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Estudo da Proteste arrasa mercado de usa<strong>dos</strong> em Portugal<br />
N.º <strong>34</strong><br />
Outubro ‘15<br />
Qualidade<br />
DESTAQUE <strong>Pneus</strong> de moto<br />
Má x ima<br />
tração<br />
MERCADO EM CRESCIMENTO<br />
RADIOGRAFIA DO SETOR<br />
ENTREVISTA<br />
António Lopes de Seabra<br />
CEO da Continental<br />
NOVIDADES<br />
Salão de Frankfurt 2015<br />
MUNDO AUTOMÓVEL<br />
CITROËN C4 CACTUS 1.2 PURETECH SHINE<br />
APRESENTAÇÃO<br />
GT Radial<br />
Savero SUV
Qualidade<br />
Capa 33.indd 1 29/09/15 15:53<br />
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Ano VIII - 5 euros - revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />
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Estudo da Proteste arrasa mercado de usa<strong>dos</strong> em Portugal<br />
N.º <strong>34</strong><br />
Outubro ‘15<br />
DIRETOR<br />
João Vieira<br />
joao.vieira@apcomunicacao.com<br />
Redação<br />
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e contabilidade<br />
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Editorial<br />
Mercado digital<br />
à distância de um clique<br />
DESTAQUE <strong>Pneus</strong> de moto<br />
Má x ima<br />
tração<br />
MERCADO EM CRESCIMENTO<br />
RADIOGRAFIA DO SETOR<br />
ENTREVISTA<br />
António Lopes de Seabra<br />
CEO da Continental<br />
MUNDO AUTOMÓVEL<br />
CITROËN C4 CACTUS 1.2 PURETECH SHINE<br />
NOVIDADES<br />
Salão de Frankfurt 2015<br />
Capacidade de gestão<br />
A evolução da economia e do mercado conduziram a um clima<br />
de grande competição, em que a sobrevivência de empresas e<br />
negócios exige competência, especialização e profissionalismo<br />
Ocompleto conhecimento do mercado, <strong>dos</strong> seus fatores condicionantes, das<br />
alternativas estratégicas e das linhas de evolução socioeconómicas, obrigaram<br />
a uma grande especialização e a um domínio total da informação disponível.<br />
Desde que o negócio esteja em marcha e se criam os fluxos materiais, financeiros<br />
e humanos inerentes a uma atividade de reparação automóvel, alguém tem de<br />
assumir o comando das operações, porque uma estrutura com a inércia de uma oficina<br />
de pneus não se quer desgovernada. Neste ponto, o perfil do gestor, seja ele o próprio<br />
empresário, ou seja, um profissional contratado para o efeito, assume uma importância<br />
preponderante. Devido à especificidade do negócio e às características da atividade,<br />
que exigem um grau elevado de adaptação a novas realidades e grande criatividade,<br />
para conjugar to<strong>dos</strong> os fatores necessários ao bom desempenho da estrutura, o gestor<br />
da oficina não pode ser meramente um administrador, nem apenas um chefe de oficina,<br />
mas uma excelente conjugação de ambos. E ainda mais qualquer coisa.<br />
Na realidade, qualquer pessoa pode adquirir conhecimentos, competências e habilitações,<br />
com maior ou menor esforço, ao longo de um período de tempo mais ou menos extenso.<br />
No entanto, há certas capacidades e potencialidades inatas que se podem estimular no<br />
momento certo do desenvolvimento da personalidade e ao longo da vida. Mas não podem<br />
ser adquiridas, porque não são conteú<strong>dos</strong>, são características pessoais. Estão, neste<br />
caso, o carácter, a personalidade, o carisma, a criatividade e a capacidade de adaptação,<br />
de liderança e de organização. Neste sentido, é preciso ter a noção de que é possível recrutar<br />
e formar em certas áreas um bom gestor de oficina. Mas não se pode moldar uma<br />
pessoa qualquer a esse perfil. Talvez seja muitas vezes o défice de gestão, provocado por<br />
ausência de um perfil de gestor adequado, que leva muitas empresas a não encontrarem<br />
o seu rumo e a perderem-se pelo caminho.<br />
Grande parte da eficácia de uma gestão depende do estilo que o gestor lhe imprime, algo<br />
que é, eminentemente, pessoal. Como administrador, espera-se que o gestor mantenha<br />
equilibra<strong>dos</strong> e sob controlo os parâmetros do negócio, intervindo rápida e eficientemente,<br />
em função <strong>dos</strong> indicadores disponíveis. Como chefe de equipa, é indispensável que seja<br />
capaz de organizar, de forma imediata, prioridades, processos e colaboradores. Tendo<br />
em vista a resposta mais eficiente da estrutura às solicitações colocadas pelo mercado.<br />
APRESENTAÇÃO<br />
GT Radial<br />
Savero SUV<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 03
Mercado<br />
<strong>Pneus</strong> usa<strong>dos</strong> em análise pela Proteste<br />
Este mercado<br />
não é para velhos<br />
No mercado de pneus, a idade não é um posto. Antes um perigo para a segurança<br />
rodoviária e um custo adicional para os clientes. Em 89 <strong>dos</strong> usa<strong>dos</strong> analisa<strong>dos</strong><br />
pela Proteste, 50 não tinham condições para estarem à venda<br />
Por: Jorge Flores<br />
O estudo da<br />
Proteste visou<br />
oficinas de<br />
cidades como<br />
Bragança, Castelo<br />
Branco, Coimbra,<br />
Évora, Faro, Leiria,<br />
Lisboa e Porto<br />
Aidade terá múltiplas virtudes em<br />
muitos setores. Mas, quando se<br />
trata do mercado de pneus usa<strong>dos</strong>,<br />
os contras são rui<strong>dos</strong>os.<br />
Um estudo realizado pela Proteste, da autoria<br />
de Alexandre Marvão, não deixa margem<br />
a equívocos de que o setor <strong>dos</strong> pneus<br />
não é para velhos! Os números da investigação,<br />
a que a nossa revista teve acesso,<br />
revelam um cenário preocupante: <strong>dos</strong> 89<br />
pneus usa<strong>dos</strong> analisa<strong>dos</strong> pela Proteste, 50<br />
não deveriam nunca estar à venda. E 23<br />
<strong>dos</strong> quais estavam mesmo ilegais! Falhas<br />
graves e que colocam em causa a segurança<br />
rodoviária. A investigação provou ainda que<br />
os pneus usa<strong>dos</strong> são muito mais rentáveis<br />
do que os usa<strong>dos</strong> (ver caixa), ao contrário<br />
do que muitos clientes poderiam supor.<br />
Em conversa com a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>,<br />
Alexandre Marvão confessa que não calculava<br />
que existissem “tantas oficinas dedicadas<br />
a 100% à venda de pneus usa<strong>dos</strong>”.<br />
Uma dificuldade acrescida para a sua investigação<br />
a nível nacional. De resto, o<br />
modus operandis da compra <strong>dos</strong> usa<strong>dos</strong><br />
foi relativamente simples, conforme conta<br />
Alexandre Marvão. O autor chegava a uma<br />
oficina e pedia dois pneus usa<strong>dos</strong> de determinada<br />
medida, para um mesmo eixo,<br />
mostrando-se um “leigo” na matéria e sujeitando-se<br />
às regras do mercado. Apenas<br />
assim poderia ter uma real noção do que<br />
se passa neste negócio.<br />
04 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015
O estudo levado a<br />
cabo pela Proteste<br />
foi da autoria de<br />
Alexandre Marvão<br />
O estudo deu conta de que, em média, os pneus novos são vendi<strong>dos</strong> com 8 mm de profundidade de piso. Os usa<strong>dos</strong> rondam os 2,5 mm<br />
w Crime, disse o estudo<br />
O estudo da Proteste ganha contornos<br />
ainda mais sérios atendendo ao facto<br />
de o mercado nacional de pneus usa<strong>dos</strong><br />
continua a ganhar expressão, um pouco, se<br />
quisermos, à semelhança da própria idade<br />
da população portuguesa.<br />
Mas qual foi, afinal, o método utilizado pela<br />
investigação? Simples. Alexandre Marvão percorreu<br />
várias oficinas espalhadas pelo país<br />
e comprou 89 pneus usa<strong>dos</strong>, optando por<br />
exemplares de três medidas distintas. Destes,<br />
concluiu, 18 <strong>dos</strong> pneus apresentavam menos<br />
de 1,6 mm de profundidade de piso. Uma falha<br />
A 80 km/h, a distância<br />
de travagem pode<br />
aumentar 10 metros<br />
se o pneu tiver<br />
menos de 1,6 mm de<br />
profundidade de piso.<br />
Se um usado não tiver,<br />
pelo menos, 4,5 mm<br />
de profundidade de<br />
piso, será mais rentável<br />
comprar um novo<br />
O autor do estudo<br />
comprou sempre dois<br />
pneus iguais para<br />
instalar no mesmo<br />
eixo. Em 11 <strong>dos</strong> casos,<br />
adquiriu apenas um<br />
por não existir pneu<br />
idêntico para as<br />
dimensões procuradas<br />
grave e que, em alguns países, não passaria<br />
em claro perante a justiça. Ainda no início<br />
deste ano, o dono de uma oficina do Reino<br />
Unido foi condenado a 12 meses de prisão<br />
e ao pagamento de €28.200 (20.000 libras,<br />
no caso), por comercializar pneus que não<br />
respeitavam a profundidade mínima de piso<br />
(2 mm) exigida pela lei para que pudessem<br />
estar à venda, além de apresentar danos na<br />
sua estrutura base. Segundo a justiça inglesa,<br />
estas falhas potenciavam, consideravelmente,<br />
os riscos de acidente. E não houve contemplações.<br />
Por cá, a realidade é outra. O estudo da<br />
Proteste revelou muito mais. <strong>Pneus</strong> com remen<strong>dos</strong><br />
laterais? Foram cinco! Ao todo, 23<br />
usa<strong>dos</strong> eram ilegais.<br />
No nosso país, o autor encontrou de tudo<br />
um pouco. Apenas não encontrou uma lei que<br />
regulamentasse a comercialização <strong>dos</strong> pneus<br />
usa<strong>dos</strong>. Porque tal não existe. “Falta de todo<br />
uma regulamentação”, acusa Alexandre Marvão.<br />
“Vender pneus usa<strong>dos</strong> é legal, mas não<br />
há nenhuma lei que diga o estado mínimo<br />
em que um pneu deve estar no mercado”.<br />
Ou seja, em Portugal, está tudo nas mãos do<br />
bom senso (ou da falta dele...) do comerciante.<br />
“Estamos apenas à distância de um decreto-<br />
-lei para que as coisas mudem”, acrescenta.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 05
Mercado<br />
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<strong>Pneus</strong> usa<strong>dos</strong> em análise pela Proteste<br />
Valor por milímetro de piso<br />
Pneu usado sai<br />
duplamente caro<br />
w A compra de pneus usa<strong>dos</strong> também não<br />
se revela um bom negócio para a carteira<br />
do cliente. Segundo contas feitas pela Proteste,<br />
os pneus novos ficaram por metade<br />
do preço <strong>dos</strong> usa<strong>dos</strong> testa<strong>dos</strong>. Neste exercício,<br />
foram calcula<strong>dos</strong> o custo por milímetro<br />
de piso <strong>dos</strong> pneus novos e usa<strong>dos</strong>,<br />
nas seguintes medidas em apreço: 175/65<br />
R14; 195/65 R15 e 205/55 R16.<br />
No caso <strong>dos</strong> novos, em média, este representa<br />
metade do custo. Os números?<br />
€30,95 por cada milímetro de um usado<br />
e €15,05 por cada milímetro de um novo.<br />
O mesmo será dizer que, “para um pneu<br />
usado compensar financeiramente, terá<br />
de ter 4,5 mm de profundidade de piso<br />
ou mais”, sustenta Alexandre Marvão. E<br />
isto, caso o pneu usado não tenha danos<br />
nem idade superior a seis anos.<br />
Os pneus usa<strong>dos</strong> não devem nunca ser vendi<strong>dos</strong> com mais de seis anos<br />
Poucas foram as oficinas abrangidas pela<br />
investigação que faziam uma seleção <strong>dos</strong><br />
pneus usa<strong>dos</strong> coloca<strong>dos</strong> à venda<br />
w Ação do tempo<br />
Mas mesmo os pneus testa<strong>dos</strong> que<br />
cumpriam com a profundidade de piso e<br />
pareciam estar em condições podem acabar<br />
por revelar-se um autêntico perigo.<br />
Visivelmente até podem enganar. Mas,<br />
com o tempo, tendem a envelhecer,<br />
“deteriorando-se de dentro para fora”,<br />
conforme pode ler-se no estudo. Ou seja,<br />
podem esconder alterações que aumentam<br />
o risco de separação das camadas<br />
do piso e apresentar uma borracha cada<br />
vez mais rígida. E mais perigosa.<br />
Entre os 89 pneus testa<strong>dos</strong>, foram vários<br />
os que tinham pressão de insuflação<br />
inadequada – o autor conta que houve<br />
casos de pneus que esvaziaram à sua<br />
frente quando monta<strong>dos</strong> - , descalibra<strong>dos</strong>,<br />
com um perfil oval, “ao ponto de<br />
nem se equilibrarem de pé”.<br />
A lei portuguesa também nada especifica<br />
quanto à idade máxima com<br />
que um pneu pode ser comercializado.<br />
Alexandre Marvão, na sua investigação,<br />
comprou vários pneus com 19 anos e uma<br />
grande maioria com mais de 10 anos. A<br />
boa prática recomendaria que a idade<br />
nunca fosse superior a seis anos.<br />
Muitos <strong>dos</strong> pneus analisa<strong>dos</strong> pela<br />
Proteste tinham uma origem, no mínimo,<br />
duvi<strong>dos</strong>a. Compra<strong>dos</strong> algures no<br />
estrangeiro, a sucateiros ou centros de<br />
desmantelamento de veículos em fim<br />
de vida. Em muitos <strong>dos</strong> casos, quando<br />
confronta<strong>dos</strong> com a pergunta de onde<br />
vinha o pneu, o vendedor ou desconhecia<br />
ou recusava dar explicações. E raras foram<br />
as situações em que existia um registo<br />
individual do pneu.<br />
Alexandre Marvão não gosta de dar<br />
conselhos sobre o que deve um cliente<br />
fazer na compra de um pneu usado. “Não<br />
vamos ensinar o cliente”, diz. Mas se quiserem<br />
mesmo saber a sua opinião, deixa<br />
escapar. “Se puderem, não optem por um<br />
pneu usado. Podem não estar a comprar<br />
um pneu em condições, seguro. E não<br />
é rentável. Mais vale investir um pouco<br />
mais, de início, e comprar um jogo de<br />
pneus novos”, remata.<br />
06 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015
SPAIN. Portugal <strong>Revista</strong> Dos <strong>Pneus</strong>. SUV. 210h. 297w. 01. 150731.indd 2 2015. 7. 31. 12:25<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 07
Destaque <strong>Pneus</strong> de moto<br />
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Equilíbrio sobre rodas<br />
Dividi<strong>dos</strong> entre radiais e diagonais, os pneus que equipam os<br />
motociclos e as scooters diferem entre si. Tanto mais, que os <strong>dos</strong><br />
motociclos contemplam diversas categorias, o que não acontece<br />
no caso das “aceleras”. Nesta edição, com a ajuda da Bridgestone,<br />
abordamos este segmento. Para não se perder o equilíbrio sobre rodas<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
08 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015
Começamos este artigo dedicado aos pneus<br />
de moto com uma analogia. Ou melhor, duas:<br />
enquanto num automóvel a superfície de contacto<br />
do pneu com o solo tem o tamanho de<br />
um postal, numa moto desportiva, essa mesma superfície<br />
(em curva) tem a dimensão de um dedo polegar<br />
de um adulto. Contudo, importa ter presente que, nas<br />
motos, existe uma otimização da área disponível do piso<br />
do pneu, ao contrário do que acontece nos automóveis.<br />
Quer isto dizer que, nas motos, consegue-se ter piso<br />
até à zona do ombro do pneu, sendo tal impossível<br />
de alcançar nos automóveis, que dispõem de eixos<br />
rígi<strong>dos</strong> (não se inclinam).<br />
Nas motos, como nos automóveis e em qualquer<br />
outro veículo com quatro rodas, o pneu é <strong>dos</strong> componentes<br />
mais importantes. Se não mesmo o mais<br />
importante. É ele que estabelece o contacto com o<br />
solo, intervindo direta e ativamente no desempenho<br />
dinâmico, na segurança, no conforto, no nível de ruído<br />
e no consumo de combustível. Mas para que o pneu<br />
cumpra a sua função de forma eficaz, é necessário ter<br />
uma pressão de insuflação adequada, um piso com a<br />
profundidade legal (pelo menos 1 mm no caso <strong>dos</strong><br />
motociclos e das scooters) e uma área de contacto<br />
com o solo em bom estado. Quando chega a altura de<br />
serem substituí<strong>dos</strong> por novos, é essencial respeitar as<br />
recomendações <strong>dos</strong> fabricantes <strong>dos</strong> veículos de duas<br />
e três rodas. Assim como é imprescindível escolher os<br />
pneus em função do tipo de utilização que se vai dar<br />
e das características do próprio meio de transporte.<br />
w FUNÇÕES, MATERIAIS, TIPOS<br />
O pneu é muito mais do que um objeto preto, redondo<br />
e com um buraco no meio. Trata-se de um componente<br />
flexível aplicado numa roda, constituído por borracha,<br />
sendo reforçado através de outros materiais. A primeira<br />
função do pneu é suportar a carga. Mas, para isso, é<br />
imprescindível o ar comprimido que se encontra no<br />
seu interior. Outra das funções do pneu é transmitir<br />
tração e força de travagem na superfície da estrada. E,<br />
através do atrito que se gera entre o solo e a borracha<br />
que constitui o piso, o pneu permite mudar e manter a<br />
direção do veículo. Mais: é um elemento que “participa”<br />
na suspensão.<br />
Fabrica<strong>dos</strong> com diferentes tipos de borrachas (naturais<br />
e sintéticas), que são mistura<strong>dos</strong> com químicos<br />
(enxofre; negro de fumo; sílica) para melhorar as suas<br />
propriedades e para que tenham uma maior adesão<br />
com os componentes de reforço, os pneus que equipam<br />
os motociclos e as scooters integram camadas<br />
de fios têxteis (telas) aglutina<strong>dos</strong> numa “sanduíche”<br />
de mistura de borracha (Kevlar, Nylon e Rayon, entre<br />
outros). Depois, incluem também na sua composição<br />
fios de aço (são juntos com a borracha e torci<strong>dos</strong> para<br />
formar os talões) e telas de fios (camadas de fios de aço<br />
aglutina<strong>dos</strong> numa “sanduíche” de mistura de borracha).<br />
Os pneus variam, também, em função da utilização a<br />
que se destinam. É, por isso, que existem vários tipos<br />
de piso. Desde o slick concebido para circuito até ao off<br />
road específico para motocross e enduro, passando pelo<br />
que tem blocos, nervuras/blocos, nervuras e mistos.<br />
w ENTRE DIAGONAIS E RADIAIS<br />
Os fatores que influenciam o desempenho do pneu<br />
são vários: as suas características, as condições da superfície<br />
da estrada, o peso do veículo e o momento de<br />
inércia, a posição do centro de gravidade, os aspetos<br />
aerodinâmicos, o sistema de suspensão e o alinhamento<br />
da roda. Os pneus podem ter três tipos de construção:<br />
diagonais (os fios da tela prolongam-se até ao talão<br />
e estão coloca<strong>dos</strong> em ângulos alterna<strong>dos</strong>, substancialmente<br />
inferiores a 90° a contar da linha central do<br />
piso); diagonais cinta<strong>dos</strong> (descreve a estrutura de um<br />
pneu de tipo diagonal, sendo a carcaça confinada por<br />
uma cinta circunferencial essencialmente inextensível,<br />
residindo as principais diferenças para o pneu diagonal<br />
no material e nos ângulos das telas); radiais (descreve<br />
a estrutura em que os fios da tela se prolongam até ao<br />
talão e são coloca<strong>dos</strong> essencialmente a 90° da linha<br />
central do piso).<br />
Face aos pneus diagonais, que têm bom desempenho,<br />
proporcionam conforto, durabilidade mediana e pouca<br />
maneabilidade, os pneus radiais oferecem boa resistência<br />
ao desgaste, maior longevidade, boa estabilidade a<br />
velocidades elevadas, boa resposta na travagem, menor<br />
conforto, fazem com que a direção fique mais pesada<br />
e não geram tanto calor. Os pneus para motociclos<br />
e scooters podem fazer uso da tecnologia tubetype<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 09
Destaque<br />
<strong>Pneus</strong> de moto<br />
(dispõem de revestimento butílico para<br />
evitar fugas de ar; pressupõem a utilização<br />
de jantes com ressalto de cada lado; incluem<br />
uma válvula encaixada na jante) ou tubeless<br />
(dispõem de revestimento hermético que<br />
substitui a câmara de ar, sendo progressiva<br />
a perda deste em caso de furo, garantindo<br />
maior segurança a velocidades elevadas).<br />
w CATEGORIAS E INSCRIÇÕES<br />
Os pneus que equipam os motociclos<br />
dividem-se entre radiais e diagonais. E contemplam<br />
diversos subsegmentos. Os que<br />
concentram a maioria das vendas no mercado<br />
nacional são três: Hypersport (motos<br />
desportivas de estrada), Sport Touring (motos<br />
desportivas de turismo vocacionadas para<br />
viajar) e Trail (motos concebidas para circular<br />
em estrada e fora dela). Depois, importa<br />
considerar, também, as categorias Custom<br />
(motos concebidas para viajar), Trail on/off<br />
(motos concebidas para circular em estrada e<br />
fora dela, dispondo de pneus todo-o-terreno)<br />
e Off Road (modelos de motocross e enduro).<br />
No caso <strong>dos</strong> pneus para scooters, dividem-<br />
-se, simplesmente, entre radiais e diagonais.<br />
Ao contrário do que se possa pensar, não<br />
é correto afirmar que um pneu de moto é<br />
mais evoluído do que um pneu de automóvel.<br />
Cada um tem o seu estágio de desenvolvimento<br />
tecnológico específico, que obedece<br />
a princípios completamente distintos em relação<br />
aquilo que são as exigências em termos<br />
de utilização <strong>dos</strong> diferentes veículos. Contudo,<br />
é verdade que a evolução acontece<br />
Os pneus de moto encontram-se divi<strong>dos</strong> entre radiais e diagonais. Depois, contemplam diversas<br />
categorias em função das características do veículo a que se destinam e do tipo de utilização<br />
mais depressa (menos espaçada no tempo)<br />
nos pneus de moto do que nos de automóvel.<br />
Por outro lado, os motociclistas sentem<br />
mais a evolução <strong>dos</strong> pneus e a importância<br />
que eles representam comparativamente ao<br />
que se verifica com os automobilistas. Quanto<br />
mais não seja porque, entre os motociclistas<br />
e a estrada, não existe chapa...<br />
Os pneus de moto incluem diversas inscrições<br />
que indicam o seu diâmetro total, a<br />
altura de secção, a largura da jante, o diâmetro<br />
nominal da jante, a largura da secção, a<br />
largura total, a série (relação entre a altura e<br />
a largura de secção), o tipo de construção,<br />
o símbolo de velocidade, o índice de carga,<br />
os códigos DOT, o nome do fabricante e a<br />
designação comercial. Depois, podem existir<br />
códigos adicionais que indicam o molde, se<br />
os pneus têm ou não câmara de ar, se são ou<br />
não específicos para um determinado modelo<br />
de moto, se têm posição e sentido de<br />
montagem ou se dispõem de indicadores de<br />
desgaste. A designação das medidas conjuga<br />
polegadas com inscrições alfanuméricas e<br />
métricas. Contudo, as medidas alfanuméricas<br />
não deverão ser substituídas por milimétricas.<br />
Avon Storm 3D X-M<br />
w Da vasta gama de pneus de moto que este<br />
fabricante britânico, que produz desde 1904,<br />
disponibiliza, destacamos o Storm 3D X-M.<br />
Trata-se de um pneu de elevadas prestações,<br />
concebido para modelos desportivos, que anuncia<br />
uma durabilidade entre 15% a 20% superior<br />
comparativamente à gama Storm. Pontos 3D<br />
escondi<strong>dos</strong> nas lamelas otimizam a estabilidade<br />
e a tração, limitam a flexibilidade do piso e<br />
contribuem para que o pneu atinja rapidamente<br />
a temperatura ideal<br />
Bridgestone Battlax S20 Evo<br />
w Disponível em duas medidas para o eixo<br />
dianteiro e seis para o eixo traseiro, o Battlax S20<br />
Evo destina-se ao segmento Hypersport (motos<br />
desportivas). O afinado pacote com cinta de<br />
cinco filamentos aumenta, significativamente, a<br />
rigidez frontal para uma resposta e desempenho<br />
superiores. Elevada estabilidade, enorme<br />
aderência, eficaz capacidade de travagem em piso<br />
seco e molhado, excelente manobrabilidade e<br />
grande fiabilidade, são os argumentos deste pneu<br />
Bridgestone<br />
Continental ContiSportAttack 3<br />
w Sem rodeios, a Continental afirma que o<br />
ContiSportAttack 3 é o melhor pneu Hypersport<br />
que jamais produziu. A nova tecnologia Grip<br />
Limit Feedback facilita a tomada de decisões<br />
durante a condução com máximas inclinações,<br />
graças à informação que o motociclista recebe<br />
do pneu antes que o limite chegue. A aderência<br />
em piso molhado é, também, outra das virtudes<br />
deste pneu, devido ao facto de o desenho do<br />
piso ser especial e de o composto de sílica ser<br />
evoluído<br />
10 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015
<strong>Pneus</strong> de motociclo foram os mais vendi<strong>dos</strong><br />
Mercado cresceu 16,3% em agosto de 2015<br />
w w Para medir o pulso ao mercado <strong>dos</strong> pneus de moto, atente-se<br />
nos da<strong>dos</strong> do Europool. De acordo com o relatório deste organismo<br />
na data de conclusão deste artigo, em Portugal, no passado mês de<br />
agosto, no que ao mercado de substituição disse respeito, venderam-<br />
-se 3.449 pneus de motociclo (+18,8% do que em igual mês de 2014).<br />
Distribuí<strong>dos</strong> do seguinte modo: 1.439 radiais (589 Hypersport; 595<br />
Sport Touring; 255 Trail Road) e 1.952 diagonais (294 Sport Touring;<br />
1.204 Custom; 165 Trail Road; 143 Trail on/off; 146 Off Road). Depois,<br />
importa somar os 35 Sport Touring R3 e os 23 Custom Basket.<br />
No caso <strong>dos</strong> pneus de scooter, em agosto de 2015 o mercado nacional<br />
absorveu 1.180 unidades, ou seja, +9,6% do que em agosto de<br />
2014 (25 radiais e 1.155 diagonais). Somando os pneus de motociclo<br />
(3.449) aos pneus de scooter (1.180), o total do mercado nacional<br />
em agosto de 2015 foi de 4.629 unidades (+16,3% do que em 2014).<br />
Em termos acumula<strong>dos</strong> (janeiro a agosto), venderam-se 31.017<br />
pneus de motociclo (+24,7% do que nos primeiros oito meses do<br />
ano transato). Distribuí<strong>dos</strong> do seguinte modo: 12.071 radiais (4.837<br />
Hypersport; 81 Sport Basket; 4.595 Sport Touring; 186 Custom; 2.372<br />
Trail Road) e 18.680 diagonais (3.722 Sport Touring; 3.798 Custom;<br />
1.515 Trail Road; 1.311 Trail on/off; 8.3<strong>34</strong> Off Road). Depois, importa<br />
somar os 264 Sport Touring R3. Já no que diz respeito aos<br />
pneus de scooter, de janeiro a agosto de 2015 o mercado nacional<br />
absorveu 10.689 unidades, ou seja, -1% do que nos primeiros oito<br />
meses de 2014 (293 radiais; 10.388 diagonais; 8 R3). Somando os<br />
pneus de motociclo (31.017) aos pneus de scooter (10.689), o total<br />
do mercado português de janeiro a agosto de 2015 foi de 41.706<br />
unidades (+16,9% do que em igual período de 2014).<br />
Cruzamento de da<strong>dos</strong><br />
Contactada pela nossa revista, a Valorpneu apenas facultou da<strong>dos</strong><br />
relativos a 2013, 2014 e ao primeiro semestre de 2015. Assim, na<br />
categoria de motos até 50 cc, os números desta entidade indicam<br />
290.955 pneus em 2013, 295.965 pneus em 2014 e 171.054 pneus<br />
no primeiro semestre de 2015. Já na categoria de motos superiores<br />
a 50 cc, os números são de 85.129 pneus em 2013, 96.915 pneus em<br />
2014 e 51.765 pneus de janeiro a junho deste ano. Cruzando com<br />
os da<strong>dos</strong> do Europool para os mesmos perío<strong>dos</strong>, as diferenças são<br />
abismais: 43.130 pneus em 2013, 50.995 pneus em 2014 e 31.594<br />
pneus no primeiro semestre de 2015. Moral da história: os da<strong>dos</strong><br />
do Europool não refletem a realidade do mercado nacional. É que<br />
os pneus que equipam as scooters são, essencialmente, de origem<br />
asiática. E como só os fabricantes que dispõem de, pelo menos, uma<br />
fábrica instalada em solo europeu reportam ao Europool...<br />
Interessantes são, também, os números relativos à venda de veículos<br />
motoriza<strong>dos</strong> de duas e três rodas. Segundo a ACAP (Associação Automóvel<br />
de Portugal), no passado mês de julho, o mercado nacional<br />
registou 430 ciclomotores até 50 cc (+23,2% do que em igual mês<br />
de 2014) e 2.802 motociclos (2.049 entre 50 e 125 cc; 753 com mais<br />
de 125 cc), ou seja, +23,4% do que em julho de 2014. Já em termos<br />
acumula<strong>dos</strong>, entre janeiro e julho deste ano, o mercado nacional<br />
absorveu 1.503 ciclomotores até 50 cc (+15,1% do que nos primeiros<br />
sete meses do ano transato) e 10.932 motociclos (+14,3%), dividi<strong>dos</strong><br />
entre 6.951 de 50 a 125 cc e 3.981 com mais de 125 cc. A terminar,<br />
refira-se que, segundo da<strong>dos</strong> da ACAP, o número de motociclos em<br />
circulação com mais de 50 cc (umero que açciclos deira-se que, de<br />
acordo com a ACAP, de consumo da Portugal, as as nupcias olo,<br />
cada uma, recorde-se que a inclui veículos de duas e quatro rodas),<br />
era, em 2013, de 212.500, contra 4.480.000 ligeiros de passageiros,<br />
1.137.000 comerciais ligeiros, 121.400 pesa<strong>dos</strong> de mercadorias e<br />
14.800 pesa<strong>dos</strong> de passageiros. Já a idade média do parque circulante<br />
de motociclos é de “apenas” oito anos.<br />
w CUIDADOS COM MONTAGEM E EQUILÍBRIO<br />
No que à montagem e equilíbrio de<br />
pneus diz respeito, existem diversos cuida<strong>dos</strong><br />
a ter. Em primeiro lugar, importa<br />
realçar que a vibração provoca desgaste<br />
prematuro nos pneus,danos em componentes<br />
da suspensão e direção, condução,<br />
manuseamento e tração pouco seguras,<br />
redução na eficiência de travagem, redução<br />
na qualidade de andamentoe maior<br />
consumo de combustível. Para se corrigirem<br />
os problemas de vibração, deve-se, em<br />
primeiro lugar, equilibrar a jante e o pneu<br />
como um conjunto. O equilíbrio de uma<br />
roda significa determinar a quantidade de<br />
massa necessária para corrigir o desequilíbrio<br />
(distribuição desigual da massa sobre<br />
o conjunto pneu/roda segundo um eixo de<br />
simetria, podendo o desequilíbrio ser estático<br />
ou dinâmico) e saber a posição em que<br />
a massa deve ser colocada na roda. Uma<br />
roda equilibrada apresenta sempre algum<br />
desequilíbrio residual. Que, de acordo com<br />
a norma ISO1940, dispõe de tolerâncias<br />
aceitáveis para cada lado da roda, numa<br />
situação de balanceamento.<br />
A pressão reveste-se, também, de extrema<br />
importância. O propósito do ar é suportar o<br />
peso da moto. A pressão de insuflação recomendada<br />
no manual do utilizador consiste<br />
num valor de referência quando a moto está<br />
com carga e com acompanhante. 1 kg/cm2<br />
(14 PSI) abaixo da pressão recomendada,<br />
reduz o ciclo de vida do pneu em 45%.<br />
Uma pressão incorreta pode resultar em<br />
instabilidade, desgaste rápido e irregular.<br />
E uma pressão demasiado baixa aumenta<br />
a temperatura e o desgaste do pneu. O que<br />
é, também, de evitar.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 11
Destaque<br />
<strong>Pneus</strong> de moto<br />
w MERCADO TÉCNICO E CONHECEDOR<br />
Para medirmos o pulso ao mercado <strong>dos</strong><br />
pneus de moto em Portugal, recorremos a<br />
André Bettencourt. O diretor de marketing<br />
e gestor de produtos de consumo da Bridgestone<br />
Portugal, começou por referir que<br />
“o pneu de moto é, porventura, o produto<br />
que mais desafios nos coloca em termos comerciais.<br />
Normalmente, o consumidor final<br />
(neste caso o utilizador da moto) é muito mais<br />
esclarecido e procura estar sempre melhor<br />
informado comparativamente ao consumidor<br />
de pneus para automóvel”. Quando se<br />
vendem pneus de moto, “mais do que uma<br />
guerra de preços, a maior preocupação incide<br />
sobre a escolha da melhor opção em função<br />
do tipo de utilização. O consumidor final está<br />
cada vez mais informado. É uma forma muito<br />
diferente de trabalhar”, destacou o mesmo<br />
responsável. O mercado <strong>dos</strong> pneus de motociclo<br />
é, essencialmente, premium. Já no<br />
caso <strong>dos</strong> pneus de scooter, a maior fatia de<br />
vendas é assegurada por produtos asiáticos.<br />
Algo de que André Bettencourt não tem<br />
dúvidas é da menor expressão em termos de<br />
volume que os pneus de moto representam.<br />
Contudo, afirmou, “é mais exigente no que<br />
diz respeito ao grau de desenvolvimento tecnológico<br />
e aquilo que o cliente procura, por<br />
comparação com o segmento de pneus de<br />
automóvel”. E acrescentou: “Existem menos<br />
clientes de motos, logo menos oficinas. A<br />
concorrência é menor (menos marcas), mas<br />
a especialização é maior". Quem vai mexer na<br />
moto tem de ter um conhecimento específico<br />
sobre ela e sobre a mecânica. E é fundamental<br />
Os pneus para<br />
motos Sport<br />
Touring são <strong>dos</strong><br />
mais vendi<strong>dos</strong>,<br />
sobretudo os<br />
que obedecem<br />
a um tipo de<br />
construção<br />
diagonal<br />
Dunlop SportSmart 2<br />
w O pneu tecnologicamente avançado da Dunlop<br />
para motos desportivas anuncia conforto elevado<br />
(soluções JLB e JLT), manobrabilidade superior,<br />
aderência otimizada em piso seco e molhado<br />
(conceito Multi-Tread), grande durabilidade e<br />
muita potência a alta velocidade. A tecnologia que<br />
está por detrás do SportSmart2 foi desenvolvida<br />
pela equipa europeia de I&D da Dunlop e deriva<br />
de produtos comprovadamente vencedores em<br />
corridas, como o D212 GP Pro<br />
Maxxis Maxxcross SI<br />
w A taiwanesa Maxxis, propriedade da Cheng-Shin<br />
Rubber Industry Co., Ltd,, que se estabeleceu em<br />
1967 na cidade de Yuanlin, dispõe de uma oferta<br />
que cobre quase to<strong>dos</strong> os segmentos de mercado.<br />
Na gama de pneus de moto, destaca-se o modelo<br />
Maxxcross SI, concebido para modelos off-road,<br />
que promete impressionar pela sua performance e<br />
durabilidade. Anuncia um desempenho eficaz em<br />
terrenos intermédios e macios graças aos “tacos”<br />
que proporcionam aderência e estabilidade<br />
Metzeler ME 888 Marathon Ultra<br />
w Fundado em 1863, o fabricante alemão<br />
especialista na produção de pneus para moto<br />
lançou várias novidades. Uma delas dá pelo<br />
nome de ME 888 Marathon Ultra. Especialmente<br />
desenvolvido para os segmentos Custom e<br />
Sport Touring, este produto está disponível em<br />
diversas medidas. Como trunfos, anuncia grande<br />
longevidade e manobrabilidade superior. Sem<br />
fazer concessões nos domínios da estabilidade,<br />
aderência e conforto<br />
12 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015
Michelin Power SuperSport<br />
w Disponível em cinco medidas, uma para o<br />
eixo dianteiro e quatro para o traseiro, o Power<br />
SuperSport da Michelin foi criado para que o<br />
motociclista tire o máximo partido da sua moto.<br />
Em estrada e em circuito. A elevada aderência<br />
que anuncia deve-se a novos compostos de<br />
borracha deriva<strong>dos</strong> da competição. A tecnologia<br />
2CT+ que incorpora consegue um ótimo<br />
compromisso entre durabilidade e aderência.<br />
O que demonstra que, também nas motos, o<br />
fabricante francês não facilita<br />
Mitas MC 30 Invader<br />
w Da República Checa, chega-nos a Mitas.<br />
São vários os produtos que este fabricante<br />
disponibiliza para motos, reparti<strong>dos</strong> por diversos<br />
segmentos. Destacamos o MC 30 Invader. Um<br />
pneu concebido para enduro que está disponível<br />
em quatro medidas. Duas com jantes de 17”, uma<br />
com 19” e outra com 21”. O piso de que dispõe,<br />
não sendo tão “radical” para as atividades fora de<br />
estrada como outros pneus da Mitas, anuncia<br />
elevada competência sem perder de vista a<br />
importância da durabilidade<br />
Pirelli Diablo Rosso II<br />
w O melhor pneu desportivo de moto para uso<br />
absoluto em estrada. Quem o diz é a Pirelli. Só<br />
pela designação que ostenta, impõe respeito.<br />
Visualmente atrativo devido às exuberantes<br />
inscrições nas paredes laterais (o motociclista<br />
pode personalizá-lo com a colocação de uma<br />
pequena etiqueta de borracha), o Diablo Rosso<br />
II dispõe de EPT (Enhanced Patch Technology),<br />
que otimiza a superfície de contacto, e faz uso do<br />
FGD (Functional Groove Design), que melhora o<br />
desempenho em piso molhado<br />
que saiba conduzir uma moto. São poucas<br />
as oficinas de automóveis em Portugal que<br />
trabalham com motos devido à especialização<br />
que estas implicam. Estamos a falar de<br />
um segmento muito técnico, com clientes<br />
finais altamente sensíveis e conhecedores<br />
no que diz respeito ao comportamento de<br />
uma moto”.<br />
A terminar, o responsável da Bridgestone<br />
Portugal afirmou que, “apesar do mercado<br />
de pneus de moto ter uma dimensão consideravelmente<br />
inferior ao mercado <strong>dos</strong> pneus<br />
A competição, como o Mundial de MotoGP, é um<br />
exigente teste de fiabilidade para os pneus<br />
de automóvel, o setor consegue ter algum<br />
equilíbrio no que diz respeito à rentabilidade<br />
do negócio, que, muitas vezes, não passa por<br />
vender apenas o pneu. Como o negócio <strong>dos</strong><br />
pneus de moto é muito mais técnico, implica<br />
um determinado tipo de trabalho que também<br />
é valorizado pelo consumidor final. Ou<br />
seja, o motociclista valoriza o pneu. E quer<br />
um produto de elevada qualidade. Só depois<br />
surge a preocupação com o preço. Com o automobilista,<br />
passa-se precisamente o inverso<br />
na maioria <strong>dos</strong> casos”.<br />
PUB<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 13
Apresentação GT Radial<br />
/////////////////////////////////<br />
Savero SUV<br />
Solução para pequenos SUV<br />
A GT Radial apresentou o seu mais recente produto para pequenos veículos SUV<br />
e crossovers. Trata-se do novo Savero, um pneu totalmente desenvolvido no centro<br />
de pesquisa da marca, em Hanover, na Alemanha, para o mercado europeu<br />
Por: João Vieira, em Barcelona<br />
<br />
Antevendo o grande crescimento do da água, assim como as lâminas geometricamente<br />
otimizadas com uma combinação de<br />
mercado de pequenos veículos SUV<br />
e crossovers, que já representam um ranhuras laterais, que asseguram uma maior<br />
em cada cinco veículos vendi<strong>dos</strong> na aderência em piso molhado.<br />
Europa, a GT Radial FOR ON lançou ROAD o Savero CUV & SUV, COMPACT um O SUV novo pneu foi submetido a várias provas<br />
pneu desenhado principalmente para a condução<br />
em asfalto.<br />
e os resulta<strong>dos</strong> foram surpreendentes, pois<br />
no centro de testes de MIRA, no Reino Unido,<br />
<br />
O lançamento deste novo pneu representa conseguiu avaliações muito positivas em<br />
<br />
um incremento significativo no portefólio diversos parâmetros, como ruído, conforto,<br />
de produtos da <br />
GT Radial, que agora passa comportamento e travagem, quando comparado<br />
com outros pneus de segmento superior.<br />
a contar com uma <br />
gama alargada de pneus<br />
para o segmento <strong>dos</strong> veículos que mais tem<br />
crescido na Europa.<br />
<br />
<br />
Disponível com uma oferta de 23 medidas,<br />
que incluem Stiff as mais circumferential utilizadas 215/65R16, Providing optimal BRAKING, good<br />
215/60R17, 215/60R17, ribs 225/65R17, 235/65R17 directional and driving STABILITY<br />
e 235/60R18, os Solid novos shoulder Savero SUV estão disponíveis<br />
com blocks símbolos de velocidade H e V. braking with enhanced steering precision<br />
Excellent cornering stability, TRACTION and<br />
Graças à utilização de novos compostos e a<br />
um desenho de Small tread blocks combined with lateral<br />
Geometrically<br />
piso inovador, o Savero SUV<br />
sipes guarantees better NOISE<br />
tem um bom optimized comportamento sipes em estrada,<br />
PERFORMANCE<br />
conforme tivemos oportunidade de comprovar<br />
nos testes 4 que wide a longitudinal<br />
marca proporcionou Superior à WET PERFORMANCE with rapid<br />
imprensa europeia, grooves em Barcelona, no passado water evacuation and reduced aquaplaning<br />
mês de setembro. Durante mais de 50 km,<br />
conduzimos diversos veículos SUV equipa<strong>dos</strong><br />
com os novos GT Radial Savero, em estrada<br />
e todo-o-terreno. Apesar de não terem sido<br />
concebi<strong>dos</strong> para condução em terra, os Savero<br />
não desiludiram e responderam bem às<br />
nossas incursões fora de estrada.<br />
As características principais do seu desenho<br />
são as quatro largas ranhuras longitudinais,<br />
que proporcionam um bom escoamento<br />
De referir que o fabricante Giti já está presente<br />
neste segmento estratégico com o pneu<br />
Champiro HPY SUV, destinado aos veículos<br />
maiores, e com o Savero HT Plus, dirigido a<br />
veículos off-road e com índices de velocidade<br />
que vão de R a H. Produzindo uma extensa<br />
gama de pneus ligeiros, comerciais e pesa<strong>dos</strong><br />
(camião e autocarro urbano ou longo curso)<br />
para o mercado global, a Giti Tire situa-se<br />
no TOP 10 <strong>dos</strong> produtores de pneus a nível<br />
mundial.<br />
14 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015
“Opção de qualidade a preço acessível”<br />
w Angello Gianelli, diretor de marketing para pneus ligeiros e comercias da Giti<br />
Europa, afirmou que “este é um desenvolvimento chave para o portefólio da GT<br />
Radial. Não só por cimentar a relação com os nossos atuais clientes, muitos <strong>dos</strong><br />
quais já solicitavam uma oferta neste segmento, mas ainda pela importante abertura<br />
a novas oportunidades de negócio. O mercado <strong>dos</strong> pequenos SUV representa atualmente,<br />
na Europa, mais de 15% das vendas de veículos ligeiros e nos próximos anos<br />
to<strong>dos</strong> os fabricantes de automóveis apresentarão novos modelos neste segmento”. E<br />
prosseguiu: “A gama Savero SUV permite equipar a grande maioria destes veículos,<br />
incluindo os populares modelos Nissan Qashqai e Juke, Dacia Duster, Ford Kuga,<br />
Kia Sportage, Opel Mokka, VW Tiguan e ainda o novo Renault Kadjar. A marca<br />
GT Radial tem, atualmente, uma reputação muito sólida em Portugal, oferecendo<br />
excelentes pneus a preço competitivo. A gama Savero SUV provará ser uma opção<br />
de qualidade e de preço acessível para este segmento de mercado”.<br />
Angello Gianelli, diretor de marketing para pneus<br />
ligeiros e comerciais da Giti Europa<br />
Características<br />
GT Radial Savero SUV<br />
A <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> teve oportunidade de testar os novos pneus GT Radial Savero SUV, ao<br />
longo de mais de 50 km, em estrada e fora dela, na apresentação em Barcelona<br />
w A nova gama Savero SUV, desenvolvida<br />
para responder à crescente procura<br />
de pneus para pequenos SUV e<br />
crossovers, caracteriza-se por oferecer<br />
uma condução segura em piso seco e<br />
molhado, travagem eficiente e reduzido<br />
desgaste de piso, proporcionando uma<br />
viagem confortável e silenciosa.Estas<br />
características foram atingidas através<br />
de um equilíbrio melhorado entre os<br />
seguintes desenvolvimentos técnicos:<br />
fortalecimento da parede lateral otimizando<br />
a área de contacto; distribuição<br />
uniforme da pressão, implicando um<br />
desgaste regular; novo composto que<br />
reduz a produção de calor e atrito; inovador<br />
desenho de piso, garantido uma<br />
maior segurança em piso molhado. <br />
O novo pneu foi desenvolvido para<br />
atingir to<strong>dos</strong> os objetivos do<br />
dia-a-dia, tanto numa<br />
condução urbana,<br />
como a velocidades<br />
mais elevadas.O<br />
novo desenho estrutural<br />
do pneu<br />
assegura firmeza,<br />
boa resposta da<br />
direção e conforto<br />
de condução em<br />
autoestrada.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 15
Reportagem Campanha de sensibilização CEPP da ACAP<br />
//////////////////<br />
Ameaça pesada<br />
Depois de Vilar Formoso, o Porto de Leixões. A Associação Automóvel de Portugal<br />
(ACAP), através da sua Comissão Especializada de Produtores de <strong>Pneus</strong> (CEPP),<br />
levou a cabo a segunda fase da ação de sensibilização dirigida aos condutores de<br />
camiões. Para que os pneus não se transformem numa ameaça pesada<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Depois da ação de sensibilização<br />
direcionada aos condutores de<br />
veículos ligeiros, que teve lugar<br />
em 2013, decorre a dirigida aos<br />
condutores de veículos pesa<strong>dos</strong> de mercadorias.<br />
Apresentada, a 4 de junho, na<br />
sede da Associação Automóvel de Portugal<br />
(ACAP), esta nova campanha, promovida<br />
pela Comissão Especializada de Produtores<br />
de <strong>Pneus</strong> (CEPP), alerta para a importância de<br />
estes componentes estarem em bom estado<br />
de conservação. Entre pequenas palestras<br />
com os camionistas até inspeções visuais aos<br />
pneus, passando pela entrega de folhetos<br />
e, no caso <strong>dos</strong> agentes da autoridade, pela<br />
verificação da documentação do veículo,<br />
os elementos do grupo técnico do CEPP<br />
desempenham uma função pedagógica e<br />
fazem o registo <strong>dos</strong> pneus inspeciona<strong>dos</strong>.<br />
Explicando a quem conduz veículos pesa<strong>dos</strong><br />
de mercadorias que, circular com pneus em<br />
mau estado de conservação, além de colocar<br />
em risco a segurança rodoviária, afeta ainda<br />
o consumo de combustível e potencia a aplicação<br />
de coimas em caso de fiscalização.<br />
w TRÊS EM VEZ DE DUAS<br />
Ainda que tivessem sido anunciadas duas<br />
ações aquando da sua apresentação, a verdade<br />
é que a campanha de sensibilização<br />
promovida pela CEPP da ACAP foi repensada,<br />
em função até daquilo que se verificou na<br />
primeira etapa. O objetivo passou por arranjar<br />
outros pontos estratégicos do país que<br />
fossem representativos das diversas tipologias<br />
de veículos afetos ao transporte de<br />
mercadorias, traduzindo, assim, a realidade<br />
do mercado nacional. Atualmente, esta campanha<br />
de sensibilização encontra-se dividida<br />
por três fases. “A primeira decorreu no dia<br />
16 de junho, em Vilar Formoso”, deu conta<br />
Jorge Vieira, membro da CEPP da ACAP. Que<br />
prosseguiu: “Neste local, mais associado ao<br />
transporte internacional devido à sua localização<br />
geográfica, foram inspeciona<strong>dos</strong> cerca<br />
de 105 veículos pelas quatro equipas que<br />
levámos ao terreno, depois de os camiões<br />
terem sido manda<strong>dos</strong> parar pelos agentes<br />
Nenhum detalhe<br />
escapou aos<br />
elementos do<br />
grupo técnico da<br />
CEPP da ACAP<br />
16 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015
da Unidade Nacional de Trânsito (UNT) da<br />
Guarda Nacional Republicana (GNR), responsáveis<br />
pela zona territorial afeta ao local onde<br />
decorreu a primeira fase”. Em declarações<br />
à nossa revista, o responsável da CEPP da<br />
ACAP revelou ainda que, em Vilar Formoso,<br />
ponto estratégico do transporte internacional,<br />
“foi interessante verificar que quer<br />
os veículos quer os pneus inspeciona<strong>dos</strong><br />
estavam em bom estado de conservação,<br />
sendo elevada a percentagem de pneus<br />
novos utiliza<strong>dos</strong>. Por força até <strong>dos</strong> trajetos<br />
muito longos e das pesadas coimas que se<br />
aplicam além-fronteiras”.<br />
A segunda fase, que decorreu à entrada do<br />
Porto de Leixões, no dia 23 de setembro, visou<br />
os camiões de transporte regional. Como<br />
a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> pôde constatar, cinco<br />
equipas, compostas por três elementos cada,<br />
encarregaram-se de abordar os motoristas<br />
e de inspecionar o estado <strong>dos</strong> pneus, anotando<br />
as profundidades e as condições em<br />
que os mesmos se encontravam. Os veículos<br />
foram manda<strong>dos</strong> parar por elementos da<br />
Polícia de Segurança Pública (PSP). Apesar<br />
de terem levado a cabo uma ação pedagógica,<br />
nos casos mais graves (falta de inspeção<br />
do veículo, por exemplo) foram levanta<strong>dos</strong><br />
autos de contraordenação.<br />
w PIOR DO QUE NA PRIMEIRA<br />
Uma vez que esta campanha de sensibilização<br />
promovida pela CEPP da ACAP<br />
conta, também, com o apoio institucional<br />
da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária<br />
(ANSR), a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> aproveitou<br />
a presença no local de Pedro Miguel<br />
Silva, assessor da presidência deste serviço<br />
central da administração direta do Estado.<br />
O responsável começou por destacar “a importância<br />
fundamental deste tipo de ações”.<br />
Para, depois, frisar que, “sendo o pneu um<br />
<strong>dos</strong> componentes mais importantes do veículo<br />
e aquele que assegura a sua ligação<br />
com o solo, é imprescindível que ele esteja<br />
em bom estado”. Para Pedro Miguel Silva,<br />
“este tipo de ações, da iniciativa da CEPP<br />
da ACAP, é de louvar. Sendo uma iniciativa<br />
da sociedade civil, visa sensibilizar os motoristas<br />
e os proprietários <strong>dos</strong> veículos para<br />
a necessidade de manter os pneus em bom<br />
estado. Naturalmente que a ANSR teria de<br />
associar-se a esta iniciativa, com a qual se<br />
congratula e gostaria até de ver replicada no<br />
futuro”. A terminar, o responsável da ANSR<br />
deu-nos conta de que, “apesar de terem uma<br />
atitude pedagógica, as autoridades não podem<br />
demitir-se da sua ação fiscalizadora,<br />
pelo que, em situações extremas, têm de<br />
atuar consoantes os dispositivos legais”.<br />
Conteúdo bem diferente tem o testemunho<br />
de Ricardo Car<strong>dos</strong>o, elemento do grupo<br />
técnico da CEPP da ACAP: “O que verificámos<br />
nesta segunda fase foram casos um pouco<br />
mais críticos do que aqueles que ocorreram<br />
na primeira. Nomeadamente, desgaste irregular<br />
<strong>dos</strong> pneus, que estava para lá do limite<br />
legalmente estabelecido, mas, também, exposição<br />
<strong>dos</strong> componentes estruturais do<br />
pneu (principalmente arrancamentos bastante<br />
severos). Depois, deparámo-nos com<br />
alguns erros de aplicação de equipamento.<br />
Ainda que não seja tão crítico, convém ter<br />
atenção na escolha do equipamento para<br />
o veículo. De modo a que a segurança e o<br />
desempenho (veículo e pneu) não sejam<br />
afeta<strong>dos</strong>. Detetámos alguns casos de pneus<br />
de diferentes pisos aplica<strong>dos</strong> no mesmo eixo<br />
e outros em que o veículo apresentava pneus<br />
de tração no eixo direcional ou vice-versa”.<br />
w VERIFICAÇÃO DE PNEUS, PRECISA-SE!<br />
Algo de que Ricardo Car<strong>dos</strong>o não tem<br />
dúvidas é da “má manutenção relativa à<br />
verificação <strong>dos</strong> pneus” que foi avaliada na<br />
segunda fase da campanha. Ao contrário da<br />
profundidade do piso (deve ter, pelo menos,<br />
1 mm), da inspeção visual (perfil de desgaste;<br />
incidência de danos) e da anotação das marcas<br />
e modelos de pneus, Ricardo Car<strong>dos</strong>o<br />
revelou que as pressões de insuflação não<br />
foram verificadas. E explicou porquê: “Além<br />
de ser um processo que requer que os pneus<br />
estejam frios (como estes veículos tinham<br />
algumas horas de utilização, os resulta<strong>dos</strong><br />
obti<strong>dos</strong> não seriam fidedignos), a verificação<br />
da pressão <strong>dos</strong> pneus num veículo pesado<br />
torna-se morosa, quanto mais não seja pela<br />
existência de dez rodas. De qualquer forma,<br />
caso existisse algum pneu com pressão de<br />
insuflação manifestamente baixa, conseguíamos<br />
saber através da inspeção visual”.<br />
Sunlinhe-se ainda que a terceira e última<br />
fase desta campanha de sensibilização terá<br />
lugar nas zonas de Alverca e Carregado, em<br />
outubro de 2015 (o dia não estava definido<br />
na data de conclusão deste artigo). E que,<br />
no final da campanha, a CEPP espera ter<br />
inspecionado, no conjunto das três fases,<br />
cerca de 350 veículos.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 17
Entrevista António Lopes de Seabra<br />
“Estamos a tirar benefícios<br />
decisões e postura moderna com relação aos<br />
recursos humanos”.<br />
Nesta entrevista, responde a questões sobre<br />
o fabrico, o comércio e o mercado <strong>dos</strong> pneus<br />
a nível global. A sua experiência e contactos<br />
com diferentes países, permite-lhe ter uma<br />
visão abrangente de todo o negócio <strong>dos</strong><br />
pneus. No presente e no futuro.<br />
Diretor da fábrica Continental de Lousado durante<br />
mais de dez anos e agora responsável pela<br />
coordenação das fábricas de pneus ligeiros da<br />
Continental nas Américas do norte, centro e sul,<br />
António Lopes de Seabra partilha, nesta entrevista,<br />
a sua visão da indústria <strong>dos</strong> pneus no mundo<br />
António Lopes de Seabra, foi CEO e<br />
diretor da fábrica da Continental,<br />
no Lousado, de outubro de 2000<br />
a dezembro de 2011. De janeiro<br />
de 2012 até final de 2014, desempenhou<br />
as funções de vice-presidente executivo<br />
para a região da Ásia-Pacífico. Depois desta<br />
experiência na área comercial, regressou à<br />
área do fabrico, sendo, agora, responsável<br />
pela coordenação das fábricas de pneus<br />
Por: João Vieira<br />
Perfil<br />
w w Foi CEO e diretor da fábrica<br />
da Continental, no Lousado, de<br />
outubro de 2000 a dezembro<br />
de 2011. De janeiro de 2012 até<br />
final de 2014, desempenhou as<br />
funções de vice-presidente executivo<br />
para a região da Ásia-Pacífico.<br />
Depois desta experiência<br />
na área comercial, regressou à<br />
área do fabrico, sendo, agora,<br />
responsável pela coordenação<br />
das fábricas de pneus ligeiros<br />
da Continental nas Américas<br />
do norte, centro e sul.<br />
ligeiros da Continental nas Américas do<br />
norte, centro e sul. Uma unidade de telas<br />
para pneus também está no âmbito da sua<br />
responsabilidade.<br />
Segundo os colegas de trabalho, “o eng.º<br />
António Lopes de Seabra tem uma visão de<br />
negócios bastante abrangente, habilidade<br />
em estabelecer diretrizes alinhadas à estratégia<br />
organizacional, foco em prioridades,<br />
motivação, liderança de grupo, agilidade nas<br />
Que balanço faz do seu trabalho na Ásia e<br />
como caracteriza este mercado no que diz<br />
respeito ao comércio de pneus?<br />
A minha comissão de um pouco mais de<br />
três anos na região da Ásia-Pacífico foi uma<br />
experiência realmente enriquecedora e, ao<br />
mesmo tempo, um grande desafio. Nesta<br />
parte do mundo, encontrei um mix de países<br />
com maturidades do mercado completamente<br />
distintas. Desde os que estão a iniciar<br />
o seu desenvolvimento, mas já com uma<br />
força significativa, como o Vietname, até<br />
outros totalmente maduros, de padrão europeu/americano,<br />
como a Austrália. E, claro,<br />
merca<strong>dos</strong> enormes, como a China, na casa<br />
<strong>dos</strong> 140 milhões de pneus ligeiros (mercado<br />
de substituição), mas cuja estrutura ainda<br />
está em desenvolvimento.<br />
No conjunto <strong>dos</strong> 10 países onde operamos<br />
na região APAC, no que respeita a pneus para<br />
veículos de passageiros e camiões ligeiros, o<br />
mercado de substituição tem uma dimensão<br />
de cerca de 300 milhões de unidades<br />
anuais. Em to<strong>dos</strong> os casos, estão presentes<br />
as grandes marcas internacionais que tão<br />
bem conhecemos, para além de um grande<br />
número de marcas locais. Ou seja, to<strong>dos</strong> são<br />
merca<strong>dos</strong> muito competitivos, apesar de os<br />
direitos de importação com que alguns deles<br />
tentam proteger o fabrico local.<br />
Como caracteriza a engenharia de produção<br />
e os produtos que saem das cinco fábricas<br />
de pneus que, atualmente, coordena?<br />
Não é, decerto, pretensiosismo da minha<br />
parte afirmar que a Continental está na estrita<br />
linha da frente em termos de tecnologia<br />
de pneus ligeiros, o que, aliás, é reconhecido<br />
por uma imensidão de testes realiza<strong>dos</strong> em<br />
todo o mundo por entidades independentes.<br />
Nas nossas fábricas, utilizamos técnicas avançadas<br />
de produção, cada vez mais apoiadas<br />
18 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015
Head of PLT Manufacturing Coordination the Americas Continental Tire<br />
da globalização”<br />
Regras de ouro<br />
Fábrica de<br />
sucesso<br />
w “Numa fábrica, nomeadamente de<br />
pneus, eficiência e rentabilidade andam<br />
de mãos dadas. Quanto mais eficiente,<br />
mais rentável. O principal condimento<br />
para a elevada eficiência é a qualificação<br />
das suas equipas, das suas pessoas.<br />
E refiro, ao mesmo nível, os operários,<br />
os técnicos e os quadros de gestão. Só<br />
assim é possível atingir os níveis de<br />
motivação necessários para ter processos<br />
eficientes, simplifica<strong>dos</strong>, em que não<br />
seja necessário recorrer ao retrabalho.<br />
Colaboradores qualifica<strong>dos</strong> e motiva<strong>dos</strong><br />
são preciosos contribuintes para a melhoria<br />
continua”.<br />
por sistemas de manufatura inteligentes,<br />
destina<strong>dos</strong> a assegurar a gestão do portefólio<br />
alargado de artigos que produzimos e a<br />
garantir a qualidade do produto final.<br />
Nas nossas fábricas das Américas, produzimos<br />
pneus desde jante de 13” até jante de<br />
21”, do convencional ao UUHP (elevada performance),<br />
para veículos de passageiros, van,<br />
SUV e 4x4. E, inclusive, pneus Run Flat (SSR).<br />
Como caracteriza o funcionamento dessas<br />
fábricas, comparativamente com a fábrica<br />
da Continental em Lousado?<br />
A fábrica da Continental em Lousado é o<br />
benchmark do grupo em termos de eficiência<br />
e qualidade. As fábricas das Américas também<br />
se regem por eleva<strong>dos</strong> padrões e, em<br />
algumas, estão a fazer-se experiências piloto<br />
na área da automatização de processos, que,<br />
quando devidamente testadas e otimizadas,<br />
poderão ser transferidas para outras unidades<br />
do grupo. Há que referir, também, que arrancou<br />
há pouco mais de um ano nos EUA uma<br />
fábrica nova de raiz, para a produção de toda a<br />
gama de pneus ligeiros, em que se instalaram<br />
as mais recentes técnicas e processos para o<br />
fabrico com a mais alta tecnologia.<br />
Nessas fábricas é feita apenas produção ou<br />
também existe I&D?<br />
Tal como na fábrica de Lousado, nas unidades<br />
das Américas a atividade principal<br />
é a de produção. Contudo, há um número<br />
importante de atividades na área de I&D,<br />
nomeadamente na fabricação de pneus-<br />
-protótipo para testes de desenvolvimento<br />
de novos produtos, novos materiais e novas<br />
construções.<br />
Quais os grandes desenvolvimentos que<br />
estão a acontecer na produção de pneus,<br />
nomeadamente a nível de nova matéria-<br />
-prima, como a sílica?<br />
A tecnologia <strong>dos</strong> compostos de borracha<br />
com sílica já não é nova. Que me recorde, já<br />
existe na Continental há cerca de 20 anos,<br />
embora reconheça que fomos e somos líderes<br />
na aplicação dessa tecnologia. Nesta<br />
“A Continental está na estrita linha da frente em termos de tecnologia de pneus ligeiros”, afirma António Lopes de Seabra<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 19
Entrevista António Lopes de Seabra<br />
Plataformas online<br />
Vendas cibernautas<br />
mudam o negócio<br />
w “As plataformas online não só vão mudar<br />
como já estão a alterar o negócio<br />
<strong>dos</strong> pneus. To<strong>dos</strong> temos acompanhado<br />
a enorme ascensão de operadores online<br />
que, em poucos anos, passaram de situações<br />
experimentais para intervenientes<br />
com grande peso no mercado. A tendência<br />
é inevitável e decorre do desenvolvimento<br />
tecnológico e do crescente grau<br />
de uso da Internet móvel pelos automobilistas.<br />
Tenho a certeza que o valor <strong>dos</strong><br />
negócios de pneus nas plataformas online<br />
vai assumir um peso muito maior”.<br />
altura, já se usam sílicas de nova geração que<br />
permitem que as novas linhas de pneus de<br />
alta performance tenham os rendimentos<br />
impressionantes que conhecemos.<br />
Não posso deixar de referir, também, que<br />
recentemente a Continental foi agraciada<br />
com vários prémios na área de I&D, em resul-<br />
sdfgdgsdgsd sdgdsgd<br />
tado do êxito que tem no desenvolvimento<br />
de compostos com borracha natural obtida<br />
do dente-de-leão (dandelion), planta que se<br />
dá bem em quase todo o mundo, incluindo<br />
terrenos pobres. Este desenvolvimento já<br />
esta na fase da aplicação industrial, sendo<br />
vários os pneus monta<strong>dos</strong> em viaturas e a<br />
ser submeti<strong>dos</strong> a testes nas estradas. Claro<br />
que não se pode deixar de referir, também,<br />
o aparecimento de linhas de produto desenhadas<br />
para equipar os veículos de propulsão<br />
elétrica que estão a ser lança<strong>dos</strong>.<br />
E a nível do mercado, quais são as grandes<br />
diferenças entre o asiático, o americano e<br />
o europeu no que toca a produtos e comércio<br />
de pneus?<br />
A nível do produto, eu não diria que haja<br />
grandes diferenças. Há, isso sim, que desenvolver<br />
linhas de produto que se adequem<br />
às condições das redes viárias de cada país<br />
e em que se tenha em conta aquilo que os<br />
clientes finais esperam <strong>dos</strong> pneus, nomeadamente<br />
na gama premium em que a marca<br />
Continental se posiciona. Por exemplo, enquanto<br />
que na Europa o cliente valoriza mais<br />
parâmetros como a economia de energia e<br />
a distância de travagem, noutros merca<strong>dos</strong>,<br />
como a China, o cliente de pneus premium<br />
valoriza muito a ausência de ruído de rolamento,<br />
bem como o conforto.<br />
No que respeita à forma como está estruturada<br />
a comercialização, eu diria que as<br />
diferenças não se encontram tanto quando<br />
se compara o que acontece nos diferentes<br />
continentes mas, antes, na comparação<br />
entre países. Em países com baixa taxa de<br />
motorização, o que se relaciona com o grau<br />
Valorizar o serviço impõe-se<br />
Atração e retenção de clientes<br />
“É uma realidade transversal a to<strong>dos</strong> os merca<strong>dos</strong> que a presença<br />
de uma imensidão de marcas de pneus está a transformar-se numa<br />
guerra de preços prolongada. E isso afeta tanto o retalhista como os<br />
fabricantes. Um fabricante de pneus de elevada performance, como<br />
a Continental, o que pode e tem de fazer é ajudar os clientes com<br />
formação técnica, treino em técnica de vendas e fornecimento de<br />
ferramentas de marketing que permitam que os agentes do retalhista<br />
saibam interagir melhor com o cliente final e guiá-lo na escolha que<br />
melhor se adequa ao seu perfil. As casas de pneus têm de trabalhar<br />
não só na atração de clientes mas, também, na sua retenção. Pelo que<br />
é essencial que cada vez mais transformem o negócio na prestação<br />
de um serviço que o cliente valorize, serviço esse que pode incluir a<br />
venda de pneus”.<br />
“Quanto mais<br />
desenvovido é o<br />
país, mais canais<br />
de comércio<br />
encontramos”,<br />
realça António<br />
Lopes de Seabra<br />
20 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015
Head of PLT Manufacturing Coordination the Americas Continental Tire<br />
Inovação tecnológica<br />
<strong>Pneus</strong><br />
inteligentes<br />
são o futuro<br />
de desenvolvimento do país, é frequente<br />
os pequenos retalhistas de pneus trabalharem<br />
diretamente ou através de distribuidores,<br />
enquanto que nos mais desenvolvi<strong>dos</strong><br />
a tendência é para a agregação de redes<br />
de lojas, com eleva<strong>dos</strong> padrões de serviço<br />
e elevado turnover, sob a forma de redes<br />
franchisadas (hard ou soft franchise), independentes<br />
ou controladas por fabricantes.<br />
E quanto mais desenvolvido é o país,<br />
mais canais de comércio encontramos,<br />
tornando a operação mais complexa.<br />
De que forma a crise económica mundial<br />
que ainda se sente e a instabilidade <strong>dos</strong><br />
merca<strong>dos</strong> está a condicionar a atividade<br />
da Continental Tire?<br />
Como empresa global que somos, estamos<br />
a tirar benefícios dessa globalização.<br />
De facto, enquanto que na Europa o crescimento<br />
é quase inexistente, na Ásia e nas<br />
Américas estamos a conseguir manter um<br />
crescimento sustentado. Desta forma, e<br />
como é do conhecimento público, esperamos<br />
atingir em pleno os objetivos globais<br />
a que nos propusemos e que anunciámos.<br />
A procura de pneus budget tem aumentado<br />
em to<strong>dos</strong> os merca<strong>dos</strong>?<br />
Em termos globais, não diria isso de<br />
forma definitiva. Com a melhoria do poder<br />
de compra e o crescimento da classe<br />
média em muitos países do mundo, o que<br />
se verifica é, claramente, um aumento na<br />
procura de pneus UHP e SUV. Também o<br />
aumento da sensibilidade do cliente final a<br />
fatores de performance, como a economia<br />
“Enquanto que<br />
na Europa o<br />
crescimento é<br />
quase inexistente,<br />
na Ásia e nas<br />
Américas estamos<br />
a conseguir um<br />
crescimento<br />
sustentado”.<br />
de combustível, a distância de travagem, o<br />
comportamento em piso molhado e o reduzido<br />
ruído de rolamento, não trabalha a<br />
favor da procura de produtos do segmento<br />
budget. Contudo, reconheço que quando<br />
um mercado está a viver perío<strong>dos</strong> de dificuldades<br />
económicas, existe tendência<br />
para o aumento temporário da procura<br />
de produto budget.<br />
E as vendas de pneus premium, têm<br />
crescido ou diminuído?<br />
Posso afirmar que a tendência global<br />
é para o crescimento sustentado do segmento<br />
premium nos vários continentes.<br />
Considera que os pneus chineses ainda<br />
têm má qualidade ou já conseguem<br />
atingir bons níveis de construção e desempenho?<br />
Mesmo nos pneus chineses, há que destrinçar<br />
em função <strong>dos</strong> fabricantes e marcas.<br />
Diria que a generalidade das marcas<br />
que têm origem nesse país asiático são<br />
de má qualidade. No entanto, já aparecem<br />
algumas (ainda poucas) marcas que<br />
apostam na melhoria <strong>dos</strong> produtos, a nível<br />
de construção e de performance, como<br />
forma de melhor conseguirem penetrar<br />
em merca<strong>dos</strong> maduros e conscientes do<br />
que tem de ser exigido aos pneus que<br />
equipam os automóveis.<br />
O caminho que os fabricantes chineses<br />
têm a percorrer ainda é muito longo e demorado,<br />
mas temos de manter-nos atentos<br />
ao seu desenvolvimento, para não corrermos<br />
o risco de apanhar surpresas.<br />
“A minha visão pessoal é que, em<br />
breve, irão aparecer novas gerações<br />
de pneus inteligentes. E não é<br />
só o TPMS a que me refiro. Serão<br />
pneus com chips integra<strong>dos</strong>, que<br />
vão comunicar com o automóvel<br />
e, quiçá, com o computador do<br />
especialista que instalou os pneus<br />
na viatura e com o fabricante de<br />
<strong>dos</strong> mesmos. O aparecimento<br />
destes pneus, a acontecer, vai<br />
exigir muito mais formação<br />
tecnológica ao retalhista mas, ao<br />
mesmo tempo, cria condições<br />
para aumentar o peso do serviço<br />
no pacote vendido, além de trazer<br />
oportunidades para a gestão<br />
do parque de clientes e para a<br />
retenção destes”.<br />
Como se podem defender os pequenos e<br />
médios distribuidores e as próprias oficinas<br />
independentes <strong>dos</strong> grandes construtores<br />
de pneus?<br />
Não é só na área de negócio de pneus que a<br />
malha de distribuição estará a achatar-se cada<br />
vez mais. Essa viragem para uma organização<br />
“lean” é uma das formas que permitem otimizar<br />
o custo de distribuição, nomeadamente<br />
pela redução do número de intervenientes<br />
na cadeia. A evolução e modernização <strong>dos</strong><br />
canais de distribuição de pneus vai, decerto,<br />
reduzir o campo de ação <strong>dos</strong> distribuidores.<br />
Contudo, continuo convicto que irão manter-<br />
-se nichos que continuam, de forma salutar, a<br />
ter necessidade destes operadores.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 21
Salão Frankfurt 2015<br />
//////////////////<br />
<strong>Pneus</strong> (quase) ofuscara<br />
Nem só de lançamentos<br />
de novos modelos se fez a<br />
edição de 2015 de um <strong>dos</strong><br />
mais prestigia<strong>dos</strong> salões<br />
de automóveis do mundo.<br />
No certame de Frankfurt,<br />
as marcas de pneus<br />
apresentaram-se em peso<br />
e com muitas novidades<br />
na “manga”. Aqui ficam as<br />
principais<br />
Por: José Silva<br />
Nem a chanceler alemã Angela Merkel faltou ao evento que teve lugar em Frankfurt<br />
Ouniverso <strong>dos</strong> pneumáticos não se<br />
pode dissociar da indústria automóvel.<br />
Por isso, foi com agrado<br />
que confirmámos a presença de<br />
vários fabricantes de pneus na última edição<br />
do Salão de Frankfurt (IAA), que decorreu<br />
até ao passado dia 27 de setembro. Entre os<br />
vários fabricantes, destacaram-se as marcas<br />
mais conhecidas no mundo <strong>dos</strong> pneus, que<br />
mostraram produtos muito interessantes<br />
do ponto de vista tecnológico e até do que<br />
pode vir a ser a roda de borracha no futuro.<br />
Nestas duas páginas, pode ficar a conhecer<br />
o que cada um <strong>dos</strong> principais fabricantes de<br />
pneus apresentaram no certame alemão.<br />
Bridgestone<br />
No espaço reservado ao fabricante japonês,<br />
o grande ênfase foi dado ao Ecopia EP500,<br />
um pneu com tecnologia ologic que a marca<br />
desenhou, exclusivamente, para o citadino<br />
100% elétrico BMW i3. Presença destacada<br />
tiveram, também, os modelos Turanza T001<br />
Touring e Dueler H/P Sport, para além <strong>dos</strong><br />
novos pneus de inverno Blizzak LM-80 EVO<br />
para SUV e Blizzak LM001. Pertença da<br />
marca Bridgestone, a Firestone também<br />
foi aposta para Frankfurt, onde se mostrou<br />
com os pneus de corrida Firehawk, símbolo<br />
de domínio da Firestone na Fórmula Indy.<br />
A marca de “segunda linha” da Bridgestone<br />
aproveitou ainda para mostrar o Destination<br />
HP para SUV e o Multiseason, sendo este<br />
último um pneu todas as estações desenvolvido<br />
especificamente para a Europa.<br />
Continental<br />
Quanto aos alemães da Continental, não<br />
perderam tempo e desvendaram algumas<br />
novidades que foram desenvolvidas no<br />
seio do grupo, que não se dedica apenas à<br />
produção de pneus. O SportContact 6 (que<br />
apresentaremos em detalhe na próxima edição)<br />
foi a maior estrela e inova no que diz<br />
respeito à borracha que integra. Criado no<br />
departamento de desenvolvimento em Hanover,<br />
o novo Continental SportContact6 é<br />
produzido em 41 dimensões, para jantes de<br />
O Ecopia EP500 foi a vedeta da Bridgestone na edição de 2015 do Salão de Frankfurt<br />
O Pilot Sport 4 da Michelin foi um <strong>dos</strong><br />
protagonistas da montra germânica<br />
19” a 23”. Segundo o fabricante germânico,<br />
este novo pneu está particularmente vocacionado<br />
para propostas desportivas, como<br />
o Audi R8 ou o Porsche 911, bem como para<br />
veículos executivos, como o BMW Série 5 ou<br />
o Mercedes-AMG.<br />
Michelin<br />
A Michelin, fabricante francês de renome,<br />
também não perdeu a oportunidade de<br />
mostrar ao mundo um rol de novidades<br />
em Frankfurt. Para além <strong>dos</strong> CrossClimate,<br />
que a marca deu a conhecer no Salão de<br />
Genebra, em março último, a Michelin aproveitou<br />
o certame alemão para desvendar o<br />
novo Pilot Sport 4 e, também, a tecnologia<br />
Michelin Acoustic, que permite atenuar o<br />
ruído <strong>dos</strong> pneus no habitáculo. Esta tecnologia<br />
é composta por uma banda de mousse<br />
constituída por poliuretano que é colocada<br />
na face interna do pneu, acabando por ab-<br />
22 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015
m carros<br />
sorver o ruído produzido por cavitação. A<br />
Michelin afirma que esta mousse tem de<br />
ser adaptada a cada pneu, uma vez que<br />
to<strong>dos</strong> têm geometrias diferentes. Para já,<br />
o fabricante gaulês utiliza esta tecnologia<br />
no Pilot Sport 3, que equipa, de origem, o<br />
Mercedes-AMG S 63 Coupé.<br />
Kumho<br />
O fabricante sul-coreano de pneus aproveitou<br />
a realização do IAA 2015 para mostrar<br />
ao mundo algumas tecnologias. Uma das<br />
grandes vedetas foi o Wattrun, um pneu<br />
desenvolvido para veículos elétricos que é<br />
25% mais leve do que os pneus atualmente<br />
em uso pelos automóveis elétricos que estão<br />
em comercialização. A Kumho mostrou<br />
ainda os pneus Run Flat com renovadas caraterísticas<br />
de segurança e de auto-selante,<br />
que evitam uma fuga de ar em caso de furo.<br />
Este é o primeiro produto do género a ser<br />
apresentado por um fabricante sul-coreano.<br />
Em estreia no novo SsangYong Tivoli, o SUV<br />
da marca oriunda da Coreia do Sul, a Kumho<br />
desvendou os XAV e XLV, ambos destina<strong>dos</strong><br />
a percursos fora de estrada. O XAV exibe um<br />
piso inspirado nas pegadas de uma cabra<br />
montanhesa e o XLV anuncia uma superfície<br />
excelente para pisos molha<strong>dos</strong>.<br />
Hankook<br />
Outra das marcas que mostrou todo o vigor<br />
da suas novidades foi a Hankook. Depois de<br />
um ano de 2015 onde se tornou fornecedor<br />
oficial de pneus para as marcas alemãs, como<br />
a BMW, a Audi, a Mercedes-Benz, a Porsche e<br />
a VW, o fabricante de pneus mostrou outras<br />
novidades no certame de Frankfurt. A nova<br />
gama de pneus de inverno para a Europa,<br />
Foram muitas as novidades da Nexen. A marca deu nas vistas pelo espaço futurista<br />
A Kumho mostrou os pneus Run Flat com<br />
renovadas características de segurança<br />
winter i cept foi uma das estreias que anuncia<br />
um novo composto de sílica que reforça<br />
a sua utilização em pisos escorregadios. A<br />
Hankook mostrou ainda os seus novos protótipos<br />
de pneus: Boostrac, alpine e hyBlade.<br />
O primeiro, facilita a circulação em areia. O<br />
segundo, em pisos com neve. E o terceiro,<br />
permite circular em solos repletos de água.<br />
Pirelli<br />
Os italianos da Pirelli também não quiseram<br />
faltar ao salão germânico, local que<br />
escolheram para celebrar a marca das duas<br />
mil homologações <strong>dos</strong> seus produtos premium.<br />
O fabricante transalpino passa, desta<br />
forma, a equipar modelos de topo, como o<br />
SUV da Bentley, o Bentayga, o Mercedes-<br />
-Benz GLC, os BMW X1 e Série 7 e o SUV da<br />
Jaguar, denominado F-Pace. A Pirelli criou<br />
ainda pneus específicos para os novos Alfa<br />
Romeo Quadrifoglio Verde e já fez saber que<br />
equipará, de série, o novo Audi A4 com o<br />
modelo Cinturato P7. Este último, dispõe da<br />
inscrição AO na parede lateral, que significa<br />
Audi Original. Ou seja, foi concebido especificamente<br />
para o familiar da Audi.<br />
Nexen<br />
A Nexen apresentou no IAA 2015 um<br />
portefólio de 13 novidades, entre pneus de<br />
inverno, de verão, de tecnologia e de OE<br />
(equipamento original). A marca apresentou-<br />
-se num espaço futurista, que transportou os<br />
visitantes para um ano longínquo, sempre<br />
apoiado pelos pneus deste fabricante. Para<br />
além das apresentações, a marca sul-coreana<br />
deu ênfase à fábrica de Zatec, na República<br />
Checa, onde realizou diversos melhoramentos,<br />
que vai passar a produzir pneus para os<br />
veículos europeus. A Nexen fornece pneus<br />
como equipamento original para vários fabricantes<br />
globais de automóveis, como a<br />
FCA (Fiat Chrysler Automobiles), Mitsubishi,<br />
Fiat, Volkswagen, Chrysler, Skoda e Seat. A<br />
presença da Nexen no Salão de Frankfurt<br />
visou reforçar a sua estratégia de implantação<br />
no Velho Continente.<br />
Os protótipos Boostrac, alpine e hyBlade realçaram a Hankook<br />
A Pirelli exibiu a sua<br />
gama de pneus para F1<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 23
Notícias Mercado<br />
15 mil visitas mensais<br />
REVISTA DOS PNEUS<br />
lança novo site<br />
A <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> lançou um novo site, apostando numa<br />
imagem mais moderna e numa navegação mais fácil e intuitiva<br />
Aatualizado diariamente, conta com<br />
uma média de mais de 15.000 visitas<br />
mensais, sendo já uma referência neste<br />
mercado.Destaque para as novas secções:<br />
<strong>Pneus</strong>; Equipamentos; Mundo Automóvel;<br />
Eventos; Entrevistas; Multimédia, onde se<br />
incluem as reportagens de vídeo que regularmente<br />
fazemos às empresas do setor.<br />
O novo site tem agora tradução simultânea<br />
para sete línguas, o que permite ser visto<br />
por um maior número de pessoas em todo<br />
mundo.A melhoria e a modernização desta<br />
plataforma em termos de imagem e conteú<strong>dos</strong><br />
são um sinal claro da vontade, cada<br />
vez maior, de aproximação aos seus leitores,<br />
não tendo sido esquecida a sua adapta-<br />
Tecnologias de informação<br />
App da RP já<br />
está disponível<br />
w Em simultâneo com o lançamento do<br />
novo site, a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> disponibiliza<br />
uma aplicação móvel dedicada,<br />
exclusivamente, ao mercado <strong>dos</strong> pneus.<br />
Esta aplicação permite consultar online,<br />
de uma forma rápida e integral, todas as<br />
edições da revista, as últimas notícias do<br />
setor, os vídeos mais recentes e muitos<br />
conteú<strong>dos</strong> extra, exclusivos da edição<br />
digital.<br />
Destaques<br />
To<strong>dos</strong> os dias, damos destaque a<br />
várias notícias sobre o setor<br />
Edições online<br />
Todas as edições podem ser<br />
consultadas em formato digital,<br />
existindo, inclusive, um arquivo<br />
Diariamente, são publicadas notícias<br />
de produtos e serviços lança<strong>dos</strong> no<br />
mercado, que abrangem categorias tão<br />
variadas como novos pneus para ligeiros<br />
e pesa<strong>dos</strong>, equipamentos, serviços,<br />
reportagens, eventos e entrevistas, entre<br />
outras áreas de interesse. A app da RP<br />
funciona não só como uma edição online<br />
da publicação, mas potencia a relação<br />
<strong>dos</strong> seus utilizadores com a Marca<br />
<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />
Últimas notícias<br />
Tudo o que se passa no mundo<br />
<strong>dos</strong> pneus, tem presença assídua<br />
no menu das notícias<br />
Canal TV<br />
Reportagens, eventos,<br />
conferências, entrevistas. Tudo à<br />
distância de um clique<br />
ção às redes sociais. O novo site torna-se,<br />
assim, numa importante ferramenta de<br />
comunicação, essencial para as empresas<br />
que querem apresentar os seus produtos<br />
e serviços aos profissionais do pós-venda.<br />
O site reflete a identidade da revista e proporciona<br />
aos visitantes uma experiência de<br />
navegação avançada e muito completa.<br />
A partir da página inicial, os utilizadores<br />
podem aceder às várias secções já referidas.<br />
Podem ainda visionar to<strong>dos</strong> os conteú<strong>dos</strong><br />
do site a partir de qualquer equipamento.<br />
Seja ele computador portátil, de desktop,<br />
tablet ou telemóvel.<br />
24 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015
ENJOY THE SUMMER<br />
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Importador oocial<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 25
Notícias Mercado<br />
VIPAL BORRACHAS<br />
faz parceria com TransJHL<br />
A Vipal Borrachas continua a investir na sua expansão europeia. Desta<br />
vez, a empresa fechou uma importante parceria com a transportadora<br />
TransJHL Transportes e Logística, da cidade de Mangualde<br />
A Vipal Borrachas quer apostar na logística<br />
<strong>dos</strong> seus produtos no eixo entre Portugal e<br />
Espanha. E, como consequência, os clientes<br />
da região. Nesse sentido, estabeleceu uma<br />
parceria com a Trans JHL, garantindo uma<br />
maior rapidez no atendimento. A Trans JHL<br />
é uma empresa portuguesa de logística<br />
criada em 2007 e especializada no transporte<br />
rodoviário nacional e internacional.<br />
Oferece um serviço diferenciado e como<br />
parte da parceria alguns camiões da empresa<br />
vão contar com a identidade visual<br />
A parceria visa<br />
aumentar a rapidez<br />
<strong>dos</strong> serviços da<br />
Vipal Borrachas<br />
da Vipal Borrachas. “Achamos muito importante<br />
investir no relacionamento com<br />
os clientes da região pois, desta forma,<br />
estamos a reforçar cada vez mais a nossa<br />
presença em Portugal e na Península Ibérica”,<br />
destaca Alessandro Campos, gerente<br />
da Vipal Europa. A JHL, que faz a recauchutagem<br />
de to<strong>dos</strong> os pneus da sua frota com<br />
produtos da Vipal, é cliente da recauchutadora<br />
RSM Recauchutagem, localizada em<br />
Guimarães, e teve um papel importante no<br />
estabelecimento desta parceria.<br />
Victor Cañizares<br />
nomeado Conselheiro<br />
Yokohama<br />
Victor Manuel Cañizares, Vice-<br />
-Presidente de Vendas e Marketing<br />
da Yokohama, foi nomeado<br />
Conselheiro deste fabricante.<br />
Começou a sua carreira na Yokohama.<br />
Dezoito anos depois e em<br />
virtude do bom trabalho e do<br />
reconhecimento obtido junto<br />
<strong>dos</strong> acionistas, foi nomeado Conselheiro<br />
a 23 de junho de 2015.<br />
Victor Cañizares desempenhou<br />
diferentes funções ao longo<br />
da sua carreira profissional<br />
na Yokohama. O seu começo<br />
no departamento logístico e,<br />
posteriormente, no comercial,<br />
levaram-no a alcançar um amplo<br />
conhecimento interno da companhia<br />
e do setor, passando a<br />
assumir um cargo de direção,<br />
sendo especialmente relevante a<br />
sua evolução profissional desde<br />
2009. Ano em que a Yokohama<br />
Iberia, S.A. foi adquirida a 100%<br />
por capital japonês, passando a<br />
ser uma subsidiária da Yokohama<br />
Rubber Co.<br />
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26 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015
Zeetex renova site<br />
A Zeetex, fabricante de pneus, renovou<br />
o seu site de forma a torná-lo mais atrativo<br />
e oferecer uma experiência de navegação<br />
muito mais simples. Através de um design<br />
mais atraente, proporciona um novo formato<br />
gráfico e a informação <strong>dos</strong> produtos está<br />
exposta de forma mais simples. Descrevendo<br />
o site, Rahavendra Sanga, responsável pela<br />
comunicação da marca, referiu que “a partir<br />
da perspetiva do nosso público-alvo, este site<br />
funciona como se fosse mais um produto da<br />
nossa gama. Acreditamos que o novo design<br />
do portal deixa os utilizadores navegarem<br />
à sua vontade e faz com que eles consigam<br />
obter exatamente aquilo que procuram”. O<br />
renovado site tem uma nova secção, que<br />
mostra o produto e os últimos eventos para<br />
determinadas regiões do globo, segui<strong>dos</strong><br />
de vídeos e menus de produtos. A versão<br />
inglesa está quase concluída e prestes a<br />
entrar em ação. Em breve, este novo site<br />
estará disponível em outras línguas.<br />
Os novos responsáveis<br />
Corrado Moglia (à esq.)<br />
e Stefan Fischer (à dir.)<br />
GITI TIRE tem nova organização europeia<br />
Enki Tan, presidente executivo da Giti<br />
Tire, anunciou que Stefan Fischer e<br />
Corrrado Moglia foram nomea<strong>dos</strong> diretores<br />
da área de gestão para a Europa.<br />
Fischer vai ser diretor-geral de tecnologia<br />
e produto, setor que inclui a pesquisa e o<br />
desenvolvimento, o planeamento de produto<br />
e a engenharia de campo.Quanto a<br />
Moglia, fica com o cargo de diretor-geral<br />
para a Europa dedicada às operações comerciais,<br />
setor que inclui vendas e marketing.<br />
Enki Tan afirmou estar “muito<br />
satisfeito pelo facto de Stefan e Corrado<br />
terem aceite os respetivos cargos e assumirem<br />
a responsabilidade das operações<br />
europeias da Giti Tire”.<br />
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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 27
Notícias Mercado<br />
HANKOOK equipa de série novo Audi A4<br />
Audi elegeu a Hankook como fornecedora<br />
oficial de pneus para os<br />
A<br />
novos Audi A4 e A4 Avant. O modelo<br />
de pneu escolhido foi o Ventus S1 evo2<br />
nas medidas de 17” e 19”. Fabrica<strong>dos</strong><br />
em exclusivo na unidade da marca na<br />
Hungria, oferecem uma resistência ao<br />
rolamento especialmente baixa, sem<br />
comprometer o comportamento ou a<br />
segurança.“As últimas modificações<br />
da nova geração do A4 centram-se<br />
principalmente na redução da resistência<br />
ao rolamento”, explica Ho-Youl Pae,<br />
diretor da Hankook Tire na Europa.“Os<br />
pneus da gama Ventus S1 evo² foram<br />
desenvolvi<strong>dos</strong> para satisfazer estes requisitos<br />
de forma sustentável. Depois<br />
de termos equipado os modelos Audi<br />
TT e TTS com pneus nossos, estamos<br />
muito orgulhosos de poder fornecer<br />
também pneus OE para a nova família<br />
A4”, conclui este responsável.<br />
O fabricante sulcoreano<br />
é, cada vez<br />
mais, solicitado pelos<br />
construtores alemães<br />
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28 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 29
Notícias Mercado<br />
Mitas faz demonstração SISTEMA AIRCELL<br />
Mitas apresentou o AirCell, uma câmara<br />
A exclusiva e inovadora, que permite encher<br />
com cerca de um bar de pressão (0,8 a<br />
1,8) os grandes pneus agrícolas em apenas<br />
meio minuto, ou seja, 10 vezes mais rápido<br />
do que os atuais sistemas de enchimento.<br />
O AirCell está localizado na jante, dentro<br />
do pneu, e ocupa, aproximadamente, 30%<br />
do volume do mesmo. Foi desenvolvido<br />
para os pneus Mitas 710/75 R42 SFT e vai<br />
estar disponível para outra medidas dentro<br />
em breve.Durante a utilização do pneu,<br />
o AirCell está constantemente cheio no<br />
seu máximo (8 bar), libertando parte da<br />
pressão de acordo com o que o pneu vai<br />
necessitando, o que permite incrementar<br />
e ajustar a pressão do pneu em segun<strong>dos</strong>,<br />
em vez de minutos. Este sistema vai estar<br />
disponível no trator Fendt Vario, equipado<br />
com pneus Mitas, a partir de novembro<br />
de 2016.<br />
Em apenas<br />
meio minuto,<br />
o AirCell<br />
permite<br />
encher pneus<br />
agrícolas<br />
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30 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015
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SAVA APRESENTA<br />
novas medidas<br />
Sava Tires incluiu na sua oferta<br />
A novas medidas de pneus para camião,<br />
de modo a proporcionar uma<br />
gama mais vasta de opções aos clientes<br />
preocupa<strong>dos</strong> com os custos. As<br />
cinco novas medidas de pneus para<br />
camião juntam-se à última geração das<br />
gamas Avant 4 (pneus de direção), Orjak<br />
(pneus de tração) e Cargo 4 (pneus para<br />
atrela<strong>dos</strong>) e abrangem tamanhos de<br />
proporção de perfil baixo, cada vez mais<br />
populares. Os tamanhos 295/60R22.5<br />
e 315/60R22.5 estão agora disponíveis<br />
nas gamas de pneus de direção Avant<br />
4 e pneus de tração Orjak 4, bem como<br />
nos pneus para atrelado Cargo 4 no<br />
tamanho 385/55R22.5. Tal como os<br />
pneus de outras medidas, estes novos<br />
exibem a inscrição M+S (Lama e Neve)<br />
na parede lateral, o que garante um<br />
desempenho superior em condições<br />
de neve comparado com um pneu sem<br />
esta classificação. <br />
DE TERÇA-FEIRA 13 A SÁBADO 17 DE OUTUBRO<br />
DAS 9H ÀS 18H ● NOTURNA QUINTA-FEIRA 15 DE OUTUBRO ATÉ ÀS 21H<br />
PARIS NORD VILLEPINTE ● FRANÇA<br />
O mundo do pós-venda espera por si<br />
Sensor de pressão de pneus Kavo<br />
A Kavo reforçou a sua oferta de sensores de pressão<br />
de pneus, uma vez que o aumento da procura tem<br />
crescido por causa da obrigatoriedade em os utilizá-<br />
-los. Assim, a Kavo passou a incluir também no seu<br />
catálogo um sensor TPMS, que deverá aumentar a<br />
segurança, reduzir o consumo e prevenir o desgaste<br />
em excesso. A marca afirma ainda que, ao escolher<br />
este sensor, o cliente adquire qualidade OE e precisão,<br />
pois este componente realiza medição direta. Além de<br />
conveniência, uma vez que este sensor está pré-programado,<br />
o que reduz o tempo de instalação. A gama<br />
é vasta e a entrega é rápida.<br />
Mais de 1.500 expositores e 100.000 visitantes<br />
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Notícias Mercado<br />
EQUIPAMENTO DO CHELSEA<br />
inspirado em pneus<br />
equipamento da equipa de futebol<br />
O do Chelsea, treinada pelo português<br />
José Mourinho, foi inspirada em… pneus.<br />
Tudo porque o patrocinador da equipa londrina<br />
é a Yokohama. Nas novas camisolas, o<br />
preto é a cor predominante, apresentando,<br />
também, pequenas listas horizontais de cor<br />
cinzenta ao longo do tronco.<br />
Michelin premeia<br />
fornecedores<br />
O Grupo Michelin premeia,<br />
anualmente, seis fornecedores<br />
pelo seu excecional contributo<br />
para as atividades do fabricante.<br />
Desde 2011 que o grupo francês<br />
distingue os seus melhores fornecedores<br />
através <strong>dos</strong> “Suppliers<br />
Awards”. Basea<strong>dos</strong> num rigoroso<br />
processo de avaliação, estes prémios<br />
têm o objetivo de reconhecer<br />
a excelência na sua relação com<br />
a marca. A qualidade <strong>dos</strong> elos<br />
de ligação com os fornecedores<br />
é, para o grupo, um fator-chave<br />
para o sucesso, pois as compras da<br />
Michelin representam quase 60%<br />
do seu volume de negócio anual.<br />
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área de contacto pneu/pavimento extra larga, reduzindo a pressão no solo. Ao proteger o solo<br />
da compactação, garante uma maior produtividade e um maior rendimento das colheitas. Além<br />
disso, a sua resistência reduzida ao rolamento permite um baixo consumo de combustível e<br />
emissões baixas, ajudando-o a produzir mais e de forma sustentável.<br />
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32 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015
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Notícias Mercado<br />
HUGO CARVALHO na liderança da Vulco<br />
Hugo Carvalho assumiu a direção da<br />
rede de oficinas Vulco no dia 3 de setembro<br />
de 2015, substituindo no cargo<br />
Alberto Villarreal, que passa a liderar a<br />
área de marketing da empresa. A Vulco é<br />
detida pela Goodyear Dunlop Iberia, dentro<br />
da divisão de retalho da marca. Hugo<br />
Carvalho iniciou o seu percurso na Goodyear<br />
Dunlop em 2005, como marketing<br />
manager para Portugal. Posteriormente,<br />
foi transferido para a sede da companhia,<br />
em Bruxelas, onde desempenhou a função<br />
de marketing manager Dunlop e de commerce<br />
director para a EMEA. Desde 2012<br />
que começou a desenvolver as funções<br />
de country manager em Portugal, posição<br />
que irá manter e conjugar com as suas<br />
novas responsabilidades. Hugo Carvalho<br />
irá reportar diretamente a Luca Crepaccioli,<br />
diretor-geral da Goodyear Dunlop Europa,<br />
que acerca desta nomeação afirmou: “O<br />
Hugo demonstrou ser capaz de alcançar<br />
grandes objetivos à frente do mercado português.<br />
Não tenho dúvida que irá liderar<br />
a rede Vulco com a garantia de continuar<br />
o excelente trabalho que Alberto tem desenvolvido<br />
nos últimos anos”.<br />
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recauchutando e valorizando-os como fonte de energia.<br />
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GT Radial SportActive<br />
A Giti Tire apresentou um<br />
novo pneu de altas prestações<br />
que assenta numa nova carcaça<br />
e numa designação muito assertiva:<br />
GT Radial SportActive. A<br />
criação foi toda feita pelo departamento<br />
de desenvolvimento e<br />
pesquisa da Giti Tire em Hanover,<br />
na Alemanha. É o primeiro<br />
pneu a utilizar um composto<br />
que assegura um contacto com<br />
a estrada que lhe permite ter<br />
“grip” imediato e um período de<br />
vida útil muito homogéneo.Na<br />
gama de pneus GT Radial, o<br />
SportActive recebeu classificação<br />
B em piso molhado e C em<br />
resistência ao rolamento.Está<br />
disponível em oito medidas<br />
na fase de lançamento, mas a<br />
gama será reforçada com mais<br />
22 antes do final de 2015. Pode<br />
ser adquirido para jantes entre<br />
16 e 19” com símbolos de velocidade<br />
W e Y, medidas entre<br />
195 e 265 mm e série 35 a 55.<br />
A Giti Tire aposta nestes pneus<br />
para automóveis de cariz mais<br />
desportivo.<br />
<strong>34</strong> | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015
Dayton entra no<br />
segmento de pesa<strong>dos</strong><br />
A Dayton prepara-se para agitar<br />
o segmento de pneus para<br />
camiões com uma nova gama de<br />
grande qualidade, já disponíveis<br />
no mercado. Prometendo “excelentes<br />
prestações ao melhor preço”, a<br />
nova gama de pneus para camiões<br />
Dayton chega ao mercado com o<br />
selo de qualidade da Bridgestone.<br />
Além disso, e ao contrário do que<br />
acontece no caso de alguns <strong>dos</strong><br />
seus concorrentes, esta gama tem<br />
uma boa capacidade de recauchutagem,<br />
tornando-os competitivos<br />
face às outras marcas.<br />
Novos centros Euromaster EM PORTUGAL<br />
Seguindo o seu ambicioso plano de expansão,<br />
apresentado no fim de outubro<br />
de 2014, a Euromaster anunciou agora que,<br />
este ano, já abriram mais quatro centros<br />
em Portugal, confirmando, assim, a sua<br />
ambição de ser líder de mercado de pneus<br />
e manutenção de veículos, de acordo com<br />
o seu plano estratégico para o período<br />
2014-2019. Este está sustentado em três<br />
pilares: expansão da rede, evolução do<br />
modelo de negócio e satisfação do cliente.<br />
Em Portugal, através do modelo de franchising,<br />
a rede líder europeia continua<br />
a crescer em número e consolida a sua<br />
posição no mercado de pneus e manutenção<br />
de veículos. Com a abertura <strong>dos</strong><br />
novos centros, a Euromaster reforça a<br />
sua cobertura geográfica no norte com<br />
os pontos Euromaster Petropneus, em<br />
Ponte de Lima, e Euromaster Silpneus,<br />
em Freixo de Cima. Na região centro, com<br />
o Euromaster Pneurib, na Sertã. E, no sul<br />
do país, com o Euromaster Anino <strong>Pneus</strong>,<br />
situado na cidade de Lagos.<br />
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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 35
Notícias Mercado<br />
Europ Assistance<br />
alarga garantias<br />
A Europ Assistance<br />
complementa a sua oferta<br />
na área da assistência<br />
automóvel com o<br />
lançamento da cobertura<br />
de furo e rebentamento<br />
de pneus. Na sequência<br />
de danos isola<strong>dos</strong> em<br />
pneus do veículo seguro<br />
que impossibilitem a<br />
sua reparação, a Europ<br />
Assistance garante o<br />
pagamento direto da<br />
respetiva substituição<br />
a uma oficina por si<br />
designada. Esta garantia<br />
está limitada a dois pneus<br />
por ano e a um valor<br />
máximo de €200 por<br />
pneu, de acordo com o<br />
nível de desgaste.<br />
GRUPO ANDRÉS: dois milhões de pedi<strong>dos</strong><br />
A<br />
web profissional do Grupo<br />
Andrés registou o pedido<br />
dois milhões no passado dia 28<br />
de julho, menos de três anos<br />
depois de alcançar o pedido<br />
um milhão. Este número confirma<br />
a atividade constante de<br />
uma página de Internet que começou<br />
a funcionar em janeiro<br />
de 2008. O pedido um milhão<br />
foi alcançado no dia 15 de<br />
setembro de 2012, depois de<br />
280 milhões de euros fatura<strong>dos</strong><br />
através desta forma de venda.<br />
A página web do Grupo Andrés<br />
está disponível para Portugal e<br />
Espanha e é tão “potente” que<br />
consegue suportar milhares<br />
de cliques ao mesmo tempo.<br />
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36 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015
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Notícias Mercado<br />
Kumho lança pneu<br />
PARA SUV DE LUXO<br />
Kumho Tire lançou um novo<br />
A modelo de pneu da gama Crugen.<br />
O Premium KL33 vai começar<br />
a ser vendido e permite ampliar<br />
a extensa gama da marca para<br />
modelos SUV. O Crugen Premium<br />
KL33 é um pneu All Season que<br />
atinge um nível de sofisticação<br />
elevado. Foi desenvolvido para<br />
atingir to<strong>dos</strong> os objetivos do dia-a-<br />
-dia, tanto numa condução urbana<br />
com a velocidades mais elevadas.<br />
O novo desenho estrutural do<br />
pneu anuncia firmeza, excelente<br />
resposta da direção e uma excecional<br />
sensação de condução em<br />
autoestrada, tanto em piso molhado<br />
como superfícies com neve.<br />
O novo Crugen Premium KL33 está<br />
disponível em jantes de 17” a 19”,<br />
nas séries 65 a 55. O crescimento<br />
<strong>dos</strong> modelos SUV potenciou o seu<br />
desenvolvimento.<br />
Alliance Tire Group apresenta<br />
novidades na Agritechnica 2015<br />
Líder no mercado de pneus agrícolas e de máquinas<br />
industriais (OHT), a Alliance Tire Group (ATG) vai<br />
lançar uma gama de novos produtos deste segmento,<br />
de forma a reforçar a sua posição no mercado. As<br />
inovações serão mostradas e lançadas na Agritechnica<br />
2015, que se realiza de 10 a 14 de novembro, em<br />
Hanover, na Alemanha. Um <strong>dos</strong> produtos inovadores<br />
é o 380 VF Flotation Radial na dimensão 650/55 R26.5,<br />
que pode carregar até mais 40% de carga quando<br />
comparado com o pneu padrão deste segmento, com<br />
a mesma pressão para a mesma carga.<br />
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38 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015
Zafco tem novo SITE GLOBAL<br />
Zafco regressa em força com um site<br />
A oficial de imagem renovada, tornando-<br />
-o numa plataforma obrigatória para o setor<br />
e para os visitantes. O site é muito completo<br />
mas, ao mesmo tempo, fácil de navegar em<br />
cada secção, de forma a conseguir as últimas<br />
atualizações e acontecimentos. A combinação<br />
do conteúdo gráfico e de texto mantém o interesse<br />
<strong>dos</strong> visitantes, enquanto que a informação<br />
é muito completa e inclui desde a história,<br />
alguns marcos principais e as atividades da<br />
empresa. O responsável pela comunicação<br />
e marketing da Zafco, Raghavendra Sanga,<br />
afirmou que “a empresa acredita no futuro,<br />
aumentando a identidade da marca em todo<br />
o mundo, levando o seu portefólio de marcas<br />
para um novo nível. E é, desta forma, que reforçamos<br />
o slogan da Zafco: Grow Together”.<br />
Falken nomeia novo<br />
diretor de marketing<br />
O fabricante japonês Falken,<br />
nomeou Stephan Cimbal como<br />
responsável de marketing para<br />
a Europa. Neste seu novo posto,<br />
Cimbal vai reportar a Markus Bögner,<br />
diretor de marketing para a<br />
Europa da Falken. Este posto é<br />
o primeiro papel de direção do<br />
novo responsável de marketing<br />
da marca, um economista que<br />
trabalhou anteriormente na companhia<br />
como consultor. Cimbal<br />
começou a sua carreira profissional<br />
na Brauerei Beck, onde<br />
foi responsável pelos eventos,<br />
patrocínios e relações públicas<br />
para a marca de cerveja Beck´s.<br />
Posteriormente, trabalhou como<br />
diretor de marketing na HVG<br />
Sports.<br />
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VIVEMOS A EXPERIÊNCIA<br />
no mesmo campo<br />
Capacidade de carga a baixa pressão<br />
Menor compactação do solo<br />
Excelente tração<br />
Alta velocidade<br />
Baixo consumo de combustivel<br />
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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 39
Notícias Mercado<br />
PRIMEWELL lança pneu expandido para camiões<br />
Primewell, marca da Giti<br />
A Tire, lançou um novo pneu<br />
na Europa. Trata-se do PSR125<br />
Combi Road, que alia um novo<br />
processo de fabrico da carcaça à<br />
otimização do desenho do piso<br />
e a um composto desenvolvido<br />
especialmente para este produto.<br />
Projetado para utilização internacional<br />
e regional, este pneu incrementa<br />
a manobrabilidade do<br />
veículo, minimizando o desgaste<br />
e aumentando a quilometragem.<br />
O piso apresenta ainda propriedades<br />
para ejeção de pedras nos<br />
sulcos e proteção face a cortes. A<br />
marca dispõe de uma sólida reputação<br />
em Portugal, oferecendo<br />
excelentes pneus de camião e autocarro<br />
a um preço competitivo.<br />
PUB<br />
furos?<br />
nunca mais<br />
LASSA REFORÇA presença<br />
nas redes sociais<br />
Os pneus Lassa, produzi<strong>dos</strong><br />
pela Brisa, principal fabricante<br />
de pneus da Turquia e o<br />
sétimo maior da Europa, lançou<br />
um novo canal de media. A somar<br />
ao novo site global da empresa<br />
(www.lassa.com), a Lassa<br />
Tyres expandiu a presença nas<br />
redes sociais da marca, que inclui<br />
perfis no Twitter e no Instagram.<br />
O objetivo é expandir<br />
a presença da empresa nos<br />
media e melhorar a experiência<br />
<strong>dos</strong> consumidores de pneus<br />
Lassa através de comentários<br />
e ideias deixa<strong>dos</strong> nos perfis da<br />
empresa. A própria presença<br />
no Facebook vai ser reforçada.<br />
www.tyreprotector-portugal.com<br />
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Procuramos revendedores e<br />
oficinas para distribuição<br />
40 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015<br />
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T. (+351) 219938120<br />
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(+351) 924485991<br />
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Carlos Ferreira<br />
(+351) 924485986<br />
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Luís Visitação<br />
(+351) 924485992<br />
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Pedro Abreu<br />
(+351) 924485993<br />
pabreu@tiresur.com<br />
T. (+351) 219938120 I F. (+351) 219938129 I www.tiresur.com I encomendas@tiresur.com<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 41
Entrevista Humberto Matos<br />
“Chegar mais longe!”<br />
A Tiresur renovou a<br />
gestão da sua divisão<br />
portuguesa com a<br />
contratação de Humberto<br />
Matos, um profissional de<br />
renome que conta no seu<br />
currículo com mais de 27<br />
anos de percurso no setor<br />
<strong>dos</strong> pneus<br />
Por: João Vieira<br />
Humberto Matos começou a trabalhar<br />
no setor <strong>dos</strong> pneus em 1988<br />
com a Michelin. Daqui passou<br />
para a Hiperpneus, distribuidor<br />
da Hankook e da Toyo para Portugal, onde<br />
assumiu funções como chefe de vendas até<br />
2001. Depois, seguiu novo rumo para a Japorte,<br />
distribuidor da Uniroyal e Kumho em<br />
Portugal, onde permaneceu como gestor<br />
até ao ano passado. Agora, Humberto Matos<br />
começa a sua carreira como country manager<br />
da Tiresur Portugal. Em entrevista à<br />
<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, aborda a estratégia que<br />
vai seguir e a importância da marca GT Radial<br />
no crescimento da Tiresur em Portugal.<br />
Que objetivos pretende atingir como country<br />
manager da Tiresur Portugal?<br />
Na Tiresur Portugal, o meu grande objetivo<br />
é o de poder contribuir com o meu<br />
conhecimento e experiência de 27 anos<br />
neste mercado, para o crescimento e consolidação<br />
de uma posição de relevo e, se<br />
possível, de alguma liderança neste exigente<br />
e competitivo mercado português<br />
de pneus. Pretendo chegar o mais longe<br />
possível, tendo consciência que o “caminho”<br />
é longo e difícil.<br />
Como está estruturada a Tiresur Portugal<br />
a nível de recursos humanos e instalações?<br />
A Tiresur Portugal tem uma estrutura<br />
de 16 elementos, dividi<strong>dos</strong> pelos vários<br />
setores da empresa em que a estrutura<br />
comercial tem um destaque preponde-<br />
Perfil<br />
w w Com quase três décadas de experiência no setor <strong>dos</strong><br />
pneus, Humberto Matos começou o seu percurso profissional<br />
na Michelin. Depois, passou pela Hiperpneus e pela<br />
Japorte antes de chegar ao cargo que, atualmente, desempenha:<br />
country manager da Tiresur Portugal.<br />
rante e fundamental, sendo, neste caso,<br />
formada por quatro cComerciais e um diretor<br />
comercial, que prestam todo o apoio e<br />
acompanhamento aos clientes que temos<br />
pelo país. As nossas instalações situam-<br />
-se em Alverca, onde se centraliza toda a<br />
Empresa.<br />
Como define o fabricante <strong>dos</strong> pneus GT<br />
Radial?<br />
É um <strong>dos</strong> fabricantes mais importantes<br />
da Ásia, sendo, por isso, uma marca global,<br />
com um grande potencial de crescimento,<br />
facto pelo qual está numa crescente evolução<br />
a nível de novos produtos e dimensões,<br />
principalmente no segmento <strong>dos</strong> pneus<br />
de turismo e comerciais.<br />
Como é composta a gama atual de pneus<br />
GT Radial?<br />
A GT Radial é composta por uma gama<br />
global, que inclui pneus de turismo, 4X4,<br />
SUV, comerciais e pesa<strong>dos</strong>. A Tiresur Portugal,<br />
presentemente, tem a responsabilidade<br />
em Portugal da distribuição dessa<br />
gama, com exceção <strong>dos</strong> pneus pesa<strong>dos</strong>.<br />
42 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015
Country Manager Tiresur Portugal<br />
Para além da GT Radial, quais são as outras<br />
marcas de pneus que a Tiresur representa<br />
em exclusivo para Portugal?<br />
A Tiresur representa em regime de exclusividade<br />
para Portugal a Ovation, com a gama<br />
total (turismo/4X4/SUV e pesa<strong>dos</strong>), a Tree-A,<br />
que é uma marca que comercializamos de<br />
forma exclusiva para a nossa rede Center’s<br />
Auto, que, como é do conhecimento geral,<br />
é o grupo de clientes que mais promove,<br />
divulga e “defende” a imagem da marca GT<br />
Radial. Depois, temos a Sunfull, que é uma<br />
marca que se insere no segmento budget,<br />
e as principais marcas premium, como são a<br />
Continental, a Michelin, a Pirelli, a Goodyear,<br />
a Dunlop e a Bridgestone.<br />
Qual vai ser a sua estratégia relativamente<br />
às marcas premium que comercializa?<br />
A estratégia passa por conseguir estar<br />
presente no mercado com os preços mais<br />
competitivos possíveis. Assim como uma<br />
disponibilidade de stock que nos permita<br />
sempre corresponder às solicitações <strong>dos</strong> nossos<br />
clientes, estejam eles onde estiverem, em<br />
Portugal continental ou nas ilhas (Madeira<br />
e Açores).<br />
Os mesmos de há vários anos<br />
Desafios e ameaças<br />
w “Os maiores desafios e ameaças<br />
para o setor <strong>dos</strong> pneus são os<br />
mesmos desde há vários anos. Em<br />
primeiro lugar e da forma como o<br />
mercado tem vindo a evoluir e a<br />
alterar-se permanentemente, quem<br />
não conseguir “apetrechar-se” de ferramentas<br />
(e, com isto, quero dizer organização/estratégia/mentalidade<br />
e<br />
marcas suficientemente competitivas<br />
e com parcerias fortes com os seus<br />
fornecedores), estará “condenado” a<br />
fracassar, como já se assistiu ao longo<br />
<strong>dos</strong> últimos anos. Uma das principais<br />
ameaças continua a ser a falta<br />
de “regulamentação” e um regime de<br />
“proteção” (se assim se pode dizer)<br />
aos operadores com organizações<br />
perfeitamente estruturadas e que<br />
tecipamos, inclusivamente, este prazo.<br />
Sabemos, claramente, que a disponibilidade<br />
de stock é um <strong>dos</strong> fatores que pode, também,<br />
contribuir para a diferenciação entre empresas<br />
e o “timing” de entrega é muito reduzido.<br />
Quantos membros existem, atualmente, na<br />
rede Center’s Auto em Portugal?<br />
Hoje, a rede Center’s Auto tem 32 membros,<br />
sendo nosso objetivo para 2016 poder ampliar<br />
este número e, inclusivamente, conseguir<br />
chegar a outras zonas do país onde não<br />
são confronta<strong>dos</strong>, diariamente, com<br />
a proliferação de pneus usa<strong>dos</strong> vin<strong>dos</strong><br />
sem qualquer tipo de controlo<br />
“fugindo” a tudo o que é impostos.<br />
Para não falar já da segurança ou,<br />
neste caso, insegurança, assim como<br />
de todas as situações “menos claras”<br />
de comercialização de pneus sem estarem<br />
cumpridas as regras básicas no<br />
que respeita à sua legalidade”.<br />
Qual o prazo de entrega?<br />
Temos várias situações de acordo com a localização<br />
do cliente. Se for o caso de o cliente<br />
estar na zona da Grande Lisboa, através da<br />
parceria que temos com um <strong>dos</strong> principais<br />
operadores de transportes do mercado, conseguimos<br />
entregar até quatro vezes ao dia.<br />
Para as restantes zonas do país, conseguimos<br />
entregar em 24h. Em algumas situações, anestamos<br />
presentes. Estamos a desenvolver<br />
várias ações de formação e marketing para<br />
os clientes, que serão um <strong>dos</strong> objetivos a<br />
concretizar a curto/médio prazo.<br />
Têm portal de vendas online?<br />
Sim, temos portal de vendas e to<strong>dos</strong> os<br />
nossos clientes têm acesso a poderem colocar<br />
as encomendas ou, simplesmente,<br />
obterem as informações de que necessitem<br />
no que respeita às marcas que comercializamos.<br />
A percentagem de compras online<br />
tem um “peso” interessante nas vendas da<br />
Tiresur, mas não é o fator mais importante<br />
para nós, porque continuamos a pensar<br />
que a relação humana que conseguimos<br />
manter com os nossos clientes continua a<br />
ser primordial e fundamental para o sucesso<br />
que se pretende ter da empresa.<br />
Existem ainda oportunidades de negócio<br />
neste setor?<br />
Claro que sim. A Tiresur, em minha opinião,<br />
é um exemplo disso, pois só está<br />
presente de forma “efetiva” no nosso país<br />
desde há três anos. Mas penso que os seus<br />
resulta<strong>dos</strong> falam por si. Vamos continuar a<br />
trabalhar no sentido de podermos apresentar<br />
sempre as melhores soluções, preços<br />
e qualidade de serviço a to<strong>dos</strong> os nossos<br />
clientes.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 43
Entrevista Carlos Oliveira<br />
Aposta na renovação<br />
A Continental apresentou,<br />
recentemente, novas<br />
linhas para autocarros<br />
e camiões da Barum,<br />
Uniroyal e Semperit. Três<br />
das principais marcas do<br />
grupo alemão, que se<br />
inserem nos segmentos<br />
quality e budget<br />
Por: João Vieira<br />
Aaposta da Continental nas segundas<br />
marcas insere-se numa estratégia<br />
global de crescimento muito ambiciosa<br />
que está planeada até 2025. A<br />
evolução pretendida não será possível sem<br />
uma maior diversificação da oferta e a consequente<br />
segmentação <strong>dos</strong> produtos a disponibilizar<br />
ao mercado. Após um bem sucedido<br />
ciclo de renovação da marca Continental ao<br />
nível da sua oferta de pneus pesa<strong>dos</strong> (GEN3),<br />
o grupo alemão iniciou, este ano, um ciclo de<br />
renovação e reforço da competitividade ao<br />
nível de segundas marcas, respondendo,<br />
assim, a uma procura crescente manifestada<br />
pelo mercado.<br />
Em entrevista à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, Carlos<br />
Oliveira, diretor comercial CTV da Continental,<br />
explica os objetivos que o grupo pretende<br />
atingir em Portugal com a comercialização<br />
das três marcas acima mencionadas.<br />
Como define, hoje, as marcas Barum, Uniroyal<br />
e Semperit?<br />
São três marcas fundamentais no universo<br />
da Continental, quer pela notoriedade que<br />
alcançaram nos diversos merca<strong>dos</strong> em que<br />
operamos, quer pela excelente relação preço/<br />
qualidade que oferecem. Estas são, a seguir<br />
à Continental, três das principais marcas do<br />
grupo e que se inserem nos segmentos quality<br />
(Uniroyal e Semperit) e budget (Barum).<br />
Como é composta a gama atual de pneus<br />
pesa<strong>dos</strong> destas marcas?<br />
Ao nível das segundas marcas, a Continental<br />
optou por concentrar-se nas medidas mais<br />
utilizadas nos diversos merca<strong>dos</strong>, com uma<br />
grande focalização na utilização regional. Esta<br />
última característica permite uma adequação<br />
perfeita às necessidades do nosso mercado,<br />
que, basicamente, dispõe de uma configuração<br />
deste género. As marcas Semperit e Uniroyal<br />
contam com uma gama mais alargada<br />
a to<strong>dos</strong> os segmentos (transporte de mercadorias,<br />
pessoas e construção), sendo que a<br />
marca Barum apresenta uma gama orientada<br />
para as medidas mais comuns do mercado.<br />
Qual é a estratégia de distribuição seguida<br />
pela Continental para a comercialização<br />
destes pneus?<br />
A Continental tem como visão ser uma referência<br />
no mercado em termos de rentabilidade<br />
sustentada, fornecendo produtos e serviços<br />
capazes de criar valor aos nossos parceiros de<br />
negócio. Estas segundas marcas têm diferentes<br />
estratégias de distribuição em Portugal. No<br />
caso da Semperit, desenvolvemos, há já alguns<br />
anos, um conceito de retalho especializado<br />
na marca, o qual denominamos GES – Grupo<br />
de Especialistas Semperit. Os resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong><br />
têm sido muito bons e, sem dúvida, que<br />
reforçaremos ainda mais a competitividade<br />
destes nossos verdadeiros parceiros com o<br />
Perfil<br />
w w Carlos Oliveira tem formação<br />
em gestão de empresas na<br />
Faculdade de Economia da Universidade<br />
do Porto. Iniciou a sua<br />
atividade profissional em 1997<br />
na DCN – Consultores e, no ano<br />
seguinte, entrou na ARAN, onde<br />
desempenhou funções diretivas<br />
durante seis anos, até 2004. Foi<br />
CEO da Sopneus até março de<br />
2013 e, desde abril desse ano, é<br />
diretor comercial CTV da Continental.<br />
lançamento destes novos produtos.<br />
No que se refere à marca Uniroyal, reservamos<br />
a mesma para o canal de distribuição. Já<br />
no que toca à Barum, é a nossa marca budget<br />
que acompanha a marca premium Continental<br />
na oferta generalizada a to<strong>dos</strong> os clientes que<br />
a desejem trabalhar.<br />
Que tipo de cliente procura estes pneus?<br />
Embora o mercado português seja um mercado<br />
predominantemente premium e para o<br />
qual temos a nossa oferta Continental, existem<br />
clientes com focos e necessidades diferentes.<br />
Na Continental, estamos aposta<strong>dos</strong> em mais<br />
do que desenvolver produtos: desenvolver<br />
soluções. E a aposta na renovação de uma linha<br />
de produtos com uma relação qualidade/preço<br />
otimizada faz parte dessas soluções. O que nos<br />
permite colocar no mercado três marcas com<br />
um excelente binómio custo/benefício e que,<br />
44 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015
Diretor Comercial CTV Continental<br />
por si, permitem responder aos 35% do mercado<br />
que procuram pneus nestes segmentos<br />
(quality e budget).<br />
A qualidade de qualquer produto produzido<br />
pela Continental é reconhecida e valorizada<br />
pelo mercado. Pelo que também é reconhecida<br />
a capacidade e trabalho de monotorização<br />
que a Continental faz de forma a seguir o comportamento<br />
<strong>dos</strong> seus produtos na utilização<br />
diária. Através de uma monotorização seletiva<br />
<strong>dos</strong> nossos produtos no mercado, podemos<br />
fornecer informações úteis sobre o tipo de<br />
utilização e necessidades.<br />
Consegue garantir que o cliente destes pneus<br />
para pesa<strong>dos</strong> economiza custos operacionais<br />
com a sua frota?<br />
As necessidades das frotas evoluíram e os<br />
fabricantes deixaram de ser meros fornecedores<br />
de pneus e passaram a ser parceiros<br />
que disponibilizam soluções integradas e<br />
personalizadas, de acordo com as especificidades<br />
e as necessidades de cada cliente. O<br />
que causa um forte impacto na gestão da frota<br />
e nos resulta<strong>dos</strong> alcança<strong>dos</strong>. Tendo em conta<br />
este novo posicionamento que a Continental<br />
assumiu no mercado, disponibilizamos aos<br />
nossos clientes um conjunto de ferramentas<br />
e tecnologias que lhes permitem saber, em<br />
tempo real, a situação da sua frota e fazer um<br />
planeamento anual do desempenho <strong>dos</strong> seus<br />
veículos. Se as nossas recomendações sobre os<br />
cuida<strong>dos</strong> a ter com os pneus forem respeitadas<br />
e cumpridas, garantimos, efetivamente, uma<br />
redução <strong>dos</strong> custos operacionais, que podem<br />
ser alcança<strong>dos</strong> quer através da redução do<br />
consumo de combustível, quer por intermédio<br />
da durabilidade <strong>dos</strong> pneus.<br />
Que apoio estão a dar aos vossos clientes<br />
retalhistas a nível de formação técnica, marketing<br />
e gestão?<br />
Na Continental, orgulhamo-nos de estabelecer<br />
com os nossos clientes uma verdadeira<br />
relação de parceria. Esta relação é assente na<br />
proximidade que estabelecemos com cada<br />
um. Esta proximidade permite-nos conhecer<br />
bem as necessidades <strong>dos</strong> nossos parceiros e,<br />
dentro daquilo que são as nossas competências,<br />
apoiá-los e ajudá-los a tornar o negócio<br />
mais rentável. No seguimento desta estratégia<br />
de proximidade e de prestação de serviços<br />
global e dependendo das necessidades <strong>dos</strong><br />
nossos parceiros, temos um conjunto de ferramentas<br />
disponível que permite apoiar o<br />
nosso cliente em praticamente todas as suas<br />
áreas de intervenção. Este conjunto de ferramentas<br />
é a base do nosso conceito de oficina<br />
ContiService, que, recentemente, lançámos<br />
no mercado e que tanta aceitação está a ter<br />
junto <strong>dos</strong> nossos clientes.<br />
A Continental quer ser vista como muito<br />
mais do que um fornecedor de pneus. Queremos<br />
que os nossos parceiros olhem para a<br />
Continental como um fornecedor de soluções<br />
globais e que sempre que surja um problema<br />
ou uma necessidade, a nossa equipa esteja no<br />
top-of-mind <strong>dos</strong> nossos clientes para ajudá-los<br />
a resolver.<br />
Qual o prazo de entrega <strong>dos</strong> pneus nos<br />
clientes?<br />
Atualmente, o nosso prazo de entrega<br />
standard são as 24h, ou seja, entrega no dia<br />
seguinte ao da encomenda.<br />
Como está definida a vossa estratégia de<br />
marketing e comercial ?<br />
A estratégia de marketing e comercial da<br />
Continental está assente em diversas ferramentas<br />
de comunicação, que passam pelo reforço<br />
da notoriedade das marcas do seu universo,<br />
por campanhas de criação de tráfego, pela<br />
comunicação com os media, para além do reforço<br />
da presença no ponto de venda. Temos<br />
tido um feedback muito positivo <strong>dos</strong> nossos<br />
parceiros de negócio, assim como das frotas<br />
enquanto consumidores finais.<br />
O que tenciona fazer para aumentar mais<br />
a notoriedade das marcas Barum, Uniroyal<br />
e Semperit?<br />
Desenvolveremos atividades de comunicação<br />
dedicadas a cada uma das marcas,<br />
de forma a criar valor acrescentado junto do<br />
cliente. Teremos, também, eventos dedica<strong>dos</strong><br />
aos diversos públicos-alvo destas marcas, que<br />
passarão por mesas redondas com especialistas<br />
técnicos pelo desenvolvimento <strong>dos</strong><br />
novos produtos. Estes novos produtos serão,<br />
também, monitoriza<strong>dos</strong> de perto através de<br />
programas de “testimonial”, onde os próprios<br />
utilizadores serão envolvi<strong>dos</strong> na comunicação<br />
do feedback de utilização <strong>dos</strong> nossos pneus. Os<br />
nossos melhores vendedores serão sempre os<br />
nossos parceiros de negócio satisfeitos.<br />
Como caracteriza o mercado de pneus pesa<strong>dos</strong><br />
em Portugal ?<br />
É, efetivamente, um mercado pequeno e<br />
concentrado, quer no que se refere ao número<br />
de especialistas de serviço a pesa<strong>dos</strong> disponíveis<br />
no mercado, quer no se refere cada vez<br />
mais às frotas a operar em Portugal. Segundo<br />
da<strong>dos</strong> da ETRMA, entre 2010 e 2012, o mercado<br />
<strong>dos</strong> pneus pesa<strong>dos</strong> teve uma queda de quase<br />
25%, fruto da grave crise económica que o país,<br />
a europa e o mundo atravessaram. Em 2013 e<br />
2014, o mercado teve uma recuperação ligeira,<br />
prevendo-se que esta tendência se mantenha<br />
para os próximos anos, possibilitando, assim,<br />
uma tendência de crescimento.<br />
Quais os maiores desafios e ameaças para o<br />
setor do comércio de pneus pesa<strong>dos</strong>?<br />
O presente e o futuro do mercado de pneus<br />
pesa<strong>dos</strong> passa, efetivamente, pela capacidade<br />
de especialização de cada um <strong>dos</strong> players e<br />
pela capacidade que estes terão de não só<br />
dar resposta às inúmeras solicitações <strong>dos</strong> seus<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 45
Entrevista Carlos Oliveira<br />
parceiros mas, também, de antecipar as suas<br />
necessidades e de colocar à sua disposição ferramentas<br />
e equipamentos que lhes permitam<br />
fazer uma gestão eficaz e eficiente da sua frota.<br />
Considero que a principal ameaça para os<br />
especialistas de pneus é a manutenção da<br />
tradicional forma isolada de desenvolverem<br />
o seu negócio. Hoje, uma boa forma que têm<br />
de responder eficazmente às necessidades de<br />
um mercado em mutação constante e cada<br />
vez mais exigente é o desenvolvimento de<br />
parcerias muito estreitas com os fabricantes.<br />
O negócio necessita de ser desenvolvido em<br />
comum acordo entre o fabricante e o parceiro<br />
de serviço, envolvendo o cliente nas decisões<br />
e fornecendo-lhe informação relevante para a<br />
tomada de decisão. A opção por um determinado<br />
produto tem, cada vez mais, a ver com a<br />
disponibilidade de ferramentas e tecnologias<br />
que permitam agilizar a gestão operacional da<br />
frota, sendo que o acesso a estas ferramentas é<br />
um <strong>dos</strong> vetores principais do nosso programa<br />
de apoio a frotas Conti360º.<br />
Semperit Runner, Uniroyal Série 40 e Barum 200R<br />
Características das novas gamas<br />
Todas as novas séries incorporam já algumas das mais recentes<br />
tecnologias desenvolvidas pela Continental. Todas elas estão,<br />
também, preparadas para a reesculturação <strong>dos</strong> seus pisos,<br />
proporcionando, assim, uma “vida” extra ao pneu. A aposta do<br />
grupo alemão na qualidade das respetivas carcaças e consequentes<br />
níveis de recauchutabilidade foi muito forte. Estes dois últimos<br />
fatores, permitem aplicar, também às segundas marcas, o conceito<br />
ContiLifeCycle, que permite a minimização <strong>dos</strong> custos por quilómetro<br />
ao longo das várias vidas do pneu (pneu novo, reescultura, pneu<br />
recauchutado).<br />
w A família de pneus Runner da Semperit<br />
é ideal para utilização combinada em<br />
transportes regionais e de longas distâncias,<br />
quer para camiões quer para autocarros.<br />
Oferecem uma vida útil mais longa e<br />
poupanças significativas de combustível,<br />
bem como anunciam um elevado nível<br />
de segurança na condução mesmo em<br />
superfícies molhadas. O seu novo padrão<br />
otimizado de vácuo do piso contribui para<br />
uma vida útil longa e para uma eficácia em<br />
termos de consumo de combustível, com<br />
baixa resistência ao rolamento.<br />
w A nova gama Uniroyal Série 40<br />
acompanha, também, os mais recentes<br />
desenvolvimentos das tendências no que<br />
se refere a transporte de passageiros e<br />
de mercadorias. São indica<strong>dos</strong> para uma<br />
utilização combinada em transportes<br />
regionais e de longa distância. Seguindo a<br />
tradição da Uniroyal, os dois novos modelos<br />
- FH40 e DH40 - proporcionam elevada<br />
quilometragem, facilidade de manobra<br />
e uma excelente tração, mesmo em piso<br />
molhado. Quem o afirma é a marca, que<br />
deposita enorme confiança nestes modelos.<br />
w A nova série 200R da Barum<br />
consiste numa gama de pneus para camiões<br />
e autocarros que combina elevada qualidade<br />
com preço muito competitivo, garantindo<br />
ainda uma elevada quilometragem e nunca<br />
sacrificando o principal valor da marca: a<br />
segurança na condução. Estes pneus robustos<br />
e de elevada performance oferecem uma<br />
alternativa low cost para as empresas de<br />
camionagem e de autocarros. Estes pneus<br />
anunciam uma vida útil longa e prometem<br />
uma condução fiável, tanto na distribuição<br />
regional como nas viagens de longo curso.<br />
46 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015
Diretor Comercial CTV Continental<br />
Esta ameaça para os agentes do mercado<br />
é, ao mesmo tempo, um desafio. A capacidade<br />
de evolução está diretamente relacionada<br />
com a capacidade de acompanhar e<br />
antecipar as necessidades das frotas e, desta<br />
forma, acrescentar valor ao serviço prestado.<br />
A manutenção preventiva é determinante<br />
no negócio das frotas. A monitorização em<br />
tempo real tem, aqui, um papel fundamental<br />
no estabelecimento de relações comerciais<br />
duradouras e ser o fiel no prato da balança,<br />
decisivo na opção por um player em detrimento<br />
de outro.<br />
A venda de pneus para pesa<strong>dos</strong> é muito diferente<br />
da venda de pneus para ligeiros. Quais<br />
as principais particularidades do comércio<br />
de pneus para veículos pesa<strong>dos</strong>?<br />
A venda de pneus pesa<strong>dos</strong> é uma venda<br />
cada vez mais especializada em termos de<br />
exigência técnica, onde o cliente final adquire<br />
um custo por quilómetro em conjunto com<br />
o máximo de soluções que auxiliem a sua<br />
gestão operacional. A performance de um<br />
pneu pesado é, efetivamente, medida to<strong>dos</strong><br />
os dias e o nível de serviço de apoio é bastante<br />
superior ao do negócio de ligeiros. Procura-se,<br />
permanentemente, a minimização <strong>dos</strong> tempos<br />
de imobilização das viaturas e consequentes<br />
custos operacionais por quilómetro percorrido.<br />
Este cenário exige um nível de especialização<br />
muito elevado em toda a cadeia de abastecimento,<br />
desde o apoio técnico do fabricante<br />
até ao know-how operacional do especialista.<br />
Quais os grandes desenvolvimentos que estão<br />
a acontecer na tecnologia de construção<br />
de pneus pesa<strong>dos</strong>?<br />
A longevidade, segurança e eficiência energética<br />
<strong>dos</strong> produtos são os principais vetores<br />
que norteiam o forte investimento em I&D que,<br />
atualmente, o produto pesado representa. O<br />
projeto de desenvolvimento de qualquer pneu<br />
pesado dentro do Grupo Continental procura<br />
atuar na ótima combinação desses três vetores,<br />
tentando obter produtos que respondam às<br />
necessidades de utilização <strong>dos</strong> seus clientes.<br />
Se, no passado, assistíamos a uma oferta de<br />
pneus pesa<strong>dos</strong> muito transversal a todo o<br />
tipo de utilização, hoje, esse cenário alterou-<br />
-se completamente, aparecendo cada vez mais<br />
produtos adapta<strong>dos</strong> à utilização específica de<br />
cada tipo de transporte. Veja-se, por exemplo,<br />
o recente desenvolvimento da nossa GEN3<br />
para transporte de pessoas, que surge agora<br />
com produtos completamente diferentes <strong>dos</strong><br />
destina<strong>dos</strong> ao transporte de mercadorias e<br />
com níveis de segurança bastante superiores<br />
aos do passado.<br />
Qual a importância da tecnologia TPMS nos<br />
pneus pesa<strong>dos</strong>?<br />
Estu<strong>dos</strong> efetua<strong>dos</strong> pela Continental comprovam<br />
que 90% das assistências em estrada relativas<br />
a pneus devem-se a uma gradual perda<br />
de pressão <strong>dos</strong> pneus a que o motorista não<br />
teve perceção. Por outro lado, uma das mais<br />
importantes causas de desgastes irregulares<br />
excessivos são as pressões incorretas.<br />
A circulação com os pneus com pressão de<br />
insuflação desadequada tem, efetivamente,<br />
impacto nos custos (aumento do consumo<br />
de combustível, custos de imobilização e de<br />
sinistros, redução na durabilidade do pneu).<br />
Tem, também, influencia na segurança (comportamento<br />
desadequado do veiculo, distâncias<br />
de travagem superiores, perda de controlo<br />
em curva ou mudança de faixa) e reflete-se<br />
ainda nas emissões de CO2.<br />
A Continental trabalha no desenvolvimento<br />
da tecnologia TPMS desde 2002. O ContiPressureCheck<br />
(CPC) é uma solução inovadora e<br />
totalmente desenvolvida pela Continental,<br />
permitindo monitorizar a pressão e a temperatura<br />
<strong>dos</strong> pneus. O sistema CPC combina o<br />
sensor instalado no interior do pneu com uma<br />
unidade central de controlo para processamento<br />
<strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> e com um visor instalado<br />
na cabine do veículo. Tudo isto permite ao<br />
condutor ter acesso aos da<strong>dos</strong> em tempo real,<br />
inclusive com a funcionalidade de telemetria<br />
e integração com o software de gestão da<br />
frota. Este sistema garante, assim, a diminuição<br />
efetiva no consumo de combustível, aumenta<br />
a quilometragem do pneu, protege<br />
o valor da carcaça, minimiza a assistência<br />
na estrada e respetivos custos e reduz a<br />
emissão de CO2.<br />
A redução das margens está a dificultar o<br />
negócio das casas de pneus. O que pode<br />
um fabricante como a Continental fazer<br />
para apoiar o desenvolvimento presente<br />
e futuro das casas de pneus?<br />
A preocupante tendência para a redução<br />
de margens operacionais na venda de<br />
produtos é, infelizmente, uma realidade<br />
transversal a to<strong>dos</strong> os merca<strong>dos</strong> e que<br />
foi substancialmente agravada pela crise<br />
económica que atravessamos. Nunca nos<br />
devemos esquecer que toda e qualquer<br />
margem de um agente tem de ser valorizada,<br />
também, pelo cliente final em proporção<br />
à sua capacidade de acrescentar<br />
valor ao negócio. Este é o grande desafio<br />
da Continental junto da sua rede de parceiros<br />
– tornar o valor acrescentado de cada<br />
um visível e valorizável. É isto que temos<br />
vindo a fazer nos últimos dois anos. Temos<br />
efetuado um esforço muito grande para<br />
estarmos cada vez mais próximos <strong>dos</strong><br />
nossos clientes, dotá-los de ferramentas<br />
de suporte ao negócio das frotas e apoiá-lo<br />
na sua presença junto das mesmas.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 47
Empresa<br />
DonTyre<br />
Pol. Industrial Los Caños, 22-23, 06300 Zafra, Badajoz - Espanha<br />
Responsável Portugal: António Grilo I Telemóvel: 913.654.462 I Email: antonio.grilo@dontyre.com I Site: www.dontyre.com<br />
Novo armazém e marca própria<br />
A DonTyre acaba de<br />
inaugurar um novo<br />
armazém com mais de<br />
20.000 m2 e lança a sua<br />
marca própria de pneus<br />
para continuar a crescer<br />
na Península Ibérica<br />
Por: João Vieira<br />
Onovo armazém localizado em<br />
Zafra, perto das anteriores instalações,<br />
está em fase final de<br />
acabamentos, mas já guarda uma<br />
parte substancial do stock de pneus deste<br />
distribuidor espanhol, que também está presente<br />
em Portugal. As novas instalações vão<br />
centralizar to<strong>dos</strong> os serviços administrativos<br />
da DonTyre em Espanha, incluindo o call<br />
center e armazém central, que dispõe de<br />
um stock permanente de mais de 10 milhões<br />
de euros em pneus. “Queremos ter a<br />
oferta mais abrangente do mercado e, por<br />
isso, investimos neste novo armazém, que<br />
nos permite satisfazer to<strong>dos</strong> os pedi<strong>dos</strong> <strong>dos</strong><br />
clientes”, diz Jorge Berrocal, administrador<br />
da DonTyre.<br />
O novo armazém vai, também, contri-<br />
Ignacio Marin,<br />
responsável pneus<br />
agrícolas (esq.),<br />
António Grilo,<br />
responsável mercado<br />
português (centro)<br />
e Paco Perez Roblas,<br />
diretor comercial,<br />
apresentaram à<br />
<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong><br />
as novas instalações<br />
e os novos pneus<br />
com marca própria<br />
DonTyre<br />
Mais de 50 marcas para to<strong>dos</strong> segmentos<br />
Oferta multimarca e multiproduto<br />
A DonTyre comercializa mais de 50 marcas de pneus para ligeiros, comerciais, 4x4,<br />
camiões, veículos agrícolas, agro-industriais, motos e empilhadores. Para além da<br />
marca própria recentemente lançada no mercado para o segmento agro-industrial e<br />
moto4, a DonTyre é distribuidor oficial em Espanha das marcas Falken, Continental<br />
Agrícola e Cultor Agrícola. Além destas, tem pneus para ligeiros, comerciais e 4x4 das<br />
marcas Continental, Bridgestone, Michelin, Goodyear, Pirelli, BCT, Westlake, Mabor,<br />
Cooper e Toyo, entre muitas outras. Para camião, distribui as marcas Falken, Goodyear,<br />
Continental, Westlake e Doublestar, entre outras. E, para moto, as marcas Michelin,<br />
Bridgestone, Pirelli, Metzeler, Continental, Dunlop, Avon, Maxxis, Carlisle, Duro, Sun-f<br />
e Vredestein, entre outras. Também dispõe de mousses e câmaras de ar Michelin,<br />
Continental e Sava, baterias Yuasa, peças e acessórios D.I.D, J.T, NGK, Hiflo Filtro, PBR,<br />
Dayco, Brembo, Galfer e Goldfren, entre outras. Uma panóplia de produtos.<br />
48 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015
Apoio aos clientes<br />
buir para melhorar a logística de entrega<br />
de pneus em Portugal, uma vez que o<br />
ritmo de distribuição será mais intenso e<br />
regular. “Estamos muito satisfeitos com a<br />
nossa operação comercial em Portugal,<br />
onde estamos presentes há dois anos. O<br />
trabalho desenvolvido pelo nosso representante<br />
António Grilo tem sido excelente e<br />
as vendas têm aumentado to<strong>dos</strong> os meses.<br />
Por isso, estamos muito entusiasma<strong>dos</strong> e<br />
motiva<strong>dos</strong> para aumentar a nossa estrutura<br />
em Portugal a nível de recursos humanos<br />
e instalações, estando prevista a abertura<br />
para breve de um armazém na zona de Lisboa.<br />
Começámos a fazer entregas diárias na<br />
zona do Alentejo e sul do país, mas agora<br />
já alargámos a distribuição para o norte,<br />
até ao Porto. A exemplo do que fazemos<br />
em Espanha, vamos ter comerciais nas diferentes<br />
zonas do território. No nosso call<br />
center, já temos telefonistas portugueses<br />
a receber os pedi<strong>dos</strong> de Portugal”, disse<br />
Jorge Berrocal.<br />
w MARCA PRÓPRIA IMPULSIONA VENDAS<br />
O lançamento da marca própria DonTyre<br />
no início deste ano veio dar um novo fôlego<br />
às vendas da empresa. “Começámos<br />
a comercializar pneus com a marca própria<br />
DonTyre há apenas oito meses e a<br />
procura excedeu as nossas expectativas.<br />
De momento, lançámos as linhas de pneus<br />
agrícolas, moto 4 e câmaras de ar mas, no<br />
futuro, queremos abranger com a marca<br />
DonTyre to<strong>dos</strong> os segmentos de mercado,<br />
incluindo veículos ligeiros, comerciais e pesa<strong>dos</strong>”,<br />
enfatiza Jorge Berrocal.<br />
Para além desta aposta na marca própria,<br />
a DonTyre continua a aumentar o seu portefólio<br />
de pneus quality e budget com marcas<br />
exclusivas, mantendo no seu catálogo todas<br />
as marcas premium, cuja procura continua a<br />
subir em vários merca<strong>dos</strong>, nomeadamente<br />
o português.<br />
w INTERNET E REDE DE PARCEIROS<br />
As novas tecnologias de informação são<br />
uma ferramenta imprescindível nos dias<br />
de hoje também no comércio de pneus.<br />
Por isso, a DonTyre vai lançar até ao final<br />
de 2015 um novo site, onde o cliente vai<br />
poder continuar a fazer os seus pedi<strong>dos</strong>,<br />
mas agora com possibilidade de visualizar<br />
toda a oferta com imagens <strong>dos</strong> pneus em<br />
3D e respetivas características técnicas.<br />
A nível comercial, a aposta passa por desenvolver<br />
uma rede de parceiros oficina,<br />
Circuito de<br />
Karting DonTyre<br />
w A DonTyre adquiriu, recentemente,<br />
um circuito de karting perto da sua<br />
sede, em Zafra, com o objetivo de<br />
ajudar os clientes a vender pneus.<br />
O circuito está equipado com todas<br />
as infraestruturas para a realização<br />
de provas de karting e eventos. Os<br />
clientes são convida<strong>dos</strong> a participar<br />
em provas de kart e a passar bons<br />
momentos de confraternização e<br />
convívio. Durante a realização deste<br />
eventos, são apresentadas campanhas<br />
e promoções de produto, sendo<br />
uma oportunidade única para as oficinas<br />
poderem adquirir pneus com<br />
condições muito vantajosas. A recetividade<br />
<strong>dos</strong> participantes a estes<br />
encontros tem sido excelente e, deste<br />
modo, a DonTyre tem conseguido<br />
fortalecer o espírito de equipa entre<br />
colaboradores, diferenciar-se da concorrência<br />
e fidelizar os clientes.<br />
com uma imagem forte e um serviço de<br />
qualidade. “Começámos em abril deste ano<br />
a criar uma rede de parceiros privilegia<strong>dos</strong><br />
e, neste momento, já temos 16 oficinas em<br />
Espanha a trabalhar com a nossa imagem<br />
e os nossos produtos. Damos a estes parceiros<br />
condições especiais de compra e a<br />
possibilidade de comercializar uma marca<br />
em exclusivo na sua zona de atuação. Para<br />
além disso, fornecemos roupa de trabalho,<br />
formação técnica e apoio de marketing para<br />
ações de promoção e campanhas. É um<br />
conceito que, de momento, apenas funciona<br />
em Espanha mas, no futuro, queremos<br />
implementar também em Portugal”, conclui<br />
Jorge Berrocal.<br />
As câmaras de ar com marca própria são já<br />
um sucesso. No call center, colaboradores<br />
portugueses atendem os pedi<strong>dos</strong><br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 49
Empresa<br />
Auto <strong>Pneus</strong> Cerqueira<br />
Presidente do Conselho de Administração: Álvaro Cerqueira I Av.ª Dom João I, 195, 4435 - 208 Tio Tinto (Gondomar)<br />
Telefone: 224 893 161 Fax: 224 809 031I Email: .alvaro-cerqueira@iol.pt<br />
Presença forte<br />
Figura incontornável em Gondomar, Álvaro Cerqueira<br />
(juntamente com a filha Liliana) recebeu a <strong>Revista</strong><br />
<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> numa das três casas que tem no centro da<br />
cidade: a Auto <strong>Pneus</strong> Cerqueira, nascida em 1993<br />
Álvaro Cerqueira não está no negócio<br />
<strong>dos</strong> pneus para ver os outros<br />
jogar. Não. Antecipa-se sempre. A<br />
Auto <strong>Pneus</strong> Cerqueira, no centro<br />
de Gondomar (onde dispõe de outras duas<br />
casas, a Auto Direções Valbom I e II), é prova<br />
disso. Estávamos em 1993 quando Álvaro<br />
Cerqueira ouviu os rumores de que estava<br />
na iminência a abertura de uma casa concorrente,<br />
na cidade. Não ficou à espera e<br />
tratou de dar uma entrevista a um jornal<br />
local a anunciar que estava prestes a inaugurar<br />
uma nova casa de pneus. “Na altura,<br />
não tinha nada. Nem dinheiro, nem espaço,<br />
nada”, revela Álvaro Cerqueira. “A notícia dizia<br />
que já estava tudo a postos para a inauguração”,<br />
reforça a filha Liliana Cerqueira, braço<br />
Por: Jorge Flores<br />
Álvaro Cerqueira e a sua filha, Liliana Cerqueira, braço direito na loja<br />
direito do pai na empresa. Numa palavra?<br />
Bluff! Sim, mas, para a história, registe-se que<br />
o rival nunca chegou a abrir a loja e que a<br />
Auto <strong>Pneus</strong> Cerqueira nasceria ao fim de um<br />
ano, aproveitando o espaço de uma antiga<br />
oficina onde eram realizadas as revisões da<br />
Mercedes-Benz.<br />
w TUDO EM FAMÍLIA<br />
A Auto <strong>Pneus</strong> Cerqueira pode não exibir as<br />
cores da MEGAMundi na loja mas trabalha<br />
em parceira com esta rede, uma vez que<br />
compra tudo à Auto Direções Valbom. “Não<br />
tinha necessidade de estar a meter outra<br />
casa como sócia. As compras são feitas à loja<br />
principal. Os sócios são os mesmos, numa e<br />
noutra”, explica Álvaro Cerqueira.<br />
Presença forte e incontornável em Gondomar,<br />
onde é, inclusivamente, presidente<br />
do clube local, Álvaro Cerqueira chegou a<br />
trabalhar, muito novo, numa fábrica de espelhos<br />
de um tio. Mas um acidente acabou<br />
por mudar o rumo da sua vida. E não se pode<br />
dizer que os estilhaços do espelho lhe tenham<br />
dado azar. O tio, que havia tido uma<br />
experiência “muito dispendiosa” na única<br />
casa de pneus que havia em Gondomar, chegou<br />
à conclusão de que este só poderia ser<br />
um negócio rentável. E convidou o sobrinho<br />
para abraçar a atividade consigo. O episódio<br />
aconteceu há 37 anos, tinha Álvaro Cerqueira<br />
19 anos. De um espaço em condições, em<br />
Valbom, já dispunham. De vontade, também.<br />
O conhecimento foi sendo adquirido, em<br />
parte, através <strong>dos</strong> dois meses que trabalhou<br />
na Garagem Sousa. Além disso, contratou<br />
para a sua empresa um “empregado muito<br />
bom”. Qual? “Um alinhador de direções, que<br />
era o mais importante. Naquela altura ainda<br />
não se falava muito das direções”, recorda<br />
à nossa revista. Mais tarde, chegou a estar<br />
só na loja. E acabou por comprar o terreno<br />
contíguo e por fazer nascer a loja que tem,<br />
atualmente, na zona de Valbom.<br />
Liliana Cerqueira, por seu lado, tem as suas<br />
origens umbilicalmente ligadas ao negócio.<br />
“Cresci nos pneus. A oficina abriu em baixo<br />
e fizemos a casa em cima. Fomos morar para<br />
lá tinha eu quatro anos. Trabalhava lá nas<br />
férias, com 12 anos. Vinha sempre para o<br />
escritório e fui ficando. Depois, sempre que<br />
tinha tempo, vinha. Comecei a fazer as férias<br />
A Auto <strong>Pneus</strong> Cerqueira tem funcionários<br />
com três décadas de casa. O mais “novo”<br />
chegou há 10 anos<br />
50 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015
Negócio especializado<br />
<strong>Pneus</strong><br />
e nada mais...<br />
w Voz dissonante no mercado, Álvaro<br />
Cerqueira garante que, nas suas lojas,<br />
não há outro tipo de serviços. “<strong>Pneus</strong><br />
e nada mais!”. Para que ninguém tenha<br />
dúvidas, explica o motivo. “Não<br />
fazemos nada de mecânica. Nada do<br />
que as outras casas fazem. Só pneus.<br />
Muitos são contra o facto de eu fazer<br />
isso. Mas nós ganhamos mais clientes<br />
porque as próprias oficinas trazem<br />
os clientes para cá. Fazem o serviço<br />
deles e mandam-nos para cá. Claro<br />
que se fizermos serviço de mecânica<br />
eles não vão continuar a mandá-los”,<br />
afirma. “É uma maneira de estarem<br />
seguros quando os mandam. Para<br />
meter umas pastilhas e ganhar 10<br />
euros não vou perder esta relação<br />
com as oficinas”. Segundo resume<br />
Liliana Cerqueira, “é muito preferível<br />
a especialização na atividade”.<br />
Os serviços de alinhamento e calibragem são os mais procura<strong>dos</strong><br />
<strong>dos</strong> funcionários. Esta loja abriu tinha eu 10<br />
anos”, conta. Entretanto, Liliana entrou para a<br />
faculdade e licenciou-se em gestão financeira.<br />
E manteve-se sempre ligada à loja e à atividade.<br />
Hoje, sabe as referências <strong>dos</strong> pneus de<br />
cor e salteado. Álvaro Cerqueira não esconde o<br />
orgulho da empresa ter um cariz familiar. Algo<br />
“importante”. E descreve a composição das<br />
suas lojas. “Em Valbom tenho a irmã à frente<br />
da loja e um cunhado, na distribuição. Na outra<br />
loja, tenho um cunhado. E aqui estou eu, a<br />
minha filha, um cunhado (responsável pela<br />
oficina), um afilhado e um primo”.<br />
w SERVIÇO CERTIFICADO<br />
Na Auto <strong>Pneus</strong> Cerqueira trabalham, hoje,<br />
seis pessoas. A loja conta com uma clientela<br />
particular e empresarial, não faltando nomes<br />
sonantes como a própria Câmara Municipal<br />
de Gondomar, as Águas de Gondomar e do<br />
Porto, entre outras. “Gozamos da facilidade<br />
de ter as três casas nos três pontos principais<br />
de Gondomar. O nosso serviço é todo igual”,<br />
afiança. Liliana Cerqueira acrescenta que “as<br />
nossas casas são todas certificadas em termos<br />
de qualidade. Desde 2008”. Dentro do mercado,<br />
conseguiram ser os primeiros a obter<br />
certificação na área de “comércio de pneus”,<br />
mas também <strong>dos</strong> “serviços”.<br />
w 600 VIATURAS POR MÊS<br />
Quando iniciou a atividade nos pneus, Álvaro<br />
Cerqueira não tinha mais de 80 contos em<br />
stock. Hoje, a realidade é outra. Armazenado<br />
na loja de Valbom, a empresa tem mais de<br />
€100.000. Perto de 5.000 pneus em stock.<br />
“Não interessa ter aqui muito material. Estamos<br />
a três quilómetros da central”, adianta,<br />
sublinhando que, semanalmente, ou de 15<br />
em 15 dias, basta repor os pneus vendi<strong>dos</strong>.<br />
A casa comercializa todas as marcas. Desde<br />
logo, a marca própria, da MEGAMundi: Summerstar.<br />
A mais procurada pelos clientes é, de<br />
resto, a Yokohama.<br />
Álvaro Cerqueira reconhece que a crise<br />
do país também abalou o seu negócio. “Há<br />
alguém que não a tenha sentido?”, questiona.<br />
Uma menor procura da classe média,<br />
que “desapareceu”, explica Liliana. “Antes de<br />
2009, faziam a calibragem de 10.000 em<br />
10.000 km, tal como aconselhamos. Agora,<br />
já não. Deixam ir até ao máximo. E quando<br />
trocam de pneus, já só trocam dois, não os<br />
quatro”, refere ainda a filha.<br />
A Auto <strong>Pneus</strong> Cerqueira já chegou a<br />
atender 1.000 clientes por mês (o mesmo<br />
registo que a Auto Direções Valbom), mas,<br />
agora, não passará das 600 viaturas. “É<br />
muito pouco”, lamenta Álvaro Cerqueira,<br />
que aponta o dedo aos fabricantes. Acredita<br />
que, se estes quisessem, travavam<br />
“um pouco os revendedores”. Bastava não<br />
venderem os pneus a preços tão inferiores.<br />
“Têm de ser mais baratos para eles os<br />
poderem vender ao preço deles e ainda<br />
ganharem dinheiro”, garante.<br />
O responsável não se importava que, no<br />
espaço de dois anos, a empresa pudesse<br />
voltar aos números de há seis anos. “Oh<br />
tempo, volta para trás...”, brinca.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 51
Empresa<br />
Nortenha Porto<br />
Administrador: António Gomes I Coordenador de Retalho: José Queirós I Rua Manuel Pinto de Azevedo, nº. 1000-1016, 4100-320 Porto<br />
Telefone/Fax: 226 171 706 I loja.porto@recnor.pt I Site: www.nortenha.pt<br />
Espírito vencedor<br />
Nascida em 2007, a Nortenha Porto encarna, na<br />
perfeição, o espírito vencedor da rede composta<br />
hoje por 13 postos de venda distribuí<strong>dos</strong> pelo país.<br />
Recentemente, tornou-se num Key Point da Pirelli<br />
Oitava loja de uma rede composta<br />
por 13 postos de venda, a Nortenha<br />
Porto nasceu, em 2007,<br />
plena de ambição. Algo a que<br />
não foi alheia a sua localização central na<br />
cidade portuense. “Na génese desta loja<br />
esteve a necessidade de melhorar a qualidade<br />
do apoio e assistência aos clientes<br />
e frotas que já tínhamos no grande Porto”,<br />
explica José Queirós, coordenador do negócio<br />
de retalho da empresa, nas suas mais<br />
diversas vertentes, desde 2013. Segundo<br />
afirma, “tem sido um desafio diário muito<br />
aliciante, sobretudo por mérito de toda a<br />
equipa de profissionais dedica<strong>dos</strong> que são<br />
no fundo a força da Nortenha SA”, diz à<br />
<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />
w RESPOSTA IMEDIATA<br />
Atualmente, a equipa da loja Nortenha<br />
Porto é composta por sete profissionais<br />
Por: Jorge Flores<br />
polivalentes. Isto numa loja que dispõe<br />
de uma área coberta de 1350m2, dividi<strong>dos</strong><br />
em dois espaços de assistência para<br />
automóveis e veículos pesa<strong>dos</strong>. Segundo<br />
José Queirós, “o stock da loja Nortenha do<br />
Porto é composto por pneus novos e recauchuta<strong>dos</strong><br />
de to<strong>dos</strong> os tipos e dimensões,<br />
sendo em maior número os de automóvel”.<br />
Além disso, “a média de pneus em stock<br />
situa-se nos 3.000, por forma a responder<br />
prontamente a todas as necessidades de<br />
mercado. Este stock é reposto diariamente a<br />
partir do nosso armazém central”, assegura<br />
a mesma fonte à nossa revista.<br />
Ao longo <strong>dos</strong> seus oito anos de vida, a Nortenha<br />
Porto tem alargado a sua gama de<br />
produtos e serviços, dado que pretende<br />
“ser não só uma casa de pneus, mas cada<br />
vez mais um parceiro <strong>dos</strong> nossos clientes”,<br />
refere. Assim, além <strong>dos</strong> pneus e serviços relaciona<strong>dos</strong><br />
com esta área, a loja realiza ainda<br />
a “lavagem de automóveis, intervenções<br />
de mecânica rápida, mudanças de óleo e<br />
instalação de sistemas de localização GPS”.<br />
w BENEFÍCIOS CENTRAIS<br />
A localização da loja, em pleno centro da<br />
cidade, é uma mais-valia, categórica. Mas<br />
José Queirós realça também outras vantagens<br />
da Nortenha Porto. “Num mercado<br />
volátil como o de hoje, um grande trunfo é<br />
ter disponível, sempre ou quase sempre, o<br />
pneu que o cliente procura. O facto de a loja<br />
Nortenha Porto pertencer a uma rede mais<br />
ampla constituída por outras 12 lojas e um<br />
armazém central, permite um desencadear<br />
de sinergias ao alcance de poucos”, explica à<br />
<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>. E exemplifica: “Dispomos<br />
de mais de 2.000 referências diferentes, num<br />
total de 50.000 pneus novos distribuí<strong>dos</strong><br />
por todas as gamas, bem como mais de 500<br />
referências diferentes, num total superior<br />
a 20.000 pneus recauchuta<strong>dos</strong> da marca<br />
Nortenha”, sublinha.<br />
Apesar da crise económica que o país tem<br />
atravessado nos últimos meses, a “Nortenha<br />
está bem e recomenda-se”, garante José<br />
Queirós. Porquê? “A administração desta<br />
casa sempre soube adaptar-se e antecipar<br />
soluções”, revela. “Não vale a pena falarmos<br />
das dificuldades de mercado e de conjuntura<br />
de to<strong>dos</strong> conhecidas, mais importa<br />
referir que a Nortenha SA continua a registar<br />
crescimento mesmo nos exercícios destes<br />
últimos anos”, enfatiza.<br />
w CURVA ASCENDENTE<br />
Os serviços mais procura<strong>dos</strong> na Nortenha<br />
Porto? “A mudança de pneus, que ainda<br />
é o principal negócio, logo seguido pela<br />
estação de serviço e a mecânica rápida”,<br />
responde o coordenador de retalho da<br />
empresa. De resto, os clientes da loja dividem-se<br />
entre particulares e empresas<br />
de forma equitativa.<br />
“Com o crescimento do número de viaturas<br />
em regime de aluguer longa duração<br />
ou outro, hoje em dia, o cliente dito particular<br />
é muitas vezes também o cliente<br />
de uma alugadora com quem temos um<br />
protocolo de assistência, criando-se as-<br />
52 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015
sim uma zona de intersecção em que as<br />
necessidades do alugador necessitam ser<br />
satisfeitas sem, no entanto, desiludir a<br />
expectativa do cliente utilizador”, adianta<br />
José Queirós.<br />
O ano de 2015 tem corrido de feição à<br />
loja Nortenha do Porto, que “ainda está<br />
na curva ascendente”, garante o nosso interlocutor,<br />
nomeadamente, “pelo enorme<br />
potencial” que vem registando em termos<br />
de crescimento do volume de negócios<br />
até esta data, “quando comparado com o<br />
mesmo período do ano passado”, afirma.<br />
Nos próximos cinco anos, José Queirós gostaria<br />
de “ver concluído “o plano, em curso,<br />
de ampliação da rede de lojas Nortenha”.<br />
São já 13 os postos de venda da Nortenha<br />
SA e a rede continua a crescer.<br />
A Nortenha Porto<br />
dispõe de mais de<br />
2.000 referências de<br />
pneus diferentes<br />
Key Point da Pirelli<br />
Uma questão<br />
de imagem<br />
w A loja assumiu-se recentemente<br />
como um Key Point da Pirelli. Para<br />
José Queirós, “a Nortenha, nos seus<br />
56 anos de vida, tem um vasto historial<br />
de parceria com as marcas mais<br />
cotadas do mercado”. No entanto,<br />
acrescenta o responsável, “dentro<br />
das diversas possibilidades e propostas<br />
que nos têm sido apresentadas,<br />
o conceito Key Point da Pirelli<br />
mostrou-se o mais adequado à nossa<br />
estratégia para a loja Nortenha do<br />
Porto”. Na sua opinião, “a localização<br />
privilegiada do espaço, a proximidade<br />
<strong>dos</strong> principais distribuidores<br />
de veículos da gama alta e a imagem<br />
premium da Pirelli (potenciada pela<br />
presença na Fórmula 1) levaram-nos<br />
a decidir a favor deste formato. Em<br />
boa hora, porque o tráfego na loja<br />
cresceu imediatamente”, acrescenta.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 53
Gestão de Empresas<br />
A importância da formação<br />
/////////////////////////////////////////////<br />
Clientes satisfeitos,<br />
empresas rentáveis<br />
Um programa de formação que cubra as necessidades das oficinas de pneus deve<br />
contemplar não só os méto<strong>dos</strong> de reparação mas, também, os que explicam a<br />
melhor forma de chegar à informação de origem<br />
Que o negócio das oficinas está a<br />
mudar, não é nenhuma novidade<br />
que lhe damos em primeira mão.<br />
Mas o que parece estar a evoluir<br />
com maior rapidez é a adoção de novas estratégias<br />
por parte <strong>dos</strong> serviços especializa<strong>dos</strong><br />
em pneus, de forma a adaptarem-se ao cenário<br />
que se coloca perante a necessidade de<br />
diversificar a proposta de serviços ofereci<strong>dos</strong>,<br />
assim como as novas opções de concorrência<br />
em serviços presta<strong>dos</strong> ao cliente final.<br />
A mentalidade do utilizador final também<br />
está a mudar. Há já alguns anos que os clientes<br />
não se deslocam às oficinas especializadas em<br />
pneumáticos para mudar apenas os pneus.<br />
Vão mais longe e pedem, também, para realizar<br />
a manutenção aos seus veículos, evitando,<br />
desta forma, a necessidade de se deslocarem a<br />
outro estabelecimento para realizar operações<br />
aparentemente fáceis e rápidas.<br />
Claro está que esta oportunidade de negócio<br />
é muito atrativa, uma vez que, por<br />
um lado, estabelece novas bases estratégicas<br />
do conceito de empresa e, por outro,<br />
estabelece-se no mercado com novas armas<br />
para competir num setor que está em constante<br />
mudança, como este.<br />
Pode dizer-se, de forma mais clara e direta:<br />
é necessário adaptarmo-nos ao novo<br />
mercado e retirar dele o melhor que pode<br />
54 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015
proporcionar, ou o mesmo encarrega-se<br />
de “expulsar-nos” do negócio em menos<br />
de nada.<br />
Cada vez mais, as oficinas apercebem-se<br />
das dificuldades que encontram na hora de<br />
executar determinado tipo de intervenções.<br />
As novas tecnologias, que dia após dia vão<br />
sendo implantadas na indústria automóvel,<br />
colocam à prova os conhecimentos e os<br />
recursos de cada funcionário. Assim como<br />
a sua estrutura de apoio, sendo esta batalha<br />
muitas vezes perdida por falta de bases<br />
técnicas ou devido à carência de meios<br />
adequa<strong>dos</strong>.<br />
w ADAPTAÇÃO ÀS NOVAS TECNOLOGIAS<br />
Dedicar mais tempo que o necessário a<br />
uma operação de manutenção programada<br />
ou a uma intervenção mecânica simples,<br />
porque se desconhecem os procedimentos<br />
adequa<strong>dos</strong> ou porque não se dispõe <strong>dos</strong><br />
meios técnicos necessários, é um problema<br />
do qual todas as oficinas conhecem as consequências.<br />
A tudo isto ainda pode somar-se a sensação<br />
de que cada vez se torna mais complicado<br />
conhecer o funcionamento destas tecnologias<br />
devido à grande diversidade e complexidade<br />
das mesmas, o que gera a ideia do... “não vou<br />
ser capaz” ou do “já é tarde para aprender...”<br />
Necessidades a colmatar<br />
nas oficinas<br />
PUB<br />
w Conhecer os processos de intervenção para<br />
todo o tipo de operações relacionadas com<br />
a mecânica rápida e a manutenção programada.<br />
Logística de <strong>Pneus</strong><br />
Cantanhede<br />
geral@sjosepneus.com<br />
www.sjosepneus.com<br />
w Dispor <strong>dos</strong> equipamentos de diagnóstico<br />
necessários para aceder a protocolos de<br />
comunicação com os sistemas do veículo<br />
e realizar corretamente as intervenções de<br />
mecânica rápidas e as manutenções preconizadas.<br />
w Dispor de apoio técnico permanente que<br />
traga soluções em tempo real, através de um<br />
serviço de Teleassistência Técnica.<br />
w Ter acesso à informação técnica que vai ser<br />
necessária em todas as operações realizadas<br />
no veículo.<br />
SPORT SA-37<br />
UM PNEU PREMIUM<br />
A PREÇO BUDGET<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 55
Gestão de Empresas<br />
A importância da formação<br />
/////////////////////////////////////<br />
Já fazem parte da história os tempos em<br />
que era preciso estudar afincadamente para<br />
compreender o funcionamento de produtos<br />
e conceitos. Atualmente, o que precisamos<br />
é de conhecer os méto<strong>dos</strong> e procedimentos<br />
que devem ser aplica<strong>dos</strong> no serviço. Está<br />
tudo documentado, apenas é preciso conhecer<br />
os processos e aplicá-los corretamente.<br />
Está-se a atravessar uma fase de mudança, de<br />
transformações profundas que abrem novas<br />
portas, novas oportunidades e que, para além<br />
disso, obrigam a passar por um processo de<br />
adaptação às novas tecnologias, mediante a<br />
assistência a programas de formação perfeitamente<br />
desenha<strong>dos</strong> e estrutura<strong>dos</strong> para extrair<br />
deles o máximo rendimento empresarial.<br />
w PROGRAMA DE FORMAÇÃO ABRANGENTE<br />
Assim, e por causa da inclusão de sistemas<br />
de controlo eletrónico que fazem a gestão da<br />
totalidade das estruturas no veículo, não nos<br />
devemos esquecer que o funcionário tem de<br />
saber manejar equipamentos de diagnóstico<br />
para poder realizar adequadamente o check-<br />
-up do veículo.<br />
Estes equipamentos obrigam a investimentos<br />
de custo elevado, uma vez que, usa<strong>dos</strong> corretamente,<br />
trazem valor de negócio mais do<br />
que relevante quando a empresa parte para<br />
o mundo da diversificação.<br />
Também é necessário documentar-se para poder<br />
realizar uma manutenção específica ou para<br />
atender veículos em pleno período de garantia,<br />
de forma a poder cumprir com precisão todas<br />
as avaliações especificadas, tanto na periodicidade<br />
como nos elementos que precisam de ser<br />
substituí<strong>dos</strong> ou verifica<strong>dos</strong>, assegurando, desta<br />
forma, que a operação é realizada de acordo<br />
com o construtor.<br />
Um programa de formação que cubra as necessidades<br />
deste setor deve contemplar não<br />
só os méto<strong>dos</strong> de reparação mas, também, os<br />
méto<strong>dos</strong> que nos ensinam a aceder a este tipo<br />
de processo e nos explicam a melhor forma de<br />
chegar à informação de origem, através <strong>dos</strong><br />
canais disponíveis que, ainda que geralmente<br />
desconheci<strong>dos</strong>, colocam ao alcance das oficinas<br />
múltiplas soluções tecnológicas. Assim, é<br />
possível propor ao cliente final serviços equivalentes<br />
aos que recebem num concessionário,<br />
para além da disponibilidade e utilização de<br />
equipamentos que confiram à empresa uma<br />
imagem de modernidade. E que farão com que<br />
o cliente olhe para determinada oficina como<br />
uma opção competente na qual possa depositar<br />
com toda a confiança o seu veículo, de igual<br />
forma ao que poderia fazer em qualquer outro<br />
tipo de serviço especializado.<br />
Ações a realizar na oficina<br />
Como gerir a qualidade do serviço<br />
As ações que devem ser levadas a cabo para gerir a qualidade do serviço<br />
realizado na oficina consistem em planificar, implementar, controlar e melhorar<br />
w Planificar - Para obter um serviço de qualidade é preciso definir que características<br />
esse serviço deve ter. Por exemplo, as quantitativas, como o tempo de resposta nas<br />
reparações, a forma como são geridas as reclamações e o grau de cumprimento do<br />
contrato de manutenção, entre outras. As qualitativas são a confiança, a atenção<br />
e as condições ambientais, só para citarmos algumas.<br />
w Implementar - Significa realizar uma planificação, ou seja, dar formação aos<br />
mecânicos e adquirir recursos necessários para a prestação de cada serviço.<br />
w Controlar - O controlo deve ser efetuado sempre no momento em que estamos<br />
a realizar o serviço, comparando sempre o resultado real com o que estava<br />
planificado. A melhor forma de fazê-lo passa por identificar desvios da planificação<br />
inicial, determinando as causas e os responsáveis. E atuando em conformidade.<br />
O que implica tomar medidas corretivas e preventivas em cada caso concreto.<br />
w Melhorar - É quando, depois de alcança<strong>dos</strong> os níveis planifica<strong>dos</strong>, são traçadas<br />
metas mais ambiciosas e exigentes que conduzem a um grau de perfeição maior<br />
e a uma qualidade de produtos superior.<br />
56 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 57
Técnica a Máquinas de desmontar pneus<br />
Elevada tecnologia e facilidade<br />
Quando a oficina decide<br />
investir na aquisição<br />
de uma máquina de<br />
desmontar, é importante<br />
pensar no tipo de pneus<br />
e rodas com que trabalha<br />
mais frequentemente,<br />
assim como olhar para as<br />
tendências atuais e futuras<br />
Ao contrário de muitas das empresas<br />
de reparação mecânica, de eletricidade<br />
ou de carroçaria/repintura, cujo<br />
mercado tem passado por grandes<br />
transformações, colocando sérios problemas<br />
de rentabilidade e sustentabilidade às empresas,<br />
as oficinas de pneus têm vivido à<br />
sombra de um oásis, que é o mercado <strong>dos</strong><br />
pneumáticos, onde a procura parece não conhecer<br />
abrandamentos significativos. Para<br />
isso, contribuem as próprias características<br />
do pneu, que é um componente em permanente<br />
desgaste, enquanto usado, mas que se<br />
degrada e tem um limite de validade, mesmo<br />
que não seja usado.<br />
A massificação do automóvel e o crescimento<br />
do parque nacional, europeu e mundial está,<br />
pois, a trabalhar dia e noite para os fabricantes,<br />
distribuidores e operadores do setor <strong>dos</strong><br />
pneus. Outra vantagem das empresas de<br />
pneus é o facto de terem mantido ao logo<br />
<strong>dos</strong> tempos uma clara especialização, que<br />
permite focalizar melhor a atividade e atingir<br />
patamares de eficiência superiores à média<br />
das oficinas do pós-venda automóvel.<br />
w DIVERSIFICAÇÃO DE SERVIÇOS<br />
Mesmo com a perspetiva de radicais modificações<br />
no plano da propulsão automóvel, que<br />
está a desenhar-se dia-a-dia no horizonte, o<br />
mercado e a tecnologia <strong>dos</strong> pneus não sofrerá<br />
grandes alterações, como poderá acontecer<br />
com as peças mecânicas e de carroçaria. Sem<br />
problemas no que respeita ao seu produto<br />
específico - o pneumático – o setor <strong>dos</strong> pneus<br />
está cada vez mais voltado para a diversificação<br />
da oferta de produtos/serviços, como<br />
forma de responder às mais recentes características<br />
da procura por parte <strong>dos</strong> condutores.<br />
As máquinas de desmontar têm merecido atenção especial e são as estrelas de qualquer casa<br />
de pneus, pois desempenham um papel fundamental para impor o ritmo de trabalho<br />
Essa procura manifesta uma clara tendência<br />
para a qualidade global, na qual o serviço<br />
passa a incluir to<strong>dos</strong> os componentes que<br />
influem diretamente no rendimento do pneu,<br />
como é o caso <strong>dos</strong> travões, da direção e da<br />
suspensão. Por inerência, outros consumíveis<br />
estão, igualmente, ao alcance das casas de<br />
pneus (lubrificantes, filtros, escovas limpa-<br />
-vidros, flui<strong>dos</strong>), favorecendo a fidelização da<br />
clientela. O potencial das oficinas de pneus<br />
apresenta-se, portanto, muito significativo a<br />
curto, médio e longo prazo, constituindo um<br />
fator de confiança, favorável ao investimento,<br />
nomeadamente em equipamentos.<br />
w QUALIDADE DE SERVIÇO E PRODUTIVIDADE<br />
O consumidor típico <strong>dos</strong> tempos atuais é<br />
exigente na qualidade de atendimento, na<br />
qualidade de produto/serviço e quanto a<br />
vantagens ou mais-valias oferecidas. Para<br />
satisfazer as características da clientela atual,<br />
é necessário apostar forte na preparação e<br />
na formação <strong>dos</strong> profissionais da empresa.<br />
Mas não é suficiente. A empresa tem, igualmente,<br />
de garantir a máxima rentabilidade, a<br />
fim de poder canalizar para o cliente algumas<br />
vantagens atrativas, sem prejudicar as suas<br />
margens operacionais devidas. Ora, a máxima<br />
rentabilidade só é possível atingir com<br />
equipamentos da mais apurada tecnologia e<br />
com fornecedores com capacidade de apoio<br />
global (manutenção, formação e suporte comercial).<br />
De facto, os equipamentos têm de<br />
realizar as várias tarefas básicas da atividade<br />
associada ao comércio de pneus - montagem/<br />
58 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015
PUB<br />
de utilização<br />
desmontagem, equilíbrio e alinhamento de<br />
direções - no mínimo tempo possível, mas<br />
livrando de danos o pneu e a jante. Obviamente,<br />
equipamentos de grande rapidez de<br />
execução requerem profissionais totalmente<br />
aptos e treina<strong>dos</strong>, sendo incoerente a excelência<br />
do equipamento sem a excelência <strong>dos</strong><br />
recursos humanos.<br />
w PAPEL FUNDAMENTAL NO NEGÓCIO<br />
O conjunto pneu/jante deve ser tão unido e<br />
sólido quanto possível, requerendo forças consideráveis<br />
para montar e desmontar o pneu<br />
da jante. Em termos manuais, essa operação<br />
só é possível em jantes de medidas pequenas<br />
e, mesmo assim, não fica salvaguardada<br />
a integridade do pneu. Nem da jante. Se o<br />
pneu for de grandes dimensões, o tempo para<br />
desmontar manualmente o pneu, ainda que<br />
isso seja possível, torna a operação economicamente<br />
inviável. Estas são as principais razões<br />
que fazem das máquinas de desmontar as<br />
estrelas de qualquer casa de pneus, as quais<br />
têm um papel fundamental para impor o<br />
ritmo de trabalho da empresa. Conscientes<br />
do valor nuclear desta operação, os fabricantes<br />
de equipamentos têm dedicado grande<br />
atenção a este tipo de máquinas, tendo sido<br />
significativamente ajuda<strong>dos</strong> pelo progresso<br />
da eletrónica e da engenharia de produção.<br />
Desta forma, as máquinas de desmontar<br />
pneus das últimas gerações praticamente<br />
realizam todas as operações de forma automática,<br />
podendo mesmo “agarrar” o pneu e<br />
colocá-lo na mesa de trabalho. Outra grande<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 59
Técnica Máquinas de desmontar pneus<br />
Guia de compra<br />
w w Os equipamentos são um investimento<br />
que se destinam a dar retorno, devendo,<br />
essencialmente, gerar economias<br />
de tempo e de meios à oficina. Para se fazer<br />
uma avaliação correta da melhor máquina<br />
de desmontar pneus, é necessário,<br />
em primeiro lugar, calcular o número de<br />
pneus que se pretende trabalhar por dia.<br />
Este cálculo ditará o volume correto do<br />
investimento (números de máquinas, por<br />
exemplo). Além disso, convém garantir as<br />
seguintes condições de compra:<br />
A atual oferta de máquinas de desmontar pneus concilia tecnologia com grande facilidade de<br />
utilização, contribuindo, decisivamente, para a produtividade e rentabilidade das empresas<br />
w w Máquinas de grande qualidade, com<br />
precisão, rapidez e automatizadas. O<br />
equipamento também deve estar preparado<br />
para enfrentar as evoluções e tendências<br />
do mercado, tanto no caso <strong>dos</strong><br />
pneus, como das jantes. Os equipamentos<br />
convencionais não respondem a esta<br />
exigência e estão apenas prepara<strong>dos</strong> para<br />
os veículos que amanhã já terão desaparecido.<br />
vantagem <strong>dos</strong> novos equipamentos deste<br />
tipo é a sua versatilidade, podendo operar<br />
com as mais variadas medidas de jantes/<br />
pneus (até 32” de diâmetro). Essa característica<br />
é fundamental, não apenas para a<br />
produtividade do trabalho, mas, também,<br />
para evitar a existência de um parque de<br />
máquinas extenso, que ocupa espaço precioso<br />
e representa um capital imobilizado<br />
elevado. A qualidade de serviço destas<br />
máquinas e a sua grande produtividade<br />
devem-se a programas eletrónicos com<br />
grandes bases de da<strong>dos</strong> e muito precisos,<br />
auxilia<strong>dos</strong> por diversos sensores coloca<strong>dos</strong><br />
nos pontos vitais do equipamento.<br />
Um especialista do ramo afirmou que as<br />
máquinas de desmontar pneus evoluíram<br />
mais nos últimos oito anos do que nos 40<br />
anos anteriores. Um <strong>dos</strong> fatores que propulsionou<br />
a evolução tecnológica das “desmontadoras”<br />
foi o aparecimento <strong>dos</strong> pneus<br />
Run Flat, com os seus talões ultrareforça<strong>dos</strong>,<br />
monta<strong>dos</strong> em delicadas jantes de alumínio.<br />
Nalguns casos, tiverem de ser cria<strong>dos</strong> acessórios<br />
especiais para ajudar as máquinas<br />
a desmontar certos tipos de pneus. O que<br />
parece ter sido, definitivamente, banido<br />
das “desmontadoras” mais recentes é o<br />
desmontador, a tradicional barra de ferro<br />
com que o operador ajudava a retirar ou<br />
a inserir o talão do pneu na jante. O risco<br />
de causar danos no pneu ou na jante era<br />
real com esse instrumento de trabalho, o<br />
que levou os fabricantes de equipamentos<br />
a pensar noutras soluções.<br />
w CRITÉRIOS DE ESCOLHA<br />
Quando a oficina decide investir na aquisição<br />
de uma máquina de desmontar, é importante<br />
pensar no tipo de pneus e rodas<br />
com que trabalha mais frequentemente,<br />
assim como olhar para as tendências atuais<br />
e futuras. Os diâmetros e larguras das jantes<br />
e <strong>dos</strong> pneus têm vindo a crescer, sendo<br />
boa política optar por uma máquina que<br />
consiga lidar com o maior número de medidas.<br />
Também é bom pensar em pneus de<br />
perfil baixo e do tipo Run Flat, que já são<br />
nichos de mercado com alguma expressão.<br />
É, também, útil pensar na eficiência energética,<br />
porque o mercado tem máquinas a<br />
ar comprimido e elétricas, sendo que estas<br />
podem ser de 230 V ou de 380 V (trifásicas).<br />
O ar comprimido tem a vantagem de servir<br />
para encher os pneus, mas é bom ter presente<br />
que é uma energia de outra energia<br />
(em segunda mão), tendo acumulado já<br />
um certo número de atritos e de ineficiências,<br />
que acabam por pesar na fatura<br />
da energia. Outro fator condicionante é o<br />
espaço disponível na oficina para a nova<br />
máquina. Em termos de tendências, as máquinas<br />
mais evoluídas do mercado já não<br />
utilizam alavancas (desmontas), efetuando<br />
desmontagem por intermédio de grupos<br />
de rodízios.<br />
w w A qualidade do serviço é tão importante<br />
como a qualidade do produto. O<br />
fornecedor tem de estar acessível em todas<br />
as situações e tem de ter um serviço<br />
pós-venda rápido e fiável. Como regra, os<br />
equipamentos não podem estar para<strong>dos</strong>,<br />
envolvendo custos que devem ser rapidamente<br />
amortiza<strong>dos</strong>. Um serviço de qualidade<br />
evita custos de paralisação e to<strong>dos</strong><br />
os impactos negativos que isso implica<br />
para a empresa.<br />
w w Escolher marcas bem conhecidas e<br />
comprovadas no mercado. Trocar sempre<br />
impressões com colegas de profissão que<br />
tenham uma máquina idêntica, se possível.<br />
Nunca comprar um equipamento só<br />
em função do seu preço. O barato pode<br />
sair (muito) caro.<br />
w w Apostar sempre nas funções e nos<br />
acessórios que permitam responder às<br />
exigências do mercado atual e futuro.<br />
w w É igualmente conveniente saber quais<br />
são as homologações que as máquinas<br />
têm por parte <strong>dos</strong> fabricantes de veículos,<br />
pois isso é uma garantia, não só de eficiência,<br />
como de rentabilidade.<br />
w w Optar por uma boa relação preço/<br />
qualidade, tomando por referência o alinhamento<br />
do mercado. Crédito vantajoso,<br />
entrega imediata ou rápida e formação<br />
profissional são condições que nunca se<br />
devem menosprezar ou desperdiçar.<br />
60 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015
ASSOCIAÇÃO<br />
AUTOMÓVEL DE PORTUGAL<br />
Publicidade_Simposio2016.pdf 1 29/09/15 18:09<br />
O maior Evento Ibérico do Aftermarket<br />
SIMPÓSIO<br />
IBÉRICO AFTERMARKET<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
Veículos<br />
comunicantes<br />
O futuro do Aftermarket<br />
Organização:<br />
Centro de Congressos do Estoril - Portugal<br />
18 de Março de 2016<br />
Parceiro Oficial:<br />
DIVISÃO DE PEÇAS<br />
E ACESSÓRIOS INDEPENDENTES<br />
Pedro Pinto<br />
Moderador<br />
Oradores<br />
internacionais<br />
Comentadores<br />
espanhóis e<br />
portugueses<br />
Inscreva-se!<br />
www.simposioaftermarket.com<br />
Orador Principal<br />
Hartmut Röhl<br />
Presidente da FIGIEFA<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 61
Avaliação obrigatória<br />
Citroën C4 Cactus 1.2 PureTech Shine<br />
//////////////////<br />
Viver com estilo<br />
Irreverente, apelativo, simples, audacioso, económico, acessível. O Citroën C4 Cactus<br />
permite viver com estilo. A versão a gasolina 1.2 PureTech de 110 cv consiste numa<br />
alternativa aos Diesel para quem não faz muitos quilómetros. E está com uma oferta<br />
promocional de €3.000...<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Lançado em Portugal no dia 20 de<br />
junho de 2014, o C4 Cactus é um<br />
verdadeiro caso de sucesso. Não<br />
há um único dia em que não nos<br />
cruzemos com um na estrada. Seja ele<br />
branco, preto, vermelho ou cinzento. Já<br />
o amarelo e o roxo, são mais difíceis de<br />
ver. O verde e o azul é que raramente se<br />
encontram. A Citroën acertou na mouche<br />
e parece ter encontrado aquele que,<br />
finalmente, pode encarnar o espírito<br />
de liberdade e a popularidade do 2CV.<br />
No seu estilo de crossover, o C4 Cactus<br />
representa uma alternativa às berlinas<br />
compactas, apostando em quatro vetores<br />
que estiveram, de resto, na génese da<br />
sua criação: mais design, mais conforto,<br />
mais tecnologias úteis e um custo mais<br />
contido.<br />
No passado mês de setembro, durante<br />
o Salão de Frankfurt, a Citroën deu a<br />
conhecer as novidades operadas neste<br />
modelo: nova cor para a carroçaria (“jelly<br />
red”), bancos traseiros rebatíveis 60/40<br />
e caixa manual robotizada (ETG6) para<br />
O ecrã tátil de 7” é<br />
um <strong>dos</strong> ex-líbris do<br />
interior, tal como,<br />
aliás, todo o tablier<br />
62 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015
O Pack Habana (€200) confere um encanto especial ao C4 Cactus. Mas existem outras opções de cor<br />
o motor 1.6 BlueHDi de 100 cv. Mas enquanto<br />
essas alterações não chegam,<br />
debrucemo-nos sobre a versão a gasolina<br />
1.2 PureTech de 110 cv, a última que<br />
foi lançada, que consiste numa opção<br />
interessante para quem não percorre<br />
muitos quilómetros.<br />
w PRESENÇA EXUBERANTE<br />
O C4 Cactus nunca passa despercebido.<br />
Seja qual for a sua cor. Tenha ele jantes<br />
pretas ou de dois tons. Integre ele os<br />
Airbump (uma inovação útil, estética<br />
e personalizável, que reforça o design<br />
pelo seu aspeto gráfico e protege a carroçaria,<br />
sendo de série em toda a gama)<br />
em preto, castanho chocolate, cinzento<br />
ou “dune”. As barras pretas no tejadilho<br />
vincam o lado prático e descomprometido<br />
deste arrojado Citroën, que surge<br />
associado a um estilo de vida orientado<br />
para o lazer. Já as inserções em preto nas<br />
cavas das rodas, tampa da bagageira e<br />
para-choques, surgem bem integradas<br />
na carroçaria. Por seu turno, os grupos<br />
óticos, principalmente os dianteiros, reforçam<br />
a presença exuberante.<br />
No C4 Cactus, as opções de personalização<br />
articulam-se em torno de 10 cores exteriores,<br />
quatro tonalidades para os Airbump<br />
e quatro ambientes interiores (tecido “Mica<br />
Grey”; pele “Stone Grey”; “Pack Habana”;<br />
“Pack Purple”). A unidade aqui presente dispõe<br />
de carroçaria em branco “perle” (€600),<br />
Airbump castanho chocolate (€100), “Pack<br />
Habana” (€200), vidros traseiros escureci<strong>dos</strong><br />
e jantes de dois tons, sendo estes dois<br />
últimos itens propostos, de série, na versão<br />
Shine. Mas as características visuais mais<br />
marcantes deste Citroën são, sem dúvida,<br />
os Airbump. Aplica<strong>dos</strong> nas portas e na base<br />
<strong>dos</strong> grupos óticos, destinam-se a garantir<br />
uma proteção real contra as agressões do<br />
quotidiano. A superfície macia do material<br />
plástico de poliuretano contém cápsulas de<br />
ar destinadas à absorção de impactos. Segundo<br />
a Citroën, os Airbump não requerem<br />
manutenção especial e permitem reduzir<br />
os custos de manutenção e reparação em<br />
caso de pequenos toques.<br />
w CONDUÇÃO AGRADÁVEL<br />
Antes de abordarmos o desempenho<br />
dinâmico do C4 Cactus, falemos do habitáculo.<br />
Começando pelo interface de<br />
condução 100% digital e 100% intuitivo,<br />
que assegura uma posição de condução<br />
livre e conectada, com coman<strong>dos</strong> agrupa<strong>dos</strong><br />
em torno de um ecrã tátil de 7”<br />
proposto de série. O airbag do passageiro,<br />
colocado no tejadilho (tecnologia “Airbag<br />
In Roof”), é anunciado como um exclusivo<br />
mundial, oferecendo espaço adicional<br />
ao acompanhante e maior capacidade<br />
de arrumação. Em vez de um painel de<br />
instrumentos tradicional, a Citroën optou<br />
por um ecrã digital. As pegas das portas, o<br />
tablier e o volante de três braços, são outros<br />
detalhes que realçam a irreverência.<br />
Com locais de arrumação presentes em<br />
número bastante razoável, o interior do<br />
C4 Cactus fica-se pelo sofrível no que toca<br />
à qualidade <strong>dos</strong> plásticos e revestimentos.<br />
Bem melhores são o posto de condução e<br />
o equipamento proposto de série. Já a segurança,<br />
contempla os dispositivos que,<br />
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Avaliação obrigatória<br />
Goodyear EfficientGrip<br />
Tecnologia FuelSaving<br />
w O Citroën C4 Cactus que a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> testou vinha equipado<br />
com Goodyear EfficientGrip, de medida 205/50R17 89V em ambos os<br />
eixos. Combinando uma estrutura leve com um composto avançado<br />
do piso, este pneu necessita, de acordo com o seu fabricante, de menos<br />
energia para rolar. O que acaba por traduzir-se em custos mais baixos<br />
com combustível e em emissões de CO2 mais reduzidas em cada viagem.<br />
Já o composto de sílica do piso mantém o pneu a trabalhar durante<br />
um período mais longo, evitando que seja necessário trocá-lo num<br />
curto espaço de tempo. Dotado de uma superfície de piso única e de<br />
uma disposição de lamelas que dispersa a água, o EfficientGrip anuncia<br />
melhor desempenho em piso molhado e distâncias de travagem mais<br />
curtas comparativamente aos outros pneus da sua classe. A condução<br />
confortável e silenciosa que apregoa deve-se ao design <strong>dos</strong> blocos.<br />
Citroën C4 Cactus 1.2 PureTech Shine<br />
MOTOR<br />
Tipo<br />
3 cilindros em linha,<br />
transversal, dianteiro<br />
Cilindrada (cc) 1199<br />
Diâmetro x curso (mm)<br />
75,0x90,5<br />
Taxa de compressão 11,0:1<br />
Potência máxima (cv/rpm) 110/5500<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 205/1500<br />
Distribuição<br />
2 v.e.c., 16 válvulas<br />
Alimentação<br />
injeção direta de gasolina<br />
Sobrealimentação<br />
turbo + intercooler<br />
TRANSMISSÃO<br />
Tração<br />
dianteira com ESP<br />
Caixa de velocidades<br />
manual de 5+ma<br />
DIREÇÃO<br />
Tipo<br />
pinhão e cremalheira<br />
Assistência<br />
sim (elétrica)<br />
Diâmetro de viragem (m) 10,9<br />
TRAVÕES<br />
Dianteiros (ø mm) discos ventila<strong>dos</strong> (266)<br />
Traseiros (ø mm) discos maciços (249)<br />
ABS<br />
sim, com REF+AFU<br />
SUSPENSÕES<br />
Dianteira<br />
pseudo McPherson<br />
Traseira<br />
travessa deformável<br />
Barra estabilizadora frente/trás sim/sim<br />
PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />
Velocidade máxima (km/h) 192<br />
0-100 km/h (s) 9,3<br />
Consumos (l/100 km)<br />
Extra-urbano/Combinado/Urbano 4,0/4,7/5,8<br />
Emissões de CO2 (g/km) 107<br />
Nível de emissões Euro 6<br />
DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />
Cx 0,32<br />
Comprimento/largura/altura (mm) 4157/1729/1480<br />
Distância entre eixos (mm) 2595<br />
Largura de vias frente/trás (mm) 1477/1477<br />
Capacidade do depósito (l) 50<br />
Capacidade da mala (l) <strong>34</strong>8-1170<br />
Peso (kg) 1095<br />
Relação peso/potência (kg/cv) 9,9<br />
Jantes de série<br />
6 1/2Jx17”<br />
<strong>Pneus</strong> de série 205/50R17<br />
PNEUS TESTE<br />
Goodyear EfficientGrip, 205/50R17 89V<br />
Imposto Único Circulação (IUC) €103,82<br />
Preço (s/ despesas) €19.036<br />
Unidade testada €20.016<br />
/////////////////<br />
A praia é um <strong>dos</strong> locais indissociáveis do irreverente Citroën C4 Cactus<br />
hoje, se tornaram indispensáveis. Quanto<br />
ao espaço para ocupantes e bagagem,<br />
este crossover cumpre sem deslumbrar.<br />
O facto de os vidros traseiros disporem<br />
de abertura a compasso, a ausência de<br />
espelho de cortesia do lado do acompanhante,<br />
a inexistência de luz nos lugares<br />
posteriores e a falta de uma função que<br />
permita abrir os vidros dianteiros com<br />
um só toque, são “falhas” que causam<br />
alguma desilusão. Mas era preciso cortar<br />
em algo...<br />
Outra grande aposta do C4 Cactus surge<br />
ao nível da redução <strong>dos</strong> custos operacionais,<br />
eliminando-se o que é supérfluo (não,<br />
a Citroën não se refere ao que, acima, mencionámos).<br />
Tal é possível pela associação<br />
de uma plataforma otimizada a eficientes<br />
motores de última geração, em conjunto<br />
com uma significativa redução de peso,<br />
garantindo-se, assim, uma combinação<br />
entre prazer de condução, eficiência e<br />
economia. O C4 Cactus aqui em análise<br />
está equipado com o motor 1.2 PureTech<br />
de 110 cv, um três cilindros dotado de<br />
turbo, injeção direta e função start/stop,<br />
que traz acoplada caixa manual de cinco<br />
velocidades. Bem escalonada, mas com<br />
um comando algo rui<strong>dos</strong>o e nem sempre<br />
preciso nas solicitações mais exigentes. As<br />
prestações são bastante agradáveis e os<br />
consumos razoáveis. Já o conforto, fica-<br />
-se pelo aceitável. E no que à dinâmica diz<br />
respeito, o C4 Cactus cumpre a sua função<br />
com competência. Não é muito acutilante<br />
nem gera grande entusiasmo.<br />
64 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015
Em estrada Por: Bruno Castanheira<br />
Skoda Fabia Break 1.2 TSI Ambition<br />
Ambição checa<br />
w A carrinha mais compacta da Skoda, a Fabia<br />
Break, atualmente na sua terceira geração, chegou<br />
ao mercado com a ambição de conquistar<br />
jovens famílias. Na bagageira, precisamente<br />
um <strong>dos</strong> trunfos desta proposta checa, uma<br />
vez que dispõe da mala mais volumosa do<br />
segmento, traz racionalidade. Muita. Principalmente,<br />
na versão Ambition, desprovida de<br />
grandes adereços estéticos que a tornariam<br />
mais atraente (e mais dispendiosa...), como<br />
acontece com a mais equipada versão Style.<br />
Seja como for, a Fabia Break, aqui testada com<br />
o motor a gasolina de injeção direta 1.2 TSI de<br />
90 cv, que traz acoplada caixa manual de cinco<br />
velocidades, é uma excelente opção para quem<br />
procura um automóvel versátil, económico e<br />
acessível. Se dúvidas houvesse, basta olhar para<br />
o preço a que é comercializado: €17.141. De-<br />
pois, a sua cilindrada (1197 cc) e o seu nível<br />
de emissões de CO2 anunciado (107 g/km),<br />
fazem com que se enquadre no escalão mais<br />
baixo de IUC. Outra vantagem, portanto. Poder-se-á<br />
dizer que, na especificação Ambition,<br />
o design não encanta e a condução não se pauta<br />
pela emoção, mas a Fabia Break marca pontos<br />
noutras áreas, porventura mais relevantes para<br />
as jovens famílias. O nível de equipamento oferece<br />
tudo o que faz falta, deixando os pequenos<br />
luxos para outras núpcias. Já na segurança,<br />
mesmo tratando-se de uma das versões mais<br />
acessíveis, a Skoda não facilita.<br />
Ficha Técnica<br />
Motor<br />
4 cil. linha,<br />
transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1197<br />
Potência máxima (cv/rpm) 90/5400<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 160/1400<br />
Velocidade máxima (km/h) 185<br />
0-100 km/h (s) 11,0<br />
Consumo comb. (l/100 km) 4,7<br />
Emissões de CO2 (g/km) 107<br />
Preço €17.141<br />
IUC €103,82<br />
<strong>Pneus</strong> teste: Bridgestone Ecopia EP150, 185/60R15 84H<br />
Toyota Auris HB 1.2T Comfort + Pack Sport<br />
Japonês refinado<br />
w Se existem automóveis que não desiludem<br />
em nenhum aspeto e que proporcionam uma<br />
convivência bastante salutar, o novo Auris é<br />
um deles. Num segmento predominantemente<br />
Diesel, a Toyota aposta forte também na versão<br />
Hatchback (cinco portas) equipada com o<br />
motor 1.2 turbo a gasolina de injeção direta,<br />
que faz uso de sistema start/stop e controlo de<br />
variável de abertura das válvulas de admissão<br />
e escape (Dual VVT-i). Os 116 cv e 185 Nm<br />
são transmiti<strong>dos</strong> às rodas dianteiras por intermédio<br />
de uma caixa manual de seis velocidades<br />
particularmente silenciosa e precisa<br />
na engrenagem. Mas grande parte da elevada<br />
competência dinâmica deste Toyota deve-se,<br />
claro, aos pneus. E para manter este familiar<br />
compacto colado à estrada, a marca japonesa<br />
elegeu os Continental ContiSportContact 5,<br />
de medida 225/45R17. Ainda que a direção<br />
pudesse oferecer maior feedback, o novo<br />
Ficha Técnica<br />
Motor<br />
4 cil. linha,<br />
transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1197<br />
Potência máxima (cv/rpm) 116/5600<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 185/1500<br />
Velocidade máxima (km/h) 195<br />
0-100 km/h (s) 10,1<br />
Consumo comb (l/100 km) 4,7<br />
Emissões de CO2 (g/km) 109<br />
Preço €24.247<br />
IUC €103,82<br />
<strong>Pneus</strong> teste: Continental ContiSportContact 5, 225/45R17 91W<br />
Auris prima pela suavidade, pelo conforto e,<br />
sobretudo, pela facilidade. As prestações do<br />
motor (Euro VI) são bastante interessantes,<br />
sendo de destacar ainda o seu reduzido ruído<br />
de funcionamento. De resto, o novo Auris<br />
convence, também, pela qualidade, pelo espaço<br />
disponível para ocupantes e bagagem,<br />
pelo equipamento e pelo posto de condução.<br />
No exterior, o design refrescado ganha alento<br />
com o opcional vermelho “Mica” metalizado<br />
(€410) que reveste a carroçaria e com as jantes<br />
de 17” escurecidas propostas de série no nível<br />
Comfort + Pack Sport.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 65
Em estrada<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
/////////////////<br />
Volvo XC60 D3 Momentum<br />
Melhoria de nota<br />
w Com o novo motor D3 de 150 cv, o Volvo<br />
XC60 registou uma melhoria de nota face à<br />
anterior versão com o mesmo nome. As prestações<br />
subiram, os consumos e as emissões<br />
desceram. O que veio aumentar a agradabilidade<br />
da condução e atribuir novos argumentos<br />
comerciais a este SUV nórdico. Não sendo<br />
a versão mais acessível da gama (pior ainda<br />
no caso da unidade aqui em análise, que<br />
Ficha Técnica<br />
Motor<br />
4 cil. linha Diesel<br />
transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1969<br />
Potência máxima (cv/rpm) 150/4250<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 350/1500<br />
Velocidade máxima (km/h) 190<br />
0-100 km/h (s) 10,0<br />
Consumo comb (l/100 km) 4,5<br />
Emissões de CO2 (g/km) 117<br />
Preço €47.802<br />
IUC €216,37<br />
<strong>Pneus</strong> teste: Pirelli Scorpion Verde, 235/60R18 103V<br />
custa €57.454 devido à presença de €9.652<br />
de opções, entre packs de equipamento e<br />
itens individuais), a D3 Momentum tem o<br />
condão de seduzir. Primeiro, pelo elevado<br />
conteúdo tecnológico que propõe. Depois,<br />
pelos inúmeros dispositivos de segurança<br />
que incorpora. Se a isso juntarmos a ampla<br />
habitabilidade, a bagageira volumosa, o posto<br />
de condução ergonómico e a qualidade acima<br />
da média, estão reuni<strong>dos</strong> os ingredientes<br />
que tornam esta proposta numa receita de<br />
sucesso. Pontos menos favoráveis? Também<br />
existem. Elegemos dois: o comando da caixa<br />
manual de seis velocidades carece de maior<br />
precisão; a motricidade (recorde-se que a unidade<br />
aqui em apreço dispõe de tração apenas<br />
dianteira) é bastante afetada pelo facto de as<br />
rodas da frente revelaram alguma dificuldade<br />
para colocar no solo, cada uma, 75 cv sempre<br />
que o volante não se encontra direito. Nada<br />
de grave, é certo, mas que requer alguma contenção,<br />
lá isso requer.<br />
VW Passat Variant 1.6 TDI Confortline<br />
Classe superior<br />
w O Passat mais evoluído de sempre aqui<br />
está. Ou melhor, a Passat, visto tratar-se de<br />
versão carrinha (Variant). A oitava geração<br />
deste modelo, ainda que no que ao design<br />
diga respeito seja mais uma evolução do que<br />
uma revolução, atingiu um invejável nível<br />
de refinamento. Não tanto pela qualidade<br />
geral, que já era elevada no seu antecessor,<br />
mas mais pela forma surpreendente como<br />
conjuga desempenho dinâmico eficaz com<br />
conforto acima da média. E mesmo tendo<br />
a versão 1.6 TDI de 120 cv, com caixa manual<br />
de seis velocidades, 1485 kg de peso,<br />
as prestações, ainda que não entusiasmem,<br />
estão longe de proporcionar uma condução<br />
pachorrenta. Prova disso, são os valores<br />
anuncia<strong>dos</strong> pela marca alemã: 204 km/h de<br />
velocidade máxima e 11,0 segun<strong>dos</strong> para o<br />
arranque <strong>dos</strong> 0-100 km/h. Números que não<br />
deixam de surpreender. Dotado de um pacote<br />
de tecnologias BlueMotion, a Passat Variant<br />
1.6 TDI revela toda a sua faceta familiar: ampla<br />
habitabilidade; equipamento expressivo;<br />
segurança elevada; bagageira com 650 litros<br />
de capacidade, atingindo os 1780 litros através<br />
do rebatimento <strong>dos</strong> bancos traseiros. O<br />
posto de condução ergonómico e adaptável<br />
a qualquer estatura é outro <strong>dos</strong> pontos fortes<br />
desta carrinha. Tal como o preço. É que face<br />
a tudo o que é proposto, os €35.816 pedi<strong>dos</strong><br />
pela VW para a especificação Confortline<br />
podem considerar-se apelativos.<br />
Ficha Técnica<br />
Motor<br />
4 cil. linha Diesel<br />
transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1598<br />
Potência máxima (cv/rpm) 120/4000<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 250/1750<br />
Velocidade máxima (km/h) 204<br />
0-100 km/h (s) 11,0<br />
Consumo combinado (l/100 km) 4,1<br />
Emissões de CO2 (g/km) 107<br />
Preço €35.816<br />
IUC €141,47<br />
<strong>Pneus</strong> teste: Michelin Primacy HP, 215/60R16 95V<br />
66 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015
HIGH PERFORMENCE, AS EVER<br />
Gripenwheels_pagina.pdf 1 24/09/15 15:49<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
OMNI GRIP<br />
E3/L3<br />
ALL GRIP<br />
E3/L3<br />
DUMPER GRIP<br />
E3.5/L3.5<br />
HAULER GRIP<br />
E4/L4<br />
ALL TRACTION<br />
E4<br />
Gripen Wheels Ibéria<br />
Centro de Negócios da Maia • Rua de Albino José Domingues, 74 • 2º AT • 4470-0<strong>34</strong> Maia • Portugal<br />
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