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Revista dos Pneus 34

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Estudo da Proteste arrasa mercado de usa<strong>dos</strong> em Portugal<br />

N.º <strong>34</strong><br />

Outubro ‘15<br />

Qualidade<br />

DESTAQUE <strong>Pneus</strong> de moto<br />

Má x ima<br />

tração<br />

MERCADO EM CRESCIMENTO<br />

RADIOGRAFIA DO SETOR<br />

ENTREVISTA<br />

António Lopes de Seabra<br />

CEO da Continental<br />

NOVIDADES<br />

Salão de Frankfurt 2015<br />

MUNDO AUTOMÓVEL<br />

CITROËN C4 CACTUS 1.2 PURETECH SHINE<br />

APRESENTAÇÃO<br />

GT Radial<br />

Savero SUV


Qualidade<br />

Capa 33.indd 1 29/09/15 15:53<br />

/////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////<br />

Ano VIII - 5 euros - revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />

///////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////<br />

Estudo da Proteste arrasa mercado de usa<strong>dos</strong> em Portugal<br />

N.º <strong>34</strong><br />

Outubro ‘15<br />

DIRETOR<br />

João Vieira<br />

joao.vieira@apcomunicacao.com<br />

Redação<br />

Bruno Castanheira<br />

bruno.castanheira@apcomunicacao.com<br />

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Diretor Comercial<br />

Mário Carmo<br />

mario.carmo@apcomunicacao.com<br />

Gestores de clientes<br />

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Rodolfo Faustino<br />

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e contabilidade<br />

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Editorial<br />

Mercado digital<br />

à distância de um clique<br />

DESTAQUE <strong>Pneus</strong> de moto<br />

Má x ima<br />

tração<br />

MERCADO EM CRESCIMENTO<br />

RADIOGRAFIA DO SETOR<br />

ENTREVISTA<br />

António Lopes de Seabra<br />

CEO da Continental<br />

MUNDO AUTOMÓVEL<br />

CITROËN C4 CACTUS 1.2 PURETECH SHINE<br />

NOVIDADES<br />

Salão de Frankfurt 2015<br />

Capacidade de gestão<br />

A evolução da economia e do mercado conduziram a um clima<br />

de grande competição, em que a sobrevivência de empresas e<br />

negócios exige competência, especialização e profissionalismo<br />

Ocompleto conhecimento do mercado, <strong>dos</strong> seus fatores condicionantes, das<br />

alternativas estratégicas e das linhas de evolução socioeconómicas, obrigaram<br />

a uma grande especialização e a um domínio total da informação disponível.<br />

Desde que o negócio esteja em marcha e se criam os fluxos materiais, financeiros<br />

e humanos inerentes a uma atividade de reparação automóvel, alguém tem de<br />

assumir o comando das operações, porque uma estrutura com a inércia de uma oficina<br />

de pneus não se quer desgovernada. Neste ponto, o perfil do gestor, seja ele o próprio<br />

empresário, ou seja, um profissional contratado para o efeito, assume uma importância<br />

preponderante. Devido à especificidade do negócio e às características da atividade,<br />

que exigem um grau elevado de adaptação a novas realidades e grande criatividade,<br />

para conjugar to<strong>dos</strong> os fatores necessários ao bom desempenho da estrutura, o gestor<br />

da oficina não pode ser meramente um administrador, nem apenas um chefe de oficina,<br />

mas uma excelente conjugação de ambos. E ainda mais qualquer coisa.<br />

Na realidade, qualquer pessoa pode adquirir conhecimentos, competências e habilitações,<br />

com maior ou menor esforço, ao longo de um período de tempo mais ou menos extenso.<br />

No entanto, há certas capacidades e potencialidades inatas que se podem estimular no<br />

momento certo do desenvolvimento da personalidade e ao longo da vida. Mas não podem<br />

ser adquiridas, porque não são conteú<strong>dos</strong>, são características pessoais. Estão, neste<br />

caso, o carácter, a personalidade, o carisma, a criatividade e a capacidade de adaptação,<br />

de liderança e de organização. Neste sentido, é preciso ter a noção de que é possível recrutar<br />

e formar em certas áreas um bom gestor de oficina. Mas não se pode moldar uma<br />

pessoa qualquer a esse perfil. Talvez seja muitas vezes o défice de gestão, provocado por<br />

ausência de um perfil de gestor adequado, que leva muitas empresas a não encontrarem<br />

o seu rumo e a perderem-se pelo caminho.<br />

Grande parte da eficácia de uma gestão depende do estilo que o gestor lhe imprime, algo<br />

que é, eminentemente, pessoal. Como administrador, espera-se que o gestor mantenha<br />

equilibra<strong>dos</strong> e sob controlo os parâmetros do negócio, intervindo rápida e eficientemente,<br />

em função <strong>dos</strong> indicadores disponíveis. Como chefe de equipa, é indispensável que seja<br />

capaz de organizar, de forma imediata, prioridades, processos e colaboradores. Tendo<br />

em vista a resposta mais eficiente da estrutura às solicitações colocadas pelo mercado.<br />

APRESENTAÇÃO<br />

GT Radial<br />

Savero SUV<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 03


Mercado<br />

<strong>Pneus</strong> usa<strong>dos</strong> em análise pela Proteste<br />

Este mercado<br />

não é para velhos<br />

No mercado de pneus, a idade não é um posto. Antes um perigo para a segurança<br />

rodoviária e um custo adicional para os clientes. Em 89 <strong>dos</strong> usa<strong>dos</strong> analisa<strong>dos</strong><br />

pela Proteste, 50 não tinham condições para estarem à venda<br />

Por: Jorge Flores<br />

O estudo da<br />

Proteste visou<br />

oficinas de<br />

cidades como<br />

Bragança, Castelo<br />

Branco, Coimbra,<br />

Évora, Faro, Leiria,<br />

Lisboa e Porto<br />

Aidade terá múltiplas virtudes em<br />

muitos setores. Mas, quando se<br />

trata do mercado de pneus usa<strong>dos</strong>,<br />

os contras são rui<strong>dos</strong>os.<br />

Um estudo realizado pela Proteste, da autoria<br />

de Alexandre Marvão, não deixa margem<br />

a equívocos de que o setor <strong>dos</strong> pneus<br />

não é para velhos! Os números da investigação,<br />

a que a nossa revista teve acesso,<br />

revelam um cenário preocupante: <strong>dos</strong> 89<br />

pneus usa<strong>dos</strong> analisa<strong>dos</strong> pela Proteste, 50<br />

não deveriam nunca estar à venda. E 23<br />

<strong>dos</strong> quais estavam mesmo ilegais! Falhas<br />

graves e que colocam em causa a segurança<br />

rodoviária. A investigação provou ainda que<br />

os pneus usa<strong>dos</strong> são muito mais rentáveis<br />

do que os usa<strong>dos</strong> (ver caixa), ao contrário<br />

do que muitos clientes poderiam supor.<br />

Em conversa com a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>,<br />

Alexandre Marvão confessa que não calculava<br />

que existissem “tantas oficinas dedicadas<br />

a 100% à venda de pneus usa<strong>dos</strong>”.<br />

Uma dificuldade acrescida para a sua investigação<br />

a nível nacional. De resto, o<br />

modus operandis da compra <strong>dos</strong> usa<strong>dos</strong><br />

foi relativamente simples, conforme conta<br />

Alexandre Marvão. O autor chegava a uma<br />

oficina e pedia dois pneus usa<strong>dos</strong> de determinada<br />

medida, para um mesmo eixo,<br />

mostrando-se um “leigo” na matéria e sujeitando-se<br />

às regras do mercado. Apenas<br />

assim poderia ter uma real noção do que<br />

se passa neste negócio.<br />

04 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015


O estudo levado a<br />

cabo pela Proteste<br />

foi da autoria de<br />

Alexandre Marvão<br />

O estudo deu conta de que, em média, os pneus novos são vendi<strong>dos</strong> com 8 mm de profundidade de piso. Os usa<strong>dos</strong> rondam os 2,5 mm<br />

w Crime, disse o estudo<br />

O estudo da Proteste ganha contornos<br />

ainda mais sérios atendendo ao facto<br />

de o mercado nacional de pneus usa<strong>dos</strong><br />

continua a ganhar expressão, um pouco, se<br />

quisermos, à semelhança da própria idade<br />

da população portuguesa.<br />

Mas qual foi, afinal, o método utilizado pela<br />

investigação? Simples. Alexandre Marvão percorreu<br />

várias oficinas espalhadas pelo país<br />

e comprou 89 pneus usa<strong>dos</strong>, optando por<br />

exemplares de três medidas distintas. Destes,<br />

concluiu, 18 <strong>dos</strong> pneus apresentavam menos<br />

de 1,6 mm de profundidade de piso. Uma falha<br />

A 80 km/h, a distância<br />

de travagem pode<br />

aumentar 10 metros<br />

se o pneu tiver<br />

menos de 1,6 mm de<br />

profundidade de piso.<br />

Se um usado não tiver,<br />

pelo menos, 4,5 mm<br />

de profundidade de<br />

piso, será mais rentável<br />

comprar um novo<br />

O autor do estudo<br />

comprou sempre dois<br />

pneus iguais para<br />

instalar no mesmo<br />

eixo. Em 11 <strong>dos</strong> casos,<br />

adquiriu apenas um<br />

por não existir pneu<br />

idêntico para as<br />

dimensões procuradas<br />

grave e que, em alguns países, não passaria<br />

em claro perante a justiça. Ainda no início<br />

deste ano, o dono de uma oficina do Reino<br />

Unido foi condenado a 12 meses de prisão<br />

e ao pagamento de €28.200 (20.000 libras,<br />

no caso), por comercializar pneus que não<br />

respeitavam a profundidade mínima de piso<br />

(2 mm) exigida pela lei para que pudessem<br />

estar à venda, além de apresentar danos na<br />

sua estrutura base. Segundo a justiça inglesa,<br />

estas falhas potenciavam, consideravelmente,<br />

os riscos de acidente. E não houve contemplações.<br />

Por cá, a realidade é outra. O estudo da<br />

Proteste revelou muito mais. <strong>Pneus</strong> com remen<strong>dos</strong><br />

laterais? Foram cinco! Ao todo, 23<br />

usa<strong>dos</strong> eram ilegais.<br />

No nosso país, o autor encontrou de tudo<br />

um pouco. Apenas não encontrou uma lei que<br />

regulamentasse a comercialização <strong>dos</strong> pneus<br />

usa<strong>dos</strong>. Porque tal não existe. “Falta de todo<br />

uma regulamentação”, acusa Alexandre Marvão.<br />

“Vender pneus usa<strong>dos</strong> é legal, mas não<br />

há nenhuma lei que diga o estado mínimo<br />

em que um pneu deve estar no mercado”.<br />

Ou seja, em Portugal, está tudo nas mãos do<br />

bom senso (ou da falta dele...) do comerciante.<br />

“Estamos apenas à distância de um decreto-<br />

-lei para que as coisas mudem”, acrescenta.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 05


Mercado<br />

/////////////////////////<br />

<strong>Pneus</strong> usa<strong>dos</strong> em análise pela Proteste<br />

Valor por milímetro de piso<br />

Pneu usado sai<br />

duplamente caro<br />

w A compra de pneus usa<strong>dos</strong> também não<br />

se revela um bom negócio para a carteira<br />

do cliente. Segundo contas feitas pela Proteste,<br />

os pneus novos ficaram por metade<br />

do preço <strong>dos</strong> usa<strong>dos</strong> testa<strong>dos</strong>. Neste exercício,<br />

foram calcula<strong>dos</strong> o custo por milímetro<br />

de piso <strong>dos</strong> pneus novos e usa<strong>dos</strong>,<br />

nas seguintes medidas em apreço: 175/65<br />

R14; 195/65 R15 e 205/55 R16.<br />

No caso <strong>dos</strong> novos, em média, este representa<br />

metade do custo. Os números?<br />

€30,95 por cada milímetro de um usado<br />

e €15,05 por cada milímetro de um novo.<br />

O mesmo será dizer que, “para um pneu<br />

usado compensar financeiramente, terá<br />

de ter 4,5 mm de profundidade de piso<br />

ou mais”, sustenta Alexandre Marvão. E<br />

isto, caso o pneu usado não tenha danos<br />

nem idade superior a seis anos.<br />

Os pneus usa<strong>dos</strong> não devem nunca ser vendi<strong>dos</strong> com mais de seis anos<br />

Poucas foram as oficinas abrangidas pela<br />

investigação que faziam uma seleção <strong>dos</strong><br />

pneus usa<strong>dos</strong> coloca<strong>dos</strong> à venda<br />

w Ação do tempo<br />

Mas mesmo os pneus testa<strong>dos</strong> que<br />

cumpriam com a profundidade de piso e<br />

pareciam estar em condições podem acabar<br />

por revelar-se um autêntico perigo.<br />

Visivelmente até podem enganar. Mas,<br />

com o tempo, tendem a envelhecer,<br />

“deteriorando-se de dentro para fora”,<br />

conforme pode ler-se no estudo. Ou seja,<br />

podem esconder alterações que aumentam<br />

o risco de separação das camadas<br />

do piso e apresentar uma borracha cada<br />

vez mais rígida. E mais perigosa.<br />

Entre os 89 pneus testa<strong>dos</strong>, foram vários<br />

os que tinham pressão de insuflação<br />

inadequada – o autor conta que houve<br />

casos de pneus que esvaziaram à sua<br />

frente quando monta<strong>dos</strong> - , descalibra<strong>dos</strong>,<br />

com um perfil oval, “ao ponto de<br />

nem se equilibrarem de pé”.<br />

A lei portuguesa também nada especifica<br />

quanto à idade máxima com<br />

que um pneu pode ser comercializado.<br />

Alexandre Marvão, na sua investigação,<br />

comprou vários pneus com 19 anos e uma<br />

grande maioria com mais de 10 anos. A<br />

boa prática recomendaria que a idade<br />

nunca fosse superior a seis anos.<br />

Muitos <strong>dos</strong> pneus analisa<strong>dos</strong> pela<br />

Proteste tinham uma origem, no mínimo,<br />

duvi<strong>dos</strong>a. Compra<strong>dos</strong> algures no<br />

estrangeiro, a sucateiros ou centros de<br />

desmantelamento de veículos em fim<br />

de vida. Em muitos <strong>dos</strong> casos, quando<br />

confronta<strong>dos</strong> com a pergunta de onde<br />

vinha o pneu, o vendedor ou desconhecia<br />

ou recusava dar explicações. E raras foram<br />

as situações em que existia um registo<br />

individual do pneu.<br />

Alexandre Marvão não gosta de dar<br />

conselhos sobre o que deve um cliente<br />

fazer na compra de um pneu usado. “Não<br />

vamos ensinar o cliente”, diz. Mas se quiserem<br />

mesmo saber a sua opinião, deixa<br />

escapar. “Se puderem, não optem por um<br />

pneu usado. Podem não estar a comprar<br />

um pneu em condições, seguro. E não<br />

é rentável. Mais vale investir um pouco<br />

mais, de início, e comprar um jogo de<br />

pneus novos”, remata.<br />

06 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015


SPAIN. Portugal <strong>Revista</strong> Dos <strong>Pneus</strong>. SUV. 210h. 297w. 01. 150731.indd 2 2015. 7. 31. 12:25<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 07


Destaque <strong>Pneus</strong> de moto<br />

////////////////////////////////<br />

Equilíbrio sobre rodas<br />

Dividi<strong>dos</strong> entre radiais e diagonais, os pneus que equipam os<br />

motociclos e as scooters diferem entre si. Tanto mais, que os <strong>dos</strong><br />

motociclos contemplam diversas categorias, o que não acontece<br />

no caso das “aceleras”. Nesta edição, com a ajuda da Bridgestone,<br />

abordamos este segmento. Para não se perder o equilíbrio sobre rodas<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

08 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015


Começamos este artigo dedicado aos pneus<br />

de moto com uma analogia. Ou melhor, duas:<br />

enquanto num automóvel a superfície de contacto<br />

do pneu com o solo tem o tamanho de<br />

um postal, numa moto desportiva, essa mesma superfície<br />

(em curva) tem a dimensão de um dedo polegar<br />

de um adulto. Contudo, importa ter presente que, nas<br />

motos, existe uma otimização da área disponível do piso<br />

do pneu, ao contrário do que acontece nos automóveis.<br />

Quer isto dizer que, nas motos, consegue-se ter piso<br />

até à zona do ombro do pneu, sendo tal impossível<br />

de alcançar nos automóveis, que dispõem de eixos<br />

rígi<strong>dos</strong> (não se inclinam).<br />

Nas motos, como nos automóveis e em qualquer<br />

outro veículo com quatro rodas, o pneu é <strong>dos</strong> componentes<br />

mais importantes. Se não mesmo o mais<br />

importante. É ele que estabelece o contacto com o<br />

solo, intervindo direta e ativamente no desempenho<br />

dinâmico, na segurança, no conforto, no nível de ruído<br />

e no consumo de combustível. Mas para que o pneu<br />

cumpra a sua função de forma eficaz, é necessário ter<br />

uma pressão de insuflação adequada, um piso com a<br />

profundidade legal (pelo menos 1 mm no caso <strong>dos</strong><br />

motociclos e das scooters) e uma área de contacto<br />

com o solo em bom estado. Quando chega a altura de<br />

serem substituí<strong>dos</strong> por novos, é essencial respeitar as<br />

recomendações <strong>dos</strong> fabricantes <strong>dos</strong> veículos de duas<br />

e três rodas. Assim como é imprescindível escolher os<br />

pneus em função do tipo de utilização que se vai dar<br />

e das características do próprio meio de transporte.<br />

w FUNÇÕES, MATERIAIS, TIPOS<br />

O pneu é muito mais do que um objeto preto, redondo<br />

e com um buraco no meio. Trata-se de um componente<br />

flexível aplicado numa roda, constituído por borracha,<br />

sendo reforçado através de outros materiais. A primeira<br />

função do pneu é suportar a carga. Mas, para isso, é<br />

imprescindível o ar comprimido que se encontra no<br />

seu interior. Outra das funções do pneu é transmitir<br />

tração e força de travagem na superfície da estrada. E,<br />

através do atrito que se gera entre o solo e a borracha<br />

que constitui o piso, o pneu permite mudar e manter a<br />

direção do veículo. Mais: é um elemento que “participa”<br />

na suspensão.<br />

Fabrica<strong>dos</strong> com diferentes tipos de borrachas (naturais<br />

e sintéticas), que são mistura<strong>dos</strong> com químicos<br />

(enxofre; negro de fumo; sílica) para melhorar as suas<br />

propriedades e para que tenham uma maior adesão<br />

com os componentes de reforço, os pneus que equipam<br />

os motociclos e as scooters integram camadas<br />

de fios têxteis (telas) aglutina<strong>dos</strong> numa “sanduíche”<br />

de mistura de borracha (Kevlar, Nylon e Rayon, entre<br />

outros). Depois, incluem também na sua composição<br />

fios de aço (são juntos com a borracha e torci<strong>dos</strong> para<br />

formar os talões) e telas de fios (camadas de fios de aço<br />

aglutina<strong>dos</strong> numa “sanduíche” de mistura de borracha).<br />

Os pneus variam, também, em função da utilização a<br />

que se destinam. É, por isso, que existem vários tipos<br />

de piso. Desde o slick concebido para circuito até ao off<br />

road específico para motocross e enduro, passando pelo<br />

que tem blocos, nervuras/blocos, nervuras e mistos.<br />

w ENTRE DIAGONAIS E RADIAIS<br />

Os fatores que influenciam o desempenho do pneu<br />

são vários: as suas características, as condições da superfície<br />

da estrada, o peso do veículo e o momento de<br />

inércia, a posição do centro de gravidade, os aspetos<br />

aerodinâmicos, o sistema de suspensão e o alinhamento<br />

da roda. Os pneus podem ter três tipos de construção:<br />

diagonais (os fios da tela prolongam-se até ao talão<br />

e estão coloca<strong>dos</strong> em ângulos alterna<strong>dos</strong>, substancialmente<br />

inferiores a 90° a contar da linha central do<br />

piso); diagonais cinta<strong>dos</strong> (descreve a estrutura de um<br />

pneu de tipo diagonal, sendo a carcaça confinada por<br />

uma cinta circunferencial essencialmente inextensível,<br />

residindo as principais diferenças para o pneu diagonal<br />

no material e nos ângulos das telas); radiais (descreve<br />

a estrutura em que os fios da tela se prolongam até ao<br />

talão e são coloca<strong>dos</strong> essencialmente a 90° da linha<br />

central do piso).<br />

Face aos pneus diagonais, que têm bom desempenho,<br />

proporcionam conforto, durabilidade mediana e pouca<br />

maneabilidade, os pneus radiais oferecem boa resistência<br />

ao desgaste, maior longevidade, boa estabilidade a<br />

velocidades elevadas, boa resposta na travagem, menor<br />

conforto, fazem com que a direção fique mais pesada<br />

e não geram tanto calor. Os pneus para motociclos<br />

e scooters podem fazer uso da tecnologia tubetype<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 09


Destaque<br />

<strong>Pneus</strong> de moto<br />

(dispõem de revestimento butílico para<br />

evitar fugas de ar; pressupõem a utilização<br />

de jantes com ressalto de cada lado; incluem<br />

uma válvula encaixada na jante) ou tubeless<br />

(dispõem de revestimento hermético que<br />

substitui a câmara de ar, sendo progressiva<br />

a perda deste em caso de furo, garantindo<br />

maior segurança a velocidades elevadas).<br />

w CATEGORIAS E INSCRIÇÕES<br />

Os pneus que equipam os motociclos<br />

dividem-se entre radiais e diagonais. E contemplam<br />

diversos subsegmentos. Os que<br />

concentram a maioria das vendas no mercado<br />

nacional são três: Hypersport (motos<br />

desportivas de estrada), Sport Touring (motos<br />

desportivas de turismo vocacionadas para<br />

viajar) e Trail (motos concebidas para circular<br />

em estrada e fora dela). Depois, importa<br />

considerar, também, as categorias Custom<br />

(motos concebidas para viajar), Trail on/off<br />

(motos concebidas para circular em estrada e<br />

fora dela, dispondo de pneus todo-o-terreno)<br />

e Off Road (modelos de motocross e enduro).<br />

No caso <strong>dos</strong> pneus para scooters, dividem-<br />

-se, simplesmente, entre radiais e diagonais.<br />

Ao contrário do que se possa pensar, não<br />

é correto afirmar que um pneu de moto é<br />

mais evoluído do que um pneu de automóvel.<br />

Cada um tem o seu estágio de desenvolvimento<br />

tecnológico específico, que obedece<br />

a princípios completamente distintos em relação<br />

aquilo que são as exigências em termos<br />

de utilização <strong>dos</strong> diferentes veículos. Contudo,<br />

é verdade que a evolução acontece<br />

Os pneus de moto encontram-se divi<strong>dos</strong> entre radiais e diagonais. Depois, contemplam diversas<br />

categorias em função das características do veículo a que se destinam e do tipo de utilização<br />

mais depressa (menos espaçada no tempo)<br />

nos pneus de moto do que nos de automóvel.<br />

Por outro lado, os motociclistas sentem<br />

mais a evolução <strong>dos</strong> pneus e a importância<br />

que eles representam comparativamente ao<br />

que se verifica com os automobilistas. Quanto<br />

mais não seja porque, entre os motociclistas<br />

e a estrada, não existe chapa...<br />

Os pneus de moto incluem diversas inscrições<br />

que indicam o seu diâmetro total, a<br />

altura de secção, a largura da jante, o diâmetro<br />

nominal da jante, a largura da secção, a<br />

largura total, a série (relação entre a altura e<br />

a largura de secção), o tipo de construção,<br />

o símbolo de velocidade, o índice de carga,<br />

os códigos DOT, o nome do fabricante e a<br />

designação comercial. Depois, podem existir<br />

códigos adicionais que indicam o molde, se<br />

os pneus têm ou não câmara de ar, se são ou<br />

não específicos para um determinado modelo<br />

de moto, se têm posição e sentido de<br />

montagem ou se dispõem de indicadores de<br />

desgaste. A designação das medidas conjuga<br />

polegadas com inscrições alfanuméricas e<br />

métricas. Contudo, as medidas alfanuméricas<br />

não deverão ser substituídas por milimétricas.<br />

Avon Storm 3D X-M<br />

w Da vasta gama de pneus de moto que este<br />

fabricante britânico, que produz desde 1904,<br />

disponibiliza, destacamos o Storm 3D X-M.<br />

Trata-se de um pneu de elevadas prestações,<br />

concebido para modelos desportivos, que anuncia<br />

uma durabilidade entre 15% a 20% superior<br />

comparativamente à gama Storm. Pontos 3D<br />

escondi<strong>dos</strong> nas lamelas otimizam a estabilidade<br />

e a tração, limitam a flexibilidade do piso e<br />

contribuem para que o pneu atinja rapidamente<br />

a temperatura ideal<br />

Bridgestone Battlax S20 Evo<br />

w Disponível em duas medidas para o eixo<br />

dianteiro e seis para o eixo traseiro, o Battlax S20<br />

Evo destina-se ao segmento Hypersport (motos<br />

desportivas). O afinado pacote com cinta de<br />

cinco filamentos aumenta, significativamente, a<br />

rigidez frontal para uma resposta e desempenho<br />

superiores. Elevada estabilidade, enorme<br />

aderência, eficaz capacidade de travagem em piso<br />

seco e molhado, excelente manobrabilidade e<br />

grande fiabilidade, são os argumentos deste pneu<br />

Bridgestone<br />

Continental ContiSportAttack 3<br />

w Sem rodeios, a Continental afirma que o<br />

ContiSportAttack 3 é o melhor pneu Hypersport<br />

que jamais produziu. A nova tecnologia Grip<br />

Limit Feedback facilita a tomada de decisões<br />

durante a condução com máximas inclinações,<br />

graças à informação que o motociclista recebe<br />

do pneu antes que o limite chegue. A aderência<br />

em piso molhado é, também, outra das virtudes<br />

deste pneu, devido ao facto de o desenho do<br />

piso ser especial e de o composto de sílica ser<br />

evoluído<br />

10 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015


<strong>Pneus</strong> de motociclo foram os mais vendi<strong>dos</strong><br />

Mercado cresceu 16,3% em agosto de 2015<br />

w w Para medir o pulso ao mercado <strong>dos</strong> pneus de moto, atente-se<br />

nos da<strong>dos</strong> do Europool. De acordo com o relatório deste organismo<br />

na data de conclusão deste artigo, em Portugal, no passado mês de<br />

agosto, no que ao mercado de substituição disse respeito, venderam-<br />

-se 3.449 pneus de motociclo (+18,8% do que em igual mês de 2014).<br />

Distribuí<strong>dos</strong> do seguinte modo: 1.439 radiais (589 Hypersport; 595<br />

Sport Touring; 255 Trail Road) e 1.952 diagonais (294 Sport Touring;<br />

1.204 Custom; 165 Trail Road; 143 Trail on/off; 146 Off Road). Depois,<br />

importa somar os 35 Sport Touring R3 e os 23 Custom Basket.<br />

No caso <strong>dos</strong> pneus de scooter, em agosto de 2015 o mercado nacional<br />

absorveu 1.180 unidades, ou seja, +9,6% do que em agosto de<br />

2014 (25 radiais e 1.155 diagonais). Somando os pneus de motociclo<br />

(3.449) aos pneus de scooter (1.180), o total do mercado nacional<br />

em agosto de 2015 foi de 4.629 unidades (+16,3% do que em 2014).<br />

Em termos acumula<strong>dos</strong> (janeiro a agosto), venderam-se 31.017<br />

pneus de motociclo (+24,7% do que nos primeiros oito meses do<br />

ano transato). Distribuí<strong>dos</strong> do seguinte modo: 12.071 radiais (4.837<br />

Hypersport; 81 Sport Basket; 4.595 Sport Touring; 186 Custom; 2.372<br />

Trail Road) e 18.680 diagonais (3.722 Sport Touring; 3.798 Custom;<br />

1.515 Trail Road; 1.311 Trail on/off; 8.3<strong>34</strong> Off Road). Depois, importa<br />

somar os 264 Sport Touring R3. Já no que diz respeito aos<br />

pneus de scooter, de janeiro a agosto de 2015 o mercado nacional<br />

absorveu 10.689 unidades, ou seja, -1% do que nos primeiros oito<br />

meses de 2014 (293 radiais; 10.388 diagonais; 8 R3). Somando os<br />

pneus de motociclo (31.017) aos pneus de scooter (10.689), o total<br />

do mercado português de janeiro a agosto de 2015 foi de 41.706<br />

unidades (+16,9% do que em igual período de 2014).<br />

Cruzamento de da<strong>dos</strong><br />

Contactada pela nossa revista, a Valorpneu apenas facultou da<strong>dos</strong><br />

relativos a 2013, 2014 e ao primeiro semestre de 2015. Assim, na<br />

categoria de motos até 50 cc, os números desta entidade indicam<br />

290.955 pneus em 2013, 295.965 pneus em 2014 e 171.054 pneus<br />

no primeiro semestre de 2015. Já na categoria de motos superiores<br />

a 50 cc, os números são de 85.129 pneus em 2013, 96.915 pneus em<br />

2014 e 51.765 pneus de janeiro a junho deste ano. Cruzando com<br />

os da<strong>dos</strong> do Europool para os mesmos perío<strong>dos</strong>, as diferenças são<br />

abismais: 43.130 pneus em 2013, 50.995 pneus em 2014 e 31.594<br />

pneus no primeiro semestre de 2015. Moral da história: os da<strong>dos</strong><br />

do Europool não refletem a realidade do mercado nacional. É que<br />

os pneus que equipam as scooters são, essencialmente, de origem<br />

asiática. E como só os fabricantes que dispõem de, pelo menos, uma<br />

fábrica instalada em solo europeu reportam ao Europool...<br />

Interessantes são, também, os números relativos à venda de veículos<br />

motoriza<strong>dos</strong> de duas e três rodas. Segundo a ACAP (Associação Automóvel<br />

de Portugal), no passado mês de julho, o mercado nacional<br />

registou 430 ciclomotores até 50 cc (+23,2% do que em igual mês<br />

de 2014) e 2.802 motociclos (2.049 entre 50 e 125 cc; 753 com mais<br />

de 125 cc), ou seja, +23,4% do que em julho de 2014. Já em termos<br />

acumula<strong>dos</strong>, entre janeiro e julho deste ano, o mercado nacional<br />

absorveu 1.503 ciclomotores até 50 cc (+15,1% do que nos primeiros<br />

sete meses do ano transato) e 10.932 motociclos (+14,3%), dividi<strong>dos</strong><br />

entre 6.951 de 50 a 125 cc e 3.981 com mais de 125 cc. A terminar,<br />

refira-se que, segundo da<strong>dos</strong> da ACAP, o número de motociclos em<br />

circulação com mais de 50 cc (umero que açciclos deira-se que, de<br />

acordo com a ACAP, de consumo da Portugal, as as nupcias olo,<br />

cada uma, recorde-se que a inclui veículos de duas e quatro rodas),<br />

era, em 2013, de 212.500, contra 4.480.000 ligeiros de passageiros,<br />

1.137.000 comerciais ligeiros, 121.400 pesa<strong>dos</strong> de mercadorias e<br />

14.800 pesa<strong>dos</strong> de passageiros. Já a idade média do parque circulante<br />

de motociclos é de “apenas” oito anos.<br />

w CUIDADOS COM MONTAGEM E EQUILÍBRIO<br />

No que à montagem e equilíbrio de<br />

pneus diz respeito, existem diversos cuida<strong>dos</strong><br />

a ter. Em primeiro lugar, importa<br />

realçar que a vibração provoca desgaste<br />

prematuro nos pneus,danos em componentes<br />

da suspensão e direção, condução,<br />

manuseamento e tração pouco seguras,<br />

redução na eficiência de travagem, redução<br />

na qualidade de andamentoe maior<br />

consumo de combustível. Para se corrigirem<br />

os problemas de vibração, deve-se, em<br />

primeiro lugar, equilibrar a jante e o pneu<br />

como um conjunto. O equilíbrio de uma<br />

roda significa determinar a quantidade de<br />

massa necessária para corrigir o desequilíbrio<br />

(distribuição desigual da massa sobre<br />

o conjunto pneu/roda segundo um eixo de<br />

simetria, podendo o desequilíbrio ser estático<br />

ou dinâmico) e saber a posição em que<br />

a massa deve ser colocada na roda. Uma<br />

roda equilibrada apresenta sempre algum<br />

desequilíbrio residual. Que, de acordo com<br />

a norma ISO1940, dispõe de tolerâncias<br />

aceitáveis para cada lado da roda, numa<br />

situação de balanceamento.<br />

A pressão reveste-se, também, de extrema<br />

importância. O propósito do ar é suportar o<br />

peso da moto. A pressão de insuflação recomendada<br />

no manual do utilizador consiste<br />

num valor de referência quando a moto está<br />

com carga e com acompanhante. 1 kg/cm2<br />

(14 PSI) abaixo da pressão recomendada,<br />

reduz o ciclo de vida do pneu em 45%.<br />

Uma pressão incorreta pode resultar em<br />

instabilidade, desgaste rápido e irregular.<br />

E uma pressão demasiado baixa aumenta<br />

a temperatura e o desgaste do pneu. O que<br />

é, também, de evitar.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 11


Destaque<br />

<strong>Pneus</strong> de moto<br />

w MERCADO TÉCNICO E CONHECEDOR<br />

Para medirmos o pulso ao mercado <strong>dos</strong><br />

pneus de moto em Portugal, recorremos a<br />

André Bettencourt. O diretor de marketing<br />

e gestor de produtos de consumo da Bridgestone<br />

Portugal, começou por referir que<br />

“o pneu de moto é, porventura, o produto<br />

que mais desafios nos coloca em termos comerciais.<br />

Normalmente, o consumidor final<br />

(neste caso o utilizador da moto) é muito mais<br />

esclarecido e procura estar sempre melhor<br />

informado comparativamente ao consumidor<br />

de pneus para automóvel”. Quando se<br />

vendem pneus de moto, “mais do que uma<br />

guerra de preços, a maior preocupação incide<br />

sobre a escolha da melhor opção em função<br />

do tipo de utilização. O consumidor final está<br />

cada vez mais informado. É uma forma muito<br />

diferente de trabalhar”, destacou o mesmo<br />

responsável. O mercado <strong>dos</strong> pneus de motociclo<br />

é, essencialmente, premium. Já no<br />

caso <strong>dos</strong> pneus de scooter, a maior fatia de<br />

vendas é assegurada por produtos asiáticos.<br />

Algo de que André Bettencourt não tem<br />

dúvidas é da menor expressão em termos de<br />

volume que os pneus de moto representam.<br />

Contudo, afirmou, “é mais exigente no que<br />

diz respeito ao grau de desenvolvimento tecnológico<br />

e aquilo que o cliente procura, por<br />

comparação com o segmento de pneus de<br />

automóvel”. E acrescentou: “Existem menos<br />

clientes de motos, logo menos oficinas. A<br />

concorrência é menor (menos marcas), mas<br />

a especialização é maior". Quem vai mexer na<br />

moto tem de ter um conhecimento específico<br />

sobre ela e sobre a mecânica. E é fundamental<br />

Os pneus para<br />

motos Sport<br />

Touring são <strong>dos</strong><br />

mais vendi<strong>dos</strong>,<br />

sobretudo os<br />

que obedecem<br />

a um tipo de<br />

construção<br />

diagonal<br />

Dunlop SportSmart 2<br />

w O pneu tecnologicamente avançado da Dunlop<br />

para motos desportivas anuncia conforto elevado<br />

(soluções JLB e JLT), manobrabilidade superior,<br />

aderência otimizada em piso seco e molhado<br />

(conceito Multi-Tread), grande durabilidade e<br />

muita potência a alta velocidade. A tecnologia que<br />

está por detrás do SportSmart2 foi desenvolvida<br />

pela equipa europeia de I&D da Dunlop e deriva<br />

de produtos comprovadamente vencedores em<br />

corridas, como o D212 GP Pro<br />

Maxxis Maxxcross SI<br />

w A taiwanesa Maxxis, propriedade da Cheng-Shin<br />

Rubber Industry Co., Ltd,, que se estabeleceu em<br />

1967 na cidade de Yuanlin, dispõe de uma oferta<br />

que cobre quase to<strong>dos</strong> os segmentos de mercado.<br />

Na gama de pneus de moto, destaca-se o modelo<br />

Maxxcross SI, concebido para modelos off-road,<br />

que promete impressionar pela sua performance e<br />

durabilidade. Anuncia um desempenho eficaz em<br />

terrenos intermédios e macios graças aos “tacos”<br />

que proporcionam aderência e estabilidade<br />

Metzeler ME 888 Marathon Ultra<br />

w Fundado em 1863, o fabricante alemão<br />

especialista na produção de pneus para moto<br />

lançou várias novidades. Uma delas dá pelo<br />

nome de ME 888 Marathon Ultra. Especialmente<br />

desenvolvido para os segmentos Custom e<br />

Sport Touring, este produto está disponível em<br />

diversas medidas. Como trunfos, anuncia grande<br />

longevidade e manobrabilidade superior. Sem<br />

fazer concessões nos domínios da estabilidade,<br />

aderência e conforto<br />

12 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015


Michelin Power SuperSport<br />

w Disponível em cinco medidas, uma para o<br />

eixo dianteiro e quatro para o traseiro, o Power<br />

SuperSport da Michelin foi criado para que o<br />

motociclista tire o máximo partido da sua moto.<br />

Em estrada e em circuito. A elevada aderência<br />

que anuncia deve-se a novos compostos de<br />

borracha deriva<strong>dos</strong> da competição. A tecnologia<br />

2CT+ que incorpora consegue um ótimo<br />

compromisso entre durabilidade e aderência.<br />

O que demonstra que, também nas motos, o<br />

fabricante francês não facilita<br />

Mitas MC 30 Invader<br />

w Da República Checa, chega-nos a Mitas.<br />

São vários os produtos que este fabricante<br />

disponibiliza para motos, reparti<strong>dos</strong> por diversos<br />

segmentos. Destacamos o MC 30 Invader. Um<br />

pneu concebido para enduro que está disponível<br />

em quatro medidas. Duas com jantes de 17”, uma<br />

com 19” e outra com 21”. O piso de que dispõe,<br />

não sendo tão “radical” para as atividades fora de<br />

estrada como outros pneus da Mitas, anuncia<br />

elevada competência sem perder de vista a<br />

importância da durabilidade<br />

Pirelli Diablo Rosso II<br />

w O melhor pneu desportivo de moto para uso<br />

absoluto em estrada. Quem o diz é a Pirelli. Só<br />

pela designação que ostenta, impõe respeito.<br />

Visualmente atrativo devido às exuberantes<br />

inscrições nas paredes laterais (o motociclista<br />

pode personalizá-lo com a colocação de uma<br />

pequena etiqueta de borracha), o Diablo Rosso<br />

II dispõe de EPT (Enhanced Patch Technology),<br />

que otimiza a superfície de contacto, e faz uso do<br />

FGD (Functional Groove Design), que melhora o<br />

desempenho em piso molhado<br />

que saiba conduzir uma moto. São poucas<br />

as oficinas de automóveis em Portugal que<br />

trabalham com motos devido à especialização<br />

que estas implicam. Estamos a falar de<br />

um segmento muito técnico, com clientes<br />

finais altamente sensíveis e conhecedores<br />

no que diz respeito ao comportamento de<br />

uma moto”.<br />

A terminar, o responsável da Bridgestone<br />

Portugal afirmou que, “apesar do mercado<br />

de pneus de moto ter uma dimensão consideravelmente<br />

inferior ao mercado <strong>dos</strong> pneus<br />

A competição, como o Mundial de MotoGP, é um<br />

exigente teste de fiabilidade para os pneus<br />

de automóvel, o setor consegue ter algum<br />

equilíbrio no que diz respeito à rentabilidade<br />

do negócio, que, muitas vezes, não passa por<br />

vender apenas o pneu. Como o negócio <strong>dos</strong><br />

pneus de moto é muito mais técnico, implica<br />

um determinado tipo de trabalho que também<br />

é valorizado pelo consumidor final. Ou<br />

seja, o motociclista valoriza o pneu. E quer<br />

um produto de elevada qualidade. Só depois<br />

surge a preocupação com o preço. Com o automobilista,<br />

passa-se precisamente o inverso<br />

na maioria <strong>dos</strong> casos”.<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 13


Apresentação GT Radial<br />

/////////////////////////////////<br />

Savero SUV<br />

Solução para pequenos SUV<br />

A GT Radial apresentou o seu mais recente produto para pequenos veículos SUV<br />

e crossovers. Trata-se do novo Savero, um pneu totalmente desenvolvido no centro<br />

de pesquisa da marca, em Hanover, na Alemanha, para o mercado europeu<br />

Por: João Vieira, em Barcelona<br />

<br />

Antevendo o grande crescimento do da água, assim como as lâminas geometricamente<br />

otimizadas com uma combinação de<br />

mercado de pequenos veículos SUV<br />

e crossovers, que já representam um ranhuras laterais, que asseguram uma maior<br />

em cada cinco veículos vendi<strong>dos</strong> na aderência em piso molhado.<br />

Europa, a GT Radial FOR ON lançou ROAD o Savero CUV & SUV, COMPACT um O SUV novo pneu foi submetido a várias provas<br />

pneu desenhado principalmente para a condução<br />

em asfalto.<br />

e os resulta<strong>dos</strong> foram surpreendentes, pois<br />

no centro de testes de MIRA, no Reino Unido,<br />

<br />

O lançamento deste novo pneu representa conseguiu avaliações muito positivas em<br />

<br />

um incremento significativo no portefólio diversos parâmetros, como ruído, conforto,<br />

de produtos da <br />

GT Radial, que agora passa comportamento e travagem, quando comparado<br />

com outros pneus de segmento superior.<br />

a contar com uma <br />

gama alargada de pneus<br />

para o segmento <strong>dos</strong> veículos que mais tem<br />

crescido na Europa.<br />

<br />

<br />

Disponível com uma oferta de 23 medidas,<br />

que incluem Stiff as mais circumferential utilizadas 215/65R16, Providing optimal BRAKING, good<br />

215/60R17, 215/60R17, ribs 225/65R17, 235/65R17 directional and driving STABILITY<br />

e 235/60R18, os Solid novos shoulder Savero SUV estão disponíveis<br />

com blocks símbolos de velocidade H e V. braking with enhanced steering precision<br />

Excellent cornering stability, TRACTION and<br />

Graças à utilização de novos compostos e a<br />

um desenho de Small tread blocks combined with lateral<br />

Geometrically<br />

piso inovador, o Savero SUV<br />

sipes guarantees better NOISE<br />

tem um bom optimized comportamento sipes em estrada,<br />

PERFORMANCE<br />

conforme tivemos oportunidade de comprovar<br />

nos testes 4 que wide a longitudinal<br />

marca proporcionou Superior à WET PERFORMANCE with rapid<br />

imprensa europeia, grooves em Barcelona, no passado water evacuation and reduced aquaplaning<br />

mês de setembro. Durante mais de 50 km,<br />

conduzimos diversos veículos SUV equipa<strong>dos</strong><br />

com os novos GT Radial Savero, em estrada<br />

e todo-o-terreno. Apesar de não terem sido<br />

concebi<strong>dos</strong> para condução em terra, os Savero<br />

não desiludiram e responderam bem às<br />

nossas incursões fora de estrada.<br />

As características principais do seu desenho<br />

são as quatro largas ranhuras longitudinais,<br />

que proporcionam um bom escoamento<br />

De referir que o fabricante Giti já está presente<br />

neste segmento estratégico com o pneu<br />

Champiro HPY SUV, destinado aos veículos<br />

maiores, e com o Savero HT Plus, dirigido a<br />

veículos off-road e com índices de velocidade<br />

que vão de R a H. Produzindo uma extensa<br />

gama de pneus ligeiros, comerciais e pesa<strong>dos</strong><br />

(camião e autocarro urbano ou longo curso)<br />

para o mercado global, a Giti Tire situa-se<br />

no TOP 10 <strong>dos</strong> produtores de pneus a nível<br />

mundial.<br />

14 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015


“Opção de qualidade a preço acessível”<br />

w Angello Gianelli, diretor de marketing para pneus ligeiros e comercias da Giti<br />

Europa, afirmou que “este é um desenvolvimento chave para o portefólio da GT<br />

Radial. Não só por cimentar a relação com os nossos atuais clientes, muitos <strong>dos</strong><br />

quais já solicitavam uma oferta neste segmento, mas ainda pela importante abertura<br />

a novas oportunidades de negócio. O mercado <strong>dos</strong> pequenos SUV representa atualmente,<br />

na Europa, mais de 15% das vendas de veículos ligeiros e nos próximos anos<br />

to<strong>dos</strong> os fabricantes de automóveis apresentarão novos modelos neste segmento”. E<br />

prosseguiu: “A gama Savero SUV permite equipar a grande maioria destes veículos,<br />

incluindo os populares modelos Nissan Qashqai e Juke, Dacia Duster, Ford Kuga,<br />

Kia Sportage, Opel Mokka, VW Tiguan e ainda o novo Renault Kadjar. A marca<br />

GT Radial tem, atualmente, uma reputação muito sólida em Portugal, oferecendo<br />

excelentes pneus a preço competitivo. A gama Savero SUV provará ser uma opção<br />

de qualidade e de preço acessível para este segmento de mercado”.<br />

Angello Gianelli, diretor de marketing para pneus<br />

ligeiros e comerciais da Giti Europa<br />

Características<br />

GT Radial Savero SUV<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> teve oportunidade de testar os novos pneus GT Radial Savero SUV, ao<br />

longo de mais de 50 km, em estrada e fora dela, na apresentação em Barcelona<br />

w A nova gama Savero SUV, desenvolvida<br />

para responder à crescente procura<br />

de pneus para pequenos SUV e<br />

crossovers, caracteriza-se por oferecer<br />

uma condução segura em piso seco e<br />

molhado, travagem eficiente e reduzido<br />

desgaste de piso, proporcionando uma<br />

viagem confortável e silenciosa.Estas<br />

características foram atingidas através<br />

de um equilíbrio melhorado entre os<br />

seguintes desenvolvimentos técnicos:<br />

fortalecimento da parede lateral otimizando<br />

a área de contacto; distribuição<br />

uniforme da pressão, implicando um<br />

desgaste regular; novo composto que<br />

reduz a produção de calor e atrito; inovador<br />

desenho de piso, garantido uma<br />

maior segurança em piso molhado. <br />

O novo pneu foi desenvolvido para<br />

atingir to<strong>dos</strong> os objetivos do<br />

dia-a-dia, tanto numa<br />

condução urbana,<br />

como a velocidades<br />

mais elevadas.O<br />

novo desenho estrutural<br />

do pneu<br />

assegura firmeza,<br />

boa resposta da<br />

direção e conforto<br />

de condução em<br />

autoestrada.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 15


Reportagem Campanha de sensibilização CEPP da ACAP<br />

//////////////////<br />

Ameaça pesada<br />

Depois de Vilar Formoso, o Porto de Leixões. A Associação Automóvel de Portugal<br />

(ACAP), através da sua Comissão Especializada de Produtores de <strong>Pneus</strong> (CEPP),<br />

levou a cabo a segunda fase da ação de sensibilização dirigida aos condutores de<br />

camiões. Para que os pneus não se transformem numa ameaça pesada<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Depois da ação de sensibilização<br />

direcionada aos condutores de<br />

veículos ligeiros, que teve lugar<br />

em 2013, decorre a dirigida aos<br />

condutores de veículos pesa<strong>dos</strong> de mercadorias.<br />

Apresentada, a 4 de junho, na<br />

sede da Associação Automóvel de Portugal<br />

(ACAP), esta nova campanha, promovida<br />

pela Comissão Especializada de Produtores<br />

de <strong>Pneus</strong> (CEPP), alerta para a importância de<br />

estes componentes estarem em bom estado<br />

de conservação. Entre pequenas palestras<br />

com os camionistas até inspeções visuais aos<br />

pneus, passando pela entrega de folhetos<br />

e, no caso <strong>dos</strong> agentes da autoridade, pela<br />

verificação da documentação do veículo,<br />

os elementos do grupo técnico do CEPP<br />

desempenham uma função pedagógica e<br />

fazem o registo <strong>dos</strong> pneus inspeciona<strong>dos</strong>.<br />

Explicando a quem conduz veículos pesa<strong>dos</strong><br />

de mercadorias que, circular com pneus em<br />

mau estado de conservação, além de colocar<br />

em risco a segurança rodoviária, afeta ainda<br />

o consumo de combustível e potencia a aplicação<br />

de coimas em caso de fiscalização.<br />

w TRÊS EM VEZ DE DUAS<br />

Ainda que tivessem sido anunciadas duas<br />

ações aquando da sua apresentação, a verdade<br />

é que a campanha de sensibilização<br />

promovida pela CEPP da ACAP foi repensada,<br />

em função até daquilo que se verificou na<br />

primeira etapa. O objetivo passou por arranjar<br />

outros pontos estratégicos do país que<br />

fossem representativos das diversas tipologias<br />

de veículos afetos ao transporte de<br />

mercadorias, traduzindo, assim, a realidade<br />

do mercado nacional. Atualmente, esta campanha<br />

de sensibilização encontra-se dividida<br />

por três fases. “A primeira decorreu no dia<br />

16 de junho, em Vilar Formoso”, deu conta<br />

Jorge Vieira, membro da CEPP da ACAP. Que<br />

prosseguiu: “Neste local, mais associado ao<br />

transporte internacional devido à sua localização<br />

geográfica, foram inspeciona<strong>dos</strong> cerca<br />

de 105 veículos pelas quatro equipas que<br />

levámos ao terreno, depois de os camiões<br />

terem sido manda<strong>dos</strong> parar pelos agentes<br />

Nenhum detalhe<br />

escapou aos<br />

elementos do<br />

grupo técnico da<br />

CEPP da ACAP<br />

16 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015


da Unidade Nacional de Trânsito (UNT) da<br />

Guarda Nacional Republicana (GNR), responsáveis<br />

pela zona territorial afeta ao local onde<br />

decorreu a primeira fase”. Em declarações<br />

à nossa revista, o responsável da CEPP da<br />

ACAP revelou ainda que, em Vilar Formoso,<br />

ponto estratégico do transporte internacional,<br />

“foi interessante verificar que quer<br />

os veículos quer os pneus inspeciona<strong>dos</strong><br />

estavam em bom estado de conservação,<br />

sendo elevada a percentagem de pneus<br />

novos utiliza<strong>dos</strong>. Por força até <strong>dos</strong> trajetos<br />

muito longos e das pesadas coimas que se<br />

aplicam além-fronteiras”.<br />

A segunda fase, que decorreu à entrada do<br />

Porto de Leixões, no dia 23 de setembro, visou<br />

os camiões de transporte regional. Como<br />

a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> pôde constatar, cinco<br />

equipas, compostas por três elementos cada,<br />

encarregaram-se de abordar os motoristas<br />

e de inspecionar o estado <strong>dos</strong> pneus, anotando<br />

as profundidades e as condições em<br />

que os mesmos se encontravam. Os veículos<br />

foram manda<strong>dos</strong> parar por elementos da<br />

Polícia de Segurança Pública (PSP). Apesar<br />

de terem levado a cabo uma ação pedagógica,<br />

nos casos mais graves (falta de inspeção<br />

do veículo, por exemplo) foram levanta<strong>dos</strong><br />

autos de contraordenação.<br />

w PIOR DO QUE NA PRIMEIRA<br />

Uma vez que esta campanha de sensibilização<br />

promovida pela CEPP da ACAP<br />

conta, também, com o apoio institucional<br />

da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária<br />

(ANSR), a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> aproveitou<br />

a presença no local de Pedro Miguel<br />

Silva, assessor da presidência deste serviço<br />

central da administração direta do Estado.<br />

O responsável começou por destacar “a importância<br />

fundamental deste tipo de ações”.<br />

Para, depois, frisar que, “sendo o pneu um<br />

<strong>dos</strong> componentes mais importantes do veículo<br />

e aquele que assegura a sua ligação<br />

com o solo, é imprescindível que ele esteja<br />

em bom estado”. Para Pedro Miguel Silva,<br />

“este tipo de ações, da iniciativa da CEPP<br />

da ACAP, é de louvar. Sendo uma iniciativa<br />

da sociedade civil, visa sensibilizar os motoristas<br />

e os proprietários <strong>dos</strong> veículos para<br />

a necessidade de manter os pneus em bom<br />

estado. Naturalmente que a ANSR teria de<br />

associar-se a esta iniciativa, com a qual se<br />

congratula e gostaria até de ver replicada no<br />

futuro”. A terminar, o responsável da ANSR<br />

deu-nos conta de que, “apesar de terem uma<br />

atitude pedagógica, as autoridades não podem<br />

demitir-se da sua ação fiscalizadora,<br />

pelo que, em situações extremas, têm de<br />

atuar consoantes os dispositivos legais”.<br />

Conteúdo bem diferente tem o testemunho<br />

de Ricardo Car<strong>dos</strong>o, elemento do grupo<br />

técnico da CEPP da ACAP: “O que verificámos<br />

nesta segunda fase foram casos um pouco<br />

mais críticos do que aqueles que ocorreram<br />

na primeira. Nomeadamente, desgaste irregular<br />

<strong>dos</strong> pneus, que estava para lá do limite<br />

legalmente estabelecido, mas, também, exposição<br />

<strong>dos</strong> componentes estruturais do<br />

pneu (principalmente arrancamentos bastante<br />

severos). Depois, deparámo-nos com<br />

alguns erros de aplicação de equipamento.<br />

Ainda que não seja tão crítico, convém ter<br />

atenção na escolha do equipamento para<br />

o veículo. De modo a que a segurança e o<br />

desempenho (veículo e pneu) não sejam<br />

afeta<strong>dos</strong>. Detetámos alguns casos de pneus<br />

de diferentes pisos aplica<strong>dos</strong> no mesmo eixo<br />

e outros em que o veículo apresentava pneus<br />

de tração no eixo direcional ou vice-versa”.<br />

w VERIFICAÇÃO DE PNEUS, PRECISA-SE!<br />

Algo de que Ricardo Car<strong>dos</strong>o não tem<br />

dúvidas é da “má manutenção relativa à<br />

verificação <strong>dos</strong> pneus” que foi avaliada na<br />

segunda fase da campanha. Ao contrário da<br />

profundidade do piso (deve ter, pelo menos,<br />

1 mm), da inspeção visual (perfil de desgaste;<br />

incidência de danos) e da anotação das marcas<br />

e modelos de pneus, Ricardo Car<strong>dos</strong>o<br />

revelou que as pressões de insuflação não<br />

foram verificadas. E explicou porquê: “Além<br />

de ser um processo que requer que os pneus<br />

estejam frios (como estes veículos tinham<br />

algumas horas de utilização, os resulta<strong>dos</strong><br />

obti<strong>dos</strong> não seriam fidedignos), a verificação<br />

da pressão <strong>dos</strong> pneus num veículo pesado<br />

torna-se morosa, quanto mais não seja pela<br />

existência de dez rodas. De qualquer forma,<br />

caso existisse algum pneu com pressão de<br />

insuflação manifestamente baixa, conseguíamos<br />

saber através da inspeção visual”.<br />

Sunlinhe-se ainda que a terceira e última<br />

fase desta campanha de sensibilização terá<br />

lugar nas zonas de Alverca e Carregado, em<br />

outubro de 2015 (o dia não estava definido<br />

na data de conclusão deste artigo). E que,<br />

no final da campanha, a CEPP espera ter<br />

inspecionado, no conjunto das três fases,<br />

cerca de 350 veículos.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 17


Entrevista António Lopes de Seabra<br />

“Estamos a tirar benefícios<br />

decisões e postura moderna com relação aos<br />

recursos humanos”.<br />

Nesta entrevista, responde a questões sobre<br />

o fabrico, o comércio e o mercado <strong>dos</strong> pneus<br />

a nível global. A sua experiência e contactos<br />

com diferentes países, permite-lhe ter uma<br />

visão abrangente de todo o negócio <strong>dos</strong><br />

pneus. No presente e no futuro.<br />

Diretor da fábrica Continental de Lousado durante<br />

mais de dez anos e agora responsável pela<br />

coordenação das fábricas de pneus ligeiros da<br />

Continental nas Américas do norte, centro e sul,<br />

António Lopes de Seabra partilha, nesta entrevista,<br />

a sua visão da indústria <strong>dos</strong> pneus no mundo<br />

António Lopes de Seabra, foi CEO e<br />

diretor da fábrica da Continental,<br />

no Lousado, de outubro de 2000<br />

a dezembro de 2011. De janeiro<br />

de 2012 até final de 2014, desempenhou<br />

as funções de vice-presidente executivo<br />

para a região da Ásia-Pacífico. Depois desta<br />

experiência na área comercial, regressou à<br />

área do fabrico, sendo, agora, responsável<br />

pela coordenação das fábricas de pneus<br />

Por: João Vieira<br />

Perfil<br />

w w Foi CEO e diretor da fábrica<br />

da Continental, no Lousado, de<br />

outubro de 2000 a dezembro<br />

de 2011. De janeiro de 2012 até<br />

final de 2014, desempenhou as<br />

funções de vice-presidente executivo<br />

para a região da Ásia-Pacífico.<br />

Depois desta experiência<br />

na área comercial, regressou à<br />

área do fabrico, sendo, agora,<br />

responsável pela coordenação<br />

das fábricas de pneus ligeiros<br />

da Continental nas Américas<br />

do norte, centro e sul.<br />

ligeiros da Continental nas Américas do<br />

norte, centro e sul. Uma unidade de telas<br />

para pneus também está no âmbito da sua<br />

responsabilidade.<br />

Segundo os colegas de trabalho, “o eng.º<br />

António Lopes de Seabra tem uma visão de<br />

negócios bastante abrangente, habilidade<br />

em estabelecer diretrizes alinhadas à estratégia<br />

organizacional, foco em prioridades,<br />

motivação, liderança de grupo, agilidade nas<br />

Que balanço faz do seu trabalho na Ásia e<br />

como caracteriza este mercado no que diz<br />

respeito ao comércio de pneus?<br />

A minha comissão de um pouco mais de<br />

três anos na região da Ásia-Pacífico foi uma<br />

experiência realmente enriquecedora e, ao<br />

mesmo tempo, um grande desafio. Nesta<br />

parte do mundo, encontrei um mix de países<br />

com maturidades do mercado completamente<br />

distintas. Desde os que estão a iniciar<br />

o seu desenvolvimento, mas já com uma<br />

força significativa, como o Vietname, até<br />

outros totalmente maduros, de padrão europeu/americano,<br />

como a Austrália. E, claro,<br />

merca<strong>dos</strong> enormes, como a China, na casa<br />

<strong>dos</strong> 140 milhões de pneus ligeiros (mercado<br />

de substituição), mas cuja estrutura ainda<br />

está em desenvolvimento.<br />

No conjunto <strong>dos</strong> 10 países onde operamos<br />

na região APAC, no que respeita a pneus para<br />

veículos de passageiros e camiões ligeiros, o<br />

mercado de substituição tem uma dimensão<br />

de cerca de 300 milhões de unidades<br />

anuais. Em to<strong>dos</strong> os casos, estão presentes<br />

as grandes marcas internacionais que tão<br />

bem conhecemos, para além de um grande<br />

número de marcas locais. Ou seja, to<strong>dos</strong> são<br />

merca<strong>dos</strong> muito competitivos, apesar de os<br />

direitos de importação com que alguns deles<br />

tentam proteger o fabrico local.<br />

Como caracteriza a engenharia de produção<br />

e os produtos que saem das cinco fábricas<br />

de pneus que, atualmente, coordena?<br />

Não é, decerto, pretensiosismo da minha<br />

parte afirmar que a Continental está na estrita<br />

linha da frente em termos de tecnologia<br />

de pneus ligeiros, o que, aliás, é reconhecido<br />

por uma imensidão de testes realiza<strong>dos</strong> em<br />

todo o mundo por entidades independentes.<br />

Nas nossas fábricas, utilizamos técnicas avançadas<br />

de produção, cada vez mais apoiadas<br />

18 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015


Head of PLT Manufacturing Coordination the Americas Continental Tire<br />

da globalização”<br />

Regras de ouro<br />

Fábrica de<br />

sucesso<br />

w “Numa fábrica, nomeadamente de<br />

pneus, eficiência e rentabilidade andam<br />

de mãos dadas. Quanto mais eficiente,<br />

mais rentável. O principal condimento<br />

para a elevada eficiência é a qualificação<br />

das suas equipas, das suas pessoas.<br />

E refiro, ao mesmo nível, os operários,<br />

os técnicos e os quadros de gestão. Só<br />

assim é possível atingir os níveis de<br />

motivação necessários para ter processos<br />

eficientes, simplifica<strong>dos</strong>, em que não<br />

seja necessário recorrer ao retrabalho.<br />

Colaboradores qualifica<strong>dos</strong> e motiva<strong>dos</strong><br />

são preciosos contribuintes para a melhoria<br />

continua”.<br />

por sistemas de manufatura inteligentes,<br />

destina<strong>dos</strong> a assegurar a gestão do portefólio<br />

alargado de artigos que produzimos e a<br />

garantir a qualidade do produto final.<br />

Nas nossas fábricas das Américas, produzimos<br />

pneus desde jante de 13” até jante de<br />

21”, do convencional ao UUHP (elevada performance),<br />

para veículos de passageiros, van,<br />

SUV e 4x4. E, inclusive, pneus Run Flat (SSR).<br />

Como caracteriza o funcionamento dessas<br />

fábricas, comparativamente com a fábrica<br />

da Continental em Lousado?<br />

A fábrica da Continental em Lousado é o<br />

benchmark do grupo em termos de eficiência<br />

e qualidade. As fábricas das Américas também<br />

se regem por eleva<strong>dos</strong> padrões e, em<br />

algumas, estão a fazer-se experiências piloto<br />

na área da automatização de processos, que,<br />

quando devidamente testadas e otimizadas,<br />

poderão ser transferidas para outras unidades<br />

do grupo. Há que referir, também, que arrancou<br />

há pouco mais de um ano nos EUA uma<br />

fábrica nova de raiz, para a produção de toda a<br />

gama de pneus ligeiros, em que se instalaram<br />

as mais recentes técnicas e processos para o<br />

fabrico com a mais alta tecnologia.<br />

Nessas fábricas é feita apenas produção ou<br />

também existe I&D?<br />

Tal como na fábrica de Lousado, nas unidades<br />

das Américas a atividade principal<br />

é a de produção. Contudo, há um número<br />

importante de atividades na área de I&D,<br />

nomeadamente na fabricação de pneus-<br />

-protótipo para testes de desenvolvimento<br />

de novos produtos, novos materiais e novas<br />

construções.<br />

Quais os grandes desenvolvimentos que<br />

estão a acontecer na produção de pneus,<br />

nomeadamente a nível de nova matéria-<br />

-prima, como a sílica?<br />

A tecnologia <strong>dos</strong> compostos de borracha<br />

com sílica já não é nova. Que me recorde, já<br />

existe na Continental há cerca de 20 anos,<br />

embora reconheça que fomos e somos líderes<br />

na aplicação dessa tecnologia. Nesta<br />

“A Continental está na estrita linha da frente em termos de tecnologia de pneus ligeiros”, afirma António Lopes de Seabra<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 19


Entrevista António Lopes de Seabra<br />

Plataformas online<br />

Vendas cibernautas<br />

mudam o negócio<br />

w “As plataformas online não só vão mudar<br />

como já estão a alterar o negócio<br />

<strong>dos</strong> pneus. To<strong>dos</strong> temos acompanhado<br />

a enorme ascensão de operadores online<br />

que, em poucos anos, passaram de situações<br />

experimentais para intervenientes<br />

com grande peso no mercado. A tendência<br />

é inevitável e decorre do desenvolvimento<br />

tecnológico e do crescente grau<br />

de uso da Internet móvel pelos automobilistas.<br />

Tenho a certeza que o valor <strong>dos</strong><br />

negócios de pneus nas plataformas online<br />

vai assumir um peso muito maior”.<br />

altura, já se usam sílicas de nova geração que<br />

permitem que as novas linhas de pneus de<br />

alta performance tenham os rendimentos<br />

impressionantes que conhecemos.<br />

Não posso deixar de referir, também, que<br />

recentemente a Continental foi agraciada<br />

com vários prémios na área de I&D, em resul-<br />

sdfgdgsdgsd sdgdsgd<br />

tado do êxito que tem no desenvolvimento<br />

de compostos com borracha natural obtida<br />

do dente-de-leão (dandelion), planta que se<br />

dá bem em quase todo o mundo, incluindo<br />

terrenos pobres. Este desenvolvimento já<br />

esta na fase da aplicação industrial, sendo<br />

vários os pneus monta<strong>dos</strong> em viaturas e a<br />

ser submeti<strong>dos</strong> a testes nas estradas. Claro<br />

que não se pode deixar de referir, também,<br />

o aparecimento de linhas de produto desenhadas<br />

para equipar os veículos de propulsão<br />

elétrica que estão a ser lança<strong>dos</strong>.<br />

E a nível do mercado, quais são as grandes<br />

diferenças entre o asiático, o americano e<br />

o europeu no que toca a produtos e comércio<br />

de pneus?<br />

A nível do produto, eu não diria que haja<br />

grandes diferenças. Há, isso sim, que desenvolver<br />

linhas de produto que se adequem<br />

às condições das redes viárias de cada país<br />

e em que se tenha em conta aquilo que os<br />

clientes finais esperam <strong>dos</strong> pneus, nomeadamente<br />

na gama premium em que a marca<br />

Continental se posiciona. Por exemplo, enquanto<br />

que na Europa o cliente valoriza mais<br />

parâmetros como a economia de energia e<br />

a distância de travagem, noutros merca<strong>dos</strong>,<br />

como a China, o cliente de pneus premium<br />

valoriza muito a ausência de ruído de rolamento,<br />

bem como o conforto.<br />

No que respeita à forma como está estruturada<br />

a comercialização, eu diria que as<br />

diferenças não se encontram tanto quando<br />

se compara o que acontece nos diferentes<br />

continentes mas, antes, na comparação<br />

entre países. Em países com baixa taxa de<br />

motorização, o que se relaciona com o grau<br />

Valorizar o serviço impõe-se<br />

Atração e retenção de clientes<br />

“É uma realidade transversal a to<strong>dos</strong> os merca<strong>dos</strong> que a presença<br />

de uma imensidão de marcas de pneus está a transformar-se numa<br />

guerra de preços prolongada. E isso afeta tanto o retalhista como os<br />

fabricantes. Um fabricante de pneus de elevada performance, como<br />

a Continental, o que pode e tem de fazer é ajudar os clientes com<br />

formação técnica, treino em técnica de vendas e fornecimento de<br />

ferramentas de marketing que permitam que os agentes do retalhista<br />

saibam interagir melhor com o cliente final e guiá-lo na escolha que<br />

melhor se adequa ao seu perfil. As casas de pneus têm de trabalhar<br />

não só na atração de clientes mas, também, na sua retenção. Pelo que<br />

é essencial que cada vez mais transformem o negócio na prestação<br />

de um serviço que o cliente valorize, serviço esse que pode incluir a<br />

venda de pneus”.<br />

“Quanto mais<br />

desenvovido é o<br />

país, mais canais<br />

de comércio<br />

encontramos”,<br />

realça António<br />

Lopes de Seabra<br />

20 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015


Head of PLT Manufacturing Coordination the Americas Continental Tire<br />

Inovação tecnológica<br />

<strong>Pneus</strong><br />

inteligentes<br />

são o futuro<br />

de desenvolvimento do país, é frequente<br />

os pequenos retalhistas de pneus trabalharem<br />

diretamente ou através de distribuidores,<br />

enquanto que nos mais desenvolvi<strong>dos</strong><br />

a tendência é para a agregação de redes<br />

de lojas, com eleva<strong>dos</strong> padrões de serviço<br />

e elevado turnover, sob a forma de redes<br />

franchisadas (hard ou soft franchise), independentes<br />

ou controladas por fabricantes.<br />

E quanto mais desenvolvido é o país,<br />

mais canais de comércio encontramos,<br />

tornando a operação mais complexa.<br />

De que forma a crise económica mundial<br />

que ainda se sente e a instabilidade <strong>dos</strong><br />

merca<strong>dos</strong> está a condicionar a atividade<br />

da Continental Tire?<br />

Como empresa global que somos, estamos<br />

a tirar benefícios dessa globalização.<br />

De facto, enquanto que na Europa o crescimento<br />

é quase inexistente, na Ásia e nas<br />

Américas estamos a conseguir manter um<br />

crescimento sustentado. Desta forma, e<br />

como é do conhecimento público, esperamos<br />

atingir em pleno os objetivos globais<br />

a que nos propusemos e que anunciámos.<br />

A procura de pneus budget tem aumentado<br />

em to<strong>dos</strong> os merca<strong>dos</strong>?<br />

Em termos globais, não diria isso de<br />

forma definitiva. Com a melhoria do poder<br />

de compra e o crescimento da classe<br />

média em muitos países do mundo, o que<br />

se verifica é, claramente, um aumento na<br />

procura de pneus UHP e SUV. Também o<br />

aumento da sensibilidade do cliente final a<br />

fatores de performance, como a economia<br />

“Enquanto que<br />

na Europa o<br />

crescimento é<br />

quase inexistente,<br />

na Ásia e nas<br />

Américas estamos<br />

a conseguir um<br />

crescimento<br />

sustentado”.<br />

de combustível, a distância de travagem, o<br />

comportamento em piso molhado e o reduzido<br />

ruído de rolamento, não trabalha a<br />

favor da procura de produtos do segmento<br />

budget. Contudo, reconheço que quando<br />

um mercado está a viver perío<strong>dos</strong> de dificuldades<br />

económicas, existe tendência<br />

para o aumento temporário da procura<br />

de produto budget.<br />

E as vendas de pneus premium, têm<br />

crescido ou diminuído?<br />

Posso afirmar que a tendência global<br />

é para o crescimento sustentado do segmento<br />

premium nos vários continentes.<br />

Considera que os pneus chineses ainda<br />

têm má qualidade ou já conseguem<br />

atingir bons níveis de construção e desempenho?<br />

Mesmo nos pneus chineses, há que destrinçar<br />

em função <strong>dos</strong> fabricantes e marcas.<br />

Diria que a generalidade das marcas<br />

que têm origem nesse país asiático são<br />

de má qualidade. No entanto, já aparecem<br />

algumas (ainda poucas) marcas que<br />

apostam na melhoria <strong>dos</strong> produtos, a nível<br />

de construção e de performance, como<br />

forma de melhor conseguirem penetrar<br />

em merca<strong>dos</strong> maduros e conscientes do<br />

que tem de ser exigido aos pneus que<br />

equipam os automóveis.<br />

O caminho que os fabricantes chineses<br />

têm a percorrer ainda é muito longo e demorado,<br />

mas temos de manter-nos atentos<br />

ao seu desenvolvimento, para não corrermos<br />

o risco de apanhar surpresas.<br />

“A minha visão pessoal é que, em<br />

breve, irão aparecer novas gerações<br />

de pneus inteligentes. E não é<br />

só o TPMS a que me refiro. Serão<br />

pneus com chips integra<strong>dos</strong>, que<br />

vão comunicar com o automóvel<br />

e, quiçá, com o computador do<br />

especialista que instalou os pneus<br />

na viatura e com o fabricante de<br />

<strong>dos</strong> mesmos. O aparecimento<br />

destes pneus, a acontecer, vai<br />

exigir muito mais formação<br />

tecnológica ao retalhista mas, ao<br />

mesmo tempo, cria condições<br />

para aumentar o peso do serviço<br />

no pacote vendido, além de trazer<br />

oportunidades para a gestão<br />

do parque de clientes e para a<br />

retenção destes”.<br />

Como se podem defender os pequenos e<br />

médios distribuidores e as próprias oficinas<br />

independentes <strong>dos</strong> grandes construtores<br />

de pneus?<br />

Não é só na área de negócio de pneus que a<br />

malha de distribuição estará a achatar-se cada<br />

vez mais. Essa viragem para uma organização<br />

“lean” é uma das formas que permitem otimizar<br />

o custo de distribuição, nomeadamente<br />

pela redução do número de intervenientes<br />

na cadeia. A evolução e modernização <strong>dos</strong><br />

canais de distribuição de pneus vai, decerto,<br />

reduzir o campo de ação <strong>dos</strong> distribuidores.<br />

Contudo, continuo convicto que irão manter-<br />

-se nichos que continuam, de forma salutar, a<br />

ter necessidade destes operadores.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 21


Salão Frankfurt 2015<br />

//////////////////<br />

<strong>Pneus</strong> (quase) ofuscara<br />

Nem só de lançamentos<br />

de novos modelos se fez a<br />

edição de 2015 de um <strong>dos</strong><br />

mais prestigia<strong>dos</strong> salões<br />

de automóveis do mundo.<br />

No certame de Frankfurt,<br />

as marcas de pneus<br />

apresentaram-se em peso<br />

e com muitas novidades<br />

na “manga”. Aqui ficam as<br />

principais<br />

Por: José Silva<br />

Nem a chanceler alemã Angela Merkel faltou ao evento que teve lugar em Frankfurt<br />

Ouniverso <strong>dos</strong> pneumáticos não se<br />

pode dissociar da indústria automóvel.<br />

Por isso, foi com agrado<br />

que confirmámos a presença de<br />

vários fabricantes de pneus na última edição<br />

do Salão de Frankfurt (IAA), que decorreu<br />

até ao passado dia 27 de setembro. Entre os<br />

vários fabricantes, destacaram-se as marcas<br />

mais conhecidas no mundo <strong>dos</strong> pneus, que<br />

mostraram produtos muito interessantes<br />

do ponto de vista tecnológico e até do que<br />

pode vir a ser a roda de borracha no futuro.<br />

Nestas duas páginas, pode ficar a conhecer<br />

o que cada um <strong>dos</strong> principais fabricantes de<br />

pneus apresentaram no certame alemão.<br />

Bridgestone<br />

No espaço reservado ao fabricante japonês,<br />

o grande ênfase foi dado ao Ecopia EP500,<br />

um pneu com tecnologia ologic que a marca<br />

desenhou, exclusivamente, para o citadino<br />

100% elétrico BMW i3. Presença destacada<br />

tiveram, também, os modelos Turanza T001<br />

Touring e Dueler H/P Sport, para além <strong>dos</strong><br />

novos pneus de inverno Blizzak LM-80 EVO<br />

para SUV e Blizzak LM001. Pertença da<br />

marca Bridgestone, a Firestone também<br />

foi aposta para Frankfurt, onde se mostrou<br />

com os pneus de corrida Firehawk, símbolo<br />

de domínio da Firestone na Fórmula Indy.<br />

A marca de “segunda linha” da Bridgestone<br />

aproveitou ainda para mostrar o Destination<br />

HP para SUV e o Multiseason, sendo este<br />

último um pneu todas as estações desenvolvido<br />

especificamente para a Europa.<br />

Continental<br />

Quanto aos alemães da Continental, não<br />

perderam tempo e desvendaram algumas<br />

novidades que foram desenvolvidas no<br />

seio do grupo, que não se dedica apenas à<br />

produção de pneus. O SportContact 6 (que<br />

apresentaremos em detalhe na próxima edição)<br />

foi a maior estrela e inova no que diz<br />

respeito à borracha que integra. Criado no<br />

departamento de desenvolvimento em Hanover,<br />

o novo Continental SportContact6 é<br />

produzido em 41 dimensões, para jantes de<br />

O Ecopia EP500 foi a vedeta da Bridgestone na edição de 2015 do Salão de Frankfurt<br />

O Pilot Sport 4 da Michelin foi um <strong>dos</strong><br />

protagonistas da montra germânica<br />

19” a 23”. Segundo o fabricante germânico,<br />

este novo pneu está particularmente vocacionado<br />

para propostas desportivas, como<br />

o Audi R8 ou o Porsche 911, bem como para<br />

veículos executivos, como o BMW Série 5 ou<br />

o Mercedes-AMG.<br />

Michelin<br />

A Michelin, fabricante francês de renome,<br />

também não perdeu a oportunidade de<br />

mostrar ao mundo um rol de novidades<br />

em Frankfurt. Para além <strong>dos</strong> CrossClimate,<br />

que a marca deu a conhecer no Salão de<br />

Genebra, em março último, a Michelin aproveitou<br />

o certame alemão para desvendar o<br />

novo Pilot Sport 4 e, também, a tecnologia<br />

Michelin Acoustic, que permite atenuar o<br />

ruído <strong>dos</strong> pneus no habitáculo. Esta tecnologia<br />

é composta por uma banda de mousse<br />

constituída por poliuretano que é colocada<br />

na face interna do pneu, acabando por ab-<br />

22 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015


m carros<br />

sorver o ruído produzido por cavitação. A<br />

Michelin afirma que esta mousse tem de<br />

ser adaptada a cada pneu, uma vez que<br />

to<strong>dos</strong> têm geometrias diferentes. Para já,<br />

o fabricante gaulês utiliza esta tecnologia<br />

no Pilot Sport 3, que equipa, de origem, o<br />

Mercedes-AMG S 63 Coupé.<br />

Kumho<br />

O fabricante sul-coreano de pneus aproveitou<br />

a realização do IAA 2015 para mostrar<br />

ao mundo algumas tecnologias. Uma das<br />

grandes vedetas foi o Wattrun, um pneu<br />

desenvolvido para veículos elétricos que é<br />

25% mais leve do que os pneus atualmente<br />

em uso pelos automóveis elétricos que estão<br />

em comercialização. A Kumho mostrou<br />

ainda os pneus Run Flat com renovadas caraterísticas<br />

de segurança e de auto-selante,<br />

que evitam uma fuga de ar em caso de furo.<br />

Este é o primeiro produto do género a ser<br />

apresentado por um fabricante sul-coreano.<br />

Em estreia no novo SsangYong Tivoli, o SUV<br />

da marca oriunda da Coreia do Sul, a Kumho<br />

desvendou os XAV e XLV, ambos destina<strong>dos</strong><br />

a percursos fora de estrada. O XAV exibe um<br />

piso inspirado nas pegadas de uma cabra<br />

montanhesa e o XLV anuncia uma superfície<br />

excelente para pisos molha<strong>dos</strong>.<br />

Hankook<br />

Outra das marcas que mostrou todo o vigor<br />

da suas novidades foi a Hankook. Depois de<br />

um ano de 2015 onde se tornou fornecedor<br />

oficial de pneus para as marcas alemãs, como<br />

a BMW, a Audi, a Mercedes-Benz, a Porsche e<br />

a VW, o fabricante de pneus mostrou outras<br />

novidades no certame de Frankfurt. A nova<br />

gama de pneus de inverno para a Europa,<br />

Foram muitas as novidades da Nexen. A marca deu nas vistas pelo espaço futurista<br />

A Kumho mostrou os pneus Run Flat com<br />

renovadas características de segurança<br />

winter i cept foi uma das estreias que anuncia<br />

um novo composto de sílica que reforça<br />

a sua utilização em pisos escorregadios. A<br />

Hankook mostrou ainda os seus novos protótipos<br />

de pneus: Boostrac, alpine e hyBlade.<br />

O primeiro, facilita a circulação em areia. O<br />

segundo, em pisos com neve. E o terceiro,<br />

permite circular em solos repletos de água.<br />

Pirelli<br />

Os italianos da Pirelli também não quiseram<br />

faltar ao salão germânico, local que<br />

escolheram para celebrar a marca das duas<br />

mil homologações <strong>dos</strong> seus produtos premium.<br />

O fabricante transalpino passa, desta<br />

forma, a equipar modelos de topo, como o<br />

SUV da Bentley, o Bentayga, o Mercedes-<br />

-Benz GLC, os BMW X1 e Série 7 e o SUV da<br />

Jaguar, denominado F-Pace. A Pirelli criou<br />

ainda pneus específicos para os novos Alfa<br />

Romeo Quadrifoglio Verde e já fez saber que<br />

equipará, de série, o novo Audi A4 com o<br />

modelo Cinturato P7. Este último, dispõe da<br />

inscrição AO na parede lateral, que significa<br />

Audi Original. Ou seja, foi concebido especificamente<br />

para o familiar da Audi.<br />

Nexen<br />

A Nexen apresentou no IAA 2015 um<br />

portefólio de 13 novidades, entre pneus de<br />

inverno, de verão, de tecnologia e de OE<br />

(equipamento original). A marca apresentou-<br />

-se num espaço futurista, que transportou os<br />

visitantes para um ano longínquo, sempre<br />

apoiado pelos pneus deste fabricante. Para<br />

além das apresentações, a marca sul-coreana<br />

deu ênfase à fábrica de Zatec, na República<br />

Checa, onde realizou diversos melhoramentos,<br />

que vai passar a produzir pneus para os<br />

veículos europeus. A Nexen fornece pneus<br />

como equipamento original para vários fabricantes<br />

globais de automóveis, como a<br />

FCA (Fiat Chrysler Automobiles), Mitsubishi,<br />

Fiat, Volkswagen, Chrysler, Skoda e Seat. A<br />

presença da Nexen no Salão de Frankfurt<br />

visou reforçar a sua estratégia de implantação<br />

no Velho Continente.<br />

Os protótipos Boostrac, alpine e hyBlade realçaram a Hankook<br />

A Pirelli exibiu a sua<br />

gama de pneus para F1<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 23


Notícias Mercado<br />

15 mil visitas mensais<br />

REVISTA DOS PNEUS<br />

lança novo site<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> lançou um novo site, apostando numa<br />

imagem mais moderna e numa navegação mais fácil e intuitiva<br />

Aatualizado diariamente, conta com<br />

uma média de mais de 15.000 visitas<br />

mensais, sendo já uma referência neste<br />

mercado.Destaque para as novas secções:<br />

<strong>Pneus</strong>; Equipamentos; Mundo Automóvel;<br />

Eventos; Entrevistas; Multimédia, onde se<br />

incluem as reportagens de vídeo que regularmente<br />

fazemos às empresas do setor.<br />

O novo site tem agora tradução simultânea<br />

para sete línguas, o que permite ser visto<br />

por um maior número de pessoas em todo<br />

mundo.A melhoria e a modernização desta<br />

plataforma em termos de imagem e conteú<strong>dos</strong><br />

são um sinal claro da vontade, cada<br />

vez maior, de aproximação aos seus leitores,<br />

não tendo sido esquecida a sua adapta-<br />

Tecnologias de informação<br />

App da RP já<br />

está disponível<br />

w Em simultâneo com o lançamento do<br />

novo site, a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> disponibiliza<br />

uma aplicação móvel dedicada,<br />

exclusivamente, ao mercado <strong>dos</strong> pneus.<br />

Esta aplicação permite consultar online,<br />

de uma forma rápida e integral, todas as<br />

edições da revista, as últimas notícias do<br />

setor, os vídeos mais recentes e muitos<br />

conteú<strong>dos</strong> extra, exclusivos da edição<br />

digital.<br />

Destaques<br />

To<strong>dos</strong> os dias, damos destaque a<br />

várias notícias sobre o setor<br />

Edições online<br />

Todas as edições podem ser<br />

consultadas em formato digital,<br />

existindo, inclusive, um arquivo<br />

Diariamente, são publicadas notícias<br />

de produtos e serviços lança<strong>dos</strong> no<br />

mercado, que abrangem categorias tão<br />

variadas como novos pneus para ligeiros<br />

e pesa<strong>dos</strong>, equipamentos, serviços,<br />

reportagens, eventos e entrevistas, entre<br />

outras áreas de interesse. A app da RP<br />

funciona não só como uma edição online<br />

da publicação, mas potencia a relação<br />

<strong>dos</strong> seus utilizadores com a Marca<br />

<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />

Últimas notícias<br />

Tudo o que se passa no mundo<br />

<strong>dos</strong> pneus, tem presença assídua<br />

no menu das notícias<br />

Canal TV<br />

Reportagens, eventos,<br />

conferências, entrevistas. Tudo à<br />

distância de um clique<br />

ção às redes sociais. O novo site torna-se,<br />

assim, numa importante ferramenta de<br />

comunicação, essencial para as empresas<br />

que querem apresentar os seus produtos<br />

e serviços aos profissionais do pós-venda.<br />

O site reflete a identidade da revista e proporciona<br />

aos visitantes uma experiência de<br />

navegação avançada e muito completa.<br />

A partir da página inicial, os utilizadores<br />

podem aceder às várias secções já referidas.<br />

Podem ainda visionar to<strong>dos</strong> os conteú<strong>dos</strong><br />

do site a partir de qualquer equipamento.<br />

Seja ele computador portátil, de desktop,<br />

tablet ou telemóvel.<br />

24 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015


ENJOY THE SUMMER<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 25


Notícias Mercado<br />

VIPAL BORRACHAS<br />

faz parceria com TransJHL<br />

A Vipal Borrachas continua a investir na sua expansão europeia. Desta<br />

vez, a empresa fechou uma importante parceria com a transportadora<br />

TransJHL Transportes e Logística, da cidade de Mangualde<br />

A Vipal Borrachas quer apostar na logística<br />

<strong>dos</strong> seus produtos no eixo entre Portugal e<br />

Espanha. E, como consequência, os clientes<br />

da região. Nesse sentido, estabeleceu uma<br />

parceria com a Trans JHL, garantindo uma<br />

maior rapidez no atendimento. A Trans JHL<br />

é uma empresa portuguesa de logística<br />

criada em 2007 e especializada no transporte<br />

rodoviário nacional e internacional.<br />

Oferece um serviço diferenciado e como<br />

parte da parceria alguns camiões da empresa<br />

vão contar com a identidade visual<br />

A parceria visa<br />

aumentar a rapidez<br />

<strong>dos</strong> serviços da<br />

Vipal Borrachas<br />

da Vipal Borrachas. “Achamos muito importante<br />

investir no relacionamento com<br />

os clientes da região pois, desta forma,<br />

estamos a reforçar cada vez mais a nossa<br />

presença em Portugal e na Península Ibérica”,<br />

destaca Alessandro Campos, gerente<br />

da Vipal Europa. A JHL, que faz a recauchutagem<br />

de to<strong>dos</strong> os pneus da sua frota com<br />

produtos da Vipal, é cliente da recauchutadora<br />

RSM Recauchutagem, localizada em<br />

Guimarães, e teve um papel importante no<br />

estabelecimento desta parceria.<br />

Victor Cañizares<br />

nomeado Conselheiro<br />

Yokohama<br />

Victor Manuel Cañizares, Vice-<br />

-Presidente de Vendas e Marketing<br />

da Yokohama, foi nomeado<br />

Conselheiro deste fabricante.<br />

Começou a sua carreira na Yokohama.<br />

Dezoito anos depois e em<br />

virtude do bom trabalho e do<br />

reconhecimento obtido junto<br />

<strong>dos</strong> acionistas, foi nomeado Conselheiro<br />

a 23 de junho de 2015.<br />

Victor Cañizares desempenhou<br />

diferentes funções ao longo<br />

da sua carreira profissional<br />

na Yokohama. O seu começo<br />

no departamento logístico e,<br />

posteriormente, no comercial,<br />

levaram-no a alcançar um amplo<br />

conhecimento interno da companhia<br />

e do setor, passando a<br />

assumir um cargo de direção,<br />

sendo especialmente relevante a<br />

sua evolução profissional desde<br />

2009. Ano em que a Yokohama<br />

Iberia, S.A. foi adquirida a 100%<br />

por capital japonês, passando a<br />

ser uma subsidiária da Yokohama<br />

Rubber Co.<br />

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26 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015


Zeetex renova site<br />

A Zeetex, fabricante de pneus, renovou<br />

o seu site de forma a torná-lo mais atrativo<br />

e oferecer uma experiência de navegação<br />

muito mais simples. Através de um design<br />

mais atraente, proporciona um novo formato<br />

gráfico e a informação <strong>dos</strong> produtos está<br />

exposta de forma mais simples. Descrevendo<br />

o site, Rahavendra Sanga, responsável pela<br />

comunicação da marca, referiu que “a partir<br />

da perspetiva do nosso público-alvo, este site<br />

funciona como se fosse mais um produto da<br />

nossa gama. Acreditamos que o novo design<br />

do portal deixa os utilizadores navegarem<br />

à sua vontade e faz com que eles consigam<br />

obter exatamente aquilo que procuram”. O<br />

renovado site tem uma nova secção, que<br />

mostra o produto e os últimos eventos para<br />

determinadas regiões do globo, segui<strong>dos</strong><br />

de vídeos e menus de produtos. A versão<br />

inglesa está quase concluída e prestes a<br />

entrar em ação. Em breve, este novo site<br />

estará disponível em outras línguas.<br />

Os novos responsáveis<br />

Corrado Moglia (à esq.)<br />

e Stefan Fischer (à dir.)<br />

GITI TIRE tem nova organização europeia<br />

Enki Tan, presidente executivo da Giti<br />

Tire, anunciou que Stefan Fischer e<br />

Corrrado Moglia foram nomea<strong>dos</strong> diretores<br />

da área de gestão para a Europa.<br />

Fischer vai ser diretor-geral de tecnologia<br />

e produto, setor que inclui a pesquisa e o<br />

desenvolvimento, o planeamento de produto<br />

e a engenharia de campo.Quanto a<br />

Moglia, fica com o cargo de diretor-geral<br />

para a Europa dedicada às operações comerciais,<br />

setor que inclui vendas e marketing.<br />

Enki Tan afirmou estar “muito<br />

satisfeito pelo facto de Stefan e Corrado<br />

terem aceite os respetivos cargos e assumirem<br />

a responsabilidade das operações<br />

europeias da Giti Tire”.<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 27


Notícias Mercado<br />

HANKOOK equipa de série novo Audi A4<br />

Audi elegeu a Hankook como fornecedora<br />

oficial de pneus para os<br />

A<br />

novos Audi A4 e A4 Avant. O modelo<br />

de pneu escolhido foi o Ventus S1 evo2<br />

nas medidas de 17” e 19”. Fabrica<strong>dos</strong><br />

em exclusivo na unidade da marca na<br />

Hungria, oferecem uma resistência ao<br />

rolamento especialmente baixa, sem<br />

comprometer o comportamento ou a<br />

segurança.“As últimas modificações<br />

da nova geração do A4 centram-se<br />

principalmente na redução da resistência<br />

ao rolamento”, explica Ho-Youl Pae,<br />

diretor da Hankook Tire na Europa.“Os<br />

pneus da gama Ventus S1 evo² foram<br />

desenvolvi<strong>dos</strong> para satisfazer estes requisitos<br />

de forma sustentável. Depois<br />

de termos equipado os modelos Audi<br />

TT e TTS com pneus nossos, estamos<br />

muito orgulhosos de poder fornecer<br />

também pneus OE para a nova família<br />

A4”, conclui este responsável.<br />

O fabricante sulcoreano<br />

é, cada vez<br />

mais, solicitado pelos<br />

construtores alemães<br />

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28 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015


www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 29


Notícias Mercado<br />

Mitas faz demonstração SISTEMA AIRCELL<br />

Mitas apresentou o AirCell, uma câmara<br />

A exclusiva e inovadora, que permite encher<br />

com cerca de um bar de pressão (0,8 a<br />

1,8) os grandes pneus agrícolas em apenas<br />

meio minuto, ou seja, 10 vezes mais rápido<br />

do que os atuais sistemas de enchimento.<br />

O AirCell está localizado na jante, dentro<br />

do pneu, e ocupa, aproximadamente, 30%<br />

do volume do mesmo. Foi desenvolvido<br />

para os pneus Mitas 710/75 R42 SFT e vai<br />

estar disponível para outra medidas dentro<br />

em breve.Durante a utilização do pneu,<br />

o AirCell está constantemente cheio no<br />

seu máximo (8 bar), libertando parte da<br />

pressão de acordo com o que o pneu vai<br />

necessitando, o que permite incrementar<br />

e ajustar a pressão do pneu em segun<strong>dos</strong>,<br />

em vez de minutos. Este sistema vai estar<br />

disponível no trator Fendt Vario, equipado<br />

com pneus Mitas, a partir de novembro<br />

de 2016.<br />

Em apenas<br />

meio minuto,<br />

o AirCell<br />

permite<br />

encher pneus<br />

agrícolas<br />

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30 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015


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SAVA APRESENTA<br />

novas medidas<br />

Sava Tires incluiu na sua oferta<br />

A novas medidas de pneus para camião,<br />

de modo a proporcionar uma<br />

gama mais vasta de opções aos clientes<br />

preocupa<strong>dos</strong> com os custos. As<br />

cinco novas medidas de pneus para<br />

camião juntam-se à última geração das<br />

gamas Avant 4 (pneus de direção), Orjak<br />

(pneus de tração) e Cargo 4 (pneus para<br />

atrela<strong>dos</strong>) e abrangem tamanhos de<br />

proporção de perfil baixo, cada vez mais<br />

populares. Os tamanhos 295/60R22.5<br />

e 315/60R22.5 estão agora disponíveis<br />

nas gamas de pneus de direção Avant<br />

4 e pneus de tração Orjak 4, bem como<br />

nos pneus para atrelado Cargo 4 no<br />

tamanho 385/55R22.5. Tal como os<br />

pneus de outras medidas, estes novos<br />

exibem a inscrição M+S (Lama e Neve)<br />

na parede lateral, o que garante um<br />

desempenho superior em condições<br />

de neve comparado com um pneu sem<br />

esta classificação. <br />

DE TERÇA-FEIRA 13 A SÁBADO 17 DE OUTUBRO<br />

DAS 9H ÀS 18H ● NOTURNA QUINTA-FEIRA 15 DE OUTUBRO ATÉ ÀS 21H<br />

PARIS NORD VILLEPINTE ● FRANÇA<br />

O mundo do pós-venda espera por si<br />

Sensor de pressão de pneus Kavo<br />

A Kavo reforçou a sua oferta de sensores de pressão<br />

de pneus, uma vez que o aumento da procura tem<br />

crescido por causa da obrigatoriedade em os utilizá-<br />

-los. Assim, a Kavo passou a incluir também no seu<br />

catálogo um sensor TPMS, que deverá aumentar a<br />

segurança, reduzir o consumo e prevenir o desgaste<br />

em excesso. A marca afirma ainda que, ao escolher<br />

este sensor, o cliente adquire qualidade OE e precisão,<br />

pois este componente realiza medição direta. Além de<br />

conveniência, uma vez que este sensor está pré-programado,<br />

o que reduz o tempo de instalação. A gama<br />

é vasta e a entrega é rápida.<br />

Mais de 1.500 expositores e 100.000 visitantes<br />

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Notícias Mercado<br />

EQUIPAMENTO DO CHELSEA<br />

inspirado em pneus<br />

equipamento da equipa de futebol<br />

O do Chelsea, treinada pelo português<br />

José Mourinho, foi inspirada em… pneus.<br />

Tudo porque o patrocinador da equipa londrina<br />

é a Yokohama. Nas novas camisolas, o<br />

preto é a cor predominante, apresentando,<br />

também, pequenas listas horizontais de cor<br />

cinzenta ao longo do tronco.<br />

Michelin premeia<br />

fornecedores<br />

O Grupo Michelin premeia,<br />

anualmente, seis fornecedores<br />

pelo seu excecional contributo<br />

para as atividades do fabricante.<br />

Desde 2011 que o grupo francês<br />

distingue os seus melhores fornecedores<br />

através <strong>dos</strong> “Suppliers<br />

Awards”. Basea<strong>dos</strong> num rigoroso<br />

processo de avaliação, estes prémios<br />

têm o objetivo de reconhecer<br />

a excelência na sua relação com<br />

a marca. A qualidade <strong>dos</strong> elos<br />

de ligação com os fornecedores<br />

é, para o grupo, um fator-chave<br />

para o sucesso, pois as compras da<br />

Michelin representam quase 60%<br />

do seu volume de negócio anual.<br />

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área de contacto pneu/pavimento extra larga, reduzindo a pressão no solo. Ao proteger o solo<br />

da compactação, garante uma maior produtividade e um maior rendimento das colheitas. Além<br />

disso, a sua resistência reduzida ao rolamento permite um baixo consumo de combustível e<br />

emissões baixas, ajudando-o a produzir mais e de forma sustentável.<br />

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32 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015


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Notícias Mercado<br />

HUGO CARVALHO na liderança da Vulco<br />

Hugo Carvalho assumiu a direção da<br />

rede de oficinas Vulco no dia 3 de setembro<br />

de 2015, substituindo no cargo<br />

Alberto Villarreal, que passa a liderar a<br />

área de marketing da empresa. A Vulco é<br />

detida pela Goodyear Dunlop Iberia, dentro<br />

da divisão de retalho da marca. Hugo<br />

Carvalho iniciou o seu percurso na Goodyear<br />

Dunlop em 2005, como marketing<br />

manager para Portugal. Posteriormente,<br />

foi transferido para a sede da companhia,<br />

em Bruxelas, onde desempenhou a função<br />

de marketing manager Dunlop e de commerce<br />

director para a EMEA. Desde 2012<br />

que começou a desenvolver as funções<br />

de country manager em Portugal, posição<br />

que irá manter e conjugar com as suas<br />

novas responsabilidades. Hugo Carvalho<br />

irá reportar diretamente a Luca Crepaccioli,<br />

diretor-geral da Goodyear Dunlop Europa,<br />

que acerca desta nomeação afirmou: “O<br />

Hugo demonstrou ser capaz de alcançar<br />

grandes objetivos à frente do mercado português.<br />

Não tenho dúvida que irá liderar<br />

a rede Vulco com a garantia de continuar<br />

o excelente trabalho que Alberto tem desenvolvido<br />

nos últimos anos”.<br />

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85 mil toneladas/ano de pneus usa<strong>dos</strong> em Portugal, reciclando,<br />

recauchutando e valorizando-os como fonte de energia.<br />

Tudo por um Ambiente melhor.<br />

Poupança de emissões correspondente ao tratamento de 85.000 toneladas de pneus = 133,92 kton CO 2 e equivalente<br />

a 70.000 viagens de avião ida e volta entre Lisboa e Nova Iorque, considerando as emissões calculadas por pessoa.<br />

Uma iniciativa:<br />

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Porque existe Amanhã.<br />

GT Radial SportActive<br />

A Giti Tire apresentou um<br />

novo pneu de altas prestações<br />

que assenta numa nova carcaça<br />

e numa designação muito assertiva:<br />

GT Radial SportActive. A<br />

criação foi toda feita pelo departamento<br />

de desenvolvimento e<br />

pesquisa da Giti Tire em Hanover,<br />

na Alemanha. É o primeiro<br />

pneu a utilizar um composto<br />

que assegura um contacto com<br />

a estrada que lhe permite ter<br />

“grip” imediato e um período de<br />

vida útil muito homogéneo.Na<br />

gama de pneus GT Radial, o<br />

SportActive recebeu classificação<br />

B em piso molhado e C em<br />

resistência ao rolamento.Está<br />

disponível em oito medidas<br />

na fase de lançamento, mas a<br />

gama será reforçada com mais<br />

22 antes do final de 2015. Pode<br />

ser adquirido para jantes entre<br />

16 e 19” com símbolos de velocidade<br />

W e Y, medidas entre<br />

195 e 265 mm e série 35 a 55.<br />

A Giti Tire aposta nestes pneus<br />

para automóveis de cariz mais<br />

desportivo.<br />

<strong>34</strong> | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015


Dayton entra no<br />

segmento de pesa<strong>dos</strong><br />

A Dayton prepara-se para agitar<br />

o segmento de pneus para<br />

camiões com uma nova gama de<br />

grande qualidade, já disponíveis<br />

no mercado. Prometendo “excelentes<br />

prestações ao melhor preço”, a<br />

nova gama de pneus para camiões<br />

Dayton chega ao mercado com o<br />

selo de qualidade da Bridgestone.<br />

Além disso, e ao contrário do que<br />

acontece no caso de alguns <strong>dos</strong><br />

seus concorrentes, esta gama tem<br />

uma boa capacidade de recauchutagem,<br />

tornando-os competitivos<br />

face às outras marcas.<br />

Novos centros Euromaster EM PORTUGAL<br />

Seguindo o seu ambicioso plano de expansão,<br />

apresentado no fim de outubro<br />

de 2014, a Euromaster anunciou agora que,<br />

este ano, já abriram mais quatro centros<br />

em Portugal, confirmando, assim, a sua<br />

ambição de ser líder de mercado de pneus<br />

e manutenção de veículos, de acordo com<br />

o seu plano estratégico para o período<br />

2014-2019. Este está sustentado em três<br />

pilares: expansão da rede, evolução do<br />

modelo de negócio e satisfação do cliente.<br />

Em Portugal, através do modelo de franchising,<br />

a rede líder europeia continua<br />

a crescer em número e consolida a sua<br />

posição no mercado de pneus e manutenção<br />

de veículos. Com a abertura <strong>dos</strong><br />

novos centros, a Euromaster reforça a<br />

sua cobertura geográfica no norte com<br />

os pontos Euromaster Petropneus, em<br />

Ponte de Lima, e Euromaster Silpneus,<br />

em Freixo de Cima. Na região centro, com<br />

o Euromaster Pneurib, na Sertã. E, no sul<br />

do país, com o Euromaster Anino <strong>Pneus</strong>,<br />

situado na cidade de Lagos.<br />

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Notícias Mercado<br />

Europ Assistance<br />

alarga garantias<br />

A Europ Assistance<br />

complementa a sua oferta<br />

na área da assistência<br />

automóvel com o<br />

lançamento da cobertura<br />

de furo e rebentamento<br />

de pneus. Na sequência<br />

de danos isola<strong>dos</strong> em<br />

pneus do veículo seguro<br />

que impossibilitem a<br />

sua reparação, a Europ<br />

Assistance garante o<br />

pagamento direto da<br />

respetiva substituição<br />

a uma oficina por si<br />

designada. Esta garantia<br />

está limitada a dois pneus<br />

por ano e a um valor<br />

máximo de €200 por<br />

pneu, de acordo com o<br />

nível de desgaste.<br />

GRUPO ANDRÉS: dois milhões de pedi<strong>dos</strong><br />

A<br />

web profissional do Grupo<br />

Andrés registou o pedido<br />

dois milhões no passado dia 28<br />

de julho, menos de três anos<br />

depois de alcançar o pedido<br />

um milhão. Este número confirma<br />

a atividade constante de<br />

uma página de Internet que começou<br />

a funcionar em janeiro<br />

de 2008. O pedido um milhão<br />

foi alcançado no dia 15 de<br />

setembro de 2012, depois de<br />

280 milhões de euros fatura<strong>dos</strong><br />

através desta forma de venda.<br />

A página web do Grupo Andrés<br />

está disponível para Portugal e<br />

Espanha e é tão “potente” que<br />

consegue suportar milhares<br />

de cliques ao mesmo tempo.<br />

Funciona 365 dias por ano, 7<br />

dias por semana e 24 horas por<br />

dia, entregando cada pedido<br />

ao cliente no dia seguinte ao<br />

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36 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015


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Notícias Mercado<br />

Kumho lança pneu<br />

PARA SUV DE LUXO<br />

Kumho Tire lançou um novo<br />

A modelo de pneu da gama Crugen.<br />

O Premium KL33 vai começar<br />

a ser vendido e permite ampliar<br />

a extensa gama da marca para<br />

modelos SUV. O Crugen Premium<br />

KL33 é um pneu All Season que<br />

atinge um nível de sofisticação<br />

elevado. Foi desenvolvido para<br />

atingir to<strong>dos</strong> os objetivos do dia-a-<br />

-dia, tanto numa condução urbana<br />

com a velocidades mais elevadas.<br />

O novo desenho estrutural do<br />

pneu anuncia firmeza, excelente<br />

resposta da direção e uma excecional<br />

sensação de condução em<br />

autoestrada, tanto em piso molhado<br />

como superfícies com neve.<br />

O novo Crugen Premium KL33 está<br />

disponível em jantes de 17” a 19”,<br />

nas séries 65 a 55. O crescimento<br />

<strong>dos</strong> modelos SUV potenciou o seu<br />

desenvolvimento.<br />

Alliance Tire Group apresenta<br />

novidades na Agritechnica 2015<br />

Líder no mercado de pneus agrícolas e de máquinas<br />

industriais (OHT), a Alliance Tire Group (ATG) vai<br />

lançar uma gama de novos produtos deste segmento,<br />

de forma a reforçar a sua posição no mercado. As<br />

inovações serão mostradas e lançadas na Agritechnica<br />

2015, que se realiza de 10 a 14 de novembro, em<br />

Hanover, na Alemanha. Um <strong>dos</strong> produtos inovadores<br />

é o 380 VF Flotation Radial na dimensão 650/55 R26.5,<br />

que pode carregar até mais 40% de carga quando<br />

comparado com o pneu padrão deste segmento, com<br />

a mesma pressão para a mesma carga.<br />

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38 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015


Zafco tem novo SITE GLOBAL<br />

Zafco regressa em força com um site<br />

A oficial de imagem renovada, tornando-<br />

-o numa plataforma obrigatória para o setor<br />

e para os visitantes. O site é muito completo<br />

mas, ao mesmo tempo, fácil de navegar em<br />

cada secção, de forma a conseguir as últimas<br />

atualizações e acontecimentos. A combinação<br />

do conteúdo gráfico e de texto mantém o interesse<br />

<strong>dos</strong> visitantes, enquanto que a informação<br />

é muito completa e inclui desde a história,<br />

alguns marcos principais e as atividades da<br />

empresa. O responsável pela comunicação<br />

e marketing da Zafco, Raghavendra Sanga,<br />

afirmou que “a empresa acredita no futuro,<br />

aumentando a identidade da marca em todo<br />

o mundo, levando o seu portefólio de marcas<br />

para um novo nível. E é, desta forma, que reforçamos<br />

o slogan da Zafco: Grow Together”.<br />

Falken nomeia novo<br />

diretor de marketing<br />

O fabricante japonês Falken,<br />

nomeou Stephan Cimbal como<br />

responsável de marketing para<br />

a Europa. Neste seu novo posto,<br />

Cimbal vai reportar a Markus Bögner,<br />

diretor de marketing para a<br />

Europa da Falken. Este posto é<br />

o primeiro papel de direção do<br />

novo responsável de marketing<br />

da marca, um economista que<br />

trabalhou anteriormente na companhia<br />

como consultor. Cimbal<br />

começou a sua carreira profissional<br />

na Brauerei Beck, onde<br />

foi responsável pelos eventos,<br />

patrocínios e relações públicas<br />

para a marca de cerveja Beck´s.<br />

Posteriormente, trabalhou como<br />

diretor de marketing na HVG<br />

Sports.<br />

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VIVEMOS A EXPERIÊNCIA<br />

no mesmo campo<br />

Capacidade de carga a baixa pressão<br />

Menor compactação do solo<br />

Excelente tração<br />

Alta velocidade<br />

Baixo consumo de combustivel<br />

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www.sjosepneus.com<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 39


Notícias Mercado<br />

PRIMEWELL lança pneu expandido para camiões<br />

Primewell, marca da Giti<br />

A Tire, lançou um novo pneu<br />

na Europa. Trata-se do PSR125<br />

Combi Road, que alia um novo<br />

processo de fabrico da carcaça à<br />

otimização do desenho do piso<br />

e a um composto desenvolvido<br />

especialmente para este produto.<br />

Projetado para utilização internacional<br />

e regional, este pneu incrementa<br />

a manobrabilidade do<br />

veículo, minimizando o desgaste<br />

e aumentando a quilometragem.<br />

O piso apresenta ainda propriedades<br />

para ejeção de pedras nos<br />

sulcos e proteção face a cortes. A<br />

marca dispõe de uma sólida reputação<br />

em Portugal, oferecendo<br />

excelentes pneus de camião e autocarro<br />

a um preço competitivo.<br />

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furos?<br />

nunca mais<br />

LASSA REFORÇA presença<br />

nas redes sociais<br />

Os pneus Lassa, produzi<strong>dos</strong><br />

pela Brisa, principal fabricante<br />

de pneus da Turquia e o<br />

sétimo maior da Europa, lançou<br />

um novo canal de media. A somar<br />

ao novo site global da empresa<br />

(www.lassa.com), a Lassa<br />

Tyres expandiu a presença nas<br />

redes sociais da marca, que inclui<br />

perfis no Twitter e no Instagram.<br />

O objetivo é expandir<br />

a presença da empresa nos<br />

media e melhorar a experiência<br />

<strong>dos</strong> consumidores de pneus<br />

Lassa através de comentários<br />

e ideias deixa<strong>dos</strong> nos perfis da<br />

empresa. A própria presença<br />

no Facebook vai ser reforçada.<br />

www.tyreprotector-portugal.com<br />

+351 964 988 808<br />

Procuramos revendedores e<br />

oficinas para distribuição<br />

40 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015<br />

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CONTACT<br />

CENTER<br />

B2B<br />

TIRESUR<br />

E-MAIL<br />

REDE DE<br />

VENDAS<br />

. Pedi<strong>dos</strong> telefonicos<br />

9h.-19h.<br />

T. (+351) 219938120<br />

Fax (+351) 219938129<br />

. Pedi<strong>dos</strong> através da<br />

internet, acedendo ao<br />

B2B de<br />

www.tiresur.com<br />

. Pedi<strong>dos</strong> realiza<strong>dos</strong><br />

por e-mail<br />

encomendas@tiresur.com<br />

Vítor Alves<br />

(+351) 924485991<br />

valves@tiresur.com<br />

Carlos Ferreira<br />

(+351) 924485986<br />

jferreira@tiresur.com<br />

Luís Visitação<br />

(+351) 924485992<br />

lvisitacao@tiresur.com<br />

Pedro Abreu<br />

(+351) 924485993<br />

pabreu@tiresur.com<br />

T. (+351) 219938120 I F. (+351) 219938129 I www.tiresur.com I encomendas@tiresur.com<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 41


Entrevista Humberto Matos<br />

“Chegar mais longe!”<br />

A Tiresur renovou a<br />

gestão da sua divisão<br />

portuguesa com a<br />

contratação de Humberto<br />

Matos, um profissional de<br />

renome que conta no seu<br />

currículo com mais de 27<br />

anos de percurso no setor<br />

<strong>dos</strong> pneus<br />

Por: João Vieira<br />

Humberto Matos começou a trabalhar<br />

no setor <strong>dos</strong> pneus em 1988<br />

com a Michelin. Daqui passou<br />

para a Hiperpneus, distribuidor<br />

da Hankook e da Toyo para Portugal, onde<br />

assumiu funções como chefe de vendas até<br />

2001. Depois, seguiu novo rumo para a Japorte,<br />

distribuidor da Uniroyal e Kumho em<br />

Portugal, onde permaneceu como gestor<br />

até ao ano passado. Agora, Humberto Matos<br />

começa a sua carreira como country manager<br />

da Tiresur Portugal. Em entrevista à<br />

<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, aborda a estratégia que<br />

vai seguir e a importância da marca GT Radial<br />

no crescimento da Tiresur em Portugal.<br />

Que objetivos pretende atingir como country<br />

manager da Tiresur Portugal?<br />

Na Tiresur Portugal, o meu grande objetivo<br />

é o de poder contribuir com o meu<br />

conhecimento e experiência de 27 anos<br />

neste mercado, para o crescimento e consolidação<br />

de uma posição de relevo e, se<br />

possível, de alguma liderança neste exigente<br />

e competitivo mercado português<br />

de pneus. Pretendo chegar o mais longe<br />

possível, tendo consciência que o “caminho”<br />

é longo e difícil.<br />

Como está estruturada a Tiresur Portugal<br />

a nível de recursos humanos e instalações?<br />

A Tiresur Portugal tem uma estrutura<br />

de 16 elementos, dividi<strong>dos</strong> pelos vários<br />

setores da empresa em que a estrutura<br />

comercial tem um destaque preponde-<br />

Perfil<br />

w w Com quase três décadas de experiência no setor <strong>dos</strong><br />

pneus, Humberto Matos começou o seu percurso profissional<br />

na Michelin. Depois, passou pela Hiperpneus e pela<br />

Japorte antes de chegar ao cargo que, atualmente, desempenha:<br />

country manager da Tiresur Portugal.<br />

rante e fundamental, sendo, neste caso,<br />

formada por quatro cComerciais e um diretor<br />

comercial, que prestam todo o apoio e<br />

acompanhamento aos clientes que temos<br />

pelo país. As nossas instalações situam-<br />

-se em Alverca, onde se centraliza toda a<br />

Empresa.<br />

Como define o fabricante <strong>dos</strong> pneus GT<br />

Radial?<br />

É um <strong>dos</strong> fabricantes mais importantes<br />

da Ásia, sendo, por isso, uma marca global,<br />

com um grande potencial de crescimento,<br />

facto pelo qual está numa crescente evolução<br />

a nível de novos produtos e dimensões,<br />

principalmente no segmento <strong>dos</strong> pneus<br />

de turismo e comerciais.<br />

Como é composta a gama atual de pneus<br />

GT Radial?<br />

A GT Radial é composta por uma gama<br />

global, que inclui pneus de turismo, 4X4,<br />

SUV, comerciais e pesa<strong>dos</strong>. A Tiresur Portugal,<br />

presentemente, tem a responsabilidade<br />

em Portugal da distribuição dessa<br />

gama, com exceção <strong>dos</strong> pneus pesa<strong>dos</strong>.<br />

42 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015


Country Manager Tiresur Portugal<br />

Para além da GT Radial, quais são as outras<br />

marcas de pneus que a Tiresur representa<br />

em exclusivo para Portugal?<br />

A Tiresur representa em regime de exclusividade<br />

para Portugal a Ovation, com a gama<br />

total (turismo/4X4/SUV e pesa<strong>dos</strong>), a Tree-A,<br />

que é uma marca que comercializamos de<br />

forma exclusiva para a nossa rede Center’s<br />

Auto, que, como é do conhecimento geral,<br />

é o grupo de clientes que mais promove,<br />

divulga e “defende” a imagem da marca GT<br />

Radial. Depois, temos a Sunfull, que é uma<br />

marca que se insere no segmento budget,<br />

e as principais marcas premium, como são a<br />

Continental, a Michelin, a Pirelli, a Goodyear,<br />

a Dunlop e a Bridgestone.<br />

Qual vai ser a sua estratégia relativamente<br />

às marcas premium que comercializa?<br />

A estratégia passa por conseguir estar<br />

presente no mercado com os preços mais<br />

competitivos possíveis. Assim como uma<br />

disponibilidade de stock que nos permita<br />

sempre corresponder às solicitações <strong>dos</strong> nossos<br />

clientes, estejam eles onde estiverem, em<br />

Portugal continental ou nas ilhas (Madeira<br />

e Açores).<br />

Os mesmos de há vários anos<br />

Desafios e ameaças<br />

w “Os maiores desafios e ameaças<br />

para o setor <strong>dos</strong> pneus são os<br />

mesmos desde há vários anos. Em<br />

primeiro lugar e da forma como o<br />

mercado tem vindo a evoluir e a<br />

alterar-se permanentemente, quem<br />

não conseguir “apetrechar-se” de ferramentas<br />

(e, com isto, quero dizer organização/estratégia/mentalidade<br />

e<br />

marcas suficientemente competitivas<br />

e com parcerias fortes com os seus<br />

fornecedores), estará “condenado” a<br />

fracassar, como já se assistiu ao longo<br />

<strong>dos</strong> últimos anos. Uma das principais<br />

ameaças continua a ser a falta<br />

de “regulamentação” e um regime de<br />

“proteção” (se assim se pode dizer)<br />

aos operadores com organizações<br />

perfeitamente estruturadas e que<br />

tecipamos, inclusivamente, este prazo.<br />

Sabemos, claramente, que a disponibilidade<br />

de stock é um <strong>dos</strong> fatores que pode, também,<br />

contribuir para a diferenciação entre empresas<br />

e o “timing” de entrega é muito reduzido.<br />

Quantos membros existem, atualmente, na<br />

rede Center’s Auto em Portugal?<br />

Hoje, a rede Center’s Auto tem 32 membros,<br />

sendo nosso objetivo para 2016 poder ampliar<br />

este número e, inclusivamente, conseguir<br />

chegar a outras zonas do país onde não<br />

são confronta<strong>dos</strong>, diariamente, com<br />

a proliferação de pneus usa<strong>dos</strong> vin<strong>dos</strong><br />

sem qualquer tipo de controlo<br />

“fugindo” a tudo o que é impostos.<br />

Para não falar já da segurança ou,<br />

neste caso, insegurança, assim como<br />

de todas as situações “menos claras”<br />

de comercialização de pneus sem estarem<br />

cumpridas as regras básicas no<br />

que respeita à sua legalidade”.<br />

Qual o prazo de entrega?<br />

Temos várias situações de acordo com a localização<br />

do cliente. Se for o caso de o cliente<br />

estar na zona da Grande Lisboa, através da<br />

parceria que temos com um <strong>dos</strong> principais<br />

operadores de transportes do mercado, conseguimos<br />

entregar até quatro vezes ao dia.<br />

Para as restantes zonas do país, conseguimos<br />

entregar em 24h. Em algumas situações, anestamos<br />

presentes. Estamos a desenvolver<br />

várias ações de formação e marketing para<br />

os clientes, que serão um <strong>dos</strong> objetivos a<br />

concretizar a curto/médio prazo.<br />

Têm portal de vendas online?<br />

Sim, temos portal de vendas e to<strong>dos</strong> os<br />

nossos clientes têm acesso a poderem colocar<br />

as encomendas ou, simplesmente,<br />

obterem as informações de que necessitem<br />

no que respeita às marcas que comercializamos.<br />

A percentagem de compras online<br />

tem um “peso” interessante nas vendas da<br />

Tiresur, mas não é o fator mais importante<br />

para nós, porque continuamos a pensar<br />

que a relação humana que conseguimos<br />

manter com os nossos clientes continua a<br />

ser primordial e fundamental para o sucesso<br />

que se pretende ter da empresa.<br />

Existem ainda oportunidades de negócio<br />

neste setor?<br />

Claro que sim. A Tiresur, em minha opinião,<br />

é um exemplo disso, pois só está<br />

presente de forma “efetiva” no nosso país<br />

desde há três anos. Mas penso que os seus<br />

resulta<strong>dos</strong> falam por si. Vamos continuar a<br />

trabalhar no sentido de podermos apresentar<br />

sempre as melhores soluções, preços<br />

e qualidade de serviço a to<strong>dos</strong> os nossos<br />

clientes.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 43


Entrevista Carlos Oliveira<br />

Aposta na renovação<br />

A Continental apresentou,<br />

recentemente, novas<br />

linhas para autocarros<br />

e camiões da Barum,<br />

Uniroyal e Semperit. Três<br />

das principais marcas do<br />

grupo alemão, que se<br />

inserem nos segmentos<br />

quality e budget<br />

Por: João Vieira<br />

Aaposta da Continental nas segundas<br />

marcas insere-se numa estratégia<br />

global de crescimento muito ambiciosa<br />

que está planeada até 2025. A<br />

evolução pretendida não será possível sem<br />

uma maior diversificação da oferta e a consequente<br />

segmentação <strong>dos</strong> produtos a disponibilizar<br />

ao mercado. Após um bem sucedido<br />

ciclo de renovação da marca Continental ao<br />

nível da sua oferta de pneus pesa<strong>dos</strong> (GEN3),<br />

o grupo alemão iniciou, este ano, um ciclo de<br />

renovação e reforço da competitividade ao<br />

nível de segundas marcas, respondendo,<br />

assim, a uma procura crescente manifestada<br />

pelo mercado.<br />

Em entrevista à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, Carlos<br />

Oliveira, diretor comercial CTV da Continental,<br />

explica os objetivos que o grupo pretende<br />

atingir em Portugal com a comercialização<br />

das três marcas acima mencionadas.<br />

Como define, hoje, as marcas Barum, Uniroyal<br />

e Semperit?<br />

São três marcas fundamentais no universo<br />

da Continental, quer pela notoriedade que<br />

alcançaram nos diversos merca<strong>dos</strong> em que<br />

operamos, quer pela excelente relação preço/<br />

qualidade que oferecem. Estas são, a seguir<br />

à Continental, três das principais marcas do<br />

grupo e que se inserem nos segmentos quality<br />

(Uniroyal e Semperit) e budget (Barum).<br />

Como é composta a gama atual de pneus<br />

pesa<strong>dos</strong> destas marcas?<br />

Ao nível das segundas marcas, a Continental<br />

optou por concentrar-se nas medidas mais<br />

utilizadas nos diversos merca<strong>dos</strong>, com uma<br />

grande focalização na utilização regional. Esta<br />

última característica permite uma adequação<br />

perfeita às necessidades do nosso mercado,<br />

que, basicamente, dispõe de uma configuração<br />

deste género. As marcas Semperit e Uniroyal<br />

contam com uma gama mais alargada<br />

a to<strong>dos</strong> os segmentos (transporte de mercadorias,<br />

pessoas e construção), sendo que a<br />

marca Barum apresenta uma gama orientada<br />

para as medidas mais comuns do mercado.<br />

Qual é a estratégia de distribuição seguida<br />

pela Continental para a comercialização<br />

destes pneus?<br />

A Continental tem como visão ser uma referência<br />

no mercado em termos de rentabilidade<br />

sustentada, fornecendo produtos e serviços<br />

capazes de criar valor aos nossos parceiros de<br />

negócio. Estas segundas marcas têm diferentes<br />

estratégias de distribuição em Portugal. No<br />

caso da Semperit, desenvolvemos, há já alguns<br />

anos, um conceito de retalho especializado<br />

na marca, o qual denominamos GES – Grupo<br />

de Especialistas Semperit. Os resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong><br />

têm sido muito bons e, sem dúvida, que<br />

reforçaremos ainda mais a competitividade<br />

destes nossos verdadeiros parceiros com o<br />

Perfil<br />

w w Carlos Oliveira tem formação<br />

em gestão de empresas na<br />

Faculdade de Economia da Universidade<br />

do Porto. Iniciou a sua<br />

atividade profissional em 1997<br />

na DCN – Consultores e, no ano<br />

seguinte, entrou na ARAN, onde<br />

desempenhou funções diretivas<br />

durante seis anos, até 2004. Foi<br />

CEO da Sopneus até março de<br />

2013 e, desde abril desse ano, é<br />

diretor comercial CTV da Continental.<br />

lançamento destes novos produtos.<br />

No que se refere à marca Uniroyal, reservamos<br />

a mesma para o canal de distribuição. Já<br />

no que toca à Barum, é a nossa marca budget<br />

que acompanha a marca premium Continental<br />

na oferta generalizada a to<strong>dos</strong> os clientes que<br />

a desejem trabalhar.<br />

Que tipo de cliente procura estes pneus?<br />

Embora o mercado português seja um mercado<br />

predominantemente premium e para o<br />

qual temos a nossa oferta Continental, existem<br />

clientes com focos e necessidades diferentes.<br />

Na Continental, estamos aposta<strong>dos</strong> em mais<br />

do que desenvolver produtos: desenvolver<br />

soluções. E a aposta na renovação de uma linha<br />

de produtos com uma relação qualidade/preço<br />

otimizada faz parte dessas soluções. O que nos<br />

permite colocar no mercado três marcas com<br />

um excelente binómio custo/benefício e que,<br />

44 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015


Diretor Comercial CTV Continental<br />

por si, permitem responder aos 35% do mercado<br />

que procuram pneus nestes segmentos<br />

(quality e budget).<br />

A qualidade de qualquer produto produzido<br />

pela Continental é reconhecida e valorizada<br />

pelo mercado. Pelo que também é reconhecida<br />

a capacidade e trabalho de monotorização<br />

que a Continental faz de forma a seguir o comportamento<br />

<strong>dos</strong> seus produtos na utilização<br />

diária. Através de uma monotorização seletiva<br />

<strong>dos</strong> nossos produtos no mercado, podemos<br />

fornecer informações úteis sobre o tipo de<br />

utilização e necessidades.<br />

Consegue garantir que o cliente destes pneus<br />

para pesa<strong>dos</strong> economiza custos operacionais<br />

com a sua frota?<br />

As necessidades das frotas evoluíram e os<br />

fabricantes deixaram de ser meros fornecedores<br />

de pneus e passaram a ser parceiros<br />

que disponibilizam soluções integradas e<br />

personalizadas, de acordo com as especificidades<br />

e as necessidades de cada cliente. O<br />

que causa um forte impacto na gestão da frota<br />

e nos resulta<strong>dos</strong> alcança<strong>dos</strong>. Tendo em conta<br />

este novo posicionamento que a Continental<br />

assumiu no mercado, disponibilizamos aos<br />

nossos clientes um conjunto de ferramentas<br />

e tecnologias que lhes permitem saber, em<br />

tempo real, a situação da sua frota e fazer um<br />

planeamento anual do desempenho <strong>dos</strong> seus<br />

veículos. Se as nossas recomendações sobre os<br />

cuida<strong>dos</strong> a ter com os pneus forem respeitadas<br />

e cumpridas, garantimos, efetivamente, uma<br />

redução <strong>dos</strong> custos operacionais, que podem<br />

ser alcança<strong>dos</strong> quer através da redução do<br />

consumo de combustível, quer por intermédio<br />

da durabilidade <strong>dos</strong> pneus.<br />

Que apoio estão a dar aos vossos clientes<br />

retalhistas a nível de formação técnica, marketing<br />

e gestão?<br />

Na Continental, orgulhamo-nos de estabelecer<br />

com os nossos clientes uma verdadeira<br />

relação de parceria. Esta relação é assente na<br />

proximidade que estabelecemos com cada<br />

um. Esta proximidade permite-nos conhecer<br />

bem as necessidades <strong>dos</strong> nossos parceiros e,<br />

dentro daquilo que são as nossas competências,<br />

apoiá-los e ajudá-los a tornar o negócio<br />

mais rentável. No seguimento desta estratégia<br />

de proximidade e de prestação de serviços<br />

global e dependendo das necessidades <strong>dos</strong><br />

nossos parceiros, temos um conjunto de ferramentas<br />

disponível que permite apoiar o<br />

nosso cliente em praticamente todas as suas<br />

áreas de intervenção. Este conjunto de ferramentas<br />

é a base do nosso conceito de oficina<br />

ContiService, que, recentemente, lançámos<br />

no mercado e que tanta aceitação está a ter<br />

junto <strong>dos</strong> nossos clientes.<br />

A Continental quer ser vista como muito<br />

mais do que um fornecedor de pneus. Queremos<br />

que os nossos parceiros olhem para a<br />

Continental como um fornecedor de soluções<br />

globais e que sempre que surja um problema<br />

ou uma necessidade, a nossa equipa esteja no<br />

top-of-mind <strong>dos</strong> nossos clientes para ajudá-los<br />

a resolver.<br />

Qual o prazo de entrega <strong>dos</strong> pneus nos<br />

clientes?<br />

Atualmente, o nosso prazo de entrega<br />

standard são as 24h, ou seja, entrega no dia<br />

seguinte ao da encomenda.<br />

Como está definida a vossa estratégia de<br />

marketing e comercial ?<br />

A estratégia de marketing e comercial da<br />

Continental está assente em diversas ferramentas<br />

de comunicação, que passam pelo reforço<br />

da notoriedade das marcas do seu universo,<br />

por campanhas de criação de tráfego, pela<br />

comunicação com os media, para além do reforço<br />

da presença no ponto de venda. Temos<br />

tido um feedback muito positivo <strong>dos</strong> nossos<br />

parceiros de negócio, assim como das frotas<br />

enquanto consumidores finais.<br />

O que tenciona fazer para aumentar mais<br />

a notoriedade das marcas Barum, Uniroyal<br />

e Semperit?<br />

Desenvolveremos atividades de comunicação<br />

dedicadas a cada uma das marcas,<br />

de forma a criar valor acrescentado junto do<br />

cliente. Teremos, também, eventos dedica<strong>dos</strong><br />

aos diversos públicos-alvo destas marcas, que<br />

passarão por mesas redondas com especialistas<br />

técnicos pelo desenvolvimento <strong>dos</strong><br />

novos produtos. Estes novos produtos serão,<br />

também, monitoriza<strong>dos</strong> de perto através de<br />

programas de “testimonial”, onde os próprios<br />

utilizadores serão envolvi<strong>dos</strong> na comunicação<br />

do feedback de utilização <strong>dos</strong> nossos pneus. Os<br />

nossos melhores vendedores serão sempre os<br />

nossos parceiros de negócio satisfeitos.<br />

Como caracteriza o mercado de pneus pesa<strong>dos</strong><br />

em Portugal ?<br />

É, efetivamente, um mercado pequeno e<br />

concentrado, quer no que se refere ao número<br />

de especialistas de serviço a pesa<strong>dos</strong> disponíveis<br />

no mercado, quer no se refere cada vez<br />

mais às frotas a operar em Portugal. Segundo<br />

da<strong>dos</strong> da ETRMA, entre 2010 e 2012, o mercado<br />

<strong>dos</strong> pneus pesa<strong>dos</strong> teve uma queda de quase<br />

25%, fruto da grave crise económica que o país,<br />

a europa e o mundo atravessaram. Em 2013 e<br />

2014, o mercado teve uma recuperação ligeira,<br />

prevendo-se que esta tendência se mantenha<br />

para os próximos anos, possibilitando, assim,<br />

uma tendência de crescimento.<br />

Quais os maiores desafios e ameaças para o<br />

setor do comércio de pneus pesa<strong>dos</strong>?<br />

O presente e o futuro do mercado de pneus<br />

pesa<strong>dos</strong> passa, efetivamente, pela capacidade<br />

de especialização de cada um <strong>dos</strong> players e<br />

pela capacidade que estes terão de não só<br />

dar resposta às inúmeras solicitações <strong>dos</strong> seus<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 45


Entrevista Carlos Oliveira<br />

parceiros mas, também, de antecipar as suas<br />

necessidades e de colocar à sua disposição ferramentas<br />

e equipamentos que lhes permitam<br />

fazer uma gestão eficaz e eficiente da sua frota.<br />

Considero que a principal ameaça para os<br />

especialistas de pneus é a manutenção da<br />

tradicional forma isolada de desenvolverem<br />

o seu negócio. Hoje, uma boa forma que têm<br />

de responder eficazmente às necessidades de<br />

um mercado em mutação constante e cada<br />

vez mais exigente é o desenvolvimento de<br />

parcerias muito estreitas com os fabricantes.<br />

O negócio necessita de ser desenvolvido em<br />

comum acordo entre o fabricante e o parceiro<br />

de serviço, envolvendo o cliente nas decisões<br />

e fornecendo-lhe informação relevante para a<br />

tomada de decisão. A opção por um determinado<br />

produto tem, cada vez mais, a ver com a<br />

disponibilidade de ferramentas e tecnologias<br />

que permitam agilizar a gestão operacional da<br />

frota, sendo que o acesso a estas ferramentas é<br />

um <strong>dos</strong> vetores principais do nosso programa<br />

de apoio a frotas Conti360º.<br />

Semperit Runner, Uniroyal Série 40 e Barum 200R<br />

Características das novas gamas<br />

Todas as novas séries incorporam já algumas das mais recentes<br />

tecnologias desenvolvidas pela Continental. Todas elas estão,<br />

também, preparadas para a reesculturação <strong>dos</strong> seus pisos,<br />

proporcionando, assim, uma “vida” extra ao pneu. A aposta do<br />

grupo alemão na qualidade das respetivas carcaças e consequentes<br />

níveis de recauchutabilidade foi muito forte. Estes dois últimos<br />

fatores, permitem aplicar, também às segundas marcas, o conceito<br />

ContiLifeCycle, que permite a minimização <strong>dos</strong> custos por quilómetro<br />

ao longo das várias vidas do pneu (pneu novo, reescultura, pneu<br />

recauchutado).<br />

w A família de pneus Runner da Semperit<br />

é ideal para utilização combinada em<br />

transportes regionais e de longas distâncias,<br />

quer para camiões quer para autocarros.<br />

Oferecem uma vida útil mais longa e<br />

poupanças significativas de combustível,<br />

bem como anunciam um elevado nível<br />

de segurança na condução mesmo em<br />

superfícies molhadas. O seu novo padrão<br />

otimizado de vácuo do piso contribui para<br />

uma vida útil longa e para uma eficácia em<br />

termos de consumo de combustível, com<br />

baixa resistência ao rolamento.<br />

w A nova gama Uniroyal Série 40<br />

acompanha, também, os mais recentes<br />

desenvolvimentos das tendências no que<br />

se refere a transporte de passageiros e<br />

de mercadorias. São indica<strong>dos</strong> para uma<br />

utilização combinada em transportes<br />

regionais e de longa distância. Seguindo a<br />

tradição da Uniroyal, os dois novos modelos<br />

- FH40 e DH40 - proporcionam elevada<br />

quilometragem, facilidade de manobra<br />

e uma excelente tração, mesmo em piso<br />

molhado. Quem o afirma é a marca, que<br />

deposita enorme confiança nestes modelos.<br />

w A nova série 200R da Barum<br />

consiste numa gama de pneus para camiões<br />

e autocarros que combina elevada qualidade<br />

com preço muito competitivo, garantindo<br />

ainda uma elevada quilometragem e nunca<br />

sacrificando o principal valor da marca: a<br />

segurança na condução. Estes pneus robustos<br />

e de elevada performance oferecem uma<br />

alternativa low cost para as empresas de<br />

camionagem e de autocarros. Estes pneus<br />

anunciam uma vida útil longa e prometem<br />

uma condução fiável, tanto na distribuição<br />

regional como nas viagens de longo curso.<br />

46 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015


Diretor Comercial CTV Continental<br />

Esta ameaça para os agentes do mercado<br />

é, ao mesmo tempo, um desafio. A capacidade<br />

de evolução está diretamente relacionada<br />

com a capacidade de acompanhar e<br />

antecipar as necessidades das frotas e, desta<br />

forma, acrescentar valor ao serviço prestado.<br />

A manutenção preventiva é determinante<br />

no negócio das frotas. A monitorização em<br />

tempo real tem, aqui, um papel fundamental<br />

no estabelecimento de relações comerciais<br />

duradouras e ser o fiel no prato da balança,<br />

decisivo na opção por um player em detrimento<br />

de outro.<br />

A venda de pneus para pesa<strong>dos</strong> é muito diferente<br />

da venda de pneus para ligeiros. Quais<br />

as principais particularidades do comércio<br />

de pneus para veículos pesa<strong>dos</strong>?<br />

A venda de pneus pesa<strong>dos</strong> é uma venda<br />

cada vez mais especializada em termos de<br />

exigência técnica, onde o cliente final adquire<br />

um custo por quilómetro em conjunto com<br />

o máximo de soluções que auxiliem a sua<br />

gestão operacional. A performance de um<br />

pneu pesado é, efetivamente, medida to<strong>dos</strong><br />

os dias e o nível de serviço de apoio é bastante<br />

superior ao do negócio de ligeiros. Procura-se,<br />

permanentemente, a minimização <strong>dos</strong> tempos<br />

de imobilização das viaturas e consequentes<br />

custos operacionais por quilómetro percorrido.<br />

Este cenário exige um nível de especialização<br />

muito elevado em toda a cadeia de abastecimento,<br />

desde o apoio técnico do fabricante<br />

até ao know-how operacional do especialista.<br />

Quais os grandes desenvolvimentos que estão<br />

a acontecer na tecnologia de construção<br />

de pneus pesa<strong>dos</strong>?<br />

A longevidade, segurança e eficiência energética<br />

<strong>dos</strong> produtos são os principais vetores<br />

que norteiam o forte investimento em I&D que,<br />

atualmente, o produto pesado representa. O<br />

projeto de desenvolvimento de qualquer pneu<br />

pesado dentro do Grupo Continental procura<br />

atuar na ótima combinação desses três vetores,<br />

tentando obter produtos que respondam às<br />

necessidades de utilização <strong>dos</strong> seus clientes.<br />

Se, no passado, assistíamos a uma oferta de<br />

pneus pesa<strong>dos</strong> muito transversal a todo o<br />

tipo de utilização, hoje, esse cenário alterou-<br />

-se completamente, aparecendo cada vez mais<br />

produtos adapta<strong>dos</strong> à utilização específica de<br />

cada tipo de transporte. Veja-se, por exemplo,<br />

o recente desenvolvimento da nossa GEN3<br />

para transporte de pessoas, que surge agora<br />

com produtos completamente diferentes <strong>dos</strong><br />

destina<strong>dos</strong> ao transporte de mercadorias e<br />

com níveis de segurança bastante superiores<br />

aos do passado.<br />

Qual a importância da tecnologia TPMS nos<br />

pneus pesa<strong>dos</strong>?<br />

Estu<strong>dos</strong> efetua<strong>dos</strong> pela Continental comprovam<br />

que 90% das assistências em estrada relativas<br />

a pneus devem-se a uma gradual perda<br />

de pressão <strong>dos</strong> pneus a que o motorista não<br />

teve perceção. Por outro lado, uma das mais<br />

importantes causas de desgastes irregulares<br />

excessivos são as pressões incorretas.<br />

A circulação com os pneus com pressão de<br />

insuflação desadequada tem, efetivamente,<br />

impacto nos custos (aumento do consumo<br />

de combustível, custos de imobilização e de<br />

sinistros, redução na durabilidade do pneu).<br />

Tem, também, influencia na segurança (comportamento<br />

desadequado do veiculo, distâncias<br />

de travagem superiores, perda de controlo<br />

em curva ou mudança de faixa) e reflete-se<br />

ainda nas emissões de CO2.<br />

A Continental trabalha no desenvolvimento<br />

da tecnologia TPMS desde 2002. O ContiPressureCheck<br />

(CPC) é uma solução inovadora e<br />

totalmente desenvolvida pela Continental,<br />

permitindo monitorizar a pressão e a temperatura<br />

<strong>dos</strong> pneus. O sistema CPC combina o<br />

sensor instalado no interior do pneu com uma<br />

unidade central de controlo para processamento<br />

<strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> e com um visor instalado<br />

na cabine do veículo. Tudo isto permite ao<br />

condutor ter acesso aos da<strong>dos</strong> em tempo real,<br />

inclusive com a funcionalidade de telemetria<br />

e integração com o software de gestão da<br />

frota. Este sistema garante, assim, a diminuição<br />

efetiva no consumo de combustível, aumenta<br />

a quilometragem do pneu, protege<br />

o valor da carcaça, minimiza a assistência<br />

na estrada e respetivos custos e reduz a<br />

emissão de CO2.<br />

A redução das margens está a dificultar o<br />

negócio das casas de pneus. O que pode<br />

um fabricante como a Continental fazer<br />

para apoiar o desenvolvimento presente<br />

e futuro das casas de pneus?<br />

A preocupante tendência para a redução<br />

de margens operacionais na venda de<br />

produtos é, infelizmente, uma realidade<br />

transversal a to<strong>dos</strong> os merca<strong>dos</strong> e que<br />

foi substancialmente agravada pela crise<br />

económica que atravessamos. Nunca nos<br />

devemos esquecer que toda e qualquer<br />

margem de um agente tem de ser valorizada,<br />

também, pelo cliente final em proporção<br />

à sua capacidade de acrescentar<br />

valor ao negócio. Este é o grande desafio<br />

da Continental junto da sua rede de parceiros<br />

– tornar o valor acrescentado de cada<br />

um visível e valorizável. É isto que temos<br />

vindo a fazer nos últimos dois anos. Temos<br />

efetuado um esforço muito grande para<br />

estarmos cada vez mais próximos <strong>dos</strong><br />

nossos clientes, dotá-los de ferramentas<br />

de suporte ao negócio das frotas e apoiá-lo<br />

na sua presença junto das mesmas.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 47


Empresa<br />

DonTyre<br />

Pol. Industrial Los Caños, 22-23, 06300 Zafra, Badajoz - Espanha<br />

Responsável Portugal: António Grilo I Telemóvel: 913.654.462 I Email: antonio.grilo@dontyre.com I Site: www.dontyre.com<br />

Novo armazém e marca própria<br />

A DonTyre acaba de<br />

inaugurar um novo<br />

armazém com mais de<br />

20.000 m2 e lança a sua<br />

marca própria de pneus<br />

para continuar a crescer<br />

na Península Ibérica<br />

Por: João Vieira<br />

Onovo armazém localizado em<br />

Zafra, perto das anteriores instalações,<br />

está em fase final de<br />

acabamentos, mas já guarda uma<br />

parte substancial do stock de pneus deste<br />

distribuidor espanhol, que também está presente<br />

em Portugal. As novas instalações vão<br />

centralizar to<strong>dos</strong> os serviços administrativos<br />

da DonTyre em Espanha, incluindo o call<br />

center e armazém central, que dispõe de<br />

um stock permanente de mais de 10 milhões<br />

de euros em pneus. “Queremos ter a<br />

oferta mais abrangente do mercado e, por<br />

isso, investimos neste novo armazém, que<br />

nos permite satisfazer to<strong>dos</strong> os pedi<strong>dos</strong> <strong>dos</strong><br />

clientes”, diz Jorge Berrocal, administrador<br />

da DonTyre.<br />

O novo armazém vai, também, contri-<br />

Ignacio Marin,<br />

responsável pneus<br />

agrícolas (esq.),<br />

António Grilo,<br />

responsável mercado<br />

português (centro)<br />

e Paco Perez Roblas,<br />

diretor comercial,<br />

apresentaram à<br />

<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong><br />

as novas instalações<br />

e os novos pneus<br />

com marca própria<br />

DonTyre<br />

Mais de 50 marcas para to<strong>dos</strong> segmentos<br />

Oferta multimarca e multiproduto<br />

A DonTyre comercializa mais de 50 marcas de pneus para ligeiros, comerciais, 4x4,<br />

camiões, veículos agrícolas, agro-industriais, motos e empilhadores. Para além da<br />

marca própria recentemente lançada no mercado para o segmento agro-industrial e<br />

moto4, a DonTyre é distribuidor oficial em Espanha das marcas Falken, Continental<br />

Agrícola e Cultor Agrícola. Além destas, tem pneus para ligeiros, comerciais e 4x4 das<br />

marcas Continental, Bridgestone, Michelin, Goodyear, Pirelli, BCT, Westlake, Mabor,<br />

Cooper e Toyo, entre muitas outras. Para camião, distribui as marcas Falken, Goodyear,<br />

Continental, Westlake e Doublestar, entre outras. E, para moto, as marcas Michelin,<br />

Bridgestone, Pirelli, Metzeler, Continental, Dunlop, Avon, Maxxis, Carlisle, Duro, Sun-f<br />

e Vredestein, entre outras. Também dispõe de mousses e câmaras de ar Michelin,<br />

Continental e Sava, baterias Yuasa, peças e acessórios D.I.D, J.T, NGK, Hiflo Filtro, PBR,<br />

Dayco, Brembo, Galfer e Goldfren, entre outras. Uma panóplia de produtos.<br />

48 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015


Apoio aos clientes<br />

buir para melhorar a logística de entrega<br />

de pneus em Portugal, uma vez que o<br />

ritmo de distribuição será mais intenso e<br />

regular. “Estamos muito satisfeitos com a<br />

nossa operação comercial em Portugal,<br />

onde estamos presentes há dois anos. O<br />

trabalho desenvolvido pelo nosso representante<br />

António Grilo tem sido excelente e<br />

as vendas têm aumentado to<strong>dos</strong> os meses.<br />

Por isso, estamos muito entusiasma<strong>dos</strong> e<br />

motiva<strong>dos</strong> para aumentar a nossa estrutura<br />

em Portugal a nível de recursos humanos<br />

e instalações, estando prevista a abertura<br />

para breve de um armazém na zona de Lisboa.<br />

Começámos a fazer entregas diárias na<br />

zona do Alentejo e sul do país, mas agora<br />

já alargámos a distribuição para o norte,<br />

até ao Porto. A exemplo do que fazemos<br />

em Espanha, vamos ter comerciais nas diferentes<br />

zonas do território. No nosso call<br />

center, já temos telefonistas portugueses<br />

a receber os pedi<strong>dos</strong> de Portugal”, disse<br />

Jorge Berrocal.<br />

w MARCA PRÓPRIA IMPULSIONA VENDAS<br />

O lançamento da marca própria DonTyre<br />

no início deste ano veio dar um novo fôlego<br />

às vendas da empresa. “Começámos<br />

a comercializar pneus com a marca própria<br />

DonTyre há apenas oito meses e a<br />

procura excedeu as nossas expectativas.<br />

De momento, lançámos as linhas de pneus<br />

agrícolas, moto 4 e câmaras de ar mas, no<br />

futuro, queremos abranger com a marca<br />

DonTyre to<strong>dos</strong> os segmentos de mercado,<br />

incluindo veículos ligeiros, comerciais e pesa<strong>dos</strong>”,<br />

enfatiza Jorge Berrocal.<br />

Para além desta aposta na marca própria,<br />

a DonTyre continua a aumentar o seu portefólio<br />

de pneus quality e budget com marcas<br />

exclusivas, mantendo no seu catálogo todas<br />

as marcas premium, cuja procura continua a<br />

subir em vários merca<strong>dos</strong>, nomeadamente<br />

o português.<br />

w INTERNET E REDE DE PARCEIROS<br />

As novas tecnologias de informação são<br />

uma ferramenta imprescindível nos dias<br />

de hoje também no comércio de pneus.<br />

Por isso, a DonTyre vai lançar até ao final<br />

de 2015 um novo site, onde o cliente vai<br />

poder continuar a fazer os seus pedi<strong>dos</strong>,<br />

mas agora com possibilidade de visualizar<br />

toda a oferta com imagens <strong>dos</strong> pneus em<br />

3D e respetivas características técnicas.<br />

A nível comercial, a aposta passa por desenvolver<br />

uma rede de parceiros oficina,<br />

Circuito de<br />

Karting DonTyre<br />

w A DonTyre adquiriu, recentemente,<br />

um circuito de karting perto da sua<br />

sede, em Zafra, com o objetivo de<br />

ajudar os clientes a vender pneus.<br />

O circuito está equipado com todas<br />

as infraestruturas para a realização<br />

de provas de karting e eventos. Os<br />

clientes são convida<strong>dos</strong> a participar<br />

em provas de kart e a passar bons<br />

momentos de confraternização e<br />

convívio. Durante a realização deste<br />

eventos, são apresentadas campanhas<br />

e promoções de produto, sendo<br />

uma oportunidade única para as oficinas<br />

poderem adquirir pneus com<br />

condições muito vantajosas. A recetividade<br />

<strong>dos</strong> participantes a estes<br />

encontros tem sido excelente e, deste<br />

modo, a DonTyre tem conseguido<br />

fortalecer o espírito de equipa entre<br />

colaboradores, diferenciar-se da concorrência<br />

e fidelizar os clientes.<br />

com uma imagem forte e um serviço de<br />

qualidade. “Começámos em abril deste ano<br />

a criar uma rede de parceiros privilegia<strong>dos</strong><br />

e, neste momento, já temos 16 oficinas em<br />

Espanha a trabalhar com a nossa imagem<br />

e os nossos produtos. Damos a estes parceiros<br />

condições especiais de compra e a<br />

possibilidade de comercializar uma marca<br />

em exclusivo na sua zona de atuação. Para<br />

além disso, fornecemos roupa de trabalho,<br />

formação técnica e apoio de marketing para<br />

ações de promoção e campanhas. É um<br />

conceito que, de momento, apenas funciona<br />

em Espanha mas, no futuro, queremos<br />

implementar também em Portugal”, conclui<br />

Jorge Berrocal.<br />

As câmaras de ar com marca própria são já<br />

um sucesso. No call center, colaboradores<br />

portugueses atendem os pedi<strong>dos</strong><br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 49


Empresa<br />

Auto <strong>Pneus</strong> Cerqueira<br />

Presidente do Conselho de Administração: Álvaro Cerqueira I Av.ª Dom João I, 195, 4435 - 208 Tio Tinto (Gondomar)<br />

Telefone: 224 893 161 Fax: 224 809 031I Email: .alvaro-cerqueira@iol.pt<br />

Presença forte<br />

Figura incontornável em Gondomar, Álvaro Cerqueira<br />

(juntamente com a filha Liliana) recebeu a <strong>Revista</strong><br />

<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> numa das três casas que tem no centro da<br />

cidade: a Auto <strong>Pneus</strong> Cerqueira, nascida em 1993<br />

Álvaro Cerqueira não está no negócio<br />

<strong>dos</strong> pneus para ver os outros<br />

jogar. Não. Antecipa-se sempre. A<br />

Auto <strong>Pneus</strong> Cerqueira, no centro<br />

de Gondomar (onde dispõe de outras duas<br />

casas, a Auto Direções Valbom I e II), é prova<br />

disso. Estávamos em 1993 quando Álvaro<br />

Cerqueira ouviu os rumores de que estava<br />

na iminência a abertura de uma casa concorrente,<br />

na cidade. Não ficou à espera e<br />

tratou de dar uma entrevista a um jornal<br />

local a anunciar que estava prestes a inaugurar<br />

uma nova casa de pneus. “Na altura,<br />

não tinha nada. Nem dinheiro, nem espaço,<br />

nada”, revela Álvaro Cerqueira. “A notícia dizia<br />

que já estava tudo a postos para a inauguração”,<br />

reforça a filha Liliana Cerqueira, braço<br />

Por: Jorge Flores<br />

Álvaro Cerqueira e a sua filha, Liliana Cerqueira, braço direito na loja<br />

direito do pai na empresa. Numa palavra?<br />

Bluff! Sim, mas, para a história, registe-se que<br />

o rival nunca chegou a abrir a loja e que a<br />

Auto <strong>Pneus</strong> Cerqueira nasceria ao fim de um<br />

ano, aproveitando o espaço de uma antiga<br />

oficina onde eram realizadas as revisões da<br />

Mercedes-Benz.<br />

w TUDO EM FAMÍLIA<br />

A Auto <strong>Pneus</strong> Cerqueira pode não exibir as<br />

cores da MEGAMundi na loja mas trabalha<br />

em parceira com esta rede, uma vez que<br />

compra tudo à Auto Direções Valbom. “Não<br />

tinha necessidade de estar a meter outra<br />

casa como sócia. As compras são feitas à loja<br />

principal. Os sócios são os mesmos, numa e<br />

noutra”, explica Álvaro Cerqueira.<br />

Presença forte e incontornável em Gondomar,<br />

onde é, inclusivamente, presidente<br />

do clube local, Álvaro Cerqueira chegou a<br />

trabalhar, muito novo, numa fábrica de espelhos<br />

de um tio. Mas um acidente acabou<br />

por mudar o rumo da sua vida. E não se pode<br />

dizer que os estilhaços do espelho lhe tenham<br />

dado azar. O tio, que havia tido uma<br />

experiência “muito dispendiosa” na única<br />

casa de pneus que havia em Gondomar, chegou<br />

à conclusão de que este só poderia ser<br />

um negócio rentável. E convidou o sobrinho<br />

para abraçar a atividade consigo. O episódio<br />

aconteceu há 37 anos, tinha Álvaro Cerqueira<br />

19 anos. De um espaço em condições, em<br />

Valbom, já dispunham. De vontade, também.<br />

O conhecimento foi sendo adquirido, em<br />

parte, através <strong>dos</strong> dois meses que trabalhou<br />

na Garagem Sousa. Além disso, contratou<br />

para a sua empresa um “empregado muito<br />

bom”. Qual? “Um alinhador de direções, que<br />

era o mais importante. Naquela altura ainda<br />

não se falava muito das direções”, recorda<br />

à nossa revista. Mais tarde, chegou a estar<br />

só na loja. E acabou por comprar o terreno<br />

contíguo e por fazer nascer a loja que tem,<br />

atualmente, na zona de Valbom.<br />

Liliana Cerqueira, por seu lado, tem as suas<br />

origens umbilicalmente ligadas ao negócio.<br />

“Cresci nos pneus. A oficina abriu em baixo<br />

e fizemos a casa em cima. Fomos morar para<br />

lá tinha eu quatro anos. Trabalhava lá nas<br />

férias, com 12 anos. Vinha sempre para o<br />

escritório e fui ficando. Depois, sempre que<br />

tinha tempo, vinha. Comecei a fazer as férias<br />

A Auto <strong>Pneus</strong> Cerqueira tem funcionários<br />

com três décadas de casa. O mais “novo”<br />

chegou há 10 anos<br />

50 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015


Negócio especializado<br />

<strong>Pneus</strong><br />

e nada mais...<br />

w Voz dissonante no mercado, Álvaro<br />

Cerqueira garante que, nas suas lojas,<br />

não há outro tipo de serviços. “<strong>Pneus</strong><br />

e nada mais!”. Para que ninguém tenha<br />

dúvidas, explica o motivo. “Não<br />

fazemos nada de mecânica. Nada do<br />

que as outras casas fazem. Só pneus.<br />

Muitos são contra o facto de eu fazer<br />

isso. Mas nós ganhamos mais clientes<br />

porque as próprias oficinas trazem<br />

os clientes para cá. Fazem o serviço<br />

deles e mandam-nos para cá. Claro<br />

que se fizermos serviço de mecânica<br />

eles não vão continuar a mandá-los”,<br />

afirma. “É uma maneira de estarem<br />

seguros quando os mandam. Para<br />

meter umas pastilhas e ganhar 10<br />

euros não vou perder esta relação<br />

com as oficinas”. Segundo resume<br />

Liliana Cerqueira, “é muito preferível<br />

a especialização na atividade”.<br />

Os serviços de alinhamento e calibragem são os mais procura<strong>dos</strong><br />

<strong>dos</strong> funcionários. Esta loja abriu tinha eu 10<br />

anos”, conta. Entretanto, Liliana entrou para a<br />

faculdade e licenciou-se em gestão financeira.<br />

E manteve-se sempre ligada à loja e à atividade.<br />

Hoje, sabe as referências <strong>dos</strong> pneus de<br />

cor e salteado. Álvaro Cerqueira não esconde o<br />

orgulho da empresa ter um cariz familiar. Algo<br />

“importante”. E descreve a composição das<br />

suas lojas. “Em Valbom tenho a irmã à frente<br />

da loja e um cunhado, na distribuição. Na outra<br />

loja, tenho um cunhado. E aqui estou eu, a<br />

minha filha, um cunhado (responsável pela<br />

oficina), um afilhado e um primo”.<br />

w SERVIÇO CERTIFICADO<br />

Na Auto <strong>Pneus</strong> Cerqueira trabalham, hoje,<br />

seis pessoas. A loja conta com uma clientela<br />

particular e empresarial, não faltando nomes<br />

sonantes como a própria Câmara Municipal<br />

de Gondomar, as Águas de Gondomar e do<br />

Porto, entre outras. “Gozamos da facilidade<br />

de ter as três casas nos três pontos principais<br />

de Gondomar. O nosso serviço é todo igual”,<br />

afiança. Liliana Cerqueira acrescenta que “as<br />

nossas casas são todas certificadas em termos<br />

de qualidade. Desde 2008”. Dentro do mercado,<br />

conseguiram ser os primeiros a obter<br />

certificação na área de “comércio de pneus”,<br />

mas também <strong>dos</strong> “serviços”.<br />

w 600 VIATURAS POR MÊS<br />

Quando iniciou a atividade nos pneus, Álvaro<br />

Cerqueira não tinha mais de 80 contos em<br />

stock. Hoje, a realidade é outra. Armazenado<br />

na loja de Valbom, a empresa tem mais de<br />

€100.000. Perto de 5.000 pneus em stock.<br />

“Não interessa ter aqui muito material. Estamos<br />

a três quilómetros da central”, adianta,<br />

sublinhando que, semanalmente, ou de 15<br />

em 15 dias, basta repor os pneus vendi<strong>dos</strong>.<br />

A casa comercializa todas as marcas. Desde<br />

logo, a marca própria, da MEGAMundi: Summerstar.<br />

A mais procurada pelos clientes é, de<br />

resto, a Yokohama.<br />

Álvaro Cerqueira reconhece que a crise<br />

do país também abalou o seu negócio. “Há<br />

alguém que não a tenha sentido?”, questiona.<br />

Uma menor procura da classe média,<br />

que “desapareceu”, explica Liliana. “Antes de<br />

2009, faziam a calibragem de 10.000 em<br />

10.000 km, tal como aconselhamos. Agora,<br />

já não. Deixam ir até ao máximo. E quando<br />

trocam de pneus, já só trocam dois, não os<br />

quatro”, refere ainda a filha.<br />

A Auto <strong>Pneus</strong> Cerqueira já chegou a<br />

atender 1.000 clientes por mês (o mesmo<br />

registo que a Auto Direções Valbom), mas,<br />

agora, não passará das 600 viaturas. “É<br />

muito pouco”, lamenta Álvaro Cerqueira,<br />

que aponta o dedo aos fabricantes. Acredita<br />

que, se estes quisessem, travavam<br />

“um pouco os revendedores”. Bastava não<br />

venderem os pneus a preços tão inferiores.<br />

“Têm de ser mais baratos para eles os<br />

poderem vender ao preço deles e ainda<br />

ganharem dinheiro”, garante.<br />

O responsável não se importava que, no<br />

espaço de dois anos, a empresa pudesse<br />

voltar aos números de há seis anos. “Oh<br />

tempo, volta para trás...”, brinca.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 51


Empresa<br />

Nortenha Porto<br />

Administrador: António Gomes I Coordenador de Retalho: José Queirós I Rua Manuel Pinto de Azevedo, nº. 1000-1016, 4100-320 Porto<br />

Telefone/Fax: 226 171 706 I loja.porto@recnor.pt I Site: www.nortenha.pt<br />

Espírito vencedor<br />

Nascida em 2007, a Nortenha Porto encarna, na<br />

perfeição, o espírito vencedor da rede composta<br />

hoje por 13 postos de venda distribuí<strong>dos</strong> pelo país.<br />

Recentemente, tornou-se num Key Point da Pirelli<br />

Oitava loja de uma rede composta<br />

por 13 postos de venda, a Nortenha<br />

Porto nasceu, em 2007,<br />

plena de ambição. Algo a que<br />

não foi alheia a sua localização central na<br />

cidade portuense. “Na génese desta loja<br />

esteve a necessidade de melhorar a qualidade<br />

do apoio e assistência aos clientes<br />

e frotas que já tínhamos no grande Porto”,<br />

explica José Queirós, coordenador do negócio<br />

de retalho da empresa, nas suas mais<br />

diversas vertentes, desde 2013. Segundo<br />

afirma, “tem sido um desafio diário muito<br />

aliciante, sobretudo por mérito de toda a<br />

equipa de profissionais dedica<strong>dos</strong> que são<br />

no fundo a força da Nortenha SA”, diz à<br />

<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />

w RESPOSTA IMEDIATA<br />

Atualmente, a equipa da loja Nortenha<br />

Porto é composta por sete profissionais<br />

Por: Jorge Flores<br />

polivalentes. Isto numa loja que dispõe<br />

de uma área coberta de 1350m2, dividi<strong>dos</strong><br />

em dois espaços de assistência para<br />

automóveis e veículos pesa<strong>dos</strong>. Segundo<br />

José Queirós, “o stock da loja Nortenha do<br />

Porto é composto por pneus novos e recauchuta<strong>dos</strong><br />

de to<strong>dos</strong> os tipos e dimensões,<br />

sendo em maior número os de automóvel”.<br />

Além disso, “a média de pneus em stock<br />

situa-se nos 3.000, por forma a responder<br />

prontamente a todas as necessidades de<br />

mercado. Este stock é reposto diariamente a<br />

partir do nosso armazém central”, assegura<br />

a mesma fonte à nossa revista.<br />

Ao longo <strong>dos</strong> seus oito anos de vida, a Nortenha<br />

Porto tem alargado a sua gama de<br />

produtos e serviços, dado que pretende<br />

“ser não só uma casa de pneus, mas cada<br />

vez mais um parceiro <strong>dos</strong> nossos clientes”,<br />

refere. Assim, além <strong>dos</strong> pneus e serviços relaciona<strong>dos</strong><br />

com esta área, a loja realiza ainda<br />

a “lavagem de automóveis, intervenções<br />

de mecânica rápida, mudanças de óleo e<br />

instalação de sistemas de localização GPS”.<br />

w BENEFÍCIOS CENTRAIS<br />

A localização da loja, em pleno centro da<br />

cidade, é uma mais-valia, categórica. Mas<br />

José Queirós realça também outras vantagens<br />

da Nortenha Porto. “Num mercado<br />

volátil como o de hoje, um grande trunfo é<br />

ter disponível, sempre ou quase sempre, o<br />

pneu que o cliente procura. O facto de a loja<br />

Nortenha Porto pertencer a uma rede mais<br />

ampla constituída por outras 12 lojas e um<br />

armazém central, permite um desencadear<br />

de sinergias ao alcance de poucos”, explica à<br />

<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>. E exemplifica: “Dispomos<br />

de mais de 2.000 referências diferentes, num<br />

total de 50.000 pneus novos distribuí<strong>dos</strong><br />

por todas as gamas, bem como mais de 500<br />

referências diferentes, num total superior<br />

a 20.000 pneus recauchuta<strong>dos</strong> da marca<br />

Nortenha”, sublinha.<br />

Apesar da crise económica que o país tem<br />

atravessado nos últimos meses, a “Nortenha<br />

está bem e recomenda-se”, garante José<br />

Queirós. Porquê? “A administração desta<br />

casa sempre soube adaptar-se e antecipar<br />

soluções”, revela. “Não vale a pena falarmos<br />

das dificuldades de mercado e de conjuntura<br />

de to<strong>dos</strong> conhecidas, mais importa<br />

referir que a Nortenha SA continua a registar<br />

crescimento mesmo nos exercícios destes<br />

últimos anos”, enfatiza.<br />

w CURVA ASCENDENTE<br />

Os serviços mais procura<strong>dos</strong> na Nortenha<br />

Porto? “A mudança de pneus, que ainda<br />

é o principal negócio, logo seguido pela<br />

estação de serviço e a mecânica rápida”,<br />

responde o coordenador de retalho da<br />

empresa. De resto, os clientes da loja dividem-se<br />

entre particulares e empresas<br />

de forma equitativa.<br />

“Com o crescimento do número de viaturas<br />

em regime de aluguer longa duração<br />

ou outro, hoje em dia, o cliente dito particular<br />

é muitas vezes também o cliente<br />

de uma alugadora com quem temos um<br />

protocolo de assistência, criando-se as-<br />

52 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015


sim uma zona de intersecção em que as<br />

necessidades do alugador necessitam ser<br />

satisfeitas sem, no entanto, desiludir a<br />

expectativa do cliente utilizador”, adianta<br />

José Queirós.<br />

O ano de 2015 tem corrido de feição à<br />

loja Nortenha do Porto, que “ainda está<br />

na curva ascendente”, garante o nosso interlocutor,<br />

nomeadamente, “pelo enorme<br />

potencial” que vem registando em termos<br />

de crescimento do volume de negócios<br />

até esta data, “quando comparado com o<br />

mesmo período do ano passado”, afirma.<br />

Nos próximos cinco anos, José Queirós gostaria<br />

de “ver concluído “o plano, em curso,<br />

de ampliação da rede de lojas Nortenha”.<br />

São já 13 os postos de venda da Nortenha<br />

SA e a rede continua a crescer.<br />

A Nortenha Porto<br />

dispõe de mais de<br />

2.000 referências de<br />

pneus diferentes<br />

Key Point da Pirelli<br />

Uma questão<br />

de imagem<br />

w A loja assumiu-se recentemente<br />

como um Key Point da Pirelli. Para<br />

José Queirós, “a Nortenha, nos seus<br />

56 anos de vida, tem um vasto historial<br />

de parceria com as marcas mais<br />

cotadas do mercado”. No entanto,<br />

acrescenta o responsável, “dentro<br />

das diversas possibilidades e propostas<br />

que nos têm sido apresentadas,<br />

o conceito Key Point da Pirelli<br />

mostrou-se o mais adequado à nossa<br />

estratégia para a loja Nortenha do<br />

Porto”. Na sua opinião, “a localização<br />

privilegiada do espaço, a proximidade<br />

<strong>dos</strong> principais distribuidores<br />

de veículos da gama alta e a imagem<br />

premium da Pirelli (potenciada pela<br />

presença na Fórmula 1) levaram-nos<br />

a decidir a favor deste formato. Em<br />

boa hora, porque o tráfego na loja<br />

cresceu imediatamente”, acrescenta.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 53


Gestão de Empresas<br />

A importância da formação<br />

/////////////////////////////////////////////<br />

Clientes satisfeitos,<br />

empresas rentáveis<br />

Um programa de formação que cubra as necessidades das oficinas de pneus deve<br />

contemplar não só os méto<strong>dos</strong> de reparação mas, também, os que explicam a<br />

melhor forma de chegar à informação de origem<br />

Que o negócio das oficinas está a<br />

mudar, não é nenhuma novidade<br />

que lhe damos em primeira mão.<br />

Mas o que parece estar a evoluir<br />

com maior rapidez é a adoção de novas estratégias<br />

por parte <strong>dos</strong> serviços especializa<strong>dos</strong><br />

em pneus, de forma a adaptarem-se ao cenário<br />

que se coloca perante a necessidade de<br />

diversificar a proposta de serviços ofereci<strong>dos</strong>,<br />

assim como as novas opções de concorrência<br />

em serviços presta<strong>dos</strong> ao cliente final.<br />

A mentalidade do utilizador final também<br />

está a mudar. Há já alguns anos que os clientes<br />

não se deslocam às oficinas especializadas em<br />

pneumáticos para mudar apenas os pneus.<br />

Vão mais longe e pedem, também, para realizar<br />

a manutenção aos seus veículos, evitando,<br />

desta forma, a necessidade de se deslocarem a<br />

outro estabelecimento para realizar operações<br />

aparentemente fáceis e rápidas.<br />

Claro está que esta oportunidade de negócio<br />

é muito atrativa, uma vez que, por<br />

um lado, estabelece novas bases estratégicas<br />

do conceito de empresa e, por outro,<br />

estabelece-se no mercado com novas armas<br />

para competir num setor que está em constante<br />

mudança, como este.<br />

Pode dizer-se, de forma mais clara e direta:<br />

é necessário adaptarmo-nos ao novo<br />

mercado e retirar dele o melhor que pode<br />

54 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015


proporcionar, ou o mesmo encarrega-se<br />

de “expulsar-nos” do negócio em menos<br />

de nada.<br />

Cada vez mais, as oficinas apercebem-se<br />

das dificuldades que encontram na hora de<br />

executar determinado tipo de intervenções.<br />

As novas tecnologias, que dia após dia vão<br />

sendo implantadas na indústria automóvel,<br />

colocam à prova os conhecimentos e os<br />

recursos de cada funcionário. Assim como<br />

a sua estrutura de apoio, sendo esta batalha<br />

muitas vezes perdida por falta de bases<br />

técnicas ou devido à carência de meios<br />

adequa<strong>dos</strong>.<br />

w ADAPTAÇÃO ÀS NOVAS TECNOLOGIAS<br />

Dedicar mais tempo que o necessário a<br />

uma operação de manutenção programada<br />

ou a uma intervenção mecânica simples,<br />

porque se desconhecem os procedimentos<br />

adequa<strong>dos</strong> ou porque não se dispõe <strong>dos</strong><br />

meios técnicos necessários, é um problema<br />

do qual todas as oficinas conhecem as consequências.<br />

A tudo isto ainda pode somar-se a sensação<br />

de que cada vez se torna mais complicado<br />

conhecer o funcionamento destas tecnologias<br />

devido à grande diversidade e complexidade<br />

das mesmas, o que gera a ideia do... “não vou<br />

ser capaz” ou do “já é tarde para aprender...”<br />

Necessidades a colmatar<br />

nas oficinas<br />

PUB<br />

w Conhecer os processos de intervenção para<br />

todo o tipo de operações relacionadas com<br />

a mecânica rápida e a manutenção programada.<br />

Logística de <strong>Pneus</strong><br />

Cantanhede<br />

geral@sjosepneus.com<br />

www.sjosepneus.com<br />

w Dispor <strong>dos</strong> equipamentos de diagnóstico<br />

necessários para aceder a protocolos de<br />

comunicação com os sistemas do veículo<br />

e realizar corretamente as intervenções de<br />

mecânica rápidas e as manutenções preconizadas.<br />

w Dispor de apoio técnico permanente que<br />

traga soluções em tempo real, através de um<br />

serviço de Teleassistência Técnica.<br />

w Ter acesso à informação técnica que vai ser<br />

necessária em todas as operações realizadas<br />

no veículo.<br />

SPORT SA-37<br />

UM PNEU PREMIUM<br />

A PREÇO BUDGET<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 55


Gestão de Empresas<br />

A importância da formação<br />

/////////////////////////////////////<br />

Já fazem parte da história os tempos em<br />

que era preciso estudar afincadamente para<br />

compreender o funcionamento de produtos<br />

e conceitos. Atualmente, o que precisamos<br />

é de conhecer os méto<strong>dos</strong> e procedimentos<br />

que devem ser aplica<strong>dos</strong> no serviço. Está<br />

tudo documentado, apenas é preciso conhecer<br />

os processos e aplicá-los corretamente.<br />

Está-se a atravessar uma fase de mudança, de<br />

transformações profundas que abrem novas<br />

portas, novas oportunidades e que, para além<br />

disso, obrigam a passar por um processo de<br />

adaptação às novas tecnologias, mediante a<br />

assistência a programas de formação perfeitamente<br />

desenha<strong>dos</strong> e estrutura<strong>dos</strong> para extrair<br />

deles o máximo rendimento empresarial.<br />

w PROGRAMA DE FORMAÇÃO ABRANGENTE<br />

Assim, e por causa da inclusão de sistemas<br />

de controlo eletrónico que fazem a gestão da<br />

totalidade das estruturas no veículo, não nos<br />

devemos esquecer que o funcionário tem de<br />

saber manejar equipamentos de diagnóstico<br />

para poder realizar adequadamente o check-<br />

-up do veículo.<br />

Estes equipamentos obrigam a investimentos<br />

de custo elevado, uma vez que, usa<strong>dos</strong> corretamente,<br />

trazem valor de negócio mais do<br />

que relevante quando a empresa parte para<br />

o mundo da diversificação.<br />

Também é necessário documentar-se para poder<br />

realizar uma manutenção específica ou para<br />

atender veículos em pleno período de garantia,<br />

de forma a poder cumprir com precisão todas<br />

as avaliações especificadas, tanto na periodicidade<br />

como nos elementos que precisam de ser<br />

substituí<strong>dos</strong> ou verifica<strong>dos</strong>, assegurando, desta<br />

forma, que a operação é realizada de acordo<br />

com o construtor.<br />

Um programa de formação que cubra as necessidades<br />

deste setor deve contemplar não<br />

só os méto<strong>dos</strong> de reparação mas, também, os<br />

méto<strong>dos</strong> que nos ensinam a aceder a este tipo<br />

de processo e nos explicam a melhor forma de<br />

chegar à informação de origem, através <strong>dos</strong><br />

canais disponíveis que, ainda que geralmente<br />

desconheci<strong>dos</strong>, colocam ao alcance das oficinas<br />

múltiplas soluções tecnológicas. Assim, é<br />

possível propor ao cliente final serviços equivalentes<br />

aos que recebem num concessionário,<br />

para além da disponibilidade e utilização de<br />

equipamentos que confiram à empresa uma<br />

imagem de modernidade. E que farão com que<br />

o cliente olhe para determinada oficina como<br />

uma opção competente na qual possa depositar<br />

com toda a confiança o seu veículo, de igual<br />

forma ao que poderia fazer em qualquer outro<br />

tipo de serviço especializado.<br />

Ações a realizar na oficina<br />

Como gerir a qualidade do serviço<br />

As ações que devem ser levadas a cabo para gerir a qualidade do serviço<br />

realizado na oficina consistem em planificar, implementar, controlar e melhorar<br />

w Planificar - Para obter um serviço de qualidade é preciso definir que características<br />

esse serviço deve ter. Por exemplo, as quantitativas, como o tempo de resposta nas<br />

reparações, a forma como são geridas as reclamações e o grau de cumprimento do<br />

contrato de manutenção, entre outras. As qualitativas são a confiança, a atenção<br />

e as condições ambientais, só para citarmos algumas.<br />

w Implementar - Significa realizar uma planificação, ou seja, dar formação aos<br />

mecânicos e adquirir recursos necessários para a prestação de cada serviço.<br />

w Controlar - O controlo deve ser efetuado sempre no momento em que estamos<br />

a realizar o serviço, comparando sempre o resultado real com o que estava<br />

planificado. A melhor forma de fazê-lo passa por identificar desvios da planificação<br />

inicial, determinando as causas e os responsáveis. E atuando em conformidade.<br />

O que implica tomar medidas corretivas e preventivas em cada caso concreto.<br />

w Melhorar - É quando, depois de alcança<strong>dos</strong> os níveis planifica<strong>dos</strong>, são traçadas<br />

metas mais ambiciosas e exigentes que conduzem a um grau de perfeição maior<br />

e a uma qualidade de produtos superior.<br />

56 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015


www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 57


Técnica a Máquinas de desmontar pneus<br />

Elevada tecnologia e facilidade<br />

Quando a oficina decide<br />

investir na aquisição<br />

de uma máquina de<br />

desmontar, é importante<br />

pensar no tipo de pneus<br />

e rodas com que trabalha<br />

mais frequentemente,<br />

assim como olhar para as<br />

tendências atuais e futuras<br />

Ao contrário de muitas das empresas<br />

de reparação mecânica, de eletricidade<br />

ou de carroçaria/repintura, cujo<br />

mercado tem passado por grandes<br />

transformações, colocando sérios problemas<br />

de rentabilidade e sustentabilidade às empresas,<br />

as oficinas de pneus têm vivido à<br />

sombra de um oásis, que é o mercado <strong>dos</strong><br />

pneumáticos, onde a procura parece não conhecer<br />

abrandamentos significativos. Para<br />

isso, contribuem as próprias características<br />

do pneu, que é um componente em permanente<br />

desgaste, enquanto usado, mas que se<br />

degrada e tem um limite de validade, mesmo<br />

que não seja usado.<br />

A massificação do automóvel e o crescimento<br />

do parque nacional, europeu e mundial está,<br />

pois, a trabalhar dia e noite para os fabricantes,<br />

distribuidores e operadores do setor <strong>dos</strong><br />

pneus. Outra vantagem das empresas de<br />

pneus é o facto de terem mantido ao logo<br />

<strong>dos</strong> tempos uma clara especialização, que<br />

permite focalizar melhor a atividade e atingir<br />

patamares de eficiência superiores à média<br />

das oficinas do pós-venda automóvel.<br />

w DIVERSIFICAÇÃO DE SERVIÇOS<br />

Mesmo com a perspetiva de radicais modificações<br />

no plano da propulsão automóvel, que<br />

está a desenhar-se dia-a-dia no horizonte, o<br />

mercado e a tecnologia <strong>dos</strong> pneus não sofrerá<br />

grandes alterações, como poderá acontecer<br />

com as peças mecânicas e de carroçaria. Sem<br />

problemas no que respeita ao seu produto<br />

específico - o pneumático – o setor <strong>dos</strong> pneus<br />

está cada vez mais voltado para a diversificação<br />

da oferta de produtos/serviços, como<br />

forma de responder às mais recentes características<br />

da procura por parte <strong>dos</strong> condutores.<br />

As máquinas de desmontar têm merecido atenção especial e são as estrelas de qualquer casa<br />

de pneus, pois desempenham um papel fundamental para impor o ritmo de trabalho<br />

Essa procura manifesta uma clara tendência<br />

para a qualidade global, na qual o serviço<br />

passa a incluir to<strong>dos</strong> os componentes que<br />

influem diretamente no rendimento do pneu,<br />

como é o caso <strong>dos</strong> travões, da direção e da<br />

suspensão. Por inerência, outros consumíveis<br />

estão, igualmente, ao alcance das casas de<br />

pneus (lubrificantes, filtros, escovas limpa-<br />

-vidros, flui<strong>dos</strong>), favorecendo a fidelização da<br />

clientela. O potencial das oficinas de pneus<br />

apresenta-se, portanto, muito significativo a<br />

curto, médio e longo prazo, constituindo um<br />

fator de confiança, favorável ao investimento,<br />

nomeadamente em equipamentos.<br />

w QUALIDADE DE SERVIÇO E PRODUTIVIDADE<br />

O consumidor típico <strong>dos</strong> tempos atuais é<br />

exigente na qualidade de atendimento, na<br />

qualidade de produto/serviço e quanto a<br />

vantagens ou mais-valias oferecidas. Para<br />

satisfazer as características da clientela atual,<br />

é necessário apostar forte na preparação e<br />

na formação <strong>dos</strong> profissionais da empresa.<br />

Mas não é suficiente. A empresa tem, igualmente,<br />

de garantir a máxima rentabilidade, a<br />

fim de poder canalizar para o cliente algumas<br />

vantagens atrativas, sem prejudicar as suas<br />

margens operacionais devidas. Ora, a máxima<br />

rentabilidade só é possível atingir com<br />

equipamentos da mais apurada tecnologia e<br />

com fornecedores com capacidade de apoio<br />

global (manutenção, formação e suporte comercial).<br />

De facto, os equipamentos têm de<br />

realizar as várias tarefas básicas da atividade<br />

associada ao comércio de pneus - montagem/<br />

58 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015


PUB<br />

de utilização<br />

desmontagem, equilíbrio e alinhamento de<br />

direções - no mínimo tempo possível, mas<br />

livrando de danos o pneu e a jante. Obviamente,<br />

equipamentos de grande rapidez de<br />

execução requerem profissionais totalmente<br />

aptos e treina<strong>dos</strong>, sendo incoerente a excelência<br />

do equipamento sem a excelência <strong>dos</strong><br />

recursos humanos.<br />

w PAPEL FUNDAMENTAL NO NEGÓCIO<br />

O conjunto pneu/jante deve ser tão unido e<br />

sólido quanto possível, requerendo forças consideráveis<br />

para montar e desmontar o pneu<br />

da jante. Em termos manuais, essa operação<br />

só é possível em jantes de medidas pequenas<br />

e, mesmo assim, não fica salvaguardada<br />

a integridade do pneu. Nem da jante. Se o<br />

pneu for de grandes dimensões, o tempo para<br />

desmontar manualmente o pneu, ainda que<br />

isso seja possível, torna a operação economicamente<br />

inviável. Estas são as principais razões<br />

que fazem das máquinas de desmontar as<br />

estrelas de qualquer casa de pneus, as quais<br />

têm um papel fundamental para impor o<br />

ritmo de trabalho da empresa. Conscientes<br />

do valor nuclear desta operação, os fabricantes<br />

de equipamentos têm dedicado grande<br />

atenção a este tipo de máquinas, tendo sido<br />

significativamente ajuda<strong>dos</strong> pelo progresso<br />

da eletrónica e da engenharia de produção.<br />

Desta forma, as máquinas de desmontar<br />

pneus das últimas gerações praticamente<br />

realizam todas as operações de forma automática,<br />

podendo mesmo “agarrar” o pneu e<br />

colocá-lo na mesa de trabalho. Outra grande<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 59


Técnica Máquinas de desmontar pneus<br />

Guia de compra<br />

w w Os equipamentos são um investimento<br />

que se destinam a dar retorno, devendo,<br />

essencialmente, gerar economias<br />

de tempo e de meios à oficina. Para se fazer<br />

uma avaliação correta da melhor máquina<br />

de desmontar pneus, é necessário,<br />

em primeiro lugar, calcular o número de<br />

pneus que se pretende trabalhar por dia.<br />

Este cálculo ditará o volume correto do<br />

investimento (números de máquinas, por<br />

exemplo). Além disso, convém garantir as<br />

seguintes condições de compra:<br />

A atual oferta de máquinas de desmontar pneus concilia tecnologia com grande facilidade de<br />

utilização, contribuindo, decisivamente, para a produtividade e rentabilidade das empresas<br />

w w Máquinas de grande qualidade, com<br />

precisão, rapidez e automatizadas. O<br />

equipamento também deve estar preparado<br />

para enfrentar as evoluções e tendências<br />

do mercado, tanto no caso <strong>dos</strong><br />

pneus, como das jantes. Os equipamentos<br />

convencionais não respondem a esta<br />

exigência e estão apenas prepara<strong>dos</strong> para<br />

os veículos que amanhã já terão desaparecido.<br />

vantagem <strong>dos</strong> novos equipamentos deste<br />

tipo é a sua versatilidade, podendo operar<br />

com as mais variadas medidas de jantes/<br />

pneus (até 32” de diâmetro). Essa característica<br />

é fundamental, não apenas para a<br />

produtividade do trabalho, mas, também,<br />

para evitar a existência de um parque de<br />

máquinas extenso, que ocupa espaço precioso<br />

e representa um capital imobilizado<br />

elevado. A qualidade de serviço destas<br />

máquinas e a sua grande produtividade<br />

devem-se a programas eletrónicos com<br />

grandes bases de da<strong>dos</strong> e muito precisos,<br />

auxilia<strong>dos</strong> por diversos sensores coloca<strong>dos</strong><br />

nos pontos vitais do equipamento.<br />

Um especialista do ramo afirmou que as<br />

máquinas de desmontar pneus evoluíram<br />

mais nos últimos oito anos do que nos 40<br />

anos anteriores. Um <strong>dos</strong> fatores que propulsionou<br />

a evolução tecnológica das “desmontadoras”<br />

foi o aparecimento <strong>dos</strong> pneus<br />

Run Flat, com os seus talões ultrareforça<strong>dos</strong>,<br />

monta<strong>dos</strong> em delicadas jantes de alumínio.<br />

Nalguns casos, tiverem de ser cria<strong>dos</strong> acessórios<br />

especiais para ajudar as máquinas<br />

a desmontar certos tipos de pneus. O que<br />

parece ter sido, definitivamente, banido<br />

das “desmontadoras” mais recentes é o<br />

desmontador, a tradicional barra de ferro<br />

com que o operador ajudava a retirar ou<br />

a inserir o talão do pneu na jante. O risco<br />

de causar danos no pneu ou na jante era<br />

real com esse instrumento de trabalho, o<br />

que levou os fabricantes de equipamentos<br />

a pensar noutras soluções.<br />

w CRITÉRIOS DE ESCOLHA<br />

Quando a oficina decide investir na aquisição<br />

de uma máquina de desmontar, é importante<br />

pensar no tipo de pneus e rodas<br />

com que trabalha mais frequentemente,<br />

assim como olhar para as tendências atuais<br />

e futuras. Os diâmetros e larguras das jantes<br />

e <strong>dos</strong> pneus têm vindo a crescer, sendo<br />

boa política optar por uma máquina que<br />

consiga lidar com o maior número de medidas.<br />

Também é bom pensar em pneus de<br />

perfil baixo e do tipo Run Flat, que já são<br />

nichos de mercado com alguma expressão.<br />

É, também, útil pensar na eficiência energética,<br />

porque o mercado tem máquinas a<br />

ar comprimido e elétricas, sendo que estas<br />

podem ser de 230 V ou de 380 V (trifásicas).<br />

O ar comprimido tem a vantagem de servir<br />

para encher os pneus, mas é bom ter presente<br />

que é uma energia de outra energia<br />

(em segunda mão), tendo acumulado já<br />

um certo número de atritos e de ineficiências,<br />

que acabam por pesar na fatura<br />

da energia. Outro fator condicionante é o<br />

espaço disponível na oficina para a nova<br />

máquina. Em termos de tendências, as máquinas<br />

mais evoluídas do mercado já não<br />

utilizam alavancas (desmontas), efetuando<br />

desmontagem por intermédio de grupos<br />

de rodízios.<br />

w w A qualidade do serviço é tão importante<br />

como a qualidade do produto. O<br />

fornecedor tem de estar acessível em todas<br />

as situações e tem de ter um serviço<br />

pós-venda rápido e fiável. Como regra, os<br />

equipamentos não podem estar para<strong>dos</strong>,<br />

envolvendo custos que devem ser rapidamente<br />

amortiza<strong>dos</strong>. Um serviço de qualidade<br />

evita custos de paralisação e to<strong>dos</strong><br />

os impactos negativos que isso implica<br />

para a empresa.<br />

w w Escolher marcas bem conhecidas e<br />

comprovadas no mercado. Trocar sempre<br />

impressões com colegas de profissão que<br />

tenham uma máquina idêntica, se possível.<br />

Nunca comprar um equipamento só<br />

em função do seu preço. O barato pode<br />

sair (muito) caro.<br />

w w Apostar sempre nas funções e nos<br />

acessórios que permitam responder às<br />

exigências do mercado atual e futuro.<br />

w w É igualmente conveniente saber quais<br />

são as homologações que as máquinas<br />

têm por parte <strong>dos</strong> fabricantes de veículos,<br />

pois isso é uma garantia, não só de eficiência,<br />

como de rentabilidade.<br />

w w Optar por uma boa relação preço/<br />

qualidade, tomando por referência o alinhamento<br />

do mercado. Crédito vantajoso,<br />

entrega imediata ou rápida e formação<br />

profissional são condições que nunca se<br />

devem menosprezar ou desperdiçar.<br />

60 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015


ASSOCIAÇÃO<br />

AUTOMÓVEL DE PORTUGAL<br />

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O maior Evento Ibérico do Aftermarket<br />

SIMPÓSIO<br />

IBÉRICO AFTERMARKET<br />

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M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

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Veículos<br />

comunicantes<br />

O futuro do Aftermarket<br />

Organização:<br />

Centro de Congressos do Estoril - Portugal<br />

18 de Março de 2016<br />

Parceiro Oficial:<br />

DIVISÃO DE PEÇAS<br />

E ACESSÓRIOS INDEPENDENTES<br />

Pedro Pinto<br />

Moderador<br />

Oradores<br />

internacionais<br />

Comentadores<br />

espanhóis e<br />

portugueses<br />

Inscreva-se!<br />

www.simposioaftermarket.com<br />

Orador Principal<br />

Hartmut Röhl<br />

Presidente da FIGIEFA<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 61


Avaliação obrigatória<br />

Citroën C4 Cactus 1.2 PureTech Shine<br />

//////////////////<br />

Viver com estilo<br />

Irreverente, apelativo, simples, audacioso, económico, acessível. O Citroën C4 Cactus<br />

permite viver com estilo. A versão a gasolina 1.2 PureTech de 110 cv consiste numa<br />

alternativa aos Diesel para quem não faz muitos quilómetros. E está com uma oferta<br />

promocional de €3.000...<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Lançado em Portugal no dia 20 de<br />

junho de 2014, o C4 Cactus é um<br />

verdadeiro caso de sucesso. Não<br />

há um único dia em que não nos<br />

cruzemos com um na estrada. Seja ele<br />

branco, preto, vermelho ou cinzento. Já<br />

o amarelo e o roxo, são mais difíceis de<br />

ver. O verde e o azul é que raramente se<br />

encontram. A Citroën acertou na mouche<br />

e parece ter encontrado aquele que,<br />

finalmente, pode encarnar o espírito<br />

de liberdade e a popularidade do 2CV.<br />

No seu estilo de crossover, o C4 Cactus<br />

representa uma alternativa às berlinas<br />

compactas, apostando em quatro vetores<br />

que estiveram, de resto, na génese da<br />

sua criação: mais design, mais conforto,<br />

mais tecnologias úteis e um custo mais<br />

contido.<br />

No passado mês de setembro, durante<br />

o Salão de Frankfurt, a Citroën deu a<br />

conhecer as novidades operadas neste<br />

modelo: nova cor para a carroçaria (“jelly<br />

red”), bancos traseiros rebatíveis 60/40<br />

e caixa manual robotizada (ETG6) para<br />

O ecrã tátil de 7” é<br />

um <strong>dos</strong> ex-líbris do<br />

interior, tal como,<br />

aliás, todo o tablier<br />

62 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015


O Pack Habana (€200) confere um encanto especial ao C4 Cactus. Mas existem outras opções de cor<br />

o motor 1.6 BlueHDi de 100 cv. Mas enquanto<br />

essas alterações não chegam,<br />

debrucemo-nos sobre a versão a gasolina<br />

1.2 PureTech de 110 cv, a última que<br />

foi lançada, que consiste numa opção<br />

interessante para quem não percorre<br />

muitos quilómetros.<br />

w PRESENÇA EXUBERANTE<br />

O C4 Cactus nunca passa despercebido.<br />

Seja qual for a sua cor. Tenha ele jantes<br />

pretas ou de dois tons. Integre ele os<br />

Airbump (uma inovação útil, estética<br />

e personalizável, que reforça o design<br />

pelo seu aspeto gráfico e protege a carroçaria,<br />

sendo de série em toda a gama)<br />

em preto, castanho chocolate, cinzento<br />

ou “dune”. As barras pretas no tejadilho<br />

vincam o lado prático e descomprometido<br />

deste arrojado Citroën, que surge<br />

associado a um estilo de vida orientado<br />

para o lazer. Já as inserções em preto nas<br />

cavas das rodas, tampa da bagageira e<br />

para-choques, surgem bem integradas<br />

na carroçaria. Por seu turno, os grupos<br />

óticos, principalmente os dianteiros, reforçam<br />

a presença exuberante.<br />

No C4 Cactus, as opções de personalização<br />

articulam-se em torno de 10 cores exteriores,<br />

quatro tonalidades para os Airbump<br />

e quatro ambientes interiores (tecido “Mica<br />

Grey”; pele “Stone Grey”; “Pack Habana”;<br />

“Pack Purple”). A unidade aqui presente dispõe<br />

de carroçaria em branco “perle” (€600),<br />

Airbump castanho chocolate (€100), “Pack<br />

Habana” (€200), vidros traseiros escureci<strong>dos</strong><br />

e jantes de dois tons, sendo estes dois<br />

últimos itens propostos, de série, na versão<br />

Shine. Mas as características visuais mais<br />

marcantes deste Citroën são, sem dúvida,<br />

os Airbump. Aplica<strong>dos</strong> nas portas e na base<br />

<strong>dos</strong> grupos óticos, destinam-se a garantir<br />

uma proteção real contra as agressões do<br />

quotidiano. A superfície macia do material<br />

plástico de poliuretano contém cápsulas de<br />

ar destinadas à absorção de impactos. Segundo<br />

a Citroën, os Airbump não requerem<br />

manutenção especial e permitem reduzir<br />

os custos de manutenção e reparação em<br />

caso de pequenos toques.<br />

w CONDUÇÃO AGRADÁVEL<br />

Antes de abordarmos o desempenho<br />

dinâmico do C4 Cactus, falemos do habitáculo.<br />

Começando pelo interface de<br />

condução 100% digital e 100% intuitivo,<br />

que assegura uma posição de condução<br />

livre e conectada, com coman<strong>dos</strong> agrupa<strong>dos</strong><br />

em torno de um ecrã tátil de 7”<br />

proposto de série. O airbag do passageiro,<br />

colocado no tejadilho (tecnologia “Airbag<br />

In Roof”), é anunciado como um exclusivo<br />

mundial, oferecendo espaço adicional<br />

ao acompanhante e maior capacidade<br />

de arrumação. Em vez de um painel de<br />

instrumentos tradicional, a Citroën optou<br />

por um ecrã digital. As pegas das portas, o<br />

tablier e o volante de três braços, são outros<br />

detalhes que realçam a irreverência.<br />

Com locais de arrumação presentes em<br />

número bastante razoável, o interior do<br />

C4 Cactus fica-se pelo sofrível no que toca<br />

à qualidade <strong>dos</strong> plásticos e revestimentos.<br />

Bem melhores são o posto de condução e<br />

o equipamento proposto de série. Já a segurança,<br />

contempla os dispositivos que,<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 63


Avaliação obrigatória<br />

Goodyear EfficientGrip<br />

Tecnologia FuelSaving<br />

w O Citroën C4 Cactus que a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> testou vinha equipado<br />

com Goodyear EfficientGrip, de medida 205/50R17 89V em ambos os<br />

eixos. Combinando uma estrutura leve com um composto avançado<br />

do piso, este pneu necessita, de acordo com o seu fabricante, de menos<br />

energia para rolar. O que acaba por traduzir-se em custos mais baixos<br />

com combustível e em emissões de CO2 mais reduzidas em cada viagem.<br />

Já o composto de sílica do piso mantém o pneu a trabalhar durante<br />

um período mais longo, evitando que seja necessário trocá-lo num<br />

curto espaço de tempo. Dotado de uma superfície de piso única e de<br />

uma disposição de lamelas que dispersa a água, o EfficientGrip anuncia<br />

melhor desempenho em piso molhado e distâncias de travagem mais<br />

curtas comparativamente aos outros pneus da sua classe. A condução<br />

confortável e silenciosa que apregoa deve-se ao design <strong>dos</strong> blocos.<br />

Citroën C4 Cactus 1.2 PureTech Shine<br />

MOTOR<br />

Tipo<br />

3 cilindros em linha,<br />

transversal, dianteiro<br />

Cilindrada (cc) 1199<br />

Diâmetro x curso (mm)<br />

75,0x90,5<br />

Taxa de compressão 11,0:1<br />

Potência máxima (cv/rpm) 110/5500<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 205/1500<br />

Distribuição<br />

2 v.e.c., 16 válvulas<br />

Alimentação<br />

injeção direta de gasolina<br />

Sobrealimentação<br />

turbo + intercooler<br />

TRANSMISSÃO<br />

Tração<br />

dianteira com ESP<br />

Caixa de velocidades<br />

manual de 5+ma<br />

DIREÇÃO<br />

Tipo<br />

pinhão e cremalheira<br />

Assistência<br />

sim (elétrica)<br />

Diâmetro de viragem (m) 10,9<br />

TRAVÕES<br />

Dianteiros (ø mm) discos ventila<strong>dos</strong> (266)<br />

Traseiros (ø mm) discos maciços (249)<br />

ABS<br />

sim, com REF+AFU<br />

SUSPENSÕES<br />

Dianteira<br />

pseudo McPherson<br />

Traseira<br />

travessa deformável<br />

Barra estabilizadora frente/trás sim/sim<br />

PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />

Velocidade máxima (km/h) 192<br />

0-100 km/h (s) 9,3<br />

Consumos (l/100 km)<br />

Extra-urbano/Combinado/Urbano 4,0/4,7/5,8<br />

Emissões de CO2 (g/km) 107<br />

Nível de emissões Euro 6<br />

DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />

Cx 0,32<br />

Comprimento/largura/altura (mm) 4157/1729/1480<br />

Distância entre eixos (mm) 2595<br />

Largura de vias frente/trás (mm) 1477/1477<br />

Capacidade do depósito (l) 50<br />

Capacidade da mala (l) <strong>34</strong>8-1170<br />

Peso (kg) 1095<br />

Relação peso/potência (kg/cv) 9,9<br />

Jantes de série<br />

6 1/2Jx17”<br />

<strong>Pneus</strong> de série 205/50R17<br />

PNEUS TESTE<br />

Goodyear EfficientGrip, 205/50R17 89V<br />

Imposto Único Circulação (IUC) €103,82<br />

Preço (s/ despesas) €19.036<br />

Unidade testada €20.016<br />

/////////////////<br />

A praia é um <strong>dos</strong> locais indissociáveis do irreverente Citroën C4 Cactus<br />

hoje, se tornaram indispensáveis. Quanto<br />

ao espaço para ocupantes e bagagem,<br />

este crossover cumpre sem deslumbrar.<br />

O facto de os vidros traseiros disporem<br />

de abertura a compasso, a ausência de<br />

espelho de cortesia do lado do acompanhante,<br />

a inexistência de luz nos lugares<br />

posteriores e a falta de uma função que<br />

permita abrir os vidros dianteiros com<br />

um só toque, são “falhas” que causam<br />

alguma desilusão. Mas era preciso cortar<br />

em algo...<br />

Outra grande aposta do C4 Cactus surge<br />

ao nível da redução <strong>dos</strong> custos operacionais,<br />

eliminando-se o que é supérfluo (não,<br />

a Citroën não se refere ao que, acima, mencionámos).<br />

Tal é possível pela associação<br />

de uma plataforma otimizada a eficientes<br />

motores de última geração, em conjunto<br />

com uma significativa redução de peso,<br />

garantindo-se, assim, uma combinação<br />

entre prazer de condução, eficiência e<br />

economia. O C4 Cactus aqui em análise<br />

está equipado com o motor 1.2 PureTech<br />

de 110 cv, um três cilindros dotado de<br />

turbo, injeção direta e função start/stop,<br />

que traz acoplada caixa manual de cinco<br />

velocidades. Bem escalonada, mas com<br />

um comando algo rui<strong>dos</strong>o e nem sempre<br />

preciso nas solicitações mais exigentes. As<br />

prestações são bastante agradáveis e os<br />

consumos razoáveis. Já o conforto, fica-<br />

-se pelo aceitável. E no que à dinâmica diz<br />

respeito, o C4 Cactus cumpre a sua função<br />

com competência. Não é muito acutilante<br />

nem gera grande entusiasmo.<br />

64 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015


Em estrada Por: Bruno Castanheira<br />

Skoda Fabia Break 1.2 TSI Ambition<br />

Ambição checa<br />

w A carrinha mais compacta da Skoda, a Fabia<br />

Break, atualmente na sua terceira geração, chegou<br />

ao mercado com a ambição de conquistar<br />

jovens famílias. Na bagageira, precisamente<br />

um <strong>dos</strong> trunfos desta proposta checa, uma<br />

vez que dispõe da mala mais volumosa do<br />

segmento, traz racionalidade. Muita. Principalmente,<br />

na versão Ambition, desprovida de<br />

grandes adereços estéticos que a tornariam<br />

mais atraente (e mais dispendiosa...), como<br />

acontece com a mais equipada versão Style.<br />

Seja como for, a Fabia Break, aqui testada com<br />

o motor a gasolina de injeção direta 1.2 TSI de<br />

90 cv, que traz acoplada caixa manual de cinco<br />

velocidades, é uma excelente opção para quem<br />

procura um automóvel versátil, económico e<br />

acessível. Se dúvidas houvesse, basta olhar para<br />

o preço a que é comercializado: €17.141. De-<br />

pois, a sua cilindrada (1197 cc) e o seu nível<br />

de emissões de CO2 anunciado (107 g/km),<br />

fazem com que se enquadre no escalão mais<br />

baixo de IUC. Outra vantagem, portanto. Poder-se-á<br />

dizer que, na especificação Ambition,<br />

o design não encanta e a condução não se pauta<br />

pela emoção, mas a Fabia Break marca pontos<br />

noutras áreas, porventura mais relevantes para<br />

as jovens famílias. O nível de equipamento oferece<br />

tudo o que faz falta, deixando os pequenos<br />

luxos para outras núpcias. Já na segurança,<br />

mesmo tratando-se de uma das versões mais<br />

acessíveis, a Skoda não facilita.<br />

Ficha Técnica<br />

Motor<br />

4 cil. linha,<br />

transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1197<br />

Potência máxima (cv/rpm) 90/5400<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 160/1400<br />

Velocidade máxima (km/h) 185<br />

0-100 km/h (s) 11,0<br />

Consumo comb. (l/100 km) 4,7<br />

Emissões de CO2 (g/km) 107<br />

Preço €17.141<br />

IUC €103,82<br />

<strong>Pneus</strong> teste: Bridgestone Ecopia EP150, 185/60R15 84H<br />

Toyota Auris HB 1.2T Comfort + Pack Sport<br />

Japonês refinado<br />

w Se existem automóveis que não desiludem<br />

em nenhum aspeto e que proporcionam uma<br />

convivência bastante salutar, o novo Auris é<br />

um deles. Num segmento predominantemente<br />

Diesel, a Toyota aposta forte também na versão<br />

Hatchback (cinco portas) equipada com o<br />

motor 1.2 turbo a gasolina de injeção direta,<br />

que faz uso de sistema start/stop e controlo de<br />

variável de abertura das válvulas de admissão<br />

e escape (Dual VVT-i). Os 116 cv e 185 Nm<br />

são transmiti<strong>dos</strong> às rodas dianteiras por intermédio<br />

de uma caixa manual de seis velocidades<br />

particularmente silenciosa e precisa<br />

na engrenagem. Mas grande parte da elevada<br />

competência dinâmica deste Toyota deve-se,<br />

claro, aos pneus. E para manter este familiar<br />

compacto colado à estrada, a marca japonesa<br />

elegeu os Continental ContiSportContact 5,<br />

de medida 225/45R17. Ainda que a direção<br />

pudesse oferecer maior feedback, o novo<br />

Ficha Técnica<br />

Motor<br />

4 cil. linha,<br />

transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1197<br />

Potência máxima (cv/rpm) 116/5600<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 185/1500<br />

Velocidade máxima (km/h) 195<br />

0-100 km/h (s) 10,1<br />

Consumo comb (l/100 km) 4,7<br />

Emissões de CO2 (g/km) 109<br />

Preço €24.247<br />

IUC €103,82<br />

<strong>Pneus</strong> teste: Continental ContiSportContact 5, 225/45R17 91W<br />

Auris prima pela suavidade, pelo conforto e,<br />

sobretudo, pela facilidade. As prestações do<br />

motor (Euro VI) são bastante interessantes,<br />

sendo de destacar ainda o seu reduzido ruído<br />

de funcionamento. De resto, o novo Auris<br />

convence, também, pela qualidade, pelo espaço<br />

disponível para ocupantes e bagagem,<br />

pelo equipamento e pelo posto de condução.<br />

No exterior, o design refrescado ganha alento<br />

com o opcional vermelho “Mica” metalizado<br />

(€410) que reveste a carroçaria e com as jantes<br />

de 17” escurecidas propostas de série no nível<br />

Comfort + Pack Sport.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 65


Em estrada<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

/////////////////<br />

Volvo XC60 D3 Momentum<br />

Melhoria de nota<br />

w Com o novo motor D3 de 150 cv, o Volvo<br />

XC60 registou uma melhoria de nota face à<br />

anterior versão com o mesmo nome. As prestações<br />

subiram, os consumos e as emissões<br />

desceram. O que veio aumentar a agradabilidade<br />

da condução e atribuir novos argumentos<br />

comerciais a este SUV nórdico. Não sendo<br />

a versão mais acessível da gama (pior ainda<br />

no caso da unidade aqui em análise, que<br />

Ficha Técnica<br />

Motor<br />

4 cil. linha Diesel<br />

transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1969<br />

Potência máxima (cv/rpm) 150/4250<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 350/1500<br />

Velocidade máxima (km/h) 190<br />

0-100 km/h (s) 10,0<br />

Consumo comb (l/100 km) 4,5<br />

Emissões de CO2 (g/km) 117<br />

Preço €47.802<br />

IUC €216,37<br />

<strong>Pneus</strong> teste: Pirelli Scorpion Verde, 235/60R18 103V<br />

custa €57.454 devido à presença de €9.652<br />

de opções, entre packs de equipamento e<br />

itens individuais), a D3 Momentum tem o<br />

condão de seduzir. Primeiro, pelo elevado<br />

conteúdo tecnológico que propõe. Depois,<br />

pelos inúmeros dispositivos de segurança<br />

que incorpora. Se a isso juntarmos a ampla<br />

habitabilidade, a bagageira volumosa, o posto<br />

de condução ergonómico e a qualidade acima<br />

da média, estão reuni<strong>dos</strong> os ingredientes<br />

que tornam esta proposta numa receita de<br />

sucesso. Pontos menos favoráveis? Também<br />

existem. Elegemos dois: o comando da caixa<br />

manual de seis velocidades carece de maior<br />

precisão; a motricidade (recorde-se que a unidade<br />

aqui em apreço dispõe de tração apenas<br />

dianteira) é bastante afetada pelo facto de as<br />

rodas da frente revelaram alguma dificuldade<br />

para colocar no solo, cada uma, 75 cv sempre<br />

que o volante não se encontra direito. Nada<br />

de grave, é certo, mas que requer alguma contenção,<br />

lá isso requer.<br />

VW Passat Variant 1.6 TDI Confortline<br />

Classe superior<br />

w O Passat mais evoluído de sempre aqui<br />

está. Ou melhor, a Passat, visto tratar-se de<br />

versão carrinha (Variant). A oitava geração<br />

deste modelo, ainda que no que ao design<br />

diga respeito seja mais uma evolução do que<br />

uma revolução, atingiu um invejável nível<br />

de refinamento. Não tanto pela qualidade<br />

geral, que já era elevada no seu antecessor,<br />

mas mais pela forma surpreendente como<br />

conjuga desempenho dinâmico eficaz com<br />

conforto acima da média. E mesmo tendo<br />

a versão 1.6 TDI de 120 cv, com caixa manual<br />

de seis velocidades, 1485 kg de peso,<br />

as prestações, ainda que não entusiasmem,<br />

estão longe de proporcionar uma condução<br />

pachorrenta. Prova disso, são os valores<br />

anuncia<strong>dos</strong> pela marca alemã: 204 km/h de<br />

velocidade máxima e 11,0 segun<strong>dos</strong> para o<br />

arranque <strong>dos</strong> 0-100 km/h. Números que não<br />

deixam de surpreender. Dotado de um pacote<br />

de tecnologias BlueMotion, a Passat Variant<br />

1.6 TDI revela toda a sua faceta familiar: ampla<br />

habitabilidade; equipamento expressivo;<br />

segurança elevada; bagageira com 650 litros<br />

de capacidade, atingindo os 1780 litros através<br />

do rebatimento <strong>dos</strong> bancos traseiros. O<br />

posto de condução ergonómico e adaptável<br />

a qualquer estatura é outro <strong>dos</strong> pontos fortes<br />

desta carrinha. Tal como o preço. É que face<br />

a tudo o que é proposto, os €35.816 pedi<strong>dos</strong><br />

pela VW para a especificação Confortline<br />

podem considerar-se apelativos.<br />

Ficha Técnica<br />

Motor<br />

4 cil. linha Diesel<br />

transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1598<br />

Potência máxima (cv/rpm) 120/4000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 250/1750<br />

Velocidade máxima (km/h) 204<br />

0-100 km/h (s) 11,0<br />

Consumo combinado (l/100 km) 4,1<br />

Emissões de CO2 (g/km) 107<br />

Preço €35.816<br />

IUC €141,47<br />

<strong>Pneus</strong> teste: Michelin Primacy HP, 215/60R16 95V<br />

66 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2015


HIGH PERFORMENCE, AS EVER<br />

Gripenwheels_pagina.pdf 1 24/09/15 15:49<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

OMNI GRIP<br />

E3/L3<br />

ALL GRIP<br />

E3/L3<br />

DUMPER GRIP<br />

E3.5/L3.5<br />

HAULER GRIP<br />

E4/L4<br />

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E4<br />

Gripen Wheels Ibéria<br />

Centro de Negócios da Maia • Rua de Albino José Domingues, 74 • 2º AT • 4470-0<strong>34</strong> Maia • Portugal<br />

Telef. +351 220991400 • Fax +351 220931936 • info.iberia@gripenwheels.com • www.gripenwheels.com<br />

HILO TIRES<br />

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