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Mudança Organizacional e Identidade de Pessoas: O caso da ...

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Segundo Bergamini (1992) é no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> laboral que ohomem encontra sua realização; estaria aí então, sua vocação natural. Quando isto não ocorre noâmbito do trabalho, na família ou na ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> escolar é possível que esteja havendo umaina<strong>de</strong>quação pessoal, estado que tem levado o homem contemporâneo a conviver com maiortfeqüência com momentos <strong>de</strong> angústia e ansie<strong>da</strong><strong>de</strong> que lhe provocam baixos sentimentos <strong>de</strong> autoestimapor se sentir menor diante dos outros e <strong>de</strong> si mesmo.Segundo Malvezzi (2000) num ambiente <strong>de</strong> trabalho on<strong>de</strong> as condições são estáveis e ospapéis e estruturas se caracterizam pela estabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, o empenho dos indivíduos se restringe areproduzir e manter as características exigi<strong>da</strong>s pelos papéis sociais e profissionais jáestabelecidos. Nesses espaços laborais as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s são previsíveis e as relações entre osindivíduos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> basicamente <strong>da</strong> manutenção <strong>de</strong> suas i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>s.Para Ciampa (apud Malvezzi, 2000, p.140) a i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> profissional é o problemacontido na resposta <strong>da</strong> questão "quem sou eu como trabalhador" ou "que sorte <strong>de</strong> trabalhadorsou eu"? Respon<strong>de</strong>r a estas questões revela o que é semelhante e diferente no indivíduo,referente a si mesmo, ao ambiente e aos outros, enquanto trabalhador. Dessa forma, a i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>é compreendi<strong>da</strong> a partir <strong>da</strong> construção dos movimentos do próprio indivíduo e dos outros <strong>de</strong>ntro<strong>da</strong> relação eu/outro consi<strong>de</strong>rando os âmbitos histórico, geográfico, social, biológico, profissional,psicológico, político, etc que interagem num <strong>de</strong>terminado contexto histórico. Assim, A i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>profissional funciona como a construção ontológica do indivíduo, através <strong>da</strong> qual este seapresenta para o mundo (Malvezzi, 2000, p.140).6 Mu<strong>da</strong>nça organizacional e i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> profissionalAs conseqüências <strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nça organizacional na i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> profissional dos indivíduos<strong>de</strong>correm, não só em função <strong>de</strong> sua circunstância particular, mas principalmente do significadodo trabalho para ca<strong>da</strong> um. O trabalho <strong>de</strong>ve representar portanto, um fator <strong>de</strong> harmonia, equilíbrioe crescimento. A partir <strong>de</strong>le, po<strong>de</strong> ser assegurado ao indivíduo sua inserção nos diversos espaços,setores e grupos existentes na comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> na qual ele esta inserido (Kanaane, 1995).Nesse contexto, utilizamos aqui um estudo feito por Cal<strong>da</strong>s (1999) sobre Demissão, parase fazer um paralelo acerca <strong>da</strong>s conseqüências <strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nça organizacional na vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s pessoasenvolvi<strong>da</strong>s. Nesse trabalho, o citado autor analisa os efeitos <strong>da</strong> per<strong>da</strong> do emprego para oindivíduo, o significado do trabalho para o equilíbrio <strong>da</strong> pessoa, suas reações diante do<strong>de</strong>semprego e as repercussões no âmbito psicológico, profissional e socialNo enten<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Kanaane (1995) as organizações po<strong>de</strong>m apresentar-se como ambiente <strong>de</strong>integração, propício ao crescimento <strong>da</strong>s pessoas que nelas trabalham ou po<strong>de</strong>m, ao contrário,colocar-se como elemento <strong>de</strong>sagregador e manipulador, provocando conseqüências profun<strong>da</strong>s nai<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> dos indivíduos, na sua forma <strong>de</strong> ser, pensar, agir e no ambiente organizacional,aflorando comportamentos ina<strong>de</strong>quados, tanto no nível individual como no grupo.De acordo com Cal<strong>da</strong>s (1999) o indivíduo constrói significados e relacionamentosprimários entre ele e a organização, on<strong>de</strong> são estabelecidos ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iros contratos psicológicos,ficando <strong>de</strong>finido, <strong>de</strong> forma implícita, o que cabe a ca<strong>da</strong> parte. Do lado <strong>da</strong> organização, quando háuma quebra <strong>de</strong>sse contrato <strong>de</strong>vido à mu<strong>da</strong>nças e não se permite a <strong>de</strong>vi<strong>da</strong> participação doempregado nesse processo, as conseqüências e reações do indivíduo são, a princípio, traumáticas.Percebe-se pois que a <strong>de</strong>sestabilização <strong>de</strong>sse vínculo e a dissolução ou mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> significadospo<strong>de</strong> afetar seriamente a noção <strong>de</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> ou coesão psíquica do indivíduo.Quanto ao impacto <strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nça organizacional relacionado com o aspecto profissionaldo indivíduo, Kanaane (1995) expressa que o <strong>de</strong>scompromisso do trabalhador com o resultado <strong>de</strong>"-

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