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EDIÇÃO 25 - Setembro/12 - RBCIAMB

A Revista Brasileira de Ciências Ambientais – RBCIAMB - publica artigos completos de trabalhos científicos originais ou trabalhos de revisão com relevância para a área de Ciências Ambientais. A RBCIAMB prioriza artigos com perspectiva interdisciplinar. O foco central da revista é a discussão de problemáticas que se inscrevam na relação sociedade e natureza em sentido amplo, envolvendo aspectos ambientais em processos de desenvolvimento, tecnologias e conservação. A submissão dos trabalhos é de fluxo contínuo.

A Revista Brasileira de Ciências Ambientais – RBCIAMB - publica artigos completos de trabalhos científicos originais ou trabalhos de revisão com relevância para a área de Ciências Ambientais. A RBCIAMB prioriza artigos com perspectiva interdisciplinar. O foco central da revista é a discussão de problemáticas que se inscrevam na relação sociedade e natureza em sentido amplo, envolvendo aspectos ambientais em processos de desenvolvimento, tecnologias e conservação. A submissão dos trabalhos é de fluxo contínuo.

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do recurso ambiental emrelação aos outros bens eserviços disponíveis naeconomia.Motta (2006) faz adecomposição do valor econômicodos recursos ambientais em valor deuso e valor de não-uso, conformepode ser visualizado na fórmulaseguinte:em queVERA = valor econômico dosrecursos ambientais;VUD = valor de uso direto;VUI = valor de uso indireto;VO = valor de opção; eVE = valor de existência.Conforme o referido autor,o valor de uso direto é aqueleatribuído a um bem ou serviçoambiental em função da suautilização. O valor de uso indireto éaquele em que o bem, dentro desuas funções naturais, podecontribuir para que desastresecológicos não ocorram. O valor deopção é o valor atribuído pelaspessoas em preservar recursos quepodem estar ameaçados. E por fim ovalor de existência é aqueleatribuído, independentemente deseu uso.De acordo com Finco (2002,apud BRAGA; ABADALLAH;OLIVEIRA, 2005, p. 8):A valoração econômica domeio ambiente surgequando da crescentepreocupação mundial coma preservação/conservaçãodos recursos naturais. Essapreocupação derivasobretudo, do aumento dademanda pela qualidadedos bens e serviços geradospor esses recursos, aomesmo tempo em que háuma enorme perda de bemestarcom a variação naquantidade e na qualidadedesses serviços, por parteda geração presente e pelapresente preocupação coma geração futura.As atividades econômicasdesenvolvidas pelo homem, quandonão realizadas de forma sustentável,podem gerar inúmeros problemaspara o meio ambiente, além decausarem possíveis impactos naprodução e na produtividade dasdiversas regiões do país. Comoforma de medir esses impactosocasionados, diversas metodologiasde valoração ambiental podem serempregadas. Essas metodologiastêm como intuito associar valoresfinanceiros aos recursos naturaisdanificados. Nesse sentido, Füzyová,Lániková e Novorolský (2009,tradução nossa) argumentam queexistem, atualmente, inúmerasabordagens de avaliação econômica,utilizadas para determinar e avaliaros ativos e os passivos ambientais.Uma dessas abordagens é o Métodode Valoração Contingente que serádescrito a seguir.Método de Valoração ContingenteO Método de ValoraçãoContingente (MVC) é um dosmétodos adotados para estimar asquestões sobre as preferências daspessoas. Ele presta-se a apropriarum valor monetário aos ativosambientais em virtude do aumentoda qualidade ou da quantidade queo bem ou o serviço pode oferecerpara aumentar o bem-estar social apartir de um cenário hipotéticocriado pelo pesquisador.Segundo Wakim (2010), oMVC implica o levantamento daspreferências dos indivíduos, queserve de base para fundamentaçãono processo de valoração paraestimar o valor da disposição apagar dos indivíduos, a partir de umcenário hipotético.Para Ferreira (2007), o MVCé utilizado quando o preço demercado não pode ser expresso.Dessa forma, faz-se uso de pesquisapara determinar quanto um bemambiental pode valer, em face dasvárias hipóteses levantadas napesquisa.Silva e Lima (2003) afirmamque o MVC é utilizado para estimarvalores monetários extraídos dequestionários, os quais tendem arefletir a preferência dosentrevistados em virtude de umacréscimo ou decréscimo naqualidade dos ativos ambientais.De acordo com Motta(1997, p. 32), o Método deValoração Contingente estáalicerçado na teoria do bem-estar eno princípio de que o indivíduo éracional no processo de escolha,maximizando sua satisfação, dado opreço do recurso natural e suarestrição orçamentária. O objetivodo pesquisador com a aplicação dométodo é obter dos indivíduos oexcedente do consumidor.Faucheux e Noel (1997)ressaltam que, para um ganho embem-estar, a medida compensatóriado indivíduo indica quanto ele estádisposto a pagar para assegurar quedeterminada mudança intervenhana melhoria do bem-estar, uma vezque pense ser um valorcompensatório que viabilize todas asmelhorias desejáveis.Motta (1997) comenta queo Método de Valoração Contingentebusca simular cenários, comcaracterísticas bem próximas àsreais, de forma que os entrevistadospossam responder o quantoestariam dispostos a pagar se, defato, existisse determinado bempara ser recuperado, a fim degarantir melhorias do bem-estarpopulacional.O referido autor explica queo MVC pretende, de alguma forma,quantificar a mudança do ambienteem que os indivíduos estãoinseridos, visando à sua melhorqualidade, resultante de umaalteração no suprimento dedeterminado bem ou serviçoambiental, ou seja, aplica-se umapesquisa de opinião a determinadonúmero de pessoas em relação a umcenário hipotético. Com base naDisposição a Pagar (DAP) daspessoas, é possível estimar emvalores monetários um atributoambiental.Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número <strong>25</strong> – setembro de 20<strong>12</strong> <strong>25</strong> ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478

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