pichar e xícara.( ) Poderia ser acrescentada à “questão de múltipla escolha” mais uma alternativa:Você corrige três erros.2. UFSE Os encontros vocálicos das palavras SEARA e GLÓRIA encontram-se, respectivamente,nas palavras:a) ameaças e contrário;b) biologia e adquirida;c) científicas e biogenética;d) negociação e países;e) polícia e principais.GABARITO3. Unifor-CE“Vejam que país...”“...a lavadeira cheira a gim.”Nas palavras em negrito observa-se uma seqüência de:a) hiato, dígrafo e ditongo;b) hiato, encontro consonantal e ditongo;c) ditongo, dígrafo e hiato;d) ditongo, dígrafo e ditongo;e) ditongo, encontro consonantal e hiato.IMPRIMIR4. Emescam-ES O emprego da expressão abaixo em negrito vai de encontro ao “bom uso”da nossa língua, em:a) Dadas as nossas origens e objetivos, existe, entre mim e eles, uma separação formal eintransponível.b) A EMESCAM fica situada na Avenida Nossa Senhora da Penha.c) Daqui há pouco tempo estaremos iniciando o século vinte e um.d) Aproveito-me desta oportunidade, para agradecer-lhe a gentileza do gesto.e) Antigamente, enviavam-se muitas cartas em mão.VoltarLíngua Portuguesa - Fonologia, acentuação, ortografia e formação das palavrasAvançar


5. FGV-SP A palavra língua está corretamente escrita com acento agudo e sem trema.Assinale a alternativa em que todas as palavras estejam também corretamente grafadas.a) Ambigüidade, guaraná, Anhanguera, tranqüilo, aguei, adquiri, distingui.b) Anbiguidade, güaraná, Anhangüera, tranquilo, agüei, adqüiri, distingüi.c) Ambigüidade, guaraná, Anhanguera, tranquilo, aguei, adquiri, distingui.d) Ambiguidade, güaraná, Anhangüera, tranqüilo, agüei, adqüiri, distingüi.e) Ambigüidade, guaraná, Anhangüera, tranqüilo, agüei, adquiri, distingui.26. PUC-RJ Leia o período abaixo e as afirmações relacionadas às expressões nele contidas:“O ceticismo constitui uma marca característica do conto machadiano que vem sendoamiúde assinalada pelos estudiosos da literatura brasileira, notavelmente aqueles que seconcentram na chamada fase realista de sua obra.”I. A separação silábica das palavras “machadiano“ e “assinalada” é, respectivamente,ma-cha-di-a-no e as-si-na-la-da.II. De acordo com as regras de acentuação gráfica, o verbo “constituir” escreve-se “constituía”em uma das formas do passado.III. Sem contração de preposição com artigo, a expressão “pelos estudiosos” deveriagrafar-se “pôr estudiosos”.IV. O advérbio derivado de “notável” deveria estar grafado no texto como “notavelmente”.São corretas as afirmações:a) I, II e IV.b) II e III.c) I e II.d) III e IV.e) I e III.7. U.E. Maringá-PR-Modificada Assinale a(s) alternativa(s) em que a(s) letra(s)destacada(s) corresponde(m) adequadamente ao(s) fonema(s) propostos(s).01. “...um pião enlouquecido.” – fonema /k/.02. “Séculos quentíssimos...” – fonemas / ku/.04. “...a velocidade da rotação...” – fonema /k/.08. “Os americanos acham...” – fonema /k/.16. “Daqui a alguns milênios...” – fonemas /ku/.32. “...enquanto dá voltas...” – fonemas /kw/.64. “Nevascas, furacões...” – fonema /k/.Dê, como resposta a soma das alternativas corretas.GABARITOIMPRIMIR8. U.F. Santa Maria-RS“Ele domina a número cinco, atenção, vai marcar, dá de chaleira... É goooool, sensacional!”Se essa fala fosse transcrita em nível coloquial, algumas palavras sofreriam alterações, como:marcar → marcáchaleira → chalerasensacional → sensacionauAnalise as afirmações relacionadas com essas alterações fonéticas.I. Em marcá, houve queda de consoante final e deslocamento da sílaba tônica.II. Em chalera, houve simplificação de um ditongo decrescente em vogal simples.III. Em sensacionau, houve substituição da consoante final por semivogal, formando umditongo crescente.Está(ão) correta(s):a) apenas I.b) apenas II.c) apenas III.d) apenas I e II.e) apenas II e III.VoltarLíngua Portuguesa - Fonologia, acentuação, ortografia e formação das palavrasAvançar


INSTRUÇÃO: Leia atentamente o texto e julgue os itens da questão 9.“Agora in Brasile, la mejor Parker Collection du monde.Gracias à abertura da nossaeconomia, a Parker do Brasil haportato a tutti noi a crème de lacrème das Parkers do mundo:Duofold Centennial, Premier,95, 88, 180 e mucho más.I tutto para você pagar commoney brasileiro. Come on,venga a buscar la suya.Perché si non vous puede ficarsem, capisci?”Revista Veja/SP.39. UFMT( ) A fábrica de canetas Parker explorou o fenômeno, da globalização lingüística, culturale econômica para lançar seu produto no mercado brasileiro.( ) As palavras estrangeiras funcionam, no texto, como argumentos a favor da simplicidadedo produto anunciado.( ) As palavras gracias, tutto e monde são formadas a partir de radicais presentes naspalavras correspondentes do português.( ) O fato de o espanhol, o italiano e o francês, assim como o português, serem línguasneo-latinas facilita a compreensão da mensagem pela propaganda.( ) O sentido de money e come on é evidente no texto, porque a língua inglesa é tambémuma língua neo-latina.( ) Na Babel global, recriada por esse texto, a confusão de línguas também impede acomunicação.10. UEPI Marcar a opção em que o segmento em negrito não forma dígrafo.a) qualquer; d) velho;b) adivinhar; e) recorria.c) confessar;GABARITO11. FGV-SP Assinale a alternativa em que todas as palavras estejam corretamente grafadas.a) Empolgação, através, extrangeiro, despercebido, auto-falante.b) Eletricista, asterístico, celebral, frustado, beneficiente.c) Assessores, pretensão, losango, asterisco, alto-falante.d) Sicrano, vultosa, previlégio, entitular, prazeiroso.e) Eletrecista, pretenção, ascenção, celebral, prazeiroso.12. Unifor-CE Nas palavras Paquequer, Paraíba e caudal, ocorrem, respectivamente osseguintes encontros:a) ditongo – hiato – hiato;b) dígrafo – hiato – ditongo;c) ditongo – dígrafo – hiato;d) dígrafo – ditongo – ditongo;e) ditongo – dígrafo – ditongo.IMPRIMIR13. U. Alfenas-MG O acento gráfico em “conferência” tem a regra de emprego assim expressa:a) Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em a(s).b) Acentuam-se as palavras proparoxítonas terminadas em ditongo crescente.c) Acentuam-se as palavras oxítonas terminadas em a(s).d) Acentuam-se todas as palavras paroxítonas.e) Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em ditongo crescente.VoltarLíngua Portuguesa - Fonologia, acentuação, ortografia e formação das palavrasAvançar


14. Uniube-MG São acentuadas de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica, aspalavras da alternativa:a) língua, obrigatório, influência.b) filológica, necessária, lingüística.c) português, aliás, país.d) óbvio, úteis, alguém.15. U.E. Maringá-PR-Modificada O fonema /s/ é expresso, na grafia da língua portuguesa,de várias maneiras. Assinale a(s) alternativa(s) em que todas as letras destacadasrepresentam na escrita o fonema /s/.01. “A prosa literária brasileira começa no Romantismo.”02. “...cujo ócio permitia a leitura de romances e folhetins.”04. “Esse público buscava na literatura apenas distração.”08. “...tão logo chegava ao final, fechava o livro e o esquecia...”16. “...esperando o próximo, que lhe ofereceria praticamente as mesmas emoções.”32. “...passando o tempo a torcer e a chorar por seus heróis.”Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.416. FUVEST-SP Os sufixos aumentativos têm, às vezes, sentido pejorativo, ridicularizandoou ironizando a idéia expressa. A alternativa em que este valor está presente é:a) Ao revisar a prova, percebemos que havia um problemão a resolver.b) Ora! Você fez um dramalhão por coisa tão insignificante.c) Feriadão começa com o 2º maior congestionamento.d) O casacão da noite envolveu a cidadezinha.e) Um carro! Presentão como esse você só ganha uma vez na vida.GABARITOIMPRIMIR17. U.E. Ponta Grossa-PR Tendo em vista a acentuação gráfica e a separação silábica dosvocábulos, assinale o que for correto.01. São acentuados graficamente os vocábulos “só”, “é” e “dá” porque devem ser acentuadostodos os monossílabos tônicos terminados em a, e e o.02. Os vocábulos “macaco”, “primata” e “apetite” não recebem acento gráfico porquenão se acentuam os paroxítonos terminados em o, a e e.04. O vocábulo “muriqui” não é acentuado pois não levam acento gráfico os oxítonosterminados em i.08. O vocábulo “observação” tem quatro sílabas.16. O vocábulo “evoluído” tem cinco sílabas.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.18. Unifor-CE Assinale a alternativa em que os dois vocábulos obedecem à mesma regra deacentuação gráfica do vocábulo várzea.a) cândido – armário;b) exímio – vírus;c) supérfluo – incêndio;d) incluído – sandália;e) límpido – vôo.19. U. Alfenas-MG “Fernando Henrique fez a defesa dos países em risco”. O sufixo ESA,usado nessa palavra em negrito na citação acima, completará corretamente a grafia de:a) bel...............b) cert...............c) calabr...............d) viuv...............e) estranh...............VoltarLíngua Portuguesa - Fonologia, acentuação, ortografia e formação das palavrasAvançar


20. UEMS Leia o texto de Rachel de Queiroz e, depois, assinale a alternativa correta.5“(...) Esse negócio de língua estrangeira em país colonizado é fogo. A começar que a nossalíngua oficial, o português, nós a recebemos do colonizador luso, o que foi uma bênção. Imaginase, como na África, nós tivéssemos idiomas nativos fixados em profundidade, ou, então, se fosserealidade a falada ‘língua geral’ dos índios, que alguns tentaram, mas jamais conseguiram imporcomo língua oficial do brasileiro. Mesmo porque as tribos indígenas que povoaram e ainda remanescempelos sertões, cada uma fala o seu dialeto; o pataxó, por exemplo, não tem nada a vercom o falar dos amazônicos; pelo menos é o que informam os especialistas.Mas, deixando de lado os índios que nós, pelo menos, pretendemos ser, falemos de nós, osbrasileiros, com o nosso português adaptado a estas latitudes e língua oficial dos nossos váriosmilhões de nativos. Pois aqui no Brasil, se você for a fundo no assunto, toma um susto. Pegue umjornal, por exemplo: é todo recheado de inglês, como um peru de farofa. Nas páginas dedicadasao show business, que não se pode traduzir literalmente por ‘arte teatral’, tem significação maisextensa, inclui as apresentações em várias espécies de salas, ou até na rua, tudo é show. E o leitordo noticiário, se não for escolado no papo, a todo instante tropeça e se engasga com rap, punk,funk, soap-opera, etc., etc. Cantor de forró do Ceará, do Recife ou Bahia só se apresenta com seusong book, onde as melodias podem ser originalmente nativas, mas têm como palavras-chaveesse inglês bastardo que eles inventaram e não se sabe se nem os próprios americanos entendem.No esporte é a mesma coisa, ou pior. Já que os nossos esportes foram importados (até a palavraque os representa – sport – é inglesa). O meu querido ministro Pelé tenta descaracterizar o neologismo,chamando-o de ‘desporto’. Mas não pega.Verdade que o jornalismo esportivo procura aclimatar o dialeto, traduzindo como pode os nomesimportados – goal keeper já é goleiro, back é beque, e há traduções já não tão assimiladasque ninguém diz mais senão ‘centroavante’, ‘meio-de-campo’, etc. Engraçado nós sermos umpaís tão apaixonado por esporte, especialmente o futebol (não mais foot-ball), e nunca fomoscapazes de inventar nenhuma modalidade de peleja esportiva. Os índios têm lá os jogos deles,mas devem ser chatos ou difíceis, já que a gente não os conhece nem de nome. Ficamos nasadaptações tipo ‘futevôlei’, que, pelo menos, é engraçado.”Rachel de Queiroz.Palavras como show, rap, funk e hot dog, hamburger, milk shake:a) São estrangeirismos que, segundo a gramática normativa, são termos necessários queassumem forma da língua portuguesa e podem ser usados quando necessários.b) Atestam a pobreza lingüística da língua portuguesa, incapaz de formar palavras paradesignar aqueles elementos.c) São anglicismos que poderiam muito bem ser excluídos da língua que falamos.Correio do Estado 21/05/2000.d) São galicismos que poderiam muito bem ser excluídos da língua que falamos.e) São estrangeirismos e por isso não contribuem para a boa linguagem.GABARITOIMPRIMIR21. Unifor-CE Assinale a alternativa em que os dois vocábulos obedecem à mesma regra deacentuação gráfica do vocábulo ignorância.a) sacrário – difícil; d) tórax – ingênuo;b) ônibus – ígneo; e) convênio – válido.c) colégio – sério;22. F.I. de Vitória-ES Assinale a opção em que se fez, entre as expressões entre parênteses,a escolha inadequada para o preenchimento da lacuna:a) O Brasil perdia para Camarões nas Olimpíadas. Todos pensaram que ele fosse ...............o placar, mas Camarões venceu.(inverter – reverter) expressão escolhida: reverter.b) Há gente que pretende ............... as drogas mais leves, como a maconha.(descriminar – discriminar) expressão escolhida: descriminar.c) Quando a chuva começou, ele viu que, sem guarda-chuva, iria passar ............... .(despercebido – desapercebido ) expressão escolhida: desapercebidod) Ele pensa exatamente como eu. Suas idéias vão ............... minhas.(ao encontro das – de encontro às) expressão escolhida: ao encontro das.e) Não estou ______ desses problemas políticos.(a par – ao par) expressão escolhida: a par.VoltarLíngua Portuguesa - Fonologia, acentuação, ortografia e formação das palavrasAvançar


23. U.F. Santa Maria-RS Em qual alternativa os pares de palavras não seguem a mesmaregra de acentuação?a) “pátria” – “próprio”. d) “só” – “três”.b) “Até” – “propôs”. e) “áreas” – “Mário”.c) “espécie” – “idéias”.24. FUVEST-SP6“Só os roçados da mortecompensam aqui cultivar,e cultivá-los é fácil:simples questão de plantar;não se precisa de limpa,de adubar nem de regar;as estiagens e as pragasfazem-nos mais prosperar;e dão lucro imediato;nem é preciso esperarpela colheita: recebe-sena hora mesma de semear.”NETO, João Cabral de Melo. Morte e vida severina.O mesmo processo de formação da palavra sublinhada em “não se precisa de limpa”ocorre em:a) “no mesmo ventre crescido”.b) “iguais em tudo e na sina”.c) “jamais o cruzei a nado”.d) “na minha longa descida”.e) “todo o velho contagia”.GABARITOIMPRIMIR25. U.E. Ponta Grossa-PR-Modificada Assinale o que for correto.01. Em “química” se usa acento gráfico no “i” pelo mesmo motivo por que se acentua o“i” de “dirigíveis”.02. Os vocábulos “século” e “inédito” acentuam-se graficamente pelo mesmo motivopor que se acentua “câmera”.04. Há duas sílabas em “ruas” e quatro em “aparelhos”.08. Os vocábulos “tecnologia” e “inimaginadas” têm cinco e seis sílabas respectivamente.16. Os artigos definidos, como em “as páginas”, “os parisienses”, “a capital” e “o ar”,são monossílabos átonos, por isso jamais recebem acento gráfico.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.26. UFMT Para julgar os itens que seguem, leia o texto “Eiros”.Use V, para as verdadeiras, e F, para os falsos.“EirosA leitora Elza Marques Marins me escreve uma carta divertida estranhando que ‘brasileiro’ sejao único adjetivo pátrio conhecido em ‘eiro’ que, segundo ela, é um sufixo pouco nobre. Existemsuecos, ingleses e brasileiros, como existem médicos, terapeutas e curandeiros. (...)É a diferença entre jornalista e jornaleiro ou entre músico ou musicista e roqueiro, timbaleiro ouseresteiro. Há o importador e há o muambeiro. ‘Se você começou como padeiro, açougueiro oucarvoeiro’ – escreve Elza – ‘as chances são mínimas de acabar como advogado, empresário, grandeinvestidor ou latifundiário, a não ser que se dê o trabalho de ser político antes’. Aliás, hápolíticos e politiqueiros. (...)”VERÍSSIMO, Luís Fernando. Jornal do Brasil, 7/10/95.( ) Os termos jornalistas, jornaleiro, terapeutas e curandeiros são formados pelo processode derivação parassintética.( ) A forma -eiro tem o mesmo significado em todas as suas concordâncias.( ) O morfema -eiro é usado exclusivamente para formar adjetivos a partir de substantivos.VoltarLíngua Portuguesa - Fonologia, acentuação, ortografia e formação das palavrasAvançar


27. Unifor-CE A série em que se observa a mesma regra de acentuação da palavra em negritono segmento “uma escolta de professores e funcionários” é:a) contemporânea – provável – contrário;b) artística – compreensível – contemporânea;c) obrigatória – contrário – circunstâncias;d) provável – várias – obrigatória;e) compreensível – artístico – várias.28. FGV-SP Assinale a alternativa em que se observe o mesmo processo de formação depalavras que ocorre em empobrecer.a) Apogeu. d) Crucifixo.b) Apelar. e) Apedrejar.c) Circular.729. Unifor-CE Todas as palavras estão acentuadas pela mesma razão que justifica o acentono vocábulo influência, em:a) América, também e incontestável;b) aceitável, domínio e até;c) princípio, línguas e contrário;d) lêem, clássicos e século;e) porém, insuportável e dúvida.30. Cesgranrio-Modificada As palavras que se acentuam, respectivamente, pelas mesmasregras de água, céu e pôr são:a) sábado, véu, até;b) mágoa, heroísmo, só;c) árvore, baú, há;d) silêncio, heróico, pára;e) místico, réu, aí.31. FUVEST-SP O prefixo assinalado em “tresvariando” traduz idéia dea) substituição.b) contigüidade.c) privação.d) inferioridade.e) intensidade.GABARITOIMPRIMIR32. U.F. Santa Maria-RS Assinale a alternativa cujas palavras devem ser acentuadas, respectivamente,pelas mesmas regras de “possível”, “memória” e “atrás”.a) fácil – vôlei – caí.b) hífen – apóia – além.c) caráter – cárie – até.d) difícil – idéia – vocês.e) vírus – fáceis – país.33. UFRS-Modificada Considere as seguintes afirmações sobre a acentuação gráfica.I. A palavra risível recebe o acento gráfico pela mesma regra que preceitua o uso doacento em ridículo.II. A palavra possuído recebe o acento gráfico pela mesma regra de aí.III. Se fosse retirado o acento gráfico das palavras várias, pública e está, ocorreria mudançade significado e de classe.Quais estão corretas?a) Apenas I. d) Apenas II e III.b) Apenas II. e) I, II e III.c) Apenas I e III.VoltarLíngua Portuguesa - Fonologia, acentuação, ortografia e formação das palavrasAvançar


34. Unifor-CE A mesma regra de acentuação da palavra infância observa-se em:a) indivíduo. d) público.b) econômico. e) flâmula.c) tênis.35. U. Alfenas-MG A alternativa em que todas as palavras devem ser acentuadas graficamenteé:a) pudico, bimano, flacido;b) rubrica, erudito, ingreme;c) prototipo, antifrase, interim;d) ureter, tulipa, Hungria;e) latex, crisantemo, cartomancia.836. Cefet-PR Os textos publicitários abaixo foram retirados da Folha de São Paulo, de19/09/2000. Assinale aquele que apresenta erro segundo a norma culta.a) Existem coisas que o dinheiro não compra. Mas a gente promete não falar delas.(Revista Forbes)b) Espaço de sobra para esticar as pernas. Motor de sobra para esticar o pé. (Audi)c) Chegou o Renault Clio Sedan. Quando mais longe for, melhor. (Renault)d) Ele faz dois anos e nós a diferença. (Publicidade do Toyota Corolla feita pela SavoySul e Motors Shopping)e) Para conquistar você cada vez mais, a Hertz não para de conquistar o Brasil. (Hertz –Locadora de Veículos)37. FEI-SP Em “É impossível esquecer as profecias de <strong>Aldo</strong>us Huxley em seu AdmirávelMundo Novo”, o termo em destaque foi formado por qual dos processos de formação daspalavras?a) Derivação prefixalb) Derivação regressivac) Derivação parassintéticad) Derivação sufixale) Derivação imprópriaGABARITOIMPRIMIR38. UFSE A afirmação correta é:a) “Há pouco” está corretamente empregado na frase: Daqui há pouco eu o verei.b) O encontro “sc”, como em “disciplina”, ocorre corretamente em “ascensão”.c) Grafa-se corretamente com “ç”, como em “sonegação”, o vocábulo “compreenção”.d) Assim como “advinhar”, “admitiu” está corretamente grafado.e) A forma “influência” completa corretamente a frase “O educador... os jovens”.39. U. Alfenas-MG Assinale a frase em que há erro de acentuação gráfica.a) Você tem o dever de pôr as coisas no lugar.b) É preciso que se averigúe todas as alternativas.c) Quê! Ela também estava lá?d) São os sábios que constróem a verdadeira paz.e) Foi esquecido um item na prova por falta de atenção.40. UFRS-Modificada Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente aslacunas das frases abaixo:• “Ele se baseia numa idéia ultrapassada ............... respeito da mente humana”.• “A inteligência não se limita ............... capacidade de raciocínio lógico”.• “Uma pessoa excessivamente tímida ou muito agressiva terá problemas para conseguirum bom emprego, ............... na profissão ou ter bom relacionamento familiar”.a) a – à – acender d) a – à – ascenderb) à – a – acender e) à – à – ascenderc) a – a – assenderVoltarLíngua Portuguesa - Fonologia, acentuação, ortografia e formação das palavrasAvançar


41. UFSE-PSS Analise se é V (verdadeiro) ou F (falso):( ) Na palavra pecuária encontram-se, em seqüência, um hiato e um ditongo oral crescente.( ) A correta separação das sílabas das palavras período e dezesseis é pe-río-do e dezes-seis.( ) Nas palavras hectare e filhote há em comum um encontro consonantal.( ) Assessórios feitos de couro de avestruz atingem preços exorbitantes –Todas aspalavras assinaladas estão corretamente grafadas.( ) Abate é exemplo de derivação regressiva.42. FUVEST-SP“A gente via Brejeirinha: primeiro, os cabelos, compridos, lisos, louro-cobre; e, no meio deles,coisicas diminutas: a carinha não-comprida, o perfilzinho agudo, um narizinho que-carícia. Aostantos, não parava, andorinhava, espiava agora — o xixixi e o empapar-se da paisagem — as pestanastil-til. Porém, disse-se-dizia ela, pouco se vê, pelos entrefios: — ‘Tanto chove, que me gela!’”ROSA, Guimarães. “Partida do audaz navegante”, Primeiras estórias.9a) Os diminutivos com que o narrador caracteriza a personagem traduzem também suaatitude em relação a ela. Identifique essa atitude, explicando-a brevemente.b) “Andorinhava” é palavra criada por Guimarães Rosa. Explique o processo de formaçãodessa palavra.Indique resumidamente o sentido dessa palavra no texto.43. U. Alfenas-MG-Adaptada “Formas variantes são as palavras que com a mesma significação,admitem grafia ou pronúncia distintas.” De acordo com essa definição, qual é apalavra que admite forma variante?a) cotidiana.b) este.c) trabalho.d) país.e) prática.GABARITOIMPRIMIR44. PUC-RS-ModificadaI. As palavras “caubói”, em “peão de boiadeiro virou caubói”, e “butique”, em “apelidadosde peões de butique”, apresentam-se de acordo com os padrões fonéticos egráficos da língua portuguesa.II. Se a palavra “jeans”, do trecho “enfiados em calças jeans”, fosse adaptada ao português,possivelmente seria grafada jins.III. Se comparadas às palavras que lhes deram origem, “Cê”, do trecho “Cê vai querer acostela com chantilly ou creme de leite?”, sofreu um processo de redução semelhanteao ocorrido com a expressão de assentimento “tá”.IV. Se a palavra “chantilly” do trecho anterior fosse corretamente aportuguesada, seriagrafada chantilí.A alternativa que contém apenas afirmativas corretas é:a) I e II.b) I e III.c) II e IV.d) I, II e III.e) I, II, III e IV.45. U. Alfenas-MG O erro ortográfico está em:a) catequizar, ascensão;b) poetisa, calabreza;c) empresa, exceção;d) abstenção, obsessivo;e) excesso, compreensão.VoltarLíngua Portuguesa - Fonologia, acentuação, ortografia e formação das palavrasAvançar


46. U.F. Santa Maria-RS-Modificada Assinale a alternativa em que a palavra em itálicofoi corretamente grafada:a) Porquê, com a abertura da nossa economia, não aproveitaram para importar outropovo?b) Com a abertura da nossa economia, por quê não aproveitaram para importar outropovo?c) Com a abertura da nossa economia, não aproveitaram para importar outro povo. Porquê?d) Não entendi o porque de não importarem outro povo, com a abertura da nossa economia.e) As razões porque não importaram outro povo, com a abertura da nossa economia, sãodesconhecidas para mim.1047. U. Alfenas-MG O substantivo derivado dos seguintes verbos que tem grafia diferentedos demais é:a) reter.b) deter.c) trair.d) conseguir.e) ceder.48. FGV-SP Assinale a alternativa em que se observe o mesmo processo de formação depalavras que ocorre em empobrecer.a) Apogeu.b) Apelar.c) Circular.d) Crucifixo.e) Apedrejar.49. UERJ Observe as seguintes palavras:lobisomemlinguarudoIdentifique o processo de formação de cada uma delas.GABARITOIMPRIMIR50. UERJ Quanto ao processo de formação, a palavra “estatuária” é classificada do mesmomodo que:a) algarismo.b) desconhecida.c) pirogravura.d) domingueira.51. Unifor-CE Observe que se afirma a respeito da formação da palavra anacronismo.I. O radical da palavra tem origem grega.II. O prefixo – também de origem grega – significa afastamento, mudança.III. O sufixo empregado forma substantivo, indicando resultado da ação.Está correto que se afirma em:a) I, somente; d) II e III, somente;b) III, somente; e) I, II e III.c) I e II, somente;52. Unifor-CE Só não se encontra o mesmo processo de formação da palavra comportamentoem:a) integração; d) infância;b) endoculturação; e) transmissão.c) significativo;VoltarLíngua Portuguesa - Fonologia, acentuação, ortografia e formação das palavrasAvançar


53. U.E. Ponta Grossa-PR Quanto à formação de vocábulos, é certo que:01. o prefixo indica negação nos vocábulos “impossíveis” e “inimaginados”;02. o substantivo “fundação” é formado por sufixação a partir do verbo “fundar”;04. “parisiense” é vocábulo composto formado por justaposição;08. “simultaneamente” é vocábulo formado por parassíntese a partir de um adjetivo naforma feminina;16. “glamourizou” é forma de pretérito perfeito de um verbo criado por derivação sufixala partir de um estrangeirismo.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.1154. UFRS Abaixo são feitas três afirmações sobre formação de palavras:I. As palavras justificável e admirável são adjetivos formados a partir de verbos.II. As palavras irracionais e indispensáveis apresentam o mesmo prefixo.III. Nas palavras mental e sexual, o sufixo utilizado forma adjetivos a partir de substantivos.Quais estão corretas?a) Apenas I.b) Apenas II.c) Apenas I e III.d) Apenas II e III.e) I, II e III.55. U.F. Juiz de Fora-MG Marque a alternativa em que os elementos destacados, nas duaspalavras, possuam o mesmo significado de (in-) em: “Talvez até seja politicamente incorretodizer...”.a) inexpressiva – exportados.b) injusto – descomunal.c) recolocava – reconhecemos.d) preconceitos – descabidas.GABARITO56. U.F. Uberlândia-MG-Modificada Observe os afixos em destaque nos fragmentos abaixo:I. “Virou praga o uso indevido do gerúndio.”II. “Talvez apenas desconheçam a própria língua.”III. “... é prova do despreparo de algumas pessoas.”IV. “...as contribuições já incorporadas e a serem incorporadas ao nosso idioma.”A seguir, assinale a seqüência correta, referente aos afixos em destaque.a) Os afixos têm sentido semelhante em I e IV.b) Os afixos têm sentido semelhante I, II e III.c) Os afixos têm sentido semelhante em II e IV.d) Os afixos têm sentido semelhante em III e IV.57. Unifor-CE Assinale a alternativa em que não ocorrem, respectivamente, um radical latinoe um radical grego.a) altiplano – acrobata;b) psicultura – ictiologia;c) multiforme – policromo;d) dissílabo – bisavô;e) filosofia – dicotomia.IMPRIMIR58. Unifor-CE Os verbos alindar e afear apresentam:a) o mesmo prefixo de origem latina que denota transformação;b) o mesmo prefixo de origem latina que denota afastamento;c) o mesmo prefixo de origem grega que denota negação;d) radicais que mantêm entre os dois verbos uma relação sinonímica;e) radicais que definem os dois verbos como cognatos entre si.VoltarLíngua Portuguesa - Fonologia, acentuação, ortografia e formação das palavrasAvançar


59. U.F. Pelotas-RS-Modificada Assinale a alternativa correta, sob todos os pontos de vista.a) “Hidrelétrica” relaciona-se com “hidratante”, embora essas palavras tenham o mesmoelemento de composição.b) “Termelétrica” relaciona-se com “termologia”, ainda que as duas palavras remetam àidéia de calor.c) “Energia” relaciona-se com “alergia”, porque ambas as palavras representam umaação, uma força, seja dentro de (en), seja contra alguma coisa (al).d) “Megawatt” relaciona-se com “megalomania”, apesar de o elemento em comum significar“grande”.e) “Fotovoltaica” relaciona-se com “fotossíntese”, pois ambas as palavras remetem àenergia da luz, representada pelo elemento “foto”.1260. U.E. Ponta Grossa-PR Analisou-se corretamente a formação dos vocábulos em:01. macaco-prego – substantivo composto formado pela justaposição de duas bases nominais;02. recentemente – advérbio formado por sufixação a partir de um adjetivo;04. destreza – substantivo formado por derivação sufixal com base em adjetivo;08. mandachuvas – substantivo composto formado pela junção de uma base verbal auma nominal;16. relações – substantivo formado por derivação pelo acréscimo do prefixo re- a um radical.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.61. PUC-RJ Assinale a alternativa em que todos os itens são formados a partir de um verbo.a) sentimento, ventania, extinção, mofino;b) resistência, regressar, cerebral, preocupação;c) facilidade, pacificar, regularmente, alimentício;d) fumaça, intimidade, prática, inexplorado;e) explicável, sabedor, sofrimento, contemplação.62. U. Alfenas-MG O sentido do radical da palavra “regularidade” não é o mesmo em:a) desregrado. d) régulo.b) régua. e) regularização.c) regulador.GABARITOIMPRIMIR63. Unifor-CE Assinale a alternativa em que os três vocábulos são cognatos de tributário.a) tribunal – tributador – tribal; d) tributo – tributar – tributável;b) tribuna – contribuição – tributal; e) atribulação – atribular – atribulado.c) atributo – atribuição – atributivo;64. UFPI-Adaptada Marque a alternativa que contém exemplo de derivação imprópria.a) abandono em “morrera de um abandono”.b) suas em “chorando as dores das heroínas de romance, parecia sentir alívio às suas”.c) devorar em “durante meses um devorar constante de romances”.d) onde em “aquele aspecto da sua casa, onde encontrava...”.e) lhe em “bastaria que um homem lhe tocasse”.65. U.E. Ponta Grossa-PR-Modificada O potencial de afetividade do sufixo diminutivo,para expressar a idéia de carinho, de afeto, pode ser notado em:01. Nenhum de nós teria coragem de sacrificar o pobrezinho, que nos deu tanta alegria.02. Embebeu de éter a bolinha de algodão.04. E saiu para a rua, pequenino por dentro, angustiado, achando a condição humanauma droga.08. Você é diferente, ainda não teve tempo de afeiçoar-se ao bichinho.16. Não é que o canário tinha ressuscitado, perdão, reluzia vivinho da silva, com umafome danada?Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.VoltarLíngua Portuguesa - Fonologia, acentuação, ortografia e formação das palavrasAvançar


66. PUC-PR Na palavra infelizmente temos três partes com um significado próprio: in,feliz e mente. Assinale a alternativa em que todos os elementos constituem partes significativasda palavra desigualdades:a) de – si – gual – da – des.b) des – igual – dade – s.c) desi – gual – da – des.d) des – i – gual – da – des.e) desigual – dades.1367. Cefet-RJ Em “Como por socorro, espiei os três outros, em seus cavalos, intugidos atéentão, mumumudos.”, a palavra destacada é um:a) neologismo, obtido pela repetição de um elemento morfológico, agregado à base umnovo sentido, em relação icônica com o determinado;b) arcaísmo, criação de intensa produtividade neste tipo de texto em que predomina ainformalidade;c) neologismo, o que prova que os falantes da língua portuguesa, principalmente os sertanejos,são conservadores;d) arcaísmo, de relevante valor expressivo, muito usado pelo autor para mostrar a forçainovadora da língua portuguesa;e) arcaísmo, uso típico da região sertaneja, que se caracteriza pela facilidade de invençãode palavras novas.68. U. Alfenas Assinale a palavra cujo significado do radical não corresponde ao do vocábulo“PATRIMÔNIO”.a) paterno.b) apadrinhar.c) padronizar.d) padroeiro.e) padre.GABARITOIMPRIMIR69. UFPE Assinale a série de palavras cujos prefixos indicam negação, como em ‘ilógico’.a) inaproveitável –irremovível – irromper;b) invalidar – inativo – ingerir;c) irrestrito – improfícuo – imberbe;d) ateu – incoercível – imerso;e) incriminar – imiscuir – imanente.70. Unifor-CE A alternativa incorreta em relação à formação de palavras é:a) criaturas, escritores e escrever são vocábulos que possuem o mesmo radical.b) ataques – é uma palavra formada por derivação regressiva.c) autos-de-fé – ocorre, neste exemplo, composição por justaposição.d) impossível – é uma palavra derivada por prefixação, e o prefixo indica negação, açãocontrária.e) pseudônimo – a composição desse vocábulo é feita por um radical de origem grega.71. U.F. Santa Maria-RS Nas palavras “intocado” e “irreconhecível”, há prefixos com omesmo sentido.Em qual das alternativas a seguir as duas palavras apresentam os prefixos com esse mesmosentido?a) incluir – irregular.b) irreal – influir.c) impuro – ilícito.d) irradiar – imigrar.e) inflamar – irretocável.VoltarLíngua Portuguesa - Fonologia, acentuação, ortografia e formação das palavrasAvançar


72. U.F. Santa Maria-RS Na palavra “chaleira”, houve a intercalação de uma consoanteentre a raiz “chá” e o sufixo “eira”. O sufixo tem o sentido de “lugar que contém”.Identifique a palavra que passou pelo mesmo processo de formação.a) cafeteira. d) brasileira.b) poeira. e) cabeleira.c) laranjeira.73. UFR-RJ-Adaptada“aporrinhado devendoprestação mais prestaçãoda casa que não compreimas compraram para mim.Me firmo, triste e chateadodesfavelado”Carlos <strong>Dr</strong>ummond de Andrade.14Tendo em vista o conteúdo do texto e o sentido do prefixo des-, o neologismo “desfavelado”significa pessoa que:a) mora próximo à favela; d) deixou de ser favelado;b) é contrária à favela; e) trabalha em prol da favela.c) nunca morou na favela;74. UFR-RJ O prefixo da palavra em negrito na oração “ao transpor a porta para a rua...”tem, respectivamente, o significado de:a) movimento através de;b) movimento em torno;c) posição além do limite;d) movimento para além de;e) movimento intermitente.GABARITOIMPRIMIR75. Uneb-BA Com referência ao termo “rerregulação”, pode-se afirmar que foi criado atravésda utilização de:a) prefixo que indica negação;b) sufixo que expressa intensidade;c) prefixo e sufixo que denotam ação momentânea;d) prefixo e sufixo que exprimem ação freqüentativa;e) prefixo que indica repetição e sufixo que denota ação.76. UFR-RJ “Sentimo-nos isolados do processo de comunicação que essas mensagens instauram– desligados.”O mesmo processo de formação da palavra desligados ocorre em:a) superficialmente. d) impossível.b) enxergado. e) consumidor.c) amamenta.77. UFF-RJ “A conversão de substantivos em adjetivos, isto é, tomar uma palavra designadora(substantivo) e usá-la como caracterizadora (adjetivo), constitui um procedimentocomum em língua portuguesa.”Assinale a opção em que a palavra em negrito exemplifica este procedimento de conversãode substantivo em adjetivo.a) E depois a tomaram como espantados.b) Fez o salto real.c) Eram três ou quatro moças bem moças e bem gentis.d) Com cabelos mui pretos pelas espáduas.e) E suas vergonhas tão altas e tão saradinhas.VoltarLíngua Portuguesa - Fonologia, acentuação, ortografia e formação das palavrasAvançar


LÍNGUA PORTUGUESAF O N O L O G IA , A C E N T UA Ç Ã OO R T O G R A F IA E FO R M A Ç Ã OD A S PA L AV R A S1GABARITOIMPRIMIR1. V – V – V2. a3. a4. c5. e6. a7. 1058. e9. V – F – V – V – F – F10. b11. c12. b13. e14. a15. 5416. b17. 2318. c19. c20. a21. c22. c23. c24. c25. 2626. F – F – F27. c28. e29. a30. d31. e32. b33. d34. a35. c36. e37. a38. b39. d40. d41. V – F – F – V – V42. a) Nem sempre os diminutivos traduzem apenas uma idéia de pequenez (valor objetivo).Eles podem traduzir a idéia de intensidade (“Os dois estavam agarradinhos”), podem terum sentido pejorativo (“Que novelinha mais boba!”) ou ainda, como é o caso, transmitirafetividade (valor subjetivo). O valor subjetivo se soma ao objetivo.b) “Andorinhava” é um verbo criado a partir de um substantivo. Trata-se de um processoneológico conhecido como derivação imprópria, ou seja, a palavra mudou declasse gramatical (andorinha > andorinhar). No texto, significa que Brejeirinha tinha,em um dado momento, um comportamento semelhante ao do pássaro andorinha,sendo tão pequena, dinâmica, ligeira e perspicaz como uma andorinha, espiandoaté “pelos entrefios”.43. a44. e45. b46. c47. d48. e49. Lobisomem : composição por aglutinação.Linguarudo: derivação sufixal.50. d51. e52. e53. 19VoltarLíngua Portuguesa - Fonologia, acentuação, ortografia e formação das palavrasAvançar


54. e55. b56. b57. d58. a59. e60. 3161. e62. d63. c64. c65. 0966. b67. a68. c69. c70. a71. c72. a73. d74. d75. e76. d77. c2GABARITOIMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Fonologia, acentuação, ortografia e formação das palavrasAvançar


LÍNGUA PORTUGUESAA R T IG O S,SUB STA N T IVO S,A D JE T IVO S, VE RB O SE A D VÉ RB IO STexto para a questão 1:1“Direitos Humanos no MundoOs trágicos acontecimentos ocorridos em Ruanda e noutras partes do mundo realçam a necessidadede fortalecer a capacidade que a comunidade internacional tem para adotar medidas preventivas,a fim de evitar as violações dos direitos humanos. O fosso entre as aspirações internacionaisao gozo dos direitos humanos e a realidade das violações generalizadas desses direitosconstitui o desafio básico que deverá ser enfrentado pelo programa das Nações Unidas em matériade direitos humanos. Para eliminar esse fosso, a comunidade mundial deve individualizar eeliminar as causas iniciais das violações. Para tal, as Nações Unidas estão a centrar os seus esforçosnas atividades destinadas a conseguir a aplicação eficaz do direito ao desenvolvimento, a definirmelhor os direitos econômicos, sociais e culturais e a conseguir que sejam mais respeitados, e, nonível mais fundamental, a melhorar a vida quotidiana de cada ser humano.O Centro de Direitos Humanos do Secretariado contribui para a execução do programa dedireitos humanos das Nações Unidas, mediante projetos concretos que têm por objeto ajudar aestabelecer e reforçar as instituições democráticas e a infra-estrutura nacional e regional necessáriapara a proteção dos direitos humanos, no primado do direito. Em 1994, o Centro aumentouconsideravelmente as suas atividades em termos de serviços de consultoria e assistência técnicapara programas na área dos direitos humanos.”GABARITOIMPRIMIR1. IESB-DF Julgue os itens a seguir segundo critérios sintáticos e semânticos.( ) Fosso, poderia ser permutado por hiato sem alteração de sentido.( ) Individualizar, pode ser permutado por particularizar, sem alteração de sentido.( ) Em “... as Nações Unidas estão a centrar os seus esforços nas atividades destinadasa conseguir a aplicação...” a expressão em destaque poderia ser permutada porcentrando, sem modificação sintática ou semântica.( ) Em “... as Nações Unidas estão a centrar os seus esforços nas atividades destinadasa conseguir a aplicação...” o artigo em destaque poderia ser eliminado, sem alteraçãosintática ou semântica.( ) Em “...as instituições democráticas e a infra-estrutura nacional e regional necessária...”o adjetivo em destaque poderia estar no plural.2. U.F. Juiz de Fora-MG Considerando-se o fragmento “(...) nessa questão de engenhariagenética, que promete ser a questão do novo milênio”, o artigo definido “a” indica que:a) a questão da engenharia genética será apenas uma das questões do novo milênio;b) a questão da engenharia genética apresenta ironias implícitas;c) a questão da engenharia genética será a principal questão do novo milênio;d) a questão da engenharia genética é a única questão do novo milênio.VoltarLíngua Portuguesa - Artigos, substantivos, adjetivos, verbos e adverbiosAvançar


3. Uneb-BA“O desenvolvimento das telecomunicações entra em nova fase, que alguns técnicos denominamcomo a da rerregulação.”Observe a informação divulgada por um dos editoriais da Folha de São Paulo de 9 dejulho de 2000.O termo “a”, que aparece destacado, possui o mesmo valor morfológico no fragmento:a) “os gastos públicos com tecnologias relacionadas à Internet chegam anualmente (...) anada menos que US$500 milhões”.b) “Um dos instrumentos é a criação de fundos, a partir de contribuições das operadorasde telecomunicações”.c) “É pouco perto do desafio monumental que se abre com a atual revolução da informaçãodigitalizada”.d) “No Brasil, já há uma proposta de legislação prevendo a criação de um fundo dessanatureza.”e) “A questão mais premente é a de evitar que aumente a exclusão social”.24. UERJ “Flexão é o processo de fazer variar um vocábulo, em sua estrutura interna, paranele expressar dadas categorias gramaticais como gênero e número.”A partir desse conceito, a palavra sublinhada que admite flexão de gênero é:a) “Fez-se de triste o que se fez amante” (Vinícius de Moraes).b) “Paisagens da minha terra,/ Onde o rouxinol não canta.” (Manuel Bandeira).c) “Sou um homem comum/ de carne e de memória/ de osso e de esquecimento” (FerreiraGullar).d) “Meu amigo, vamos cantar,/ vamos chorar de mansinho/ e ouvir muita vitrola” (Carlos<strong>Dr</strong>ummond de Andrade).GABARITOIMPRIMIR5. U.F. Santa Maria-RS-Modificada Identifique a alternativa que contém uma palavraformada por derivação sufixal que se classifica, no contexto, como adjetivo.a) brasileiro, em “o artista brasileiro dos dias atuais”;b) criadores, em “deixou de ser um peso para os criadores”;c) brasileiro, em “o brasileiro era um envergonhado”;d) envergonhado, no trecho anterior;e) brancos, em “a mistura entre negros, brancos e índios”.6. U.F. Santa Maria-RS-Modificada Os substantivos derivados de verbos denotam açãoe são chamados deverbais. O único substantivo que não faz parte desse grupo é:a) busca.b) conquista.c) grito.d) século.e) combate.7. FUVEST-SP A frase em que os vocábulos sublinhados pertencem à mesma classe gramatical,exercem a mesma função sintática e têm significado diferente é:a) Curta o curta: aproveite o feriado para assistir ao festival de curta-metragem.b) O novo novo: será que tudo já não foi feito antes?c) O carro popular a 12.000 reais está longe de ser popular.d) É trágico verificar que, na televisão brasileira, só o trágico é que faz sucesso.e) O Brasil será um grande parceiro e não apenas um parceiro grande.VoltarLíngua Portuguesa - Artigos, substantivos, adjetivos, verbos e adverbiosAvançar


8. UFMT Leia o texto “Um dia qualquer” antes de avaliar os itens abaixo. Use V, para ositens verdadeiros, e F, para os falsos.3GABARITOIMPRIMIR5101520253035“UM DIA QUALQUER - 66583624(Chico Amaral)Na espuma das ondasAs meninas se lançamAs cadeiras redondasOnde as ondas se amansamTodo dia é na praiaTodo minuto é pra umTodo dia é todo o tempoO tempo todo, tempo algumEu passei lá na vilaEle é de Vila IsabelMeu nego meu jongoHoje eu chego na barra do céuVocê me entendaDança de Oxum é assimSe joga no mundoCai nas ondas e volta para mimHoje é final de séculoHoje é um dia qualquerVocê vai ao cinemaOu toma um foguete, ou toma um caféHoje bobagem, dramaHoje é um dia comumVocê deita na camaCom os pés no século vinte e umEntão corre pra verEntão fica para verEntão corre pra verBeleza do mundo descerToda rua começaOnde acaba o meu malDe conversa em conversaEu já passei da capitalEra um filme domingoPenas do paraísoEu só guardo o que me ensinouque tocar é preciso”CD–SKANK.( ) As palavras mal e mau, em várias regiões do país, são pronunciadas de igual modo,mas o uso, em termos de sentido, é sempre diferente.( ) A oração Você vai ao cinema (verso 19) equivale a Vai-se ao cinema, pois a formade tratamento você, nessa estrofe, tem sentido indeterminado, não-específico.( ) A regência verbal em Você vai ao cinema, segundo a gramática normativa do portuguêsculto, está incorreta, pois o verbo ir tem a mesma regência do verbo chegarem chego na barra do céu (verso 12).9. U.F. Juiz de Fora-MG Em “Como dizem que Bergaman é um gênio com um gênioviolento e difícil”, as duas ocorrências do termo “gênio” apresentam, respectivamente:a) formas diferentes e o mesmo significado;b) formas e significados diferentes;c) a mesma forma e o mesmo significado;d) a mesma forma e diferentes significados.VoltarLíngua Portuguesa - Artigos, substantivos, adjetivos, verbos e adverbiosAvançar


10. UFSE“...a capacidade recém-adquirida do homem”O plural da palavra em negrito em cada uma das frases abaixo se faz de modo idêntico aode recém-adquirida em:a) Havia um cofre boca-de-lobo numa das salas da velha casa.b) Um abaixo-assinado solicitava ao proprietário do terreno que não derrubasse asárvores.c) Naquele sítio havia uma antiga árvore-mãe, cujas sementes deram início a estebosque.d) O pássaro-preto costuma alimentar-se das sementes encontradas em roças.e) Uma árvore carregada de folhas e frutos constitui uma obra-prima da natureza.411. UFF-RJ Na flexão dos diminutivos, o uso coloquial, com freqüência, se diferencia douso prescrito pela gramática normativa.Assinale o par de palavras em que os dois usos ocorrem:a) colherzinhas – florzinhas.b) mulherzinhas – coraçõezinhos.c) florezinhas – mulherezinhas.d) mulherzinhas – coraçãozinhos.e) colherezinhas – floreszinhas.GABARITO12. UFRS-Modificada Considere as seguintes afirmações acerca do uso de artigos.I. Caso tivéssemos uma condição em vez de condição, em “o primeiro descreve ‘ansiedadecomo condição dos privilegiados’ que, livres de ameaças reais, se dão aoluxo de ‘olhar para dentro’ e criar medos irracionais”, não haveria alteração no sentidoglobal da frase.II. O artigo indefinido uns poderia substituir o definido os, na frase “Peritos dizem algomais ou menos assim: os americanos estão nadando em riqueza.”, sem que houvessealteração no sentido.III. As duas ocorrências do artigo definido o anteposto às palavras psicoterapeuta esociólogo, no trecho “Os candidatos à ansiedade são, assim, bem mais numerosos ebem menos ociosos do que pensam o psicoterapeuta e o sociólogo.”, poderiam sersubstituídas por um indefinido sem mudar o sentido da frase.Quais estão corretas?a) apenas I.b) apenas II.c) apenas I e III.d) apenas II e III.e) I, II e III.13. PUC-PR-Modificada“Podia ser roteiro de filme, uma versão nordestina para o Paciente Inglês, onde o aviador sobreviveà queda.”Trecho do texto “O Paciente Mosoró” de Adriane Araújo. Isto é, 24/11/1999.IMPRIMIRA expressão paciente inglês do trecho é formada por duas palavras que são, respectivamente:a) adjetivo e substantivo.b) adjetivo e adjetivo.c) substantivo e adjetivo.d) substantivo e substantivo.e) particípio e substantivo.VoltarLíngua Portuguesa - Artigos, substantivos, adjetivos, verbos e adverbiosAvançar


14. FUVEST-SP Nas expressões “triste espetáculo”, “alegria feroz” e “cidadãos que se dizemdemocratas”, os elementos sublinhadosa) alteram o sentido mais usual dos nomes que qualificam.b) promovem um contra-senso que prejudica a objetividade dos argumentos.c) produzem efeito estilístico desvinculado do desenvolvimento da argumentação.d) acrescentam informações que esvaziam o sentido dos nomes a que se referem.e) reforçam qualidades já pressupostas nos nomes a que se referem.515. UFMS Marque a(s) proposição(ões) verdadeira(s).01. O advérbio eminentemente é derivado do adjetivo eminente, que significa que estáem via de efetivação; que ameaça acontecer breve, como na expressão perigo eminente.02. No segmento indiferente a tudo, o uso da crase é facultativo, de modo que seriaigualmente correta a forma indiferente à tudo.04. Em “... quando se trata de estudar...”, justifica-se a próclise do pronome oblíquo pelapresença da conjunção subordinativa.08. No trecho “Mas, veja bem, se assim fosse, como se justificaria a influência que atradição popular exerceu...” estão presentes os três modos verbais da língua portuguesa:o indicativo, o subjuntivo e o imperativo.16. As palavras rústica, caráter e épocas estão acentuadas corretamente, segundo agramática normativa, por serem todas elas proparoxítonas.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.16. Unifor-CE As lacunas da frase “Os ............... procuram ...............” estão corretamentepreenchidas em:a) alunos-educandos – escola-modelosb) aluno-educandos – escolas-modelosc) alunos-educando – escolas-modelod) alunos-educandos – escolas-modeloe) alunos-educando – escolas-modelos17. UERJ“Vestibular UERJ 2001. Construindo o cidadão do futuro.”GABARITOIMPRIMIRNo enunciado acima, extraído de um folheto de divulgação deste vestibular, o vocábulofuturo classifica-se gramaticamente como substantivo. Se, entretanto, houvesse alteraçãopara “Construindo o cidadão futuro”, a mesma palavra seria um adjetivo.Casos como esse permitem considerar substantivos e adjetivos como nomes, que se diferenciam,sobretudo, pelas respectivas características a seguir:a) invariabilidade mórfica – variabilidade em gênero e número;b) designação de seres e conceitos – expressão de um fenômeno;c) termo gerador de nomes derivados – resultado de uma derivação;d) papel sintático de termo núcleo – papel sintático de modificador de outro nome.18. FEI-SP Observe o texto: “Se as pedras da mesma casa em que viveis, desde os telhadosaté os alicerces estão chovendo os suores dos jornaleiros”. O substantivo em destaquetem como sinônimo:a) parede.b) chão.c) fundação, base.d) acabamento.e) pintura.VoltarLíngua Portuguesa - Artigos, substantivos, adjetivos, verbos e adverbiosAvançar


19. U. Alfenas-MG“Copo d’água no serenoO copo no peitorilConvoca os eflúvios da noite.Vem o frio nervoso da serraVêm os perfumes brandos do mato dormindoVem o gosto delicado da brisaE pousam na água.”Carlos <strong>Dr</strong>ummond de Andrade.O emprego de adjetivos e de locuções adjetivas é uma características da descrição. Nopoema há quantos adjetivos?a) 3. d) 6.b) 5. e) 2.c) 4.620. FGV-SP Assinale a alternativa gramaticalmente correta.a) Na Aliança Lusa-brasileira, os poteiros usavam ternos azuis-marinhos e as recepcionistas,saias azuis-pavões.b) Na Aliança Luso-brasileira, os porteiros usavam ternos cinzas-chumbos e as recepcionistas,saias verdes-olivas.c) Na Aliança Luso-brasileira, os porteiros usavam ternos cinza-chumbo e as recepcionistas,saias verde-oliva.d) Na Aliança Lusa-brasileira, os porteiros usavam ternos cinzas-chumbo e as recepcionistas,saias verdes-oliva.e) Na Aliança Luso-brasileira, os porteiros usavam ternos cinza-chumbos e as recepcionistas,saias verde-olivas.21. UFMT Esta pergunta refere-se ao texto “Tão novo e já pendurou as chuteiras”. Use V,para assinalar os itens verdadeiros, e F, para os falsos.GABARITO“Tão novo e já pendurou as chuteirasIE não foi só ele. Milhares de brasileiros pendurarão as chuteirasmais cedo por problemas cardiovasculares.IIHoje, 20% da população adulta brasileira é hipertensa, 12%é diabética e 30% tem colesterol elevado.IIIEssas doenças, associadas a tabagismo, obesidade, estressee vida sedentária levam ao óbito por problemas cardiovasculares,que correspondem a 32% de todos os óbitos.IVNão seja mais uma vítima das doenças cardiovasculares.VProcure seu médico e siga a sua orientação.”Veja. 23/06/99, p. 153.Líder em soluçõescardiovascularesIMPRIMIR( ) As formas verbais seja, procure e siga estão no imperativo, 3ª pessoa do singulare podem ser entendidas como um conselho ao interlocutor.( ) As formas verbais foi e é são, respectivamente, dos verbos ir e ser; a primeira nopretérito e a segunda no presente.( ) A palavra composta cardiovasculares pode também ter seus elementos usadosseparadamente: cardíacos e vasculares.( ) A palavra vítima possui um só gênero gramatical para indicar tanto seres do sexofeminino quanto do masculino, o que abre a possibilidade de o interlocutor do textoser tanto homem quanto mulher.VoltarLíngua Portuguesa - Artigos, substantivos, adjetivos, verbos e adverbiosAvançar


22. U.F. Santa Maria-RS7GABARITOIMPRIMIR“Fofas vingadasGoverno inglês faz campanha contra magreza excessivaTêm os governos o direito de determinar quem é magro, quem é gordo e, acima de tudo,quem deve sair nas páginas das revistas? Não têm, claro, principalmente em democracias solidíssimascomo a inglesa. Mas, que estão tentando dar um jeitinho, estão. Incitadas pelo governotrabalhista, as revistas de moda inglesas concordaram na semana passada em criar umcódigo de conduta destinado a promover a exibição de modelos de pesos e alturas variados emseus ensaios fotográficos. Tradução: menos modelos e atrizes de biotipos esbeltíssimos, queditam o padrão de beleza de nossos tempos, e mais silhuetas, digamos, normais. Quem quiserque acredite que vai funcionar. A ‘patrulha da gordura’ foi criada, muito a contragosto porparte das revistas, depois de uma reunião promovida pela ministra para Mulheres da Inglaterra,Tessa Jowell, sob o impacto do alerta dado no mês passado pela Associação Médica Britânica:pela primeira vez, um estudo científico relacionou o aumento dos distúrbios alimentares (anorexiae bulimia, doenças que em casos extremos podem ser letais) com a busca incessante dasadolescentes por um corpinho de sílfide, como os que vêem nas passarelas e fotos de moda.“Vamos esmagar as imagens estereotipadas das mulheres na mídia”, convocou uma entusiasmadaministra.Da reunião em Londres participaram produtores de moda, jornalistas, representantes de agênciasde modelos e um seleto grupinho de adolescentes normais. Todas reclamaram da figura‘impossível’ das modelos — impossível para elas, e para a imensa maioria das mortais, já quetoda altíssima e magérrima que se preza nasceu assim e assim continuará pelo resto de seusdias, independentemente dos hambúrgueres que consuma. Também apontaram a falta, nasbutiques, de tamanhos acima de 40, no máximo 42. A ministra Tessa, ato contínuo, fez umapelo à indústria de vestuário para que conserte a situação. Nesse departamento, a Inglaterracontaria com a companhia, logo de quem, da Argentina. Na quinta-feira, o Senado argentinoaprovou um projeto de lei que obriga as fábricas a fazer roupas em ‘tamanhos verdadeiros’.Embalada em sua cruzada, a ministra inglesa pediu à comissão que fiscaliza a televisão britânicaque vigie ‘o grau de diversidade de formas das mulheres nos programas de TV’. Ou seja: dêmenos destaque a silhuetas, como a de Victoria Adams, a spice girl que emagreceu 7 quilos(confessados) e, seca como uva passa, sob suspeita de anorexia, é convidada para desfilar eposar em editoriais de moda.Previsivelmente, a intervenção oficial animou o eterno debate ideológico.Do lado das gordinhas está a nova esquerda do governo Tony Blair. Por birra, alinhou-se àfacção das magérrimas, quem diria, a direita, na voz de Theresa May, que ocupa cargo equivalenteao de Tessa no fictício gabinete conservador, para quem tudo não passa de ‘loucurapoliticamente correta’. Todas as medidas inglesas têm aplicação voluntária. Difícil dar certo, atéporque, desde que moda é moda, as altas e magras são insubstituíveis na frente das câmeras.‘A foto sempre engorda um pouco, e por isso a magra fotografa melhor. E não adianta amenina perder 20 quilos. Tem de ser naturalmente magra’, atesta o fotógrafo paulistano AndréSchiliró.”Veja, 28/06/2000.Considere as afirmativas a respeito do emprego do grau superlativo.I. Em “solidíssimas” e “esbeltíssimos”, o significado dos adjetivos foi intensificadocom o objetivo de fazer uma avaliação pessoal da democracia inglesa e descrever otipo físico de prestígio, respectivamente.II. É possível elevar uma qualidade ao seu grau máximo por um processo de comparação,o que ocorre em “seca como uma uva passa”, que equivale a muito seca, sequíssima.III. Em “já que toda altíssima e magérrima”, as palavras sublinhadas desempenham, nocontexto, o papel de substantivos; no caso, as qualidades das modelos passaram arepresentar as próprias modelos.Está(ão) correta(s):a) apenas I.b) apenas II.c) apenas I e III.d) apenas II e III.e) I, II e III.VoltarLíngua Portuguesa - Artigos, substantivos, adjetivos, verbos e adverbiosAvançar


23. Unifor-CE Considere as seguintes construções:I. O pobre menino nasceu morto.O menino pobre nasceu morto.II. Realizou-se um congresso internacional de solidariedade.Realizou-se um congresso de solidariedade internacional.III. Uma poderosa nuvem abre o horizonte.Uma nuvem poderosa abre o horizonte.A alteração na posição das palavras provocou alteração de sentido somente em:a) I.b) II.c) III.d) I e II.e) I e III.824. Emescam–ES A relação de equivalência de sentido entre as expressões não está adequadaem:a) dor no abdome – dor abdominal;b) nervo da audição – nervo auditivo;c) xampu de capelo – xampu capilar;d) água de rio – água pluvial;e) monumento de rocha – monumento rupestre.25. U.E. Ponta Grossa-PR Os substantivos abstratos designam ação, sensação, estado ouqualidade dos seres. São substantivos abstratos os elementos itálicos em:01. Nenhum de nós teria coragem de sacrificar o pobrezinho, que nos deu tanta alegria.02. É para ele não sofrer mais e não aumentar o nosso sofrimento.04. Os olhos claros de sua mulher pediram-lhe com doçura.08. Embebeu de éter a bolinha de algodão, tirou o canário para fora com infinitadelicadeza.16. E saiu para a rua, pequenino por dentro, angustiado, achando a condição humanauma droga.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.26. FUVEST-SPGABARITOIMPRIMIR“As duas manas Lousadas! Secas, escuras e gárrulas como cigarras, desde longos anos, emOliveira, eram elas as esquadrinhadoras de todas as vidas, as espalhadoras de todas as maledicências,as tecedeiras de todas as intrigas. E na desditosa cidade, não existia nódoa, pecha,bule rachado, coração dorido, algibeira arrasada, janela entreaberta, poeira a um canto, vultoa uma esquina, bolo encomendado nas Matildes, que seus olhinhos furantes de azeviche sujonão descortinassem e que sua solta língua, entre os dentes ralos, não comentasse com malíciaestridente.”QUEIRÓS, Eça de. A ilustre Casa de Ramires.No texto, o emprego de artigos definidos e a omissão de artigos indefinidos têm comoefeito, respectivamente,a) atribuir às personagens traços negativos de caráter; apontar Oliveira como cidade ondetudo acontece.b) acentuar a exclusividade do comportamento típico das personagens; marcar a generalidadedas situações que são objeto de seus comentários.c) definir a conduta das duas irmãs como criticável; colocá-las como responsáveis pelamaioria dos acontecimentos na cidade.d) particularizar a maneira de ser das manas Lousadas; situá-las numa cidade onde sãofamosas pela maledicência.e) associar as ações das duas irmãs; enfatizar seu livre acesso a qualquer ambiente nacidade.VoltarLíngua Portuguesa - Artigos, substantivos, adjetivos, verbos e adverbiosAvançar


Leia abaixo o trecho do diário de P.C.S., publicado em uma reportagem na revista Isto é, emjun. 2000. A questão 27 refere-se a ele.“O diário de P.C.S.01/01/2000 - Las Vegas(...)21h30 - Restaurante chinês.1 biscoito da sorte3 colheres de sopa de arroz frito2 camarões com alho1 um pedaço de peixe frito1 buquê de brócolis (Adorei, comi super bem!)Nunca tinha estado num restaurante chinês.Estava com muito apetite! Hoje percebi quantotempo deixei de viver, de aproveitar a vida.Não só por não ter me permitido comer,mas (por causa) de todo o ritual que envolveuma refeição: conversar, rir, comunicar-se,apreciar a música, o lugar. É como se euestivesse congelada. Foi maravilhoso!”927. UFGO Considerando-se a importância da escolha das expressões verbais para a construçãodo sentido do texto, pode-se afirmar que:( ) em suas duas primeiras orações, as formas verbais “tinha estado” e “estava” indicamfatos situados no mesmo momento, pois ambas pertencem a tempos verbaisdo passado.( ) a forma verbal “estava” indica um momento anterior àquele expresso pela formaverbal “percebi”.( ) em “É como se eu estivesse congelada”, é possível substituir a forma verbo ser de“é” para “era”, sem que a idéia básica do período seja modificada.( ) o uso do subjuntivo no final do texto deve-se ao caráter de certeza, de verdade doprocesso expresso pelo verbo.GABARITOIMPRIMIR28. Unifor-CE Há analogia de sentido entre a frase “Pesem em torno de uma tonelada” e“Pesem:a) apenas uma tonelada”.b) justo uma tonelada”.c) aproximadamente uma tonelada”.d) tanto quanto uma tonelada”.e) ao menos uma tonelada”.29. FUVEST-SP Está INCORRETA a articulação de tempos e modos verbais em:a) Se por acaso eu importunara o General, ele que viesse falar comigo.b) Os ideólogos do capitalismo usam todos os apelos populistas de que se pudessemvaler para introduzir um forte golpe.c) Em 1970, não houve argumento capaz de convencer a imprensa paulista de que seriade interesse geral a 1ª Bienal Internacional do Livro.d) Todos seríamos escravos de idéias maniqueístas, não fora o trabalho desenvolvidopelos filósofos iluministas.e) Vives: agora mesmo que ensandeceste, vives; e se a tua consciência reouver um instantede sagacidade, tu dirás que queres viver.30. U. Alfenas-MG Assinale a alternativa cuja palavra composta é pluralizada da mesmaforma que “Ibero-americanos”.a) surdo-mudo. d) azul-marinho.b) verde-oliva. e) guarda-noturno.c) cívico-religioso.VoltarLíngua Portuguesa - Artigos, substantivos, adjetivos, verbos e adverbiosAvançar


31. U.E. Londrina-PR“Que pode uma criatura, senão,entre criaturas, amar?Amar e esquecer,Amar e malamar,Amar, desamar, amar?Sempre e até de olhos vidrados, amar?”A palavra até, no texto de Carlos <strong>Dr</strong>ummond de Andrade, tem o mesmo valor semânticoque em:a) O marinheiro chegou até o porto ao amanhecer.b) A polícia, até agora, não conseguiu capturar os fugitivos.c) As apurações estaduais foram suspensas até segunda ordem.d) Saveiro Geração III. Resiste a tudo, até a você.e) 12 até 18 dias sem juros no cheque especial. Tarifas que podem chegar a zero.1032. FUVEST-SP A única frase em que as formas verbais estão corretamente empregadas é:a) Especialistas temem que órgãos de outras espécies podem transmitir vírus perigosos.b) Além disso, mesmo que for adotado algum tipo de ajuste fiscal imediato, o Brasilainda estará muito longe de tornar-se um participante ativo do jogo mundial.c) O primeiro-ministro e o presidente devem ser do mesmo partido, embora nenhum faráa sociedade em que eu acredito.d) A inteligência é como um tigre solto pela casa e só não causará problema se o suprirde carne e o manter na jaula.e) O nome secreto de Deus era o princípio ativo da criação, mas dizê-lo por completoequivalia a um sacrilégio, ao pecado de saber mais do que nos convinha.33. UFPI Marque a alternativa que substitui corretamente a locução adjetiva por um advérbio.a) com verdade – sinceramente;b) como amante – adulteramente;c) com liberdade – libertinamente;d) sem mistério – enigmaticamente;e) sem virtude – desvirtuadamente.GABARITO34. Uniube-MG-Adaptada“Talvez eu tenha medo / Talvez eu sorria...”O advérbio talvez nos versos, pode ser substituído, sem perda de sentido, por:a) embora.b) não obstante.c) ainda que.d) pode ser que.IMPRIMIR35. FUVEST-SPa) “Se eu não tivesse atento e olhado o rótulo, o paciente teria morrido”, declarou omédico.Reescreva a frase acima, corrigindo a impropriedade gramatical que nela ocorre.b) A econologia, combinação de princípos da economia, sociologia e ecologia, é defendidapor ambientalistas como maneira de se viabilizarem formas alternativas de desenvolvimento.Reescreva a frase acima, transpondo-a para a voz ativa.VoltarLíngua Portuguesa - Artigos, substantivos, adjetivos, verbos e adverbiosAvançar


36. FUVEST-SP Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas abaixo.__________ três explosões na plataforma de petróleo. Creio que __________ de problemascausados por falta de manutenção, embora não __________ provas que __________isso: não __________ objetos para exames periciais.a) Ouviram-se / trata-se / existam / confirme / sobraram.b) Ouviu-se / se tratam / exista / confirme / sobrou.c) Ouviu-se / se trata / exista / confirmem / sobrou.d) Ouviram-se / se trata / existam / confirmem / sobraram.e) Ouviram-se / tratam-se / existam / confirme / sobraram.37. UFRS-Modificada“Os testes de QI, um dos antigos parâmetros usados para medir a inteligência, já não servemmais para avaliar a capacidade cerebral de uma pessoa.”11No texto, o advérbio mais deixa pressuposta a idéia de que:a) os testes de QI serviram, no passado, para medir a inteligência;b) hoje os testes de QI são melhores do que no passado para avaliar a inteligência;c) os testes de QI nunca serviram para medir a inteligência;d) no passado, além dos testes de QI, outros parâmetros serviram para medir a inteligência;e) hoje os testes de QI não são melhores do que no passado para avaliar a inteligência.38. U. Potiguar-RN“O único jornal que pode oferecer ao público as notícias que todos gostariam de saber é deminha propriedade.”GABARITOIMPRIMIRUtilizando-se o advérbio “só”, aponte a opção que ainda mantém o mesmo sentido daoração acima:a) Só um jornal pode oferecer ao público as notícias que todos gostariam de saber: o deminha propriedade.b) O único jornal que só pode oferecer ao público as notícias que todos gostariam desaber é de minha propriedade.c) O único jornal que pode oferecer ao público só as notícias que todos gostariam desaber é de minha propriedade.d) O único jornal que pode oferecer ao público as notícias que todos gostariam de saberé só de minha propriedade.39. FGV-SP Complete as frases com os verbos indicados entre parênteses.“Se você __________ (vir) à exposição e se __________ (dispor) a visitar o terceiroandar, poderá notar duas grandes fotos iluminadas. Quando as __________ (ver), observeseus efeitos de luz e sombra. Para bem comparar a técnica utilizada, será convenienteque você __________ (manter-se) a uma boa distância. Se isso não __________ (satisfazer)sua curiosidade, poderá adotar outra perspectiva.”40. PUC-RJ Assinale a alternativa em que o termo em negrito é um advérbio que marcaclaramente uma opinião:a) “... o sofrimento das pessoas que estão atingidas mentalmente.”b) “... e sair dela desejando um equilíbrio diferente do que tinha antes.”c) “para que ele tenha novamente a possibilidade de novas produções normativas”d) “Na esquizofrenia, o quadro, infelizmente, é mais sombrio...”e) “... há motivo para otimismo”.VoltarLíngua Portuguesa - Artigos, substantivos, adjetivos, verbos e adverbiosAvançar


41. CEETPS-SP Considere as seguintes ocorrências de “for”:I. quando eu for presidente, mandarei prender os que forem inimigos do país.II. aquele que for culpado confessará tudo quando for à prisão.III. os que forem espertos saberão quando for a hora de partir.IV. as vacas que forem para o brejo serão contadas quando eu for à Brasília.”Dessas ocorrências, “for” equivale, respectivamente, ao verbo “ser” e ao verbo “ir”a) somente na frase I.b) somente na frase II.c) somente na frase III.d) somente na frase IV.e) em todas as quatro frases.42. UFMA Considere o seguinte trecho “A favela invisível se debruça sobre o Rio”, doarticulista Marcos Sá Corrêa:12“...Brotou nos morros cariocas franquias de supérfluos, como a De Plá, que vende e revelamaterial fotográfico para amadores. São inumeráveis as academias de ginástica, as locadoras devídeo e os cursos de informática. Há lugares carentes que necessitam até de vagas para automóveis.”Revista Época, de 24/01/2000.Assinale a alternativa em que o termo em negrito aparece com o mesmo sentido empregadono texto acima:a) Até que ponto poderemos aceitar tal proposta?b) Pensando nisso, até que poderíamos programar um passeio para este final de semana.c) Fui até o hotel para encontrá-lo, mas ele já havia saído.d) “Até Madonna quis interpretar o papel de Frida Kahlo no cinema.”e) Até que enfim o governo reconheceu o direito dos manisfestantes.43. PUC/Campinas-SP“Naquele exato momento, sentiu o peso da responsabilidade. Sabia que o pai o chamara paraaquela conversa com a intenção de saber dele o que pretendia fazer da vida, passados os primeirosdias de euforia pela conclusão do curso. Feita a pergunta, de modo claro e objetivo, só conseguiuresponder que começaria o mais breve possível a ladainha das entrevistas que tinha marcadonas clínicas que visitara há meses.”GABARITOIMPRIMIROs verbos que indicam corretamente a sucessão cronológica dos fatos narrados são,NESSA ORDEM,a) sabia – sentiu – chamara.b) pretendia – sentiu – sabia.c) tinha marcado – sentiu – visitara.d) chamara – sentiu – começaria.e) conseguiu responder – sentiu – tinha marcado.44. FGV-SP Assinale a alternativa em que não haja erro de conjugação de verbo.a) Em pouco mais de três meses, a lesão do jogador poderá estar curada, se ele manteradequadamente o tratamento.b) O moderador interviu assim que ficou a par dos problemas técnicos.c) Se a Patrícia previr tempo seco para o litoral, haveremos de descer a serra antes de osol nascer.d) Leocádia estava terrivelmente irritada. Tinha ganas de dizer a Alberto tudo o que elemerecia; mas se deteu, esperando oportunidade melhor.e) Quando o negociador propor uma saída honrosa, será o momento de todos o aplaudirmos.VoltarLíngua Portuguesa - Artigos, substantivos, adjetivos, verbos e adverbiosAvançar


45. U. Alfenas “Uma parceria implica até em cuidar de meninos de rua.”Assinale a frase em que a palavra até expressa o mesmo sentido que tem no fragmentoacima.a) “Do querer até o poder vai larga distância”.b) Juntou até 10 mil reais.c) Bebeu tanto até cair.d) Arrastou-se até o quarto onde desmaiou.e) “Respiravam e até transpiravam”46. ITA-SP Os versos abaixo são da letra da música Cobra, de Rita Lee e Roberto de Carvalho:“Não me cobre ser existenteCobra de mim que sou serpente”13Com relação ao emprego do imperativo nos versos, podemos afirmar quea) a oposição imperativo negativo e imperativo afirmativo justifica a mudança do verbocobre/cobra.b) a diferença de formas (cobre/cobra) não é registrada nas gramáticas normativas, portantohá inadequação na flexão do segundo verbo (cobra).c) a diferença de formas (cobre/cobra) deve-se ao deslocamento da 3ª para a 2ª pessoa dosujeito verbal.d) o sujeito verbal (3ª pessoa) mantém-se o mesmo, portanto o emprego está adequado.e) o primeiro verbo no imperativo negativo opõe-se ao segundo verbo que se encontra nopresente do indicativo.Texto para a questão 47.“As duas manas Lousadas! Secas, escuras e gárrulas como cigarras, desde longos anos, em Oliveira,eram elas as esquadrinhadoras de todas as vidas, as espalhadoras de todas as maledicências, astecedeiras de todas as intrigas. E na desditosa cidade, não existia nódoa, pecha, bule rachado,coração dorido, algibeira arrasada, janela entreaberta, poeira a um canto, vulto a uma esquina, boloencomendado nas Matildes, que seus olhinhos furantes de azeviche sujo não descortinassem e quesua solta língua, entre os dentes ralos, não comentasse com malícia estridente.”QUEIRÓS, Eça de. A ilustre Casa de Ramires.GABARITO47. FUVEST-SP A correlação de tempos que, neste texto, se verifica entre as formas verbaisexistia, descortinassem e comentasse, mantém-se apenas em:a) não existe; não descortinem; não comente.b) não existiu; não teriam descortinado; não teria comentado.c) não existira; não tinham descortinado; não tinha comentado.d) não existirá; não tiverem descortinado; não tiver comentado.e) não existiria; não descortinavam; não comentava.A questão 48 tem por base a história em quadrinhos abaixo apresentada.IMPRIMIRO Estado de S. Paulo,14 de abril de 2001.48. FGV-SP Observando os três primeiros quadrinhos, pode-se perceber que, no diálogoentre Calvin e sua mãe, uma das formas verbais não condiz com as demais. Trata-se de:a) Ides. d) Pretendes.b) Tenhais. e) Segui.c) Julgais.VoltarLíngua Portuguesa - Artigos, substantivos, adjetivos, verbos e adverbiosAvançar


49. UFSE Os verbos que aparecem nos enunciados abaixo estão corretamente flexionadosem:a) As influências africanas manteram-se, principalmente, em relação às palavras. Quemse propor a estudar as línguas faladas na América pode constatar isso.b) A ama negra interviu junto ao filho do senhor branco, abrandando-lhe a linguagem.Não pôde ser diferente, creiamos.c) Muitas palavras do português provieram do contacto com línguas estrangeiras. Osbrasileiros nem sempre se precavêm diante de influências lingüísticas estrangeiras.d) Propusemo-nos a analisar a língua sem preconceitos e vimos que as influências estrangeirassão inevitáveis. Passeemos pelo seu vocabulário e creiamos nisso.e) Influências estrangeiras também norteam o destino das línguas. Assim crêem os estudiososdos fatos que intervêem na história das línguas.50. UERJ“Os aliados não querem romper o namoro com o FHC – querem é namorar mais.”Veja, 18/08/1999.14A comparação entre as palavras sublinhada acima demostra que o significado geral de“expressar ação” não é suficiente para identificar o verbo como classe gramatical, já quenamoro consta do dicionário como “ato de namorar”.Para diferenciar o verbo do substantivo, por exemplo, seria necessário considerar, alémdo sentido de ação, a seguinte característica que só os verbos possuem:a) terminação em r.b) flexão de tempo, modo e pessoa.c) presença indispensável à frase.d) anteposição de um substantivo.51. U. Alfenas-MG Fragmentos para a questão:“Especialistas contestam argumento do governo de que privatização não estaria sujeita à regraque prevê isonomia entre os candidatos”Caso transpuséssemos a forma verbal “prevê” para o futuro do subjuntivo, teríamos:a) previer. d) prever.b) preveria. e) previr.c) previera.GABARITO52. U.F. Santa Maria-RS-Modificada Na linguagem coloquial, há uma tendência de usodo verbo ter como impessoal, com as mesmas características do verbo haver no sentidode existir.Assinale, nas frases abaixo a alternativa em que ocorre esse emprego.a) Sabe que você tem razão, Mirtes?b) Nos Estados Unidos, não tem gente parada.c) O estrangeiro tem mais e melhores dentes.d) Ele tem como equipamento standard o que aqui é opcional.e) Vi um catálogo na Amazon que tem uns dinamarqueses bem acessíveis.53. UFRN Considere o período a seguir.IMPRIMIR“Um alimento em pó incolor (...) poderá ser modificado para ter o sabor que se deseje.”Para se manter a correspondência temporal no período, a forma verbal deseje deverá sersubstituída por:a) desejasse; c) desejará;b) desejar; d) desejaria.VoltarLíngua Portuguesa - Artigos, substantivos, adjetivos, verbos e adverbiosAvançar


54. UFSC Assinale a(s) proposição(ões) verdadeira(s):01. Em Mas se tu me cativas... o verbo cativar classifica-se como transitivo direto.02. Em ...só se vê bem e os homens não têm mais tempo, o acento nos verbos ver e ter éjustificado pela mesma regra de acentuação gráfica.04. Os verbos lembrar e esquecer, ao contrário de lembrar-se e esquecer-se, não sãoregidos por preposição.08. Em Por favor... cativa-me!, o modo verbal é o imperativo.16. No trecho ... começaram a se tornar realidade, o verbo começaram apresenta aseguinte estrutura: |começ-| radical, |-a-| vogal temática, |começa-| tema, |-ra-| desinênciamodo-temporal e |-m| desinência número-pessoal.32. Em O trigo, que é dourado, fará com que eu me lembre de ti, a vírgula é utilizadapara isolar o sujeito do verbo.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.55. UFSE-Adaptada15“e as coisas que tu vais transformar;vê através do pequeno embrião de árvore (...)Vê o jovem enforcado num dos galhos sem folhas”Jorge de Lima.Identifica-se corretamente a forma verbal vê em negrito nos versos acima como:a) 3ª pessoa do singular do presente do indicativo do verbo ver, e seu plural é vêem.b) 2ª pessoa do singular do imperativo do verbo vir, sendo vinde a forma do plural.c) 3ª pessoa do singular do presente do subjuntivo do verbo ver, cujo plural é vêm.d) 3ª pessoa do presente do indicativo do verbo vir, que faz a 3ª pessoa do plural vêm.e) 2ª pessoa do singular do imperativo afirmativo do verbo ver, sendo o plural vede.GABARITO56. U. Alfenas-MG Observe:I. “Quando ............... a São Paulo, traga seu irmão”.II. “Se ............... que isso é necessário, comunica-me imediatamente”.III. “Se você ............... e seu amigo ..............., talvez você ............... esses bens”.Assinale a alternativa cujas formas verbais preencham, respectiva e corretamente, aslacunas das frases acima:a) vieres, vires, requeresse, intervisse, reouvesseb) vier, vires, requisesse, interviesse, reavessec) vir, vires, requisesse, intervisse, reavessed) vier, vires, requeresse, interviesse, reouvessee) vier, vieres, requeresse, interviesse, reouvesseIMPRIMIR57. U. Alfenas-MG Considere as seguintes frases:I. “Se ele propuser um acordo, aceitaríamos todas as condições”.II. “Ele voltará, quando previr o temporal”.III. “Quando puseres a foto no álbum, ela ficará contente”.IV. “Retiveram os documentos porque supuseram que fossem úteis, por isso ninguéminterviu para liberá-los”.Estão corretas as formas verbais só nos itens:a) I e III.b) II e III.c) III e IV.d) I e IV.e) II e IV.VoltarLíngua Portuguesa - Artigos, substantivos, adjetivos, verbos e adverbiosAvançar


58. U.F. Santa Maria-RS Observe as formas verbais utilizadas nos períodos a seguir.“E não adianta a menina perder 20 quilos. Tem de ser naturalmente magra (...)”Considerando as transformações propostas, complete corretamente as lacunas.E não adianta que a menina ............... 20 quilos.É preciso que ............... naturalmente magra.Seria preciso que ............... naturalmente magra.a) perda – fosse – fosse d) perda – seja – sejab) perde – seja – seja e) perca – seja – fossec) perda – fosse – seja1659. PUC-PR-Modificada Considere estas afirmações:I. A palavra morto é particípio do verbo morrer.II. A palavra morto é particípio do verbo matar.III. O verbo morrer tem dois particípios.É verdadeira:a) Apenas a afirmação I.b) Apenas a afirmação II.c) Cada uma das afirmações.d) Apenas a afirmação III.e) Nenhuma das afirmações.60. UFSE A forma verbal em negrito está corretamente flexionada em:a) Todos desejam que a imprensa continui a defender um esporte ético.b) O editorial afirma que o educador que se detesse sobre o futebol ficaria desapontado.c) Se a opinião pública intervir, a prática do esporte poderá ser moralizada.d) Alguns dos envolvidos nos episódios de 94 absteram-se de comentar o fato.e) Todos lêem o código de ética de seu clube, mas alguns talvez não o entendam bem.GABARITOIMPRIMIR61. UFSE A frase que apresenta voz passiva é:a) As pessoas nem tinham se recuperado do susto quando surgiu outra denúncia.b) Os problemas de jogadores e dirigentes com o Fisco não são novidade.c) O técnico inovou outra vez ao tentar criar a figura da sonegação culposa.d) Os crimes fiscais foram confessados porque o técnico temia outra acusação.e) O jornalista se baseou em fatos bastante conhecidos para escrever o editorial.62. Emescam-ES As lacunas de : “Os médicos sempre ............... a João que se ............... docigarro e do álcool; ele, porém, mesmo que se ............... a seguir o conselho, eventualmente................ a fumar e a beber.” serão adequadamente preenchidas com:a) solicitam – abstenha – dispunha – voltab) solicitaram – abstivesse – dispusesse – voltavac) solicitam – abstém – disposse – voltavad) solicitam – abstivesse – disponha – voltae) solicitavam – abstesse – disposse – voltava63. F.I. Vitória-ES O seguinte período apresenta lacunas:“Se você ............... o professor, diga-lhe que seria bom que ele ............... no processo,para que você ............... a bolsa de estudos.”As formas verbais que preenchem adequadamente essas lacunas são:a) vir – intervisse – obtivesseb) vir – intervisse –obtessec) vir – interviesse – obtivessed) ver – intervisse – obtivessee) ver – interviesse – obtesseVoltarLíngua Portuguesa - Artigos, substantivos, adjetivos, verbos e adverbiosAvançar


64. UEL-PR“Se seguirmos Freud, admitiremos que o desejo de destruição do outro só não é posto emprática por repressão.”Os tempos verbais assinalados acima estão correlacionados: a forma escolhida para overbo seguir limita as possibilidades de flexão de admitir. Indique a alternativa em queos respectivos verbos podem substituir as formas sublinhadas na citação acima, mantendoa correlação exigida pela norma culta.a) seguirmos – admitíssemos.b) seguíssemos – admitiríamos.c) tivéssemos seguido – vamos admitir.d) seguíssemos – admitíssemos.e) seguiremos – admitiremos.65. UFRS-Modificada Em:“Até algum tempo atrás, imaginava-se que um cérebro jovem (...) fosse muito mais poderoso ecriativo do que um outro já maduro e desgastado pela idade.”17Assinale a alternativa que substitui a forma verbal fosse, sem acarretar mudança no significadoda frase.a) pudesse ser.b) tivesse sido.c) teria sido.d) possa ser.e) tenha sido.GABARITOIMPRIMIR66. UFSE Um verbete de dicionário registra exemplos de uso correto do verbo desconfiar,empregado com o sentido de não ter confiança, duvidar. “É prudente desconfiar de quemé desconfiado”, “Mas convém que Gaspar não desconfie absolutamente destes nossosprojetos.”Considerando-se o verbete, o segmento em negrito na frase “Uma série de denúnciasrelativamente recentes escancarou o que muitos já desconfiavam...”a) está correto, pois o emprego do verbo desconfiar está de acordo com os exemplos.b) deve ser substituído por “aquilo de que”, para apresentar correção.c) está correto, pois trata-se de outro sentido do verbo desconfiar.d) deve ser substituído por “isto que”, para apresentar correção.e) deve ser substituído por “ao que”, para apresentar correção.67. UFPB-PSS Levando-se em conta a norma culta da língua, verifica-se erro em:a) “... um número sem fim de animais...”b) “Ainda não haviam louras, nem surfistas, nem mulatas...”c) “Árvores gigantescas e multidões de palmeiras formavam o imenso verde da futurabandeira.”d) “Era assim o Brasil de Cabral, já quinhentos anos passados.”e) “..., quando for a vez desses meninos?”.68. UFR-RJ A alternativa em que está correta a classificação do verbo dar quanto à predicaçãoé:a) Dei com os dois velhos sentados. – transitivo direto.b) Os jornais não deram a notícia. – transitivo indireto.c) O relógio deu onze horas. – transitivo direto e indireto.d) Quem dá aos pobres empresta a Deus. – intransitivo.e) Esse dinheiro não dá. – intransitivo.VoltarLíngua Portuguesa - Artigos, substantivos, adjetivos, verbos e adverbiosAvançar


69. UFR-RJ“(...). Tenho de ler tudo.”“Mas leio, leio. Em filosofias / tropeço e caio, cavalgo de novo”Os empregos do verbo ler nos versos acima permite classificá-los, respectivamente, como:a) transitivo direto e intransitivo;b) transitivo direto e transitivo indireto;c) transitivo indireto e verbo de ligação;d) intransitivo e transitivo indireto;e) verbo de ligação e transitivo direto.70. PUC-PR“O pai havia partido sem deixar nenhum recado ao filho, o que deixou sua mãe extremamentepreocupada.”18Considerando o que está dito no enunciado acima, assinale a alternativa que contém umaafirmação falsa:a) As formas verbais havia partido e deixou expressam ações simultâneas.b) A forma verbal havia partido expressa uma ação anterior à forma verbal deixou.c) O enunciado é composto de duas orações que encerram uma relação de causa e conseqüência.d) A forma verbal havia partido pode ser substituída por partira sem que, com isso, hajaprejuízo do significado.e) Há, no enunciado, uma ambigüidade gerada pela locução sua mãe.71. PUC-RS-ModificadaDe acordo com o sentido que tem no trecho “Há basicamente três tipos de alunos: (...), osauditivos (que prestam mais atenção no que vêem)...”, a palavra “vêem” é empregadacom o mesmo valor em:a) Não consigo concordar com isso, porque vejo a questão de outra maneira.b) Eles se calaram porque viram que a discussão não levaria a nada.c) Vê se não te esqueces do livro – advertiu o jovem.d) Os alunos foram à biblioteca ver se encontravam o livro indicado.e) Os alunos viram o professor chegar e dirigir-se à secretaria da escola.GABARITO72. Unifor-CE “Efetivamente se queimaram alguns livros...”A forma verbal equivalente a em negrito na frase está em:a) queimou; d) eram queimados;b) foram queimados; e) foi queimado.c) tinham queimado;73. Unifor-CE Os videogames são projetados para que o jovem fique excitado...Outra forma verbal, equivalente a em negrito acima, está na alternativa:a) projetam-se; d) tinham projetado;b) projetam; e) vão projetar-se.c) é projetado;IMPRIMIR74. Uniube-MG-Adaptada No trecho “Com seu vestido decotado / cheirando a guardado”,o verbo cheirar foi utilizado com a mesma transitividade de:a) Pelas análises que fizemos, essa história está cheirando mal.b) O vento que impelia aquela chuva cheirava a almíscar.c) No jardim pôs-se diante da roseira e ficou cheirando a rosa.d) Olhava para os cantos sem saber o que viera cheirar ali.VoltarLíngua Portuguesa - Artigos, substantivos, adjetivos, verbos e adverbiosAvançar


75. U.F. Pelotas-RS O cineasta Cacá Dieguez escreveu um artigo sob o título “O futuropassou”, no qual lança o desafio da possível construção de um novo Brasil. Desse texto,foi retirado o fragmento a seguir:“Para nós durante a ditadura, o futuro, como tantos brasileiros, estava apenas exilado temporariamente:ele voltaria nos braços da democracia restabelecida. Pensávamos, naqueles tristes momentos,que, derrubado o muro da ditadura, ............... de novo a estrada interrompida, ao longoda qual todos os problemas seriam resolvidos. Não sabíamos que o país ............... a inocência,para sempre. Se tivéssemos prestado mais atenção à história da Colônia, do Império da RepúblicaVelha, ............... que o Brasil nunca foi muito diferente do que hoje é.”Assinale a alternativa com as formas verbais que preenchem as lacunas de acordo com anorma padrão.a) encontraríamos – perdera – viríamosb) encontrássemos – perdeu – veríamosc) íamos encontrar – tinha perdido – havíamos vistod) encontraríamos – havia perdido – teríamos vistoe) encontrássemos – perderia – viríamos1976. F. Católica de Salvador-BA“haverá trabalho para essa massa de gente.”A única variação estrutural correta para expressão destacada na oração em evidência é:a) haverão trabalhos; d) ocorrerá trabalhos;b) existirão trabalhos; e) existirá trabalhos.c) terão trabalhos;77. F. Católica de Salvador-BA-Adaptada Há correspondência modo-temporal entre a formaverbal simples “descobriu” no trecho “A ciência descobriu uma realidade mais complexa”e a composta:a) tivesse descoberto; d) tem descoberto;b) tinha descoberto; e) terá descoberto.c) teria descoberto;GABARITO78. U.E. Ponta Grossa-PR Escolha as estruturas aceitáveis considerando a perfeita correlaçãoentre os tempos verbais.01. Se tivessem registrado a infância da aviação, os fotógrafos a popularizaram.02. Quando os fotógrafos tiverem registrado a infância da aviação, eles a tinham popularizado.04. Quando os fotógrafos registraram a infância da aviação, eles a popularizaram.08. Quando registrarem a infância da aviação, os fotógrafos a popularizarão.16. Se os fotógrafos tivessem registrado a infância da aviação, eles a teriam popularizado.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.79. Unifor-CE“... não se lêem muito os clássicos no Brasil.”IMPRIMIRA forma verbal da frase acima está corretamente substituída por outra, gramaticalmenteequivalente, em:a) Os clássicos não são muito lidos no Brasil.b) No Brasil nunca se leu muitos os clássicos.c) Pouco se lê os clássicos no Brasil.d) Não é muito o que se lê dos clássicos no Brasil.e) Não se faz a leitura dos clássicos no Brasil.VoltarLíngua Portuguesa - Artigos, substantivos, adjetivos, verbos e adverbiosAvançar


As questões 80 e 81 referem-se ao texto abaixo.20“O circo o menino a vidaA moça do arameequilibrando a sombrinhaera de uma beleza instantânea e fulgurante!A moça do arame ia deslizando e despindo-se.5 Lentamente.Só para judiar.E eu com os olhos cada vez mais arregalados até parecerem dois pires.Meu tio dizia:10 ‘Bobo!Não sabesque elas sempre trazem uma roupa de malha por baixo?’(Naqueles voluptuosos tempos não havia maiôs nem biquinis...)Sim! Mas toda a deliciante angústia dos meus olhos virgens15 segredava-mesempre:‘Quem sabe?...’Eu tinha oito anos e sabia esperar.Agora não sei esperar mais nada20 Desta nem da outra vida,No entantoo menino(que não sei como insiste em não morrer em mim)ainda e sempre25 apesar de tudoapesar de todas as desesperanças,o meninoàs vezessegreda-me baixinho30 ‘Titio, quem sabe?...’Ah, meu Deus, essas crianças!”QUINTANA, Mário. Nova antologia poética. 6ª ed. São Paulo: Globo, 1997. p. 86/87.GABARITOIMPRIMIR80. UFRJ Releia os versos 9 a 17.A expressão “Naqueles voluptuosos tempos” (verso 13) marca uma posição do eu-líricoem relação ao passado.Considerando essa posição do eu-lírico em relação ao passado, explique o emprego dosparênteses no verso 13.81. UFRJ ...“Mas toda a deliciante angústia dos meus olhos virgens segredava-me sempre:‘Quem sabe?...’ (versos 14 a 17)“o meninoàs vezessegreda-me baixinho‘Titio, quem sabe?...’” (versos 27 a 30)Observando o emprego dos tempos verbais nos vocábulos sublinhados acima, explique oque é a infância na concepção do poema.82. Unifor-CE “... insultuoso é que ela o seja apenas para alguns.”Nas frases abaixo, as formas verbais em negrito estão corretamente transpostas para omesmo tempo e modo da forma em negrito acima, exceto em:a) Meu amigo não gosta de que o chamem de boa-vida.b) Espera-se que ele passe a vida lutando por seus ideais.c) A melhor sociedade deve ser aquela em que todos tenham vida boa.d) Não me admira que eles queiram morar em belas cidades.e) Deve ser sempre louvado alguém que sofre com os problemas alheios.VoltarLíngua Portuguesa - Artigos, substantivos, adjetivos, verbos e adverbiosAvançar


83. UFR-RJ-Adaptada“Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre (...) ponha a saia maisleve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras eescove a alma com leves fricções de esperança.”Carlos <strong>Dr</strong>ummond de Andrade.No trecho acima a seqüência de formas verbais, no imperativo, denota um(a):a) treinamento.b) aconselhamento.c) ordem.d) solicitação.e) ponderação.2184. UFR-RJ No verso “Você sabe quando a gente é criança e de repente vê uma lagartalistada?”, o presente do indicativo, nas formas destacadas, foi empregado para expressarações:a) presentes e simultâneas ao momento da fala;b) presentes e posteriores ao momento da fala;c) passadas mas que têm validade permanente;d) que vão se realizar num futuro bem próximo;e) passadas que negam o aspecto durativo do verbo.GABARITOIMPRIMIR85. U.E. Ponta Grossa-PR Marque as alternativas corretas, tendo em vista o emprego deverbos.01. O verbo usado em “As formas estranhas dos aeroplanos experimentais invadiam aspáginas dos jornais” assumiria, na voz passiva, a forma “eram invadidas”.02. Com o verbo na voz ativa, a frase “Cada proeza dos aviadores era narrada em detalhe”ficaria “Narrava-se em detalhe cada proeza dos aviadores”.04. A forma verbal simples empregada em “Paris virara a capital mundial da aviaçãodesde a fundação do Aéro-Club de France, em 1898”, corresponde à forma composta“havia virado” ou “tinha virado”.08. Em “Voar era um ideal delirante e dândi”, “voar” está empregado em função substantiva.16. Em “Nos dez primeiros anos deste século havia uma mania pop em Paris – voar”, overbo haver foi empregado no pretérito perfeito do indicativo, com o sentido deexistir.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.86. U.F. Uberlândia-MG Numere a 2ª. coluna de acordo com a 1ª.I. “Todos sabem que cães e gatos são espécies diferentes e que não se misturam...”II. “Por exemplo, podem-se desenvolver espécies de milho (...); ou um tipo de tomateque cresce mais rápido e é mais produtivo.”III. “(...) virologistas dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH) dos EUA desenvolveramexperiência em que um gene causador de câncer em ratos...”IV. “(...) a experiência provaria que o câncer pode se tornar uma doença contagiosa pormeio da manipulação genética.”( ) o tempo verbal indica uma verdade universal, indiscutível;( ) o tempo verbal denota um fato que provavelmente acontecerá;( ) o tempo verbal denota um fato passado que poderia ter acontecido após outro fatopassado.A seguir, assinale a alternativa que apresenta a seqüência correta:a) II, IV, I.b) I, III, IV.c) I, II, IV.d) II, I, III.VoltarLíngua Portuguesa - Artigos, substantivos, adjetivos, verbos e adverbiosAvançar


87. Unifor-CE“o que ocorreu até recentemente, e ainda ocorre em algumas regiões”Observe, na frase acima, a seqüência dos tempos verbais em negrito, que está corretamentereproduzida nas formas:a) pôde – pode; d) tinha – tem;b) era – são; e) exigiam – exigem.c) obteve – obtenha;88. UFR-RJ-Adaptada“Ano novo de eleições. Olhemos a cidade. As obras que beneficiam certas empresas trazemproveito à maioria da população?”22Tendo em vista o contexto que envolve a frase “Olhemos a cidade”, pode-se afirmar queo uso da forma verbal destacada expressa uma:a) ordem. d) certeza.b) reflexão. e) solicitação.c) sugestão.Leia os versos abaixo para responder às questões de números 89 e 90.“Onde avanço, me dou, e o que é sugadoao mim de mim em ecos se desmembra”89. UERJ Classifique, quanto às vozes do verbo, as três construções destacadas.90. UERJ A seqüência das construções verbais em negrito retrata uma mudança na participaçãodo “eu” que se expressa no texto.Descreva essa mudança.91. Unifor-CEGABARITOIMPRIMIR“De um dos cabeços da Serra dos Órgãos desliza um fio d’água que se dirige para o norte, eengrossando com os mananciais, que recebe no seu curso de dez léguas, torna-se rio caudal.É o Paquequer: saltando de cascata em cascata, enroscando-se como uma serpente, vai depoisse espreguiçar na várzea e embeber no Paraíba, que rola majestosamente em seu vasto leito.Dir-se-ia que vassalo e tributário desse rio das águas, o pequeno rio, altivo e sobranceiro contraos rochedos, curva-se humildemente aos pés do suserano.”ALENCAR, José de. O Guarani.Em relação ao texto, é correto afirmar que:a) os três parágrafos inscrevem-se num momento estático do tempo;b) não há nenhum termo que expresse progressão temporal dos fatos;c) a freqüência dos verbos de ação personifica o rio Paquequer;d) a relação entre os parágrafos marca-se pela comparação;e) “rio caudal”, “vassalo e tributário” exercem a mesma função sintática.92. Uniube-MG Assinale a alternativa em que o emprego do tempo verbal não está adequadamenteexplicado.a) “Pelo Natal estarei aí, com minha secretária Eunice.” – O futuro do presente estásendo utilizado para indicar um fato provável, posterior ao momento em que se fala.b) “Se não zelássemos por nós, quem zelaria por este pobre povo?” – O futuro do pretéritoestá sendo utilizado para indicar surpresa e indignação.c) “(...) como bem o sabiam os romanos (...)” – O pretérito imperfeito do indicativo estásendo utilizado para indicar um fato passado não concluído.d) “(...) o povo é ignorante.” – O presente do indicativo está sendo utilizado para indicaruma verdade científica.VoltarLíngua Portuguesa - Artigos, substantivos, adjetivos, verbos e adverbiosAvançar


93. Uniube-MG Assinale a única alternativa que não pode ser passada para a voz passiva:a) “(...) Trunte retrucou que já era alguma coisa.”b) “(...) nada adiantava esse dinheiro.”c) “(...) não compreende ele as coisas do Brasil.”d) “(...) poderemos (...) manipular os peões (...)”94. U.F. Uberlândia-MG Assinale a única alternativa que não pode ser passada para a vozpassiva:a) “Virou praga o uso indevido do gerúndio.”b) “...ninguém supera a televisão...”c) “Talvez apenas desconheçam a própria língua.”d) “...uma escola escreve ‘College’ ao lado de sua marca...“2395. U.F. Uberlândia-MG Assinale a única alternativa que não admite passagem para a vozpassiva:a) “essa liberdade só pode funcionar se submetida a intensa supervisão da comunidadecientífica...”b) “(...) a experiência provaria que o câncer pode se tornar uma doença contagiosa...”c) “(...) a manipulação genética de alimentos e animais não poderá gerar efeitos danososà nossa saúde...”d) “(...) poderemos transformar a manipulação genética em um dos maiores benefíciosda ciência ...”96. Uniube-MG Assinale abaixo a única alternativa correta:Transpondo-se para a voz passiva a oração “As grandes corporações multinacionais vêmdominando o consumo da população das cidades”, obtém-se a forma verbal:a) vem sendo dominado;b) vêm dominando;c) dominam;d) vem dominando.GABARITOIMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Artigos, substantivos, adjetivos, verbos e adverbiosAvançar


LÍNGUA PORTUGUESA1A R T IG O S,SUB STA N T IVO S,A D JE T IVO S, VE RB O SE A D VÉ RB IO SGABARITOIMPRIMIR1. V – V – V – V – F2. c3. e4. d5. a6. d7. e8. V – V – F9. d10. b11. d12. c13. c14. a15. 1316. d17. d18. c19. c20. c21. V – F – V – V22. e23. d24. d25. a26. b27. F – V – V – F28. c29. b30. c31. d32. e33. d34. d35. a) “Se eu não estivesse atento e não tivesse olhado o rótulo, o paciente teria morrido,declarou o médico.”b) Ambientalistas defendem a econologia, combinação de princípos da economia, sociologiae ecologia, como uma maneira de viabilizarem formas alternativas de desenvolvimento.36. d37. a38. a39. Vier, dispuser, vir, se mantenha, satisfizer.40. d41. b42. d43. a44. c45. e46. c47. a48. d49. dVoltarLíngua Portuguesa - Artigos, substantivos, adjetivos, verbos e adverbiosAvançar


250. b51. e52. b53. b54. e55. e56. d57. b58. e59. c60. e61. d62. b63. c64. b65. a66. b67. e68. e69. a70. a71. e72. b73. a74. b75. d76. b77. b78. 2879. aGABARITO80. O emprego dos parênteses revela que, no verso 13, o eu-lírico faz um comentário (ou dáuma explicação) sobre o passado, do qual se distancia.81. A partir do emprego dos tempos verbais, verifica-se que, na concepção do poema, ainfância é um estado permanente no eu-lírico.82. e83. b84. c85. 1586. c87. a88. c89. Onde avanço: voz ativa;me dou: voz reflexiva;o que é sugado ao mim de mim: voz passiva.90. Em avanço o “eu” é agente, em me dou é agente e paciente, em o que é sugado ao mim demim é apenas o lugar em que a ação acontece.91. c92. a93. b94. a95. a96. aIMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Artigos, substantivos, adjetivos, verbos e adverbiosAvançar


LÍNGUA PORTUGUESAP RO NO M E S1. I.E. Superior de Brasília-DF Após ter lido atentamente o texto “A Nona ConferênciaInternacional Americana e os Direitos Humanos”, julgue os itens a seguir segundo oscritérios da morfologia. Use V, para os verdadeiros, e F, para os falsos.1“A Nona Conferência InternacionalAmericana e os Direitos HumanosOs Estados americanos, no livre exercício de suas próprias soberanias, mediante um processoevolutivo que resultou na adoção de diferentes instrumentos internacionais, estruturaram umsistema regional de promoção e proteção dos direitos humanos, no qual se reconhecem e definemcom precisão a existência desses direitos; se estabelecem normas de conduta obrigatóriasdestinadas a sua promoção e proteção, e se criam os órgãos destinados a velar pela fiel observânciadesses direitos.Esse sistema interamericano de promoção e proteção dos direitos fundamentais do homemteve seu início formal com a Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem, aprovadapela Nona Conferência Internacional Americana (Bogotá, Colômbia, 1948), durante a qual tambémfoi criada a Organização dos Estados Americanos, cuja Carta proclama os ‘direitos fundamentaisda pessoa humana’ como um dos princípios em que se fundamenta a Organização.Além disso, foram aprovadas algumas resoluções que se enquadram no campo dos direitoshumanos, tais como as convenções sobre concessão dos direitos civis e políticos à mulher, a resoluçãosobre a ‘Condição Econômica da Mulher Trabalhadora’ e a ‘Carta Internacional Americanade Garantias Sociais’, na qual os Governos da América estabelecem ‘os princípios fundamentaisque devem proteger os trabalhadores de toda classe’ e que ‘estabelece os direitos mínimos de quedevem eles gozar nos Estados americanos, sem prejuízo da possibilidade de que as leis decada um possam ampliar esses direitos ou reconhecer outros mais favoráveis’, pois reconhecemque ‘as finalidades do Estado não se cumprem apenas com o reconhecimento dos direitos docidadão’ mas também com a preocupação pelo destino dos homens e das mulheres, consideradosnão como cidadãos mas como ‘pessoas’ e, conseqüentemente, deve-se garantir ‘simultaneamentetanto o respeito às liberdades políticas e do espírito, como a realização dos postulados da justiçasocial’.”GABARITOIMPRIMIR( ) Os verbos existentes no trecho que vai de “Os Estados... até ...desses direitos.”estão flexionados no mesmo tempo, modo e pessoa.( ) Por equívoco do redator, falta o hífen em “interamericano”.( ) As duas ocorrências do pronome se classificam-se da mesma forma.( ) Em que e na qual são pronomes relativos.( ) Em “da possibilidade de que as leis de cada um possam ampliar esses direitos” épossível permutar-se a expressão destacada pela contração das.2. UFPI Na frase “A realidade tornava-se-lhe odiosa...”, é correto afirmar que a ênclise:I. é própria de linguagem formal no Brasil;II. favorece uma tonicidade não usual em português;III. foi usada como recurso obrigatório por se tratar de dois pronomes.Assinale a alternativa correta.a) Apenas I é verdadeira.b) Apenas II é verdadeira.c) Apenas III é verdadeira.d) I e II são verdadeiras.e) I e III são verdadeiras.VoltarLíngua Portuguesa - PronomesAvançar


3. UFPI Na frase “mas tinha desses abatimentos, dessas súbitas fadigas de todo o seu ser,em que caía a cadeira” a expressão em negrito pode ser substituída por:a) onde d) com as quaisb) enquanto e) entre as quaisc) nos quais4. Emescam–ES A posição do termo sublinhado em relação ao verbo não está adequada ànorma culta brasileira em:a) Se me tivesse convidado, não deixaria de comparecer.b) É bom que falemos-lhes toda a verdade.c) Quando os viste?d) Não concordarei com o que nos dirão.e) Não se falou coisa alguma sobre a prometida reforma.25. U.F. Uberlândia-MG Assinale a única alternativa em que os elementos em destaquenão podem ser substituídos por onde.a) “...quando estava quase a suceder um desastre na entrada, entre o carro de bois e asege em que a senhora vinha, a senhora, em vez de ficar séria e pensar em Deus,enfiou a cabeça por entre as cortinas para fora, rindo...” (M. de Assis).b) “Mascarenhas fez-me notar à esquerda da capela o lugar em que estava sepultado oex-ministro.” (M. de Assis)c) “Lalau sentou-se. A cadeira em que se sentou era uma velha cadeira de espaldar decouro lavrado e pés em arco.” (M. de Assis)d) “... falou-me também da piedade e saudade da viúva, da veneração em que tinha amemória dele, das relíquias que guardava, das alusões freqüentes na conversão.” (M.de Assis)6. Univali-SCGABARITONos quadrinhos, acontece um erro quanto à norma culta da Língua. Identifique-o:a) Falta vírgula depois do vocativo.b) A personagem mistura, na sua fala, a 2ª. pessoa do singular com a 3ª. pessoa dosingular.c) Há erro de grafia ao reproduzir as falas coloquiais das personagens. Exemplos: Tô,pra.d) Os substantivos próprios estão com letra maiúscula.e) Há pontos de exclamação e interrogação demais nos trechos.7. PUC-PR-Modificada Observe:IMPRIMIR“Revolucionou a forma de tocar violão, acrescentando-lhe saudade, beleza e ritmo.”O pronome lhe do exemplo refere-se:a) ao sujeito do verbo “revolucionou”;b) à forma de tocar violão;c) a saudade, beleza e ritmo;d) somente à palavra mais próxima: saudade;e) à forma verbal acrescentando, à qual está ligado por hífen.VoltarLíngua Portuguesa - PronomesAvançar


Texto para a questão 8.3“SoluçãoVocê que muitas vezes pegou este anúncio e nunca teve tempo para ler com mais atenção,faça isso agora, a PROFa. BETE mora no endereço abaixo a muitos anos, você é testemunhadisto. Porquê? Ela tem um trabalho honesto e certeiro, não é uma novata na sua especialidade(cientista em grafologia e astrologia) é a mais célebre da América do Sul. Não fique nadúvida, faça uma consulta, você vai compreender porque ela é a mais célebre da América doSul. Leitor, muitas vezes a gente sofre sem ter necessidade, ou até mesmo por não acreditar,mas o mal existe e a solução do mal também e as vezes a cura está perto e a gente não vê, ouo próprio mal não deixa. Muitas vezes, um problema que para muitos é um problemão, coma PROFa. BETE é resolvido em uma simples consulta de poucos minutos. Comprove estimadoleitor, estás desiludido, desanimado, desorientado, tens caso íntimo à resolver, muita inveja,mau olhado no amor, nos negócios, no seu trabalho, tens amor não correspondido ou rompido,fazer voltar alguém em sua companhia, em qualquer assunto que lhe preocupe. Muitasvezes não acha solução. É por que é um mal espiritual latente e você não sabe. Tire um tempopara você mesmo e faça uma consulta com a PROFa. BETE.Joga-se búzios e tarôAvenida Jabaquara, 817”.8. FUVEST-SP “/…/ estás desiludido, desanimado, desorientado, tens caso íntimo àresolver, muita inveja, mau olhado no amor, nos negócios, no seu trabalho, tens amornão correspondido ou rompido, fazer voltar alguém em sua companhia, em qualquerassunto que lhe preocupe.”Observando-se apenas o correto uso dos pronomes, deve-se substituir as palavrasgrifadas, respectivamente, pora) teu; tua; lhes.b) teu; vossa; os.c) teu; tua; te.d) vosso; vossa; te.e) vosso; tua; o.GABARITOIMPRIMIR9. UFGOA. Toda a gente voltou da ilha com o baile na cabeça, muita sonhou com ele, algumadormiu mal ou nada...B. Onde é que a gente se encontra?C. (...) fazia que ela evitasse a companhia das outras, desconfiasse de toda a gente(...)D. E as pessoas aprenderiam a gostar menos dessas coisas que representam luxo econforto. Todos se habituariam e pensar coletivamente.Os enunciados acima foram retirados dos livros Esaú e Jacó (A) e O resto é silêncio(B, C e D), de Machado de Assis e Érico Veríssimo, respectivamente.Considerando-se os elementos em negrito,( ) no enunciado A, as palavras muita e alguma estão sendo usadas inadequadamente,pois ambas necessitam da explicitação do termo gente.( ) no enunciado B, a expressão a gente, referindo-se ao emissor-personagem eseus comparsas, tem o sentido de “nós”.( ) no enunciado C, emitido por uma voz narrativa onisciente, a expressão em destaquepode ter o sentido de “nós”.( ) no enunciado D, a palavra todos tem valor anafórico, já que substitui um gruponominal anteriormente expresso.VoltarLíngua Portuguesa - PronomesAvançar


10. UFPI Marque a alternativa em que o pronome lhe é empregado com o valor semânticode pronome possessivo.a) Tudo de repente (...) lhe pareceu lúgubre.b) Os seus deveres (...) eram-lhe pesados como fardos injustos.c) A realidade tornava-se-lhe odiosa.d) Veio-lhe o nojo das engarrafadas dos emplastros (...).e) — dous lábios de fogo que, num beijo, lhe chupassem a alma.Texto para as questões 11 e 12.“Que me enganei ora o vejo:Nadam-te os olhos em prantoArfa-te o peito, e no entantoNem me podes encarar.”411. U. Potiguar-RN Em um dos versos acima, um pronome substitui toda uma oração. Aponte-o:a) que.b) me.c) o.d) te.12. U. Potiguar-RN Em um dos versos acima, um pronome pessoal oblíquo está substituindoum pronome possessivo. Aponte-o:a) te.b) me.c) o.d) que.GABARITOIMPRIMIR13. U.F. Uberlândia-MG Todas as alternativas abaixo podem ser preenchidas por cujo(a),exceto:a) “Lalau não demorou muito. (...) Vinha um pouco esbaforida, voando-lhe os cabelos,............... eram curtinhos e em cachos...” (M. de Assis)b) “A casa ............... lugar e direção não é preciso dizer, tinha entre o povo o nome deCasa Velha...” (M. de Assis)c) “Não estava contente comigo. Tinha-me deixado resvalar a uma promessa inconsiderada,............... execução parecia complicar-se de circunstâncias estranhas...” (M. deAssis)d) “Voltei-me para D. Antônia; esta, depois de hesitar um pouco, deliberou entrar nasacristia, ............... porta estava aberta.” (M. de Assis)14. UFF-RJ A colocação do pronome pessoal no português do Brasil, no uso coloquial,apresenta, em algumas circunstâncias, tendências diferentes da de Portugal.Identifique o par de orações em que ocorrem, quanto a colocação do pronome pessoal noportuguês do Brasil, o uso culto e o uso coloquial, respectivamente:a) “da qual estamos todas tão distantes que não poder-nos-ia servir de modelo;”/ da qualestamos todas tão distantes que nos não poderia servir de modelo;b) “Esta é uma hora para se parar e pensar.”/ Esta é uma hora para parar-se e pensar-se;c) “pois o que se passa no Piauí não é o mesmo das grandes capitais –”/ pois o que passaseno Piauí não é o mesmo das grandes capitais;d) “purgai a sua alma de tantas nocivas frivolidades pueris de que se acha rodeada malabre os olhos à luz.”/ purgai a sua alma de tantas nocivas frivolidades pueris de queacha-se rodeada mal abre os olhos à luz;e) “a mulher de hoje em dia pode sair-se melhor do que aquela;”/ a mulher de hoje emdia pode se sair melhor do que aquela.VoltarLíngua Portuguesa - PronomesAvançar


15. U.E. Londrina-PR-Modificada“... Stingo descobre as verdades escondidas sobre as quais eles estão encobrindo...”.Esse trecho se torna adequado à norma culta se a expressão em destaque for substituídapor:a) onde.b) que.c) cujas.d) das quais.e) entre as quais.516. Univali-SC Assinale, dentre as frases a seguir, retiradas de jornais de circulação regional,a que está de acordo com as normas da Língua Portuguesa.a) É outra daquelas questões onde não é certo optar por uma alternativa, excluindo aoutra.b) Além dos efeitos sociais e econômicos referidos, um plano de retomada da indústriade construção fere uma carência objetiva do país, onde há necessidade de milhões decasas...c) Um reflexo na pupila (menina dos olhos), em um recém-nascido poderá revelar problemasna retina, tumores intra-oculares, ou até catarata congênita onde realizar-se-ácirurgia o mais breve possível.d) A surpresa aconteceu na sétima prova, onde houve a divergência sobre a terceira cidademais antiga do país.e) Participaram todos os 540 alunos distribuídos em 8 equipes, onde se buscou equilibrara força, unindo os alunos maiores com os menores.17. FEI-SP Em “as paredes vejo-as”, os termos em destaque são classificados respectivamentecomo:a) artigo definido e pronome pessoal do caso reto.b) artigo definido e pronome demonstrativo.c) artigo definido e pronome pessoal do caso oblíquo.d) pronome pessoal e artigo definido.e) preposição e pronome pessoal do caso oblíquo.GABARITOIMPRIMIR18. FGV-SP A propósito do segmento de frase “Ser-me-ia impossível descobrir entre mim eelas pontos de identificação…”, atenda ao que se pede abaixo.a) Explique o uso do pronome mim em vez do pronome eu.b) Se, no lugar de elas, que é pronome pessoal de terceira pessoa do plural, utilizássemosoutro, de segunda pessoa do singular, qual seria ele?19. UFGO Considere os enunciados abaixo.A. Os atletas não se prepararam bem, onde se saíram mal nas competições.B. Onde há fumaça, há fogo.C. Vivemos numa economia globalizada, onde os produtos industrializados não têmuma só nacionalidade.D. Saiu da casa cedinho onde só voltou depois que todas dormiam.Segundo a norma padrão da língua portuguesa:( ) o relativo onde pode ser empregado, estabelecendo relação conclusiva entre orações,como no enunciado A.( ) o empregado do relativo onde, no enunciado B, está inadequado, porque ele nãotem um referente explícito.( ) o relativo onde, no enunciado C, está empregado adequadamente, porque se referea uma expressão com valor de lugar virtual.( ) o verbo voltar, no enunciado D, exige que o relativo onde seja precedido por “a”ou “para”.VoltarLíngua Portuguesa - PronomesAvançar


20. UP-RN“Sem a reforma agrária não há como resolver a desnutrição desse povo brasileiro.”“O grande mal desse povo brasileiro é ter nascido pobre.”Se uníssemos as duas orações com pronome relativo, teríamos:a) Sem a reforma agrária cujo grande mal do povo brasileiro é ter nascido pobre, não hácomo resolver a desnutrição desse povo brasileiro.b) Sem a reforma agrária cujo grande mal é ter nascido pobre não há como resolver adesnutrição desse povo brasileiro.c) Sem a reforma agrária não há como resolver a desnutrição do povo brasileiro que tersido pobre é o seu grande mal.d) Sem a reforma agrária não há como resolver a desnutrição desse povo brasileiro cujogrande mal é ter nascido pobre.21. F.M Triângulo Mineiro-MG6“Incontestável representante do bom gosto, a escritora e colunista Danuza Leão não tem vergonhade aplaudir o Show do Milhão. (...) Da mesma franqueza de Danuza comunga o plubicitárioRoberto Justus. ‘A atração educa quem não teve acesso àquelas informações e diverte quem quertestar seus conhecimentos’, argumenta.”Telejornal. O Estado de S. Paulo. 03/09/2000, p. T8-T9.Seguindo as convenções da norma culta, a oração destacada no texto pode ser substituídapor:a) Quem não teve-lhe acesso.b) Quem não as teve acesso.c) Quem não teve-as acesso.d) Quem não teve acesso a elas.e) Quem não teve-lhes acesso.GABARITO22. F.M. Triângulo Mineiro-MG Una as frases por um pronome relativo e assinale a alternativacorreta, de acordo com a norma culta.“A Lagoa Rodrigo de Freitas já havia chamado a atenção de D. Pedro II. As águas daLagoa continuam malcheirosas.”a) D. Pedro II já havia chamado a atenção para as águas malcheirosas da Lagoa Rodrigode Freitas.b) A Lagoa Rodrigo de Freitas, cujas águas continuam malcheirosas, já havia chamado aatenção de D. Pedro II.c) D. Pedro II afirmara que as águas da Lagoa Rodrigo de Freitas continuam mal cheirosas.d) A Lagoa Rodrigo de Freitas que as águas continuam malcheirosas já havia chamado aatenção de D. Pedro II.e) As águas da Lagoa Rodrigo de Freitas continuam malcheirosas e elas já haviam chamadoa atenção de D. Pedro II.23. PUC-PR-Modificada“O pai havia partido sem deixar nenhum recado ao filho, o que deixou sua mãe extremamentepreocupada”.IMPRIMIRConsiderando o trecho acima, pode-se afirmar que a expressão o que tem como antecedenteos termos:a) O pai;b) havia partido;c) ao filho;d) nenhum recado;e) toda a parte do enunciado que antecede à própria expressão o que.VoltarLíngua Portuguesa - PronomesAvançar


24. PUC-PR Assinale a alternativa em cujo enunciado o pronome que está entre parêntesespode ser colocado corretamente em qualquer um dos pontilhados.a) Ninguém ..... irá ..... esquecer ..... tão cedo. (te).b) ..... Estou ..... dizendo ..... a pura verdade. (lhe).c) Ela ..... quer ..... dizer ..... o que aconteceu de fato. (me).d) ..... Haviam ..... encontrado ..... até então duas vezes. (se).e) ..... Mandou ..... vir ..... mais cedo no dia seguinte. (me).25. FUVEST-SP“‘As pessoas ficam zoando, falando que a gente não conseguiria entrar em mais nada, por issovamos prestar Letras’, diz a candidata ao vestibular. Entre os motivos que a ligaram à carreira estãoo gosto por literatura e inglês, que estuda há oito anos.”Adaptado da Folha de S. Paulo, 22/10/00.No trecho que não está entre aspas ocorre um desvio em relação à norma culta. Reescrevao trecho, fazendo a correção necessária.26. PUC/Campinas-SP7“No centro da Convenção sobre Mudança Climática esteve o reconhecimento de que o planetapode passar por mudanças catastróficas no próximo século, com o agravamento do efeito estufa.A delegação brasileira na reunião de Buenos Aires, onde se deu o encontro, assim como emKyoto, foi chefiada pelo ministro da Ciência e Tecnologia. Ela teve um papel destacado no Japão,ao apresentar proposta que desembocou no “mecanismo de desenvovimento limpo” (MDL), questãocentral na pauta na Argentina.”Os pronomes grifados referem-se a outras palavras do texto. São elas, respectivamente:a) o centro – Mudança Climática.b) Buenos Aires – a delegação brasileira.c) o planeta – a reunião.d) Kyoto – estufa.e) a Convenção – mudanças catastróficas.GABARITOIMPRIMIR27. UFMT-Adaptada Julgue as afirmações a seguir. Use V, para assinalar os itens verdadeiros,e F, para os itens falsos.( ) Substituindo o pronome lhe por dele na oração Ousou o escrevente namorar-lhe afilha, as duas formas pronominais funcionam como objeto indireto.( ) Na maioria das variedades do português falado no Brasil, empregam-se as formasde tratamento você/vocês para designar o interlocutor do discurso ao invés dasformas tu/vós.( ) Quando se usa você/vocês no lugar de tu/vós, o verbo, os pronomes oblíquos epossessivos continuam na segunda pessoa.28. U. Potiguar-RN Os trechos que seguem mostram que certas construções típicas do portuguêsfalado, são utilizadas na modalidade escrita, exceto um deles. Aponte-o:a) Procure preocupar-se com os problemas que você tem maior dificuldade.b) Uma escola, onde na frente havia uma lanchonete, deverá ser totalmente reformada.c) Sempre me pareceu muito severo aquele diretor sob cujas ordens trabalhei muitos anos.d) Consideramos propícia a escolha do momento dele falar.29. U. Alfenas-MG Assinale a opção onde o pronome pessoal está empregado incorretamente.a) Para mim, cumprimentá-la seria uma ofensa.b) Entre eu e ela já não há mais nada.c) Viram-nos, mas não os chamaram.d) Permitiu-lhe, a ele, fazer a ronda.e) Aquele era o carro para mim; comprá-lo com que dinheiro?VoltarLíngua Portuguesa - PronomesAvançar


30. U. Alfenas-MG Dadas as sentenças:I. Os projetos que me enviaram estão em ordem; devolvê-los-ei ainda hoje.II. Não te conto toda a verdade já que preocupo-me demais com tua situação.III. “Esses são os livros que se acham à disposição do público, mas acredita-se quepoucos procurá-los-ão”.IV. Quero que você se habitue com minhas falhas, eu deveria preparar-me melhor.A seqüência que contém as frases corretas quanto à colocação dos pronomes átonos é:a) II e III.b) I e II.c) I e III.d) II e IV.e) I e IV.831. Univali-SC Identifique a opção correta quanto à colocação pronominal nos trechos retiradosde jornais de circulação regional:a) Que todo pai sinta-se imensamente feliz na comemoração de seu dia.b) Por que todos os dias perdem-se tantos blocos de notas fiscais em Blumenau?c) Preserve-a a todo custo. Não esqueça que para seu filho você é o maior herói.d) O “Bem” do título acima, se expressa pela existência de postos de trabalho na quantidadee qualidade requeridos por uma população... .e) ... utilizando a imagem do “Zé Carioca” e outras, que mostram-nos menores e menoscapazes.32. PUC/Campinas-SP Observe a seguinte passagem do texto: “‘Pare aí’, me diz você. ‘Oescrevente escreve antes, o leitor lê depois.’ ‘Não!’ lhe respondo, ‘Não consigo escreversem pensar você por perto, espiando o que escrevo.’” Nela, o autor, utilizando o discursodireto, apresenta um diálogo imaginário entre o autor e seu leitor, introduzindo a linguagemoral no texto escrito. Por essa razão,a) os pronomes oblíquos átonos foram colocados depois do verbo.b) os pronomes oblíquos átonos são enclíticos.c) os pronomes oblíquos átonos não foram utlizados no diálogo.d) os pronomes oblíquos átonos são proclíticos.e) os pronomes oblíquos átonos são mesoclíticos.GABARITO33. UFMT-Modificada Julgue as seguintes afirmações. Use V, para os itens verdadeiros, eF, para os falsos.( ) A norma gramatical contrariada em Para mim brincar é Não se deve usar pronomepessoal da forma oblíqua na função sujeito.( ) A norma gramatical contrariada em Me dá um cigarro é Não se deve iniciar umperíodo com pronome oblíquo átono.34. UFSE“... tu vais encher os cofres... derrubada debaixo da fronde... dando de comer aos pássaros”IMPRIMIRSubstituindo corretamente as formas substantivas pelos pronomes pessoais correspondentes,obtém-se:a) encher-lhes – debaixo dela – dando-os de comer;b) encher-lhes – debaixo a ela – dando-lhes de comer;c) enchê-los – debaixo dela – dando-lhes de comer;d) enchê-los – debaixo a ela – dando-os de comer;e) encher-los – debaixo dela – dando de comê-los.VoltarLíngua Portuguesa - PronomesAvançar


35. F.M. Itajubá-MG Marque a opção que pode preencher corretamente as lacunas da seguinteafirmativa: Em “Dir-se-á que, até certo ponto, a felicidade se constrói”, segundo anorma culta, é um caso de ............... obrigatória por se tratar de um verbo no ...............,em ............... de período.a) Mesóclise – futuro do presente simples – início.b) Separação – infinitivo – exórdio.c) Próclise – imperativo positivo – começo.d) Silepse – presente do subjuntivo – abertura.e) Zeugma – futura do subjuntivo – princípio.936. F.I. Vitória-ES O seguinte período apresenta algumas lacunas:“Ela ficou em casa ............... dois, para conversar ............... sobre o livro, mas disse aomeu irmão que era difícil para ............... ler aquele livro sozinho, porque as letras erampequenas demais para ............... ler, sem forçar meus olhos hipermetropes.”Os pronomes de 1ª pessoa que completam adequadamente as lacunas são, respectivamente:a) conosco – conosco – mim – mimb) conosco – conosco – eu – euc) com nós – conosco – eu – mimd) conosco – com nós – eu – eue) com nós – conosco – mim – eu37. PUC-PR Observe a colocação dos pronomes átonos destas orações:I. O T-6 de Mororó, deixando uma asa pelo caminho, partiu-se.II. Depois de arrastá-lo até sua casa, o colocou na rede.III. Há cinco anos, no entanto, os dois se reencontraram.Seria possível, sem erro de sintaxe, adotar outra ordem pronominal:a) Apenas para a oração I.b) Apenas para a oração II.c) Apenas para a oração III.d) Para todas as orações.e) Para nenhuma das orações.38. VUNESP Leia o texto que segue.GABARITOIMPRIMIR“Não digo com isto que um e outro dos gêmeos não soubessem agredir e dissimular, a diferençaé que cada um sabia melhor o seu gosto, coisa tão óbvia que custa escrever.”In: ASSIS, Machado de. Esaú e Jacó. São Paulo: Editora Mérito, 1962. p. 78.No segundo período desse texto reconheça as classes de palavras a que pertence o a,respectivamente, em “a fruta” e “a ia buscar”.39. UEMS Ao comparar as diversas cidades do mundo com a cidade do Rio de Janeiro,defendia com ardume e paixão a beleza... sobre cada uma...a) dessa – daquelas.b) daquelas – destas.c) destas – dessa.d) desta – daquelas.e) desta – dessas.40. UFPB-PSS No verso “Ao coração que sofre, separado...”, o vocábulo que refere-se aotermo antecedente. Observa-se esta mesma relação em:a) “Não me basta saber que sou amado.”b) “...no exílio em que a chorar me vejo.”c) “Não há que a terra pelo céu trocar.”d) “Não digo que já lhe coubesse a primazia da beleza.”e) “Meu pai, logo que teve aragem dos onze contos, sobressaltou-se deveras...”VoltarLíngua Portuguesa - PronomesAvançar


41. Unifor-CE “É bem provável que freqüentadores de museus não procurem essa instituição.”Substituindo-se a expressão em negrito na frase acima pelo pronome que lhe é correspondente,obtém-se:a) não lhe procurem;b) não a procurem;c) não procurem-a;d) não procurem-lhe;e) não procurem-na.1042. UFF-RJ Assinale a opção em que a reformulação da frase abaixo apresenta um empregode pronome não compatível com o uso formal da língua:“E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por bem daságuas que tem.”a) E em tal maneira é graciosa que, se a quisermos aproveitar, dar-se-á nela tudo porcausa das águas que tem.b) E em tal maneira é graciosa que, querendo aproveitá-la, dar-se-á nela tudo, por bemdas águas que tem.c) E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, tudo nela se dará, por causadas águas que tem.d) E em tal maneira é graciosa que, ao querer-se aproveitá-la, tudo dar-se-á nela, por bemdas águas que tem.e) E em tal maneira é graciosa que, querendo aproveitar ela, tudo dar-se-á por bem daságuas que tem.43. UFF-RJ Assinale a opção em que a palavra em negrito é um pronome pessoal.a) “Muitos deles ou quase a maior parte dos que andavam ali traziam aqueles bicos deosso nos beiços.”b) “E alguns, que andavam sem eles, tinham os beiços furados.”c) “outros traziam três daqueles bicos, a saber, um no meio e os dois nos cabos.”d) “assim frios e temperados, como os de Entre Douro e Minho.”e) “porque neste tempo de agora os achávamos como os de lá.”GABARITO44. UFSC Observe o período abaixo e assinale a(s) proposição(ões) em que ele foi reescritocorretamente.“— Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu tetornas eternamente responsável por aquilo que cativas.”IMPRIMIR01. — Os homens esqueceram dessa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer.Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.02. — Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não deves esquecêla.Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.04. — Disse a raposa: —Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.Os homens esqueceram essa verdade, mas tu não a deves esquecer.08. — Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que você cativa. Os homensesqueceram-se essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer.16. — Os homens esqueceram essa verdade: tu te tornas eternamente responsável poraquilo que cativas, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecê-la.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.VoltarLíngua Portuguesa - PronomesAvançar


45. Unifor-CE-Adaptada“Alguns cientistas já se preocupam em garantir que os robôs do futuro tragam em seus programas,em todos eles, um ‘chip’ da bondade que os impeça de fazer mal aos homens...”O pronome os em “que os impeça” refere-se a:a) alguns cientistas;b) robôs do futuro;c) seus programas;d) todos eles;e) homens.46. Emescam-ES A substituição do termo em negrito não se fez adequadamente em:a) Acharam os livros muito interessantes. Acharam-los muito interessantes.b) Fizemos o trabalho como você orientou. Fizemo-lo como você orientou.c) Daremos a ele todas as oportunidades. Dar-lhe-emos todas as oportunidades.d) Refiz a lição que estava errada. Refi-la, que estava errada.e) Enviamos cartas a vocês. Enviamos-lhes cartas.1147. UFR-RJ “...fica um mote que agradeço a Paulo Freire: ‘a leitura do mundo parece semprea leitura da palavra e a leitura desta implica a continuidade da leitura daquele’”Uma das funções dos pronomes demonstrativos é retomar, dentro de um enunciado, elementosanteriormente citados. A análise do fragmento acima revela que os demonstrativosesta e aquele referem-se, respectivamente, aos vocábulos:a) palavra e mote.b) leitura e mote.c) palavra e mundo.d) leitura e daquele.e) continuidade e mundo.GABARITOIMPRIMIR48. Univali-SC Ao ler jornais de circulação regional, percebe-se, algumas vezes, a incorreçãono emprego do pronome oblíquo átono. Dentre as frases a seguir, assinale aquela emque o pronome foi empregado adequadamente.a) A ativação desse setor da economia, conhecido por seus efeitos rápidos na área deemprego e por seu contágio imediato sobre áreas de indústria e de serviços, se aproveitarádos atuais sinais de aquecimento da atividade econômica.b) Informamos que encontra-se em fase de conclusão uma nova escola.c) Felizmente, ao ver minha caixa de correspondência, havia um e-mail do promotorpúblico de Itapema, me informando que iria nesta segunda-feira pela manhã receber anós pais para conversar.d) Ele vai ocupar a vaga aberta pelo advogado que também já se desincompatibilizou docargo.e) O comportamento dos jovens é um sintoma. Impõe-se que, sem descuidar-se das conseqüências,ataque-se primordialmente as causas.49. UEMSI. O lugar...moro é muito pacato.II. Esse foi o número...gostei menos.III. A peça ...enredo é humorístico, tem sido sucesso.a) onde - que - cujo.b) em que – de que – cujo o.c) no qual – o qual – do qual o.d) que – que – cujo o.e) em que – de que – cujo.VoltarLíngua Portuguesa - PronomesAvançar


50. Unifor-CE Na frase “não tivessem presente, nem futuro”, as palavras em negrito estãocorretamente substituídas pelo pronome que lhes é correspondente em:a) não os tivessem;b) não tivessem-los;c) não o tivessem;d) não tivessem-o;e) não tivessem-no.51. UFR-RJ“O homem ainda fazO que macaco fazia”12Do ponto de vista morfológico, o termo destacado no verso acima é um:a) pronome de tratamento;b) artigo definido;c) pronome oblíquo átono;d) pronome oblíquo tônico;e) pronome demonstrativo.A questão 52 refere-se ao texto a seguir.GABARITOIMPRIMIR“O Padeiro (fragmento)(Rubem Braga)Tomo meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou melembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à portado apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:– Não é ninguém, é o padeiro!Interroguei-o uma vez: como tivera a idéia de gritar aquilo?‘Então você não é ninguém?’.Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecerabater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou uma pessoa qualquer, eouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era: e ouvir a pessoa que o atenderadizer para dentro: ‘Não é ninguém, não senhora, é o padeiro’. Assim ficara sabendo que não eraninguém...Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo.”In: Ai de ti, Copacabana, 4ª ed. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1964, pp. 44, 45.52. UFRJa) Que sentido assume o pronome indefinido ninguém no texto?b) Quando esse pronome indefinido é usado na função sintática de sujeito, a dupla negaçãopode ou não ocorrer. Justifique essa afirmativa, exemplificando-a.53. U.E. Londrina-PR Assinale a alternativa que está estruturada de acordo com a normaculta.a) Originárias da África do Sul, as abelhas africanas são agressivas, cuja criação é feitageralmente em apiários.b) As agressivas abelhas africanas, cuja criação é feita geralmente em apiários, são origináriasda África do Sul.c) As agressivas abelhas africanas, que a criação delas é feita geralmente em apiários,originaram-se na África do Sul.d) As agressivas abelhas africanas, cuja a criação é feita geralmente em apiários, originou-sena África do Sul.e) As abelhas africanas, cujas quais são agressivas e criadas em apiários, originaram-sena África do Sul.VoltarLíngua Portuguesa - PronomesAvançar


Texto para a questão 54.“MúsicaUma coisa triste no fundo da sala.Me disseram que era Chopin.A mulher de braços redondos que nem coxasmartelava na dentadura durasob o lustre complacente.Eu considerei as contas que era preciso pagar,os passos que era preciso dar,as dificuldades…Enquadrei o Chopin na minha tristezameus cuidados voaram como borboletas.”ANDRADE, Carlos <strong>Dr</strong>ummond de.Alguma Poesia.1354. FATEC-SP O tratamento poético da linguagem apresenta, por vezs, certas possibilidadesque a norma gramatical não admite ou não recomenda; é possível afirmar que, nopoema Música, é exemplo disso:a) “Me disseram que era Chopin”.b) “dentadura dura”.c) “enquadrei o Chopin”.d) “que era preciso pagar”.e) “braços redondos”.GABARITO55. Unifor-CE O período cuja redação está inteiramente clara e correta é:a) Todos os meninos menores de dois anos sofreram os efeitos dos elementos radioativosque lhes foram distribuídos a mando de Herodes.b) A recepção que a Virgem e o carpinteiro José puderam desfrutar ironicamente, foi deum boi branco e de um burro cansado.c) A poderosa nuvem que o autor se refere foi a visão que também vitimou os habitantesdas duas cidades japonesas que recaíram as bombas atômicas.d) Nem bem chegaram ao hotel em cujo se realizava um congresso internacional o donoescorraçou os viajantes.e) A súbita explosão de cuja se formou uma poderosa nuvem em forma de cogumelodeve de ter sido uma visão aterrorizadora.56. UFRJIMPRIMIR“Esaú e Jacó (fragmento)(Machado de Assis)– Que estranhos? Não vou viver com ninguém. Viverei com o Catete, o Largo do Machado, aPraia de Botafogo e a do Flamengo, não falo das pessoas que lá moram, mas das ruas, das casas,dos chafarizes e das lojas.”In: Obra Completa. vol. 1.Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1985, p. 987.Vimos que, no texto da questão 52, Rubem Braga fez uso expressivo do indefinidoninguém. Diga com que sentido o mesmo termo é usado por Machado de Assis notexto acima, relacionando tal significado com um posicionamento marcante na obra doautor.VoltarLíngua Portuguesa - PronomesAvançar


57. UFRJ“O impossível carinhoEscuta, eu não quero contar-te o meu desejoQuero apenas contar-te a minha ternuraAh se em troca de tanta felicidade que me dásEu te pudesse repor– Eu soubesse repor–No coração despedaçadoAs mais puras alegrias da tua infância!”BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. 9ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1982. p. 118.O poema de Bandeira constrói-se com base na relação entre o eu-lírico e seu interlocutor.A existência desse interlocutor é evidenciada em vocábulos que pertencem a duas diferentesclasses gramaticais.a) Identifique essas duas classes gramaticais.b) Diga que traço gramatical comum aos vocábulos indica a presença do interlocutor.14GABARITOIMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - PronomesAvançar


LÍNGUA PORTUGUESAP RO NO M E S1GABARITOIMPRIMIR1. F – F – V – V – F2. d3. d4. b5. d6. b7. b8. c9. F – V – F – V10. c11. a12. d13. a14. e15. b16. b17. c18. a) Só se emprega o pronome pessoal do caso reto eu na função de sujeito. O pronome emquestão possui função completiva, sendo regido pela preposição entre; desta forma, estácorreto o uso do pronome mim, pronome pessoal do caso oblíquo.b) Na função completiva, que é o caso, o pronome adequado da 2ª pessoa do singular aser empregado é o ti.19. F – F – V – V20. d21. d22. b23. c24. c25. A fim de desfazer o desvio em relação à norma culta, pode-se reescrever o trecho daseguinte forma: Entre os motivos que a ligaram à carreira está o gosto por inglês, queestuda há oito anos, e por literatura.26. b27. F – V – F28. c29. c30. e31. c32. d33. V – V34. c35. a36. c37. c38. Em “a fruta”, o a é artigo definido feminino e em “a ia buscar”, a é pronome pessoal docaso oblíquo (retomando fruta).39. dVoltarLíngua Portuguesa - PronomesAvançar


240. b41. b42. e43. b44. 0645. b46. d47. c48. d49. e50. a51. e52. a) O pronome “ninguém” significa “pessoa sem importância”.b) Se o pronome (sujeito) é anteposto ao verbo, não ocorre a dupla negação: “Ninguémveio”. Se, porém, ele é posposto ao verbo, a dupla negação ocorre: “Não veio ninguém”.53. b54. a55. a56. No texto de Machado, o pronome é usado com o sentido de ‘pessoa alguma’ / ‘pessoanenhuma’. Ao preferir a paisagem física da cidade aos seus semelhantes, o autor revelaseu ceticismo em relação ao ser humano, uma atitude marcante na sua obra madura.57. a) Classe gramatical dos verbos e classe gramatical dos pronomes.b) O traço gramatical comum é a 2ª pessoa.GABARITOIMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - PronomesAvançar


LÍNGUA PORTUGUESANO Ç Õ E S D EL IT E R AT U R ATexto para as questões 1 a 3.1“Muita coisa se poderia fazer em favor da poesia:1 Esfregar pedras na paisagem.2 Perder a inteligência das coisas para vê-las.(Colhida em Rimbaud)3 Esconder-se por trás das palavras para mostrar-se.4 Mesmo sem fome, comer as botas. O resto em Carlitos.5 Perguntar distraído: – O que há de você na água?6 Não usar colarinho duro. A fala de furnas brenhentas de Mário-pega-sapo era na rua. Porisso as crianças e as putas no jardim o entendiam.7 Nos versos mais transparentes enfiar pregos sujos, teréns de rua e de música, cisco deolho, moscas de pensão...8 Aprender a capinar com enxada cega.9 Nos dias de lazer compor um muro podre para os caramujos.10 Deixar os substantivos passarem anos no esterco, deitados de barriga, até que eles possamcarrear para o poema um gosto de chão – como cabelos desfeitos no chão – ou como umabule de Braque – áspero de ferrugem, mistura de azuis e ouro – um amarelo grosso deouro da terra, carvão de folhas.11 Jogar pedrinhas nim moscas...”BARROS, Manoel de. Matéria de Poesias, 3 ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 1999.GABARITOIMPRIMIR1. UFMS Esse poema é uma espécie de manifesto, uma tomada de posição ante o fazerpoético; propõe que a palavra seja descarregada de seus significados já prontos, automatizados,portanto. Nessa concepção, o verso 10 ressalta que na poesia a palavra deve ser:a) exata. d) vaga.b) impermeável. e) cristalina.c) fecunda.2. UFMS O poema cita Rimbaud, poeta francês do século passado, e Carlitos, personagemdos filmes de Charles Chaplin. “Perder a inteligência das coisas para vê-las”, de acordocom o texto de Manuel de Barros é olhar as coisas:a) em seu significado mais moderno.b) com objetividade, deixando de lado o sujeito que olha.c) recusando seu invólucro utilitário.d) pelo ponto de vista do especialista.e) sem se preocupar com sua carga simbólica.3. UFMS “Mesmo sem fome, comer as botas” é uma referência a Carlitos que, em umfilme, com fome, isolado na neve e não tendo com que se alimentar, cozinhou as botas eas comeu, até os cadarços. A expressão mesmo sem fome muda a situação. Se consideramoso poema uma espécie de “conselho a um aprendiz de poeta”, o verso citado propõeque, em favor da poesia, é necessário:a) duvidar das imagens carregadas de sugestões.b) apropriar-se de realidades aparentemente estéreis.c) sofrer privações materiais.d) alimentar-se bem para ter boas idéias.e) isolar-se do resto da humanidade.VoltarLíngua Portuguesa - Noções de literaturaAvançar


Texto para as questões 4 a 7.“Soneto do amor total201 Amo te tanto, meu amor... não cante02 O humano coração com mais verdade...03 Amo-te como amigo e como amante04 Numa sempre diversa realidade.0506 Amo-te afim, de um calmo amor prestante,07 E te amo além, presente na saudade.08 Amo-te, enfim, com grande liberdade09 Dentro da eternidade e a cada instante.1011 Amo-te como um bicho, simplesmente,12 De um amor sem mistério e sem virtude13 Com um desejo maciço e permanente.1415 E de te amar assim muito e amiúde,16 É que um dia em teu corpo de repente17 Hei de morrer de amar mais do que pude.”MORAES, Vinícius de. Poesia completa e prosa.RJ: Nova Aguilar, 1986, p. 336.4. UFPI Completam-se no soneto os elementos do dualismo:a) amizade – inimizade;b) pureza – impureza;c) verdade – mentira;d) vício – virtude;e) vida – morte.GABARITO5. UFPI Na seqüência “... não cante / O humano coração com mais verdade...”, existe:a) a surpresa de se ver amando tanto;b) a sensação de que o amor é indescritível;c) a pretensão de cantar como ninguém o amor;d) o desencanto com a impossibilidade de cantar o amor;e) o temor de que outro poeta cante o amor mais fielmente.6. UFPI Dos versos 3 e 4, pode-se inferir que:a) O poeta confunde as formas de amar.b) A realidade é diferente para quem ama pouco.c) O amante experimenta formas diferentes de amar.d) O amor do amigo vale mais que a paixão do amante.e) O artista recria a realidade usando palavras de amor.IMPRIMIR7. UFPI Sobre a última estrofe é correto afirmar que:a) o amor culmina com a morte;b) o amor destrói o corpo amado;c) o amante dá a vida pela amada;d) o amor se esgota no próprio desejo;e) o amante vive a descrever o ser amado.VoltarLíngua Portuguesa - Noções de literaturaAvançar


Texto para as questões 8 e 9.“POÉTICA1Que é Poesia?uma ilhacercadade palavraspor todosos lados.2Que é o Poeta?um homemque trabalha o poemacom o suor do seu rosto.Um homemque tem fomecomo qualquer outrohomem.”RICARDO, Cassiano. Jeremias Sem-Chorar. Rio de Janeiro: José Olympio, 1964.38. UERJ A repetição da palavra “homem” na segunda estrofe exemplifica a seguinte característica:a) variação semântica; c) reiteração expressiva;b) vício de linguagem; d) onomatopéia modernista.GABARITO9. UERJ O eu-lírico no texto de Cassiano Ricardo expressa uma definição sobre a elaboraçãoda poesia.Essa definição é semelhante ao conteúdo do seguinte fragmento:a) “Como varia o vento – o céu – o dia, / Como estrelas e nuvens e mulheres, / Pela regrageral de todos seres, / Minha lira também seus tons varia, / e sem fazer esforço oumaravilha.” (Álvares de Azevedo).b) “O artista intelectual sabe que o trabalho é a fonte da criação e que a uma maiorquantidade de trabalho corresponderá uma maior densidade de riquezas.” (João Cabralde Melo Neto).c) “[Minhas poesias] não têm unidade de pensamento entre si, porque foram compostasem épocas diversas – debaixo de céu diverso – e sob a influência de impressões momentâneas.”(Gonçalves Dias).d) “Um dia (...) tive saudades da casa paterna e chorei. As lágrimas correram e fiz osprimeiros versos da minha vida, que intitulei – As Ave-Maria – a saudade havia sido aminha primeira musa.” (Casimiro de Abreu).10. UFRS Leia as estrofes abaixo, de Vinícius de Moraes, e a afirmação que as segue.01 “Uma lua no céu apareceu02 cheia e branca; foi quando, emocionada03 a mulher a meu lado estremeceu04 e se entregou sem que eu dissesse nada.05 Larguei-as pela jovem madrugada06 ambas cheias e brancas e sem véu07 perdida uma, a outra abandonada08 uma nua na terra, outra no céu.”IMPRIMIRPor meio de versos ............... em que é perceptível um lirismo ..............., típico de suapoesia, Vinícius de Moraes aproxima a mulher e a lua, fundindo-as, em alguns momentos,como acontece no verso de número ............... .Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas.a) octossílabos – amoroso – 06 d) octossílabos – despojado – 07b) heptassílabos – social – 07 e) decassílabos – sensual – 06c) decassílabos – moralizante – 08VoltarLíngua Portuguesa - Noções de literaturaAvançar


11. PUC-RS-Modificada“Donzela! Se tu quiserasSer a flor das primaverasQue tenho no coração!E se ouviras o desejoDo amoroso sertanejoQue descora de paixão!Se tu viesses comigoDas serras ao desabrigoAprender o que é amarOuvi-lo no frio vento,Das aves no sentimento,Nas águas e no luar!(...)Ah! vem! amemos! vivamos!O enlevo do amor bebamosNos perfumes do sertão!”4Analisar as afirmativas que seguem, sobre o texto.I. As metáforas associadas aos elementos da natureza expressam o extravasamento dosentimento amoroso.II. A mulher é convidada a buscar nos elementos circundantes o sentido do amor.III. O ritmo cadenciado do poema sintoniza-se com o tom melancólico das imagens.IV. O medo da rejeição amorosa, tema reincidente na poesia romântica, determina o tompessimista do texto.Pela análise das afirmativas, conclui-se que está correta a alternativa:a) I e II d) III e IVb) II e III e) I, II, III e IVc) II e IV12. UnB-DFGABARITO1 “A vida muda como a cor dos frutoslentamentee para sempre4 A vida muda como a flor em frutovelozmenteA vida muda como a água em folhas7 o sonho em luz elétricaa rosa desembrulha do carbonoo pássaro, da boca10 masquando for tempoE é tempo todo tempo13 masnão basta um século para fazer a pétalaque um só minuto faz16 ou nãomasa vida muda19 a vida muda o morto em multidão”GULLAR, Ferreira. Toda poesia.IMPRIMIRRelacionando as idéias do texto a outras áreas do conhecimento, julgue os itens a seguir.( ) A distribuição dos versos no espaço de papel, as imagens utilizadas e o uso recorrentede repetições, entre outros recursos poéticos, inserem o texto no conjunto deobras literárias do Modernismo.( ) No verso 7, o poeta alude à importante conquista científica obtida por ThomasEdison na primeira metade do século XIX: a lâmpada fluorescente.( ) No verso 8, há uma homenagem explícita a Carlos <strong>Dr</strong>ummond de Andrade, pelopoema Rosa do Povo, com que se inaugura a poesia moderna brasileira.( ) O poeta, nos versos 14 e 15, alude à capacidade que o ser humano tem de fazer, emmuito mais tempo que a natureza, o que esta rapidamente consegue realizar.VoltarLíngua Portuguesa - Noções de literaturaAvançar


Questões de 13 a 17.Introdução: Para responder a essas questões, associe os fragmentos transcritos em cadauma às afirmativas apresentadas nas alternativas indicadas em destaque. Em seguida,identifique apenas uma única alternativa correta e marque o número correspondente.a) Sentimento de angústia, por parte do sujeito poético, em face de um mundo conturbado.b) Personagem-narrador movido por um sentimento que provoca a distorção da realidade.c) Alusão a uma natureza não convencionada pelo estilo árcade.d) Acontecimento circunstancial como revelador de estados psicológicos.e) Personagem consciente da necessidade de igualdade social.13. Uneb-BA5“Tu não verás, Marília, cem cativostirarem o cascalho e a rica terra,ou dos cercos dos rios caudalosos,ou da minada serra.Não verás separar ao hábil negrodo pesado esmeril a grossa areia,e já brilharem os granetes de oirono fundo da bateia.Não verás enrolar negros pacotesdas secas folhas do cheiroso fumo;nem espremer entre as dentadas rodasda doce cana o sumo.”GONZAGA, Tomás Antônio. In: Tomás Antônio Gonzaga. Org. por Lúcia Helena.Rio de Janeiro: Agir, 1985. p. 85-6. (Nossos Clássicos, v. 114.)14. Uneb-BA“Preso à minha classe e a algumas roupas,vou de branco pela rua cinzenta.Melancolias, mercadorias espreitam-me.Devo seguir até o enjôo?Posso, sem armas, revoltar-me?GABARITOIMPRIMIR15. Uneb-BAOlhos sujos no relógio da torre:Não, o tempo não chegou de completa justiça.O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.”ANDRADE, Carlos <strong>Dr</strong>ummond de. In: Antologia poética (Org. pelo autor).36. ed. Rio de Janeiro São Paulo: Record, 1997. p. 24.“Um dia saí para o meu passeio habitual quando ele, o pedinte, surgiu inesperadamente. Inferno,como foi que ele descobriu o meu endereço? ‘Doutor, não me abandone!’ Sua voz era demágoa e ressentimento. ‘Só tenho o senhor no mundo, não faça isso de novo comigo, estouprecisando de um dinheiro, esta é a última vez, eu juro!’ – e ele encostou o seu corpo bem juntoao meu, enquanto caminhávamos, e eu podia sentir o seu hálito azedo e podre de faminto. Ele eramais alto do que eu, forte e ameaçador.Fui na direção da minha casa, ele me acompanhando, o rosto fixo virado para o meu, mevigiando curioso, desconfiado, implacável, até que chegamos na minha casa. Eu disse, ‘espereaqui’.Fechei a porta, fui ao meu quarto. Voltei, abri a porta e ele ao me ver disse ‘não faça isso,doutor, só tenho o senhor no mundo’. Não acabou de falar, ou se falou eu não ouvi, com obarulho do tiro. Ele caiu no chão, então vi que era um menino franzino, de espinhas no rosto, ede uma palidez tão grande que nem mesmo o sangue, que foi cobrindo a sua face, conseguiaesconder.”FONSECA, Rubem. Feliz ano novo. 2. ed.São Paulo: Companhia das Letras, 1997. p. 90.VoltarLíngua Portuguesa - Noções de literaturaAvançar


16. Uneb-BA“Boa-Vida estendeu a mão numa saudação quando ela falou em Omolu, o deus da bexiga. Atarde caía. Um homem comprou cocada. As luzes se acenderam de repente. A negra se levantou,Boa-Vida ajudou a que ela botasse o tabuleiro na cabeça. Ao longe, Pirulito apontava com oQuerido-de-Deus. Pedro Bala olhou mais uma vez os homens que nas docas carregavam fardospara o navio holandês. Nas largas costas negras e mestiças brilhavam gotas de suor. Os pescoçosmusculosos iam curvados sob os fardos. E os guindastes rodavam ruidosamente. Um dia iria fazeruma greve como seu pai... Lutar pelo direito... Um dia um homem assim como João de Adãopoderia contar a outros meninos na porta das docas a sua história, como contavam a de seu pai.Seus olhos tinham um intenso brilho na noite recém-chegada.”AMADO, Jorge. Capitães da areia. 85. ed. Rio de Janeiro: Record, 1996. p. 79.17. Uneb-BA6“– Não esqueci de nada..., recomeçou a mãe, quando uma freada súbita do carro lançou-asuma contra a outra e fez despencarem as malas. Ah! ah!, exclamou a mãe como a um desastreirremediável, ah! dizia balançando a cabeça em surpresa, de repente envelhecida e pobre. ECatarina?Catarina olhava a mãe, e a mãe olhava a filha, e também a Catarina acontecera um desastre?seus olhos piscaram surpreendidos, ela ajeitava depressa as malas, a bolsa, procurando o maisrapidamente possível remediar a catástrofe.”LISPECTOR, Clarice. Laços e família: contos. 12. ed.Rio de Janeiro: José Olympio, 1982. p. 111.Com base no texto abaixo, responda às questões de números 18 a 20.GABARITOIMPRIMIR“(...) Não resguardei os apontamentos obtidos em largos dias e meses de observação: nummomento de aperto fui obrigado a atirá-los na água. Certamente me irão fazer falta, mas terásido uma perda irreparável? Quase me inclino a supor que foi bom privar-me desse material. Se eleexistisse, ver-me-ia propenso a consultá-lo a cada instante, mortificar-me-ia por dizer com rigor ahora exata de uma partida, quantas demoradas tristezas se aqueciam ao sol pálido, em manhã debruma, a cor das folhas que tombavam das árvores, num pátio branco, a forma dos montesverdes, tintos de luz, frases autênticas, gestos, gritos, gemidos. Mas que significa isso? Essascoisas verdadeiras podem não ser verossímeis. E se esmoreceram, deixá-las no esquecimento:valiam pouco, pelo menos imagino que valiam pouco. Outras, porém, conservaram-se, cresceram,associaram-se, e é inevitável mencioná-las. Afirmarei que sejam absolutamente exatas? Leviandade.(...) Nesta reconstituição de fatos velhos, neste esmiuçamento, exponho o que notei, o quejulgo ter notado. Outros devem possuir lembranças diversas. Não as contesto, mas espero quenão recusem as minhas: conjugam-se, completam-se e me dão hoje impressão de realidade. (...)”RAMOS, Graciliano. Memórias do cárcere. Rio, São Paulo: Record, 1984.18. UERJ O fragmento transcrito expressa uma reflexão do autor-narrador quanto à escritade seu livro contanto a experiência que viveu como preso político, durante o EstadoNovo.No que diz respeito às relações entre escrita literária e realidade, é possível depreender,da leitura do texto, a seguinte característica da literatura:a) revela ao leitor vivências humanas concretas e reais;b) representa uma conscientização do artista sobre a realidade;c) dispensa elementos da realidade social exterior à arte literária;d) constitui uma interpretação de dados da realidade conhecida.19. UERJ Por causa da perda das anotações, relatada pelo narrador, o texto é impregnadode dúvidas acerca da exatidão do que será levantado no livro.O trecho que melhor representa um exemplo dessas dúvidas é:a) “Quase me inclino a supor que foi bom privar-me desse material”b) “Outras, porém, conservaram-se, cresceram, associaram-se, e é inevitável mencioná-las”c) “neste esmiuçamento, exponho o que notei, o que julgo ter notado”d) “Não as contesto, mas espero que não recusem as minhas”VoltarLíngua Portuguesa - Noções de literaturaAvançar


20. UERJ A relação entre autor e narrador pode assumir feições diversas na literatura. Podesedizer que tal relação tem papel fundamental na caracterização de textos que, a exemplodo livro de Graciliano Ramos, constituem uma autobiografia – gênero literário definidocomo relato da vida de um indivíduo feito por ele mesmo.A partir dessa definição, é possível afirmar que o caráter autobiográfico de uma obra éreconhecido pelo leitor em virtude de:a) conteúdo verídico das experiências pessoais e coletivas relatadas;b) identidade de nome entre autor, narrador e personagem principal;c) possibilidade de comprovação histórica de contextos e fatos narrados;d) notoriedade do autor e de sua história junto ao público e à sociedade.Leia o seguinte poema para responder às questões 21 e 22.71 ”Destes penhascos fez a natureza2 O berço em que nasci! oh quem cuidara,3 Que entre penhas tão duras se criara4 Uma alma terna, um peito sem dureza!5 Amor, que vence os tigres por empresa6 Tomou logo render-me; ele declara7 Contra o meu coração guerra tão rara,8 Que não me foi bastante a fortaleza.9 Por mais que eu mesmo conhecesse o dano,10 A que dava ocasião minha brandura,11 Nunca pude fugir ao cego engano:12 Vós, que ostentais a condição mais dura,13 Temei, penhas, temei; que amor tirano,14 Onde há mais resistência, mais se apura.”Vocabulário:penhas – penhascosGABARITO21. U.F. Santa Maria-RS Nesse poema, de Cláudio Manuel da Costa,a) há presença de um elemento típico da paisagem natural mineira, a pedra, mostrandoque há obediência à regra principal do Arcadismo, que é a exaltação dos penhascos;b) nota-se, nos versos 9 e 11, a presença de antítese, o que mostra a influência do Barrocona lírica do poeta mineiro;c) o sujeito lírico, nos versos 12, 13 e 14, dirige-se aos penhascos, um elemento típico dapaisagem mineira, que representa seu berço;d) o sujeito lírico se compara aos penhascos de Minas, pois é tão duro e resistente quantoeles;e) o sujeito lírico usa as pedras como símbolo do amor à pátria e como seu própriosímbolo, pois é tão duro quanto elas.IMPRIMIR22. U.F. Santa Maria-RS Esse poema árcade é um soneto que apresenta:a) os quartetos com rima alternada;b) versos brancos e decassílabos (10 sílabas);c) rima e versos alexandrinos (11 sílabas);d) os versos dos tercetos em redondilha maior;e) rima e versos decassílabos.VoltarLíngua Portuguesa - Noções de literaturaAvançar


INSTRUÇÃO: A partir da leitura dos dois textos, julgue os itens das questões de 23 a 26.8Texto I“VIIIO pobre leito meu desfeito aindaA febre aponta da noturna insônia.Aqui lânguido à noite debati-meEm vãos delírios anelando um beijo...E a donzela ideal nos róseos lábios,No doce berço do moreno seioMinha vida embalou estremecendo...Foram sonhos contudo. A minha vidaSe esgota em ilusões. E quando a fadaQue diviniza meu pensar ardenteUm instante em seus braços me descansaE roça a medo em meus ardentes lábiosUm beijo que de amor me turva os olhos,Me ateia o sangue, me enlanguece a fronte,Um espírito negro me desperta,O encanto do meu sonho se evaporaE das nuvens de nacar da venturaRolo tremendo à solidão da vida!”Álvares de Azevedo - Lira dos Vinte Anos.GABARITOIMPRIMIRTexto II“Doce MistérioEu não sei de onde vemEsse amor que chega e dominaViva luz a brilhar,Nesse olhar que o meu iluminaVou flutuando na paixãoNão, não sei aonde vou chegarQue será essa ilusãoQue eu vivo a buscarDiz pra mim se é vocêEsse alguém que eu tanto queroEu preciso descobrirSe é você meu doce mistério de amorO que eu quero é viver vocêQuero sorrir o teu sorrisoQuero pensar os pensamentos teusVocê é tudo que eu preciso”BARBOSA, Bernardes e Schiavon. In: Leandro & Leonardo, Vol. 10. 1997.23. UFMT( ) Figura central da 2ª geração romântica, Álvares de Azevedo apresenta, nesse texto,exemplo da tendência mórbida desse movimento.( ) No texto I, a figura feminina se constrói entre dois pólos, o da virgindade idealizadae o da projeção da sensualidade do “eu-lírico”.( ) Esse caráter de duplicidade é incomum na produção da geração “mal-do-século”.( ) São características do “eu-lírico” do texto I a realização pelo sonho e a inadaptaçãoà realidade.24. UFMT( ) Os dois textos apresentam temática comum: a busca da realização amorosa.( ) O “eu-lírico” do texto II projeta sua passividade, colocando-se como sujeito submissoem seu desejo de amor.( ) A mulher do texto II é apresentada por meio de seus atributos físicos.VoltarLíngua Portuguesa - Noções de literaturaAvançar


25. UFMT( ) No texto II, o desejo de encontrar a amada é enfatizado pela repetição do verboquerer.( ) Escritos em séculos diferentes, ambos os textos primam pela obediência às normasda variedade culta da língua portuguesa.( ) Ambos os textos apresentam construções metafóricas, como “vou flutuando napaixão” (texto II) e “no doce berço do moreno seio” (texto I).26. UFMT( ) Quanto à métrica, os dois poemas são decassílabos.( ) Em ambos, ocorrem rimas pobres organizadas irregularmente.( ) Nos textos I e II, cada estrofe é independente nos planos semântico e sintático.( ) Neles, há ocorrência de inversão sintática, frases em ordem indireta.Questões de 27 a 29.9GABARITO“A AusenteAmiga, infinitamente amigaEm algum lugar teu coração bate por mimEm algum lugar teus olhos se fecham à idéiados meusEm algum lugar tuas mãos se crispam, teus seiosSe enchem de leite, tu desfaleces e caminhasComo se cega ao meu encontro...Amiga, última doçuraA tranqüilidade suavizou a minha peleE os meus cabelos. Só meu ventreTe espera cheio de raízes e de sombras.Vem, amigaMinha nudez é absolutaMeus olhos são espelhos para o teu desejoE meu peito é tábua de suplíciosVem. Meus músculos estão doces para os teusdentesE áspera é minha barba. Vem mergulhar em mimComo no mar, vem nadar em mim como no marVem te afogar em mim, amiga minhaEm mim como no mar...”MORAES, Vinícius de. Antologia Poética. 11. ed.São Paulo: Companhia das Letras, 1992. p. 196.27. F. Católica de Salvador-BA No poema, o eu-lírico:a) queixa-se de um amor não correspondido;b) demonstra sentimento de possessividade amorosa;c) assemelha-se à “amiga”, como um espelho e sua imagem;d) invoca a mulher para compartilhar de seus apelos sensuais;e) vê a figura feminina sob uma perspectiva dualista: angelical e sensual.IMPRIMIR28. F. Católica de Salvador-BA Sobre o poema, é correto afirmar:a) O amor físico revela-se isento de sofrimento.b) A realidade focalizada é vista de uma forma objetiva.c) A mulher, na visão do eu-lírico, aparece envolta em sensualidade e erotismo.d) A voz poética não encontra eco no coração do ser desejado.e) O sujeito poético – com a lembrança do mar – reprime a intensidade de seu desejo.VoltarLíngua Portuguesa - Noções de literaturaAvançar


29. F. Católica de Salvador-BADo ponto de vista estético, trata-se de um texto modernista porque:a) apresenta uma linguagem aproximada à da prosa, livre de rima e de métrica;b) adota uma atitude combativa a valores considerados falsos;c) tenta conciliar o presente com o passado;d) busca a originalidade a qualquer preço;e) valoriza fatos e coisas do cotidiano.Texto para as questões 30 e 31.10“NamoradosO rapaz chegou-se para junto da moça e disse:– Antônia, ainda não me acostumei com o seu corpo, com a sua cara.A moça olhou de lado e esperou.– Você não sabe quando a gente é criança e de repente vê uma lagarta listada?A moça se lembrava:– A gente fica olhando...A meninice brincou de novo nos olhos dela.O rapaz prosseguiu com muita doçura:– Antônia, você parece uma lagarta listada.A moça arregalou os olhos, fez exclamações.O rapaz concluiu:– Antônia, você é engraçada! Você parece louca.”BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira: poesias reunidas. Rio, José Olympio, 1979.30. UFR-RJ Analise as afirmativas a seguir e depois assinale a opção correta.I. Lançando mão de um procedimento moderno, o poeta torna tênue o limite entreprosa e poesia.II. A métrica rígida do poema é um procedimento comum do estilo de época ao qual sefilia o texto.III. O título do poema encerra uma ironia, pois não há no texto o lirismo que caracterizaas composições poéticas românticas.a) I e III são corretas; d) somente I é correta;b) somente III é correta; e) I e II são corretas.c) II e III são corretas;GABARITO31. UFR-RJ A pergunta feita pelo rapaz provocou na moça:a) a constatação da fugacidade do tempo;b) a lembrança de um certo namorado de infância;c) um brilho amargo e saudoso no olhar de menina;d) um retorno ao comportamento infantil diante do inusitado;e) a descoberta da efemeridade dos namoros da sua infância.Texto para as questões 32 e 33:IMPRIMIR“Porque minhas tranças estavam macias e lustrosas, a pele de meu rosto sabia a fruta veludosa,fresca e furta-cor, deitei-me naquele dia sob a telha de vidro da gaiola, na longa rede cheirosa desabão preto feito em casa mesmo. Foi esse o início de um destino esquerdo, que me marcou a testaa fogo e me fez arrastar uma banda do coração como um toco de carne empedrado pela vida afora.Daí mais um pouco fui embranquecendo os fios do cabelo da fronte, e meus olhos acharam por bemesburacarem-se parecendo por fim a dois lagos meio verdes meio azuis, esfumaçados pela neblinaque saía da chaminé daquela casa onde, à beira do fogão encostei meu umbigo temperando assopas dos meninos e pondo o leite pra ferver, porque desde cedo me secaram as tetas e o jeito erarecorrer ao leite das cabras do quintalão de pedras e, também, porque minha bisavó, que aindafalava e orava com um fio da voz e se cobria num canto do quarto escuro, como uma mancha noermo, dizia e repetia que crianças de dentes fortes e olhos devem beber leite de cabra já que as mãesse secam muito cedo, põe dentro e fora de tanto arrancarem pedacinhos de carne e sustança dosuco de ossos e sangue para sovar o dia do marido que vem chegando, levantando a voz como senascesse rei e o bando de filhos seus primeiros súditos.”VoltarLíngua Portuguesa - Noções de literaturaAvançar


1132. U. Católica-GO( ) No texto, a personagem, ao mesmo tempo em que descreve suas mudanças físicas,faz também um desabafo de uma mulher que teve sua vida destruída pelocasamento.( ) De acordo com o que se lê no período do texto, a personagem deitou-se em umarede preta e cheirosa.( ) Em “a pele de meu rosto sabia a fruta veludosa, fresca e furta-cor...”, o verbo saberfoi usado no mesmo sentido que na frase seguinte: “Naquele atropelo, nem sabiamais se seria eu aquela de tranças macias, com enormes riscos de ouro...”( ) Para expor a opinião da bisavó da personagem, foram utilizados dois tipos de discursos:o indireto, marcado pelos verbos de elocução e pelas orações substantivas,e o indireto livre, marcado por expressões como “... sovar o dia do marido que vemchegando, levantando a voz como se nascesse rei...”.( ) Em “... levantando a voz como se nascesse rei”, é correto afirmar que, a utilizaçãodo verbo nascer no subjuntivo e do operador como se permite a leitura de umacrítica ao estereotipo do homem como senhor absoluto da casa, a quem todos deveriamse submeter e jamais questionar.( ) “... e o bando de filhos seus primeiros súditos.” Percebe-se nessa frase, claramente,a elipse do verbo ser. Caso o verbo estivesse presente deveria, de acordo com asnormas da língua padrão, estar no mais-que-perfeito do subjuntivo e, obrigatoriamente,na terceira pessoa do singular.GABARITO33. U. Católica-GO( ) Pela leitura do texto, é correto afirmar que a personagem, embora incapaz de modificaruma situação socialmente imposta às mulheres, não se mostra tão conformadacomo a avó, que ainda demonstra sua submissão ao homem.( ) De acordo com o texto, a vida de sofrimento iniciou-se com o casamento, queocorreu porque a personagem era jovem e bela.( ) A personagem demonstra que, apesar de trabalhar muito, cuidar dos filhos e dosafazeres domésticos, continuava a ser uma pessoa vaidosa, e que se preocupava emtingir os cabelos com tons mais claros, pois afirma: “Daí mais um pouco fui embranquecendoos fios do cabelo da fronte...”( ) Na frase “... porque me secaram as tetas...” considerando-se o contexto, o verbosecaram usado na terceira pessoa do plural pode estar relacionado e, portanto, tercomo agentes tanto “meninos” como “tetas”.( ) Em relação à linguagem utilizada no texto, é correto afirmar que predominam onível padrão e a denotação.( ) Em “Foi esse o início de um destino esquerdo, que me marcou a testa a fogo e mefez arrastar uma banda do coração como um toco de carne empedrado pela a vida afora.”, ‘destino esquerdo’, ‘que’ (= destino esquerdo) e ‘como um toco de carne’,são respectivamente: hipérbole, metáfora e prosopopéia.IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Noções de literaturaAvançar


34. U. Salvador-BA“Enche de estranhas vibrações sonorasa tua Estrofe, majestosamente...põe nela todo o incêndio das auroraspara torná-la emocional e ardente.”12Identifique com V os fragmentos que pertencem à mesma estética da estrofe em evidênciae com F os demais.( ) “Tudo, entre sombras, – o ar e o chão, a fauna e a flora / A erva e o pássaro, a pedrae o tronco, os ninhos e a hera, / A água e o reptil, a folha e o inseto, a flor e a fera,/ – Tudo vozeia e estala em estos de pletora.”( ) “Entre as trêmulas mornas ardentias, / A noite no alto-mar anima as ondas. / Sobemdas fundas úmidas Golcondas, / Pérolas vivas, as nereidas frias.”( ) “Ela vem, (sororal) vibrante como um sino, / Despertar-me no leito: ouro em tudo,– na face / De anjo morto, na voz, no olhar sobredivino. // Nasce a manhã, a luz temcheiro... Ei-la que assoma / Pelo ar sutil... Tem cheiro a luz, a manhã nasce... / Ohsonora audição colorida do aroma!”( ) “Foste de branco e vens de branco ainda trajada. / A túnica nupcial que em níveasdobras desce / Pelo teu corpo, tem a brancura sagrada / Dos alvos corporais do altarexposto à prece.”( ) “O luar, sonora barcarola, / Aroma de argental caçoula, / Azul, azul em fora... //Como lençóis claros de neve, / Que o sol filtrando em luz esteve, / É transparente,é branco, é leve.As questões 35 e 36 referem-se ao seguinte texto:GABARITO“Com que gana me entrego, com que ânsia,José, à tarefa, ou por outra, ao suplício,de outro poema preto em verso branco.Língua vernácula entre os dentes, dorno cotovelo e tu, merda, na mente,recursos de estilo a esmo destiloe figuras de linguagem pra tratarde teu sorriso eletrônico e teucabelo. Com que gana! E que suplício:não há ponto final, não há remate,que me livre de vez desses poemas,e me livre de ti em paralelo.E eu quero? É Sísifo o meu modelo, merda:Amo o poema assim como ele ama a pedra.”NEVES, Reinaldo Santos. In: Muito Soneto por nada.Vitória: Cultural, 1998, p. 58.35. F.I. Vitória-ES Pode-se afirmar a respeito do texto acima, com exceção de:a) é literário, pela linguagem coloquial e referencial;b) não é literário, pela presença de termos chulos, vulgares;c) é literário, pelo trabalho estético e jogo verbal estabelecido;d) não é literário, pois não é prosa nem poesia;e) é um misto de literário e não literário, próprio do texto contemporâneo.IMPRIMIR36. F.I. Vitória-ES Quanto ao gênero e modalidade literária, só é possível afirmar sobre otexto acima:a) é lírico, construído em prosa poética;b) é narrativo, um poema épico;c) é dramático, pela intensidade do sentimento do eu poético;d) é lírico, um soneto de versos, predominantemente, decassílabos;e) não é um soneto, pois os versos não estão distribuídos em tercetos e quartetos.VoltarLíngua Portuguesa - Noções de literaturaAvançar


37. UFRS Leia os dois fragmentos abaixo:I. 1 “Todo dia ela faz tudo sempre igual2 me acorda às seis horas da manhã3 Me sorri um sorriso pontual4 E me beija com a boca de hortelã5 Todo dia ela diz que é pra eu me cuidar6 E essas coisas que diz toda mulher7 Diz que está me esperando pro jantar8 E me beija com a boca de café (...)”Chico Buarque de Holanda.13II. 1 “quando eu chego em casa nada me consola2 você está sempre aflita3 com lágrimas nos olhos de cortar cebola4 você está tão bonita5 você traz a coca-cola6 eu tomo7 você bota a mesa8 eu como eu como eu como eu como eu como9 você10 não tá entendendo nada do que eu digo11 eu quero é ir-me embora12 eu quero é dar o fora (...)”Caetano Veloso.Considere as seguintes afirmações sobre os fragmentos acima.I. As duas canções apresentam, em comum, a tematização do cotidiano e dos atosautomatizados da existência banal.II. Nos versos selecionados, há uma preocupação com os procedimentos poéticos, comorimas, repetições e paralelismos.III. O verbo “como” (v.8 ) e o pronome “você” (v. 9), da canção de Caetano, permitemuma dupla leitura, respectivamente, quanto ao significado e à função sintática.Quais estão corretas?a) Apenas I. d) Apenas II e III.b) Apenas II. e) I, II e III.c) Apenas I e II.38. UnB-DFGABARITO“A moendaNa remansosa paz da rústica moenda,À luz quente do sol e à fria luz do luar,Vive como a expiar uma culpa tremenda,O engenho de madeira a gemer e a chorar.Ringe e range, rouquenha, a rígida moenda;E ringindo e rangendo, a cana a triturarParece que tem alma adivinha e desvendaA ruína, a dor, o mal que vai, talvez, causar...”Da Costa e Silva. Poemas.IMPRIMIRConsiderando o poema acima, julgue os itens a seguir.( ) Os dois primeiros versos da segunda estrofe recuperam, com a repetição de recursospoéticos, a sonoridade da moenda a trabalhar.( ) O poeta utiliza a figura de linguagem denominada prosopopéia quando afirma quea moenda “tem alma adivinha e desvenda” (v.7).( ) A época áurea da cana-de-açúcar, em que a economia brasileira dependia, principalmente,dessa atividade extrativa vegetal, é o assunto desse poema.( ) A inserção de uma vírgula após “alma” (v.7) mantém a correção gramatical semalterar o sentido do verso.( ) O poema alude a problemas que podem advir do consumo de bebida alcoólica.VoltarLíngua Portuguesa - Noções de literaturaAvançar


39. U. Salvador-BA“A TransaçãoVaguei pelas ruas e recolhi-me às nove horas. Não podendo dormir, atirei-me a ler e escrever. Àsonze horas estava arrependido de não ter ido ao teatro, consultei o relógio, quis vestir-me, e sair.Julguei, porém, que chegaria tarde; demais, era dar prova de fraqueza. Evidentemente, Virgíliacomeçava a aborrecer-se de mim, pensava eu. E esta idéia fez-me sucessivamente desesperado efrio, disposto a esquecê-la e a matá-la. Via-a dali mesmo, reclinada no camarote, com os seusmagníficos braços nus, – braços que eram meus, – fascinando os olhos de todos, com vestidosoberbo que havia de ter, o colo de leite, os cabelos postos em à maneira do tempo, e os brilhantes,menos luzidios que os olhos dela... Via-a assim, e doía-me que a vissem outros. Depois,começava a despi-la, a pôr de lado as jóias e sedas, a despenteá-la com as minhas mãos sôfregase lascivas, a torná-la, – não sei se mais bela, se mais natural, – torná-la minha, somente minha,unicamente minha.”ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. 18 ed. São Paulo: Ática, 1992, p. 96.14Marque com V as características comprováveis com o texto e com F, as demais.( ) Atitude reflexiva do narrador em face da realidade.( ) Ser humano revelado como contraditório.( ) Relação amorosa caracterizada pela possessividade.( ) Sublimação do amor.( ) Imagem da mulher amada envolvida pelo tom irônico.Leia o texto a seguir e responda às questões de 40 a 42.GABARITOIMPRIMIR“Biblioteca verde1 Papai, me compra a Biblioteca Internacional de Obras de Célebres.São só 24 volumes encadernadosem percalina verde.Meu filho, é livro demais para uma criança.5 Compra assim mesmo, pai, eu cresço logo.Quando crescer eu compro. Agora não.Papai me compra agora. É em percalina verde,só 24 volumes. Compra, compra, compra.Fica quieto, menino, eu vou comprar.10 Chega cheirando a papel novo, matade pinheiros toda verde. Souo mais rico menino destas redondezas.(Orgulho, não; inveja de mim mesmo.)Ninguém mais aqui possui a coleção15 das Obras Célebres. Tenho de ler tudo.Antes de ler, que bom passar a mãono som da percalina, esse cristalde fluida transparência: verde, verde.Amanhã começo a ler. Agora não.20 Mas leio, leio. Em filosofiastropeço e caio, cavalgo de novomeu verde livro, em cavalariasme perco, medievo; em contos, poemasme vejo viver. Como te devoro,25 verde pastagem. Ou antes carruagemde fugir de mim e me trazer de voltaà casa a qualquer hora num fecharde páginas?Tudo que sei é que ela que me ensina.30 O que saberei, o que não saberei nunca,está na Biblioteca em verde murmúriode flauta-percalina eternamente.”ANDRADE, Carlos <strong>Dr</strong>ummond de. Reunião.Rio de Janeiro, José Olympio, 1983. p.672-673.VoltarLíngua Portuguesa - Noções de literaturaAvançar


40. UFR-RJ No texto deparamo-nos com um leitor que “devora” os livros que lê. Mas se abiblioteca é para esse eu-lírico um manancial de saber, por outro lado, decifrar o que nelaestá escrito não assegura a seu leitor um conhecimento de tudo o que ela traduz. A leituranão está unicamente inscrita no texto, pois ela depende da capacidade do leitor de atribuirsentidos ao que lê. O(s) verso(s) que melhor traduz(em) esta afirmação é (são):a) “ Meu filho, é livro demais para uma criançaCompra assim mesmo, pai eu cresço logo.” -v. 4-5.b) “Antes de ler, que bom passar a mãono som da percalina, esse cristal”. -v. 6-7.c) “Tudo que sei é ela que me ensina.O que saberei, o que não saberei nunca,está na biblioteca em verde murmúrio”. -v. 29-32.d) “(...) Como te devoro,verde pastagem. Ou antes carruagemde fugir de mim e me trazer de volta”. -v. 25-26.e) “Amanhã começo a ler. Agora não”. -v. 19.1541. UFR-RJ A expressão que se refere à Biblioteca Verde no plano denotativo é:a) “mata/ de pinheiros toda verde” -v. 10-11.b) “coleção/ de Obras Célebres.” -v. 14-15.c) “cristal/ de fluida transparência” -v. 17-18.d) “verde pastagem” -v. 25.e) “carruagem/ de fugir de mim” -v. 25-26.42. UFR-RJ O recurso gramatical utilizado pelo autor para reproduzir um diálogo pode serdemonstrado através:a) do emprego de verbos irregulares.b) das construções com uso de vocativos.c) da predominância de orações coordenadas.d) do emprego de verbos no modo imperativo.e) do uso do pronome oblíquo na primeira pessoa do singular.43. U.F. Santa Maria-RS Observe a postura do narrador no seguinte fragmento de DomCasmurro, de Machado de Assis:GABARITOIMPRIMIR“LXIII Metades de um SonhoFiquei ansioso pelo sábado. Até lá os sonhos perseguiam-me, ainda acordado, e não os digoaqui para não alongar esta parte do livro. Um só ponho, e no menor número de palavras, ou antesporei dois, porque um nasceu de outro, a não ser que ambos formem duas metades de um só.Tudo isto é obscuro, dona leitora, mas a culpa é do vosso sexo, que perturbava assim a adolescênciade um pobre seminarista. Não fosse ele, e este livro seria talvez uma simples prática paroquial,se eu fosse padre, ou uma pastoral, se bispo, ou uma encíclica 47 , se papa, como me recomendaratio Cosme. ‘Anda lá, meu rapaz, volta-me papa!’ Ah! por que não cumpri esse desejo? Depois deNapoleão, tenente e imperador, todos os destinos estão neste século.”Vocabulário:47Encíclica – Carta solene dirigida pelo Papa ao clero do mundo católico ou unicamente aos bisposde uma nação. (N.E.)É correto afirmar que o narrador:a) em terceira pessoa culpa a leitora por ele não ter sido padre e não ter escrito umaencíclica, como era seu sonho de adolescência;b) Machado de Assis culpa as mulheres, por ter sido escritor de romances, e tio Cosme,por tê-lo induzido a casar cedo;c) é machista e culpa as mulheres pelas mudanças nos destinos dos homens que nãoquerem escrever romances;d) em primeira pessoa dirige-se a uma leitora, culpando as mulheres de terem perturbadosua adolescência e mudado, não só a sua vocação, como também o enredo da narrativa;e) em primeira pessoa culpa as mulheres por não ter sido Napoleão, dirigindo-se a umaleitora que, nesse caso, torna-se também culpada pelo destino dele.VoltarLíngua Portuguesa - Noções de literaturaAvançar


As questões 44 e 45 referem-se ao seguinte texto:16“2ª Ladainha1 Por que o raciocínio,os músculos, os ossos?A automação, ócio dourado,4 O cérebro eletrônico, o músculomecânicomais fáceis que um sorriso.7 Por que o coração?O de metal não tornará o homemmais cordial,10 dando-lhe um ritmo estracorporal?Por que levantar o braçopara colher o fruto?13 A máquina o fará por nós.Por que labutar no campo, na cidade?A máquina o fará por nós.16 Por que pensar, imaginar?A máquina o fará por nós.Por que fazer um poema?19 A máquina o fará por nós.Por que subir a escada de Jacó?A máquina o fará por nós.22 Ó máquina, orai por nós.”RICARDO, Cassiano. Seleta em prosa e verso.Rio de Janeiro: José Olympio, INL, 1972, p. 85-6.44. UnB-DF“Ladainha (a-í) (Do grego litaneia, pelo lat. litania) S.f.1. Oração formada por uma série deinvocações curtas e respostas repetidas.2. Fig. Relação, narração, discurso, ou conversa longa e fastidiosa; lengalenga, cantilena. Bras.Cap. Canto do ritual de abertura de uma roda de capoeira. (Sin. (ant.) nesta acepção: reza dacapoeira.)”GABARITOIMPRIMIRConsiderando o verbete acima, reproduzido do Novo Aurélio Século XXI: dicionário dalíngua portuguesa, e o texto III, julgue os itens que se seguem.( ) De acordo com a acepção 1 do verbete, o texto 2ª Ladainha tem a forma de umaprece, uma oração.( ) Como obra poética, o texto estabelece ambigüidade de sentido entre as acepções 1e 2 do verbete.( ) Segundo a acepção 1 do verbete, no poema a resposta repetida é o refrão “Amáquina o fará por nós”.( ) Esse poema, na forma como se apresenta, corresponde, em um contexto de capoeira,ao “ritual de abertura” mencionado na acepção 2 do verbete.45. UnB-DFAcerca das idéias do texto, julgue os itens seguintes.( ) Ao longo do poema, o autor vai associando partes da anatomia humana aos sistemasfisiológicos por ela dinamizados, da seguinte forma: primeira estrofe, sistemaneurovegetativo; segunda, sistema circulatório; terceira, sistemas motor, digestivoe respiratório; quarta e quinta, sistema lingüístico.( ) Todas as ocorrências do vocábulo “máquina” desempenham a função de vocativo.( ) O pronome “o”, que aparece várias vezes no poema, refere-se, no verso 15, a “labutarno campo, na cidade”, no verso 17, a “pensar, imaginar”, no verso 19, a“fazer um poema” e, no verso 21, a “subir a escada de Jacó”.( ) A voz do poeta, no último verso, desvela a ironia com que se estrutura o poema.VoltarLíngua Portuguesa - Noções de literaturaAvançar


46. U. Potiguar-RN17“LuísaRuaespada nuabóia no céuimensa e amarelatão redonda, a luacomo flutuavem navegando o azul do firmamentoe, no silêncio, lentoum trovador cheio de estrelasescuta, agora, a canção que eu fizpra te esquecer, Luísaeu sou apenas um pobre amador apaixonadoum aprendiz do teu amoracorda, amorque eu sei que embaixo desta neve mora um coração.Vem cá, Luísame dá tua mãoo teu desejo é sempre o meu desejovem, me exorcizame dá tua bocae a rosa louca vem me dar um beijoe um raio de sol nos teus cabeloscomo um brilhante que partindo a luzexplode em sete coresrevelando, então, os sete mil amoresque eu guardei somente pra te darLuísa...”Antônio Carlos Jobim.GABARITOIndique a opção que apresenta uma afirmação correta:a) Antônio Carlos Jobim apresenta grandes influências da literatura ocidental em seusversos, já que os mesmos são inspirados na produção poética greco-parnasiana.b) Esta é uma composição escrita nos moldes camonianos de Os Lusíadas, que descrevea paisagem, a fauna e flora, os costumes e tradições do indianismo.c) O autor, Antônio Carlos Jobim, sofre a forte influência poética de Lord Byron e Musset,que também é conhecida como influência da Geração de Orpheu.d) O lirismo amoroso constitui a fonte de todo o lirismo europeu e, conseqüentemente,brasileiro, percebendo-se a sua influência ainda hoje, como vemos nesta canção deAntônio Carlos Jobim.IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Noções de literaturaAvançar


Texto para as questões 47 e 48:18GABARITOIMPRIMIR“O relógio1Ao redor da vida do homemhá certas caixas de vidro,dentro das quais, como em jaula, seouve palpitar um bicho.Se são jaulas não é certo;mais perto estão das gaiolasao menos, pelo tamanhoe quebradiço da forma.Umas vezes, tais gaiolasvão penduradas nos muros;outras vezes, mais privadas,vão num bolso, num dos pulsos.Mas onde esteja: a gaiolaserá de pássaro ou pássara:é alada a palpitação,a saltação que ela guarda;e de pássaro cantor,não pássaro de plumagem:pois delas se emite um cantode uma tal continuidadeque continua cantandose deixa de ouvi-lo a gente:como a agente às vezes cantapara sentir-se existente.2O que eles cantam, se pássaros, édiferente de todos:cantam numa linha baixa,com voz de pássaro rouco;desconhecem as variantese o estilo numerosodos pássaros que sabemos, estejampresos ou soltos;têm sempre o mesmo compassohorizontal e monótono,e nunca, em nenhum momento,variam de repertório:dir-se-ia que não importaa nenhum ser escutado.Assim, que não são artistasnem artesãos, mas operáriospara quem tudo o que cantamé simplesmente trabalho,trabalho rotina, em série,impessoal, não assinado,de operário que executaseu martelo regularproibido (ou sem querer)do mínimo variar.”NETO, João Cabral de Melo. Obra completa.Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994, p. 324-6.VoltarLíngua Portuguesa - Noções de literaturaAvançar


47. UnB-DF Em relação ao texto, julgue os itens que se seguem.( ) O entendimento do poema é facilitado pelo fato de o título permitir que o sentidometafórico da terceira estrofe se associe à idéia de relógio.( ) A utilização de estrofes que são quartetos e de versos de sete sílabas (redondilhamaior) comprova que o Modernismo desprezou totalmente as formas tradicionaisde construção de poemas.( ) A noção de trabalho no texto apresenta as oposições: artistas e artesãos versusoperários; produção variada, criativa versus produção em série, rotineira; a produçãopessoal versus produção impessoal.1948. UnB-DF Ainda em relação ao texto, julgue os itens seguintes.( ) No primeiro verso do poema, a contagem das sílabas métricas exige a elisão deuma das vogais idênticas em “do homem” e a desconsideração da última sílabagramatical do verso, por ser átona.( ) A ocorrência próxima dos substantivos “jaula”, “jaulas”, “gaiolas”, “gaiola” e“pássaro” e das palavras com o mesmo radical “cantor”, “canto”, “cantando”,“canta” e “cantar” constitui um recurso próprio da construção em versos queintensifica a sonoridade, a coesão e também a convergência e a densidade semânticado texto.( ) Na interpretação de poemas, deve existir sempre uma margem de flexibilidadeem conseqüência da multiplicidade de sentidos. Assim, na sexta estrofe, as duasocorrências da expressão “a gente” podem ser interpretadas como nós (eu líricoe leitores) ou como as pessoas, o povo.49. UFSE-PSS Considere as seguintes estrofes do Romanceiro da Inconfidência:“Mil bateias vão rodandosobre córregos escuros;a terra vai sendo abertapor intermináveis sulcos;infinitas galeriaspenetram morros profundos.GABARITODe seu calmo esconderijo,o ouro vem, dócil e ingênuo;torna-se pó, folha, barra,prestígio, poder, engenho...É tão claro! – e turva tudo:honra, amor e pensamento.”MEIRELES, Cecília. Romance II.IMPRIMIRAssinale como verdadeiras as frases que fazem uma afirmação correta em relação aoque se observa no trecho acima e como falsas aquelas em que isso não ocorre.( ) Em ambas as estrofes predominam tanto aspectos descritivos quanto líricos.( ) A linguagem é poética, quer dizer, seu foco principal está na mensagem que étransmitida.( ) Na 2ª estrofe encontram-se metáfora (3º e 4º versos) e antítese (5º verso).( ) Quanto à posição da sílaba tônica, esses versos são graves e redondilha maior éo nome dado a eles, considerando-se o número de sílabas em cada verso.( ) As estrofes acima comprovam que o poema de onde eles foram extraídos é umaobra do Arcadismo brasileiro, em função de seu assunto e da linguagem despojada,em ordem direta.VoltarLíngua Portuguesa - Noções de literaturaAvançar


Texto para as questões 50 e 51.20GABARITO“Homem comumSou um homem comumde carne e de memóriade osso e esquecimento.Ando a pé, de ônibus, de táxi, de aviãoe a vida sopra dentro de mimpânicafeito a chama de um maçaricoe podesubitamentecessar.Sou como vocêfeito de coisas lembradase esquecidasrostos emãos, o guarda-sol vermelho ao meio-diaem Pastos-Bons,defuntas alegrias flores passarinhosfacho da tarde luminosanomes que já nem seibocas bafos baciasbandejas bandeiras bananeirastudomisturadoessa lenha perfumadaque se acendee me faz caminharsou um homem comumbrasileiro, maior, casado, reservista,e não vejo na vida, amigo,nenhum sentido, senãolutarmos juntos por um mundomelhor.”GULLAR, Ferreira. Toda Poesia. Rio de Janeiro,Civilização Brasileira, 1987. p. 229.50. U. Santa Úrsula-RJ Para alargar e definir a imagem de “homem comum”, o autor nãose utiliza:a) de comparações;b) do efeito dos adjetivos;c) da construção de versos livres;d) da força dos verbos;e) da beleza dos substantivos saudosistas.IMPRIMIR51. U. Santa Úrsula-RJ Nos últimos 5 versos, o poeta faz um hino de louvor a:a) sermos pessoas comuns, do dia-a-dia;b) vermos algum sentido na vida;c) não nos desesperarmos;d) sermos pessoas ajustadas e felizes;e) sermos gente, povo solidário e unido.VoltarLíngua Portuguesa - Noções de literaturaAvançar


52. U.E. Maringá-PR Leia o poema a seguir e assinale o que for correto.“InterpretaçãoAs palavras aí estão, uma por uma:porém minha alma sabe mais.De muito inverossímil se perfumao lábio fatigado de ais.Falai! que estou distante e distraída,com meu tédio sem voz.Falai! meu mundo é feito de outra vida.Talvez nós não sejamos nós.”MEIRELES, Cecília. Obra poética. Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1977, p. 256.21GABARITO01. O eu-lírico volta-se para dentro de si mesmo, promovendo uma espécie de autosondagemno domínio do mundo interior. Pode-se dizer que, no poema, existe umaintenção de busca da verdade subjetiva, daquilo que não pode ser observado no mundoexterior.02. Nos dois primeiros versos, há uma constatação de que a linguagem não é um instrumentosuficiente para expressar aquilo que habita o universo interior do eu-lírico.Esta insuficiência sugere que a vida humana marca-se, por vezes, pela incomunicabilidadee, conseqüentemente, pelo isolacionismo e pela solidão – aspectos que caracterizamo sentido deste poema.04. Os versos “De muito inverossímil se perfuma / o lábio fatigado de ais” fazem referênciaà própria criação artística. A arte pode ser “inverossímil”, ou seja, ela se permitedizer “inverdades”. O poeta pode criar mundos e fingir sentimentos – o que ficaevidenciado na expressão “lábio fatigado de ais”.08. Percebe-se, no poema, a existência de dois universos: o da exterioridade, representadopor expressões como “palavras” e “Falai!”, e o da interioridade, revelado emexpressões como “alma” e “tédio sem voz”. Há, portanto, nesse poema, um “eu”bipartido entre dois mundos e que se reconhece como ser diferenciado dos demaisseres, quando afirma: “meu mundo é feito de outra vida”.16. O verso “Falai! que estou distante e distraída”, indica o desrespeito do eu-líricopara com as outras pessoas. O eu-lírico experimenta uma introspecção tão imensaque, mesmo chamando o interlocutor pelo tratamento cerimonioso “vós”, trata-ocom desdém, revelando seu egoísmo e seu desinteresse para com as necessidadesdo “outro”.32. O verso “Talvez nós não sejamos nós” revela o estado de total conflito em que seencontra o eu-lírico. Isso porque, profundamente interiorizado, o eu-lírico só poderiafalar sobre si mesmo e não sobre “nós”. O último verso indica, portanto, o delírio,a perda da percepção dos limites da realidade, que são conseqüências diretas doprocesso de introspecção do “eu”.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Noções de literaturaAvançar


INSTRUÇÃO: Leia atentamente o texto a seguir e julgue os itens das questões 53 a 56.22GABARITOIMPRIMIR“O Colocador de PronomesHavia em Itaoca um pobre moço que definhava de tédio no fundo dum cartório. Escrevente. Vinte etrês anos. Magro. Ar um tanto palerma. Ledor de versos lacrimogêneos e pai duns acrósticos dados à luzno Itaoquense, com bastante sucesso.Vivia em paz com as suas certidões quando o frechou venenosa seta de Cupido. Objeto amado: afilha mais moça do coronel Triburtino, o qual tinha duas, essa, Laurinha, do escrevente, então nosdezessete, e a do Carmo, encalhe da família, vesga, madurota, histérica, manca da perna esquerda eum tanto aluada.Triburtino não era homem de brincadeiras. Esgüelara um vereador oposicionista em plena sessão dacâmara, e desd’aí transformou-se no tutu da terra. Toda a gente lhe tinha um vago medo; mas o amor,que é mais forte que a morte, não receia sobrecenhos enfarruscados, nem tufos de cabelos no nariz.Ousou o escrevente namorar-lhe a filha, apesar da distância hierárquica que os separava. Namoro àmoda velha, já se vê, que nesse tempo não existia a gostosura dos cinemas. Encontros na igreja, à missa,troca de olhares, diálogos de flores – o que havia de inocente e puro. Depois, roupa nova, ponta delenço de seda a entremostrar-se no bolsinho de cima e medição de passos na rua d’Ela, nos dias defolga. Depois, a serenata fatal à esquina, com oAcorda, donzela...sapecado a medo num velho pinho de empréstimo. Depois, bilhetinho perfumado.Aqui se estrepou...Escrevera nesse bilhetinho, entretanto, apenas quatro palavras, afora pontos exclamativos e reticências:Anjo adorado!Amo-lhe! ......Para abrir o jogo, bastava esse movimento de peão.Ora, aconteceu que o pai do anjo apanhou o bilhetinho celestial e, depois de três dias de sobrecenhocarregado, mandou chamá-lo à sua presença, com disfarce de pretexto – para umas certidõezinhas,explicou.Apesar disso, o moço veio um tanto ressabiado, com a pulga atrás da orelha.Não lhe erravam os pressentimentos. Mal o pilhou portas aquém, o coronel trancou o escritório,fechou a carranca e disse:— A família Triburtino de Mendonça é a mais honrada desta terra, e eu, seu chefe natural, nãopermitirei nunca, – nunca, ouviu? que contra ela se cometa o menor deslize.Parou. Abriu uma gaveta. Tirou de dentro um bilhetinho cor-de-rosa, desdobrou-o.— É sua esta peça de flagrante delito?O escrevente, a tremer, balbuciou medrosa confirmação.— Muito bem! continuou o coronel em tom mais sereno. Ama, então, minha filha e tem a audácia deo declarar... Pois agora...O escrevente, por instinto, ergueu o braço para defender a cabeça e relanceou os olhos para a rua,sondando uma retirada estratégica.— ... é casar! concluiu de improviso o vingativo pai.O escrevente ressuscitou. Abriu os olhos e a boca, num pasmo. Depois, tornando a si, comoveu-se ecom lágrimas nos olhos disse gaguejante:— Beijo-lhe as mãos, coronel! Nunca imaginei tanta generosidade em peito humano! Agora vejocom que injustiça o julgam aí fora!...Velhacamente o velho cortou-lhe o fio das expansões.— Nada de frases, moço, vamos ao que serve: declaro-o solenemente noivo de minha filha! E, voltando-separa dentro, gritou:— Do Carmo! Venha abraçar o teu noivo!O escrevente piscou seis vezes e, enchendo-se de coragem, corrigiu o erro.— Laurinha, quer o coronel dizer...O velho fechou de novo a carranca.— Sei onde trago o meu nariz, moço. Vassuncê escreveu este bilhete à Laurinha dizendo que ama-‘lhe’. Se amasse a ela deveria dizer amo-‘te’. Dizendo amo-‘lhe’ declara que ama a uma terceira pessoa,a qual não pode ser senão a Maria do Carmo. Salvo se declara amor à minha mulher!...— Oh, coronel...— ... ou à preta Luzia, cozinheira. Escolha!O escrevente, vencido, derrubou a cabeça, com uma lágrima a escorrer rumo à asa do nariz. Silenciaramambos, em pausa de tragédia. Por fim o coronel, batendo-lhe no ombro paternalmente, repetiua boa lição da sua gramática matrimonial.— Os pronomes, como sabe, são três: da primeira pessoa – quem fala, e neste caso vassuncê; dasegunda pessoa – a quem se fala, e neste caso Laurinha; da terceira pessoa – de quem se fala, e nestecaso Maria do Carmo, minha mulher ou a preta. Escolha!”LOBATO, Monteiro. O Colocador de pronomes. In: Contos pesados. Urupês, Negrinha e O macaco que se fez homem. SãoPaulo: Editora Nacional, 1940.VoltarLíngua Portuguesa - Noções de literaturaAvançar


53. UFMT( ) A narrativa de Lobato explora caricatualmente o mundo dos coronéis – forças políticaslocais caracterizadas pelo autoritarismo e arbitrariedade.( ) A interpretação que o coronel dá ao bilhete mostra que equívocos gramaticais podemresultar em equívocos de sentido.( ) Na narrativa, o coronel Triburtino é uma personagem contraditória: colérico, mascordial e receptivo a bajulações.( ) O namoro entre o escrevente e Laurinha é descrito pelo narrador por meio de estereótipose clichês.54. UFMT( ) A intercalação do parágrafo descritivo entre “Pois agora... e... é casar!” , interrompendoo fluxo da narrativa, é um recurso usado pelo narrador para recriar a ansiedadedo escrevente e para produzir um efeito de suspense.( ) Nessa narrativa, a seqüência temporal é interrompida pelas constantes evocaçõesda memória das personagens.( ) O narrador pode ser classificado como objetivo ou neutro, pois apresenta personagense acontecimentos sem manifestar opinião.( ) O narrador é contemporâneo dos acontecimentos e os relata à medida em que vãoocorrendo.2355. UFMT( ) No trecho Escrevente. Vinte e três anos. Magro. Ar um tanto palerma, as frasesnominais são usadas para compor o perfil da personagem.( ) No trecho sapecado a medo num velho pinho de empréstimo, há um exemplo demetonímia.( ) As expressões pai duns acrósticos e quando o frechou venenosa seta de cupidosão casos de metáfora.( ) O adjetivo celestial descreve objetivamente o aspecto sublime e superior da linguageme do conteúdo do bilhetinho.( ) O uso da letra maiúscula na forma Ela sugere o endeusamento da mulher amada.56. UFMT( ) Monteiro Lobato usa a forma frechou para transgredir as normas ortográficas, como intuito de criar uma escrita brasileira.( ) A forma frechou é uma variante ortográfica de flechou, ambas dicionarizadas.( ) A substituição de (l) por (r) é um fenômeno comum no português não-padrão,produzindo formas como ingreis, craru, parma, sar.( ) A troca de (l) por (r) é a troca de uma consoante lateral por consoante vibrante.GABARITOIMPRIMIR57. UFMG Leia estes trechos de dois poemas de Gonçalves Dias.“Meu Deus, Senhor meu Deus, o que há no mundoQue não seja sofrer?O homem nasce, e vive um só instante,E sofre até morrer!(Sofrimento)Tupã, ó Deus grande! cobriste o teu rostoCom denso velâmen de penas gentis;E jazem teus filhos clamando vingançaDos bens que lhes deste da perda infeliz!Tupã, ó Deus grande! teu rosto descobre:Bastante sofremos com tua vingança!Já lágrimas tristes choram teus filhos,Teus filhos que choram tão grande mudança.”Com base nessa leitura, é incorreto afirmar que, em ambos os trechos,a) o eu poético enuncia uma proposta de mudança;b) o eu poético se dirige a Deus;c) o eu poético fala de um estado de sofrimento;d) o eu poético se refere a uma situação que não é apenas individual.(Deprecação)VoltarLíngua Portuguesa - Noções de literaturaAvançar


58. Univali-SC Chico Buarque de Holanda compôs, entre outras tantas letras para suasmúsicas, o poema a seguir, também musicado.“ConstruçãoE tropeçou no céu como se ouvisse músicaE flutuou no ar como se fosse sábadoE se acabou no chão feito um pacote tímidoAgonizou no meio do passeio náufragoMorreu na contramão atrapalhando o públicoAmou daquela vez como se fosse máquinaBeijou sua mulher como se fosse lógicoErgueu no patamar quatro paredes flácidasSentou pra descansar como se fosse um pássaroE flutuou no ar como se fosse um príncipeE se acabou no chão feito um pacote bêbadoMorreu na contramão atrapalhando o sábado.”24Sobre o texto está correto a alternativa:a) Embora massacrado pela rotina, o operário da construção civil consegue, nos últimosinstantes de sua vida, tornar seu mundo musical leve.b) Escrito em versos alexandrinos, segue o modelo clássico de composição poética parafalar da rotina de um operário e de seus sonhos não-realizados.c) O amor, o sonho e a fantasia fazem com que o operário se transporte para um mundomágico, metaforizando tal passagem com a morte.d) O início de alguns versos se repete, para dar ao ouvinte/leitor a idéia da rotina contraa qual ele se revolta, provocando a própria morte para interromper a repetição do seudia-a-dia.e) São versos dodecassílabos, com severa crítica social, destacando, através da repetiçãode alguns versos, a falta de perspectivas de um operário da construção civil.INSTRUÇÃO: Leia o texto e julgue os itens da questão 59.GABARITO“Está tudo muito bem,estou muito esperançadoMas, enquanto não aparece negócio,ô mulher, traz meu lençol,que eu estou no banco, deitado!”SUASSANA, Ariano. Farsa da Boa Preguiça. Rio de Janeiro, José Olympio, 1979.59. UFMT( ) O texto defende a idéia de que o valor do ócio é superior ao do trabalho.( ) O narrador utiliza-se do discurso direto para registrar a fala espontânea das personagens.( ) Há indicações, no texto, de que as personagens pertencem à elite burguesa.IMPRIMIR60. U.F. Uberlândia-MG Assinale a alternativa correta.a) No Barroco a religiosidade aparece como em um cenário idealizado onde todos sãofelizes e os poetas são pastores.b) A ficção é um produto da imaginação criadora que lida com fatos verossímeis, isto é,fatos passíveis de serem verdade.c) A prosa existe em função da confissão amorosa, pessoal; e a poesia, para a criação depersonagens.d) Enredo, tempo e espaço são elementos que não podem entrar na composição de umtexto do gênero lírico.VoltarLíngua Portuguesa - Noções de literaturaAvançar


61. U.F. Santa Maria-RS Leia o poema que se segue.25“Leito de folhas verdes1 Por que tardas, Jatir, que tanto a custo2 À voz do meu amor moves teus passos?3 Da noite a viração, movendo as folhas,4 Já nos cimos do bosque rumoreja.5 Eu sob a copa da mangueira altiva6 Nosso leito gentil cobri zelosa7 Com mimoso tapiz de folhas brandas,8 Onde o frouxo luar brinca entre flores.9 Do tamarindo a flor abriu-se, há pouco,10 Já solta o bogari mais doce aroma!11 Como prece de amor, como estas preces,12 No silêncio da noite o bosque exala.13 Brilha a lua no céu, brilham estrelas,14 Correm perfumes no correr da brisa,15 A cujo influxo mágico respira-se16 Um quebranto de amor, melhor que a vida!17 A flor que desabrocha ao romper d’alva18 Um só giro do sol, não mais, vegeta:19 Eu sou aquela flor que espero ainda20 Doce raio do sol que me dê vida.(...)21 Do tamarindo a flor jaz entreaberta,22 Já solta o bogari mais doce aroma;23 Também meu coração, como estas flores,24 Melhor perfume ao pé da noite exala!25 Não me escutas, Jatir! nem tardo acordes26 À voz do meu amor, que em vão te chama!27 Tupã! lá rompe o sol! do leito inútil28 A brisa da manhã sacuda as folhas!”DIAS, Gonçalves. Poesia. Rio de Janeiro, Agir.GABARITOPode-se afirmar sobre o poema:a) O verso 24 faz referência ao eu-lírico; o verso 20, à pessoa amada; o verso 27, ao rivalde Jatir.b) É registrada a passagem do tempo na natureza: desde a noite até a manhã seguinte.c) O poema é todo escrito em versos brancos e pode ser classificado como poesiasimbolista.d) O eu-lírico é masculino e espera a sua amada, que não chega.e) A natureza, no poema, não desempenha nenhuma função específica.IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Noções de literaturaAvançar


A questão 62 reporta-se ao romance Lucíola, de José Alencar.26GABARITOIMPRIMIR“Apenas o médico saiu, ela olhou-me tristemente:Era o primeiro! Mas o tato das entranhas maternas, sejam elas virgens ainda, não engana.Nosso filho, Paulo, o teu, porque ele era mais teu do que meu, já não existe.À noite declarou-se a febre; uma febre intensa que a fez delirar. Foi então que conheci quantoeu vivia no seu pensamento: ela não disse no delírio uma só palavra que não se referisse a mim ealguma circunstância de nossa vida mútua, desde o primeiro dia em que nos encontramos.Pela manhã, depois de um sono curto e agitado, achei-a mais tranqüila:— Tu me prometes, Paulo, casar com Ana!— Não tratemos disso agora, minha amiga! Quando ficares boa, tudo o que tu quiseres eu fareipara a tua felicidade.— Mas essa promessa me daria tanto alívio agora!— Escuta, Maria, esse casamento nos tornaria infelizes a ti, à tua irmã, e a mim, que nãopoderia amá-la, mesmo por causa dessa semelhança! Tu viverias sempre entre mim e ela!— Pois bem, promete-me que se ela não for tua mulher, lhe servirás de pai.— Juro-te!Beijou-me as mãos:— Ela vai ter tanta necessidade de um pai!Os acessos da febre repetiram-se durante três dias, e sempre mais graves. Uma tarde em que omédico apresentou a Lúcia um remédio:— Para que é isso? perguntou ela com brandura.— Para aliviá-la do seu incômodo. Logo que lançar o aborto, ficará inteiramente boa.— Lançar!... Expelir meu filho de mim?E o copo que Lúcia sustentava na mão trêmula, impelido com violência, voou pelo aposento eespedaçou-se de encontro à parede.— Iremos juntos!... murmurou descaindo inerte sobre as almofadas do leito. Sua mãe lhe serviráde túmulo.De joelhos à cabeceira eu suplicava-lhe que bebesse o remédio que a devia salvar.— Queres acompanhar teu filho, Maria, e abandonar-me só neste mundo. Vive por mim!— Se eu pudesse viver, haveria forças que me separassem de ti? Haveria sacrifício que eu nãofizesse para comprar mais alguns dias da minha felicidade? Mas Deus não quis. Sinto que a vidame foge!A instâncias minhas bebeu finalmente o remédio, que nenhum efeito produziu. A febre lavravacom intensidade: eu já não tinha esperanças.— O remédio de que eu preciso é o da religião. Quero confessar-me, Paulo.Lúcia tomou os sacramentos com uma resignação angélica; e abraçando a irmã, disse-lhe:— Perdes uma irmã, Ana; fica-te um pai. Ama-o por ele, por ti e por mim.O dia se passou na cruel agonia que só compreendem aqueles que, ajoelhados à borda de umleito, viram finar-se gradualmente uma vida querida.”62. UEGO Assinale V, para as afirmações verdadeiras, e F, para as falsas:( ) Em “– Pois bem, promete-me que se ela não for tua mulher, lhe servirás de pai.”Neste período, evidencia-se um desrespeito às convenções gramaticais quanto aouso do pronome oblíquo “lhe”, exemplificando assim um caso de próclise, quetambém ilustra a oralidade ou a espontaneidade da fala.( ) É artifício da produção de textos o uso das reticências. Nesse texto em foco, elasforam usadas por duas vezes indicando então que o narrador imprime ao enredo ahesitação, a surpresa e estupefação da personagem ante a situação nova com que sedefronta.( ) Estas frases: “E o copo que Lúcia sustentava ..., voou pelo aposento...”, “A febrelavrava com intensidade...” e em “Sua mãe lhe servirá de túmulo”, os termos grifadosexemplificam metáforas.( ) O texto apresentado enquadra-se como narrativo-descritivo.( ) Nos trechos: “– Queres acompanhar teu filho, Maria, e abandonar-me só nestemundo. Vive por mim!” e em: “O dia se passou, na cruel agonia que só compreendemaqueles...”, a palavra “só” tem equivalente função morfológica em ambas assituações.VoltarLíngua Portuguesa - Noções de literaturaAvançar


63. UnB-DF27“O Horácio prepara o cafezinho. Desde que o governo suspendeu a verba pra o cafezinho, queeste é custeado pelos funcionários. Custa um tostão. Naziazeno não quer café. Já tomou um hápouco.Ele se dirige para a sua carteira. Na sala, pequena, trabalham mais dois: o primeiro escriturárioe o datilógrafo.Ambos muito quietos. O primeiro escriturário confere contas. É um serviço que faz há muitotempo. Dispõe de grande prática. Faz cálculos, usa tinta encarnada, bate muitos carimbos. Depois,quando tem já um grupo de contas respeitável, ergue-se e repassa-as uma a uma (com todasas suas ‘primeiras’, ‘segundas’ e ‘terceiras vias’ nos dedos – que ele a cada passo molha nos lábioscom um certo ruído. O datilógrafo, quando não está ‘batendo’, lê um livro, aberto dentro dagavetinha ao lado.Naziazeno interroga o datilógrafo:— O diretor saiu?O funcionário levanta os olhos do livro, relanceia-os lentamente pela janela, pousa-os no escriturário:— Está na Secretaria – responde este, sem interromper a conferência das contas.‘— O Cipriano certamente foi buscá-lo. Não tarda, estará aí ’ – conjetura mentalmenteNaziazeno.O trabalho de Naziazeno é monótono: consiste em copiar num grande livro cheio de ‘grades’certos papéis, em forma de faturas. É preciso antes submetê-los a uma conferência, ver se asoperações de cálculo estão certas. São ‘notas’ de consumo de materiais, há sempre multiplicaçõese adições a fazer. O serviço, porém, não exige pressa, não necessita ‘estar em dia’. –Naziazeno‘leva um atraso’ de uns bons dez meses.Ele hoje não tem ‘assento’ pra um serviço desses. É preciso classificar as notas, dispô-las porordem cronológica e pelas várias ‘verbas’, calcular; depois então ‘lançá-las’ com capricho, ‘puxar’cuidadosamente as somas... Ele já se ‘refugiou’ nesse trabalho em outras ocasiões. Era então umasimples contrariedade a esquecer... uma preterição... injustiça ou grosseria dos homens... Mesmoassim, quando, nesses momentos, se surpreendia ‘entusiasmado’ nesse trabalho, ordenado esistemático como ‘um jogo de armar’, não era raro vir-lhe um remorso, uma acusação contra simesmo, contra esse espírito inferior de esquecer prontamente, de ‘achar’ no ambiente aspectoscompensadores, quadros risonhos... Todos aqueles indivíduos que lhe pareciam realizar o tipomédio normal eram obstinados, emperrados, não tinham, não, essa compreensão inteligente eleviana das coisas...”MACHADO, Dyonelio. Os ratos. 12ª ed. São Paulo: Ática, 1992, p. 26-7.GABARITODe acordo com o texto acima, julgue os seguintes itens.( ) Pelo texto apresentado, infere-se que a obra da qual ele foi retirado é um romancerural.( ) A narrativa focaliza uma personagem que se opõe ao herói tradicional, pois, emboraseja o protagonista, não se destaca pelas características elevadas de homem extraordináriopor seus feitos, seu valor ou sua magnanimidade, mas por sua mediocridade,seu anonimato e sua alienação.( ) Muitas das aspas utilizadas no texto revelam a intenção do narrador de ironizar aatividade pelo uso do jargão burocrático ou de destacar um segundo sentido para asexpressões utilizadas.( ) O último parágrafo do texto revela um conceito de trabalho como momento deevasão dos problemas individuais.( ) O texto é construído pelo foco de um narrador onisciente, que penetra na mente dapersonagem, decifrando-lhe pensamentos, lembranças, sentimentos e sensações.IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Noções de literaturaAvançar


LÍNGUA PORTUGUESANO Ç Õ E S D EL IT E R AT U R A1GABARITO1. c2. c3. b4. b5. c6. c7. d8. c9. b10. e11. e12. V – F – F – V13. a14. b15. e16. d17. d18. d19. c20. b21. d22. e23. F – V – F – V24. V – V – F25. V – F – V26. F – V – F – V27. d28. a29. c30. d31. d32. V – F – F – V – V – F33. V – V – F – V – F – F34. V – V – V – F – F35. c36. d37. a38. V – V – F – F – V39. F – V – V – F – F40. c41. b42. b43. d44. V – V – V – V45. F – F – V – V46. d47. F – F – V48. F – F – V49. V – V – F – V – F50. a51. b52. 1053. V – V – F – V54. V – F – F – F55. V – V – V – F – V56. F – V – V – V57. a58. e59. F – V – F60. b61. e62. V – V – V – V – F63. F – V – V – V – VIMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Noções de literaturaAvançar


LÍNGUA PORTUGUESAL IT E R AT U R A NOP E R ÍO D O C O L O NIA L1. U. Potiguar-RN A carta escrita pelo Padre Manuel da Nóbrega, notificando a chegadada primeira missão jesuítica, por ele chefiada, em 1549, inaugura que tipo de literaturano Brasil?a) Hábitos da cultura européia.b) A das relações estabelecidas entre os românticos.c) Informativa dos jesuítas no Brasil.d) A das influências que Luís de Camões exerce sobre os escritores de Língua Portuguesa.1GABARITO2. UFBA A idéia do trecho transcrito de A Carta de Pero Vaz de Caminha está devidamenteindicada em:01. “E uma daquelas moças era toda tingida (...) tão graciosa, que a muitas mulheres denossa terra, vendo-lhes tais feições, provocaria vergonha” – Idealização da mulherindígena.02. “No domingo de Páscoa, pela manhã, determinou o Capitão de ir ouvir missa epregação naquele ilhéu (...) Mandou armar um pavilhão naquele ilhéu e dentro delefoi levantado um altar muito bem preparado.” – Difusão do cristianismo.04. “melhor e muito melhor informação da terra dariam dois homens dentre os degredadosque aqui fossem deixados, do que eles dariam se os levassem, por ser gente queninguém entende. Nem certamente eles aprenderiam a falar como nós” – Dominaçãolingüística.08. “O velho falou enquanto o Capitão estava com ele, diante de nós; mas ninguém oentendia e nem ele a nós, por mais pergunta que lhe fizéssemos com respeito a ouro,porque desejávamos saber se o havia na terra.” – Interesse mercantil.16. “Andamos por ali vendo o ribeirão o qual é de muita água e muito boa. Ao longo delehá muitas palmeiras, não muito altas, de muito bons palmitos. Colhemos e comemosmuitos deles.” – Visão paradisíaca.32. “eles passavam de uma confraternização a um retraimento, como pardais, com medodo cevadoiro. Ninguém não lhe deve falar de rijo, porque então logo se esquivam” –Animosidade inter-racial.64. “Aqueles outros, que estiveram sempre presentes à pregação, estavam assim comonós olhando para o nosso pregador. E aquele de quem falei antes, chamava algunspara que viessem até ali.” – Submissão religiosa.CASTRO, Sílvio. O descobrimento do Brasil: A Carta de Pero Vaz de Caminha.Porto Alegre: L & PM. 1997. p. 83, 85, 87, 88 e 96.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.IMPRIMIR3. UFSE Nas manifestações literárias dos dois primeiros séculos de nossa história podemestar presentes as seguintes características:I. intenção catequética e informação sobre a terra;II. relato de viagem e pregação religiosa;III. sentimento nacionalista e participação em campanha republicana.Estão corretas somente as características indicadas em:a) I. d) I e II.b) II. e) II e III.c) III.VoltarLíngua Portuguesa - Literatura no período colonialAvançar


4. Unifor-CE A obra catequética de José de Anchieta, os sermões do Padre Antônio <strong>Vieira</strong>e a lírica de Tomás Antônio Gonzaga:a) representam gêneros e estilos diversos da literatura do período colonial;b) constituem o que se costuma caracterizar como literatura de informação;c) constituem obras do mesmo gênero, distribuídas em períodos diversos;d) representam os momentos mais altos do estilo barroco;e) constituem obras de gêneros diferentes, produzidas no século XVII.5. Unifor-CE No período colonial, verificam-se os seguintes fenômenos de nossa vidaliterária:a) Constituição de um exigente público leitor e surgimento das primeiras editoras nacionais.b) Manifestação de sentimentos nacionalistas e consolidação do romance de temática urbana.c) Surgimento dos nossos primeiros grandes críticos literários e consolidação de umpúblico de leitores.d) reflexos de princípios estéticos do Barroco e do Arcadismo europeus e manifestaçãode sentimentos nativistas.e) surgimento dos primeiros manifestos românticos e exploração de temas indianistas.26. UFSE Assinale como verdadeiras as frases que fazem uma afirmação correta e comofalsas aquelas em que isso não ocorre.( ) Na época colonial, como os escritores tinham a formação cultural da metrópole, asmanifestações literárias foram marcadas pela necessidade de se libertarem dessasraízes culturais e criarem uma literatura de acordo com a realidade brasileira.( ) No Barroco brasileiro observa-se a consciência de que a vida é efêmera, o que setraduz num problema para os poetas: gozar intensamente as delícias da vida terrenae, ao mesmo tempo, buscar a espiritualidade, o perdão divino.( ) Encontra-se nos Sermões do Padre Antônio <strong>Vieira</strong> a tendência conceptista do Barroco,que se manifesta na preocupação com o conteúdo e o desdobramento dasidéias por meio do jogo de contrastes.( ) Na poesia arcádica observa-se, apesar da linguagem rebuscada, plena de inversõese de figuras, a imitação dos modelos greco-latinos e o ideal de uma vida simples,junto à natureza.( ) Parte da obra do Pe. José de Anchieta insere-se no objetivo geral da literatura dosjesuítas: informar aos superiores da Companhia de Jesus a situação geral do Brasilcolônia,o andamento e as condições da obra de catequese, com as dificuldades e ossucessos. Mas ao mesmo tempo, outra parte se destaca desse conjunto, porque sereveste em muitos casos de verdadeiro valor literário.7. Uneb-BAGABARITO“Toda a cidade derrotaesta fome universal,uns dão a culpa totalà Câmara, outros à frota:a frota tudo abarrotadentro dos escotilhões,a carne, o peixe, os feijões;e se a Câmara olha e ri,porque anda farta até aqui,é coisa que me não toca:Ponto em boca.A fome me tem já mudo,que é muda a boca esfaimada,mas se a frota não traz nada,por que razão leva tudo?Que o povo por ser sisudolargue o ouro e largue a prataa uma frota patarata,que entrando co’a vela cheia,o lastro que traz de areia,por lastro de açúcar troca:Ponto em boca.”MATOS, Gregório de. Décimas. In: Poemas escolhidos.São Paulo: Círculo do Livro, s/d. p. 46-7.IMPRIMIRÉ uma idéia comprovável no texto:a) A indiferença do sujeito poético diante do que ocorre na cidade.b) A sensatez do povo da Bahia por defender as riquezas da terra.c) O equilíbrio de interesses pautando o comércio da Bahia com o exterior.d) A denúncia da omissão do poder político em face do problema da cidade.e) O temor, por parte do sujeito poético, da reação do povo faminto, declarando daí:“Ponto em boca”.VoltarLíngua Portuguesa - Literatura no período colonialAvançar


8. U. Salvador-BA“Porque não conhecia, o que lograva,Deixei como ignorante o bem, que tinha,Vim sem considerar, aonde vinha,Deixei sem atender, o que deixava.Suspiro agora em vão, o que gozava,Quando não me aproveita a pena minha,Que quem errou, sem ver, o que convinha,Ou entendia pouco, ou pouco amava.Padeça agora, e morra suspirandoO mal, que passo, o bem, que possuía,Pague no mal presente o bem passado.Que quem podia, e não quis, viver gozando,Confesse, que esta pena merecia,E morra, quando menos confessado.”MATOS, Gregório de. Soneto. In: Obras completas de Gregóriode Matos. Salvador: Janaína, s/d. v. IV, p. 1015.3De acordo com o texto, marque com V as afirmativas verdadeiras e com F as falsas.( ) O sujeito poético revela consciência do motivo que o levou ao sofrimento.( ) A trajetória do eu-lírico é caracterizada pela busca incessante do prazer.( ) O sujeito poético desconhecia os riscos que envolviam a sua escolha.( ) A saudade do bem perdido serve de consolo e de compensação para o eu-lírico.( ) A dor daquele que, por ignorância, afastou-se da felicidade é injusta para o sujeitopoético.( ) A problemática focalizada no texto restringe-se a uma esfera particular.( ) O poema enquadra-se no Barroco por apresentar o jogo de contrastes e o rigorformal.9. Unifor-CE“Cada dia vos cresce a formosura,Babu, e tanto cresce, que me embaça:Se cresce contra mim, alta desgraça,Se cresce para mim, alta ventura.”GABARITOIMPRIMIRNa estrofe acima, dirige-se o poeta à sua amada Babu, valendo-se de antíteses (“contramim” / “para mim”, “alta desgraça” / “alta ventura”), procedimento que costuma estruturaros poemas realizados nesse estilo de época, ou seja, o estilo:a) barroco, adotado por Gregório de Matos nesses versos satíricos;b) neoclássico, adotado por Gregório de Matos nesses versos líricos;c) barroco, adotado por Gregório de Matos nesses versos líricos;d) barroco, adotado por Cláudio Manuel da Costa nesses versos paródicos;e) neoclássico, adotado por Cláudio Manuel da Costa nesses versos paródicos.10. UFPB-PSS“Sermão vigésimo sétimoOs senhores poucos, os escravos muitos; os senhores rompendo galas, os escravos despidos enus; os senhores banqueteando, os escravos perecendo à fome; os senhores nadando em ouro eprata, os escravos carregados de ferros; os senhores tratando-os como brutos, os escravos adorando-ose temendo-os como deuses; os senhores em pé apontando para o açoite, como estátuasda soberba e da tirania, os escravos prostrados com as mãos atadas atrás como imagens vilíssimasda servidão e espetáculos da extrema miséria.”VIEIRA, Pe. Antônio. Sermão vigésimo sétimo. In: AMORA, Antônio Soares, org. Sermões, 2. ed. São Paulo: Cultrix, 1981, p. 58.No texto, verificam-se os seguintes traços do barroco:I. A presença de um grande número de antíteses.II. A predominância dos aspectos denotativos da linguagem.III. A utilização do recurso da hipérbole para melhor traduzir o sofrimento dos escravos.IV. O envolvimento político do jesuíta.Estão corretas apenas as afirmativas:a) I e II. b) III e IV. c) II e III. d) I e IV. e) I e III.VoltarLíngua Portuguesa - Literatura no período colonialAvançar


11. UFBA4“Volta a criticar o mau governo da BahiaQue falta nesta cidade?Que mais por sua desonra?Falta mais que se lhe ponha?O demo a viver se exponha,Por mais que a fama a exalta,Numa cidade onde faltaVerdade, Honra, Vergonha.Quem a pôs neste socrócio?Quem causa tal perdição?E o maior desta loucura?Notável desaventurade um povo néscio, e sandeu,que não sabe que o perdeuNegócio, Ambição, Usura.Quais são os seus doces objetos?Tem outros bens mais maciços?Quais destes lhe são mais gratos?Dou ao demo os insensatos,dou ao demo a gente asnal,que estima por cabedalPretos, Mestiços, Mulatos.(...)”VerdadeHonraVergonha.NegócioAmbiçãoUsura.PretosMestiçosMulatos.MENDES, Cleise Furtado. Senhora Dona Bahia.Poesia satírica de Gregório de Matos. Salvador: EDUFBA, 1998. p. 54.GABARITOA leitura do fragmento e os conhecimentos sobre o autor e sua obra satírica permitemafirmar:01. O autor se identifica com os poetas de sua época pelo uso da sátira e pelo exercícioda crítica aos costumes da sociedade em que vive.02. Esse fragmento inicial do poema tem como conteúdo uma crítica ao governo daBahia, inicialmente abordando aspectos éticos, financeiros e étnicos.04. Pretos, mestiços e mulatos são o alvo preferido pelo autor, por constituírem um grupoem franco processo de ascensão social e econômica, ameaçando sua própria posição.08. A estrutura formal dos tercetos organiza-se em perguntas e respostas, enquanto oconteúdo, ao longo do poema, desenvolve-se em pares de estrofes, com fatos e comentário.16. As respostas, nos tercetos, são retomadas e confirmadas nas conclusões dos quartetos.32. O ritmo do poema, nos tercetos, é marcado, em cada verso, por rimas internas.64. A expressão “povo néscio, e sandeu”, nesse contexto, é uma alusão aos portuguesese seus descendentes, que então viviam na cidade de Salvador.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.IMPRIMIR12. U. Potiguar-RN O Neoclassicismo ou Arcadismo que representa na literatura uma reaçãoaos excessos do movimento Barroco, procura, tanto no aspecto formal quanto ideológico,um retorno à:a) ciência impulsionada pela Física de Newton;b) revolução industrial e à ascensão do capitalismo;c) antecipação da estética do Romantismo;d) simplicidade clássica.VoltarLíngua Portuguesa - Literatura no período colonialAvançar


13. U. Potiguar-RN“Já rompe, Nise, a matutina aurorao negro manto, com que a noite escura,sufocando do sol a face pura,tinha escondido a chama brilhadora.Que alegre, que suave, que sonora,aquela fontezinha aqui murmura!E nestes campos cheios de verdura;que avultado prazer tanto melhora?Só minha alma em fatal melancolia,por te não ver, Nise adoradanão sabe inda, que coisa é alegria,E a suavidade do prazer trocada,tanto mais aborrece a luz do dia,quanto a sombra da noite mais lhe agrada.”COSTA, Cláudio Manuel da.No soneto de Cláudio Manuel da Costa, a oposição claro/escuro e a antítese dia/noiterevelam a permanência de características da estética:a) realista. b) barroca. c) romântica. d) simbolista.514. Unifor-CE Considere as seguintes afirmações:I. A carta de Caminha, o teatro catequético de Anchieta e a poesia de Gregório deMatos são criações culturais exemplares do estilo barroco.II. A poesia de Tomás Antônio Gonzaga, em Marília de Dirceu, vale-se do bucolismoarcádico ao colocar, no espaço de uma natureza amena, a amada representada poruma pastora.III. Na obra de Gregório de Matos, os temas históricos e os detalhes de época são maisvisíveis na poesia satírica do que na lírica.Está correto o que afirma em:a) I, somente; d) II e III, somente;b) I e II, somente; e) I, II e III.c) I e III, somente;15. UFPB-PSS Leia o terceto extraído de um soneto de Cláudio Manuel da Costa.“Oh quão lembrado estou de haver subidoAquele monte, e às vezes, que baixandoDeixei do pranto o vale umedecido!”GABARITOCom relação ao fragmento apresentado, afirma-se:I. A referência à natureza relaciona-se ao Carpe diem, que é o gozo do tempo presente.II. A natureza é descrita de forma objetiva, sem qualquer identificação com o espírito doeu-lírico.III. A ordem inversa do último verso confirma o traço neoclássico do poema.IV. O último verso apresenta uma hipérbole.Estão corretas apenas as afirmativas:a) I e II; b) II e III; c) III e IV; d) I, II e II; e) II, III e IV.16. UFSE“Sou pastor, não te nego; os meus montadosSão esses, que aí vês; vivo contenteAo trazer entre a selva florescenteA doce companhia dos meus gados.”IMPRIMIRA estrofe acima ilustra o cenário e o modo de viver idealizados na poesia:a) que José de Anchieta dedicou à Virgem;b) lírica barroca de Gregório de Matos;c) em que foi mestre o árcade Cláudio Manuel da Costa;d) amorosa do indianismo de Gonçalves Dias;e) épica de Basílio da Gama.VoltarLíngua Portuguesa - Literatura no período colonialAvançar


LÍNGUA PORTUGUESAL IT E R AT U R A NOP E R ÍO D O C O L O NIA L1GABARITO1. c2. 623. d4. b5. d6. F – V – V – F – V7. d8. V – F – V – F – F – F – V9. c10. d11. 5812. d13. b14. d15. c16. bIMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Literatura no período colonialAvançar


LÍNGUA PORTUGUESAH U M A NISM O ,Q UINH E N T ISM O ,B A R R O C O E A R C A D ISM OTexto para as questões 1 e 2:1GABARITOIMPRIMIR“Senhor:Posto que o Capitão-mor desta vossa frota, e assim os outros capitães escrevam a Vossa Altezaa nova do achamento desta vossa terra nova, que nesta navegação agora se achou, não deixareitambém de dar minha conta disso a Vossa Alteza, o melhor que eu puder, ainda que – para o bemcontar e falar – o saiba fazer pior que todos.Esta terra, Senhor, me parece que da ponta que mais contra o sul vimos até outra ponta quecontra o norte vem, de que nós deste porto houvemos vista, será tamanha que haverá nela bemvinte ou vinte e cinco léguas por costa. Tem, ao longo do mar, nalgumas partes, grandes barreiras,delas vermelhas, delas brancas; e a terra por cima toda chã e muito cheia de grandes arvoredos.De ponta a ponta, é tudo praia-palma, muito chã e muito formosa.Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque, a estender olhos, não podíamosver senão terra com arvoredos, que nos parecia muito longa.Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ouferro; nem lho vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares, assim frios e temperados, como osde Entre-Doiro-e-Minho, porque neste tempo de agora os achávamos como os de lá.Águas são muitas; infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-ánela tudo, por bem das águas que tem.Porém o melhor fruito que dela se pode tirar me parece que será salvar esta gente. E esta deveser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar.A feição deles é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bemfeitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Não fazem o menor caso de encobrir ou de mostrarsuas vergonhas; e nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto.Parece-me gente de tal inocência que, se homem os entendesse e eles a nós, seriam logocristãos, porque eles, segundo parece, não têm nem entendem em nenhuma crença.Eles não lavram, nem criam. Não há aqui boi, nem vaca, nem cabra, nem ovelha, nem galinha,nem qualquer outra alimária, que costumada seja ao viver dos homens. Nem comem senão desseinhame, que aqui há muito, e dessa semente e fruitos, que a terra e as árvores de si lançam. Ecom isto andam tais e tão rijos e tão nédios que o não somos nós tanto, com quanto trigo elegumes comemos.E nesta maneira, Senhor, dou aqui a Vossa Alteza conta do que nesta terra vi. E, se algum poucome alonguei, Ela me perdoe, pois o desejo que tinha de tudo vos dizer, mo fez pôr assim pelo miúdo.Beijo as mãos de Vossa Alteza.Deste Porto Seguro, da vossa Ilha de Vera Cruz, hoje, sexta-feira, primeiro dia de maio de 1500.Pero Vaz de Caminha.”CORTESÃO, Jaime. A carta de Pero Vaz de Caminha. Rio de Janeiro:Livros de Portugal 1943. p. 199-241. Coleção Clássicos e Contemporâneos.1. UnB-DF Evidenciando a leitura compreensiva do texto, julgue os itens abaixo.( ) Diferentemente de outros documentos do século XVI acerca da descoberta do Brasil,hoje esquecidos, a carta de Pero Vaz de Caminha continua a ser lida devido à sua importânciahistórica e, também, por conter elementos da função poética da linguagem.( ) A carta de Pero Vaz de Caminha é considerada pela história brasileira o primeirodocumento publicitário oficial do país.( ) A carta de Caminha é um texto essencialmente descritivo.( ) Pero Vaz de Caminha foi o único português a enviar notícias da descoberta doBrasil ao rei de Portugal.( ) Segundo Caminha, os habitantes da Ilha de Vera Cruz eram desavergonhados.VoltarLíngua Portuguesa - Humanismo, Quinhentismo, Barroco e ArcadismoAvançar


2. UnB-DF Ainda com relação ao texto, julgue os seguintes itens.( ) Substituindo-se “Posto que” por Haja vista, mantêm-se as mesmas relações deidéias.( ) O nono parágrafo do texto ressalta uma prática dos silvícolas brasileiros: o extrativismovegetal, que era a única forma de obtenção dos alimentos necessários à subsistência.Ressalta também que, apesar dessa prática, os silvícolas aparentavam sermais fortes e bonitos que os conquistadores, mesmo sendo estes mais bem alimentados.( ) No nono parágrafo do texto, as expressões “inhame” e “semente e fruitos” sãorepetitivas, pois, para a Biologia, a primeira contém a segunda. Além disso, a associaçãoestabelecida entre “semente e fruitos” e “trigo e legumes” é biologicamenteincoerente, pois legumes são sementes e trigo é fruto.( ) As expressões de tratamento com que a correspondência é aberta e fechada revelamo respeito e a sujeição do remetente ao destinatário.23. Uniube-MG Assinale a afirmativa correta a respeito do Auto da Barca do Inferno, deGil Vicente:a) O que mais se evidencia é o propósito de sátira social, de tal modo que a intençãoreligiosa vê-se sufocada ou pelo menos minimizada pelo gosto de sátira da própriasociedade.b) O elemento religioso oferece apenas um pretexto, um quadro exterior para a apresentaçãono palco de sátiras ou caricaturas profanas.c) A sátira social se liga de modo nítido ao objetivo de edificação espiritual, colocandosea questão da salvação post mortem (após a morte), o que demostra que a intençãoreligiosa é ainda aqui dominante.d) As personagens são personificações alegóricas (tipos reais caricaturizados), o queevidencia o propósito de sátira social que, nesta peça, substitui o propósito de edificaçãoespiritual.GABARITOIMPRIMIR4. UFRS Em relação ao Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, considere as seguintesafirmações.I. Trata-se de um grande painel que satiriza a sociedade portuguesa do seu tempo.II. Representa a transição da Idade Média para o Renascimento, guardando traços dosdois períodos.III. Sugere que o diabo, ao julgar justos e pecadores, tem poderes maiores que Deus.Quais estão corretas?a) Apenas I.b) Apenas I e II.c) Apenas I e III.d) Apenas II e III.e) I, II e III.5. PUC-SP O argumento da peça A Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente, consiste nademonstração do refrão popular “Mais quero asno que me carregue que cavalo que mederrube”. Identifique a alternativa que não corresponde ao provérbio, na construção dafarsa.a) A segunda parte do provérbio ilustra a experiência desastrosa do primeiro casamento.b) O escudeiro Brás da Mata corresponde ao cavalo, animal nobre, que a derruba.c) O segundo casamento exemplifica o primeiro termo, asno que a carrega.d) O asno corresponde a Pero Marques, primeiro pretendente e segundo marido de Inês.e) Cavalo e asno identificam a mesma personagem em diferentes momentos de sua vidaconjugal.VoltarLíngua Portuguesa - Humanismo, Quinhentismo, Barroco e ArcadismoAvançar


Texto para as questões 6 e 7.3“CARTA(Pero Vaz de Caminha)Esta terra, Senhor, parece-me que, da ponta que mais contra o sul vimos, até outra ponta quecontra o norte vem, de que nós deste porto houvemos vista, será tamanho, que haver nela, bemvinte ou vinte e cinco léguas de costa. Traz ao longo do mar em algumas partes longas barreiras,umas vermelhas e outras brancas; e a terra de cima, toda chã e muito cheia de grandes arvoredos.De ponta a ponta, é toda a praia muito chã e muito formosa. Pelo sertão, nos pareceu vistado mar, muito grande; porque a estender olhos, não podíamos ver, senão terra e arvoredos -terra que nos parecia muito extensa. Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ououtra coisa de metal ou ferro, nem lha vimos. Contudo a terra em si é de muito bons aresfrescos e temperados como o de Entre-Douro-e-Minho, porque neste tempo de agora assim osachávamos como os de lá. Águas são muitas, infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendoa aproveitar, dar-se-á nela tudo, por causa das águas que tem! Contudo, o melhor fruto quedela se pode tirar, parece-me que será salvar esta gente, e esta deve ser a principal semente queVossa Alteza em ela deve lançar. E que não houvesse mais do que ter Vossa alteza aqui estapousada para esta navegação de Calicute bastava; quanto mais disposição para se nela cumprire fazer o que Vossa Alteza tanto deseja, a saber, acrescentando da nossa fé! E desta maneira,dou aqui a Vossa Alteza conta do que nesta Vossa terra vi. E se a um pouco alonguei, Ela meperdoe, porque o desejo que tinha de Vos tudo dizer, mo fez pôr assim pelo miúdo. É pois que,Senhor, é certo que tanto neste cargo que me elevo como em outra qualquer coisa que deVossos serviços for, Vossa Alteza há de ser de mim muito bem servida, a Ela peço que, por mefazer singular mercê, mande vir a ilha de São Tomé a Jorge Osório, meu genro - o que d’Elareceberei em muita mercê. Beijo as mãos de Vossa Alteza.Deste Porto Seguro, da Vossa Ilha de Vera Cruz, hoje, sexta-feira, primeiro dia de maio de1500.”GABARITOIMPRIMIR6. AEU-DF Julgue os itens abaixo em relação à compreensão e à interpretação do texto.( ) O texto lido é uma descrição bem objetiva da terra descoberta.( ) Nele, Caminha menciona as duas principais finalidades das expedições marítimasportuguesas: a expansão da fé católica e a descoberta de ouro e prata.( ) Por não terem os portugueses se aventurado, até então, terra a dentro, as únicasinformações que nos dá do interior são as transmitidas pelos indígenas.( ) No entender do autor, mesmo que Portugal não explorasse e colonizasse a novaterra, tê-la unicamente como suporte das viagens às Indias, já seria uma grandedádiva.( ) Para Caminha, o maior bem a que se deviam dedicar os portugueses é aquele quederiva das águas, tamanha a sua abundância na nova terra.( ) O “será salvar a gente” é o que os soldados portugueses deveriam fazer para evitarque tribos indígenas mais fortes dizimassem outras menores e mais frágeis.7. AUE-DF Julgue os itens que seguem, em relação à teoria literária e aos estilos de épocana Literatura Brasileira.( ) Este texto, por se tratar de uma missiva, tem característica oratórias.( ) A Carta, de Pero Vaz de Caminha, é o primeiro de uma série de textos no nossoprimeiro século, que constituem a “Literatura de Informação” do Brasil.( ) As constantes inversões e a sintaxe rebuscada da Carta é uma característica da literaturaclássica do período, quase já uma transição do Renascimento para o Barroco.( ) Ainda dentro do Humanismo renascentista, que tinha o homem no centro de tudo,vemos a preocupação de Caminha com o silvícola brasileiro e a preservação de suacultura.8. UFR-RJ “Não há mais a moralidade do pecado, na qual o pecador vivia um conflitointerno entre ceder ou não à tentação.”O fragmento destacado reflete uma temática recorrente durante o:a) Barroco. d) Simbolismo.b) Arcadismo. e) Modernismo.c) Realismo.VoltarLíngua Portuguesa - Humanismo, Quinhentismo, Barroco e ArcadismoAvançar


9. Uniube-MG Compare as descrições de Marília:Texto I“Vivos olhos, e faces cor-de-rosa,Com crespos fios de ouro:Meus olhos se vêem graças e loureiros.”Tomás Antônio de Gonzaga – “Marília de Dirceu”.Texto III“Papoula, ou rosa delicada, e fina,Te cobre as faces, que são cor de neve.Os teus cabelos são uns fios d’ouro;Teu lindo corpo bálsamo vapora.”Texto II“O seu semblante é redondo,Sobrancelhas arqueadas,Negros e finos cabelos,Carnes de neve formadas.”Tomás Antônio de Gonzaga – “Marília de Dirceu”.Tomás Antônio de Gonzaga – “Marília de Dirceu”.4A pastora Marília, conforme é apresentada nas liras de Tomás Antônio Gonzaga, carecede unidade de enfoques; ora é descrita como tendo cabelos negros, ora loiros. A oscilaçãoque se observa nas descrições de Marília permite ao leitor concluir que:a) Embora Marília corresponda a um ser real, Maria Dorotéia, ligado à vida do poeta, eleé, antes de tudo, uma idealização poética. As descrições apenas atendem à idealizaçãoda mulher, exigida pelas convenções neoclássicas.b) O autor das liras está preocupado com a coerência dessas descrições, com o padrãopoético realizado em cada composição, por isso a amada do poeta deixa de ser associadaà figura convencional da pastora.c) O sujeito lírico, caracterizado como pastor, descreve sua amada, a pastora Marília, naatmosfera atormentada dos conflitos da paixão, fugindo às convenções bucólicas epastoris do Arcadismo.d) Apesar de o autor invocar a pastora Marília, suas liras são destinadas a afirmar adignidade e a valia do pastor Dirceu. As descrições mostram a intenção do autor emnão revelar o objeto de seu amor.GABARITO10. AEU-DF Julgue os itens seguintes, em relação à semântica e à estilística.(Para esta questão, utilize o texto das questões 6 e 7.)( ) Por “contra o sul vimos... contra o norte vem”, deduzimos que os conquistadores semovimentaram do litoral norte para o sul.( ) A palavra chã que aparece no texto em “toda chã” e “muito chã” é a grafia da épocapara chão.( ) Ao citar o “Entre-Douro-e-Minho”, para dar a idéia do clima da nova terra, estabelece-seum raciocínio analógico.( ) Os termos “fruto” e “semente”, no texto, estão empregados em sentido figurado.( ) A expressão “pelo miúdo” poderia, sem equívoco semântico, ser substituída pordetalhadamente.11. Cefet-RJ“A feição deles é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bemfeitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura. Nem estima nenhuma coisa cobrir nem mostrar suasvergonhas; e estão acerca disso com tanta inocência como têm em mostrar o rosto. (...) Porém aterra em si é de muito bons ares, (...). E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, darse-ánela tudo, por bem das águas que tem.”IMPRIMIRO texto acima apresenta fragmentos:a) do “Diálogo sobre a conversão dos gentios”, do Pe. Manuel da Nóbrega.b) das “Cartas” dos missionários jesuítas, escritas nos dois primeiros séculos.c) da “Carta” de Pero Vaz de Caminha a El-Rey D. Manuel, referindo-se ao descobrimentode uma nova terra e às primeiras impressões do aborígene.d) da “Narrativa Epistolar e os Tratados da Terra e da Gente do Brasil”, do jesuíta Fernão Cardim.e) do “Diário de Navegações”, de Pero Lopes de Souza, escrivão do primeiro colonizador,o de Martim Afonso de Souza.VoltarLíngua Portuguesa - Humanismo, Quinhentismo, Barroco e ArcadismoAvançar


12. Cefet-RJ“Lira I (1ª parte)Eu, Marília, não soualgum vaqueiro,que viva de guardaralheio gado,de tosco trato, deexpressões grosseiro,dos frios gelos e dos sóisqueimado.tenho próprio casal enele assisto;dá-me vinho, legume,frutas, azeite;das brancas ovelhinhastiro o leite,e mais as finas lãs, deque me visto.Graças, Maríliabela,Graças à minhaestrela.”GONZAGA, Tomás Antonio. Marília de Dirceu. In: NICOLA,José de. Literatura brasileira: das origens aos nossos dias. São Paulo: Scipione, 1999.p. 116.“O Arcadismo, Setecentismo ou Neoclassicismo é o período que caracteriza principalmente asegunda metade do século XVIII, tingindo as artes de uma nova tonalidade burguesa.”NICOLA, José de. Literatura brasileira: das origensaos nossos dias. São Paulo: Scipione, 1999.p. 106.5Assinale a alternativa que não caracteriza este período literário.a) Os modelos seguidos são os clássicos greco-latinos e os renascentistas, embora a mitologiapagã não venha a construir-se como elemento estético.b) Os árcades, inspirados na frase de Horácio, fugere urbem (“fugir da cidade”), voltamsepara a natureza em busca de uma nova vida simples, bucólica, pastoril.c) O fingimento poético justifica-se pela contradição entre a realidade do progresso urbanoe o mundo bucólico idealizado pelos árcades.d) O uso de pseudônimos pastoris transparece: o pobre pastor Dirceu é o <strong>Dr</strong>. TomásAntonio Gonzaga.e) O carpe diem (“gozar o dia”) horaciano, que consiste no princípio de viver o presente,é uma postura típica também dos árcades.GABARITOIMPRIMIR13. U.F. Santa Maria-RS A respeito da poesia de Gregório de Matos, assinale a alternativaincorreta.a) Tematiza motivos de Minas Gerais, onde o poeta viveu.b) A lírica religiosa apresenta culpa pelo pecado cometido.c) As composições satíricas atacam governantes da colônia.d) O lirismo amoroso é marcado por sensível carga erótica.e) Apresenta uma divisão entre prazeres terrenos e salvação eterna.14. UFRS Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo sobre os doisgrandes nomes do barroco brasileiro.( ) A obra poética de Gregório de Matos oscila entre os valores transcendentais e osvalores mundanos, exemplificando as tensões do seu tempo.( ) Os sermões do Padre <strong>Vieira</strong> caracterizam-se por uma construção de imagens desdobradasem numerosos exemplos que visam a enfatizar o conteúdo da pregação.( ) Gregório de Matos e o Padre <strong>Vieira</strong>, em seus poemas e sermões, mostram exacerbadossentimentos patrióticos expressos em linguagem barroca.( ) A produção satírica de Gregório de Matos e o tom dos sermões do Padre <strong>Vieira</strong>representam duas faces da alma barroca no Brasil.( ) O poeta e o pregador alertam os contemporâneos para o desvio operado pela retóricaretumbante e vazia.A seqüência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:a) V – F – F – F – F. d) F – F – V – V – V.b) V – V – V – V – F. e) F – F – F – V – V.c) V – V – F – V – F.VoltarLíngua Portuguesa - Humanismo, Quinhentismo, Barroco e ArcadismoAvançar


15. UNICAMP-SP Leia agora as seguintes estrofes, que se encontram em passagens diversasde A farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente:“Inês:Andar! Pero Marques seja!Quero tomar por esposoquem se tenha por ditosode cada vez que me veja.Por usar de siso mero,asno que leve quero,e não cavalo folão;antes lebre que leão,antes lavrador que Nero.Pero:I onde quiserdes irvinde quando quiserdes vir,estai quando quiserdes estar.Com que podeis vós folgarque eu não deva consentir?”(nota: folão, no caso, significa “bravo”, “fogoso”)6a) A fala de Inês ocorre no momento em que aceita casar-se com Pero Marques, após omalogrado matrimônio com o escudeiro. Há um trecho nessa fala que se relacionaliteralmente com o final da peça. Que trecho é esse? Qual é o pormenor da cena finalda peça que ele está antecipando?b) A fala de Pero, dirigida a Inês, revela uma atitude contrária a uma característica atribuídaao seu primeiro marido. Qual é essa característica?c) Considerando o desfecho dos dois casamentos de Inês, explique por que essa peça deGil Vicente pode ser considerada uma sátira moral.GABARITO16. F.I. Viória-ES –“Ah! Peixes, quantas invejas vos tenho a essa natural irregularidade!...A vossa bruteza é melhor que o meu alvedrio. Eu falo, mas vós não ofendeis a Deus comas palavras; eu lembro-me, mas vós não ofendeis a Deus com a memória; eu discordo,mas vós não ofendeis a Deus com o entendimento; eu quero, mas vós não ofendeis aDeus com a vontade”.O fragmento é próprio do estilo:a) medieval, por sua religiosidade;b) clássico-renascentista, pelas comparações;c) barroco, pelo conceitismo e cultismos;d) árcade, pelo bucolismo;e) romântico, pelo sentimentalismo.Instrução: As questões de números 16 e 17 referem-se a Os Lusíadas, de Camões.IMPRIMIR17. UFRS Assinale a alternativa correta.No canto I, na passagem que narra o concílio dos deuses, Júpiter:a) conclama os deuses a auxiliarem os portugueses na Ásia, como recompensa pelosásperos perigos da viagem;b) encontra acolhida a suas palavras entre os deuses maiores e menores;c) reconhece a grandeza do povo lusitano, que enfrenta o mar desconhecido em frágeisembarcações;d) aceita as justificativas de Baco para impedir a chegada dos navegadores portugueses àÍndia.e) mostra dúvidas quanto à possibilidade de que os feitos do povo lusitano venham asuplantar a glória dos gregos e romanos.VoltarLíngua Portuguesa - Humanismo, Quinhentismo, Barroco e ArcadismoAvançar


18. UFRS Assinale a alternativa incorreta.No canto V de Os Lusíadas,a) Adamastor representa os perigos enfrentados pelos navegadores lusitanos na travessiado oceano Atlântico para o oceano Índico;b) os portugueses assistem à transformação do gigante Adamastor em penedo quandotentam ultrapassar a parte mais meridional da África;c) apesar das ameaças do gigante, os navegantes prosseguem, esperando ardentementeque os perigos e castigos profetizados sejam afastados;d) a nuvem negra que se desfaz, antes associada ao Cabo das Tormentas, abre novasesperanças em relação aos objetivos da viagem;e) a voz de “tom horrendo e grosso” do gigante Adamastor, ao dar lugar a um “medonhochoro”, deixa ver aos navegadores que o perigo já foi afastado.719. U.E. Ponta Grossa-PR O termo Barroco denominou manifestações artísticas dos anos1600 e início dos anos 1700. Além da literatura, estende-se à música, pintura, escultura earquitetura da época. Entre as vozes do Barroco brasileiro figuram:01. Cláudio Manuel da Costa 08. Tomás Antônio Gonzaga02. Gregório de Matos 16. Padre Antônio <strong>Vieira</strong>04. Manuel Botelho de OliveiraDê, como resposta, a soma das alternativas corretas.20. F.M. Itajubá-MG Na fase quase inicial de nossa literatura, uma nova tendência, detraços bem definidos, fazendo ressaltar ..............., bem como aspirações religiosas, e quese convencionou chamar de ..............., tem como representante maior no Brasil o poetabaiano ............... . Marque a opção que preenche adequadamente o enunciado.a) Sonhos – Romantismo – Bento Teixeira.b) Figuras – Dadaísmo – Emiliano Perneta.c) Contraste – Barroco – Gregório de Matos.d) Silepses – Parnasianismo – Castro Alves.e) A métrica – Concretismo – Caetano Veloso.GABARITOIMPRIMIR21. F.M. Triângulo Mineiro-MG Sobre Gregório de Matos, é correto afirmar que:a) se insere no Arcadismo brasileiro, ao qual imprimiu características barrocas, por serum poeta de transição;b) pertenceu ao Barroco brasileiro e tematizou, sobretudo, a natureza mineira;c) pertenceu ao Barroco brasileiro e sua veia crítica valeu-lhe a alcunha de “Boca doInferno”;d) se insere no Barroco brasileiro e sua produção literária abrange, basicamente, textosem prosa;e) narra, nos seus poemas de contestação social, episódios da Inconfidência Mineira, daqual participou.22. U.F. Santa Maria-RS O poema épico O Uraguai, de Basílio da Gama, é uma:a) composição que narra as lutas dos índios de Sete Povos das Missões, no Uruguai,contra o exército espanhol, sediado lá para pôr em prática o Tratado de Madri;b) das obras mais importantes do Arcadismo no Brasil, pois foi a precursora das ObrasPoéticas de Cláudio Manuel da Costa;c) exaltação à terra brasileira, que o poeta compara ao paraíso, o que pode ser comprovadonas descrições, principalmente do Ceará e da Bahia;d) crítica a Diogo Álvares Correia, misto de missionário e colono português, que comandaum dos maiores extermínios de índios da história;e) exaltação à índia Lindóia, que morre após Diogo Álvares decidir-se por Moema, queajudava os espanhóis na luta contra os índios.VoltarLíngua Portuguesa - Humanismo, Quinhentismo, Barroco e ArcadismoAvançar


23. UFMG Leia o poema de Gregório de Matos.“Triste Bahia! Oh quão dessemelhanteEstás, e estou do nosso antigo estado!Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,Rica te vi eu já, tu a mi abundante.A ti trocou-te a máquina mercante,Que em tua larga barra tem entrado,A mim foi-me trocando, e tem trocadoTanto negócio, e tanto negociante.Deste em dar tanto açúcar excelentePelas drogas inúteis, que abelhudaSimples aceitas do sagaz Brichote.Oh se quisera Deus, que de repenteUm dia amanheceras tão sisudaQue fora de algodão o teu capote!”8Com base nessa leitura, é incorreto afirmar que:a) o eu poético, no poema, mantém-se distanciado do objeto criticado;b) o poema compara o presente e o passado da cidade;c) o futuro desejado revela, no poema, a presença de uma voz moralizadora;d) o poema faz referência ao contexto da época.24. FUVEST-SP Em Os Lusíadas, as falas de Inês de Castro e do Velho do Restelo têm em comuma) a ausência de elementos de mitologia da Antigüidade clássica.b) a presença de recursos expressivos de natureza oratória.c) a manifestação de apego a Portugal, cujo território essas personagens se recusavam aabandonar.d) a condenação enfática do heroísmo guerreiro e conquistador.e) o emprego de uma linguagem simples e direta, que se contrapõe à solenidade do poemaépico.25. UFRS Leia o soneto abaixo, de Luís de Camões.GABARITOIMPRIMIR“Um mover de olhos, brando e piedoso,sem ver de quê; um riso brando e honesto,quase forçado, um doce e humilde gesto,de qualquer alegria duvidoso;um despejo quieto e vergonhoso;um desejo gravíssimo e modesto;uma pura bondade manifestoindício da alma, limpo e gracioso;um encolhido ousar, uma brandura;um medo sem ter culpa, um ar sereno;um longo e obediente sofrimento:Esta foi a celeste formosurada minha Circe, e o mágico venenoque pôde transformar meu pensamento.”Em relação ao poema acima, considere as seguintes afirmações.I. O poeta elabora um modelo de mulher perfeita e superior, idealizando a figura feminina.II. O poeta não se deixa seduzir pela beleza feminina, assumindo uma atitude de insensibilidade.III. O poeta sugere o desejo erótico ao referir a figura mitológica de Circe.Quais estão corretas?a) Apenas I. b) Apenas III. c) Apenas I e II. d) Apenas I e III e) I, II e III.VoltarLíngua Portuguesa - Humanismo, Quinhentismo, Barroco e ArcadismoAvançar


26. U.E. Maringá-PR Assinale o que for correto em relação aos poemas, ao autor e à suaobra.1) “A uma freira, que satirizando a delgada fisionomia do poeta lhe chamou “Pica-flor”9DécimaSe Pica-flor me chamais,Pica-flor aceito ser,mas resta saber,se no nome que me dais,meteis a flor, que guardaisno passarinho melhor!Se me dais este favor,Sendo só de mim o Pica,e o mais vosso, claro fica,que fico então Pica-flor.Vocabulário:pica-flor – beija-flor, passarinho.décima – composição poética de 10 versos.2) Aos Senhores Governadores do Mundo em Seco da Cidade da Bahia, e seus CostumesGABARITOA cada canto um grande conselheiro,que nos quer governar cabana e vinha:não sabem governar sua cozinha,e querem governar o mundo inteiro!Em cada porta um bem freqüente olheiroda vida do vizinho e da vizinha,pesquisa, escuta, espreita e esquadrinhapara a levar à praça e ao terreiroMuitos mulatos desavergonhados,trazendo pelos pés os homens nobres:posta nas palmas toda a picardia.Estupendas usuras nos mercados:todos os que não furtam, muito pobres:eis aqui a cidade da Bahia.”Vocabulário:vinha – terreno plantando de videiras (uvas).picardia – velhacaria, patifaria.usura – juro de capital, juro excessivo.MATOS GUERRA, Gregório de.In: MEGALE, Heitor e MATSUOKA, Marilena. s. 4. ed. São Paulo. Nacional, 1977, p. 179-80.IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Humanismo, Quinhentismo, Barroco e ArcadismoAvançar


10GABARITO01. Os dois poemas pertencem à poesia cultista cultivada por Gregório de Matos Guerra.Neles, notam-se as seguintes características do Cultismo: a) linguagem rebuscada,culta, extravagante; b) valorização de pormenores (detalhes) mediante jogos de palavras.Tais características tornam-se evidentes no jogo poético realizado com o termo“Pica-flor”, no primeiro poema, e na utilização de palavras rebuscadas e extravagantesque caracterizam o segundo poema.02. Os dois poemas pertencem, respectivamente, às poesias religiosa e lírica cultivadaspor Gregório de Matos Guerra. No primeiro, notam-se as seguintes características:a) o gosto por jogos de palavras; b) a tentativa de conciliar pólos opostosda experiência humana (o sagrado e o profano); c) a tensão entre o teocentrismoe o antropocentrismo. No segundo, notam-se os seguintes recursos: a) aênfase no uso do verso decassílabo para a composição de sonetos; b) a fortepresença do paradoxo e do oxímoro, usados para expressar a tensa harmonia deaspectos contrários da vida humana; c) a técnica da disseminação e recolha, característicado Barroco.04. Os dois poemas pertencem à poesia satírica cultivada por Gregório de Matos Guerra.No primeiro, há um jogo poético com o termo “Pica-flor”, que ganha o sentido deum convite erótico claramente profano, já que é dirigido a uma freira. No segundo, adescrição dos tipos humanos e dos costumes que caracterizam a cidade da Bahiarevela a ironia do poeta para com uma sociedade marcada pela incompetência dosgovernantes, pela prática cotidiana da fofoca e da bisbilhotice, pela desonestidade epela prática generalizada do roubo no comércio.08. Os dois poemas pertencem, respectivamente, às poesias religiosa e satírica cultivadaspor Gregório de Matos Guerra. No primeiro, há um jogo poético com o termo“Pica-flor” que marca a harmonia do relacionamento estabelecido entre o poeta (representantedo mundo profano) e a freira (representante do mundo sagrado). Nosegundo, há uma crítica ácida aos tipos humanos e aos costumes que caracterizam acidade da Bahia: incompetência das autoridades, gosto pela maledicência, corrupçãoe roubo generalizados.16. No primeiro poema, ocorrem elisões nos versos 2, 9 e 10. Tais elisões fazem que opoema apresente versos isométricos, caracterizados pelo uso da redondilha maior(verso de 7 sílabas poéticas). A estrutura de rimas apresentada pelo poema é abbaccdde,estrutura comumente utilizada na composição da décima. As principais figurasde linguagem presentes no poema são a metáfora e a ironia, evidentes, sobretudo,no conjunto formado pelos versos 3, 4, 5 e 6.32. No primeiro poema, ocorre elisão apenas no verso 2. Isso faz que o poema apresenteversos heterométricos, que variam entre a redondilha maior (7 sílabas poéticas) e overso de 8 sílabas poéticas. A estrutura de rimas apresentada pelo poema é abbaabbddb,estrutura característica da décima. As principais figuras de linguagem presentesno poema são a metonímia e a ironia, evidentes, sobretudo, no conjunto formadopelos versos 3, 4, 5 e 6.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.27. U.F. Santa Maria-RS“As águas são muitas, infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-ánela tudo; por causa das águas que tem! Contudo, o melhor fruto que dela se pode tirar parecemeque será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela devealcançar.”IMPRIMIRVisões otimistas sobre as potencialidades da natureza e dos indivíduos, a exemplo do quese verifica no trecho transcrito, são comuns durante o período colonial. Assinale a alternativaque identifica os textos que transmitiam esse tipo de mensagem.a) Biografias de santos.b) Sermões eucarísticos.c) Ficção regionalista.d) Literatura informativa.e) Gênero lírico.VoltarLíngua Portuguesa - Humanismo, Quinhentismo, Barroco e ArcadismoAvançar


28. FUVEST-SP Considere as seguintes afirmações sobre a fala do velho do Restelo, em OsLusíadas:I. No seu teor de crítica às navegações e conquistas, encontra-se refletida e sintetizadaa experiência das perdas que causaram, experiência esta já acumulada na época emque o poema foi escrito.II. As críticas aí dirigidas às grandes navegações e às conquistas são relativizadas pelopouco crédito atribuído a seu emissor, já velho e com um “saber só de experiênciafeito”.III. A condenação enfática que aí se faz à empresa das navegações e conquistas revelaque Camões teve duas atitudes em relação a ela: tanto criticou o feito quanto oexaltou.Está correto apenas o que se afirma ema) I. b) II. c) III. d) I e II. e) I e III.29. U.F. Santa Maria-RS Observe a charge de Chico Caruso:11– Espelho meu, existe alguém mais ACM do que eu?Veja, 24 de maio de 2000.GABARITOIMPRIMIRA crítica a personagens baianas com influência nos meios políticos pode também seridentificada na poesia satírica de:a) Padre José de Anchieta.b) Tomás Antonio Gonzaga. d) Gregório de Matos Guerra.c) Cláudio Manuel da Costa. e) Bento Teixeira Pinto.30. U.F. Santa Maria-RS O Quinhentismo, enquanto manifestação literária, pode ser definidocomo uma época em que:I. não se pode falar, ainda, na existência de uma literatura brasileira, pois a culturaportuguesa estabelecia as formas de pensamento e expressão para os escritores nacolônia;II. se pode falar na existência de uma literatura brasileira porque, ao descreverem oBrasil, os textos mostram um forte instinto de nacionalidade, na medida em que todosos escritores eram nativos da terra;III. a produção escrita se prende à descrição da terra e do índio ou a textos escritos pelosjesuítas, ou seja, uma produção informativa e doutrinária.Está(ão) correta(s):a) Apenas I. d) Apenas II e III.b) Apenas II. e) Apenas III.c) Apenas I e III.VoltarLíngua Portuguesa - Humanismo, Quinhentismo, Barroco e ArcadismoAvançar


31. PUC-SP“Tu, só tu, puro amor, com força cruaQue os corações humanos tanto obriga,Deste causa à molesta morte sua,Como se fora pérfida inimiga.Se dizem fero Amor, que a sede tuaNem com lágrimas tristes se mitiga,É porque queres, áspero e tirano,Tuas aras banhar em sangue humano.Estavas, linda Inês, posta em sossego,De teus anos colhendo doce fruito,Naquele engano da alma ledo e cego,Que a fortuna não deixa durar muito,Nos saudosos campos do Mondego,De teus fermosos olhos nunca enxuito,Aos montes ensinando e às ervinhas,O nome que no peito escrito tinhas.”12Os Lusíadas, obra de Camões, exemplificam o gênero épico na poesia portuguesa. Entretanto,oferecem momentos em que o lirismo se expande, humanizando os versos. Oepisódio de Inês de Castro, do qual o trecho acima faz parte, é considerado o ponto altodo lirismo camoniano inserido em sua narrativa épica. Desse episódio, como um todo,pode afirmar-se que seu núcleo centrala) personifica e exalta o Amor, mais forte que as conveniências e causa da tragédia de Inês.b) celebra os amores secretos de Inês e de D. Pedro e o casamento solene e festivo de ambos.c) tem como tema básico a vida simples de Inês de Castro, legítima herdeira do trono dePortugal.d) retrata a beleza de Inês, posta em sossego, ensinando aos montes o nome que no peitoescrito tinha.e) relata em versos livres a paixão de Inês pela natureza e pelos filhos e sua elevação aotrono português.32. UFRS Leia o texto abaixo, extraído da Carta de Pero Vaz de Caminha.GABARITOIMPRIMIR“O Capitão, quando eles vieram, estava sentado em uma cadeira, bem vestido, com um colar deouro mui grande ao pescoço, e aos pés uma alcatifa* por estrado. (...) Entraram. Mas não fizeram sinalde cortesia, nem de falar ao Capitão nem a ninguém. Porém um deles pôs olho no colar do Capitão, ecomeçou de acenar com a mão para a terra e depois para o colar, como que nos dizendo que ali haviaouro. (...) Viu um deles umas contas de rosário, brancas; acenou que lhas dessem, folgou muito comelas, e lançou-as ao pescoço. Depois tirou-as e enrolou-as no braço e acenava para a terra e de novopara as contas e para o colar do capitão, como dizendo que dariam ouro por aquilo.”Vocabulário: *alcatifa – tapete.Considere as seguintes afirmações sobre o texto.I. As palavras de Caminha evidenciam o confronto entre civilização e barbárie vivenciadopelos portugueses na chegada ao Brasil.II. A interpretação que o escrivão dá aos gestos do índio em relação ao colar do Capitãocorrobora a intenção dos portugueses em explorar as possíveis jazidas de ouro daterra recém descoberta.III. No trecho selecionado, Caminha sugere uma prática que viria a se tornar corrente nasrelações entre portugueses e selvícolas: o escambo (a permuta) de produtos da terrapor artigos manufaturados europeus.Quais estão corretas:a) Apenas I. d) Apenas II e III.b) Apenas II. e) I, II e III.c) Apenas I e II.VoltarLíngua Portuguesa - Humanismo, Quinhentismo, Barroco e ArcadismoAvançar


33. U.E. Londrina-PR Leia os fragmentos a seguir e assinale o que for correto.1) “Águas são muitas; infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-seánela tudo, por bem das águas que tem. Porém, o melhor fruto que dela se pode tirar me pareceque será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela develançar. E que não houvesse mais que ter aqui esta pousada para esta navegação de Calecute, issobastaria. Quanto mais disposição para se nela cumprir e fazer o que Vossa Alteza tanto deseja, asaber, acrescentamento da nossa santa fé.”13Vocabulário:infindo – infinito, muito grande, muito numeroso.pousada – local onde se descansa durante uma viagem.Calecute – primeira cidade da Índia em que desembarcou Vasco da Gama, na sua viagem dedescobrimento do caminho marítimo da Índia, em 1498.acrescentamento – aumento, adição, acréscimo.A Carta de Pero Vaz de Caminha. In: TUFANO, Douglas. Estudos de Língua e Literatura. 5. ed. São Paulo, Moderna, 1998.GABARITO2) “À Santa InêsCordeirinha linda,Como folga o povoPorque vossa vindaLhe dá lume novo!Cordeirinha santa,De Jesus querida,Vossa santa vindaO diabo espanta.Por isso vos canta,Com prazer, o povo,Porque vossa vindaLhe dá lume novo.”Vocabulário:folgar: alegrar.lume: luz, orientação.ANCHIETA, José de. Poesia. In: TUFANO, Douglas. Estudos de Língua e Literatura. 5. ed. São Paulo, Moderna, 1998.IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Humanismo, Quinhentismo, Barroco e ArcadismoAvançar


1401. Os dois fragmentos pertencem à chamada literatura informativa que representa oBrasil do século XVI. Caracterizam esses fragmentos: 1) a beleza da nova terra descoberta;2) a necessidade de revigorar a fé cristã do povo que aqui habitava. Taiscaracterísticas esclarecem os objetivos dos primeiros colonizadores portugueses: usufruirdas riquezas e, ao mesmo tempo, catequizar os índios.02. Os dois fragmentos pertencem à literatura informativa e jesuítica do Brasil do séculoXVI. No primeiro excerto, Pero Vaz de Caminha nos permite perceber as expectativasdos portugueses com relação ao Brasil (“dar-se-á nela tudo, por bem das águasque tem”). No segundo excerto, José de Anchieta exalta a figura de Santa Inês eincentiva o povo a praticar a fé religiosa cristã (“Cordeirinha linda, / como folga opovo / porque vossa vinda / lhe dá lume novo”). Evidenciam-se, portanto, as informaçõesque a Coroa Portuguesa desejava obter, confirmando, desse modo, as reaisintenções de expansão do comércio, de conquista de novas fontes de riquezas e detrabalho escravo.04. Nos dois excertos, evidenciam-se as primeiras manifestações literárias do Brasil-Colônia, denominado “ciclo dos descobrimentos”, compreendido por um conjuntode obras cujo objetivo era divulgar os descobrimentos marítimos e terrestres, a conquistae a colonização dos territórios ultramarinos, a vida no mar e as conseqüênciasmorais e políticas desses fatos.08. Nos dois excertos, fica muito evidente o objetivo maior do expansionismo marítimode Portugal e da Espanha: “dilatar a fé e o império”. No primeiro, a terrabrasileira confrontada com a paisagem desoladora da África, já conhecida dosportugueses, mais parecia um paraíso intacto (“Águas são muitas; infindas. Eem tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, porbem das águas que tem”). No segundo, a cruz do cristianismo e a preocupaçãoem “dilatar a fé” escondem objetivos mercantilistas e expansionistas da coroaportuguesa.16. Nos dois excertos, o primeiro escrito por Pero Vaz de Caminha e o segundo peloPadre José de Anchieta, confirmam-se as afirmações dos historiadores: nos primórdiosdo século XVI, não se pode falar em literatura no Brasil. O que existiaeram relatos de viagem (de escasso valor literário), informando sobre a natureza, oíndio, documentando o processo de conquista e colonização; as obras dos jesuítasaparecem, paralelamente às obras dos cronistas e viajantes, igualmente ricas deinformações, mas acrescidas de um dado novo: a intenção pedagógica, moral ecristã.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.34. FGV-SP Leia o texto abaixo e as afirmações que a ele se seguem.GABARITOIMPRIMIR“Que falta nessa cidade? Verdade.Que mais por sua desonra? Honra.Falta mais que se lhe ponha? Vergonha.O demo a viver se exponha,Por mais que a fama a exalta,Numa cidade onde faltaVerdade, honra, vergonha.”MATOS, Gregório de. Os melhores poemas de Gregório de Matos Guerra. Rio de Janeiro: Record, 1990.O poemaI. mantém uma estrutura formal e rítmica regular.II. enfatiza as idéias opostas.III. emprega a ordem direta.IV. refere-se à cidade de São Paulo.V. emprega a gradação.Então, pode-se dizer que são verdadeirasa) apenas I, II, IV. d) apenas I, IV, V.b) apenas I, II, V. e) todas.c) apenas I, III, V.VoltarLíngua Portuguesa - Humanismo, Quinhentismo, Barroco e ArcadismoAvançar


35. U.F. Santa Maria-RS Autor de Obras Poéticas, apresenta, em suas composições, motivosárcades. Assinale a alternativa que identifica esse autor, associando, corretamente,seu nome à característica presente nessa obra.a) Cláudio Manuel da Costa – desencanto e brevidade do amor.b) Basílio da Gama – preocupação com feito histórico.c) Tomás Antônio Gonzaga – celebração da natureza.d) Basílio da Gama – inspiração religiosa.e) Tomás Antônio Gonzaga – celebração da amada.36. U.F. Santa Maria-RS Leia o texto a seguir.15“Eles não usam barba, elas têm cabelos compridos e tranças. Esguios, alimentados a peixemoqueado com biju, mingau de amendoim e frutas. Falam baixo, dormem cedo e só têm umaconversa: índio. É a tribo dos brancos composta de cientistas sociais, médicos, pedagogos, enfermeiras,biólogas e engenheiros agrônomos, vindos de diversas regiões brasileiras. Boa parte daengenhosa engenharia social e cultural que mantém o Parque do Xingu funcionando em harmoniase deve ao trabalho desses especialistas.O foco agora é preparar os índios para o inevitável confronto com a civilização que um diaocorrerá. As cidadezinhas vizinhas do parque vão transformar-se em municípios de porte médio, aurbanização baterá às portas da reserva. Os moradores do parque, cada vez mais, dependerão deprodutos fabricados pelo branco. Em todos os momentos da humanidade, sempre que o choqueocorreu, o mais forte sobrepujou o mais fraco. Quase sempre de forma violenta. Neste canto doBrasil, um punhado de brancos está conseguindo driblar essa inevitabilidade. Procuram transformaro abraço sufocante em um caminhar de mãos dadas de culturas tão diferentes.”FERRAZ, Silvio. Do Xingu. In: Veja, 30 de junho de 1999.Relacione o texto com a carta de Pero Vaz de Caminha e indique se são verdadeiras (V) ou falsas(F) as seguintes afirmativas quanto à preocupação do homem branco em relação ao índio:( ) O texto tem o mesmo objetivo da carta, pois ambos destacam, várias vezes, que orei de Portugal deveria cuidar da salvação dos índios.( ) O texto tem o mesmo objetivo que a carta de Caminha, na medida em que tanto a“tribo de brancos” quanto o escrivão da esquadra de Cabral mostram preocupaçãocom os índios do Xingu.( ) O texto não tem o mesmo objetivo da carta pois Caminha, ao destacar que o reideveria cuidar da salvação dos índios, usa “salvação” no sentido religioso, de convertero índio à fé católica, ou seja, no sentido de salvação da alma.A seqüência correta é:a) F – F – V. b) V – V – F. c) F – V – F. d) V – F – V. e) F – V – V.GABARITOIMPRIMIRLeia o seguinte fragmento do “Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra asde Holanda”, do Padre Antonio <strong>Vieira</strong>, para responder às questões 128 e 129:“Enfim, Senhor, despojados os templos e derrubados os altares, acabar-se-á no Brasil a cristandadecatólica; acabar-se-á o culto divino, nascerá erva nas igrejas, como nos campos; não haveráquem entre nelas. Passará um dia de Natal, e não haverá memória de vosso nascimento; passaráa Quaresma e a Semana Santa, e não se celebrarão os mistérios de vossa Paixão. Chorarão aspedras das ruas como diz Jeremias que chorava as de Jerusalém destruída: chorarão as ruas deSião, porque não há quem venha à solenidade. Ver-se-ão ermas e solitárias, e que as não pisa adevoção dos fiéis, como costumava em semelhantes dias.”37. U.F. Santa Maria-RS O texto relaciona-se à invasão holandesa no Brasil, em 1640;nele, o orador:a) considera os holandeses hereges e violentos com aqueles que não fossem seus compatriotas;b) dirige-se a Deus e prevê o esvaziamento da religião católica, caso o Brasil fosse entregueaos holandeses;c) pede a Deus que evite a invasão de ervas nos templos, a fim de preservar o patrimônioda Igreja;d) é um profeta e previu o que realmente aconteceria com a religião católica no Brasil,quase três séculos depois;e) dirige-se ao rei de Portugal, a fim de salvar o país da invasão holandesa, que já começavaa destruir as igrejas da cidade.VoltarLíngua Portuguesa - Humanismo, Quinhentismo, Barroco e ArcadismoAvançar


38. U.F. Santa Maria-RS Padre Antonio <strong>Vieira</strong>, ao afirmar que “Chorarão as pedras dasruas”, utiliza uma:a) ironia. d) onomatopéia.b) antítese. e) prosopopéia.c) gradação.16GABARITOIMPRIMIR39. U.E. Londrina-PR O Barroco manifesta-se entre os séculos XVI e XVII, momento emque os ideais da Reforma entram em confronto com a Contra-Reforma católica, ocasionandono plano das artes uma difícil conciliação entre o teocentrismo e o antropocentrismo.A alternativa que contém os versos que melhor expressam este conflito é:a) Um paiá de Monal, bonzo bramá,Primaz da Cafraria do Pegu,Que sem ser do Pequim, por ser do Açu,Quer ser filho do sol, nascendo cá.(Gregório de Matos)b) Temerária, soberba, confiada,Por altiva, por densa, por lustrosa,A exaltação, a névoa, a mariposa,Sobe ao sol, cobre o dia, a luz lhe enfada.(Botelho de Oliveira)c) Fábio, que pouco entendes de finezas!Quem faz só o que pode a pouco obriga:Quem contra os impossíveis se afadiga,A esse cede amor em mil ternezas.(Gregório de Matos)d) Luzes qual sol entre astros brilhadores,Se bem rei mais propício, e mais amado;Que ele estrelas desterra em régio estado,Em régio estado não desterras flores.(Botelho de Oliveira)e) Pequei Senhor; mas não porque hei pecado,Da vossa alta clemência me despido;Porque quanto mais tenho delinqüido,Vos tenho a perdoar mais empenhado.(Gregório de Matos)40. UFRS Assinale a afirmativa incorreta em relação à obra O Uraguai, de Basílio da Gama.a) O poema narra a expedição de Gomes Freire de Andrada, Governador do Rio de Janeiro,às missões jesuíticas espanholas da banda oriental do rio Uruguai.b) O Uraguai segue os padrões estéticos dos poemas épicos da tradição ocidental, comoa Odisséia, a Eneida e Os Lusíadas.c) Basílio da Gama expressa uma visão européia em relação aos indígenas, acentuandoseu caráter bárbaro, incapaz de sentimentos nobres e humanitários.d) Nas figuras de Cacambo e Sepé Tiaraju está representado o povo autóctone que defendeo solo natal.e) Lindóia, única figura feminina do poema, morre de amor após o desaparecimento deseu amado Cacambo.VoltarLíngua Portuguesa - Humanismo, Quinhentismo, Barroco e ArcadismoAvançar


Texto para responder às questões 41 e 42:“Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,Depois da Lua se segue a noite escura,Em tristes sombras morre a formosura,Em contínuas tristezas a alegria.Porém, se acaba o Sol, por que nascia?Se é tão formosa a Luz, por que não dura?Como a beleza assim se transfigura?Como o gosto da pena assim se fia?Mas no Sol, e na Luz falte a firmeza,Na formosura não se dê constância,E na alegria sinta-se tristeza.17GABARITOIMPRIMIRComeça o mundo enfim pela ignorância,E tem qualquer dos bens por naturezaA firmeza somente na inconstância.”Gregório de Matos.41. CEETPS-SP Sobre as características barrocas desse soneto, considere as afirmaçõesabaixo:I. Há nele um jogo simétrico de contrastes, expresso por pares antagônicos como Sol/Lua, dia/noite, luz/sombra, tristeza/alegria, etc., que compõem a figura da antítese.II. Esse é um soneto oitocentista, que cumpre os padrões da forma fixa, que são:rimas ricas, interpoladas nas quadras (“A-B-A-B”) e alternadas nos tercetos (“A-B-B-A”).III. O tema do eterno combate entre elementos mundanos e forças sagradas é indicado,ali, por “ignorância do mundo” e “qualquer dos bens”, por um lado, e por “constância”,“alegria” e “firmeza”, de outro.A respeito de tais afirmações, deve-se dizer que:a) somente I está correta.b) somente II está correta.c) somente III está correta.d) somente I e III estão corretas.e) todas estão corretas.42. CEETPS-SP Assinale a alternativa que aponta a afirmação correta a partir do que se lêno texto.a) O texto afirma que a alegria é encontrada em contínuas tristezas, devido ao desapontamentosentido pelo poeta, diante do curso seguido pelas forças naturais, tais como ofindar do dia e o início da noite.b) O alternar de dias e noites serve de expressão a um estranho desejo do poeta de que, natristeza, se desfrutem as alegrias e, nas sombras da noite, a formosura do dia.c) O tema central do soneto de Gregório de Matos revela-se em sua última estrofe, epode ser definido como uma reflexão acerca da transitoriedade dos bens do mundo,cuja última firmeza é a inconstância.d) O poema focaliza e acentua a ignorância do ser humano que, ao vivenciar aalegria, não sabe retê-la, preferindo, como o Sol, esconder-se nos próprios sofrimentos.e) O poema toca também na questão da inocência, pois, ao falar do mundo que se iniciapela ignorância, está fazendo referência à pureza primordial da infância, que se opõeà degradação dos bens materiais.VoltarLíngua Portuguesa - Humanismo, Quinhentismo, Barroco e ArcadismoAvançar


O texto abaixo refere-se às questões de 43 a 48. Trata-se de um sermão do quinto domingoda Quaresma, do Padre Antônio <strong>Vieira</strong>:18“Como estamos na corte, onde das casas dos pequenos não se faz caso, nem têm nome decasas, busquemos esta fé em alguma casa grande e dos grandes. Deus me guie.(…) Entremos e vamos examinando o que virmos, parte por parte. Primeiro que tudo vejo cavalos,liteiras e coches; vejo criados de diversos calibres, uns com libré, outros sem ela; vejo galas, vejo jóias,vejo baixelas; as paredes vejo-as cobertas de ricos tapizes; das janelas vejo ao perto jardins, e aolonge quintas; enfim, vejo todo o palácio e também o oratório; mas não vejo a fé. E por que nãoaparece a fé nesta casa: eu o direi ao dono dela. Se o que vestem os lacaios e os pajens, e os socorrosdo outro exército doméstico masculino e feminino depende do mercador que vos assiste, e noprincípio do ano lhe pagais com esperanças e no fim com desesperações, a risco de quebrar, comose há de ver a fé na vossa família? Se as galas, as jóias e as baixelas, ou no Reino, ou fora dele, foramadquiridas com tanta injustiça ou crueldade, que o ouro e a prata derretidos, e as sedas se seespremeram, haviam de verter sangue, como se há de ver a fé nessa falsa riqueza? Se as pedras damesma casa em que viveis, desde os telhados até os alicerces estão chovendo os suores dos jornaleiros,a quem não fazíeis a féria, e, se queriam ir buscar a vida a outra parte, os prendíeis e obrigáveispor força, como se há de ver a fé, nem sombra dela na vossa casa?”Vocabulário:libré: uniforme de criados de casas nobresos socorros do outro exército doméstico: a vestimenta dos outros serviçaisjornaleiros: trabalhadores que recebiam pagamento ao final do diaa quem não fazíeis a féria: a quem não concedíeis dias de folga43. FEI-SP O autor do texto, Padre <strong>Vieira</strong>, pertence à escola literária conhecida como:a) Baroco. d) Realismo.b) Trovadorismo. e) Romantismo.c) Arcadismo.44. FEI-SP Não é característica da escola literária a que Padre <strong>Vieira</strong> pertence:a) emprego freqüente de palavras que designam cores, perfumes e sensações táteis.b) uso constante da metáfora e da antítese.c) união de duas idéias contrárias em um único pensamento.d) composição de cantigas de amor e cantigas de amigo.e) utilização de muitas frases interrogativas.GABARITOIMPRIMIR45. FEI-SP Padre <strong>Vieira</strong> é freqüentemente estudado como um autor contemporâneo a:a) Luís de Camões. d) Carlos <strong>Dr</strong>ummond de Andrade.b) Gregório de Matos. e) Fernando Sabino.c) José de Alencar.46. FEI-SP O sermão pode ser definido como:a) composição em versos recitados nos palácios para divertir os nobres.b) texto curto, em que predomina o desenvolvimento de um único conflito.c) narrativa longa em que são apresentados diversos conflitos paralelos.d) soneto com versos decassílabos.e) discurso religioso cujo objetivo principal é a edificação moral dos ouvintes.47. FEI-SP Sobre o fragmento do sermão acima transcrito, é possível afirmar que:a) o autor discorre sobre a inabalável fé da corte e da nobreza.b) Padre <strong>Vieira</strong> critica o povo por não ter a fé que os nobres possuem.c) o autor conclui que não é possível encontrar a fé em uma casa onde se encontramaqueles que exploram e maltratam os homens do povo.d) o sermão é um elogio à corte pela maneira como trata os seus serviçais, dignificandoose humanizando as relações entre os nobres e o povo.e) segundo o autor, a fé não tem qualquer relação com as ações desenvolvidas peloshomens.VoltarLíngua Portuguesa - Humanismo, Quinhentismo, Barroco e ArcadismoAvançar


48. FEI-SP Verifica-se nesse fragmento a franca intenção de o autor:a) divertir a platéia.b) convencer e ensinar o seu público.c) afastar os homens da verdadeira fé cristã.d) provocar fortes emoções em seu público.e) confundir seus ouvintes.“À Ilha de Maré – Termo desta Cidade da Bahia19Aqui se cria o peixe regaladoCom tal sustância, e gosto preparado,Que sem tempero algum para apetiteFaz gostoso convite,E se pode dizer em graça raraQue a mesma natureza os temperara.……………………………………………As plantas sempre nela reverdecem,E nas folhas parecem,Desterrando do Inverno os desfavores,Esmeraldas de Abril em seus verdores,E delas por adorno apetecidoFaz a divina Flora seu vestido.As fruitas se produzem copiosas,E são tão deleitosas,Que como junto ao mar o sítio é posto,Lhes dá salgado o mar o sal do gosto.……………………………………………As laranjas da terraPoucas azedas são, antes se encerraTal doce nestes pomos,Que o têm clarificado nos seus gomos;Mas as de Portugal entre alamedasSão primas dos limões, todas azedas.Nas que chamam da ChinaGrande sabor se afina,Mais que as da Europa doces, e melhores,E têm sempre a vantagem de maiores,E nesta maioria,Como maiores são, têm mais valia.……………………………………………Tenho explicado as fruitas e legumes,Que dão a Portugal muitos ciúmes;Tenho recopiladoO que o Brasil contém para invejado,E para preferir a toda a terra,Em si perfeitos quatro AA encerra.Tem o primeiro A, nos arvoredosSempre verdes aos olhos, sempre ledos;Tem o segundo A, nos ares purosNa tempérie agradáveis e seguros;Tem o terceiro A, nas águas frias,Que refrescam o peito, e são sadias;O quarto A, no açúcar deleitoso,Que é do Mundo o regalo mais mimoso.São pois os quatro AA por singularesArvoredos, Açúcar, Águas, Ares.”OLIVEIRA, Manuel Botelho de. Música do Parnasso. Rio de Janeiro: INL, 1953. Tomo I, p. 127-135.GABARITO49. VUNESP A técnica de disseminação e recolha, característica do estilo barroco, apareceem À Ilha de Maré a partir do verso 31: consiste em alinhar palavras e descreverpoeticamente seus conceitos, para recolhê-las num só verso, no final. Um exame atentodesse procedimento no poema revela, todavia, certa assimetria entre a disseminaçãoe a recolha. Analise o procedimento na passagem mencionada e responda:a) Qual a assimetria que se observa entre o processo de disseminação e recolha utilizadopelo poeta?b) O que levou o poeta a essa solução?IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Humanismo, Quinhentismo, Barroco e ArcadismoAvançar


LÍNGUA PORTUGUESAH U M A NISM O ,Q UINH E N T ISM O ,B A R R O C O E A R C A D ISM O1GABARITOIMPRIMIR1. V – F – V – F – F2. F – F – F – V3. a4. e5. e6. F – V – F – V – F – F7. F – V – F – F8. a9. a10. F – F – V – V – V11. c12. a13. e14. c15. a) Trata-se do seguinte trecho: “asno que me leve quero”. O marido de Inês, na cena final,a leva em seus ombros para que atravesse o rio. Não sabe, mas o encontro com o ermitão,para o qual ela se encaminha, é um encontro adúltero. Pero Marques se comportacomo um asno: por servir de montaria à mulher, colaborando, ingenuamente, para sertraído por ela, e por não ter conhecimento dessa traição.b) A característica contrária à do primeiro marido é o fato de que, em sua fala, Pero Marquesdiz dar plena liberdade à esposa. Seu primeiro marido era um repressor proibindoade sair de casa até mesmo para ir a igreja.c) A Farsa de Inês Pereira é considerada uma sátira moral porque reflete, na vida privada,a decadente sociedade portuguesa. Pode-se dizer que Inês comporta-se maquiavelicamente(os fins justificam os meios), pois para conseguir uma vida folgada abandonaseus próprios ideais.16. c17. b18. e19. 1820. c21. c22. b23. a24. b25. b26. 0427. d28. e29. d30. c31. aVoltarLíngua Portuguesa - Humanismo, Quinhentismo, Barroco e ArcadismoAvançar


2GABARITO32. e33. 2434. b35. e36. a37. b38. e39. e40. c41. a42. c43. a44. d45. b46. e47. c48. b49. a) Disseminação:“Tem o primeiro A, nos arvoredos(…)Tem o segundo A, nos ares puros(…)Tem o terceiro A, nas águas frias,(…)O quarto A, no açúcar deleitoso”No momento de recolha o poeta não manteve a mesma ordem da disseminação, ou seja,retomou os elementos assimetricamente.b) Como se trata de um poema, pode-se dizer que o poeta agiu dessa forma com o intuitode preservar a rima. Ou ainda, pode-se também dizer que ele optou por seguir a seqüênciaTerra (arvoredos e açúcar) — Água — Ar.IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Humanismo, Quinhentismo, Barroco e ArcadismoAvançar


LÍNGUA PORTUGUESAR O M A NT ISM OINSTRUÇÃO: Leia atentamente o texto a seguir e julgue os itens da questão 1.“Portanto, ilustres e não ilustres representantes da crítica, não se constranjam. Censurem, piquem,ou calem-se como lhes aprouver. Não alcançarão jamais que eu escreva neste meu Brasilcousa que pareça vinda em conserva lá da outra banda, como a fruta que nos mandam em lata. (...)O povo que chupa o caju, a manga, o cambucá e a jabuticaba, pode falar uma língua com igualpronúncia e o mesmo espírito do povo que sorve o figo, a pêra, o damasco e a nêspera?”ALENCAR, José de. Benção Paterna. In: Sonhos de Ouro. São Paulo: Melhoramentos, s.d.11. UFMT( ) Envolvidos pelo ideário político da independência, Alencar e outros escritores românticosempenham-se na construção da nação brasileira, através da luta pela emancipaçãoda língua e da literatura nacionais.( ) Na história da literatura brasileira, no percurso que vai do Romantismo ao Modernismo,a bandeira da ruptura com o princípio da imitação aos clássicos é empunhadapor todas as escolas literárias.( ) No segundo parágrafo, Alencar opõe, metonimicamente, por meio das frutas, oambiente brasileiro ao ambiente europeu.( ) O texto dá a entender que a língua se adapta ao meio para onde foi levada, maisprecisamente aos órgãos fonadores e à alma do povo que fala.Texto para as questões 2 e 3.GABARITO“Não me Deixes!Debruçada nas águas dum regatoA flor dizia em vãoA corrente, onde bela se mirava...‘Ai, não me deixes, não!‘Comigo fica ou leva-me contigo‘Dos mares à amplidão,Límpido ou turvo, te amarei constante‘Mas não me deixes, não!’E a corrente passava; novas águasApós as outras vão;E a flor sempre a dizer curva na fonte:‘Ai, não me deixes, não!’E das águas que fogem incessantesÀ eterna sucessãoDizia sempre a flor, e sempre embalde:‘Ai, não me deixes, não!Por fim desfalecida e a cor murchada,Quase a lamber o chão,Buscava inda a corrente por dizer-lheQue a não deixasse, não.A corrente impiedosa a flor enleia,Leva-a do seu torrão;A afundar-se dizia a pobrezinha:‘Não me deixaste, não!’”DIAS, Gonçalves. In: MOISÉS, Massaud. A Literatura Brasileira através de textos. 21. ed. rev. e aum. São Paulo: Cultrix,1998. p. 135-6.IMPRIMIR2. F. Católica de Salvador-BA O lamento da flor representa fielmente o sentimento românticode:a) evasão no tempo;b) amor incondicional ao outro;c) supervalorização da natureza;d) exaltação do sonho, da fantasia;e) desejo de morte pelo amor não correspondido.VoltarLíngua Portuguesa - RomantismoAvançar


3. F. Católica de Salvador-BA Observa-se a inversão, como recurso estilístico, no verso:a) “A flor dizia em vão”b) “Mas não me deixes, não.”c) “E a corrente passava”d) “Dizia sempre a flor, e sempre embalde”e) “Leva-a do seu torrão”Para responder as questões 4 e 5, leia atentamente os textos abaixo:“Lira XXIINesta triste masmorra,de um semi-vivo corpo sepultura,inda, Marília, adoroa tua formosura.Amor na minha idéia te retrata;busca, extremoso, que eu assim resistaÀ dor imensa, que me cerca e mata.”Tomás Antônio Gonzaga.2“Perdoa-me, visão de meus amoresPerdoa-me, visão dos meus amores,Se a ti ergui meus olhos suspirando!...Se eu pensava num beijo desmaiandoGozar contigo uma estação de flores!De minhas faces os mortais palores,Minha febre noturna delirando,Meus ais, meus tristes ais vão revelandoQue peno e morro de amorosas dores...”Álvares de Azevedo.GABARITOIMPRIMIR4. U.F. Juiz de Fora-MG Depois de ler comparativamente os dois textos acima, assinale aalternativa inaceitável:a) Em ambos os poemas o eu sucumbe e morre em conseqüência do sofrimento amoroso.b) No poema de Gonzaga, a idéia funciona como uma tentativa racional de vencer a dor.c) No poema de Álvares de Azevedo, a razão nada pode contra o sentimentalismo exacerbado.d) Em ambos os poemas, o eu refere-se ao passado a partir da dor do presente.5. U.F. Juiz de Fora-MG Em que verso se encontra referência direta ao contexto históricobiográfico?a) “Que peno e morro de amorosas dores”.b) “À dor imensa que me cerca e mata”.c) “Nesta triste masmorra”.d) “Se a ti ergui meus olhos suspirando”.6. U.E. Ponta Grossa-PR A poesia romântica brasileira, em seus diversos momentos, apresentacomo características:01. escapismo e subjetivismo;02. naturalismo e pitoresco;04. nacionalismo e religiosidade;08. socialismo e ilogismo;16. imaginação criadora e amor à natureza.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.VoltarLíngua Portuguesa - RomantismoAvançar


Instrução: Para responder às questões 7 e 8, ler o texto que segue.“As Três Irmãs do PoetaÉ noite! As sombras correm nebulosas.Vão três pálidas virgens silenciosasAtravés da procela irriquieta.Vão três pálidas virgens... vão sombriasRindo colar um beijo as bocas frias...Na fronte cismadora do – Poeta –‘Saúde, irmão! Eu sou a Indiferença.Sou eu quem te sepulta a idéia imensa,Quem no teu nome a escuridão projeta...Fui eu que te vesti do meu sudário...,Que vais fazer tão triste e solitário?...’– ‘Eu lutarei’ – responde-lhe o Poeta.3‘Saúde, meu irmão! Eu sou a Fome.Sou eu quem o teu negro pão consome...O teu mísero pão, mísero atleta!Hoje, amanhã, depois... depois (qu’importa?)Virei sempre sentar-me à tua porta...– ‘Eu sofrerei’ – responde-lhe o Poeta.‘Saúde, meu irmão! Eu sou a Morte.Suspende em meio o hino augusto e forte.Volve ao nada! Não sentes neste enleioTeu cântico gelar-se no meu seio?!’– ‘Eu cantarei no céu’ – diz-lhe o Poeta!”GABARITOInstrução: Para responder à questão 7, analisar as afirmativas que seguem, sobre o texto.I. Mostra a estreita convivência do poeta com a indiferença, com a fome e com amorte.II. Expressa a força do poeta através de sua capacidade de superar mesmo a morte.III. Idealiza a função do poeta, uma vez que esta ultrapassa a condição humana.IV. Pertence ao movimento literário denominado Romantismo.7. PUC-RS Pela análise das afirmativas, conclui-se que está correta a alternativa:a) I e II.b) II e III.c) II e IV.d) III e IV.e) I, II, III e IV.IMPRIMIR8. PUC-RS O texto pode ser vinculado a uma tendência de expressão poética denominada:a) subjetivismo.b) ufanismo.c) nacionalismo.d) futurismo.e) condoreirismo.VoltarLíngua Portuguesa - RomantismoAvançar


Texto para a questão 9.“Leito de folhas verdesPor que tardas, Jatir, que tanto a custoÀ voz do meu amor moves teus passos?Da noite a viração, movendo as folhas,Já nos cimos do bosque rumoreja.Eu sob a copa da mangueira altivaNosso leito gentil cobri zelosaCom mimoso tapiz de folhas brandas,Onde o frouxo luar brinca entre flores.Do tamarindo a flor abriu-se, há pouco,Já solta o bagari mais doce aroma!Como prece de amor, como estas preces,No silêncio da noite o bosque exala.4Brilha a lua no céu, brilham estrelas,Correm perfumes no correr da brisa,A cujo influxo mágico respira-seUm quebranto de amor, melhor que a vida!A flor que desabrocha ao romper dalvaUm só giro do sol, não mais, vegeta:Eu sou aquela flor que espero aindaDoce raio do sol que me dê vida.Sejam vales ou montes, lago ou terra,Onde quer que tu vás, ou dia ou noite,Vai seguindo após ti meu pensamento;Outro amor nunca tive: és meu, sou tua!Meus olhos outros olhos nunca viram,Não sentiram meus lábios outros lábios,Nem outras mãos, Jatir, que não as tuasA arasóia na cinta me apertaram.GABARITODo tamarindo a flor jaz entreaberta,Já solta o bogari mais doce aroma;Também meu coração, como estas flores,Melhor perfume ao pé da noite exala!Não me escutas, Jatir! nem tardo acodesÀ voz do meu amor, que em vão te chama!Tupã! lá rompe o sol! do leito inútilA brisa da manhã sacuda as folhas!”Gonçalves Dias.IMPRIMIR9. CEETPS-SP Assinale a alternativa correta com relação ao texto.a) Principalmente pela manifestação de elementos simbólicos, tais como “luar”, “vales”,“bosque” e “perfumes”, pode-se dizer que o poema muito se aproxima da estéticasimbolista.b) O poema romântico indianista recupera as antigas cantigas de amigo medievais, paraexpressar o amor por meio da espera.c) O poema de Gonçalves Dias demonstra profunda influência renascentista, recebidaprincipalmente de Camões.d) Apesar da intensa presença da natureza, o poema em questão já se aproxima do parnasianismo,pela presença dos elementos mitológicos.e) Mesmo sendo romântico, notam-se ainda no poema, os aspectos marcantes do Arcadismo,principalmente no que diz respeito ao bucolismo.VoltarLíngua Portuguesa - RomantismoAvançar


10. UEGO Assinale V, para os itens verdadeiros, e F, para os falsos.O romance Lucíola, de José de Alencar permite entrever várias características do Romantismo:( ) Observa-se uma preocupação em não ferir o tradicionalismo e as convenções familiaresda época, realçando seus preceitos e preconceitos.( ) O amor é visto unicamente sob o aspecto da sexualidade e apresentado como umamera satisfação de instintos animais.( ) Uma das formas com que Alencar conciliou a impossibilidade de união entre osdois grupos distintos, o marginal e o burguês, foi trabalhar a dualidade, colocandona mesma mulher as imagens de virgem, de Maria da Glória e da cortesã, Lúcia.( ) O romance Lucíola ambienta-se na época do autor e retrata os costumes da sociedadecarioca do Segundo Reinado.( ) Observa-se neste romance a atitude romântica de eleger a prostituta como centro danarrativa, procurando justificar suas dores e compreendendo o tipo de vida que levava.511. Unifor-CE Nossos primeiros escritores nacionalistas – Gonçalves Dias e José de Alencarentre eles – voltaram seus olhos sobre nossas raízes históricas-culturais, buscandonelas aspectos heróicos, dignos de alta expressão literária. É o que se pode verificarquando se lêem, dos dois autores citados, respectivamente, as obras:a) Senhora e Lira dos Vinte Anos;b) Quincas Borba e Os Escravos;c) Ressurreição e O Navio Negreiro;d) O Mulato e Canção do Exílio;e) I - Juca Pirama e O Guarani.12. UFSE No período romântico brasileiro, os aspectos estéticos e os históricos ligaram-sede modo especialmente estreito e original: entre nós, o Romantismo deu expressão àconsolidação da Independência, à afirmação de uma nova Nação e à busca das raízeshistóricas e míticas de nossa cultura – características que se encontram amplamente:a) na poesia de Gonçalves de Magalhães influenciada pela de Gonçalves Dias;b) nos romances urbanos da primeira fase de Machado de Assis;c) nos romances de costumes de Joaquim Manuel de Macedo;d) na lírica confidencial de Álvares de Azevedo e de Casimiro de Abreu;e) na ficção regionalista e indianista de José de Alencar.GABARITOIMPRIMIR13. U.F. Uberlândia-MG Existem diferenças básicas entre a paisagem retratada pelos árcadese a paisagem retratada pelos românticos.Escolha a alternativa correta que define essas duas paisagens:a) A paisagem romântica é amena e monótona e a paisagem árcade é sempre graciosa efulgurante.b) A paisagem árcade é bucólica e a paisagem romântica é ainda mais bucólica, devidoaos exageros do eu-lírico.c) A paisagem romântica reflete os sentimentos do eu-lírico, enquanto a paisagem árcadeé harmoniosa, alheia ao eu-lírico.d) A paisagem árcade é mais visual enquanto a paisagem romântica só é perceptívelatravés da leitura.14. UFF-RJ Assinale o fragmento que não corresponde ao indianismo romântico:a) “As leis da cavalaria no tempo em que floresceu em Europa não excediam por certoem pundonor e brios à bizarria dos selvagens brasileiros.” (José de Alencar).b) “Não há hoje a menor razão porque desconheçamos a importância da parte indígenana população do Brasil; e menos ainda para que apaixonados declamemos contra selvagensque por direito natural defendiam a sua liberdade, independência e as terrasque ocupavam.” (Gonçalves de Magalhães).c) “Imaginei um poema... como nunca ouviste falar de outro: guerreiros diabólicos, mulheresfeiticeiras, sapos e jacarés sem conta: enfim, um gênesis americano, uma IlídiaBrasileira, uma criação recriada.” (Gonçalves Dias).d) “É certo que a civilização brasileira não está ligada ao elemento indiano nem delerecebeu influxo algum; e isto basta para não ir buscar entre as tribos vencidas ostítulos da nossa personalidade literária.” (Machado de Assis).e) “O maravilhoso, tão necessário à poesia, encontrar-se-á nos antigos costumes dessespovos [indígenas], como na força incompreensível de uma natureza constantementemutável em seus fenômenos.” (Ferdinand Denis).VoltarLíngua Portuguesa - RomantismoAvançar


15. UFRS Leia o texto abaixo................ é um tema dominante na poesia ............... de cunho romântico no Brasil; nela, amulher é freqüentemente ............... sob o olhar apaixonado do poeta, que usa ............... comotermo de comparação capaz de expressar a intensidade dos seus sentimentos.Assinale a alternativa que preenche adequadamente as lacunas desse texto.a) O amor – nacionalista – homenageada – a religiãob) A pátria – sentimental – martirizada – o mitoc) O amor – intimista – idealizada – a naturezad) A infância – histórica – divinizada – a Idade Médiae) A morte – nacionalista – humilhada – a música16. UFRS Leia o texto abaixo.6GABARITOIMPRIMIR“Uma das facetas do Romantismo é conceber o poeta como um gênio inspirado, dono de umasensibilidade extraordinária. Isso faz com que ele expresse suas idéias e emoções de uma formaoriginal e seja capaz de revelar realidades inacessíveis ao homem comum.”Dos exemplos citados abaixo, identifique aquele(s) que expressa(m) a concepção acima.I. “Meia-noite soou na florestaNo relógio de sino de pau;E a velhinha, rainha da festa,Se assentou sobre o grande jirau.”(Bernardo Guimarães)II. “Se é vate quem acesa a fantasiaTem de divina luz na chama eterna;Se é vate quem do mundo o movimentoCo’o movimento das canções governa;(...)Se é vate quem dos povos, quando fala,As paixões vivifica, excita o pasmo.”(Laurindo Rabelo)III. “Tenho medo de mim, de ti, de tudo,Da luz, da sombra, do silêncio ou vozes,Das folhas secas, do chorar das fontes,Das horas longas a correr velozes.(...)O véu da noite me atormenta em dores,A luz da aurora me intumesce os seios,”(Casemiro de Abreu)Quais exemplos correspondem à concepção citada?a) Apenas I.b) Apenas II.c) Apenas I e II.d) Apenas II e III.e) I, II e III.VoltarLíngua Portuguesa - RomantismoAvançar


17. FUVEST-SP“Assim, o amor se transformava tão completamente nessas organizações*, que apresentavatrês sentimentos bem distintos: um era uma loucura, o outro uma paixão, o último uma religião.…………… desejava; …………… amava; …………… adorava.”(*organizações = personalidades)ALENCAR, José de. O Guarani.Neste excerto de O Guarani, o narrador caracteriza os diferentes tipos de amor que trêspersonagens masculinas do romance sentem por Ceci. Mantida a seqüência, os trechospontilhados serão preenchidos corretamente com os nomes dea) Álvaro / Peri / D. Diogo.b) Loredano / Álvaro / Peri.c) Loredano / Peri / D. Diogo.d) Álvaro / D. Diogo / Peri.e) Loredano / D. Diogo / Peri.718. UEMS Assinale a única alternativa verdadeira sobre José de Alencar e sua obraSenhora:a) ainda que considerando romântico, através da Senhora, Alencar revela traços realistas;constrói uma personagem feminina sem tantas idealizações e já indica o caminhoda crítica social;b) juntamente com Diva e Iracema, Senhora completa a série considerada de perfis femininosque o autor utiliza para a composição da crônica de costumes brasileiros;c) O enredo de Senhora baseia-se na história de uma moça pobre, Lúcia Camargo que,após ser abandonada por Fernando Seixas, recebe uma herança e vinga-se: “compra”de volta o ambicioso noivo;d) Fernando, após o casamento, vê-se desprezado e humilhado pela esposa; arrependido,trabalha e consegue juntar os mil contos do dote para devolução, mas o casamento, jácomprometido, é desfeito;e) Alencar, numa tentativa de representar por completo o Brasil, escreveu romances indianistase urbanos, porém nunca se valeu da composição regionalista e, assim, nãoatingiu seu intento.Texto para as questões 19 e 20.GABARITOIMPRIMIR“Logo após a vitória, o cristão tornara às praias do mar, onde havia construído sua cabana eonde o esperava a terna esposa. De novo sentiu em sua alma a sede do amor; e tremia de pensarque Iracema houvesse partido, deixando ermo aquele sítio tão povoado outrora pela felicidade.Como a seca várzea com a vinda do inverno reverdece e se matiza de flores, a formosa filha dosertão com a volta do esposo reanimou-se; e sua beleza esmaltou-se de meigos e ternos sorrisos.Outra vez sua graça encheu os olhos do cristão, e a alegria voltou a habitar em sua alma.O cristão amou a filha do sertão como nos primeiros dias, quando parece que o tempo nuncapoderá estancar o coração. Mas breves sóis bastaram para murchar aquelas flores de uma almaexilada da pátria.O imbu, filho da serra, se nasce da várzea porque o vento ou as aves trouxeram a semente,vinga, achando boa terra e fresca a sombra; talvez um dia cope a verde folhagem e enflore. Masbasta um sopro do mar, para tudo murchar. As folhas lastram o chão; as flores, leva-as a brisa.Como o imbu na várzea, era o coração do guerreiro branco na terra selvagem. A amizade e oamor o acompanharam e fortaleceram durante algum tempo, mas agora longe de sua casa e deseus irmãos, sentia-se no ermo. O amigo e a esposa não bastavam mais à sua existência, cheia degrandes desejos e nobres ambições.Passava os já tão breves, agora longos sóis, na praia, ouvindo gemer o vento e soluçar as ondas.Com os olhos engolfados na imensidade do horizonte, buscava, mas embalde, descobrir no azuldiáfano a alvura de uma vela perdida nos mares.”ALENCAR, José de. Iracema. São Paulo: Scipione. 1994. p. 56.VoltarLíngua Portuguesa - RomantismoAvançar


19. UFBA A leitura do fragmento e do romance de onde foi extraído permite afirmar:01. O aproveitamento da fauna e da flora americana fixa e valoriza a cor local, seguindouma tendência da época em que a obra foi escrita.02. Os personagens atuam impulsionados por sentimentos que os levam à prática de atosgrandiosos ou de ações aviltantes que os caracterizam, respectivamente, como heróisou como vilões.04. A amizade entre Poti e Martim é reveladora do objetivo do autor de mostrar o colonizadorcomo amistoso e cordial.08. O movimento da narrativa é retardado pela inserção desse episódio de reencontroentre Iracema e Martim, fato inteiramente alheio à seqüência dos acontecimentosque constituem o enredo.16. A atitude contemplativa de Martim pode ser considerada fortuita, sem qualquer conseqüênciapara o desenrolar da trama.32. A ação se transfere das praias do mar para o seio da floresta, onde ocorre o desfechoda história de amor de que trata o romance.64. A razão que leva a filha da floresta e o guerreiro branco a se exilarem justifica, paraambos, a firmeza de permanecer em terra estranha.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.820. UFBA Com relação à linguagem, existe uma explicação adequada em:01. A expressão “sede do amor” difere de sede de amor, já que a primeira dá idéia deconcretude, enquanto a segunda, de abstração do sentimento amoroso.02. A comparação entre a várzea e a filha do sertão remete, respectivamente, à chegadado inverno e à volta do esposo, ambas com função revitalizadora.04. A oração “para murchar aquelas flores de uma alma exilada da pátria” exprime aconseqüência da ação do tempo no estado de ânimo do guerreiro branco.08. A comparação presente no primeiro período do penúltimo parágrafo, evidencia afragilidade do amor do guerreiro por sua pátria e a resistência do imbu na várzea.16. O trecho “os já tão breves, agora longos sóis” contém idéias antitéticas que estãorelacionadas com a mudança de estado de espírito experimentada pelo cristão.32. O termo “embalde” expressa a incerteza da realização da ação de “buscava”.64. As palavras “diáfano” e “alvura” referem-se a um mesmo nome.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.GABARITOIMPRIMIR21. UFF-RJ Na literatura, a visão romântica representativa da mulher é a de uma figuraidealizada, frágil e inatingível.Assinale a opção em que a visão da mulher não se enquadra nesta característica:a) “Ah! Vem, pálida virgem, se tens penaDe quem morre por ti, e morre amando.Dá vida em teu alento à minha vida,Une nos lábios meus minha alma à tua!” (Álvares de Azevedo)b) “Anjos longiformesDe faces rosadasE pernas enormesQuem vos acompanha?” (Vinícius de Moraes)c) “Anjo no nome, Angélica na cara!Isso é ser flor, e Anjo juntamente:Ser Angélica flor e anjo florente,Em quem, senão em vós se uniformara.” (Gregório de Matos)d) “Minha mãe cozinhava exatamente:arroz, feijão-roxinho, molho de batatinhas.Mas cantava.” (Adélia Prado)e) “Baixas do céu num vôo harmonioso! ...Quem és tu bela e branca desposada?Da laranjeira em flor a flor nevadaCerca-te a fronte ó ser misterioso! ...” (Castro Alves)VoltarLíngua Portuguesa - RomantismoAvançar


22. Cefet-PR Assinale a alternativa incorreta sobre o Romantismo.a) O romance indianista de José de Alencar representa contestação política ao domínioportuguês.b) Bernardo Guimarães foi o primeiro escritor regionalista brasileiro com o romanceErmitão de Muquém.c) O aproveitamento da linguagem do sertão é um dos traços marcantes da obra do Viscondede Taunay.d) A Moreninha garante a Joaquim Manuel de Macedo o pioneirismo na prosa românticabrasileira.e) Franklin Távora é considerado o criador da Literatura do Norte, região tida por elecomo a mais autenticamente brasileira.923. UFRS Considere as afirmações abaixo, referentes ao romance romântico no Brasil.I. A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, insere-se na linha primitivista dacorrente romântica, em que as personagens vivem em contato constante com a natureza.II. Uma das fontes de inspiração do romance Memórias de um Sargento de Milícias, deManuel Antônio de Almeida, é a novela picaresca espanhola.III. A heroína de A Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães, é mestiça; porém, na suaapresentação inicial, são destacadas sua tez clara “como marfim” e sua beleza“branca”.Quais estão corretas?a) Apenas I.b) Apenas II.c) Apenas I e II.d) Apenas II e III.e) I, II e III.O fragmento abaixo foi retirado do romance O Guarani. Leia-o com atenção e responda àsquestões 24 a 27.GABARITOIMPRIMIR“O índio, antes de partir, circulou a alguma distância o lugar onde se achava Cecília, de umacorda de pequenas fogueiras feitas de louro, de canela, urataí e outras árvores aromáticas.Desta maneira tornava aquele retiro impenetrável; o rio de um lado, e do outro as chamas queafugentariam os animais daninhos, e sobretudo os répteis; o fumo odorífero que se escapava dasfogueiras afastaria até mesmo os insetos. Peri não sofreria que uma vespa e uma mosca sequerofendesse a cútis de sua senhora, e sugasse uma gota desse sangue precioso; por isso tomaratodas essas precauções.”24. FEI-SP O Guarani foi publicado em 1857 e na época gerou uma grande repercussão. Oautor desse romance é:a) Machado de Assis.b) Álvares de Azevedo.c) José Lins do Rego.d) José de Alencar.e) Gonçalves Dias.25. FEI-SP Sobre o romance, é possível afirmar que:a) projeta um futuro trágico para o Brasil.b) aponta para um tempo em que os indígenas recuperarão o território brasileiro e expulsarãoos brancos e negros.c) defende a união entre negros e índios contra os colonizadores portugueses.d) reconstitui acontecimentos históricos verídicos do período inicial da colonização doBrasil.e) pretende narrar a fundação de uma nova nação a partir da miscigenação entre brancose indígenas.VoltarLíngua Portuguesa - RomantismoAvançar


26. FEI-SP A propósito do trecho transcrito, é correto afirmar que:I. A descrição do amor que Peri nutre por Ceci visa a criar uma imagem idealizada doíndio brasileiro.II. O trecho descreve os conflitos entre o homem branco e o negro.III. O autor pretende demonstrar a inferioridade do indígena brasileiro frente ao colonizadoreuropeu.a) somente I está correta. d) I e III estão corretas.b) somente III está correta. e) II e III estão corretas.c) I e II estão corretas.27. FEI-SP Em O Guarani, o autor procura valorizar as origens do povo brasileiro e transformarcertos personagens em heróis, com traços do caráter do “bom selvagem”: pureza,valentia e brio. Essa tendência é típica do:a) romance urbano.b) romance regionalista.c) romance indianista.d) poemas épicos.e) poemas históricos.1028. UEMS“Maldiçãobaudelaire macalé luiz melodia/ quanta maldição/ o meu coração não quer dinheiro/quer poesia/baudelaire e macalé luiz melodia/ rimbaud a missão/ poeta e ladrão/ escravo da paixão semguia/ edgar allan poe tua mão na pia/ lava com sabão/ tua solidão/ tão infinita quanto o dia/vicentinho van gogh luiza erundina/ voltem pro sertão/ pra plantar feijão/ tulipas para a burguesia/baudelaire macalé luiz melodia/ waly salomão/ itamar assumpção/ o resto é perfumaria”BALEIRO, Zeca. In: Vô imbolá, 1999.Em sua música “Maldição”, Zeca Baleiro menciona Edgar Allan Poe (grande influênciapara muitos escritores brasileiros, especialmente para uma das gerações do Romantismo).Uma das obras em que podemos observar tal influência é Noite na taverna e seuautor foi um dos mais influenciados por Poe. Referimo-nos a:a) Álvares de Azevedo.b) Gonçalves Dias.c) Casimiro de Abreu.d) Castro Alves.e) Olavo Bilac.GABARITOIMPRIMIR29. Uneb-BA“Quando Seixas convenceu-se que não podia casar com Aurélia, revoltou-se contra si próprio.Não se perdoava a imprudência de apaixonar-se por uma moça pobre e quase órfã, imprudênciaa que pusera remate o pedido do casamento. O rompimento deste enlace irrefletido era para eleuma coisa irremediável, fatal; mas o seu procedimento o indignava.Aurélia percebeu imediatamente a mudança que se havia operado em seu noivo, e inquiriu domotivo. Fernando disfarçou; a moça não insistiu; e até pareceu esquecer a sua observação.Uma noite porém, em que Seixas se mostrara mais preocupado, na despedida ela disse-lhe:— A sua promessa de casamento o está afligindo, Fernando; eu lha restituo. A mim basta-me oseu amor, já lho disse uma vez; desde que mo deu, não lhe pedi nada mais.”ALENCAR, José de. Senhora: perfil de mulher. São Paulo: FTD, 1992. p. 104-6.Considerando-se o fragmento inserido no contexto da obra, é verdadeira a afirmativa:a) O personagem Seixas revela-se guiado por sentimentos nobres.b) Aurélia Camargo, na narrativa, desempenha, quanto à relação amorosa, o papel damulher fraca, sem força de vontade.c) A obra, enquanto romântica, vê com naturalidade o casamento de conveniência.d) Os personagens são desprovidos de idealizações, enfocados como pessoas comuns.e) A obra apresenta o final feliz, típico desfecho da narrativa romântica.VoltarLíngua Portuguesa - RomantismoAvançar


30. UFF-RJ As estrofes abaixo, partes do poema Canção do Tamoio, representam um momentoda literatura brasileira em que se buscou, através do sentimento nativista, inspiraçãoem elementos nacionais, especialmente nos índios e em sua civilização.11“Não chores, meu filho;Não chores, que a vidaÉ luta renhida;Viver é lutar.A vida é combateQue os fracos abate,Que os fortes, os bravos,Só pode exaltar.Um dia vivemos!O homem que é forteNão teme da morte;Só teme fugir;No arco que entesaTem certa uma presa,Quer seja tapuia,Condor ou tapir.E pois que és meu filho,Meus brios reveste;Tamoio nasceste,Valente serás.Sê duro guerreiroRobusto, fragueiro,Brasão dos tamoiosNa guerra e na paz.As armas ensaia,Penetra na vida:Pesada ou querida,Viver é lutar.Se o duro combateOs fracos abate,Aos fortes, aos bravos,Só pode exaltar.”DIAS, Gonçalves. Poesia Completa. Rio de Janeiro: José Aguilar Ltda., 1959, p. 372.GABARITOIdentifique o momento literário a que pertence o poema Canção do Tamoio.a) Barroco. d) Naturalismo.b) Realismo. e) Romantismo.c) Modernismo.31. UFF-RJ O sofrimento amoroso é freqüente nas obras dos poetas românticos, como sepode observar abaixo:“Se Se Morre de Amor!IMPRIMIRSentir, sem que se veja, a quem se adora,Compr’ender, sem lhe ouvir, seus pensamentos,Segui-la, sem poder fitar seus olhos,Amá-la, sem ousar dizer que amamos,E, temendo roçar os seus vestidos,Arder por afogá-la em mil abraços:Isso é amor, e desse amor se morre!”DIAS, Gonçalves. Poemas de Gonçalves Dias. São Paulo, Cultrix, [s/d].A característica que situa o fragmento dentro da poética romântica é:a) evasão no espaço, transportando o eu-lírico para um lugar ideal, junto à natureza;b) forte subjetivismo, revelando uma visão pessimista da vida;c) idealização do amor, transcendendo os limites da vida física;d) realização de poemas lírico-amorosos, valorizando o idioma nacional;e) idealização da mulher, conduzindo o eu-lírico à depressão.VoltarLíngua Portuguesa - RomantismoAvançar


32. UFRS Leia as afirmações abaixo sobre os romances O Guarani e Iracema, de José deAlencar.I. Em O Guarani, tanto a casa de Mariz, representante dos valores lusitanos, quanto osAimorés, que retratam o lado negativo da terra americana, são destruídos.II. Em Iracema, a guardiã do “segredo da jurema” abandona sua tribo para seguir Martim,o homem branco por quem se apaixonara.III. Em O Guarani e Iracema, as personagens indígenas – Peri e Iracema – morrem emcircunstâncias trágicas, na certeza de que serão vingadas.Quais estão corretas?a) Apenas I.b) Apenas II.c) Apenas I e II.d) Apenas II e III.e) I, II e III.33. UFRS Leia o texto abaixo.No romance ..............., de José de Alencar, uma ............... apaixona-se por um provincianorecém chegado ao Rio de Janeiro, experimentando, a partir daí, um processo gradativo de ................12Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto acima.a) Lucíola – cortesã – purificação espiritual.b) A Pata da Gazela – camponesa – degeneração física.c) Lucíola – aristocrata – degradação moral.d) Senhora – adolescente – enriquecimento material.e) Senhora – adolescente – ascensão social.34. Unicamp-SP Em Ubirajara, tal como em Iracema e em O Guarani, José de Alencarpropõe uma interpretação de Brasil em que o índio exerce um papel central.a) Que sentido têm as sucessivas mudanças de nome do protagonista no romance?b) Qual o papel das notas explicativas nesse romance? Do que elas tratam em sua maiorparte?c) Como o romance e suas notas tratam o ritual antropofágico, no empenho de construiruma visão do período pré-cabralino?GABARITOIMPRIMIR35. UFMS Considerando a leitura do romance Inocência, do Visconde de Taunay, assinalea(s) alternativa(s) correta(s).01. Às descrições da natureza típica do cerrado brasileiro, palco da história do amor deInocência e Meyer, misturam-se cenas da Guerra do Paraguai, conflito que traz paraa cena do romance o soldado Cirino, que se apaixona pela bela sertaneja, tentantotirá-la dos braços de seu amado.02. Apesar do afeto que Pereira sente pela filha, ela é motivo de constante preocupaçãopara o pai, uma vez que, por obra de qualquer descuido, pode pôr a perder a honrafamiliar, aliás uma opinião estendível a outras mulheres em idade casadoura. SegundoPereira: “Ih, meu Deus, mulheres numa casa, é coisa de meter medo...São redomasde vidro que tudo pode quebrar...”04. Durante um almoço, Pereira enaltece a fartura do Brasil, ao ouvir de Meyer notíciassobre a morte de pessoas, à míngua, durante o inverno europeu. Essa exaltação dosrecursos alimentares do país, sinônimo dos recursos naturais do Brasil, é um reflexoda busca e aclamação dos elementos constitutivos de uma nação brasileira, independentedo julgo da metrópole portuguesa.08. De acordo com a narrativa, são ressaltados aspectos pitorescos do sertão brasileiro,em contraste com a vida na corte, mais precisamente no Rio de Janeiro, sob a influênciadas culturas européias, em especial a francesa. Essa comparação visa a demonstrara superioridade do modo de vida na corte e a pobreza e a ignorância dosertanejo.VoltarLíngua Portuguesa - RomantismoAvançar


36. Unifor-CE Considere as seguintes afirmações sobre o romance Iracema, de José de Alencar:I. Ao apresentar esta obra como “lenda do Ceará”, o autor já indica a combinação quefará entre elementos históricos e fantasia.II. O autor valeu-se de uma narrativa, mas não deixou de explorar sistematicamenterecursos típicos da linguagem poética.III. Aqui, diferentemente do que ocorre na obra de Gonçalves Dias, a personalidade, oscostumes, os valores e a cultura do índio real estão fielmente retratados.Está correto somente o que se afirma em:a) I. d) I e II.b) II. e) II e III.c) III.Para responder às questões 37 e 38, leia os textos a seguir:“Meus oito anosOh! que saudades que tenhoDa aurora da minha vida,Da minha infância queridaQue os anos não trazem mais!”Casimiro de Abreu.13“Nasci no campo, e ao desprender-me das faixas infantis, ao saltar do berço, vi quase ao mesmotempo o céu e o mar, os campos e as matas. Não foi na cidade, onde se morre abafado, não; foiao ar livre, e, infante ainda, senti a brisa da praia brincar com meus cabelos e o vento da montanhatrazer-me de longe o perfume das florestas.Que deliciosa vida aquela! Como eu corria por aqueles prados! Que colheita que fazia de flores!Que destemido caçador de borboletas!Ah! meus oito anos! Quem me dera tornar a tê-los!... Mas... nada, não queria, não; aos oito anosia eu para a escola, e confesso francamente que a palmatória não me deixou grandes saudades.”ABREU, Casimiro de. Obras completas. Rio de Janeiro: Edição de Ouro, 1965. p. 203.37. UFRJ O texto de Casimiro de Abreu apresenta um tema relevante no Romantismo: a infância.A abordagem desse tema é integralmente feita de acordo com o padrão romântico naliteratura brasileira? Justifique a resposta, com suas palavras.38. UFRJ Associado ao tema da infância, o texto de Casimiro de Abreu aborda ainda outrotema significativo na literatura romântica: a relação entre o homem e a natureza.Ao tratar desse tema, o texto segue o padrão literário romântico? Justifique a resposta,com suas palavras.GABARITOIMPRIMIR39. UFPR Sobre o romance Senhora, de José de Alencar, é correto afirmar. Assinale V(verdadeiro) ou F (falso).( ) Ambientado no Rio de Janeiro do Segundo Império, trata-se de caso de exceção naficção do autor, uma vez que o restante de sua obra romanesca é dedicado à reelaboraçãodas origens históricas do país ou à apresentação romântica de cenários regionais.( ) Heroína romântica, Aurélia recusa-se a utilizar-se do dinheiro para alcançar seusobjetivos, servindo como porta-voz direta das críticas do autor aos valores burgueses.( ) Em sua trajetória ao longo da narrativa, Fernando passa por uma transformaçãoque o redime de suas atitudes iniciais, oferecendo condições para um desfechofeliz ao lado de Aurélia.( ) Escrito na forma de um relato de memórias da protagonista, o romance apresentaos fatos do enredo em ordem cronológica, iniciando-se a narrativa com as recordaçõesda infância de Aurélia.( ) Até o final do romance, o autor consegue sustentar a atenção dos leitores, ocultandohabilmente as razões que levaram ao desentendimento entre os protagonistas.( ) A escassez de detalhes descritivos e a incorporação de elementos da cultura popularsão algumas das características fundamentais do estilo de Alencar, o que o opõeaos autores da geração literária que sucedeu à sua.( ) A transação que resulta no vínculo entre Aurélia e Fernando acaba por permitir queoutro casal, ligado por laços afetivos sinceros, mas divididos por razões econômicas,possa encontrar sua felicidade.VoltarLíngua Portuguesa - RomantismoAvançar


40. Unioeste-PR Com respeito à leitura de O Guarani, assinale a(s) alternativa(s)procedente(s).01. O tom confidencial da narrativa, focalizado em primeira pessoa, reforça a grandezado índio Peri.02. A natureza age como mediadora: o óleo da cabuíba, como um bálsamo poderoso,salva Peri da morte.04. A descrição que o narrador faz de Álvaro (cap. III – “A Bandeira”) é representativada tese de Rousseau sobre a bondade natural do selvagem.08. O brasão escondido de Loredano e sua devoção a Dom Antônio de Mariz são exemplosda presença do medievalismo na literatura romântica.16. A apresentação que o narrador faz do rio Paquequer registra um típico processo deanimização, incorporado a uma atmosfera metaforicamente medieval.32. A ação do romance, em termos históricos, transcorre no século XVII, apesar doautor ter escrito a obra na segunda metade do século XIX.64. A elevação de sentimentos e nobreza de caracteres, em oposição à vilania e à maldade,é ilustrada através da oposição entre Cecília e Isabel, no cap. V, intitulado “Lourae Morena”.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.1441. PUC-SP A questão central proposta no romance Senhora, de José de Alencar, é a docasamento. Considerando a obra como um todo, indique a alternativa que não condizcom o enredo do romance.a) O casamento é apresentado como uma transação comercial e, por isso, o romanceestrutura-se em quatro partes: preço, quitação, posse, resgate.b) Aurélia Camargo, preterida por Fernando Seixas, compra-o e ele contumaz caça-dote,sujeita-se ao constrangimento de uma união por interesse.c) O casamento é só de fachada e a união não se consuma, visto que resulta de acordo noqual as aparências sociais devem ser mantidas.d) A narrativa marca-se pelo choque entre o mundo do amor idealizado e o mundo daexperiência degradante governado pelo dinheiro.e) O romance gira em torno de intrigas amorosas, de desigualdade econômica, mas, comfinal feliz, porque, nele, o amor tudo vence.GABARITOIMPRIMIR42. UFMS Sobre o romance Inocência, de Visconde de Taunay, é correto afirmar que:01. o pitoresco da paisagem sertaneja recebe especial atenção do narrador: os elementosda natureza são descritos minuciosamente, inclusive através de nomes científicosem notas de rodapé, como também as relações do homem com essa mesmanatureza.02. é um romance regionalista, de tendência sertanista, cuja linguagem possui os elementosnecessários para a descrição da paisagem do interior brasileiro, além de exploraro conflito amoroso próprio da vertente romântica.04. a austeridade do pai de Inocência é quebrada pela intensidade do amor que a filhadevota a Cirino, levando-o a acobertar a fuga dos amantes da ira de Manecão.08. Tico, o anão que vigia Inocência o tempo todo, é um dos tipos humanos descritos porTaunay que dá à narrativa um colorido especial.16. Inocência é noiva de Manecão, por promessa de seu pai, Pereira. A jovem, no entanto,apaixona-se por Cirino, uma espécie de curandeiro ambulante que tenta salvá-lada febre.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.VoltarLíngua Portuguesa - RomantismoAvançar


43. Unifor-CE“Palmares! A ti meu grito!A ti, barca de granito,Que no soçobro infinitoAbriste a vela ao trovão,E provocaste a rajada,Solta a flâmula agitadaaos uivos da marujada,Nas ondas da escravidão.”15Está incorreta a seguinte afirmação sobre a estrofe acima:a) O tom, o tema e o sentimento predominante indicam tratar-se de versos de Álvares deAzevedo.b) O estilo e o elemento histórico remetem ao autor de Navio Negreiro e Vozes d’África.c) Essa estrofe é uma oitava, com versos de sete sílabas que cumprem um padrão de rimas.d) A expressão “barca de granito” é uma metáfora de “Palmares”, a comunidade dosescravos que resistiram ao cativeiro.e) São versos típicos de uma poesia que, romântica e exaltada, identificou-se plenamentecom a causa dos abolicionistas.44. Cefet-RJ“Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros do que a asa da graúna,e mais longos que seu talhe de palmeira.O favo da jati não era doce como o seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seuhálito perfumado.Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, ondecampeava sua guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisavaapenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.”ALENCAR, José de. Iracema. São Paulo: Scipione, 1994,. p. 10.“Após a independência, século XIX, a nova nação ‘precisava ajustar-se aos padrões de modernidadeda época. (...) Havia a necessidade de auto-afirmação da Pátria que se formava.’”NICOLA, José de. Literatura brasileira: das origens aos nossos dias. São Paulo: Scipione, 1998. p. 125.GABARITONo texto de José de Alencar, temos uma das formas significativas do nacionalismo, sintetizadopelo:a) realismo naturalista;b) sentimentalismo realista;c) romantismo indianista;d) bucolismo neoclassicista;e) nativismo modernista.Instrução: Para responder às questões 45 e 46, ler o texto que segue.IMPRIMIR“(...) florestas virgens se estendiam ao longo das margens do rio, que corria no meio das arcariasde verdura e dos capitéis formados pelos leques das palmeiras.Tudo era grande e pomposo no cenário que a natureza, sublime artista, tinha decorado para osdramas majestosos dos elementos, em que o homem é apenas um simples comparsa.No ano da graça de 1604, o lugar que acabamos de descrever estava deserto e inculto; a cidadedo Rio de Janeiro tinha-se fundado havia menos de meio século, e a civilização não tivera tempode penetrar o interior.Entretanto, via-se à margem direta do rio uma casa larga e espaçosa, construída sobre umaeminência e protegida de todos os lados por uma muralha de rocha cortada a pique. (...) A habitação(...) pertencia a D. Antônio de Mariz, fidalgo português cota d’armas e um dos fundadoresda cidade do Rio de Janeiro.”VoltarLíngua Portuguesa - RomantismoAvançar


45. PUC-RS O Brasil português revela-se no trecho da obra ..............., de José de Alencar,através da fundação daquela que se tornaria a sua capital. A personagem referida, ...............de Cecília, que é a protagonista da obra, ............... o poder e a audácia dos novos habitantes.a) O Guarani – irmão – mitificab) Iracema – tutor – criticac) O Guarani – pai – representad) Iracema – tio – retratae) Ubirajara – progenitor – rejeita46. PUC-RS A obra em questão ............... o passado histórico por meio de uma visão............... da ideologia dominante, como se pode observar, por exemplo, em relação aoprocesso de ............... à cultura europeizada por que passa Peri.a) rejeita – pessimista – adaptaçãob) redimensiona – inovadora – rejeiçãoc) enaltece – ufanista – conformaçãod) idealiza – conservadora – rejeiçãoe) recupera – comprometida – adaptaçãoTexto para a questão 47.16“Ossian o bardo é triste como a sombra Que seus cantos povoa. O Lamartine É monótono e belocomo a noite, Como a lua no mar e o som das ondas… Mas pranteia uma eterna monodia, Tem nalira do gênio uma só corda; Fibra de amor e Deus que um sopro agita: Se desmaia de amor a Deusse volta, Se pranteia por Deus de amor suspira. Basta de Shakespeare. Vem tu agora, Fantásticoalemão, poeta ardente Que ilumina o clarão das gotas pálidas Do nobre Johannisberg! Nos teusromances Meu coração deleita-se… Contudo, Parece-me que vou perdendo o gosto, (…)”AZEVEDO, Álvares de. Lira dos vinte anos.GABARITO47. FUVEST-SP Considerando-se este excerto no contexto do poema a que pertence(“Idéias íntimas”), é correto afirmar que, nele,a) o eu-lírico manifesta tanto seu apreço quanto sua insatisfação em relação aos escritoresque evoca.b) a dispersão do eu-lírico, própria da ironia romântica, exprime-se na métrica irregulardos versos.c) o eu-lírico rejeita a literatura e os demais poetas porque se identifica inteiramente coma natureza.d) a recusa dos autores estrangeiros manifesta o projeto nacionalista típico da segundageração romântica brasileira.e) Lamartine é criticado por sua irreverência para com Deus e a religião, muito respeitadospela segunda geração romântica.48. UEMS“O major tinha razão: o Leonardo não parecia ter nascido para emendas. Durante o primeirostempos de serviço tudo correu às mil maravilhas; só algum mal-intencionado poderia notar emcasa de Vidinha uma certa fartura desusada na despensa; mas isso não era coisa em que alguémfizesse conta.”Memórias de um sargento de milícias.IMPRIMIRCom base no texto acima, é correto afirmar:a) Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, foi o primeiroescrito no Brasil.b) Romance de Manuel Antônio de Almeida, possui pouco valor como documentário oucrônica de uma época.c) A crítica vê em seu romance um caráter regionalista.d) Escrito na época do Romantismo, Memórias de um sargento de milícias está totalmentede acordo com as características do momento.e) Não há como negar o tom realístico do qual se carrega a narrativa, evidenciado nalinguagem simples e na representação de pessoas comuns.VoltarLíngua Portuguesa - RomantismoAvançar


As questões 49 e 50 referem-se ao seguinte texto:“O primeiro navio destacado da conserva para levar a Portugal a notícia do descobrimento doBrasil, e com instâncias ao rei de Portugal para que por amor da religião se apoderasse d’estadescoberta, cometera a violência de arrancar de suas terras, sem que a sua vontade fosse consultada,a dois índios, ato contra o qual se tinham pronunciado os capitães da frota de Pedro Álvares.Fizera-se o índice primeiro do que era a história da colônia: era a cobiça disfarçada com pretextosda religião, era o ataque aos senhores da terra, à liberdade dos índios; eram colonos degradados,condenados à morte, ou espíritos baixos e viciados que procuravam as florestas para darem largasàs depravações do instinto bruto.”DIAS, Gonçalves. Revista do Instituto Histórico eGeográfico Brasileiro, 4º trim. 1867, p. 274.1749. UFF-RJ A visão de Gonçalves Dias no texto:a) reforça a posição dos brasileiros que desejam comemorar os 500 anos da chegada dosportugueses ao Brasil, como se esta tivesse sido um evento relevante e benéfico paraos habitantes de nossa terra;b) insere-se no contexto do Romantismo, que busca ressaltar os aspectos negativos dacolonização portuguesa, como elemento motivador para um distanciamento e umadiferenciação em relação a Portugal;c) recusa a idéia da violência que teria caracterizado a colonização portuguesa no Brasil,como se a esquadra de Pedro Álvares não houvesse enviado dois índios a Portugal,contra a vontade deles;d) ressalta a concordância a que os capitães da frota de Pedro Álvares teriam chegado,como se o consenso de todos estes comandantes justificasse a atitude de enviar os doisíndios ao rei português;e) valoriza e confirma a iniciativa de alguns órgãos de imprensa que celebram a conquistaportuguesa como fator importante para nosso posterior desenvolvimento comonação.GABARITO50. UFF-RJ Índice é tudo aquilo que indica ou denota uma qualidade ou característica especial.No texto, Gonçalves Dias afirma que “fizera-se o índice primeiro do que era ahistória da colônia” porque aquela história:a) seria produzida por pessoas moralmente condenáveis, que alegavam razões religiosaspara seus atos, mas que eram movidas pela ganância;b) seria conduzida por personagens da mais alta idoneidade moral, que se dedicavamintensamente à causa da conversão do indígena brasileiro;c) seria arquitetada por colonos degradados, condenados à morte ou espíritos baixos,que buscavam no Brasil a redenção de seus pecados;d) seria derivada da cobiça disfarçada com pretextos da religião, que evitava o ataquedos colonos degradados aos senhores da terra e à liberdade dos índios;e) seria causada pelos condenados à morte, ou espíritos baixos e viciados que procuravamas florestas para se redimirem, convertendo os índios.IMPRIMIR51. PUC-RS Além dos romances históricos e/ou indianistas, José de Alencar retratou, emobras como ..............., contextos e temáticas urbanas, bem como criou romances de tendência............... . A preocupação em retratar a ............... do país através de temas nacionaisconfigura-se como um dos aspectos mais significativos do Romantismo brasileiro,apesar do tom artificial de alguns romances.a) A Moreninha – realista – desigualdade.b) Senhora – abolicionista – simplicidade.c) A Escrava Isaura – regionalista – diversidade.d) O Moço Loiro – realista – complexidade.e) Lúciola – regionalista – diversidade.VoltarLíngua Portuguesa - RomantismoAvançar


52. UFRS Leia as estrofes seguintes, extraídas do poema Canção do Exílio de Gonçalves Dias.“Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabiá;As aves, que aqui gorjeiam,Não gorjeiam como lá.Nosso céu tem mais estrelas,Nossas várzeas têm mais flores,Nossos bosques têm mais vida,Nossa vida mais amores.(...)Não permita Deus que eu morra,Sem que eu volte para lá;Sem que desfrute os primoresQue não encontro por cá;Sem qu’inda aviste as palmeiras,Onde canta o Sabiá.”18Em relação à Canção do Exílio é correto afirmar que:a) exalta a natureza brasileira em sua fauna e sua flora, destacando-se pela temáticaregionalista;b) se trata de um soneto clássico que celebrizou o poeta como um dos mais importantesdo Romantismo brasileiro;c) é um canto de amor à pátria e teve alguns dos seus versos incorporados à letra do HinoNacional;d) as estrelas e as flores, referidas na segunda estrofe, simbolizam a falta de preocupaçãocom os problemas do período colonial;e) os versos da última estrofe acentuam o sentimento do exílio e expressam o desejo dopoeta de morrer em Portugal.53. FUVEST-SP“Teu romantismo bebo, ó minha lua,A teus raios divinos me abandono,Torno-me vaporoso… e só de ver-teEu sinto os lábios meus se abrir de sono.”AZEVEDO, Álvares de. “Luar de verão”, Lira dos vinte anos.GABARITOIMPRIMIRNeste excerto, o eu-lírico parece aderir com intensidade aos temas de que fala, mas revela,de imediato, desinteresse e tédio. Essa atitude do eu-lírico manifesta aa) ironia romântica.b) tendência romântica ao misticismo.c) melancolia romântica.d) aversão dos românticos à natureza.e) fuga romântica para o sonho.54. UFMS Com relação às Memórias de um Sargento de Milícias, é correto afirmar que:01. uma das características da obra é a utilização da linguagem oral, característica dasclasses de alta cultura e condição social confortável.02. o personagem principal, Leonardo, é um anti-herói, um aventureiro, contrariando asconvenções literárias da época, o Romantismo, que previa heróis moralmente elevados,capazes de atos de bravura e coragem.04. o narrador interrompe com freqüência a narrativa, comentando as ações dos personagens,tornando a obra uma espécie de crônica da época, aproximando-a da estética realista.08. é um romance urbano que apresenta grande variedade de tipos humanos (a parteira,a comadre, o compadre, o barbeiro, o chefe de polícia) e os problemas morais esociais do Rio de Janeiro sob o reinado de D. João VI.16. Leonardo, o personagem central, é filho de Leonardo Pataca e de Maria da Hortaliça,fruto de “uma pisadela e de um beliscão”, que mais tarde se casa com Vidinha e,por méritos próprios, torna-se sargento.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.VoltarLíngua Portuguesa - RomantismoAvançar


55. UFSE“Quando junto de ti sinto às vezesEm doce enleio desvairar-me o siso,Nos meus olhos incertos sinto lágrimas...mas da lágrima em troca eu temo um riso!”Na estrofe acima, de Álvares de Azevedo, revela-se um traço forte de sua poesia, a:a) idealização da amada, retratada como musa etérea, solene e distante;b) projeção da própria morte, a um tempo temida e desejada;c) sátira impiedosa, pela qual se rebaixa a linguagem ao plano do cômico;d) insegurança amorosa, por temor de que a realidade rechace o devaneio lírico;e) força material do cotidiano, expressa num detalhismo quase realista.56. U.F. Vitória-ES Observe com atenção o fragmento abaixo:19“I- Juca -PiramaNo meio das tabas de amenos verdores,Cercadas de troncos – cobertos de flores,Alteiam-se os tetos d’altiva nação;São muitos seus filhos, nos ânimos fortes,Temíveis na guerra que em densas coortesAssombram das matas a imensa extensão.São rudos, severos, sedentos de glória,Já prélios incitam, já cantam vitória,Já meigos atendem à voz do cantor:São todos Timbiras, guerreiros valentes!Seu nome lá voa na boca das gentes,Condão de prodígios, de glória e terror!(...)”DIAS, Gonçalves. I- Juca-Pirama. In: RIEDEL, Dirce. Literaturabrasileira em curso. Rio de Janeiro: Bloch, 1969. p. 311GABARITOReflita sobre as tendências da poesia romântica indianista e assinale a alternativa que nãoconfirma a visão idealizada do poeta em relação ao indígena brasileiro:a) O índio de Gonçalves Dias ganhou o tom dos valorosos cavaleiros medievais e reafirmouo sentimento nacionalista de nosso Romantismo.b) “I-Juca-Pirama” expressa o nacionalismo de seu autor, que, ao idealizar a coragem e oheroísmo do índio brasileiro, atribuiu-lhe também alguns distúrbios de personalidade.c) O poema gonçalvino enalteceu e preservou as tradições indígenas brasileiras, incorporando-asao orgulho nacional.d) O poeta romântico transformou o silvícola em um dos símbolos da autonomia culturale da superioridade da nação brasileira.e) A poesia romântica indianista resgatou o passado histórico do Brasil e valorizou abravura de seus habitantes naturais.IMPRIMIR57. UFMG Em relação ao poema “Canção do exílio”, de Gonçalves Dias, é incorreto afirmarque ele pertence:a) ao projeto nacionalista romântico;b) à tendência romântica para a utopia;c) à temática romântica da nostalgia;d) à vertente romântica indianista.VoltarLíngua Portuguesa - RomantismoAvançar


58. U.F. Santa Maria-RS Considere os versos de “Canção do Tamoio”, de Gonçalves Dias.“Um dia vivemos!O homem que é forteNão teme da morte;Só teme fugir;No arco que entesaTem certa uma presa,Quer seja tapuia,Condor ou tapir.”Vocabulário:Tapuia – identificação dada a tribos inimigas.Condor – ave semelhante à águia.Tapir – anta.20Conforme os versos transcritos,a) quem erra o alvo precisa fugir da caça;b) os índios estão em guerra contra os tapuias;c) a covardia é o único sentimento a ser temido pelos fortes;d) quem não tem boa pontaria é excluído do grupo de guerreiros;e) o bom índio se conhece pela qualidade do seu arco.59. U.E. Ponta Grossa-PR Espumas flutuantes, de Castro Alves, é um conjunto de poemasque apresentam:01. exaltação da natureza;02. linguagem coloquial;04. expressão de ideais românticos;08. imaginação criadora;16. satanismo.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.Texto para a questão 60.GABARITOIMPRIMIRVIIEm frente do meu leito, em negro quadroA minha amante dorme. É uma estampaDe bela adormecida. A rósea faceParece em visos de um amor lascivoDe fogos vagabundos acender-se…E com a nívea mão recata o seio…Oh! quantas vezes, ideal mimoso,Não encheste minh’alma de ventura,Quando louco, sedento e arquejante,Meus tristes lábios imprimi ardentesNo poento vidro que te guarda o sono!(…)“Idéias Íntimas (fragmento)XIIIHavia uma outra imagem que eu sonhavaNo meu peito na vida e no sepulcro.Mas ela não o quis… rompeu a telaOnde eu pintara meus doirados sonhos.Se posso no viver sonhar com ela,Essa trança beijar de seus cabelosE essas violetas inodoras, murchas,Nos lábios frios comprimir chorando,Não poderei na sepultura, ao menos,Sua imagem divina ter no peito.Álvares de Azevedo.60. CEETPS-SP Assinale a alternativa correta com relação ao texto.a) O idealismo, o sonho, a presença da morte, a imagem da mulher amada, presentes nopoema, revelam o seu caráter romântico de segunda geração.b) Filiado ao Simbolismo, o poema recorre a imagens nebulosas e sugestivas, tais como:ventura e tristeza, vida e morte.c) Ao dizer “É uma estampa/de bela adormecida”, o poema denuncia sua familiaridadecom relatos infantis, característica primordial do Romantismo.d) As referências ao universo da pintura, “negro quadro”, “rompeu a tela”, “onde eu pintara”,criam efeitos sinestésicos, confirmando a filiação do poema à estética simbolista.e) As marcas do erotismo, da loucura e do sonho presentes no poema serão retomadas demaneira similar na poesia parnasiana.VoltarLíngua Portuguesa - RomantismoAvançar


61. UFMS Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, foi umaobra inicialmente publicada em folhetins, entre os anos de 1852 e 1853. Dentre as proposiçõesabaixo, assinale a(s) correta(s) em relação ao romance em questão.01. A obra pode ser classificada como um romance de costumes, uma vez que registratraços dos hábitos, tradições e falas de pessoas simples, do povo que vivia no Rio deJaneiro no começo do século XIX.02. Apresenta-se, no romance, um nítido contraste entre as personagens masculinas e asfemininas: enquanto os homens se distinguem pela honestidade, a retidão de caráter,a coragem e a fidelidade, as mulheres são devassas, vulneráveis e desonestas.04. Embora o romance esteja inserido entre as produções do Romantismo, não se podenegar o teor realístico do qual se carrega a narrativa, seja no plano da forma - linguagemsimples e direta -, seja no processo de construção das personagens - representaçãode pessoas comuns, de baixa renda e seus dramas cotidianos -, seja no espaçoonde essas personagens circulam - a periferia do Rio de Janeiro.08. As personagens do romance pertencem à classe dominante, à elite de sua época, evivem situações idealizadas, características da estética romântica.16. O desfecho da obra apresenta histórias de luto, dor e sofrimento, contrariando todo odesenvolvimento orientado pela narrativa.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.21As questões 62 e 63 referem-se ao fragmento abaixo:“Iracema, sentindo que se lhe rompia o seio, buscou a margem do rio onde crescia o coqueiro.Estreitou-se com a haste da palmeira. A dor lacerou suas entranhas; porém logo o choro infantilinundou sua alma de júbilo. (...)– Tu és Moacir, o nascido do meu sofrimento.”ALENCAR, José de. Iracema.62. U.F. Juiz de Fora-MG Sobre o romance Iracema, de José de Alencar, é incorreto afirmar que:a) destaca o elemento indígena como a verdadeira origem do povo brasileiro;b) o sentimento amoroso justifica as duras ações colonizadoras;c) a linguagem é um misto de narração e descrição lírica;d) é uma obra de teor nacionalista em que há uso da cor local.GABARITO63. U.F. Juiz de Fora-MG A partir do fragmento acima, e considerando a obra como umtodo, assinale a alternativa incorreta:a) O amor entre Iracema e Martim desculpa simbolicamente a colonização, na perspectivado idealismo romântico.b) Iracema entrega-se a Martim sem resistência, consciente da sua missão de gerar anova raça, o mestiço povo brasileiro.c) A expressão “nascido do meu sofrimento” pode ser lida como índice da origem violentada formação social brasileira.d) Alencar justifica, a seu modo, a morte da terra virgem pela necessidade se implantarnela uma civilização.64. U.F. Santa Maria-RS“Era um sonho dantesco... O tombadilhoQue das luzernas avermelha o brilho,Em sangue a se banhar.Tinir de ferros... estalar do açoite...Legiões de homens negros como a noiteHorrendos a dançar.”IMPRIMIRAssinale a alternativa que identifica, corretamente, autor, título da obra e período literáriodos versos citados.a) Álvares de Azevedo – Noite na Taverna – Romantismo.b) Castro Alves – O Navio Negreiro – Romantismo.c) Aluísio Azevedo – O Mulato – Naturalismo.d) Álvares de Azevedo – Conde Lopo – Romantismo.e) Castro Alves – Vozes d’África – Romantismo.VoltarLíngua Portuguesa - RomantismoAvançar


65. Cefet-PR O excerto a seguir foi extraído da obra Noite na Taverna, livro de contosescrito pelo poeta ultra-romântico Álvares de Azevedo (1831 – 1852).“Uma noite, e após uma orgia, eu deixara dormida no leito dela a condessa Bárbara. Dei umúltimo olhar àquela forma nua e adormecida com a febre nas faces e a lascívia nos lábios úmidos,gemendo ainda nos sonhos como na agonia voluptuosa do amor. Saí. Não sei se a noite eralímpida ou negra; sei apenas que a cabeça me escaldava de embriaguez. As taças tinham ficadovazias na mesa: aos lábios daquela criatura eu bebera até a última gota o vinho do deleite...Quando dei acordo de mim estava num lugar escuro: as estrelas passavam seus raios brancosentre as vidraças de um templo. As luzes de quatro círios batiam num caixão entreaberto. Abri-o:era o de uma moça. Aquele branco da mortalha, as grinaldas da morte na fronte dela, naquela tezlívida e embaçada, o vidrento dos olhos mal-apertados... Era uma defunta!... e aqueles traçostodos me lembravam uma idéia perdida... – era o anjo do cemitério! Cerrei as portas da igreja,que, eu ignoro por quê, eu achara abertas. Tomei o cadáver nos meus braços para fora do caixão.Pesava como chumbo...”22Com relação ao fragmento acima, afirma-se:I. Acentua traços característicos da literatura romântica, como o subjetivismo, o egocentrismoe o sentimentalismo; ao contrário, despreza o nacionalismo e o indianismo,temas característicos da primeira geração romântica.II. Idealiza figuras imaginárias, mulheres incorpóreas ou virgens, personagens que confirmamo amor inatingível, idealizado na literatura ultra-romântica. Desta forma, no1º. parágrafo, o amor platônico não é superado pelo amor físico.III. Tematiza a morte, presente em grande parte da obra do autor.Assinale a alternativa correta.a) Apenas I está correta. d) Apenas I e II estão corretas.b) Apenas II e III estão corretas. e) Apenas I e III estão corretas.c) I, II e III estão corretas.GABARITOIMPRIMIR66. UFGOMartins Pena foi o fundador da comédia de costumes do teatro brasileiro, da qual fazparte a peça O Noviço.Nessa obra, pode-se encontrar (Assinale V, para os itens verdadeiros, e F para os falsos)( ) o predomínio da caricatura na concepção das personagens, baseada na exploraçãode tipos sociais facilmente identificados, o que leva ao efeito cômico desejado.( ) o Brasil Colonial como pano de fundo histórico-social, época em que a influênciajesuítica foi decisiva na política, na economia e principalmente na educação dosjovens, direcionando-os para a vida religiosa.( ) a utilização de recursos dramáticos considerados primários, como o esconderijo, odisfarce e o erro de identificação, demonstrando a ingenuidade e a simplicidadeque permeiam a edificação da trama.( ) uma vinculação nítida com o contexto romântico, uma vez que a resolução dosconflitos se encaminha para o final feliz e a conseqüente realização amorosa dosdois jovens e, ainda, a punição do violão, recursos ostensivamente colhidos nosromances de folhetim da época.67. Uniube-MG Marque (V) para as declarações que estão de acordo com o romance Senhora,de José de Alencar e (F) para as que não se aplicam adequadamente ao romance:( ) O autor coloca no centro do romance não mais um herói, mas um ser venal inferiorcomo é o caso de Seixas, que se casa pelo dote, em virtude da educação que recebera.( ) Nesta obra, o equilíbrio, rompido temporariamente, acaba por restabelecer-se namedida em que o autor arranja uma solene redenção fazendo Seixas resgatar-se nasegunda parte da história.( ) Este romance testemunha que Alencar crê nas “razões do coração” e se seu moralismose abate sobre as mazelas de um mundo antinatural (o casamento por dinheiro),sempre se salva a dignidade última dos protagonistas, e se redimem as transaçõesvis repondo de pé herói e heroína.( ) Embora existam personagens más em seu romance (Seixas, por exemplo), elas só osão aparentemente, pois Alencar acredita que pode operar-se nesse caráter umatransformação capaz de restituí-lo gradualmente à sua natureza generosa.A alternativa que contém a seqüência correta é:a) F – V – V – V. c) V – F – F – V.b) V – V – F – F. d) F – V – V – F.VoltarLíngua Portuguesa - RomantismoAvançar


68. U.E. Ponta Grossa-PR “Se eu morresse amanhã”, com certeza, é um dos poemas maislembrados de Álvares de Azevedo.“Se eu morresse amanhã, viria ao menosFechar meus olhos minha triste irmã;Minha mãe de saudades morreriaSe eu morresse amanhã!Quanta glória pressinto em meu futuro!Que aurora de porvir e que manhã!Eu perdera chorando essas coroasSe eu morresse amanhã!Que sol! Que céu azul! Que doce n’alvaAcorda a natureza mais louçã!Não me batera tanto amor no peitoSe eu morresse amanhã!Mas essa dor da vida que devoraA ânsia de glória, o dolorido afã...A dor no peito emudecera ao menosSe eu morresse amanhã!”23Nele estão contemplados temas recorrentes em sua poesia e na estética romântica, como:01. a exaltação de sentimentos pessoais, com desespero e pessimismo;02. a análise crítica e científica dos fenômenos sociais brasileiros;04. o desajustamento do indivíduo ao meio social, que conduz à dor, à aflição e à buscada solidão;08. a valorização de elementos ligados à natureza, em poesia simples, pastoril, bucolicamenteingênua e inocente.16. a morte como alívio para o “mal-do-século”.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.69. PUC-SPGABARITO“Fragmento IPálida à luz da lâmpada sombria,Sobre o leito de flores reclinada,Como a lua por noite embalsamada,Entre as nuvens do amor ela dormia!Era a virgem do mar na escuma friaPela maré das águas embalada!Era um anjo entre nuvens d’alvoradaQue em sonhos se banhava e se esquecia!Fragmento IIÉ ela! é ela! — murmurei tremendo,E o eco ao longe murmurou — é ela!Eu a vi — minha fada aérea e pura —A minha lavadeira na janela!(…)Esta noite eu ousei mais atrevidoNas telhas que estalavam nos meus passosIr espiar seu venturoso sono,Vê-la mais bela de Morfeu nos braços!Como dormia! que profundo sono!…Tinha na mão o ferro do engomado…Como roncava maviosa e pura!…Quase caí na rua desmaiado!(…)É ela! é ela! — repeti tremendo;Mas cantou nesse instante uma coruja…Abri cioso a página secreta…Oh! meu Deus! era um rol de roupa suja!”IMPRIMIROs fragmentos acima são de Álvares de Azevedo e desenvolvem o tema da mulher e doamor. Caracterizam duas faces diferentes da obra do poeta. Comparando os dois fragmentos,podemos afirmar que,a) no primeiro, manifesta-se o desejo de amar e a realização amorosa se dá plenamenteentre os amantes.b) no segundo, apesar de haver um tom de humor e sátira, não se caracteriza o rebaixamentodo tema amoroso.c) no primeiro, o poeta figura a mulher adormecida e a toma como objeto de amor jamaisrealizado.d) no segundo, o poeta expressa as condições mais rasteiras de seu cotidiano, porém,atribui à mulher traços de idealização iguais aos do primeiro fragmento.e) no segundo, ao substituir a musa virginal pela lavadeira entretida com o rol de roupa suja,o poeta confere ao tema amoroso tratamento idêntico ao verificado no primeiro fragmento.VoltarLíngua Portuguesa - RomantismoAvançar


70. UFGO A poesia de Gonçalves Dias pode ser dividida em três grandes vertentes temáticas:a indianista, a saudosista e a lírico-amorosa. A produção poética desse autor podeser caracterizada da seguinte forma:( ) na poesia indianista, predomina uma sensibilidade plástica singular, moldada porum cenário natural tipicamente brasileiro, no qual está inserido o primeiro habitantedo País, o índio, numa representação quase sempre épica.( ) na poesia saudosista, o poeta demonstra acentuadas marcas do nacionalismo vigenteno Romantismo, como a exaltação do pitoresco nacional, em que se sobressaio tratamento exótico da natureza tropical.( ) na poesia lírico-amorosa, pode-se encontrar um ultraromantismo já convencional,detectado no sentimentalismo exagerado, que deforma os encantos da mulheramada, e em lamentos melodramáticos, provocados pelo sofrimento do amorirrealizado.( ) em todas as vertentes da poesia de Gonçalves Dias, a natureza tem um caráterexpressivo e dinâmico. Ela é o refúgio acolhedor e o ideal de evasão do eu-poético,estabelecendo, assim, uma interdependência entre paisagem e estado de alma.2471. U.F. Uberlândia-MG-Modificada Sobre Iracema, de José de Alencar, podemos dizerque:1. as cenas de amor carnal entre Iracema e Martim são de tal forma construídas que oleitor as percebe com vivacidade, porque tudo é narrado de forma explícita.2. em Iracema temos o nascimento lendário do Ceará, a história de amor entre Iracema eMartim e as manifestações de ódio das tribos tabajara e potiguara.3. Moacir é o filho nascido da união de Iracema e Martim. De maneira simbólica elerepresenta o homem brasileiro, fruto do negro e do branco.4. A linguagem do romance Iracema é altamente poética, embora o texto esteja em prosa.Alencar consegue belos efeitos lingüísticos ao abusar de imagens sobre imagens,comparações sobre comparações.Assinale:a) se apenas 2 e 4 estiverem corretas;b) se apenas 2 e 3 estiverem corretas;c) se 2, 3 e 4 estiverem corretas;d) se 1, 3 e 4 estiverem corretas.72. UFRS Leia o texto abaixo, extraído do romance Memórias de um Sargento de Milícias,de Manuel Antônio de Almeida.GABARITOIMPRIMIR“Desta vez, porém, Luizinha e Leonardo, não é dizer que vieram de braço, como este últimotinha querido quando foram para o Campo, foram mais adiante do que isso, vieram de mãosdadas muito familiar e ingenuamente. E ingenuamente não sabemos se se poderá aplicar comrazão ao Leonardo.”Considere as afirmações abaixo sobre o comentário feito em relação à palavra ingenuamentena última frase do texto.I. O narrador aponta para a ingenuidade da personagem frente à vida e às experiênciasdesconhecidas do primeiro amor.II. O narrador, por saber quem é Leonardo, põe em dúvida o caráter da personagem e assuas intenções.III. O narrador acentua o tom irônico que caracteriza o romance.Quais estão corretas?a) Apenas I.b) Apenas II.c) Apenas III.d) Apenas II e III.e) I, II e III.VoltarLíngua Portuguesa - RomantismoAvançar


LÍNGUA PORTUGUESAR O M A NT ISM O1GABARITOIMPRIMIR1. V – F – V – V2. d3. e4. a5. c6. 217. e8. a9. e10. V – F – V – V – V11. e12. c13. c14. d15. c16. d17. b18. a19. 2320. 0521. d22. e23. d24. d25. e26. a27. c28. a29. d30. e31. c32. c33. a34. a) Como todo povo, o índio brasileiro também tem suas tradições, sua cultura, a qualpassa por diferentes estágios. Tais estágios são refletidos na mudança de nome do protagonista:Jaguaré é o nome do caçador, Ubirajara é o nome do guerreiro e Jurandir é onome do hóspede.b) As notas tratam da língua e dos costumes dos índios. Considerando-se que as notassão objetivas e a narrativa é subjetiva, pode-se dizer que servem de complemento à narrativa.c) O ritual antropofágico é tratado sob a perspectiva indígena, e não européia. As notascontribuem tratando o ritual, não com o preconceito europeu, mas com benevolência. Oromance confirma isso quando Pojucã pergunta se não é digno deste sacrifício, já que,tendo sido derrotado no combate com Ubirajara, a escravidão causaria mais vergonhaque a própria morte.35. 0636. a37. Não segue integralmente, pois, no último parágrafo, atribuem-se à infância traços negativos,que desmitificam sua imagem de passado idealizado a que se desejaria retornar.38. Sim, segue, pois a relação entre o homem e a natureza é apresentada de forma idealizada,já que, no texto, a natureza é lugar paradisíaco, de experiências positivas.39. F – F – V – F – F – F – V40. 5041. c42. 2743. d44. c45. c46. a47. a48. e49. bVoltarLíngua Portuguesa - RomantismoAvançar


50. a51. e52. c53. a54. 1455. a56. b57. b58. c59. 1360. a61. 0562. a63. b64. e65. c66. V – F – V – V67. a68. 1769. c70. V – V – F – V71. a72. e2GABARITOIMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - RomantismoAvançar


LÍNGUA PORTUGUESAC L A SSIC ISM O1. FUVEST-SP Em Os Lusíadas, as falas de Inês de Castro e do Velho do Restelo têm emcomuma) a ausência de elementos de mitologia da Antigüidade clássica.b) a presença de recursos expressivos de natureza oratória.c) a manifestação de apego a Portugal, cujo território essas personagens se recusavam aabandonar.d) a condenação enfática do heroísmo guerreiro e conquistador.e) o emprego de uma linguagem simples e direta, que se contrapõe à solenidade do poemaépico.12. FUVEST-SP Considere as seguintes afirmações sobre a fala do velho do Restelo, em OsLusíadas:I. No seu teor de crítica às navegações e conquistas, encontra-se refletida e sintetizadaa experiência das perdas que causaram, experiência esta já acumulada na época emque o poema foi escrito.II. As críticas aí dirigidas às grandes navegações e às conquistas são relativizadas pelopouco crédito atribuído a seu emissor, já velho e com um “saber só de experiênciafeito”.III. A condenação enfática que aí se faz à empresa das navegações e conquistas revelaque Camões teve duas atitudes em relação a ela: tanto criticou o feito quanto o exaltou.Está correto apenas o que se afirma ema) I. b) II. c) III. d) I e II. e) I e III.3. PUC-SPGABARITO“Tu só, tu, puro amor, com força cruaQue os corações humanos tanto obriga,Deste causa à molesta morte sua,Como se fora pérfida inimiga.Se dizem fero Amor, que a sede tuaNem com lágrimas tristes se mitiga,É porque queres, áspero e tirano,Tuas aras banhar em sangue humano.Estavas, linda Inês, posta em sossego,De teus anos colhendo doce fruito,Naquele engano da alma ledo e cego,Que a fortuna não deixa durar muito,Nos saudosos campos do Mondego,De teus fermosos olhos nunca enxuito,Aos montes ensinando e às ervinhas,O nome que no peito escrito tinhas.”IMPRIMIROs Lusíadas, obra de Camões, exemplificam o gênero épico na poesia portuguesa. Entretanto,oferecem momentos em que o lirismo se expande, humanizando os versos. Oepisódio de Inês de Castro, do qual o trecho acima faz parte, é considerado o ponto altodo lirismo camoniano, inserido em sua narrativa épica. Desse episódio, como um todo,pode afirmar-se que seu núcleo centrala) personifica e exalta o Amor, mais forte que as conveniências e causa da tragédia de Inês.b) celebra os amores secretos de Inês e de D. Pedro e o casamento solene e festivo de ambos.c) tem como tema básico a vida simples de Inês de Castro, legítima herdeira do trono dePortugal.d) retrata a beleza de Inês, posta em sossego, ensinando aos montes o nome que no peitoescrito tinha.e) relata em versos livres a paixão de Inês pela natureza e pelos filhos e sua elevação aotrono português.VoltarLíngua Portuguesa - ClassicismoAvançar


LÍNGUA PORTUGUESAC L A SSIC ISM O1. b2. e3. a1GABARITOIMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - ClassicismoAvançar


LÍNGUA PORTUGUESAINTERPRETAÇÃO DETEXTO II1. UFMS Apresentamos, a seguir, dois trechos de uma reportagem publicada na revista Veja(30/08/00, p. 86-7), em que João Gabriel de Lima discute o projeto de lei nº 1676, deautoria do deputado <strong>Aldo</strong> Rebelo (PC do B, São Paulo), que proíbe o uso de palavrasestrangeiras. O texto traz a opinião do articulista de Veja.1Trecho 1:“O projeto é fruto de uma idéia fora do lugar (mais uma): a de que o português falado no Brasilestaria ameaçado de extinção, assim como o mico-leão-dourado e a arara-azul. Repete-se noterreno do idioma a mesma lengalenga que se desenrola no campo da economia. A invasão doinglês (o avanço do neoliberalismo) resultaria na derrocada da nossa inculta e bela língua (a empresanacional). Para ilustrar essa tese, seus defensores sempre utilizam o mesmo e surrado exemplo:cartazes de lojas de shopping centers (ops, centros comerciais). Está certo que os abusosbeiram o ridículo. Entre eles, estampar nas vitrines “sale” e “50% off” em vez de “liquidação” e“50% de desconto”. No entanto, multar um lojista por uma caipirice que depõe unicamentecontra ele próprio é um exagero. Seria mais ou menos como cobrar uma pena pecuniária (gostoudessa, Rebelo?) de pagodeiros a cada erro de gramática que cometem.”GABARITOIMPRIMIRTrecho 2:“Para os especialistas, o projeto mostra total ignorância do fenômeno lingüístico. ‘Um idiomaevolui quando entra em contato com outros, e só alguém que não entende nada do assunto podeachar que é possível bloquear esse intercâmbio’, diz o professor John Robert Schmitz, americanonaturalizado brasileiro, que leciona Lingüística Aplicada na Universidade de Campinas. É normalque uma língua se nutra de outras. Também é comum — e fato antigo — que os vocábulos aatravessar fronteiras venham, em geral, de uma cultura dominante. Até o início do século XX, erao francês o responsável pela maior parte das palavras ditas internacionais. Agora, essa primaziapertence ao inglês. A tal ponto que nem os esforços da Academia Francesa de Letras impediramque os conterrâneos de Gustave Flaubert adotassem o termo ‘week-end’ para fim de semana.”Segundo o texto, é correto afirmar que:(01) o exemplo utilizado pelos defensores da pureza do idioma — os cartazes de lojas deshopping centers — não prima exatamente pela originalidade.(02) o projeto de <strong>Aldo</strong> Rebelo limita-se a tentar impedir que a língua falada seja invadidapor estrangeirismos, não fazendo qualquer referência ao emprego de tais termos nalíngua escrita.(04) os lojistas que exibem cartazes com termos estrangeiros em suas vitrines prejudicamapenas a si mesmos, não devendo, por isso, ser multados.(08) é possível detectar a presença de duas “vozes” que dialogam com o discurso sobre alíngua: a “voz” da ecologia e a “voz” da economia.(16) ao contrário dos lojistas, os pagodeiros deveriam ser penalizados porque cometemerros absurdos de gramática que corrompem o idioma.(32) no terceiro período: A invasão do inglês (o avanço do neoliberalismo) resultaria naderrocada de nossa inculta e bela língua (a empresa nacional). As informações entreparênteses têm por função explicar os termos que os antecedem.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


2. UFMS Veja, agora, como o escritor Machado de Assis aborda a questão da língua, jáexplorada no texto acima.“Não há dúvida que as línguas se aumentam e alteram com o tempo e as necessidades dos usose costumes. Querer que a nossa pare no século de quinhentos é um erro igual ao de afirmar quea sua transplantação para a América não lhe inseriu riquezas novas. A este respeito a influência dopovo é decisiva. Há, portanto, certos modos de dizer, locuções novas, que de força entram nodomínio do estilo e ganham direito de cidade.”In: Crítica literária, p. 47.2Entre o ponto de vista do escritor e a opinião de especialistas, podemos fazer as seguintescomparações:(01) da mesma forma que o escritor fala de riquezas que se acrescentariam à língua, osestudiosos tomam os estrangeirismos como elementos positivos que fariam o idiomaevoluir para melhor.(02) tanto Machado de Assis quanto especialistas aceitam, com naturalidade, a evoluçãodas línguas.(04) afirma-se categoricamente que as mudanças ocorrem primeiro na fala para, só então,serem incorporadas à escrita.(08) ignora-se a influência do povo como propulsor das transformações ocorridas na língua.(16) enquanto Machado de Assis vincula as alterações por que um idioma passa ao fatortempo e às necessidades advindas dos usos e costumes, especialistas enfocam a questãodo ponto de vista do intercâmbio com outras línguas.(32) posições contrárias à evolução de uma língua são duramente criticadas, ao passo queMachado de Assis assume uma atitude complacente em relação a seus opositores.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.GABARITO3. UFMSTodas as proposições a seguir, referentes aos trechos da questão 1, estão corretas, exceto:(01) a evolução de um idioma, através do intercâmbio com outras línguas, é um processonormal, que não se pode impedir.(02) para os especialistas, projetos e atitudes como os de <strong>Aldo</strong> Rebelo revelam-se absurdosporque traduzem um desconhecimento completo sobre a língua portuguesa esuas origens.(04) os vocábulos de uma dada língua que se incorporam a outras originam-se sempre deuma cultura dominante, o que pode ser observado desde tempos mais remotos.(08) em A tal ponto que nem os esforços da Academia Francesa de Letras impediram queos conterrâneos de Gustave Flaubert…, a expressão em negrito remete ao termofranceses, que não vem explicitado no texto, mas pode ser facilmente recuperadopelo leitor.(16) até o início do século XX, o francês foi o principal idioma a “exportar” palavras paraos demais porque pertencia à cultura dominante da época, tendo sido, a partir deentão, suplantado pelo inglês.(32) o trecho atribuído ao professor John Robert Schmitz vem em discurso direto, criando,com isso, um efeito de sentido de verdade e constituindo um importante argumentode autoridade para fundamentar a tese do intercâmbio lingüístico.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


4. PUC-RSTextoCarlos <strong>Dr</strong>ummond de Andrade“Uma flor nasceu na rua!Passem de longe, bondes, ônibus, rio de[aço do tráfego.Uma flor ainda desbotadaIlude a polícia, rompe o asfalto.Façam completo silêncio, paralisem os[negócios,Garanto que uma flor nasceu.Sua cor não se percebe.Suas pétalas não se abrem.Seu nome não está nos livros.É feia. Mas é realmente uma flor.3Sento-me no chão da capital do país às[cinco horas da tardee lentamente passo a mão nessa forma[insegura.[…]Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.”O texto sugere que:a) as plantas não devem ser cultivadas nos centros urbanos.b) a flor nasce sem as marcas da urbanidade.c) a capacidade de resistência possibilita o inusitado surgimento da flor.d) nada pode interferir no fluxo da vida urbana.e) a convivência do homem com a natureza não deve ser estimulada.5. ITA-SP O texto a seguir foi publicado na seção “Cartas do leitor” da Folha de S. Paulo de30/08/2000. Referida a um crime que teve repercussão na imprensa escrita e falada, estacarta dá uma notável demonstração de machismo e desprezo pelas mulheres.GABARITOIMPRIMIR“A recente morte violenta de uma jornalista choca a todos porque, nesse fato, o assassino fogeao perfil comum de tais tipos, mas certas situações que levam a isso estão aí, nos círculos milionários,meios artísticos, esportivos e de poder. Tudo porque o homem não aprende. Há milênios,gosta de passar aos demais uma imagem de eterna juventude e virilidade, posando com fêmeasmuito mais jovens. Fingem acreditar que elas estão aí por amá-los. São poucas vezes atraídas peloseu intelecto, e muitas pela fama, poder e dinheiro. A durabilidade de tais ligações, no geral,termina quando tal fêmea atinge seu objetivo. Pior ainda, quando essa fêmea mostra tambémintelecto e capacidade de sobrevivência sem seu protetor. Duro, triste, real.”ZANINI, Laércio. Garça, SP.a) O texto usa, em relação às mulheres, um termo fortemente conotado, e lhes atribui umcomportamento que as desqualifica. Transcreva uma frase em que o termo ocorre, associadoà descrição de comportamentos que desqualificariam as mulheres. Sublinhe otermo em questão na sua frase.b) Quais os traços de caráter das mulheres em relação aos quais os homens deveriam seprecaver, segundo o autor dessa carta?c) A quem se refere o autor da carta, na frase “o homem não aprende”?VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


6. Unicamp-SP(nota: o título de “ministro” é dado aos juízes do Supremo Tribunal Federal)“Pela diferença de um voto, o governo saiu vitorioso ontem no julgamento do pedido de liminarcontra o artigo 20 da Lei de Responsabilidade Fiscal. Uma retificação no voto do ministroMarco Aurélio de Mello garantiu a decisão do STF, que confirmou a constitucionalidade do artigoque estabelece os limites de gastos com pessoal para os três poderes. A revisão promovida peloministro Marco Aurélio favoreceu o governo, que corria o risco de ficar impedido de aplicar cortesde despesas com folha de pagamento previstas na lei, especialmente em relação aos PoderesLegislativo e Judiciário no âmbito dos Estados e Municípios. Existem ainda no STF outras cincoações propostas pela oposição contra dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal.”O Estado de S. Paulo, 12/10/2000.a) No texto acima, ocorrem vários termos de jargão técnico que remetem a diversas fasesdo andamento de um processo no judiciário. Transcreva pelo menos três.b) O que os termos “retificação” e “revisão” informam sobre a participação do juiz MarcoAurélio de Mello no julgamento da questão?c) Do que trata o artigo 20 da lei de Responsabilidade Fiscal? Responda, com base notexto.4Texto para as questões 7 e 8.“A explosão dos computadores pessoais, as ‘infovias’, as grandes redes — a Internet e a WorldWide Web — atropelaram o mundo. Tornaram as leis antiquadas, reformularam a economia,reordenaram prioridades, redefiniram os locais de trabalho, desafiaram constituições, mudaram oconceito de realidade e obrigaram as pessoas a ficar sentadas, durante longos períodos de tempo,diante de telas de computadores, enquanto o CD-Rom trabalha.Não há dúvida de que vivemos a revolução da informação e, diz o professor do MIT, NicholasNegroponte, revoluções não são sutis.”Jornal do Brasil, 13/02/96.GABARITO7. Fuvest-SP No texto, a expressão que sintetiza os efeitos da revolução operada pela informáticaéa) “atropelaram o mundo”.b) “tornaram as leis antiquadas”.c) “reformularam a economia”.d) “redefiniram os locais de trabalho”.e) “desafiaram constituições”.8. Fuvest-SP A expressão “revoluções não são sutis” indicaa) a natureza efêmera das revoluções.b) a negação dos benefícios decorrentes das revoluções.c) a natureza precária das revoluções.d) o caráter radical das revoluções.e) o traço progressista das revoluções.IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


9. UFMS Leia o seguinte texto da propaganda de calçados da coleção Primavera-Verão daPicadilly:“Chega um momento que você pára de acreditar em príncipes encantados e passa a exigirhomens de verdade. Tem um momento que você percebe que não é você que não entra nosapatinho de cristal. É o maldito sapatinho que não serve para você.”Caras, 15/9/00.5De acordo com o material publicitário reproduzido acima, é incorreto afirmar que:(01) no primeiro período, os verbos parar (de) e passar (a) indicam, como conteúdos pressupostos,que a interlocutora anteriormente acreditava em príncipes encantados, apesarde gostar de homens de verdade.(02) com o objetivo de opor realidade e fantasia, recorre-se à intertextualidade com opopular conto de fadas Gata Borralheira, também conhecido como Cinderela.(04) o uso de você é um recurso típico do texto publicitário, sugerindo maior proximidadecom o interlocutor/leitor.(08) a figura de linguagem que aparece no segundo período é a metonímia, uma vez que setoma o todo (a pessoa) pela parte (os pés).(16) os anunciantes da coleção Primavera-Verão da Picadilly utilizam argumentos genéricospara seduzir o grande público, não se voltando, portanto, para um segmento específicoda sociedade.(32) a atribuição de uma qualidade negativa ao sapatinho (de cristal) sugere, por oposição,a valorização dos calçados anunciados.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.10. UnB-DF Um anúncio publicitário tem por finalidade influenciar o público, estimulandooa adquirir um produto ou a contratar um serviço. Alguns anúncios são sabidamenteenganosos, pois ludibriam o cliente, que acaba comprando gato por lebre, e, por isso, sãoproibidos pelo Código Brasileiro de Defesa do Consumidor. Há, entretanto, anúncios queapresentam apenas informações verídicas. Todavia, mesmo um anúncio honesto pode apresentaralguma impropriedade lingüística que comprometa a qualidade da mensagem transmitida,ludibriando involuntariamente o consumidor. Tendo em vista essa observação, leiao anúncio que se segue.GABARITOIMPRIMIR“O XYZ é o primeiro com airbags laterais na categoria. É o primeiro carro brasileiro com acousticparking system. Tem carroceria 100% galvanizada, 12 anos de garantia anticorrosão, freios ABSde 5ª geração, ar-condicionado inteligente, motor com 5 válvulas por cilindro, direção hidráulica ecoluna de direção ajustável em altura e profundidade. E ainda foi considerado o carro mais segurodo segmento pelo Clube do Automóvel. XYZ. O design é compacto. Mas a tecnologia é imensa.”Época, nº 82, 13/12/99, p. 53 (com adaptações).Com relação a esse anúncio, julgue os itens a seguir como verdadeiros ou falsos.( ) O primeiro período do anúncio não apresentará alteração de sentido se for assimreescrito: O XYZ é o primeiro na categoria e tem airbags laterais.( ) Se o trecho “Tem carroceria 100% galvanizada” estivesse redigido como Tem 100% dacarroceria galvanizada, a mensagem do anúncio estaria preservada.( ) O trecho “Tem carroceria 100% galvanizada, 12 anos de garantia anticorrosão” permitedupla interpretação: ou todas as peças metálicas do XYZ têm 12 anos de garantiaanticorrosão ou apenas a carroceria a tem. Dessa forma, é possível considerar queo anúncio poderá ludibriar o consumidor que der a ele a primeira interpretação.( ) No trecho final, iniciado em “E ainda” o anúncio afronta o Código Brasileiro deDefesa do Consumidor porque lança uma auto-avaliação sem informar que sistemaantifurto a sustenta.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


11. Univali-SC“Deusa grega decidia julgamentos empatadosDe onde veio a expressão ‘voto de Minerva’?Da Grécia antiga. Minerva é o nome romano da deusa da sabedoria, Atena. ‘O episódio que deuorigem à expressão está narrado na peça Eumênides, de Ésquilo (525 a.C. - 456 a.C.)’, conta o professorde Língua Portuguesa Francisco Platão Savioli, da Universidade de São Paulo. Nessa tragédia, Clitemnestra,ajudada pelo amante, Egisto, assassina o marido, Agamênon. Orestes, o filho dela, mata os dois paravingar o pai e é perseguido pelas Fúrias, três monstruosas divindades aladas que puniam os criminosos.Para julgar o crime, Atena funda um tribunal chamado Areópago (que realmente existiu, na Antigüidade,em Atenas). Só que o julgamento terminou empatado e a deusa decidiu pela absolvição de Orestes.A tragédia de Ésquilo, o primeiro dos grandes dramaturgos clássicos gregos, projetou o mitomuito além da sua época. Com a posterior elaboração e consolidação da jurisprudência romana,Atena virou Minerva e a instituição do voto de desempate, dado pelo presidente de um tribunal,passou para outras civilizações.”Superinteressante, julho de 1998.6Podemos concluir do texto acima que:a) Eumênides é a peça escrita por Ésquilo, grande dramaturgo grego, que inventou a expressão.b) O professor Francisco Platão Savioli explica em um texto descritivo a origem da expressão.c) O texto contém uma explicação histórico-científica para a expressão “voto de Minerva”.d) Atualmente, quando acontece empate em julgamento, o juiz se utiliza do voto de Minervapara absolver o réu.e) Tudo o que foi narrado pelo escritor do artigo não passa de ficção.12. U. Metodista-SPTexto 1“Por isso, a empresa está informatizando todo o seu sistema, para resolver os pepinos em tempo.”NP, 07.07.91, p. 2 F.35, apud DIAS, Ana Rosa Ferreira.O discurso da violência — as marcas da oralidade no jornalismo popular. S. Paulo: editora EDUC/Cortez, 1996GABARITOIMPRIMIRTexto 2“Os malacos tinham arrombado a escola Paradigma, que fica na mesma rua. Quando sacaramque pintou sujeira, fugiram. Nessa hora, Christi estava tirando seu Santana da garagem. Os malacoschegaram junto dela e mandaram-na passar as chaves.”NP, 24.07.91, p. 6. F. 298, apud, op. cit.Texto 3“Liberado pelos médicos, o preso entrou no carro de polícia para voltar ao distrito. Aí, pintouconfusão. Segundo os soldados, o malaco tentou roubar o revólver de Antônio Carlos. Rolou umabriga e Eudes sacou o berro, detonando três pipocos em Cícero. O cara morreu na hora.”NP, 27.07.91, p. 5, F. 339, apud, op. cit.Texto 4“Um aviãozinho monomotor (de um motor só) caiu ontem de manhã na Baía da Guanabara…”NP, 27.07.91, p. 4, F. 230, apud, op. cit.Considerando somente os fragmentos de Notícias Populares acima, pode-se dizer que, nodiscurso jornalístico em questão, predominaI. uma oralidade bem marcada da qual se projetam elementos emocionais para envolvero leitor.II. a transformação de notícias em narrativas, em que não faltam, inclusive, marcas deoralidade.III. a mistura freqüente de linguagem culta e popular (oral), ou de linguagem popular e técnica.IV. uma preocupação de fundo metalingüístico.V. uma tendência para a hipérbole.VI. uma deformação dos significantes, perceptível em nível morfológico, para melhorse aproximar da língua padrão.Quanto às afirmações anteriores, estão corretasa) todas as afirmações. d) I, II, III, IV e VI.b) somente III e IV. e) I, II, III, IV e V.c) somente I e IV.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


Texto para a questão 13.“Modos brasileiros de escapar do ‘não’Universalmente, as pessoas se escondem atrás de expressões comprometedoras para evitar aresponsabilidade pelos atos ou opiniões e para fugir dos confrontos embaraçosos. Se essa ‘esquivaretórica’ fosse uma disciplina acadêmica, os brasileiros seriam PhDs nela.Seu talento nesse campo vem de eles terem aprendido como navegar em torno dos negativos.Veja as expressões propositadamente vagas como ‘pode ser’, ‘vamos ver’, ‘se der’, das quais osbrasileiros diariamente se apropriam para desviar da palavra ‘não’. É por essa razão que frasesigualmente descompromissadas como ‘eu te ligo’, ‘a gente se vê’ e ‘apareça lá em casa’ normalmentesão escapadas e não promessas de um novo encontro. (…).Esses hábitos já estão enraizados nessa cultura. Sérgio Buarque de Holanda os flagrou mais demeio século atrás no seu estudo do ‘homem cordial’, um tipo de enganador charmoso.Membros dessa espécie híbrida, meio malandra, meio diplomata, podem ser classificados como‘morde-e-assopra brasiliensis’. Eles se comunicam por meio de frases como ‘eu fico devendo’.Essa declaração faz com que qualquer trato não cumprido soe como um acordo amistoso. (…).”KEPP, Michael, correspondente no Brasil do jornal dominicalThe Observer, de Londres e da Fairchild Publications. In Folha de São Paulo, 1996.713. U. Metodista-SP Assinale a alternativa que mais traduz o conceito de homem cordial notexto.a) o homem capaz de empreender encontros amistosos.b) aquele que, pela gentileza de seus atos, está honestamente preocupado com as regrassociais.c) o homem perspicaz, híbrido e, por essa razão, intencionalmente incapaz de magoar osoutros.d) um “camaleão social”, inteligente frente aos obstáculos impostos pelo cotidiano.e) um “camaleão social” ironicamente analisado pela sua conduta.14. PUC/Campinas-SP“Na prática política, a palavra negociação associa-se ora ao requisito clássico da democracia,que é a busca do ‘acordo entre partes’, ora ao fundamento mercantilista dos ‘negócios’, ou mesmodas ‘negociatas’. Vários políticos valem-se dessa duplicidade de significados: sendo, de fato,espertos negociantes, justificam-se como hábeis negociadores.”GABARITOConsidere as seguintes afirmações sobre o texto acima:I. O tema explorado é o do duplo sentido que a palavra negociação ganha no âmbito daprática política.II. A tese defendida é a de que a acepção mercantilista do termo negociação pode sermaliciosamente encoberta pela acepção democrática.III. O tema é a prática da má política, e a tese é a de que as palavras deixam de ter sentidopor causa dessa prática.Em relação ao texto, está correto o que vem afirmado ema) II somente.b) I e II somente.c) I e III somente.d) II e III somente.e) I, II e III.IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


Instrução: as questões de números 15 e 16 referem-se ao texto.8Texto“Quais são, mesmo, os afluentes do Amazonas?Há pouco tempo faleceu um dos melhores professores que tive, Alfredo Steinbruch, que lecionavaFísica no Julinho. Lembro muito bem a primeira aula que nos deu, e que foi cercada da maiorexpectativa: como tinha fama de ralador, todos nós estávamos ansiosos. O professor Alfredoentrou na sala, foi direto para o quadro e escreveu: Calor → dilatação. Assim mesmo: calor –flechinha – dilatação. E todos nós imediatamente copiamos: calor – flechinha – dilatação.Ele pousou o giz, olhou-nos e fez uma pergunta que nos deixou a todos perplexos. Perguntoupor que havíamos copiado aquilo.Ninguém soube responder. O professor então passou o resto da aula explicando: é mais importanteentender do que copiar.Não sei como será a escola no futuro, mas de uma coisa estou seguro: a regra do professorSteinbruch será mais válida do que nunca. Durante muito tempo, ensino foi sinônimo de informação:nomes, datas, batalhas, lugares. Coisas que os alunos copiavam, ou liam nos livros, e memorizavam— porque aquilo caía no exame. Nada mais paradigmático a esse respeito do que alista de afluentes do Amazonas. Trata-se de um rio longo, e portanto cheio de afluentes. Erapreciso recitá-los de memória, os da margem esquerda e os da margem direita. Nós nunca tínhamosido à Amazônia, nunca tínhamos visto os rios da região, mas sabíamos seus nomes. Por queé um mistério que nunca esclareci.Informação memorizada é algo que, daqui em diante, ficará cada vez mais por conta do computador.Não é preciso lembrar, é preciso saber como acessar. A memória do computador nos darátodo tipo de informações.O que o computador não nos ensinará é como entender as coisas. E também não nos ensinaráo valor das emoções. Nesse binômio, entendimento e emoção, está o objetivo maior da educação.Exemplar, a esse respeito, é o ensino da literatura. A pergunta que, em geral, se faz a respeito deum texto é: o que quis o autor dizer com isso? Pergunta difícil, para a qual o próprio escritormuitas vezes não tem resposta. Eu perguntaria ao leitor, em primeiro lugar: o que sentiste lendoesse texto? Em que ele aumentou a tua compreensão do mundo, da vida?No futuro, os escolares saberão dos afluentes do Amazonas não recitando os nomes, mas indoaté lá, conhecendo como é o lugar, como vivem os habitantes da região. E aí os nomes surgirãonaturalmente. A propósito, como se chamam os afluentes da margem direita?”Zero Hora, 26 set. 1999. Revista ZH.GABARITO15. U. F. Rio Grande-RS Assinale a alternativa cujo teor é incompatível com as idéias veiculadaspela crônica.a) No texto, é criticado o ensino que visa, basicamente, ao acúmulo de informações memorizadas.b) Entre outras idéias, o texto aponta o computador como o grande mestre do futuro, aoqual caberá a intransferível tarefa de educar gerações.c) O texto é portador da idéia de que o ensino desvinculado da realidade e das vivênciasdo aprendiz, não cumpre seu real objetivo.d) Numa perspectiva otimista e confiante, o comentário do autor faz referência a um futuroem que inovações metodológicas tornarão o ensino mais produtivo e eficaz.e) Segundo o texto, é essencial que a educação contemple globalmente o ser, isto é, que oconceba como alguém dotado de inteligência e afetividade.IMPRIMIR16. U. F. Rio Grande-RS A expressão Nada mais paradigmático é, no contexto, equivalentea:a) Nada é mais enfatizado.b) Nenhuma idéia é mais relevante.c) Nada é comparável.d) Não há exemplo mais adequado.e) Nenhuma informação memorizada é mais importante.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


Texto para as questões 17 e 18.“Um dos traços marcantes do atual período histórico é (…) o papel verdadeiramente despóticoda informação. (…) As novas condições técnicas deveriam permitir a ampliação do conhecimentodo planeta, dos objetos que o formam, das sociedades que o habitam e dos homens em suarealidade intrínseca. Todavia, nas condições atuais, as técnicas da informação são principalmenteutilizadas por um punhado de atores em função de seus objetivos particulares. Essas técnicas dainformação (por enquanto) são apropriadas por alguns Estados e por algumas empresas, aprofundandoassim os processos de criação de desigualdades. É desse modo que a periferia do sistemacapitalista acaba se tornando ainda mais periférica, seja porque não dispõe totalmente dos novosmeios de produção, seja porque lhe escapa a possibilidade de controle.O que é transmitido à maioria da humanidade é, de fato, uma informação manipulada que, emlugar de esclarecer, confunde.”SANTOS, Milton. Por uma outra globalização.917. Fuvest-SP No contexto em que ocorrem, estão em relação de oposição os segmentostranscritos em:a) novas condições técnicas / técnicas da informação.b) punhado de atores / objetivos particulares.c) ampliação do conhecimento / informação manipulada.d) apropriadas por alguns Estados / criação de desigualdades.e) atual período histórico / periferia do sistema capitalista.18. Fuvest-SP Deduz-se corretamente do texto quea) a humanidade, por mais que avance tecnologicamente, não será capaz de superar oegoísmo.b) o crescente avanço da técnica terminará por superar o atraso das relações políticas.c) é da natureza do progresso que, a cada avanço tecnológico, corresponda um retrocessopolítico.d) o alcance universal do progresso técnico está em oposição à sua utilização para finsparticulares.e) é próprio da informação atualizada que ela seja acessível somente às minorias maisricas.Texto para a questão 19:GABARITOIMPRIMIR“O processo intenso de metropolização sofrido no Brasil a partir da instalação dos parquesindustriais e os surtos migratórios a eles associados inviabilizariam qualquer projeto de perpetuaro controle das formas de moradia e vizinhança nas grandes capitais. Espaços públicos e privadospassaram a se fundir a contragosto das intenções normativas, não apenas nas ruas e na configuraçãoheterogênea dos bairros, mas no avanço sobre mananciais — fonte para todas as pias,chuveiros e vasos sanitários das cidades — ou na própria violência que passaria a assaltar ruas ecasas.”MARINS, Paulo César Garcez. História da vida privada no Brasil.19. Fuvest-SP Segundo o texto,a) as novas formas de vizinhança e de moradia resultaram de uma política de urbanizaçãoprogressiva e organizada.b) a urbanização das grandes metrópoles originou-se em modelos institucionais, estruturadossegundo os padrões da época.c) as mudanças na organização de espaços públicos e privados foram conseqüência daindustrialização e da migração.d) o abastecimento de água das grandes cidades, embora realizado de maneira desordenada,resultou de projetos governamentais.e) a violência urbana, decorrente da industrialização, intensificou-se nos bairros mais populares.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


Texto para as questões 20 e 21.10“Domingo, 30 de maio de 1893Eu gosto muito de todas as festas de Diamantina; mas quando são na Igreja do Rosário, que équase pegada à Chácara de vovó, eu gosto ainda mais. Até parece que a festa é nossa. E este anofoi mesmo.Foi sorteada para rainha do Rosário uma ex-escrava de vovó chamada Júlia e para rei um negromuito entusiasmado que eu não conhecia. Coitada de Júlia! Ela vinha há muito tempo ajuntandodinheiro para comprar um rancho. Gastou tudo na festa e ainda ficou devendo.Agora é que vi como fica caro para os pobres dos negros serem reis por um dia. Júlia com ovestido e a coroa já gastou muito. Além disso teve de dar um jantar para a corte toda. A rainhatem uma caudatária que vai atrás segurando na capa que tem uma grande cauda. Esta também énegra da Chácara e ajudou no jantar. Eu acho graça é no entusiasmo dos pretos neste reinado tãocurto. Nenhum rejeita o cargo, mesmo sabendo a despesa que dá!”MORLEY, Helena. Minha vida de menina.GABARITO20. Fuvest-SP Leia, a seguir, algumas afirmações críticas acerca do texto. Assinale, entreelas, a incorreta.a) O texto põe a nu os desdobramentos de um sistema de desigualdades marcado porbloqueios e limitações sociais impostos a escravos recém-libertos.b) A narradora descreve em seu diário a possibilidade de efetiva ascensão social propiciadapelo regime político do Império, no Brasil do século XIX.c) Desvenda-se no discurso da menina narradora uma ótica de classe que parece apontarpara a idéia de que os pobres não sabem como usar o dinheiro.d) As situações pitorescas de uma festa servem como pano de fundo às reflexões da narradorasobre o desejo de propriedade da gente-livre recém-liberta e as dificuldades parasua realização.e) Observa-se uma mescla de compaixão e ironia no discurso da narradora, ao reconhecera festa popular como possibilidade imaginária de redefinição social pela superaçãofantasiosa das barreiras advindas da escravidão.21. Fuvest-SP “Eu gosto muito de todas as festas de Diamantina; mas quando são na Igrejado Rosário, que é quase pegada à Chácara de vovó, eu gosto ainda mais.”Nesse primeiro período do texto, as palavras “mas”, “quando” e “que” podem ser substituídas,respectivamente e sem prejuízo do sentido, por:a) contudo; na época em que; as quais.b) pois; caso; a qual.c) porém; se; a qual.d) entretanto; se; da qual.e) porque; se; na qual.IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


Texto para a questão 22:11GABARITOIMPRIMIR“A garota-propaganda, coitadinha!Já passava das oito horas da manhã e a garota-propaganda dormia gostosamente sobre o seucolchão Vulcaspuma, macio e confortável, que não enruga nem encolhe, facilmente removível elavável. Foi quando o relógio despertador começou a tilintar irritantemente. (Você nunca darácorda num Mido).A pobrezinha, que tivera de agüentar a cantada de um patrocinador de programa (AgênciaGalo de Ouro — quem não anuncia se esconde) que prometera um cachê melhor, caso ela ficasseefetiva na programação, levantou-se meio tonta. Fora dormir inda agorinha. Estremunhada, entrouno banheiro, colocou pasta de dentes na escova e pôs-se a escovar com força. Ah… queagradável sensação de bem-estar!Depois do banho, abriu a cortina do boxe, que parece linho mas é linholene, e foi até a cozinhatomar um copo de leite. Tinha de estar pronta em seguida, para decorar páginas e páginas detexto que apanhara na véspera, no departamento comercial da televisão. Abriu a geladeira de 7pés, toda impermeável, com muito mais espaço interior e que você pode adquirir dando a suavelha de entrada (a sua velha geladeira, naturalmente). Dentro não havia leite: — Não faz mal —pensou. (Tudo que se faz com leite, com Pulvolaque se faz.)O diabo é que também não tinha Pulvolaque. Procurou no armário uma lata daquele outro quese dissolve sem bater, mas também não achou. Tomou então um cafezinho mesmo e correu aoquarto para se vestir e arrumar o cômodo o mais depressa possível. Iria à cidade apanhar os textosde uma outra agência que precisavam ser decorados até as três; além disso, tinha de almoçar comum diretor de TV, a quem fingia aceitar a corte para poder ser escalada nos programas.Arrumou as coisas assim na base do mais ou menos. Fechou o sofá-cama, um lindo móvel queocupa muito menos espaço em sua residência, e procurou o vestido verde que comprara noCredifácil, onde você adquire agora e só começa a pagar muito depois. O vestido não estava noarmário. Lembrou-se então que o deixara na véspera dentro da pia, embebida na água com Rinsoe o diabo é que o vestido, como ficou dito, era verde. Se fosse branco, depois ficaria explicadoporque a roupa dela é muito mais branca do que a minha.Eram onze e meia quando chegou à cidade, graças à carona que pegara. Saltou da camionetacom tração dianteira e muito mais resistente, fez todas as coisas que precisava fazer em umavelocidade espantosa e entregou-se ao suplício de almoçar com o diretor de TV.Ali estão os dois escolhendo o menu. Ele pediu massa e perguntou se ela também queria (Aimorévocê conhece — pensou ela), mas preferiu outra coisa. Garota-propaganda não pode engordar.Comeu rapidamente e aceitou o copo de leite que o garçom sugeriu. Afinal, não o tomara pelamanhã. Foi botar na boca e ver logo que era leite em pó, em pó, em pó…Às três horas o programa das donas-de-casa. Às quatro, o teleteste que distribui brindes paravocê. De 5 às 8, decorar outros textos, de 8 e meia às 10, tome de sorriso na frente da câmara, ajurar que a liquidação anunciada era uma ma-ra-vi-lha. Aceite o meu conselho e vá verificar pessoalmente.Mas note bem. É só até o dia 30.Quase meia-noite e ela tendo de dançar com ‘seu’ Pereira, do ‘Espetáculo Biscoiteste’. Um velhochato, mas muito bonzinho. O diabo era aquele perfume que saía do cangote do seu par. Umperfume inebriante, que deixa saudade.Já eram quase três da matina, quando ela voltou para o seu apartamento com sala, quarto,banheiro, boxe, copa, quitinete e área interna, tudo conjugado, que comprara dando apenastrinta por cento na entrada e começando a pagar as prestações na entrega das chaves. Finalmente,vai poder dormir um pouquinho.E, aos pés do sofá-cama, faz a oração da noite: ‘Padre Nosso, que estais no Céu, muito obrigadapela atenção dispensada e até amanhã, quando voltaremos com novas atrações. Boa noite.’”PONTE PRETA, Stanislau. In: Primo Altamirando e elas. Rio de Janeiro: 1962 (com adaptações).22. UnB-DF A partir da leitura compreensiva do texto, julgue os itens a seguir como verdadeirosou falsos.( ) A garota é chamada de “coitadinha” por ser vítima constante do assédio sexual dospatrocinadores.( ) A garota-propaganda, vítima da sociedade de consumo, não conseguia mais separarsua vida privada de sua vida profissional.( ) Quando não estava em frente das câmaras de televisão, a garota-propaganda passavaseu tempo correndo de um lado para outro, decorando textos, saindo com pessoasdesagradáveis e dormindo pouco.( ) O nível de abrangência e a forma da narrativa permitem que se caracterize a posturado narrador como externa e restrita.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


23. ITA-SP Assinale a opção que melhor traduz o trecho em destaque do texto abaixo:”O novo livro de Ubaldo pode ser visto como um belo exercício de retórica. Utiliza-se de Itaparica,da radioatividade natural e da história da ilha baiana para defender uma tese: a de quehomens e mulheres podem ser igualmente grandes em suas realizações e virtudes, mas não podemescapar de seus pecadilhos e prevaricações, se se querem grandes.”SEREZA, H. D. Caderno 2/Cultura. O Estado de S. Paulo, 16/7/2000.a) Os pequenos erros são inevitáveis e essenciais para a grandeza de homens e mulheres.b) Os pequenos erros são importantes, mas não essenciais, para a grandeza de homens emulheres.c) Ainda que os pequenos erros sejam inevitáveis, não contribuem para a grandeza dehomens e mulheres.d) Não são os pequenos erros que tornam homens e mulheres grandes em suas realizaçõese virtudes.e) Os pequenos erros são inevitáveis para a grandeza de homens e mulheres.Texto para as questões de 24 a 26:12“Business Intercontinental da Iberia.Mais espaço entre as poltronas.Viajar virou sinônimo de relaxar. Principalmente quando vocêtem à sua disposição uma poltrona de design ergonômicocom maior capacidade para reclinar e 132 cm de espaço entrea sua poltrona e a da frente. Além disso, você conta commais de 300 salas VIP em aeroportos no mundo todo e podeacumular e utilizar pontos no seu programa de milhagensvoando com qualquer linha aérea da aliança oneworld. BusinessIntercontinental da Iberia. Sorria.”GABARITO24. Fuvest-SP No mesmo anúncio, a relação entre o texto verbal e a imagem fotográficacaracteriza-se principalmentea) pelo sarcasmo.b) pelo sentimentalismo.c) pela incoerência.d) pelo humor.e) pelo sensacionalismo.25. Fuvest-SP Neste anúncio, a imagem fotográfica associa-se mais diretamente à palavrasorria e à expressãoa) “mais de 300 salas VIP”.b) “acumular e utilizar pontos”.c) “Mais espaço entre as poltronas”.d) “aeroportos no mundo todo”.e) “programa de milhagens”.IMPRIMIR26. Fuvest-SP Entre os recursos de persuasão empregados no texto verbal do anúncio, sóNÃO ocorre o uso dea) termos técnicos.b) trocadilhos.c) apelo direto ao leitor.d) enumeração acumulativa de vantagens.e) expressões em inglês.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


Texto para as questões de 27 a 29:13“Uma pessoa que não sabe nada sobresegurança convenceu-me a fazer um ItauvidaResponda sinceramente: você não é completamentelouco por aquele sujeito que chegou nasua casa, tirou seu sossego e ainda vive nos braçosda sua mulher?Então faça um Itauvida.Por uma mensalidade equivalente a um pacotede fraldas descartáveis, você faz um seguro de vidaque pode durar sempre. E dá menos trabalho doque trocar um bebê. Porque o Itauvida dispensaexame médico (basta uma declaração de saúde na proposta), você escolhe a forma de pagamento,mensal ou anual, e o débito é automático para os correntistas do Itaú, com todos os valores doseguro atualizados pelo TRD.Um Itauvida não rouba suas noites de sono. Pelo contrário: suas garantias são válidas 24 horaspor dia em qualquer parte do mundo, além de a indenização não ficar presa a inventários nemresponder por eventuais dívidas do segurado.E para esclarecer suas dúvidas, o SOS Seguro Itaú é como um pediatra: sabe tudo. Precisou deajuda, é só ligar para ele a qualquer hora do dia ou da noite. Procure o seu corretor ou umaagência Itaú e faça hoje mesmo o seu Itauvida. Porque quem é louco por alguém, não é louco dedeixar essas coisas para amanhã.”Texto publicitário produzido pela Agência DM9.27. Fuvest-SP No texto encontram-se as seguintes estratégias de persuasão:a) recurso à complementação de sentido pela relação entre texto verbal e imagem; recorrênciano uso da hipérbole e da metáfora; predomínio de verbos no futuro do indicativo.b) uso sistemático da linguagem denotativa; opção pelos verbos no modo imperativo; seleçãode imagens sensacionalistas para mobilizar a emoção do leitor.c) presença funcional de um slogan curto, criativo e de fácil memorização; comparaçãocom produtos similares; apelo à sensibilidade do leitor.d) apresentação das vantagens oferecidas pelo produto; definição e explicitação do público-alvo(no caso, as crianças); repetição exaustiva do nome do produto.e) presença de verbos no modo imperativo; enumeração acumulativa das qualidades evantagens oferecidas pelo produto; apelo direto ao leitor pelo uso repetido do pronome“você”.GABARITO28. Fuvest-SP Segundo o texto, são vantagens de quem adquire o seguro anunciado:a) dispensa de exame médico pré-contratação; escolha da forma de pagamento; possibilidadede o segurado vincular eventuais dívidas a seu inventário.b) débito automático em conta para correntistas de diversos bancos; baixo custo e facilidadesde pagamento; desvinculação entre indenização e inventário.c) preço acessível; possibilidade de escolha quanto à duração do plano (mensal, anual ouvitalício); grande número de postos de venda/contratação.d) baixo custo; desobrigação da realização de exame médico prévio; facilidade de pagamento;garantia de agilidade e segurança na indenização.e) garantia de a indenização ser vinculada a inventários; serviço de informações 24 horas;opção dupla para a forma de pagamento; preço acessível.IMPRIMIR29. Fuvest-SP A única alternativa em que aparece um trecho do texto que NÃO remete aocampo semântico mais diretamente sugerido pela fotografia éa) “o SOS Seguro Itaú é como um pediatra”.b) “menos trabalho do que trocar um bebê”.c) “equivalente a um pacote de fraldas descartáveis”.d) “deixar essas coisas para amanhã”.e) “alguém que não sabe nada sobre segurança”.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


30. U. F. Pelotas-RS Leia o texto a seguir (Diário Popular, 8/6/1999).14“UTI-Móvel sofre acidente/Veículo-ambulância usadoem socorro atropela ciclistaO acidente envolvendo a nova UTI Móvelda PRF (Polícia Rodoviária Federal), que resultouna morte de um ciclista sexta-feira ànoite, atropelado pelo veículo enquanto transitavano quilômetro 512 da BR-116, resultaráem inquérito para averiguar as circunstânciasdo caso. É o procedimento adotadoneste tipo de situação, informou o inspetorCarlos Alberto Bahr Fernandes.A ambulância havia sido acionada paraatender a acidente no quilômetro 524. Nodeslocamento, um ciclista atravessou a pistae foi colhido pelo carro, morrendo na hora.Os danos na UTI Móvel foram de pequenamonta, na parte dianteira do veículo. Segundoo policial rodoviário, o pára-brisa ficouCARRO da PRF mata ciclista e fica bastantedanificadoquebrado. O conserto, agora, dependerá de autorização do comando, que receberá, também,relatório e fotos do acidente. Por enquanto, a ambulância não será usada em serviço. As demaisunidades da frota da PRF dispõem de equipamentos para o transporte de feridos.”GABARITOIMPRIMIRQuando lemos um texto, podemos fazer leituras com diferenciados graus de profundidade.O texto acima comporta leituras, dentre tantas outras possíveis, como as que seguem.I. O texto refere-se a um acidente que envolveu a nova UTI Móvel da Polícia RodoviáriaFederal e um ciclista, que morreu vítima do atropelamento; houve, em conseqüênciado acidente, danos de pequeno valor no veículo. Em virtude do acontecimento, aambulância não será usada em serviço, mas as demais unidades da PRF estão emcondições de transportar feridos.II. O texto foi construído para informar que a nova UTI Móvel da PRF ficou danificadaem acidente. Há muitas informações sobre a ambulância, mas da vítima não sabemossequer o nome: é apresentada apenas como ‘um ciclista’. A matéria não coloca a vidahumana em primeiro lugar.III. No texto fica implícito que o motorista não ficou ferido.IV. O texto permite-nos inferir que provavelmente um policial rodoviário estivesse conduzindoo veículo.Se reordenássemos os itens acima expressos, do nível de leitura menos profundo ao maisprofundo, ou seja, dos itens mais explícitos aos menos explícitos, a ordem seria:a) I, II, IV, III.b) I, IV, III. II.c) III, I, II, IV.d) II, III, IV, I.e) IV, I. III, II.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


31. Unb-DF“beba coca colababecolabeba cocababe cola cacocacocolacloaca”PIGNATARI, Décio. Coca-Cola. In: PIGNATARI, Décio; CAMPOS, Augusto e CAMPOS, Haroldo de.Teoria da poesia concreta: textos críticos e manifestos. 1950-1960. 2ª ed. São Paulo: Duas Cidades, 1975. p. 85.15A partir das informações do poema acima, julgue os seguintes itens como verdadeiros oufalsos.( ) Pode-se inferir que o texto foi, originalmente, uma propaganda encomendada para divulgaras qualidades do principal produto de uma fábrica de refrigerantes.( ) O poema foi construído a partir de alterações semânticas decorrentes de inversõesfônicas de um grupo pequeno de fonemas.( ) Os vocábulos “babe” (v.2), “caco” (v.5) e “cloaca” (v.7) têm em comum um sentidonegativo.( ) Uma síntese possível do texto é Beba coca, babe cola e excrete caco pela cloaca.32. Unioeste-PRGABARITOIMPRIMIR“O destino do KurskA informação é triste para os parentes dos marinheiros, mas, do ponto de vista ambiental,o melhor a fazer com o Kursk é deixá-lo onde está: no fundo do oceano. A conclusão segue asrecomendações da Agência Internacional de Energia Atômica e baseia-se em estudo realizadocom outros dejetos nucleares que repousam no fundo de mares árticos. A razão é simples. Desdeque não haja vazamento de radioatividade vindo dos reatores do Kursk, e os primeiros testesapontam para isso, o ideal é não mexer na carcaça naufragada. Uma operação de resgate, alémde muito cara, é arriscada: o submarino pode rachar no processo, o que provocaria vazamentoperigoso para as pessoas envolvidas e para o meio ambiente.A profundidade em que se encontra a embarcação, 108 metros, também é segura. Há lixonuclear suportável em águas bem mais rasas, a até 20 metros da superfície. Nesses lugares nãoforam detectados traços perigosos de radiação.”Fragmento de texto, retirado da Revista Veja, agosto de 2000, p. 52.Em relação ao texto, dê, como resposta, a soma das afirmações corretas.(01) Em A informação há uma remissão para um dado que está fora do texto.(02) A carcaça do Kursk não será uma preocupação constante para o governo russo, porqueé impossível ocorrer vazamento de radioatividade.(04) A informação triste para os parentes significa que o não resgate dos corpos é necessáriopara o bem comum, o que se sobrepõe às expectativas dos parentes.(08) O conector desde que impõe uma negação do que foi dito anteriormente.(16) A expressão além de muito cara é um argumento a mais para contrariar a solicitaçãode retirada dos corpos, desejada pela opinião pública e, principalmente, pelas famíliasdas vítimas.(32) O adjetivo perigosos deixa subentendido que existem traços de radiação.(64) O pronome isso retoma a idéia de que há vazamento de radiação vindo dos reatoresdo Kursk.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


Texto para a questão 33:“Idéias sustentáveisA biodiversidade, as águas doces estão todas nas terras indígenas. Nós, os índios, que estamoscuidando deste patrimônio ao longo do tempo, nunca tivemos a oportunidade de contar e decompartilhar o que significa para nós esse patrimônio, em termos de vida. Em nossas aldeias, nãotemos academia de ginástica. Tudo é feito de acordo com o movimento da noite, do dia e dotempo. Lá não temos problema de emagrecer.Lá, no meio do mato, lá, no canto das terras indígenas, há plantinhas e árvores grandes, paraque nós, os seres humanos, as olhemos e dali tiremos a água, o remédio, a alimentação e, principalmente(o que às vezes vocês não percebem), a magia da vida, a magia de tentar entender esteCriador: o espírito da floresta, o espírito da sabedoria com quem os pajés podem conversar. Estespodem compreender e transformar aquelas plantas no nosso sustento. Muitos pesquisadores jáforam a nossas aldeias, estudaram, copiaram e discutiram.Queremos dizer isso a vocês, no sentido de mostrar que a ciência do homem branco precisaconversar com a ciência indígena.”MORIN, Edgard. Saberes globais e saberes locais — o olhar transdisciplinar. Rio de Janeiro: Garamond, 2000 (com adaptações).1633. UnB-DF Com referência às idéias do texto e sua relação com outras áreas do conhecimento,julgue os itens que se seguem como verdadeiros ou falsos.( ) O texto é narrado em primeira pessoa, pelo foco do silvícola, que não está nas terrasindígenas no momento da fala.( ) Infere-se do texto que viver de acordo com o movimento do dia e da noite deu origema academias de ginástica para emagrecer.( ) Pelo segundo período do texto, é correto concluir que, na opinião do autor, quemrealmente precisa aprender com os indígenas é a “ciência do homem branco”.( ) o culto do corpo são em mente sã, comum entre os vikings, contraria os hábitos dascolônias indígenas remanescentes no território nacional.Texto para as questões 34 e 35:GABARITOIMPRIMIR“O Brasil precisa arrumar novas fontesde energia para ver a luz no fim do túnelA relação entre crescimento econômico e energia é direta. Se a geração de energia não forsuficiente, o país não pode crescer. Se ela faltar, a economia pára, entra em colapso. Simplesassim. Há um cálculo mundial para detectar a probabilidade de um país ficar no escuro. O índiceinternacionalmente aceitável é de 3%. Ou seja, uma nação está segura quando há três chancesem 100 de faltar energia. Em 1997, essa taxa no Brasil era de 5%. Subiu para 15% no início de2000 e deve chegar a 20% no fim do ano. Em energizês, o país tem sete vezes mais possibilidadede sofrer com a falta de energia do que seria aceitável.Dificilmente a falta de energia atinge as pessoas diretamente, pois o consumo doméstico éirrisório no cômputo geral. O que pesa são os gastos industriais. Quando falta luz em casa, emgeral, o motivo é uma falha nas linhas de transmissão, não um colapso na geração.Desde que o preço do petróleo começou a subir teimosa e implacavelmente, no ano passado, omundo parece ter atentado para o problema da extrema dependência em relação a poucas fontesde energia, que estão nas mãos de um número reduzido de controladores e que ninguém sabepor quanto tempo serão suficientes para suprir as necessidades globais. No que diz respeito aopetróleo, são todas meio improvisadas as estimativas a respeito das reservas, da capacidade deprodução e do crescimento do consumo. É difícil prever por quanto tempo a humanidade poderácontar com o fornecimento de petróleo a um custo compensador, mesmo com novas tecnologiasde extração sendo desenvolvidas a cada dia.O sistema brasileiro opera próximo ao limite da capacidade instalada, com uma pequena margemde sobra.A prova de que há uma certa angústia no ar em relação ao suprimento energético é a atitudedos grandes consumidores. Cada um deles está em busca da chamada luz no final do túnel.”RAMIRO, Denise. Veja, 6/9/2000, p. 135 (com adaptações).VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


34. UnB-DF A propósito das idéias e expressões do texto, julgue os seguintes itens comoverdadeiros ou falsos.( ) No terceiro período, o pronome “ela” pode referir-se tanto a “energia” como a “geração”.( ) O tom de preocupação acerca do tema e a redação de trechos como “Simples assim”e “busca da chamada luz no final do túnel” indicam que a linguagem predominanteno texto é a coloquial.( ) Devido a novas tecnologias, a situação brasileira é altamente favorável, pois o paísconta com potenciais energéticos imensuráveis, ainda não-explorados.( ) No período final, a expressão “luz no final do túnel” foi explorada duplamente: com osentido conotativo, significando solução para o problema, e denotativamente, comreferência à luz como energia luminosa.1735. UnB-DF No que se refere às idéias do texto e sua vinculação com outras áreas do conhecimento,julgue os itens que se seguem como verdadeiros ou falsos.( ) Ao mencionar “a geração de energia”, o texto argumenta contrariamente ao princípioda Física segundo o qual energia não pode ser criada, mas apenas transformada.( ) O termo “energizês” é uma criação vocabular formada a partir de energia para designara linguagem técnica internacional do setor da Bolsa de Valores de São Paulo quetrata da economia de energia.( ) As porcentagens no primeiro parágrafo permitem afirmar que, se em 1997 a populaçãobrasileira era de 140 milhões de habitantes, havia chance de faltar energia para 7 milhõesde pessoas; para uma população estimada em 167 milhões no final de 2000, afalta deverá atingir 33,4 milhões de pessoas.( ) As idéias do texto permitem inferir que os colapsos na geração de energia estão relacionadosao consumo industrial.36. UFRS Leia o trecho abaixo de Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa.GABARITOIMPRIMIR“— Nonada. Tiros que o senhor ouviu foram de briga de homem não, Deus esteja. Alvejei miraem árvores no quintal, no baixo do córrego. Por meu acerto. Todo dia isso faço, gosto; desde malem minha mocidade. Daí, vieram me chamar. Causa dum bezerro: um bezerro branco, erroso, osolhos de nem ser — se viu —, e com máscara de cachorro. Me disseram; eu não quis avistar.Mesmo que, por defeito como nasceu, arrebitado de beiços, esse figurava rindo feito pessoa. Carade gente, cara de cão: determinaram — era o demo. Povo prascóvio. Mataram. Dono dele nem seiquem for. Vieram emprestar minhas armas, cedi. Não tenho abusões. O senhor ri certas risadas…Olhe: quando é tiro de verdade, primeiro a cachorrada pega a latir, instantaneamente — depois,então, se vai ver se deu mortos. O senhor tolere, isto é o sertão.”Assinale a afirmativa correta em relação ao trecho.a) “Nonada” remete a uma situação anterior, pressuposta no início do romance, sobre aqual o narrador e o ouvinte estariam conversando.b) As palavras do narrador indicam que o “senhor” compreendeu adequadamente o ocorrido.c) A interpretação do interlocutor sobre os tiros está equivocada, pois aquilo que ele pensounão poderia ocorrer no sertão.d) O aparecimento do bezerro com máscara de cachorro não causa estranhamento entre ossertanejos.e) Para o narrador, os tiros sempre indicam que houve morte de homens.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


37. UFGO O trecho abaixo, de Alcino Leite Neto, foi publicado na TVFolha, de 30 jul. 2000.“Muito do que se condena na televisão brasileira como sendo obtuso, reacionário ou malfeito éapenas popular, demasiadamente popular. A televisão foi implantada no Brasil em 1950, masdurante muito tempo aparelhos de TV foram privilégio das classes alta e média. No início dadécada de 60, no interior do país, então predominantemente rural, apenas os mais ricos possuíamum televisor.”18A respeito da forma de ordenação de idéias empregada pelo autor, é possível afirmar que( ) prevalece, no fragmento, um tipo de ordenação muito utilizado nos textos jornalísticos:a ordenação por contraste de conceitos.( ) a ordenação por tempo e espaço favorece um raciocínio que opera com noções detransformação e mudança, consideradas num certo período e em determinado lugar.( ) o argumento de que, no Brasil, a televisão esteve associada a privilégio de classe édemonstrado por meio de um tipo de ordenação: a enumeração de fatos.( ) sobressai, no fragmento, a especificação de conceitos, já que o autor define a TVcomo um meio de comunicação demasiadamente popular.Texto para a questão 38:GABARITO“A VIDA MODERNA OFERECE TV DIGITAL, CELULAR, INTERNET E O JEEP GRANDCHEROKEE PARA VOCÊ FUGIR DISSO TUDO.Jeep Grand Cherokee. A partir de R$ 55.400O mundo tem lugares onde você pode viver emoções muito maiores do que ir e vir do trabalho.E o Jeep Grand Cherokee dá liberdade para você seguir qualquer trilha. Ele tem motor 4.0 L HighOutput, tração Quadra-Trac ® 4x4 permanente, duplo air-bag, freios a disco nas quatrorodas com ABS e suspensão ‘Up Country’ para você chegar onde ninguém chegou. Além decâmbio automático e ar-condicionado para você chegar lá inteiro. Jeep Grand Cherokee. Avida moderna em favor da vida de verdade.Jeep ®Só Existe Um.”Veja, 11/10/98.38. UFMT Com base no texto acima, julgue os itens que seguem como verdadeiros ou falsos:( ) A propaganda defende a idéia de que a tecnologia é insuficiente para o homem ser felizna vida moderna.( ) A tese que sustenta o texto é a de que a vida moderna propicia não só alta tecnologiacomo também possibilidades de se fugir dela.( ) A expressão “onde ninguém chegou” pode significar sucesso profissional.( ) Os argumentos utilizados para convencer o leitor se baseiam nos atrativos da vidamoderna e não no objeto em si da propaganda.( ) A palavra trilha refere-se unicamente a caminhos pouco percorridos.IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


39. U. E. Maringá-PR Leia o texto a seguir e assinale o que for correto.19GABARITOIMPRIMIR“Circuito fechadoChinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água, espuma, creme de barbear,pincel, espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água quente, toalha. Creme paracabelo, pente. Cueca, camisa, abotoaduras, calça, meias, sapatos, gravata, paletó. Carteira, níqueis,documentos, caneta, chaves, lenço, relógio, maço de cigarros, caixa de fósforos. Jornal. Mesa, cadeiras,xícara e pires, prato, bule, talheres, guardanapo. Quadros. Pasta, carro. Cigarro, fósforo. Mesa epoltrona, cadeira, cinzeiro, papéis, telefone, agenda, copo com lápis, canetas, bloco de notas, espátula,pastas, caixas de entrada, de saída, vaso com plantas, quadros, papéis, cigarro, fósforo. Bandeja,xícara pequena. Cigarro e fósforo. Papéis, telefone, relatórios, cartas, notas, vales, cheques, memorandos,bilhetes, telefone, papéis. Relógio. Mesa, cavalete, cinzeiros, cadeiras, esboços de anúncios, fotos,cigarro, fósforo, bloco de papel, caneta, projetor de filmes, xícara, cartaz, lápis, cigarro, fósforo, quadro-negro,giz, papel. Mictório, pia, água. Táxi. Mesa, toalha, cadeiras, copos, pratos, talheres, garrafa,guardanapo, xícara. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Escova de dentes, pasta, água. Mesa e poltrona,papéis, telefone, revista, copo de papel, cigarro, fósforo, telefone interno, externo, papéis, provade anúncio, caneta e papel, relógio, papel, pasta, cigarro, fósforo, papel e caneta, telefone, caneta epapel, telefone, papéis, folheto, xícara, jornal, cigarro, fósforo, papel e caneta. Carro. Maço de cigarros,caixa de fósforos. Paletó, gravata. Poltrona, copo, revista. Quadros. Mesa, cadeiras, pratos, talheres,copos, guardanapos. Xícaras. Cigarro e fósforo. Poltrona, livro. Cigarro e fósforo. Televisor, poltrona.Cigarro e fósforo. Abotoaduras, camisa, sapatos, meias, calça, cueca, pijama, chinelos. Vaso, descarga;pia, água, escova, creme dental, espuma, água. Chinelos. Coberta, cama, travesseiro.”RAMOS, Ricardo. In: LADEIRA, J. de G. Contos brasileiros contemporâneos. São Paulo: Moderna, 1995, p. 71.(01) Trata-se de um texto em prosa, marcado por uma das características fundamentais dorealismo do século XIX: o determinismo social, a explicação do comportamento humanobaseada na idéia de que o homem é um produto do meio em que vive. Provadisso é o fato de que importa menos a forma pela qual são construídos os elementosda narrativa (personagem, espaço, tempo, etc.) do que a determinação que o personagemprincipal sofre do meio social, no caso, exemplificado pelo escritório da agênciade publicidade em que trabalha e pela classe social a que pertence: a classe média.(02) Trata-se de um texto em prosa, marcado por uma das características fundamentais daarte moderna e contemporânea: a pesquisa de novas formas de expressão estéticacriadas a partir do experimentalismo lingüístico. Prova disso é que todos os elementosda narrativa (personagem, espaço, tempo, etc.) são construídos a partir do usoexclusivo de substantivos.(04) Trata-se de um texto em prosa, marcado por uma das características fundamentais doromantismo: a solidão do homem que, singular e diferenciado dos demais, não consegueadaptar-se à mediocridade que caracteriza a vida dos seus semelhantes. Provadisso é que o que se destaca são os sentimentos do personagem, que exerce umafunção criativa, provavelmente artística, no isolamento de sua casa e do escritório daagência de publicidade em que trabalha. Tal isolamento é necessário para que o personagemdesenvolva suas idéias e realize as suas obras.(08) Trata-se de um texto em prosa em que as ações e a situação dramática são reduzidasao contato com objetos do cotidiano, evidenciando que o personagem vive uma vidatediosa e aborrecida, limitada à rotina da polaridade casa-trabalho, marcada pela solidãoe pelo automatismo. Prova disso é o fato de que as ações e a situação dramática,construídas por meio do uso exclusivo de substantivos, convertem-se no seu contrário,evidenciando a passividade (não-ação) e a desumanização do personagem.(16) Trata-se de um texto em prosa em que a construção do personagem não permite umauniversalização da experiência por ele vivida. Provas disso são, por exemplo, a faltade nome próprio e de descrição física do personagem.(32) As principais figuras de linguagem presentes no texto são a antítese e a metáfora.Prova disso é o fato de que a primeira contrapõe a rotina massacrante do trabalho àimprevisibilidade característica da vida doméstica; a segunda é o recurso por meio doqual as ações mecânicas do personagem são identificadas, inclusive no que se refereao tempo cronológico.(64) As principais figuras de linguagem presentes no texto são a repetição e a metonímia.Prova disso é o fato de que a primeira enfatiza a idéia de rotina, esclarecendo o títulodo texto; a segunda é o recurso por meio do qual as ações mecânicas do personagemsão identificadas, inclusive no que se refere ao tempo cronológico.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


Texto para as questões 40 e 41:20GABARITOIMPRIMIR“Escola Pública e DemagogiaO Senado acaba de reservar 59% das vagas das universidades públicas para estudantes quefizeram seus cursos fundamental e médio apenas nas escolas públicas. Resta a aprovação daCâmara para que a criação de cotas no ensino superior e uma benevolência demagógica se tornemlei.A reação imediata diante desse tipo de iniciativa é lembrar aos parlamentares que universidadeé centro de excelência, de formação dos melhores e mais capacitados quadros do país. Mas apenasesse argumento não mostra quão desinformada é a atitude dos que defendem tal medida.Na justificação do projeto senatorial, alega-se que a lei é ‘medida de ação afirmativa’ que quer‘atenuar a discriminação imposta às camadas mais pobres’. Apenas 45% dos alunos das universidadesfederais viriam de escolas públicas, justificam. Os senadores poderiam até acenar com dadosde duas das melhores universidades do Brasil, USP e Unicamp, nas quais apenas 25% dosaprovados no vestibular, em 98, cursaram o ensino médio, em escola do Estado.Um exame em detalhe da questão revela as inconsistências do projeto. Por que as vagas serãoreservadas apenas aos que fizeram integralmente seus estudos na escola pública? Quem a duraspenas teve estudos pagos por um ou dois anos em uma barata e ineficaz escola privada, que háaos milhares, deve ser excluído?É uma minoria seleta de grandes escolas privadas que coloca seus alunos nas melhores universidades.Mesmo assim, 20% dos estudantes da Unicamp provêm de famílias com rendimentoinferior a dez salários mínimos. Embora a grande maioria dos brasileiros tenha renda inferior aessa, ainda assim ela não basta para pagar mensalidades de escolas de elite.De resto, vestibulandos bem-sucedidos de escolas públicas cursaram estabelecimentos que muitasvezes estão em bairros de classe média, cujos pais têm boa formação educacional, auxiliam asescolas até com dinheiro e participam da comunidade escolar. São poucos os de fato pobres quefuram a barreira da ‘discriminação’, como justifica o projeto do Senado.Alguma aritmética pode dar ainda a medida da inocuidade do projeto de cotas, ademais seconsiderada a ambição de propósitos senatoriais. Com a nova lei, aumentaria em 7.000 o númerode alunos de escolas públicas na USP, na Unicamp e nas instituições federais que matriculam porano 107 mil novos alunos, de resto em detrimento de estudantes mais preparados. Vale lembrarainda que são 5 milhões os que cursam o ensino médio público. Segundo o Mec, 53% estãoatrasados nos estudos. Apenas 25% dos brasileiros, em idade de estudar no ensino médio, estãoem escolas desse nível de instrução.Em 1999, 27% dos novos alunos da USP vieram de escola pública. Há cinco anos, eles eram32%. Há 20 anos eles foram 57%. Os ainda poucos brasileiros que chegam ao ensino médiopúblico estudam em escolas cujo nível claramente se degrada. Parece evidente que o enfoquesério do problema deve ser o da melhoria da educação pública. Reservar cotas para estudantes doEstado não ataca o problema, mas pode reservar votos para os defensores de tal projeto.”Folha de S. Paulo, 05/09/99, Cad. 1, p. 2.40. UEGO A partir da leitura do texto, podemos afirmar que( ) a palavra demagogia, presente no título, permite-nos estabelecer a oposição “democraciaversus demagogia”, uma vez que a escola pública concretiza o termo democracia;( ) o enunciador apresenta o fato no primeiro parágrafo e já, a partir do segundo, começaconstruir a oposição ao que foi afirmado;( ) nos cinco parágrafos entre o início e a conclusão do texto, o enunciador constróiargumentos que se apóiam em comprovações que, num processo decrescente vãoreafirmar, no parágrafo final, a oposição estabelecida nos dois primeiros;( ) a frase “Reservar cotas para estudantes… pode reservar votos para os defensores detal projeto” (último parágrafo) é sinônimo de democracia;( ) falta vontade política para a solução de problemas cruciantes da sociedade brasileira,pois os políticos só se interessam por soluções paliativas e que provocam impacto,uma vez que são elas que lhes renderão votos nas urnas.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


41. UEGO Em relação à estrutura e ao conteúdo dos parágrafos, pode-se afirmar que:( ) o enunciador apresenta o fato no primeiro parágrafo, ao mesmo tempo em que acenacom a possibilidade de que a proposta não chegue a ser lei;( ) no segundo parágrafo, temos uma primeira oposição ao proposto no primeiro e umaintrodução ao terceiro;( ) no terceiro parágrafo, o enunciador apresenta os argumentos de seu opositor, esclarecendoe conquistando a adesão do leitor às suas idéias;( ) no quarto, quinto e sexto parágrafos são fornecidos detalhamentos da afirmação feitano terceiro e esses detalhamentos contribuem para dimensionar a inocuidade do projeto;( ) no último parágrafo, o autor apresenta a degradação crescente do nível de ensino daescola pública, comprovando o caráter demagógico da medida, uma vez que sua conclusãoé incontestável.42. I.E.Superior de Brasília-DF21GABARITOIMPRIMIR“A Nona Conferência Internacional Americana e os Direitos HumanosOs Estados americanos, no livre exercício de suas próprias soberanias, mediante um processoevolutivo que resultou na adoção de diferentes instrumentos internacionais, estruturaram umsistema regional de promoção e proteção dos direitos humanos, no qual se reconhecem e definemcom precisão a existência desses direitos; se estabelecem normas de conduta obrigatóriasdestinadas a sua promoção e proteção, e se criam os órgãos destinados a velar pela fiel observânciadesses direitos.Esse sistema interamericano de promoção e proteção dos direitos fundamentais do homemteve seu início formal com a Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem, aprovadapela Nona Conferência Internacional Americana (Bogotá, Colômbia, 1948), durante a qual tambémfoi criada a Organização dos Estados Americanos, cuja Carta proclama os ‘direitos fundamentaisda pessoa humana’ como um dos princípios em que se fundamenta a Organização.Além disso, foram aprovadas algumas resoluções que se enquadram no campo dos direitoshumanos, tais como as convenções sobre concessão dos direitos civis e políticos à mulher, aresolução sobre ‘Condição Econômica da Mulher Trabalhadora’ e a ‘Carta Internacional Americanade Garantias Sociais’, na qual os Governos da América estabelecem ‘os princípios fundamentaisque devem proteger os trabalhadores de toda classe’ e que ‘estabelece os direitosmínimos de que devem eles gozar nos Estados americanos, sem prejuízo da possibilidade deque as leis de cada um possam ampliar esses direitos ou reconhecer outros mais favoráveis’,pois reconhecem que ‘as finalidades do Estado não se cumprem apenas com o reconhecimentodos direitos do cidadão’, mas também ‘com a preocupação pelo destino dos homens e dasmulheres, considerados não como cidadãos mas como pessoas’ e, conseqüentemente, deve-segarantir ‘simultaneamente tanto o respeito às liberdades políticas e do espírito, como a realizaçãodos postulados da justiça social’.”Julgue os itens a seguir, de acordo com a leitura, compreensão e interpretação textuais:( ) Desses, esses são anafóricos e, como tal, fatores de coesão textual.( ) Os membros da OEA se obrigam a seguir as normas de promoção e proteção dosdireitos do homem.( ) Cada país membro encarrega-se, no interior de suas fronteiras, de velar pela observânciadas normas criadas internacionalmente.( ) Infere-se que os direitos configurados na Carta Internacional de Garantias Individuaissofrem alguma espécie de limitação.( ) Infere-se que se estabele uma diferença entre liberdade política e liberdade de espírito.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


Texto para as questões 43 e 44:“(…) Eu deixara o visitante falar, sem interrompê-lo. Nariz de Ferro, que era um anão, mastinha a postura de um gigante presunçoso, levantou-se e, virando sua enorme cabeça de cabelosencarapinhados, exibiu o perfil para mim. Seu nariz imenso, de linhas perfeitas, era um poucomais negro do que o rosto.‘Eu me preparei para enfrentar a adversidade. Estou acabando de escrever o Manual dos frustrados,fodidos e oprimidos. Nele descrevo, minuciosa e sistematicamente, os métodos mais sujos e destruidorespara se ir à forra de qualquer inimigo, seja ele quem for, forças armadas, imposto de renda, companhiasde serviços públicos, companhias de cartões de crédito, bancos, a polícia, o proprietário senhorio,a loja comercial, qualquer pessoa ou instituição que tem força e sacaneia os outros. Ensino a técnicaadequada para devassar, desmoralizar, arruinar, aniquilar, exterminar indivíduos e organizações odiosas,mostro como atacar saindo das sombras, como atormentar e destruir sem misericórdia. Pela suacara vejo que não gosta de mim’. (Esse livro, na verdade, nunca foi escrito. Nariz de Ferro gostava dejactar-se não apenas das coisas que havia feito, mas também das que ainda pretendia fazer.)‘Está enganado. Gosto das pessoas que não sabem qual é a verdadeira altura delas’, eu disse. (…)”2243. U.Católica-GO Levando em consideração as relações de sentido na construção do texto,julgue as proposições a seguir como verdadeiras ou falsas.( ) De acordo com a fala da primeira personagem, os nossos inimigos podem ser pessoasou instituições, basta terem o poder.( ) À fala de Nariz de Ferro aplica-se a conhecida expressão “olho por olho, dente por dente”.( ) No fragmento em análise, percebe-se, com relação ao modo de narrar, a presença deum narrador personagem e, com relação ao modo de citação do discurso, o predomíniodo diálogo, o qual se constrói com uso do discurso direto.( ) De acordo com o texto, o referido Manual é escrito para as pessoas que têm poderes— como financeiro e político — e apresenta métodos para destruir aqueles que nãotêm esses poderes.( ) Em “Nariz de Ferro gostava de jactar-se não apenas das coisas que havia feito, mastambém das que ainda pretendia fazer, a intromissão do narrador apresenta sutilmenteuma característica negativa do caráter da personagem. Essa afirmação é reforçadapor meio do vocábulo “jactar-se”, que significa “gabar-se, vangloriar-se”.( ) O uso da palavra “ainda”, em “Nariz de Ferro gostava de jactar-se não apenas dascoisas que havia feito, mas também das que ainda pretendia fazer”, introduz o pressupostode que Nariz de Ferro não escreveu o Manual, mas admite a possibilidade de olivro ser escrito futuramente.GABARITOIMPRIMIR44. U.Católica-GO Com base na construção e organização gramatical do texto, julgue asproposições a seguir como verdadeiras ou falsas.( ) No fragmento em análise, há a mistura dos dois níveis de linguagem: o formal e oinformal. O nível formal evidencia-se pela predominância de uma construção sintáticaadequada à norma padrão; o nível informal, pela presença de alguns vocábulosmais utilizados na linguagem oral.( ) Em “Estou acabando de escrever o Manual dos frustrados, fodidos e oprimidos”, osverbos em destaque exercem a função sintática de predicativo do sujeito.( ) O período “Nariz de Ferro, que era um anão, mas tinha a postura de um gigante presunçoso.”não teria o sentido de contraposição alterado, se fosse assim reescrito: Nariz deFerro, que era um anão, embora tivesse a postura de um gigante presunçoso…( ) O vocábulo “altura” em “Gosto de pessoas que não sabem qual é a verdadeira alturadelas”, levando-se em consideração outras informações contidas no texto, é ambíguoe provoca um efeito de sentido que permite uma referência tanto a aspectos psicológicosquanto físicos.( ) O pronome “me” em “Em me preparei para enfrentar a adversidade” teria de vir, deacordo com a regra de colocação pronominal, depois do verbo por anteceder a preposição“para”.( ) Em “Eu deixara o visitante falar…”, o verbo “deixara” poderia ser substituído porseu correspondente composto, mais utilizado na linguagem oral: Eu tinha deixado ovisitante falar…VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


45. U.Católica-GO As proposições que se seguem referem-se ao texto. Julgue-as.“Macunaíma aproveitava e esperava se aperfeiçoando nas duas línguas da terra, o brasileirofalado e o português escrito. Já sabia o nome de tudo. Uma feita era dia da Flor, festa inventadapros brasileiros serem caridosos e tinha tantos mosquitos carapanãs que Macunaíma largou oestudo e foi na cidade refrescar as idéias. Foi e viu um despropósito de coisas. Parava em cadavitrina, e examinava dentro dela aquela porção de monstros, tanto que até parecia a serra do Ererêonde tudo se refugiou quando a enchente grande inundou o mundo. Macunaíma passeava eencontrou uma cunhatã com uma urupema carregadinha de rosas. A mocica fez ele parar e botouuma flor na lapela dele, falando:Custa mil réis.”ANDRADE, Mário. Macunaíma.23( ) Em “se aperfeiçoando nas duas línguas da terra, o brasileiro falado e o portuguêsescrito”, percebe-se uma referência explícita às variedades lingüísticas em nosso país,dividindo a língua em dois registros: o falado e o escrito.( ) A referência à festa da Flor configura-se no texto como uma crítica ao sentido capitalistada criação de determinadas datas comemorativas. Essa afirmação confirma-se nosdois últimos períodos do texto, em contraposição ao conceito inicial dado à festa daFlor; “Uma feita era dia da Flor, festa inventada pros brasileiros serem caridosos…”( ) A mocica fez ele parar… O uso do pronome do caso reto como complemento não éadequado, de acordo com as normas da língua padrão.( ) Em … “até parecia a serra do Ererê onde tudo se refugiou quando a enchente grandeinundou o mundo.”, observa-se uma intertextualização com a passagem bíblica referenteao Dilúvio.( ) Em “Foi e viu um despropósito de coisas”, o complemento verbal refere-se aos doisverbos empregados: foi e viu.( ) A palavra “vitrina”, em “Parava em cada vitrina”, é de origem francesa e está grafadade acordo com a regra ortográfica vigente. No entanto, o emprego dessa forma contrariauma característica do texto — a oralidade — uma vez que a forma utilizada nalinguagem coloquial é vitrine.GABARITOIMPRIMIR46. U.Católica-GO Considere a charge que segue e julgue as afirmativas como verdadeirasou falsas.( ) A charge apresenta umasituação de crítica ao apegoexcessivo das pessoasao mundo virtual e umalerta em relação à utilizaçãodas informaçõesque deveriam servir paracolocá-las em sintoniacom seu mundo real.( ) No texto, fica clara a consideraçãoe a amizade dointernauta por seu animalde estimação.Imagina, louro… Aqui diz queas pessoas que passam muitotempo conectadas à Internetacabam menosprezando seuslaços de amizade…( ) A expressão facial do internauta e outros elementos icônicos presentes na chargereforçam e exemplificam a mensagem verbal.( ) O imperativo do verbo “imaginar” e o pronome “seus”, no texto verbal da charge,têm como referente um mesmo elemento nominal: a palavra “louro”.( ) O emprego do acento grave em “conectadas à Internet” está adequado por ter a palavra— “Internet” — sido considerada do gênero feminino em língua portuguesa.( ) Em “Aqui diz que as pessoas que passam…”, o segundo “que” é pronome relativo e,como pronome relativo, exerce função sintática na frase em que aparece.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


Texto para as questões 47 e 48:“No Brasil, mas de passagemO processo de abertura econômica do país produziu mudanças na vida dos brasileiros, masmexeu também com a rotina de milhares de estrangeiros. Desde 1990, grupos cada vez maioresde executivos oriundos de outros países mudaram-se com a família para o Brasil para trabalhar. Oprocesso se intensificou com as privatizações ocorridas no setor de telecomunicações, com avenda de bancos para grupos estrangeiros e com a chegada da nova safra de montadoras deautomóveis. Hoje, existem colônias de franceses no Paraná, graças à Renault. Em São Paulo,muitos espanhóis na esteira da Telefônica. A Bahia recebeu uma recente onda de americanos porcausa da transferência da Ford, ‘roubada’ do Rio Grande do Sul. Das 500 maiores companhiastransnacionais, mais de 400 estão instaladas no país. Como o Brasil ganhou espaço no mundo dosnegócios, nada mais natural que essas empresas transfiram para o país alguns executivos damatriz. Para as companhias, essa transferência representa um reforço na filial. Para os executivose a família, a mudança é um sacolejo completo na vida.”BUCHALLA, Anna Paula. Veja, 26/04/2000.47. UEMS24“Como o Brasil ganhou espaço no mundo dos negócios, nada mais natural que essas empresastransfiram para o país alguns executivos da matriz. Para as companhias, essa transferênciarepresenta um reforço na filial”.No fragmento anterior, os termos sublinhados referem-se respectivamente às seguintespassagens do texto:a) companhias transnacionais, mudança dos executivos estrangeiros.b) mudança dos executivos, companhias transnacionais.c) empresas da Ford; transferência dos brasileiros.d) empresas da Renault; mudança dos executivos estrangeiros.e) companhias transnacionais; transferência dos brasileiros.GABARITO48. UEMS Na passagem A Bahia recebeu uma recente onda de americanos por causa datransferência da Ford, ‘roubada’ do Rio Grande do Sul. Podemos inferir que:a) o governo da Bahia convenceu o governo do Rio Grande do Sul a deixar a Ford naqueleEstado.b) o governo da Bahia ofereceu mais incentivos à Ford, por isso esta empresa instalou-se lá.c) o governo da Bahia trapaceou o governo do Rio Grande do Sul.d) o governo do Rio Grande do Sul não quis a Ford em seu estado.e) o governo do Rio Grande do Sul não colocou guardas na Ford, por isso a Bahia rouboulheesta empresa.49. UEMS A partir da leitura do poema abaixo podemos afirmar:IMPRIMIR“Cobras cegas são notívagas.O orangotango é profundamente solitário.Macacos também preferem o isolamento.Certas árvores só frutificam de 25 em 25 anos.Andorinhas copulam no vôo.O mundo não é o que pensamos.”a) o poema não é coerente, pois as frases estão soltas.b) o poema é coerente, pois não possui “elos” entre um verso e outro.c) o poema não possui “elos” conectivos, mas possui significação.d) os versos do poema estão justapostos, e isto garante a sua coerência.e) um poeta, ao construir um poema, não se preocupa com sua coerência.Carlos <strong>Dr</strong>ummond de Andrade.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


50. UFPR No texto abaixo, várias expressões retomam ou antecipam outras para conferircoesão ao texto. Marque a(s) alternativa(s) que aponta(m) corretamente essas ligações,assinalando V (verdadeira) ou F (falsa).“A cidade das calçadas jurássicasO padre italiano Giuseppe Leonardi, um dos maiores paleontólogos do mundo, estava viajandopelo interior paulista em 1976 quando uma súbita dor de dente o obrigou a fazer uma parada emAraraquara. Ao pisar nas lajes cor-de-rosa usadas como calçamento na cidade reparou em algoestranho. Ficou tão entusiasmado que até se esqueceu de ir ao dentista. A análise das marcasconfirmou o seu palpite. Ali estavam impressas pegadas de répteis que habitaram a região deAraraquara 180 milhões de anos atrás. As lajes tinham sido arrancadas das rochas de uma pedreira,nos arredores da cidade. Lá ficaram gravados os únicos registros de dinossauros brasileiros doperíodo jurássico. Leonardi explicou ao prefeito que precisava arrancar os trechos de calçadas compegadas de dinos. O prefeito riu da cara dele e negou o pedido. Mas o padre-cientista não seabalou. Esperou o Carnaval, quando a cidade inteira estava muito ocupada em se divertir, parameter a picareta no calçamento e levar o tesouro para o Departamento Nacional de ProduçãoMineral, no Rio de Janeiro, que o guarda até hoje.”Superinteressante, Abril, 1999.25( ) Ali estavam impressas pegadas de répteis… → lajes cor-de-rosa usadas como calçamentona cidade.( ) Lá ficaram gravados os únicos registros de dinossauros brasileiros… → rochas deuma pedreira, nos arredores da cidade.( ) … levar o tesouro para o Departamento Nacional de Produção Mineral, no Rio deJaneiro, que o guarda até hoje. → Rio de Janeiro.( ) O prefeito riu da cara dele e negou o pedido. → o padre Giuseppe Leonardi.( ) … quando uma súbita dor de dente o obrigou a fazer uma parada em Araraquara. →o interior paulista.( ) … levar o tesouro para o Departamento Nacional de Produção Mineral, no Rio deJaneiro, que o guarda até hoje. → os répteis que habitavam a região.( ) Ao pisar nas lajes cor-de-rosa usadas como calçamento na cidade, reparou em algoestranho. → pegadas de répteis.Texto para as questões 51 e 52:GABARITOIMPRIMIR“Alguns cientistas já se preocupam em garantir que os robôs do futuro tragam em seus programas,em todos eles, um ‘chip’ da bondade que os impeça de fazer mal aos homens, assumindo,assim, que não seja possível sequer desligá-los. Talvez estejam sonhando, como pensam alguns.Talvez não.Lembremos: quando um dos primeiros computadores do mundo, o Eniac, foi produzido, em1946, a revista Popular Mechanics escreveu que a nova maravilha eletrônica tinha 18 mil válvulase pesava 30 toneladas, fazendo o que pareceu, na época, uma previsão tresloucada: ‘Os computadoresdo futuro talvez usem apenas mil válvulas e pesem em torno de uma tonelada’. Hoje, umcomputador bem mais poderoso do que o Eniac cabe no bolso da camisa.Esse fato autoriza a reiteração da dúvida: estarão os cientistas sonhando? Talvez sim.Talvez não.”51. Unifor-CE O texto explora como idéia central:a) a incerteza que envolve o julgamento de alguns acerca da garantia dos cientistas a respeitodos robôs do futuro.b) a crítica que considera tresloucada a previsão da revista Popular Mechanics em 1946.c) a potência do computador de hoje, que supera o Eniac, um dos primeiros computadoresdo mundo.d) a possibilidade de que, no futuro, todos os robôs venham a ser desligados.e) a comparação entre o peso dos primeiros computadores do mundo e o dos computadoresna atualidade.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


52. Unifor-CE Infere-se do texto que:a) qualquer ameaça dos robôs do futuro ao homem será detida pelo simples gesto de desconectá-los.b) a eficiência do computador independe de suas dimensões.c) ainda hoje há previsões tresloucadas a respeito dos computadores.d) o computador é a expressão mais aprimorada do avanço da tecnologia.e) robôs e computadores condicionam o poder da tecnologia.Texto para as questões de 53 a 56:26“Um triste espetáculo é a alegria feroz com que os políticos e cidadãos que se dizem democratas,os jornais, o rádio, a TV descrevem as dificuldades de Cuba, na alvoroçada esperança de umaderrocada do seu regime. Parece que lhes dá prazer noticiar e comentar que falta alimento eroupa, as máquinas agrícolas estão sendo puxadas por animais, a bicicleta substitui o automóvel.Com certeza esperam que o regime odiado acabe na fome, na miséria e na desgraça coletiva, afim de pagar os sustos que deu.Um dos pressupostos dessa atitude é que o socialismo não funciona. Provavelmente, para essescríticos eufóricos o que funciona é a ‘democracia’ brasileira, que só pode ser mencionada entreaspas, pois tem não apenas mantido, mas cultivado e agravado a miséria de um povo que, cincoséculos depois do Descobrimento, não sabe ler, vive doente, sofre todas as privações e, portanto,serve de boa massa para os demagogos elegerem quanto aventureiro consiga vender a sua deterioradamercadoria política. Isso, quando as classes dominantes não resolvem salvar a pátria pormeio do singular instrumento ‘democrático’ que são os golpes mais ou menos militares.Mas o fato é que (repita-se pela milésima vez) o regime cubano conseguiu o que nenhum outrotinha conseguido na América Latina: tirar o povo da sujeição torpe e dar-lhe o sentimento daprópria dignidade, graças à aquisição dos requisitos indispensáveis — saúde, alimentação, relativaequivalência de oportunidades, afastamento mínimo possível entre os salários mais altos e os maisbaixos. Note-se que isso não é uma vaga esperança: é uma realidade. E mesmo que o regimecubano dure apenas o tempo de uma geração, ele terá mostrado que o socialismo é possível nestaparte do mundo, permitindo uma vida de teor humano em contraste com a iniqüidade mantidapelas oligarquias.”CANDIDO, Antonio. Recortes.GABARITO53. Fuvest-SP Considerando-se o contexto em que aparece, a frase que está reconstruída demodo a preservar seu sentido é:a)“Um dos pressupostos dessa atitude é que o socialismo não funciona” = pressupõe-seque essa atitude implique o funcionamento do socialismo.b)“tirar o povo da sujeição torpe e dar-lhe o sentimento da própria dignidade” = livrar opovo de quem o sujeita e fazê-lo crer na ilusão de que seja digno.c)“permitindo uma vida de teor humano em contraste com a iniqüidade mantida pelasoligarquias” = possibilitando uma vida menos humanitária, ao invés da opressão políticaimposta pelas elites.d)“na alvoroçada esperança de uma derrocada do seu regime” = em face da intuição deque o regime está perdendo força.e)“que só pode ser mencionada entre aspas” = cuja menção deve vir sempre ressalvada.IMPRIMIR54. Fuvest-SP O autor identifica os opositores do regime cubano entrea) os membros da oligarquia cubana, cuja principal preocupação é gerar a instabilidade doregime socialista.b) os entusiastas de um conceito superado de democracia, segundo o qual as eleiçõesconsolidam o poder político do povo.c) todos os que sentem prazer em derrotar o socialismo cubano, tendo em vista a influênciaque já exerce em nosso país.d) os defensores de uma falsa democracia, que impede o povo de superar a opressão sociale política.e) os cidadãos, políticos e jornalistas que se dizem democratas, mas se submetem a todo equalquer tipo de ditadura.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


55. Fuvest-SP Considere as seguintes afirmações:I. A veracidade das informações de que em Cuba “falta alimento e roupa, as máquinasagrícolas estão sendo puxadas por animais, a bicicleta substitui o automóvel” é contestadapelo autor.II. No segundo parágrafo, a qualificação de “eufóricos”, atribuída a “esses críticos”,deve-se à convicção de que eles avaliam com pessimismo as possibilidades da democraciano Brasil.III. Nas expressões “relativa equivalência de oportunidades” e “afastamento mínimo possívelentre os salários mais altos e os mais baixos”, os elementos sublinhados indicam apreocupação do autor em manter sua objetividade diante dos dados que analisa.Em relação ao texto, está correto somente o que se afirma ema) I. b) II. c) III. d) I e II. e) II e III.2756. Fuvest-SP No terceiro parágrafo, estão articuladas numa relação de causa (I) e efeito (II)as seguintes expressões:a) I. dar-lhe o sentimento da própria dignidade; II. tirar o povo da sujeição torpe.b) I. aquisição dos requisitos indispensáveis; II. dar-lhe o sentimento da própria dignidade.c) I. terá mostrado que o socialismo é possível; II. mesmo que o regime cubano dureapenas o tempo de uma geração.d) I. a iniqüidade mantida pelas oligarquias; II. terá mostrado que o socialismo é possível.e) I. tirar o povo da sujeição torpe: II. aquisição dos requisitos indispensáveis.Texto para as questões de 57 a 60:GABARITOIMPRIMIR“Um amigo meu estava ofendido porque um jornal o chamou de boa-vida. Vejam que país, quetempo, que situação! A vida deveria ser boa para toda gente; o que é insultuoso é que ela o sejaapenas para alguns.‘Dinheiro é a coisa mais importante do mundo.’ Quem escreveu isso não foi nenhum de nossosestimados agiotas. Foi um homem que a vida inteira viveu de seu trabalho, e se chamava BernardShaw. Não era um cínico, mas um homem de vigorosa fé social, que passou a vida lutando, a seumodo, para tornar melhor a sociedade em que vivia — e em certa medida o conseguiu. Ele nosfala de alguns homens ricos:‘Homens ricos ou aristocratas com um desenvolvido senso de vida — homens como Ruskin,William Morris, Kropotkin — têm enormes apetites sociais... não se contentam com belas casas,querem belas cidades... não se contentam com esposas cheias de diamantes e filhas em flor;queixam-se porque a operária está mal vestida, a lavadeira cheira a gim, a costureira é anêmica, eporque todo homem que encontram não é um amigo e toda mulher não é romance... sofrem coma arquitetura da casa do vizinho...’Esse ‘apetite social’ é raríssimo entre os nossos homens ricos; a não ser ‘social’ seja tomadono sentido de ‘mundano’. E nossos homens de governo têm uma pasmosa desambição degovernar.”Rubem Braga.57. Unifor-CE A expressão “apetite social” significa, no texto, para alguns homens:a) o usufruto de uma condição econômica bastante favorável, na posse de bens particularese influência pessoal.b) uma preocupação mais ampla, tendo em vista o bem da sociedade em geral, não apenaso daqueles mais ricos.c) a discrepância entre a visão que um escritor tem da vida em sociedade e a realidadevivida por algumas camadas sociais.d) uma possibilidade de exploração, pela camada mais alta da população, da mão-de-obraoferecida por algumas profissões bastante desvalorizadas.e) a ambição de possuir sempre mais, além daquilo que já faz parte de seu patrimônio, quenão é percebido como suficiente.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


2858. Unifor-CE Depreende-se corretamente do texto que o cronista:a) defende sua própria opinião de que as pessoas mais ricas só vivem preocupadas comsua vida particular e com o bem-estar de sua família.b) enfatiza a necessidade do dinheiro, que possibilita a um escritor dedicar-se plenamenteao seu trabalho, sem preocupar-se com sua sobrevivência.c) reconhece as razões de pessoas que preferem viver sua vida discretamente, sem se deixarexpor pela imprensa à opinião pública.d) aceita a postura de várias figuras ilustres, inclusive Bernard Shaw, de que tomar-se ricodeve ser o objetivo final daqueles cujo trabalho é reconhecido publicamente.e) compartilha a opinião de Bernard Shaw, de que ricos são aqueles que buscam melhoraras condições de vida para todos os que compõem uma sociedade.59. Unifor-CE Conclui-se corretamente do texto que:a) a vida mundana se torna, habitualmente, o objetivo principal e a forma de que dispõemos homens ricos de exibir tudo aquilo de que desfrutam.b) não há mérito social algum em pessoas que vivem apenas de seu trabalho, especialmenteos considerados pouco dignos dentro da sociedade.c) caberia à camada mais rica da sociedade, a par dos órgãos governamentais, estabelecercondições para a igualdade social.d) jornalistas devem ter sempre o cuidado necessário para não expor publicamente a situaçãoeconômica e social de algumas pessoas.e) agiotas e escritores podem ter opiniões idênticas quanto ao real valor do dinheiro, únicomeio de as pessoas desfrutarem de uma vida digna na sociedade.GABARITO60. Unifor-CE “Homens ricos ou aristocratas com um desenvolvido senso de vida têm enormesapetites sociais...”Essa afirmação estabelece, no texto, um paralelo positivo entre:a) percepção das dificuldades de algumas camadas sociais e justiça social.b) prestação de serviços básicos e trabalho intelectual.c) senso estético de determinados grupos sociais e seu poder econômico.d) relacionamento afetivo e condições socioeconômicas de preservá-lo.e) propriedades particulares e vida familiar organizada.IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


Texto para as questões 61 e 62.“ApeloAmanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, nãosenti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa da esquina. Não foi ausência por uma semana:o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho.Com os dias, Senhora, o leite pela primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos:a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredordeserto, e até o canário ficou mudo. Para não dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber comos amigos. Uma hora da noite eles se iam e eu ficava só, sem o perdão de sua presença a todas asaflições do dia, como a última luz na varanda.E comecei a sentir falta das primeiras brigas por causa do tempero na salada — o meu jeito dequerer bem. Acaso é saudade, Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elasmurcham. Não tenho botão na camisa, calço a meia furada. Que fim levou o saca-rolhas? Nenhumde nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venhapara casa, Senhora, por favor.”TREVISAN, Dalton.In BOSI, A. (org.) O conto brasileiro contemporâneo. São Paulo: Cultrix, 1997, p. 190.2961. PUC-SP Assinale a alternativa correta:a) O autor do texto explicita seu sentimento de liberdade por perceber que, sozinho, podeagir como seus amigos: chegando tarde a casa, deixando os jornais no chão e comendoa salada sem tempero.b) Os interlocutores do texto são os amigos do autor que conversam com ele na esquina,bebem com ele à noite no bar e acompanham-no nas refeições diárias.c) O autor do texto explicita seu sentimento de solidão por perceber que a ausência daSenhora foi aos poucos provocando uma desordem em sua vida cotidiana, tanto no quediz respeito à organização da casa, quanto ao que diz respeito à organização do convíviodele consigo mesmo e dele com os demais.d) O autor do texto explicita seu sentimento de alegria por perceber que a ausência daSenhora foi aos poucos provocando uma inversão de valores em sua vida cotidiana,tanto no que diz respeito às camisas e meias, quanto ao que diz respeito às pessoas e aosanimais.e) O autor do texto explicita seu apelo por perceber que, sozinho, não pode agir como seusamigos: chegando tarde a casa, deixando os jornais no chão e comendo a salada semtempero.GABARITOIMPRIMIR62. PUC-SP Considere as seguintes afirmações:I. O texto apresenta uma visão da vida cotidiana de um homem que, acostumado a vivercom uma mulher, desorganiza-se ao estar sozinho por um período superior a umasemana.II. A subjetividade presente no texto é marcada pela presença do pronome de tratamentoSenhora.III. A ausência da Senhora desencadeia um processo de descontentamento para o autorque menciona problemas com a ordem da casa e com a desordem dos sentimentos.Assinale a alternativa correta.a) Apenas I está correta.b) Apenas I e III estão corretas.c) Apenas II está correta.d) Apenas II e III estão corretas.e) Apenas III está correta.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


63. U. Salvador-BA“O Ferrageiro de CarmonaUm ferrageiro de Carmonaque me informava de um balcão:‘Aquilo? É de ferro fundido,foi a forma que fez, não a mão.Só trabalho em ferro forjadoque é quando se trabalha ferro;então, corpo a corpo com ele;domo-o, dobro-o, até o onde quero.O ferro fundido é sem luta,é só derramá-lo na forma.Não há nele a queda-de-braçoe o cara-a-cara de uma forja.30Existe grande diferençado ferro forjado ao fundido;é uma distância tão enormeque não pode medir-se a gritos.Conhece a Giralda em Sevilha?Decerto subiu lá em cima.Reparou nas flores de ferrodos quatro jarros das esquinas?Pois aquilo é ferro forjado.Flores criadas numa outra língua.Nada têm das flores de formamoldadas pelas das Campinas.Dou-lhe aqui humilde receita,ao senhor que dizem ser poeta:o ferro não deve fundir-senem deve a voz ter diarréia.GABARITOIMPRIMIRForjar: domar o ferro à força,não até uma flor já sabida,mas ao que pode até ser florse flor parece a quem o diga.”NETO, João Cabral de Melo. In: Obra Completa.Organizada por Marly de Oliveira com assistência do autor. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. p. 595-6.O poema mostra:( ) o fazer poético como um processo racional, fundamentado em modelos preexistentes.( ) a relação criador-criatura enfocada sob uma perspectiva irônica.( ) uma analogia entre o ofício do ferrageiro e o do poeta.( ) a “flor” forjada como exemplo de obra de arte criativa.( ) a criação da poesia como um processo cuja marca é a fluência das palavras, semcontrole seletivo.( ) a verossimilhança, o efeito de verdade na obra de arte, ligada à ação persuasiva doartefato sobre o objeto natural.( ) a ação de forjar ligada à marca da pessoalidade no processo criativo, contrapondo-seao plano do fundir, cuja marca é a ausência do sujeito.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


Texto para a questão 64.“Os MúsicosFaz calor. Os grandes espelhos da parede vieram da Europa no fundo do porão; cristal puro. ‘Tua vó fezrisinhos e boquinhas, namorou dentro desse espelho’. Respondo: ‘Minha avó nunca viu esse espelho, elaveio noutro porão’. Nesse instante chegam os músicos, três: piano, violino, bateria; o mais moço, opianista tem quarenta anos, mas é também o mais triste, um rosto de quem vai perder as últimas esperanças,ainda tem um restinho mas sabe que vai perdê-las num dia de calor tocando os Contos dosBosques de Viena, enquanto lá embaixo as pessoas comem bebem suam sem ao menos por um instantelevantar os olhos para o balcão onde ele trabalha com os outros dois: Stein, no violino — cinqüenta e seisanos, meio século atrás: espancado com uma vara fina, trancado no banheiro, privado de comida ‘nemque eu morra você vai ser um grande concertista’ e quando Sara, sua mãe, morreu, ele tocou Strauss norestaurante com o coração cheio de alegria — Elpídio na bateria, cinqüenta anos, mulato, coloca umlenço no pescoço para proteger o colarinho, o gerente não gosta mas ele não pode mudar de camisatodos os dias, tem oito filhos, se fosse rico — ‘fazia filho na mulher dos outros, mas sou pobre e faço naminha mesmo’ — e todos começam, não exatamente ao mesmo tempo, a tocar a valsa da Viúva Alegre.Na mesa ao lado está o sujeito que é casado com a Miss Brasil. Todas as mesas estão ocupadas. Osgarçons passam apressados carregando pratos e travessas. No ar, um grande borborinho.”FONSECA, Rubem. Lúcia McCartney.3164. Ceetps-SP Com base nesse texto é correto afirmar quea) as ações ganham relevo e determinam a estrutura do texto, em que as personagens secolocam vivas diante do processo narrativo.b) o que mais determina o texto são as reflexões, as idéias discutidas ao longo dele, o quelhe confere teor dissertativo.c) trata-se de um misto de narração e dissertação em que as ações das personagens servemcomo apoio para as argumentações do comentarista.d) predomina o caráter descritivo, o que se constata sobretudo pelos substantivos, adjetivose mesmo verbos que auxiliam na caracterização do ambiente.e) apesar dos aspectos descritivos, o elemento determinante do texto é a narração, principalmenteno que diz respeito à caracterização física dos músicos.65. UFMA“Toda essa história de carinho acaba quando boto as luvas. O único afeto que sinto pelos meusadversários é antes de subir no ringue e depois de terminada a luta. Durante, só sinto vontade deganhar, vontade de vencer. O afeto antes é de boa sorte, que nada de mau aconteça. Depois daluta, parabéns, continue.”GABARITOIMPRIMIRA alternativa que melhor expressa a idéia contida na fala do lutador de boxe Acelino —Popó — de Freitas, de forma mais concisa e coesa, é:a) Toda essa história de carinho quando boto as lutas, a fim de que o único afeto que sintopelos meus adversários é antes de subir no ringue e depois de terminada a luta. Durante, sósinto vontade de ganhar, vontade de vencer, ainda que antes o afeto seja de boa sorte, quenada de mau aconteça e, depois da luta, parabéns, continue.b) Toda essa história de carinho acaba quando boto as luvas e, desse modo, o único afeto quesinto pelos meus adversários é antes de subir no ringue e depois de terminada a luta. Durantea luta, só sinto vontade de ganhar, vontade de vencer e, quanto ao afeto, antes é de boa sorte,que nada de mau aconteça. Depois da luta, parabéns, e tudo continua no mesmo.c) Toda essa história de carinho acaba quando boto as luvas, pois o único afeto que sintopelos meus adversários é antes de subir no ringue e depois de terminada a luta. Durante,só sinto vontade de ganhar e de vencer, visto que o afeto antes é de boa sorte, que nadade mau aconteça; depois, parabéns, continue.d) Toda essa história de carinho acaba quando boto as luvas, embora o único afeto quesinto pelos meus adversários seja antes de subir no ringue e depois de terminada a luta.Durante a luta, sinto vontade de ganhar e vontade de vencer, já que o afeto antes é deboa sorte e que nada de mau aconteça. Depois de terminada a luta, parabéns, continue.e) Toda essa história de carinho acaba quando boto as lutas onde o único afeto que sintopelos meus adversários é antes de subir no ringue e depois de terminada a luta. Durante,só sinto vontade de ganhar e vencer porque o afeto antes é de boa sorte, que nada demau aconteça. Depois da luta, parabéns, continue.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


Texto para a questão 66:“Na planície avermelhada, os juazeiros alargavam duas manchas verdes. Os infelizes tinhamcaminhado o dia inteiro, estavam cansados e famintos. Ordinariamente andavam pouco, mascomo haviam repousado bastante na areia do rio seco, a viagem progredira bem três léguas. Faziahoras que procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros apareceu longe, através dos galhospelados da caatinga rala.”RAMOS, Graciliano. Vidas secas.3266. Fuvest-SP Reestruturando-se o terceiro período do texto, mantém-se o sentido originalapenas em:a) A viagem progredira bem três léguas, uma vez que haviam repousado bastante na areiado rio seco, dado que ordinariamente andavam pouco.b) haviam repousado bastante na areia do rio seco; a viagem progredira bem três léguasporque ordinariamente andavam pouco.c) Porque haviam repousado bastante na areia do rio seco, ordinariamente andavam pouco,e a viagem progredira bem três léguas.d) Ainda que ordinariamente andassem pouco, a viagem progredira bem três léguas, poishaviam repousado bastante na areia do rio seco.e) Em virtude de andarem ordinariamente pouco e de haverem repousado bastante naareia do rio seco, a viagem progredira bem três léguas.Texto para as questões de 67 a 68:GABARITOIMPRIMIR“Rico vive maisNos últimos cinco anos, respeitados centros de pesquisas científicas do mundo produziramnada menos do que 193 estudos sobre a relação entre condição socioeconômica e saúde (...). Aprincípio pode parecer óbvio: os ricos dispõem de mais recursos para pagar os melhores médicos,os exames mais sofisticados e os hospitais mais bem estruturados. A ciência descobriu uma realidademais complexa. Pequenas diferenças de salário, educação e status social pesam quando oassunto é qualidade de vida e longevidade. Até entre pessoas do mesmo estrato social. (...) Médicosconscientes da tese ‘ricos, importantes e portanto, saudáveis’ consideram o saldo bancário, ocurrículo escolar e o sucesso profissional tão importantes — ou até mais — quanto a genética, adieta alimentar, a prática de exercícios e a exposição a substâncias tóxicas, entre elas o cigarro.Um clássico do tema é a pesquisa do médico inglês Michael Marmot, que por mais de 25 anosmapeou a saúde de 17 530 funcionários públicos e constatou que, quanto mais alto o nívelhierárquico, menor a taxa de mortalidade. (...)Todos tinham emprego garantido e contavam com o mesmo padrão de assistência médica. Osregistros de morte entre os trabalhadores menos qualificados, porém, eram três vezes maiores doque os anotados entre os de cargos superiores.Estudos conduzidos nos Estados Unidos chegaram a conclusões semelhantes: (...) quanto menoro nível social, maior o desgaste emocional e maior o número de situações estressantes. E,como se sabe, o esgotamento psíquico mina o sistema imunológico do organismo humano.”JUNQUEIRA, Eduardo. In: Veja, ano 32, n. 23, p. 134, 9 jun. 1999.67. F. Católica de Salvador-BA O texto:a) evidencia a existência de diferenças abismais entre as várias classes sociais.b) destaca o grande desenvolvimento da atividade de pesquisa científica nos últimos anos.c) objetiva conscientizar a população da necessidade de levar uma vida saudável, afastando-sedo fumo e de outras drogas.d) visa demonstrar a existência de uma preocupação, por parte das autoridades, pela saúde dascamadas mais pobres.e) mostra como saúde e qualidade de vida estão vinculadas a variáveis socioeconômicas eculturais.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


68. F. Católica de Salvador-BA Ao analisar os resultados das pesquisas a que o texto serefere, pode-se afirmar:a) Os abastados são mais otimistas, pois sabem que, com dinheiro, acabarão resolvendoseus problemas de saúde.b) Os que têm cargos superiores são menos atingidos por preocupações de ordem financeira,podendo, assim, conservar melhor suas defesas.c) A classe operária é mais propensa à doença por herança porque nela são mais freqüentesos maus hábitos.d) As pessoas com cargos de menor responsabilidade não se estressam tanto e, por isso,vivem mais.e) Os empresários, mesmo trabalhando sob maior pressão, têm mais acesso à medicinapreventiva e a outras válvulas de escape.3369. F. Católica de Salvador-BA Da leitura do texto, pode-se inferir:a) A facilidade de acesso aos melhores hospitais pela classe privilegiada pode ser um fatorimportante, mas não é determinante quando se trata de saúde.b) O que faz uma pessoa desfrutar de uma boa saúde é a adoção de hábitos físicos ealimentares sadios.c) A falta de cuidados adequados com a saúde é, invariavelmente, a principal causa damortalidade, que é maior entre as pessoas de poucos recursos.d) O grau de escolaridade é o que realmente faz diferença quando se fala em saúde, pois aspessoas cultas se cuidam mais.e) As condições ambientais em que trabalham as classes privilegiadas as tornam menosvulneráveis às doenças.Texto para responder a questão 70.GABARITOIMPRIMIR“A borboleta pretaNO DIA SEGUINTE, como eu estivesse a preparar-me para descer entrou no meu quarto umaborboleta, tão negra como a outra, e muito maior do que ela. Lembrou-me o caso da véspera, eri-me; entrei logo a pensar na filha de D. Eusébia, no susto que tivera, e na dignidade que, apesardele, soube conservar. A borboleta, depois de esvoaçar muito em torno de mim, pousou-me natesta. Sacudi-a, ela foi pousar na vidraça; e, porque eu a sacudisse de novo, saiu dali e veio pararem cima de um velho retrato de meu pai. Era negra como a noite. O gesto brando com que, umavez posta, começou a mover as asas, tinha um certo ar escarninho, que me aborreceu muito. Deide ombros, saí do quarto; mas tornando lá, minutos depois, e achando-a ainda no mesmo lugar,senti um repelão dos nervos, lancei mão de uma toalha, bati-lhe e ela caiu.Não caiu morta; ainda torcia o corpo e movia as farpinhas da cabeça. Apiedei-me; tomei-a napalma da mão e fui depô-la no peitoril da janela. Era tarde; a infeliz expirou dentro de algunssegundos. Fiquei um pouco aborrecido, incomodado.— Também por que diabo não era ela azul? disse comigo.E esta reflexão, — uma das mais profundas que se tem feito, desde a invenção das borboletas,— me consolou do malefício, e me reconciliou comigo mesmo. Deixei-me estar a contemplar ocadáver, com alguma simpatia, confesso. Imaginei que ela saíra do mato, almoçada e feliz. Amanhã era linda. Veio por ali fora, modesta e negra, espairecendo as suas borboletices, sob avasta cúpula de um céu azul, que é sempre azul, para todas as asas. Passa pela minha janela, entrae dá comigo. Suponho que nunca teria visto um homem; não sabia, portanto, o que era o homem;descreveu infinitas voltas em torno do meu corpo, e viu que me movia, que tinha olhos,braços, pernas, um ar divino, uma estatura colossal. Então disse consigo: ‘Este é provavelmente oinventor das borboletas’. A idéia subjugou-a, aterrou-a; mas o medo, que é também sugestivo,insinuou-lhe que o melhor modo de agradar ao seu criador era beijá-lo na testa, e beijou-me natesta. Quando enxotada por mim, foi pousar na vidraça, viu dali o retrato de meu pai, e não éimpossível que descobrisse meia verdade, a saber, que estava ali o pai do inventor das borboletas,e voou a pedir-lhe misericórdia.Pois um golpe de toalha rematou a aventura. Não lhe valeu a imensidade azul, nem a alegriadas flores, nem a pompa das folhas verdes, contra uma toalha de rosto, dous palmos de linho cru.Vejam como é bom ser superior às borboletas! Porque, é justo dizê-lo, se ela fosse azul, ou cor delaranja, não teria mais segura a vida; não era impossível que eu a atravessasse com um alfinete,para recreio dos olhos. Não era. Esta última idéia restitui-me a consolação; uni o dedo grande aopolegar, despedi um piparote e o cadáver caiu no jardim. Era tempo; aí vinham já as próvidasformigas… Não, volto à primeira idéia; creio que para ela era melhor ter nascido azul.”ASSIS, Machado. Memórias Póstumas de Brás Cubas.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


70. Fatec-SP Da leitura do texto é correto afirmar que o narradora) se vale da imagem de uma borboleta para mostrar tanto as ações impulsivas do homemcomo sua capacidade de racionalização.b) fala de uma borboleta para representar a importância de pequenos momentos na vidados homens.c) elabora uma comparação entre o susto que tivera ao ver a borboleta e o que tivera ao vera filha de D. Eusébia.d) se surpreende com a relatividade das coisas, ao constatar-se um gigante e, talvez, umdeus em relação à borboleta.e) se sente desorientado com a borboleta que descreve infinitas voltas em torno de seucorpo, querendo confundi-lo.Texto para as questões 71 e 72:34“Eles sobraramOs números do IBGE, o principal órgão de pesquisas sociais do país, mostram um retrato dramáticoda realidade do trabalhador brasileiro. Segundo o Instituto, 36 milhões de brasileiros emidade de trabalhar têm só o 1º grau completo ou nem isso. Essa população equivale a quase ametade de toda a força de trabalho do país e coloca para a sociedade um enorme problema. Paragarantir a sobrevivência, muitos deles ainda conseguem emprego na economia informal comalgum êxito. Para os outros, o horizonte é desolador. Isso porque as empresas, com a modernização,já não precisam tanto de força física, que é o que eles têm a oferecer se não forem educados.O rosto dessa gente apareceu quando o governo de São Paulo abriu inscrições, um mês atrás,para as chamadas frentes de trabalho. A idéia era selecionar 50 000 pessoas para cumprir umcontrato de seis meses, recebendo salário mensal de 150 reais, cesta básica e seguro de acidentespessoais. Exigências: ter acima de 16 anos de idade e estar desempregado há mais de um ano.Uma multidão de 460 000 pessoas lotou os locais de inscrição. Foram selecionados apenas oschefes de famílias numerosas, os mais velhos e aqueles que estavam por mais tempo na fila dodesemprego. (...)O Brasil ainda tem uma vantagem a oferecer a esses trabalhadores, por uma ironia do seupassado recente. Durante mais de uma década, o governo abandonou estradas, viadutos, deixouruas se esburacarem. Assim que a economia voltar a crescer, isso tudo vai ser consertado e haverátrabalho para essa massa de gente. O problema é saber durante quanto tempo eles poderãosobreviver à custa desses serviços. E o desafio, para o país, é evitar que continue crescendo apopulação de subtrabalhadores.”VALENTINI, Cíntia. In: Veja, ano 32, n. 29, p. 105, 21 jul. 1999.GABARITO71. F. Católica de Salvador-BA De acordo com o texto, pode-se afirmar:a) A realidade do trabalhador brasileiro era desconhecida até a formação das frentes detrabalho.b) As dificuldades do trabalhador desqualificado, no Brasil, não serão sanadas a longoprazo, uma vez que o trabalho físico tende a desaparecer.c) A situação do trabalhador braçal, embora difícil, é alentadora, uma vez que ele semprepode contar com a economia informal.d) A infra-estrutura deficiente do Brasil possibilitará trabalho constante, pelo menos naárea de construção civil.e) Os problemas de mão-de-obra desqualificada — frutos da atual conjuntura econômicado País — se resolverão definitivamente, assim que a economia brasileira voltar a crescer.IMPRIMIR72. F. Católica de Salvador-BA A partir da leitura do texto, pode-se inferir que o problema deemprego, no Brasil, será otimizado com:a) a manutenção da economia informal.b) a abertura de constantes frentes de trabalho.c) a implementação de um programa de educação.d) o controle da natalidade nas camadas mais baixas.e) a criação de postos de trabalho na área da construção civil.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


INSTRUÇÃO: As questões de números 73 a 76 referem-se ao seguinte texto de Rubem Braga:35“Luto da família SilvaA Assistência foi chamada. Veio tinindo. Um homem estava deitado na calçada. Uma poça desangue. A Assistência voltou vazia. O homem estava morto. O cadáver foi removido para o necrotério.Na seção dos ‘Fatos Diversos’ do Diário de Pernambuco, leio o nome do sujeito: João daSilva. Morava na rua da Alegria. Morreu de hemoptise.(…)João da Silva — Nunca nenhum de nós esquecerá seu nome. Você não possuía sangue azul. Osangue que saía de sua boca era vermelho — vermelhinho da silva. Sangue de nossa família.Nossa família, João, vai mal em política. Sempre por baixo. Nossa família, entretanto, é que trabalhapara os homens importantes. A família Crespi, a família Matarazzo, a família Guinle, a famíliaRocha Miranda, a família Pereira Carneiro, todas essas famílias assim são sustentadas pela nossafamília. Nós auxiliamos várias famílias importantes na América do Norte, na Inglaterra, na França,no Japão. A gente de nossa família trabalha nas plantações de mate, nos pastos, nas fazendas,nas usinas, nas praias, nas fábricas, nas minas, nos balcões, no mato, nas cozinhas, em todo lugaronde se trabalha. Nossa família quebra pedra, faz telhas de barro, laça os bois, levanta os prédios,conduz os bondes, enrola o tapete do circo, enche os porões dos navios, conta o dinheiro dosbancos, faz os jornais, serve no Exército e na Marinha. Nossa família é feito Maria Polaca: faztudo.Apesar disso, João da Silva, nós temos de enterrar você é mesmo na vala comum. Na valacomum da miséria. Na vala comum da glória, João da Silva. Porque nossa família um dia há desubir na política…”BRAGA, Rubem. Luto da família Silva. Apud: Para gostar de ler. 4. ed. São Paulo: Ática, 1984, v. 5, p. 44-5.73. U. F. São Carlos-SP A leitura do texto permite afirmar que o autora) quis desqualificar as famílias não importantes, como a Silva.b) pretendeu enaltecer a tradição de famílias importantes na história brasileira.c) explicitou a submissão dos países da América do Sul aos da América do Norte.d) propôs uma reflexão sobre diferenças sociais, sugeridas também pelos nomes de família.e) enfatizou a importância de se melhorarem os Silva para entrarem na política.GABARITO74. U. F. São Carlos-SP No texto, a expressão “vermelhinho da silva” traduz a idéia dea) intensidade.b) carinho.c) pequenez.d) ironia.e) desprezo.75. U. F. São Carlos-SP O texto estrutura-se na oposição entre os Silva e as demais famílias.Essa relação releva-se ema) “vai mal em política” e “há de subir na política”.b) “em todo lugar onde se trabalha” e “a gente de nossa família trabalha nas plantações demate”.c) “vermelhinho da silva” e “sangue azul”.d) “vala comum da miséria” e “vala comum da glória”.e) “vermelho” e “vermelhinho da silva”.IMPRIMIR76. U. F. São Carlos-SP A oração faz tudo, em destaque no texto, assume a função dea) resumir e comentar informações anteriores.b) retomar e sintetizar informações anteriores.c) expandir e explicar informações anteriores.d) explicar e comentar informações anteriores.e) retomar e explicar informações anteriores.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


77. U. Salvador-BA36GABARITOIMPRIMIR“As Palavras RessuscitarãoAs palavras envelheceram dentro dos homensseparadas em ilhas,as palavras se mumificaram na boca dos legisladores;as palavras apodreceram nas promessas dos tiranos;as palavras nada significam nos discursos dos homens[públicos.E o Verbo de Deus é uno mesmo com a profanação[dos homens de Babel,mesmo com a profanação dos homens de hoje.E, por acaso, a palavra imortal há de adoecer?E, por acaso, as grandes palavras semitas podem[desaparecer?E, por acaso, o poeta não foi designado para vivificar a[palavra de novo?Para colhê-la de cima das águas e oferecê-la outra vez[aos homens do continente?E, não foi ele apontado para restituir-lhe a sua essência,e reconstituir seu conteúdo mágico?Acaso o poeta não prevê a comunhão das línguas,quando o homem reconquistar os atributos perdidos[com a Queda,e quando se desfizerem as nações instaladas ao depois[de Babel.Quando toda a confusão for desfeita,o poeta não falará, do ponto em que se encontrar,a todos os homens da terra numa só língua — a[linguagem do Espírito?Se por acaso viveis mergulhados no momento e no[limite,não me compreendereis, irmão!”LIMA, Jorge de. In: Poesia Completa. Organização de Alexei Bueno. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997, p. 388-9.O poema apresenta:( ) a poesia como instrumento de redenção do homem.( ) a palavra divina tornada vazia de significação para o homem.( ) o poeta como reinventor da linguagem, construtor da palavra perene.( ) o homem comum como elemento responsável pela perda do poder expressivo dapalavra no seu uso cotidiano.( ) a linguagem poética, na sua universalidade, como promotora do entendimento entreos homens.( ) o poder mágico da palavra só atingível por aquele que ultrapassar a compreensão do“Verbo de Deus”.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


INSTRUÇÃO: Para responder às questões de números 78 a 81, leia os versos de FernandoPessoa.37GABARITOIMPRIMIR“Lisbon RevisitedNão: não quero nada,Já disse que não quero nada.Não me venham com conclusões!A única conclusão é morrer.Não me tragam estéticas!Não me falem em moral!Tirem-me daqui a metafísica!Não me apregoem sistemas completos, não me[enfileirem conquistasDas ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!)Das ciências, das artes, da civilização moderna!Que mal fiz eu aos deuses todos?Se têm a verdade, guardem-na!Sou um técnico, mas tenho técnica[só dentro da técnica.Fora disso sou doido, com todo o direito a sê-lo.Com todo o direito a sê-lo, ouviram?Não me macem, por amor de Deus!Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?Queriam-me o contrário disto, o contrário[de qualquer coisa?Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos,[a vontade.Assim, como sou, tenham paciência!Vão para o diabo sem mim,Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!Para que havemos de ir juntos?Não me peguem no braço!Não gosto que me peguem no braço. Quero[ser sozinho.Já disse que sou sozinho!Ah, que maçada quererem que eu seja da companhia!Ó céu azul — o mesmo da minha infância —Eterna verdade vazia e perfeita!Ó macio Tejo ancestral e mudo,Pequena verdade onde o céu se reflete!Ó mágoa revisitada, Lisboa de outrora de hoje!Nada me dais, nada me tirais, nada sois[que eu me sinta.Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo…E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero[estar sozinho!”PESSOA, Fernando. Obra Poética.Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1981, p. 290-1.78. U. F. São Carlos-SP A penúltima estrofe do poema permite considerar que o eu-líricosentea) uma saudade carinhosa da infância, pois em Lisboa ainda pode viver bons momentos.b) uma mágoa de Lisboa, pois lá passou uma infância vazia e sem sentimentos.c) um medo de revisitar Lisboa, pois a cidade nunca lhe proporcionou boas lembranças.d) uma mágoa de sua cidade (Lisboa), pois ela tirou-lhe todos os bons sentimentos.e) uma saudade melancólica da infância, pois trata-se de uma época remota e irrecuperável.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


79. U. F. São Carlos-SP Pela leitura do poema, pode-se dizer que o poetaa) recusa-se a aceitar os valores que a sociedade tenta inculcar-lhe.b) encontra na morte a única solução para os problemas.c) tenta tornar-se uma outra pessoa, para agradar a todos.d) sente-se solitário e, por essa razão, almeja fazer parte da companhia.e) aparta-se da sociedade, para desenvolver sua arte.80. U. F. São Carlos-SP Os dois últimos versos do poema revelama) a conscientização do poeta em relação a seus problemas e à breve solução que lhesdará.b) a irritação do poeta com aqueles que pretendem ajudá-lo em seus problemas.c) a vontade do poeta de poder compartilhar da paz que outras pessoas sentem.d) o desejo do poeta de manter-se afastado e isolado das pessoas.e) a inquietude gerada na alma do poeta, em virtude da sua solidão.3881. U. F. São Carlos-SP A forma verbal macem, destacada no poema, significaa) desprezem.b) importunem.c) ofendamd) maltratem.e) abandonem.82. U. Salvador-BAGABARITOIMPRIMIR“Passava as noites em claro, metido no laranjal e procurando uma solução a tanta dificuldade;atordoavam-no ainda aqueles dois assobios que não podia explicar e sobretudo aquela pedradatão bem dirigida, que por pouco talvez o houvesse estendido por terra.Numa dessas noites de ansiedade, viu afinal reabrir-se a janela de Inocência.A pobrezinha, abrasada também de amor, queria respirar o ar da noite e beber na viração dosertão um pouco de tranqüilidade para sua alma não afeita ao tumultuar dos sentimentos que aagitavam e, quem sabe? verificar se por aí não andava rondando aquele que no seio lhe inocularatamanho desassossego, ímpetos tão desconhecidos e violentos, superiores a todas as suas tentativasde resistência.Cirino, rápido como uma seta, rápido como aquela pedra arrojada tão rigorosamente, achou-seao pé da janela e cobriu de beijos as mãos da sua amada.— O grito? balbuciou ela. Dois gritos... e a pedrada... Que foi?— Ah! não foi nada, respondeu apressadamente Cirino; fui ver no laranjal... era um macauã. Oque pareceu pedrada era um noitibó que frechou para mim e veio dar com a cabeça na parede.— Deveras? perguntou ela incrédula.— Deveras. A princípio tomei também um grande susto. Depois, verifiquei que não passava demiragem. De noite, a gente em tudo vê maravilhas... Para mim, a única que vi era você, minhavida, meu anjo do céu...Com este madrigal encetou Cirino uma conversação como a da primeira noite, como a quebalbuciam duas cândidas almas na eterna e sempre nova declaração de amor, desde que Adão eEva a trocaram, à sombra das maravilhosas árvores do Éden.”TAUNAY, Visconde de. Inocência. 24. ed. São Paulo: Ática, 1996, p. 99-100.Marque V para as afirmativas que podem ser comprovadas com o texto e F para as que nãopodem.( ) Dimensão hiperbólica do sentimento amoroso.( ) Concepção idealizada de mulher.( ) Atitude de vassalagem amorosa.( ) Escapismo para o sonho.( ) Íntima relação entre o nome da personagem feminina e o seu jeito de ser.( ) Atitude de irreverência do narrador, no último parágrafo, em face do religioso.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


Texto para as questões de 83 a 85:39“Não há dúvida que as línguas se aumentam e alteram com o tempo e as necessidades dos usose costumes. Querer que a nossa pare no século de quinhentos, é um erro igual ao de afirmar quea sua transplantação para a América não lhe inseriu riquezas novas. A este respeito a influência dopovo é decisiva. Há, portanto, certos modos de dizer, locuções novas, que de força entram nodomínio do estilo e ganham direito de cidade.Mas se isto é um fato incontestável, e se é verdadeiro o princípio que dele se deduz, não meparece aceitável a opinião que admite todas as alterações da linguagem, ainda aquelas que destroemas leis da sintaxe e a essencial pureza do idioma. A influência popular tem um limite; e oescritor não está obrigado a receber e a dar curso a tudo o que o abuso, o capricho e a modainventam e fazem correr. Pelo contrário, ele exerce também uma grande parte de influência a esterespeito, depurando a linguagem do povo e aperfeiçoando-lhe a razão.Feitas as exceções devidas, não se lêem muito os clássicos no Brasil. Entre as exceções, poderiaeu citar até alguns escritores cuja opinião é diversa da minha neste ponto, mas que sabem perfeitamenteos clássicos. Em geral, porém, não se lêem, o que é um mal. Escrever como Azurara ouFernão Mendes seria hoje um anacronismo insuportável. Cada tempo tem seu estilo.”Machado de Assis.83. Unifor-CE De acordo com o texto, é função do escritor:a) inovar sempre a língua — registro de suas obras — criando as novidades a partir dainfluência popular, que é importantíssima nesse processo.b) dominar com segurança a norma culta da língua e empregá-la fluentemente, não admitindoas alterações que ocorrem por influência popular.c) aceitar as inovações trazidas pelo povo — aquelas que dão vivacidade à língua — exercendo,porém, um controle sobre elas e inibindo os abusos.d) usar exclusivamente a linguagem do povo, o que vai permitir uma aceitação maior desuas obras, pois a leitura se torna mais agradável e compreensível.e) estudar sempre os autores clássicos, pois somente eles, com seus ensinamentos, são osmodelos adequados para a produção das obras consideradas modernas.GABARITOIMPRIMIR84. Unifor-CE Conclui-se corretamente do texto que:a) o reconhecimento de um escritor nem sempre se baseia em sua competência, pois muitosdeles até mesmo ignoram as estruturas da língua que utilizam.b) as obras clássicas são aquelas em que a linguagem é imutável, sem as indevidas interferênciassurgidas em cada época ou de acordo com a vontade de seu autor.c) o povo de uma nação é a fonte incontestável de todas as alterações da língua, quedevem ser incorporadas pelos escritores em suas obras.d) o mérito de um livro será maior quanto mais inovações ele apresentar, acompanhandosua época e abandonando o estilo de autores antigos e defasados.e) a língua reflete a história de cada época e sujeita-se a receber tanto a influência de seus escritoresquanto a popular.85. Unifor-CE A idéia central do texto é:a) a influência, sempre atual, dos autores clássicos da língua.b) a necessidade de um equilíbrio entre tradição e renovação na língua.c) a divulgação das obras de escritores que gozam da aceitação popular.d) as opiniões divergentes entre escritores a respeito do uso correto da língua em suasobras.e) a ausência de mérito literário em muitas obras consagradas pelo público.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


86. Unicamp-SP Considere o poema a seguir:Povoam o escritóriovários utensíliosuns bastante sóbriosoutros indiscretos“InventárioAparentementepeças quase iguaisàs demais: os mesmosmodos funcionaisPor exemplo: a mesaé sóbria. Ruminatodos os papéisno oco das gavetasContudo é precisovê-las em sua marca:no rastro dos dedosno selo do gestoO que a mesa expelepara a superfícieé simples dejetolivre de mistérioAli onde transgridema ética da classeque proíbe os objetosde serem pessoais40O arquivo tambémé móvel discretoe diz muito poucode interesse humanoA caneta, o lápiso papel, o cestosão só instrumentossem vontade própriaOnde desconhecemo acordo em vigorque as coisas transformaem armas submissasNão pactuam — hostisminhas duas mãosacidulam o arda repartição”Dois os indiscretos:minhas duas mãos —úlcera no estômagoda repartiçãoALVIM, Francisco. Amostra Grátis. In: Poesias Reunidas (1968-1988). São Paulo: Duas Cidades, 1988.GABARITOa) De qual critério se serve o poeta para classificar as diferenças entre os “vários utensílios”que “povoam o escritório”? Por que essa classificação destoa tanto da nossa percepçãohabitual?b) Como aparece a presença humana em meio ao ambiente da repartição?87. Unicamp-SP Na coluna “De zero a dez”, de Rubem Tavares, publicada na revista BusinessTravell, 34, no primeiro semestre de 2000, p. 13, encontram-se, entre outras, as seguintesnotas, parcialmente adaptadas:IMPRIMIR“Para os lunáticos que insistem em soltar balões de grande porte, causando incêndios esérios riscos à segurança dos vôos: segundo o Controle de Tráfego Aéreo, em 1998 foram registradas99 ocorrências em Guarulhos. Em todo o ano passado foram registradas 33 ocorrências e,neste ano, só no período de janeiro a abril, já foram 31. As autoridades deveriam enquadrar osresponsáveis por crime inafiançável e trancafiá-los em presídios por longos anos.”“Não seria o caso de a Prefeitura pagar por cada nova pichação feita na cidade? É claroque sim. Se todos entrassem com uma ação simultaneamente, com certeza o prefeito encontrarianovas atribuições para a Guarda Municipal. Vide sugestão na nota anterior que também poderiaser aplicada nestes casos.”a) Qual é a conclusão implícita na seqüência “neste ano, só no período de janeiro a abril,já foram 31”, que se encontra na primeira nota?b) Explicite a sugestão dada no final da segunda nota.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


Texto para a questão 88.“MúsicaUma coisa triste no fundo da sala.Me disseram que era Chopin.A mulher de braços redondos que nem coxasmartelava na dentadura durasob o lustre complacente.Eu considerei as contas que era preciso pagar,os passos que era preciso dar,as dificuldades…Enquadrei o Chopin na minha tristezae na dentadura amarela e pretamaus cuidados voaram como borboletas.”ANDRADE, Carlos <strong>Dr</strong>ummond de. Alguma Poesia.4188. Fatec-SP A leitura de Música torna possível afirmar que a atenção do narradora) tem suas preocupações ordinárias postas de lado pela sensualidade da música e da pianistade braços redondos.b) se apega aos “passos que era preciso dar”, apesar dos apelos tristonhos que a música deum piano lhe fazia do fundo da sala.c) foi despertada pela relação material entre as teclas de um piano (“dentadura dura”) esua própria dentadura (“dentadura amarela e preta”).d) é atraída pela música de um provável Chopin, que, apesar de triste, afasta o narrador desuas preocupações cotidianas.e) se fixa na tristeza e na solidão, levando-o ao desatino da existência, o que se constatapela evocação de um “lustre complacente”.GABARITOIMPRIMIR89. Fatec-SP A expressão que mais claramente remete à liberação das preocupações do narrador,sob o efeito da música de Chopin é:a) “braços redondos que nem coxas”.b) “sob o lustre complacente”.c) “meus cuidados voaram como borboletas”.d) “Enquadrei o Chopin na minha tristeza”.e) “as dificuldades…”90. UEPA“É nesse aspecto que a histeria sobre a biopirataria na Amazônia corre o risco de não levar alugar nenhum. A existência de uma fronteira terrestre muito vasta para evitar contrabando, apresença de turistas internacionais, estrangeiros residentes, estudantes e pesquisadores estrangeirosque vêm desenvolver pesquisas, professores e consultores, além do fluxo de brasileiros para oexterior, impossibilitam qualquer aparato de fiscalização.”Neste texto divulgado na Internet, na enumeração de situações que favorecem a biopiratariana Amazônia, o coesivo “além” possibilitou:a) a inclusão de mais uma situação.b) a reiteração das situações apresentadas.c) a retificação das situações anteriores.d) somente a ratificação das situações já apresentadas.e) a exclusão das situações expostas.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


Texto para as questões de 91 a 93:42GABARITOIMPRIMIR“UM MERGULHO NO BRASILManausÀs duas da tarde do verão de 1984, no meio de um longo engarrafamento no centro da cidade,o motorista apontou para o carro à frente, e perguntou: ‘O senhor sabe por que aquele Volks estácom todos os vidros fechados?’ Antes que eu dissesse não, ele respondeu: ‘Para que todos pensemque tem ar condicionado.’Como aquele motorista, os demais brasileiros sacrificam demais o conforto possível, para dar aimpressão de dispor dos instrumentos do conforto.Aquele encontro, no meio de um engarrafamento, permitiu um conhecimento maior da realidadebrasileira do que quadros estatísticos e formulações teóricas da economia. Tomar contato com aquelarealidade foi como mergulhar no âmago da lógica da economia brasileira. Um mergulho no Brasilque, para descrever e entender o país, deve começar pelo entendimento da alma do conjunto de suapopulação. Tem que ser um mergulho na lógica que faz o Brasil mover-se. Não pode se limitar a vero Brasil. Tem que entender como o Brasil vê o Brasil. Como o homem dentro de um carro fechado,no calor sem ar condicionado, vê a si mesmo, graças ao fato de se ver pelos olhos dos outros.Como gostaria que os outros o vissem: como o confortado dono de um carro com ar condicionado.Pervertendo o processo econômico. Fazendo do ar que deveria ser usado para dominar o calor datarde o símbolo do poder de não sentir calor. Mesmo que às custas de sofrer um calor maior.Aquele comportamento era similar ao de toda a população brasileira que, em território tropical,se submete a uma economia desadaptada a suas necessidades, incompatível com seus recursos,desvinculada de sua cultura, com a finalidade de dar ao mundo a impressão de riqueza.Não apenas os consumidores se comportam como gostariam de ser vistos. Os cientistas sociaisque tentam mergulhar na realidade brasileira produzem teorias conforme imaginam que seuscolegas desejam. Prendem-se a modelos já preparados, usam linguagens especiais, para que osoutros pensem que eles têm o ar condicionado do saber academicamente oficial. Mesmo quandose atrevem a desnudar o real, denunciar que o carro não tem ar condicionado e estamos todosmorrendo de calor, os cientistas tendem a não expor as idéias que pareçam romper com o comodismoteórico do consumismo de escolas estabelecidas. Temem abrir as janelas e demonstrar atodos a incompetência de formulações, teorias e linguagens pouco acuradas. Sobretudo quando,além de dúvidas, eles não têm teorias alternativas.Mas um mergulho no caos da consciência coletiva brasileira dificilmente se faz se usamos oescafandro das teorias formuladas para explicar, como se tivessem lógica, o caos e a irracionalidade.A realidade de um motorista suando para dar a impressão de que não sente calor não podeser explicada buscando uma lógica no seu comportamento, mas sim mostrando que por trásdeste há uma loucura geral. A teoria econômica diria que o consumidor obtém, com o carro e asjanelas fechadas, um nível de satisfação maior do que o grau de conforto das janelas abertas.A inconseqüência não é apenas do consumidor. A teoria que se diz científica, trabalhando nainconseqüência, influi na divulgação e na legitimação do absurdo.Mergulhar na realidade do país exige um mergulho nas teorias que mais fortemente vêm influenciandoa consciência dos brasileiros. Para tanto é preciso desvencilhar-se dos preconceitos, tentandousar o sentimento, arriscando incoerências, aventurando-se, como em qualquer mergulho.É preciso explicar por que os brasileiros fecham os vidros do país, para dar a impressão do bemestardo progresso.”BUARQUE, Cristovam. A Desordem do Progresso. 4. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1993. p. 5-6.91. UFBA O texto sugere que “um mergulho no Brasil”:(01) revelaria a distorção das teorias dos sociólogos, construídas em torno de questõesultrapassadas, o que constituiria entrave cultural.(02) desvendaria submissão a comportamentos sociais padronizados, a partir de valoresdesvinculados das reais necessidades do indivíduo.(04) traria à tona subsídios para uma insurreição do povo brasileiro contra teorias sociaisacadêmicas em prática na sociedade atual.(08) implicaria uma avaliação de como o brasileiro age e de como ele se auto-avalia, nosentido de apreender a lógica que rege suas ações.(16) denunciaria o artificialismo das teorias utilizadas pelos cientistas sociais por vaidadeintelectual e busca de prestígio acadêmico.(32) evidenciaria a necessidade de se promover a reabilitação das profissões diretamenterelacionadas com o desenvolvimento socioeconômico e científico do país.(64) subentenderia uma análise criteriosa dos fatores que contribuem para que se passeuma visão fantasiosa do país e dos seus habitantes.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


4392. UFBA O sentido do enunciado está devidamente apreendido em:(01) “Para que todos pensem que tem ar condicionado.” — A resposta do motoristademonstra seu ponto de vista preconceituoso, falso, a respeito do fato que entãose comenta.(02) “para dar a impressão de dispor dos instrumentos do conforto” e “para que os outrospensem que eles têm o ar condicionado do saber academicamente oficial” — Indicamque o objetivo do consumidor e do cientista social decorrem de pressões queos manipulam.(04) “não sentir calor” e “sofrer um calor maior” — As expressões estão usadas paraenfatizar o contraste existente no comportamento do brasileiro.(08) “Aquele comportamento era similar ao de toda a população brasileira que, em territóriotropical, se submete a uma economia desadaptada a suas necessidades, incompatívelcom seus recursos” — O autor se fundamenta num fato para avaliar criticamenteo comportamento do povo brasileiro no seu todo.(16) “Mas um mergulho no caos da consciência coletiva brasileira dificilmente se faz seusamos o escafandro das teorias formuladas para explicar, como se tivessem lógica, ocaos a irracionalidade.” — Isso quer dizer que o “caos e a irracionalidade” sãouma conseqüência do ilogismo das teorias que se propõem interpretar a índoledo povo brasileiro, com argumentos falseadores.(32) “A teoria econômica diria que o consumidor obtém, com o carro e as janelas fechadas, umnível de satisfação maior do que o grau de conforto das janelas abertas.” — Os economistas,dentro da ótica do consumismo, subestimam a aparência em favor da realidade.(64) “É preciso explicar por que os brasileiros fecham os vidros do país, para dar a impressãodo bem-estar do progresso.” — Isso significa que uma análise da identidadedo povo brasileiro deve fundamentar-se, antes, no desvendamento dos fatoresexternos que a constroem.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.GABARITOIMPRIMIR93. UFBA Há uma explicação coerente em:(01) O termo “ar condicionado” (1 o destacado) está usado em sentido denotativo, diferentementede “ar condicionado” (2 o destacado).(02) A expressão “Tem que” remete a uma possibilidade remota de análise da realidade.(04) A forma verbal “entender” tem o mesmo sentido de “Mergulhar”.(08) A expressão “se ver pelos olhos dos outros” conota um falseamento da realidadeindividual.(16) O uso do “escafandro” sugere mascaramento do real objetivo do “mergulho” (1 o destacado).(32) Os pontos de vista dos economistas e do autor coincidem com relação ao grau defuncionalidade das “janelas fechadas” e “das janelas abertas”.(64) A expressão “Para tanto” estabelece um relação de conseqüência com referência a “mergulho”(2 o destacado).Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


94. Unicamp-SP Quando o treinador Leão foi escolhido para dirigir a seleção brasileira defutebol, o jornal Correio Popular publicou um texto com muitas imprecisões, do qualconsta a seguinte passagem:“Durante sua carreira de goleiro, iniciada no Comercial de Ribeirão Preto, sua terra natal,Leão, de 51 anos, sempre impôs seu estilo ao mesmo tempo arredio e disciplinado. Por outro lado,costumava ficar horas aprimorando seus defeitos após os treinos. Ao chegar à seleção brasileiraem 1970, quando fez parte do grupo que conquistou o tricampeonato mundial, Leão não davaum passo em falso. Cada atitude e cada declaração eram pensadas com um racionalismo típico desua família, já que seus outros dois irmãos, Edmílson, 53 anos, e Édson, 58, são médicos.”Correio Popular. Campinas, 20/10/2000.a) O que aconteceria com Leão se ele, efetivamente, ficasse aprimorando seus defeitos”?Reescreva o trecho de maneira a eliminar o equívoco.b) A expressão “por outro lado”, no início do segundo período, contribui para tornar otrecho incoerente. Por quê?c) Por que o emprego da palavra “racionalismo” é inadequado nessa passagem?As questões 95 a 97 referem-se ao seguinte texto:44GABARITOIMPRIMIR“Certos mitos são repetidos tantas e tantas vezes que muitos acabam se convencendo de queeles são de fato verdadeiros. Um desses casos é o que envolve a palavra ‘saudade’, que seria umaexclusividade mundial da língua portuguesa. Trata-se de uma grande e pretensiosa balela.Todas as línguas do mundo exprimem com maior ou menor grau de complexidade todos ossentimentos humanos. E seria uma grande pretensão acreditar que o sentimento que batizamosde ‘saudade’ seja exclusivo dos povos lusófonos.Embora línguas que nos são mais familiares como o inglês e o francês tenham de recorrer a maisde uma expressão (seus equivalentes de ‘nostalgia’ e ‘falta’) para exprimir o que chamamos desaudade em todas as circunstâncias, existem outros idiomas que o fazem de forma até maissintética que o português.Em uma de suas colunas semanais nesta Folha, o professor Josué Machado lembrou pelo menosdez equivalentes da palavra ‘saudade’. Os russos têm ‘tosca’; alemães, ‘Sehnsucht’; árabes, ‘shauck’e também ‘hanim’; armênios, ‘garod’; sérvios e croatas, ‘jal’; letões, ‘ilgas’; japoneses, ‘natsukashi’;macedônios, ‘nedôstatok’; e húngaros, ‘sóvárgás’.Pode-se ainda acrescentar a essa lista o ‘desiderium’ latino, o ‘póthos’ dos antigos gregos esabe-se lá quantas mais expressões equivalentes nas cerca de 6 mil línguas atualmente faladas noplaneta ou nas 10 mil que já existiram.Ora, se até os cães demonstram sentir saudades de seus donos quando ficam separados por ummotivo qualquer, seria de um etnocentrismo digno de fazer inveja à Alemanha nazista acreditarque esse sentimento é próprio apenas aos que falam português.Desde que o homem é homem, ou talvez mesmo antes, ele sente saudade; desde que aprendeua falar aprendeu também, de uma forma ou de outra, a dizê-lo.”Saudade. Folha de S. Paulo, 6/4/1996, adaptado.95. ITA-SP No texto, a tese é quea) todos os povos têm os mesmos sentimentos e têm palavras para designá-los.b) os cães, assim como os seres humanos, sentem saudade.c) trata-se de um mito a crença de que apenas os povos lusófonos têm uma palavra paradesignar o sentimento “saudade”.d) há línguas que são mais sintéticas que outras para exprimir os sentimentos.e) há línguas que são mais sintéticas que o português para expressar o sentimento que ospovos lusófonos designam “saudade”.96. ITA-SP NÃO se pode afirmar que a noção do sentimento saudade no texto sejaa) atribuída exclusivamente ao ser humano.b) uma prova de que a espécie humana é fruto da mutabilidade de espécies.c) comum a todos os seres humanos, mas a maneira de expressá-lo é diferente.d) comum a todos os seres humanos e remonta aos tempos antigos.e) talvez anterior à razão.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


97. ITA-SP NÃO se pode dizer que no texto hajaa) uma declaração inicial que sintetiza a tese a ser defendida.b) a exclusividade da forma impessoal, que é marcada apenas pelo emprego de orações navoz passiva.c) uma equiparação do sentimento saudade dos cães ao dos seres humanos.d) a generalização de uma idéia após a apresentação de exemplos.e) exemplos de vocábulos de outras línguas para designar o sentimento “saudade”, quefuncionam como argumentos para a tese defendida.Para as questões 98 e 99 considere o texto das questões de 27 a 29.98. Fuvest-SPI. “/…/ você não é completamente louco por aquele sujeito que chegou na sua casa /…/”.II. “Porque quem é louco por alguém, não é louco de deixar essas coisas para amanhã”.45Quanto ao sentido que o vocábulo “louco” assume nas três ocorrências destacadas noquadro acima, é correto afirmar quea) em II, o segundo uso da palavra “louco” assume sentido negativo.b) em I, a palavra “louco” pode ser substituída, sem prejuízo do sentido, por “delinqüente”.c) nas três ocorrências, a palavra destacada tem o mesmo sentido.d) em II, os usos da palavra “louco” assumem sentido oposto àquele verificado em I.e) em II, a repetição da palavra “louco” é redundante, já que não acrescenta nenhum sentidoà frase.99. Fuvest-SP Está INCORRETA a seguinte afirmação sobre o texto:a) a única palavra que se refere diretamente à idéia de morte é “inventários”, evitando-seassim reações negativas do leitor diante desse tema.b) a imagem da criança reforça uma sugestão já presente no texto e no nome do produto.c) o autor usa conotativamente a palavra “noite” para simbolizar a idéia da morte.d) no trecho “você faz um seguro de vida que pode durar sempre”, o autor sugere a idéiade longevidade do titular do seguro.e) a fotografia e a frase em maiúsculas desviam a atenção do leitor da idéia de morte,focalizando o principal beneficiário do seguro.GABARITO100. Mackenzie-SP “A moça não era formosa, talvez nem tivesse graça; os cabelos caíamdespenteados, e as lágrimas faziam-lhe encarquilhar os olhos.”Assinale a alternativa correta em relação ao fragmento acima.a) Formosa e graça são, sintaticamente, predicativos do sujeito moça.b) Na estrutura sintática predomina a subordinação.c) A anteposição do adjetivo despenteados ao verbo alteraria o sentido da oração.d) O pronome oblíquo refere-se a lágrimas.e) O ponto e vírgula estabelece a relação de concessão entre as orações.IMPRIMIR101. PUC/Campinas-SP A revista Veja anunciou-se a si mesma, utilizando a seguinte frase:“Histórias muito mal contadas em reportagens muito bem escritas”Está implícito, nesse anúncio, que a revista Veja se dispõe aa) corrigir a redação confusa de notícias publicadas em outros periódicos.b) contornar as histórias mal contadas, por meio da clareza e da elegância do estilo.c) denunciar, em estilo preciso, os vícios de linguagem que costumam prejudicar as reportagens.d) criticar certas histórias que, por serem mal contadas, redundam em más reportagens.e) analisar casos nebulosos e apresentá-los em matérias de redação clara e precisa.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


102. Fuvest-SPI. Para se candidatar a um emprego, o recém-formado compete com levas de executivos dealtíssimo gabarito, desempregados. O jovem, sem experiência, literalmente, dança.II. Acostumados às apagadas, às vezes literalmente, mulheres dos dirigentes do Kremlin, osrussos achavam que ela era influente demais, exibida, arrogante.a) O advérbio “literalmente” está adequadamente empregado nos dois textos? Justifiquesua resposta.b) A que palavra, em II, se refere a expressão “às vezes literalmente”? Qual o duplo sentidoproduzido pela relação que aí se estabeleceu?103. Fuvest-SP Leia as seguintes manchetes de dois jornais paulistas, ambas do dia 15/5/2000:“Governo suspende verba para a reforma agrária.”“Incra suspende crédito para assentamentos.”Folha de S. Paulo.O Estado de S. Paulo.46Considere as seguintes afirmações:I. As duas manchetes apresentam o mesmo fato, sob idêntico ponto de vista, emboraempregando palavras diferentes.II. Na 1ª manchete, o fato parece mais grave que na segunda.III. Na 2ª manchete, o emprego dos termos “INCRA” e “assentamento” particularizam ainformação.Está correto, em relação às manchetes, apenas o que se afirma ema) I. b) II. c) III. d) I e II. e) II e III.104. Fatec-SP Para determinar o valor sintático-semântico do substantivo “poltrona” na expressão“sentam poltrona”, pode-se considerar que seu equivalente mais próximo seria:a) sentam a pua em alguém. d) sentam praça em algum lugar.b) sentam tijolos na parede. e) sentam orgulhosamente.c) sentam-se numa poltrona.GABARITO105. U. Metodista-SP Observe a imagem que segue:IMPRIMIRA partir da composição acima, o autor demonstraa) que a independência política possibilitou a autonomia econômica do país com o ingressodas multinacionais e do capital estrangeiro.b) a relação de dependência econômica do país, invadido pelas multinacionais e pelo capitalestrangeiro, estabelecendo um paradoxo com a data da independência em 1822.c) que a independência política é responsável indireta pela verdadeira revolução industrialque se desencadearia no país no século XX.d) de forma criativa o progresso econômico que a abertura ao capital estrangeiro trouxe aopaís, a partir de 1822.e) que as origens do mercado publicitário no Brasil remontam à época de sua independênciaem 1822.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


Texto para as questões de 106 a 108:“A menina e a cantiga1 … trarilarára… traríla…2 A meninota esganiçada margirça com a sáia voejando por cima dos joelhos em nó vinha3 meia dansando cantando no crepúsculo escuro. Batia compasso com a varinha na poeira da4 calçada.5 … trarilarára… traríla…6 De repente voltou-se prá negra velha que vinha trôpega atrás, enorme trouxa de roupas na7 cabeça:8 — Qué mi dá, vó?9 — Naão.10 … trarilarára… traríla…”Mário de Andrade.47106. Mackenzie-SP Assinale a alternativa correta sobre o fragmento que vai da linha 2 à linha 3.a) Revela-se poético, apesar de aproximar-se da prosa.b) Expressa por meio de clichê o movimento dado à saia.c) Apresenta erros de ortografia que impedem a clareza do texto.d) Enriquece a descrição da menina por meio de prefixos ligados a nomes.e) Tem a coerência prejudicada por falta de pontuação.107. Mackenzie-SP A característica da poesia modernista que NÃO se encontra no texto é:a) liberdade formal. d) linguagem coloquial.b) sintaxe elíptica. e) ironia.c) recriação de cena cotidiana.108. Mackenzie-SP Assinale a alternativa correta.a) O título já anuncia a importância da relação entre as duas mulheres.b) O modo de reproduzir a cantiga indica sua variação rítmica à medida que a cena sedesenvolve.c) A resposta da avó explicita a sua indiferença para com a menina.d) A expressão enorme trouxa justifica o adjetivo trôpega que caracteriza negra velha.e) Há total descaso pela oralidade da expressão, como compete à poesia.Texto para responder a questão 109.GABARITOIMPRIMIROndequer que certos homens se sentemsentam poltrona, qualquer o assento.Sentam poltrona: ou tábua-de-latrina,assento além de anatômico, ecumênico,exemplo único de concepção universal,onde cabe qualquer homem e a contento.*Ondequer que certos homens se sentemsentam bancos ferrenhos, de colégio;“Sobre o sentar-/estar-no-mundopor afetuoso e diplomata o estofado,os ferem nós debaixo, senão pregos,e mesmo a tábua-de-latrina lhes negao abaulado amigo, as curvas de afeto.A vida toda, se sentam mal sentados,e mesmo de pé algum assento os fere:eles levam em si os nós-senão-pregos,nas nádegas da alma, em efes e erres.”NETO, João Cabral de Melo. A educação pela pedra.109. Fatec-SP Da leitura de Sobre o Sentar-/Estar-no-mundo, pode-se afirmar quea) o sentido nuclear do poema se dá na relação entre poltrona e banco de colégio.b) aponta para os incômodos causados pelos bancos de colégio que são pouco anatômicos.c) revela que o fato de certos homens ficarem a vida toda sentados causa-lhes um malestarindescritível para o corpo e para a alma.d) a tábua-de-latrina, por ser anatômica, confere ao homem uma postura universalizante.e) o poema satiriza a prepotência de certos homens, tomando como ponto central as oposiçõesentre o sentir e o sentar.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


O texto seguinte, escrito por Luís Fernando Veríssimo, foi publicado no Jornal O Globo, de28/10/99. Leia-o e responda, depois, as questões 110 e 111.48“O que vem por aíPouco depois de ler a notícia sobre o americano que está oferecendo óvulos de modelos naInternet para quem quer ter filhos bonitos, li no Libération uma matéria sobre Linn Ullmann, queestá em Paris para lançar um livro. Ela é filha da Liv Ullmann e do Ingmar Bergmann. E pensei: estáaí. Se alguém quisesse planejar uma loira superior, não poderia fazer uma encomenda melhor aolaboratório: os óvulos da bela e inteligente Liv Ullmann fertilizados pelos genes geniais do IngmarBergmann. Pela fotografia no jornal, Linn Ullmann teve sorte: herdou a beleza da mãe. Não sei oque herdou do pai. Como dizem que Bergmann é um gênio com um gênio violento e difícil – e aúltima é que ele foi um simpatizante do nazismo até o fim da Segunda Guerra – Linn pode terherdado mais do que queria. Todos os avanços na área da reprodução programada não mudam asituação da criança, que não tem qualquer opinião no assunto. Os pais já podem escolher o tipode filho que querem, o filho continua não podendo escolher os pais que o terão. Eu, se fossenascer hoje, preferiria ter os tipos de pais que nunca escolheriam um filho de um catálogo, mesmoque fosse eu.Há algumas ironias, se esta é a palavra, implícitas nessa questão de engenharia genética, quepromete ser a questão do novo milênio. Para começar, está redimida a eugenia, que no passadoera coisa de cientistas loucos e fascistas. Mesmo com toda reação contra e a discussão ética, ocientificismo totalitário para fins de ‘melhorar a raça’ mudou de vocabulário e ganhou respeitabilidade,ou aquela respeitabilidade forçada do inevitável. Mas esta vitória da mentalidade ‘dedireita’ redime a tese da ‘esquerda’ na velha discussão sobre o que determina caráter e destino,a genética ou a cultura, a qualidade do sangue ou do ambiente. Na comercialização de genessaudáveis e bonitos está subentendido que a personalidade não vai junto, que os bebês serão oque o mundo fizer deles. Não há garantia que entre os óvulos e os espermatozóides de modelos,atletas e gênios não exista um serial killer, um cantor country – ou um simpatizante donazismo. E um mundo só de gente bonita e inteligente não seria necessariamente um mundode gente melhor.Mas desconfio que, pelo menos no Brasil, encontrarão uma forma de assegurar que os genescomprados tenham o destino desejado. As pessoas pedirão: ‘Quero um surfista loiro bom emfísica quântica e uma modelo com PhD – mas um tem que ser de Capricórnio e o outro de Libra’.”GABARITOIMPRIMIR110. U. F. Juiz de Fora-MG Indique a única alternativa incompatível com a interpretaçãoglobal do texto:a) a beleza de Linn Ullmann deve-se ao fato de ela ser fruto de reprodução programada.b) a reprodução programada baseada em genes de indivíduos saudáveis e bonitos é umanova edição do cientificismo totalitário para fins de “melhorar a raça”.c) na comercialização de genes saudáveis e bonitos subentende-se que apenas as característicasfísicas são geneticamente transmitidas.d) a reprodução programada permite que os pais escolham o filho que querem ter, masnão o inverso.111. U. F. Juiz de Fora-MG O principal objetivo comunicativo do autor do texto é:a) ironizar a comercialização de genes no Brasil.b) questionar a reprodução programada e, em especial, a comercialização de genes depessoas saudáveis e bonitas.c) demonstrar que a engenharia genética promete ser a questão do novo milênio.d) argumentar que entre óvulos e espermatozóides de modelos, atletas e gênios há sempreum simpatizante do nazismo.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


Texto para as questões 112 e 113:“Hoje, a erotização televisivamente monitorada faz da criança um consumidor precoce. Mormentepor não possuir suficiente discernimento e ser capaz de seduzir os adultos, que cedem aoscaprichos do desejo para se verem livres da insistência pirralha.Aos quatro anos, eis o menino revestido de grifes e a menina embotelhada em danças daesquizofrenia que distancia a idade fisiológica da psicológica, corpo de criança e alma de mulher.O sonho é substituído pela TV, as histórias cedem lugar aos programas de auditório, e as fadas,bruxas e reis, aos brinquedos eletrônicos. O armário é tão cheio quanto o espírito vazio. (...) Hácrianças assustadoramente gordas de açúcar e sem afeto, cansadas perante um futuro que aindanão viveram, viciadas em indigência intelectual e espiritual.”Excerto de BETO, Frei. Memórias de um Dinossauro. In: A Gazeta. Vitória, 08 set. 98. p. 05.112. Emescam-ES A frase que melhor sintetiza as idéias do texto acima encontra-se em:a) Hoje, as crianças são levadas precocemente ao consumo, sem sonhos, sem afeto e semcultura.b) Os adultos cedem facilmente aos desejos das crianças.c) Os tempos modernos eliminam os sonhos da criança.d) As crianças engordam muito porque ficam muito tempo em frente da tevê.e) Atualmente as crianças não se preocupam com o futuro.49113. Emescam-ES Um dos itens abaixo apresenta explicação inadequada de alguns termosusados no texto; isso ocorre em:a) ‘suficiente discernimento’ – necessária competência para avaliar ou julgar com bom senso.b) ‘insistência pirralha’ – teima persistente da criança.c) ‘embotelhada em danças’ – especialista em danças.d) ‘ritmo da esquizofrenia’ – ritmo que revela psicopatias e distúrbios mentais.e) ‘indigência intelectual e espiritual’ – pobreza de cultura e de espírito.Texto para a questão 114:GABARITOIMPRIMIR“Madalena entrou aqui cheia de bons sentimentos e bons propósitos. Os sentimentos e ospropósitos esbarraram com a minha brutalidade e o meu egoísmo.Creio que nem sempre fui egoísta e brutal. A profissão é que me deu qualidades tão ruins.E a desconfiança terrível, que me aponta inimigos em toda a parte!A desconfiança é também conseqüência da profissão.Foi este modo de vida que me inutilizou. Sou um aleijado. Devo ter um coração miúdo, lacunasno cérebro, nervos diferentes dos nervos dos outros homens. E um nariz enorme, uma bocaenorme, dedos enormes.Se Madalena me via assim, com certeza me achava extraordinariamente feio.Fecho os olhos, agito a cabeça para repelir a visão que me exige essas deformidades monstruosas.A vela está quase a extinguir-se.Julgo que delirei e sonhei com atoleiros, rios cheios e uma figura de lobisomem.Lá fora há uma treva dos diabos, um grande silêncio. Entretanto o luar entra por uma janelafechada e o nordeste furioso espalha folhas secas no chão.É horrível! Se aparecesse alguém... Estão todos dormindo.Se ao menos a criança chorasse... Nem sequer tenho amizade a meu filho. Que miséria!Casimiro Lopes está dormindo. Marciano está dormindo. Patifes!E eu vou ficar aqui, às escuras, até não sei que hora, até que, morto de fadiga, encoste a cabeçaà mesa e descanse uns minutos.”Graciliano Ramos.114. Cesgranrio Analisando o texto, no seu sentido geral, podemos afirmar que se trata deum texto psicológico porque:a) mostra a solidão em que vive o narrador.b) contrasta o modo de ser de Madalena com as ações do narrador.c) retrata o conflito íntimo da personagem.d) caracteriza o mundo exterior como hostil.e) enfatiza as dificuldades de relacionamento da personagem com as pessoas que a cercam.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


115. UERJ Em 1648, um químico holandês, chamado Jean Baptista von Helmont, argumentandoindutivamente, relatou a seguinte experiência, para comprovar a tese da geraçãoespontânea: “Faça um buraco num tijolo, ponha ali erva de manjericão bem triturada.Aplique um segundo tijolo sobre o primeiro e exponha tudo ao sol. Alguns dias maistarde, tendo o manjericão agido como fermento, você verá nascer pequenos escorpiões.”Hoje, sabemos que escorpiões não nascem assim.A conclusão do químico pode ser refutada logicamente pelo argumento indicado em:a) a experiência não resistiu à passagem do tempo.b) uma hipótese alternativa para o fenômeno não foi lembrada.c) o químico não tinha competência para a realização da experiência.d) a geração espontânea não pode ser comprovada com experimentos.116. UFR-RJ50“O primeiro grande poeta que se firmou depois das estréias modernistas foi Carlos <strong>Dr</strong>ummondde Andrade. Definindo-lhe lucidamente o caráter, disse Otto Maria Carpeaux da sua obra que,‘expressão duma alma muito pessoal, é poesia objetiva.’ Parece-me que alma muito pessoal significa,no caso, a aguda percepção de um intervalo entre as convenções e a realidade; aquele hiatoentre o parecer e o ser dos homens e dos fatos que acaba virando matéria privilegiada do humor,traço constante na poesia de <strong>Dr</strong>ummond”.BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 1989. p. 494.Segundo Bosi, em relação ao humor de <strong>Dr</strong>ummond pode-se afirmar que é um riso:a) que assinala uma ruptura com a geração que o antecede.b) escarnecedor, semelhante ao de Gregório de Matos.c) irônico, distanciado e lúdico, atividade da razão.d) tímido, sem qualquer reflexão, fruto da inspiração poética.e) característico da primeira geração modernista, da qual fazia parte.Texto para as questões 117 e 118:“Namorado: ter ou não, é uma questãoGABARITOIMPRIMIRQuem não tem namorado é alguém que tirou férias não remuneradas de si mesmo. Namoradoé a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita deadivinhação, de pele, de saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia.Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil. Mas namorado, mesmo,é muito difícil.Namorado não precisa ser o mais bonito, mas aquele a quem se quer proteger e quando se chegaao lado dele a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo proteção. A proteção dele não precisaser parruda, decidida, ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.Quem não tem namorado não é quem não tem um amor: é quem não sabe o gosto de namorar.Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes, mesmo assimpode não ter namorado. (...)Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, fazer sesta abraçado, fazer comprajunto. Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horasolhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor.Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai com ela paraparques, fliperamas, beira d’água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas desonhos ou musical da Metro. (...)Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesandoduzentos quilos de grilos e de medo, ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãosdadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança.De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim.Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. (...)Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário afazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido.Enlou-cresça.”ANDRADE, Carlos <strong>Dr</strong>ummond de. Obra completa. Rio de Janeiro: Aguillar, 1982.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


117. UFR-RJ Para o autor, só sabe o que é namorar quem:a) cultiva o hábito de fazer poesia.b) entra em sintonia com o outro no plano das sensações.c) distingue o que é concreto do que é abstrato.d) vivencia as sensações do amor sem se entregar.e) sabe teorizar sobre os seus sentimentos.118. UFR-RJ “Enlou-cresça.” O neologismo em questão sintetiza o seguinte pensamento:a) só é possível crescer se a vida não fizer nenhum sentido.b) o sentido da vida se constrói a partir do crescimento intelectual.c) o crescimento e loucura são considerados processos incompatíveis.d) o sentido da vida se dá pela tensão entre crescimento e loucura.e) o sentido da vida é construído por meio da loucura.Textos para as questões 119 e 120:51“Pode um escritor, em nome de sua arte, contrariar as regras da gramática? Essa é uma dasprincipais questões levantadas pelo poeta português Fernando Pessoa.A língua existe para servir o indivíduo, e não para escravizá-lo, pensa o poeta. Sendo umaaventura intelectual, o ato de grafar não deveria submeter-se à vontade unificadora do Estado,assim como uma pessoa jamais deveria aceitar a imposição de uma religião que seu espírito recusasse.Esse tipo de postura gerou um impasse. De um lado, ficam os gramáticos, impondo normas.De outro, os artistas, clamando por liberdade.A resposta à questão inicial é simples. Os artistas da língua não passam para a posteridadeporque rompem com a norma, mas porque sabem tirar proveito da ruptura. A transgressão, paraser bem-sucedida, deve possuir função estrutural. Tanto no texto como no comportamento. Elapode dar impressão de firmeza, de precisão, de ambigüidade, de ironia ou sugerir diversas coisasao mesmo tempo. Na maioria dos casos, indica novas propostas para o futuro.Pela perspectiva dos artistas, os gramáticos não passam de meros guardiães de uma inutilidadeconsagrada pelo poder constituído. Para eles, dominar a norma culta do idioma não excede, emvalor, o conhecimento do código de trânsito, por natureza convencional e efêmero: num dia, certarua dá mão; no outro, não dá; e, na próxima semana, pode ser que a mesma rua não exista.Observa-se o mesmo nas normas da gramática, que variam conforme as convenções gerais decada época. Acontece que os artistas pretendem escrever para as gerações futuras.”GABARITOIMPRIMIR119. UFMG De acordo com o texto, é correto afirmar que:a) a língua não oprime os artistas quando os submete à vontade do Estado.b) os artistas revelam o caráter transitório da norma culta ao infringirem-na.c) os escritores contrariam as regras gramaticais porque as desconhecem.d) os gramáticos impõem normas para os artistas não as transgredirem.120. UFMG Em todas as alternativas, o emprego do termo, ou expressão, destacado, estácorretamente explicado pela frase entre parênteses, exceto em:a) … assim como uma pessoa jamais deveria aceitar a imposição de uma religião queseu espírito recusasse. (Introduz uma comparação).b) Ela pode dar impressão de firmeza, […] de ironia ou sugerir diversas coisas ao mesmotempo. (Refere-se à transgressão de função estrutural).c) Para eles, dominar a norma culta do idioma não excede, em valor, o conhecimento docódigo de trânsito... (Refere-se aos gramáticos, guardiães da língua).d) Observa-se o mesmo nas normas da gramática, que variam conforme as convençõesgerais de cada época. (Remete à efemeridade do conhecimento do código detrânsito).VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


Texto para a questão 121:“SilogismoUm salário-mínimo maior do que o que vão dar desarrumaria as contas públicas, comprometeriao programa de estabilização do Governo, quebraria a Previdência, inviabilizaria o país e provavelmentedesmancharia o penteado do Malan. Quem prega um salário-mínimo maior o faz pordemagogia, oportunismo político ou desinformação. Sérios, sensatos, adultos e responsáveis sãoos que defendem o reajuste possível, nas circunstâncias, mesmo reconhecendo que é pouco.Como boa parte da população brasileira vive de um mínimo que não dá para viver e as circunstânciasque o impedem de ser maior não vão mudar tão cedo, eis-nos num silogismo bárbaro: seo país só sobrevive com mais da metade da sua população condenada a uma subvida perpétua,estamos todos condenados a uma lógica do absurdo. Aqui o sério é temerário, o sensato é insensato,o adulto é irreal e o responsável é criminoso. A nossa estabilidade e o nosso prestígio com acomunidade financeira internacional se devem à tenacidade com que homens honrados e capazes,resistindo a apelos emocionais, mantêm uma política econômica solidamente fundeada namiséria alheia e uma admirável coerência baseada na fome dos outros. O país só é viável semetade da sua população não for. (...)”VERÍSSIMO. L. F. O Globo. 24/03/2000.121. UERJ52silogismo. S. m. Lóg. Dedução formal tal que, postas duas proposições, chamadas premissas,delas se tira uma terceira, nelas logicamente implicada, chamada conclusão.FERREIRA, A. B. de Holanda. Novo Dicionário Aurélio de Língua Portuguesa. Rio de Janeiro. Nova Fronteira, 1986.Considerando essa definição, pode-se concluir que o silogismo a que se refere o título dotexto é encontrado em:a) Boa parte da população sobrevive com apenas um salário-mínimo e o salário-mínimonão dá para viver; então, há circunstâncias que impedem o salário de ser maior.b) Precisamos manter nosso prestígio com a comunidade financeira internacional; temoshomens honrados e capazes; então, é preciso resistir a apelos emocionais da sociedade.c) Um salário-mínimo maior prejudicaria o país; o salário-mínimo impõe miséria a grandeparte da população; então, o país necessita da miséria de grande parte da sua população.d) O salário-mínimo não garante vida digna para a maioria da população; o salário nãoaumenta mais por exigência do mercado internacional; então, é preciso alterar essemodelo econômico.Texto para as questões 122 e 123:GABARITOIMPRIMIR“Ética para meu filho(...) Veja: alguém pode lamentar ter procedido mal mesmo estando razoavelmente certo de quenão sofrerá represálias por parte de nada nem de ninguém. É que, ao agirmos mal e nos darmosconta disso, compreendemos que já estamos sendo castigados, que lesamos a nós mesmos —pouco ou muito — voluntariamente. Não há pior castigo do que perceber que por nossos atosestamos boicotando o que na verdade queremos ser...De onde vêm os remorsos? Para mim está claro: de nossa liberdade. Se não fôssemos livres, nãonos poderíamos sentir culpados (nem orgulhosos, é claro) de nada e evitaríamos os remorsos. Porisso, quando sabemos que fizemos algo vergonhoso procuramos afirmar que não tivemos outroremédio senão agir assim, que não pudemos escolher: ‘cumpri ordens de meus superiores’, ‘vi quetodo o mundo fazia a mesma coisa’, ‘perdi a cabeça’, ‘é mais forte do que eu’, ‘não percebi o queestava fazendo’, etc. Do mesmo modo, quando o pote da geléia que estava em cima do armáriocai e quebra, a criança pequena grita chorosa: ‘Não fui eu!’. Grita exatamente porque sabe quefoi ela, se não fosse assim, nem se daria ao trabalho de dizer nada, ou talvez até risse e pronto. Emcompensação, ao fazer um desenho muito bonito essa mesma criança irá proclamar: ‘Fiz sozinho,ninguém me ajudou!’Do mesmo modo, ao crescermos, queremos sempre ser livres para nos atribuir o mérito do querealizamos, mas preferimos confessar-nos ‘escravos das circunstâncias’ quando nossos atos nãosão exatamente gloriosos.”SAVATER, Fernando. Ética para meu filho. Trad. Monica Stahel. São Paulo: Martins Fontes, 1997.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


122. UERJ O texto lido faz parte de um ensaio filosófico sobre ética, no qual o autor expõeseus argumentos em tom de conversa. Essa estratégia tem o seguinte objetivo:a) provocar a resposta direta do interlocutor.b) ressaltar uma discussão teórica entre iguais.c) diminuir a assimetria entre o filósofo e o leitor.d) revelar opiniões compartilhadas pelos interlocutores.123. UERJ Ao trazer para seu texto a citação de outras falas — por meio do emprego dasaspas —, o autor obtém o seguinte efeito:a) valoriza o argumento das outras falas.b) delimita o que é defendido e o que é atacado.c) identifica um embate como reforço do campo da sinceridade.d) destaca a palavra dos outros como argumento de autoridade.124. F. M. Triângulo Mineiro-MG53“A superfície do Brasil, incluindo lagos, rios e montanhas, é de 850 milhões de hectares. Maisou menos metade desta superfície, uns 400 milhões de hectares, é geralmente apropriada ao usoe ao desenvolvimento agrícola. Ora, actualmente, apenas uns 60 milhões desses hectares estão aser utilizados na cultura regular de grãos. O restante (...) encontra-se em estado de improdutividade,de abandono, sem fruto”.José Saramago.“Entristeceu. Considerar-se plantado em terra alheia! Engano. A sina dele era correr mundo,andar para cima e para baixo, à toa! Como judeu errante. Um vagabundo empurrado pela seca”.Vidas Secas, de Graciliano Ramos.A respeito dos textos, pode-se afirmar que:a) o texto II constitui uma representação estética da realidade contida no texto I.b) o texto II faz uma reflexão sobre os fatos narrados no texto I.c) ambos os textos propõem o uso racional das terras no Brasil.d) o texto I discorre sobre o aproveitamento agrícola das terras brasileiras, que é negadono texto II.e) as perspectivas pessimistas quanto ao uso do solo brasileiro, no texto I, caem porterra, considerando-se o sentido do texto II.GABARITOIMPRIMIR125. PUC-RJ Leia o texto abaixo, em que se comenta o modo como o escritor alemão J. W.Goethe e o físico inglês Isaac Newton compreenderam o fenômeno da cor.“Goethe estava interessado nas condições necessárias para que o fenômeno das cores se manifeste.Para ele, não basta dizer que a cor surge da luz, mas como aparece junto à luz. Na verdadejá estava procurando distinguir as condições ou esferas mediante as quais o fenômeno da cor seapresenta. Schopenhauer, continuando o caminho de Goethe, é o primeiro a distingui-las claramente:‘Do ponto de vista do sentido visual, luz e cores são fenômenos de consciência (sensaçõese percepções) cujas condições são ocorrências fisiológicas na retina e no sistema nervoso, sendoprovocadas por sua vez por processos físicos.’ A identidade da cor varia de acordo com os critériosestabelecidos para sua compreensão enquanto fenômeno de consciência, fenômeno na retina oufenômeno físico.Newton, ao contrário de Goethe e Schopenhauer, preocupou-se somente em estabelecer os critériospara a produção da cor enquanto fenômeno físico. Nesse aspecto, embora as críticas de Goethese revelassem posteriormente inconseqüentes, o principal mérito de sua análise é ter mostrado quea cor também existe como fenômeno que escapa à física. Assim, essas duas interpretações diversasdo fenômeno cromático não devem ser pensadas como necessariamente incompatíveis, mas comopontos de vista que se baseiam em critérios, ou métodos de comparação, inteiramente distintos.”GIANNOTTI, M. Prefácio à edição brasileira de A Doutrina das Cores, de GOETHE, J. W., São Paulo: Nova Alexandria, 1993.No que diz respeito ao fenômeno da cor, o que distingue basicamente a abordagem deNewton daquela de Goethe, mais tarde desenvolvida por Schopenhauer?VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


126. U. F. Viçosa-MG Leia atentamente o texto:“Mãos dadasNão serei o poeta de um mundo caduco.Também não cantarei o mundo futuro.Estou preso à vida e olho meus companheiros.Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.Entre eles, considero a enorme realidade.O presente é tão grande, não nos afastemos.Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente.”ANDRADE, Carlos <strong>Dr</strong>ummond de. Antologia poética. Rio de Janeiro: Record, 1998. p. 118.54Todas as alternativas seguintes correspondem a uma leitura possível do poema drummondiano,exceto:a) O autor de “Mãos dadas” quer unir-se a seus semelhantes para libertar-se do passado,do presente, e do futuro de um mundo caduco que o sufoca.b) O poeta renuncia ao isolamento voluntário e reafirma sua solidariedade aos companheiros,dos quais não pretende mais se afastar.c) O poema revela-nos um eu-lírico que, ignorando o passado e o futuro, opta por conhecera realidade de seu próprio tempo.d) O poeta busca a convivência com os outros homens à sua volta, não pretendendo,pois, entregar-se aos devaneios e à solidão.e) Ao voltar-se para a vida presente o poeta demonstra uma preocupação maior com oseu momento histórico.127. UnB-DFGABARITOIMPRIMIR“O trabalho é a principal atividade do ser humano? Quase todas as pessoas responderiamafirmativamente a essa questão. Vivemos hoje um modelo de vida tão assentado sobre o trabalho,que raramente o questionamos. Mas será que sempre foi assim? Sem dúvida, não! Ou quesempre será assim? Esperemos que não!Na verdade, estamos chegando ao final de um ciclo civilizatório durante o qual nunca se trabalhoutanto e em que, pela primeira vez na História, o trabalho converteu-se efetivamente naprimeira necessidade humana. Nesse período, surgiram jornadas de trabalho brutais, devastou-sea natureza, destruíram-se símbolos preciosos da civilização e as cidades passaram a ser vistasapenas como espaços de trabalho e produção.A diversão, o lazer, o entretenimento — ideais de vida de algumas civilizações antigas, como a grega,a romana e, de certa forma, a chinesa — foram esquecidos. Mas, neste final de milênio, voltam comforça total, assustando algumas autoridades, trazendo preocupações novas, muito novas mesmo…”LIMA CAMARGO, Luiz Octávio de. “Introdução”. In: Educação para o lazer. São Paulo: Moderna, 1998, p. 9.A partir do texto, julgue os itens que se seguem.( ) O autor responsabiliza as jornadas de trabalho brutais pela devastação da natureza.( ) Atualmente, as cidades apresentam dificuldades de se organizarem em formas quenão sejam pelo trabalho.( ) Algumas autoridades estão assustadas com a possibilidade de que o homem atualpossa vir a ter diversão, lazer e entretenimento como ideais de vida, porque issosignifica que, em breve, não haverá mais quem trabalhe.( ) Infere-se que, nesse texto, o autor tece comentários acerca de fatos históricos ocorridosna segunda metade do século XVIII, tendo em vista que as “jornadas de trabalho brutais— fazem alusão ao início da Revolução Industrial na Inglaterra e que os “símbolos preciososda civilização” incluem a Bastilha, fortaleza francesa que foi destruída em 1789.( ) Entre as “preocupações novas” das autoridades, pode-se incluir a de buscar meios deviabilizar o acesso da população, principalmente a urbana, à diversão, ao lazer, ao entretenimento,tendo em vista a existência de graves problemas, como a recessão e a violência.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


Texto para as questões de 128 a 131:“Segunda-feirite aguda55João Ubaldo Ribeiro.Trabalho desde os 17 anos — já lá se vão 41 do que começou como primaveras, chegou averões, já está em outonos e, logo, logo, se transmuta em invernos. Podia estar aposentado, masnão só levantar a papelada me infunde pânico, como também não quero ser chamado de vagabundo,especialmente por um ex-colega de magistério, se bem que ele próprio aposentado. Alémdisso, como não está a meu alcance aspirar ao marajanato (sei que esta palavra não existe, masposso perfeitamente inventá-la, é necessária na atual conjuntura; e, se o ex-ministro Magri, dossaudosos 30 mil dólares, pôde, eu também posso), aposentar-me provavelmente me levaria a terde estabelecer uma banca de camelô ou a pleitear uma vaguinha no Retiro dos Artistas, com baseem minha memorável participação nas peças do jardim de infância em Aracaju, onde certa feitainterpretei ‘Tatu subiu no pau’, sem muito sucesso, mas com inquestionável empenho. E manda aética que me recuse a recorrer a pretensas vantagens derivadas de relacionamentos pessoais, eisque, se não me engabelam outra vez os neurônios carunchados, o ministro Ornélas ou foi meualuno ou quase foi — é o segundo ou terceiro ministro que foi meu aluno, fico um pouco melancólico.E o dr. Antônio Carlos, eu também podia recorrer ao dr. Antônio Carlos, que me conhecedesde rapazinho (eu, não ele), sempre é afável comigo, morre de rir quando o crítico e, pondo amão no meu ombro, me chama de ‘ilustre representante da esquerda democrática’.Não, não, nada disso. Nada de aposentadoria, nem de tentar facilitar a vida, procurando pistolões.Ao trabalho. Não tenho queixa, mas a verdade é que, já depois de muito tempo trabalhando emcasa, com meus próprios horários e sem chefe ou patrão por perto, também padeço de segundafeiriteque acomete todos os trabalhadores. Alguns, como sabemos, começam a ficar macambúziosna hora em que ouvem a musiquinha de encerramento do Fantástico. Eu, apesar de não sofrer asmesmas pressões que um trabalhador sujeito a horários e normas rígidas, começo na manhã daprópria segunda. Lá vêm outra semana, outra crônica, outros compromissos, outras chateações, lávem a segunda-feira, enfim. Quis muitas vezes descondicionar-me, argumentando comigo mesmoque desfruto de certa liberdade, mas não adianta, a síndrome ataca de igual maneira. (…)”O Globo, 5/7/99. Cad. Opinião, p. 7.GABARITOIMPRIMIR128. UFMS Na construção do sentido de um texto, o leitor competente deve saber ler nasentrelinhas, a fim de recuperar o que não foi dito explicitamente, ou seja, deve ser capazde fazer inferências. Por exemplo, quando João Ubaldo diz “…se não me engabelamoutra vez os neurônios carunchados…”, quem lê deve ser capaz de inferir que a memóriado escritor já o traiu pelo menos uma vez antes. Com base nessas explicações, reconheça,entre as alternativas apresentadas abaixo, aquela(s) em que a inferência feita não sesustenta a partir do fato mencionado.(01) “Veja: uma revista tão boa que as notícias nem precisam ser ruins.” (Veja, 29/9/99, p. 103)– Inf.: O leitor lê Veja porque a revista não traz notícias ruins.(02)“Vinho Mercosul no mundo. Argentina em primeiro lugar e Brasil em terceiro sãopremiados na Turquia.” (Revista do Mercosul, jun./jul. 1998, p. 28)– Inf.: Os demais países do Mercosul não se inscreveram no Festival de Vinhos naTurquia.(04)“A dupla jeans e camiseta e roupa feita em série acabaram com a elegância dopovo.” (Raça, ago. 1999, p. 29)– Inf.: Quando usava outros tipos de vestimentas, que não os mencionados, o povoera elegante.(08)“Continuamos incapazes de duas coisas: ligar causa e efeito e aprender do passado.”(Roberto Campos, O Globo, 5/9/99. Cad. Opinião, p. 7)– Inf.: Para o autor, a incapacidade de ligar causa e efeito e aprender do passado sãocaracterísticas imutáveis de nossa mentalidade.(16)“Sem alarde, a Internet deixou de ser novidade e 5 milhões de brasileiros já nãopodem mais viver sem computador.” (Época, 27/9/99, p. 84)– Inf.: Antes a Internet era novidade e 5 milhões de brasileiros podiam viver semcomputador.(32)“Max Floc. O único clarificante e floculante de piscina com a garantia HTP.” (Istoé,6/10/99, p. 57)– Inf.: Os outros produtos do mesmo tipo não têm a garantia HTP.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


129. UFMS Assinale abaixo a(s) alternativa(s) verdadeira(s).(01)Os conectores não só… como também e além disso são utilizados para ligar enunciadosque constituem argumentos para uma mesma conclusão, ou seja, no caso dotexto, eles somam argumentos para apoiar ou justificar a não-aposentadoria do autor.(02)Em “…se bem que ele próprio aposentado.”, o conector se estabelece uma relaçãode condicionalidade com o que foi dito anteriormente.(04)A forma verbal pôde é um dos casos de palavras que admitem dupla acentuação, oque significa que poderia ser substituída por pode indiferentemente.(08)Em “…um trabalhador sujeito a horários e normas rígidas…”, a concordância doadjetivo com os substantivos que o antecedem poderia ter sido feita também no masculinoplural.(16)Para construir o vocábulo marajanato, João Ubaldo Ribeiro faz uso do sufixo latinoato que forma substantivos a partir de adjetivos, como em baronato.(32)Já para criar segunda-feirite, o autor emprega o sufixo grego -ite, que indica inflamaçãoe que está presente também em bronquite, rinite e gastrite.(64)Se em “…não está ao meu alcance aspirar ao marajanato…” utilizássemos um pronomepessoal para substituir o objeto indireto, o resultado seria “…não está ao meualcance aspirar-lhe…”.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.56GABARITOIMPRIMIR130. UFMS Marque a(s) proposição(ões) que não está(ão) correta(s).(01)No início do primeiro parágrafo, identificam-se as várias fases da vida humana àsestações do ano.(02)Em “…aposentar-me provavelmente me levaria a ter de estabelecer uma banca decamelô…” o advérbio provavelmente acrescenta ao conteúdo proposicional do enunciadoa indicação da modalidade sob a qual ele deve ser interpretado.(04)As aspas em “ilustre representante da esquerda democrática” têm por função indicaruma expressão atribuída a uma outra voz, que não a do locutor.(08)Em “…eu também podia recorrer ao dr. Antônio Carlos, que me conhece desderapazinho (eu, não ele)…” a informação entre parênteses vem corrigir uma possívelambigüidade de sentido.(16)A figura de linguagem presente em “…morre de rir quando o crítico…” é a metonímia,uma vez que foi usada uma palavra no lugar de outra, ou seja, o verbo morrerpelo advérbio de intensidade muito.(32)A palavra macambúzio significa revoltado, inconformado, desesperado.(64)João Ubaldo Ribeiro assume um tom irônico que perpassa todo o texto.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.131. UFMS Dentre os enunciados abaixo, identifique aquele(s) que seja(m) adequado(s) aotexto lido.(01)Sendo quase sexagenário, o escritor admite estar caminhando para o inverno da vida.(02)O autor afirma que ainda não pediu aposentadoria apenas porque não tem condiçõesfinanceiras para se sustentar.(04)Embora a peça “Tatu subiu no pau” tenha tido êxito de público, a performance domenino João Ubaldo não foi das melhores.(08)O direito de inventar palavras que o autor se atribui apóia-se no exemplo do exministroMagri, também ele inventor de palavras, e na necessidade da situação atual.(16)O escritor não admite recorrer a favores de ex-alunos ilustres, como o dr. AntônioCarlos, pelo fato de obedecer a princípios éticos.(32)A segunda-feirite ataca todos os trabalhadores já no final da noite de domingo.(64)Pessoas que exercem determinadas profissões, como, por exemplo, a de escritor,acabam sendo menos afetadas pela síndrome da segunda-feira do que os trabalhadorescomuns, sujeitos a horários e normas rígidas.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


132. UnB-DF“Notícias da Califórnia57Aqui são quatro horas mais cedo, os dias estão azuis dignos de uma crônica de RubemBraga, faz calor mas não muito, de noite esfria, comem-se muita verdura e fruta, as frutassão coloridas mas sem sabor, tudo aqui tem o mesmo gosto, a maçã tem gosto de melanciaque tem gosto de cereais que têm gosto de macarrão que tem gosto de waffle que temgosto de vinho de Napa Valley que tem gosto de graveto que tem gosto de pão que temgosto de ceasar salad que tem gosto de syrup que tem gosto de nescafé, a cidade é calmíssima,as ruas espalhadas, não há edifícios de mais de três andares, apenas alguns, a arquiteturado medo, por causa dos terremotos, e as estruturas levíssimas, parece uma cidade depapel onde tudo é florido e arrumado e limpo e vigiado, a polícia passa a cada instante, oimigrante passa a cada instante, o chicano passa a cada instante, todo mundo de carro,claro, (…) eles mesmos lavam o carro num posto de gasolina, pagam 1,75 dólar, as geladeirassão repletas de guloseimas, tudo aqui é em quantidades vertiginosas, o suco de laranja(que tem gosto de beterraba que tem gosto de pastel) vem num galão, assim como o leite,a massa de pizza vem num saco com sessenta, fomos a um mercadão de varejo, tudo eraapavorante, ameaçador, a garrafa de champagne era mais alta do que eu, o tubo de pastade dentes era maior do que um tênis do Shaquille O’Neal, o desodorante era maior do queum pão de forma que era maior do que a presuntada que era maior do que um garrafão desuco de tomate maior do que o vidrão de peanut butter, eu me sentia uma liliputiana nopaís de Gulliver, (…) filmo o nascimento do Raphael, a nurse midwife chamada Joyce faz oparto, em vez de dizer Push diz Purra! Purra! pois ouviu meu filho dizer, ‘Empurra!’ Fotografoaté cansar de gastar os sessenta filmes do pacote, a mãe sofre dores atrozes e mia feitoum gatinho abandonado, corta o meu coração, o neném nasce e chora, ah, é lindo! He’spretty and pink diz a nurse, fazemos de noite uma ceia para comemorar o nascimento,tomamos vinho e comemos bolo de nozes, hot-dogs e fumamos charutos e tudo nos embriagade felicidade, um sentimento vitorioso, de eternidade, ouvindo música clássica deum disco que o Raphael ganhou na maternidade given to over a million new parents inhospitals across America, Smart Symphonies, classic music to help stimulate your baby’sbrain development, enquanto ouço vou também desenvolvendo o meu cérebro e aprendendoa aferir os encantamentos na máquina de um amigo, poeta.”MIRANDA, Ana. Caros Amigos. nº 30. 9/99. p. 19 (com adaptações).GABARITOA partir do texto acima, de Ana Miranda, escritora brasileira, autora de Boca do Inferno,entre outros romances, julgue os itens seguintes.( ) A exemplo da tipologia textual, associada a Rubem Braga, o texto de Ana Mirandaclassifica-se como crônica.( ) Assim como Gregório de Matos Guerra fez uma crítica da sociedade baiana do séculoXVII, a autora faz uma crítica da sociedade californiana do século XX.( ) A seqüência “a polícia passa a cada instante, o imigrante passa a cada instante, ochicano passa a cada instante” pode ser substituída, com vantagem estilística e semprejuízo de qualquer natureza, por a polícia, o imigrante e o chicano passam acada instante.( ) A menção reiterada de grandes quantidades e o uso do grau comparativo de superioridadeconstituem um recurso estilístico que demonstra a profunda admiraçãoda autora pelos hábitos californiamos.( ) Com a metáfora final do texto, a autora informa ao leitor que ela escreve seu textoouvindo música.IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


133. UnB-DF“Rondó de EfeitoOlhei pra ela com toda a força.Disse que ela era boa.Que ela era gostosa,Que ela era bonita pra burro:Não fez efeito.Virei pirata:Dei em cima dela de todas as maneiras,Utilizei o bonde, o automóvel, o passeio a pé,Falei de macumba, ofereci pó…À toa: não fez efeito.58Então banquei o sentimentalFiquei com olheiras,Ajoelhei,Chorei,Me rasguei todo,Fiz versinhos,Cantei as modinhas mais tristes do repertório do Nôzinho.Escrevi cartinhas e pra acertar a mão, li Elvira a Morta[Virgem, romance primoroso e por tal forma comovente[que ninguém pode lê-lo sem derramar copiosas lágrimas…Perdi meu tempo: não fez efeito.Meu Deus que mulher durinha!Foi um buraco na minha vida.Mas eu mato ela na cabeça:Vou lhe mandar uma caixinha de Minorativas,Pastilhas purgativas:É impossível que não faça efeito!”BANDEIRA, Manuel. Mafuá do malungo. In: Poesia completa e prosa.Rio de Janeiro: Aguilar, 1974, p. 406-7.GABARITOCom base no texto acima, julgue os itens que se seguem.( ) Para conquistar sua amada, o narrador faz três investidas sucessivas que podem serassim resumidas: elogio da beleza física da mulher; oferecimento de vantagens materiaise chantagem emocional.( ) No verso 9, fica claro que o narrador oferece à jovem uma caixa de pó-de-arroz,produto de maquilagem muito usado pelas moças de pele alva.( ) Apesar de se tratar de construções sintáticas diferentes, em “À toa” (v.10) e “Perdimeu tempo” (v.19) há a mesma informação semântica.( ) Entre os versos 11 e 15, o autor emprega, simultaneamente, duas figuras de linguagemda retórica tradicional: um hipérbato e um clímax.IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


Texto de referência para as questões 134 a 136:”ELES SOBRARAMOs números do IBGE, o principal órgão de pesquisas sociais do país, mostram um retrato dramáticoda realidade do trabalhador brasileiro. Segundo o Instituto, 36 milhões de brasileiros emidade de trabalhar têm só o 1 o grau completo ou nem isso. Essa população equivale a quase ametade de toda a força de trabalho do país e coloca para a sociedade um enorme problema. Paragarantir a sobrevivência, muitos deles ainda conseguem emprego na economia informal comalgum êxito. Para os outros, o horizonte é desolador. Isso porque as empresas, com a modernização,já não precisam tanto de força física, que é o que eles têm a oferecer se não forem educados.O Brasil ainda tem uma vantagem a oferecer a esses trabalhadores, por uma ironia de seupassado recente. Durante mais de uma década, o governo abandonou estradas, viadutos, deixouruas se esburacarem. Assim que a economia voltar a crescer, isso tudo vai ser consertado e haverátrabalho para essa massa de gente. O problema é saber durante quanto tempo eles poderãosobreviver à custa desses serviços. E o desafio, para o país, é evitar que continue crescendo apopulação de subtrabalhadores.“VALENTINI, Cintia. Veja, 21 de julho, 1999. p. 105.59134. Fempar Segundo o texto, a principal causa do “retrato dramático da realidade do trabalhadorbrasileiro” é:a) a existência de quase metade da população brasileira sem escolaridade mínima e, porisso, subempregada.b) o avanço da economia informal, única saída para os desempregados, mas que os deixadesassistidos.c) a modernização das empresas que, hoje, empregam menos trabalhadores com escolaridademínima.d) o desaquecimento da economia que não permite a contratação da força física do trabalhador.e) o descompasso entre modernização e economia.135. Fempar A ironia, à qual o texto se refere, está no fato de:a) graças a sua ineficiência, o governo poder oferecer trabalho para a massa de subtrabalhadores.b) a economia brasileira ter estagnado e voltado a crescer pela influência do governo.c) a intervenção do governo na economia ter sido devastadora.d) empregar e desempregar serem tarefas do governo.e) o governo ter aquecido e desaquecido a economia.GABARITO136. Fempar Pela essência do texto, a palavra que melhor traduz “enorme problema” é:a) sobrevivência. d) educação.b) desemprego. e) modernização.c) globalização.INSTRUÇÃO: Responder às questões 137 a 139 com base no texto.IMPRIMIR”Uma reflexão sobre o ensino de todo e qualquer conteúdo pode e deve ser feita de várias ediferentes perspectivas: a perspectiva da própria ciência de que se recortou o conteúdo para constituiruma disciplina curricular; uma perspectiva psicológica, que considera os processos de aprendizagemde um conteúdo específico; uma perspectiva política, que busca identificar os pressupostosideológicos que levam a instituir um certo conteúdo em disciplina curricular e que subjazem aosobjetivos e procedimentos de ensino dessa disciplina; uma perspectiva social, que considera as condiçõessociais de produção de um determinado conhecimento, as condições sociais daqueles a quemse destina o ensino e daqueles encarregados de ensinar, o papel e função atribuídos pela sociedadeà instituição em que ensino e aprendizagem ocorrem, isto é, a escola; uma perspectiva cultural, querelaciona a disciplina e seu conteúdo com as características, as expectativas, as necessidades dogrupo cultural a que se destina seu ensino; uma perspectiva histórica, que reconstrói os processospor meio dos quais um certo conhecimento vai-se configurando como saber escolar e, conseqüentemente,vai-se constituindo em disciplina curricular, ao longo do tempo.“SOARES, Magda. Concepções de linguagem e o ensino da língua portuguesa. Apud: BASTOS, Neusa (org.). Línguaportuguesa: história, perspectivas, ensino. São Paulo: Educ, 1998. p. 53.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


137. U. F. Pelotas-RS Sobre as diferentes perspectivas apresentadas no texto, só não é corretoafirmar que a perspectiva:a) histórica precisa o momento em que determinado conteúdo passou a ser ensinado.b) social envolve professor, aluno e o contexto em que interagem.c) política se refere ao modo de pensar dos responsáveis pela definição dos conteúdos aserem ensinado.d) psicológica diz respeito, prioritariamente, ao “como” se aprende determinado conteúdo.e) da própria ciência se relaciona à área de conhecimento específica do conteúdo a serensinado.138. U. F. Pelotas-RSINSTRUÇÃO: Responder a questão com base nas afirmativas abaixo, sobre a formacomo as perspectivas são apresentadas.60I. A estrutura do parágrafo apresenta paralelismo, ou seja, estruturas de natureza semelhante.II. O uso do ponto-e-vírgula entre as diferentes perspectivas hierarquiza as informações,facilitando a leitura.III. Cada uma das perspectivas é caracterizada por uma ou mais orações adjetivas.Pela análise das afirmativas, conclui-se que estão corretas as da alternativa:a) I e II.b) I e III.c) I, II e III.d) II e III.e) III.139. U. F. Pelotas-RSINSTRUÇÃO: Responder a questão considerando a veracidade das afirmativas apresentadasde 1 a 4.GABARITO1. “todo e qualquer conteúdo” equivale à totalidade de um conteúdo.2. “pode e deve” sugere uma gradação.3. “objetivos e procedimentos” correspondem, respectivamente, a metas e ações.4. “ensino e aprendizagem” relacionam-se como causa-conseqüência.Pela análise das afirmativas, conclui-se que estão corretas as da alternativa:a) 1 – 2 – 3 – 4.b) 1 – 2 – 4.c) 1 – 2 – 3.d) 2 – 3 – 4.e) 3 – 4.IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


As questões 140 e 141 baseiam-se no texto a seguir:”Um túnel no fim da luzO fantasma do blecaute ronda o Brasil. (...) Sem dizer com todas as letras, isso é o que ogoverno federal dá a entender. Para exorcizar a ameaça, o Ministro das Minas e Energia querantecipar as datas do programa de implantação de termelétricas. Alimentadas principalmentepelo gás natural boliviano (...), essas usinas deverão somar mais de 15 mil MW ao sistema elétrico.A iniciativa vem sendo debatida por especialistas da área. Segundo afirmam, embora ela diminuao peso das hidrelétricas, no total da produção de energia brasileira, a iniciativa tende a levaro país a utilizar um combustível cuja queima deverá lançar na atmosfera grandes quantidades depoluentes. (...)O programa de gás natural, defendido por muitos especialistas, prevê a utilização de um combustívelfóssil, o que, para certos críticos, equivale a embarcar com todas as malas numa canoafurada. A palavra fóssil tem, para eles, um significado preciso. (...)A energia solar é outra fonte a ser considerada. Nesse caso, existem dois tipos de solução: ascélulas fotovoltaicas e os aquecedores solares de água (...).”Revista Galileu. (Adaptado).61140. U. F. Pelotas-RS De acordo com o texto e seus conhecimentos, é possível afirmar que:a) o pronome “isso” remete a uma expressão que aparece depois dele.b) a palavra “fóssil”, na expressão “combustível fóssil”, tem, para os críticos do programade gás natural, um significado preciso, porque são ilimitadas as reservas dessecombustível.c) a existência de nexos de concessão ao longo do texto justifica-se pela necessidade deo autor apresentar apenas argumentos convergentes às idéias apresentadas.d) a expressão “sem dizer com todas as letras”, que significa “embora não declare explicitamente”,remete à necessidade de a população encarar a possibilidade de um blecaute.e) a expressão “energia solar” remete à idéia de energia proveniente da reflexão total dosraios luminosos por parte da Terra.GABARITO141. U. F. Pelotas-RS O título do texto — Um túnel no fim da luz – inverte uma expressão deuso popular.Assinale a alternativa com a frase que, contendo informações cientificamente corretas,conduz a uma leitura oposta a essa expressão popular.a) A inevitável falta de energia não virá de imediato, porque a Bolívia, país não limítrofecom o Brasil, fornece uma quantidade significativa de gás natural.b) A energia eólica e a energia solar – provenientes de combustíveis fósseis – não evitarãoo blecaute no Brasil.c) O fantasma do blecaute ronda o Brasil, por causa do não aproveitamento de todos osnossos recursos energéticos.d) Os programas do governo federal representam a esperança de que o blecaute nãochegue ao Brasil.e) O problema da falta de energia, no Brasil, ficará sob controle com a aplicação deprogramas adequados.IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


Texto para as questões 142 e 143.”O que diz a letraEm 1995, Sérgio Lírio tinha 23 anos e era tido como um repórter promissor. Estava prestes a sercontratado pelo diário A Tribuna, de Vitória. Um diretor do jornal gostara dele e do seu currículoe a vaga parecia certa. Faltava apenas uma etapa: escrever um texto de trinta e poucas linhas comtema livre. Tarefa simples.Pois Lírio acabou reprovado. A folha foi enviada a uma empresa do Recife, a 2000 quilômetrosda sede de A Tribuna, e um psicólogo que nem o conhecia decretou: o candidato não tinha aagilidade, a criatividade e a intuição que o cargo exigia. Como ele soube? Simples. As linhas deLírio não chegavam ao fim da folha, suas letras não se curvavam impetuosamente, a pressão dacaneta no papel não era suficiente para um repórter audacioso. Pronto. Com essas inferênciasduvidosas, Lírio foi descartado. Seu caso está longe de ser isolado – segundo pesquisa da empresade consultoria Deloitte Touche Tohmatsu, cerca de 30% das empresas grandes e médias usamgrafologia para filtrar o preenchimento de cargos executivos, técnicos e administrativos.Lírio hoje trabalha em um dos maiores jornais do país. Este ano, ganhou menção honrosa noPrêmio Icatu de Jornalismo por denunciar o escândalo do Banco Marka, aquele que culminou coma queda do presidente do Banco Central, Francisco Lopes. A grafologia pode até acertar algumasvezes. Mas errou com Sérgio Lírio.“Superinteressante, julho de 2000, p. 55.62142. Unioeste-PR Observe que a expressão essas inferências duvidosas retoma um recortetextual anterior. Com base nessa afirmação, indique a(s) alternativa(s) incorreta(s).01) As inferências duvidosas atribuídas a Lírio decorrem da sua pouca idade.02) Se o psicólogo não conhecia Lírio, como podia estabelecer seu perfil negativo? Porisso, as inferências são duvidosas.04) As inferências são duvidosas porque alguns psicólogos condenam o uso da grafologiacomo técnica de avaliação.08) As inferências são duvidosas porque o teste de caligrafia não é um dispositivocientífico.16) As inferências não são duvidosas porque 30% das empresas grandes e médias usama grafologia para selecionar candidatos.32) As inferências são duvidosas mediante o que está disposto na análise da letra deLírio.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.GABARITOIMPRIMIR143. Unioeste-PR Segundo o texto, é correto afirmar que:01) a grafologia é um teste altamente eficaz para avaliar a profissão de repórter.02) Lírio deve ter melhorado a forma de escrever, pois conseguiu emprego em um jornalimportante.04) a denúncia sobre o Banco Marka, feita por Lírio, foi um sinal de audácia. Portanto, omesmo deve ter melhorado suas potencialidades como repórter após ter se submetidoao teste da grafologia. Ou seja, procurou dar contornos mais adequados a sualetra.08) o êxito de Lírio comprova que a grafologia não é um método justo de avaliação.16) as habilidades das pessoas para as mais diversas profissões não podem ser avaliadasexclusivamente pelo tipo de letra.32) o tipo de letra é um item que deve ser considerado somente durante a entrevista.64) a forma como lírio escreve, muito pelo contrário, fez com que se sobressaísse aponto de ganhar menção honrosa no Prêmio Icatu de Jornalismo.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


Texto para as questões de 144 a 146:63GABARITOIMPRIMIR“Nestes tempos ‘pré-milenares’, em que tudo se transforma tão rapidamente, o apetite daspessoas por verdades e certezas mais permanentes vem atingindo níveis jamais vistos ou mesmoprevistos. O acesso fácil aos computadores e às telecomunicações criou uma aldeia global, onde atroca de informação entre diferentes culturas e pessoas do mundo é mais fácil e barata do que eraem qualquer outro período da história humana.Esse excesso de informação, ao mesmo tempo inspirador e aterrorizador, causa muita confusãoe estresse na cabeça das pessoas.A tecnologia é muitas vezes percebida como uma espécie de monstro, capaz de curas milagrosase de viagens interplanetárias, mas também de produzir armas que poderiam aniquilar a vidana Terra.Inevitavelmente, surgem teorias de conspirações clandestinas e o governo (em muitos casos,merecidamente!) perde a sua credibilidade, enquanto uma intolerância generalizada ameaça polarizarainda mais a sociedade. O resultado é uma sensação de pânico e abandono avidamenteexplorada por oportunistas que se apresentam como a única alternativa em um ‘mundo louco’.Com isso, observamos a proliferação de seitas da ‘Nova Era’, de várias superstições (gnomos,anjos, fadas e outras criaturas fantásticas) e de pregadores da ‘verdade’. Observamos também ocrescimento do desprezo pela ciência e pelo que ela tem a dizer sobre o mundo.A ciência é considerada a antítese da espiritualidade, uma atividade fria e manipuladora, dedicadaa tirar Deus das pessoas. Ou as pessoas de Deus.Acredito que essa concepção completamente errônea do que é a ciência e de como ela funcionaseja a responsável por sua impopularidade, descontados os fãs, claro. Parte da culpa pertence,sem dúvida, à comunidade científica: historicamente, poucos cientistas dedicaram parte do seutempo à divulgação, ao público, de suas idéias e descobertas. Essa situação está gradualmente setransformando, mas muito ainda precisa ser feito, especialmente nos meios de comunicação demaior penetração, como a televisão ou o cinema. O que ainda vemos, na maior parte dessesveículos, depende do sensacionalismo barato e de distorções da imagem do cientista ou de seutrabalho.Como, então, podemos reconciliar a ciência com o grande público, fazendo com que sua divulgaçãonão traga, necessariamente, sua distorção? Vários livros de divulgação científica tiveramsucesso por revelar uma conexão entre ciência e espiritualidade, como ‘O Tao da Física’ de FritjotCapra. A julgar por esses livros, a resposta deve revolver em torno de uma reconciliação entreciência e espiritualidade. Infelizmente, não creio que o caminho usado por esses autores revele aespiritualidade da ciência de forma correta; não creio que a ciência esteja simplesmente redescobrindo‘verdades’ descobertas através da meditação ou de uma conexão mística com o mundo,como nas religiões orientais.A espiritualidade da ciência não é encontrada através de comparações entre suas descobertas eas práticas e ensinamentos de diversas religiões. Ela é encontrada na paixão com que os cientistasdevotam toda uma vida na tentativa de desvendar os mistérios do mundo à sua volta. Ela éencontrada no próprio ato criativo, aquele momento de autotranscendência que desafia qualquerexplicação racional. Ela é encontrada em sua humanidade e na poesia que revela.Enquanto a ciência tenta entender o ‘como’, deixando de lado o ‘porquê’, a religião aceita o‘porquê’ baseada na fé, pouco se preocupando com o ‘como’. Certas questões são exclusivas daciência, enquanto outras pertencem somente à religião.O fundamental é saber discernir os limites de ambas, suas diferentes missões e o simples fato deelas serem necessárias para a nossa existência.”GLEISER, Marcelo. Ciência e espiritualidade. In: Folha de S. Paulo. 18 jul. 1999, Caderno 5, Folha Mais. p. 12.144. Uneb-BA É comprovável no texto a afirmação:a) O homem da virada do milênio está ávido por uma compreensão da realidade metafísica.b) Os diferentes períodos históricos vividos pelo homem têm sido marcados por umaconstante necessidade de integração cultural entre diferentes povos.c) A massificação do conhecimento, proporcionada pelas telecomunicações, tem levadoo homem a aprofundar o seu autoconhecimento.d) O avanço tecnológico propicia ao ser humano uma melhor qualidade de vida, desenvolvendo-lhea espiritualidade.e) Os governos têm sido intolerantes com a comunidade científica.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


145. Uneb-BA Para o autor, a ciência:a) caracteriza-se por ser uma atividade exercida pelo cientista com impessoalidade eimpassibilidade.b) é mal interpretada pelas pessoas por causa da ação exclusiva dos oportunistas.c) distancia-se cada vez mais do homem, já que está se perdendo no materialismo científico.d) cria uma situação de desconfiança entre os homens, ao revelar conhecimentos sobreas primeiras causas das coisas.e) ultrapassa os limites do racional, pois busca o desvendamento do desconhecido através“do ato criativo.”146. Uneb-BA Segundo o autor, a espiritualidade da ciência consiste em:a) haver a necessidade de os cientistas serem religiosos.b) aplicar, na ciência, conhecimentos do mundo oriental, ligados à meditação.c) criar ela o seu próprio universo, de caráter inteiramente voltado para a essência das coisas.d) comprovar as verdades de natureza mística, pregadas por diferentes religiões.e) ter ela por objetivo a busca do desvendamento de um mundo desconhecido, através deações não só de caráter objetivo, mas também subjetivo.147. UFBA64GABARITOIMPRIMIR“Da janela do meu quarto vi, iluminado pelo claro brilho da lua cheia, o carro de Ermê, com a capotaarriada, entrar lentamente pelo portão de pedra, subir o caminho ladeado de hortênsias e parar emfrente à alta casuarina que se erguia no centro do gramado. A brisa fresca da noite de maio punha emdesalinho os seus finos cabelos louros. Por instantes Ermê pareceu ouvir o som do vento na árvore;depois olhou na direção da casa, como se soubesse que eu a estava observando, e passou o cachecolem torno do pescoço, varada por um frio que não existia, a não ser dentro dela. Com um gestoabrupto, acelerou o carro e partiu, agora resolutamente, em direção à casa. Desci para recebê-la.Estou com medo, disse Ermê, não sei por que mas estou com medo. Acho que é esta casa, elaé muito bonita mas é tão sombria!Você está com medo é das tias, eu disse.Levei Ermê para a Sala Pequena, onde as tias estavam. Elas ficaram impressionadas com abeleza e a educação de Ermê, e trataram-na com muito carinho. Vi logo que Ermê havia recebidoa aprovação de todas. Será nesta noite mesmo, eu disse a tia Helena, avise às outras. Eu queriaterminar logo a minha missão.……………………………………Da janela do meu quarto vi que a madrugada começava a raiar. Vesti minha casaca, comomandava o Decálogo, e esperei que me viessem chamar.Na mesa grande do Salão de Banquetes, que eu nunca vira ser usado em toda minha vida, foicumprida a minha missão, com muita pompa e cerimônia. As luzes do imenso lustre estavamtodas acesas, fazendo brilhar os negros trajes a rigor que as tias e dona Maria Nunes usavam.……………………………………Quando engoli o primeiro bocado, tia Julieta, que me observava atentamente, sentada, comoas outras, em volta da mesa, retirou o Anel de seu dedo indicador, colocando-o no meu.”FONSECA, Rubem. Nau Catrineta. In: Feliz ano novo. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. p. 129, 135 e 136.Os fragmentos acima e a trama do conto permitem afirmar:(01)O narrador-personagem evidencia plena consciência e domínio da situação em queErmê se vai envolver.(02)A cena em destaque é ilustrativa do momento de passagem do protagonista para umoutro estágio de vida: o de auto-afirmação através do casamento.(04)O texto se estrutura dentro de uma ambivalência traduzida no espaço físico iluminado,contrastando com o espaço interior sombrio das personagens.(08)A luta entre as forças do bem e do mal é evidente, e o final da narrativa é maniqueísta.(16)As personagens membros da família estão presas a princípios conservadores, nãoimportando, para preservá-los, ações ardilosas e desumanas.(32)O Salão de Banquetes é um espaço sombrio destinado à prática de ações humilhantescontra os transgressores da hierarquia familiar.(64)O fato de a tia Julieta passar o anel para o dedo do primogênito simboliza o rompimentode uma tradição familiar prescrita no Decálogo.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


148. UFBA“E se benzeu e disse que não precisava dizer aquilo. É que a situação mudou, diz o padre, não seise vosmecê vai poder levar o homem para Aracaju, porque lá está uma novidade de gente e umaporção de jornais e dizem que quando vosmecê chegar vão lhe encher o couro e soltar o homem.Não acredito que Antunes possa lhe sustentar. Ah, isso não, se Antunes não me sustenta, o que éque me sustenta? Não sei, disse o padre, e enfiou as duas mãos pelo meio da batina, com as pernasescarranchadas e ficou com a cabeça pendurada. Essa terra, diz ele depois de muito tempo, já foiuma boa terra, porque havia mais homens e quem era homem não tinha de que temer. Hoje essaterra não vale mais nada, não vale quase mais nada, está uma frouxidão e um homem não sabe dequem depende e querem mudar tudo e nunca vai adiantar. Porque, se tiram os recursos do homem,o que é que deixam com o homem? Nada. Uma vida, possa ser, e isso não é vida de homem, é umenterro. Não sei, não sei, diz o padre, sacudindo a cabeça e fazendo um bico com a boca. Por quevosmecê não some? Eu sumir, eu sumir? Como que eu posso sumir, se primeiro eu sou eu e fico aíme vendo sempre, não posso sumir de mim e eu estando aí sempre estou, nunca que eu possosumir. Quem some é os outros, a gente nunca. (…) Quero ver esse bom em Aracaju que me diz queeu não posso, porque eu sou Getúlio Santos Bezerra e igual a mim ainda não nasceu.”RIBEIRO, João Ubaldo. Sargento Getúlio. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982. p. 83-4.65Com base no fragmento e no romance como um todo, é correto afirmar que Getúlio:(01)cede aos apelos da Igreja e reafirma a sua religiosidade salvadora, diante de umimpasse de ordem política.(02)tenta reatar o seu passado ao presente, com intermediação do padre, ao perceber queestá se distanciando do seu espaço de origem.(04)tem um caráter de herói épico e simboliza uma cultura em processo de destruição.(08)não consegue acompanhar a transformação por que passa o mundo, pois está imbuídode valores relegados pelo processo civilizatório.(16)simboliza o indivíduo que tem a violência como afirmação de sua identidade.(32)mantém, com Ancrísio Antunes, uma relação de dependência econômica, que mudapor questões de ordem religiosa.(64)age com determinação e rejeita imposições de qualquer natureza por valorizar sualiberdade.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.Texto para as questões de 149 a 151:GABARITOIMPRIMIR“Vozes conhecidasÉ assim como quem tomasse uma providência banal, nem merecedora de maior divulgação,que o governo dos Estados Unidos decide criar um serviço oficial de notícias para combater reaçõesda opinião pública, lá e no mundo, que se mostre contra intervenções militares e outrasoperações do poder americano.Temos o que esperar com apreensão, com maus pressentimentos mesmo.Desde o genocídio que foi a guerra do Vietnã e, ainda mais acentuadamente, desde o esmorecerda Guerra Fria afinal extinta, a opinião pública tomou consciência da desumanidade implícitanas intervenções militares e da costumeira falsidade de suas motivações. É possível que isso tenhacontido o ímpeto americano uma ou outra vez, mas não o inibiu: Panamá, Haiti, Granada, Iraque,Iugoslávia, sem contar as muitas intervenções menos demonstradas.A criação da nova agência — IPI, International Public Information — sugere projetos tendentesa chocar a opinião pública e suscitar reações, muito mais do que aquelas intervenções militarescausadoras de algum amargor, mas não de conseqüências na política ou na sociedade dos EstadosUnidos. Nem da Europa, nos dois casos, Iraque e Iugoslávia, em que europeus se sujeitaram àpressão para integrar-se às ações militares.O caráter do serviço a ser feito pela IPI (o nome lembra, apropriadamente, a agência UPI, peça dedestaque na engrenagem da Guerra Fria) já se denota nos setores do governo incumbidos porClinton de formulá-lo: CIA, FBI, Pentágono e Departamento de Estado. Os jornalistas que viveram asredações no período da Guerra Fria, anterior à guerra do Vietnã, não vão ter surpresas com a IPI.O principal tema do governo dos Estados Unidos é, agora, a América Latina, região que, depoisda Europa, mais sensibiliza a opinião pública americana. Quintal embora, é América ainda. Umgoverno esperto tomaria precauções para que, passando do discurso à ação, não fizesse disso umproblema interno. Ainda mais com tão grande presença índio-latina em sua população.”FREITAS, Janio de. Vozes conhecidas. In: Folha de S. Paulo. 17 ago. 1999. Caderno 1, p. 5.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


149. U. Salvador-BA Com base no ponto de vista do autor, pode-se inferir:a) O poder americano, no mundo, prima pelo reconhecimento da democracia autêntica.b) O intervencionismo americano tem-se caracterizado como extremamente necessário.c) Uma política inteligente e nacionalista deveria coibir a intervenção estrangeira emassuntos latinoamericanos.d) A importância alcançada pela América Latina, superando a Europa, é consenso nosEstados Unidos.e) O mundo, sem o paternalismo americano, pode vir a desmoronar, pois se vive umanova Guerra Fria.66150. U. Salvador-BA No segundo parágrafo, o autor faz uma declaração que é justificada, deacordo com a sua visão, na afirmativaa) As experiências passadas podem ser indícios de que os Estados Unidos querem angariarsolidariedade para novas intervenções militares.b) O mundo caminha para um estado de guerra, conseqüente de um desequilíbrio deforças entre países periféricos.c) Os exemplos do Vietnã e da Guerra Fria são indicativos de quanto o futuro é incerto,sem a criação de um “serviço oficial de notícias” sob controle americano.d) A América Latina, por ser ainda um território de relações amistosas com outros continentes,tende a se manter afastada de conflitos ideológicos.e) Os Estados Unidos vêm mudando as suas estratégias no sentido de reativar a Guerra Fria.151. U. Salvador-BA A leitura do texto permite inferir que os jornalistas referidos no quintoparágrafo “não vão ter surpresas com a IPI” porquea) a tendência atual é de um futuro sem conflitos significativos para a imprensa mundial.b) os vários órgãos de imprensa ligados ao jornalismo internacional estão mais voltadospara as questões latino-americanas.c) o mundo globalizado não acredita haver possibilidade de conflitos de proporções alarmantes.d) eles sabem das intenções da criação do IPI, em face de uma vivência com a prática daideologia americana.e) todos conhecem a fundo a estrutura dos governos dos países latino-americanos nocontexto atual.Texto para as questões de 152 a 154:“Cidadãs do mundoGABARITOIMPRIMIRAs línguas mais globalizadas, segundo o levantamento de um ensaísta brasileiroDiz a lenda que Deus condenou os homens a falar diversas línguas em Babel para puni-los pelodesejo de atingir o paraíso construindo uma enorme torre. Mas, a julgar pelo livro Palavras sem Fronteira(Editora Record), do ensaísta e ex-diplomata brasileiro Sergio Corrêa da Costa, alguns termos pelomenos conseguiram escapar da ira divina. São as chamadas ‘palavras universais’, aquelas usadas emvários idiomas além daquele que lhes deu origem. Elas mostram que, muito antes de o conceito deglobalização entrar em voga nos campos da política e da economia, ele já existia, de certa forma, noplano lingüístico. Quem não entende o que é pizza, hambúrguer, iogurte ou caviar? (…)Corrêa da Costa, durante dois anos, consultou 130 publicações de quinze países, coligindonada menos do que 3000 palavras que mantêm a grafia e o significado de origem em publicaçõesde outras nacionalidades. Se a surpresa quanto ao número de palavras foi grande, o espanto foiainda maior quando ele se deu conta de que as palavras francesas continuam a superar as inglesas.Imaginava-se que a hegemonia americana já se tivesse estendido ao universo das línguas.Nada disso. Embora Corrêa da Costa acredite que os fast foods e scanners surgidos na vida modernalevarão a língua inglesa à liderança, o levantamento não deixa dúvida. ‘Neste fin-de-sièclehigh tech, ainda é o clássico francês que causa frisson’, diz Corrêa da Costa, brincando com osestrangeirismos. (…) Ainda no campo das surpresas, o vetusto latim persiste em terceiro lugar nopódio dos idiomas mais presentes no mundo. Mas é bom notar que, se a maioria das palavrasglobalizadas seguiu o rastro dos conquistadores, houve aquelas que andaram na contramão. É ocaso de ‘piranha’, globalizada a partir do tupi. Uma prova de que o reinado das palavras nãosegue rigorosamente a lógica do poder político e econômico.”DIEGUEZ, Consuelo. Veja, 22/03/2000.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


152. UFPE Considerando aspectos globais da composição do texto, pode-se afirmar que:1) O texto tem uma função predominantemente expressiva. Por isso, prevalece a linguagemfigurada.2) O texto, na verdade, tem como suporte um outro texto anterior, o que está indicado nosubtítulo.3) O título personaliza o objeto de que trata o comentário.4) O ‘mas’ com que se inicia o segundo período aponta a direção contrária em que prosseguiráa argumentação.5) ‘globalização’, ‘mundo’, ‘palavras universais’, ‘atravessar barreiras’ são expressõescujos significados estão em harmonia com a temática do texto.Estão corretas:a) 2, 3, 4 e 5b) 1, 2, 4 e 5c) 2 e 3d) 1 e 2e) 1, 3 e 567153. UFPE Assinale a alternativa que corresponde ao tema central do texto.a) A diversidade lingüística proveio da ira divina contra a pretensão do homem de alcançaro paraíso.b) A globalização lingüística é um fato e antecede a outra globalização em voga noscampos da política e da economia.c) A hegemonia americana, como se pôde constatar, se estendeu também ao universodas línguas.d) As palavras superam fronteiras geográficas e culturais, conforme as perspectivas dopoder político e econômico.e) A globalização das palavras respeitou, na íntegra, as pegadas dos povos conquistadores.GABARITOIMPRIMIR154. UFPE A alternativa que corresponde à estratégia utilizada pelo autor na passagem destacadaé:a) “Deus condenou os homens a falar diversas línguas.” O autor do comentário introduzo tema a ser tratado com apoio de argumentos científicos.b) “A julgar pelo livro Palavras sem Fronteira (…), alguns termos pelo menos escaparamda ira divina.” O autor reitera sua crença no poder absoluto de Deus sobre todasas palavras.c) “Quem não entende o que é pizza, hambúrguer, iogurte ou caviar?” A pergunta doautor constitui uma estratégia retórica para confirmar o argumento em questão.d) “Ainda no campo das surpresas, o vetusto latim persiste em terceiro lugar no pódiodos idiomas mais presentes no mundo.” O comentarista declara que as expectativas doautor em relação a sua pesquisa se confirmaram.e) “houve aquelas (palavras) que andaram na contramão. É o caso de “piranha”, globalizadaa partir do tupi.” O autor reitera argumento de que as palavras emigraramconforme a rota dos colonizadores.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


Texto para as questões de 155 a 157:68“Uma visão do futuroEstamos às portas de um milênio miraculoso. A pessoa tem a mão decepada por uma serraelétrica, e os médicos conseguirão fazer crescer uma nova no mesmo lugar. Casas e carros serãofeitos de materiais que podem consertar-se a si próprios. Um alimento em pó incolor com 90% deproteína em sua fórmula poderá ser modificado para ter o sabor que se deseje. As previsões acimapodem parecer ousadas, mas, no fundo, são até conservadoras. Membros reimplantáveis? Oscientistas começaram a regenerar a pele humana ainda nos anos 70, e atualmente alguns laboratóriosconseguem produzir válvulas cardíacas com base em algumas poucas células. O dia chegaráem que substituir órgãos humanos defeituosos será rotina. No campo dos materiais, já existe ummetal, o nitinol, que consegue desamassar sua própria superfície sem esforço. Basta aplicar umpouco de calor. A comida milagrosa? Já existe. É um derivado da soja produzido pela empresaArcher Daniels Midland desde meados dos anos 80.Pouca coisa se pode dizer com certeza sobre o futuro. Não sabemos se nossos bisnetos vãopassear ou, um dia, viver em Marte. Também não sabemos se será possível reanimar alguém quejá morreu. Não sabemos quando teremos robôs escravos, máquinas de orgasmo ou naves paraviajar no tempo. Sabemos apenas que, sejam quais forem os milagres que o próximo milêniotrouxer, eles serão possíveis graças ao mesmo gênio: o computador.Estamos chegando bem próximos de uma época em que os computadores serão capazes dedesenhar cópias de si mesmos. Ou seja, eles não precisarão da ajuda humana para se reproduzir.Assustador? Talvez. Será uma época em que, pela primeira vez na história da humanidade, nãoseremos os seres mais inteligentes sobre a face do planeta. Para alguns cientistas, estaremos entrandono paraíso. Para outros, no inferno. Todos concordam que estamos cruzando rapidamente afronteira do desconhecido. Computadores já ensaiam formas primitivas de pensamento autônomo.Alguns cientistas já se preocupam em garantir que os robôs do futuro tragam em sua programaçãoum chip da bondade que os impeça de fazer mal à humanidade. Assumem, assim, que nãonos será possível sequer desligá-los.Talvez estejam apenas sonhando. Talvez não.”[Adaptado de] Especial do Milênio (parte integrante da Veja, ano 31, n. 51, 23 dez. 1998, p. 126.)155. UFRN O milênio miraculoso será fruto do(a):a) genialidade dos homens.b) avanço da tecnologia.c) progresso da Medicina.d) otimização dos laboratórios.GABARITO156. UFRN Para alguns cientistas, o homem estará entrando no inferno quando os computadoresforem capazes de:a) prejudicar os seres humanos.b) aprimorar formas de pensamento.c) suplantar a inteligência humana.d) desenhar cópias de si mesmos.157. UFRN De acordo com o texto:a) o homem tem pelo menos uma certeza acerca do futuro.b) os cientistas perderam o controle sobre o computador.c) o homem vem perdendo sua inteligência aos poucos.d) os cientistas temem cruzar fronteiras desconhecidas.IMPRIMIR158. U. Potiguar-RN Observe estas duas orações:“Tive de lutar contra o técnico e contra o pugilista.”“É uma medida favorável ao professor e diretor.”Ambas têm em comum:a) Tudo. Na primeira oração há dois adversários; na segunda oração apenas um.b) Tudo. Na primeira oração há um só adversário; na segunda oração há dois.c) Nada. Na primeira oração há um adversário; na segunda oração há dois.d) Nada. Na primeira oração há dois adversários; na segunda oração apenas um.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


Texto para as questões 159 a 162:“Onde a lei não vale69É comum que educadores louvem o esporte por uma suposta capacidade de transmitir aojovem as virtudes da disciplina e do companheirismo, valores úteis para a vida em sociedade. Essetipo de raciocínio faz com que a prática de esportes nas escolas leve o nome até um poucopomposo de Educação Física.Mas o educador que parasse para observar um pouco mais de perto o futebol profissionalbrasileiro provavelmente proibiria os jovens até de pisar num gramado. Uma série de denúnciasrelativamente recentes escancarou o que muitos já desconfiavam: tráfico de influência, sonegaçãoe formação de quadrilha.Os problemas de jogadores e dirigentes com o Fisco não são novidade. Em 94, dirigentes providenciarampara que toneladas de bagagem trazidas pela vitoriosa seleção brasileira não fossemobjeto de vistoria alfandegária, o que leva o nome técnico de contrabando. Há pouco, o entãotreinador da seleção brasileira, Wanderley Luxemburgo, admitiu não ter informado ao Fisco orecebimento de milhares de reais. O técnico inovou outra vez ao tentar criar a figura da sonegaçãoculposa, declarando que não tivera a intenção de burlar a lei.E Luxemburgo confessou seus crimes fiscais para rebater a acusação de que recebia comissãosobre a venda de jogadores. Em termos penais, uma falta bem menos grave do que a sonegação,mas de forte estigma ético no meio futebolístico. Para coroar, tornou-se público que uma associaçãode grandes times brasileiros mantinha acordo para, anticonstitucionalmente, boicotar jogadoresque fossem à Justiça defender seus direitos. A principal queixa relaciona-se ao anacrônicoe absurdo instituto do passe, que recende a escravismo.Talvez seja exagero, baseado apenas no futebol, concluir que o esporte não cumpre os propósitosapregoados por educadores. Mas, olhando para o futebol, é inescapável a tese de que aprática esportiva não é garantia do exercício da ética.”Editorial da Folha de S. Paulo, 29/8/2000. Com adaptações.Culposo, na linguagem do Direito, por exemplo em “crime culposo”, significa o que é resultante de imprudência,negligência ou imperícia da pessoa, não do seu desejo de praticar um ato não legal.GABARITOIMPRIMIR159. UFSE Considerando-se o primeiro e o segundo parágrafos, é correto afirmar que o autor:a) partilha da crença de que o esporte é comprovadamente útil para desenvolver nosjovens valores como a disciplina e companheirismo.b) demonstra uma certa reserva ao fato de existir nas escolas a disciplina EducaçãoFísica.c) deixa transparecer que sua defesa da proibição de os jovens freqüentarem campos defutebol se deve ao fato de o esporte ter sido profissionalizado.d) assinala que os educadores exaltam o valor educativo do esporte baseados numa hipóteseque nem sempre é comprovada na prática.e) evidencia que os crimes recentemente cometidos no futebol chocam pelo seu ineditismo.160. UFSE Percebe-se o tom irônico do autor quando ele:a) dá uma informação, “o que leva o nome técnico de contrabando”, para indicar quetudo o que veio antes na frase corresponde a um eufemismo para suavizar o significadodo ato praticado.b) comprova que os “problemas de jogadores e dirigentes com o Fisco não são novidade”,explicando detalhada e tecnicamente tudo o que ocorreu com a seleção brasileiravitoriosa em 94.c) cita que Wanderley Luxemburgo “admitiu não ter informado ao Fisco o recebimentode milhares de reais”.d) afirma que receber comissão sobre a venda de jogadores é, “em termos penais, umafalta bem menos grave do que a sonegação”.e) avalia que o passe, contrato de vinculação exclusiva de um atleta profissional a umclube, é anacrônico e absurdo.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


161. UFSE Há pouco, o então treinador da seleção brasileira, Wanderley Luxemburgo, admitiunão ter informado ao Fisco o recebimento de milhares de reais.Está subentendido na frase acima que:a) faz pouco tempo que Wanderley Luxemburgo deixou de reconhecer sua omissão.b) a seleção brasileira não tem mais treinador.c) a seleção brasileira é hoje diferente daquela do tempo de Luxemburgo.d) Wanderley Luxemburgo não é mais treinador da seleção brasileira.e) o Fisco não sabe que Luxemburgo recebeu milhares de reais.70162. UFSE … “olhando para o futebol, é inescapável a tese de que a prática esportiva não égarantia do exercício da ética”.Vista no contexto, esta frase significa que:a) os jogadores de futebol deixam muito a desejar no que se refere a “bom comportamento”,exemplificando a tese de que não há ética na vida nacional.b) é inaceitável a tese de que esportistas nem sempre apresentam comportamento ético,apesar do que se vê no futebol.c) a atuação dos profissionais brasileiros do futebol comprova a idéia de que o esportenem sempre assegura a seus praticantes comportamentos desejáveis de um ponto devista moral.d) o futebol mostra que a Educação Física defende valores éticos, por isso é inadmissívelque os jogadores não os garantam na prática.e) é importante a defesa da idéia de que o esporte desenvolve valores úteis para a cidadania,mesmo quando não se pode garantir sua eficácia entre os praticantes de futebol.Texto para as questões 163 e 164:GABARITOIMPRIMIR“Bons tempos aqueles em que espadas de pau e pistolas de plástico garantiam uma distânciasaudável entre a inocência e a malícia. Desde que esses brinquedos foram substituídos por escopetaseletrônicas e inimigos que sangram, brincar passou a ser uma atividade passiva e solitária.‘Em um videogame, o jovem vira um autômato que transforma impulsos visuais em movimentosmotores limitados’, diz o professor de Ciência da Computação Valdemar Setzer, que pesquisaefeitos da informática no comportamento.Para Setzer, os videogames induzem à passividade porque inibem a vontade: com movimentosrepetitivos e predefinidos, não se raciocina. Aliás, usar a cabeça só atrapalharia. É necessário terrapidez de reflexos para dar conta de atirar primeiro e nunca fazer perguntas.‘Os videogames são projetados para que o jovem fique excitado a ponto de não ter de esforçarsepara continuar jogando. Na verdade, ele precisa de empenho para parar’, diz o professor. Opior é que isso pode levar a uma espiral sem fim, inclusive com o risco de vício. Ele vai se acostumandoa um certo padrão de excitação e, para provocar sensações mais intensas, precisa de jogoscada vez mais violentos e cruéis. Assim, o jovem tende ao retraimento, isolando-se e trocando omundo real pelo virtual. Uma troca perigosa.Atividades físicas e em grupo são um antídoto. As vantagens são tanto físicas quanto emocionais.A diversão em grupo ensina o jovem a se relacionar.”Adaptado de Superinteressante, junho/99, p. 32.163. Unifor-CE De acordo com o texto, os videogames:a) transformaram-se, atualmente, em excelentes meios de controle do comportamentode crianças e jovens muito agitados, estimulando sua atenção.b) podem tornar-se facilmente um vício, tão prejudicial para a formação da criança e dojovem, quanto qualquer outro instrumento.c) constituem-se no melhor exemplo de brincadeiras infantis, numa época caracterizadapelo desenvolvimento tecnológico.d) representam o mais eficiente tipo de exercício para o desenvolvimento da agilidademental de crianças e jovens.e) podem causar aborrecimentos e frustrações em jovens e crianças que não possuam anecessária rapidez de reflexos para esse divertimento.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


164. Unifor-CE Infere-se do texto que:a) no mundo atual, marcado por situações de extrema violência, os videogames significamproteção para os jovens.b) a tendência a viver em grupo leva o jovem, muitas vezes, a um tipo de diversão violentoe cruel.c) o costume de não fazer perguntas induz o jovem a isolar-se do mundo, tanto dosadultos quanto dos outros jovens como ele.d) é possível desenvolver-se um tipo de videogame que ensine às crianças como viver edivertir-se em grupo.e) o relacionamento social é necessário para que se desenvolvam comportamentos consideradosnormais e sadios.Texto para as questões de 165 a 168:“Um sonho de simplicidade71GABARITOEntão, de repente, no meio dessa desarrumação feroz da vida urbana, dá na gente um sonho desimplicidade. Será um sonho vão? Detenho-me um instante, entre duas providências a tomar, parame fazer essa pergunta. Por que fumar tantos cigarros? Eles não me dão prazer algum; apenas mefazem falta. São uma necessidade que inventei. Por que beber uísque, por que procurar a voz demulher na penumbra ou os amigos no bar para dizer coisas vãs, brilhar um pouco, saber intrigas?Uma vez, entrando numa loja para comprar uma gravata, tive de repente um ataque de pudor,me surpreendendo, assim, a escolher um pano colorido para amarrar no pescoço.A vida bem poderia ser mais simples. Precisamos de uma casa, comida, uma simples mulher,que mais? Que se possa andar limpo e não ter fome, nem sede, nem frio. Para que beber tantacoisa gelada? Antes eu tomava a água fresca da talha, e a água era boa. E quando precisava deum pouco de evasão, meu trago de cachaça.Que restaurante ou boate me deu o prazer que tive na choupana daquele velho caboclo do Acre?A gente tinha ido pescar no rio, de noite. Puxamos a rede afundando os pés na lama, na noiteescura, e isso era bom. Quando ficamos bem cansados, meio molhados, com frio, subimos a barranca,no meio do mato, e chegamos à choça de um velho seringueiro. Ele acendeu um fogo, esquentamosum pouco junto do fogo, depois me deitei numa grande rede branca — foi um carinho aolongo de todos os músculos cansados. E então ele me deu um pedaço de peixe moqueado e meiacaneca de cachaça. Que prazer em comer aquele peixe, que calor bom em tomar aquela cachaça eficar algum tempo a conversar, entre grilos e vozes distantes de animais noturnos.………………………………………Mas para instaurar uma vida mais simples e sábia, então seria preciso ganhar a vida de outro jeito,não assim, nesse comércio de pequenas pilhas de palavras, esse ofício absurdo e vão de dizer coisas,dizer coisas… Seria preciso fazer algo de sólido e de singelo; tirar areia do rio, cortar lenha, lavrar aterra, algo de útil e concreto, que me fatigasse o corpo, mas deixasse a alma sossegada e limpa.Todo mundo, com certeza, tem de repente um sonho assim. É apenas um instante. O telefonetoca. Um momento! Tiramos um lápis do bolso para tomar nota de um nome, um número… Paraque tomar nota? Não precisamos tomar nota de nada, precisamos apenas viver — sem nome,nem número, fortes, doces, distraídos, bons, como os bois, as mangueiras e o ribeirão.”BRAGA, Rubem. 200 crônicas escolhidas. São Paulo: Círculo do Livro. s/d, p. 3267.165. Uneb-BA No texto, o narrador:a) questiona o artificialismo do convívio social.b) revela-se cauteloso na defesa de um outro estilo de vida.c) cobra do ser humano uma atitude em face da vida que coincide com o Carpe Diem.d) estabelece proximidade entre o viver urbano e o viver rural.e) requer da sociedade uma postura mais solidária no convívio social.IMPRIMIR166. Uneb-BA “Um sonho de simplicidade”, para o narrador, seria ter uma vida:a) ligada aos bens/riquezas materiais.b) despojada, cuidando tão-somente de um viver filantrópico.c) em que o relacionamento entre as pessoas atendesse a convenções.d) em que a atividade física fosse intensa e servisse de bálsamo para a alma.e) de evasão para um mundo de sonhos, em detrimento do mundo real.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


167. Uneb-BA O narrador:a) no primeiro parágrafo, afirma a inutilidade de sonhar com outras formas de viver.b) no segundo parágrafo, revela uma consciência crítica do seu comportamento urbano.c) no terceiro parágrafo, põe em destaque a necessidade de afeto no relacionamentohumano.d) no quarto parágrafo, enfatiza as dificuldades que o homem enfrenta na vida rural.e) no penúltimo parágrafo, apresenta a quebra da rotina da vida como inviável.72168. Uneb-BA A alternativa cujo fragmento apresenta a mesma idéia do narrador no parágrafofinal, é:a) “Os livros são objetos transcendentes / Mas podemos amá-los do amor táctil”.b) “Porque a frase, o conceito, o enredo, o verso / (E, sem dúvida, sobretudo o verso) / Éo que pode lançar mundos no mundo”.c) “Caminhando contra o vento / sem lenço, sem documento / No sol de quase dezembro/ Eu vou”.d) “Enquanto os homens exercem seus podres poderes / Índios e padres e bichos, negrose mulheres / E adolescente / Fazem o carnaval”.e) “Sei que a arte é irmã da ciência / Ambas filhas de um Deus fugaz / Que faz nummomento e o mesmo momento desfaz”.Texto para as questões de 169 e 170:“Vida menorGABARITOIMPRIMIRA fuga do real,ainda mais longe a fuga do feérico,mais longe de tudo, a fuga de si mesmo,a fuga da fuga, o exíliosem água e palavra, a perdavoluntária de amor e memória,o ecojá não correspondendo ao apelo, e este fundindo-se,a mão tornando-se enorme e desaparecendodesfigurada, todos os gestos afinal impossíveis,senão inúteis, a desnecessidade do canto, a limpezada cor, nem braço a mover-se nem unha crescendo.Não a morte, contudo.Mas a vida: captada em sua forma irredutível,já sem ornato ou comentário melódico,vida a que aspiramos como paz no cansaço(não a morte),vida mínima, essencial; um início; um sono;menos que terra, sem calor; sem ciência nem ironia;o que se possa desejar de menos cruel: vidaem que o ar, não respirado, mais me envolva;nenhum gasto de tecidos; ausência deles;confusão entre manhã e tarde, já sem dor,porque o tempo não mais se divide em sessões; o tempoelidido, domado.Não o morto nem o eterno ou o divino,apenas o vivo, o pequenino, calado, indiferentee solitário vivo.Isso eu procuro.”ANDRADE Carlos <strong>Dr</strong>ummond de. In: Antologia poética. Rio de Janeiro: Record, 1993, p. 234-5.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


169. U. Salvador-BA De acordo com o ideal de vida do sujeito poético, a existência humana:( ) deve ser simples e desapegada de valores materiais.( ) constitui-se um breve espaço da vida humana marcado pela vulgaridade.( ) tem seu verdadeiro sentido quando associada à realidade sobrenatural e divina.( ) deve estar isenta da preocupação com a passagem do tempo, eliminando, assim, asangústias do homem.( ) deve ser desvinculada de envolvimentos com a realidade social.170. U. Salvador-BA O poema apresenta:( ) enumeração e reiteração de idéias, visando à expressividade.( ) funções emotiva e poética da linguagem.( ) liberdade formal.( ) temática de caráter social, representando bem uma arte engajada.( ) uma linguagem referencial, daí a objetividade no enfoque do tema.73Texto para as questões de 171 e 172:“Quando a aprendizagem, a educação e a socialização se verificam, desde a infância, numamesma sociedade, a integração nela é denominada endoculturação: cada indivíduo adquire, pelatransmissão por agentes sociais significativos (aqueles que têm autoridade — e esta autoridade éreconhecida pela pessoa sobre a qual a exercem, como pais, professores, vizinhos, amigos, representantesdo poder público, político, econômico etc), as crenças, o comportamento, os modos devida da sociedade a que pertence. É evidente que ninguém aprende toda a cultura, mas encontrasecondicionado a certos aspectos particulares da transmissão realizada pelos grupos de que fazparte.”GABARITO171. Unifor-CE Este texto:a) valoriza a aprendizagem ligada à educação.b) enfatiza a importância dos representantes do poder público.c) compara o indivíduo ao grupo social de que faz parte.d) centraliza-se na definição de endoculturação.e) encara a diversidade de modos de vida da sociedade.172. Unifor-CE De acordo com o texto:a) a educação integral do indivíduo está condicionada a diversas influências.b) os grupos sociais se firmam à sombra do comportamento dos indivíduos.c) pais e professores são os responsáveis mais diretos pela formação do indivíduo.d) a transmissão da cultura é dever de qualquer educador.e) a aquisição da cultura depende do grau de socialização.IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


Texto para as questões de 173 e 174:74“A tecnologia pode fazer muito para atenuar os problemas decorrentes da poluição, mas oaumento da população e a melhoria do nível de vida, sobretudo nas grandes cidades, os agrava e,até o momento, parece estar levando a melhor. Contudo, o que vai salvar a humanidade dabomba populacional é o efeito que o uso de melhores tecnologias tem no próprio aumento populacional.A razão pela qual a população nas sociedades rurais primitivas aumenta — o que ocorreuaté recentemente, e ainda ocorre em algumas regiões — é bem compreendida: nas zonas ruraismuitos filhos são a garantia de mais braços para ajudar na agricultura e uma forma de apoio aosvelhos quando não puderem mais trabalhar; como a mortalidade infantil, no passado, era muitogrande, ter muitos filhos era uma garantia para o futuro.À medida que as sociedades se tornam mais ricas, o uso de máquinas na agricultura reduz anecessidade de mão-de-obra; por conseguinte, a demanda por muitos filhos diminui e a ênfasepassa a ser melhor qualidade de vida para eles. Fatores culturais são também importantes. Umnúmero menor de filhos significa maior cuidado com cada um, melhor educação e melhoresexpectativas de sobrevivência. Essas razões levaram à ‘transição demográfica’ que se iniciou hámais de um século na Europa e estabilizou a taxa populacional nas nações mais ricas.Contudo, a transição demográfica ainda não atingiu boa parte da Ásia, África e América Latina,porque certas tarefas essenciais para a sobrevivência — tais como obter água potável, combustívelpara cozinhar ou para aquecimento — utilizam o trabalho das crianças, tornando-as mão-de-obradesejável. Além disso exigem das mulheres um esforço desnecessariamente grande, reduzindosuas oportunidades de obter melhor educação, que levaria ao planejamento familiar.”Trecho adaptado de GOLDEMBERG, José. O Estado de S. Paulo, 1/1/2000.173. Unifor-CE De acordo com o texto, um dos resultados decorrentes do uso da tecnologiatem sido:a) o aumento da exploração da mão-de-obra infantil nas zonas rurais, principalmente.b) a explosão populacional, especialmente nas grandes cidades, em vários países.c) o controle da população nas regiões mais desenvolvidas do planeta.d) a participação maior e mais efetiva das mulheres nas tarefas rotineiras da família.e) o desenvolvimento acelerado de todas as regiões do globo, nos vários continentes.GABARITO174. Unifor-CE Conclui-se do texto que:a) a agricultura sempre exigiu e continua exigindo mão-de-obra numerosa, mesmo emalguns países mais adiantados.b) os idosos recebem mais apoio familiar em zonas rurais, em que a economia se baseiaespecialmente na agricultura.c) a prática de uma agricultura mecanizada tem como conseqüência o aumento da mãode-obraavulsa, sem ocupação fixa.d) o controle da população mundial baseia-se numa educação mais ampla e no uso datecnologia nas tarefas cotidianas.e) a falta de conhecimento que atinge as zonas rurais dificulta o progresso da agricultura,na medida em que limita o uso da tecnologia.Texto para as questões de 175 a 178:IMPRIMIR“Lasar Segall: um museu de portas abertasÉ bem provável que grande parte dos freqüentadores de museus no Brasil não procure voluntariamenteessa instituição artístico-cultural. Ao contrário, as visitas a museus, no Brasil, parecemestar invariavelmente associadas a trabalhos e obrigações escolares, em excursões ‘protegidas’por uma escolta de professores e funcionários em missão obrigatória.É compreensível, então, que nessas circunstâncias reste pouca simpatia de parte do estudantepara com o acervo dos museus; o resto dessa disposição vai ser pulverizado por todo um aparatoque sugere quais devem ser as atitudes e comportamentos adequados ao ambiente. Ao visitantedos museus é transmitida a noção de que nesse local carregado de responsabilidade o melhor aser feito é observar ‘muito respeito’, ‘pouca conversa’ e lembrar que ‘esse é um lugar de contemplação’.Atitude semelhante à que se tem numa igreja, só que nesse caso esse conjunto de normasvárias vai contribuir decisivamente para estabelecer preconceitos em relação à obra de arteque dificilmente serão eliminados.”SEGALL, Lasar. Um museu de portas abertas. Movimento n. 3, 1988, p. 31-2.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


175. Unifor-CE O texto:a) prova que o acervo dos museus reúne condições insatisfatórias para atrair a atençãodos visitantes.b) caracteriza as circunstâncias que, no Brasil, mais comumente levam aos museus seusfreqüentadores habituais.c) define os museus no Brasil como instituições artístico-culturais desprovidas do apoiodos governantes.d) condena os preconceitos ligados ao acervo artístico-cultural dos museus.e) encara o museu como elemento mistificador da criação artística.75176. Unifor-CEI. Os museus, no Brasil, vêm sendo pouco prestigiados, como instituição artísticocultural,pelos órgãos governamentais.II. <strong>Prof</strong>essores e funcionários representam a classe que freqüenta de maneira regular evoluntária os museus.III. Não há espontaneidade de iniciativa em relação a visitas a museus no Brasil.A respeito dos enunciados acima, está correto o que se afirma SOMENTE em:a) I.b) II.c) III.d) I e III.e) II e III.177. Unifor-CE A pouca simpatia de parte do estudante para com o acervo dos museus explica-se:a) pela abundância de preconceitos em relação ao valor da obra de arte.b) pelo fato de ser o museu um “lugar de contemplação”.c) pelo excesso de tarefas impostas a partir de visitas aos museus.d) pelo cunho de obrigatoriedade de que se revestem as visitas aos museus.e) pela impressão de se sentir como se estivesse numa igreja.GABARITO178. Unifor-CE As aspas em “muito respeito”, “pouca conversa”, “esse é um lugar de contemplação”estão empregadas para:a) distinguir a citação do resto do contexto.b) realçar ironicamente as metáforas.c) acentuar o valor significativo das expressões no contexto.d) eliminar qualquer tomada de posição do narrador.e) fazer sobressair expressões pouco usuais.IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


179. U. F. Viçosa-MG Leia atentamente os seguintes versos:“Não faças versos sobre os acontecimentos.Não há criação nem morte perante a poesia.Diante dela, a vida é um sol estático,não aquece nem ilumina.As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam.Não faças poesia com o corpo,esse excelente, completo e confortável corpo, tão infenso à efusão lírica.”ANDRADE, Carlos <strong>Dr</strong>ummond de. Carlos <strong>Dr</strong>ummond de Andrade: poesia e prosa.Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992. p. 95s.76Assinale a alternativa que NÃO corresponde a uma leitura correta do poema “Procura dapoesia”, de Carlos <strong>Dr</strong>ummond de Andrade:a) O autor defende um lirismo subjetivo, intensamente elaborado, preocupado em exaltaros mais nobres sentimentos humanos.b) Segundo o poeta, a poesia não deve limitar-se a uma temática voltada para os simplesacontecimentos da vida.c) O autor defende a transcendência da poesia, superior à própria vida e à morte.d) Para o autor, a poesia ultrapassa os limites do corpo e da própria vida cotidiana.e) O poeta, em seu discurso metalingüístico, trata da essência da própria poesia.Texto para a questão 180:“Há seis ou sete dias que eu não ia ao Flamengo. Agora à tarde lembrou-me lá passar antes devir para casa. Fui a pé; achei aberta a porta do jardim, entrei e parei logo.‘Lá estão eles’, disse comigo.Ao fundo, à entrada do saguão, dei com os dois velhos sentados, olhando um para o outro.Aguiar estava encostado ao portal direito, com as mãos sobre os joelhos. D. Carmo, à esquerda,tinha os braços cruzados à cinta. Hesitei entre ir adiante ou desandar o caminho; continuei paradoalguns segundos até que recuei pé ante pé. Ao transpor a porta para a rua, vi-lhes no rosto e naatitude uma expressão a que não acho nome certo ou claro: digo o que me pareceu. Queriam serrisonhos e mal se podiam consolar. Consolava-os a saudade de si mesmos.”ASSIS, Machado. Memorial de Aires. In: Obra Completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1989.GABARITO180. UFR-RJ No texto o narrador descreve o quadro formado pelo casal de velhos com:a) impaciente ironia.b) suavidade e melancolia.c) desgosto e censura.d) velado humorismo.e) ceticismo e desesperança.IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


Texto para a questão 181:77“Acompanho com assombro o que andam dizendo sobre os primeiros 500 anos do brasileiro.Concordo com todas as opiniões emitidas e com as minhas em primeiríssimo lugar. Tenho paramim que há dois referenciais literários para nos definir. De um lado, o produto daquilo que GilbertoFreyre chamou de casa-grande e senzala, o homem miscigenado, potente e tendendo a serfeliz. De outro, o Macunaíma, herói sem nenhuma definição, ou sem nenhum caráter — comoqueria o próprio Mário de Andrade.Fomos e seremos assim, em nossa essência, embora as circunstâncias mudem e nós mudemoscom elas. Retomando a imagem literária, citemos a Capitu menina — e teremos como sempre aintervençao soberana de Machado de Assis.Um rapaz da platéia me perguntou onde ficaria o homem de Guimarães Rosa — outra coordenadaque nos ajuda a definir o brasileiro. Evidente que o universo de Rosa é sobretudo verbal, maso homem é causa e efeito do verbo. Por isso mesmo, o personagem rosiano tem a ver com ohomem de Gilberto Freyre e de Mário de Andrade. É um refugo consciente da casa-grande e dasenzala, o opositor de uma e de outra, criando a sua própria vereda mas sem esquecer o ressentimentosocial do qual se afastou e contra o qual procura lutar.É também macunaímico, pois sem definição catalogada na escala de valores culturais oriundosde sua formação racial. Nem por acaso um dos personagens mais importantes do mundo de Rosaé uma mulher que se faz passar por jagunço. Ou seja, um herói — ou heroína — sem nenhumcaráter.Tomando Gilberto Freyre como a linha vertical e Mário de Andrade como a linha horizontal deum ângulo reto, teríamos Guimarães Rosa como a hipotenusa fechando o triângulo. A imagemgeométrica pode ser forçada, mas foi a que me veio na hora — e acho que fui entendido.”CONY, Carlos Heitor. Folha Ilustrada, 5º Caderno. São Paulo, 21/04/2000, p. 12.GABARITO181. UFF-RJ Assinale a opção que apresenta a afirmativa adequada sobre a relação entre obrasileiro de Guimarães Rosa, de Gilberto Freyre e de Mário de Andrade explicitadano texto I.a) O homem de Guimarães Rosa, por ser um refugo da casa-grande e da senzala, tomousua própria vereda, afastando-se do convívio social apontado por Gilberto Freyre eMário de Andrade.b) O brasileiro de Guimarães Rosa se opõe ao de Freyre por não ter lugar nem na casagrande,nem na senzala e se aproxima de Macunaíma por sua indefinição na escala devalores culturais.c) O homem de Gilberto Freyre e de Mário de Andrade não apresenta nenhuma oposiçãoà concepção do brasileiro de Guimarães Rosa, apesar do ressentimento social que ocaracteriza.d) O homem de Guimarães Rosa, por ser sobretudo uma criação verbal, torna-se umrefugo da casa-grande e da senzala, e uma antítese do brasileiro de Mário de Andrade.e) O brasileiro de Guimarães Rosa se aproxima do de Freyre por sua exclusão social e sedistancia de Macunaíma por não ter definição na escala de valores culturais.IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


Texto para as questões 182 a 184:“A estrela é o índio78Histórias de um Brasil com mais de 500 anosNa contramão do vento que moveas comemorações dos 500 anos, umaprogramação alternativa está deixandode lado a caravela para se embrenharno Brasil de antes de Cabral. Eestá dando ao índio lugar de destaquena festa. As atividades incluemencontros com integrantes de tribosvariadas, debates e uma exposiçãocom trabalhos do fotógrafo SebastiãoSalgado e textos do poeta Thiagode Mello. Desde o início da semana,no foyer do Centro Cultural Banco do Brasil, crianças de diferentes idades vêm aprendendo históriae deixando preconceitos de lado com a ajuda de Thini-á — um índio de 29 anos, da tribofulni-ô, de Pernambuco, que abandonou a aldeia ainda menino após uma invasão de terra emque perdeu vários parentes.Do massacre nasceu o desejo de falar aos pequenos homens brancos — os ‘filhos da elite’,como dizia — e impedir conflitos futuros. Há três anos Thini-á percorre escolas do Rio (…). Faladas tribos e da memória de seus ancestrais, apresenta danças e ritos, mostra arcos, flechas e seduzo público com a fala mansa e um ótimo humor. Agora, como centro dos 500 Anos de Resistênciadas Populações Indígenas no Brasil, organizado pela Cineduc: Cinema e Educação, ele fala paramais crianças e adultos. ‘As comemorações dos 500 anos, de certa forma, até expõem a culturaindígena, mas de maneira muito romântica. Essa atividade pretende desmistificar isso e deixaruma semente para que o contato com a cultura indígena continue e se torne corriqueiro’, dizRicardo Paes, coordenador do projeto. (…)”SÁ, Fátima. Veja, 22/03/2000.GABARITO182. UERJ O subtítulo do texto — “Histórias de um Brasil com mais de 500 anos” — éconstruído de modo a anunciar o caráter alternativo e mesmo crítico do evento que serácomentado.O emprego da palavra ou expressão com essa finalidade está corretamente justificado em:a) “Histórias”, no plural, revela que um discurso oficial, nem sempre verdadeiro, predominana sociedade.b) “um”, referindo-se ao nome “Brasil”, demonstra que a indefinida identidade social dopaís é formada pelo encontro de três raças.c) “mais de”, antecedendo a expressão “500 anos”, contesta a prioridade dada à chegadado colonizador para a constituição do Brasil.d) “500 anos”, expressão ligada ao nome “Brasil”, indica a necessidade de uma reflexãomais cuidadosa acerca de alguns dos marcos históricos do país.183. UERJ Na construção “comemorações dos 500 anos”, a expressão sublinhada mantémcom o termo núcleo — “comemorações” — a mesma relação sintática verificada em:a) “uma invasão de terra”.b) “Brasil de antes de Cabral”.c) “crianças de diferentes idades”.d) “deixando preconceitos de lado”.IMPRIMIR184. UERJ A linguagem figurada, conhecida característica de textos literários, encontra-setambém em outros tipos de texto.Verifica-se um exemplo de metonímia no seguinte fragmento da reportagem:a) “… apresenta danças e ritos, mostra arcos, flechas…”b) “… expõem a cultura indígena, mas de maneira muito romântica…”c) “… uma programação alternativa está deixando de lado a caravela…”d) “… e deixar uma semente para que o contato com a cultura indígena continue…”VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


Texto para as questões 185 e 186:“À televisãoTeu boletim meteorológicome diz aqui e agorase chove ou se faz sol.Para que ir lá fora?A comida suculentaque pões à minha frentecomo-a toda com os olhos.Aposentei os dentes.Nos dramalhões que encenashá tamanho poderde vida que eu próprionem me canso em viver.79Guerra, sexo, esporte— me dás tudo, tudo.Vou pregar minha porta:já não preciso do mundo.PAES, J. P. Prosas seguidas de odes mínimas. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.185. UERJ No poema, a televisão é humanizada, assumindo o papel de interlocutor do eu poético.Identifique o elemento lingüístico que melhor caracteriza essa humanização e transcrevaum verso em que ele apareça.186. UERJ Indique o tema geral do poema e explique como ele é abordado criticamente porJosé Paulo Paes.Texto para as questões 187 e 188:“O Império das LentesGABARITOIMPRIMIRNas cerimônias de casamento, as retinas das testemunhas foram substituídas pela camcorder 1do sujeito de terno gasto que grava o enlace andando de um lado para o outro (o distinto padrepode dar licença, por favor?). Cônscia de sua relevância mística, a madrinha chora no exato instanteem que os refletores lhe incandescem a maquiagem. Nas festas de escolas primárias, osalunos aprenderam a se apresentar para filmadoras e não mais para pais e mães. Sob o focoautomático, a criança já não enxerga o sorriso de orgulho ou de apreensão na face do pai; vêapenas a handycam 2 que mascara o seu rosto. Se a televisão é a arena da história contemporânea,as câmaras de vídeo domésticas se tornaram o olhar autorizado da intimidade familiar (e de outrasintimidades nem tão familiares assim). Nas férias, o estranho fenômeno se generaliza, escancarandoem público o vazio em que existimos. O viajante já não é aquele que contempla o desconhecido,que se reserva a chance do inesperado, que vive, enfim. Protegido por sua máscara eletrônica,que o poupa de estar exposto ao destino, ele apenas grava imagens, e normalmente muito rápido,como quem ainda tem uma longa lista a cumprir. O turista é um apressado. Depois, claro,jamais terá tempo de rever o que filmou. Continuará com pressa. De bom grado, ele substitui aprópria memória pela fita magnética, mas esta também logo se perderá numa estante empoeirada,guardando imagens sem nexo. São as imagens do espetáculo que não foi vivido, pois quempoderia vivê-lo se ocupou em gravá-lo (ou em posar para a gravação). Ali jaz a vida que poderia tersido. Ali jaz o desejo que não se satisfez, pois entre ele e o turista havia um muro transparente, umvidro, uma câmara, essa engenhoca que reina soberana no espaço exíguo que separa o homemde si mesmo.”BUCCI, Eugênio. Veja, 03/12/1996.1camcorder – filmadora2handycam – filmadora de mãoVoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


187. UERJ Cônscia de sua relevância mística, a madrinha chora no exato instante em que osrefletores lhe incandescem a maquiagem.No trecho citado, o autor emprega a ironia para intensificar sua crítica à situação descrita.Explique como esse recurso de linguagem intensifica a referida crítica.188. UERJ Ali jaz a vida que poderia ter sido.Esta sentença, no primeiro momento, parece uma contradição.Identifique, em uma frase completa, essa contradição aparente.Texto para a questão 189:80“PoéticaIQue é a Poesia?uma ilhacercadade palavraspor todosos lados.2Que é o Poeta?um homemque trabalha o poemacom o suor do seu rosto.Um homemque tem fomecomo qualquer outrohomem.”RICARDO, Cassiano. Jeremias Sem-Chorar. Rio de Janeiro: José Olympio, 1964.GABARITOIMPRIMIR189. UERJ O eu-lírico no texto de Cassiano Ricardo expressa uma definição sobre a elaboraçãoda poesia. Essa definição é semelhante ao conteúdo do seguinte fragmento:a) “Como varia o vento – o céu – o dia, / Como estrelas e nuvens e mulheres, / Pela regrageral de todos seres, / Minha lira também seus tons varia, / e sem fazer esforço oumaravilha.” (Álvares de Azevedo)b) “O artista intelectual sabe que o trabalho é a fonte da criação e que a uma maiorquantidade de trabalho corresponderá uma maior densidade de riquezas.” (João Cabralde Melo Neto)c) “[Minhas poesias] não têm unidade de pensamento entre si, porque foram compostasem épocas diversas — debaixo de céu diverso — e sob a influência de impressõesmomentâneas.” (Gonçalves Dias)d) “Um dia (…) tive saudades da casa paterna e chorei. As lágrimas correram e fiz osprimeiros versos da minha vida, que intitulei — Às Ave-Maria: — a saudade haviasido a minha primeira musa.” (Casimiro de Abreu)VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


Texto para as questões 190 a 193:81“No Brasil das últimas décadas, a miséria teve diversas caras.Houve um tempo em que, romântica, ela batia à nossa porta. Pedia-nos um prato de comida.Algumas vezes, suplicava por uma roupinha velha.Conhecíamos os nossos mendigos. Cabiam nos dedos de uma das mãos. Eram parte da vizinhança.Ao alimentá-los e vesti-los, aliviávamos nossas consciências. Dormíamos o sono dos justos.A urbanização do Brasil deu à miséria certa impessoalidade. Ela passou a apresentar-se comoum elemento da paisagem. Algo para ser visto pela janelinha do carro, ora esparramada sobre acalçada, ora refugiada sob o viaduto.A modernidade trouxe novas formas de contato com a riqueza. Logo a miséria estava batendo,suja, esfarrapada, no vidro de nosso carro.Os semáforos ganharam uma inesperada função social. Passamos a exercitar nossa infinita bondadepingando esmolas em mãos rotas. Continuávamos de bem com nossos travesseiros.Com o tempo, a miséria conquistou os tubos de imagem dos aparelhos de TV. Aos poucos, foiperdendo a docilidade. A rua oferecia-nos algo além de água encanada e luz elétrica.Os telejornais passaram a despejar violência sobre o tapete da sala, aos pés de nossos sofás. Eracomo se dispuséssemos de um eficiente sistema de miséria encanada. Tão simples quanto viraruma torneira ou acionar o interruptor, bastava apertar o botão da TV. Embora violenta, a misériaainda nos excluía.Súbito, a miséria cansou de esmolar. Ela agora não pede; exige. Ela já não suplica; toma.A miséria não bate mais à nossa porta; invade. Não estende a mão diante do vidro do carro;arranca os relógios dos braços distraídos.Acuada, a cidade passou de opressora a vítima dos morros. No Brasil de hoje, a riqueza é refémda miséria.A constituição do perfil da miséria no Brasil está diretamente relacionada com a crescente modernizaçãodo país.”190. UFMG A partir da leitura desse texto, é CORRETO afirmar que ele tem por objetivoa) criticar a ação governamental no trato com a miséria.b) defender práticas de maior justiça social.c) denunciar a culpa sentida pelas classes privilegiadas.d) mostrar a evolução da situação de miséria no Brasil.GABARITO191. UFMG “Embora violenta, a miséria ainda nos excluía.”Essa frase é uma síntese de todas as seguintes passagens do texto, EXCETOa) A rua oferecia-nos algo além de água encanada e luz elétrica.b) Continuávamos de bem com nossos travesseiros.c) Dormíamos o sono dos justos.d) Era como se dispuséssemos de um eficiente sistema de miséria encanada.192. UFMG O último parágrafo do texto tem todas as seguintes funções, EXCETOa) Ampliar o desenvolvimento das idéias.b) Reafirmar as idéias da introdução.c) Rearticular o parágrafo introdutório.d) Reorganizar as idéias desenvolvidas no texto.IMPRIMIR193. UFMG De acordo com o texto, a miséria no Brasil assume uma posição crescentementeagressiva.Todas as seguintes passagens do texto comprovam essa afirmação, EXCETOa) Com o tempo, a miséria conquistou os tubos de imagem dos aparelhos de TV.b) Ela agora não pede; exige. Ela já não suplica; toma.c) Ela passou a apresentar-se como um elemento da paisagem.d) Logo a miséria estava batendo, suja, esfarrapada, no vidro de nosso carro.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


Texto para as questões 194 a 197:“Troca de e-mailsTHE NEW YORK TIMESSeguem abaixo trechos das mensagens de e-mail trocadas na terça-feira e ontem entre o Vice-Presidente Al Gore e o Governador George W. Bush, do Texas:Do: Sr. GorePara: Sr. BushAssunto: Campanha eleitoralCongratulações por sua indicação partidária. Penso que as vitórias mútuas desta noite nos proporcionamuma chance rara para a mudança no modo de se conduzir campanhas eleitorais e dese restabelecer a confiança dos eleitores em nosso processo eleitoral.Assim sendo, eu o desafio a aceitar minha proposta de que nós dois rejeitemos o uso do chamado‘dinheiro fácil’ na veiculação de propaganda eleitoral. Eu darei o primeiro passo pedindo aoComitê Nacional Democrático para não veicular nenhuma propaganda eleitoral não regulamentadaatravés do uso de verbas de procedência ignorada, a menos que o Partido Republicano passe aagir nesse sentido.Portanto, está nas mãos do senhor e de seu partido o início eventual de uma guerra acirrada depropaganda; o senhor tem o poder de unir-se a mim na proibição do ‘dinheiro fácil’. Se o senhorestiver disposto a fazer a coisa certa, nós podemos mudar a política para sempre.82Do: Sr. BushPara: Sr. GoreAssunto: Re: Campanha eleitoralObrigado por seu e-mail e seus cumprimentos. Eu o felicito também, e anseio por uma campanhaque trate das questões importantes do nosso tempo — a reforma educacional, a modernizaçãode nossas forças armadas e o resgate de padrões de qualidade no nosso governo.O senhor e eu fizemos várias propostas de reforma de financiamento de campanha. Mas antesde debatermos estas mudanças, é importante que os americanos saibam se as leis de financiamentode campanha atuais foram obedecidas. Assim sendo, eu o desafio a esclarecer acusaçõesgraves. Eu espero que o senhor interfira junto à Casa Branca e ao Departamento de Justiça para aliberação de todos os registros e fotos relativos à investigaçao sobre abusos no financiamento dasua própria campanha.Em seu e-mail, o senhor falou em restabelecer “a confiança em nosso processo eleitoral”. E issoé o ponto central da questão. São necessárias novas leis de financiamento de campanha. O que éaté mesmo mais importante é o dever dos funcionários públicos de obedecer às leis existentes, eeu receio que seu próprio histórico não inspire confiança.Agradeço seu e-mail. Esta sua Internet é uma invenção maravilhosa.”Traduzido do New York Times on-line, 16/03/2000.GABARITO194. UERJ O vice-presidente Gore propõe em seu e-mail uma rejeição, de parte a parte, dochamado “dinheiro fácil”, usado de maneira não regulamentada na veiculação de propagandaseleitorais.O tom da mensagem-réplica do governador Bush reflete basicamente as seguintes atitudes:a) crítica e desconfiança pela indicação do democrata Gore à sucessão presidencial.b) animosidade e distanciamento do processo de moralização da campanha eleitoral.c) ceticismo e ironia no tocante à seriedade das palavras e intenções de seu oponente.d) ressentimento e desdém quanto às instruções dadas por Gore ao Comitê Democrático.IMPRIMIR195. UERJ O discurso político é marcado por estratégias de distanciamento que ressaltam aautoridade do locutor, e por traços de solidariedade que buscam o envolvimento dosinterlocutores.Tais procedimentos retóricos são verificados em:a) “Eu espero que o senhor interfira junto à Casa Branca…”b) “Se o senhor estiver disposto a fazer a coisa certa, nós podemos mudar…”c) “Eu darei o primeiro passo, pedindo ao Comitê Nacional Democrático…”d) “Eu o felicito também, e anseio por uma campanha que trate das questões…”VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


196. UERJ A mensagem-desafio de Al Gore tem como destinatário o seu adversário político,mas é possível interpretar que ela tenha sido tornada pública propositalmente.Considerando o conteúdo da mensagem e o seu contexto, a melhor explicação para queAl Gore tenha desejado torná-la pública é:a) provocar uma declaração desastrada de George Bush.b) contribuir para a moralização da política através da Internet.c) acusar seu adversário do uso de dinheiro ilícito na campanha.d) convencer o eleitor do caráter desonesto do outro candidato.Texto para as questões de 197 a 200:“A revolução digital83Texto e papel. Parceiros de uma história de êxitos. Pareciam feitos um para o outro.Disse ‘pareciam’, assim, com o verbo no passado, e já me explico: estão em processo deseparação.Secular, a união não ruirá do dia para a noite. Mas o divórcio virá, certo como o pôr-do-sol acada fim de tarde.O texto mantinha com o papel uma relação de dependência. A perpetuação da escrita pareciacondicionada à produção de celulose.Súbito, a palavra descobriu um novo meio de propagação: o cristal líquido. Saem as árvores.Entram as nuvens de elétrons.A mudança conduz a veredas ainda inexploradas. De concreto há apenas a impressão de que,longe de enfraquecer, a ebulição digital tonifica a escrita.E isso é bom. Quando nos chega por um ouvido, a palavra costuma sair por outro. Vazando-nospelos olhos, o texto inunda de imagens a alma.Em outras palavras: falada, a palavra perde-se nos devãos da memória; impressa, desperta océrebro, produzindo uma circulação de idéias que gera novos textos.A Internet é, por assim dizer, um livro interativo. Plugados à rede, somos, autores e leitores.Podemos visitar as páginas de um clássico da literatura. Ou simplesmente arriscar textos próprios.Otto Lara Resende costumava dizer que as pessoas haviam perdido o gosto pela troca de correspondências.Antes de morrer, brindou-me com dois telefonemas. Em um deles prometeu: ‘Mando-teuma carta qualquer dia desses’.Não sei se teve tempo de render-se ao computador. Creio que não. Mas, vivo, Otto estariasurpreso com a popularização crescente do correio eletrônico.O papel começa a experimentar o mesmo martírio imposto à pedra quando da descoberta dopapiro. A era digital está revolucionando o uso do texto. Estamos virando uma página. Ou, poroutra, estamos pressionando a tecla ‘enter’.”SOUZA, Josias de. A revolução digital. In: Folha de São Paulo, São Paulo, 6 de maio de 1996. Caderno Brasil, p. 2.GABARITO197. UFMG Observe as expressões destacadas nestas frases:… falada, a palavra perde-se nos desvãos da memória; impressa, desperta o cérebro…… vivo, Otto estaria surpreso com a popularização crescente do correio eletrônico.Assinale a alternativa que apresenta uma interpretação CORRETA dessas três expressões,na ordem em que aparecem nas frases acima.a) apesar de ser falada / apesar de ser impressa / se estivesse vivo.b) quando é falada / quando é impressa/ se estivesse vivo.c) porque é falada / porque é impressa / ainda que estivesse vivo.d) se é falada / se é impressa / ainda que estivesse vivo.IMPRIMIR198. UFMG Com base na leitura feita, é CORRETO afirmar que o objetivo do texto éa) defender a parceria entre o papel e o texto como uma história de êxitos.b) discutir as implicações da era digital no uso da escrita.c) descrever as vantagens e desvantagens da Internet na atualidade.d) narrar a história do papel e do texto desde a antigüidade.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


199. UFMG Considerando a argumentação do autor quanto à relação entre palavra falada epalavra escrita, é CORRETO afirmar que,a) na comunicação interpessoal, a palavra falada pode emocionar, sensibilizar, convencer,fazer pensar e, com isso, suscitar um grande movimento de idéias e valores.b) no processo social de divulgação de conhecimentos, a palavra falada, associada àescrita, exerce um papel fundamental na educação e na formação de opiniões.c) na produção cultural de ciência e arte, a palavra escrita tem função marcante, porque suapermanência material independe da memória humana e sua circulação instiga a reflexão.d) no processo social de produção e circulação de crenças, a palavra escrita, ao lado dafalada, tem papel significativo no desenvolvimento da espiritualidade.84200. UFMG Considerando os procedimentos lingüísticos de articulação entre o primeiro parágrafoe os outros parágrafos do texto, é INCORRETO afirmar quea) o segundo, o terceiro e o quarto parágrafos se articulam com o primeiro pelo empregolinear do tempo cronológico.b) o terceiro parágrafo está articulado com o primeiro pelo uso de palavras que explicitamsignificados presentes no primeiro.c) o segundo parágrafo está articulado com o primeiro pelo emprego de palavra que se repetem.d) o quarto parágrafo se articula com o primeiro pelo uso de frase que explicita uma idéiasugerida no primeiro.Texto para a questão 201:“O idioma, vivo ou morto?GABARITOIMPRIMIRO grande problema da língua pátria é que ela é viva e se renova a cada dia. Problema não paraa própria língua, mas para os puristas, aqueles que fiscalizam o uso e o desuso do idioma. QuandoChico Buarque de Hollanda criou na letra de ‘Pedro Pedreiro’ o neologismo ‘penseiro’, teve genteque chiou. Afinal, que palavra é essa? Não demorou muito, o Aurélio definiu a nova palavra noseu dicionário. Isso mostra o vigor da língua portuguesa. Nas próximas edições dos melhoresdicionários, não duvidem: provavelmente virá pelo menos uma definição para a expressão ‘segurao tcham’. Enfim, as gírias e expressões populares, por mais erradas ou absurdas que possamparecer, ajudam a manter a atualidade dos idiomas que se prezam.O papel de renovar e atualizar a língua cabe muito mais aos poetas e ao povo do que propriamenteaos gramáticos e dicionaristas de plantão. Nesse sentido, é no mínimo um absurdo ficarpatrulhando os criadores. Claro que os erros devem ser denunciados. Mas há uma diferença entreo ‘erro’ propriamente dito e a renovação. O poeta é, portanto, aquele que provoca as grandesmudanças na língua.Pena que o Brasil seja um país de analfabetos. E deve-se entender como tal não apenas aqueles 60milhões de ‘desletrados’ que o censo identifica, mas também aqueles que, mesmo sabendo o abecedário,raramente fazem uso desse conhecimento. Por isso, é comum ver nas placas a expressão ‘vendeseà praso’, em vez de ‘vende-se a prazo’; ou ‘meio-dia e meio’, em vez de como é mesmo?O português de Portugal nunca será como o nosso. No Brasil, o idioma foi enriquecido porexpressões de origem indígena e pelas contribuições dos negros, europeus e orientais que para cávieram. Mesmo que documentalmente se utilize a mesma língua, no dia-a-dia o idioma faladoaqui nunca será completamente igual ao que se fala em Angola ou Macau, por exemplo.Voltando à questão inicial, não é só o cidadão comum que atenta contra a língua pátria. Osintelectuais também o fazem, por querer ou por mera ignorância. E também nós outros, jornalistas,afinal, herrar é umano, ops, errare humanum est. Ou será oeste?”SANTOS, Jorge Fernando dos. Estado de Minas, Belo Horizonte, 10 jun. 1996. (Texto adaptado)201. UFMG Em todas as seguintes passagens, o autor deixa transparecer idéias que ele mesmoconsidera puristas, EXCETO ema) Claro que os erros devem ser denunciados. Mas há uma diferença entre o “erro” propriamentedito e a renovação.b) … não é só o cidadão comum que atenta contra a língua pátria.c) Nesse sentido, é no mínimo um absurdo ficar patrulhando os criadores.d) Pena que o Brasil seja um país de analfabetos, […] Por isso, é comum ver nas placasa expressão “vende-se à praso”…VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


Texto para as questões 202 e 203:“Amor85GABARITOA verdade é que devemos tudo aos amores infelizes, aos amores que não dão certo. A poesia sefaz antes ou depois do amor, ninguém jamais fez um bom poema durante um amor feliz. Pois seo amor está tão bom, pra que interrompê-lo? O amor feliz não é assunto de poesia. Literatura équando o amor ainda não veio ou quando já acabou, literatura durante é mentira. Ou ela éempolgação ou é remorso, revolta, saudade, tédio, divagação desesperada — enfim, tudo que dábom texto.Desconfie de quem explica um estado de exaltação criativa dizendo que está amando. Algodeve estar errado.— Você está amando, mas ela não está correspondendo, é isso?— Não, não. Ela também me ama. É maravilhoso.— É maravilhoso, mas você sabe que não pode durar, é isso? Seu poema é sobre a transitoriedadede todas as coisas, sobre o efêmero, sobre o fim inevitável da felicidade num mundo emque…— Não! É sobre a felicidade sem fim!— Não pode ser.— Mas é. Acabei o poema e vou fazer uma canção. Depois, talvez, uma cantata. E estou pensandonum romance. Tudo inspirado no nosso amor. Não posso parar de criar. Estou transbordandode amor e idéia. Crio dia e noite.— E a mulher amada?— Quem? Ah, ela. Bom, ela sabe que a atenção que não lhe dou, dou ao nosso amor perfeito.Está explicado. Ele não canta a amada ou seu amor. Está fascinado por ele mesmo, amando. Eo poema certamente é ruim.Porque o amor, para ser de verdade, tem de emburrecer. Só devem lhe ocorrer bobagens paradizer ou escrever durante um caso de amor. Ou é kitch, de mau gosto, piegas ou copiado, ou nãoé amor. Qualquer sinal de originalidade pode até ser suspeito.— Esses seus versos para mim… Estão ótimos.— Obrigado.— Essas juras de amor, essas rimas, essa métrica… De onde você tirou tudo isso?— Eu mesmo inventei. Pensando em você.— Seu falso!— O quê?— Só deixando de pensar em mim por algumas horas você faria uma coisa assim pensando emmim. Só tomando distância, escrevendo e reescrevendo, raciocinando e burilando, você faria isto.Um verso plagiado do Vinícius eu entenderia. Um verso original, e bom desse jeito é traição. Sónão sendo sincero você seria tão inteligente!— Mas…— Não fale mais comigo.Pronto. O amor acabou, agora você pode ser criativo sem remorso. Você está infeliz, mas console-se.Pense em como isso melhorará o seu estilo.”Adap.: VERÍSSIMO, Luís Fernando. O Estado de São Paulo: 25/07/1999.202. UFR-RJ A partir da leitura do texto, depreende-se quea) os textos literários cujo tema é o amor tratam de um sentimento utópico.b) os poemas feitos nos momentos de amor são criativos e interessantes.c) fazer poemas sobre o amor exige um afastamento da relação amorosa.d) só a reciprocidade no relacionamento amoroso enseja um bom texto poético.e) os textos verdadeiramente literários são os que tratam da temática amorosa.IMPRIMIR203. UFR-RJ Os diálogos, nesse texto, têm a função dea) caracterizar o discurso indireto na narrativa.b) refutar o ponto de vista do autor por meio dos personagens.c) reproduzir o ponto de vista dos personagens sobre o amor.d) servir de recurso para a argumentação às idéias do autor.e) demonstrar o alto grau de alienação daquele que se sente amando.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


Texto para as questões 204 a 206:“LE NOUVEL OBSERVATEUR’Internet est à la merciDE N’IMPORTE QUI!’Le web est la Terre promise de la nouvelle èconomie, mais reste aussi habóné parl’espirit libertaire de ses origines. Anatomie d’un champ de bataille…‘Internet está à mercê de qualquer um!’86Em 7 de fevereiro, o portal americano Yahoo! foi a primeira vítima de uma série de ataques.Damien Bancal, especialista em pirataria e responsável por um dos melhores sites franceses dedicadosa esse assunto, Taz (www.zataz.com), não acredita que os piratas estejam na origem doataque. Mas ele destaca a extrema vulnerabilidade da Internet.Le Nouvel Observateur — Os comentários falam de ciberterrorismo, embora não tenha havidosaque propriamente dito. O que aconteceu realmente?Damien Bancal — Até o momento, tinha-se assistido principalmente a incidentes isolados (…)Esta onda de ataques é muito mais impressionante porque os sites foram bombardeados numaextensão inédita. É como se 50 milhões de pessoas tivessem me telefonado ao mesmo tempopara me desejar Feliz Dia dos Namorados: minha central telefônica teria explodido.L. N. O. — Uma das hipóteses atribui os fatos a um pirata isolado. Outras acusam as empresas desegurança de informática e, até mesmo, o governo americano, que deseja impor uma ciberpolícia…D. Bancal — Se isso é obra de um pirata isolado, ele é um gênio que dispõe de meios impressionantes.Não acredito nisso. Para o ano novo, esperava-se ‘a grande peste’, um desafio lançadopor um russo a todos os outros piratas do planeta. Talvez essa peste tenha chegado com atraso…mas ainda continuo descrente. Pois se os autores são hackers, eles planejaram as ações com muitotempo de antecedência. O mais desconcertante é a ausência de assinatura. Os piratas geralmentetêm sede de reconhecimento. Nesse caso, não há nenhuma reivindicação. Fala-se também deuma operação conduzida pelos concorrentes das vítimas. Seria suicídio: abalar a imagem da redeé como dar um tiro no próprio pé… Eu acho, na verdade, que esses ataques podem ser responsabilidadedas empresas especializadas em segurança, pois é preciso ter um poder de fogo colossal[NR: as ações dessas empresas deram um salto na Bolsa no dia seguinte].Entrevistador: Stéphane Arteta.”Traduzido de Le Nouvel Observateur, du 17 au 23 février 2000.GABARITO204. UERJ A característica do texto que mais contribui para causar no leitor a impressão deuma transcrição exata do que foi dito é a seguinte:a) utilização do discurso direto.b) introdução sobre o assunto.c) inclusão de Nota de Redação.d) indicação de marcas temporais.205. UERJ A primeira pergunta de Stéphane Arteta solicita a explicação de um fato.Para respondê-la de forma clara, Damien Bancal utiliza basicamente o seguinte recurso:a) dedução. c) comparação.b) suposição. d) quantificação.IMPRIMIR206. UERJ Damien Bancal rejeita a primeira hipótese indicada pelo entrevistador. Para justificarsua opinião, utiliza uma estratégia argumentativa dividida em três momentos:1º – parte do princípio de que a hipótese do entrevistador seria válida;2º – deduz uma hipótese improvável;3º – manifesta sua opinião discordante.A alternativa que apresenta um exemplo do 2º momento desse raciocínio é:a) “… mas ainda continuo descrente.”b) “Para o ano novo esperava-se a ‘grande peste’…”c) “O mais desconcertante é a ausênia de assinatura.”d) “… ele é um gênio que dispõe de meios impressionantes.”VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


Texto para as questões 207 a 209:“DUAS CARTASDo deputado X à dona Eponina, sua esposa87Prezada Eponina.Acusam-me de tantas coisas nos jornais (que fúteis engenhocas!)que sinto-me no dever de informar-te da verdade, já que não possofazê-lo pessoalmente, indo à vossa fazenda, pela qual zelas comtão justa severidade.Aqui, em Brasília, só misérias. Opõem-se as gentes às coisas maishonestas. Bem as compreendo — o povo é ignorante. Mas nãocompreende ele as coisas do Brasil. Como sobreviveria ele se não otutelássemos? Como pais severos e indulgentes, que, na sombra,zelam por seus filhos?Mas não é só em Brasília. No Rio houve grande gritaria porcausa do salário-moradia. Quanta injustiça! E quão profundaincompreensão da vida! Se não zelássemos por nós, quemzelaria por esse pobre povo? E só estando ao abrigo dasnecessidades (e do mau tempo) é que poderemos, comcalma e sapiência, manipular os peões, os cavalos e as rainhasdeste grande país. (Pena que os bispos sejam tão renitentes.)O que o povo quer é pão e circo, como bem o sabiam os romanos. Mas é que pão anda pelahora da morte. Penso, às vezes — dado que sou a divagações patrióticas — como seria benéficoao país se instituíssemos, como na antigüidade, jogos de circo. Há tanta gente inútil pelas ruas!Tantos criminosos nas prisões, onerando o erário. Tanto vagabundo bem nutrido e desocupado!Se as puséssemos a lutar nos estádios, entre si e com animais selvagens — que sucesso seria! AEspanha não tem suas touradas? Teríamos nossos new-gladiadores. Os turistas choveriam. Oscofres públicos se encheriam e também os privados. Acho que nenhum patriota sincero se oporiaa esta medida tão salutar e higiênica.Espero que tudo corra bem na fazenda. Conto com teu bom senso para tratar com severidadeos trabalhadores, sem deixar-te levar por pieguices.Pelo Natal estarei aí, com minha secretária Eunice. Moça muito fina e prendada e que tanto meajuda por aqui.Beijos carinhosos de seuGatãoDo chimpanzé Jimmy à alma de Elizabeth ChristiansenGABARITOIMPRIMIRZoológico de Copenhagne, agosto de 2000.Cara amiga,Ontem o juiz Christian Potlevsen nos leu seu testamento pelo qual herdamos 65 mil dólares, eue meus colegas de cativeiro, Trunte, Fifi, Trine, Grinni e Gigi.Ficamos satisfeitos e surpresos. Mas Fifi, que é mais rebelde (você se lembra dela, aí onde vocêestá?), disse que nada adiantava esse dinheiro, já que continuamos atrás das grades. ‘Lugar demacaco é no seu galho’, disse ela. Acho que tem razão. Mas Trunte retrucou que já era algumacoisa. E rimos muito da cara do juiz, que, acho, ficou com vontade de ser macaco para ganharherança de alguma velha bondosa. (Acho que você não se importa de que eu a chame assim.Afinal de contas, já tinha 83 anos e aí, pelo que me contam, não há tempo.)Não sei o que vamos fazer com esse dinheiro. Fifi quer um vestido de baile, Grinni, uma cartolae Trine, uma tartaruga. Eu quero uma passagem para o Brasil, onde o clima é mais quente. Lápenso em me eleger deputado. Já entrei em contato com membros do Partido Verde que meapoiarão. Um deles me disse que há vários macacos no Congresso. A notícia me entusiasmou.Deve ser um país bem governado.Seu agradecido Jimmy”Jornal do Brasil, 10 de setembro de 2000.207. U. Uberaba-MG O confronto dos dois textos permite-nos afirmar que o autor:a) acha que os políticos são os tutores do povo.b) tem grande admiração pelos macacos.c) apresenta razões para o povo não acreditar em alguns políticos.d) mostra D. Eponina e Elizabeth Christiansen como exemplos de mulheres.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


208. U. Uberaba-MG Assinale a única alternativa que não corresponde às idéias apresentadaspelo deputado X.a) O povo tem anulado seu voto, para mostrar insatisfação com seus representantes.b) Ao denunciar abusos políticos, os jornais apresentam-se como entidades levianas.c) O povo hoje, da mesma forma que na antigüidade, quer comida e diversão.d) Os deputados devem assegurar o seu próprio bem-estar para depois se preocuparemcom o povo.209. U. Uberaba-MG Observe o trecho abaixo:“Opõem-se as gentes às coisas mais honestas. Bem as compreendo — o povo é ignorante.Mas não compreende ele as coisas do Brasil.”Assinale a alternativa que melhor corresponde ao trecho acima.a) As pessoas opõem-se às coisas honestas porque são ignorantes.b) Por ser ignorante, o povo não sabe o que é bom para o Brasil.c) O deputado X compreende a oposição que as pessoas fazem a tudo, até às coisas maishonestas, uma vez que ele sabe que o povo é ignorante.d) O deputado X e o povo opõem-se às coisas honestas, mas aquele sabe o que é bompara o Brasil e este, não.88Texto para as questões 210 e 211:GABARITOIMPRIMIR“A Revista Ciência Hoje (volume 16, nº 94, set/out de 1993) promoveu e publicou um debatesobre a causa e a cura das doenças mentais, do qual participaram profissionais ligados à psicanálise,à psiquiatria e à psicofarmacologia. Reproduzimos abaixo a resposta de alguns dos participantesà pergunta ‘há cura para doenças mentais?’Jurandir Freire (psicanalista): ‘A cura, entendida como restabelecimento de um equilíbrioprévio, é uma definição médica, e isso não existe na psiquiatria. A pessoa pode ter uma experiênciapsicopatológica e sair dela desejando um equilíbrio diferente do que tinha antes. Normalmente,o que entendo por cura? É a abolição dos sintomas que vêm fazendo a pessoa sofrer e, emseguida, a identificação com os próprios ideais, os propósitos de vida ou a busca de equilíbrio e asatisfação efetiva. Nesse aspecto, há códigos psíquicos que são mais complicados de se atingirem;outros, pouco menos. A resposta é sempre singularizada. Quanto à promessa do que podemosfazer, posso ser taxativo. A gente melhora bastante o sofrimento das pessoas que estão atingidasmentalmente. Com o arsenal que temos em neuroclínica, no plano institucional-hospitalar, noatendimento individualizado, conseguimos muitas vezes favorecer a pessoa’.Joel Birman (psicanalista): ‘Na psicanálise a cura é problemática por causa dessa idéia derestauração do estado anterior ao acontecimento. No estado de perturbação, o sujeito perde suacapacidade de produção de normas, tanto biológicas quanto psíquicas. A função do tratamentonas perturbações psíquicas é restaurar uma certa plasticidade do sujeito, para que ele tenha novamentea possibilidade de novas produções normativas. Tentamos fazer com que ele se torne maiselástico, com maior capacidade de superação dos obstáculos que se impõem, tanto em nívelsocial quanto pessoal.’Marcio Versiani (psiquiatra): ‘A ‘cura’, o restitutio ad integrum, na medicina como um todo,apesar de todo o progresso atual, ainda é rara. Isso é particularmente válido para as doençascrônicas, e a maioria dos transtornos mentais se enquadram nessa categoria. Contudo, se considerarmosque, até a década de 70, a maior parte dos transtornos mentais resultava em importantesgraus de permanente incapacitação — e isso não é mais verdade —, há motivo para otimismo.Nas depressões e nas diferentes formas de ansiedade, o avanço foi maior. Com o lítio e os antidepressores,obtêm-se remissões em dois terços dos casos. No terço restante, há graus variáveis demelhora. Na esquizofrenia, o quadro, infelizmente, é mais sombrio — diferentes níveis de melhorasim, mas raramente a recuperação total. Essas ‘curas’ ou graus de melhora significativos têm sidoobtidos graças à inserção da psiquiatria no modelo médico moderno. Resultados de pesquisa comnúmeros representativos de pacientes e metodologia adequada (escalas operacionais de avaliação,entrevistas, diagnósticos computadorizados, métodos duplo-cego com controle de placeboetc.) têm permitido e corroborado esses avanços terapêuticos.’”VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


210. PUC-RJ Considerando os comentários feitos pelos debatedores, podemos afirmar quehá consenso em torno da idéia de que:a) o tratamento das perturbações mentais deve visar ao enquadramento do paciente emcertos padrões gerais de normalidade e equilíbrio.b) no campo das doenças psíquicas, o sucesso do tratamento depende apenas de suaaptidão para corrigir disfunções biológicas que acometem o organismo do paciente.c) o tratamento mais adequado para curar doentes mentais é aquele em que se empregalítio e antidepressores.d) a noção psiquiátrica de cura está vinculada à recuperação do estado anterior à doença,não sendo, portanto, fácil obtê-la.e) no que tange às doenças mentais, é em geral inadequado pensar em “cura” como umretorno do paciente ao estado em que se encontrava anteriormente à manifestação doproblema.89211. PUC-RJ Comparando as posições dos debatedores, podemos afirmar que:a) enquanto Versiani defende o uso de remédios no tratamento das doenças mentais,Freire se mostra descrente quanto à sua eficácia.b) ao contrário de Joel Birman, Márcio Versiani é contra o uso da psicanálise no tratamentodos problemas mentais.c) em consonância com Márcio Versiani, Joel Birman acredita que a função do médico éensinar ao doente determinadas produções normativas.d) Jurandir Freire e Joel Birman compartilham a opinião de que é pouco o que se podefazer para minorar o sofrimento do doente mental.e) Freire enfatiza a importância de se considerar, no tratamento da doença mental, adimensão singular de cada paciente; já Versiani destaca a contribuição do uso de medicamentos.GABARITO212. U. Alfenas-MG “O golfinho nada velozmente e sai da água em grandes saltos fazendoacrobacias. É mamífero e, como todos os mamíferos, só respira fora da água. O golfinhovive em grupos e comunica-se com outros golfinhos através de gritos estranhos que sãoouvidos a quilômetros de distância. É assim que o golfinho pede ajuda quando está emperigo ou avisa os golfinhos onde há comida. O golfinho aprende facilmente os truquesque o homem ensina e é por isso que muitos golfinhos são aprisionados, treinados eexibidos em espetáculos em todo o mundo”.Para restabelecer a coesão do excerto, que melhor recurso se deve usar?a) o emprego adequado dos tempos e modos verbais.b) o emprego adequado de conjunções e numerais.c) o emprego adequado de palavras sinônimas ou quase — sinônimas, ou expressõessubstitutas.d) o emprego de construções por coordenação e subordinação.e) o emprego adequado de elipses e advérbios pronominais.IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


Texto para as questões 213 e 214:“Falada, escrita, mal dita90GABARITOIMPRIMIRMaria Lúcia de Moura IwanowA comunicação, em qualquer língua, pode ser feita com clareza ou não. Para se restringir acompreensão das mensagens a uns poucos detentores do código lingüístico, têm-se utilizadocada vez mais, no Brasil, estranhos dialetos como o economês, o sindicalês, o publicitês, o mequês(do MEC), etc… Discursos, palestras e correspondências expedidas por órgãos públicos, incluindoseas emanadas de gabinete de Ministros, são bons exemplos.Há invenções primorosas: em primeiro lugar, a nível de (ou em nível de), que quer dizer rigorosamentenada. Serve para não ir direto ao assunto como seria, em vez de ‘a nível de Brasil’ dizer-sesimplesmente, ‘no Brasil’. O Legislativo e o movimento sindical se apropriaram dessa maravilha.Outra, é o uso da palavra através. Ao se enviar uma carta através de alguém, imagina-se apobre pessoa, com uma carta atravessada no corpo. Nesse item, ninguém supera a televisão noranking, pois ela bate todos os records.O emprego de enquanto, conjunção subordinada temporal: ‘eu, enquanto representantedo governo…’, ‘sicrano, enquanto pessoa’, ao invés de como representante, como pessoas,etc., ou seja despe-se a pessoa de seu cargo na representação, ou de sua condição humana, parareduzi-la a um advérbio de tempo.Virou praga o uso indevido do gerúndio. No lugar de ‘enviaremos os formulários para todosos municípios’, costuma-se ouvir: — ‘vamos estar enviando…’; em vez de ‘divulgaremos adata da próxima assembléia…’ ouve-se: — ‘vamos estar divulgando a data…’. Como ogerúndio indica ação contínua, há pessoas que ficarão, por todo o resto de suas vidas, passandoos formulários para os municípios, ou divulgando a data da assembléia.Destaque-se, ainda, elencar, operacionalizar, disponibilizar, inicializar, publicização, penalizar(no lugar de apenar), protagonismo e, por fim, o máximo: ‘debates sobre o tema vertebrador.’Uns querem reinventar o idioma com o aportuguesamento — ou abrasileiramento — de palavrascomo: start ao invés de iniciar; atachar, no lugar de anexar; deletar, em vez de apagar, etc…Seria arrogância o que leva alguns a imaginarem que tudo podem, até mudar o idioma, sóporque venceram uma eleição? Para pior, é claro! Talvez apenas desconheçam a própria língua.O uso correto do idioma não é um refinamento, bem como a formulação de políticas contráriasaos interesses da maioria não depende do registro da língua utilizado. Porém, o oficialismo deveria,pelo menos, abster-se de usar estrangeirismos para evitar o ridículo de ser brega: workshops(oficina), coffeebreak (pausa para o café), paper (documento) e por aí vai.Para quem um dos índices de nacionalidade não é a moeda e sim a língua, o enxerto de estrangeirismosem textos oficiais é prova do despreparo de algumas pessoas para exercerem cargos públicos,pois sendo colonizadas e subservientes — a preferência pelo inglês não é gratuita — acabampor contribuir para que, no processo de globalização, entremos completamente desqualificados,sem rosto, sem contribuição cultural, não bastasse nossa calamitosa subserviência econômica. EmBrasília, uma escola, a UNEB, escreve ‘College’ ao lado de sua marca, ou seja, virou piada.Nesse momento de discussão da proposta do deputado <strong>Aldo</strong> Rebelo, proibindo o emprego determos estrangeiros — expediente radical, se considerarmos as contribuições já incorporadas e aserem incorporadas ao nosso idioma, mas de preocupação completamente procedente — seria bomlembrar uma norma usada em Portugal: — palavras ou expressões em outros idiomas devem seracompanhadas da sua tradução. Não se trata de xenofobia. Além de ser essa uma forma de preservara nacionalidade, expõe-se o quanto o uso abusivo desse recurso é ridículo, ao invés de culto.Na França, admite-se termo estrangeiro se não houver, no francês, palavra com o mesmo significado.Seria ótimo que todos os brasileiros falassem mais de uma língua; porém, resultado das posiçõeseducacionais adotadas ao longo de 500 anos, existem milhões de analfabetos de todas asgerações e alguns semi-alfabetizados tentando-se passar por muito sabidos.Ser universal faz parte da cidadania, assim como conhecer outras culturas, falar outras línguas,respeitar as diferenças. Isto é completamente diferente de macaqueá-las.É verdade que a norma-padrão, que somos obrigados a usar ao escrever, é cheia de regras quemuitas vezes não correspondem mais às necessidades expressivas dos falantes. Este texto podeconter — certamente contém — erros, cometidos por distração ou ignorância, jamais no afã demostrar falsa cultura, doença que assola a mídia, o oficialismo, os novos ricos de nosso pobre Brasil.Mensagens, ‘para a base ou para o público’, devem primar por clareza e simplicidade. Foradisso, o que existe é discurso balofo, que nada comunica a não ser a incompetência de quem ofaz. É o falar muito para dizer nada, é o enfeitar gralha com penas de pavão.No caso dos órgãos públicos, a clareza, a simplicidade, a transparência, em discursos, correspondênciasinternas ou externas são exigência ética. A coisa pública é pública em qualquer governo.Textos em código, jargão técnico ou coisa semelhante denotam falta de transparência o que,nos dias de hoje, pode acabar em CPI, mesmo que esta acabe em pizza.”In: InformANDES, março/2000.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


213. U. F. Uberlândia Assinale a ÚNICA alternativa que NÃO corresponde às idéias expressasno texto.a) Criar novas expressões na língua demonstra falsa cultura.b) A clareza na comunicação não exige o emprego de estrangeirismos.c) O uso indevido de estrangeirismos demonstra despreparo para exercer cargos públicos.d) A norma padrão nem sempre atende as nossas necessidades de comunicação.214. U. F. Uberlândia Assinale a ÚNICA alternativa em que o referente dos elementos emdestaque NÃO está adequadamente identificado (interpretado).a) “… expõe-se o quanto o uso abusivo desse recurso é ridículo, ao invés de culto.” =palavras ou expressões de outros idiomas.b) “O Legislativo e o movimento sindical se apropriaram dessa maravilha.” = a expressão“a nível de”c) “Nesse item, ninguém supera a televisão no ranking, pois ela bate todos os records.” =o uso de “através de”d) “Outra, é o uso da palavra através”. = essa maravilha91GABARITOIMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


LÍNGUA PORTUGUESAINTERPRETAÇÃO DETEXTO II1GABARITOIMPRIMIR1. 132. 183. 064. C5. a) “A durabilidade de tais ligações, no geral, termina quando tal fêmea atinge seu objetivo.”(Sendo que o objetivo em questão é a fama, o poder e o dinheiro.)b) Segundo o autor da carta os homens deveriam tomar certo cuidado no que diz respeitoà astúcia e à ambição das mulheres, visto que a ambição leva as mulheres a aproximar-sedos homens para conseguir fama, poder e dinheiro e, uma vez atingidos seus objetivos,podem libertar-se do protetor.c) A todos os seres humanos do sexo masculino.6. a) Podem ser indicados os seguintes termos do vocabulário técnico de um processo judiciário:“pedido de liminar”, “revisão promovida”, “retificação no voto” e “decisão doSTF”.b) Informam que o juiz havia votado contra os interesses do governo, já que, após revisar eretificar seu voto, este acabou sendo a favor do governo.c) Segundo o texto, esse artigo “estabelece os limites de gastos com pessoal para os trêspoderes”.7. A30. B8. D31. F-V-V-V9. 1732. 5210. F-F-V-F33. V-F-V-F11. A34. V-F-F-V12. B35. V-F-V-V13. E36. A14. B37. F-V-F-F15. B38. V-V-F-F-F16. D39. 7417. C40. V-V-F-F-V18. D41. V-V-V-V-V19. C42. V-V-F-F-V20. B43. F-V-V-F-V-V21. C44. V-F-V-V-F-V22. F-V-V-F45. V-V-V-V-F-V23. A46. V-F-V-F-V-V24. D47. A25. C48. B26. B49. C27. E50. V-V-F-V-F-F-V28. D51. A29. D52. BVoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


2GABARITO53. E70. A54. D71. B55. C72. C56. B73. D57. B74. A58. E75. C59. C76. B60. A77. V-F-V-V-V-F61. C78. E62. B79. A63. F-F-V-V-F-V-V80. D64. C81. B65. C82. V-V-V-F-V-F66. D83. C67. E84. E68. B85. B69. A86. a) Através do eu lírico, o poeta personifica os objetos, atribuindo-lhes características deum ser vivo, sobressaindo-se a discrição e a indiscrição, visto que os utensílios que “povoam”o escritório, são caracterizados como sendo sóbrios. Excetuam-se, porém, as mãos doeu lírico, cuja principal característica é a indiscrição, principalmente em comparação comos objetos do escritório. Suas mãos são voluntariosas, pessoais, enquanto os objetos sãoimpessoais, discretos.Essa classificação dos objetos destoa de nossa percepção habitual porque contrasta com aimpessoalidade com a qual os vemos. Pode-se notar no poema uma percepção de que apoesia humaniza o espaço circundante, o qual é automatizado, impregnado por uma rotinaque impede uma visão mais humana da vida.b) A presença humana se dá no poema por meio das mãos do eu lírico. Elas possuem umpoder transformador, visto que, embora aparentemente sigam as mesmas regras da rotinade trabalho dos objetos que a circundam, podem interferir na realidade do ambiente emque se encontram. Como as mãos são características humanas, pode-se dizer que no poemaé destacada a importância do homem, que se sobressai na repartição, sendo o responsávelpela existência das coisas que o cercam e por sua presença aí, já que com elas serelaciona.87. a) Considerando-se os quatro meses de janeiro a abril, em que ocorreram 31 ocorrências,e os doze meses do ano anterior, no qual ocorreram 33 ocorrências, entende-se que asituação piorou muito, já que se prevêem 93 ocorrências para o ano atual.b) O final da segunda nota sugere que os pichadores, tanto quanto os baloeiros, sejamenquadrados como “responsáveis por crime inafiançável” e trancafiados “em presídiospor longos anos”.88. D89. C90. A91. 9092. 7493. 31IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


3GABARITOIMPRIMIR94. a) Se Leão aprimorasse seus defeitos acabaria, com o tempo, se tornando um péssimogoleiro.Para que o equívoco fosse eliminado a frase deveria ser escrita da seguinte maneira: “…costumavaficar horas aprimorando sua técnica, procurando corrigir seus defeitos”.b) O trecho se torna incoerente porque a expressão “por outro lado” leva a supor que serátratado um mesmo assunto de um ponto de vista diferente do inicial.Como se diz, num primeiro momento, que Leão “sempre impôs seu estilo ao mesmo tempoarredio e disciplinado”, esperasse que ele “corrija seus defeitos” e “aprimore sua técnica”,e não que “aprimore seus defeitos”.c) O sistema filosófico racionalista considera única e exclusivamente a razão e o raciocíniológico como critérios de verdade e, por isso, a palavra “racionalismo” foi empregadainadequadamente.95. C96. A97. B98. A99. C100. C101. E102. a) Não, o advérbio “literalmente” não está adequadamente empregado nos textos. O termo“literal” é utilizado quando o sentido da palavra a que se refere é exatamente o que apalavra diz, não podendo ser ampliado e ela não podendo ser interpretada de outra forma.b) A expressão se refere às mulheres dos dirigentes. O duplo sentido se deve ao fato de quepode-se interpretar ou que as mulheres eram mesmo apagadas ou que nem sempre eram asesposas dos dirigentes.103. E114. C104. E115. B105. B116. C106. A117. B107. E118. D108. D119. B109. E120. C110. A121. C111. B122. C112. A123. B113. C124. A125. Segundo o autor do texto, Newton interpreta a cor apenas enquanto fenômeno físico, aopasso que Goethe e Schopenhauer consideram-na como um fenômeno que tem tambémoutras dimensões, que escapam à física.126. B139. D127. F-F-F-F-F140. D128. 11141. C129. 41142. 31130. 48143. 24131. 09144. A132. V-V-F-F-V145. E133. V-F-V-F146. E134. C147. 21135. A148. 92136. B149. C137. A150. A138. C151. DVoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


4GABARITO152. A169. V-F-F-V-V153. B170. V-V-V-F-F154. C171. D155. B172. A156. C173. C157. D174. D158. D175. D159. D176. C160. A177. D161. D178. C162. C179. C163. B180. B164. E181. B165. A182. C166. B183. A167. B184. C168. C185. O uso da segunda pessoa gramatical.Um dentre os versos:• Teu boletim meteorológico• que pões à minha frente• nos dramalhões que encenas• me dás tudo, tudo.186. O tema geral é a sociedade do espetáculo ou a presença da tecnologia na vida do homem.No texto a televisão representa esse tema geral, simbolizando a solidão humana.187. A ironia é empregada para desmascarar atitudes e poses produzidas exclusivamente paraas câmeras.188. A contradição está em usar para o sujeito “a vida” o predicado “jaz”, que se associa àmorte.189. B202. C190. D203. D191. A204. A192. A205. C193. C206. D194. C207. C195. B208. A196. D209. C197. B210. E198. B211. E199. C212. C200. A213. A201. C214. DIMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar


LÍNGUA PORTUGUESAFIGURAS DELINGUAGEM1. U. E. Maringá-PR”FUTUROBenefícios só para os filhos de nossos filhosAna Santa Cruz e Bia Barbosa1GABARITOIMPRIMIRA conclusão da primeira etapa de decodificação do genoma humano pode ser comparada aotrabalho de cartógrafos numa enorme cidade desconhecida. O rascunho do mapa, com cerca de98% das informações para se achar o caminho, está pronto. Já se conseguiu descobrir e desenhartodas as ruas e avenidas do grande aglomerado urbano. Também se tem nas mãos a identificaçãode 10% a 20% dos imóveis espalhados pelas ruas. A complicação é que se desconhecem quantascasas e edifícios existem de fato na metrópole e qual a função de cada um dos imóveis. Ou seja,por enquanto, os geneticistas ainda são incapazes de encontrar a padaria ou a delegacia de políciano complexo DNA do ser humano. Os estudiosos de biologia molecular sabem tão poucosobre o genoma humano que, apesar de o seqüenciamento já estar na internet à disposição detodos, ninguém tem certeza sobre quantos são os genes do corpo. As estimativas variam de38.000 a 120.000. Agora parece que são 50.000. ‘Nós temos o livro. Agora precisamos aprendercomo lê-lo’, diz James Watson, cuja descoberta da estrutura do DNA em 1953 marca o início dagenética moderna. Ele foi ex-presidente do Projeto Genoma Humano. (...)Identificar os genes será uma tarefa árdua e mais complexa do que foi decifrar o própriogenoma. A principal razão: o processo não poderá contar com a preciosa ajuda dos computadoresque foram usados até agora. As poderosas máquinas da Celera Genomics e do ProjetoGenoma Humano ordenaram as seqüências de letras e as estocaram num banco de dados, massão incapazes de apontar em quais regiões da fita de DNA estão os genes. ‘Será preciso colocaro cérebro humano à frente desses computadores’, diz o geneticista Salmo Raskin, representantedo Projeto Genoma Humano no Brasil. ‘É a única forma de encontrarmos o ouro dentro dopalheiro genético.’ (...)O Projeto Genoma é um desses raros momentos na História em que o conhecimento dá realmenteum salto. Isso provavelmente será conhecido no tempo dos filhos de nossos filhos.“Excerto do texto da Revista Veja, nº 27, 5 de julho de 2000. p. 118-20.Sobre o texto “Futuro”, pode-se afirmar que:01) as autoras, fazendo uso da hipérbole, comparam subentendidamente os genes humanosa imóveis e o corpo humano à metrópole em “A complicação é que se desconhecemquantas casas e edifícios existem de fato na metrópole e qual a função de cada umdos imóveis”.02) o uso repetitivo de figuras de linguagem permite dizer que o texto é metafórico.04) uma das figuras que se apresentam no texto é a contradição, como é o caso de “Aconclusão da primeira etapa de decodificação do genoma humano pode ser comparadaao trabalho de cartógrafos numa enorme cidade desconhecida”.08) “O rascunho do mapa, com cerca de 98% das informações para se achar o caminho,está pronto” quer dizer que o esboço das seqüências dos genes do corpo humano jáestá pronto.16) as autoras, em “os geneticistas ainda são incapazes de encontrar a padaria ou a delegaciade polícia no complexo DNA do ser humano”, usam uma metáfora para dizer queos especialistas em genética ainda não conseguem identificar as funções dos genes nocorpo humano.32) as autoras, visando dar mais expressividade aos fatos e coisas a que se referem, valem-sede figuras de linguagem.VoltarLíngua Portuguesa - Figuras de linguagemAvançar


2. Fempar“Frederico Paciência vinha me trazer até casa.Sofríamos tanto que parece impossível sofrer com tamanha felicidade. E toda noite era aquilo:a boca rindo, os olhos cheios de lágrimas.”ANDRADE, Mário de. Contos novos.Assinale a alternativa que não pode significar uma das figuras de linguagem presentes notrecho acima.a) Antítese. b) Eufemismo. c) Metáfora. d) Paradoxo. e) Contraste.3. Unipar2”PNEUMOTÓRAXFebre, hemoptises, dispnéia e suores noturnos.A vida inteira, que podia ter sido e que não foi.Tosse, tosse, tosse.Mandou chamar o médico:— Diga trinta e três.— Trinta e três.— Trinta e três... trinta e três... trinta e três...— Respire........................................................................— O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.— Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?— Não, a única coisa a fazer é tocar um tango argentino.”A expressão tosse ... tosse ... é um exemplo do emprego de uma expressão:a) metafórica. d) eufemística.b) metonímica. e) onomatopaica.c) antitética.4. PUC-PRGABARITOIMPRIMIR“Apesar de morar nos Estados Unidos há dezessete anos, ser casado com uma americana e terdois filhos nascidos em San Diego, Califórnia, Joaquim Cruz preserva o cordão umbilical com oseu Brasil. Não com o andar de cima de Brasília, às voltas com grampos e contas misteriosas noexterior, mas com o andar de baixo da cidade-satélite de Taguatinga, onde seu pai, carpinteiro, foitentar a vida nos anos 60, vindo do Piauí. Ali, a garotada cresce descalça ainda hoje. Joaquim estácom 35 anos de idade, tem lugar cativo na história do esporte mundial, além de uma medalha deouro olímpico (com quebra de recorde) e outra de prata na gaveta. Mas não esquece o quanto umpar de tênis na hora certa, com o incentivo correto, pode tirar da rua um menino como o que elefoi. Ele se lembra do primeiro tênis Conga, que ganhou do técnico Luís Alberto de Oliveira, comomuitos se lembram da primeira namorada.”HARAZIM, Dorrit. O tênis do Joaquim. Veja, 2 dez. 1998.Tomando como base o mesmo texto, assinale a alternativa que identifica a característicaque aproxima essa reportagem do discurso literário:a) A transformação do atleta real, Joaquim Cruz, em herói, uma espécie de protetor dosdesvalidos.b) O uso freqüente de metáforas e imagens como, por exemplo, “andar de cima/andar debaixo”, “primeira namorada”.c) O conflito existente entre o passado de miséria e o presente de riqueza e fama.d) O jogo temporal entre presente e passado, visando a mostrar a vida como surpreendente.e) A atitude do narrador que toma o partido do protagonista e mostra nos adjetivos e nascomparações o quanto Joaquim Cruz é diferente dos atletas em geral.VoltarLíngua Portuguesa - Figuras de linguagemAvançar


5. U. Metodista-SPTexto 1“‘Foi uma fatalidade’ ou ‘o elemento faleceu’ é como um policial, que atirou fatalmente em umsuspeito, se pronuncia, ante a imprensa. Tradução: ‘Deus tirou-lhe a vida’. ‘Eu só fiz o furo’.E locutores de futebol driblam o erro do seu jogador preferido, que chutou uma bola para fora,narrando: ‘O campo estreitou’ ou ‘o campo acabou’. (…).”Texto 23Estabeleça aspectos comuns nos textos:a) hipérbole e ambigüidade. d) eufemismo e ironia.b) hipérbole e eufemismo. e) ironia.c) eufemismo e ambigüidade.6. U. E. Londrina-PR A questão refere-se ao texto que segue.GABARITOIMPRIMIR”Durante todo o século XX, a cultura brasileira oscilou entre a busca de uma identidade nacional eo desejo de integração cosmopolita na ponta do mundo contemporâneo. Essa busca de identidadenão foi só um esforço de poetas e artistas, mas também de pensadores que centram nossa originalidadena idéia de um brasileirismo afetivo e gentil, retrato construído por nós mesmos e vendido ‘lá fora’com muito sucesso, até recentemente. Essa idéia de afetividade é recorrente em quase todos os nossosmelhores intelectuais do período, do luso-tropicalismo de Gilberto Freyre ao homem cordial de SérgioBuarque de Hollanda; do macunaimismo de Mário de Andrade à civilização gozosa de Darcy Ribeiro;do populismo carinhoso de Jorge Amado aos malandros e heróis de Roberto da Matta. Talvez devamoslevantar a hipótese de que, embora essa afetividade nunca tenha se manifestado verdadeiramente emnossa história social, pode ser que ela seja o mais belo, profundo e secreto projeto inconsciente dopovo desse país, sempre inviabilizado pelo Brasil dos infernos, mas detectado e textualizado por mestresmediúnicos. O mistério do galo não está na ilusão de que ele seja capaz de fazer nascer o sol, masem que seu canto anuncia a existência do sol, mesmo ainda por nascer.”DIEGUES, Carlos. Reflexões para o futuro. Veja 25 anos, 1993. p. 55.Na última frase do texto, o autor usa as metáforas do galo e do nascer do sol pararepresentar, respectivamente:a) Um grupo de pensadores – a manifestação da afetividade na história social do Brasil.b) Os mestres mediúnicos – a integração do Brasil com o mundo.c) Poetas e artistas – a revelação da identidade nacional.d) Jorge Amado e Mário de Andrade – o projeto inconsciente do povo brasileiro.e) A busca de identidade – os textos dos intelectuais brasileiros do século XX.VoltarLíngua Portuguesa - Figuras de linguagemAvançar


7. FGV-SP Assinale a alternativa que indica a correta seqüência das figuras encontradas nasfrases abaixo.— O bom rapaz buscava, no fim do dia, negociar com os traficantes de drogas.— Naquele dia, o presidente entregou a alma a Deus.— Os operários sofriam, naquela mina, pelo frio em julho e pelo calor em dezembro.— A população deste bairro corre grande risco de ser soterrada por esta montanha de lixo.— A neve convidava os turistas que, receosos, a olhavam de longe.a) Ironia, eufemismo, antítese, hipérbole, prosopopéia.b) Reticências, retificação, gradação, apóstrofe, ironia.c) Antítese, hipérbole, personificação, ironia, eufemismo.d) Gradação, apóstrofe, personificação, reticências, retificação.e) Ironia, eufemismo, antítese, apóstrofe, gradação.48. Fuvest-SP A metáfora presente em “a campa foi outro berço” baseia-sea) na relação abstrato/concreto que há em campa/berço.b) no sentido conotativo que assume a palavra campa.c) na relação de similaridade estabelecida entre campa e berço.d) no sentido denotativo que tem a palavra berço.e) na relação todo/parte que existe em campa berço.9. U. E. Maringá-PR Leia o texto a seguir e assinale o que for correto.GABARITO“Agosto 1964Entre lojas de flores e de sapatos, bares,mercados, butiques,viajonum ônibus Estrada de Ferro-Leblon.Volto do trabalho, a noite em meio,Fatigado de mentiras.O ônibus sacoleja. Adeus, Rimbaud,Relógio de lilases, concretismo,Neoconcretismo, ficções da juventude, adeus,que a vidaeu a compro à vista dos donos do mundo.Ao peso dos impostos, o verso sufoca,a poesia agora responde a inquérito policial-militar.Digo adeus à ilusãoMas não ao mundo. Mas não à vida,Meu reduto e meu reino.Do salário injusto,da punição injusta,da humilhação, da tortura,do terror,retiramos algo e com ele construímos umartefatoIMPRIMIRum poemauma bandeira”GULLAR, Ferreira. In: Toda Poesia. São Paulo: Círculo do Livro, s/d. p. 233.VoltarLíngua Portuguesa - Figuras de linguagemAvançar


501) Algumas figuras de linguagem que se destacam nesse poema são: a) a gradação (1 a e2 a estrofes), por meio da qual o eu-lírico lista elementos que caracterizam a sua vidaparticular e os fatos que caracterizam a vida sob a ditadura; b) a hipérbole (3 a estrofe),evidente sobretudo na listagem dos fatos que exageram a caracterização da violênciavivida sob a ditadura militar; c) a personificação (versos 12 e 13), por meio da qual oeu-lírico denuncia a situação de opressão.02) Algumas figuras de linguagem que se destacam nesse poema são: a) a enumeração(1 a , 2 a e 3 a estrofes), por meio da qual o eu-lírico lista elementos que caracterizam avida sob a ditadura; b) a gradação (3 a estrofe), evidente sobretudo na listagem dosfatos que, caracterizando uma progressão da violência, marcam a vida sob a ditaduramilitar; c) a personificação (versos 12 e 13), por meio da qual o eu-lírico denuncia asituação de opressão.04) Os versos “Ao peso dos impostos, o verso sufoca, / a poesia agora responde a inquéritopolicial-militar” sintetizam a temática e o objetivo de crítica social do poema: adenúncia e o protesto contra um estado de exploração econômica, de opressão política,de ameaça à liberdade de expressão. Além disso, estabelece-se uma identificaçãoentre o eu-lírico e o autor do poema, evidente sobretudo nas duas últimas estrofes.08) Os versos “Ao peso dos impostos, o verso sufoca, / a poesia agora responde a inquéritopolicial-militar” não sintetizam a temática e o objetivo de crítica social do poemaporque o alvo dessa crítica é o derrotismo daqueles que, diante de uma situação difícil,desistem de lutar. Isso se torna evidente sobretudo nas duas últimas estrofes, emque o eu-lírico afirma o adeus à ilusão juvenil de mudar o mundo, valorizando o quehá de bom nas experiências difíceis.16) No que se refere à métrica, o poema apresenta os seguintes tipos de verso: redondilhamaior (versos 06, 14 e 19), redondilha menor (versos 02, 17), alexandrino (verso12). A presença de tais tipos de verso evidencia que o poema remete à poesiapopular por meio das redondilhas e se filia aos valores da estética barroca por meiodo verso alexandrino. A filiação ao Barroco torna-se, no poema, um modo de estabeleceruma comparação da situação atual do eu-lírico (agosto de 1964, ditaduramilitar) com a situação de opressão política que o Brasil viveu, na condição decolônia, sob o domínio de Portugal.32) Trata-se de um poema de 04 estrofes irregulares quanto ao número de versos e que fazuso de versos livres e brancos – elementos formais característicos da poesia modernae contemporânea. A utilização desse tipo de verso confere ao poema um caráter prosaico,voltado para a reflexão sobre o cotidiano banal e desprovido de ilusões vividopelo eu-lírico, que vê na criação poética uma via de enfrentamento e de crítica dasituação de opressão política.GABARITOIMPRIMIR10. UFSC Marque a(s) proposição(ões) VERDADEIRA(S) e dê, como resposta, a soma delas.(01) Decorrem, em 1998, 90 anos da morte do escritor Machado de Assis, que atingiu oposto de maior escritor brasileiro com os romances da segunda fase de sua vida.(02) O Romantismo valoriza a emoção, a individualidade e a libertação de normas, bemcomo a iniciativa e a capacidade criadora de cada indivíduo. No Brasil, coincide como processo de independência política e assume caráter nacionalista. São representantes,na prosa, José de Alencar, Bernardo Guimarães e Joaquim Manuel de Macedo,entre outros.(04) A produção literária brasileira, no século XVI, limitou-se, essencialmente, às literaturasde viagem e jesuítica de caráter religioso.(08) A felicidade é como a plumaQue o vento vai levando pelo ar.Voa tão leveMas tem a vida brevePrecisa que haja vento sem parar. (Vinícius de Moraes)Nos versos acima, o autor, na parte destacada, emprega uma metáfora.(16) Em As casas espiam os homens / que correm atrás das mulheres (Carlos <strong>Dr</strong>ummondde Andrade), ocorre um pleonasmo.(32) No verso Vozes veladas, veludosas vozes, ocorre aliteração.(64) Em Vou morrer de tanto rir há uma comparação.VoltarLíngua Portuguesa - Figuras de linguagemAvançar


11. FEI-SP“Em tristes sombras morre a formosura,em contínuas tristezas a alegria”Nos versos citados acima, Gregório de Matos empregou uma figura de linguagem queconsiste em aproximar termos de significados opostos, como “tristezas” e “alegria”. Onome desta figura de linguagem é:a) metáfora. d) antítese.b) aliteração. e) sinédoque.c) eufemismo.612. Ceetps-SP Denomina-se oxímoro ou paradoxo a figura que permite aproximar significadoscontrários numa mesma unidade de sentido. Essa figura traduz a oscilação da personagem,dividida entre o desprendimento solidário e o interesse individual.A alternativa em que se apresenta exemplo de paradoxo éa) … aquele homem tinha má sorte! (…) E no entanto eu era feliz!b) … sorriu por trás dos bigodões portugas, um sorriso desacostumado, não falou nadafelizmente.c) … ele nem media a extensão do meu sacrifício! e a mão calosa apenas roçou por meuscabelos cortados.d) Aquele homem enorme com tantos filhos e uma mulher paralítica na cama! (…) Depois:o operário não era bem vestido como papai.e) Bem que podia dar a menor, era tão feia mesmo, faltava uma das pontas (…) E eu tinhaque me desligar de uma delas, da menorzinha estragada, tão linda!13. ITA-SP Leia o texto seguinte:“A aposentada A. S., 68, tomou na semana passada uma decisão macabra em relação ao seufuturo. Ela pegou o dinheiro de sua aposentadoria (um salário-mínimo) e comprou um caixão.A. mora com a irmã, M. F., 70, que também é aposentada. Elas não têm parentes. A. diz queestá investindo no futuro. Sua irmã a apóia. A. também comprou a mortalha — roupa que querusar quando morrer. O caixão fica guardado na sala da casa.”Aposentada compra caixão para o futuro. Folha de S. Paulo, 22/8/1992, adaptado.GABARITOa) Localize um trecho que revela ironia.b) Explique como se dá esse efeito de ironia.14. ITA-SP Leia abaixo a tira de Luís Fernando Veríssimo, publicada no jornal O Estado de S.Paulo de 16/7/2000, e explique como se dá o efeito cômico.FAMÍLIA BRASILEU ESTAVA LENDO ASNOTÍCIAS DO BRASILNO JORNAL E…IMPRIMIRLAVA ASMÃOS ANTESDE VIRPARA AMESAVoltarLíngua Portuguesa - Figuras de linguagemAvançar


15. Fatec-SP O seguinte trecho do romance Memórias Póstumas de Brás Cubas — “E estareflexão, […] e voou a pedir-lhe misericórdia.” — revela interferência do narrador, BrásCubas, nas ações da personagem, uma borboleta, conferindo-lhe pensamentos e sentimentosque não lhe seriam próprios. O recurso estilístico utilizado para atingir o efeitodesejado foia) a alusão. d) a comparação.b) a personificação. e) a preterição.c) o paralelismo.7GABARITOINSTRUÇÃO: A questão de número 16 se baseia no seguinte trecho do romance Canaã, doescritor maranhense Graça Aranha (José Pereira da Graça Aranha, 1868-1931).“O agrimensor olhou a árvore.— Faz pena — disse compassivo — botar tudo isso abaixo.Eu, por mim — acudiu Milkau, levado pelo mesmo sentimento —, preferiria um lote onde nãofosse preciso esse sacrifício.— Não há nenhum — respondeu Felicíssimo.— O homem — notou Lentz a sorrir com ar de triunfo — há de sempre destruir a vida para criara vida. E depois, que alma tem esta árvore? E que tivesse… Nós a eliminaríamos para nos expandirmos.E Milkau disse com a calma da resignação:— Compreendo bem que é ainda a nossa contingência essa necessidade de ferir a Terra, dearrancar do seu seio pela força e pela violência a nossa alimentação; mas virá o dia em que ohomem, adaptando-se ao meio cósmico por uma extraordinária longevidade da espécie, receberáa força orgânica da sua própria e pacífica harmonia com o ambiente, como sucede com os vegetais;e então dispensará para subsistir o sacrifício dos animais e das plantas. Por ora nos conformaremoscom este momento de transição… Sinto dolorosamente que, atacando a Terra, ofendo afonte da nossa própria vida, e firo menos o que há de material nela do que o seu prestígio religiosoe imortal na alma humana…Enquanto os outros assim discursavam, Felicíssimo, no seu amor ingênuo à Natureza, mirava asvelhas árvores, e com a mão meiga festejava-lhes os troncos, como os últimos afagos dados àsvítimas do momento do sacrifício. Dentro da mata penetrava o vento da manhã e nas folhaspassava brandamente, levantando um murmúrio baixo, humilde, que se escapava de todas asárvores, como as queixas surdas dos moribundos.”In: ARANHA, Graça. Obra completa. Rio de Janeiro: MEC-Instituto Nacional do Livro, 1969. p. 106-107.16. Vunesp A metagoge, recurso expressivo bastante usado pelos escritores de todos os tempos,consiste em atribuir atitudes, qualidades e sentimentos humanos a outros seres. Notrecho de Canaã encontramos tal procedimento, que reforça a dramaticidade dos fatosnarrados. De posse destas informações, indique uma passagem do último parágrafo dotexto em que ocorre esse recurso expressivo.IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Figuras de linguagemAvançar


Texto para a questão 17:“(…) e tudo ficou sob a guarda de Dona Plácida, suposta, e, a certos respeitos, verdadeira donada casa.Custou-lhe muito a aceitar a casa; farejara a intenção, e doía-lhe o ofício; mas afinal cedeu.Creio que chorava, a princípio: tinha nojo de si mesma. Ao menos, é certo que não levantou osolhos para mim durante os primeiros dois meses; falava-me com eles baixos, séria, carrancuda, àsvezes triste. Eu queria angariá-la, e não me dava por ofendido, tratava-a com carinho e respeito;forcejava por obter-lhe a benevolência, depois a confiança. Quando obtive a confiança, imagineiuma história patética dos meus amores com Virgília, um caso anterior ao casamento, a resistênciado pai, a dureza do marido, e não sei que outros toques de novela. Dona Plácida não rejeitou umasó página da novela; aceitou-as todas. Era uma necessidade da consciência. Ao cabo de seismeses quem nos visse a todos três juntos diria que Dona Plácida era minha sogra.Não fui ingrato; fiz-lhe um pecúlio de cinco contos, — os cinco contos achados em Botafogo, —como um pão para a velhice. Dona Plácida agradeceu-me com lágrimas nos olhos, e nunca maisdeixou de rezar por mim, todas as noites, diante de uma imagem da Virgem, que tinha no quarto.Foi assim que lhe acabou o nojo.”ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas.817. Fuvest-SP O recurso da gradação, presente em “obter-lhe a benevolência, depois a confiança”,também ocorre em:a) “A ostentação da riqueza e da elegância se torna mais do que vulgar: obscena”.b) “Sentindo a deslocação do ar e a crepitação dos gravetos, Baleia despertou”.c) “(…) o passado de Rezende era só imitação do passado, uma espécie de carbono (…)”.d) “Um caso desses pode acontecer em qualquer ambiente de trabalho, num banco, numarepartição, numa igreja, num time de futebol”.e) “Não admiro os envolvidos, nem os desdenho”.GABARITOIMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Figuras de linguagemAvançar


LÍNGUA PORTUGUESAFIGURAS DELINGUAGEM1GABARITO1. 582. B3. E4. B5. D6. A7. A8. C9. 3810. 3911. D12. D13. a) “diz que está investindo no futuro.”b) O efeito irônico se dá pelo fato de que A. considera um investimento comprar umcaixão. Considera-se como investimento aquilo que é positivo e, com o salário-mínimoque o Brasil paga a seus aposentados, não há nada de positivo no futuro de um aposentado,apenas a ausência de futuro, ou seja, a morte.14. O efeito cômico reside na dupla possibilidade de interpretação da segunda fala, que são:— A segunda personagem da tira exige que a primeira siga normas de higiene, especificamentea de lavar as mãos antes da refeição, já que estavam sujas pela tinta do jornal.Ou:— As notícias do Brasil são sujas e, por ter tocado nelas, é preciso lavar as mãos.15. B16. O recurso expressivo da metagoge, ou prosopopéia, ou personificação, pode ser ilustradocom a seguinte passagem do texto: “…levantando um murmúrio baixo e humilde, que seescapava de todas as árvores, como as queixas surdas dos moribundos”, ou ainda com“…mirava as velhas árvores, e com a mão meiga festejava-lhes os troncos, como os últimosafagos dados às vítimas do momento do sacrifício”.17. AIMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Figuras de linguagemAvançar


LÍNGUA PORTUGUESAPERÍODOS SIMPLES ECOMPOSTO1. I.E.Superior de Brasília-DF1GABARITOIMPRIMIR“A PazVieram famintos,Desnudos,Cansados.Alforjes vazios,Os olhos opacos,Sentaram-se à mesa.Vieram vestidosDe linho,De seda.Alforjes tão cheiosOs olhos tão ávidos,Sentaram-se à mesa.E ele chegou.Na branca toalha,Ao longo estendida,Nem vinho, nem peixe,Nem água, nem pão.Olhou-os nos olhos.Sentiu-lhes a fome,Sentiu-lhes o frio,Chamou-os meus filhos,Serviu-lhes a paz.”Neusa Peçanha.Julgue os itens a seguir, do ponto de vista morfossintático.( ) As quatro primeiras orações são exemplos de oração sem sujeito.( ) Os quatro primeiros adjetivos do texto exercem função sintática equivalente.( ) De linho e De seda (vv.8 e 9) exercem funcão sintática equivalente a tão cheios (v.10).( ) No verso 14, a posposição do adjetivo não altera a semântica nem a função sintática.( ) O pronome lhes (vv. 19 e 20), tem a função sintática de objeto indireto.2. UFMT( ) No período Toda a gente lhe tinha um vago medo; mas o amor (…) não receia sobrecenhosenfarruscados, nem tufos de cabelos no nariz, a segunda oração estabelececom a primeira uma relação de conseqüência.( ) No trecho Parou. Abriu a gaveta. Tirou de dentro o bilhetinho cor de rosa, desdobrou-o,os períodos coordenados expressam uma sucessão de ações.( ) Em Acorda, donzela e Anjo adorado! Amo-lhe!… as locuções grifadas assumem diferentesfunções sintáticas.( ) O emprego de lhe na oração Amo-lhe! obedece à regência do verbo amar de acordocom as normas gramaticais.VoltarLíngua Portuguesa - Períodos simples e compostoAvançar


23. UFMS Dentre os enunciados a seguir, identifique o(s) correto(s).(01) Até conserva o mesmo valor semântico em “…Afonso Ribeiro seguiu os tupiniquinsaté sua aldeia…” (Eduardo Bueno, A viagem do descobrimento, p. 101) e em “Doençaassociada à elite, a anorexia começa a fazer vítimas na periferia e até no sertãonordestino.” (Época, 20/09/99, p. 54).(02) A mensagem: “Movimento estudantil: é pau, é pedra, mas não é o fim do caminho.”,encontrada em um panfleto direcionado a estudantes de Comunicação Social, mantémrelações intertextuais com conhecida canção da MPB.(04) O uso do futuro do pretérito em “Os cientistas vão ligar uma máquina que seriacapaz de dissolver o planeta?” (Superinteressante, out. 1999, p. 7) cria um efeitode sentido de incerteza, de irrealidade.(08) “Temendo o mau cheiro iminente, o proprietário do cabaré ordenou ao empregado quepegasse o cavalo para levar o morto.” (Abílio Leite de Barros, Campo Grande — 100anos de construção, p. 16) é um período composto por subordinação e coordenação.(16) No período “A idéia da teletaxa evoluiu a partir da constatação de que a sociedadepaulista estaria disposta a contar com uma política de Primeiro Mundo.” (Folha deS. Paulo, 6/11/99. Cad. 1, p. 3), há duas orações que exercem a função sintática deobjeto indireto.(32) Em “Foi ele que levou a Costa e Silva a notícia de que seu governo estava extinto eseu cargo, vago.” (Manchete, 14/8/99, p. 61), a vírgula foi empregada para indicar aomissão de um termo.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.4. F. Católica de Salvador-BA“Foram selecionados apenas os chefes de famílias numerosas”No fragmento em destaque, a expressão em negrito:a) exerce função subjetiva.b) modifica o sentido do nome.c) completa o sentido do verbo.d) modifica o sentido do verbo.e) complementa o sentido do nome.GABARITOIMPRIMIR5. UFPB Considere os termos oracionais sublinhados nas sentenças:I. “... e fecha os olhos às sardas e espinhas.”II. “... aquele corpinho ligeiro como abelha perderia metade do que vale.”III. “..., cheia de uns ímpetos misteriosos.”IV. “Era bonita, fresca, caía das mãos da natureza, ...”Verifica-se a presença de dois complementos verbais apenas em:a) I.b) II.c) I e II.d) III e IV.e) II e IV.6. UFSE“Antes de calculares os lucros da seara”A função sintática do termo grifado no verso acima se repete no termo também grifadoem:a) sempre brotando da árvore.b) o pastor tocando a sua gaita.c) que vais dar a tua noiva.d) à procura dos ninhos escondidos.e) ou secando nas pedras.VoltarLíngua Portuguesa - Períodos simples e compostoAvançar


7. Unifor-CE“Dinheiro é a coisa mais importante do mundo.”Os termos grifados, tanto na frase acima quanto nas alternativas, exercem a mesma funçãosintática, EXCETO em:a) A vida deveria ser boa para toda gente.b) Esse apetite social é raríssimo.c) Um amigo meu estava ofendido.d) Homens ricos têm enormes apetites sociais.e) Toda mulher não é um romance.8. Cefet-RJ“É com imenso prazer que entrego em suas mãos os Parâmetros 1 Curriculares Nacionais de quintaa oitava séries. Um trabalho que foi cuidadosamente elaborado e discutido com educadores de todoo país para atualizar e dar um novo impulso 2 à educação fundamental. Cumprimos, com este ato, aobrigação 3 de oferecer aos professores 4 brasileiros as informações 5 necessárias para a organizaçãodo processo de ensino-aprendizagem e uma ajuda concreta para sua prática cotidiana.”MEC.3Não é núcleo de objeto direto:a) “Parâmetros” (1).b) “impulso” (2).c) “obrigação” (3).d) “professores” (4).e) “informações” (5).9. U. F. Uberlândia-MG Assinale a alternativa em que a palavra em destaque está determinandoo sujeito.a) “Sem olhar para o Félix, sentia-o subjugado.” (M. de Assis)b) “... e foi esse livro que me meteu em brios. Achei-o seguramente medíocre...” (M. de Assis)c) “Pretas e moleques espiavam-me, curiosos, e creio que sem espanto...” (M. de Assis)d) “Aqui teve ele um gesto quase imperceptível de orgulho molestado; achou naturalmenteesquisita a curiosidade de um estranho.” (M. de Assis)GABARITO10. U. Alfenas-MG Em “... só respira fora da água.”, a expressão sublinhada é:a) adjunto adnominal.b) complemento nominal.c) adjunto adverbial.d) objeto indireto.e) aposto.11. U. Santa Úrsula-RJ Observe o seguinte trecho do poema “Homem comum”, de FerreiraGullar:“Ando a pé, de ônibus, de táxi, de aviãoe a vida sopra dentro de mimpânicafeito a chama de um maçarico.”IMPRIMIRNo trecho lido, o termo “pânica” tem o seguinte valor sintático e semântico:a) predicativo do sujeito — sentido de assustada.b) predicativo do sujeito — sentido de estática.c) adjunto adnominal — sentido de amedrontada.d) adjunto adverbial de modo — sentido de apavorada.e) predicativo do sujeito — sentido de esquecida.VoltarLíngua Portuguesa - Períodos simples e compostoAvançar


12. U. F. Juiz de Fora-MG Indique o item em que ocorre o mesmo tipo sintático de complementaçãonominal que em “estudioso das relações de trabalho”:a) apaixonada pela música popular brasileira.b) sinais de mudanças.c) teorias de administração.d) fórmulas de organização.13. U. E. Ponta Grossa-PR Considerando os aspectos morfossintáticos na seqüência “Paracomer coquinhos, seu prato preferido, usam uma ferramenta: ajeitam o fruto cuidadosamentenuma pedra e jogam uma outra em cima, com força. Se não houver frutas neminsetos à mão, eles mudam a dieta e podem atacar plantações ou mesmo assaltar casas”, écorreto afirmar que:01) “cuidadosamente” é adjunto modificador do nome “fruto”.02) “se” é um pronome reflexivo.04) “seu prato preferido” é um aposto explicativo para “coquinhos”.08) a locução “com força” é modificadora de “jogam”.16) “frutas” e “insetos” são complementos de “houver”.414. U. E. Ponta Grossa-PR O sujeito oracional foi analisado corretamente em:01) “As formas estranhas dos aeroplanos experimentais invadiam as páginas dos jornais”—sujeito simples anteposto ao verbo.02) “Nos dez primeiros anos deste século havia uma mania pop em Paris” – sujeito simplesposposto ao verbo.04) “Em conseqüência, proliferaram os fotógrafos profissionais e amadores” – sujeitoindeterminado.08) “Os pilotos e os inventores eram reconhecidos nas ruas” – sujeito composto antepostoao verbo.16) “Surgiram câmeras modernas, mais sensíveis à luz” – sujeito simples posposto aoverbo.GABARITOIMPRIMIR15. U.F. Santa Maria-RS O padrão frasal de “A reportagem esclarece um problema a seusleitores” é o seguinte: sujeito + verbo + objeto direto + objeto indireto.Assinale a alternativa em que ocorre o mesmo padrão oracional, sendo um dos termosenriquecidos por um aposto.a) Exame, uma conceituada revista, informa os leitores de questões nacionais relevantes.b) Leitores, a revista está dedicada à discussão dos problemas brasileiros.c) Exame, em uma reportagem extensa, discute problemas de interesse nacional.d) Exame, uma revista para executivos, parece confiável a todos.e) Os leitores, interessados, leram a reportagem de capa em primeiro lugar.16. U.F. Santa Maria-RS “Da reunião em Londres participaram produtores de moda, jornalistas,representantes de agências de modelos e um seleto grupinho de adolescentes normais.”Assinale verdadeira (V) ou falsa (F) em cada uma das afirmações relacionadas ao períodoem destaque.( ) O verbo empregado na terceira pessoa do plural sinaliza a indeterminação do sujeito.( ) Houve antecipação do objeto indireto do período como forma de realçá-lo.( ) As vírgulas foram usadas para separar termos deslocados.A seqüência correta é:a) F – V – V.b) V – V – F.c) F – F – V.d) F – V – F.e) V – F – F.VoltarLíngua Portuguesa - Períodos simples e compostoAvançar


17. U.F. Santa Maria-RS Em “Previsivelmente, a intervenção oficial animou o eterno debate ideológico”o período simples apresenta sujeito + verbo transitivo direto + objeto direto + adjuntoadverbial. A mesma estrutura sintática ocorre em:a) Todas reclamaram, fortemente, da figura “impossível” das modelos.b) Insistentemente, a ministra pediu à comissão um ajuste nas programações.c) Na quinta-feira, o senado argentino aprovou um importante projeto de lei.d) Na semana passada, as revistas de moda concordaram com as exigências do governo.e) Por birra, a direita alinhou-se à facção das magérrimas.18. UEMS Na oração: “O processo de abertura econômica do país produziu mudanças navida dos brasileiros, mas mexeu também com a rotina de milhares de estrangeiros”, aconjunção destacada pode ser adequadamente substituída por:a) e.b) pois.c) embora.d) portanto.e) consoante.5GABARITOIMPRIMIRTexto para a questão 19:“Tão novo e já pendurou as chuteirasIE não foi só ele.Milhares de brasileiros pendurarãoas chuteiras mais cedo porproblemas cardiovasculares.IIHoje, 20% da população adultabrasileira é hipertensa,12% é diabética e 30% temcolesterol elevado.IIIEssas doenças, associadasa tabagismo, obesidade, estressee vida sedentária levam ao óbitopor problemas cardiovasculares,que correspondem a 32% de todos osóbitos.Produtos FarmacêuticosIVNão seja mais uma vítimadas doenças cardiovasculares.VProcure seu médico e sigaLíder em soluçõesa sua orientação.”cardiovascularesVeja. 23/06/99, p. 153.19. UFMT( ) A regra “Quando o sujeito é expresso por número percentual ou fracionário, o verboconcorda com o numeral” justifica as concordâncias verbais que ocorrem na 2ª partedo texto.( ) A regência do verbo corresponder em …correspondem a 32% de todos os óbitos, na3ª parte do texto, é a mesma que a gramática normativa indica para o verbo obedecer.( ) A conjunção e, usada na primeira e na última frase, estabelece, em ambos os casos,uma relação de explicação da oração anterior.( ) A locução por problemas cardiovasculares expressa uma relação de causalidade nasduas situações em que é usada (linhas 4 e 12).VoltarLíngua Portuguesa - Períodos simples e compostoAvançar


20. UFR-RJ “Outra coisa: às vezes passamos anos vendo objetos comuns, um vaso, um cinzeiro,sem jamais tê-los de fato enxergado; limitamo-los à sua função decorativa ou utilitária.”Em relação às ocorrências do pronome pessoal oblíquo los, considerando-se os períodosisoladamente, destacadas no fragmento acima, é correto afirmar que, do ponto de vistasintático,a) em ambas as ocorrências o pronome exerce a função de objeto indireto.b) na primeira ocorrência o pronome exerce a função de objeto direto e na segunda, deobjeto indireto.c) na primeira ocorrência o pronome exerce a função de objeto indireto e na segunda, desujeito.d) em ambas as ocorrências o pronome exerce a função de objeto direto.e) na primeira ocorrência o pronome exerce a função de sujeito e na segunda, de objetodireto.621. UFF-RJ Assinale a opção em que o termo sublinhado não se vincula sintaticamente aosubstantivo que o antecede:a) “esclarecei seu intelecto com o estudo de coisas úteis”b) “Cessai aqueles tolos discursos com os quais atordoais sua razão”c) “a mulher de hoje em dia pode sair-se melhor do que aquela”d) “quando nada mais é que a escrava dos vossos caprichos”e) “trate-a como uma companheira da sua vida”GABARITO22. U. F. Uberlândia-MG Observe as orações em destaque nos trechos transcritos abaixo,extraídos de Machado de Assis.I. “Tinha todas as horas livres, e quando não me ajudava é porque saíra a caçar, ouestava lendo…”II. “… fez com que o coronel nos dissesse de repente que estava no mundo da lua, quenão viera da roça para ficar casmurro, e que, ou jogássemos ou ele ia às francesas daRua do Ouvidor.”III. “No primeiro dia recusei, mas a dona da casa declarou-me que era condição do obséquioprestado. Ou jantaria com eles, ou retirava-me a licença.”IV. “Mas, ou fosse da índole dele, ou do meu caráter sacerdotal, vi desaparecer-lhelogo esse pequeno assomo…”V. “Voltei à casa delas, e instei novamente, ou só com ela, ou com a tia; ela mantinha-seno mesmo pé, para o fim com alguma impaciência.”A seguir, assinale a seqüência correta que indica que a ação expressa na segundaoração, em destaque, representa uma ação indesejável ou uma ameaça.a) II e Vb) I e IVc) II e IIId) III e IVIMPRIMIR23. PUC-RJ Assinale a opção em que a oração sublinhada é uma oração adverbial com valorde conseqüência.a) A psiquiatria tem repensado a noção de cura, sem que obtenha resultados mais eficazes.b) A psiquiatria tem repensado a noção de cura, para obter resultados mais eficazes.c) A psiquiatria tem repensado a noção de cura, obtendo, assim, resultados mais eficazes.d) Como a psiquiatria tem repensado a noção de cura, tem obtido melhores resultados.e) Sempre que a psiquiatria repensa a noção de cura, obtém resultados mais eficazes.VoltarLíngua Portuguesa - Períodos simples e compostoAvançar


24. U. F. Juiz de Fora-MG A relação semântica implícita entre as orações coordenadas “Ospais já podem escolher o tipo de filho que querem, o filho continua não podendo escolheros pais que o terão é de:a) adição. c) condição.b) causa. d) oposição.25. F. M. Triângulo Mineiro-MG No período — “Embora o porta-voz do Vaticano tenhadeclarado que a viagem do Papa à Terra Santa é uma peregrinação pelos caminhos deCristo, é impossível não identificar nela um nítido significado político”. — está contidauma idéia de:a) fim. d) oposição.b) causa. e) modo.c) tempo.726. U. F. Uberlândia-MG “Ao se enviar uma carta através de alguém, imagina-se a pobrepessoa, com uma carta atravessada no corpo.”Assinale a alternativa que melhor corresponde ao trecho destacado acima.a) Logo que se envia uma carta através de alguém…b) Quando se envia uma carta através de alguém…c) À medida que se envia uma carta através de alguém…d) Como se envia uma carta através de alguém…27. UFR-RJ Em “… explica que o indivíduo contemporâneo obedece essencialmente a ordensexternas, enquanto suas demandas caem no vazio e dão origem às compulsões:”, otermo destacado introduz duas orações coordenadas, que estabelecem com a anterior umarelação de:a) causa.b) concessão.c) comparação.d) finalidade.e) tempo.GABARITO28. U. F. Juiz de Fora-MG No período “Vivemos ainda num ritmo de trabalho da épocaindustrial, quando a sociedade está na era dos serviços…”, a oração introduzida por “quando”estabelece com a oração anterior uma relação semântica de:a) causalidade.b) concessividade.c) condicionalidade.d) anterioridade.IMPRIMIR29. UFF-RJ “Fomos e seremos assim, em nossa essência, embora as circunstâncias mudem enós mudemos com elas.”Assinale a opção em que, ao reescrever-se o fragmento acima, substituiu-se o conectivosublinhado por outro de valor condicional, fazendo-se alterações aceitáveis.a) Fomos e seremos assim em nossa essência, porque as circunstâncias mudaram e nósmudamos com elas.b) Fomos e seremos assim em nossa essência, enquanto as circunstâncias mudarem e nósmudarmos com elas.c) Éramos e somos assim em nossa essência, à medida que as circunstâncias mudaram enós mudamos com elas.d) Teríamos sido e seríamos assim em nossa essência, se as circunstâncias mudassem enós mudássemos com elas.e) Temos sido e somos assim em nossa essência, conforme as circunstâncias têm mudadoe nós temos mudado com elas.VoltarLíngua Portuguesa - Períodos simples e compostoAvançar


30. UEPG-PR Quanto à sintaxe interna da estrutura “Os parisienses acompanhavam fascinadosas audácias dos aviadores”, é correto afirmar que:(01) “parisienses” é um substantivo em função de sujeito.(02) o verbo é transitivo direto.(04) o predicado é verbo-nominal pois tem um verbo e um nome como núcleos.(08) “fascinados” funciona como predicativo do sujeito.(16) o sintagma “as audácias dos aviadores” tem função de objeto direto.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.831. UFSC Assinale, dentre as proposições a seguir aquelas que apresentam correspondênciaentre o(s) termo(s) sublinhado(s) e aquele que está entre parênteses e dê, como resposta, asoma das proposições assinaladas.(01) A nova Lei de Trânsito impõe aos motoristas novas regras. (objeto indireto)(02) O processo foi-lhe favorável. (complemento nominal)(04) A prova terminou muito cedo. (adjunto adverbial de intensidade)(08) Dorme, cidade maldita, teu sono de escravidão. (aposto)(16) Loja com nome estrangeiro paga mais imposto. (objeto direto)(32) Estou certo de que ela passará nos exames (oração subordinada substantiva completivanominal)32. U. E. Londrina-PR “Como alguns moradores do vilarejo contam, muitos forasteiros perderamsuas vidas tentando encontrar pedras preciosas.”Em que alternativa a palavra como expressa a mesma relação de sentido que apresentaacima?a) O grande pacificador morreu como herói.b) Como era um garoto muito peralta, acabou espatifando-se no chão.c) Félix e o advogado encontraram-se ao amanhecer como haviam combinado ontem.d) Como o céu estivesse recoberto de nuvens escuras, não fomos à praia.e) O garoto voltou para a cidade como quem vai para a prisão.GABARITO33. U. E. Londrina-PR “Muitos resultados são imprevisíveis, mas os dados já obtidos, diz apesquisadora, ‘sem dúvida permitirão um desenvolvimento extraordinário, tanto na medicinae na biotecnologia quanto na bioinformática’.”Os conectivos grifados podem ser substituídos, sem alteração do significado, respectivamente,por:a) porém – não só – mas também;b) entretanto – ora – ora;c) portanto – não só – mas também;d) porque – seja – seja;e) contudo – ora – ora.IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Períodos simples e compostoAvançar


34. U. F. Pelotas-RSDiário Popular, 5/6/1999.9A partir do período “O café é 35 mas só precisa tomar 5 para ganhar 1 de graça.”, dapropaganda acima, foram formulados os argumentos que seguem.I. A partícula mas expressa condição; seu emprego, entretanto, está inadequado ao sentidopretendido pela propaganda, pois mas não está precedido de vírgula.II. Há um jogo intencional com os números 35 e 5, que somente é percebido se entendermoso período como: “É o Café 35, mas você não precisa beber 35 cafezinhos paraganhar 1 de graça, basta que você beba 5.”III. Há ambigüidade quanto ao sujeito do verbo precisa, porém ela pode ser desfeita pelocontexto da propaganda.IV. Há redundância na expressão ganhar 1 de graça, pois ganhar já contém o sentidoexpresso por de graça, mas seu uso é justificado porque dá ênfase ao prêmio oferecidona propaganda.V. É possível perceber que a palavra só significa “somente” porque segue a partículamas.Com relação aos argumentos acima, de acordo com o que foi pretendido pela propaganda,as afirmativas:a) I, IV e V está corretas.b) I, II e III estão corretas.c) III, IV e V estão corretas.d) I, II e IV estão corretas.e) II, III e IV estão corretas.35. Univali-SCGABARITOIMPRIMIR“Eles também ficam grávidosAcabou o privilégio feminino. Os homens também passam por alterações hormonais durante agravidez da companheira. De acordo com um estudo canadense feito com 34 casais, quando amulher está grávida o homem sofre uma diminuição do hormônio testosterona (influencia a agressividademasculina) e um aumento da prolactina, do estradiol — considerados hormônios femininos,e do cortisol. Essas alterações são progressivas e normalizam após o parto. A função delas,segundo os pesquisadores, seria a de tornar os futuros papais mais preparados para acompanhara gestação e cuidar do bebê.”Istoé, 12 de janeiro de 2000.Assinale a alternativa que apresenta a correta relação de sentido que a oração “De acordocom um estudo canadense feito com 34 casais” exerce no texto apresentado.a) Concessão.b) Conformidade.c) Proporção.d) Conseqüência.e) Condição.VoltarLíngua Portuguesa - Períodos simples e compostoAvançar


36. FEI-SP Em “os prendíeis e obrigáveis por força”, o termo em destaque exerce a funçãode:a) sujeito.b) objeto direto.c) complemento nominal.d) agente da passiva.e) objeto indireto.1037. FGV-SP Nos períodos abaixo, estão sublinhadas quatro orações subordinadas, na formareduzida.Sendo o agregado homem de poucas palavras, entrou ele mudo e saiu calado.Acabada a missa, o gerente do banco retornou a seu trabalho.Conhecendo melhor a jovem, não a teria recomendado para o cargo.Mesmo chorando a menina, seus lábios se abriram em amplo sorriso.Assinale a alternativa que, na ordem, corresponda ao sentido das orações sublinhadas.a) Embora o agregado fosse… / Depois que… / Porque conhecia… / Porque chorava…b) Se o agregado fosse… / Porque a missa tinha acabado… / Embora conhecesse … /Embora chorasse…c) Porque o agregado era… / Quando a missa acabou… / Ainda que conhecesse… / Sechorasse…d) À medida que… / Quando a missa acabou… / Embora conhecesse… / Ainda que chorasse…e) Como o agregado era… / Logo que a missa acabou… / Se conhecesse… / Emborachorasse…GABARITOIMPRIMIR38. Ceetps-SP Assinale a alternativa em que se encontra a oração subordinada grifada com omesmo valor semântico de “ao despedir-se do sol frio e gasto, o derradeiro homem há deter um relógio na algibeira”:a) “sentado entre dous sacos, o da vida e o da morte, imaginava então um velho diabo”.b) “porque o relógio parava, eu dava-lhe corda, para que ele não deixasse de bater nunca”.c) “quando eu perdia o sono, o bater da pêndula fazia-me muito mal”.d) “para que não deixasse de bater nunca, eu dava-lhe corda”.e) “invenções há, que se transformam ou acabam; o relógio é definitivo e perpétuo”.39. FEI-SP Observe o trecho “(…) mas não vejo a fé. E por que não aparece a fé nesta casa?”Os sujeitos dos verbos grifados são respectivamente:a) sujeito inexistente e sujeito oculto.b) sujeito composto e sujeito simples.c) sujeito simples e sujeito composto.d) sujeito simples e sujeito oculto.e) sujeito oculto e sujeito simples.VoltarLíngua Portuguesa - Períodos simples e compostoAvançar


40. Ceetps-SP Assinale a alternativa que integra corretamente as frases I, II e III num únicoperíodo:I. Havia provas escritas e orais.II. A prova escrita já dava nervosismo.III. Da prova oral muitos nunca se recuperaram.a) Havia provas escritas, às quais já davam nervosismo, e orais, nas quais muitos nunca serecuperaram.b) Havia provas escritas, a que já davam nervosismo, e orais, de que muitos nunca serecuperaram.c) Havia provas escritas, as quais já davam nervosismo, e orais, as quais muitos nunca serecuperaram.d) Havia provas escritas, que já davam nervosismo, e orais, das quais muitos nunca serecuperaram.e) Havia provas escritas, em que já davam nervosismo, e orais, que muitos nunca se recuperaram.1141. Ceetps-SP Sobre a construção dos períodos é correto afirmar:I. O emprego da conjunção “mas” em “o pianista tem quarenta anos (o mais novo dentretrês pianistas), mas é também o mais triste” explica-se pelo sentido opositivo quehá entre ser ele o mais moço dos três e quase já não ter esperança.II. Em “enquanto lá embaixo as pessoas comem bebem suam”, a conjunção marca aseqüência de ações que se desenrolam.III. O sentido da frase “minha avó nunca viu esse espelho, ela veio noutro porão” ficainteiramente preservado se ela for reescrita como segue: “minha avó nunca viu esseespelho, porque ela veio noutro porão”.IV. O sentido da frase “os garçons passam apressados carregando pratos e travessas”fica inteiramente preservado se ela for reescrita como segue: “os garçons passamapressados, se bem que carregando pratos e travessas”.a) Somente a I e a III estão corretas.b) Somente a I e a II estão corretas.c) Somente a III e a IV estão corretas.d) Somente a I e a IV estão corretas.e) Somente a II e a IV estão corretas.GABARITOIMPRIMIRTexto para a questão 42:“A importância do conto popular em nossa cultura é tão forte que precisamos ter muito claroo que se deve entender por popular, quando se trata de estudar gêneros literários.Geralmente se entende por popular um tipo de criação rústica, caracterizada pela simplicidadee pobreza expressiva. Talvez você mesmo pense assim. Mas, veja bem, se assim fosse, como sejustificaria a influência que a tradição popular exerceu e continua exercendo sobre a literatura e asoutras manifestações artísticas e culturais, inclusive aquelas de caráter eminentemente técnico?Se este legado existe, é porque a cultura popular é algo muito mais rico do que podemos imaginar.Popular é, portanto, uma manifestação cultural de caráter universal, nascida de modo espontâneoe totalmente indiferente a tudo que seja imposto pela cultura oficial. Também não pode serentendido como sinônimo de regional, pois isto eliminaria a tendência universalizante das manifestaçõespopulares. Quer dizer, as criações populares não conhecem normas nem limites. Elasestão acima de qualquer tipo de aprovação social.O conto popular, embora tenha um caráter universal, seja uma criação coletiva e tenha vividomuito tempo graças à transmissão oral, apresenta um modo narrativo que o singulariza diante deoutros tipos de narrativas. Com isso, é possível dizer que o conto popular é um gênero narrativoque desenvolve traços que se repetem em histórias criadas nos mais variados locais e épocas. Suascaracterísticas composicionais não conhecem fronteiras de tempo nem de lugar.”MACHADO, Irene. Literatura e redação. São Paulo: Scipione, 1994. p. 28.VoltarLíngua Portuguesa - Períodos simples e compostoAvançar


1242. UFMS Conectores são elementos de ligação que estabelecem diferentes relações de sentidoentre os segmentos de um texto.Tendo em vista a definição acima, marque a(s) alternativa(s) em que a relação estabelecidapelo(s) elemento(s) em negrito está corretamente indicada.(01) “… é tão forte que precisamos ter muito claro…” Relação de modo: expressa, numadas orações, o modo como se realiza o evento contido na outra.(02) “… quando se trata de estudar gêneros literários.” Ligação temporal: relaciona fatosou eventos simultâneos.(04) “Mas, veja bem, se assim fosse…” Relação de oposição: introduz uma argumentaçãocontrária ao que foi dito anteriormente.(08) “… a cultura popular é algo muito mais rico do que podemos imaginar.” Relaçãocomparativa: estabelece a superioridade de um elemento sobre outro(s).(16) “Popular é, portanto, uma manifestação cultural…” Ligação conclusiva: introduzuma conclusão relativamente aos enunciados anteriores.(32) “… pois isto eliminaria a tendência universalizante…” Ligação explicativa: apresentauma justificativa ou explicação do que foi dito antes.(64) “Quer dizer, as criações populares…” Relação de exemplificação: acrescentaum possível exemplo a uma declaração anterior, de ordem mais geral.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.43. I.E.Superior de Brasília-DF Enfocando a estrutura sintática desse fragmento de letrapoética abaixo, julgue os itens como verdadeiros ou falsos.“Você não sente, não vêMas eu não posso deixar de dizer, meu amigo,Que uma nova mudança em breve vai acontecer:O que há algum tempo era jovem, novo, hoje é antigoE precisamos todos rejuvenescer.”Belchior.GABARITO( ) A construção “eu não posso deixar de dizer” (verso 2) engloba três orações, porqueapresenta três verbos relacionados ao sujeito simples “eu”.( ) A expressão “meu amigo” (verso 2), que está entre vírgulas, é um vocativo, ou seja,refere-se às pessoas a quem o poeta se dirige.( ) A oração “Que uma nova mudança em breve vai acontecer” (verso 3) classifica-sesubordinada objetiva direta, por exercer a função de objeto direto do verbo “dizer”(verso 2).( ) Aparecem quatro adjuntos adverbiais de tempo no quarto verso. São eles: “algumtempo”, “jovem”, “novo” e “hoje”.( ) O sujeito do verbo “precisamos” (verso 5) está oculto.44. I.E.Superior de Brasília-DF Considere este período composto, extraído do livro Macunaíma,de Mário de Andrade, e julgue os itens quanto à organização das orações:“Então a velha apeou do tapir e montou num cavalo gazeo — sarará que nunca prestou nemprestará e seguiu.”IMPRIMIR( ) O período é formado por cinco orações, dentre as quais, apenas duas são coordenadassindéticas aditivas: a 2ª e a 5ª, introduzidas pelo conectivo “e”.( ) A oração “que nunca prestou” inicia-se com um pronome relativo e refere-se ao substantivocavalo, sendo ela classificada como subordinada adjetiva explicativa.( ) A segunda oração é coordenada sindética aditiva em relação à primeira e principalem relação à terceira.( ) A última oração coordena-se aditivamente com a 2ª: “montou num cavalo gazeo —sarará (…) e seguiu”.VoltarLíngua Portuguesa - Períodos simples e compostoAvançar


Texto para a questão 45:O trecho abaixo foi retirado dos Parâmetros Curriculares Nacionais — Ensino Médio (Brasília,DF: Ministério da Educação, 1999, p. 133-4). Leia-o, com atenção, e responda às questõespropostas.“Qualquer inovação tecnológica traz certo desconforto àqueles que, apesar de conviverem comela, ainda não a entendem. As tecnologias não são apenas produtos de mercado, mas produtosde práticas sociais. Seus padrões são arquitetados simbolicamente como conteúdos sociais, paradepois haver uma adaptação mercadológica.As tecnologias da comunicação e informação não podem ser reduzidas a máquinas; resultamde processos sociais e negociações que se tornam concretas. Elas fazem parte da vida das pessoas;não invadem a vida das pessoas. A organização de seus gêneros, formatos e recursos procurareproduzir as dimensões da vida no mundo moderno, o tempo, o espaço, o movimento: o mundoplural hoje vivido.Novos modos de sentir, pensar, viver e ser, construídos historicamente, se mostram nos processoscomunicativos derivados das necessidades sociais.Cabe à escola o esclarecimento das relações existentes, a indagação de suas fontes, a consciênciade sua existência, o reconhecimento de suas possibilidades, a democratização de seus usos.”1345. UFMS Identifique o(s) item(ns) cuja proposição está correta.(01) O primeiro período do segundo parágrafo é composto por coordenação e subordinação.(02) No último período/parágrafo do texto, o sujeito composto o esclarecimento dasrelações existentes, a indagação de suas fontes, a consciência de sua existência, oreconhecimento de suas possibilidades, a democratização de seus usos vem pospostoao verbo (caber), o que justifica a concordância no singular.(04) A presença do pronome indefinido certo junto a desconforto, tem por função relativizarou atenuar o sentido atribuído a esse substantivo no texto.(08) O uso da crase é facultativo diante de pronomes demonstrativos. Portanto, a formaàqueles poderia ser substituída, sem problemas, por aqueles.(16) Em As tecnologias não são apenas produtos de mercado, mas produtos de práticassociais, mas indica uma oposição de idéias.(32) Os pronomes que e elas remetem anaforicamente a negociações.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.GABARITO46. Unifor-CE Assinale a alternativa em que a oração sublinhada tem a mesma classificaçãoda sublinhada no período “E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, é sóestimular o turismo.”a) Os alunos dispuseram-se ao trabalho, tal qual o fizeram os professores.b) O homem agiu com tanta integridade, que se tornou impossível seu desprestígio.c) Muitos responderam ao inquérito, ainda que as condições para isso fossem precárias.d) Despretensioso e paciente, o pai explicou que o filho cometera involuntariamente aquelafalta.e) Trata-se de uma portaria segundo a qual, satisfeitas as condições, será permitida a participaçãodos alunos no campeonato.IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Períodos simples e compostoAvançar


1447. Unifor-CE“Historicamente as cidades sempre foram geradoras de desenvolvimento.”“As cidades são centros industriais e comerciais, que concentram a prosperidade e o poderpolítico.”“A adequação das cidades à nova realidade tornou-se uma necessidade urgente.”“As cidades têm cada vez mais gente e menos emprego.”As frases acima estão reunidas num só período com clareza, correção e lógica em:a) As cidades são centros industriais e comerciais, que concentram a prosperidade e opoder político, tendo sido, historicamente e sempre, as geradoras de desenvolvimento;tornou-se, porém, uma necessidade urgente sua adequação à nova realidade, pois elastêm cada vez mais gente e menos emprego.b) Historicamente as cidades sempre foram geradoras de desenvolvimento, conquanto elassão centros industriais e comerciais, que concentram a prosperidade e o poder político,cuja adequação das cidades à nova realidade tornou-se uma necessidade urgente, tendoelas cada vez mais gente e menos emprego.c) As cidades têm cada vez mais gente e menos emprego, onde a adequação à nova realidadetornou-se uma necessidade urgente, já que historicamente as cidades sempre foramgeradoras de desenvolvimento e são também elas centros industriais e comerciais,que concentram a prosperidade e o poder político.d) A adequação das cidades à nova realidade tornou-se uma necessidade urgente depoisque historicamente as cidades sempre foram geradoras de desenvolvimento mesmo sendocentros industriais e comerciais, que concentram a prosperidade e o poder político,tendo cada vez mais gente e menos emprego.e) Como historicamente as cidades sempre foram geradoras de desenvolvimento, elas, ascidades, têm cada vez mais gente e menos emprego, sendo centros industriais e comerciais,que concentram a prosperidade e o poder político, onde sua adequação à novarealidade tornou-se uma necessidade urgente.GABARITOIMPRIMIR48. Unifor-CENo trecho “Deslocados por uma operação burocrática (...), a virgem e o carpinteiro Joséaportam a Belém.” (Murilo Mendes), o emprego da forma “Deslocados...” deve ser entendidocomo:a) “Para que fossem deslocados...”b) “Visto que fossem deslocados...”c) “Depois que foram deslocados...”d) “Se fossem deslocados...”e) “Apesar de terem sido deslocados...”49. U. Potiguar-RNAs pessoas, que nos maltratam, devem ser ignoradas, mesmo que essa atitude seja difícil.Para que a oração grifada conserve seu sentido original, ela poderia ser redigida da seguinteforma:a) ... desde que essa atitude seja difícil.b) ... porque essa atitude é difícil.c) ... a menos que essa atitude seja difícil.d) ... por mais que essa atitude seja difícil.VoltarLíngua Portuguesa - Períodos simples e compostoAvançar


50. UEPA“TRANSAMARGURA(...) Idealizada como um dos maiores símbolos da integração nacional, a Transamazônica começoua ser aberta há trinta anos, na condição de carro-chefe do projeto ‘Brasil Grande’, doregime militar. (...). Em sintonia com o discurso ufanista da época, o governo prometia solenementeentregar ‘terra sem homens para homens sem terra’. Mais de um milhão de brasileirosacabaram seduzidos pelas promessas redentoras daquela obra grandiosa, mas a estrada jamaisfoi construída.”Istoé, 11/10/2000.A expressão “... mas a estrada jamais foi construída”:a) estabelece uma relação de adição à idéia que a antecede no período.b) estabelece uma relação de oposição à idéia que a antecede no período.c) estabelece uma relação de conclusão à idéia que a antecede no período.d) não estabelece relação alguma, pois independe da idéia que a antecede no período.e) estabelece uma relação de explicação à idéia que a antecede no período.1551. UFRN Analise os dois fragmentos abaixo.“nossos bisnetos vão passear ou, um dia, viver em Marte.”“quando teremos robôs escravos, máquinas de orgasmos ou naves para viajar no tempo”O vocábulo ou expressa, respectivamente, idéia de:a) adição e exclusão.b) alternância e exclusão.c) exclusão e adição.d) adição e alternância.GABARITO52. UFPB“... apesar de sua coragem indomável e de sua vontade poderosa, as forças estavam exaustas.”A idéia introduzida pela expressão sublinhada, no trecho acima, é mantida quando seafirma que o personagem:a) tinha coragem e as forças estavam exaustas.b) tinha coragem e vontade para superar as forças exaustas.c) tinha coragem e vontade e mesmo assim as forças estavam exaustas.d) tinha coragem, vontade e forças.e) se tivesse coragem e vontade, aumentariam as forças.IMPRIMIR53. U. Salvador-BA A alternativa em que há correspondência entre o termo transcrito e o quedele se afirma é:a) “por grandes crimes cometidos pela humanidade” (A tolerância é responsável por grandescrimes cometidos pela humanidade) exerce função predicativa.b) “ao massacre” (Ainda assistimos ao massacre terrível da própria condição humana)modifica o verbo.c) “à pluralidade” (O avanço foi no sentido de afirmar o direito à pluralidade) completa osentido do verbo.d) “de assimilação” (Mas os sinais desse processo constante de assimilação e afirmação semanifestam de forma quase sempre sutil e silenciosa) modifica o nome.e) “aos poucos” (Mas, aos poucos, de forma muito tímida, a exclusão escolar vem sendocombatida) completa o sentido do nome.VoltarLíngua Portuguesa - Períodos simples e compostoAvançar


54. U. Salvador-BA A oração “mesmo quando refletem a vontade da grande maioria dosmembros de um grupo social”, semanticamente, equivale a:a) se refletem a vontade da grande maioria dos membros de um grupo social.b) ao refletirem a vontade da grande maioria dos membros de um grupo social.c) visto que refletem a vontade da grande maioria dos membros de um grupo social.d) ainda que reflitam a vontade da grande maioria dos membros de um grupo social.e) à medida que refletem a vontade da grande maioria dos membros de um grupo social.55. Unifor-CE“À medida que as sociedades se tornam mais ricas, o uso de máquinas na agricultura reduza necessidade de mão-de-obra; por conseguinte, a demanda por muitos filhos diminui...”A frase destacada acima denota uma:a) finalidade.b) temporalidade.c) condição.d) proporcionalidade.e) conseqüência.1656. UFF-RJ Os diversos tipos de relação sintática entre orações podem ser estabelecidos semconectivo explícito, através das formas de infinitivo, gerúndio ou particípio, como vemosno seguinte exemplo:“Tomando Gilberto Freyre como a linha vertical e Mário de Andrade como a linha horizontal deum ângulo reto, teríamos Guimarães Rosa como a hipotenusa fechando o triângulo.”Reconheça o tipo de relação sintática expressa pelo gerúndio sublinhado no período acima.a) conclusão. d) mediação.b) temporalidade. e) conformidade.c) condicionalidade.57. U. F. Uberlândia-MG Assinale a alternativa que melhor corresponde a pois no trechotranscrito abaixo, sem alterar seu sentido.GABARITO“... o enxerto de estrangeirismos em textos oficiais é prova do despreparo de algumas pessoaspara exercerem cargos públicos, pois sendo colonizadas e subservientes — a preferência peloinglês não é gratuita — acabam por contribuir para que, no processo de globalização, entremoscompletamente desqualificados, sem rosto, sem contribuição cultural...”a) como. c) porque.b) logo. d) então.58. U. Uberaba-MG Observe o trecho abaixo:“Penso às vezes — dado que sou a divagações patrióticas — como seria benéfico ao país seinstituíssemos, como na antigüidade, jogos de circo.”IMPRIMIRDando nova redação ao fragmento em destaque, sem alterar as relações semânticas nelepresentes, obtém-se:a) conforme faço divagações patrióticas.b) apesar de ter o costume de fazer divagações patrióticas.c) embora tenha o costume de fazer divagações patrióticas.d) porque tenho o costume de fazer divagações patrióticas.VoltarLíngua Portuguesa - Períodos simples e compostoAvançar


59. U. Alfenas-MG Identifique o período em cuja estrutura se indicam, respectivamente, causae conseqüência.a) “Vestia-se como mandava a etiqueta”.b) “Eles foram criados como escravos”.c) “Desenhava bem como um artista”.d) “Ele agiu como devia”.e) “Como me fitasse muito, perguntei-lhe o nome”.60. Cefet-RJ Assinale a opção cuja expressão destacada tem valor sintático semelhante ao dadestacada em “Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros doque a asa da graúna.”a) O cão que dorme na calçada acalmou-se, após a ventania.b) Espiei os três cavaleiros, que permaneciam mudos sobre suas montarias.c) Sinhá Vitória, que era a sofrida esposa de Fabiano, esticou o beiço, indicando vagamenteuma direção.d) Marília, não perturbe o vaqueiro, porque ele precisa guardar o alheio gado.e) Iracema tinha um desejo: que o guerreiro branco jamais retornasse à pátria.1761. UFR-RJ “... digo o que me pareceu...” Quanto à função sintática, os termos destacadossão, respectivamente:a) objeto direto — objeto direto — objeto direto.b) objeto direto — sujeito — objeto indireto.c) sujeito — sujeito — complemento nominal.d) objeto indireto — sujeito — objeto indireto.e) adjunto adnominal — objeto indireto — objeto direto.62. U. Uberaba-MGGABARITO“Desde o início da Revolução Industrial, as grandes corporações multinacionais vêm dominandoo consumo da população das cidades. Hoje em dia, estamos sendo compelidos a consumir e,mesmo sem querer, produzir nossas toneladas diárias de lixo.Estamos expostos a uma publicidade sufocante, que está fazendo a produção de embalagensdescartáveis se transformar no pesadelo de consumo mundial.O Brasil deveria se preocupar mais com esses assuntos, principalmente, pelo desperdício deágua e eletricidade, que estão entre as vergonhas nacionais.Não sabemos como estará o mundo daqui a dez anos, por isso devemos nos preocupar com ofuturo pensando no presente.”Folha de S. Paulo, 05/08/00.No período “Hoje em dia, estamos sendo compelidos a consumir e, mesmo sem querer,produzir nossas toneladas diárias de lixo”, a expressão em destaque estabelece uma relação de:a) conclusão. c) condicionalidade.b) causalidade. d) concessão.63. U. Uberaba-MG Observe a oração em destaque no trecho abaixo:“(...) só estando ao abrigo das necessidades (e do mau tempo) é que poderemos, comcalma e sapiência, manipular os peões, os cavalos e as rainhas deste grande país (...)”IMPRIMIRAssinale a única alternativa em que os elementos em destaque expressam a mesmacircunstância da oração acima.a) “Conto com seu bom senso para tratar com severidade os trabalhadores (...)”b) “Tantos criminosos nas prisões, onerando o erário.”c) “Se não zelássemos por nós, quem zelaria por esse pobre povo?”d) “(...) Fifi, que é mais rebelde (...), disse que nada adiantava esse dinheiro, já que continuamosatrás das grades.”VoltarLíngua Portuguesa - Períodos simples e compostoAvançar


64. U. E. Ponta Grossa-PR No período “Todo dia algum biruta anunciava um plano quedesafiava a gravidade e a prudência”, há:01) duas orações, uma principal e uma subordinada.02) um pronome relativo com função de sujeito.04) uma oração de valor adjetivo.08) coordenação de orações.16) uma oração de valor substantivo.1865. U. E. Ponta Grossa-PR Considerando aspectos sintáticos dos períodos “Todo dia algumbiruta apresentava uma nova máquina, anunciava um plano mirabolante e desafiava a gravidadee a prudência” e “A tecnologia da aerodinâmica, da engenharia de estruturas, dodesenho de motores e da química de combustíveis havia chegado a um estágio de evoluçãoinédito”, aponte as alternativas corretas.01) Ambos os períodos são compostos.02) O primeiro período se compõe de três orações coordenadas.04) Os verbos empregados nas orações do primeiro período têm em comum o fato deserem transitivos indiretos.08) Na única oração que constitui o segundo período, o termo “tecnologia” funciona comonúcleo do sujeito simples.16) No primeiro período, a conjunção “e”, empregada duas vezes, está separando oraçõesde igual valor e também termos de valor idêntico na mesma oração.66. PUC-PR Observe a frase que segue:Não posso lhe garantir que todos estarão presentes à sua festa de formatura”.Do enunciado acima, pode-se afirmar que a parte destacada desempenha a função de:a) sujeito de posso;b) objeto direto de posso;c) objeto indireto de posso;d) objeto direto de garantir;e) objeto indireto de garantir.GABARITO67. U. E. Ponta Grossa-PR Os períodos simples “Não existe um único líder no bando” e “Aschefias são formadas por até três animais” foram ligados passando a constituir um períodocomposto, sem prejuízo do sentido, em:01) Não existe um único líder no bando, mas as chefias são formadas por até três animais.02) As chefias são formadas por até três animais, de modo que não existe um único líderno bando.04) Não existe um único líder no bando e as chefias são formadas por até três animais.08) Não existe um único líder no bando, embora as chefias sejam formadas por até trêsanimais.16) Quando não existe um único líder no bando, as chefias são formadas por até trêsanimais.IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Períodos simples e compostoAvançar


68. U.F. Santa Maria-RS Leia o fragmento do poema “José”, de Carlos <strong>Dr</strong>ummond de Andrade:“Se você gritasse,se você gemesse,se você tocassea valsa vienense,se você dormisse,se você cansasse,se você morresse...Mas você não morre,você é duro, José!”19Nesse trecho do poema,I. a conjunção subordinativa condicional “se” repete-se sempre na mesma posição, anáfora,e tem seu efeito sonoro intensificado pelo eco que ocorre no interior de outraspalavras como voCÊ, gritaSSE, gemeSSE, tocaSSE, valSA, vienenSE etc.II. a conjunção coordenativa “Mas” opõe a realidade à série de alternativas hipotéticas,produzindo ruptura do sentido.III. a desinência modo-temporal dos verbos no imperfeito do subjuntivo “-SSE” marca asílaba tônica dos versos em redondilha menor (cinco sílabas).Está(ão) correta(s):a) Apenas I.b) Apenas II.c) Apenas I e II.d) Apenas I e III.e) II e III.GABARITOIMPRIMIR69. U.F. Santa Maria-RS Classifique a oração introduzida pela palavra destacada em “Fiqueimuito impressionada com a violência e a rivalidade que existe entre as tribos demacacos”.Identifique o período em que a palavra destacada introduz uma oração de mesma classificação.a) Vi que a violência e a rivalidade existem entre as tribos de macacos.b) Impressionou-me a informação que recebi sobre a violência e a rivalidade entre astribos de macacos.c) A violência e a rivalidade são tão grandes entre as tribos de macacos que me impressionei.d) A verdade é que a violência e a rivalidade existem entre as tribos de macacos.e) É impressionante que existam violência e rivalidade entre as tribos de macacos.70. U. F. Uberlândia-MG Assinale a alternativa que melhor corresponde ao trecho escolhido.“O uso correto do idioma não é um refinamento, bem como a formulação de políticascontrárias ao interesse da maioria não depende do registro da língua utilizado.”a) Assim como o uso correto do idioma não é um refinamento, a formulação de políticascontrárias ao interesse da maioria também não depende do registro da língua utilizado.b) Não só o uso correto do idioma é um refinamento, como também a formulação depolíticas contrárias ao interesse da maioria não depende do registro da língua utilizado.c) Nem o uso correto do idioma é um refinamento, nem a formulação de políticas contráriasao interesse da maioria depende do registro da língua utilizado.d) O uso correto do idioma não é um refinamento, mas a formulação de políticas contráriasao interesse da maioria também não depende do registro da língua utilizado.VoltarLíngua Portuguesa - Períodos simples e compostoAvançar


71. Cesgranrio “A nossa percepção do Sol muda por causa das irregularidades na camada dear que envolve a Terra e pela distância que a luz percorre na atmosfera,”Assinale a única opção em que, reescrevendo-se o período, o sentido se mantém.a) Tanto as irregularidades na camada de ar que envolve a Terra quanto a distância que aluz percorre na atmosfera são ocasionadas pela percepção que temos do Sol.b) A nossa percepção do Sol muda em conseqüência das irregularidades na camada de arque envolve a Terra e, por conseguinte, a distância que a luz percorre na atmosfera.c) A distância percorrida pela luz na atmosfera e as irregularidades resultantes da camadade ar que envolve a Terra são responsáveis pela nossa percepção do Sol.d) As irregularidades na camada de ar que envolve a Terra se devem à nossa percepção doSol, assim como a distância que a luz percorre na atmosfera.e) Devido às irregularidades na camada de ar que envolve a Terra e à distância que a luzpercorre na atmosfera, a nossa percepção do Sol muda.2072. PUC-RJ “Contudo, se considerarmos que, até a década de 70, a maior parte dos transtornosmentais resultava em importantes graus de permanente incapacitação — e isto não émais verdade —, há motivo para otimismo.” Assinale a alternativa correta.a) O período contém uma oração adverbial de tempo.b) O período contém uma oração objetiva indireta.c) O período contém uma oração objetiva direta.d) A oração principal do período é “e isto não é mais verdade”.e) O período contém ao todo 5 orações.73. PUC-RJ A oração reduzida no trecho “Aos trinta e quatro anos regressou ao Brasil, nãopodendo el-rei alcançar dele que ficasse em Coimbra…” encontra melhor paráfrase em:a) malgrado os esforços de el-rei para que ficasse em Coimbra.b) ainda que não pudesse el-rei alcançar dele que ficasse em Coimbra.c) mas não pôde el-rei alcançar dele que ficasse em Coimbra.d) para que el-rei não pudesse convencê-lo a ficar em Coimbra.e) já que el-rei tentou convencê-lo a ficar em Coimbra.GABARITO74. U. Uberaba-MG Observe os períodos a seguir:“Lá penso em me eleger deputado. Já entrei em contato com membros do Partido Verdeque me apoiarão.”Assinale a alternativa que apresenta a expressão que poderia ser usada para relacionar asduas orações, mantendo as relações de sentido.a) Por isso. c) Mas.b) Porque. d) Como.75. U. Alfenas-MGIMPRIMIRConsidere as seguintes afirmações:I. O período do primeiro quadrinho é composto porque contém dois verbos: “está” e“saindo”.II. No segundo quadrinho, a palavra “portanto” estabelece a idéia de explicação.III. A segunda oração do terceiro quadrinho não exerce função sintática da primeira.IV. Nos três quadrinhos há, ao todo, cinco orações.Está correto o que afirma apenas em:a) I e II. d) I e IV.b) III e IV. e) II e IV.c) II e III.VoltarLíngua Portuguesa - Períodos simples e compostoAvançar


76. UFR-RJ Em “Só não sendo sincero você seria tão inteligente!”, a oração em destaquedenota idéia dea) condição.b) explicação.c) oposição.d) conseqüência.e) inclusão.2177. U. F. Uberlândia-MG Observe os trechos transcritos abaixo.I. “Não alcanço exprimir como me doeu esta suposição.”II. “Ia tanto para a moça, que era já como se fosse minha irmã, o meu próprio sangue…”III. “Não houvera ali uma agregada, seduzida em 1835, por um saltimbanco, como medissera D. Antônia?”IV. “Como, porém, ela era bonita, e a natureza tem leis diferentes da sociedade (…)Félix achara um modo de conciliar umas e outras…”V. “… mas, como eu quero dizer tudo, direi um segredo de consciência.”A seguir, assinale a seqüência correta, referente às orações em negrito.a) I e III expressam a mesma circunstância.b) IV e V expressam a mesma circunstância.c) II e IV expressam a mesma circunstância.d) III e V expressam a mesma circunstância.78. U. Uberaba-MG No trecho “Aqui, em Brasília, só misérias (…). Mas não é só em Brasília.”,a palavra mas está sendo empregada para indicar:a) uma conclusão sobre argumento já apresentado.b) uma conclusão contrária àquela já sugerida.c) uma justificativa sobre argumento já apresentado.d) um argumento a favor de uma mesma conclusão.79. UFF-RJGABARITOIMPRIMIR“Adjunto adnominal é o termo de valor adjetivo que serve para especificar ou delimitar o significadode um substantivo, qualquer que seja a função deste.”CUNHA, Celso & CINTRA, Lindley. Nova gramática do português contemporâneo.Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985, p. 145.Assinale a opção em que o termo sublinhado não exerce a função de adjunto adnominal.a) “Muitos deles ou quase a maior parte dos que andavam ali traziam aqueles bicos deosso nos beiços.”b) “E alguns, que andavam sem eles, tinham os beiços furados e nos buracos uns espelhosde pau, que pareciam espelhos de borracha;”c) “Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque, a estender olhos, nãopodíamos ver senão terra com arvoredos, que nos parecia muito longa.”d) “Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma demetal ou ferro; nem lho vimos.”e) “E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo por bemdas águas que tem.”VoltarLíngua Portuguesa - Períodos simples e compostoAvançar


80. FEI-SP Observe o fragmento: “Trata-se, na verdade, de uma obra difusa, na qual eu, BrásCubas, se adotei a forma livre de um Sterne ou de um Xavier de Maistre…”. Assinale aalternativa que analise corretamente a função sintática do elemento sublinhado no contextoem que se insere:a) complemento nominal.b) objeto direto.c) sujeito.d) aposto.e) locução adjetiva.2281. FEI-SP Observe o período: “ei-lo aí fica privado da estima dos graves e do amor dosfrívolos, que são as duas colunas máximas da opinião”. Assinale a alternativa que analisecorretamente a oração sublinhada:a) oração coordenada sindética aditiva.b) oração coordenada sindética adversativa.c) oração subordinada substantiva objetiva direta.d) oração subordinada adverbial temporal.e) oração subordinada adjetiva explicativa.82. FEI-SP Observe a oração: “alguns anos depois, a humanidade assistia atônita ao holocaustonuclear em Hiroshima e Nagasaki”. Assinale a alternativa que justifique corretamentea pontuação da oração:a) ocorrência de um adjunto adverbial no início da oração.b) ocorrência de vocativo.c) ocorrência de aposto.d) intercalação de uma oração subordinada adverbial.e) intercalação de uma oração coordenada assindética.GABARITO83. FEI-SP Observe a oração: “Fabiano ia satisfeito”. O termo em destaque assume a funçãode:a) predicativo do sujeito.b) objeto direto.c) adjunto adverbial.d) adjunto adnominal.e) agente da passiva.IMPRIMIR84. PUC/Campinas-SP “Conforme estava prestes a viajar para o exterior, não foi escolhidapara o papel, que era a mais indicada para representar aquele tipo de personagem.”A frase acima está mal estruturada pelo uso inadequado das palavras assinaladas. Mantidaintacta a oração principal, alterações têm de ser feitas para que o texto adquira coerência.Nesse caso, as palavras grifadas devem ser substituídas, respectivamente, por:a) Assim que – ainda que.b) Pois – visto que.c) Enquanto – ou.d) Se – à medida que.e) Como – embora.VoltarLíngua Portuguesa - Períodos simples e compostoAvançar


85. PUC/Campinas-SP “O sistema de votação eletrônica foi um sucesso, inclusive com oscasos que houve falhas técnicas, que precisaram usar cédulas tradicionais.”O período acima está mal construído. Para corrigi-lo, considere as seguintes propostas desubstituição:I. “inclusive com os casos que” por “a despeito dos casos em que”;II. “houve falhas técnicas” por “haja vista as falhas técnicas.III. “que precisaram usar” por “onde se precisou usar de;IV. “que precisaram usar” por “quando se recorreu às”.Devem ser feitas SOMENTE as substituições propostas ema) I e II.b) I e III.c) I e IV.d) II e III.e) II e IV.2386. Fatec-SP Em “Dei de ombros, saí do quarto; mas tornando lá, minutos depois, e achando-aainda no mesmo lugar, senti um repelão dos nervos, lancei mão de uma toalha, batilhee ela caiu”, a impressão de ação rápida e irrefletida deve-se, principalmente:a) ao emprego de arcaísmos como “Dei de ombros”, “tornando lá” e “repelão dos nervos”.b) ao arranjo das orações, predominantemente coordenadas e quase todas sem conjunções.c) a certas peculiaridades lingüísticas do texto, por exemplo “bati-lhe”.d) ao uso de expressões como “repelão dos nervos” e “lancei mão”.e) à utilização de orações adverbiais temporais reduzidas de gerúndio.87. PUC-SP“Sobre a subordinação, relembre: é a construção sintática em que uma oração determinante, epois subordinada, se articula com outra, determinada por ela e principal em relação a ela.”Mattoso Câmara Jr. Dicionário de Filologia e Gramática. Rio de Janeiro: J. Ozon, 1971, p. 362.GABARITOEm seguida, assinale a alternativa correta:a) Em “Para não dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos.” — estabelece-seuma relação de meio e fim.b) Em “Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa.” — a subordinação se dáentre o verbo faz e seu complemento verbal que a Senhora está longe de casa.c) Em “Uma hora da noite eles se iam e eu ficava só, …” — a relação de subordinaçãoexpressa a idéia de adição consecutiva.d) Em “Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosasmastigando.” — a subordinação se dá entre o verbo sabe e seu sujeito representado pelaoração reduzida de infinitivo conversar com os outros.e) Em “E comecei a sentir falta das primeiras brigas por causa do tempero na salada— o meu jeito de querer bem.” — estabelece-se uma relação de condição — condicionado.IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Períodos simples e compostoAvançar


88. U.F. Santa Maria-RS Analise o padrão das seguintes frases:“Vários artistas jovens, nos anos 60, inventaram a cultura pop brasileira.O repórter Euclides viu muitas coisas na frente do combate.”Nas duas frases, não ocorre:a) sujeito.b) verbo transitivo.c) objeto direto.d) predicativo.e) adjunto adverbial.2489. UFSC Julgue as proposições abaixo:01. A frase “O mundo é uma bola” apresenta uma metáfora.02. Em “Guga, com seus cabelos cacheados e raquete na mão, tornou-se o símbolo doBrasil em todo o mundo” há 3 palavras trissílabas, 2 dígrafos e 1 encontro consonantal.04. A frase “ São estes jestos que fazem de Guga um gigante de 1 mt e 92 cms,” do pontode vista do sistema ortográfico vigente, está correta.08. Em “Eu estava nervoso no final do jogo”, a palavra em destaque é um predicativo dosujeito.16. A frase “O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti” pode ser reescrita como “Otrigo, que é dourado, fará lembrar de ti”.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.Para responder à questão 90, leia o segmento a seguir.“Essa é uma conquista deste século. Tem como marca a Semana de Arte Moderna de 1922, umaespécie de grito de independência artística do país, cem anos depois da independência política.”GABARITO90. U.F. Santa Maria-RS Indique verdadeira (V) ou falsa (F) em cada uma das alternativaspropostas.( ) “Essa” é um pronome demonstrativo que retoma algo que foi expresso anteriormentee, na oração em que aparece, exerce a função sintática de sujeito.( ) Não há necessidade de explicitar o sujeito no segundo período, o que o caracterizacomo uma oração sem sujeito.( ) Para expressar uma definição pessoal da Semana de Arte Moderna, o autor utilizouum aposto no segundo período.A seqüência correta é:a) V – V – F. d) V – F – F.b) V – F – V. e) F – V – F.c) F – V – V.IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Períodos simples e compostoAvançar


91. U.F. Santa Maria-RS“BRASIL, MOSTRA A TUA CARAA busca de uma identidade nacional é preocupação deste século.Ao criar um livro, um quadro ou uma canção, o artista brasileiro dos dias atuais tem umapreocupação a menos: parecer brasileiro. A noção de cultura nacional é algo tão incorporado aocotidiano do país que deixou de ser um peso para os criadores.(...)”LIMA, João Gabriel de. Veja, 22 de dezembro, 1999. p. 281-282.25O trecho que você leu faz parte de uma retrospectiva do século XX elaborada por jornalistasda revista Veja.Analise as afirmativas que dizem respeito às expectativas criadas pela leitura do título,do subtítulo e do primeiro período da reportagem.I. O título utiliza o vocativo e o modo imperativo com a função de pôr em destaque odestinatário da mensagem, estimulando-o a executar uma ação.II. No título, foi usada a personificação ao se atribuir a um ser inanimado uma açãoprópria do homem.III. De acordo com o primeiro período, o artista brasileiro não precisa mais se preocuparem seguir o ensinamento do dito popular “Não basta ser, é preciso parecer”.Está(ão) correta(s):a) apenas I.b) apenas II.c) apenas III.d) apenas I e II.e) I, II e III.GABARITOIMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Períodos simples e compostoAvançar


LÍNGUA PORTUGUESAPERÍODOS SIMPLES ECOMPOSTO11. F-F-F-V-F31. 5361. B2. F-V-F-F32. C62. D3. 3833. A63. C4. A34. E64. 075. A35. B65. 266. B36. B66. D7. D37. E67. 068. D38. C68. C9. C39. E69. BGABARITO10. B11. A12. A13. 2814. 2715. A16. D17. C18. A19. F-V-F-V20. D21. A22. C23. C24. D25. D40. D41. A42. 6243. V-V-V-F-V44. V-F-V-V45. 0746. B47. A48. C49. D50. B51. C52. C53. D54. D55. E70. C71. E72. C73. A74. A75. B76. A77. B78. B79. D80. D81. E82. A83. A84. E85. C26. B56. C86. B27. E57. C87. A28. B58. D88. D29. D59. E89. 2530. 3160. E90. BIMPRIMIR91. AVoltarLíngua Portuguesa - Períodos simples e compostoAvançar


LÍNGUA PORTUGUESAPONTUAÇÃO1. UnB-DF“Direitos Humanos no Mundo1Os trágicos acontecimentos ocorridos em Ruanda e noutras partes do mundo realçam a necessidadede fortalecer a capacidade que a comunidade internacional tem para adotar medidas preventivas,a fim de evitar as violações dos direitos humanos. O fosso entre as aspirações internacionaisao gozo dos direitos humanos e a realidade das violações generalizadas desses direitosconstitui o desafio básico que deverá ser enfrentado pelo programa das Nações Unidas em matériade direitos humanos. Para eliminar esse fosso, a comunidade mundial deve individualizar eeliminar as causas iniciais das violações. Para tal, as Nações Unidas estão a centrar os seus esforçosnas atividades destinadas a conseguir a aplicação eficaz do direito ao desenvolvimento, a definirmelhor os direitos econômicos, sociais e culturais e a conseguir que sejam mais respeitados, e, nonível mais fundamental, a melhorar a vida quotidiana de cada ser humano.O Centro de Direitos Humanos do Secretariado contribui para a execução do programa dedireitos humanos das Nações Unidas, mediante projetos concretos que têm por objeto ajudar aestabelecer e reforçar as instituições democráticas e a infra-estrutura nacional e regional necessáriapara a proteção dos direitos humanos, no primado do direito. Em 1994, o Centro aumentouconsideravelmente as suas atividades em termos de serviços de consultoria e assistência técnicapara programas na área dos direitos humanos.”GABARITOJulgue os itens a seguir, segundo os aspectos morfológicos e sintáticos.( ) Ocorre voz passiva em “Os trágicos acontecimentos ocorridos em Ruanda e noutraspartes do mundo…”( ) Em “… necessidade de fortalecer a capacidade…” e “… realidade das violaçõesgeneralizadas…” os termos em destaque exercem função sintática equivalente.( ) Em “… culturais e a conseguir que sejam mais respeitados…” seria gramaticalmenteaceitável usar-se uma vírgula depois de culturais.( ) Em “… e, no nível mais fundamental, a melhorar…” as vírgulas são justificadas porisolar uma expressão antecipada.( ) Em “… têm por objeto ajudar a…” o verbo está no plural porque o pronome relativoque lhe serve de sujeito tem como antecedente uma palavra no plural.Texto para a questão 2:“E dava-me mágoa essa inibição; as irmãs eram porém tão distantes, tão diferentes!”IMPRIMIR2. FGV-SP No texto, um termo deveria, de acordo com a norma culta, ter-se apresentado entrevírgulas. Diga qual é esse termo e explique por que ele deveria ter vindo entre vírgulas.VoltarLíngua Portuguesa - PontuaçãoAvançar


Texto para a questão 3:“Ossian o bardo é triste como a sombraQue seus cantos povoa. O LamartineÉ monótono e belo como a noite,Como a lua no mar e o som das ondas…Mas pranteia uma eterna monodia,Tem na lira do gênio uma só corda;Fibra de amor e Deus que um sopro agita:Se desmaia de amor a Deus se volta,Se pranteia por Deus de amor suspira.Basta de Shakespeare. Vem tu agora,Fantástico alemão, poeta ardenteQue ilumina o clarão das gotas pálidasDo nobre Johannisberg! Nos teus romancesMeu coração deleita-se… Contudo,Parece-me que vou perdendo o gosto,(…)”Álvares de Azevedo, Lira dos vinte anos.23. Fuvest-SP “Fibra de amor e Deus que um sopro agita:” (verso 7)Os dois pontos no final deste verso introduzem umaa) citação.b) explicação.c) enumeração.d) gradação.e) concessão.4. UnB-DF“A palavra e a publicidadeGABARITOIMPRIMIRHoje em dia, a publicidade tem sob sua responsabilidade o dicionário da linguagem universal.Se ela, a publicidade, fosse Pinóquio, seu nariz daria várias voltas ao mundo.‘Encontre a verdade’: a verdade está na cerveja Heineken. ‘Você deve apreciar a autenticidade emtodas as suas formas’: a autenticidade está na fumaça dos cigarros Winston. Os sapatos esportivosConverse são ‘solidários’ e a nova câmara Canon chama-se Rebelde: ‘Para que você mostre do queé capaz’. No novo universo da computação, a empresa Oracle proclama a revolução: ‘A revoluçãoestá em nosso destino’. A Apple propõe a liberdade: ‘Pense diferente’. Comendo hambúrgueresBurger King, você pode manifestar seu inconformismo: ‘Às vezes, é preciso romper as regras’. Contraa inibição, Kodak, que ‘fotografa sem limites’. A resposta está nos cartões Dinners: ‘A respostacorreta em qualquer idioma’. Os cartões Visa reafirmam a personalidade: ‘Eu posso’. Os automóveisRover permitem que ‘você expresse sua potência’, e a empresa Ford bem que gostaria que ‘a vidafosse tão bem feita’ como seu modelo mais recente. Não há melhor amiga da natureza que a Shell:‘Nossa prioridade é a proteção do meio ambiente’. Os perfumes Givenchy oferecem ‘eternidade’; osperfumes Dior, ‘fuga’; os lenços Hermès, ‘sonhos e lendas’. Quem não sabe que a ‘chispa da vida’brilha em quem bebe Coca-Cola? Se alguém quiser saber, as fotocópias Xerox, ‘para compartilhar oconhecimento’. Contra a dúvida, os desodorantes Gillette: ‘Para ter confiança em você mesmo.’”GALEANO, Eduardo. “Algumas estações da palavra no inferno”. In: Palavra, nº 6, 9/99, p. 82 (com adaptações).Com relação ao texto julgue os itens abaixo como verdadeiros ou falsos.( ) O trecho “‘Encontre a verdade’: a verdade está na cerveja Heineken” pode ser substituídopor “Encontre-a”: ela está na cerveja Heineken, sem que se alterem asrelações de idéias e a clareza da mensagem transmitida.( ) No segundo parágrafo, os dois-pontos foram usados várias vezes pelo autor comorecurso para estabelecer relações de sentido consideradas verdadeiras.( ) No trecho “Os perfumes Givenchy (…) sonhos e lendas.”, a vírgula foi empregadaduas vezes para indicar a elipse do verbo significar.( ) A expressão “Quem não sabe” tem a finalidade de explicitar que todo mundo sabebrilhar, destacar-se.VoltarLíngua Portuguesa - PontuaçãoAvançar


5. UFPE Os enunciados a seguir são fragmentos do livro A Língua Portuguesa e a Unidadedo Brasil, de Barbosa Lima Sobrinho (Nova Fronteira, 2000). Em uma das alternativas, apontuação foi modificada, tornando-se incorreta. Assinale-a.a) A língua literária, quando se torna excessivamente livresca, ou aristocrática, perde suafunção natural.b) Nenhum povo cometeria, hoje, o erro de restringir ainda mais o campo de ação de umdeterminado idioma, quando a tendência é para alargar as fronteiras.c) De qualquer modo, porém, o que convém é não perder terreno, isto é, não reduzir onúmero de pessoas que o utilizam como idioma comum.d) A conclusão, pois, é de que, se temos o privilégio de nos entendermos facilmente deextremo a extremo do Brasil, devemo-lo à língua portuguesa.e) A língua portuguesa é, que nos prendeu através dos séculos da formação; ela é queassiste, ao nosso desenvolvimento e à nossa expansão.36. Unifor-CE No texto “Fez o que pareceu uma previsão tresloucada: Os computadores dofuturo talvez usem apenas mil válvulas e pesem em torno de uma tonelada.”, os dois pontosque se seguem a “uma previsão tresloucada” introduzem uma:a) enumeração.b) concessão.c) citação.d) explicação.e) gradação.GABARITO7. UFSE Observe as frases abaixo, pontuadas de duas maneiras diferentes.I. Educadores que admiram o esporte costumam incentivar sua prática entre os jovens.Educadores, que admiram o esporte, costumam incentivar sua prática entre os jovens.II. Uma falta aparentemente pequena pode ser considerada grave em termos jurídicos.Uma falta aparentemente pequena pode ser considerada grave, em termos jurídicos.III. Em 94 a seleção brasileira de futebol foi vitoriosa.IV. Em 94, a seleção brasileira de futebol foi vitoriosa.Com a mudança de pontuação, houve mudança de sentido da frase em:a) I, somente.b) III, somente.c) I e II, somente.d) II e III, somente.e) I, II e III.8. U. Alfenas-MG“Presidentes que participam da 8ª Conferência de Chefes de Estado Ibero-americanos, realizadana cidade do Porto, posam para a foto oficial, depois de darem a largada a uma corrida debarcos; Fernando Henrique fez a defesa dos países em risco.”OESP, 19-10-98. p. A1.IMPRIMIRO uso do ponto-e-vírgula no texto acima enquadra-se na seguinte regra: Usa-se o ponto-evírgulaparaa) separar elementos simétricos do período.b) indicar o sentido adversativo à frase.c) indicar o tom enfático ao último segmento do período.d) separar partes de um período.e) separar orações coordenadas no mesmo período por manterem unidade de sentido.VoltarLíngua Portuguesa - PontuaçãoAvançar


9. Cesgranrio A passagem em que o emprego do sinal de pontuação destacado está indevidamentejustificado é:a) Mas as menores (o violeta, o azul e o anil) não conseguem se desviar... — os parêntesesindicam interferência pessoal do narrador.b) O branco resulta da soma das sete cores do arco-íris — o violeta, o azul, o anil, o verde,o amarelo, o laranja e o vermelho. — o travessão precede aposto.c) “A nossa percepção do Sol muda por causa das irregularidades na camada de ar queenvolve a Terra e pela distância que a luz percorre na atmosfera”, — as aspas caracterizamdiscurso direto.d) A luz solar não é amarela nem vermelha, é branca — a vírgula separa orações coordenadas.e) ... que é a soma das cores restantes: o verde, o amarelo, o laranja e o vermelho. — osdois pontos antecedem aposto.410. PUC-RJ Assinale a alternativa em que o uso da vírgula é facultativo (desconsidere a possibilidadede substituir a vírgula por outro sinal).a) “Oh! Como és linda, mulher que passas”.b) “Teus sofrimentos, melancolia”.c) “... filho da nobreza da terra e o maior dos médicos do Brasil, de Portugal e das Espanhas.”d) “D. Evarista mentiu às esperanças do <strong>Dr</strong>. Bacamarte, não lhe deu filhos robustos nemmofinos.”e) “... meteu-se em Itaguaí, e entregou-se de corpo e alma ao estudo da ciência.”GABARITO11. Univali-SC Assinale a opção em que o emprego da vírgula foi corretamente justificado:a) “De qualquer maneira, case-se; se conseguir uma boa esposa, você será feliz; se arranjaruma esposa ruim, você se tornará um filósofo.”Sócrates, filósofo.– as vírgulas foram usadas, respectivamente, para separar um aposto, uma oração adverbialdeslocada e um complemento nominal.b) “Deus é contra a guerra, mas fica ao lado de quem atira bem.”Voltaire, escritor.– a vírgula foi empregada para isolar uma oração subordinada adverbial causal.c) “De um bom elogio, posso viver dois meses.”Mark Twain, escritor.– a vírgula separa um adjunto adnominal deslocado.d) “Devemos ser gratos aos idiotas. Sem eles, o resto de nós não seria bem-sucedido.”Mark Twain, escritor.– a vírgula introduz um aposto oracional.e) “Se você quer que as pessoas pensem que você é muito inteligente, simplesmente concordecom elas.”Provérbio judaico.– a vírgula separa uma oração subordinada adverbial condicional deslocada.IMPRIMIR12. U. E. Londrina-PR Considere as frases abaixo, pontuadas de duas maneiras diferentes.I. Mas, fique claro: usando tanga as brasileiras começavam a se vestir.Mas – fique claro – usando tanga as brasileiras começavam a se vestir.II. As ipanemenses são comparadas às mulheres nativas, que usavam tangas.As ipanemenses são comparadas às mulheres nativas que usavam tangas.III. Em Ipanema a tanga é peça trivial.Em Ipanema, a tanga é peça trivial.Com a mudança de pontuação, houve alteração de sentido:a) somente em I.b) somente em II.c) somente em I e III.d) somente em II e III.e) em I, II e III.VoltarLíngua Portuguesa - PontuaçãoAvançar


13. U. E. Ponta Grossa-PR Assinale as alternativas corretas quanto ao emprego da vírgula.01) Em “Jazia a um canto, arrepiado, morto-vivo”, as vírgulas separam os núcleos doobjeto direto.02) Em “Nenhum de nós teria coragem de sacrificar o pobrezinho, que nos deu tantaalegria”, a vírgula separa uma oração subordinada adjetiva explicativa.04) Em “—Vai, meu bem”, a vírgula isola um vocativo.08) Em “Embebeu de éter a bolinha de algodão, tirou o canário para fora com infinitadelicadeza, aconchegou-o na palma da mão esquerda”, as vírgulas separam oraçõesde igual valor sintático.16) Em “No dia seguinte, pela manhã, a cozinheira foi ajeitar a lata de lixo para o caminhão”,as vírgulas destacam um adjunto adverbial.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.514. Fuvest-SP Está inteiramente clara e correta a redação da seguinte frase:a) Ele sempre acha mais preferível contornar do que enfrentar os problemas, adiando destaforma as soluções em seu aspecto definitivo.b) As coisas que mais nos apegamos costumam ser o alvo predileto de quem nos pretendeatingir justamente sabendo quais são elas.c) Ela foi à casa de sua irmã somente porque a mãe lhe pediu que conversassem, antes queela tomasse uma resolução que já não se pudesse voltar atrás.d) Dos verdes anos da infância, a qual o tempo parece andar tão lentamente, ele guardapercepções tão nítidas que é como se estivessem ainda lá.e) Aspirante à reeleição, o deputado encontra sérias dificuldades para enfrentar a cobrançadas iniciativas que se comprometera a tomar.15. ITA-SP Leia o texto seguinte:“Levantamento inédito com dados da Receita revela quantos são, quanto ganham e no quetrabalham os ricos brasileiros que pagam impostos. (…)Entre os nove que ganham mais de 10 milhões por ano, há cinco empresários, dois empregadosdo setor privado, um que vive de rendas. O outro, quem diria, é servidor público.”Veja, 12/7/2000.a) A ausência de vírgula no trecho em destaque, no primeiro parágrafo, afeta o sentido?Justifique.b) Por que o emprego da vírgula é obrigatório no trecho em destaque, no segundo parágrafo?O que esse trecho permite inferir?GABARITOIMPRIMIR16. UFSC Observe o período abaixo e assinale a(s) proposição(ões) em que o mesmo foireescrito CORRETAMENTE.“… Após quase um século de navegação atlântica, o surgimento dessa gaivota era tidocomo indício de que, muito em breve, algum marinheiro de olhar aguçado haveria degritar a frase mais aguardada pelos homens que se fazem ao mar: ‘Terra à vista!’”(01) O surgimento dessa gaivota era tido, após quase um século de navegação, como indíciode que muito em breve, algum marinheiro de olhar aguçado haveria de gritar:“Terra à vista!”, a frase mais aguardada pelos homens que se fazem ao mar.(02) “Terra à vista!” Algum marinheiro de olhar aguçado haveria de gritar, muito em breve,a frase mais aguardada pelos homens que se fazem ao mar. O surgimento dessa gaivotaera tido como indício de tal fato, após quase um século de navegação atlântica.(04) Após quase um século, de navegação atlântica, o surgimento dessa gaivota era, tidocomo indício de que, muito em breve, algum marinheiro haveria de gritar “Terra àvista”, de olhar aguçado, a frase mais aguardada pelos homens que se fazem ao mar.(08) O surgimento dessa gaivota, após quase um século de navegação atlântica, era tidocomo indício de que, muito em breve, algum marinheiro de olhar, aguçado haveria degritar, a frase, mais aguardada pelos homens que se fazem ao mar: “Terra à vista”.(16) A frase mais aguardada pelos homens que se fazem ao mar é: “Terra à vista!” Após quaseum século de navegação atlântica, o surgimento, dessa gaivota, era tida como indício deque, muito em breve, algum marinheiro de olhar, aguçado, haveria de gritá-la.(32) Após quase um século de navegação, atlântica, o surgimento dessa gaivota era tido,como indício de que muito, em breve, algum marinheiro de olhar aguçado, haveriamde gritar a frase mais aguardada: “Terra à vista!” pelos homens que se fazem, ao mar.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.VoltarLíngua Portuguesa - PontuaçãoAvançar


17. Unipar “Nossos celulares, tem uma coisa que os outros não tem: dupla cobertura.”Na mensagem publicitária acima, percebem-se, segundo as regras da norma culta, erros de:a) regência e pontuação.b) concordância e pontuação.c) flexão verbal e regência.d) regência e ortografia.e) concordância nominal e pontuação.18. UFMT“A disciplina do amor6Foi na França, durante a segunda grande guerra: um jovem tinha um cachorro que todos osdias, pontualmente, ia esperá-lo voltar do trabalho. Postava-se na esquina, um pouco antes dasseis da tarde. Assim que via o dono, ia correndo ao seu encontro e, na maior alegria, acompanhava-ocom seu passinho saltitante de volta a casa. A vila inteira já conhecia o cachorro e as pessoasque passavam faziam-lhe festinhas e ele correspondia, chegava a correr todo animado atrás dosmais íntimos. Para logo voltar atento ao seu posto e ali ficar sentado até o momento em que seudono apontava lá longe. Mas eu avisei que o tempo era de guerra, o jovem foi convocado. Pensaque o cachorro desistiu de esperá-lo? Continuou a ir diariamente até a esquina, fixo o olharansioso naquele único ponto, a orelha em pé, atenta ao menor ruído que pudesse indicar apresença do dono bem-amado. Assim que anoitecia, ele voltava para casa e levava sua vida normalde cachorro até chegar o dia seguinte. Então, disciplinadamente, como se tivesse um relógiopreso à pata, voltava ao seu ponto de espera. O jovem morreu num bombardeio, mas no pequenocoração do cachorro não morreu a esperança. Quiseram prendê-lo, distraí-lo. Tudo em vão. Quandoia chegando aquela hora ele disparava para o compromisso assumido, todos os dias. Com opassar dos anos (a memória dos homens!) as pessoas foram esquecendo do jovem soldado quenão voltou. Casou-se a noiva com um primo. Os familiares voltaram-se para outros familiares. Osamigos, para outros amigos. Só o cachorro já velhíssimo (era jovem quando o jovem partiu) continuoua esperá-lo na sua esquina. As pessoas estranhavam, mas quem esse cachorro está esperando?…Uma tarde (era inverno) ele lá ficou, o focinho voltado para aquela direção.”Lygia Fagundes Telles.GABARITOIMPRIMIRDe acordo com o texto, julgue as afirmativas abaixo como verdadeiras ou falsas:( ) A última frase do texto retrata a continuidade da espera por parte do animal.( ) Os parênteses usados no texto têm a função de explicar o ponto de vista da autorasobre a história.( ) Em “Os amigos, para outros amigos.”, a vírgula marca elipse de uma forma verbal.19. UEMS Relacione as regras do primeiro bloco com o emprego da vírgula no segundobloco:I. Usa-se a vírgula para separar as conjunções deslocadas.II. Separa-se por vírgula o aposto.III. O vocativo deve vir separado por vírgula.IV. O adjunto adverbial deslocado é marcado por vírgula.V. Usa-se a vírgula para separar termos de mesma função sintática.a) Colega, já é hora de darmos o fora. ( )b) Veja estampou na capa o líder do MST, João Pedro Stedile, com uma expressão nadaamigável. ( )c) Em junho de 1998, Veja pintou um retrato bem mais realista dos Sem-Terra. ( )d) Polícia para os Pataxós, polícia para os Sem-Terra, … polícia para todos os que sãocontra. ( )e) … o MST, porém, há de contentar-se com o país que temos. ( )A seqüência numérica que responde corretamente o exercício acima é:a) II, III, IV, V, I. d) III, II, IV, I, V.b) III, II, IV, V, I. e) I, II, IV, V, III.c) IV, III, II, V, I.VoltarLíngua Portuguesa - PontuaçãoAvançar


20. Unifor-CE“Não conservo notas: algumas que tomei foram inutilizadas...”“Repugnava-me deformá-las, dar-lhes pseudônimo, fazer do livro uma espécie de romance...”“... por falta de liberdade — talvez ingênuo recurso de justificar inépcia ou preguiça.”Observe as afirmativas que se seguem, em relação aos sinais de pontuação das frasesacima.I. Os dois pontos podem ser corretamente substituídos por ponto-e-vírgula.II. As vírgulas separam orações de mesmo valor sintático.III. O travessão pode ser corretamente substituído por uma vírgula, sem alteração do sentido.Dentre essas afirmativas,a) somente I está correta.b) somente III está correta.c) somente I e II estão corretas.d) somente II e III estão corretas.e) I, II e III estão corretas.721. U. Potiguar-RN Em “Literariamente: o contista explora no discurso ficcional...”, os doispontos foram usados para:a) dar início a uma citação textual.b) dar início a uma explicação.c) indicar mudança de interlocutor.d) substituir intencionalmente a conjunção “porque”.GABARITO22. U. Salvador-BAI. “Uma vez, entrando numa loja para comprar uma gravata, tive de repente um ataquede pudor, me surpreendendo, assim, a escolher um pano colorido para amarrar nopescoço.”II. “Precisamos de uma casa, comida, uma simples mulher, que mais?”III. “Antes eu tomava a água fresca da talha, e a água era boa.”IV. “E quando precisava de um pouco de evasão, meu trago de cachaça.”V. “Que calor bom em tomar aquela cachaça e ficar algum tempo a conversar, entregrilos e vozes distantes de animais noturnos.”Sobre o emprego da vírgula nos textos é correto afirmar:a) As vírgulas de I separam uma oração adjetiva.b) As vírgulas de II separam termos de função sintática diferente.c) A vírgula de III separa orações assindéticas com o mesmo sujeito.d) A vírgula de IV indica elipse do verbo.e) A vírgula de V isola um aposto.23. U. E. Londrina-PR As aspas usadas em:IMPRIMIR“‘Cerveja é amizade, confraternização e descontração, enfim, valores muito próximos de nósbrasileiros’, define Marcos Mesquita.”têm a função de:a) Enfatizar idéias importantes.b) Isolar informações intercaladas.c) Insinuar que as palavras estão sendo usadas em outro sentido.d) Delimitar expressões de origem estrangeira.e) Marcar discurso direto.VoltarLíngua Portuguesa - PontuaçãoAvançar


24. Univali-SC“A literatura sempre antecipa a vida. Não a copia, amolda-a aos seus desígnios.”Oscar Wilde, 1854-1900.“Uma vasta memória não faz um filósofo, assim como a um dicionário não se pode dar o nomede gramática.”J. Henry Newman, 1801-1890.“Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende.”João Guimarães Rosa, 1908-1967.8O uso da vírgula nas citações acima está correto e, respectivamente, justificado na alternativa:a) Para separar orações subordinadas substantivas, orações de mesma função sintática eorações adjetivas explicativas.b) Para separar orações coordenadas assindéticas, orações subordinadas e orações coordenadassindéticas adversativas (no caso, adversativa).c) Para separar orações coordenadas sindéticas, orações subordinadas antepostas à principale orações coordenadas sindéticas aditivas.d) Para separar orações coordenadas, orações subordinadas antepostas e termos de mesmafunção sintática.e) Para separar orações coordenadas sindéticas aditivas, orações coordenadas de mesmafunção sintática e orações adjetivas restritivas.25. Fuvest-SP Em “A explosão dos computadores pessoais, as “infovias”, as grandes redes —a Internet e a World Wide Web — atropelaram o mundo.” Jornal do Brasil. 13/02/96. Asaspas foram usadas em “infovias” pela mesma razão por que foram usadas em:a) Mesmo quando a punição foi confirmada, o “Alemão”, seu apelido no Grêmio, nãoesmoreceu.b) … fica fácil entender por que há cada vez mais pessoas preconizando a “fujimorização”do Brasil.c) O Paralamas, que normalmente sai “carregado” de prêmios, só venceu em edição.d) A renda média “per capita” da América Latina baixou para 25% em 1995.e) A torcida gritava “olé” a cada toque de seus jogadores.GABARITOIMPRIMIR26. Univali-SC Os pensamentos a seguir foram retirados de 600 pensamentos escolhidos,compilados por Eduardo de Alencar, Nova Letra, 1999. Identifique em qual opção a justificativado uso da vírgula está correto:a) “O homem, que se vende, recebe sempre mais do que vale.” – Barão de Itararé.(anteceder conjunções coordenativas);b) “A mais árdua tarefa das crianças, hoje em dia, é aprender boas maneiras sem ver nenhuma.”– Fred Astaire.(separar elementos de mesma função sintática);c) “Somos feitos de carne, mas temos de viver como se fôssemos de ferro.” – SigmundFreud.(isolar termos e expressões explicativas);d) “O pessimismo vem do humor. O otimismo, da vontade.” – Émile Auguste Chartier.(marcar a omissão do verbo);e) “Não é verdadeiramente o corpo que vive e luta e sim o espírito que traz a valentia, oheroísmo e abnegação dentro da essência para vencer o seu destino e cumprir a suamissão.” –Antônio Pousada.(separar elementos intercalados ou antepostos).VoltarLíngua Portuguesa - PontuaçãoAvançar


27. Univali-SC Identifique a opção correta quanto ao uso da pontuação nos trechos retiradosde jornais de circulação regional:a) Os crentes no caos, não têm dúvidas: o fim está próximo.b) Leis, leis para quê? Leis para não serem cumpridas.c) Alguns deles, têm uma profissão distinta, mas assumem dupla jornada…d) Voltado para a espiritualidade os dois ambientes do decorador Erico Luiz transmitem,espaço, aconchego, tranqüilidade onde o equilíbrio das formas e materiais foram fundamentais.e) Para a Oktoberfest desse ano ela criou a Oma (vó em alemão) e o Opa (vô em alemão)que servem para enfeitar a estante ou para segurar a porta. Mas ela não esquece daFridas, em seus vestidos cheios de renda.9GABARITOIMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - PontuaçãoAvançar


LÍNGUA PORTUGUESAPONTUAÇÃO1GABARITOIMPRIMIR1. F-V-F-V-V2. O termo que deveria estar entre vírgulas é “porém”. Como a conjunção adverbial foi deslocadapara o interior da frase, deve estar entre vírgulas.3. B4. F-F-F-F5. E6. D7. E8. D9. A10. E11. E12. B13. 3014. E15. a) Sim, a presença ou ausência de vírgulas no trecho afeta o sentido. Como está, ou seja,sem vírgulas, entende-se que nem todos os brasileiros ricos pagam impostos; trata-se deuma oração adjetiva restritiva.Se houvesse uma vírgula após brasileiros (“os ricos brasileiros, que pagam impostos”) aoração seria adjetiva explicativa, ou seja, entenderia-se que todos os brasileiros ricos pagamimpostos.b) Trata-se de uma informação exterior à informação básica do texto, uma interferência dequem o escreveu. Por isso, está intercalada, ironizando o que está sendo dito.16. 0217. B18. F-F-V19. B20. E21. B22. D23. E24. B25. B26. D27. BVoltarLíngua Portuguesa - PontuaçãoAvançar


LÍNGUA PORTUGUESACONCORDÂNCIAE REGÊNCIA11. UFMS-Modificada Assinale a(s) alternativa(s) correta(s).(01) De acordo com a norma culta, tanto em Chega um momento que você pára de acreditar…quanto em Tem um momento que você percebe…, o pronome relativo que deveriater vindo acompanhado da preposição em.(02) O uso de ter (no exemplo acima), impessoal, por haver, existir, é muito comum nafala diária, embora não seja recomendado pela gramática normativa, que regulamentaa norma culta.(04) Em pára (mesmo exemplo) o acento diferencial foi usado por ser essa forma verbaluma palavra paroxítona, ao contrário da preposição para.(08) Em homens de verdade e sapatinho de cristal as locuções adjetivas em negrito podemser substituídas, respectivamente, por verdadeiros e cristalino, sem que hajaqualquer alteração de sentido.(16) Os verbos acreditar, exigir e perceber possuem a mesma regência verbal.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.2. UnB-DF“As vantagens do esporteGABARITOIMPRIMIRNos primeiros sinais de calor, um grande número de pessoas começa uma luta contra a balança.Todos querem perder as calorias acumuladas durante o inverno e se esquecem dos reais benefíciosde ter um corpo em forma. A principal razão para começar um programa de atividades físicas émelhorar a saúde e o condicionamento físico.Quem busca modificar seu corpo, diminuindo o excesso de gordura e tonificando os músculos,necessita de um planejamento de exercícios com regularidade e intensidade suficientes para geraralterações fisiológicas. Um plano de atividades físicas, além de visar ao bem-estar orgânico, devedeixar o praticante emocionalmente satisfeito e mais disposto. Para tanto, é preciso procurar umprofissional habilitado, que irá fazer uma avaliação da pessoa e indicar qual é o esporte ideal para ela.O indivíduo com o hábito de fazer exercícios tem muito mais vigor para realizar as atividades davida diária. Subir escadas, correr para alcançar o ônibus ou simplesmente varrer a casa podem setornar tarefas menos desgastantes para aqueles que têm um bom condicionamento físico.”Zero Hora, 16/9/2000.Julgue os itens seguintes, considerando as relações morfossintáticas e semânticas do textoacima.( ) De acordo com o texto, as razões para se querer fazer exercícios nos “primeiros sinaisde calor” são modificar o corpo, emagrecer ou tonificar os músculos.( ) A transformação de “e se esquecem dos reais benefícios de ter um corpo em forma”para e esquecem os reais benefícios de ter um corpo em forma respeita as regras deregência verbal.( ) O primeiro período do segundo parágrafo estará gramaticalmente correto e manteráas mesmas relações de idéias do texto original se for assim reescrito: Aquele quebusca modificar o seu corpo pela diminuição do excesso de gordura e pela tonificaçãodos músculos necessita de um planejamento de exercícios regulares eintensos o suficiente para gerar alterações fisiológicas.( ) O predicado “deve deixar o praticante emocionalmente satisfeito e mais disposto”tem a mesma estrutura sintática de “podem se tornar tarefas menos desgastantes”.VoltarLíngua Portuguesa - Concordância e regênciaAvançar


23. UFMS Dentre os itens que seguem, qual(is) NÃO está(ão) correto(s)?(01) Tanto em A repetência é o maior problema dos educadores, mas parece que pouco sefaz para combatê-la (Nova Escola, nov. 2000, p. 17) quanto em As unhas devem sercortadas em formato quadrado para evitar que encravem. (Atrevida, nov. 2000, p.103) observamos a presença da voz passiva.(02) O sentido da frase Só nas Casas Bahia tem TV Mitsubishi com garantia até 2006(Folha de S. Paulo, 03/11/00, p. A7) não se altera se deslocarmos o advérbio só paraantes do verbo.(04) O enunciado Os canais Telecine ganham novo logotipo mas mantém a qualidade desempre quando o assunto é cinema (Guia de Programação Net, nov. 2000, p. 22)apresenta um erro de concordância verbal.(08) Em É proibida a entrada de menores de 18 anos, mesmo acompanhados dos pais ouresponsáveis (Isto é, 04/10/00), o uso alternativo da expressão é proibido não acarretanecessariamente mudanças no restante da frase.(16) Em todas as frases abaixo retiradas da revista Você (out. 2000), as palavras em negritoestão corretamente empregadas:Por que parou? Parou por quê?Se você pensa que o futuro está distante é porque não conheceu a Seasul.Isso é muito bom para você. Saiba por quê.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.4. U.Católica de Brasília-DF“Cena IVCarlos entra pelo fundo, apressado; traz o hábito roto e sujo.Carlos — Não há grades que me prendam, nem muros que me retenham. Arrombei grades,saltei muros e eis-me aqui de novo. E lá deixei parte do hábito, esfolei os joelhos e as mãos. Estouem belo estado! Ora, para que ateimam comigo? Por fim lanço fogo ao convento e morrem todosos frades assados, e depois queixem-se. Estou no meu antigo quarto, ninguém me viu entrar. Ah,que cama é esta? É a da tia… Estará… Ah, é ela… e dorme… mudou de quarto? O que se terápassado nesta casa há oito dias? Estive preso, incomunicável, a pão e água. Ah, frades! Nada sei.O que será feito da primeira mulher do senhor meu tio, desse grande patife? Onde estará aprima? Como dorme! Ronca que é um regalo! (Batem palmas) Batem! Serão eles, não tem dúvida.Eu acabo por matar um frade…”GABARITOIMPRIMIR( ) Em “E lá deixei parte do hábito, esfolei os joelhos e as mãos.” é correto afirmar queo advérbio lá introduz um sentido de espaço referente a grades e muros, que, metonimicamente,representa o convento.( ) Pela leitura do texto, não é possível afirmar se o tio, a quem a personagem se refere,é marido ou irmão da tia que está dormindo, pois não existe nenhum elemento quepermita tal inferência.( ) “Estou em belo estado!” Essa frase exclamativa indica que a personagem está sesentindo bem, por estar de volta a seu quarto e por haver conseguido arrombar gradese saltar muros.( ) De acordo com as normas propostas pela gramática normativa para o uso dos pronomesoblíquos, advérbios são palavras atrativas. Assim, “… e depois queixem-se.”, talcomo aparece no texto, estaria correto, de acordo com a gramática normativa, sefossem assim escrito: … e depois se queixem.( ) O sujeito das frases “Como dorme!” e “Ronca que é um regalo!” está expresso peladesinência verbal que estabelece coerência, textualmente, pela coesão referencial coma palavra tia.( ) O verbo ser, usado no futuro do presente do indicativo na frase “Serão eles, não temdúvida.”, poderia, sem provocar alteração de sentido, ser usado no presente do indicativo.VoltarLíngua Portuguesa - Concordância e regênciaAvançar


5. UFPE Assinale a alternativa em que a norma de concordância, verbal e nominal, foi inteiramenterespeitada.a) A rejeição à idéia de inferioridade ou de submissão leva boa parte das pessoas que sepreocupam com a questão dos empréstimos lingüísticos a exigirem um posicionamentodas autoridades.b) Se, em um país, existe, realmente, fatores de diferenciação que interfere na língua,existe também elementos de unificação com o objetivo de preservá-la.c) O interesse do Brasil, como o de Portugal, é de que hajam resistências naturais aosmodismos e aos empréstimos lingüísticos.d) Aos termos regionais faltam força para atravessarem as fronteiras dos locais em que sãoempregados.e) O número de termos regionais cresceram bastantes, mas, por não haverem sido bemaceitos, não se incorporaram à língua nacional.36. UFSE No que se refere à concordância, o termo grifado está empregado corretamente em:a) As leis do futebol, que sofrem controle da CBF, é reticente em alguns pontos.b) A obtenção do título de campeão do futebol é tido como justificativa para certas atitudesindesejáveis.c) Quando se trata de reportagem que se sujeita à avaliação da torcida, os jogadores ficamtemerosos.d) A publicação dos códigos de ética específicos de cada modalidade esportiva dependemda verba disponível.e) O técnico afirma que não tem idéia das penalidades legais ao qual está sujeito.7. Unifor-CE As lacunas da frase “... que ...... no bolso da camisa muitos computadores”estão corretamente preenchidas em:a) Consta – haverá de caberb) Constam – haverão de caberemc) Constam – haverão de caberd) Consta – haverá de cabereme) Consta – haverão de caberGABARITO8. Unifor-CE As lacunas da frase“Viemos ...... , Senhor Presidente, pelo ..... sucesso com as medidas que ..... tomando paracoibir atos de violência.”a) cumprimentar-vos – vosso – vindesb) cumprimentar-vos – seu – vemc) cumprimentá-lo – vosso – vinded) cumprimentá-lo – vosso – veme) cumprimentá-lo – seu – vemIMPRIMIR9. F. I. de Vitória-ES Observe a concordância de cada período.I. “Os que não sabem alemão temos o maior respeito por essa língua”.II. Informamos-lhes que, em anexo, seguem as duplicatas conforme a sua solicitação.III. Já vão fazer duas semanas que os soldados partiram.IV. Para Dulcinéia deveria restar alguns trocados e um lanche apetitoso.A seqüência que contém apenas frases corretas é:a) I e II.b) I e III.c) II e IV.d) III e IV.e) II e III.VoltarLíngua Portuguesa - Concordância e regênciaAvançar


10. F. I. de Vitória-ES Assinale o item em que a concordância nominal é inadequada, segundoa norma culta:a) O homem e a mulher atenciosos conquistam as pessoas.b) A primeira e a segunda séries farão prova final.c) Os problemas da prova foram o mais fáceis possível.d) Aquelas meninas são tal qual a mãe delas.e) Belo relógio e pulseira ganhei no Natal.11. Emescam-ES A uniformidade de tratamento, exigida pela norma culta, não está respeitadaem:a) Quando vieres, certamente ficará muito feliz com a beleza de nossa cidade e a simpatiado nosso povo. Seja bem-vindo!b) Venha o mais rápido possível, e eu o apresentarei aos nossos amigos.c) Não tenhas receio; vem rápido!d) Não se preocupe com possíveis assaltos; mas, caso eles ocorram, não reaja.e) Faça boa viagem; venha descansada.412. Emescam-ES O princípio da concordância nominal não foi levado em consideração em:a) Os governantes, infelizmente, se esquecem de que eles próprios são povo.b) Cuidado, embora possam parecer, elas não são nenhumas doidas.c) Fiquem alertas, porque nem sempre as promessas são cumpridas.d) Não se preocupe, Joana mesma fará a comunicação oficial.e) A encomenda, com alguns bilhetes anexos, foi enviada ontem de manhã.GABARITOIMPRIMIR13. PUC-PR Se passarmos a palavra destacada de cada frase abaixo para o singular:I. Novos programas oferecem viagens à fronteira do espaço e às profundezas do oceano.II. Os presos podem receber suas mulheres... enquanto seus companheiros respeitamreligiosamente o encontro dos “pombinhos”.III. Os detentos pagam dívidas em maços de cigarros, freqüentam igrejas...IV. As paredes da casa de detenção, como se pode supor, têm ouvidos.V. Os presos encontram diversas maneiras de driblar o baixo-astral que reina na casa dadetenção.Devem ser modificadas, além da destacada, para que se faça a concordância (nominal everbal) de forma correta:I. na frase I, mais duas palavras.II. na frase II, mais quatro palavras.III. na frase III, mais cinco palavras.IV. na frase IV, mais três palavras.V. na frase V, mais duas palavras.Estão corretas:a) apenas I, II e V.b) apenas I, II, III e V.c) apenas I, II, IV e V.d) apenas II, III, IV e V.e) todas.VoltarLíngua Portuguesa - Concordância e regênciaAvançar


14. U. F. Pelotas-RS Observe o texto abaixo:“FOLGA PARA FAZER O EXAMEFoi aprovado na Câmara e segue para o Senado estudo que prevê a falta ao trabalho, um diapor ano, para realizar o exame preventivo de câncer ginecológico.”Revista Cláudia, novembro 2000, p. 48 – adaptado.Reescreva esse fragmento, colocando a palavra destacada no plural e fazendo as adaptaçõesnecessárias.15. Unipar Hoje ........ com absoluta segurança que dois terços do planeta ......... de água, masantigamente nem 1% da população ......... esse fato.a) sabem-se, são cobertos, conhecia.b) sabe-se, é cobertos, conhecia.c) sabe-se, é coberto, conheciam.d) sabem-se, são cobertos, conheciam.e) sabe-se, são cobertos, conhecia.516. U. Caxias do Sul-RS“Além da ImaginaçãoRicardo VillelaImagine-se livre da força da gravidade, flutuando sem peso algum, com os pés no teto e acabeça rente ao piso do avião. Ou no mar, a bordo de um submersível, a 180 metros de profundidade,rodeado por tubarões pré-históricos. Se a emoção ainda é pouca, embarque no mais velozjato da Força Aérea Russa, numa velocidade mais de duas vezes superior à do som, e aviste acurvatura da Terra pela janela. Até há algum tempo, aventuras desse calibre eram exclusividade decientistas, militares ou astronautas. Hoje, qualquer pessoa com alguma coragem e muito dinheirono bolso pode embarcar nesse tipo de programa, que não deixa nada a dever aos filmes de ação.Assessoradas por profissionais experientes ou mesmo associadas a agências governamentais depesquisa, empresas de turismo criaram pacotes com viagens incríveis.”Veja, 26-09-98.GABARITOSe substituíssemos se por te,a) nenhuma das formas verbais do texto precisaria obrigatoriamente de ajuste.b) uma das formas verbais do texto precisaria obrigatoriamente de ajuste.c) duas das formas verbais do texto precisariam obrigatoriamente de ajuste.d) três das formas verbais do texto precisariam obrigatoriamente de ajuste.e) quatro das formas verbais do texto precisariam obrigatoriamente de ajuste.IMPRIMIR17. UFRS Em “Tudo isso parece exagerado e, no Brasil, é apresentado como ridículo”, sesubstituíssemos a expressão Tudo isso por Esses fatos, quantas outras palavras da fraseteriam de sofrer ajustes de concordância?a) Uma.b) Duas.c) Três.d) Quatro.e) Cinco.VoltarLíngua Portuguesa - Concordância e regênciaAvançar


618. PUC-RJ O uso da expressão “a gente” em “A gente melhora bastante o sofrimento daspessoas que estão atingidas mentalmente” confere à passagem um tom coloquial, queseria provavelmente considerado inadequado em um texto escrito mais formal, como umartigo científico.As frases abaixo constituem exemplos de construções bastante comuns no português falado,que não poderiam figurar em textos escritos formais, não só porque, como no casoacima, marcam coloquialismo, mas também porque são vistas como erros ou desvios danorma culta padrão. Marque a opção em que essas construções são, respectivamente, substituídaspor outras, adequadas à escrita formal.I. Tinha muito menos loucos no século passado.II. O tratamento que os doentes mais gostam é o que não envolve internação.III. Nos surpreendemos quando descobrimos a lucidez de alguns loucos.IV. Desconfiamos muito dos loucos; entender eles é um passo importante para lidar como problema.a) Havia – de que – Surpreendemos-nos – entender-lhes.b) Havia – com que –Surpreendemo-nos – entender-lhes.c) Havia – de que – Surpreendemo-nos – entendê-los.d) Haviam – com que – Surpreendemos-nos – entender-lhes.e) Haviam – de que – Surpreendemo-nos – entendê-los.19. UFF-RJ “É um refugo consciente da casa-grande e da senzala, o opositor de uma e deoutra, criando a sua própria vereda mas sem esquecer o ressentimento social do qual seafastou e contra o qual procura lutar”.A variação no emprego da preposição com o pronome o qual, no fragmento acima, devesea um fato lingüístico de:a) aspecto verbal.b) sintaxe de regência.c) flexão nominal.d) sintaxe de concordância.e) flexão verbal.GABARITOIMPRIMIR20. PUC-RS A pluralização da expressão em destaque acarretaria outras alterações na fraseda alternativa:a) Pode ainda haver no Brasil cidadão favorável à censura?b) Durante o debate sobre a ética nos meios de comunicação, não se chegou à proposta ideal.c) Houvesse ou não reclamação do público, o programa seria exibido.d) Já faz um mês que a concorrência entre as emissoras piorou.e) Permite-se às emissoras qualquer estratégia para a conquista da audiência.21. U. E. Londrina-PR Observe as frases:I. Quanto mais pessoas houverem a desenvolver essa idéia, mais chances terá a nação deprosperar.II. Não há dúvidas que fatores clássicos, como o acesso à recursos naturais são importantes.III. As outras religiões monoteístas, incluindo o judaísmo, faz da pobreza uma virtude.IV. A política favorece aqueles que conseguem parecer bons, mesmo que não o sejam.V. No que diz respeito à promoção de oportunidades para todos, o capitalismo está muitoà frente de todas as outras formas de organização.Estão de acordo com a norma culta:a) Apenas I e III.b) Apenas II e IV.c) Apenas IV e V.d) Apenas II e III.e) Apenas II, III e V.VoltarLíngua Portuguesa - Concordância e regênciaAvançar


22. Univali-SC Em um dos provérbios a seguir, há problema de concordância. Identifique-o.a) “Quem não quer ser lobo, não lhe vista a pele.”b) “Escreve as injúrias na areia e grava os benefícios no mármore.”c) “Sede de preferência, pedreiro, se é para isso que tendes habilidade.”d) “Matamos o tempo; o tempo nos enterra.”e) “Crê em ti; mas nem sempre duvida dos outros.”23. PUC-PR Considere estas orações:I. Uma grande parte de seus desenhos se extraviaram.II. Agradam a todos a pintura e a cenografia de Santa Rosa.III. Essa é uma das pinturas que mais chocaram os seus contemporâneos.Sem nenhum erro contra a gramática, poderia aparecer no singular:a) apenas o verbo de I e o de II.b) apenas o verbo de I e o de III.c) cada um dos três verbos.d) apenas o verbo de II e o de III.e) nenhum dos três verbos.724. PUC/Campinas-SP Quanto à concordância, a frase inteiramente correta é:a) Supõem-se que as notícias de jornal correspondem à objetividade que está nos fatos,mas logo salta aos olhos as interferências de quem os colheu, de quem redigiu e dequem editou a matéria.b) Quaisquer notícias, em qualquer meio de comunicação, traz consigo a marca subjetiva de umângulo adotado, determinante para que se interprete os fatos desta e não daquela maneira.c) O prestígio das palavras impressas não raro dotam as notícias de uma aparência deverdade tão indiscutível que a veracidade dos próprios fatos fica num segundo plano.d) Dar como verdadeiro, num noticiário, toda e qualquer informação divulgada, é renunciarà análise e interpretação própria — operações a que não se devem furtar.e) Não se abra mão de bem avaliar, nas notícias, os interesses de quem as propaga já quepor trás da suposta objetividade do noticiário atuam as intenções de quem as manipula.GABARITOIMPRIMIR25. Fuvest-SP A única frase que NÃO apresenta desvio em relação à concordância verbalrecomendada pela norma culta é:a) A lista brasileira de sítios arqueológicos, uma vez aceita pela Unesco, aumenta as chancesde preservação e sustentação por meio do ecoturismo.b) Nenhum dos parlamentares que vinham defendendo o colega nos últimos dias inscreveram-separa falar durante os trabalhos de ontem.c) Segundo a assessoria, o problema do atraso foi resolvido em pouco mais de uma hora,e quem faria conexão para outros Estados foram alojados em hotéis de Campinas.d) Eles aprendem a andar com a bengala longa, o equipamento que os auxilia a ir e vir deonde estiver para onde entender.e) Mas foram nas montagens do Kirov que ele conquistou fama, especialmente na cena“Reino das Sombras”, o ponto alto desse trabalho.26. PUC/Campinas-SP A frase em que a concordância está de acordo com o padrão cultoescrito é:a) O povo daquela cidade ribeirinha, diante da previsão de enchente, mobilizaram-se nosentido de reforçar os diques recém-construídos.b) A principal associação que temos neste bairro também defendem a abertura das escolasno fim-de-semana para o lazer das crianças.c) Não sei como aquela gente é tão receptiva, vivendo numa região tão inóspita e carentede qualquer apoio estatal.d) O grupo escolhido para apresentar o projeto foram tão bem sucedidos que o técnicoaprovou o início dos trabalhos.e) Com relação àquele minúsculo exército que lhe destruíram as roseiras em poucas horas,nada havia a fazer senão admirar sua organização.VoltarLíngua Portuguesa - Concordância e regênciaAvançar


827. UFMS Em que alternativa(s) as duas frases estão de acordo com a norma culta quanto àconcordância (item a) e quanto à regência (item b)?(01) a - “Com a estabilização da moeda, vieram a melhor distribuição de renda, a estabilidadedos preços e novos investimentos para o Brasil.”Viaje Bem, nº 11, p. 15.b - “Informamos os senhores condôminos que a reunião foi adiada para o próximosábado, às 14 horas.”Aviso afixado em elevador.(02) a - “Os engarrafamentos nos horários de pico são inevitáveis, mas causa transtornose leva o perigo para os demais veículos leves e pedestres.”Correio do Estado, 16/09/98, p. 10.b - “Depois de ligar (a televisão), comece a assistir um grande show de qualidade.”Ícaro, nº 165, p. 99.(04) a - “Só os Canais Globosat têm o que os Canais Globosat têm. E quem não tem, tem que ter.”Época, 07/09/98, p. 10.b - “Nos dias que correm, com a Justiça cada vez mais favorável às mulheres, o fimdo casamento pode significar também o fim de uma empresa.”Exame, 09/09/98, p. 124.(08) a - “Diante do quadro atual das campanhas políticas, é necessária muita prudênciaantes de decidir em quem se vai votar.”Propaganda política.b - “As raízes dos seus cabelos acabaram de ser fecundadas e agora vão dar à luz umbrilho orgânico, até as pontas.”Caras, 07/08/98.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.28. UFMS O anúncio que segue apresenta vários desvios em relação à norma culta, principalmentena sua modalidade escrita. Leia-o com atenção.“TENS PROBLEMAS?A solução está em suas mãos. Caro Leitor, estás desiludido, desanimado, desorientado, tenscaso íntimo à resolver, muita inveja, mau olhado no amor, nos negócios, no seu trabalho, tensamor não correspondido, ou rompido, fazer voltar alguém à sua companhia ou qualquer assuntolhe preocupe. Pode ser um mal espiritual e você não sabe. Tire um tempo para você mesmo, façaagora mesmo sua consulta com a PROFª BEATRIZ (a mais célebre da América do Sul), em apenasuma consulta de poucos minutos a PROFª BEATRIZ através de Búzios e Tarô (cientista em grafologiae astrologia), ela lhe dará a solução dos seus problemas, e depois você verá a vida de outramaneira porque a vida é boa, mas às vezes pessoas atrapalham a nossa vida.JOGA-SE BÚZIOS E TARÔ.”GABARITOIMPRIMIREm qual(is) alternativa(s) o comentário que acompanha as palavras ou frases transcritasdo texto está correto?(01) “Caro Leitor, (…) tens caso íntimo à resolver (…)”.— A crase foi usada indevidamente.(02) “Mau olhado” e “mal espiritual”— O emprego do par mau/mal está invertido. O certo, portanto, seria mal-olhado emau espiritual.(04) “… tens amor não correspondido, ou rompido (…). Pode ser um mal espiritual evocê não sabe.”— Há mistura de 2ª e 3ª pessoa, além de flexão incorreta do verbo ter no imperativoafirmativo.(08) “Tire um tempo para você mesmo…”— A utilização equivocada de mesmo junto ao pronome pessoal provoca redundânciade sentido, prejudicando a compreensão das idéias.(16) “… ou qualquer assunto lhe preocupe.”— O verbo preocupar, por ser transitivo direto, não admite o lhe.(32) “Búzios” e “cientista”— As duas palavras não deveriam ser acentuadas porque são paroxítonas.(64) “Joga-se búzios e tarô.”— Há concordância inadequada do verbo com o sujeito composto.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.VoltarLíngua Portuguesa - Concordância e regênciaAvançar


Texto para a questão 29:“Carta9Pero Vaz de Caminha1 Esta terra, Senhor, parece-me que, da ponta que mais contra o sul vimos,2 até outra ponta que contra o norte vem, de que nós deste porto houvemos vista,3 será tamanho, que haver nela, bem vinte ou vinte e cinco léguas de costa. Traz ao4 longo do mar em algumas partes longas barreiras, umas vermelhas e outras5 brancas; e a terra de cima, toda chã e muito cheia de grandes arvoredos. De ponta a6 ponta, é toda a praia muito chã e muito formosa. Pelo sertão, nos pareceu vista do7 mar, muito grande; porque a estender olhos, não podíamos ver, senão terra e8 arvoredos — terra que nos parecia muito extensa. Até agora não pudemos saber se9 há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal ou ferro, nem lha vimos. Contudo a10 terra em si é de muito bons ares frescos e temperados como o de Entre-Douro-e-11 Minho, porque neste tempo de agora assim os achávamos como os de lá. Águas são12 muitas, infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo a aproveitar, dar-se-á nela13 tudo, por causa das águas que tem! Contudo, o melhor fruto que dela se pode tirar,14 parece-me que será salvar esta gente, e esta deve ser a principal semente que Vossa15 Alteza em ela deve lançar. E que não houvesse mais do que ter Vossa Alteza aqui16 esta pousada para esta navegação de Calicute bastava; quanto mais disposição17 para se nela cumprir e fazer o que Vossa Alteza tanto deseja, a saber,18 acrescentamento da nossa fé! E desta maneira, dou aqui a Vossa Alteza conta do19 que nesta Vossa terra vi. E se a um pouco alonguei, Ela me perdoe, porque o desejo20 que tinha de Vos tudo dizer, mo fez pôr assim pelo miúdo. É pois que, Senhor, é21 certo que tanto neste cargo que me elevo como em outra qualquer coisa que de22 Vossos serviços for, Vossa Alteza há de ser de mim muito bem servida, a Ela peço23 que, por me fazer singular mercê, mande vir da ilha de São Tomé a Jorge Osório,24 meu genro — o que d’Ela receberei em muita mercê. Beijo as mãos de Vossa Alteza.25 Deste Porto Seguro, da Vossa Ilha de Vera Cruz, hoje, sexta-feira, primeiro dia de26 maio de 1500.”GABARITOIMPRIMIR29. AEU-DF Julgue os itens a seguir, em relação à teoria lingüística e aos aspectos gramaticais.( ) A expressão “de mim” (l. 22) é agente da voz passiva.( ) Na realidade, pelo tratamento no texto, a Carta de Caminha não é dirigida diretamenteao rei D. Manuel I (Vossa Majestade), mas à rainha ou a uma princesa, como o“Ela” (l. 19, 22 e 24), o “Vossa Alteza” (l. 15, 17, 18, 22 e 24) e o “muito bemservida” (l. 22) parecem indicar.( ) Na expressão “ponta a ponta” (l. 5 e 6) é facultativo o uso do acento grave indicativoda crase.( ) O trecho “Vossa Alteza em ela deve lançar” (l. 15) poderia, sem erro de concordância,ser assim reescrito: Vossa Alteza em ele deveis lançar.( ) A posição dos pronomes “me” (l. 1) e “nos” (l. 6) em relação ao verbo demonstra quequando não há fator obrigatório de próclise, é facultativa a próclise ou a ênclise dopronome átono.30. Unifor-CE As lacunas da frase“Observe se já ...... funcionando os aparelhos que ...... para a diversão dos jovens.”a) estão – foi programadob) estão – foram programadosc) está – foram programadosd) está – foi programadose) está – foi programadoVoltarLíngua Portuguesa - Concordância e regênciaAvançar


31. Unifor-CE A concordância verbal está inteiramente respeitada na frase:a) Distribuiu-se elementos radioativos a todos os meninos.b) Foram por razões burocráticas que a Virgem e José tiveram de se deslocar.c) Deveram-se às ordens de Herodes a distribuição de elementos radioativos.d) Aos gritos do dono do hotel o casal teve de se afastarem.e) Uma nuvem em forma de cogumelo sucede às reações atômicas.32. Unifor-CE Nas frases que seguem, a concordância está feita com desrespeito à normaculta em:a) Meus amigos estavam ofendidos porque os jornais os chamaram de boas-vidas.b) Alguns homens ricos conseguiram tornar melhor as condições de vida da sociedade emque viviam.c) Foram eles homens que passaram a vida lutando por seus ideais.d) Queixam-se porque as operárias estão mal vestidas, as lavadeiras cheiram a gim, ascostureiras são anêmicas.e) As condições de vida deveriam ser boas para todos; o que é insultuoso é que elas osejam apenas para alguns.1033. Unifor-CE A concordância está feita de acordo com a norma culta em:a) Existe escritores que deixam de escrever por preguiça ou, até mesmo, por falta detalento.b) Essas narrativas ia-me parecendo cada vez mais difícil.c) Naquela época de opressão censurava-se quaisquer vestígios de opinião contrária à lei.d) Havia algumas notas que foram inutilizadas.e) Um ou outro escritor pode desfrutarem de liberdade completa para escrever suas obras.34. Unifor-CE Nas frases, em relação à concordância, há transgressão da norma culta em:a) Trata-se de interesses ligados ao acervo dos museus.b) Consideram-se questões concernentes ao culto da arte.c) Os museus são monumentos; convém conservá-los.d) São convenientes medidas favoráveis à valorização dos museus.e) Seria inevitável as visitas obrigatórias aos museus.GABARITO35. UFMG Em todas as alternativas, os trechos citados rompem com a norma escrita culta doportuguês do Brasil, exceto em:a) À noite caçava seu de-comer nas grotas. (Manoel de Barros)b) Em tanto que se esquisitou. (Guimarães Rosa)c) Eu fui avuando. (Carolina Maria de Jesus)d) Faz três dias que não como. (Mário de Andrade)IMPRIMIR36. F. I. de Vitória-ES Assinale o único item em que a concordância verbal é adequada, segundoa norma culta:a) Aviso aos leitores em débito: favor dirigirem-se à biblioteca.b) Nunca se leu tantos livros nesse país.c) Os Lusíadas, de Camões, conta a história de Portugal.d) Os Estados Unidos não vai atacar a Iugoslávia.e) Não se puderam resolver tais problemas.VoltarLíngua Portuguesa - Concordância e regênciaAvançar


37. UFR-RJ “Sem nenhum laranjais”Tendo em vista a norma culta escrita, o verso acima contém erro de:a) concordância.b) regência.c) colocação pronominal.d) ortografia.e) pontuação.38. UFRS Texto para a questão:11“No Brasil colonial, os portugueses e suas autoridades evitaram a concentração de escravos deuma mesma etnia nas propriedades e nos navios negreiros. Essa política, a multiplicidade lingüísticados negros e as hostilidades recíprocas que trouxeram da África dificultaram a formação denúcleos solidários que retivessem o patrimônio cultural africano, incluindo-se aí a preservação daslínguas. Os negros, porém, ao longo de todo o período colonial, tentaram superar a diversidadede culturas que os dividia, juntando fragmentos das mesmas mediante procedimentos diversos,entre eles a formação de quilombos e a realização de batuques e calundus. [...]As autoridades procuraram evitar a formação desses núcleos solidários, quer destruindo osquilombos, que causavam pavor aos agentes da Coroa – e, de resto, aos proprietários de escravosem geral —, quer reprimindo os batuques e os calundus promovidos pelos negros. Sob a identidadecultural, poderiam gerar uma consciência danosa para a ordem colonial. Por isso, capitães-domato,o Juízo Eclesiástico e, com menos empenho, a Inquisição foram colocados em seu _____.Porém, alguns senhores aceitaram as práticas culturais africanas – e indígenas – como um malnecessário à manutenção dos escravos. Pelo imperativo de convertê-los ao catolicismo, ainda,alguns ______ aprenderam as línguas africanas, como um jesuíta na Bahia e o padre <strong>Vieira</strong>, ambosno _____. Outras pessoas, por se envolverem no tráfico negreiro ou viverem na África – comoMatias Moreira, residente em Angola no final do Quinhentos —, devem igualmente ter se familiarizadocom as línguas dos negros.”Adaptado de: VILLALTA, Luiz Carlos. O que se fala e o que se lê: língua, instrução e leitura. In: MELLO e SOUZA, L. (org.)História da vida privada no Brasil. São Paulo: Cia das Letras, 1997. v. 1, p. 341-342.GABARITOIMPRIMIRConsidere as seguintes afirmações sobre regência.I. A substituição de agentes da Coroa por Coroa criaria, no contexto da frase em questão,as condições para a crase.II. A substituição de destruindo e reprimindo por, respectivamente, pela destruição epela repressão exigiria o uso de preposição após essas expressões.III. Na substituição de necessário por indispensável, poderia ser mantida a crase, poisnão haveria mudança em relação à exigência de preposição.IV. A substituição de se familiarizado por conhecido implicaria a manutenção da preposiçãocom.Quais estão corretas?a) Apenas I e II.b) Apenas II e III.c) Apenas I, II e III.d) Apenas II, III e IV.e) I, II, III e IV.VoltarLíngua Portuguesa - Concordância e regênciaAvançar


39. PUC-RSINSTRUÇÃO: Para responder à questão, relacione as colunas, de modo que as expressõesnumeradas completem adequadamente as frases abaixo.12( ) A descoberta _______ se referia o cientista era surpreendente.( ) Estes são dados sigilosos, ________ divulgação é reservada.( ) Áreas ________ há maior pobreza merecem toda atenção dos estudiosos.( ) A pesquisa, ________ não faltam recursos financeiros, está parada por razões políticas.( ) A penúria ________ passa grande parte da humanidade exige uma ciência técnica.1. onde2. que3. a que4. por que5. cuja6. à qual7. aonde8. pela qualRelacionando os dois blocos, a seqüência correta, de cima para baixo é:a) 1 – 4 – 7 – 6 – 2.b) 2 – 1 – 7 – 1 – 4.c) 3 – 5 – 1 – 6 – 4.d) 5 – 6 – 1 – 3 – 3.e) 6 – 5 – 7 – 2 – 8.GABARITO40. FGV-SP Em somente uma das alternativas abaixo não há erro de concordância. Assinale-a.a) O retorno dos homens, velhos e jovens, que se haviam debandado para além dos morros,ajudaram as mulheres a manter a plantação.b) Os casos que Augusta relatava — os quais, por sinal, de fato aconteceu — deixavamtodos boquiabertos.c) Depois disso, ficou acertado entre os dois a forma de pagamento das parcelas.d) Resolveram-se as pendências mais rapidamente do que se esperava.e) Aos olhos de tia Lalita, o encontro de Tina com José os tornavam prontos para onamoro.Texto para a questão 41:“TecnologiaHackers invadem a rede de computadores da Microsoft27-out-2000Direção da maior empresa de softwares do mundo descobriram que invasores tiveram acessoaos códigos produzidos pela companhia e chamam o FBI para ajudar nas investigações.”Veja online – Notícias Diárias.IMPRIMIR41. U. F. São Carlos-SP No trecho reproduzido, incorre-se num erro gramatical, por contaa) da concordância do verbo “descobriram”.b) do emprego de artigo em “aos códigos”.c) da apassivação do verbo “produzidos”.d) da regência do verbo “chamam”.e) do complemento do verbo “tiveram”.VoltarLíngua Portuguesa - Concordância e regênciaAvançar


42. FGV-SP O tratamento utilizado no diálogo abaixo corresponde à segunda pessoa do plural.As marcas desse tratamento aparecem destacadas em negrito.— Vosso passado vos condena. Saí daqui antes que eu vos mate.— Esperai, que já vos mostro. Não tenteis amedrontar-me!…Se utilizarmos o tratamento correspondente à segunda pessoa do singular, obteremos, respectivamente:a) Seu passado o condena. Saia daqui antes que eu o mate. / Espere, que já lhe mostro.Não tente amedrontar-me!…b) Teu passado te condena. Sai daqui antes que eu te mate. / Espera, que já te mostro.Não tenta amedrontar-me!…c) Teu passado te condena. Sai daqui antes que eu te mate. / Espera, que já te mostro.Não tentes amedrontar-me!…d) Seu passado lhe condena. Saia daqui antes que eu o mate. / Espere, que já te mostro.Não tente amedrontar-me!…e) Teu passado o condena. Saí daqui antes que eu te mate. / Espera, que já te mostro. Nãotentes amedrontar-me!…1343. FGV-SP Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas abaixo.……… três explosões na plataforma de petróleo. Creio que ……… de problemas causadospor falta de manutenção, embora não ……… provas que ……… isso: não ………objetos para exames periciais.a) Ouviram-se / trata-se / existam / confirme / sobraram.b) Ouviu-se / se tratam / exista / confirme / sobrou.c) Ouviu-se / se trata / exista / confirmem / sobrou.d) Ouviram-se / se trata / existam / confirmem / sobraram.e) Ouviram-se / tratam-se / existam / confirme / sobraram.GABARITOIMPRIMIR44. PUC/Campinas-SP A frase em que a regência verbal e a regência nominal estão INCOR-RETAS é:a) Angustiada contra o sofrimento do filho, imaginou de recorrer a outro especialista.b) A hesitação em defendê-la contra as maledicências propiciou a ela um bom motivopara romper o noivado.c) Vendo-a ferida pelos espinhos, encharcou o lenço com água fresca e ofereceu-lho.d) Ele foi bastante simples no falar, mas persuadiu os jovens a voltarem depois.e) Estavam habilitados para discutir o fato e, além disso, eram muito competentes naquelamatéria.45. Fuvest-SP A única frase que NÃO apresenta desvio em relação à regência (nominal everbal) recomendada pela norma culta é:a) O governador insistia em afirmar que o assunto principal seria “as grandes questõesnacionais, com o que discordavam líderes pefelistas.b) Enquanto Cuba monopolizava as atenções de um clube, do qual nem sequer pediu paraintegrar, a situação dos outros países passou despercebida.c) Em busca da realização pessoal, profissionais escolhem a dedo aonde trabalhar, priorizandoà empresas com atuação social.d) Uma família de sem-teto descobriu um sofá deixado por um morador não muito conscientecom a limpeza da cidade.e) O roteiro do filme oferece uma versão de como conseguimos um dia preferir a estradaà casa, a paixão e o sonho à regra, a aventura à repetição.VoltarLíngua Portuguesa - Concordância e regênciaAvançar


46. U. E. Londrina-PR Somente uma das frases abaixo sobre Millôr Fernandes é consideradacorreta pela norma culta. Indique-a.a) Vou lembrar-me desse seu texto sempre que ver uma moça de tanga.b) O autor do texto se atem às ipanemenses, mas o que é dito vale para todas as mulheres.c) O novo desejo é que ele continue o escritor sensível e inteligente que é!d) Sua obra é extensa e de qualidade, e se ele manter o vigor de sua escrita o será muitomais.e) Até pessoas que o lêem constantemente surpreendem-se a cada novo texto seu.1447. PUC-RS A frase que atende plenamente aos padrões da norma culta escrita da língua, emtermos de regência verbal, é:a) Desafiado pelo grupo, o adolescente preferiu agir de forma violenta do que ser consideradocovarde.b) A cena a que os transeuntes assistiram espantados parecia extraída de um filme deterror.c) Desde criança, o jovem sempre tinha aspirado liderar seu grupo de amigos, mas nuncafoi reconhecido como tal.d) A situação chegou num ponto que já ninguém pode ignorar o que está acontecendo.e) Muitos jovens delinqüentes, ao admitirem suas dificuldades de relacionamento, garantemde que foram maltratados na infância.48. U. E. Londrina-PR Indique a ÚNICA frase que apresenta regência recomendada pelanorma culta:a) O rapaz insistiu no convite à moça de tanga, mas ela lhe ignorou.b) A jovem argumentou de que já tinha namorado.c) O tecido que era feito a tanga mostrou-se transparente quando ela entrou no mar.d) O filtro solar com o qual pretendia prevenir-se a queimaduras estava vencido.e) O texto considera agressão às pessoas o exagero de certas tangas.GABARITO49. Unifor-CE“... não se contentam com belas casas.”O verbo que apresenta o mesmo tipo de regência encontrado na frase acima é:a) A vida deveria ser boa para toda gente.b) ... porque um jornal o chamou de boa-vida.c) ... queixam-se porque a operária...d) Ele nos fala de alguns homens ricos.e) Esse “apetite social” é raríssimo entre os nossos homens ricos.IMPRIMIR50. Unifor-CEReestruturando o fragmento Escrever impede a conjugação de tantos outros verbos, afrase INCORRETA em relação à regência do verbo impedir é:a) impede-lhes a conjugação.b) impede-os de se conjugarem.c) impede-os conjugarem-se.d) impede-lhes conjugarem-se.e) impede-os da conjugação.VoltarLíngua Portuguesa - Concordância e regênciaAvançar


51. Unifor-CEOs enunciados abaixo correspondem, quanto à regência, à expressão do texto “é próprioda natureza humana”, EXCETO em:a) É próprio à natureza humana.b) É próprio em relação à natureza humana.c) É próprio no que diz respeito à natureza humana.d) É próprio pela natureza humana.e) É próprio no que concerne à natureza humana.1552. UFPE Assinale a alternativa em que as normas de regência, verbal e nominal, não foraminteiramente cumpridas.a) O vocabulário e a sintaxe de que se utilizavam muitos autores modernistas constituem,muitas vezes, uma linguagem mais difícil do que a linguagem culta.b) Alguns dos modernistas não repudiavam aos clássicos, nem lhes imitavam, mas conseguiamrenovar o idioma sob a influência da língua falada.c) No Brasil há muitas literaturas regionais que exibem as características da fala local a queprocuram ser fiéis.d) Os defensores de uma literatura regional procuram sempre apresentar explicações eevidências que lhes apoiem os argumentos.e) A aprendizagem de uma língua se faz, também, lendo-se autores com que se possaaprimorar e fortalecer a experiência pessoal.53. Unifor-CE Mantido o sentido original de querendo-a aproveitar, está correta a regênciaem:“A terra em si é de muitos bons ares. (...). E em tal maneira é graciosa que, querendo-aaproveitar...”Moacyr Scliar.a) querendo-lhe aproveitar.b) querendo tirar-lhe proveito.c) querendo aproveitá-la.d) querendo aproveitar-lhe.e) querendo tirar proveito a ela.GABARITOIMPRIMIR54. Emescam-ES A transformação das frases 1 e 2, para formar a frase 3, não é aceitável em:a) 1. Eu conheço uma oficina especial.2. Essa oficina faria o trabalho com perfeição.3. Eu conheço uma oficinal especial que faria o trabalho com perfeição.b) 1. O rapaz é um atleta.2. Antônio esteve com o amigo desse rapaz.3. O rapaz, com cujo amigo Antônio esteve, é um atleta.c) 1. A estrada foi o cenário do crime.2. Nós estivemos próximo da estrada.3. A estrada, que nós estivemos próximo, foi o cenário do crime.d) 1. A razão é irrefutável.2. Nós nos esquecemos dessa razão.3. A razão de que nos esquecemos é irrefutável.e) 1. O seu apoio é muito importante.2. Todos nós precisamos desse apoio.3. O seu apoio, de que todos nós precisamos, é muito importante.VoltarLíngua Portuguesa - Concordância e regênciaAvançar


55. U. Uberaba-MG O verbo aspirar, no trecho “A língua materna é o bem mais caro a queum povo pode aspirar”, está utilizado na mesma acepção das alternativas abaixo, excetoem:a) “Aspiro a ser pura e não purista.”b) “Aspira profundamente o ar cálido.”c) “Minha alma, ó Deus, a outros céus aspira.”d) “E toda noite aspira pela luz.”56. U. Alfenas-MG Só a palavra “que” preenche corretamente a lacuna da alternativa.a) Os problemas _____ falam os presos são graves.b) O trabalho _____ realizou foi elogiado pela banca examinadora.c) Este é um pormenor _____ ninguém se lembra.d) O concerto _____ todos assistiram marcou a volta da música clássica.e) Não podemos aceitar injustiças _____ somos vítimas.57. PUC-RJ A frase destacada no trecho abaixo pode causar alguma estranheza, especialmenteconsiderando-se que integra texto escrito. Reescreva-a de modo a eliminar asinadequações, relacionadas à regência verbal.16Trecho da bula de um certo medicamento:Este medicamento possui rápida ação antitérmica e analgésica. Informeo seu médico a persistência de febre e dor.58. U. Alfenas-MG“Já se sabe que o necrológico é de Baby, a elefantinha ____ morreu de infecção na garganta.Esses animais são rústicos e delicados, e se no meio nativo se alimentam de plantas espinhentas,____ contato fugimos, padecem entretanto dos mesmos males ____ padecemos, e têm, tantoquanto nós, a desvantagem de uma sensibilidade _____ se ajustaria melhor ao nosso corpo queao deles, ao passo que a nossa poderia chamar-se mais precisamente elefantina.”GABARITOA alternativa que preenche, respectiva e adequadamente, as lacunas é:a) que, de cujo, de que, que.b) que, de cujo o, que, que.c) a que, em cujo, de que, de que.d) a qual, de cujo, dos quais, em que.e) de que, de cujo, de que, que.IMPRIMIR59. FEI-SP Na oração “a humanidade assistia atônita ao holocausto nuclear em Hiroshima eNagasaki”, o verbo em destaque tem o sentido de ‘ver’, ‘observar’. Sabe-se, porém, queesse verbo pode ter outros significados caso haja:a) mudança da posição que os termos ocupam na oraçãob) inclusão de um sujeito indeterminadoc) inclusão de um adjunto adverbiald) mudança da regência do verboe) mudança da grafia do verboVoltarLíngua Portuguesa - Concordância e regênciaAvançar


1760. U. E. Londrina-PR1. “O prefeito desistiu do veto quando seu secretário o convenceu que o projeto era bom.”2. “Para derrotar seu adversário é preciso convencer a maioria do eleitorado que estamosdiante do Juízo Final.”As frases acima, extraídas da Folha de S.Paulo, de 21/02/2000, estariam de acordo com anorma culta se apresentassem a seguinte redação:a) 1) O prefeito desistiu do veto quando seu secretário lhe convenceu que o projeto erabom.2) Para derrotar seu adversário é preciso convencer a maioria do eleitorado a que estamosdiante do Juízo Final.b) 1) O prefeito desistiu do veto quando seu secretário convenceu-o que o projeto erabom.2) Para derrotar seu adversário é preciso convencer a maioria do eleitorado de queestamos diante do Juízo final.c) 1) O prefeito desistiu do veto quando seu secretário o convenceu de que o projeto erabom.2) Para derrotar seu adversário é preciso convencer a maioria do eleitorado de queestamos diante do Juízo Final.d) 1) O prefeito desistiu do veto quando seu secretário lhe convenceu a que o projeto erabom.2) Para derrotar seu adversário é preciso convencer a maioria do eleitorado de queestamos diante do Juízo Final.e) 1) O prefeito desistiu do veto quando seu secretário o convenceu de que o projeto erabom.2) Para derrotar seu adversário é preciso convencer a maioria do eleitorado em queestamos diante do Juízo Final.61. Cefet-PR“O Brasil só vai conseguir sair da grave crise em que está quando cuidar, investir e priorizar aeducação.”GABARITOO texto acima não está redigido em consonância com a norma culta da língua portuguesa.Assinale a alternativa em que os problemas de regência verbal foram todos corrigidos.a) O Brasil só vai conseguir sair da grave crise em que está quando cuidar da educação,investir e priorizá-la.b) O Brasil só vai conseguir sair da grave crise em que está quando cuidar, investir naeducação e priorizá-la.c) O Brasil só vai conseguir sair da grave crise em que está quando priorizar a educação,cuidar e nela investir.d) O Brasil só vai conseguir sair da grave crise em que está quando priorizar a educação, delacuidar e nela investir.e) O Brasil só vai conseguir sair da grave crise em que está quando investir na educação,cuidar e priorizar.IMPRIMIR62. Univali-SC O emprego adequado da preposição é uma das dificuldades encontradas no diaa-dia.Dentre os trechos jornalísticos que seguem, identifique a correta regência verbal.a) “Cabe lembrar o leitor que a prefeitura já investiu R$ 200 mil em terraplanagem...”b) “Quem perde com isso são os alunos e os profissionais da Educação, que também sofremporque não podem contar com todo o material que precisam.”c) “Infelizmente, mais uma vez, assistimos as escolas cumprindo, sem questionar e discutir,imposições ‘superiores’.”d) “Não podemos esquecer também do pau-brasil, madeira de muita estima dos portugueses.”e) “A exploração do trabalho infantil, que mostra a que ponto chegou o Brasil.”VoltarLíngua Portuguesa - Concordância e regênciaAvançar


63. ITA-SP Leia o texto seguinte:“Sítio Bom Jardim apresenta Forró Sertanejo com a banda Casa Nova, no dia 30 de outubro, apartir das 21 horas. Mulher acompanhada até 24 horas não paga. Venha e participe desta festa.”Jornal Vale ADC’S, out./1999, adaptado.a) Localize o trecho em que há ambigüidade.b) Aponte duas interpretações possíveis para esse trecho, considerando o contexto.1864. Fuvest-SP “O 15 dá 10% de desconto nas chamadas para as 3 cidades que você maisliga”.Há na frase acima um desvio da norma padrão semelhante ao que ocorre ema) “Pearl – Essas feras tem nome!”b) “Baked Potato – A batata que o mundo gosta.”c) “Nortel – A força por tráz da sua comunicação.”d) “Festival de Cervejas e Frios no Sé – Agora já sei porque preferem as loiras.”e) “Coca-Cola 600 ml – Perfeita prá ter em casa. Pede ela!”65. Fuvest-SP No texto abaixo sobre as eleições em São Paulo, há ambigüidade no últimoperíodo, o que pode dificultar o entendimento.“Ao chegar à Liberdade*, a candidata participou de uma cerimônia xintoísta (religião japonesaanterior ao budismo). Depois, fez um pedido: ‘Quero paz e amor para todos’. Ganhou um presentede um ramo de bambu.”Folha de S. Paulo, 9/7/2000, adaptado.GABARITOIMPRIMIRA ambigüidade deve-sea) à indequação na ordem das palavras.b) à ausência do sujeito verbal.c) ao emprego inadequado dos substantivos.d) ao emprego das palavras na ordem indireta.e) ao emprego inadequado de elementos coesivos.66. FGV-SP Assinale, abaixo, a alternativa em que a ordem das preposições complete adequadamenteas lacunas.• O automóvel …… cujas rodas falei já foi vendido.• O terreno …… cuja compra me referi foi vendido ontem.• É uma empresa …… cujas reuniões participo.• A encomenda …… cujo portador eu esperava, chegou atrasada.• Esta é uma firma …… cujos produtos trabalho.a) De / a/ de / por / com.b) Em / de / a / com / com.c) De / a / a / por / com.d) A / com / a / sobre / de.e) Por / ante / contra / para / perante.VoltarLíngua Portuguesa - Concordância e regênciaAvançar


67. Univali-SC Identifique a opção correta quanto à regência verbal nos trechos retirados dosjornais de circulação regional:a) De repente, as pessoas se deram conta que o mundo pode acabar.b) Concordo que o mundo pode acabar, e seria bom que este mundo que vivemos acabelogo, sim.c) No Brasil, a renda, o patrimônio e até o direito estão muito mal distribuídos. Nisto, nãohá o que se discordar.d) Roland, o Gigante, como a figura é conhecida na cidade de Bremen, é uma releitura daestátua instalada na praça central daquela cidade portuária, de onde partiram os colonizadoresem direção ao Vale do Itajaí.e) Se no sábado às 22 h der vontade de assistir um jogo diferente…68. U. F. Pelotas-PR O texto abaixo contém um fragmento do artigo de Sérgio Abranches “Opovo não quer só…”, publicado na revista Veja de 29.09.99.19“O que é mais importante? Combater a pobreza ou preservar a liberdade? Acertou quem respondeuas duas. Basta ler o prêmio Nobel Amartya Sen, que não tem feito outra coisa senãoestudar a difícil relação entre ética e economia. A maioria de seus estudos diz respeito à pobrezae à desigualdade. Se há um intelectual que entende de pobreza e de desigualdade é ele. E amiséria extrema tem sido sua principal preocupação.”A transformação de verbos em nomes (valorizar → valorização; polir → polimento; aprender→ aprendizagem) é recurso de que podemos lançar mão para expressar-nos de muitasformas diferentes.Reescreva as frases em que aparecem as formas verbais sublinhadas, substituindo-as pelonome correspondente e fazendo apenas as alterações necessárias.INSTRUÇÃO: As questões de números 69 e 70 referem-se ao texto abaixo.GABARITOIMPRIMIR“O barco de Hagar se comporta exatamente como um personagem da tira. Pelo menos provocatantas risadas como qualquer outro. O barco quebra o regulamento, reage ao perigo e desobedece…… ordens dadas com a mesma falta de disciplina e bravura que os membros da tripulação. Avida no mar é dura, particularmente com Hagar de capitão. Ele acredita piamente que o mundo éum cubo perfeito com lados gotejantes e nada abaixo. Apesar da ciência nos dizer que isso não éverdade, temos que nos lembrar …… o mundo não tem a mesma forma que tinha …… mil anos.Tudo se inflou, inclusive o cubo.”BROWNE, D. Hagar, o horrível. Porto Alegre: L&PM, 1986.69. U. Caxias do Sul-RS Observe os enunciados que relatam a fala do personagem da tira.I. Um dos membros da tripulação informou Hagar de que o barco estava naufragando.II. Um dos membros da tripulação comunicou Hagar que o barco estava naufragando.III. Um dos membros da tripulação avisou a Hagar que o barco estava naufragando.É certo afirmar que:a) apenas o I e o II respeitam a norma culta.b) apenas o I e o III respeitam a norma culta.c) apenas o II e o III respeitam a norma culta.d) todos respeitam a norma culta.e) nenhum deles respeita a norma culta.VoltarLíngua Portuguesa - Concordância e regênciaAvançar


70. U. Caxias do Sul-RS Assinale a seqüência que preenche adequadamente as lacunas daslinhas 2 e 5 do texto.a) Às – de que – há.b) Às – de que – a.c) Às – que – há.d) As – que – a.e) As – que – há.20GABARITOIMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Concordância e regênciaAvançar


LÍNGUA PORTUGUESACONCORDÂNCIAE REGÊNCIA1GABARITOIMPRIMIR1. 032. V-V-V-F3. 184. V-F-F-V-V-V5. A6. C7. E8. E9. A10. D11. A12. D13. A14. “Foram aprovados na Câmara e seguem para o Senado estudos que prevêem a falta aotrabalho, um dia por ano, para realizar o exame preventivo de câncer ginecológico.”15. E16. D17. E18. C19. B20. E21. C22. E23. C24. E25. A26. C27. 1428. 8129. V-F-F-F-F30. B31. E32. B33. D34. E35. D36. E37. AVoltarLíngua Portuguesa - Concordância e regênciaAvançar


2GABARITO38. C39. C40. D41. A42. C43. D44. A45. E46. C47. C48. E49. D50. C51. D52. B53. C54. C55. B56. B57. Informe ao seu médico a persistência de febre e de dor.58. A59. D60. C61. D62. E63. a) “Mulher acompanhada até 24 horas não paga”.b) Considerando-se o contexto em que se encontra a frase, pode-se ter as seguintes interpretações:— Até às 24 horas, a entrada é gratuita às mulheres que estiverem acompanhadas.— A entrada é gratuita às mulheres que estiverem acompanhadas por até 24 horas.64. B65. E66. A67. D68. O combate da pobreza ou a preservação da liberdade? / Basta a leitura do prêmio NobelAmartya Sen, que não tem feito outra coisa senão o estudo da difícil relação entre ética eeconomia.69. B70. AIMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Concordância e regênciaAvançar


LÍNGUA PORTUGUESACRASE1. F. M. Triângulo Mineiro-MG Assinale a alternativa correta quanto à crase.a) A atração educa quem não teve acesso à outras informações.b) A atração educa quem não teve acesso à umas informações.c) A atração educa quem não teve acesso às informações.d) A atração educa quem não teve acesso à essas informações.e) A atração educa quem não teve acesso à algumas informações.12. FGV-SP Escolha a alternativa que completa corretamente o período: “Marta acaba dereceber …… visita do professor de artes cênicas, que …… convidou para assistirem ……peça teatral, em exibição …… uma semana, …… poucos metros de sua casa”.a) a, à, à, a, há. d) à, a, a, há, à.b) a, a, à, há, a. e) a, a, à, a, a.c) a, a, à, à, a.3. U. Alfenas-MG Dadas as sentenças:I. O pastor dirigiu-se à toda a população.II. Esta é a música a que à cantora se refere.III. Àquele jornalista é atribuída a melhor versão do fato.IV. O progresso chegou àquele bairro.Deduzimos que estão corretas as sentenças:a) I e III. b) II e III. c) I e IV. d) I e II. e) III e IV.GABARITO4. UFRS Considere as seguintes afirmações acerca do uso da crase:I. Em “Para justificar o absurdo, o autor da matéria recorre a um psicoterapeuta e a umsociólogo”, caso substituíssemos um psicoterapeuta e um sociólogo por psicoterapeutase sociólogos, seriam criadas as condições necessárias para o uso da crase.II. Em “Sentir-se condenado a jamais ter repouso físico e mental”, caso substituíssemosa expressão jamais ter repouso físico ou mental por uma constante vigilância físicaou mental, seriam criadas as condições necessárias para o uso da crase.III. Em “Os candidatos à ansiedade são bem mais numerosos”, caso substituíssemos candidatospor postulantes, seriam mantidas no contexto da frase as condições para oemprego da crase.Quais estão corretas?a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas II e III. e) I, II e III.IMPRIMIR5. F. I. de Vitória-ES Assinale a opção em que a crase é inaceitável, segundo a norma cultaescrita:a) Dei à Maria um ramalhete de rosas.b) Pretendo ir à Lisboa no ano que vem.c) Ele usa cabelo à militar.d) Ofereci à sua filha um anel de brilhantes.e) A mulher sentou-se à mesa à direita do marido.VoltarLíngua Portuguesa - CraseAvançar


6. UFR-RJ“de fugir de mim e me trazer de voltaà casa a qualquer hora num fecharde páginas?”Nos versos acima, a presença do acento grave revela respeito às regras de:a) colocação pronominal. d) concordância nominal.b) regência verbal. e) regência nominal.c) concordância verbal.27. Emescam-ES Somente uma das opções abaixo apresenta uso adequado do acento indicativode crase. Isso ocorre em:a) Há alguns dias, encontrou-se, à cerca de dois quilômetros da sede, um ninho de águia.b) A íris dos olhos é suscetível à intensidade da luz.c) Falava, com muita eloqüência, à qualquer pessoa.d) À certa altura, cansou-o a demora.e) Agradeço à V. Sa. a oportunidade de poder manifestar minha opinião sobre assunto tãopolêmico.8. U. Alfenas-MG Identifique a alternativa correta quanto à ocorrência da crase:a) Estamos a espera da solução do caso.b) Às duas horas determinadas pelo delegado foram suficientes para prender os envolvidos.c) “À força da excessiva expressão, explode esse mundo às vezes em manifestações desvairadas...”.d) “Foi ofendido, mas não conseguiu dar importância aquilo”.e) Essa discussão à respeito das eleições começa a provocar discórdias.9. PUC-RSGABARITOINSTRUÇÃO: Para responder à questão 9 considere o parágrafo abaixo.Acostumados ......... não serem contrariados, certos jovens desenvolvem extrema intolerância........... frustrações impostas pelas contingências. Isso, entretanto, não os impede deserem intolerantes em relação .......... outras pessoas .......... cuja presença são submetidosna vida cotidiana.As palavras que completam adequadamente os espaços acima, na ordem em que se encontram,estão na alternativa:a) a – a – às – à. d) à – a – à – à.b) à – a – a – a. e) a – as – às – ac) a – às – a – a.IMPRIMIR10. PUC-RS O período em que devem ser utilizados dois acentos indicativos de crase é:a) O telespectador não fez referência a cena da novela a que assistíamos, mas a do programahumorístico dominical.b) Quem está a par do que acontece na televisão brasileira fica a espera de uma atitudemenos negligente das autoridades.c) A despeito das críticas veementes, o apresentador mostra-se disposto a prosseguir coma mesma conduta grosseira.d) Enviamos um protesto a produção do programa, mas esta mostrou-se insensível a nossasreclamações.e) As mães cabe zelar pela qualidade das imagens e da linguagem a que seus filhos têmacesso.VoltarLíngua Portuguesa - CraseAvançar


11. U. E. Londrina-PR No texto, o acento indicador da crase está corretamente empregadoem “atentado à natureza”. Seu uso, porém, não se justifica em:a) Palavras picantes costumam ser dirigidas às moças de tanga.b) Muitas leitoras não gostaram da especial atenção concedida às ipanemenses.c) Jovens acostumadas à usar tanga não se adaptam a outro tipo de biquini.d) Muitos curiosos correram à praia para ver o desfile de tangas.e) A referência à areia deu um tom jocoso ao texto.12. ITA-SP Leia o texto seguinte:“Antes de começar a aula — matéria e exercícios no quadro, como muita gente entende —, omestre sempre declamava um poema e fazia vibrar sua alma de tanta empolgação e os alunosficavam admirados. Com a sutileza de um sábio foi nos ensinando a linguagem poética mescladaao ritmo, à melodia e à própria sensibilidade artística. Um verdadeiro deleite para o espírito, umasensação de paz, harmonia.”OSÓRIO, T. Meu querido professor. Jornal Vale Paraibano, 15/10/1999.3a) Qual a interpretação que pode ser dada à ausência da crase no trecho “a própria sensibilidadeartística”?b) Qual seria a interpretação caso houvesse a crase?GABARITOIMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - CraseAvançar


LÍNGUA PORTUGUESACRASE1GABARITO1. C2. B3. E4. C5. B6. E7. B8. C9. A10. A11. C12. a) Sem a crase no trecho “a própria sensibilidade artística”, ele pode ser interpretado comoum objeto direto do verbo ensinar, não se tratando de um complemento nominal de mesclada.b) Com a crase o trecho passa a ter a função de complemento nominal de mesclada. Destaforma, o professor ensinaria a linguagem poética mesclada ao ritmo, à melodia e à sensibilidadeartística.IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - CraseAvançar


LÍNGUA PORTUGUESAFUNÇÕES DE“QUE” E “SE”1. U. Alfenas-MG“Num de seus livros, Mannheim não hesita em dizer — apesar das experiências nazista e stalinista— que o Estado Totalitário se instala aos poucos na sociedade. Hoje, é uma medida que fereum direito, mas passa desapercebida.”OESP, 12-11-98. p. A22.1O “que”, sublinhado no último período, é:a) advérbio. d) conjunção.b) pronome. e) preposição.c) substantivo.2. UFR-RJ “Tinha que consolá-los.”A alternativa em que a palavra sublinhada apresenta valor gramatical correspondente aoexemplo em destaque é:a) Uma expressão a que não acho nome certo.b) ... ou desandar o caminho.c) e mal se podiam consolar.d) entrei e parei logo.e) hesitei entre ir adiante...GABARITO3. Emescam-ES Nas opções abaixo aparecem, em destaque, termos semelhantes na forma,mas, sintaticamente, um deles destoa dos demais. Isso ocorre em:a) Este é o pior argumento que ela usa.b) A rua, que vimos no programa de tevê, está abandonada.c) O relógio, que comprei para você, é muito moderno.d) Meu amigo, que estava doente, entrou em desespero.e) O candidato, que elegemos, administrará a cidade por quatro anos.IMPRIMIR4. Cesgranrio Em que passagem o “que” apresenta uma categoria gramatical diferente dados demais?a) “A vermelha é a última onda de luz que consegue cruzar a atmosfera...”b) “... seus raios têm que atravessar um pedaço maior da atmosfera.”c) “... o Sol fica amarelo, que é a soma das cores restantes.”d) “... infiltradas entre as moléculas de gás que compõem a atmosfera.”e) “... e pela distância que a luz percorre na atmosfera.”VoltarLíngua Portuguesa - funções de “que” e “se”Avançar


5. UERJ “As letras fizeram-se para frases”A única alternativa em que a palavra “se” tem o mesmo valor morfossintático que notrecho acima é:a) “Seja como for, sempre se morre, muitas vezes um minuto depois de dizer: Vou ali evolto já.” (Millôr Fernandes)b) “Enquanto houver escrita e memória as coisas que se foram voltarão sempre.” (AffonsoRomano de Sant’anna)c) “Certamente os leitores conhecem o texto da Constituição Federal em que se permite alivre manifestação do pensamento pela imprensa.” (Graça Aranha)d) “Uma das pragas nas relações humanas é a cobrança que todos se sentem no direito defazer sobre aqueles que preferem pensar com a própria cabeça.” (Carlos Heitor Cony)26. F. M. Itajubá-MG Marque a alternativa que apresenta corretamente a função sintática dose nas frases: “a felicidade se constrói” e “quem não se educa”.a) Sujeito aparente — pronome reflexivo.b) Pronome apassivador — objeto direto.c) Objeto direto — sujeito indeterminado.d) Sujeito indeterminado — objeto indireto.e) Predicativo — pronome recíproco.7. U. F. Uberlândia-MG Assinale a única alternativa em que o pronome em destaque nãoestá completando o sentido do verbo.a) “(...) mostraram que larvas da borboleta monarca que se alimentam de plantas impregnadascom o pólen de um tipo de milho transgênico morrem em grandes quantidades.”b) “Com isso, os genes espalham-se pelo organismo, transformando seu material genético...”c) “Em caso afirmativo, a experiência provaria que o câncer pode se tornar uma doençacontagiosa por meio da manipulação genética.”d) “Por exemplo, podem-se desenvolver espécies de milho resistentes a certos insetos queo usam como alimento.”GABARITOIMPRIMIR8. F. I. de Vitória-ES Assinale o item em que o se é conjunção integrante:a) Ele interessou-se pela lição.b) Se você quiser, poderei ajudá-lo.c) Se ele vai ao cinema eu não sei, mas eu vou.d) O se pode ser pronome ou conjunção.e) Louvou-se a atitude dos mais velhos.9. Fuvest-SP “O caso triste, e digno da memória/ Que do sepulcro os homens desenterra,Aconteceu da mísera e mesquinha/ Que depois de ser morta foi rainha.” Para o corretoentendimento destes versos de Camões, é necessário saber que o sujeito do verbo desenterraéa) os homens (por licença poética). d) o caso triste.b) ele (oculto). e) sepulcro.c) o primeiro que.10. FEI-SP “Se as galas, as jóias e as baixelas, ou no Reino, ou fora dele, foram adquiridascom tanta injustiça ou crueldade, que o ouro e a prata derretidos, e as sedas se se espremeram,haviam de verter sangue, como se há de ver a fé nessa falsa riqueza?” Neste trecho, aconjunção “se” expressa a idéia de:a) condição. d) oposição.b) comparação. e) explicação.c) proporção.VoltarLíngua Portuguesa - funções de “que” e “se”Avançar


“Tempo-será(01) A Eternidade está longe(02) (Menos longe que o estirão 1(03) Que existe entre o meu desejo(04) E a palma da minha mão).(05) Um dia serei feliz?(06) Sim, mas não há de ser já:(07) A Eternidade está longe,(08) Brinca de tempo-será.”BANDEIRA, Manuel. In Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1977, p. 278.1estirão – caminhada longa, distância longa, estirada.A questão 11 refere-se ao poema de Manuel Bandeira. Leia-o, atentamente, antes de respondê-la.311. PUC-SP Da relação entre os versos da primeira estrofe do poema, é correto afirmar quea) há duas orações adjetivas, iniciadas pelos pronomes relativos.b) as duas ocorrências do que indicam comparação, sendo por isso utilizado duas vezesconsecutivas.c) o primeiro que tem o valor de comparação e o segundo é um substituidor do termoestirão ao mesmo tempo em que serve como elo de ligação com a função de sujeito.d) as palavras estirão e mão rimam, sendo, portanto, dois substantivos concretos, primitivose simples com matiz comparativo de inferioridade.e) as características comparativas entre estirão e desejo são reveladas pelos adjuntos adnominaisda minha mão e meu.GABARITOIMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - funções de “que” e “se”Avançar


LÍNGUA PORTUGUESAFUNÇÕES DE“QUE” E “SE”11. B2. E3. D4. B5. C6. B7. D8. C9. C10. C11. AGABARITOIMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Funções de “que” e “se”Avançar


LÍNGUA PORTUGUESAREALISMO/NATURALISMO1. UnB-DF Foi Machado de Assis, por meio de suas personagens, quem afirmou o sentidodo livro:1“Tu tens pressa de envelhecer, e o livro anda devagar; tu amas a narração direita e nutrida, oestilo regular e fluente, e este livro e o meu estilo são como os ébrios, guinam à direita e àesquerda, andam e param, resmungam, urram, gargalham, ameaçam o céu, escorregam e caem…”A respeito da obra de Machado de Assis e da formação da cultura brasileira nos quase doisséculos de existência do Brasil independente, julgue os itens abaixo.( ) Machado de Assis foi um autor extemporâneo ao Brasil ao carregar, com sua finaironia, um permanente deboche a respeito do povo brasileiro, pois este não sabiaapreciar a importância da cultura, em especial o valor do livro e da literatura.( ) Os movimentos literários e culturais brasileiros ao longo dos dois últimos séculos,embora tenham seguido as vogas e modas européias e norte-americanas, souberamadaptar e recriar uma cultura nacional híbrida, própria e multifacetada.( ) O Modernismo brasileiro que aflorou em 1922 desprezou a memória nacional e criticouaberta e deliberadamente a obra literária de Machado de Assis.( ) No seu tempo, Machado de Assis foi um mestre das letras na periferia do mundo eum reformador das técnicas do romance e continua a ocupar papel relevante na culturacontemporânea do Brasil.GABARITOIMPRIMIR2. UEGO A respeito da ficção de Machado de Assis:( ) A atenção do autor concentra-se no suceder de movimentos psicológicos. Os acontecimentosexteriores, a natureza, o cenário, são descritos apenas quando provocamreações nas personagens.( ) Os textos machadianos revelam não apenas refinamento lingüístico, mas uma formatrabalhada, limpa e perfeita.( ) Constata-se humor sutil e permanente, destruindo as ilusões e pieguices românticas,apresentando uma visão aguda e relativista de todos os valores da sociedade.( ) Sua produção ficcional costuma fixar quadros regionais, repletos de descrições sobrea natureza e de suas personagens típicas.( ) A incorporação de recursos da crônica jornalística é visível em seus textos, nos quaisa simplicidade de linguagem volta-se para a denúncia de injustiças e de arbitrariedadescometidas no Brasil pós-republicano.VoltarLíngua Portuguesa - Realismo/ NaturalismoAvançar


3. UnB-DF“O <strong>Dr</strong>. Matos era um velho advogado que, em compensação da ciência do direito, que nãosabia, possuía noções muito aproveitáveis de meteorologia e botânica, da arte de comer, do voltarete,do gamão e da política. Era impossível a ninguém queixar-se do calor e do frio, sem ouvir delea causa e a natureza de um e outro, e logo a divisão das estações, a diferença dos climas, influênciadestes, as chuvas, os ventos, a neve, as vazantes dos rios e suas enchentes, as marés e apororoca. (…) Alheio às paixões da política, se abria a boca em tal assunto era para criticar igualmentede liberais e conservadores, os quais todos lhe pareciam abaixo do país.”ASSIS, Machado de. “Helena”. In: Obras completas de Machado de Assis. São Paulo: Egéria, 1980, p. 33.2Considerando o texto acima, julgue os itens a seguir, a respeito da articulação entre anarrativa literária de Machado de Assis e o contexto em que viviam as classes abastadas doBrasil de sua época.( ) Mesmo vivendo sob o signo da escravidão, os temas dos textos políticos disponíveispara a classe dominante do Brasil Império versavam acerca de um mundo importado,liberal na sua essência, e cheio de boas maneiras.( ) O bom comportamento do “velho advogado”, sua cultura cosmopolita e sua vocaçãoensaísta compunham um mosaico de formas culturais europeizadas, sem adaptaçãoaos trópicos brasileiros.( ) No seu tempo, Machado de Assis, um crítico sutil e mordaz, não foi acompanhadopor ensaístas, poetas e artistas em sua maneira de observar os costumes fúteis de umaelite encantada com a Europa.( ) O texto escorreito e o estilo inconfundível da escritura de Machado, como no caso dadescrição de gostos e habilidades do <strong>Dr</strong>. Matos, apresentada no texto, levou-o à condiçãode um inovador na técnica de construção do romance, em comparação comoutros romancistas do seu tempo, mantendo-o, ainda hoje, como referência no sentidoda afirmação internacional da língua portuguesa.INSTRUÇÃO: As questões de números 4 e 5 referem-se ao romance O cortiço, de AluísioAzevedo.GABARITOIMPRIMIR4. U. Caxias do Sul-RS A obra apresenta muitos conflitos. O assassinato de Firmo, porexemplo, expressa:a) a degradação social experimentada por Jerônimo.b) o ciúme provocado por Zulmira em Bertoleza.c) a impiedade de João Romão.d) a prepotência do dono do cortiço.e) o desespero vivido por Piedade.5. U. Caxias do Sul-RS A exploração sofrida pelos inquilinos do cortiço por parte do proprietáriopode ser justificada:a) pelo fato de trabalharem na pedreira de João Romão e fazerem compras em sua taverna.b) pela presença mais significativa de portugueses do que de brasileiros no cortiço.c) pelos benefícios pessoais oferecidos por João Romão.d) pela falta de opção de moradias no centro da cidade.e) pela dificuldade enfrentada por imigrantes em conseguir trabalho no Brasil.6. U. F. Rio Grande-RS “O resto é saber se a Capitu da praia da Glória já estava dentro da deMatacavalos, ou se esta foi mudada naquela por efeito de algum caso incidente.”O fragmento de Dom Casmurro, de Machado de Assis, deixa entrever:a) um narrador que não interfere na vida da protagonista, Capitu.b) o tema da dúvida que permeia todo o romance.c) as dores de amor que apenas no final encontram solução.d) a jocosidade e a brincadeira do narrador ao tratar seus personagens.e) a preocupação com a identidade brasileira peculiar da prosa modernista.VoltarLíngua Portuguesa - Realismo/ NaturalismoAvançar


7. UEGO A respeito de Esaú e Jacó, de Machado de Assis, é correto afirmar que:( ) O núcleo do livro é a história de dois gêmeos, Pedro e Paulo, que já brigavam desdeo ventre da mãe e que seguirão adversários na infância, na juventude e na maturidade.( ) O título da obra aparece apenas como artifício para introduzir a história e enfatizarque a rivalidade entre Pedro e Paulo havia se iniciado no ventre da mãe, em conformidadecom a narrativa bíblica.( ) A curta vida de Flora se passou a querer conciliar os contrários dois gêmeos inimigosque seu amor confundia — porque um completava o outro e juntos fariam um homemperfeito.( ) O romance, por possuir relatos comprometedores com o idealismo romântico, pertenceà 1ª fase do autor.( ) A narrativa é lenta, através da observação detalhista das personagens.38. UFMS A respeito do romance Dom Casmurro, é correto afirmar que:(01) como na obra de Shakespeare — Otelo —, consuma-se o desfecho trágico, motivadopelo ciúme: Bentinho suicida-se após matar Capitu e Escobar.(02) há uma crítica explícita ao celibato, e as personagens são pintadas ao modo naturalista —bons tipos que a sociedade corrompeu ou mal encaminhados por fatalidades deterministas,como a ascendência duvidosa.(04) a narrativa é construída na primeira pessoa e tem Bentinho como narrador-personagem.Nessa condição, ele se propõe a reconstituir seu passado por meio da escrita, afim de tentar revivê-lo e, quem sabe, reencontrar sua identidade.(08) se insere no rol das produções da estética realista, que abarcou o que se produziu nasegunda metade do século XIX, uma época marcada pela crença no progresso propiciadopela ciência e pela representação do mundo sem idealismo ou sentimentalismo.(16) há alusões explícitas e implícitas a Otelo, obra do dramaturgo inglês William Shakespeare.Do ponto de vista temático, Dom Casmurro é comparável à tragédia de Shakespeare,posto que ambas as obras abordam o afloramento do ciúme obsessivo de umhomem em relação a sua mulher, ainda que haja evidências pouco consistentes quantoa isso.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.GABARITOIMPRIMIR9. UFMS Assinale a(s) alternativa(s) correta(s).(01) Em Memórias de um Sargento de Milícias, Leonardo, filho de “uma pisadela e umbeliscão”, sobrevive entre o bem e o mal, a virtude e o pecado, conforme as circunstânciasexigem, lançando mão do famoso “jeitinho brasileiro”.(02) No romance Dom Casmurro, o passado surge envolto numa atmosfera de ambigüidade.Isso confunde não só o leitor como também o próprio narrador, apesar daaparente razão que Bentinho julga possuir.(04) Quanto a Sérgio, protagonista de O Ateneu, só lhe resta aproximar-se do passadocomo forma de reabilitação moral. Por isso usa a linguagem da destruição, simbolicamentecaracterizada pelo incêndio, devastando valores que seriam os responsáveispor uma formação moralmente deficitária.(08) Em Capitães da Areia, revela-se a construção de uma sociedade que só seria viávelpor meio do engajamento político dos indivíduos.(16) Em Caetés, o escritor demonstra que a ação de escrever principia pelo domínio lingüístico;daí advém colocar o narrador-protagonista, João Valério, como um “aprendiz”de escritor, iniciando-se nos questionamentos lingüístico-literários.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.VoltarLíngua Portuguesa - Realismo/ NaturalismoAvançar


10. U. F. Rio Grande-RS“O meu fim evidente era atar as duas pontas da vida, e restaurar na velhice a adolescência.Pois, senhor, não consegui recompor o que foi nem o que fui. Em tudo, se o rosto é igual, afisionomia é diferente. Se só me faltassem os outros, vá; um homem consola-se mais ou menosdas pessoas que perde; mas falto eu mesmo, e esta lacuna é tudo.”Este fragmento extraído de Dom Casmurro, de Machado de Assis, deixa entrever:a) a recusa do narrador em lembrar-se do passado vivido com sua mãe, com a amigavizinha e com José Dias, o agregado.b) o objetivo do narrador em escrever suas memórias.c) um tom melancólico, ainda que o romance narre as peripécias burlescas do protagonista,chamado Leonardo.d) o tema do romance que é o sentido saudosista do romantismo brasileiro.e) uma euforia incontida vivenciada pelo protagonista.411. PUC-RS Em um episódio de Memórias Póstumas de Brás Cubas, o protagonista perguntaao “preto que vergalhava outro na praça” (…) se aquele (…) “era escravo dele.” A respostaafirmativa evidencia a relatividade das posições que o homem assume diante da vida.Além da visão do ser humano a partir de sua interioridade — pela análise psicológica daspersonagens —, as características que seguem também identificam a obra de Machado deAssis, com exceção:a) da linearidade da estrutura narrativa. d) da interferência do narrador.b) da denúncia da hipocrisia. e) da perfeição formal.c) do tom irônico.GABARITO12. UFMS Assinale a(s) proposição(ões) correta(s).(01) Aristarco, personagem de O Ateneu, é caracterizado pelo narrador como “duas almasnum só corpo”, oscilando entre características positivas e negativas; porém, aindaprevalecem os traços negativos, uma vez que os positivos são apenas uma máscara.(02) A ambigüidade de Capitu perdura durante toda a história contada por Bentinho. Aofinal da leitura de Dom Casmurro, nem o leitor, nem o narrador-personagem estãoconvencidos da infidelidade de Capitu.(04) As personagens Capitu e Aristarco, de Dom Casmurro e O Ateneu, respectivamente,apresentam-se ao leitor assemelhadas por um traço: a ambigüidade.(08) Ao contrário de Aristarco, Capitu, a esposa infiel de Bentinho, passará por um processode transformação que culminará na vitória dos traços positivos de seu caráter.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.INSTRUÇÃO: Para responder à questão 13, analisar as afirmativas que seguem, sobre ospersonagens dos romances naturalistas.I. Tipificam o ambiente social de forma idealizada.II. Caracterizam-se, geralmente, por um profundo pessimismo.III. Costumam apresentar traços justificados pela ação do meio.13. PUC-RS Pela análise das afirmativas, conclui-se que está correta a alternativa:a) somente I. b) somente II. c) I e II. d) II e III. e) I, II e III.IMPRIMIR14. PUC-RS A subjetividade humana é retratada numa dimensão peculiar no período literáriodenominado Naturalismo. O amor, por exemplo,a) constitui um sentimento puro, impossível de ser atingido.b) está determinado por forças que levam ao sofrimento.c) leva o ser humano à escravidão.d) resulta do anseio de prazer ou da necessidade biológica.e) constitui o verdadeiro espelho da alma.VoltarLíngua Portuguesa - Realismo/ NaturalismoAvançar


15. UFMS A respeito do romance O Ateneu, de Raul Pompéia, é correto afirmar que:(01) o universo do internato caracteriza-se como um espaço de desilusão para os sonhos infantisde Sérgio, carregado de pessimismo e repleto de adversidades, deixando para trás a “estufade carinho” na qual o narrador-personagem vivera até seu ingresso no Colégio Ateneu.(02) o tempo da narrativa não é o mesmo das vivências da personagem, uma vez queSérgio procura recuperar fatos e sensações experimentados no passado e guardadosem sua memória.(04) o tema da saudade é uma constante nos textos realistas, e também em O Ateneu, postoque o passado é uma realidade imutável e invariável, sendo sempre fonte de umafelicidade plena que escapa ao fingimento e à hipocrisia do presente.(08) o narrador, Sérgio, não participa dos relatos aos quais faz referência.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.516. UFGO O Ateneu, de Raul Pompéia, reúne diversas tendências do romance do final doséculo XIX.A veracidade de tal afirmação pode ser comprovada com os seguintes argumentos:( ) o romance apresenta traços do Realismo-Naturalismo, considerando-se que há umestudo do cotidiano do Segundo Império brasileiro e uma atenção ao meio social,entendido como responsável pelo condicionamento das personagens.( ) o romance reafirma alguns procedimentos temático-formais da tradição romântica,como o triângulo amoroso vivido pelo narrador-personagem e o final feliz, que marcaa reconciliação entre o jovem estudante e o diretor do colégio.( ) o caráter memorialista do romance reforça as teses naturalistas apresentadas ao longodo relato, pois o tratamento objetivo dado aos fatos privilegia o caráter documental,em detrimento das recordações de um adulto ressentido com seu passado.( ) os aspectos autobiográficos presentes na narrativa, uma das características fundamentaisdo Realismo, dizem respeito, principalmente, à personagem dr. Cláudio,médico do colégio e pai autoritário do estudante Sérgio, um adolescente quedemonstra desconhecer o ambiente hostil do internato.INSTRUÇÃO: Para responder às questões 17 e 18, ler o texto que segue.“Olhos de ressaca? Vá, de ressaca. É o que me dá idéia daquela feição nova. Traziam não seique fluido misterioso e enérgico, uma força que arrastava para dentro, como uma vaga que seretira da praia, nos dias de ressaca.”GABARITO17. PUC-RS A imagem poética central do texto em questão recorre a elemento da naturezapara caracterizar o olhar da protagonista da narrativa. Dessa forma, evidencia-se a capacidadede ……… da personagem, apresentada ao leitor a partir de uma abordagem ………,típica da escola ……… .a) sedução interiorizada realistab) reflexão enigmática realistac) sedução estereotipada naturalistad) observação idealizada românticae) argumentação psicológica naturalistaIMPRIMIR18. PUC-RS O texto em questão demonstra uma vertente da produção literária do final doséculo XIX. Ao mesmo tempo, a visão do homem como ser ……… manifesta-se em outratendência da época, denominada ………, diretamente marcada pelo desenvolvimento daciência positivista, como se pode observar na obra de ……… .a) racional Realismo Machado de Assisb) irracional Naturalismo Joaquim Manuel de Macedoc) sensível Simbolismo Aluísio Azevedod) impassível Parnasianismo Raul Pompéiae) instintivo Naturalismo Aluísio AzevedoVoltarLíngua Portuguesa - Realismo/ NaturalismoAvançar


19. U.Católica-GOTexto I“Canção de ExílioUm dia segui viagemSem olhar sobre o meu ombro.Não vi terras de passagensNão vi glórias nem escombros.Guardei no fundo da malaUm raminho de alecrim.Apaguei a luz da sala.Que ainda brilhava por mim.Fechei a porta da ruaA chave joguei ao mar.Andei tanto nesta ruaQue já não sei mais voltar.”6PAES, José Paulo. Prosas seguidas de odes mínimas. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.Texto II“Aristarco, sentado, de pé, cruzando terríveis passadas, imobilizando-se a repentes inesperados,gesticulando como um tribuno de meetings, clamando como um auditório de dez mil pessoas,majestoso sempre, alçando os padrões admiráveis, como um leiloeiro, e as opulentas faturas,desenrolou, com a memória de uma última conferência, a narrativa dos seus serviços à causasanta da instrução. Trinta anos de tentativas e resultados, esclarecendo como um farol diversasgerações agora influentes no destino do País! E as reformas futuras não bastava a abolição doscastigos corporais, o que já dava uma benemerência passável. Era preciso a introdução de métodosnovos, supressão absoluta dos vexames de punição, modalidades aperfeiçoadas no sistemadas recompensas, ajeitação dos trabalhos, de maneira que seja a escola um paraíso; adoção denormas desconhecidas cuja eficácia ele pressentia, perspicaz como as águias. Ele havia de criar…um horror, a transformação moral da sociedade!Uma hora trovejou-lhe à boca, em sangüínea eloqüência, o gênio do anúncio. Miramo-lo nainteira expansão oral, como, por ocasião das festas, na plenitude da sua vivacidade prática. Contemplávamos(eu com aterrado espanto) distendido em grandeza épica — o homem sanduíche daeducação nacional, lardeado entre dois monstruosos cartazes. Às costas, o seu passado incalculávelde trabalhos; sobre o ventre, para a frente, o seu futuro: a réclame dos imortais projetos.”POMPÉIA, Raul. O Ateneu. Rio de Janeiro: Ediouro, 1970.GABARITOIMPRIMIR( ) O poema de José Paulo Paes lembra a Canção do Exílio de Gonçalves Dias apenas noseu título e nos versos de sete sílabas, pois a temática e o enfoque de ambos sãoabsolutamente divergentes.( ) É correto afirmar que, enquanto a Canção do Exílio de Gonçalves Dias está centradano sentimento saudosista e na declaração de amor à pátria, a Canção de Exílio de JoséPaulo Paes apresenta o desejo do eu-lírico de fugir de si mesmo como forma devencer a própria angústia.( ) O autor de O Ateneu faz o jogo da sinceridade e manipula a eloqüência escrita comoarma do instinto. Para satisfazê-lo no mesmo nível da representação literária, a sociedade,microscópica em O Ateneu, teria de ser destruída. Américo, o incendiário, éa personificação do instinto bruto capaz de vencer a força repressora de Aristarco.( ) No decorrer da narrativa de O Ateneu há todo um processo de desmistificação dafigura do diretor, que, de um lado, continua ostentando a face de um deus olímpico eintocável, e, de outro, revela suas facetas humanas, muitas vezes mesquinhas.( ) Ema (as mesmas letras da palavra mãe) é a figura mais materialista do romance OAteneu. No entanto, a esposa de Aristarco representa, para Sérgio, a materialidade dafigura materna.( ) Retomando a idéia de que “Aristarco todo era um anúncio”, referente ao caráter autopropagandistado diretor, o narrador, em O Ateneu, reforça-o com a idéia de “homem-sanduíche”,ou seja, a desses carregadores de cartazes com anúncios à frente e às costas.VoltarLíngua Portuguesa - Realismo/ NaturalismoAvançar


720. U.Católica-GO( ) A desilusão de Raul Pompéia em relação à sociedade em que vivia é claramentedelineada pelas personagens, quase todas tipificadas de maneira pouco elogiosa. Algumas,que a princípio parecem sobrenadar ao lugar comum, acabam por cair, verticalmente,no conceito do autor-personagem.( ) Pode-se afirmar que há no romance de Pompéia uma denúncia do patriarcalismo quevicejava ao tempo do Segundo Império. A figura de Aristarco é, a um só tempo, oprotótipo do senhor de engenho, fazendeiro, coronel, latifundiário, produtor de café epai, chefe de família, cuja vontade devia reinar absoluta.( ) A narrativa do romance de Raul Pompéia não se compõe de uma tessitura dramáticadeterminante de um argumento ou de uma história narrada, passível de reconstituição.Em razão disso, pode-se dizer que contradiz os processos realistas de abordagemou observação.( ) “E duramente se marcavam distinções políticas, distinções financeiras, distinçõesbaseadas na crônica escolar do discípulo, baseadas na razão discreta das notas doguarda-livros”. O advérbio duramente, no passo, serve para estabelecer uma ambigüidadeque se pode interpretar como:a) dificilmente,b) de maneira notável, fortemente.“Confusamente ocorria-me a lembrança do meu papelzinho de namorada faz-de-conta,e eu levava a seriedade cênica a ponto de galanteá-lo, ocupando-me com o laço dagravata dele, com a mecha de cabelo que lhe fazia cócegas aos olhos; soprava-lhe aoouvido segredos indistintos para vê-lo rir, desesperado de não perceber.”( ) Uma das denúncias feitas por Raul Pompéia a respeito do Ateneu é sobre o homossexualismoque marcava o quotidiano do internato. O passo anterior faz referência aopróprio autor que, em outro momento, teria dito: “Estimei-o femininamente porqueera grande, forte, bravo…” referindo-se a Bento Alves.( ) Podemos afirmar que O Ateneu é um trabalho de recriação autobiográfica que revelauma personalidade bastante forte, embora sensível, perfeitamente adaptada eajustada ao meio ambiente e aos valores da educação modelar, propiciada por uminternato a um jovem, o narrador, na época do Segundo Império.GABARITO21. U. F. Santa Maria-RS Considere a afirmativa:As personagens podem ser divididas entre os vencedores, como João Romão, e os humildesque se consomem no trabalho pela própria sobrevivência.Assinale a alternativa que identifica obra, autor e período relacionados com a afirmativaanterior.a) O Ateneu – Raul Pompéia – Naturalismo.b) Cinco minutos – José de Alencar – Romantismo.c) O cortiço – Aluísio Azevedo – Naturalismo.d) Memórias sentimentais de João Miramar – Oswald de Andrade – Modernismo.e) A moreninha – Joaquim Manuel de Macedo – Romantismo.IMPRIMIR22. UFRS Considere o enunciado abaixo e as três possibilidades para completá-lo.Em A Cidade e as Serras, de Eça de Queirós, através das personagens Zé Fernandes eJacinto de Tormes, que vivem uma vida sofisticada na Paris finissecular, percebe-se:I. uma visão irônica da modernidade e do progresso através de descrições de inventosreais e fictícios.II. uma consciência dos conflitos que a vida moderna traz ao indivíduo que vive nasgrandes cidades.III. uma mudança progressiva quanto ao modo de valorizar a vida junto à natureza e osbenefícios dela decorrentes.Quais estão corretas?a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e II. e) I, II e III.VoltarLíngua Portuguesa - Realismo/ NaturalismoAvançar


23. UFRS Considere as afirmações abaixo sobre a obra de Eça de Queirós.I. O Crime do Padre Amaro e O Primo Basílio são romances com que o autor pretendedefender uma tese.II. A ironia é um recurso literário freqüentemente usado pelo autor para exercer a críticasocial.III. O romance A Cidade e as Serras é típico da fase naturalista do escritor.Quais estão corretas?a) Apenas I. d) Apenas II e III.b) Apenas I e II. e) I, II e III.c) Apenas I e III.824. UFSE Considere os seguintes fragmentos:I. A mocinha elevou o olhar ao céu, não para contemplar as estrelas, mas para sondar ospróprios sentimentos, desgarrados e viajantes. Não logrando reconhecê-los na vastidãoinfinita, fechou os olhos e cuidou que ia desfalecer à vibração daquele amor.II. Num repelão, afastou de si a rapariga, para que a força lúbrica não viesse a matar o amorpróprioque lhe restara. Mas foi em vão: no minuto seguinte, o ímpeto do macho o assaltoue o empurrou contra a mulher, em cujos olhos estampava a combustão faminta dodesejo.III. Na fronte calma e lisa como mármore polido, a luz do ocaso esbatia um róseo e suavereflexo, di-la-íeis misteriosa lâmpada de alabastro guardando no seio diáfano o fogoceleste da inspiração.Em relação a esses fragmentos, é correto afirmar:a) somente II ilustra o estilo da prosa naturalista.b) somente I e II ilustram a idealização dos românticos.c) I e III lembram Machado de Assis; II exemplifica a linguagem de Bernardo Guimarães.d) I e III lembram Aluísio Azevedo; II exemplifica a linguagem de Machado de Assis.e) I, II e III ilustram o mesmo estilo de prosa ficcional.GABARITOIMPRIMIR25. PUC-PR Identifique as temáticas abordadas em obras representativas do Realismo brasileiro:I. O cortiço, de Aluísio de Azevedo.II. Quincas Borba, de Machado de Assis.III. Bom-Crioulo, de Adolfo Caminha.IV. O Ateneu, de Raul Pompéia.( ) Romance de formação, narra as dificuldades do garoto Sérgio no internato.( ) Narrativa em que o capitalista Rubião dilapida seu patrimônio e enlouquece depoisde se ver envolvido com o casal Sofia-Palha.( ) Narra as dificuldades de um marinheiro forte, levado pela circunstância de seu tempoe de seu meio a praticar um crime de morte.( ) Em um dos núcleos de ação do romance, o português Jerônimo apaixona-se pelabrasileira Rita Baiana.A seqüência correta é:a) IV, II, III, I.b) III, II, IV, I.c) IV, III, I, II.d) II, IV, III, I.e) III, IV, I, II.VoltarLíngua Portuguesa - Realismo/ NaturalismoAvançar


26. Univali-SC Leia o texto e assinale o item que completa correta e respectivamente as lacunas:“1998 marca o 90º aniversário da morte de Machado de Assis, escritor representativo do ……brasileiro, introdutor …… em nossa Literatura. Criou personagens marcantes entre elas ……,famosa pela polêmica em torno de sua traição. Também é lembrado por ser o fundador …… .”a) Simbolismo – da sátira – Flora – da Imprensa Nacionalb) Naturalismo – da degradação – Conceição – da Academia Fluminense de Letrasc) Romantismo – do suspense – Marcela – da Academia dos Esquecidosd) Realismo – da ironia – Capitu – da Academia Brasileira de Letrase) 1ª fase do Modernismo – da irreverência – Virgília – do Teatro Municipal de São PauloINSTRUÇÃO: Para responder à questão 27, analisar as afirmativas que seguem, sobre aobra de Machado de Assis.I. Reflete sem “retoques” uma sociedade impiedosa.II. Rompe com a linearidade narrativa.III. Introduz um narrador que dialoga com o leitor.927. PUC-RS Pela análise das afirmativas, conclui-se que está correta a alternativa:a) somente I d) II e IIIb) somente II e) I, II e IIIc) I e II28. Unifor-CE“O modo pelo qual agora se vê e se expressa a realidade é muito mais radical e unilateral do queo enfoque simplesmente ‘realista’. Trata-se, na verdade, de um modo de considerar o homemcomo produto do meio e das forças do instinto animal, numa visão fatalista e determinista, para aqual a literatura contribui dando ênfase aos detalhes, sublinhando o lado material da vida, documentandoos limites humanos com o rigor de uma demonstração científica.”GABARITOIMPRIMIRO trecho acima está tratando:a) da arte parnasiana. d) da prosa naturalista.b) do regionalismo romântico. e) da última geração romântica.c) da primeira fase do Modernismo.29. UFSEAssinale como VERDADEIRAS as frases que fazem uma afirmação correta e como FAL-SAS aquelas em que isso não ocorre.( ) O subtítulo “crônica de saudades” dado por Raul Pompéia ao seu romance O Ateneuacentua a interferência da memória e seus processos subjetivos na maneira realista deobservar a vida.( ) O conto realista identifica-se pela estrutura rigorosa de começo, meio e fim; e peloepílogo próximo da realidade concreta e histórica.( ) Condoreirismo é o nome dado a uma corrente da poesia romântica, de cunho social, emfavor dos novos ideais políticos, de liberdade do espírito e da palavra, e os da abolição daescravatura, em que se encontram os poemas de Castro Alves e Tobias Barreto.( ) O Ateneu — em que o narrador, já adulto, relembra sua vida no colégio interno — eMemórias Póstumas de Brás Cubas — em que o narrador, já defunto, retoma suahistória de vida — são dois romances bastante semelhantes, especialmente quanto àmaneira de mostrar a realidade.( ) A época marcada pela corrente estética do Realismo/Naturalismo assinala, no Brasil,além da dinamização e consolidação da vida nacional, a aceitação da cultura emgeral, e do escritor, como elemento integrante da vida social.VoltarLíngua Portuguesa - Realismo/ NaturalismoAvançar


30. UFSENo século XIX, verificou-se uma passagem da prosa idealizante, por vezes amena e ingênua,para uma prosa que visa à caracterização objetiva tanto do mundo social quanto daspersonagens que nele se movem. Pode-se acompanhar essa passagem confrontando-se, naseqüência dada, os seguintes romances:a) A Moreninha e Dom Casmurro.b) O Ateneu e Triste Fim de Policarpo Quaresma.c) O Guarani e Triste Fim de Policarpo Quaresma.d) A Moreninha e Noite na Taverna.e) O Ateneu e Dom Casmurro.31. UFMAEça de Queirós, em O primo Basílio, sustenta como uma de suas teses acrítica ao movimento romântico, como na descrição de um dos personagens,o literato Ernesto Ledesma:10“(...) Pequenino, linfático, os seus membros franzinos, ainda quasetenros, davam-lhe um aspecto débil de colegial; o buço, delgado, empastadoem cera-mostache arrebitava-se aos cantos em pontas afiadascomo agulhas; e na cara chupada, os olhos repolhudos amorteciam-secom um quebrado langoroso.”Nessa descrição, a crítica ao Romantismo evidencia-se quando do emprego de:a) atributos que elevam a condição moral de Ernesto Ledesma, como “membros quasetenros”, “buço delgado” e “aspecto de colegial”.b) adjetivos depreciativos como “linfático”, “pequenino” e “débil”, além da imagem conotativarepresentada pelo “buço que se arrebitava aos cantos em pontas afiadas comoagulhas”.c) verbos no pretérito imperfeito, como “davam-lhe”, “arrebitava-se” e “amorteciam-se”,sugerindo a continuidade da ação que começou no passado.d) elipses verbais, com o intuito de tornar o texto mais enxuto e preciso, satisfazendo,assim, uma das características do Realismo: a objetividade.e) metáforas e comparações inusitadas, como “olhos repolhudos” e “pontas afiadas comoagulhas”, na tentativa de enaltecer o caráter do personagem-escritor.GABARITO32. UFPBNo romance Dom Casmurro, ao lembrar o dia da revelação do amor de Capitu, o narradorescreve:“Confissão de crianças, tu valias bem duas ou três páginas, mas quero ser poupado. Em verdade,não falamos nada; o muro falou por nós. Não nos movemos, as mãos é que se estenderampouco a pouco, todas quatro, pegando-se, apertando-se, fundindo-se. Não marquei a hora exatadaquele gesto. Devia tê-la marcado; sinto a falta de uma nota escrita naquela mesma noite, e queeu poria aqui com os erros de ortografia que trouxesse, mas não traria nenhum, tal era a diferençaentre o estudante e o adolescente. Conhecia as regras do escrever, sem suspeitar as do amar;tinha ‘orgias de latim’ e era virgem de mulheres.”IMPRIMIRNesse trecho do romance verifica-se que:a) a narrativa é construída a partir dos registros escritos do narrador.b) a passagem nega o comportamento ingênuo de Bentinho.c) a frase “sinto a falta de uma nota escrita naquela mesma noite” supõe que o narrador,agora velho, não confia inteiramente naquilo que narra.d) o registro de detalhes é sinal inequívoco do desprezo do narrador pela personagem Capitu.e) a passagem aponta para o desnível intelectual existente entre Bentinho e Capitu.VoltarLíngua Portuguesa - Realismo/ NaturalismoAvançar


33. Uneb-BA“Rita, essa noite, recolhera-se aflita e assustada. Deixara de ir ter com o amante e mais tardeadmirava-se como fizera semelhante imprudência; como tivera coragem de pôr em prática justamenteno momento mais perigoso, uma coisa que ela, até aí, não se sentira com ânimo de praticar.No íntimo respeitava o capoeira; tinha-lhe medo. Amara-o a princípio por afinidade de temperamento,pela irresistível conexão do instinto luxurioso e canalha que predominava em ambos,depois continuou a estar com ele por hábito, por uma espécie de vício que amaldiçoamos sempoder largá-lo; mas desde que Jerônimo propendeu para ela, fascinando-a com a sua tranqüilaseriedade de animal bom e forte, o sangue da mestiça reclamou os seus direitos de apuração, eRita preferiu no europeu o macho da raça superior. O cavouqueiro, pelo seu lado, cedendo àsimposições mesológicas, enfarava a esposa, sua congênere, e queria a mulata, porque a mulataera o prazer, era a volúpia, era o fruto dourado e acre destes sertões americanos, onde a alma deJerônimo aprendeu lascívias de macaco e onde seu corpo porejou o cheiro sensual dos bodes.”AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço. São Paulo: FTD, 1993. p. 169. (Coleção Grandes Leituras).11Considerando-se o fragmento transcrito no contexto de O Cortiço, de Aluísio de Azevedo,pode-se afirmar:a) Jerônimo representa, para Rita, a possibilidade de ascensão social.b) Os personagens do texto são enfatizados em seus traços psicológicos.c) O relacionamento de Rita Baiana com Firmo fundamenta-se no respeito mútuo.d) Rita e Jerônimo são personagens que sofrem os efeitos do determinismo socioeconômico.e) O narrador, ao justificar a atração de Rita por Jerônimo, evidencia uma visão preconceituosa.Texto para as questões 34 e 35:GABARITOIMPRIMIR“Amanhecera um domingo alegre no cortiço, um bom dia de abril. Muita luz e pouco calor.As tinas estavam abandonadas; os coradouros despidos. Tabuleiros e tabuleiros de roupa engomadasaíam das casinhas, carregados na maior parte pelos filhos das próprias lavadeiras. (...)Mulheres ensaboavam os filhos pequenos debaixo da bica, muito zangadas, a darem-lhes murros,a praguejar, e as crianças berravam, de olhos fechados, esperneando. (...)Os papagaios pareciam também mais alegres com o domingo e lançavam das gaiolas frasesinteiras, entre gargalhadas e assobios. (...)Dentro da taverna, os martelos de vinho branco, os copos de cerveja nacional e os dois vinténsde parati ou laranjinha sucediam-se por cima do balcão, passando das mãos do Domingos e doManuel para as mãos ávidas dos operários e dos trabalhadores, que os recebiam com estrondosasexclamações de pândega. A Isaura, que fora num pulo tomar o seu primeiro capilé, via-se tontacom os apalpões que lhe davam.”AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço. São Paulo: Klick, 1997. p. 48-9. (Coleção Ler é Aprender)34. F. Católica de Salvador-BA É uma característica naturalista evidenciada no texto:a) Prevalência dos meios sobre os fins.b) Denúncia das desigualdades sociais.c) Preferência por grupos sociais marginalizados.d) Ênfase na satisfação de necessidades instintivas.e) Similaridade entre o comportamento humano e o instinto animal.35. PUC-RS A expressão ficcional machadiana pode ser dividida em duas fases. Na segundadelas, ……… e ……… constituem o eixo temático que conduz obras como ……… .a) ironia pessimismo Memórias Póstumas de Brás Cubasb) traição idealização Dom Casmurroc) desconfiança traição Helenad) pessimismo desconfiança Ressurreiçãoe) idealização ironia Esaú e JacóVoltarLíngua Portuguesa - Realismo/ NaturalismoAvançar


INSTRUÇÃO: Para responder às questões de 36 a 38, ler o texto que segue.“E aquilo se foi constituindo numa grande lavanderia, agitada e barulhenta, com as suas cercasde varas, as suas hortaliças verdejantes e os seus jardinzinhos de três e quatro palmos, que apareciamcomo manchas alegres por entre a negrura das limosas tinas transbordantes e o revérberodas claras barracas de algodão cru, armadas sobre lustrosos bancos de lavar. E os gotejantes jiraus,cobertos de roupa molhada, cintilavam ao sol, que nem lagos de metal branco.E naquela terra encharcada e fumegante, naquela umidade quente e lodosa, começou a minhocar,a esfervilhar, a crescer, um mundo, uma coisa viva, uma geração, que parecia brotarespontânea, ali mesmo, daquele lameiro, e multiplicar-se como larvas no esterco.”36. PUC-RS A expressão sublinhada no texto exemplifica uma característica do romance………, que é ……… .a) realista o descritivismo exaustivob) naturalista o determinismo do meio ambientec) pré-modernista a crítica social desveladad) naturalista a patologia das personagense) realista o determinismo da hereditariedade12INSTRUÇÃO: Para responder à questão 37, analisar as afirmativas que seguem, sobre o texto.I. Mostra a formação de aglomerados humanos em um centro urbano.II. Retrata a vida de seres que habitam ambientes degradados.III. Compara a vida humana à vida animal.IV. Expressa uma visão saudosista em relação à vida.37. PUC-RS Pela análise das afirmativas, conclui-se que está correta a alternativa:a) I. b) II. c) II e III. d) III e IV. e) I, II e III.38. PUC-RS No texto:a) o individual prevalece sobre o coletivo.b) o tempo não se apresenta em uma seqüência linear.c) a visão do mundo aparece influenciada pelo determinismo biológico.d) a análise do comportamento humano marca a condução da narrativa.e) a descrição do mundo objetivo predomina sobre os elementos narrativos.GABARITOIMPRIMIR39. Emescam-ES O Realismo e o Naturalismo, estilos de época contemporâneos na literaturabrasileira, têm características que os aproximam e características que os distinguem. Dasopções abaixo, há uma que não é verdadeira. Isso ocorre em:a) Enquanto o Realismo tende para uma visão biológica do homem, o Naturalismo temuma acentuada tendência e preferência por temas da patologia social.b) O Naturalismo considera o homem uma máquina guiada pela ação das leis químicas efísicas e pela hereditariedade.c) Os personagens, tanto das obras realistas, quanto das obras naturalistas, são tipos concretos,vivos, frutos da observação.d) Os autores realistas e naturalistas privilegiam em suas obras a descrição, em vez danarração.e) Os autores realistas e naturalistas preferem retratar, em suas obras, a vida contemporânea,a sua época, a retratar o passado.VoltarLíngua Portuguesa - Realismo/ NaturalismoAvançar


Texto para a questão 40:13“Bertoleza, que havia já feito subir o jantar dos caixeiros, estava de cócoras no chão, escamandopeixe, para a ceia do seu homem, quando viu parar defronte dela aquele grupo sinistro.Reconheceu logo o filho mais velho do seu primitivo senhor, e um calafrio percorreu-lhe ocorpo. Num relance de grande perigo compreendeu a situação: adivinhou tudo com a lucidez dequem se vê perdido para sempre. Adivinhou que tinha sido enganada; que a sua carta de alforriaera uma mentira, e que o seu amante, não tendo coragem para matá-la, restituía-a ao cativeiro.Seu primeiro impulso foi de fugir. Mal, porém, circunvagou os olhos em torno de si, procurandoescapulir, o senhor adiantou-se dela e segurou-lhe o ombro.— É esta! Disse aos soldados que, com um gesto, intimaram a desgraçada a segui-los. —Prendam-na! É escrava minha!A negra, imóvel, cercada de escamas e tripas de peixe, com uma das mãos espalmada no chãoe com a outra segurando a faca de cozinha, olhou aterrada para eles, sem pestanejar.Os policiais, vendo que ela se não despachava, desembainharam os sabres. Bertoleza então,erguendo-se com ímpeto de anta bravia, recuou de um salto, e antes que alguém conseguissealcançá-la, já de um só golpe certeiro e fundo rasgara o ventre de lado a lado.E depois emborcou para a frente, rugindo e esfocinhando moribunda numa lameira de sangue.João Romão fugira até o canto mais escuro do armazém, tapando o rosto com as mãos.Nesse momento parava à porta da rua uma carruagem. Era uma comissão de abolicionistas quevinha, de casaca, trazer-lhe respeitosamente o diploma de sócio benemérito.Ele mandou que os conduzissem para a sala de visitas.”AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço. Cap. XXXIII, p. 164-5. Rio de janeiro: Ediouro, s.d.40. PUC-RJ O texto corresponde à cena em que a escrava fugida Bertoleza comete suicídio,quando se depara com os policiais que vêm capturá-la, após denúncia de seu paradeirofeita por João Romão, o amante. Leia-o atentamente e responda às questões propostas em“a” e “b”.a) Explique uma característica do realismo-naturalismo expressa no trecho que compreendeos 6º e 7º parágrafos (“Os policiais... de sangue”).b) Transcreva a passagem em que o leitor deduz a ironia dos acontecimentos, provocadapelo contraditório comportamento de João Romão.41. U. F. Viçosa-MG Leia atentamente a proposição:GABARITOIMPRIMIR“O Romantismo era a apoteose do sentimento; o Realismo é a anatomia do caráter. É acrítica do homem. É a arte que nos pinta a nossos próprios olhos — para nos conhecermos,para que saibamos se somos verdadeiros ou falsos, para condenar o que houver de mau nanossa sociedade.”QUEIRÓS, Eça de. In: PROENÇA FILHO, Domício. Estilos de época na literatura. São Paulo: Liceu, 1969. p. 207.O texto de Eça de Queirós reúne alguns princípios básicos do Realismo. Dentre as alternativasabaixo, assinale aquela que não está em conformidade com as definições do romancistaportuguês:a) O Realismo foi marcado por um forte espírito crítico e assumiu uma atitude mais combativadiante dos problemas sociais contemporâneos.b) As preocupações psicológicas da prosa de ficção realista levaram o romancista a uma conscientizaçãodo próprio “eu” e manifestação de sua mais profunda interioridade.c) O autor realista retratou com fidelidade a psicologia do personagem, demonstrando uminteresse maior pelas fraquezas humanas e pelos dramas existenciais.d) Em oposição à idealização romântica, o escritor realista procurou descobrir a verdadede seus personagens, dissecando-lhes o comportamento.e) O sentido de observação e análise vigente no Realismo exigiu do escritor uma posturaracional e crítica diante das contradições do homem enquanto ser social.VoltarLíngua Portuguesa - Realismo/ NaturalismoAvançar


42. U. Uberaba-MG“(...) A negra, imóvel cercada de escamas e tripas de peixe, com uma das mãos espalmadas nochão e com a outra segurando a faca de cozinha, olhou aterrada para eles, sem pestanejar.Os policiais, vendo que ela se não despachava, desembainharam os sabres. Bertoleza então,erguendo-se com ímpeto de anta bravia, recuou de um salto, e antes que alguém conseguissealcançá-la, já de um só golpe certeiro e fundo rasgara o ventre de lado a lado.E depois emborcou para a frente, rugindo e esfocinhando moribunda numa lameira desangue.”AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço.14O trecho exemplifica a seguinte característica da escola literária a que pertence:a) A personagem Bertoleza é uma heroína individual e, assim como outras no romance,não pode ser substituída pela coletividade.b) Os seres humanos, assim como a escrava Bertoleza, supostamente alforriada, são comparadosaos animais irracionais.c) A personagem apresentada no trecho é coisificada, já que a obra trata de realismo psicológico.d) Mulatos e imigrantes portugueses testemunham as condições de vida da população doRio, por isso a obra se torna panfletária e propagandista.43. U. F. Viçosa-MG Dentre as alternativas abaixo, apenas uma não contém informaçõestotalmente verdadeiras sobre Memórias Póstumas de Brás Cubas. Assinale-a:a) O personagem Brás Cubas diz o que pensa dos outros e de si mesmo com uma sinceridadeque só a maturidade póstuma lhe pôde propiciar.b) Em Memórias Póstumas de Brás Cubas, as relações sociais cedem lugar à inquiriçãosobre a alma humana, que, por sua vez, tornou-se objeto de atenção do escritor realista.c) Memórias Póstumas de Brás Cubas é uma obra típica do Realismo, na medida em quesubverte as técnicas narrativas românticas e ironiza os valores burgueses.d) O defunto autor desordena a cronologia dos fatos reconstituídos em sua memória atravésde idas e vindas em um tempo não linear.e) A narrativa machadiana insere-se na estética realista por denunciar as mazelas sociaisbrasileiras e por criticar a civilização industrial emergente.44. UFR-RJ O tema do ciúme foi abordado por Machado de Assis em Dom Casmurro:GABARITOIMPRIMIR“Capítulo CXXXVOTELOJantei fora. De noite fui ao teatro. Representava-se justamente Otelo, que eu não vira nem leranunca; sabia apenas o assunto, e estimei a coincidência. (...) O último ato mostrou-me que nãoeu, mas Capitu devia morrer. Ouvi as súplicas de Desdêmona, as suas palavras amorosas e puras,e a fúria do mouro, e a morte que este lhe deu entre aplausos frenéticos do público.— E era inocente, vinha eu dizendo rua abaixo; — que faria o público, se ela deveras fosseculpada, tão culpada como Capitu? (...)”ASSIS, Machado de. Obra completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1982.No fragmento acima, observa-se uma característica recorrente nos romances machadianos,que é a:a) crítica aos excessos sentimentais do personagem.b) ausência de monólogos interiores.c) preocupação com questões político-sociais.d) abordagem de tema circunscrito à época realista.e) análise do comportamento humano.VoltarLíngua Portuguesa - Realismo/ NaturalismoAvançar


45. U. Uberaba-MG Atente para a seguinte passagem do conto Conto de Escola, de Machadode Assis:“Na rua encontrei uma companhia do batalhão de fuzileiros, tambor à frente, rufando. Nãopodia ouvir isto quieto. Os soldados vinham batendo o pé rápido, igual, direita, esquerda, ao somdo rufo; vinham, passaram por mim, e foram andando. Eu senti uma comichão nos pés, e tiveímpeto de ir atrás deles. Já lhes disse: o dia estava lindo, e depois o tambor... Olhei para um eoutro lado; afinal, não sei como foi, entrei a marchar também ao som do rufo, creio que cantarolandoalguma cousa: Rato na casaca... Não fui à escola, acompanhei os fuzileiros, depois enfieipela Saúde, e acabei a manhã na praia de Gamboa. Voltei para casa com as calças enxovalhadas,sem pratinha no bolso nem ressentimento na alma. E contudo a pratinha era bonita e foram eles,Raimundo e Curvelo, que me deram o primeiro conhecimento, um da corrupção, outro da delação;mas o diabo do tambor...”Para Gostar de Ler. vol. 9. Contos, Ática.15Evidencia-se, nesta passagem, um procedimento típico da expressão deste autor, identificadopela:a) fantasia. Machado não é um realista comum. Apesar de original e independente, procuraseguir de modo servil as propostas do movimento literário a que pertence. Raimundoé, no conto, um personagem fascinado pelo tambor.b) ironia. Machado faz sua personagem, após aprender dentro da sala de aula, lições decorrupção de delação, reconhecer o valor do tambor e, portanto, voltar para casa com ascalças enxovalhadas, sem pratinha no bolso nem ressentimento na alma.c) embriaguez da alma. Machado constrói os personagens, reunindo seus pequenos gestos,seus mínimos pensamentos, suas contradições, revelando ao leitor, por esse processodetalhado, a segurança de quem sabe o que está fazendo.d) metalinguagem. Machado escreve sobre a problemática da esperança e aborda umpersonagem objetivo e racional. Em vez de valorizar a ação interior, desenvolve, comotodo escritor realista, uma maior preocupação com a ação exterior.INSTRUÇÃO: A questão de número 46 refere-se ao texto abaixo. Leia-o e assinale a alternativacorreta.“Os companheiros de classe eram cerca de vinte; uma variedade de tipos que me divertia. OGualtério, miúdo, redondo de costas, cabelos revoltos, motilidade brusca e caretas de símio –palhaço dos outros, como dizia o professor; o Nascimento, o bicanca, alongado por um modelogeral de pelicano, nariz esbelto, curto e largo como uma foice; o Álvares, moreno, cenho carregado,cabeleira espessa e intonsa, de vate de taverna...”POMPÉIA, Raul. O Ateneu. São Paulo: Moderna, 1994. p. 32.GABARITO46. U. Caxias do Sul-RS No fragmento acima, o uso da descrição através de símiles exagerados,com traços caricaturais, remete à corrente estética:a) impressionista.b) naturalista.c) expressionista.d) realista.e) simbolista.IMPRIMIR47. UFRS Tendo em vista as estéticas literárias brasileiras, podemos afirmar que o RealismoBrasileiro:a) foi marcado por uma intensa preocupação com o aspecto histórico da nação.b) determinou o surgimento de uma nova escrita literária cuja ênfase recaiu nas relaçõesamorosas de finais felizes.c) ao se confundir com o Naturalismo, pretendeu uma objetividade maior com vistas aretratar a realidade.d) foi o grande responsável pela afirmação de uma literatura de caráter sugestivo e ambíguo.e) veiculou uma visão idealizada da aristocracia brasileira do tempo do Império.VoltarLíngua Portuguesa - Realismo/ NaturalismoAvançar


1648. Fempar Os trechos abaixo foram extraídos de Uma Lágrima de Mulher e O Mulato, primeirosromances de Aluísio Azevedo, publicados em 1879 e 1881, respectivamente. Assinale aalternativa em cujo texto não predominam traços da escola literária que mais marcou oautor:a) “Todo o ser se lhe revolucionou; o sangue gritava-lhe, reclamando o pão do amor; seuorganismo inteiro protestava irritado contra a ociosidade. E ela então sentiu bem nítidaa responsabilidade dos seus deveres de mulher perante a natureza, compreendeu o seudestino de ternura e de sacrifícios, percebeu que viera ao mundo para ser mãe; concluiuque a própria vida lhe impunha, como lei indefectível, a missão sagrada de procriarmuitos filhos”. (O Mulato)b) “A atmosfera de um baile daquela ordem, no seu apogeu, afeta singularmente a economiaanimal dos moços. O coração como que se derrete ao calor dos galanteios, dosperfumes, das luzes, dos vinhos, dos vapores estimulantes que exalam os corpos cansadosdas mulheres, e derrama-se por todo o corpo como um filtro diabólico e sensual,que percorre e excita os tecidos orgânicos, precipitando as suas competentes funções”.(Uma Lágrima de Mulher)c) “Com estes devaneios, acudia-lhe sempre um arrepiozinho de febre; ficava excitada,idealizando um homem forte, corajoso, com um bonito talento, e capaz de matar-se porela. E, nos seus sonhos agitados, debuxava-se um vulto confuso, mas encantador, quegalgava precipícios, para chegar onde ela estava e merecer-lhe a ventura de um sorriso,uma doce esperança de casamento. E sonhava o noivado: um banquete esplêndido! Ejunto dela, ao alcance de seus lábios, um mancebo apaixonado e formoso, um conjunto deforça, graça e ternura, que a seus pés ardia de impaciência e devorava-a com o olhar emfogo.”(O Mulato)d) “Ia uma dessas noites quentes de verão, em que a natureza parece adormecida aosbeijos ardentes do sol; em que as águas dos lagos são mornas como a brisa, que acariciaos píncaros abrasados das montanhas, e a lua se ergue vermelha, como uma chaga viva(...) Uma dessas formosas noites napolitanas, em que tudo se converte em volúpia ecansaço (...) Abraçam-se nos montes os pinheiros e os ciprestes nos cemitérios;entrelaçam-se as flores no campo; amam-se feras nos covis; nos ares os passarinhos eos répteis no charco.”(Uma Lágrima de Mulher)e) “No seu desterro tinha por companhia única uma preta velha, que se encarregara deservi-lo; magra, feia, supersticiosa, arrastando-se, a coxear, pela varanda e pelos quartosdesertos, fumando um cachimbo insuportável, e sempre a falar sozinha, a mastigarmonólogos intermináveis (...) Não podia entrar com a cozinha da preta – era uma coisamuito mal amanhada – tinha nojo de beber pelos copos mal lavados; banhava comrepugnância o rosto na bacia barrada de gordura.” (O Mulato)GABARITOIMPRIMIR49. Univali-SC As descrições a seguir pertencem a diferentes períodos literários:I. “Conceição entrou na sala, arrastando as chinelinhas da alcova. Vestia um roupãobranco, mal apanhado na cintura. Sendo magra, tinha um ar de visão romântica, nãodisparatada com o meu livro de aventuras. [...] Os olhos dela não eram bem negros,mas escuros; o nariz, seco e longo, um tantinho curvo, dava-lhe ao rosto um ar interrogativo.”II. “Os grandes olhos azuis, meio cerrados, às vezes se abriam languidamente, comopara se embeberem de luz, e abaixavam de novo as pálpebras rosadas. Os lábiosvermelhos pareciam uma flor de gardênia dos nossos campos, orvalhada pelo serenoda noite; o hálito doce e ligeiro exalava-se, formando um sorriso.”III. “Ela saltou no meio da roda, com os braços na cintura, rebolando as ilhargas e bamboleandoa cabeça, ora para a esquerda, ora para a direita, com uma sofreguidão de gozocarnal num requebro luxurioso, que a punha ofegante; já correndo de barriga empinada;já recuando de braços estendidos, a tremer toda...”Identifique os períodos literários em que os textos lidos se enquadram e, a seguir, assinalea opção correta quanto à respectiva classificação:a) Realismo – Barroco – Modernismo. d) Simbolismo – Realismo – Barroco.b) Naturalismo – Realismo – Simbolismo. e) Realismo – Romantismo – Naturalismo.c) Modernismo – Romantismo – Naturalismo.VoltarLíngua Portuguesa - Realismo/ NaturalismoAvançar


50. Univali-SC“O CORTIÇODaí a pouco, em volta das bicas era um zunzum crescente; uma aglomeração tumultuosa demachos e fêmeas. Uns, após outros, lavavam a cara, incomodamente, debaixo do fio de água queescorria da altura de uns cinco palmos. O chão inundava-se. As mulheres precisavam já prender assaias entre as coxas para não as molhar; via-se-lhes a tostada nudez dos braços e do pescoço, queelas despiam suspendendo o cabelo todo para o alto do casco; os homens, esses não se preocupavamem não molhar o pêlo, ao contrário metiam a cabeça bem debaixo da água e esfregavamcom força as ventas e as barbas, fossando e fungando contra as palmas da mão. As portas daslatrinas não descansavam, era um abrir e fechar de cada instante, um entrar e sair sem tréguas.Não se demoravam lá dentro e vinham ainda amarrando as calças ou as saias; as crianças não sedavam ao trabalho de lá ir, despachavam-se ali mesmo, no capinzal dos fundos, por detrás daestalagem ou no recanto das hortas.”Aluísio Azevedo.17São características do Naturalismo presentes no texto acima:a) objetividade; cientificismo; impressionismo.b) preferência por temas de patologia social; objetivismo científico; determinismo.c) descrição da realidade; ênfase no momento presente; abuso de figuras de linguagem.d) observação da realidade; linguagem simples; subjetivismo.e) aspectos patológicos da realidade; conflitos individuais; descrição detalhada do ambiente.GABARITOIMPRIMIR51. UFSC Marque a(s) proposição(ões) VERDADEIRA(S).01) A literatura realista caracteriza-se por descrever a realidade objetiva e minuciosamente,de modo impessoal. Aluísio Azevedo, autor de O Cortiço, é um dos representantesdessa escola em sua vertente naturalista.02) Nos versos:“(Que vens tu fazer, Alferes,com tuas loucas doutrinas?Todos querem liberdade,Mas quem por ela trabalha?)Ah! se eu me apanhasse em Minas...”do livro Romanceiro da Inconfidência, Cecília Meireles expressa, em linguagem poética,o sentimento de desamparo de Tiradentes, mártir da inconfidência mineira.04) Em Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, o defunto-autor, descompromissadocom o mundo dos vivos, conta sua própria história, numa fria autoanálisede sua vida.08) Moacir Scliar, em Bandoleiros, permeia toda a narrativa com a figura singulardo judeu, amigo de infância que lhe povoa a memória, e mesmo de longe dásentido à sua vida: Tinha de ver o Noel. Precisava reencontrar o meu passadoenquanto ainda tinha algum significado, enquanto fazia algum sentido.16) Nos versos:Nas formas voluptuosas o SonetoTem fascinante, cálida fragrânciaE as leves, langues curvas de elegânciaDe extravagante e mórbido esqueleto., Cruz e Sousa apresenta o Soneto como “entidadeconcreta, dotada de aparência física”.VoltarLíngua Portuguesa - Realismo/ NaturalismoAvançar


1852. UFRS Leia as afirmações abaixo.“O realismo é a anatomia do caráter. É a crítica do homem. É a arte que nos pinta aosnossos olhos para condenar o que há de mau na sociedade.” (Eça de Queiroz)“... porque a nova poética (...) só chegará à perfeição no dia em que nos disser o númeroexato dos fios que compõem um lenço de cambraia ou um esfregão de cozinha.” (Machadode Assis)Assinale a alternativa incorreta em relação às afirmações de Eça de Queirós e de Machadode Assis.a) Machado de Assis expressa uma visão irônica quanto aos propósitos do realismoassumidos por Eça de Queirós.b) Há em Machado de Assis uma identificação com as idéias do autor português sobre opoder da arte realista.c) Ao questionar a perfeição da “nova poética”, Machado de Assis põe em dúvida o idealqueirosiano de realizar uma anatomia do caráter.d) Eça de Queirós deixa entrever um grande entusiasmo pelo papel a ser desempenhadopela arte realista.e) A visão do escritor brasileiro deixa clara sua convicção quanto à impossibilidade de serepresentar totalmente a realidade.GABARITOIMPRIMIR53. Unifor-CE Atente para as seguintes afirmações sobre a literatura brasileira produzida noséculo XIX:I. A diferença essencial entre um romance romântico e um romance realista está no fato deque apenas no segundo as ações das personagens se desenvolvem no espaço urbano.II. Os poetas românticos Álvares de Azevedo e Castro Alves distinguem-se quanto aotom e aos temas, sobretudo se comparamos a Lira dos vinte anos com Os escravos.III. Embora tenham sido contemporâneos, Machado de Assis e Aluísio Azevedo guardamprofundas diferenças entre si: uma delas está no fato de que o autor de Dom Casmurronão defendia as teses deterministas que se encontram no autor de Casa de pensão.Está correto o que se afirma em:a) II, somente.b) I e II, somente.c) I e III, somented) II e III, somente.e) I, II e III.54. Unifor-CE Considere os seguintes fragmentos:I. José Dias amava os superlativos. Era um modo de dar feição monumental às idéias;não as havendo, servia a prolongar as frases.II. Quando lhe acontecia o que ficou contado, era costume de Aires sair cedo, a espairecer.III. O fundador da minha família foi um certo Damião Cubas, que floresceu na primeirametade do século XVIII.Elementos constantes desses fragmetnos remetem a:a) romances de Machado de Assis.b) contos de Machado de Assis.c) romances de José de Alencar.d) contos de Monteiro Lobato.e) romances de Monteiro Lobato.VoltarLíngua Portuguesa - Realismo/ NaturalismoAvançar


Textos para a questão 55:I“— Algum tempo hesitei se deveria abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poriaem primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Eu não sou propriamente um autor defunto,mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; (…) Moisés, que também contou a suamorte, não a pôs no intróito, mas no cabo; diferença radical entre este livro e o Pentateuco.”ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas.II“— és filho de uma pisadela e de um beliscão; mereces que um pontapé te acabe a casta. (…)O menino suportou tudo com coragem de mártir, apenas abriu ligeiramente a boca quando foilevantado pelas orelhas: mal caiu, ergueu-se, embarafustou pela porta fora, e em três pulos estavadentro da loja do padrinho, e atracando-se-lhe às pernas.”ALMEIDA, Manuel A. de. Memórias de um Sargento de Milícias.1955. UFPE Após a leitura atenta dos textos I e II, assinale a alternativa correta.a) Apesar de ambos os romances intitularem-se ‘memórias’, o primeiro não é contado em1ª pessoa e relata a vida do protagonista depois que se torna sargento de milícias; já otexto de Machado traz um “defunto autor”.b) Manuel de Almeida aproxima-se da linguagem coloquial falada no Brasil de seu tempo,enquanto Machado de Assis, não.c) O texto de Manuel de Almeida, considerado precursor do Realismo em nossas letras, eo de Machado traduzem o cientificismo dominante na época.d) No texto II, o autor descreve a forma de tratar as crianças na nobreza no Rio de Janeirode D. João VI.e) É característica notória da obra de Machado a ironia, traço que não é apresentado no texto I.56. Unifor-CE “O seu tempo era também o tempo da educação do leitor brasileiro, da qualeste autor participa de forma tão decisiva com …… . Romancistas e poetas brasileirosque, como …… , viveram o apogeu …… , sentiram e expressaram mudanças muito significativasno modo de fazer cultura.”Preenchem corretamente as lacunas do período acima, na ordem dada, os seguintes elementos:a) Quincas Borba – Machado de Assis – da luta pela independência.b) Memórias Póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis – do reinado de D. Pedro II.c) O Ateneu – Raul Pompéia – do reinado de D. Pedro I.d) O Cortiço – Aluísio Azevedo – da consolidação da monarquia.e) Casa de Pensão – Aluísio Azevedo – do reinado de D. Pedro I.GABARITOIMPRIMIR57. UFSE( ) No romance D. Casmurro, com as frases “o fim evidente de atar as duas pontas davida” e “recompor o que foi”, Machado de Assis mostra, muito além dos fatos em si,as intenções e ressonâncias que os envolvem e que surgem das descrições das personagense comentários, aparentemente insignificantes, ao longo da narrativa.( ) Senhora, apesar de ser um romance que se enquadra na época romântica, desvia-sedeste ideário estético, ao mostrar o dinheiro como elemento que conspurca o amor, oqual, portanto, não se realiza.( ) É correto afirmar-se que Amâncio, do romance Casa de pensão, foi um dos tiposmais marcantes criados por Aluísio Azevedo — uma personagem forte que sobressaino romance, no meio de uma galeria de outros tipos.( ) Em D. Casmurro observa-se, em síntese, uma visão otimista da sociedade, na figurade José Dias, o agregado, que é o exemplo dos hábitos e padrões familiares do Rio deJaneiro nos meados do século XIX.( ) Um cientificismo de sabor popular tangencia a narrativa de Casa de pensão, em queos episódios da infância, mesmo os aparentemente insignificantes — e mais tarde omeio — modelam o caráter das personagens e decretam a direção que eles devemtomar.VoltarLíngua Portuguesa - Realismo/ NaturalismoAvançar


58. UFBA“Quando Pádua, vindo pelo interior, entrou na sala de visitas, Capitu, em pé, de costas paramim, inclinada sobre a costura, como a recolhê-la, perguntava em voz alta:— Mas, Bentinho, que é protonotário apostólico?— Ora, vivam! exclamou o pai.— Que susto, meu Deus!Agora é que o lance é o mesmo; mas se conto aqui, tais quais, os dois lances de há quarentaanos, é para mostrar que Capitu não se dominava só em presença da mãe, o pai não lhe meteumais medo. No meio de uma situação que me atava a língua, usava da palavra com a maioringenuidade deste mundo. A minha persuasão é que o coração não lhe batia mais nem menos.Alegou susto, e deu à cara um ar meio enfiado; mas eu, que sabia tudo, vi que era mentira e fiqueicom inveja. Foi logo falar ao pai, que apertou a minha mão, e quis saber por que a filha falava emprotonotário apostólico. Capitu repetiu-lhe o que ouvira de mim, e opinou logo que o pai devia ircumprimentar o padre em casa dele; ela iria à minha. E coligindo os petrechos da costura, enfioupelo corredor, bradando infantilmente:— Mamãe, jantar, papai chegou!”ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. São Paulo: Ática, 1999. p. 64.20GABARITOA leitura do fragmento e de todo o romance permite afirmar:(01) Bentinho simboliza o indivíduo resistente às influências advindas das pessoas e dascircunstâncias que o rodeiam.(02) As ações de Capitu retratam-na como uma personalidade que se impõe e que faz delaprópria a autora do seu destino.(04) O recurso freqüente à fala direta das personagens dá-se em função de o autor imprimirnaturalidade na divulgação do ideário religioso que pretende difundir.(08) Os flagrantes em que os dois protagonistas são surpreendidos põem em realce a dissimulaçãode Capitu, um dado importante em favor da idéia de traição alimentadapor Bentinho.(16) O relato de experiências frustrantes constitui estratégia do eu-narrador para justificaro conflito existencial que o marca.(32) A possibilidade de ascensão na carreira sacerdotal, sinônimo de projeção social e devantagem econômica, faz crescer na mãe de Bentinho a vontade de enviá-lo ao seminário.(64) A ambigüidade da personagem feminina funciona como motivo para que conflitos edesajustes se instalem no espaço que deveria ser de harmonia e de realização pessoal.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.59. UFRN O romance D. Casmurro pode ser esquematizado da seguinte forma:1ª parte 2ª parteIMPRIMIRO amor adolescente entre Bentinho e Capitu O casamento de Bentinho e CapituCom base nesse esquema, é correto afirmar:a) Na primeira parte do romance, Bentinho acredita que a dissimulação de Capitu estárelacionada à classe social da moça.b) Na segunda parte do romance, os diversos capítulos de curta extensão atestam o ciúmede Bentinho.c) Nas duas partes do romance, os fatos narrados provocam em Bentinho sentimentosprazerosos e amargurados.d) Nas duas partes do romance, as fantasias de Bentinho aceleram as ações, encobrindo,propositalmente, os ciúmes em relação a Capitu.VoltarLíngua Portuguesa - Realismo/ NaturalismoAvançar


60. UFPB “…Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis; nada menos.Meu pai, logo que teve aragem dos onze contos, sobressaltou-se deveras; achou que o casoexcedia as raias de um capricho juvenil.”Na passagem acima, extraída do romance Memórias Póstumas de Brás Cubas, percebe-seque o narrador:a) sugere apenas que Marcela o amou por pouco tempo.b) expressa de forma metafórica o amor interesseiro de Marcela.c) apresenta uma imagem romântica do amor.d) idealiza a figura feminina ao retratar a devoção amorosa de Marcela.e) demonstra pesar e dor pelo fim do romance.61. Uneb-BA21GABARITOIMPRIMIR“Daí em diante foi uma coleta desenfreada. Um homem não podia dar nascença ou cursoà mais simples mentira do mundo, ainda daquelas que aproveitam ao inventor ou divulgador, quenão fosse logo metido na Casa Verde. Tudo era loucura. Os cultores de enigmas, os fabricantes decharadas, de anagramas, os maldizentes, os curiosos da vida alheia, os que põem todo o seucuidado na tafularia, um ao outro almotacé enfunado, ninguém escapava aos emissários do alienista.Ele respeitava as namoradas e não poupava as namoradeiras, dizendo que as primeirascediam a um impulso natural e as segundas a um vício. Se um homem era avaro ou pródigo, ia domesmo modo para a Casa Verde; daí a alegação de que não havia regra para a completa sanidademental. Alguns cronistas crêem que Simão Bacamarte nem sempre procedia com lisura, e citamem abono da afirmação (que não sei se pode ser aceita) o fato de ter alcançado da câmara umapostura autorizando o uso de um anel de prata no dedo polegar da mão esquerda, a toda apessoa que, sem outra prova documental ou tradicional, declarasse ter nas veias duas ou trêsonças de sangue godo. Dizem esses cronistas que o fim secreto da insinuação à câmara foi enriquecerum ourives amigo e compadre dele; mas, conquanto seja certo que o ourives viu prosperaro negócio depois da nova ordenação municipal, não o é menos que essa postura deu à CasaVerde uma multidão de inquilinos; pelo que, não se pode definir, sem temeridade, o verdadeirofim do ilustre médico. Quanto à razão determinativa da captura e aposentação na Casa Verde detodos quantos usaram do anel, é um dos pontos mais obscuros da história de Itaguaí; a opiniãomais verossímil é que eles foram recolhidos por andarem a gesticular, à toa, nas ruas, em casa, naigreja. Ninguém ignora que os doidos gesticulam muito. Em todo caso, é uma simples conjetura;de positivo, nada há.”ASSIS, Machado de. O alienista. 25. ed. São Paulo: Ática, 1995. p. 38-9. (Série Bom Livro)Tendo-se em vista o fragmento no contexto do conto, é correto afirmar:a) O narrador, através das ações de Simão Bacamarte, faz uma apologia ao conhecimentocientífico.b) Crispim Soares, ao aderir à rebelião dos Canjicas, mostra a firmeza de suas convicçõespolíticas.c) O “ilustre médico”, na condição de homem das ciências, porta-se com absoluta imparcialidadee honestidade.d) Porfírio das Neves, o barbeiro, representa, na narrativa, o oportunismo político.e) O narrador, em face do narrado, mantém uma atitude de distanciamento.VoltarLíngua Portuguesa - Realismo/ NaturalismoAvançar


62. UFRN Leia o capítulo Os vermes da obra D. Casmurro, de Machado de Assis:“‘Ele fere e cura!’ Quando, mais tarde, vim a saber que a lança de Aquiles também curou umaferida que fez, tive tais ou quais veleidades de escrever uma dissertação a este propósito. Chegueia pegar em livros velhos, livros mortos, livros enterrados, a abri-los a compará-los, catando o textoe o sentido, para achar a origem comum do oráculo pagão e do pensamento israelita. Catei ospróprios vermes dos livros, para que me dissessem o que havia nos textos roídos por eles.— Meu senhor, respondeu-me um longo verme gordo, nós não sabemos absolutamente nadados textos que roemos, nem escolhemos o que roemos, nem amamos ou detestamos o queroemos: nós roemos.Não lhe arranquei mais nada. Os outros todos, como se houvessem passado palavra, repetiama mesma cantilena. Talvez esse discreto silêncio sobre os textos roídos fosse ainda um modo deroer o roído.”22Nesse capítulo, constata-se que:a) o narrador, diante da atitude dos vermes, aceita a idéia de que escrever é uma açãoracional.b) o narrador, diante da atitude dos vermes, conclui que os livros são a única fonte deconhecimento.c) a personificação dos vermes contradiz as características do naturalismo.d) a personificação dos vermes produz um afastamento da estética realista.63. UFRN No painel dos personagens secundários, o agregado José Dias destaca-se porque:a) tem comportamento peculiar que interfere nas reminiscências de Bentinho.b) é um personagem culto, típico da época em que se passa a história.c) participa do cotidiano familiar e influencia as decisões de dona Glória.d) é o personagem que acoberta os interesses ardilosos da esposa do narrador.Texto para as questões de 64 a 66.GABARITOIMPRIMIR“Óbito do autorAlgum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria emprimeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelonascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu nãosou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço;a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo.”ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. Capítulo primeiro.64. Fuvest-SP Considerando-se este fragmento no contexto da obra a que pertence, é corretoafirmar que, nele,a) o discurso argumentativo, de tipo racional e lógico, apresenta afirmações que ultrapassama razão e o senso comum.b) a combinação de hesitações e autocrítica já caracteriza o tom de arrependimento comque o defunto autor relatará sua vida improdutiva.c) as hesitações e dúvidas revelam a presença de um narrador inseguro, que teme assumira condução da narrativa e a autoridade sobre os fatos narrados.d) as preocupações com questões de método e as reflexões de ordem moral mostram umnarrador alheio às meras questões literárias, tais como estilo e originalidade.e) as considerações sobre o método e sobre a lógica da narração configuram o modo característicode se iniciar o romance no Realismo.VoltarLíngua Portuguesa - Realismo/ NaturalismoAvançar


65. Fuvest-SP Comparando-se Brás Cubas e Macunaíma, é correto afirmar que, apesar dediferentes, ambosa) possuem muitos defeitos, mas conservam uma ingenuidade infantil, isenta de traços demalícia e de egoísmo.b) tiveram seu principal relacionamento amoroso com mulheres tipicamente submissas,desprovidas de iniciativa.c) não trabalham, caracterizando-se pela ausência de qualquer demanda ou busca que lhesmobilize o interesse.d) narram suas histórias diretamente ao leitor, em primeira pessoa, depois de mortos: BrásCubas, como defunto autor; Macunaíma, utilizando-se do papagaio.e) têm a vida avaliada, na parte final dos relatos, em um pequeno balanço, ou breve avaliaçãode conjunto, com resultado negativo.2366. Fatec-SP É possível perceber certas palavras e expressões que indicam oposição entre avisão romântica do mundo e as fortes marcas realistas do texto. Assinale a alternativa emque as expressões destacadas melhor indicam esse tipo de relação.a) “modesta e negra”, “negra como a noite” x “farpinhas da cabeça”, “espairecendo suasborboletices”.b) “um céu azul, que é sempre azul para todas as asas” x “um ar divino, uma estaturacolossal”.c) “imensidade azul”, “alegria das flores”, “pompa das folhas verdes” x “uma toalha derosto, dous palmos de linho cru”.d) “restituiu-me a consolação”, “as próvidas formigas” x “uni o dedo grande ao polegar,despedi um piparote”.e) “A borboleta pousou-me na testa”, “o retrato de meu pai” x “contemplar o cadáver”,“ter nascido azul”.Texto para a questão 67:GABARITOIMPRIMIR“Saí dali a saborear o beijo. Não pude dormir; estirei-me na cama, é certo, mas foi o mesmo quenada. Ouvi as horas todas da noite. Usualmente, quando eu perdia o sono, o bater da pêndulafazia-me muito mal; esse tique-taque soturno, vagaroso e seco parecia dizer a cada golpe que euia ter um instante menos de vida. Imaginava então um velho diabo, sentado entre dous sacos, oda vida e o da morte, a tirar as moedas da vida para dá-las à morte, e a contá-las assim:— Outra de menos…— Outra de menos…— Outra de menos…— Outra de menos…O mais singular é que, se o relógio parava, eu dava-lhe corda, para que ele não deixasse debater nunca, e eu pudesse contar todos os meus instantes perdidos. Invenções há, que se transformamou acabam; as mesmas instituições morrem; o relógio é definitivo e perpétuo. O derradeirohomem, ao despedir-se do sol frio e gasto, há de ter um relógio na algibeira, para saber a horaexata em que morre.”ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas.67. Ceetps-SP Com relação ao texto, considere as afirmações abaixo:I. No texto de Machado de Assis, a intensidade do sentimento é marcada pela passagemdo tempo, manifestada pelo ciclo na natureza.II. Na passagem de Machado de Assis, o realismo está centrado na ausência de sentimentoe marcado pelas batidas do relógio.III. No início do texto de Machado de Assis, a expressão “ouvi todas as horas da noite”representa um prolongamento do sentimento de prazer conferido pelo beijo.IV. A partir de “usualmente”, o narrador começa a considerar seu desassossego diante damorte, durante suas noites de insônia no passado.Quanto a essas afirmações deve-se concluir quea) apenas I, III e IV estão corretas. d) apenas II e III estão corretas.b) apenas II, III e IV estão corretas. e) apenas III e IV estão corretas.c) apenas I, II e IV estão corretas.VoltarLíngua Portuguesa - Realismo/ NaturalismoAvançar


68. UFBA24“Barrolo beliscava a pele do pescoço, constrangido ante aqueles rancores ruidosos que desmanchavamo seu sossego. Já, por imposição de Gonçalo, rompera desconsoladamente com oCavaleiro. E agora antevia sempre uma bulha, um escândalo que o indisporia com os amigos doCavaleiro, lhe vedaria o Clube e as doçuras da Arcada, lhe tornaria Oliveira mais enfadonha que asua quinta da Ribeirinha ou da Murtosa, solidões detestadas. Não se conteve, arriscou o costumadoreparo:— Ó Gonçalinho, olha que também todo esse espalhafato só por causa da política…Gonçalo quase quebrou o jarro, na fúria com que o pousou sobre o mármore do lavatório:— Política! Aí vens tu com a política! Por política não se atira água suja aos governadores civis.Que ele não é político, é só malandro! Além disso…Mas terminou por encolher os ombros, emudecer, diante do pobre bacoco de bochechas pasmadas,que, naquelas rondas do Cavaleiro pelos Cunhais, só notava o ‘lindo cavalo’ ou ‘o caminhomais curto para as Lousadas!…’— Bem! — resumiu. — Agora larga, que me quero vestir… Do bigodeira me encarrego eu.— Então, até logo… Mas se ele passar, nada de asneiras, hem?— Só justiça, aos baldes!E bateu com a porta nas costas resignadas do bom Barrolo que, pelo corredor, suspirando,lamentava o assomado gênio do Gonçalinho, às cóleras desproporcionadas em que o lançava ‘apolítica’.Enquanto se ensaboava com veemência, depois se vestia numa pressa irada, Gonçalo ruminouaquele intolerável escândalo. Fatalmente, apenas se apeava em Oliveira, encontrava o homem dagrande guedelha, caracolando por sob as janelas do palacete, na pileca de grandes clinas! E o queo desolava era perceber no coração de Gracinha, pobre coração meigo e sem fortaleza, umateimosa raiz de ternura pelo Cavaleiro, bem enterrada, ainda vivaz, fácil de reflorir… E nenhumoutro sentimento forte que a defendesse, naquela ociosidade de Oliveira — nem superioridade domarido, nem encanto dum filho no seu berço. Só a amparava o orgulho, certo respeito religiosopelo nome de Ramires, o medo da pequena terra espreitada e mexeriqueira.”QUEIROZ, Eça de. A ilustre casa de Ramires. São Paulo: Ática, 1997. p. 72.GABARITODo fragmento, associado ao contexto da narrativa, pode-se concluir:(01) Barrolo sente-se incomodado com a desavença entre Gonçalo e André, uma vez queessa discórdia contraria seus interesses pessoais.(02) Barrolo não é capaz de perceber o real motivo da “ronda” de Cavaleiro: o assédio aGracinha.(04) Gracinha Ramires era possuidora de uma força moral que a protegeria de qualquerinvestida do ex-amado.(08) As Lousadas são as legítimas representantes de um comportamento mesquinho, provinciano,caracterizador de certo segmento da sociedade portuguesa da época.(16) As bases convencionadas em que se estrutura o casamento de Barrolo e Gracinhaexplicam a fragilidade que caracteriza essa união.(32) A atitude de Gonçalo de não ceder às imposições políticas para o reatamento daantiga amizade com Cavaleiro haveria de preservar a honra dos Ramires.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Realismo/ NaturalismoAvançar


Texto para as questões 69 e 70.“A enferma era uma senhora viúva, tísica, tinha uma filha de quinze ou de dezesseis anos, queestava chorando à porta do quarto. A moça não era formosa, talvez nem tivesse graça; os cabeloscaíam-lhe despenteados, e as lágrimas faziam-lhe encarquilhar os olhos. Não obstante, o total falavae cativava o coração. O vigário confessou a doente, deu-lhe a comunhão e os santos óleos. O prantoda moça redobrou tanto que senti os meus olhos molhados e fugi. Vim para perto de uma janela.Pobre criatura! A dor era comunicativa em si mesma; complicada da lembrança de minha mãe,doeu-me mais, e, quando enfim pensei em Capitu, senti um ímpeto de soluçar também (…)A imagem de Capitu ia comigo, e a minha imaginação, assim como lhe atribuíra lágrimas, hápouco, assim lhe encheu a boca de riso agora; (…) As tochas acesas, tão lúgubres na ocasião,tinham-me ares de um lustre nupcial… Que era lustre nupcial? Não sei; era alguma coisa contrárioà morte, e não vejo outra mais que bodas.”2569. Mackenzie-SP Considere as afirmações.I. Na descrição da filha da viúva (segundo período), o narrador-personagem apresentaum atitude romântica.II. No fato narrado, o protagonista sobrepõe o mundo imaginário às circunstâncias objetivasda realidade circundante.III. O texto foi extraído de romance brasileiro da primeira metade do século XIX.Assinale:a) se todas estiverem corretas. d) se apenas I e III estiverem corretas.b) se apenas II estiver correta. e) se todas estiverem incorretas.c) se apenas II e III estiverem corretas.70. Mackenzie-SP Assinale a alternativa que apresenta obras do mesmo estilo de época dotexto.a) Senhora – Quincas Borba – São Bernardo.b) Iracema – A moreninha – Laços de família.c) O Ateneu – O mulato – Amor de perdição.d) O primo Basílio – Vidas secas – Memórias póstumas de Brás Cubas.e) O primo Basílio – Quincas Borba – Memórias póstumas de Brás Cubas.GABARITO71. FGV-SP Podemos afirmar que na obra D. Casmurro, Machado de Assisa) defende a tese de que o meio determina o homem porque descreve a personagem Capitudesde o início como uma futura adúltera.b) defende a tese determinista porque o meio em que Bentinho e Capitu vivem determinaa futura tragédia.c) não defende a tese determinista, apontando antagonismo entre o meio e a tragédia final.d) defende a tese determinista ao demonstrar a influência da educação religiosa na formaçãode Capitu.e) não defende a tese determinista de modo explícito porque não fica clara a relação entreo meio e o fim trágico dos personagens.IMPRIMIR72. UFGO Esaú e Jacó é uma prova da maturidade narrativa de Machado de Assis. O confrontocom outras obras de sua autoria permite detectar alguns elementos recorrentes nanarrativa machadiana. São eles:( ) confissão de fatalismo, própria da filosofia positivista, desenvolvida também emQuincas Borba.( ) jogo montado sobre a oposição de caracteres dos dois gêmeos, Pedro e Paulo, semelhanteao jogo estabelecido entre Capitu e Bentinho, em Dom Casmurro.( ) atemporalidade em favor de uma filosofia do auto-conhecimento, resgatando a individualidadedas personagens, igualmente vista em O alienista.( ) narrativa típica de “autor morto”, que reconstrói os fatos numa perspectiva privilegiadaem relação ao mundo dos vivos, à maneira de Brás Cubas, em suas Memórias póstumas.VoltarLíngua Portuguesa - Realismo/ NaturalismoAvançar


O texto abaixo refere-se às questões 73 e 74:“Trata-se, na verdade, de uma obra difusa, na qual eu, Brás Cubas, se adotei a forma livre de umSterne ou de um Xavier de Maistre, não sei se lhe meti algumas rabugens de pessimismo. Pode ser.Obra de finado. Escrevi-a com a pena da galhofa e a tinta da melancolia, e não é difícil antever o quepoderá sair desse conúbio. Acresce que a gente grave achará no livro umas aparências de puroromance, ao passo que a gente frívola não achará nele seu romance usual; ei-lo aí fica privado daestima dos graves e do amor dos frívolos, que são as duas colunas máximas da opinião”.2673. FEI-SP Assinale a alternativa incorreta:a) o autor justifica o tom pessimista da obra através da criação de um narrador defunto.b) o prólogo insinua, ironicamente, que muitos leitores não compreenderiam o caráterinovador do romance.c) o prólogo diz que se trata de uma “obra de finado”, porque a primeira edição do romanceapareceu quando seu autor já havia falecido.d) ao declarar que se tratava de uma “obra difusa”, o autor deseja prevenir os leitoresquanto à “forma livre” do romance.e) no prólogo, o autor já emprega o estilo irônico que irá perpassar todo o romance.GABARITOIMPRIMIR74. FEI-SP As afirmações abaixo se referem a importantes romances da literatura brasileira.Assinale a alternativa que descreve as características de Memórias Póstumas de Brás Cubras:a) “O tom cáustico do livro o afasta muito dos exemplos nacionais de idealização romântica,enquanto seu humorismo ziguezagueante e sua estrutura insólita impediram qualqueridentificação com os modelos naturalistas.” (José Guilherme Melquior)b) “A leitura deste livro, que passa pelo primeiro romance naturalista brasileiro, dá umaboa visão do meio maranhense do tempo.” (Alfredo Bosi)c) “O livro é construído no encontro de lendas indígenas (…) e da vida brasileira quotidiana,de mistura de lendas e tradições populares.” (Antonio Candido)d) “O romance reflete uma visão otimista e complacente da realidade social: uma brisa deamenidade atravessa-o de ponta a ponta, como se pessoas e objetos estivessem mergulhadosnuma atmosfera ideal.” (Massaud Moisés)e) “O livro é a primeira grande experiência de prosa modernista na ficção brasileira, procurandoromper as barreiras com a poesia.” (Antonio Candido)75. UFMS Sobre o romance de Machado de Assis Dom Casmurro assinale a(s) alternativa(s)correta(s).(01) É um romance da fase realista do escritor, no qual as personagens são mostradassuperficialmente e a história é narrada em ordem cronológica linear.(02) O personagem-narrador, Bentinho, pretende contar suas memórias ao leitor, atravésde um livro, para espantar a monotonia.(04) A expressão “olhos de ressaca”, utilizada na descrição de Capitu, significa que eramolhos profundos e misteriosos como o mar, pois o narrador sentia que se afogavaneles e, ao mesmo tempo, não conseguia compreendê-los ou decifrá-los.(08) José Dias, tio de Bentinho, é o personagem secundário utilizado pelo narrador pararevelar os costumes familiares do Rio de Janeiro em meados do século XIX.(16) O ciúme de Bentinho, manifestado ainda na adolescência, acentua-se à medida queEzequiel fica, a cada dia, mais parecido com Escobar.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.VoltarLíngua Portuguesa - Realismo/ NaturalismoAvançar


76. U. F. Uberlândia-MG Ao final do último capítulo de Casa velha, o narrador fala para oleitor:“Compreendi que tudo estava acabado. Félix padeceu muito com esta notícia; mas nadahá eterno neste mundo, e ele próprio acabou casando com Sinhazinha. Se ele e Lalau foramfelizes, não sei; mas foram honestos, e basta”.ASSIS, Machado de Casa velha.Das características que se segue, assinale a que se relaciona com o texto acima.a) Visão psicológica do narrador. c) Visão realista da vida.b) Visão romântica de Félix. d) Visão positiva do homem.2777. F. I. de Vitória-ES Sobre a estrutura narrativa de Cinco Minutos e Memórias Póstumas deBrás Cubas, é possível afirmar:a) ambos têm como narrador o personagem principal e como narratário um personagemsecundário, dentro da narrativa.b) ambos têm como narratário um personagem extradiegético, a “prima” em Cinco Minutose “o leitor”, em Memórias Póstumas de Brás Cubas.c) em ambos, o tempo cronológico é mais importante do que o psicológico.d) em ambos, o espaço geográfico, o Rio de Janeiro, é o determinante das ações dos personagens.e) ambos têm como eixo temático central a desilusão amorosa do personagem-narrador.78. U. F. Uberlândia-MG“O melhor prólogo é o que contém menos cousas, ou o que as diz de um jeito obscuro etruncado. (…) A obra em si mesmo é tudo: se te agradar, fino leitor, pago-me da tarefa; se te nãoagradar, pago-te com um piparote, e adeus”.ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas.GABARITOSobre o fragmento acima, e considerando a obra como um todo, só NÃO se pode afirmar que:a) o leitor é sempre alvo de humor e ironia por parte do narrador.b) ao separar o prólogo da “obra em si mesmo”, Machado evita fazer nessa obra, uso dametalinguagem.c) no prólogo, o leitor é sutilmente avisado de que é preciso ler a obra atentamente.d) a interlocução com o leitor é um elemento fundamental na obra de Machado de Assis.IMPRIMIR79. UFMG Considerando-se o narrador de Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machadode Assis, é INCORRETO afirmar que ele:a) aborda, de forma humorística, os temas trágicos da morte e da loucura.b) apresenta, por intermédio de Quincas Borba, o sistema filosófico denominado Humanitismo.c) convoca freqüentemente o leitor a envolver-se na narrativa.d) relata suas memórias, tendo como ponto de partida fatos decisivos de sua infância.VoltarLíngua Portuguesa - Realismo/ NaturalismoAvançar


80. U. F. Viçosa-MG Dentre as citações extraídas da obra Memórias Póstumas de Brás Cubas,assinale aquela que NÃO traça um perfil psicológico do personagem:a) “Nem as bichas de ouro, que trazia na véspera, lhe pendiam agora das orelhas, duasorelhas finamente recortadas numa cabeça de ninfa. Um simples vestido branco, decassa, sem enfeites, tendo ao colo, um vez de broche, um botão de madrepérola, e outrobotão nos punhos, fechando as mangas, e nem sombra de pulseira.”b) “Quem quer que fosse, porém, o pai, letrado ou hortelão, a verdade é que Marcela nãopossuía a inocência rústica, e mal chegava a entender a moral do código. Era boa moça,lépida, sem escrúpulos, um pouco tolhida pela austeridade do tempo […].”c) “Bem diferente era o tio cônego […]. Não era homem que visse a parte substancial daIgreja; via o lado externo, a hierarquia, as preeminências, as sobrepelizes, as circunflexões.Vinha antes da sacristia que do altar.”d) “Virgília era o travesseiro do meu espírito, um travesseiro mole, tépido, aromático,enfronhado em cambraia e bruxelas. Era ali que ele costumava repousar de todas assensações más, simplesmente enfadonhas, ou até dolorosas.”e) “Então apareceu o Lobo Neves, um homem que não era mais esbelto que eu, nem maiselegante, nem mais lido, nem mais simpático, e todavia foi quem me arrebatou Virgília ea candidatura, dentro de poucas semanas, com um ímpeto verdadeiramente cesariano.”2881. U. F. Uberlândia-MG Considerando a obra Dom Casmurro, de Machado de Assis, écorreto afirmar que:a) o narrador em terceira pessoa permite a exploração psicológica de um adultério tantopor parte da adúltera, Capitu, quanto da vítima, Bentinho.b) é uma narrativa ambígua porque mostra um retrato moral da esposa Capitu feito pelo própriomarido Bentinho, de forma a não permitir que se saiba se o adultério de fato ocorreu.c) Bentinho é semelhante a Otelo, de Shakespeare, que não tem coragem de se matar enem tem ódio e ciúme suficientes para assassinar a esposa.d) a casa de Matacavalos refere-se à infância de Bentinho, enquanto a casa da Glóriarefere-se à época de convivência com Capitu, que lhe trouxe felicidades.GABARITOIMPRIMIR82. U. Uberaba-MG Em relação ao romance Dom Casmurro é correto afirmar que:a) O leitor, em razão da ambigüidade do narrar, permanece na incerteza do que aconteceue do que foi deturpado pelo ciúme.b) Esta é, sem dúvida, uma narrativa ambígua, mas esta ambigüidade permanece apenasaté certo ponto da narrativa, porque o próprio personagem narrador confessa que interpretoumal a realidade dos fatos.c) Como neste romance há uma clara delimitação entre o que seja imaginário e realidade,o leitor percebe de maneira clara o que é real e o que é deformado pelo ciúme.d) A intriga do romance é de tal maneira construída que o leitor vacila em aceitar a culpabilidadede Capitu. A hesitação só termina quando encontra no derradeiro capítulo aevidência cabal de que Capitu foi uma adúltera.83. U. F. Uberlândia-MG Considere a obra Dom Casmurro, de Machado de Assis, e as afirmativasque se seguem.I. Dª Glória tentava impedir o casamento de Bentinho com Capitu, pois desejava que elese unisse a Sancha.II. Bento Santiago não teve problemas em homenagear o amigo Escobar, por ocasião deseu enterro, pois era seu melhor amigo.III. A cena descrita no velório de Escobar (homens e mulheres chorando) é uma característicado Romantismo presente em todo o Dom Casmurro — obra que tem como tema osinfelizes amores de Bentinho e Capitu.IV. “Olhos de ressaca” — referência dada a Capitu — evidencia o seu poder de envolvimentoe o grande fascínio que ela exerce sobre Bentinho, tal qual as vagas do mar.V. Apesar da suspeita de adultério, o amor consegue superar a desconfiança, fazendo comque Bentinho se reconcilie com a família de Capitu.Assinale:a) Se apenas IV é correta. c) Se apenas III e V são corretas.b) Se apenas I, II são corretas. d) Se apenas V é correta.VoltarLíngua Portuguesa - Realismo/ NaturalismoAvançar


84. U. F. Uberlândia-MG Assinale a alternativa INCORRETA, considerando a leitura daobra Dom Casmurro, de Machado de Assis.a) A linguagem do narrador é utilizada para recriar objetivamente o mundo social e tambémpara refletir sobre o próprio ato de narrar.b) A visão do passado que o narrador mostra constitui-se não só em uma interpretação dosfatos como também na apresentação de provas contundentes do adultério de Capitu.c) A ambigüidade existente na obra destaca a impossibilidade que uma pessoa tem deexplicar completamente outro ser humano.d) O processo de construção literária de Machado de Assis revela-se, também, por umconjunto de intertextos.29GABARITO85. Uniube-MG Numere a 2ª coluna de acordo com a 1ª, considerando a leitura do texto DomCasmurro.1. “Cheguei a ter ciúmes de tudo e de todos. Um vizinho, um par de valsa, qualquer homem,moço ou maduro, me enchia de terror ou desconfiança.” (Cap. CXIII)2. “Agora, por que é que nenhuma dessas caprichosas me fez esquecer a primeira amadado meu coração?” (Cap. CXLVIII)3. “E bem, qualquer que seja a solução, uma coisa fica, e é a suma das sumas, ou o restodos restos, a saber, que a minha primeira amiga e o meu maior amigo, tão extremososambos e tão queridos também, quis o destino que acabassem juntando-se e enganandome…A terra lhes seja leve! Vamos à História dos Subúrbios.” (Cap. CXLVIII)4. “Eu, leitor amigo, aceito a teoria do meu velho amigo Marcolini, não só pela verossimilhança,que é muita vez toda a verdade, mas porque a minha vida se casa bem à definição.Cantei um duo terníssimo, depois um trio, depois um quatuor. Mas não adientemos;vamos à primeira parte, em que eu vim a saber que já cantava, porque a denúnciade José Dias, meu caro leitor, foi dada principalmente a mim. A mim é que ele medenunciou.” (Cap. X)5. “É verdade que Capitu, que não sabia Escritura nem latim, decorou algumas palavras(…). Quantos às de São Pedro, disse-me no dia que estava por tudo, que eu era a únicarenda e o único enfeite que jamais poria em si. Ao que eu repliquei que minha esposateria sempre as mais finas rendas deste mundo.” (Cap. CI)( ) Estilo machadiano( ) Visão realista da vida( ) Caráter de Bentinho( ) Visão romântica do amorA seqüência obtida éa) 4 – 1 – 2 – 5b) 3 – 4 – 2 – 1c) 5 – 1 – 4 – 2d) 4 – 3 – 1 – 2IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Realismo/ NaturalismoAvançar


LÍNGUA PORTUGUESAREALISMO/NATURALISMO1GABARITOIMPRIMIR1. F-V-V-V2. V-V-V-F-F3. V-F-F-V4. A5. A6. C7. V-V-V-F-V8. 289. 3110. A11. A12. 0713. D14. D15. 0316. V-F-F-F17. A18. E19. V-V-V-V-F-V20. V-V-F-F-V-F21. C22. E23. E24. A25. A26. D27. E28. D29. F-V-V-F-V30. A31. B32. C33. E34.C35. A36. B37. E38.E39. B40. a) Serão aceitas respostas que, de algum modo, revelem as seguintes idéias: O comportamentohumano é determinado por forças biológicas (o instinto, a herança genética), sociológicase históricas. Os fatos psicológicos e sociais são vistos, pelo realismo-naturalismo,como manifestações naturais e, portanto, nada tendo a ver com fenômenos transcedentais.As circunstâncias externas determinam a natureza dos seres vivos, inclusive a dohomem. A realidade passa por um processo evolutivo, dentro de um sistema de leis naturaistotalmente definidas.b) “Nesse momento parava à porta da rua uma carruagem. Era uma comissão de abolicionistasque vinha, de casaca, trazer-lhe respeitosamente o diploma de sócio-benemérito.Ele mandou que os conduzissem para a sala de visitas.”41. B42. B43. E44. E45. B46. B47. C48. C49. E50. B51.VoltarLíngua Portuguesa - Realismo/ NaturalismoAvançar


23152. B53. D54. A55. B56. B57. V-V-F-F-V58. 9059. C60. B61. D62. D63. A64. A65. E66. C67. A68. 2769. B70. E71. A72. F-F-F-F73. C74. A75. 2276. C77. B78. B79. D80. D81. C82. A83. B84. B85. DGABARITOIMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Realismo/ NaturalismoAvançar


LÍNGUA PORTUGUESAPARNASIANISMO/SIMBOLISMOTexto para as questões 1 e 2:1Não quero o Zeus Capitolino,Hercúleo e belo,Talhar no mármore divinoCom o camartelo.Que outro — não eu! — a pedra cortePara, brutal,Erguer de Atene o altivo porteDescomunal.“<strong>Prof</strong>issão de FéCorre; desenha, enfeita a imagemA idéia veste:Cinge-lhe o corpo a ampla roupagemAzul-celeste.Torce, aprimora, alteia, limaA frase; e, enfim,No verso de ouro engasta a rima,Como um rubim.Mais que esse vulto extraordinário,Que assombra a vista,Seduz-me um leve relicárioDe fino artista.Quero que a estrofe cristalina,Dobrada ao jeitoDo ourives, saia da oficinaSem um defeito:Invejo o ourives quando escrevo:Imito o amorCom que ele, em ouro, o alto-relevoFaz de uma flor.E que o lavor do verso, acaso,Por tão sutil,Possa o lavor lembrar de um vasoDe Becerril.GABARITOImito-o. E, pois, nem de CarraraA pedra firo:O alvo cristal, a pedra rara,O ônix prefiro.Por isso, corre, por servir-me,Sobre o papelA pena, como em prata firmeCorre o cinzel.E horas sem conta passo, mudo,O olhar atento,A trabalhar, longe de tudoO pensamento.…………………………”Olavo Bilac.IMPRIMIR2. UnB-DF Em relação ao texto, julgue os itens abaixo.( ) A aproximação do trabalho do poeta com o do ourives, no poema <strong>Prof</strong>issão deFé, justifica-se porque, no Parnasianismo, predominam a preocupação formal, aperfeição técnica, a arte pela arte.( ) Depreende-se da leitura do texto que “camartelo” (primeira estrofe) e “cinzel” (sextaestrofe) são os artífices que trabalham o mármore e a prata, respectivamente.( ) Na sexta, sétima e oitava estrofes, o sujeito de “desenha”, “enfeita”, “Torce”,“aprimora”, “alteia”, “lima” e “engasta” é “A pena” (sexta estrofe).( ) Na décima estrofe, há elipse da forma verbal “Quero”, utilizada na estrofe anterior.VoltarLíngua Portuguesa - Parnasianismo/ SimbolismoAvançar


2. UnB-DF Ainda com relação ao texto, é correto afirmar que:( ) há predomínio do sentimento sobre a razão.( ) o processo de criação artística prima pela liberdade formal quanto à extensão dosversos e da rima.( ) o poeta apresenta-se como trabalhador solitário e dedicado.( ) o poema incorpora, pela seleção vocabular, elementos da linguagem coloquial oral.Texto para as questões de 3 a 5:“MÚSICA BRASILEIRATens, às vezes, o fogo soberanoDo amor: encerras na cadência, acesaEm que requebros e encantos de impureza,Todo o feitiço do pecado humano.Olavo Bilac2Mas, sobre essa volúpia, erra a tristezaDos desertos, das matas e do oceano:Bárbara poracé, banzo africano,E soluços de trova portuguesa.És samba e jongo, chiba e fado, cujosAcordes são desejos e orfandadesDe selvagens, cativos e marujos:E em nostalgias e paixões consistes.Lasciva dor, beijo de três saudades,Flor amorosa de três raças tristes.”GABARITO3. AEU-DF Julgue os itens seguintes, em relação à semântica e à estilística.( ) O poeta personaliza a música e mantém com ela uma espécie de diálogo em que atrata por “tu”.( ) Termos como “impureza” (l. 3), “feitiço” (l. 4), “pecado” (l. 4) e “volúpia” (l. 6)remetem a um mesmo campo semântico, no texto.( ) Por “samba e jongo” (l. 11) entendemos a música portuguesa, enquanto a africanaestá representada por “chiba e fado” (l. 11).( ) Relacionamos “selvagens, cativos e marujos” (l. 13) a índios, portugueses e africanos,respectivamente, nesta ordem.( ) Os termos “nostalgias” (l. 15) e “saudades” (l. 16) são semanticamente equivalentesno texto.IMPRIMIR4. AEU-DF Julgue os itens abaixo em relação à compreensão e à interpretação do texto.( ) Olavo Bilac inicia o poema aludindo ao erotismo desencadeado pelos movimentosrítmicos da música na coreografia e na dança.( ) Justifica o autor a riqueza de nossa música pelo caldeamento de ritmos oriundos de váriase variadas culturas.( ) Contudo, sua visão de música brasileira é pobre e unilateral, porque vislumbra nela apenasa melancolia.( ) O poeta estende à natureza esse sentimento de tristeza advinda da distância da terranatal e da saudade dos que ficaram ou morreram.VoltarLíngua Portuguesa - Parnasianismo/ SimbolismoAvançar


5. AEU-DF Julgue os itens que vêm a seguir, em relação aos estilos de época na LiteraturaBrasileira.( ) O texto lido exemplifica a preocupação formal presente nos poemas parnasianos.( ) No Parnasianismo, Olavo Bilac pontificou ao lado de eminentes vates como Albertode Oliveira, Raimundo Correia e Vicente de Carvalho.( ) Em Música Brasileira, Bilac alia profundo lirismo e nítida destreza técnica, que jáapontam para o Simbolismo, movimento literário que sucederia o Parnasianismo,pela musicalidade das assonâncias e aliterações apresentadas.( ) Contudo, foi o Parnasianismo, pelo seu ardor entusiástico e eloqüente, o estilo de época quemais fielmente expressou o intimismo e o sentimento brasileiro.Texto para a questão 6:“Solar EncantadoSó, dominando no alto a alpestre serrania,Entre alcantis, e ao pé de um rio majestoso,Dorme quedo na névoa o solar misterioso,Encerrado no horror de uma lenda sombria.3Ouve-se à noite, em torno, um clamor lamentoso,Piam aves de agouro, estruge a ventania,E brilhando no chão por sobre a selva fria,Correm chamas sutis de um fulgor nebuloso.Dentro um luxo funéreo. O silêncio por tudo…Apenas, alta noite, uma sombra de leveAgita-se a tremer nas trevas de veludo…Ouve-se, acaso, então, vaguíssimo suspiro,E na sala, espalhando um clarão cor de neve,Resvala como um sopro o vulto de um vampiro.”SILVA, Vítor. In: RAMOS, P. E. da Silva. Poesia parnasiana – antologia. São Paulo: Melhoramentos, 1967, p. 245.6. Vunesp Tendo em mente que Vítor Silva foi poeta parnasiano quando o Simbolismo ouDecadentismo já começava a ser exercitado em nosso país, e por isso recebeu algumasinfluências do novo movimento, leia o poema Solar Encantado e, em seguida,a) mencione duas características tipicamente parnasianas do poema;b) identifique elementos do poema que denunciam certa influência simbolista.GABARITOIMPRIMIR7. UFMS Assinale a(s) alternativa(s) correta(s).(01) Em Broquéis, predominam imagens que, a cada leitura, compõem um novo “desenho”,sugerindo uma constante busca pela renovação da expressão poética.(02) Um dos temas prediletos dos simbolistas era a sugestão por meio das palavras, criandoum universo onde os elementos não eram nomeados objetivamente. O tema dasugestão pode ser vislumbrado na estrofe a seguir, pertencente ao livro de poemasBroquéis: “Sangue coalhado, congelado, frio, / Espasmado nas veias… / Pesadelosinistro de algum rio? De sinistras sereias…”(04) Os poemas que compõem Matéria de poesia apresentam-se ao leitor como fotografiasrealistas da paisagem. Esse realismo advém da precisão de detalhes e das corescom que o poeta “pinta” os pássaros, as flores, as árvores e os animais que povoam oPantanal sul-mato-grossense, enquanto espaço da poesia de Manoel de Barros.(08) Em Matéria de poesia, observa-se uma libertação do poeta em relação aos temasliterários tradicionais. Apesar dos traços de lirismo que perpassam seus versos, oescritor apresenta uma nova ordem poética que reflete as rupturas características daliteratura contemporânea.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.VoltarLíngua Portuguesa - Parnasianismo/ SimbolismoAvançar


Texto para as questões 8 e 9:“Ficávamos sonhando horas inteiras,Com os olhos cheios de visões piedosas:Éramos duas virginais palmeiras,Abrindo ao céu as palmas silenciosas.As nossas almas, brancas, forasteiras,No éter sublime alavam-se radiosas.Ao redor de nós dois, quantas roseiras…O áureo poente coroava-nos de rosas.4Era um arpejo de harpa todo o espaço:Mirava-a longamente, traço a traço,No seu fulgor de arcanjo proibido.Surgia a lua, além, toda de cera…Ai como suave então me pareceraA voz do amor que eu nunca tinha ouvido!”Alphonsus de Guimaraens.8. Mackenzie-SP Assinale a alternativa correta.a) Os versos 3 e 4 expressam, por meio de metáforas, a desistência da busca de alturas.b) No último verso, uma vírgula depois de amor mantém o sentido inalterado.c) Na segunda estrofe, nomes e verbos representam um mundo carnal.d) No verso 8, há a sugestão do tempo da cena por meio do sujeito sintático.e) Os versos 9 e 12 apresentam sujeito anteposto ao verbo.GABARITOIMPRIMIR9. Mackenzie-SP O texto exemplifica o seguinte princípio estético:a) Sempre haverá uma poesia popular sem arte, e poetas populares sem apuro gramaticale métrico, versejando com o falar da gente rústica.b) … jamais se deve arriscar o emprego de qualquer locução ambígua; sigo, como decostume, na esteira de Quintiliano (…)c) Movimento de oposição à ordem estabelecida do Iluminismo, reúne um grupo de escritorespara o qual o “gênio” se torna a palavra de ordem capaz de possibilitar a rejeiçãoà disciplina e à tradição importada.d) A busca de vagas sensações, dos estados indefinidos de alma, fazendo que a poesia seaproxime da música, tem como intuito “traduzir” um mundo de essências, um maisalém, ora conhecido como o Ideal, ora como o Mistério, intraduzível por si mesmo.e) Porém declaro desde já que não olhei regras nem princípios, que não consultei Horácionem Aristóteles, mas fui insensivelmente depós o coração e os sentimentos da Natureza,que não pelos cálculos da arte e operações combinadas do espírito.VoltarLíngua Portuguesa - Parnasianismo/ SimbolismoAvançar


510. UFMS Com base na leitura do livro de poemas Broquéis, de Cruz e Sousa, assinale a(s)alternativa(s) correta(s).(01) Nos versos:“Do imenso Mar maravilhoso, amargos,Marulhosos murmurem compungentes,Cânticos virgens de emoções latentes”,encontra-se a presença da sinestesia, no cruzamento entre as percepções do paladar eda audição, além da aliteração, consubstanciada na repetição do fonema /m/.(02) O objeto “broquel” — um escudo antigo, pequeno e redondo — simboliza proteçãoe, como os demais objetos que surgem nos versos que compõem a obra em questão,não remete a um único significado, mas a uma rede de sugestões e associações.(04) Os temas abrangidos nos poemas de Broquéis são variados: sensualidade, religiosidade,misticismo, morte, melancolia, dentre outros.(08) Nos poemas de Broquéis, sobressaem algumas figuras de estilo, como aliterações,sinestesias, comparações: a ênfase ao uso da cor branca e à luminosidade, além deum forte apelo musical.(16) Nos versos:“Ela apresenta a fluidez, a leveOndulação da vaporosa lua”,ocorre aliteração, configurada na repetição do fonema /l/, reforçando a musicalidade.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.11. Univali-SC Os textos a seguir dão apoio à formulação da questão. Leia-os atentamente.Texto 1:“Quero que a estrofe cristalinaDobrada ao jeitoDo ourives, saia da oficinaSem um defeito:…Assim procedo. Minha penaSegue esta norma,Por te servir, Deusa serena,Serena Forma!”Texto 2:“Noite ainda, quando ela me pediaEntre dois beijos que me fosse embora,Eu, com os olhos em lágrimas, dizia:‘Espera ao menos que desperte a aurora!Tua alcova é cheirosa como um ninho…E olha que escuridão há lá por fora!’GABARITOIMPRIMIROs dois textos, pertencentes ao mesmo poeta, têm como característica, respectivamente:a) Texto 1: impassibilidadeTexto 2: amor não realizadoSão textos de Gonçalves Dias, poeta árcade;b) Texto 1: perfeição formalTexto 2; erotismoSão textos de Olavo Bilac, autor do Parnasianismo;c) Texto 1: paganismoTexto 2: concepção do amor mais carnal e eróticoSão textos de Castro Alves, poeta do Ultra-Romantismo;d) Texto 1: religiosidadeTexto 2: valorização do aspecto carnal do amorSão textos de Gregório de Matos Guerra, autor do período barroco;e) Texto 1: poesia de caráter religiosoTexto 2: arrependimento e ansiedadeSão textos de Tomás Antônio Gonzaga, poeta simbolista.VoltarLíngua Portuguesa - Parnasianismo/ SimbolismoAvançar


INSTRUÇÃO: Para responder à questão 12, ler o texto que segue.“(…)E horas sem conta passo, mudo,O olhar atento,A trabalhar, longe de tudoO pensamento.Porque o escrever — tanta perícia,Tanta requer,Que ofício tal … nem há notíciaDe outro qualquer.6Assim procedo. Minha penaSegue esta norma,Por te servir, Deusa serena,Serena forma(…)”12. PUC-RS O poema ………, de ………, oferece uma visão acerca do fazer poético quedista dos propósitos verificados em Machado de Assis, o qual buscou o uso da pena nosentido de desvendar os mistérios contidos no ser humano. O texto em questão exemplificauma das características mais marcantes do Parnasianismo, que é ……… .a) Versos e rimas Alberto de Oliveira a descrição objetivab) Plenilúnio Raimundo Correia o artesanato do versoc) Antífona Fagundes Varela o irracionalismo e mistériod) <strong>Prof</strong>issão de fé Olavo Bilac o culto à formae) A catedral Casimiro de Abreu o platonismo místicoGABARITO13. PUC-RS No final do século XIX, reagindo contra os princípios positivistas e cientificistas,poetas como ……… e ……… retomam, de certa forma, alguns valores ……… .a) Cruz e Sousa Álvares de Azevedo românticosb) Alphonsus de Guimaraens Gonçalves Dias realistasc) Cruz e Sousa Alphonsus de Guimaraens simbolistasd) Alphonsus de Guimaraens Cruz e Sousa românticose) Álvares de Azevedo Gonçalves Dias realistasIMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Parnasianismo/ SimbolismoAvançar


14. UFMS Leia atentamente o soneto a seguir, extraído de Broquéis, de Cruz e Sousa.“Dança do ventreSorva, febril, torcicolosamente,numa espiral de elétricos volteios,na cabeça, nos olhos e nos seiosfluíam-lhe os venenos da serpente.Ah! Que agonia tenebrosa e ardente!que convulsões, que lúbricos anseios,quanta volúpia e quantos bamboleios,que brusco e horrível sensualismo quente.O ventre, em pinchos, empinava todocomo réptil abjeto sobre o lodo,espolinhando e retorcido em fúria.Era a dança macabra e multiformede um verme estranho, colossal, enorme,do demônio sangrento da luxúria!”7GABARITOIMPRIMIRConsiderando os versos acima, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).(01) No primeiro verso, o poeta cria um neologismo — a palavra “torcicolosamente” —para retratar mais fielmente os movimentos da dançarina, propiciando ao leitor achance de perceber a realidade sob um novo ângulo.(02) Na estrutura do texto, percebe-se que o poeta não utiliza com freqüência o dinamismodos verbos, procurando produzir uma atmosfera erótica pelo uso das comparaçõese analogias.(04) Os substantivos e adjetivos utilizados pelo poeta procuram ordenar a realidade plásticada cena, na expectativa de oferecer ao leitor uma percepção perfeita da realidade.(08) Existe, no soneto, um tom abstrato que projeta o leitor para zonas do inconsciente,sugerindo-lhe um espaço de romantismo e magia.(16) O poeta rende tributos, ainda, a uma herança parnasiana, utilizando, como expressãopoética, o soneto.(32) As metáforas “serpente”, “réptil” e “verme” se contrapõem à atmosfera erótica queperpassa o soneto, deixando no leitor uma impressão inconclusa, oscilante entre aexaltação e a degradação da dançarina.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.15. U. F. Viçosa-MG Considere as afirmativas abaixo, relativas ao Simbolismo:I. No plano temático, o Simbolismo foi marcado pelo mistério e pela inquietação místicacom problemas transcendentais do homem. No plano formal, caracterizou-se pelamusicalidade e certa quebra no ritmo do verso, precursora do verso livre do modernismo.II. O Simbolismo, surgido contemporaneamente ao materialismo cientificista, enquantoatitude de espírito, passou ao largo dos maiores problemas da vida nacional. Já aliteratura realista-naturalista acompanhou fielmente os modos de pensar das geraçõesque fizeram e viveram a Primeira República.III. O Simbolismo, com Cruz e Souza e Alphonsus de Guimarães, nossos maiores poetas doperíodo, legou-nos uma produção poética que se caracterizou pela busca da “arte pela arte”,isto é, uma preocupação com o verso artesanal, friamente moldado. Devido a essa tendênciaà objetividade na composição, o movimento também se denominou “decadentista”.Assinale a alternativa correta:a) I é falsa; II e II, verdadeiras. d) I, II e III são verdadeiras.b) I e III são falsas; II, verdadeira. e) I e II são verdadeiras; III, falsa.c) I é verdadeira; II e III, falsas.VoltarLíngua Portuguesa - Parnasianismo/ SimbolismoAvançar


16. UFMS Broquéis (1893), de Cruz e Sousa, introduziu o Simbolismo no Brasil. Com basena leitura dessa obra, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).(01) Em Broquéis, é exclusivamente a dor de ser negro que se exprime nos poemas.(02) “Espiritualizai nos Astros loucos,Do sol entre os clarões imorredourosToda esta dor que na minh’alma clama…Quero vê-la subir, ficar cantandoNa chama das Estrelas, dardejandoNas luminosas sensações da chama.”8As estrofes acima, que compõem os tercetos finais do soneto “Supremo Desejo”, situamsenum ponto intermediário entre a carnalidade e a espiritualidade, anunciando a ascensãodefinitiva ao estágio espiritual.(04) A alegoria das cores é um dos traços estilísticos mais importantes de Broquéis. Afreqüência das referências ao azul é particularmente intensa nesse livro, superandomesmo a presença da cor branca, e pode ser associada à exaltação da mulher amadaexposta em um nicho de altar, como uma santa.(08) Nos poemas de Broquéis, a concepção platônica e contemplativa do Amor se harmonizacom a musicalidade e a transparência luminosa das imagens criadas pelo poeta,fazendo crer que o Amor pode ser associado à claridade e às nuanças da luz.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.17. UFR-RJ (...) “– Só tomando distância, escrevendo e reescrevendo, relacionando e burilandovocê faria isto [um bom poema].” Essa fala revela uma concepção de texto literáriocompatível com a dos poetas:a) românticos. d) árcades.b) parnasianos. e) barrocos.c) simbolistas.18. UFSM Assinale a alternativa que indica o período literário que nega o cientificismo, o materialismoe o racionalismo, valorizando, em contrapartida, as formas vagas e espirituais.a) Barroco. d) Romantismo.b) Modernismo. e) Arcadismo.c) Simbolismo.GABARITOIMPRIMIR19.U. Uberaba-MG Leia com atenção os fragmentos a seguir:I“Esta, de áureos relevos trabalhadaDe divas mãos, brilhante copa, um dia,Já de aos deuses servir como cansada,Vinda do Olimpo, a um novo Deus servia.”II“A música da morte, a nebulosa,A estranha, imensa música sombriapassa a tremer pela minh’alma e friagela, fica a tremer, maravilhosa...”Assinale a alternativa em que aparecem características relacionadas, respectivamente,aos fragmentos I e II.a) Busca do vago e do diáfano / Palavras que despertam impressões sensoriais.b) Cultivo da perfeição formal / Linguagem marcada pela objetividade temática.c) Busca de um tema ligado à Grécia antiga / Registro da realidade de maneira simbólica.d) Forma requintada, linguagem sugestiva / Descrição minuciosa de um objeto.VoltarLíngua Portuguesa - Parnasianismo/ SimbolismoAvançar


INSTRUÇÃO: Para responder à questão 20, ler o texto que segue.“Tu artista, com zelo,Esmerilha e investiga!Níssia, o melhor modeloVivo, oferece, da beleza antiga.Para esculpi-la, em vão, árduos, no meioDe esbraseada arena,Batem-se, quebram-se em fatal torneio,Pincel, lápis, buril, cinzel e pena.[...]”920. PUC-RS O trecho evidencia tendências _________, na medida em que _________ o rigorformal e utiliza-se de imagens ________.a) românticas neutraliza abstratasb) simbolistas valoriza concretasc) parnasianas exalta mitológicasd) simbolistas busca cotidianase) parnasianas evita prosaicas21. UFRS“Quero que a estrofe cristalina,Dobrada ao jeitoDe ourives, saia da oficinaSem um defeito(...)”Os versos do poema <strong>Prof</strong>issão de fé, de Olavo Bilac, remetem ao:a) Simbolismo. d) Parnasianismo.b) Modernismo. e) Pré-modernismo.c) Romantismo.22. Univali-SCGABARITOIMPRIMIR“EXPLORAÇÃO ESPACIALCom os avanços tecnológicos desvendamos a natureza dos corpos celestes, mas o mistério dasnoites estreladas continua. O céu nos fascina. Acreditava-se que era a morada dos deuses, e comisso surgiram lendas e mitos que povoaram o imaginário humano durante séculos. O mundoceleste era estudado somente pela astrologia, e ligado aos rituais mágicos, seu conhecimentopertencia à classe sacerdotal, sendo considerado secreto. Esta ligação com a mitologia pode serobservada através dos atuais nomes dos planetas e estrelas, oriundos das mitologias gregas eromanas.”In: Revista Sapiens, n. 1.Na Literatura, podemos observar, através dos tempos, um constante retorno às origensclássicas. Uma escola, em especial, retomou a mitologia grega como fonte de inspiraçãopara a denominação do movimento. Assinale a alternativa que denomina o período literário,uma de suas características e um de seus autores:a) Arcadismo – adoção de pseudônimos – Olavo Bilac;b) Barroco – presença constante de antíteses – Gregório de Matos;c) Simbolismo – culto do mistério – João da Cruz e Sousa;d) Parnasianismo – perfeição da forma – Raimundo Correia;e) Naturalismo – ênfase nos aspectos mórbidos da natureza humana – Aluísio Azevedo.VoltarLíngua Portuguesa - Parnasianismo/ SimbolismoAvançar


INSTRUÇÃO: Para responder à questão 23 ler o texto que segue.“Vila RicaO ouro fulvo do ocaso as velhas casas cobre;Sangram, em laivos de ouro, as minas, que a ambiçãoNa torturada entranha abriu da terra nobre:E cada cicatriz brilha como brasão.[...]Como uma procissão espectral que se move...Dobra o sino... Soluça um verso de Dirceu...Sobre a triste Ouro Preto o ouro dos astros chove.”1023. PUC-RS O poema, pertencente ao autor de “<strong>Prof</strong>issão de Fé”, não segue rigidamente opadrão _________ no que se refere à _______.a) romântico idealização do mundob) simbolista busca do eu profundoc) parnasiano alienação dos problemas sociaisd) simbolista inteligibilidade sintáticae) parnasiano sonoridade dos versos24. Univali-SC Observe as considerações:I. Adotando uma postura anti-romântica, baseava-se no binômio objetividade temática/cultoda forma. Buscava atingir a impassibilidade e a impessoalidade.II. Os poetas seguem os modelos clássicos gregos e latinos e, inspirados na frase deHorário, fugere urbem (fugir da cidade), voltam-se para a natureza em busca de umavida simples. Tinham também por objetivo viver o presente, “gozar o dia”.As afirmativas acima exprimem, respectiva e sucessivamente, características do:a) Parnasianismo – Arcadismo. d) Modernismo – Arcadismo.b) Arcadismo – Parnasianismo. e) Realismo – Parnasianismo.c) Parnasianismo – Realismo.INSTRUÇÃO: A questão de número 25 refere-se ao texto abaixo.GABARITO“Eras a glória, — a inspiração, — a pátria,O porvir de teu pai! – Ah! no entanto,Pomba, — varou-te a flecha do destino!Astro, — engoliu-te o temporal do norte!Teto, caíste! – Crença, já não vives! (...)”MOISÉS, Massaud. A literatura brasileira através dos textos. 20 ed. Revista e aumentada. São Paulo: Cultrix, 1999. p. 178.25. U. Caxias do Sul-RS O fragmento acima pertence ao poema Cântico do Calvário, deFagundes Varela. Nele se reconhecem aspectos altissonantes, semelhantes à obra de:a) Álvares de Azevedo. d) Junqueira Freire.b) Casimiro de Abreu. e) Gonçalves Dias.c) Castro Alves.IMPRIMIR26. U. Caxias do Sul-RS Assinale a alternativa que preenche adequadamente as lacunas.O Simbolismo inicia como uma reação ao ________ e suas manifestações. A nova estéticanega o _________, valorizando, em contrapartida, as manifestações ____________.a) Arcadismo racionalismo subjetivasb) Parnasianismo cientificismo espirituaisc) Modernismo materialismo religiosasd) Impressionismo objetivismo subjetivase) Romantismo subjetivismo nacionaisVoltarLíngua Portuguesa - Parnasianismo/ SimbolismoAvançar


27. Univali-SC“ANTÍFONAÓ Formas alvas, brancas, Formas clarasDe luares, de neves, de neblinas!...Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas...Incensos dos turíbulos das aras...Formas de Amor, constelarmente puras,De Virgens e de Santas vaporosas...Brilhos errantes, mádidas frescurasE dolências de lírios e de rosas...”11O poema “Antífona”, do poeta Cruz e Sousa, apresenta as seguintes características domovimento simbolista:a) expressões vagas e insólitas; sinestesias; musicalidade.b) subjetivismo; evasão no tempo; ilogismo.c) arte pela arte; preocupação com a forma; rimas ricas.d) objetivismo; espiritualismo; musicalidade.e) iniciais maiúsculas; sugestão; verso livre.28. UFRS“(...)Vozes veladas, veludosas vozes,Volúpias dos violões, vozes veladas,Vagam nos velhos vórtices velozesDos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.(...)”GABARITOIMPRIMIREste quarteto retirado do poema Violões que choram..., de Cruz e Sousa, permite que seidentifiquem algumas características da estética literária a que pertencem.Então, é correto afirmar que:a) o Simbolismo Brasileiro foi marcado por um intenso trabalho com a musicalidade,expressa especialmente pela assonância e pela aliteração.b) a poesia simbolista, no Brasil, deixou-se impregnar pela busca de temas ligados à identidadenacional.c) Cruz e Sousa foi poeta diretamente vinculado a preocupações cientificistas da existênciahumana.d) no Brasil, o simbolismo serviu de respaldo para uma poesia de extração social, emespecial no que tange às classes mais humildes.e) um dos grandes argumentos da poesia simbolista de Cruz e Sousa foi o resgate de umacultura popular de origem ibérica.VoltarLíngua Portuguesa - Parnasianismo/ SimbolismoAvançar


29. UFRS Leia o poema Siderações, de Cruz e Sousa.“Para as estrelas de cristais geladosAs ânsias e os desejos vão subindo,Galgando azuis e siderais noivados,De nuvens brancas a amplidão vestindo...Num cortejo de cânticos aladosOs arcanjos, as cítaras ferindo,Passam, das vestes nos troféus prateados,As asas de ouro finamente abrindo...Dos etéreos turíbulos de neveClaro incenso aromal, límpido e leve,Ondas nevoentas de visões levanta...E as ânsias e desejos infinitosVão com os arcanjos formulando ritosDa eternidade que nos astros canta...”12A respeito do poema, é correto afirmar que:a) o poeta idealiza seus desejos, projetando-os para uma instância inatingível.b) o poema emprega descrições nítidas que garantem uma compreensão exata dos versos.c) o poeta expõe a sua avaliação sobre a realidade objetiva, utilizando imagens da naturezaem linguagem precisa e direta.d) o poema, em forma de epigrama, traduz uma visão materialista do amor e da sensualidade.e) se trata da descrição de fantasias e alucinações apresentadas nos moldes de ficção científica.30. Univali-SC O texto seguinte se refere ao final do século XIX, época que viu surgir oSimbolismo no Brasil.“Singulares criaturas devem nascer por este fim de século, em que a metafísica de novopredomina e a asa do sonho outra vez toca os espíritos, deixando-os alheados e absortos. Anecessidade do desconhecido de novo se estabelece. A ciência, que por vezes arrastara a humanidade,que a supunha capaz de ir ao fim — bateu num grande muro e parou. Que importam oprincípio e o fim?”In: MOISÉS, Massaud. A literatura portuguesa.GABARITOIMPRIMIRAponte a alternativa que apresenta, relativamente ao período citado, uma característica,uma obra e seu respectivo autor:a) Preferência por ambientes místicos e exóticos, melancolia, musicalidade.“A relíquia”João da Cruz e Sousa;b) Linguagem científica, explorando as temáticas da decomposição, da podridão e dosterrores noturnos.“Eu”Augusto dos Anjos;c) Musicalidade, subjetivismo, religiosidade, emprego da sinestesia.“Dona Mística”Alphonsus de Guimaraens;d) Misticismo e espiritualismo, musicalidade, pessimismo, melancolia.“Faróis”João da Cruz e Sousa;e) Perfeição da forma, musicalidade, expressão da realidade de maneira vaga, imprecisa.“Ardentias”Alphonsus de Guimaraens.VoltarLíngua Portuguesa - Parnasianismo/ SimbolismoAvançar


LÍNGUA PORTUGUESAPARNASIANISMO/SIMBOLISMO1GABARITOIMPRIMIR1. V-F-V-F2. F-F-V-F3. V-V-F-F-V4. V-V-F-V5. V-V-V-F6. a) Poderiam ser citadas as seguintes características parnasianas presentes no poema:— Preferência pelo soneto;— Uso de versos do decassílabos;— Rigor formal (rítmico e métrico);— Poesia descritivista.b) Uso da sinestesia, referência ao vago e nebuloso, presença de elementos sensitivos(audição, tato, visão) e tema relacionado à morte.7. 118. D9. D10. 3111. B12. D13. D14. 5515. B16. 1017. B18. C19. C20. C21. D22. D23. C24. A25. D26. B27. A28. A29. A30. DVoltarLíngua Portuguesa - Parnasianismo/ SimbolismoAvançar


LÍNGUA PORTUGUESAPRÉ-MODERNISMO/MODERNISMO11. UEMS Em Morte e Vida Severina, a obra mais popular da produção de João Cabral deMelo Neto, o autor compõe um Auto de Natal Pernambucano. Considerando a leituradessa obra, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).(01) Em Morte e Vida Severina, enfatizam-se a decadência histórica dos engenhos, substituídospelas usinas, e a conseqüente expulsão dos trabalhadores da zona rural para a cidade.(02) O adjetivo “severina”, que acompanha o itinerário de vida e morte do sertanejo, éresultado da coisificação do nome próprio Severino, passando a representar todos osretirantes que morrem “de velhice antes dos trinta, / de emboscada antes dos vinte, /de fome um pouco por dia.”.(04) O clímax do drama de Severino é atingido quando o personagem, já sem esperanças,decide suicidar-se no rio Capibaribe. Há um aprofundamento desse clímax quando Severinodialoga com seu José, morador de um dos mocambos entre o cais e a água do rio, e odiálogo é interrompido por uma mulher que anuncia: “Compadre José, compadre, / quena relva estais deitado: / conversais e não sabeis / que vosso filho é chegado?”.(08) A criança que nasce no mangue não é uma criança qualquer, ela levará uma existênciadiferente daquela vivida por seu pai, sem sofrimento, e que ultrapassará sua origem“severina”. Isto é o que afirma uma das ciganas: “trago papel de jornal / paralhe servir de cobertor; / cobrindo-se assim de letras / vai um dia ser doutor.”.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.2. UnB-DFGABARITOIMPRIMIR“Psicanálise do açúcarO açúcar cristal, ou açúcar de usina,mostra a mais instável das brancuras:quem do Recife sabe direito o quanto,e o pouco desse quanto, que ela dura.Sabe o mínimo do pouco que o cristalse estabiliza cristal sobre o açúcar,por cima do fundo antigo, de mascavo,do mascavo barrento que se incuba;e sabe que tudo pode romper o mínimoem que o cristal é capaz de censura:pois o tal fundo mascavo logo afloraquer inverno ou verão mele o açúcar.”MELO NETO, João Cabral de. Obras completas.Julgue os itens que se seguem, relativos ao poema acima.( ) A partir do poema, pode-se associar o processamento da cana, em especial o branqueamentodo açúcar, à tendência de mascaramento da natureza humana por imposiçõessociais.( ) a partir do verso 5, o poeta utiliza os vocábulos “cristal” e “mascavo” para denotar,respectivamente, as etnias branca e negra que trabalham na lavoura açucareira, valorizandoo segmento simbolizado pelo cristal.( ) Contrariando a tradição modernista, mais especificamente cabralina, esse poema líricoapresenta um esquema regular e constante de sílabas e rimas.( ) Em “o cristal é capaz de censura” (v.10), verifica-se que esse poema apresenta traçosdo Surrealismo, terceira fase do Modernismo literário brasileiro.VoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


3. UEMS A respeito do romance São Bernardo, de Graciliano Ramos, é correto afirmar que:a) Escrito em terceira pessoa, este romance se prende à análise do mundo exterior.b) Produzido na primeira fase do Modernismo, é um dos pontos altos de nossa literatura.c) Em São Bernardo, livro de estréia de Graciliano Ramos, a nota de regionalismo encontra-seem primeiro plano.d) São Bernardo representa um mergulho do escritor na alma humana com o propósito dedesvendá-la.e) A obra inaugurou a tendência regionalista na década de 20.Texto para a questão 4:2“O trabalho era duro. De picareta na mão, cavando terra, no serviço puxado com os companheirosacostumados fazendo as coisas na maciota, conversando uns com os outros. Parecia oeito do Santa Rosa. O feitor estava tomando conta, os cabras de pés no chão, e a terra na frente,a tarefa dura para tirar. Criou calos nas mãos. E o sol queimava-lhe as costas, um sol como o dailha. Os primeiros dias foram difíceis, mas aos poucos foi se acostumando. Os homens falavam davida de cada um. E riam-se alto das troças, das pilhérias que tiravam. Botavam apelidos, falavamde mulheres, de episódios, de amores, de desgraça dos outros. A vida para eles era as noites queeles tinham para gozar e os domingos e os dias santos em que se espichavam pelas portas dosmocambos quando não se davam às mulheres, à cachaça, aos folguedos dos ensaios para osgrandes dias do carnaval. Ricardo levou dias sem fazer conhecimento que fosse mais ligado.Chegava para o serviço e saía para casa como entrara a primeira vez. Terminou porém entrandona conversa dos companheiros, embora pouco tivesse para contar. Pouco sabia para fazer osoutros abrir em gargalhada enquanto a picareta tinia na terra dura. Estavam construindo o leitoda linha para os bondes que vinham substituir as maxambombas, os trens que davam àquelescaminhos de Beberibe um sinal de vida mais humana, com os seus apitos saudosos e aquele ir e virde comboios compridos, com horas certas, com passageiros que tiravam prosas, que se familiarizavam.Viriam os bondes amarelos, parando de poste em poste. A Encruzilhada já se despojara deseus trens. E agora chegava a vez de Beberibe. Com pouco as maxambombas ficariam lá para asoficinas encostadas. Muitas seriam vendidas para as usinas. Iriam apitar pelos canaviais, pelasingazeiras, pelas cajazeiras, arrastando cana para as esteiras.”REGO, José Lins do. O moleque Ricardo. Rio de Janeiro: INL/MEC, 1980, p. 28-9.GABARITO4. UnB-DF Julgue os itens abaixo, relativos ao texto e à literatura brasileira.( ) O texto é construído pelo foco narrativo de primeira pessoa, em que uma personagemrevela seus pensamentos, suas lembranças, seus sentimentos e suas sensações.( ) As informações do texto comprovam que a literatura neo-realista produzida pelo romanceregionalista reflete a realidade da sua época, constituindo também uma formade documento que registra os costumes e o contexto social e econômico do períodoque focaliza.( ) A obra de José Lins do Rego abrange a decadência da economia dos engenhos decana-de-açúcar, o cangaço, o misticismo, a exploração do trabalhador rural e a seca,configurando uma prosa regionalista nitidamente pertencente ao que se costuma chamarde romance social nordestino, cujo marco inaugural é A Bagaceira, de JoséAmérico de Almeida.( ) No texto, a enumeração de ações exemplifica o recurso literário do fluxo de consciência,muito característico da prosa realista.IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


5. UFMS Considerando as proposições abaixo, assinale a(s) correta(s).(01) Em Fogo Morto, vários temas são abordados, dentre os quais: a falência da sociedadepatriarcal nordestina, o surgimento do cangaço e a denúncia da miséria e da exploraçãode grande parcela da população do Nordeste.(02) Em Fogo Morto, configuram-se aspectos da realidade social nordestina de uma época:a fragilidade de um seleiro, vítima do autoritarismo do dono das terras onde vive;o desprestígio de um senhor de engenho arruinado pelo surgimento de novas relaçõesde trabalho e produção; a aspiração por justiça numa sociedade oprimida pelas arbitrariedadesdo cangaço, da polícia e da “politicagem” das elites.(04) Em algumas passagens do romance Capitães da Areia, percebe-se a intenção de garantira semelhança com a vida real. Exemplo claro desse tipo de procedimento encontra-seno comportamento da personagem Sem-Pernas. Explorando o próprio defeitofísico, o garoto aproxima-se das pessoas para, depois, trair-lhes a confiança.(08) O desfecho de Capitães da Areia é trágico: além da morte de Dora, a única mulheraceita pelo bando de Pedro Bala, ocorre o assassinato do próprio Pedro Bala, pondofim aos sonhos dos garotos abandonados.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.36. UEGO A respeito de Clarice Lispector, autora de Laços de Família, entre outras obras écorreto afirmar que:( ) Em Laços de Família, com exceção apenas de “O jantar”, todos os doze contos sãonarrados em 1ª pessoa do singular.( ) Suas narrativas são centradas em momentos de vivência interior das personagens —fluxo de consciência — que geralmente não seguem ordem cronológica.( ) Laços de Família está impregnado de intenção crítica, perceptível à medida que acontista arma seu jogo narrativo no interior do seio familiar burguês, cuja insatisfatóriarede de relações subjuga o ser humano, condiciona-o e limita sua liberdade, emtroca de valores ilusórios.( ) Laços de Família é um romance composto de treze capítulos independentes que tematizamos dramas cotidianos vividos pela família.( ) A tônica existencialista alimenta a progressão das personagens em seu drama particular,explorando a fragilidade do ser ante o compromisso inevitável da vida.GABARITOIMPRIMIR7. UFMS Sobre o livro de contos Brás, Bexiga e Barra Funda, é correto afirmar que:(01) os contos integram à formação cultural do brasileiro a contribuição dos imigrantesitalianos: ao recriar sua linguagem, Alcântara Machado traz à tona a forma de expressãode uma população marginalizada, desmistificando a existência de uma assimilaçãopassiva da cultura e da tradição locais pelos imigrantes italianos.(02) ao olhar o progresso de São Paulo com ceticismo, Alcântara Machado demonstrou adecadência das famílias “quatrocentonas” e a contribuição das culturas italiana e espanholapara a construção da identidade nacional.(04) no conto “Nacionalidade”, o barbeiro Tranqüillo Zampinetti, radicado em São Paulo,constrói uma pequena fortuna na cidade que o acolheu e, com o passar do tempo,integra-se definitivamente à pátria que o recebeu, culminando com o requerimento denaturalização brasileira pelo patriarca da família Zampinetti.(08) Bruno Zampinetti, no conto “Nacionalidade”, representa o elo definitivo entre o patriarcada família Zampinetti e a nova pátria, na medida em que, depois de ter concluído ocurso de Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito de São Paulo, reduto universitáriodos filhos da elite paulistana, foi ele o autor do requerimento que solicitou aoMinistro da Justiça e Negócios Internacionais do Brasil a naturalização de Tranqüillo.(16) no conto “Nacionalidade”, os filhos de Tranqüillo Zampinetti, Bruno e Lorenzo, “nãoqueriam saber de falar italiano. Nem brincando”. Essa negação dos rapazes é a negaçãoda manutenção da cultura paterna, o que acaba contribuindo para a desarticulaçãodo discurso de superioridade do “colonizador” europeu, veiculado pelo patriarcada família.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.VoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


Texto para a questão 8:“NOVOS & VELHOSMário QuintanaNão, não existe geração espontânea. Os (ainda) chamados modernistas, com a sua livre poética,jamais teriam feito aquilo tudo se não se houvessem grandemente impressionado, na incautaadolescência, com os espetáculos de circo dos parnasianos.Acontece que, por sua vez, fizeram eles questão de trabalhar mais perigosamente, sem rede desegurança — coisa que os acrobatas antecessores não podiam dispensar.Quanto a estes, os seus severos jogos atléticos eram uma sadia reação contra a languidez dosromânticos.E assim, sem querer, fomos uns aprendendo dos outros e acabando realmente por herdar suasqualidades ou repudiar seus defeitos, o que não deixa de ser uma maneira indireta de herdar.Por essas e outras é que é mesmo um equívoco esta querela, ressuscitada a cada geração, entrenovos e velhos.Quanto a mim, jamais fiz distinção entre uns e outros. Há uns que são legítimos e outros quesão falsificados. Tanto de um como de outro grupo etário.Porque na verdade a sandice não constitui privilégio de ninguém, estando equitativamentedistribuída entre novos e velhos, em prol do equilíbrio universal.E, além de tudo, os novos significam muito mais do que simples herdeiros: embora sem saber,embora sem querer, são por natureza os nossos filhos naturais.”48. AEU-DF Julgue os itens que seguem, em relação à teoria literária e aos estilos de época naLiteratura Brasileira.( ) Ao falar do próprio fazer poético e do conflito existente entre as diferentes gerações,Mário Quintana posiciona-se como poeta novo.( ) Ele é reconhecidamente um dos grandes nomes da literatura nacional, seja por seustextos em prosa, seja pelos seus poemas.( ) Em seus poemas, presenteia-nos com uma poesia musical e leve, a tratar, acima detudo, de temáticas ligadas à vida e a sua beleza.9. U.Católica de Brasília-DF O poema que se segue apresenta algumas das reivindicaçõesbásicas do Modernismo Brasileiro. Leia-o com atenção para responder às questões propostas,colocando Verdadeiro (V) ou Falso (F).“Manuel Bandeira — PoéticaGABARITOEstou farto do lirismo comedidoDo lirismo bem comportadoDo lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e manifestações de[apreço ao sr. diretorEstou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo.Abaixo os puristasTodas as palavras sobretudo os barbarismos universaisTodas as construções sobretudo as sintaxes de exceçãoTodos os ritmos sobretudo os inumeráveisEstou farto do lirismo namoradorPolíticoRaquíticoSifilíticoDe todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo.De resto não é lirismo.IMPRIMIRSerá contabilidade tabela de co-senos secretário do amante exemplar com cem modelos de cartas[we as diferentes maneiras de agradar às mulheres, etc.Quero antes o lirismo dos loucosO lirismo dos bêbadosO lirismo difícil e pungente dos bêbadosO lirismo dos clowns de Shakespeare— Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.”VoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


( ) Nesse texto Manuel Bandeira se opõe à perfeição formal do Parnasianismo, ao purismoque freia a liberdade criadora do artista e o afasta de sua inspiração, para preocupar-secom aspectos alheios ao poema.( ) O poema é expressamente uma reivindicação de uma linguagem preciosa, elegante erara para a arte literária.( ) Em relação ao Modernismo Brasileiro, pode-se afirmar que, passados o entusiasmo eo dinamismo, de que dão mostras os versos de Manuel Bandeira, a nossa literatura seacomodou a um lirismo comedido, metrificado, de rimas raras.( ) Nestes versos “Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o cunhovernáculo de um vocábulo” (v.5, v.6), Manuel Bandeira se opõe ao purismo parnasiano,que não admitia o uso de estrangeirismos e de vulgarismos.( ) Os versos “Quero antes o lirismo dos loucos / O lirismo dos bêbados / o lirismodifícil e pungente dos bêbados / O lirismo dos clowns de Shakespeare / Não queromais saber do lirismo que não é libertação” (v.21 - v.25) apresentam relações com aspropostas do Surrealismo, pois exaltam o lirismo nascido do inconsciente.5GABARITO10. U.Católica-GO( ) Sobre o Modernismo que produziu Macunaíma, podemos dizer que apresentava nacionalismoexacerbado, constante busca por uma linguagem nacional, parodizaçãode textos do passado, liberdade formal de modo a integrar forma e conteúdo, bemcomo irreverência irônica e sarcástica.( ) Em Macunaíma, Mário de Andrade, fiel ao preceito modernista de criar uma línguanacional, evita o uso de arcaísmos e gírias bem como as palavras de origem africana.( ) Macunaíma é divindade dos indígenas macuxis, acavaés, arecunas, taulipanques ecaraíbas que habitam o oeste do planalto de Roraima e o Alto Rio Branco. É o ser quetrabalha à noite, espírito grande e bom que criou a terra e as plantas. Mário de Andrade,fiel aos princípios modernistas de ironia, deu esse nome ao seu anti-herói porespírito de contradição e sarcasmo.“Quando o herói saiu do banho estava branco louro e de olhos azuizinhos, água lavarao pretume dele. E ninguém não seria capaz mais de indicar nele um filho da triboretinta dos Tapanhumas”.( ) No passo anterior, o autor descreve o banho tomado por Jiguê, irmão de Macunaíma,na lapa de águas mágicas que o transformaram em branco. Macunaíma e Maanapetambém foram banhar-se nas águas encantadas, para se tornarem brancos. No trechoem questão, sob o manto da fantasia, o autor faz referência às três raças que constituema etnia do povo brasileiro: o branco, o índio e o negro.( ) Macunaíma deve ser considerado o protótipo do anti-herói: feio, maldoso, ardiloso, écapaz de trair o próprio irmão, possuindo-lhe a mulher.( ) O herói criado por Mário de Andrade devia contrapor-se, como o fez, ao modeloeuropeu de indivíduo, sem máculas, sem vícios, sem defeitos de caráter. Devia, igualmente,humanizar o homem brasileiro tornando-o real, com todos os seus defeitos etodas as suas virtudes, características de todo o ser humano.IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


11. UFBATexto I“— Dê seu jeito... — Balduíno encolheu os ombros.O soldado abriu a mão na cara de Antônio Balduíno, mas o negro já estava por baixo, as pernasbatendo nas do soldado que caiu. Se levantou com o sabre na mão. Antônio Balduíno abriu anavalha:— Venha se é homem!— Não tenho medo de macho...— Eu não respeito farda — e Antônio Balduíno foi arrancando o sabre do soldado que já levavauma navalhada no rosto.Depois que desarmou o soldado, largou a navalha e esperou Osório na escuridão. Vinha gente,homens e guardas e mais soldados. Osório se atirou em cima de Balduíno e recebeu um daquelessocos pesados do negro. Ficou estatelado no chão. Um gringo que apreciava a luta puxou AntônioBalduíno:— Vá embora que vem muito soldado aí. (...)”AMADO, Jorge. Jubiabá. São Paulo: Martins, 1961. p. 117.TEXTO II“O CAPOEIRA6— Qué apanhá sordado?— O quê?— Qué apanhá?Pernas e cabeças na calçada.”ANDRADE, Oswald de. Pau-Brasil. 6. ed. São Paulo: Globo, 1998. p. 87.GABARITOA leitura dos textos I e II permite afirmar:(01) Em ambos os textos, ocorre a ruptura com a tradição literária nacional, um incorporandoa linguagem popular, e o outro abandonando a rima e a métrica.(02) No ritmo e nas ações dos dois textos, há um contraste: o primeiro é rápido e imprevisível,e o segundo, lento e previsível.(04) Os dois textos se diferenciam tanto pelas características do gênero escolhido quantopela síntese do segundo e pelo estilo emocional do primeiro.(08) Oswald de Andrade consegue uma forma de dar maior autenticidade ao seu poema,transcrevendo a fala coloquial e popular nos diálogos, sem respeitar as normas ortográficas.(16) Nesse trecho do romance de Jorge Amado, a presença repetida de nomes — própriose comuns — para identificar os lutadores contribui para evitar a ambigüidade em ummomento de ação tão rápida.(32) “Qué apanhá” (v. 1 e 3) é uma realização popular de duas formas verbais no infinitivo.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.IMPRIMIR12. Unifor-CE Considerando-se as características mais marcantes de prosadores da chamada“geração de 30”, é correto afirmar que:a) os contos e romances de Clarice Lispector e Guimarães Rosa podem ilustrar a valorizaçãodos costumes e da cultura regional.b) o romance Angústia, de Graciliano Ramos, desenvolve tema muito semelhante ao doromance Menino de Engenho, de José Lins do Rego.c) Jorge Amado e José Lins do Rego manifestaram preocupação em caracterizar aspectosculturais, sociais e econômicos de suas respectivas regiões.d) os impulsos da memória pessoal são fundamentais para a construção de Vidas Secas, deGraciliano Ramos, e para a elaboração de Capitães da Areia, de Jorge Amado.e) Graciliano Ramos e Jorge Amado cultivam o mesmo pessimismo em relação ao homem,sobretudo quando se comparam Gabriela, Cravo e Canela e São Bernardo.VoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


13. Unifor-CE Caso se queira encontrar dentro da literatura informações sobre a vida nosengenhos de cana-de-açúcar nordestinos, ou sobre a influência da economia cacaueira navida das pessoas, ou sobre a atuação política dos velhos coronéis e dos cangaceiros, taisinformações podem ser colhidas na fase de nossa literatura reconhecida como a:a) da geração de 45.b) do romance de 30.c) do regionalismo naturalista.d) do regionalismo romântico.e) da literatura dos viajantes.714. UFSE Referindo-se à “geração de 30”; um crítico considera: “A prosa de ficção encaminhadapara o ‘realismo bruto’ de Jorge Amado, de José Lins do Rego, de Érico Veríssimoe, em parte, de Graciliano Ramos, beneficiou-se amplamente da ‘descida’ à linguagemoral, aos brasileirismos léxicos, e sintáticos, que a prosa modernista tinha preparado.”De acordo com essa consideração, é correto afirmar que:a) Rubem Fonseca e Clarice Lispector são autores diretamente influenciados por Macunaímae Memórias Sentimentais de João Miramar.b) os romances do “ciclo da cana-de-açúcar” e do “ciclo do cacau” devem algo de sualinguagem a conquistas do Modernismo.c) as realidades regionais do país tornaram-se temas literários somente a partir de Meninode Engenho e Gabriela, Cravo e Canela.d) as obras de Monteiro Lobato e de Lima Barreto refletem as opções estéticas trabalhadaspor Mário de Andrade e Oswald de Andrade.e) os romances que tratam da vida violenta dos marginalizados nas grandes cidades constituírama principal linha de trabalho dos prosadores modernistas de 22.15. UFBAGABARITOIMPRIMIR“— O dia de hoje está difícil;não sei onde vamos parar.Deviam dar um aumento,ao menos aos deste setor de cá.As avenidas do centro são melhores,mas são para os protegidos:há sempre menos trabalhoe gorjetas pelo serviço;e é mais numeroso o pessoal(toma mais tempo enterrar os ricos).........................................................— Mas não foi pelas gorjetas, não,que vim pedir remoção:é porque tem menos trabalhoque quero vir para Santo Amaroaqui ao menos há mais gentepara atender a freguesia;para botar a caixa cheiadentro da caixa vazia.— E que disse o Administrador,se é que te deu ouvido?........................................................— No de Casa Amarela me deixoumas me mudou de arrabalde.— E onde vais trabalhar agora,qual o subúrbio que te cabe?— Passo para o dos industriários,que é também o dos ferroviários,de todos os rodoviáriose praças-de-pré dos comerciários.— Passa para o dos operários,deixas o dos pobres vários;melhor: não são tão contagiosose são muito menos numerosos.— É, deixo o subúrbio dos indigentesonde se enterra toda essa genteque o rio afoga na preamare sufoca na baixa-mar.........................................................— É a gente retiranteque vem do Sertão de longe.........................................................— E da maneira em que estánão vão ter onde se enterrar.........................................................— E esse povo lá de ribade Pernambuco, da Paraíba,que vem buscar no Recifepoder morrer de velhice,encontra só, aqui chegandocemitérios esperando.— Não é viagem o que fazem,vindo por essas caatingas, vargens;aí está o seu erro:vêm é seguindo o seu próprio enterro.”MELO NETO, João Cabral de. Morte e Vida Severina.2. ed. Rio de Janeiro: Sabiá, 1967. p. 96, 99, 100 e101.VoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


A leitura desses fragmentos e de todo o poema permite concluir:(01) As falas dos coveiros são marcadas por um tom crítico, bem como por um realismoimpiedoso, mas involuntário.(02) O diálogo entre os dois personagens individualiza-os, distanciando-os do caráter simbólicode outros personagens da obra.(04) O cemitério é o lugar em que o protagonista toma conhecimento da existência da mortehierarquizada.(08) O encontro de Severino com a morte, tema recorrente em todo o poema, ilustra bemo descompasso entre o esperado e o acontecido.(16) O personagem-símbolo — Severino — é mostrado, no desenrolar de toda a ação,sempre na condição de observador distanciado, ouvindo diálogos e solilóquios deoutros personagens, exceto na fala inicial, quando ele se apresenta.(32) Severino, ao chegar ao cemitério, descobre o verdadeiro sentido da morte, e sua vidatoma um novo rumo: o retorno ao ponto de origem.(64) O poema trabalha no sentido de valorizar positivamente a morte como o fim desejávelpara uma vida de desafios insuperados.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.16. Uneb-BA8“Sinhá Vitória tinha amanhecido nos seus azeites. Fora de propósito, dissera ao marido umasinconveniências a respeito da cama de varas. Fabiano, que não esperava semelhante desatino,apenas grunhira: — ‘Hum! hum!’ E amunhecara, porque realmente mulher é bicho difícil deentender, deitara-se na rede e pegara no sono. Sinhá Vitória andara para cima e para baixo,procurando em que desabafar. Como achasse tudo em ordem, queixara-se da vida. E agora vingava-seem Baleia, dando-lhe um pontapé.”RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. 18. ed. São Paulo: Martins, 1967. p. 48.GABARITOIMPRIMIRInserindo-se o fragmento no contexto do romance Vidas Secas, de Graciliano Ramos, écorreto afirmar:a) Sinhá Vitória possui desejos de consumo que traduzem a ânsia de acumular posses.b) O grunhido de Fabiano é revelador da sua dificuldade para se comunicar através dalinguagem verbal.c) A cadela Baleia é considerada, pela família, tão-somente como um animal de estimação.d) A narrativa prende-se, sobretudo, à discussão de problemas que se esgotam no regional.e) Fabiano e Sinhá Vitória não se adaptam ao meio rural, por isso desejam o convívio com aspessoas na cidade.17. Unifor-CE Considere as seguintes preocupações de um romancista:I. Narrar uma história de modo a entrelaçar o destino das personagens com as específicascondições culturais, sociais e econômicas da região em que vivem.II. Nos diálogos, buscar ser fiel à linguagem oral das personagens, por mais rudes quesejam.III. Nas descrições, acentuar a importância que têm os elementos da natureza para omodo de vida das personagens.Nos casos de Fogo Morto e Menino de Engenho, constituíram preocupações de seu autor:a) II, somente.b) I e II, somente.c) I e III, somente.d) II e III somente.e) I, II e III.VoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


18. UFPE“Esse incessante morrer que nos teus versos encontroé tua vida, poeta, e por ele te comunicascom o mundo em que te esvais. (...)Não é o canto da andorinha,debruçada nos telhados da Lapa,Anunciando que tua vida passou à toa, à toa.Não é o médico mandando exclusivamentetocar um tango argentino,Diante da escavação no pulmão esquerdoe do pulmão infiltrado.Não são os carvoeirinhos raquíticosvoltando encarapitados nos burros velhos.Não são os mortos do Recifedormindo profundamente na noite. (...)Que o poeta Manuel Bandeira escute este apelode um homem humilde.”ANDRADE, Carlos <strong>Dr</strong>ummond de. Ode no cinquentenário do poeta brasileiro.9GABARITOA partir da leitura do texto, analise as proposições a seguir:1) <strong>Dr</strong>ummond homenageia Bandeira com um exercício de intertextualidade, abordando ouniverso do poeta pernambucano com suas próprias palavras. Essa homenagem nãogerou imitação. Bandeira está na vertente mais clássica do modernismo; já <strong>Dr</strong>ummondassimilou as conquistas de vanguarda.2) <strong>Dr</strong>ummond alude à freqüente tematização da morte nos poemas confessionais de Bandeira,ao clima de melancolia e desejo insatisfeito que percorre a obra deste.3) A intertextualidade é explorada, utilizando os versos de Andorinha, de Pneumotórax, de<strong>Prof</strong>undamente, de Vou-me embora pra Pasárgada (de Libertinagem) e dos Meninos Carvoeirose de Cotovia (de Ritmo Dissoluto).4) O poema adota a paródia e o lirismo exacerbado, dentro dos preceitos da estética modernista.Está(ão) correta(s):a) 1, 3 e 4.b) 1 apenas.c) 2 apenas.d) 1 e 2 apenas.e) 2, 3 e 4 apenas.19. Unifor-CE“Em sua obra, um tema praticamente permanente é a crise da subjetividade. Esta crise se manifestacom tamanha gravidade que o próprio ato de narrar ameaça ser impossível. Não admira,pois, que em alguns de seus romances a velha noção de enredo já não é absoluta: às vezesimporta mais a metáfora estranha, a entrega aos livres pensamentos, a crise existencial que nãoestá apenas nas personagens, mas no próprio narrador.”IMPRIMIRO trecho acima está levantando algumas características que se encontram presentes em:a) Grande Sertão: Veredas.b) A Hora da Estrela.c) Fogo Morto.d) A Estrela Sobe.e) O Tempo e o Vento.VoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


20. UFSE“Epigrama nº 10A minha vida se resume,desconhecida e transitória,em contornar teu pensamento,sem levar dessa trajetórianem esse prêmio de perfumeque as flores concedem ao vento.”No poema acima de Cecília Meireles, o tema, muito característico da autora, é:a) a transitoriedade da vida e o desejo de evasão; as estrofes são regulares, com versoslivres.b) a transitoriedade e a inconseqüência da vida: as estrofes são regulares, com versoslivres.c) o desejo de evasão e de utopia; os versos são redondilhas maiores, brancos.d) o desejo de evasão e de utopia; os versos são octossílabos rimados.e) a transitoriedade e a inconseqüência da vida; os versos são octossílabos rimados.1021. UFMASejam as estrofes finais do poema “Aniversário”, de Álvaro de Campos, heterônimo deFernando Pessoa:“(...)Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na louça, com mais copos,O aparador com muitas coisas — doces, frutas, o resto na sombra debaixo do alçado —,As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa,No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...GABARITOIMPRIMIRPára, meu coração!Não penses! Deixa o pensar na cabeça!Hoje já não faço anos.Duro.Somam-se-me dias.Serei velho quando o for.Mais nada.Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...”Ao longo desses versos, o poeta contrapõe o passado ao presente, sugerindo que:a) a nitidez do presente impede a visão do passado distante, perdido na infância.b) no tempo em que festejavam seu aniversário, as tias e os primos escondiam afesta “debaixo do alçado”.c) o coração pare no presente para que só o pensamento, único móvel para a felicidade,continue a pulsar.d) a inocência perdida no passado possa ser reavivada no presente solitário da fase adultado poeta.e) os dias do presente sejam somados àquela infância melancólica, marcada pela sombra.VoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


22. UFBA“Quem me dera que eu fosse o pó da estradaE que os pés dos pobres me estivessem pisando...Quem me dera que eu fosse os rios que corremE que as lavadeiras estivessem à minha beira...Quem me dera que eu fosse os choupos à margem do rioE tivesse só o céu por cima e a água por baixo...Quem me dera que eu fosse o burro do moleiroE que ele me batesse e me estimasse...Antes isso que ser o que atravessa a vidaOlhando para trás de si e tendo pena...”PESSOA, Fernando. Obra poética. Poemas completos de Alberto Caeiro.Rio de Janeiro: José Aguilar, 1992. p. 215.11Constitui característica da poesia de Caeiro comprovável no texto:(01) Repúdio ao misticismo.(02) Desejo de integração plena com a natureza.(04) Valorização das sensações visuais.(08) Percepção de fragmentos da realidade.(16) Descompromisso com o futuro.(32) Visão de mundo marcada pela simplicidade do existir tão-somente.(64) Negação da interioridade das coisas.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.23. UERJ“Manifesto da poesia Pau-Brasil(fragmento)GABARITOIMPRIMIRLançado por Oswald de Andrade, no Correio da Manhã, em 18 de março de 1924.Houve um fenômeno de democratização estética nas cinco partes sábias do mundo. Instituíraseo naturalismo. Copiar. Quadro de carneiros que não fosse lã mesmo não prestava. A interpretaçãodo dicionário oral das Escolas de Belas-Artes queria dizer reproduzir igualzinho... Veio apirogravura. As meninas de todos os lares ficaram artistas. Apareceu a máquina fotográfica. Ecom todas as prerrogativas do cabelo grande, da caspa e da misteriosa genialidade de olho virado– o artista fotógrafo.Na música, o piano invadiu as saletas nuas, de folhinha na parede. Todas as meninas ficarampianistas. Surgiu o piano de manivela, o piano de patas. A Playela. E a ironia eslava compôs paraa Playela. Stravinski.A estatuária andou atrás. As procissões saíram novinhas das fábricas.Só não se inventou uma máquina de fazer versos – já havia o poeta parnasiano.(...)Nossa época anuncia a volta ao sentido puro.Um quadro são linhas e cores. A estatuária são volumes sob a luz.A poesia Pau-Brasil é uma sala de jantar domingueira, com passarinhos cantando na mataresumida das gaiolas, um sujeito magro compondo uma valsa para flauta e a Maricota lendo ojornal. No jornal anda todo o presente.”apud TELES, Gilberto M. Vanguarda Européia e Modernismo Brasileiro. Petrópolis: Vozes, 1977.Duas características da poesia modernista que aparecem sugeridas no último parágrafo doManifesto da Poesia Pau-Brasil são:a) incorporação da temática cotidiana – enfoque no presente.b) valorização dos encontros familiares – enaltecimento da natureza.c) aproveitamento do elemento musical – retrato de cenas familiares.d) citação jornalística da realidade – reprodução do noticiário histórico.VoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


24. U. Uberaba-MG Considere as seguintes afirmações sobre a literatura brasileira no séculoXX:I. O interesse pela paisagem nacional e pelos temas ligados ao cotidiano, o verso livre ea linguagem coloquial são procedimentos comuns à poesia dos modernistas.II. A Semana de Arte Moderna foi uma reação aos ataques de poetas parnasianos queconsideravam a obra dos primeiros poetas modernistas um tanto incipiente.III. Definem a poética de João Cabral de Melo Neto: a elaboração de uma linguagemconcisa, elíptica, de acentuada economia de meios e a preocupação de fazer da imagemo núcleo do poema.Está correto o que se afirma:a) apenas em I.b) apenas em I e III.c) apenas em I e II.d) Em I, II e III.1225. U. Uberaba-MG Leia as assertivas que se seguem e faça o que se pede.I. Lucíola, de José de Alencar, é uma narrativa em que predomina o enredo do amor,apesar de existirem preocupações de ordem social.II. Dom Casmurro, de Machado de Assis, é uma narrativa voltada para os acontecimentosexteriores, privilegiando, assim, o tempo cronológico.III. O narrador, em Vidas secas, de Graciliano Ramos, está na terceira pessoa, distante dosfatos narrados por ser aquele que somente organiza a história, apresentando-a ao leitor.IV. Na obra Libertinagem, Manuel Bandeira alcança, com desenvoltura, o ideal poéticopreconizado pela poesia moderna: lirismo esfusiante e libertação do verso clássico.V. Na poesia de Carlos <strong>Dr</strong>ummond de Andrade a preocupação social abrange o regional,o nacional e o universal.Assinale a alternativa que contém as alternativas corretas.a) I, II, III e V.b) I, III, IV e V.c) II, III, IV e V.d) I, II, III e IV.GABARITO26. U. F. Uberlândia-MG Muitos autores brasileiros do Modernismo foram influenciadospelas vanguardas artísticas européias, as hoje chamadas vanguardas históricas. Leia o textoabaixo e indique a que vanguarda ele se filia.“O pastor pianistaSoltaram os pianos na planície desertaOnde as sombras dos pássaros vêm beber.Eu sou o pastor pianista,Vejo ao longe com alegria meus pianosRecortarem os vultos monumentaisContra a lua.IMPRIMIRAcompanhado pelas rosas migradorasApascento os pianos que gritamE transmitem o antigo clamor do homem.”a) Surrealismo.b) Futurismo.c) Cubismo.d) Dadaísmo.Murilo Mendes.VoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


27. U. Uberaba-MG“InfânciaMeu pai montava a cavalo, ia para o campo.Minha mãe ficava sentada cosendo.Meu irmão pequeno dormia.Eu sozinho menino entre mangueiraslia a história de Robinson Crusoé,comprida história que não acaba mais.No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeua ninar nos longes da senzala – e nunca se esqueceuchamava para o café.café preto que nem a preta velhacafé gostosocafé bom.13Minha mãe ficava sentada cosendoOlhando para mim:— Psiu... Não acorde o menino.Para o berço onde pousou um mosquito.E dava um suspiro... que fundo!Lá longe meu pai campeavano mato sem fim da fazenda.E eu não sabia que minha históriaera mais bonita que a de Robinson Crusoé.”ANDRADE, Carlos <strong>Dr</strong>ummond de. Antologia poética.Feita a leitura do poema, indique a alternativa que não está correta:a) O estilo livre de construção dos versos e de organização das estrofes insere o poema noModernismo.b) A primeira estrofe do poema tem caráter narrativo referenciado pela cena dinâmica queapresenta.c) O tema deste poema está expresso em seu título e é um tema que se repete na obra deCarlos <strong>Dr</strong>ummond de Andrade.d) A presença do pronome “Eu” é o elemento único e essencial que permite classificareste poema como lírico.GABARITO28. U. Uberaba-MGI“Quando nasci, um anjo tortodesses que vivem na sombradisse: Vai, Carlos! Ser gauche na vida.”II“Alguns anos vivi em Itabira.Principalmente nasci em Itabira.Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro.”IMPRIMIR“Que pode uma criatura senão,entre criaturas, amar?amar e esquecer,amar e malamar,amar, desamar, amar?sempre, e até de olhos vidrados, amar?”IIIVoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


Com base na leitura dos fragmentos acima, do poeta Carlos <strong>Dr</strong>ummond de Andrade, julgueverdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmativas abaixo:I. ( ) Sua poesia tem várias faces, ora mostra o desajuste do eu-lírico diante domundo, ora se volta para as suas raízes ancestrais, ora tematiza o amor emseus encontros e desencontros.II. ( ) O primeiro fragmento exprime o sentimento de quem vem na contramão, reforçadopelo adjetivo “torto” e pelo galicismo gauche.III. ( ) No segundo fragmento, <strong>Dr</strong>ummond demonstra desprezo pela terra natal que otornou triste. Angustiado, o poeta acredita que a saída para a problemática existencialreside na lembrança de Itabira.IV. ( ) No terceiro fragmento, o poeta não vê o amor como algo inevitável: mesmodiante desse sentimento acredita no poder de opção e no livre arbítrio do homem.A seqüência correta é:a) F / V / V / V.b) V / V / F / F.c) V / F / V / V.d) F / V / F / F.14GABARITOIMPRIMIRTexto para a questão 29:“— ‘Vosmecê me faça a boa obra de querer me ensinar o que é mesmo que é: fasmisgerado...fas-me-gerado... falmisgeraldo... familhas-gerado...?’Disse, de golpe, trazia entre dentes aquela frase. Soara com riso seco. Mas, o gesto, que seseguiu, imperava-se de toda a nudez primitiva, de sua presença dilatada. Detinha minha resposta,não queria que eu a desse de imediato. E já aí outro susto vertiginoso suspendia-me: alguémpodia ter feito intriga, invencionice de atribuir-me a palavra de ofensa àquele homem; que muito,pois, que aqui ele se famanasse, findo para exigir-me, rosto a rosto, o fatal, a vexatória satisfação?— ‘Saiba vosmecê que saí ind’hoje da Serra, que vim, sem parar, essas seis léguas, expressodireto pra mor de lhe preguntar a pregunta, pelo claro...’Se sério, se era. Transiu-se-me.— ‘Lá, e por estes meios de caminho, tem nenhum ninguém ciente, nem têm o legítimo – o livroque aprende as palavras... É gente pra informação torta, por se fingirem de menos ignorâncias...Só se o padre, no São Ão, capaz, mas com padres não me dou: eles logo engambelam... A bem.Agora, se me faz mercê, vosmecê me fala, no pau da peroba, no aperfeiçoado: o que é que é, oque já lhe preguntei?’Se simples. Se digo. Transfoi-se-me. Esses trizes:— Famigerado?— ‘Sim senhor’... — e, alto, repetiu, vezes, o termo, enfim nos vermelhões da raiva, sua voz forade foco. E já me olhava, interpelador, intimativo – apertava-me. Tinha eu que descobrir a cara. –Famigerado? Habitei preâmbulos. Bem que eu me carecia noutro interim, em indúcias. Como porsocorro, espiei os três outros, em seus cavalos, intugidos até então, mumumudos. Mas, Damázio:— ‘Vosmecê declare. Estes aí são de nada não. São da Serra. Só vieram comigo, pra testemunho...’Só tinha de desentalar-me. O homem queria estrito o caroço: o verivérbio.— Famigerado é enôxio, é: ‘célebre’, ‘notório’, ‘notável’...[...]— Famigerado? Bem. É: ‘importante‘, que merece louvor, respeito...— ‘Vosmecê agarante, pra a paz das mães, mão na escritura?’Se certo! Era para se empenhar a barba. Do que o diabo, então eu sincero disse:— Olhe: eu, como o senhor me vê, com vantagens, hum, o que eu queria uma hora destas eraser famigerado – bem famigerado, o mais que pudesse!...— ‘Ah! Bem!...’ – soltou, exultante.”ROSA, Guimarães. O Famigerado. In: Primeiras Estórias.VoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


29. Cefet-RJ Assinale a opção falsa.Em Guimarães Rosa, autor pós-modernista,a) a criatividade acaba por submeter-se à tirania da gramática e dos dicionários dos outros,ainda que isso provoque mutilações irreversíveis.b) o sertão aparece como uma forma de aprendizado sobre a vida, sobre a existência, nãoapenas do sertanejo, mas do homem. “O sertão é o mundo.”c) a linguagem é a verdadeira matéria e, ainda que calcada em aspectos do falar sertanejo,mistura-se à pesquisa erudita, à exploração sonora, sintática e semântica do português.d) o folclórico, o pitoresco e o documental cedem lugar a sua maneira nova de repensar asdimensões da cultura.e) o sertão não se restringe aos limites geográficos brasileiros, ainda que dele extraia a suamatéria-prima.30. F. M. Triângulo Mineiro-MG Leia os versos a seguir para responder à questão.“Multipliquei-me, para me sentir,Para me sentir, precisei sentir tudo,Transbordei-me, não fiz senão extravasar-me.”15Nos versos acima, o poeta expressa a sua necessidade de conhecer o universo além dacontingência individual. Para isso, ele recorreu aos heterônimos e desdobrou-se em personalidades.Trata-se de:a) Fernando Pessoa.b) Luís Vaz de Camões.c) Camilo Castelo Branco.d) Alexandre Herculano.e) Eça de Queirós.31. Cefet-RJGABARITOIMPRIMIR“A caatinga estende-se, de um vermelho indeciso salpicado de manchas brancas que eramossadas. O vôo negro dos urubus fazia círculos altos em redor de bichos moribundos.— Anda, excomungado.O pirralho não se mexeu, e Fabiano desejou matá-lo. Tinha o coração grosso, queria responsabilizaralguém pela sua desgraça. A seca aparecia-lhe como um fato necessário – e a obstinaçãoda criança irritava-o. Certamente esse obstáculo miúdo não era culpado, mas dificultava a marcha,e o vaqueiro precisava chegar, não sabia onde.”RAMOS, Gracialiano. Vidas secas. São Paulo: Livraria Martins, 16ª ed. p. 3.Considerando o romance Vidas secas, de Graciliano Ramos, é falso afirmar que:a) o seu regionalismo é crítico, indo além do neo-realismo, que caracterizou a segundafase modernista.b) o “herói” é sempre um problema: não aceita o mundo, nem os outros, nem a si mesmo.c) a natureza interessa ao romancista só enquanto propõe o momento da realidade hostil.d) o autor abre ao leitor o universo mental esgarçado e pobre de um homem e sua família,tangidos pela seca e opressão dos que podem mandar: o “dono” e o “soldado amarelo”.e) o narrador, ao apresentar-se na 1ª pessoa do discurso, parece ter sumido por trás das criaturas,mas na verdade apenas deslocou o eu para a natureza e para o latifúndio.VoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


32. U. Caxias do Sul-RS Lima Barreto, ............. e .......... apontam para uma renovação daLiteratura Brasileira, que se convencionou chamar de ............ , numa época em que osestilos passadistas ainda tentavam se impor.a) Graça Aranha / Graciliano Ramos / Pré-Modernismob) Euclides da Cunha / Monteiro Lobato / Pré-Modernismoc) Monteiro Lobato / Simões Lopes Neto / Naturalismod) Graciliano Ramos / Euclides da Cunha / Naturalismoe) Simões Lopes Neto / Graça Aranha / Regionalismo1633. UFRS Assinale a alternativa incorreta sobre a obra de Monteiro Lobato.a) A obra literária de Lobato, um dos intelectuais mais importantes da sua época, se insereno Regionalismo Pré-Modernista.b) O conto “Urupês”, que dá título ao primeiro livro do autor, nasceu de um panfleto emque Lobato criou a figura típica do “Jeca-Tatu”.c) As denúncias de Lobato sobre as queimadas nos campos e sobre o caboclo miserável,indiferente e preguiçoso, ajudaram a projetá-lo como ficcionista.d) Além de contos, crônicas e ensaios variados, a obra de Lobato compreende vários textosde literatura infantil.e) A prosa de Lobato é marcada pelo gosto documental naturalista e pelo uso de umalinguagem ornamentada, como pode ser comprovado nas obras Fruto Proibido, de 1895,Sertão, de 1896, e Canaã, de 1902.34. PUC-RS A produção poética da transição do século XIX para o XX evidencia duas tendênciasprincipais: uma que rejeita formalmente o Romantismo, outra que busca a genuínaexpressão poética. Registra-se, ainda, na época, o caso isolado do poeta _________,cuja reduzida produção caracteriza-se pela linguagem __________ e, ao mesmo tempo,___________.a) Alphonsus de Guimaraens / subjetiva / plásticab) Augusto dos Anjos / cientificista / corrosivac) Eduardo Guimaraens / erudita / sugestivad) Augusto dos Anjos / impressionista / sonorae) Alphonsus de Guimaraens / cientificista / grotescaGABARITOIMPRIMIR35. PUC-RS Associar a “Consciência Humana” à imagem de um “morcego”, assim comofazer poesia sobre o “verme”, ou afirmar que o homem, por viver “entre as feras”, tambémsente necessidade “de ser fera” são algumas das imagens poéticas de ________. Apesardas críticas contundentes de que foi alvo, o poeta, muito distante da obsessão _________pela forma, ou da sugestão das imagens __________, já revelava, a seu tempo, elementosde modernidade.a) Cruz e Sousa / simbolista / parnasianasb) Augusto dos Anjos / parnasiana / simbolistasc) Alphonsus Guimaraens / parnasiana / realistasd) Cruz e Sousa / romântica / parnasianase) Augusto dos Anjos / simbolista / parnasianasVoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


1736. PUC-RS INSTRUÇÃO: Para responder à questão, enumerar a segunda coluna de acordocom a primeira, relacionando as idéias, expressões, autores e obras ao que convencionoudenominar de Pré-Modernismo e Geração de 22.1. Pré-Modernismo2. Geração de 22( ) Oswaldo de Andrade( ) Lima Barreto( ) Mario de Andrade( ) Os Sertões( ) fragmentação da narrativa( ) ruptura com a tradição( ) ecletismo( ) irreverênciaA seqüência correta, de cima para baixo, é a da alternativa:a) 2 – 2 – 2 – 1 – 1 – 1 – 1 – 2.b) 2 – 1 – 2 – 1 – 2 – 2 – 1 – 2.c) 2 – 1 – 2 – 2 – 1 – 2 – 2 – 2.d) 1 – 1 – 1 – 1 – 2 – 2 – 1 – 2.e) 1 – 1 – 2 – 1 – 2 – 2 – 1 – 1.37. UnB-DF A partir do mapa que segue, em que cada seta aponta para uma região geográficado Brasil, e das informações relativas a parte da explosão da energia criativa brasileira nocampo literário no século XX, julgue os itens a seguir.GABARITOIMPRIMIR( ) Efetivamente, as condições geográficas contribuem para que haja baixo índice demográficona região A; em conseqüência, as manifestações artísticas que a ela se referemsão esparsas. Merece destaque, no entanto, pelo componente histórico, a narrativaGalvez, o imperador do Acre.( ) Circunstâncias geográficas fizeram surgir na região B uma vasta produção literáriaem que predomina o caráter local, principalmente de natureza econômica, conformeos exemplos citados.( ) A região C não tem tradição literária, por ser área fronteiriça, local de passagemobrigatória para quem busca os países vizinhos a oeste; merecem ser citados apenasos dois autores de romances do período simbolista.( ) Devido a ser, historicamente, o maior pólo econômico, com grande densidade populacional,a região D apresenta intensa atividade cultural, concentrando a maior parteda tradição literária brasileira, conforme exemplificado.( ) Na região E, com exceção de Simões Lopes Neto, que é essencialmente um escritorde temática regional, os demais autores mencionados desenvolvem também temasvoltados para problemas existenciais, em uma dimensão universalista, atemporal.VoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


38. UnB-DFcronologia/especificaçãoséculo XVIIIséculo XIX(1ª metade)século XIX(2ª metade)século XX(1ª metade)século XX(2ª metade)períodoliterário1RomantismoRealismoModernismoContemporaneidadeautorTomás AntônioGonzagaJosé deAlencarMachado deAssis4ClariceLispectorobraMarília deDirceu2DomCasmurroAmar, verbointransitivoA hora daestrelatemasentimentoamorosoidealizado,bucolismoindianismo,idealização dasrelações brancoversus nativociúmes esuspeita detraiçãofemininaeducaçãosexual dojovem do sexomasculino518personagensMarília /DirceuPeri / CeiMacabéa /OlimpoA criatividade dos artistas produz obras que conseguem vencer a veloz passagem do tempoe a brevidade da vida. Na tabela acima, que apresenta aspectos essenciais da História daLiteratura Brasileira, todos os elementos de uma mesma coluna mantêm-se em relação.Julgue se as informações dos itens seguintes completam, respectiva e corretamente, osespaços numerados.( ) Barroco( ) Ubirajara( ) Helena e Capitu( ) Oswald de Andrade( ) aventuras e desventuras da vida de uma emigrante nordestina na cidade grande3Carlos /Fräulein Elza39. UFMT“Atenção ao SábadoGABARITOIMPRIMIRAcho que sábado é a rosa da semana; sábado de tarde a casa é feita de cortinas ao vento, ealguém despeja um balde de água no terraço: sábado ao vento é a rosa da semana; sábado demanhã, a abelha no quintal, e o vento: uma picada, o rosto inchado, sangue e mel, aguilhão emmim perdido: outras abelhas farejarão e no outro sábado de manhã vou ver se o quintal vai estarcheio de abelhas. No sábado é que as formigas subiam pela pedra. Foi num sábado que vi umhomem sentado na sombra da calçada comendo de uma cuia de carne-seca e pirão; nós já tínhamostomado banho. De tarde a campainha inaugurava ao vento a matinê de cinema: ao ventosábado era a rosa de nossa semana. Se chovia só eu sabia que era sábado; uma rosa molhada,não? No Rio de Janeiro, quando se pensa que a semana vai morrer, com grande esforço metálicoa semana se abre em rosa: o carro freia de súbito e, de súbito, antes do vento espantado poderrecomeçar, vejo que é sábado de tarde. Tem sido sábado, mas já não me perguntam mais. Entãoeu não digo nada, aparentemente submissa. Mas já peguei as minhas coisas e fui para domingode manhã. Domingo de manhã também é a rosa da semana. Não é propriamente rosa que euquero dizer.”LISPECTOR, Clarice. Os melhores contos de Clarice Lispector. Seleção de Walnice Galvão. São Paulo: Global, 1997.( ) O texto de Clarice exemplifica a vertente intimista da 3ª geração modernista.( ) O título Atenção ao Sábado pode indicar tanto o tema a ser desenvolvido quanto umconvite/alerta ao leitor.( ) O eixo do texto é a preocupação com o trabalho e os compromissos dele decorrentes.VoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


40. UFMS Considerando a leitura do Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, assinalea(s) alternativa(s) correta(s).(01) O namoro de Chicó e Rosinha funciona como o elemento romântico que ameniza acomposição picaresca de Chicó, um sujeito tosco que vive metido em confusões.(02) Quem anuncia o espetáculo para o público é um palhaço, espécie de representante do autorem cena, cônscio de “que sua alma é um velho catre, cheio de insensatez e de solércia”.(04) O motivo alegado por João Grilo para se vingar do padeiro e de sua mulher é otratamento a ele dispensado por ocasião de uma doença: ele passara três dias entrevadoem uma cama e sequer um copo d’água lhe fora mandado. Para acertar as contascom os patrões, o “amarelo safado e inteligente” vale-se do ponto fraco de ambos: ofato de a mulher trair o marido.(08) João Grilo é o malandro que passa a vida engambelando aqueles que vivem ao seuredor. No entanto, durante o julgamento, a Compadecida traz à cena as dificuldadespelas quais passou o “amarelo”: se João Grilo é hábil na malandragem, existe umahistória de privações que o conduziu a isso: “João foi um pobre como nós, meu filho.Teve de suportar as maiores dificuldades, numa terra seca e pobre como a nossa.”.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.1941. UFGO O teatro de Dias Gomes caracteriza-se pelo espírito de discussão social, temapredominante na dramaturgia brasileira, na virada dos anos 50/60. Dessa forma,( ) a religiosidade ingênua de Zé-do-Burro retoma, em O pagador de promessas, a tradiçãomoralizante dos autos medievais, em que a ênfase no sagrado pressupunha aretomada de valores espirituais negligenciados pelas práticas mundanas.( ) as personagens-tipo constituem um grande recurso do teatro de Dias Gomes. Em Opagador de promessas, esses tipos (Bonitão, Minha Tia, Dedé Cospe-Rima) são caracterizadospor traços superficiais e estereotipados, formando a “paisagem humanade fundo”, que se solidariza ou se contrapõe aos objetivos de Zé-do-Burro.( ) além da atitude religiosa obstinada de Zé-do-Burro, que desconsidera o formalismo dogmáticoda igreja católica, a peça também representa um mundo governado por “forçassuperiores”, cujo sistema organizado volta-se contra um indivíduo fanático e desprotegido.( ) a personagem Zé-do-Burro mostra-se incapaz de medir as conseqüências dos dissaborescausados por sua promessa, quando ingenuamente ameaça a sustentação de valores cristalizados.Acusado de subversivo e impedido de cumprir seu compromisso religioso, nãose submete, mesmo assim, diante do inevitável insucesso de seu empreendimento.GABARITOIMPRIMIR42. Mackenzie-SP A estrofe que NÃO apresenta elementos típicos da produção poética deAugusto dos Anjos é:a) Eu, filho do carbono e do amoníaco,Monstro de escuridão e rutilância,Sofro, desde a epigênese da infância,A influência má dos signos do zodíaco.b) Se a alguém causa inda pena a tua chaga,Apedreja a mão vil que te afaga,Escarra nessa boca que te beija!c) Meia-noite. Ao meu quarto me recolho.Meu Deus! E este morcego! E, agora, vede:Na bruta ardência orgânica da sede,Morde-me a goela ígneo e escaldante molho.d) Beijarei a verdade santa e nua,Verei cristalizar-se o sonho amigo…Ó minha virgem dos errantes sonhos,Filha do céu, eu vou amar contigo!e) Agregado infeliz de sangue e cal,Fruto rubro de carne agonizante,Filho da grande força fecundanteDe minha brônzea trama neuronial.VoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


43. AEU-DF“OUTRO BRASIL QUE VEM AÍ20GABARITOIMPRIMIREu ouço as vozeseu vejo as coreseu sinto os passosde outro Brasil que vem aímais tropicalmais fraternalmais brasileiro.O mapa desse Brasil em vez das cores dos Estadosterá as cores das produções e dos trabalhos.Os homens desse Brasil em vez das cores das três raçasterão as cores das profissões e regiões.As mulheres do Brasil em vez das cores boreaisterão as cores variamente tropicais.Todo brasileiro poderá dizer: é assim que eu quero o Brasiltodo brasileiro e não apenas o bacharel e o doutor,o preto, o pardo, o roxo e não apenas o branco e o semibranco.Qualquer brasileiro poderá governar esse Brasillenhadorlavradorpescadorvaqueiromarinheirofunileirocarpinteirocontanto que seja digno do governo do Brasilque tenha olhos para ver pelo Brasil,ouvidos para ouvir pelo Brasil,coragem de morrer pelo Brasil,ânimo de viver pelo Brasil,mão para agir pelo Brasil,mãos de escultor que saibam lidar com o barro forte e novo dos Brasis.…………………………………Mãos todas de trabalhadores,pretas, brancas, pardas, roxas, morenas,de artistasde escritoresde operáriosde lavradoresde pastoresde mães criando filhosde pais ensinando meninosde padres benzendo afilhadosde mestres guiando aprendizesde irmãos ajudando irmãos mais moçosde lavadeiras lavandode pedreiros edificandode doutores curandode cozinheiros cozinhandode vaqueiros tirando leite das vacas chamadas comadres dos homens.Mãos brasileirasbrancas, morenas, pretas, pardas, roxastropicaissindicaisfraternais.Eu ouço as vozeseu vejo as coreseu sinto os passosdesse Brasil que vem aí.”Gilberto FreyreVoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


Julgue os itens que seguem, em relação à teoria literária e aos estilos de época na LiteraturaBrasileira.( ) Ainda que em versos brancos, o poema apresenta ritmo variado e isometria.( ) É uma ode que, por sua temática, busca discutir a realidade nacional e encontrarsoluções para seus problemas.( ) Autor do antológico Casa-Grande e Senzala, além de Sobrados e Mocambos e Ordem eProgresso, Gilberto Freyre dedicou-se a fundo ao estudo da formação do povo brasileiro.( ) Em sua juventude, embora não tenha participado da “Semana de 22”, destacou-secomo um dos mais geniais poetas da 1ª Geração do Modernismo.44. Uneb-BA21GABARITOIMPRIMIRI. “Antônio Balduíno agora era livre na cidade religiosa da Bahia de Todos os Santos e do paide-santoJubiabá. Vivia a grande aventura da liberdade. Sua casa era a cidade toda, seu empregoera corrê-la. O filho do morro pobre é hoje o dono da cidade.Cidade religiosa, cidade colonial, cidade negra da Bahia. Igrejas suntuosas bordadas de ouro,casas de azulejos azuis, antigos sobradões onde a miséria habita, ruas e ladeiras calçadas depedras, fortes velhos, lugares históricos, e o cais, principalmente o cais, tudo pertence ao negroBalduíno. Só ele é dono da cidade porque só ele a conhece toda, sabe de todos os seus segredos,vagabundeou em todas as suas ruas, se meteu em quanto barulho, em quanto desastre aconteceuna sua cidade. Ele fiscaliza a vida da cidade que lhe pertence.……………………………Brilha a luz de um saveiro. O vento levará até ele a melodia do realejo que o velho italiano toca?Um dia — pensa Antônio Balduíno — hei de viajar, hei de sair para outras terras.Um dia ele tomará um navio, um navio como aquele holandês que está todo iluminado, epartirá pela estrada larga do mar. A greve o salvou. Agora sabe lutar.”AMADO, Jorge. Jubiabá. 48. ed. Rio de Janeiro: Record, 1987. p. 64 e 329.II. “Agora Fabiano era vaqueiro, e ninguém o tiraria dali. Aparecera como um bicho, entocara-secomo um bicho, mas criara raízes, estava plantado. Olhou as quipás, os mandacarus e osxique-xiques. Era mais forte que tudo isso, era como as catingueiras e as baraúnas. Ele, sinháVitória, os dois filhos e a cachorra Baleia estavam agarrados à terra.Chape-chape. As alpercatas batiam no chão rachado. O corpo do vaqueiro derreava-se, aspernas faziam dois arcos, os braços moviam-se desengonçados. Parecia um macaco.Entristeceu. Considerar-se plantado em terra alheia! Engano. A sina dele era correr mundo, andarpara cima e para baixo, à toa, como um judeu errante. Um vagabundo empurrado pela seca.…………………………Tudo seco em redor. E o patrão era seco também, arreliado, exigente e ladrão, espinhoso comoum pé de mandacaru.Indispensável os meninos entrarem no bom caminho, saberem cortar mandacaru para o gado,consertar cercas, amansar brabos. Precisavam ser duros, virar tatus.…………………………Comiam, engordavam. Não possuíam nada: se se retirassem, levariam a roupa, a espingarda, obaú de folha e troços miúdos. Mas iam vivendo na graça de Deus, o patrão confiava neles (…).”RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. 71. ed. Rio, São Paulo: Record, 1996. p. 19, 24 e 44-5.Com base na leitura dos fragmentos e das obras de que foram extraídos, a comparaçãoentre Fabiano e Balduíno conduz às afirmações:(01) A vida dos dois personagens decorre num círculo vicioso de acontecimentos rotineiros,relacionados com a problemática geradora das narrativas que protagonizam.(02) A inquietação interior é um estado permanente em Fabiano, ao contrário de Balduíno,voltado para o imediatismo de uma vida exterior, para a aventura.(04) Fabiano se adapta ao ambiente hostil em que vive, ao passo que Balduíno se insurge,fazendo valer a sua individualidade.(08) O saber usar as palavras, para Fabiano, é inalcançável; já, para Balduíno, é objeto decrescimento e de aprendizado, conduzindo-o à condição de líder.(16) Fabiano é caracterizado por um permanente sentimento de derrota, vítima das adversidades;Balduíno é o herói de uma vida marcada por acontecimentos vitoriosos.(32) A valorização negativa do trabalho por parte dos dois personagens justifica-se peloservilismo a que são submetidos no desempenho das profissões que exercem.(64) A devoção religiosa alimentada pelos dois personagens impede-os de atitudes impensadasa que se sentem inclinados em momentos difíceis.Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.VoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


45. UEPA“O que é bossa nova? Bossa nova é mais solidão de uma rua de Ipanema do que a agitaçãocomercial de Copacabana […] é mais um olhar do que um beijo; mais uma ternura que umapaixão. Bossa nova é o novo segredo da mocidade.”Vinícius de Morais.22Não obstante as palavras do poeta, a Bossa Nova também representou:a) um novo modo de apresentar o samba, criticado pela imprensa e por intelectuais brasileiros,quando do seu lançamento oficial nos Estados Unidos da América do Norte, noinício da década de 60, por considerá-lo alienante em relação a realidade brasileira.b) um movimento musical ligado a música pop, vinculado desde o início à televisão e aum projeto publicitário de marketing, que fabricou vários de seus ídolos, onde se destacaramJoão Gilberto e Tom Jobim.c) um novo estilo musical criado no Rio de Janeiro, reunindo técnicas típicas da música brasileirae o jazz norte-americano, sendo a seu modo libertário, mas criticado especialmente após 64por compositores e militantes de esquerda de que ela deveria ser uma “música participante”.d) uma nova maneira de apresentar o samba brasileiro, de modo a enfrentar o regimemilitar implantado desde 1964, fazendo críticas à realidade nacional através de letrasextremamente simples e que eram facilmente assimiladas pela população.e) um estilo musical surgido na década de 70, fazendo críticas às músicas de protesto emmoda na época, em função do estado de ditadura em vigor no país, utilizando-se dereferenciais considerados “rebeldia sem causa aparente”.46. Unifor-CE Considere as seguintes afirmações sobre Graciliano Ramos e sua obra:I. Este autor é um representante da “geração de 30” não apenas por razões cronológicas:seus romances têm o traço realista e a ambientação regional que definem a ficção dasegunda fase modernista.II. Caetés, sua obra-prima, é fruto do amadurecimento de quem já criara personagenscomo Fabiano e Paulo Honório.III. Não é à toa que João Cabral homenageou, num poema, a este grande conterrâneo seu:a literatura de ambos norteia-se pelo lirismo sentimental e pela força de uma retóricaquase incontrolável.Está correto SOMENTE o que se afirma em:a) I. d) I e II.b) II. e) II e III.c) III.GABARITOIMPRIMIR47. UFPE“Irmão… é uma palavra boa e amiga. Se acostumaram a chamá-la de irmã. Ela também os tratade mano, de irmão. Para os menores é como uma mãezinha. Cuida deles. Para os mais velhos écomo uma irmã que brinca inocentemente com eles e com eles passa os perigos da vida aventurosaque levam.Mas nenhum sabe que para Pedro Bala, ela é a noiva. Nem mesmo o <strong>Prof</strong>essor sabe. E dentro doseu coração <strong>Prof</strong>essor também a chama de noiva.”AMADO, Jorge. Capitães de Areia.Considerando a obra e o autor do texto, assinale a alternativa incorreta.a) O autor faz parte do romance regional de 30, quando se aprofundaram as radicalizaçõespolíticas na realidade brasileira.b) Jorge Amado representa a Bahia, “descobrindo” mazelas, violências e identificandogrupos marginalizados e revolucionários em Capitães da Areia.c) Dora, Pedro Bala e <strong>Prof</strong>essor são alguns dos personagens da narrativa, que aborda adramática vida dos camponeses das fazendas de cacau no sul da Bahia.d) O tom da narrativa aproxima-se do naturalismo, alternando trechos de lirismo e crueza.O nível de linguagem é coloquial e popular.e) Capitães da Areia pertence à primeira fase da produção de Jorge Amado, quando eranotório seu engajamento com a política de esquerda. Daí o esquematismo psicológico:o mundo dividido em heróis (o povo) e bandidos (a burguesia).VoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


INSTRUÇÃO: Para responder à questão 48, ler o poema de Oswald de Andrade que segue.“O CruzeiroPrimeiro farol de minha terraTão alto que parece construído no céuCruz imperfeitaQue marcas o calor das florestasE os discursos de 22 câmaras de deputadosSilêncio sobre o mar do EquadorPerto de Alfa e de BetaPerdão dos analfabetos que contam casosAcaso”2348. PUC-RS Um dos motivos pelos quais o poema se identifica com a proposta modernista é:a) a utilização da paródia.b) a rigorosa metrificação.c) a valorização da objetividade.d) a expressão através da musicalidade.e) o emprego do verso livre.49. U. F. Rio Grande-RS O Modernismo Brasileiro, através de seus autores mais representativosna Semana de Arte Moderna, propôs:a) o apego às normas clássicas oriundas do neoclassicismo mineiro.b) a ruptura com as vanguardas européias, tais como o futurismo e o dadaísmo.c) uma literatura que investisse na idealização da figura indígena como ancestral do brasileiro.d) a focalização do mundo numa perspectiva apenas psicanalítica.e) a literatura como espaço privilegiado para a expressão dos falares brasileiros.GABARITOIMPRIMIR50. PUC-RS A segunda fase do Modernismo brasileiroa) rompe com os limites entre prosa e poesia.b) valoriza o fluxo da consciência nos textos em prosa.c) dá maior destaque à poesia em detrimento da prosa.d) inclina-se para o experimentalismo da linguagem.e) apresenta uma prosa cuja temática predominante é o Brasil.51. UFSM Considere a afirmativa:Poeta e prosador, destacou-se em importante período da literatura brasileira, intervindocom inquietude e gerando polêmica, como aconteceu no lançamento do Manifesto Antropófago.Assinale autor e movimento relacionados com a afirmativa.a) Mário de Andrade – Modernismo.b) Ferreira Gullar – Concretismo.c) Caetano Velloso – Tropicalismo.d) Oswald de Andrade – Modernismo.e) Chico Buarque – Tropicalismo.VoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


52. PUC-RS ……… deu novo sentido à paródia com seu “Canto de Regresso à Pátria” e“Meus Oito Anos”, em que satiriza os versos de ……… e de ………, respectivamente.a) Mario de Casimiro de Gonçalves DiasAndrade Abreub) Oswald de Gonçalves Dias Casimiro deAndradeAbreuc) Oswald de Álvares de Olavo BilacAndrade Azevedod) Manuel Álvares de Castro AlvesBandeira Azevedoe) Mario de Castro Alves Olavo BilacAndrade2453. PUC-RS Nas duas primeiras décadas do século XX, ……… propostas por autores como……… e ……… revelam uma expressiva renovação dos padrões estéticos vigentes atéentão.a) técnicas Euclides da Rachel deCunhaQueirozb) temáticas Euclides da Graça AranhaCunhac) temáticas Graça Aranha Oswald deAndraded) linguagens Rachel de Oswald deQueirozAndradee) técnicas Rachel de Graça AranhaQueirozGABARITOIMPRIMIR54. PUC-RS A ……… dos escritores da primeira fase do Modernismo no Brasil, tais como………, determinou uma mudança que ……… a propulsão de estilos pessoais.a) irreverência Oswald de Andrade permitiub) agressividade Mario de Andrade impediuc) consciência Carlos <strong>Dr</strong>ummond possibilitoude Andraded) consistência Oswald de Andrade neutralizoue) coloquialidade Manuel Bandeira restringiu55. PUC-RS Contemporâneos de Euclides da Cunha, ……… e ……… também souberamdescortinar facetas do Brasil. O primeiro discute a questão da ………; o segundo critica……… .a) Graça Lima imigração a políticaAranha Barretob) Augusto Graça política o racismodos Anjos Aranhac) Graciliano Lima seca o messianismoRamos Barretod) Jorge Guimarães terra a misériaAmado Rosae) Graça Graciliano terra a ganânciaAranha RamosVoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


56. PUC-RS Grandes poetas brasileiros podem ser reconhecidos a partir da segunda fase doModernismo brasileiro. Merecem destaque ………, pelo(a) novo(a) ………, e ………,pela complexidade de sua obra.a) Manuel Bandeira nacionalismo Carlos <strong>Dr</strong>ummondde Andradeb) Cecília Meireles nacionalismo Manuel Bandeirac) Mário de Andrade simbolismo Cecília Meirelesd) Carlos <strong>Dr</strong>ummond religiosidade Manuel Bandeirade Andradee) Cecília Meireles simbolismo Carlos <strong>Dr</strong>ummondde Andrade57. ITA-SP Leia os textos seguintes:125“(…)Minha terra tem palmeirasOnde canta o sabiá;As aves que aqui gorjeiam,Não gorjeiam como lá.(…)”DIAS, Gonçalves. Poesias completas. São Paulo: Saraiva, 1957.2“lá?ah!Sabiá…papá…maná…Sofá…sinhá…cá?bah!”PAES, José Paulo. Um por todos. Poesia reunida. São Paulo: Brasiliense, 1986.GABARITOa) Aponte uma característica do texto 1 que o filia ao Romantismo e uma do texto 2 que ofilia ao Concretismo.b) É possível relacionar o texto 2 com o 1? Justifique.58. Fuvest-SP“Política Literária“Anedota BúlgaraIMPRIMIRO poeta municipaldiscute com o poeta estadualqual deles é capaz de bater o poeta[federal.Enquanto isso o poeta federaltira ouro do nariz.”Era uma vez um czar naturalistaque caçava homens.Quando lhe disseram que também se[caçam borboletas e andorinhas,ficou muito espantadoe achou uma barbaridade.”ANDRADE, Carlos <strong>Dr</strong>ummond de. Alguma poesia.VoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


Costuma-se reconhecer que estes poemas, pertencentes ao Modernismo, apresentam aspectoscaracterísticos do “poema-piada”, modalidade bastante praticada nesse período literário.a) Identifique um recurso de estilo tipicamente modernista que esteja presente em ambosos poemas. Explique-o sucintamente.b) Considere a seguinte afirmação:O poema-piada visa a um humorismo instantâneo e, por isso, esgota-se em si mesmo,não indo além desse objetivo imediato.A afirmação aplica-se aos poemas aqui reproduzidos? Justifique brevemente sua resposta.Texto para a questão 59.“Nosso Tempo (fragmento)Este é tempo de partido,tempo de homens partidos.26Em vão percorremos volumes,viajamos e nos colorimos.A hora pressentida esmigalha-se em pó na rua.Os homens pedem carne. Fogo. Sapatos.As leis não bastam. Os lírios não nascemda lei. Meu nome é tumulto, e escreve-sena pedra.Visito os fatos, não te encontro.Onde te ocultas, precária síntese,penhor de meu sono, luzdormindo acesa na varanda?Miúdas certezas de empréstimo, nenhum beijosobe ao ombro para contar-mea cidade dos homens completos.Calo-me, espero, decifro.As coisas talvez melhorem.São tão fortes as coisas!GABARITOIMPRIMIRMas eu não sou as coisas e me revolto.Tenho palavras em mim buscando canal,São roucas e duras,irritadas, enérgicas,comprimidas há tanto tempo,perderam o sentido, apenas querem explodir.”Carlos <strong>Dr</strong>ummond de Andrade.59. Ceetps-SP Assinale a alternativa correta com relação ao texto.a) No trecho “nenhum beijo/sobe ao ombro para contar-me” está contida a causa maiorpara a revolta do poema: solidão.b) O poema é altamente negativo, faltando-lhe o sentimento de esperança, revelando osconflitos da vida do poeta.c) O poema, por meio de frases curtas e negações, acaba por expressar o sentimento deincompletude e angústia do homem moderno, frente à existência.d) O poeta quer comunicar-se e não consegue, pois lhe faltam palavras.e) O poeta se ressente de não ter a força das coisas, tendo apenas vontade de explodir.VoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


60. Fuvest-SP“Chega!Meus olhos brasileiros se fecham saudosos.Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’.Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’?Eu tão esquecido de minha terra…Ai terra que tem palmeirasonde canta o sabiá!”ANDRADE, Carlos <strong>Dr</strong>ummond de. “Europa, França e Bahia”, Alguma poesia.Neste excerto, a citação e a presença de trechos … constituem um caso de …… .Os espaços pontilhados da frase acima deverão ser preenchidos, respectivamente, com oque está em:a) do famoso poema de Álvares de Azevedo / discurso indireto.b) da conhecida canção de Noel Rosa / paródia.c) do célebre poema de Gonçalves Dias / intertextualidade.d) da célebre composição de Villa-Lobos / ironia.e) do famoso poema de Mário de Andrade / metalinguagem.27Texto para a questão 61:“MúsicaUma coisa triste no fundo da sala.Me disseram que era Chopin.A mulher de braços redondos que nem coxasmartelava na dentadura durasob o lustre complacente.Eu considerei as contas que era preciso pagar,os passos que era preciso dar,as dificuldades…Enquadrei o Chopin na minha tristezae na dentadura amarela e pretameus cuidados voaram como borboletas.”ANDRADE, Carlos <strong>Dr</strong>ummond de. Alguma Poesia.GABARITO61. Fatec-SP As marcas modernistas mais acentuadas no poema são:a) alusão ao compositor Chopin, como forma de recuperar valores subjetivos da estéticaromântica.b) crítica aos procedimentos parnasianos, por meio de imagens que remetem ao corpo.c) marcas do fluxo da consciência, que tornam o texto relativamente hermético.d) uso da primeira pessoa, como forma de realçar a objetividade da poesia e da dor.e) emprego de construções da linguagem coloquial, versos livres e imagens inusitadas.IMPRIMIR62. FEI-SP Manuel Bandeira é um importante poeta:a) realista.b) barroco.c) romântico.d) modernista.e) árcade.VoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


63. PUC-SP Libertinagem, uma das obras mais expressivas de Manuel Bandeira, apresentatemática variada. Indique a alternativa em que não há correspondência entre o tema e opoema.a) cotidiano – “Poema tirado de uma notícia de jornal”.b) recordações da infância – “<strong>Prof</strong>undamente”.c) teor metalingüístico – “Poética”.d) evasão e exílio – “Vou-me embora pra Pasárgada”.e) amor erótico – “Irene no céu”.64. PUC-SP28“Assim eu quereria o meu último poemaQue fosse terno dizendo as coisas maissimples e menos intencionaisQue fosse ardente como um soluço sem lágrimasQue tivesse a beleza das flores quase sem perfumeA pureza da chama em que se consomem osdiamantes mais límpidosA paixão dos suicidas que se matam semexplicação.”No poema acima, de Manuel Bandeira, a liberdade de forma se dáa) pela linguagem simples, por certo coloquialismo e pela presença de versos brancos elivres.b) pela rigorosa seleção vocabular e pela ordem das palavras que dificultam o entendimentodo texto.c) pelas comparações e metáforas que traduzem sentimentos opostos e conflitantes.d) pelo desejo expresso de escrever um poema sobre a beleza das flores sem perfume.e) pelo uso da metalinguagem que introduz uma reflexão sobre o ato de escrever.GABARITOIMPRIMIR65. Fatec-SP Sobre a poesia de João Cabral de Melo Neto, é correto afirmar que elaa) se caracteriza por procedimentos subjetivos em que a vivência nordestina se destaca.b) apresenta certos aspectos de construção que põem em evidência os substantivos concretos.c) evidencia o experimentalismo constante, próprio da primeira geração modernista.d) revela um tom regionalista que jamais conseguiu superar.e) manifesta um caráter místico, próprio de outro poeta de sua geração: Jorge de Lima.66. Fuvest-SP“Decerto a gente daquijamais envelhece aos trintanem sabe da morte em vida,vida em morte, severina”NETO, João Cabral de Melo. Morte e vida severina.Neste excerto, a personagem do “retirante” exprime uma concepção da “morte e vidaseverina”, idéia central da obra, que aparece em seu próprio título. Tal como foi expressano excerto, essa concepção só não encontra correspondência em:a) “morre gente que nem vivia”.b) “meu próprio enterro eu seguia”.c) “o enterro espera na porta:o morto ainda está com vida”.d) “vêm é seguindo seu próprio enterro”.e) “essa foi morte morridaou foi matada?”.VoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


Texto para a questão 67:29“Minha Nossa Senhora! Aquele homem tinha má sorte! Aquele homem enorme com tantosfilhinhos pequenos e uma mulher paralítica na cama!… E no entanto eu era feliz! e com trêsestrelinhas-do-mar para me darem sorte… É certo: eu pusera imediatamente as estrelas no diminutivo,porque se houvesse de ceder alguma ao operário, já de antemão eu desvalorizava as três,todas as três, na esperança desesperada de dar apenas a menor. Não havia diferença mais, eramapenas três ‘estrelinhas’-do-mar. Fiquei desesperado. Mas a lei se riscara iniludível no meu espírito:e se eu desse boa sorte ao operário na pessoa da minha menor estrelinha pequetitinha?… Bemque podia dar a menor, era tão feia mesmo, faltava uma das pontas, mas sempre era uma estrelinha-do-mar.Depois: o operário não era bem vestido como papai, não carecia de uma boa sortemuito grande não. Meus passos tontos já me conduziam para o fundo do quintal fatalizadamente.(…) Lá estavam as três estrelinhas, brilhando no ar do sol, cheias de uma boa sorte imensa. E eutinha que me desligar de uma delas, da menorzinha estragada, tão linda! Justamente a que eugostava mais, todas valiam igual, porque a mulher do operário não tomava banhos de mar? Massempre, ah meu Deus que sofrimento! Eu bem não queria pensar mas pensava sem querer, deslumbrado,mas a boa mesmo era a grandona perfeita, que havia de dar mais boa sorte pra aquelemalvado de operário que viera, cachorro! dizer que estava com má sorte. Agora eu tinha que darpra ele a minha grande, a minha sublime estrelona-do-mar!…(…)— Tome! eu soluçava gritado, tome a minha… tome a estrela-do-mar! dá… dá, sim, boa sorte!…O operário olhou surpreso sem compreender. Eu soluçava, era um suplício medonho.— Pegue depressa! faz favor! depressa! dá boa sorte mesmo!Aí que ele entendeu, pois não me agüentava mais! Me olhou, foi pegando na estrela, sorriu portrás dos bigodões portugas, um sorriso desacostumado, não falou nada felizmente que senão eudesatava a berrar. A mão calosa quis se ajeitar em concha pra me acarinhar, certo! ele nem mediaa extensão do meu sacrifício! e a mão calosa apenas roçou por meus cabelos cortados.Eu corri. Eu corri pra chorar à larga, chorar na cama, abafando os soluços no travesseiro sozinho.Mas por dentro era impossível saber o que havia em mim, era uma luz, uma Nossa Senhora,um gosto maltratado, cheio de desilusões claríssimas, que eu sofria arrependido, vendo inutilizarseno infinito dos sofrimentos humanos a minha estrela-do-mar.”ANDRADE, Mário de. “Tempo da camisolinha” In: Contos Novos.GABARITOIMPRIMIR67. Ceetps-SP Considere o que se segue:I. Nas narrativas, destaca-se a análise introspectiva, explorando-se a dimensão afetiva epsíquica da relação entre o sujeito e o mundo.II. Essa obra foi chamada de “rapsódia” por envolver vários motivos populares; contémanedotas e lendas, além de herói que, no entender do autor, não possui civilizaçãonem consciência nacional, como o brasileiro. Daí ser chamado de herói sem nenhumcaráter.III. Tanto a sintaxe quanto o ritmo e o vocabulário da fala brasileira incorporam-se à falado narrador e ao diálogo das personagens.IV. “E todos principiaram muito calmos, falando de papai. A imagem dele foi diminuindo,diminuindo e virou uma estrelinha brilhante no céu. Agora todos comiam o perucom sensualidade, porque papai fora muito bom, sempre se sacrificara por nós”.V. As narrativas do livro focalizam momentos especiais vividos com intensidade e paixãopelas personagens.É correto associar a Contos Novos somentea) I e III.b) I, III e V.c) II, III e IV.d) I, II, III e IV.e) I, III, IV e V.VoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


68. U. F. Uberlândia-MG Leia os excertos seguintes e indique a alternativa INCORRETA.“ALGAZARRAA fala dos bichosé comprida e fácil:miados soltosna campina;águiashidráulicasnas pontes;na cozinhaa hidra espiamedrosas as cabeças;enguias engolemsete redessaturam de lombrigaso pomar;(…)”CESAR, Ana Cristina. 26 poetas hoje.“BUCÓLICAAgora vamos correr o pomar antigoBicos aéreos de patos selvagensTetas verdes entre folhasE uma passarinhada nos vaia(…)”ANDRADE, Oswald. Pau-Brasil.30a) Os textos possuem características vanguardistas, uma vez que criam situações e espaçossurreais, compondo um pomar em que os encanamentos se transformam em “lombrigas”e as frutas em “tetas verdes”.b) Embora modernos, esses poemas são representantes do Arcadismo, porque ambos trabalhamcom elementos da natureza, colocando o homem em contato direto com ela. Talprocedimento é verificável em toda a literatura ocidental.c) No poema de Ana Cristina Cesar, a “algazarra” do título, que está ligada a uma grandefantasia, se estabelece a partir dos versos “águias/hidráulicas” e se estende até o últimoverso.d) A “algazarra” também pode ser verificada nos jogos sonoros das palavras, que geramambigüidade de sentido, como na palavra “águias”, que pode ser “águas”, e no verso“enguias engolem”, em que “engolem” repercute nas primeiras letras de “enguias”.GABARITOIMPRIMIR69.UFF-RJ Sobre autores de nossa literatura e aspectos de sua obra é INCORRETOafirmar:a) Mário de Andrade, escritor do Modernismo, foi um pesquisador incessante das variadasmanifestações da cultura brasileira e, por seu espírito crítico, exerceu influênciadecisiva na renovação de nossa literatura. Estudou e escreveu também sobre folclore,música e pintura.b) Machado de Assis, importante escritor nascido no século XIX, produziu uma obra ricaem gêneros literários, destacando-se principalmente no conto e no romance, com seupoder de análise da psicologia humana. Destacam-se entre seus contos: A Missa doGalo, A Cartomante, Uns Braços.c) José de Alencar foi um escritor do século XIX, cuja vasta obra inclui romances naslinhas regionalista, urbana, indianista e histórica, além de numerosos textos sobre asrelações entre a língua e a literatura nacional.d) Álvares de Azevedo foi um poeta romântico que se destacou sobretudo na temáticaindianista. Exaltou principalmente o sentimento de honra e a valentia do índio. Escreveualguns dos poemas mais conhecidos de nossa literatura, tais como: Lira dos VinteAnos, Macário, Marabá, O Canto do Guerreiro.e) Guimarães Rosa, importante escritor do século XX, foi um inovador em termos delinguagem. Utilizou-se de vários processos para elaborar seu texto, tais como: criaçãode palavras, exploração de aspectos sonoros, adaptação estética do linguajar regionalistapleno de arcaísmos. De sua obra, que expressa uma profunda visão dos problemashumanos, podem-se citar Grande sertão: veredas, Sagarana, Primeiras Estórias.VoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


70. U. F. Uberlândia-MG“Ah, o mundo é quanto nós trazemos.Existe tudo porque existo”.“Da minha pessoa de dentro não tenho noção de realidade.Sei que o mundo existe, mas não sei se existo”.Fernando Pessoa.Alberto Caeiro.Lendo comparativamente os dois fragmentos, e considerando a proposta poética pessoana,pode-se afirmar que:a) Tanto em Alberto Caeiro como em Fernando Pessoa “ele-mesmo”, o eu é sempre umaidentidade “fingida”.b) Há uma espécie de neo-romantismo em Fernando Pessoa, devido ao centramento noeu.c) Observa-se uma permanência do naturalismo do século XIX, devido ao naturismo deCaeiro.d) Em ambos, observa-se uma mesma relação entre o eu e o mundo.3171. U. F. Juiz de Fora-MG Leia os seguintes fragmentos de poesia:Texto 1“O poeta é um fingidorFinge tão completamenteQue chega a fingir que é dorA dor que deveras sente”Fernando Pessoa.Texto 2“Sou um guardador de rebanhos.O rebanho é os meus pensamentos.E o meus pensamentos são todos sensações.”Alberto Caeiro.Texto 3GABARITOIMPRIMIR“Severo aguarda o fim que pouco tarda.Que é qualquer vida? Breve sóis e sono.”Ricardo Reis.Texto 4“Ah, poder exprimir-me todo como um motor se exprime!Ser completo como uma máquina!Poder ir na vida triunfante como um automóvel último-modelo!”Álvaro de Campos.A partir dos fragmentos acima, assinale a única alternativa INCORRETA:a) a teoria do fingimento é a base da proposta poética tanto de Fernando Pessoa ele-mesmoquanto dos seus heterônimos;b) Alberto Caeiro assume uma fingida postura de pastor de ovelhas para sentir a natureza;c) Ricardo Reis tem sempre uma postura reflexiva diante da vida e da arte;d) Álvaro de Campos, influenciado pelo futurismo, dedicou toda sua poesia ao elogio domundo moderno.VoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


72. U. F. Viçosa-MG Sobre a construção dos personagens do romance Vidas Secas, é INCOR-RETO afirmar que:a) o “herói” personagem é sempre um problema: retirante, não aceita o mundo, nem a simesmo, em sua dura realidade.b) no drama dos retirantes, Graciliano interessa-se pela investigação do aspecto social, dahostilidade da terra nordestina, ignorando o aspecto psicológico de seus personagens.c) Graciliano apresenta seus personagens com uma visão fatalista, de total negação e destruição,enfim, de anulação do homem, num mundo sem amor.d) na narrativa, todos os personagens representam, realmente, “vidas secas”: mostradasem linguagem sóbria, racional, lúcida, exprimem a visão de um mundo árido e sombrio.e) o autor constrói seus personagens como figuras humanas animalizadas, vítimas de umambiente de desencanto e indiferença, de uma terra áspera, dura e cruel.3273. U. F. Viçosa-MG A respeito de Vidas Secas, de Graciliano Ramos, somente NÃO podemosafirmar que:a) os personagens, Fabiano, Sinhá Vitória e os filhos, são convertidos em criaturas brutalizadas,numa sugestão de que a dureza do solo nordestino aproxima a vida humana davida animal.b) embora composta de pequenas narrativas isoladas, a obra mantém a estrutura de umromance pela presença quase constante de seus personagens e por uma sucessão temporal.c) a obra insere-se no chamado romance de 30 por uma total fidelidade aos experimentalismoslingüísticos da fase heróica do movimento modernista.d) o retirante Fabiano, incapaz de verbalizar seus próprios pensamentos, expressa-se, quasesempre, através do discurso indireto livre de um narrador onisciente.e) a narrativa denuncia o flagelo do sertão nordestino, onde o homem, fundindo-se ao seumeio, é arrastado por um destino adverso e inútil.74. U. Uberaba-MG O fragmento a seguir, embora breve, permite perceber algumas característicasimportantes do romance Vidas Secas, de Graciliano Ramos. Com base no seu conhecimentodo livro como um todo e na leitura atenta do fragmento, assinale a alternativaINCORRETA:GABARITO“Ainda na véspera eram seis viventes, contando com o papagaio. Coitado, morrera na areia dorio, onde haviam descansado, à beira de uma poça: a fome apertara demais os retirantes e por alinão havia sinal de comida, (…) Sinhá Vitória, queimando o assento no chão, as mãos cruzadassegurando os joelhos ossudos, pensava em acontecimentos antigos que não se relacionavam:festas de casamento, vaquejadas, novenas, tudo numa confusão.”a) O fragmento permite observar que, neste romance, o plano social articula-se com oplano psicológico.b) No texto há expressões que colocam num mesmo grupo homens e animais.c) Por este fragmento percebe-se que o que aproxima homens e animais é a fome e amiséria.d) O texto registra o momento em que Sinhá Vitória, penalizada com a morte do papagaio,por quem nutria um grande afeto, entra num estado de devaneio confuso, de verdadeirocaos mental.IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


75. Univali-SC“Vou-me embora pra PasárgadaAqui eu não sou felizLá a existência é uma aventuraDe tal modo inconseqüenteQue Joana a Louca de EspanhaRainha e falsa dementeVem a ser contraparenteDa nora que nunca tive”.Manuel Bandeira.33O poema acima pertence à 1ª fase do Modernismo, cujas características encontram-se:I. No tom coloquial, sem rima, e na ausência de pontuação.II. Na mulher idealizada, na ânsia de viver a vida intensamente, na fuga da realidade.III. No fluxo de consciência, na métrica imperfeita e na valorização do sentimento amoroso.Estão corretas:a) apenas I.b) apenas II.c) apenas III.d) as afirmativas I e II.e) as afirmativas II e III.GABARITO76. Fempar A obra de Graciliano Ramos pode ser identificada como pertencente à 2ª fase doModernismo, pois:I. explora a tendência do romance de 30 de focalizar problemas sociais, criticando aexploração que leva às diferenças sociais.II. insere-se na perspectiva regionalista ao ambientar-se no Nordeste brasileiro e procurardesvendar a realidade de nossa sociedade.III. serve-se de valores realistas e naturalistas – neo-realismo e neo-naturalismo – ao fazertambém da obra um palco para a discussão de questões ideológicas.IV. realiza uma abordagem de tensão crítica em que o herói se encontra angustiado e emconflito com a sociedade e com seu íntimo, numa sondagem da criatura humana navertente intimista.Estão corretas as afirmativas:a) I e III apenas.b) II e IV apenas.c) II, III e IV apenas.d) I, II, III e IV.e) I, III e IV apenas.IMPRIMIR77. PUC-PR São características do Modernismo brasileiro nos anos 20, exceto:a) interesse em “descobrir o Brasil”, levando os escritores a realizarem viagens pelo interiordo país.b) ímpeto iconoclasta, representado pela tendência à escrita de “poemas-piada”.c) ruptura com outras artes, no intuito de reivindicar total autonomia para a linguagemliterária.d) as propostas de renovação da linguagem embasaram-se em teorias elaboradas pelas“vanguardas européias”.e) influência de um estilo de vida cultural europeu, resultando na formação de gruposunidos em torno da publicação de revistas e manifestos.VoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


78. UFRS Leia o trecho de Memórias Sentimentais de João Miramar, de Oswald de Andrade.“Mas na limpidez da manhã mendiga cornamusasvieram sob janelas de grandes sobrados.Milão estendia os Alpes imóveis no orvalho.”34No trecho, destacam-se alguns procedimentos formais. Assinale com V (Verdadeiro) oucom F (Falso) as afirmações abaixo.( ) O trecho constitui uma amostra da tentativa do autor de eliminar as diferenças entreprosa e poesia.( ) A passagem revela facetas do experimentalismo típico do Modernismo brasileiro.( ) A citação denota um forte teor nacionalista, avesso às influências das vanguardaseuropéias.( ) O texto apresenta neologismos que passaram a fazer parte da linguagem poética doModernismo.( ) O fragmento concretiza uma linguagem telegráfica vista como expressão adequadada vida moderna.A seqüência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:a) V – F – V – V – F.b) F – V – F – V – F.c) V – F – F – F – V.d) F – V – V – F – V.e) V – V – F – F – V.GABARITO79. UFRS Assinale a alternativa incorreta.a) O Modernismo brasileiro de 1922 teve, entre outros objetivos, as renovações formais,expressas em prefácios, manifestos, poemas e romances.b) Manuel Bandeira, poeta nascido em Recife, abordou em sua obra múltiplos temas aosquais, algumas vezes, atribuiu caráter autobiográfico.c) Vinicius de Moraes, autor de Soneto de fidelidade e Soneto de separação, tambémescreveu poemas infantis e a peça de teatro Orfeu da Conceição.d) Carlos <strong>Dr</strong>ummond de Andrade, autor de Alguma poesia, Sentimento do mundo, A Rosado povo e Claro enigma, caracteriza-se pela construção de uma poética rigorosa e peladesatenção aos temas do cotidiano.e) João Cabral de Melo Neto destaca-se na Literatura Brasileira pelo desinteresse em relaçãoao saudosismo e ao confessionalismo, característico da tradição lírica em LínguaPortuguesa.80. UFRN No último parágrafo de Famigerado, de Guimarães Rosa, o personagem Damáziofaz a seguinte reflexão:“Não há como que as grandezas machas duma pessoa instruída!”IMPRIMIRConsiderando os indícios presentes nessa fala, assinale a opção correspondente à temáticadesenvolvida no conto em questão.a) O senso de justiça e a rudeza dos costumes.b) O conhecimento lingüístico e as relações de poder.c) A religiosidade na sabedoria do homem sertanejo.d) A expressão do humor na cultura popular.VoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


81. UFRN“Nem mãe nem pai acharam logo a maravilha, repentina. Mas Tiantônia. Parece que foi demanhã. Nhinhinha, só sentada olhando o nada diante das pessoas: — ‘Eu queria o sapo vir aqui’.Se bem a ouviram, pensaram fosse um patranhar, o de seus disparates, de sempre. Tiantônia, porvezo, acenou-lhe com o dedo. Mas, aí, reto, aos pulinhos, o ser entrava na sala, para aos pés deNhinhinha, — e não o sapo de papo, mas bela rã brejeira, vinda do verduroso, a rã verdíssima.Visita dessas jamais acontecera. E ela riu: — ‘Está trabalhando um feitiço…’ Os outros se pasmaram;silenciaram demais.”ROSA, Guimarães. Fragmento de “A menina de lá”.Levando em consideração o modo de o narrador contar a história, é legítimo afirmar que:a) a menina é encorajada pela família a fazer disparates.b) o pai e a mãe não se surpreendem com os atos da filha.c) Nhinhinha transforma o sapo em bela rã brejeira.d) Tiantônia reconhece os poderes de Nhinhinha.82. Unifor-CE35“E eu fui vendo logo que os animais dele não prestavam. O matungo, p’ra se deitar, ajoelhavaque nem vaca, e a modo e coisa que era cego de um olho. Mas eu entendi que ele não era cegonenhuns-nada: era uma pelinha que tinha crescido tapando a vista — que, até, depois, seu Raymundoboticário tirou p’ra mim… O pica-pau parecia que não ia durar mais muito tempo vivo…Tinha sinal de duas sangraduras… Mau, mau!”Há suficientes elementos no trecho acima para reconhecê-lo como pertencente a:a) um poema em prosa de Murilo Mendes.b) um romance indianista de José de Alencar.c) uma narrativa de Guimarães Rosa.d) um conto típico de Dalton Trevisan.e) um ensaio de Euclides da Cunha.83. UFSEGABARITOIMPRIMIR“Sou remediado lavrador, isto é — de pobre não me sujo, de rico não me emporcalho. Defesae acautelamento é que não me falecem, nesta fazenda Santa-Cruz-da-Onça, de hospitalidades;minha. Aqui é um recanto. Por moleza do calor era que eu ficava a observar. Nesse dia, nada vezesnada. De enfastiado e sem-graça, é que eu comia demais. Do almoço, empós, me remitia, emrede, em quarto.”O texto acima pertence a um conto que, pelo trabalho com a linguagem e pelo espaço daação, pode ser identificado como um trecho de:a) Raul Pompéia, narrado em primeira pessoa, na qual o autor traça um momento de suaautobiografia.b) Guimarães Rosa, narrado em terceira pessoa, explorando um cenário que não costumarepresentar.c) Guimarães Rosa, narrado em primeira pessoa, focando o universo cultural que mais lheinteressou.d) Dalton Trevisan, narrado em primeira pessoa, explorando o cenário que costuma representar.e) Dalton Trevisan, narrado em terceira pessoa, focando um universo cultural que poucoexplorou.VoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


84. UFPE“— Severino retirante,Deixe agora que lhe diga:Eu não sei bem a respostaDa pergunta que faziaSe não vale mais saltarFora da ponte e da vida:Nem conheço essa resposta,Se quer mesmo que lhe diga;Ainda mais quando ela éEsta que vê, severina;Mas se responder não pudeà pergunta que fazia,Ela, a vida, a respondeuCom sua presença viva.”MELO NETO, João Cabral de. Morte e vida severina.36Sobre o poema de João Cabral, assinale a alternativa incorreta.a) Escrito em versos, é um auto de Natal nordestino e tem como personagem principal,Severino, um favelado recifense, que quer saltar “fora da ponte e da vida”.b) Os versos transcritos representam a voz de outro personagem (seu José, o mestre Carpina),que dá a Severino alguma esperança.c) “A vida a respondeu com sua presença viva” é alusão ao filho recém-nascido de seuJosé.d) A expressão severina (formada por derivação imprópria) significa aqui, anônimo, igualaos demais, e realça a linguagem despojada do texto.e) A poesia de Cabral é engajada com o seu meio, embora contida, chegando a demonstrardesprezo pela confissão sentimental.85. U. Salvador-BAGABARITOIMPRIMIR“Os vazios do homem não sentem ao nadado vazio qualquer: do do casaco vazio,do da saca vazia (que não ficam de péquando vazios, ou o homem com vazios);os vazios do homem sentem a um cheiode uma coisa que inchasse já inchada;ou ao que deve sentir, quando cheia,uma saca: todavia não, qualquer saca.Os vazios do homem, esse vazio cheio,não sentem ao que uma saca de tijolos,uma saca de rebites; nem têm o pulsoque bate numa de sementes, de ovos.”NETO, João Cabral de Melo. Poesias completas (1940-1965), 2. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1975, p. 37.Considerando o estilo de João Cabral de Melo Neto, marque V para as característicaspresentes no texto e F, para as demais.( ) Lirismo sentimental.( ) Denúncia social em tom eloqüente.( ) Temática universalizante.( ) Linguagem marcada pela concisão.( ) Exploração da polissemia do signo verbal.VoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


86. Unifor-CE“Vejo através da janela de meu tremos domingos das cidadezinhas,com meninas e moças,e caixeiros engomados que vêm olharos passageiros empoeirados dos vagões.(…)Devo fazer um poema em louvor dessa estrada,com todos os bemóis de minha alma lírica,porque ela, na minha inocência de menino,foi a minha primeira mestra na paisagem.”37Os versos acima são parte de um poema modernista de Jorge de Lima. Em relação a essesversos, é correto afirmar:I. Há neles (sobretudo nos cinco primeiros) um registro afetivo, descritivo, em tom coloquial.II. Nos quatro últimos, o poeta se aproxima bastante do estilo da poesia parnasiana.III. À época em que foram escritos, o trem representava um elemento da modernização docotidiano.Está correto o que se afirma em:a) III, somente.b) I e II, somente.c) I e III, somente.d) II e III, somente.e) I, II e III.Texto para as questões 87 e 88.“Confidência do ItabiranoGABARITOAlguns anos vivi em Itabira.Principalmente nasci em Itabira.Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro.Noventa por cento de ferro nas calçadas.Oitenta por cento de ferro nas almas.E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação.A vontade de amar, que me paralisa o trabalho,vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e sem horizontes.E o hábito de sofrer, que tanto me diverte,é doce herança itabirana.De Itabira trouxe prendas diversas que ora de ofereço:esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil;este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval;este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas;este orgulho, esta cabeça baixa…IMPRIMIRTive ouro, tive gado, tive fazendas.Hoje sou funcionário público.Itabira é apenas uma fotografia na parede.Mas como dói!”Carlos <strong>Dr</strong>ummond de Andrade.VoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


87. U. F. Juiz de Fora-MG Assinale o verso que melhor explica o título do poema:a) “Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro.”b) “Noventa por cento de ferro nas calçadas.”c) “este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval;”d) “de suas noites brancas, sem mulheres e sem horizontes.”88. U. F. Juiz de Fora-MG Assinale a única relação CORRETA entre o fragmento de versoe o comentário:a) “… o hábito de sofrer…” – permanência da herança romântica;b) “… que ora te ofereço…” – o poeta dirige-se a um hipotético itabirano;c) “Tive ouro, tive gado…” – referência a uma origem aristocrática rural;d) “este couro de anta…” – o poeta lamenta a destruição da natureza.3889. UFMG Todos os seguintes versos, de Antologia poética, contêm uma reflexão sobre ofazer literário, EXCETOa) Amas a noite pelo poder de aniquilamento que encerra.b) As palavras não nascem amarradas, / elas saltam, se beijam, se dissolvem.c) Penetra surdamente no reino das palavras, lá estão os poemas que esperam ser escritos.d) Que é poesia, o belo? Não é poesia, / e o que não é poesia não tem fala.90. UFMG Com base na leitura de Antologia poética, é INCORRETO afirmar que a poesiade Carlos <strong>Dr</strong>ummond de Andrade apresenta temasa) explicitamente políticos.b) freqüentemente autobiográficos.c) marcadamente existenciais.d) preponderantemente negativistas.GABARITO91. U. F. Uberlândia-MG “Não deixarei de mim nenhum canto radioso, uma voz matinalpalpitando na bruma e que arranque a alguém seu mais secreto espinho.”A partir do fragmento do poema “Legado”, de Carlos <strong>Dr</strong>ummond de Andrade, só NÃO sepode afirmar que:a) há no poema a questão da metalinguagem.b) o poeta avalia modestamente sua obra.c) trata-se de uma consciência poética moderna.d) o poema pode ajudar a abrandar as dores da alma.92. U. F. Viçosa-MG“No meio do caminho tinha uma pedratinha uma pedra no meio do caminhotinha uma pedrano meio do caminho tinha uma pedra.IMPRIMIRNunca me esquecerei desse acontecimentona vida de minhas retinas tão fatigadas.Nunca me esquecerei que no meio do caminhotinha uma pedratinha uma pedra no meio do caminhono meio do caminho tinha uma pedra.”ANDRADE, Carlos <strong>Dr</strong>ummond de. Carlos <strong>Dr</strong>ummond de Andrade: poesia e prosa.8. ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992. p. 15.VoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


No fragmento anterior observamos algumas tendências do Modernismo. Assinale a alternativaque NÃO corresponde às características modernistas evidenciadas no poema:a) a visão dinâmica da vida expressa por uma poética de tendência exclusivamente futurista.b) o jogo rítmico, refletindo o estado psicológico do movimento.c) a linguagem coloquial e a rejeição do verso perfeito dos parnasianos.d) a experimentação lingüística expressa no verso intencionalmente repetitivo.e) o tom revolucionário, expressivo da preocupação do poeta com o homem e sua problemáticapolítico-social.93. UFMG Com relação aos contos “A terceira margem do rio” e “Partida do audaz navegante”,de Primeiras estórias, de João Guimarães Rosa, é INCORRETO afirmar que ambosconstituem narrativas quea) focalizam uma situação de separação vivida pelas personagens.b) se constroem a partir da focalização de uma situação familiar.c) se constroem a partir do ponto de vista de um narrador em primeira pessoa.d) se constroem a partir do ponto de vista infantil de um narrador-menino.3994. F. I. de Vitória-ES Em um dos contos de Primeiras Estórias, o narrador dirige-se a uminterlocutor presente, cujas falas não são registradas, e, empregando linguagem pretensiosa,põe em questão a identidade do homem e o sentido da vida; em outro, o foco-narrativositua-se na relação entre o letrado e o iletrado, extraindo-se dessa efeitos de surpresa ehumor, por causa do significado de uma palavra. Os contos são, respectivamente:a) “A terceira margem do rio” e “O espelho”.b) “O espelho” e “Famigerado”.c) “A terceira margem do rio” e “Famigerado”.d) “O espelho” e “Pirlimpsiquice”.e) “Pirlimpsiquice” e “Famigerado”.95. U. F. Uberlândia-MG“… E foi assim que no grande parque do colégio lentamente comecei a aprender a ser amada,suportando o sacrifício de não merecer, apenas para suavizar a dor de quem não ama”.LISPECTOR, Clarice. “Os desastres de Sofia”.GABARITOA partir do fragmento do conto, e considerando a obra como um todo, assinale a alternativaINCORRETA:a) O tema desse conto é o envolvimento amoroso violento vivido por uma adolescente eum adulto.b) Os processos de aprendizagem permanente, essencial para a vida, estão sempre presentesna obra de Clarice.c) A infância e a adolescência são temas que se destacam em Felicidade Clandestina.d) Sofia, nesse conto, detém uma sabedoria em progresso que ela trata de associar com aintuição feminina.IMPRIMIR96. UFR-RJ Mário Quintana teria, para alguns historiadores de literatura brasileira, encontradofórmulas felizes de humor, sem ter saído do clima neo-simbolista que condicionara suaformação.A respeito do poeta pode-se afirmar quea) pertenceu à mesma geração de <strong>Dr</strong>ummond.b) pertenceu ao primeiro momento do modernismo.c) ao lado de Cruz e Souza, representa a expressão máxima do nosso simbolismo.d) sua poesia caracteriza-se por um extremo rigor parnasiano.e) é um legítimo representante da poesia paulista.VoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


97. UFSM Em obras, como Libertinagem, ……… compõe versos que, por trás da aparente………, expressam fortes sentimentos a respeito da ……… .Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas.a) Manuel Bandeira – simplicidade – condição humanab) Mário Quintana – simplicidade – vida na cidadec) Carlos <strong>Dr</strong>ummond de Andrade – dificuldade – vida na cidaded) Manuel Bandeira – formalidade – vida no campoe) Mário Quintana – dificuldade – condição humana98. PUC-RS Em relação a Carlos <strong>Dr</strong>ummond de Andrade, é correto afirmar que:a) participou entusiasticamente das atividades culturais da chamada Geração de 22.b) buscou o nacionalismo primitivista através do aproveitamento de material folclórico.c) produziu uma poesia intimista, resignada diante dos valores burgueses.d) sua prosa, fragmentada, repleta de imagens e de figuras de estilo, aproxima-se dapoesia.e) seu ecletismo temático harmoniza-se com o domínio das nuanças da palavra.4099. PUC-RS Relacione as colunas:1. Carlos <strong>Dr</strong>ummond de Andrade.2. Manuel Bandeira.3. João Cabral de Melo Neto.( ) busca da simplicidade e da humildade, exemplificada pelo título “Poema do beco”.( ) comparação entre as paisagens nordestinas, que inspiram o título Agrestes, e as espanholas,que inspiram o título Sevilha andando.( ) memorialismo e ambientação em paisagens interioranas, como em Boitempo.a) 2, 3, 1.b) 1, 2, 1.c) 1, 3, 2.d) 2, 2, 1.e) 3, 2, 2.INSTRUÇÃO: Para responder à questão 100, ler o texto que segue.GABARITOIMPRIMIR“Lá adiante, em plena estrada, o pasto se enramava, e uma pelúcia verde, verde e macia, seestendia no chão até perder de vista.A caatinga despontava toda em grelos verdes […]Insetos cor de folha — esperanças — saltavam sobre a grama.[…]Mas a triste realidade duramente ainda recordava a seca.Passo a passo, na babugem macia, carcaças sujas maculavam a verdura.Reses famintas, esquálidas, magoavam o focinho no chão áspero, que o mato ainda tão curtomal cobria, procurando em vão apanhar nos dentes os brotos pequeninos.”100. PUC-RS Trata-se de trecho de ………, de Rachel de Queiroz — obra que se caracterizapela ………, evidenciando a consciência crítica da autora acerca do problema da seca. Édessa forma que a obra se associa ao que se convencionou denominar de romance ……….a) Fogo Morto irreverência regionalistab) O Quinze denúncia de vanguardac) São Bernardo verossimilhança nacionalistad) O Quinze verossimilhança de 30e) Jubiabá denúncia regionalistaVoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


101. U. Caxias do Sul-RS Considere as proposições sobre Mário de Andrade.I. Em sua obra, recria, em prosa e verso, mitos do folclore nacional.II. Seus contos centram-se no homem do campo, enquanto a poesia reflete a temáticaurbana.III. A correspondência mantida com escritores contemporâneos tornou-se parte significativade sua obra.Com base nas afirmações acima, é certo concluir que:a) apenas a I está correta.b) apenas a II está correta.c) apenas a III está correta.d) apenas a I e a III estão corretas.e) a I, a II e a III estão corretas.Texto para as questões 102 e 103:41“Fabiano ia satisfeito. Sim senhor, arrumara-se. Chegara naquele estado, com a família morrendode fome, comendo raízes. Caíra no fim do pátio, debaixo de um juazeiro, depois tomara contada casa deserta. Ele, a mulher e os filhos tinham-se habituado à camarinha escura, pareciam ratos— e a lembrança dos sofrimentos passados esmorecera (…).— Fabiano, você é um homem, exclamou em voz alta.Conteve-se, notou que os meninos estavam perto, com certeza iam admirar-se ouvindo-o falarsó. E, pensando bem, ele não era um homem: era apenas um cabra ocupado em guardar coisasdos outros. (…) Olhou em torno, com receio de que, fora os meninos alguém tivesse percebido afrase imprudente. Corrigiu-a, murmurando:— Você é um bicho, Fabiano.Isto para ele era motivo de orgulho. Sim senhor, um bicho capaz de vencer dificuldades”.GABARITO102. FEI-SP Pode-se reconhecer nesse fragmento:a) a linguagem oral e carregada de expressões de origem indígena do romance Macunaíma,de Mário de Andrade, um dos marcos do Modernismo brasileiro.b) um retrato alegórico do sertão, realizado com as inovações lingüísticas característicasde Grande Sertão: Veredas, escrito por Guimarães Rosa.c) o tema da miséria nordestina retratado em Vidas Secas, de Graciliano Ramos, representanteda prosa regionalista da segunda geração modernista.d) o enaltecimento das riquezas naturais do Brasil, típico do Romantismo, em particularna obra O Guarani, de José de Alencar.e) a intenção de analisar e conhecer cientificamente o povo nordestino e seu ambiente,objetivo de Os Sertões, de Euclides da Cunha.IMPRIMIR103. FEI-SP Observe as palavras sublinhadas no texto: “ele”, “você” e “alguém”. Assinale aalternativa que analise corretamente sua classe morfológica:a) pronome pessoal do caso oblíquo – pronome demonstrativo – pronome relativo.b) pronome pessoal do caso oblíquo – pronome possessivo – pronome demonstrativo.c) pronome demonstrativo – pronome de tratamento – pronome pessoal do caso reto.d) pronome pessoal do caso reto – pronome demonstrativo – pronome relativo.e) pronome pessoal do caso reto – pronome de tratamento – pronome indefinidoVoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


104. PUC-SP“O mulungu do bebedouro cobria-se de arribações. Mau sinal, provavelmente o sertão ia pegarfogo. Vinham em bandos, arranchavam-se nas árvores da beira do rio, descansavam, bebiam e,como em redor não havia comida, seguiam viagem para o Sul. O casal agoniado sonhava desgraças.O sol chupava os poços, e aquelas excomungadas levavam o resto da água, queriam matar ogado. (…) Alguns dias antes estava sossegado, preparando látegos, consertando cercas. De repente,um risco no céu, outros riscos, milhares de riscos juntos, nuvens, o medonho rumor de asasa anunciar destruição. Ele já andava meio desconfiado vendo as fontes minguarem. E olhava comdesgosto a brancura das manhãs longas e a vermelhidão sinistra das tardes. (…)”42O trecho acima é de Vidas Secas, obra de Graciliano Ramos. Dele é incorreto afirmar-sequea) prenuncia nova seca e relata a luta incessante que os animais e o homem travam naconstante defesa da sobrevivência.b) marca-se por fatalismo exagerado, em expressão como “o sertão ia pegar fogo”, queimpede a manifestação poética da linguagem.c) atinge um estado de poesia, ao pintar com imagens visuais, em jogo forte de cores, oquadro da penúria da seca.d) explora a gradação, como recurso estilístico, para anunciar a passagem das aves a caminhodo Sul.e) confirma, no deslocamento das aves, a desconfiança iminente da tragédia, indiciadapela “brancura das manhãs longas e a vermelhidão sinistra das tardes”.GABARITOIMPRIMIR105. Fuvest-SP Um escritor classificou Vidas Secas como “romance desmontável”, tendo emvista sua composição descontínua, feita de episódios relativamente independentes e seqüênciasparcialmente truncadas. Essas características da composição do livroa) constituem um traço de estilo típico dos romances de Graciliano Ramos e do Regionalismonordestino.b) indicam que ele pertence à fase inicial de Graciliano Ramos, quando este ainda seguiaos ditames do primeiro momento do Modernismo.c) diminuem o seu alcance expressivo, na medida em que dificultam uma visão adequadada realidade sertaneja.d) revelam, nele, a influência da prosa seca e lacônica de Euclides da Cunha, em Os sertões.e) relacionam-se à visão limitada e fragmentária que as próprias personagens têm do mundo.106. Fuvest-SP Em Vidas secas e em Morte e vida severina, os retirantes Fabiano e Severinoa) são quase desprovidos de expressão verbal, o que lhes dificulta a comunicação até mesmocom os mais próximos.b) encontram na relação carinhosa com os filhos sua única fonte permanente de ternuraem um meio hostil.c) surgem como flagelados, que fogem das regiões secas, mas se decepcionam quandochegam ao Recife.d) são homens rústicos e incultos, que não possuem habilidades técnicas ou ofícios quelhes permitam trabalhar.e) aparecem como oprimidos tanto pelo meio agreste quanto pelas estruturas sociais.VoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


107. Fuvest-SPI. Em Vidas secas, a existência dos seres oprimidos e necessitados é apresentada comoum mundo fechado, no qual os sonhos e esperanças são ilusões; já em Primeirasestórias, na vida de carências e opressões, algumas vezes abrem-se brechas que dãolugar à solidariedade, ao humor e aos sonhos realizáveis.II. Em Primeiras estórias, o homem rústico, dotado de cultura oral-popular, já se encontraausente; em Vidas secas, ele ainda ocupa o centro da narrativa.III. Em Vidas secas, a visão de mundo das personagens infantis é parte importante danarrativa; já naqueles contos de Primeiras estórias em que elas surgem, a percepçãoda criança não se mostra importante ou reveladora.A oposição entre Vidas secas e Primeiras estórias está correta apenas ema) I.b) II.c) I e II.d) I e III.e) II e III.43108. Mackenzie-SP “O nome de Diadorim, que eu tinha falado, permaneceu em mim. Meabracei com ele. Mel se sente é todo lambente — ‘Diadorim, meu amor…’ Como era queeu podia dizer aquilo? Explico ao senhor: como se drede fosse para eu não ter vergonhamaior, o pensamento dele que em mim escorreu figurava diferente, um Diadorim assimmeio singular, por fantasma, apartado completo do viver comum, desmisturado de todos,de todas as outras pessoas — como quando a chuva entre-onde-os-campos.”Assinale a afirmação INCORRETA sobre a obra da qual se extraiu o fragmento acima.a) Retrata determinada região do sertão brasileiro e também tematiza questões universais.b) Apresenta a travessia do sertão como metáfora da travessia da vida.c) Atribui novos sentidos a palavras usuais.d) Reproduz com fidelidade o linguajar do sertão mineiro.e) Explora recursos comuns à poesia, tais como o ritmo, as aliterações, as metáforas.GABARITO109. Fuvest-SP Um dos recursos expressivos de Guimarães Rosa consiste em deslocar palavrasda classe gramatical a que elas pertencem. Destas frases de “Sorôco, sua mãe, suafilha”, a única em que isso não ocorre é:a) “… os mais detrás quase que corriam. Foi o de não sair mais da memória”.b) “… não queria dar-se em espetáculo, mas representava de outroras grandezas”.c) “… mas depois puxando pela voz ela pegou a cantar”.d) “… sem jurisprudência, de motivo nem lugar, nenhum, mas pelo antes, pelo depois”.e) “… ela batia com a cabeça, nos docementes”.IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar


LÍNGUA PORTUGUESAPRÉ-MODERNISMO/MODERNISMO1GABARITO1. 062. V-F-F-F3. D4. F-V-V-F5. 076. F-V-V-F-V7. 298. F-V-V9. V-F-F-V-V10. V-V-F-F-V-F11. 2912. C13. B14. B15. 1316. B17. E18. D19. B20. E21. D22. 4223. A24. B25. B26. A27. D28. B29. A30. A31. E32. B33. E34. B35. B36. B37. V-V-F-V-V38. F-F-F-F-V39. V-V-F40. 1341. F-V-V-V42. D43. F-F-V-F44. 1445. C46. A47. C48. E49. E50. E51. D52. B53. B54. A55. A56. EIMPRIMIR57. a) São diversas as características românticas do poema 1 que poderiam ser citadas:— Nacionalismo;— Saudosismo:— Exaltação da natureza americana;— Retomada da redondilha.Quanto ao poema 2, poderia-se citar:— Não segue a estrutura sintática tradicional;— Exploração do significante lingüístico, que pode ter diferentes significados.b) Sim, o texto 2 está relacionado intertextualmente com o 1, retomando o tema deste.VoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/modernismoAvançar


58. a) Pode-se citar como recurso modernista presente em ambos os textos, a paródia. Trata,nos poemas, de uma paródia das ideologias ligadas à cultura do poder. Em “Política Literária”,a transformação da poesia em política não acrescenta nada à poesia; em “AnedotaBúlgara”, satiriza-se a intolerância e a violência disfarçadas em gosto e predileção A oralidade,o verso livre e sem ornamentos, a conclusão final chocante (peripécia) e o bom dedeboche contra tudo o que não se apresente vivo ou espontâneo na cultura e na sociedadesão outros recursos utilizados no poema que contribuem para garantir o efeito pretendido.b) Não, a afirmação não pode ser atribuída aos poemas em questão, pois o humorismodestes não se esgota em si mesmo; a sensação de humor não se dá apenas instantaneamente,mas enquanto os fatos presentes, e satirizados, do poema, existirem.2GABARITO59. C60. C61. E62. D63. E64. A65. B66. E67. E68. B69. D70. A71. D72. C73. D74. D75. A76. D77. C78. E79. D80. B81. D82. C83. C84. A85. F-F-V-V-V86. C87. A88. C89. A90. D91. D92. C93. D94. B95. A96. A97. A98. E99. A100. D101. E102. C103. E104. B105. E106. E107. A108. D109. CIMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/modernismoAvançar

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!