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Volume 1 - "Da Província à Região-Plano" - CCDR-N

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24MEMÓRIA & PROSPECTIVA 1“Os aspectos da planificação regional nos exemplos apontados não compreendem meramente aprodução de energia, o abastecimento de águas, ou a navegação. Vão mais longe, porque dizemrespeito à vida de nós todos, como unidade demográfica e económica, e têm de considerar aquestão financeira, social, económica e, sobretudo, moral. É o conjunto que deve ter-se em conta:os problemas industriais e os agrícolas, o poder de compra ou rendimentos e sua repartição, osconsumos, os investimentos e sua influência nos meios de pagamento, tudo o que pode afectar,directa ou indirectamente, a comunidade e a vida da pessoa humana, que, como dizíamos hápouco, é, e deve ser, o foco central de todos os sistemas de planeamento económico… Mas nãoacabaremos as ligeiras notas hoje explanadas sem repetir e reiterar a importância que o homemtem em si mesmo nos resultados da aplicação de qualquer tipo de planeamento até agora explicado.Sem uma boa compreensão por parte da opinião pública e seu tácito consentimento; sem acerteza de que na formulação e execução dos planos não poderão intervir estorvos de naturezamaterial, política ou mental; sem as condições financeiras e sociais propícias ao custeio de obrasque têm de ser executadas rapidamente; sem medidas relativas a resultados e benefícios que têmde ser absorvidos pelos consumos, através de um poder de compra adequado, todos os planos,até os mais bem concebidos, estão antecipadamente condenados à falência.”José Dias de Araújo Correia(Engenheiro, Deputado), 1951 52“Deixaremos então perecer a Europa - este continente ao qual a civilização moderna teve o quetem de mais precioso na Filosofia, e na Arte, na Ciência e na Técnica, e do qual irradiaram para oresto do orbe, generosamente, as concepções, as invenções e as formas de vida que os outros povoshoje utilizam, mesmo quando delas desdenham? É certo que o que individualiza a Europa é asua Cultura, o seu espírito portanto. A Europa é um espírito. Mas nenhum espírito pode subsistirnesta condição terrena, que é a nossa, sem um invólucro, uma base material. Se a independênciadas Nações me parece indispensável à manutenção do espírito europeu, já que na diversidadedas tradições e na pluralidade das maneiras e dos estilos que resultam dos particularismos nacionaistem a cultura ocidental aurido o melhor da sua riqueza humana, - nada impede que osEstados europeus colaborem mais intimamente entre si na prossecução de fins comuns, pondoponto a velhas rivalidades que só têm concorrido para as suas dificuldades presentes. A actualcomunidade dos Seis tem uma população à roda dos 170 milhões de habitantes e o seu comércioexterno representa 1/5 do valor do comércio mundial. A sua produção de carvão é um sétimo daprodução de todo o Mundo, e produz a quinta parte do aço também em relação à produção mundial.Estamos, portanto, perante uma realidade muito séria e que seria imprudente desconhecer.”Marcelo Caetano(Jurista, Ministro da Presidência), 1958 5352José Dias de Araújo Correia, 1894-1978, Planificação Regional, in ‘Elementos de planificação económica’ (Lições proferidas noCentro de estudos económicos e financeiros da Associação Comercial do Porto em 1951), Lisboa: Imprensa Nacional, 1952, pp.153-21353Marcelo Caetano, Discurso do Ministro da Presidência no Congresso dos Economistas e da Indústria Portuguesa, In Boletim da DirecçãoGeral dos Serviços Industriais, Ano IX, nº 440, Lisboa, 5 Junho 1957, pp. 297-305

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