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Texto para as questões 40 e 41:20GABARITOIMPRIMIR“Escola Pública e DemagogiaO Senado acaba de reservar 59% das vagas das universidades públicas para estudantes quefizeram seus cursos fundamental e médio apenas nas escolas públicas. Resta a aprovação daCâmara para que a criação de cotas no ensino superior e uma benevolência demagógica se tornemlei.A reação imediata diante desse tipo de iniciativa é lembrar aos parlamentares que universidadeé centro de excelência, de formação dos melhores e mais capacitados quadros do país. Mas apenasesse argumento não mostra quão desinformada é a atitude dos que defendem tal medida.Na justificação do projeto senatorial, alega-se que a lei é ‘medida de ação afirmativa’ que quer‘atenuar a discriminação imposta às camadas mais pobres’. Apenas 45% dos alunos das universidadesfederais viriam de escolas públicas, justificam. Os senadores poderiam até acenar com dadosde duas das melhores universidades do Brasil, USP e Unicamp, nas quais apenas 25% dosaprovados no vestibular, em 98, cursaram o ensino médio, em escola do Estado.Um exame em detalhe da questão revela as inconsistências do projeto. Por que as vagas serãoreservadas apenas aos que fizeram integralmente seus estudos na escola pública? Quem a duraspenas teve estudos pagos por um ou dois anos em uma barata e ineficaz escola privada, que háaos milhares, deve ser excluído?É uma minoria seleta de grandes escolas privadas que coloca seus alunos nas melhores universidades.Mesmo assim, 20% dos estudantes da Unicamp provêm de famílias com rendimentoinferior a dez salários mínimos. Embora a grande maioria dos brasileiros tenha renda inferior aessa, ainda assim ela não basta para pagar mensalidades de escolas de elite.De resto, vestibulandos bem-sucedidos de escolas públicas cursaram estabelecimentos que muitasvezes estão em bairros de classe média, cujos pais têm boa formação educacional, auxiliam asescolas até com dinheiro e participam da comunidade escolar. São poucos os de fato pobres quefuram a barreira da ‘discriminação’, como justifica o projeto do Senado.Alguma aritmética pode dar ainda a medida da inocuidade do projeto de cotas, ademais seconsiderada a ambição de propósitos senatoriais. Com a nova lei, aumentaria em 7.000 o númerode alunos de escolas públicas na USP, na Unicamp e nas instituições federais que matriculam porano 107 mil novos alunos, de resto em detrimento de estudantes mais preparados. Vale lembrarainda que são 5 milhões os que cursam o ensino médio público. Segundo o Mec, 53% estãoatrasados nos estudos. Apenas 25% dos brasileiros, em idade de estudar no ensino médio, estãoem escolas desse nível de instrução.Em 1999, 27% dos novos alunos da USP vieram de escola pública. Há cinco anos, eles eram32%. Há 20 anos eles foram 57%. Os ainda poucos brasileiros que chegam ao ensino médiopúblico estudam em escolas cujo nível claramente se degrada. Parece evidente que o enfoquesério do problema deve ser o da melhoria da educação pública. Reservar cotas para estudantes doEstado não ataca o problema, mas pode reservar votos para os defensores de tal projeto.”Folha de S. Paulo, 05/09/99, Cad. 1, p. 2.40. UEGO A partir da leitura do texto, podemos afirmar que( ) a palavra demagogia, presente no título, permite-nos estabelecer a oposição “democraciaversus demagogia”, uma vez que a escola pública concretiza o termo democracia;( ) o enunciador apresenta o fato no primeiro parágrafo e já, a partir do segundo, começaconstruir a oposição ao que foi afirmado;( ) nos cinco parágrafos entre o início e a conclusão do texto, o enunciador constróiargumentos que se apóiam em comprovações que, num processo decrescente vãoreafirmar, no parágrafo final, a oposição estabelecida nos dois primeiros;( ) a frase “Reservar cotas para estudantes… pode reservar votos para os defensores detal projeto” (último parágrafo) é sinônimo de democracia;( ) falta vontade política para a solução de problemas cruciantes da sociedade brasileira,pois os políticos só se interessam por soluções paliativas e que provocam impacto,uma vez que são elas que lhes renderão votos nas urnas.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IIAvançar

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