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À guisa de Introdução: um Panorama Teórico - Claudio Naranjo

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passivida<strong>de</strong>. Po<strong>de</strong>-se dizer que estamos sujeitos a elas como agentes passivos em vez <strong>de</strong>agentes livres – como afirmou Aristóteles a respeito do comportamento virtuoso e dapsicologia mo<strong>de</strong>rna da saú<strong>de</strong> mental. As tradições espirituais geralmente concordam comrelação a <strong>um</strong>a possível não i<strong>de</strong>ntificação da esfera apaixonada possibilitada pela intuição datranscendência. 11A inspeção do eneagrama das paixões na figura 8 mostra que três <strong>de</strong>las (nos pontos9,6 e 3) ocupam <strong>um</strong>a posição mais central do que as outras. Além disso, por causa dosimbolismo do eneagrama, segundo o qual os diferentes pontos ao longo <strong>de</strong>lecorrespon<strong>de</strong>m a graus e intervalos na escala musical, a preguiça psicoespiritual, no topo, secoloca como a mais fundamental <strong>de</strong> todas – sendo, por assim dizer, o “fazer” das paixões.O fato <strong>de</strong> esses três estados mentais estarem <strong>de</strong>marcados nos vértices do triângulodo eneagrama das paixões transmite a informação <strong>de</strong> que eles são alicerces da estruturaemocional, e que os estados <strong>de</strong>marcados entre eles po<strong>de</strong>m ser explicados como interações<strong>de</strong>sses três em diferentes proporções.Po<strong>de</strong>mos observar que a proposta <strong>de</strong> <strong>um</strong>a inércia psicológica como <strong>um</strong>a base daneurose reproduz a teoria do aprendizado da neurose como condicionante, enquanto osoutros dois pontos do triângulo interno reproduzem a visão freudiana da neurose como <strong>um</strong>atransformação da ansieda<strong>de</strong> da infância e da visão existencial, que prefigura o ser nãoautêntico e a “má-fé” como a base da patologia.As interconexões mostradas entre esses três pontos (sob a forma <strong>de</strong> lados dotriângulo) constituem o que po<strong>de</strong>mos chamar <strong>de</strong> conexões psicodinâmicas, <strong>de</strong> modo que11 Embora <strong>um</strong>a das metas <strong>de</strong>ssa tradição <strong>de</strong> “trabalho sobre o eu” seja realizar <strong>um</strong>a mudança no controle docomportamento, trazendo o centro emocional inferior das paixões para <strong>um</strong> centro superior, <strong>um</strong> estágio ulterioré almejado: <strong>um</strong> <strong>de</strong>slocamento do “centro intelectual inferior” da cognição ordinária – permeado por visõeserrôneas da realida<strong>de</strong> formadas na infância (fixações) - Para o centro intelectual superior do entendimentocontemplativo-intuitivo.

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