13.07.2015 Views

Talento Esportivo no Desporto de Excelência - Ministério do Esporte

Talento Esportivo no Desporto de Excelência - Ministério do Esporte

Talento Esportivo no Desporto de Excelência - Ministério do Esporte

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Tabela 1. Médias e Desvios Padrão <strong>de</strong> Atletas e Escolares em alguns testes <strong>de</strong> Aptidão físicaATLETASESCOLARESMEDIDAS MÉDIA D.PADRÃO MÉDIA D.PADRÃO PROBAB.(p)Peso 71,45 9,40 58,09 13,01 0,003Estatura 178,39 5,04 164,65 12,35 0,001Salto Horiz. 211,54 13,31 191,43 34,10 0,01120 metros 2,96 0,12 3,16 0,41 0,035Fonte: Projeto <strong>Esporte</strong> Brasil/Re<strong>de</strong> CENESPFigura 1. Resulta<strong>do</strong>s possíveis na comparação entre populaçõesFigura (a) Figura (b) Figura (c)Fonte: Rocha, In. Maia, J. A .R., 2001, p.19.Na figura (a), apesar das diferenças entre asmédias po<strong>de</strong>rem ser estatisticamente significativas,ocorre uma gran<strong>de</strong> sobreposição nas distribuiçõese as diferenças interindividuais sobrepõe-se àdiversida<strong>de</strong> interpopulacional.Na figura (b), há uma diferenciação real entre asdistribuições <strong>de</strong> cada população. A diferença entreas médias é tal que permite que a população <strong>de</strong>origem <strong>de</strong> cada indivíduo possa ser i<strong>de</strong>ntificadasem ambigüida<strong>de</strong>s, ou seja é possível através <strong>do</strong>svalores da variável analisada prever a qual grupopertence um sujeito submeti<strong>do</strong> a tal medida outeste. É este procedimento que a<strong>do</strong>tamos <strong>no</strong>Projeto <strong>Esporte</strong> Brasil, portanto o quepreten<strong>de</strong>mos é selecionar as variáveis quemaximizam as diferenças (discriminam) entre osgrupos <strong>de</strong> atletas e <strong>de</strong> escolares e como tal, a partirda comparação entre atletas e escolares i<strong>de</strong>ntificaraqueles escolares que situam-se <strong>no</strong> espaçocorrespon<strong>de</strong>nte a curva <strong>do</strong>s atletas.Na figura (c) as diferenças entre as médias sãopróximas ou iguais porém um <strong>do</strong>s gruposapresenta valores extremos na variável analisada.Em <strong>no</strong>ssas análises este procedimento não seria omais a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> posto que não é <strong>de</strong> se esperar queas médias <strong>de</strong> atletas e escolares nas medidas etestes somatomotores sejam semelhantes.Mas, há um outro problema nesta análise. Eeste problema <strong>de</strong>corre <strong>do</strong> fato <strong>de</strong> que a aptidãofísica constitui-se num constructo multifatorial. Ouseja, A estatura, o peso bem como, a forçaexplosiva <strong>de</strong> membros inferiores e a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong><strong>de</strong>slocamento em 20 metros se correlacionam em<strong>no</strong>sso exemplo. Isto po<strong>de</strong> significar que aomedirmos as variáveis isoladamente nãoconsi<strong>de</strong>ramos os efeitos compartilha<strong>do</strong> entre elas,e isto é muito relevante. Por outro la<strong>do</strong>, aotratarmos os da<strong>do</strong>s com técnicas univariadas, nósestamos corrompen<strong>do</strong> o conceito mo<strong>de</strong>r<strong>no</strong> <strong>de</strong>aptidão física, consi<strong>de</strong>rada como um construtomultifatorial. É importante salientar que o perfil <strong>de</strong>um atleta <strong>de</strong> han<strong>de</strong>bol não é a simples soma <strong>de</strong>suas capacida<strong>de</strong>s físicas (técnicas, táticas, volitivas)analisadas separadamente. O perfil <strong>do</strong> atleta écomplexo e as diversas componentes assumempesos distintos, portanto <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>sna <strong>de</strong>finição <strong>do</strong> perfil a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>. Tais observações,necessariamente <strong>no</strong>s impões a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>utilização <strong>de</strong> técnicas estatísticas multivariadas.Portanto, a partir <strong>do</strong>s argumentos propostos sefez necessário que <strong>no</strong>ssos estu<strong>do</strong>s na área <strong>de</strong>esporte <strong>de</strong> rendimento e <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> talentosesportivos <strong>no</strong> Projeto <strong>Esporte</strong> Brasil a<strong>do</strong>tassemprocedimentos estatísticos que fossem capazes <strong>de</strong>maximizar diferenças entre grupos <strong>de</strong> atletas eescolares e respeitassem o conceito multifatorial daaptidão esportiva. Assim, optamos pela utilizaçãoda análise da função discriminante.Voltemos ao exemplo <strong>do</strong> han<strong>de</strong>bol.A análise da função discriminante, como jáanunciamos, serve para distinguir grupos entre si.O analista seleciona um conjunto <strong>de</strong> característicaspara as quais espera que os grupos apresentemdiferenças significativas (Reis, 1997). Vamos suporque a figura abaixo sugere <strong>do</strong>is grupos Atletas(A) eEscolares (B) caracteriza<strong>do</strong>s por duas variáveisin<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes Peso (X1) Estatura (X2). A funçãodiscriminante Y resulta da combinação linear<strong>de</strong>stas variáveis. As elipses em volta <strong>do</strong>s pontoscontém uma proporção <strong>de</strong>finida, que representamo intervalo <strong>de</strong> confiança (por exemplo 95%). Alinha reta pontilhada <strong>de</strong>finida a partir <strong>do</strong>s pontos

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!