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yemag #02

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: De repente, você largou tudo e foi viajar.<br />

Wans: Em novembro de 2008, recebi a notícia sobre a Parangolés.<br />

E, quando pensei em ir para a Índia, um monte de coisas<br />

começou a aparecer. Entrei em contato com muita gente,<br />

porque acredito muito em relacionamento. Essas coisas na<br />

vida são muito conectadas. E quando você abre um canal, a<br />

rede de relacionamentos acontece. Você recebe respostas com<br />

maior clareza quando tem a entrada de diferentes canais. Pensando<br />

nessa viagem, vejo que esse é o caminho que marcas e<br />

redes sociais precisam abraçar. Você tem que estabelecer um<br />

diálogo. Você vai ouvir o que não quer, mas também muita<br />

coisa que quer e que, talvez, nem mesmo saiba.<br />

Como fazer as marcas viajarem pelas redes sem muitos<br />

contratempos?<br />

Antes, é preciso saber quem está falando da sua marca na<br />

rede social. Existem ferramentas para isso. Às vezes, você<br />

nem sabe que está lá, mas já estão falando de você. Então,<br />

o primeiro passo é entender a sua presença ali. O segundo,<br />

é entender quem sãos as pessoas com quem você quer falar.<br />

Aqui na Euro, entendemos que existem os prosumers, pessoas<br />

mais atentas às novidades e mudanças e que viralizam suas<br />

experiências com as marcas mais do que os consumidores<br />

normais. Por isso, a gente diz que, mais importante do que<br />

conhecer o público em geral, é conhecer os prosumers. Na<br />

Euro, o nosso foco é no futuro.<br />

As redes sociais podem fazer a marca se repensar?<br />

Totalmente. Porque, quando você se abre para o diálogo e<br />

começa a ter os insights dos consumidores, você muda. Um<br />

exemplo: a marca de água francesa Evian estava vendo suas<br />

vendas caírem e usou as redes para se reposicionar. Como?<br />

Precisava de uma campanha nova e abriu para os consumidores<br />

colaborarem com a criação da música. O projeto,<br />

conhecido como Evian Roller Babies, teve mais de 100 milhões<br />

de visualizações no YouTube e mais de 500 mil fãs no<br />

Facebook. O que acontece? Se as pessoas se identificam com<br />

o que você está fazendo, elas mesmas espalham a ideia.<br />

É tão importante o que os consumidores falam nas redes?<br />

No que você acredita mais? Em uma marca dizendo que ela<br />

é boa ou em um amigo dizendo que a marca é boa? Existem<br />

três estados. A marca falando de si mesma que é boa.<br />

Os especialistas dizendo isso, o que também é importante.<br />

E o que as pessoas estão falando da marca. Se você consegue<br />

penetrar nesse nível, onde os próprios consumidores estão falando<br />

bem da marca, e as redes sociais estão dando voz para<br />

eles, a marca conquista um público que, antes, não tinha.<br />

Antes, era só a TV falando para um monte de gente; hoje, é<br />

um monte de gente falando para um monte de gente.<br />

Podem falar mal da marca na rede, com ou sem razão, e a<br />

crítica se espalha entre os consumidores. Ela tem de tirar<br />

umas férias para tentar reverter a situação?<br />

Em alguns casos, é melhor você se defender. Em outros, fazer<br />

um mea culpa: eu errei mesmo. A Apple faz isso direto.<br />

O iPhone 4 saiu com um problema na antena e a empresa<br />

falou: ‘erramos, sim, vamos dar algo em troca por isso’. E<br />

tirar “férias” de vez em quando pode ajudar.<br />

Para se repensar?<br />

Volta, faz a lição de casa e retorna com um produto melhor.<br />

Mas o importante é estar atento, não deixar de falar, nem que<br />

seja: ‘estou saindo, mas volto’. Hoje em dia, não se pode ficar<br />

de fora desse diálogo. Ou as marcas aprendem isso ou vão se<br />

dar mal. Porque, cedo ou tarde, vai chegar alguém que sabe<br />

falar melhor a linguagem de seus consumidores. •<br />

magazine 13

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