30Segundo Milan (2007), o Turismo Pedagógico representa a oportunidade deexplorar a relação homem-espaço, nas mais variadas perspectivas de análise doconhecimento humano de forma interativa, divertida e multidisciplinar.Para Morais e Maia (2005, p. 02), o Turismo Pedagógico caracteriza-sepelas viagens sem fins de lazer, isso não quer dizer que deixam de ser agradáveis eé, através dessas viagens, que se busca atingir atividades educativas. “A viagemdará um encantamento diferente para a educação, motivando os alunos em umambiente diferente da sala de aula.”De acordo com Artigas ( apud Milan, 2007, p. 32), é possível, por exemplo,ao visitar determinados pontos turísticos, conhecer a evolução e o desenvolvimentodo local, as características geográficas, a preservação ambiental e outros aspectosrelacionados ao currículo escolar e as suas áreas de conhecimento.Milan (2007, p. 32) complementa, “por meio do contato direto com osrecursos naturais, históricos, culturais e sociais, os alunos poderão se questionar ebuscar respostas para as várias situações vivenciadas fora dos limites da escola”.Ainda segundo a autora, também propicia ao aluno aprender mais sobre si mesmo,pois, ao vivenciar experiências concretas que fazem parte de sua própria história,passa a ter interesse em preservá-la e até mesmo enriquecê-la.Assim, esta nova corrente de turismo é resultante da necessidade dasescolas mudarem o seu posicionamento e o turismo passa a ser um importantecanal deste novo processo de educação (PELIZZER, apud FONSECA FILHO, 2007).O Turismo Pedagógico têm-se apresentado como uma modalidade que,segundo Beni (2003), consiste na retomada de uma antiga prática amplamenteutilizada na Europa e Estados Unidos por colégios e Universidade particulares queorganizavam viagens culturais com o acompanhamento de professoresespecializados da própria instituição de ensino, através de um programa,previamente organizado, de aulas e visitas a pontos históricos ou de interesse parao desenvolvimento educacional dos estudantes.
31Quanto aos aspectos educacionais no contexto da história das viagens,pode-se afirmar que do século XIV ao século XVII, a idéia de viagem como recursopara o ensino teve seu expoente na Europa, durante o Renascimento. Lage e Milone(2001) afirmam que, nessa fase, desenvolveram-se as artes, as ciências, as letras e,principalmente, iniciou-se uma mudança nos costumes, promovendo um retorno àcuriosidade e ao gosto pelo saber.Do ponto de vista do desenvolvimento das viagens, o Renascimentorepresentou um grande incentivo às viagens culturais, motivadas por estudos eexperiências. Esse deslocamento de professores, artistas e intelectuais, por sua vez,também, impulsionou as viagens com objetivos mercantis (YASOSHIMA EOLIVEIRA, 2005, p.37).Ainda no século XVI, teve início na França, a realização das duasmodalidades de viagem de lazer: o Petit Tour e o Grand Tour 5 . O primeiro consistianuma visita ao Vale de Loire e retorno a Paris. O segundo complementava aformação dos jovens ingleses e estendia-se, pela França, Suíça e Itália, sempreacompanhados por um cicerone que conhecia bem a história dos locais visitados(OLIVEIRA, 2001).Para Milan (2007) o propósito do Grand Tour era educacional, voltado paravisitas a lugares culturais e históricos, observando ainda maneiras e costumes deoutras nações. O objetivo era fazer com que os jovens vivenciassem aquilo que jáconheciam por meio de fontes literárias. A partir dos textos buscava-se oconhecimento visual e tangível dos monumentos remanescentes, em especial doImpério Romano.Segundo Yasoshima e Oliveira (2005, p.39) o ponto alto da viagem para o“grand tourist” era o conhecimento das cidades de Roma, Florença, Nápoles eVeneza.As viagens culturais eram sempre realizadas em companhia de um tutor eduravam de seis meses a um ano e meio, podendo também alcançar dois anos. Os5 O termo Grand Tour foi usado pela primeira vez por Richard Lassels em uma edição de 1670 dolivro Voyage of Italy: or a completat journey trough Italy (CAMARGO apud MILAN, 2007, p. 19).
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Viajar é EducarTorres e CânionsUm
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