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Modelo de Tese - Unisul

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79[...] um efeito <strong>de</strong> sentido no sujeito-leitor que o coloca na posição <strong>de</strong> um leitor emfalta, ele <strong>de</strong>sconhece o que <strong>de</strong>veria conhecer e que, portanto, <strong>de</strong>ve se colocar naposição <strong>de</strong> quem espera por conselhos <strong>de</strong> conduta e não por uma conversa, umareflexão. Nestas condições <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> leitura é possível inscrever-se umdiscurso do tipo autoritário.Há também os cientistas já prontos para falarem a partir da voz do discurso <strong>de</strong>divulgação científica, no fio do discurso. Mesmo assim, a formação discursiva dominante é odiscurso jornalístico, com as características já apresentadas durante a análise.Partindo para o segundo problema, ou seja, a questão <strong>de</strong> como se dá aressignificação da ciência na textualida<strong>de</strong> discursiva radiofônica, concluímos que oprograma Ondas da Ciência segue os mol<strong>de</strong>s clássicos do discurso <strong>de</strong> divulgação científica,migrando a produção <strong>de</strong> sentidos ao meio radiofônico, com a inclusão <strong>de</strong> trilhas, vinhetas etc.,mas sempre trabalhando a heterogeneida<strong>de</strong> marcada mostrada no discurso direto e indireto(AUTHIER, 1990), trabalhando no pacto com o discurso legitimado, com o Estado e,pressupondo-se o leitor leigo, próprio ainda da divulgação produzida pelo jornalismo nagran<strong>de</strong> mídia, conforme afirma Silva (2002).Em relação ao último problema <strong>de</strong>sta pesquisa, ou seja, a questão <strong>de</strong> como éconstruído o sujeito-leitor nessa textualida<strong>de</strong>, partimos do pressuposto <strong>de</strong> que o programaOndas da Ciência é o único programa radiofônico na linha editorial <strong>de</strong> ciência, tecnologia einovação no Estado <strong>de</strong> Santa Catarina. Tendo-se em mente tal pressuposto, o foco <strong>de</strong> pesquisafoi justamente analisar a construção do sujeito-leitor <strong>de</strong>sse programa ao longo do ano <strong>de</strong> 2007.Balizamo-nos na idéia <strong>de</strong> uma crescente em relação à construção do sujeito-leitor. Em virtu<strong>de</strong>disso, ao segmentar o corpus justificou-se a escolha das edições do mês <strong>de</strong> março, julho eoutubro do ano passado, em 2007. A edição <strong>de</strong> março foi a primeira após a retomada doprograma; a <strong>de</strong> outubro, a última daquele ano. Contudo, durante a realização <strong>de</strong>sta pesquisa,tomamos conhecimento <strong>de</strong> que Ondas da Ciência novamente está “fora do ar”. Mas, o queseria algo <strong>de</strong>salentador, passou a ser um fator <strong>de</strong> análise. Esperava-se que, por ser o únicoprograma radiofônico pautado na divulgação <strong>de</strong> ciência em Santa Catarina, seria estabelecidauma nova linguagem, inclusive pelo inusitado do discurso <strong>de</strong> divulgação científica serveiculado no meio radiofônico e ser produzido no meio acadêmico, formato distante dostradicionais impresso, televisivo e até mesmo em re<strong>de</strong>, na internet.Ao longo das edições analisadas concluímos que o sujeito-leitor do Ondas daCiência manteve-se numa constante. É um sujeito-leitor-i<strong>de</strong>al (projetado pelo autor), que nãosabe, por isso <strong>de</strong>ve apren<strong>de</strong>r o que veicula a equipe <strong>de</strong> jornalistas que produz o programa. Apauta do Ondas da Ciência po<strong>de</strong> ser qualquer uma. Os temas são tratados <strong>de</strong> forma aleatória,

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