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hhistórias de sucessoJ o a q u i m M o u r a t oJogada de ataqueFilho da terra de onde partiu para estudar,voltou a Portalegre para crescer com a instituição que quer levarmais longe. Cá dentro como lá foraPor Ana Rita Lúcio Fotografia Rui Marto/Estúdio João CupertinoempreendedorO espírito competitivo está-lhe no sangue e não gosta de jogar à defesa. Há doisanos na presidência do Instituto Politécnico de Portalegre (IPP), tem bem definida a tácticavencedora para a instituição. A visão estratégica aguçada pela prática do futebol e a disciplinaque a experiência como saxofonista lhe incutiu conjugam-se na vontade de levar Portalegreadiante. Qualificação, investigação e desenvolvimento, internacionalização e sustentabilidadefazem parte da cartilha do professor que assegura ainda lhe faltar aprender quase tudo.visionárioCX: O nome da cidade remete para porto depassagem. Cabe ao IPP fazer com que os quese formam aqui permaneçam em Portalegre?Joaquim Mourato: Queremos que os nossosjovens se fixem e sejam sujeitos activos nodesenvolvimento da região. Mas estamostambém interessados em que os jovensde fora, que vêm até nós nesta etapa deformação, aqui permaneçam.CX: Para além de formarem para a região,formam para o País e para o Mundo?JM: Um dos quatro eixos estratégicos do IPPé a internacionalização, tanto na mobilidadedos alunos, como na mobilidade formativados docentes.CX: Que parcerias têm já implementadas?JM: Estamos mais vocacionados parao espaço lusófono, com universidadesbrasileiras e o Instituto Politécnico deMacau, para além de parcerias com Espanha,Inglaterra e França. Mas procuramos ir maislonge e estabelecer parcerias na Ásia, comvários politécnicos de Singapura.CX: O papel dos politécnicos, com umaimplantação regional mais forte, segue, então,a lógica do conceito de «glocalização»: pensarlocal para agir global?JM: Temos de olhar para o que somos eperceber qual a matriz da nossa região equais os factores endógenos que devemospotenciar globalmente. É importante quea região não se feche sobre si própria eencontre respostas no espaço europeu eglobal.CX: E de que forma estão a conseguirinfluenciar positivamente o desenvolvimentoregional?JM: Para além de libertarmos, todos osanos, centenas de alunos com formaçãosuperior, fazemos a selecção em termos deinvestigação e desenvolvimento. Estamos aapostar nas energias ligadas à nossa região,como a biomassa, e no ambiente. Tentamostrazer a sociedade para dentro destaÉ importante quea região encontrerespostas no espaçoeuropeu e globalincubadora, para que nasçam empresas comcompetências avançadas nestas áreas.CX: Essa ligação às empresas é mais vital,neste momento, do que a ligação a outrasinstituições de ensino superior?JM: Esse é um factor decisivo. Estamos afalar de uma instituição – e não há outraem Portugal – em que uma em cadacinco pessoas do concelho faz parte dacomunidade académica.estrategaCX: Fomentar o surgimento de novosnegócios corta com essa dependência?JM: A sociedade tem de perceber que ainstituição está aí para ajudar, mas segundoa ideia de ensinar a pescar e não dar o peixe.Temos um mestrado em Empreendedorismoe Gestão de PME vocacionado paraencontrar empreendedores que formemempresas. Uma franja do sector tradicionaldos têxteis foi acabando naturalmente, e nãobasta lamentar o desaparecimento dessasempresas, temos de procurar substituí-las.CX: É possível ensinar o empreendedorismo?JM: Há uma componente inata, mas saber éfundamental. Muitos jovens têm necessidadede criar os seus próprios empregos, masencontram dificuldades. Queremos ter umaestrutura que ajude a minorar esses obstáculos.CX: A aposta nas energias renováveis e noambiente, de que falava há pouco, passa pelavossa participação no Parque de Ciência10 cxa r e v i s t a d a c a i x a

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