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baixar - Prof. Dr. Aldo Vieira

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3. UEMS A respeito do romance São Bernardo, de Graciliano Ramos, é correto afirmar que:a) Escrito em terceira pessoa, este romance se prende à análise do mundo exterior.b) Produzido na primeira fase do Modernismo, é um dos pontos altos de nossa literatura.c) Em São Bernardo, livro de estréia de Graciliano Ramos, a nota de regionalismo encontra-seem primeiro plano.d) São Bernardo representa um mergulho do escritor na alma humana com o propósito dedesvendá-la.e) A obra inaugurou a tendência regionalista na década de 20.Texto para a questão 4:2“O trabalho era duro. De picareta na mão, cavando terra, no serviço puxado com os companheirosacostumados fazendo as coisas na maciota, conversando uns com os outros. Parecia oeito do Santa Rosa. O feitor estava tomando conta, os cabras de pés no chão, e a terra na frente,a tarefa dura para tirar. Criou calos nas mãos. E o sol queimava-lhe as costas, um sol como o dailha. Os primeiros dias foram difíceis, mas aos poucos foi se acostumando. Os homens falavam davida de cada um. E riam-se alto das troças, das pilhérias que tiravam. Botavam apelidos, falavamde mulheres, de episódios, de amores, de desgraça dos outros. A vida para eles era as noites queeles tinham para gozar e os domingos e os dias santos em que se espichavam pelas portas dosmocambos quando não se davam às mulheres, à cachaça, aos folguedos dos ensaios para osgrandes dias do carnaval. Ricardo levou dias sem fazer conhecimento que fosse mais ligado.Chegava para o serviço e saía para casa como entrara a primeira vez. Terminou porém entrandona conversa dos companheiros, embora pouco tivesse para contar. Pouco sabia para fazer osoutros abrir em gargalhada enquanto a picareta tinia na terra dura. Estavam construindo o leitoda linha para os bondes que vinham substituir as maxambombas, os trens que davam àquelescaminhos de Beberibe um sinal de vida mais humana, com os seus apitos saudosos e aquele ir e virde comboios compridos, com horas certas, com passageiros que tiravam prosas, que se familiarizavam.Viriam os bondes amarelos, parando de poste em poste. A Encruzilhada já se despojara deseus trens. E agora chegava a vez de Beberibe. Com pouco as maxambombas ficariam lá para asoficinas encostadas. Muitas seriam vendidas para as usinas. Iriam apitar pelos canaviais, pelasingazeiras, pelas cajazeiras, arrastando cana para as esteiras.”REGO, José Lins do. O moleque Ricardo. Rio de Janeiro: INL/MEC, 1980, p. 28-9.GABARITO4. UnB-DF Julgue os itens abaixo, relativos ao texto e à literatura brasileira.( ) O texto é construído pelo foco narrativo de primeira pessoa, em que uma personagemrevela seus pensamentos, suas lembranças, seus sentimentos e suas sensações.( ) As informações do texto comprovam que a literatura neo-realista produzida pelo romanceregionalista reflete a realidade da sua época, constituindo também uma formade documento que registra os costumes e o contexto social e econômico do períodoque focaliza.( ) A obra de José Lins do Rego abrange a decadência da economia dos engenhos decana-de-açúcar, o cangaço, o misticismo, a exploração do trabalhador rural e a seca,configurando uma prosa regionalista nitidamente pertencente ao que se costuma chamarde romance social nordestino, cujo marco inaugural é A Bagaceira, de JoséAmérico de Almeida.( ) No texto, a enumeração de ações exemplifica o recurso literário do fluxo de consciência,muito característico da prosa realista.IMPRIMIRVoltarLíngua Portuguesa - Pré-modernismo/ModernismoAvançar

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