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69pesquisador que ele envia esse projeto/ só quii você concorre com o Brasil inteiro/ aconcorrência é muito gran<strong>de</strong>// Nós temos em Santa Catarina a fundação <strong>de</strong> amparo àpesquisa do Estado/ a Fapesc/ ela po<strong>de</strong>ria ser um pouco melhor para nós/ né/ nosentido di ter um pouco mais <strong>de</strong> recursos que o Estado carece/ para que a gente nãotenha que ficar simplesmente todas as vezes é... concorrendo com o Brasil inteiro//Quase todos os estados tem uma fundação <strong>de</strong> amparo à pesquisa// Já foi um avançoporque/ há alguns anos não tínhamos nem sombra do que nós temos hoje/ mas a genteespera quii possa/ realmente haver uma evolução e a pesquisa em Santa Catarina terrealmente o lugar <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque que merece//Leila: Do Centro <strong>de</strong> Ciências Tecnológicas/ repórter Leila Torres/ especial para oOndas da Ciência//No caso acima, um assunto que ren<strong>de</strong>ria apenas uma nota, a repórter esten<strong>de</strong> oassunto até transformá-lo numa entrevista, com o rumo sendo <strong>de</strong>sviado para a divulgaçãoinclusive do mestrado da instituição e o anúncio da abertura <strong>de</strong> vagas para candidatos à bolsa<strong>de</strong> pesquisa. O resultado disso é um atravessamento publicitário a favor da UDESC <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>um discurso jornalístico, como é possível perceber no trecho <strong>de</strong>stacado em negrito, quando arepórter faz uma pergunta dirigida a respeito da iniciação científica no Departamento <strong>de</strong>Física. Neste caso, a repórter assume o discurso publicitário, em que o sujeito-leitor é ousuário, aquele que compra a idéia empreendida <strong>de</strong> que esse <strong>de</strong>partamento é um sucesso empublicação <strong>de</strong> pesquisas acadêmicas. Mas, também há o atravessamento do discursoacadêmico, com um mínimo do discurso <strong>de</strong> divulgação científica, que aparece somente noinício da matéria, quando são apresentados dados estatísticos <strong>de</strong> relatório <strong>de</strong> publicaçãocientífica. Mas, a informação não é historicizada, o sujeito-leitor continua sendo o dojornalismo, aquele que não sabe e reflete a respeito do conhecimento, mas somente recebeinformações sobre. Contudo, há ainda o atravessamento do discurso pedagógico quando arepórter Leila Torres “explica” <strong>de</strong> forma didática o que quer dizer cada um dos conceitosapresentados, mas sem sair da nomenclatura (vi<strong>de</strong> trecho <strong>de</strong>stacado em negrito). Conformecita Coracini (2007, p. 44) “[...] No discurso científico (DC), o jogo <strong>de</strong> interesses (<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r)se acha, em geral, velado, em nome do saber acadêmico”. Gomes (2000, p. 23) complementaao <strong>de</strong>clarar que