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12. AEU-DF Leia o texto “A língua na literatura brasileira” e depois julgue os itens seguintes,em relação à semântica e à estilística.6“A LÍNGUA NA LITERATURA BRASILEIRA(Machado de Assis)Entre os muitos méritos dos nossos livros nem sempre figura o da pureza da linguagem. Não éraro ver intercalados em bom estilo os solecismos da linguagem comum, defeito grave a que sejunta o da excessiva influência da língua francesa. Este ponto é objeto de divergência entre osnossos escritores.Divergência digo, porque, se alguns caem naqueles defeitos por ignorância ou preguiça, outroshá que os adotam por princípio, ou antes por uma exageração de princípio.Não há dúvida que as línguas se aumentam e alteram com o tempo e as necessidades dos usose costumes. Querer que a nossa pare no século de quinhentos é um erro igual ao de afirmar quea sua transplantação para a América não lhe inseriu riquezas novas. A este respeito a influência dopovo é decisiva. Há portanto certos modos de dizer, locuções novas, que de força entram nodomínio do estilo e ganham direito de cidade.Mas se isto é um fato incontestável, e se é verdadeiro o princípio que dele se deduz, não meparece aceitável a opinião que admite todas as alterações da linguagem, ainda aquelas que destroemas leis da sintaxe e a essencial pureza do idioma. A influência popular tem um limite; e oescritor não está obrigado a receber e dar curso a tudo o que o abuso, o capricho e a modainventam e fazem correr. Pelo contrário, ele exerce também uma grande parte da influência a esterespeito, depurando a linguagem do povo e aperfeiçoando-lhe a razão.Feitas as exceções devidas, não se lêem muito os clássicos no Brasil.Entre as exceções poderia eu citar até alguns escritores, cuja opinião é diversa da minha nesteponto, mas que sabem perfeitamente os clássicos. Em geral, porém, não se lêem, o que é um mal.Escrever como Azurara ou Fernão Mendes seria hoje um anacronismo insuportável. Cada tempotem o seu estilo. Mas estudar-lhes as formas mais apuradas da linguagem, desentranhar delas milriquezas que, à força de velhas, se fazem novas, – não me parece que se deva desprezar. Nemtudo tinham os antigos, nem tudo temos os modernos; com os haveres de uns e outros é que seenriquece o pecúlio comum.”( ) Os “solecismos” de que nos fala no texto, são os erros de grafia e de pronúncia daspalavras.( ) “Divergência” não implica diferentes posturas diante do tema abordado por Machado.( ) Por “no século de quinhentos”, entendemos os anos de mil e quinhentos.( ) A expressão “ganham direito de cidade” alude à irrefutável inserção de novos termosna língua e sua conseqüente aceitação por parte de todos que a utilizam.( ) Há silepse de pessoa em “nem tudo temos os modernos”.GABARITOIMPRIMIR13. UFF-RJ Assinale a opção em que os elementos grifados nos trechos a seguir exemplificama figura de linguagem apresentada.a) Paronomásia é o emprego de palavras semelhantes no som, porém de sentido diferente./ “Entretanto, vida diferente não quer dizer vida pior; é outra coisa.”b) Eufemismo é uma substituição de um termo, pela qual se pode evitar usar expressõesmais diretas ou chocantes, para referir-se a determinados fatos. / “Os amigos que merestam são de data recente; todos os antigos foram estudar a geologia dos campossantos.”c) Anáfora é a repetição de uma ou mais palavras no princípio de duas ou mais frases, demembros da mesma frase, ou de dois ou mais versos. / “Ora, como tudo cansa, estamonotonia acabou por exaurir-me também. Quis variar e 1embrou-me escrever umlivro.”d) Metonímia é a designação de um objeto por palavra designativa de outro objeto quetem com o primeiro uma relação. / “O que aqui está é, mal comparando, semelhante àpintura que se põe na barba e nos cabelos, e que apenas conserva o hábito externo,como se diz nas autópsias; o interno não agüenta tinta.”e) Onomatopéia é o emprego de palavra cuja pronúncia imita o som natural da coisasignificada. / “Foi então que os bustos pintados nas paredes entraram a falar-me e adizer-me que, uma vez que eles não alcançavam reconstituir-me os tempos idos, pegasseda pena e contasse alguns.”VoltarLíngua Portuguesa - Funções da linguagem e Linguagem figuradaAvançar

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