22.02.2016 Views

Aplicação do SMED para melhoria da capacidade produtiva e redução de desperdício em uma indústria de transformação

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso<br />

Engenharia <strong>de</strong> Produção<br />

2015<br />

Shingo (1996) comenta que preferiu se<strong>para</strong>r <strong>em</strong> três estágios conceituais <strong>para</strong> melhor<br />

compreensão <strong>da</strong> meto<strong>do</strong>logia,mas a rigor, quan<strong>do</strong> se faz a i<strong>de</strong>ntificação <strong>do</strong>s el<strong>em</strong>entos<br />

internos e externos, a se<strong>para</strong>ção e conversão são consequências diretas. A ocorrência <strong>de</strong> um<br />

fato <strong>em</strong> um estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caso <strong>de</strong> Costa et al. (2004), on<strong>de</strong> os autores aplicaram neste estu<strong>do</strong><br />

apenas os estágios 1 e 2, levaram os mesmos a <strong>de</strong>screver que muitas vezes estes <strong>do</strong>is estágios<br />

acabam sen<strong>do</strong> supervaloriza<strong>do</strong>s, levan<strong>do</strong> a <strong>uma</strong> <strong>de</strong>finição errônea <strong>do</strong> que é a <strong>redução</strong> <strong>do</strong><br />

t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> setup. Contu<strong>do</strong>, <strong>da</strong><strong>do</strong> à <strong>de</strong>vi<strong>da</strong> atenção e importância a transferência <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> setup interno <strong>para</strong> setup externo, priorizan<strong>do</strong>-os como o primeiro passo na <strong>redução</strong> <strong>de</strong><br />

t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> setup, as <strong>melhoria</strong>s só serão possíveis com a modificação <strong>de</strong> máquina e eliminação<br />

<strong>de</strong> ajustes, técnicas pertencentes aos terceiro estágio conceitual. McIntosh et al.<br />

(2000)ressaltam que o conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> trabalho e o conjunto total <strong>de</strong> tarefas a ser<strong>em</strong> executa<strong>da</strong>s<br />

não são diminuí<strong>da</strong>s simplesmente pela transferência <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s internas <strong>para</strong> as externas.<br />

Para a implantação <strong>do</strong> <strong>SMED</strong>, além <strong>do</strong>s estágios aponta<strong>do</strong>s, Shingo (2008) propõe<br />

ain<strong>da</strong> o uso <strong>de</strong> oito técnicas, on<strong>de</strong> a técnica 1 t<strong>em</strong> relação direta com o primeiro estágio <strong>do</strong><br />

setup, a técnica 2 relaciona-se ao estágio 2 e as técnicas <strong>de</strong> 3 a 8 refer<strong>em</strong>-se ao estágio<br />

3.Shingo (1996) <strong>de</strong>screve a criação <strong>de</strong> <strong>uma</strong> lista com oito técnicas <strong>de</strong> <strong>redução</strong> <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po <strong>de</strong><br />

setup que são:<br />

Técnica 1 /Estágio preliminar – I<strong>de</strong>ntificação e se<strong>para</strong>ção <strong>da</strong>s Operações <strong>de</strong> Setup Internas e<br />

Externas.<br />

Visa i<strong>de</strong>ntificar e se<strong>para</strong>r, basea<strong>do</strong> nos critérios <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s no estágio 1, as operações <strong>do</strong><br />

setup, relaciona<strong>do</strong>s a matrizes, ferramentais, ferramentas, equipamentos, a ser utiliza<strong>do</strong>, a<br />

movimentação ou <strong>de</strong>slocamento <strong>do</strong> opera<strong>do</strong>r <strong>para</strong> pegar peças, i<strong>de</strong>ntificar as operações e<br />

realizar a se<strong>para</strong>ção <strong>da</strong>s operações i<strong>de</strong>ntifican<strong>do</strong> e se<strong>para</strong>n<strong>do</strong> setup interno e externo, somente<br />

com esta i<strong>de</strong>ntificação e se<strong>para</strong>ção po<strong>de</strong>-se conseguir <strong>uma</strong> <strong>redução</strong> <strong>do</strong> t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> setup interno<br />

entre 30 a 50% (SUGAI, MCINTOSH e NOVASKI, 2007).<br />

Técnica 2 / Estágio 1 – Conversão <strong>do</strong> Setup Interno <strong>em</strong> Setup Externo<br />

A técnica associa<strong>da</strong> ao estágio 1 é consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> como a principal técnica <strong>para</strong> o <strong>SMED</strong>,<br />

basicamente, atingir t<strong>em</strong>pos inferiores a 10 minutos <strong>de</strong> setup seria impossível s<strong>em</strong> a aplicação<br />

<strong>de</strong>sta técnica.Utilizar esta técnica implica <strong>em</strong> verificar to<strong>da</strong>s as operações <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s e<br />

i<strong>de</strong>ntificar se as mesmas foram <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s corretamente entre setup interno e setup externo.<br />

Alg<strong>uma</strong>s máquinas precisam <strong>de</strong> <strong>uma</strong> condição <strong>de</strong> veloci<strong>da</strong><strong>de</strong>, pressão ou t<strong>em</strong>peratura <strong>em</strong><br />

função <strong>do</strong>s el<strong>em</strong>entos, que estas possu<strong>em</strong>, <strong>para</strong> que as mesmas funcion<strong>em</strong> <strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>,<br />

por ex<strong>em</strong>plo, com o pré-aquecimento <strong>de</strong> <strong>uma</strong> matriz é possível fazer a operação com outra<br />

matriz, se algum dispositivo <strong>de</strong> aquecimento estiver disponível (SOUZA, 2009).<br />

As Técnicas 3 a 8 - Refer<strong>em</strong>-se ao estágio 3.<br />

A técnica 3 especificamente (Padronizar a Função, não a forma) t<strong>em</strong> por finali<strong>da</strong><strong>de</strong> a<br />

padronização <strong>da</strong> função garantin<strong>do</strong> a uniformi<strong>da</strong><strong>de</strong> nas peças utiliza<strong>da</strong>s nas operações <strong>de</strong><br />

setup, ou seja, utilizar o mesmo <strong>para</strong>fuso e o mesmo local <strong>de</strong> fixação <strong>para</strong> diferentes<br />

ferramentais (SHINGO, 1996).<br />

Técnica 4 (Utilizar Grampos Funcionais ou Eliminar os Grampos), o <strong>para</strong>fuso como<br />

mecanismo mais utiliza<strong>do</strong> na fixação <strong>de</strong> partes mecânicas entre máquinas e ferramentais, é<br />

um <strong>do</strong>s maiores responsáveis pela per<strong>da</strong> <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po <strong>do</strong> processo e principalmente <strong>do</strong> setup, as<br />

ex<strong>em</strong>plo, é necessário 19 giros <strong>de</strong> 360º (voltas) <strong>para</strong> que <strong>uma</strong> <strong>para</strong>fuso com 20 fios <strong>de</strong> rosca<br />

seja fixa<strong>do</strong> até o último fio <strong>de</strong> rosca, levan<strong>do</strong> assim a um <strong>de</strong>sperdício no t<strong>em</strong>po, levan<strong>do</strong> <strong>em</strong><br />

7

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!