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baixar - Prof. Dr. Aldo Vieira

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149. UFPETexto I“Capítulo CVII (em que se declara que bicho é o que se chama preguiça):Nestes matos se cria um animal mui estranho, a que os índios chamam “aí”, e os portuguesespreguiça, nome certo mui acomodado a este animal, pois não há fome, calma, frio, água, fogo,nem outro perigo que veja diante, que o faça mover uma hora mais que outra; (...) e são estesanimais tão vagarosos que posto um ao pé de uma árvore, não chega ao meio dela desde pelamanhã até as vésperas.”SOUSA, Gabriel S. de. Tratado Descritivo do Brasil, 1587.Texto II“Festa da RaçaHu certo animal se acha também nestas partesA que chamam PreguiçaTem hua guedelha grande no toutiçoE se move com passos tam vagorososQue ainda que ande quinze dias aturadoNão vencerá a distância de hu tiro de pedra”ANDRADE, Oswald de. Poesias Reunidas.58Sobre os textos I e II, qual alternativa é incorreta?a) O texto de Gabriel de Sousa utiliza o recurso da comparação para dar conta da realidadecom que se defronta na terra ultramarina e transmiti-la aos europeus.b) O poema de Oswald de Andrade ilustra um procedimento comum aos nossos modernistasde primeira hora; o de tomar a literatura quinhentista como fonte de inspiraçãotemática e formal.c) É inegável o tom jocoso e irônico de Oswald de Andrade ao fazer, com o título de seupoema, uma alusão à suposta preguiça do brasileiro.d) No texto I, o objetivo é ressaltar as peculiaridades da terra tropical, paradisíaca, recém-descoberta;já no texto II, o poeta busca resgatar a língua original do Brasilcolônia.e) A linguagem dos dois textos apresenta pontos em comum, não só no léxico comotambém na sintaxe. Mas a intenção era diversa: o primeiro queria encantar, seduzir, eo segundo, parodiar.150. Uneb-BAGABARITOIMPRIMIRTexto IReverendo vigário,que é título de zotes ordinário,como sendo tão bobo,e tendo tão larguíssimas orelhas,fogem vossas ovelhasde vós, como se fosseis voraz lobo?Quisestes tosquear o vosso gado,e saístes do intento tosqueado;não vos cai em capeloo que o provérbio tantas vezes canta,que quem ousadamente se adiantaem vez de tosquear fica em pêlo?Intentastes sangrar toda a comarca,mas ela vos sangrou na veia d’arca,“A um vigário de certafreguesia, conhecido por ser muito ambiciosopois ficando faminto, e sem sustento,heis de buscar a dente qual jumentoerva para o jantar, e para a ceia (...).Sois tão grande velhaco,que a pura excomunhão meteis no saco:já diz a freguesiaque tendes de Saturno a natureza,pois os filhos tratais com tal cruezaque os comeis, e roubais, qual uma harpia.Valha-vos; mas quem digo que vos valha?Valha-vos ser um zote, e um canalha:mixelo hoje de chispo,ontem um passa-aqui do Arcebispo! (...)”MATOS, Gregório de. In: Senhora Dona Bahia – Poesia Satírica de Gregório de Matos.Org. MENDES, Gleise F. Salvador: EDUFBA, 1996. p. 171-2.VoltarLíngua Portuguesa - Interpretação de texto IAvançar

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