1,00,90,80,70,60,50,40,30,20,10,0Média Indicador de Abastecimento de Águario Criciúma rio Cedro rio LinhaAntabaixo rioSangão eQuarta LinhaMicrobaciario Sangão1,00,90,80,70,60,50,40,30,20,10,0Média Indicador de Drenagem Urbanario Criciúma rio Cedro rio Linha Anta baixo rioSangão eQuarta LinhaMicrobacia rioSangãoFigura 13 – Média dos resultados dos indicadores de abastecimento de água e drenagem urbana para as microbacias domunicípio de Criciúma.1,00,90,80,70,60,50,40,30,20,10,0Média Indicador de Esgotos Sanitáriosrio Criciúma rio Cedro rio LinhaAntabaixo rioSangão eQuarta LinhaMicrobaciario Sangão1,00,90,80,70,60,50,40,30,20,10,0Média Indicador de Controle de Vetoresrio Criciúma rio Cedro rio LinhaAntabaixo rioSangão eQuarta LinhaMicrobaciario SangãoFigura 14 – Média dos resultados dos indicadores de esgoto sanitário e controle de vetores para as microbacias domunicípio de Criciúmauniversalização do serviço, conformepreconizado em lei, é necessárioplanejamento e investimentos emrede de distribuição e capacidade detratamento. A microbacia rioCriciúma também recebeu a maiorpontuação (0,99), apresentando amaior cobertura em abastecimento,que foi de 98,2%. A microbacia rioCedro também apresentou valor0,99, porém cobertura deabastecimento um pouco menor, de96,8%. A terceira melhor pontuaçãopara o Iab foi obtida na microbaciario Sangão (0,98) seguida damicrobacia Linha Anta (0,97). Amicrobacia baixo rio Sangão eQuarta Linha apresentou o menorresultado (0,81), com a menorcobertura de abastecimento, querepresenta 44,3% da população.Salienta-se que os dados referem-seao Censo do IBGE de 2000 e podemnão representar a realidade atual.De acordo com as informaçõesobtidas para este estudo, nãoocorrem problemas quanto àqualidade da água distribuída nomunicípio.Todas as microbacias apresentaramproblemas com drenagem urbana. Amédia final dos resultados para o Idupara a microbacia rio Criciúma é amaior em comparação com asdemais microbacias (0,55). Esteresultado deve-se principalmente aomaior índice de pavimentação,sendo que a metodologia consideraque quando existe pavimentaçãoexiste também sistema dedrenagem, não considerando fatorescomo o subdimensionamento damacro e microdrenagem. Mesmocom o melhor índice, estamicrobacia apresenta os maioresproblemas com alagamentos, poisestes ocorrem principalmente nobairro Centro, que é o maisdensamente povoado, atingindotambém grande parte do comérciodo município.O segundo maior resultado do Idufoi obtido na microbacia rio Sangão(0,53), seguido das microbacias rioLinha Anta (0,40), baixo rio Sangão eQuarta Linha (0,28) e rio Cedro(0,22). Em todas estas microbaciasexistem problemas de alagamentosou inundações, ausência de áreasverdes em vários bairros e vias sempavimentação em estado ruim deconservação.Com o crescimento daurbanização, a drenagem naturalvem sendo substituída porestruturas artificiais, e com oaumento da extensão das áreasimpermeabilizadas, principalmentepor asfalto, há uma alteração nosvolumes de águas que escoamsuperficialmente, gerando pontos dealagamentos e transbordamento dosistema natural e/ou construído,principalmentenasmacrodrenagens. Outro problemano município é a ocupaçãodesordenada de áreas naturais deRevista Brasileira de Ciências Ambientais – Número <strong>25</strong> – setembro de 20<strong>12</strong> 14 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478
inundação e de preservação doscursos d’água com a retirada damata ciliar. As médias dos resultadosdos indicadores setoriais dasmicrobacias podem ser visualizadasna Figura 13.Os resultados do Iesapontaram problemas em todo omunicípio, com índices baixos decoleta e tratamento pelas Estaçõesde Tratamento de EsgotoComunitárias. Sendo assim, asmicrobacias que possuem ETE’sapresentaram resultados maiorespara o Ies, sendo 0,14 para o rioCedro; 0,02 para o rio Sangão e rioLinha Anta. Já as microbacias rioCriciúma e baixo rio Sangão e QuartaLinha obtiveram pontuação zero,apontando a inexistência dotratamento dos esgotos sanitários.Em 2010 entrou em operação a ETEque atende grande parte damicrobacia do rio Criciúma.Foi registrada a ocorrênciade dengue e leptospirose nosúltimos cinco anos no município.Dentre as cinco microbacias asúnicas que não apresentaram casosde dengue nos últimos cinco anosforam a do rio Linha Anta e do baixorio Sangão e Quarta Linha. Nasequência está a microbacia rioCriciúma, com pontuação 0,97, rioSangão com 0,95 e rio Cedro com0,88, todas com casos confirmados.Em nenhuma das microbacias foiregistrada a ocorrência deesquistossomose nos últimos cincoanos. Já o risco de leptospirosedevido à incidência de alagamentosou inundações em grande parte domunicípio é preocupante. A maiorpontuação para o indicador destadoença é apresentada na microbaciario Criciúma (0,75) mesmo comcasos confirmados nos últimos cincoanos. Em seguida está a microbaciario Sangão (0,72) e microbacia rioLinha Anta (0,64). As microbacias rioCedro e baixo rio Sangão e QuartaLinha receberam pontuação 50mesmo sem registro da doença, maspor apresentarem todos os setorescom histórico de enchentes e/ouinundação. As médias dos resultadosdos indicadores setoriais dasmicrobacias podem ser visualizadasna Figura 14.O Irs recebeu pontuação 1em todas as microbacias, sendo quea coleta pública abrange todo omunicípio e a disposição ocorre ematerro sanitário. De acordo com ametodologia proposta, a coberturaem coleta e a forma de disposiçãofinal dos resíduos sólidos urbanosestão adequadas. O gerenciamentodos demais tipos de resíduos sólidosgerados no município não foicontemplado neste estudo.CONSIDERAÇÕESOs indicadores propostosneste trabalho buscaramrepresentar em forma numéricauma realidade complexa dos bairrosdo município de Criciúma, servindocomo instrumento para diagnósticode problemas e planejamento parafuturos investimentos.Os resultados obtidos paraos indicadores de resíduos sólidos,controle de vetores e drenagemurbana refletem, de acordo com ametodologia e dados obtidos, acondição do município na época dapesquisa. Já os resultados sobre osindicadores de abastecimento deágua e esgotamento sanitário foramobtidos utilizando-se dados dapopulação apresentada no Censo doIBGE de 2000. Desta forma, osíndices que utilizam estes dados nãorefletem a condição atual dacobertura de abastecimento de águapotável.Os resultados da microbaciario Criciúma indicaram a inexistênciade coleta e tratamento de esgotossanitários, problemas de drenagemurbana como alagamentos einundações, reduzidos espaços deáreas verdes e riscos de transmissãopor vetores de doenças como adengue e a leptospirose. Amicrobacia recebeu classificação demédia salubridade.Porém, com o início daoperação da ETE para a microbaciario Criciúma em 2011, esta passariaa ser classificada como salubre emtodos os bairros. Com investimentosapenas neste setor os valoresvariariam entre 0,76 a 0,98. Estesresultados podem chegar ao valorideal, que é um, ocorrendoinvestimentos em drenagem urbanapara esta microbacia, como é o casoda construção de um Canal auxiliarao rio Criciúma em 20<strong>12</strong> e daelaboração do Plano de Manejo dasÁguas Pluviais da bacia do rioCriciúma. Este último plano é oprimeiro a ser desenvolvido naregião, transformando a realidadedas obras públicas em drenagem,que ocorriam sem planejamento eestudos adequados. Isto se refletehoje nos subdimensionamentos queprovocam inúmeros transtornos àpopulação principalmente das áreasurbanizadas. Sugere-se que sejarealizado este tipo de estudo paratodas as microbacias. Em 20<strong>12</strong> foiampliada de forma significativa acoleta seletiva nesta microbacia,melhorando a gestão dos resíduossólidos urbanos.A microbacia rio Cedro nãoapresenta problemas comabastecimento de água, sendo ovalor do indicador 0,99, muitopróximo ao ideal. A média doindicador de esgotos sanitários émuito baixa, mesmo com aexistência de uma Estação deTratamento de Esgotos no bairroRenascer, pois esta trata osefluentes de uma pequenaporcentagem da população destamicrobacia. Em todos os setorescensitários ocorrem alagamentos ouinundações. As vias parcialmentepavimentadas, gerando problemasde drenagem urbana. O baixo valordo Idu confirma esta problemática.Fato positivo é que dentre os novesetores censitários oito aindaapresentam áreas verdes. Nestamicrobacia há riscos de transmissãopor vetores de doenças como adengue e a leptospirose. Cominvestimentos em rede coletora etratamento de esgotos os valores doISA para esta microbacia ficariamentre 0,79 e 0,83, classificandotodos os bairros como salubre.Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número <strong>25</strong> – setembro de 20<strong>12</strong> 15 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478
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