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Texto para as questões de 110 a 113.44“A Janela e o Menino(Resumo dos anos mais antigos do passado)A casa tinha um jardim e três janelas que davam para a rua. Duas ficavam fechadas, só seabriam aos domingos, ou em dias especiais. A outra dava para um aposento que era uma espéciede hall, não era sombrio como a outra sala que só se abria quando havia visitas, ou quandoalguma coisa de extraordinário acontecia no mundo ou dentro da própria casa.O menino descobriu a janela e a escolheu como seu lugar predileto. Podia ficar ali, era umaforma de estar metade protegido pela casa, metade envolvido com o mundo. Pelas manhãs, viapassar o leiteiro, o homem que afiava tesouras e facas, os outros meninos que iam para a escolalevando merendeiras – ele invejava as merendeiras dos outros meninos, imaginava o que elascontinham. Um dia, quando crescesse, levaria sempre uma merendeira consigo.Ao meio-dia, passava a leprosa que pedia esmolas. Tinha um lenço encardido em volta do rosto,escondendo o nariz deformado. O menino tinha pavor da leprosa, mas ficava fascinado pelapontualidade com que ela ia ao portão e apanhava a moedinha que o pai sempre deixava para ela,numa reentrância da grade.À tarde, passava o sorveteiro. À noite, quando todos começavam a ir para a cama, passava omoleque vendendo amendoim torradinho, a lata que servia de fogareiro despejando fagulhas,como as estrelinhas de São João.Era da janela que o menino via o mundo e dele participava sem se contaminar. O meninogostava, mas tinha medo da rua, do bonde que cortara a perna do seu Almeida, do homem quedeu um tiro na mulher que o traíra, da carrocinha de cachorro, dos mascarados do Carnaval.Da janela, ele sabia de tudo, mas nada tinha a ver com ele. Como a baratinha que encontrou odinheiro e foi para a janela, ele gostava de ficar ali, vendo a vida passar.Um dia o menino cresceu, mas continuou na janela, esperando a hora em que avisassem queera tarde e o chamassem para dentro.”CONY, Carlos Heitor. In: Os anos mais antigos do passado – crônicas.3. ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 1999. p. 250-1.110. Uneb-BA Identifique as afirmativas verdadeiras referentes ao primeiro parágrafo do texto.I. O narrador restringe a utilidade de duas das três janelas.II. Os moradores da casa são sistemáticos e conservadores quanto à vida social.III. A casa focalizada é apresentada como uma realidade física, tão-somente no seu caráterexterno.IV. A alternância de hábitos dentro da casa é proporcionada por acontecimentos de rotina.A alternativa em que todas as afirmativas indicadas são verdadeiras é:a) I e II. b) I e IV. c) II e III. d) I, III e IV. e) II, III e IV.GABARITO111. Uneb-BA No segundo parágrafo, o menino mostra-se:a) realista quanto a seu futuro;b) revoltado com a sua condição de aprisionado;c) inseguro de seu objetivo, ao escolher o seu espaço;d) imprudente na escolha da realidade a ser observada;e) auto-suficiente para definir sua relação com a realidade circundante.112. Uneb-BA Sobre o menino, pode-se afirmar:a) Ele não interage com o mundo real.b) A janela tem uma função unilateral em sua existência.c) A violência da rua acaba inviabilizando a sua vida de reclusão.d) O seu caráter questionador leva-o a ser incompreendido por todos.e) A sua forma de agir sobre o mundo se modifica quando ele se torna adulto.IMPRIMIR113. Uneb-BA A expressão “vendo a vida passar”, em relação ao menino, revela:a) medo. b) alienação. c) passividade. d) deslumbramento. e) comprometimento.Na tradução do relacionamento do menino com o mundo, os termos que semanticamentese aproximam são:a) “descobriu”, “invejava” e “crescesse”; d) “tinha”, “gostava” e “cresceu”;b) “protegido”, “imaginava” e “levaria”; e) “fascinado”, “continuou” e “esperando”.c) “envolvido”, “via” e “participava”;VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar

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