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Volume 1 - "Da Província à Região-Plano" - CCDR-N

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12MEMÓRIA & PROSPECTIVA 1“(…) a força das regiões não é algo que apenas se herda, mas que também se constrói em funçãode projectos e aspirações que hão-de ser, simultaneamente, regionais e nacionais. Para além disso,se não possuímos tradições regionalistas com a mesma força que outros países (…) ninguémignora que, desde antes da fundação da nacionalidade, as particularidades geoclimáticas (litorale interior) aquém e além Tejo, geraram, com a ocupação do território, diversidades culturais,comportamentais e sociais (…) Aos que privilegiam a frente externa, face aos regionalismos, nãodeixaremos de os apoiar, acrescentando, contudo, que os regionalismos não devem ser confundidoscom a verdadeira autonomia regional e que a unidade nacional não poderá ser construídacontra, mas com, e através, das especificidades regionais”Manuel Brandão de Vasconcelos Alves, 1988 6“De qualquer modo , também no Outro e no Diferente podemos encontar-nos a nós próprios. Mashoje, mais urgente ainda, é o dever de encontarmos no Outro e no Diferente aquilo que é comum.No nosso mundo cada vez mais estreito, encontarmos culturas e religiões, usos e sistemas devalores profundamente diferentes: seria uma ilusão pensar que a nossa convivência no planetapossa ser regulada apenas por um sistema de valores económicos. As ciências humanas sabemque ao homem se exige hoje uma cada vez maior ‘virtude política’. Ora o mesmo se aplica tambémà multiplicidade das línguas. No âmbito da nossa actividade intelectual confrontamo-noscada dia com uma multiplicidade de línguas diferentes, e não podemos pretender impôr aos outrosgrupos humanos as problemáticas extraídas da nossa experiência e depositadas na nossa linguagem.No próprio exercício do pensamento devemos dominar a possibilidade de diálogo entreas línguas e a potencialidade de compreensão que permitem: as ciências humanas, em toda a suavariedade, contêm um núcleo ético-filosófico que é ao mesmo tempo o nosso objectivo comum.Hans-George Gadamer, 1989 7“A democracia apareceu no mundo sob a forma de nacionalismo, encaixada na ideia de nação,como a borboleta no seu casulo”Liah Greenfeld, 1993 8“Foi para servir uma comunidade, que só raramente é nação, que se inventou o Estado. O Estado éuma invenção humana. O Estado soberano é uma coisa do Renascimento, é ontem, não é necessariamenteo futuro. Eu costumo insistir (…) que quando lemos a Bíblia, vemos aqueles trabalhos de Deus,os seis dias, sem horário, sem sindicato, sem greve. Ele foi fazendo coisas, e fez uma lista. Coisas boas.Não está lá o Estado. Ele não viu que o Estado era bom. Ele deixou isso por nossa conta., o Estadoé uma invenção humana. Nós vivemos sem o Estado soberano até ao Renascimento, inventamos oEstado soberano com o qual temos vivido, mas a soberania está em crise, o que é evidente. A Nação éa mais perfeita das comunidades (…), um modelo ambicionado, raro, e que não está em crise”.Adriano Moreira, 1994 96Manuel Brandão de Vasconcelos Alves, Litoralidade, Interioridade e Mobilidade Populacional, in ‘Nação e Defesa’, nº 45, Jan./Mar.1988, p. 817Hans-George Gadamer, Herança e Futuro da Europa, Lisboa: Edições 70, 1989, 152 p.8Liah Greenfeld (1993), Nacionalismo: cinco caminhos para a modernidade, Mem Martins: Europa-América, 19989Adriano Moreira, A Interdependência dos Estados Europeus. Alguns Reflexos para Portugal, Seminário do Instituto de Defesa Nacio-

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