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Jornal das Oficinas 125

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jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

<strong>125</strong><br />

Abril<br />

2016<br />

ANO XI<br />

3 euros<br />

PUB<br />

<strong>Jornal</strong> independente da manutenção e reparação de veículos ligeiros e pesados<br />

2.º SIMPÓSIO IBÉRICO<br />

Viagem<br />

ao futuro<br />

Veículos comunicantes. Reunimos os protagonistas do setor<br />

para fazer uma viagem ao futuro do aftermarket. Foram oito<br />

horas de debates, numa jornada que contou com perto de 400<br />

participantes e que marcou uma nova era nos eventos ibéricos<br />

P.6<br />

P.16<br />

ATUALIDADE<br />

Peças de origem vs peças<br />

equivalentes. O tema não é novo,<br />

mas continua a suscitar dúvi<strong>das</strong><br />

e a gerar confusão no mercado<br />

P.20<br />

ANTEVISÃO<br />

A 3.ª edição da expoMECÂNICA<br />

promete ser a melhor de sempre<br />

P.28<br />

ENTREVISTA<br />

Mónica Alves, responsável da<br />

AutoCrew, fala da expansão da rede<br />

PUB<br />

P.72<br />

MOBIL 1<br />

Diretor comercial da Lubrigrupo<br />

explica os benefícios que as oficinas<br />

independentes têm ao aderir ao<br />

Mobil 1 Workshop Program<br />

P.86<br />

TÉCNICA<br />

PUB<br />

Características e funcionamento<br />

da transmissão automóvel<br />

P.98<br />

IBIZA CUPRA<br />

Com motor de 192 cv e dinâmica<br />

apurada, este Seat está para as curvas<br />

PUB<br />

www.mcoutinhopecas.pt


Noticiário JOTV<br />

23 de fevereiro, 2016<br />

clique para visualizar


Noticiário JOTV<br />

08 de março, 2016<br />

clique para visualizar


02<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Mercado<br />

Evento ibérico<br />

sem paralelo<br />

A importância <strong>das</strong> palavras<br />

A abordagem aos<br />

clientes é preponderante<br />

› A forma como se vendem peças ou serviços nas oficinas é importante e<br />

a abordagem aos clientes é preponderante. Se nos expressarmos de forma<br />

inadequada, o resultado será negativo<br />

Quando avançámos para os preparativos<br />

da 2.ª edição do Simpósio Ibérico<br />

Aftermarket IAM, a equipa do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong><br />

<strong>Oficinas</strong>, em colaboração com a revista<br />

Autopos, tinha um imperativo moral em<br />

mente: elevar, ainda mais, a fasquia do<br />

evento realizado há dois anos. Um objetivo<br />

já de si ambicioso, dado o sucesso<br />

alcançado na 1.ª edição.<br />

Ora, depois de caído o pano sobre o<br />

Centro de Congressos do Estoril, por<br />

onde passaram perto de 400 profissionais<br />

do setor, ouvidos 16 oradores ligados<br />

ao aftermarket, oriundos de vários países,<br />

depois de oito horas de debates acutilantes<br />

e esclarecedores, podemos chegar<br />

à conclusão de que a primeira <strong>das</strong> premissas<br />

que colocámos para juntar o<br />

aftermarket ibérico, pela segunda vez,<br />

tinha sido alcançada. Com distinção,<br />

diga-se em abono da verdade.<br />

Modéstia à parte, desde o tema selecionado<br />

(“Veículos Comunicantes e o<br />

Futuro do Aftermarket”), ao nível de<br />

todos os oradores, até à solução interativa<br />

para conferências iziConference (que<br />

permitiu à plateia colocar questões, em<br />

tempo real, aos oradores), passando pelo<br />

moderador (Pedro Pinto, jornalista da<br />

TVI) e pela zona de entrevistas rápi<strong>das</strong><br />

do JO TV, o 2.° Simpósio Ibérico Aftermarket<br />

IAM elevou a fasquia e revelou<br />

ser um evento sem paralelo no panorama<br />

do aftermarket. Nacional, ibérico e até<br />

mesmo... europeu! Se dúvi<strong>das</strong> houvesse<br />

quanto à capacidade organizativa do<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> e ao respeito que este<br />

título granjeia a nível internacional, o<br />

evento realizado no passado dia 18 de<br />

março, dissipou-as por completo. Quem<br />

esteve presente, pôde acompanhar,<br />

também, o simpósio em direto através<br />

da nossa página de Facebook. Quem não<br />

esteve, pôde seguir o evento em tempo<br />

real através de live streaming. Ao longo<br />

do dia, multiplicaram-se os elogios e as<br />

felicitações pela organização do evento.<br />

Uma coisa é certa: há um antes e um<br />

depois na história dos eventos dedicados<br />

ao aftermarket. E fica, desde já, a promessa<br />

de uma terceira edição, que será<br />

realizada em março de 2018.<br />

Provavelmente, o requisito mais<br />

importante que o comprador espera<br />

do vendedor é que este tenha<br />

um conhecimento profundo dos artigos<br />

que está a tentar vender e que seja capaz<br />

de responder às questões que lhe são<br />

coloca<strong>das</strong> relativamente à história, fabrico,<br />

distribuição e utilizações do respetivo<br />

produto.<br />

Para obter o maior êxito possível, é<br />

necessário ter não só um conhecimento<br />

profundo dos produtos e <strong>das</strong> políticas,<br />

DIRETOR<br />

João Vieira<br />

joao.vieira@apcomunicacao.com<br />

Redação<br />

Bruno Castanheira<br />

bruno.castanheira@apcomunicacao.com<br />

Jorge Flores<br />

jorge.flores@apcomunicacao.com<br />

Diretor Comercial<br />

Mário Carmo<br />

mario.carmo@apcomunicacao.com<br />

Gestores de clientes<br />

Paulo Franco<br />

paulo.franco@apcomunicacao.com<br />

Rodolfo Faustino<br />

rodolfo.faustino@apcomunicacao.com<br />

Imagem<br />

António Valente<br />

Multimédia<br />

Catarina Gomes<br />

como estar familiarizado com a maioria<br />

dos métodos de comercialização. Assim<br />

como acreditar piamente no seu trabalho,<br />

acreditar no que se afirma, no que<br />

se vende e, acima de tudo, colocar a<br />

dinâmica correta no trabalho.<br />

■ ATENÇÃO ÀS PALAVRAS<br />

A utilização de palavras pouco comuns<br />

na explicação de uma proposta é excessivamente<br />

perigosa para o sucesso. É<br />

melhor expressar-se através de uma lin-<br />

Arte<br />

Hélio Falcão<br />

Serviços administrativos e contabilidade<br />

financeiro@apcomunicacao.com<br />

Periodicidade – Bimestral<br />

Assinaturas<br />

assinaturas@apcomunicacao.com<br />

© Copyright<br />

Nos termos legais em vigor é totalmente interdita a utilização<br />

ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte,<br />

sem a autorização prévia e por escrito do JORNAL DAS OFICINAS<br />

Impressão<br />

FIG, Indústrias Gráficas, S.A.<br />

Rua Adriano Lucas, 3020 - 265 Coimbra – Telef.: 239 499 922<br />

N.º de Registo no ERC: 124.782<br />

Depósito Legal nº: 201.608/03<br />

Tiragem – 10.000 exemplares<br />

.es<br />

Parceiro<br />

em Espanha<br />

guagem simples e clara, que poderá ser<br />

compreendida de imediato, do que demonstrar<br />

uma formação superior a alguém<br />

que pode, ou não, ter tido essa<br />

vantagem.<br />

A utilização excessiva de superlativos<br />

é um dos erros mais comuns e graves. O<br />

mais correto é não subestimar ou sobrestimar,<br />

mas apresentar factos de forma<br />

convincente e exata. A utilização de expressões<br />

«melhor do mundo» e «sem<br />

igual» impressionam desfavoravelmente<br />

Edição<br />

AP COMUNICAÇÃO<br />

Propriedade<br />

João Vieira Publicações, Unipessoal, Lda.<br />

Sede<br />

Bela Vista Office, Sala 2.29 – Estrada<br />

de Paço de Arcos, 66 - 66A, 2735 - 336<br />

Cacém - Portugal<br />

GPS<br />

38º45’51.12”N - 9º18’22.61”W<br />

Tel.<br />

+351 219 288 052/4<br />

Fax<br />

+351 219 288 053<br />

Email<br />

geral@apcomunicacao.com<br />

Abril I 2016<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

03<br />

o ouvinte. Uma afirmação exagerada<br />

reduz a credibilidade da mesma e de<br />

quem a profere. Afirmações exatas e<br />

simples inspiram confiança — confiança<br />

esta que é encarada como um passo em<br />

frente para concretizar a venda.<br />

A boa formação tem de ser posta em<br />

prática, tem de ser praticada, praticada<br />

e... praticada! A boa formação leva tempo<br />

a sortir efeito, as capacidades são desenvolvi<strong>das</strong><br />

ao longo do tempo e a experiência<br />

cria técnicas de precisão. Uma<br />

execução descuidada e interações negativas<br />

com os clientes levarão, instantaneamente,<br />

a resultados negativos.<br />

■ RESPOSTAS NEGATIVAS<br />

LEVAM A RESULTADOS NEGATIVOS<br />

A seguir, vamos abordar cinco inícios<br />

de frase ou respostas negativas. E cinco<br />

opções positivas.<br />

Eis cinco coisas de que os clientes não<br />

gostam:<br />

l Não gostam que lhes digamos aquilo<br />

que não sabemos;<br />

l Não querem saber aquilo que não sabemos<br />

fazer;<br />

l Não gostam que lhes digamos aquilo<br />

que têm de fazer;<br />

l Não gostam de esperar;<br />

l Não gostam que lhes digamos “não”.<br />

“Não sei” vs “Irei saber”<br />

01 Ninguém sabe a resposta para<br />

to<strong>das</strong> as perguntas, mas é importante a<br />

forma como se responde. Os clientes não<br />

o procuram ou não lhe pagam para lhes<br />

dizer o que não sabe.<br />

“Não sei” soa melhor quando diz “É uma<br />

boa questão. Posso tentar saber para<br />

informá-lo?” Ou “Aposto que consigo<br />

descobrir isso para informá-lo”. Ou ainda<br />

“Gostaria de pesquisar um pouco antes<br />

de dar-lhe uma resposta”.<br />

Não se esqueça que alguns clientes já<br />

se sentem ignorantes pelo facto de colocarem<br />

questões. Se nós, os especialistas,<br />

não soubermos, eles podem<br />

responder frequentemente “Eu não percebo<br />

muito de carros”, dado que se sentem<br />

incomodados. Não faça com que o<br />

cliente se sinta incomodado pelo facto<br />

de dizer “Não sei”.<br />

“Não consigo fazer isso. vs<br />

02 “Deixe-me ver o que posso<br />

fazer”<br />

Quando responde a um pedido de um<br />

cliente com “Não conseguimos fazer isso”,<br />

até pode ser verdade, mas soa como algo<br />

rude. É quase como uma bofetada verbal<br />

na cara! Surgem muitos pedidos de clientes,<br />

seja por telefone ou presencial, que<br />

não poderá satisfazer, mas as pessoas<br />

não telefonam nem o procuram para<br />

descobrirem o que não consegue fazer.<br />

Uma resposta delicada, como, por exemplo,<br />

“Quer que eu faça uma pesquisa ou<br />

lhe recomende uma alternativa?” demonstra<br />

uma preocupação genuína.<br />

“Tem de…” vs “O que posso<br />

03 fazer é...”<br />

É impressionante o número de pessoas<br />

que não percebe nada acerca de peças<br />

e manutenção automóvel, mas que, no<br />

entanto, quando lhes responde a uma<br />

pergunta, se sentem incomodados por<br />

lhes dizer o que devem fazer.<br />

Dizer às pessoas o que fazer é, no mínimo,<br />

rude. As pessoas, em geral, são<br />

demasiado sensíveis. É recomendável<br />

uma resposta como “Talvez deva considerar…”<br />

ou “Aqui tem uma ideia que<br />

talvez ajude.” Como bónus adicional, é<br />

recomendável uma inflexão de voz e uma<br />

linguagem corporal positivas. Todos os<br />

pormenores ajudam.<br />

To<strong>das</strong> elas são potenciais aniquiladores<br />

de ven<strong>das</strong>.<br />

Portanto, consideremos as opções positivas:<br />

“Espere!” vs “Pode aguardar<br />

04 um pouco?”<br />

É engraçado ouvirmos as pessoas ao<br />

telefone dizerem-nos que nos atenderão<br />

“num segundo” ou perguntarem “Pode<br />

aguardar um minuto?”. É óbvio que um<br />

minuto passa rapidamente para quem<br />

faz esperar e lentamente para quem está<br />

à espera. Na realidade, é melhor ser o<br />

mais honesto possível sem perder a pessoa<br />

que está em linha. “Estamos muito<br />

ocupados neste momento. Pode aguardar<br />

um pouco?”.<br />

“Não” vs “Sim”<br />

05 Quando alguém inicia uma frase<br />

ou uma resposta com a palavra “não”,<br />

torna-se difícil reverter a situação. Um<br />

“não” expressa a ideia de rejeição. Um<br />

“não” é como uma enorme parede que<br />

se tem de escalar. Não se pode ir à volta,<br />

nem se consegue ultrapassar. Não inicie<br />

uma resposta com “Não”. A experiência<br />

demonstra que, independentemente da<br />

delicadeza com que se diga, “Não” é uma<br />

palavra forte. Para desenvolver melhor<br />

as suas capacidades, permita que os seus<br />

colegas avaliem o seu desempenho e<br />

façam uma crítica construtiva.<br />

As palavras importam. Portanto, escolha-as<br />

sabiamente.<br />

Publicidade<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016


04<br />

Destaque<br />

Parceria<br />

Mais informações em: www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com/melhormecatronico/<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

MELHOR<br />

2016 |<br />

MECATRÓNICO<br />

Campanha anual<br />

Técnico de Mecatrónica Automóvel<br />

Uma profissão com muito futuro<br />

Um técnico de Mecatrónica Automóvel exerce uma profissão cada vez mais procurada pelas oficinas,<br />

principalmente por aquelas que querem acompanhar a evolução tecnológica dos veículos e dos<br />

novos sistemas de diagnóstico e reparação. E se existem profissões com futuro, esta é uma delas<br />

As atividades associa<strong>das</strong> à reparação<br />

de veículos integram-se no<br />

domínio da manutenção. Trata-se<br />

de uma área transversal de grande importância<br />

no tecido empresarial português,<br />

que joga um papel determinante<br />

na otimização dos processos, designadamente<br />

através da introdução de melhorias<br />

contínuas nos equipamentos,<br />

sistemas e/ou instalações.<br />

A manutenção de veículos a motor tem<br />

assumido importância crescente. Por um<br />

lado, porque os sistemas mecânicos e<br />

eletrónicos que equipam os veículos têm<br />

vindo a tornar-se mais complexos, exigindo<br />

mestria cada vez mais especializada<br />

na sua reparação. Por outro, porque<br />

a manutenção desses sistemas assume<br />

um papel-chave na otimização dos processos,<br />

assim como na redução dos custos<br />

dos consumos em energia e fluidos<br />

para proteção ambiental.<br />

O exercício <strong>das</strong> atividades desta área<br />

tem estado associado a baixas habilitações<br />

e a tarefas pouco qualificantes e<br />

pouco valoriza<strong>das</strong>, sendo premente a<br />

mobilização e atração de mão de obra<br />

jovem e/ou qualificada para o setor.<br />

No âmbito do mercado da reparação<br />

e manutenção automóvel, destaca-se a<br />

necessidade de desenvolver competências<br />

ao nível <strong>das</strong> atividades de diagnóstico<br />

de avarias/sinistros (peritagens), <strong>das</strong><br />

normas e regras de segurança pública,<br />

<strong>das</strong> normas de segurança, higiene, saúde,<br />

ambiente e qualidade, bem como conhecimentos<br />

profundos de gestão de<br />

contratos e legislação.<br />

Salientam-se, igualmente, as competências<br />

sociais cada vez mais requeri<strong>das</strong><br />

nestes contextos. Em primeiro lugar,<br />

porque as atividades de reparação são<br />

crescentemente realiza<strong>das</strong> em equipas<br />

de trabalho e, em segundo, porque em<br />

complemento às tarefas operacionais da<br />

manutenção, é cada vez maior a importância<br />

da componente prestação de<br />

serviço e relação/aproximação ao cliente.<br />

n COMPETÊNCIA E CONHECIMENTO<br />

O Mecatrónico Automóvel é o profissional<br />

que executa, de modo autónomo,<br />

o diagnóstico e a reparação dos sistemas<br />

mecânicos, elétricos e eletrónicos de<br />

veículos automóveis, interpretando e<br />

analisando esquemas elétricos, manuseando<br />

aparelhos de medida, diagnosticando,<br />

reparando e verificando<br />

motores a gasolina e Diesel. Mas não só.<br />

Sistemas de ignição, de alimentação, de<br />

sobrealimentação, de arrefecimento, de<br />

lubrificação, de transmissão, de direção,<br />

de suspensão, de travagem, de carga,<br />

de arranque, de segurança, de conforto,<br />

de comunicação e de informação. Tudo<br />

tarefas que o mecatrónico automóvel<br />

executa, organizando e controlando a<br />

qualidade do trabalho.<br />

Abril I 2016<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Patrocinadores<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

05<br />

solutions<br />

for<br />

your<br />

business<br />

soluções para o seu negócio<br />

Conheça as<br />

competências<br />

do Mecatrónico<br />

Automóvel (II Parte)<br />

Sistemas de ignição,<br />

alimentação, sobrealimentação<br />

e antipoluição<br />

l Verificar o funcionamento e o<br />

estado de conservação dos diferentes<br />

componentes dos sistemas<br />

de ignição, de alimentação, de<br />

sobrealimentação e de antipoluição.<br />

Corrigir as anomalias efetuando<br />

operações de reparação<br />

ou substituição de componentes.<br />

Ensaiar os sistemas efetuando os<br />

testes adequados.<br />

Sistemas de arrefecimento<br />

e de lubrificação do motor<br />

l Verificar o funcionamento e o<br />

estado de conservação dos diferentes<br />

componentes dos sistemas<br />

de arrefecimento e lubrificação.<br />

Corrigir as anomalias dos sistemas<br />

de arrefecimento e lubrificação.<br />

Ensaiar os sistemas efetuando os<br />

testes adequados, com equipamentos<br />

de ensaio, a fim de comprovar<br />

o correto funcionamento<br />

dos mesmos.<br />

Sistemas de carga e de<br />

arranque de automóveis<br />

l Verificar o funcionamento e o<br />

estado de conservação dos diferentes<br />

componentes dos sistemas<br />

de carga e de arranque, utilizando<br />

os equipamentos de diagnóstico<br />

adequados. Corrigir as anomalias<br />

dos sistemas de carga e de arranque,<br />

efetuando operações de reparação<br />

ou de substituição de<br />

componente. Ensaiar os sistemas<br />

reparados, efetuando os testes<br />

adequados.<br />

Sistemas de segurança ativa<br />

e passiva<br />

l Verificar o funcionamento e o<br />

estado de conservação dos diferentes<br />

componentes dos sistemas<br />

de segurança ativa (ABS, EBD e<br />

controlo de tração, entre outros)<br />

e de segurança passiva (airbags,<br />

pré-tensores de cintos de segurança,<br />

entre outros), utilizando os<br />

equipamentos de diagnóstico<br />

adequados. Corrigir as anomalias<br />

dos sistemas. Ensaiar os sistemas<br />

de segurança ativa e de segurança<br />

passiva reparados, efetuando os<br />

testes adequados.<br />

“Gosto de enfrentar desafios”<br />

Porque escolheu a profissão de mecatrónico<br />

automóvel? É uma paixão antiga?<br />

Sim, é. Começou quando conheci um colega<br />

nos tempos iniciais do secundário que já<br />

tinha a paixão por automóveis superdesportivos<br />

e despertou o meu interesse. Interesse<br />

esse que ainda dura.<br />

Quando começou a trabalhar na profissão?<br />

Comecei a trabalhar há cerca de nove anos,<br />

na Mercedes-Benz Comercial, em Sintra, e<br />

continuo até aos dias de hoje.<br />

Que dificuldades encontrou?<br />

Após ter frequentado o curso de Mecatrónica<br />

Automóvel durante três anos, ao entrar<br />

para o mundo de trabalho não tinha ainda<br />

o ritmo laboral pretendido, mas, rapidamente,<br />

adaptei-me. Quando se gosta do que se faz,<br />

não é difícil.<br />

Que reação têm as pessoas quando diz<br />

que é mecatrónico automóvel?<br />

A reação, por norma, é de dúvida, pois nem<br />

to<strong>das</strong> as pessoas têm o conhecimento exato<br />

do que faz um mecatrónico automóvel.<br />

Quais as vantagens de trabalhar numa<br />

área complexa como esta, numa marca<br />

como a Mercedes-Benz?<br />

Além de ser um privilégio trabalhar numa<br />

marca conceituada como a Mercedes-Benz,<br />

a principal vantagem é encontrar desafios<br />

novos todos os dias, visto pertencer a uma<br />

marca que está na vanguarda da tecnologia.<br />

O que deve oferecer, atualmente, uma<br />

oficina aos clientes que a visitam?<br />

Nada mais nada menos do que um serviço<br />

de excelência, onde impere transparência,<br />

cordialidade e simpatia para com os clientes.<br />

Continua a frequentar ações de formação?<br />

Considera que é importante manter-se<br />

atualizado com as novas tecnologias?<br />

Continuo e, obviamente, que acho muito<br />

importante a formação, pois só se pode diagnosticar<br />

assertivamente um problema num<br />

determinado produto, quando se tem o<br />

conhecimento total do mesmo.<br />

O que é necessário para ser um mecatrónico<br />

de excelência?<br />

Ter brio no trabalho que se faz, ser profissional<br />

sempre, para que o resultado do nosso<br />

trabalho seja rápido e com qualidade.<br />

Que conselhos daria a um jovem que<br />

pretende seguir a profissão de mecatrónico<br />

automóvel?<br />

Diria que é uma profissão de futuro promissor<br />

e que nunca pare de querer aprender<br />

mais na área, com esforço e dedicação.<br />

Participe no Concurso Melhor Mecatrónico 2016<br />

Responda ao questionário online em www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com/melhormecatronico/<br />

QUESTIONÁRIO II<br />

Enquanto o termóstato não abrir,<br />

01 o líquido de refrigeração não circula<br />

para:<br />

a) Camisas de refrigeração<br />

b) A cabeça do motor<br />

c) A bomba de água<br />

d) O radiador<br />

Qual a finalidade da bomba injetora<br />

02 num motor Diesel?<br />

a) Puxar o gasóleo até aos cilindros<br />

b) Dosear e enviar o gasóleo sob pressão<br />

aos injetores<br />

c) Puxar o gasóleo sob pressão e fazer<br />

a mistura ar/gasóleo<br />

d) Aspirar o gasóleo e enviá-lo ao<br />

coletor da bomba de alimentação<br />

Se a junta que une o coletor de admissão<br />

à cabeça não vedar bem:<br />

03<br />

a) Derrama-se a gasolina e o motor pára<br />

b) Há fugas de ar e a mistura enriquece<br />

c) Entra mais ar e a mistura empobrece<br />

d) Há fugas de gasolina e a mistura<br />

empobrece<br />

O rotor do alternador:<br />

04<br />

a) Recebe corrente contínua<br />

b) Gera corrente contínua<br />

c) Recebe corrente alternada<br />

d) Gera corrente alternada<br />

Ao substituir os casquilhos do motor<br />

05 de arranque devo:<br />

a) Lubrificar os casquilhos com massa<br />

consistente<br />

b) Mergulhar os casquilhos em óleo<br />

antes de colocá-los<br />

c) Os casquilhos não devem levar<br />

substâncias gordurosas<br />

d) Nenhuma <strong>das</strong> anteriores<br />

Qual a consequência que pode surgir<br />

se houver uma fuga entre a saída<br />

06<br />

do compressor e a admissão do motor,<br />

numa viatura automóvel equipada com<br />

turbocompressor?<br />

a) Diminuição da pressão de<br />

sobrealimentação<br />

b) Excesso de consumo de óleo<br />

c) Admissão de corpos estranhos no motor<br />

d) Contaminação do óleo de lubrificação<br />

do turbocompressor<br />

Nos equipamentos digitais, qual<br />

07 é o elemento que capta a informação<br />

e a envia para uma unidade<br />

eletrónica de comando?<br />

a) Sensores<br />

b) Multiplicador<br />

c) Coroa de impulsos<br />

d) Descodificador digital<br />

Quando se desmonta um airbag do<br />

08 lado do condutor, qual <strong>das</strong> seguintes<br />

operações deve ser feita em primeiro<br />

lugar?<br />

a) Centrar o volante<br />

b) Desligar a ignição e a bateria<br />

c) Desapertar o parafuso que fixa o<br />

esqueleto do volante<br />

Rodolfo Sobreira, mecatrónico<br />

da Mercedes-Benz Comercial<br />

d) Desligar todos os aparelhos ou luzes<br />

que possam estar a consumir energia<br />

Qual a função do diferencial do automóvel?<br />

09<br />

a) Evitar que as ro<strong>das</strong> motrizes patinem<br />

b) Evitar que os veios de transmissão<br />

se danifiquem no arranque<br />

c) Dar uma maior potência de tração ao<br />

veículo ao descrever uma curva<br />

d) Permitir que as ro<strong>das</strong> motrizes tenham<br />

diferentes velocidades ao descreverem<br />

uma curva<br />

Um excesso de convergência ou divergência<br />

dá origem a:<br />

10<br />

a) Diminuição do consumo de combustível<br />

b) Descentragem do volante<br />

c) Dificulta o andamento do veículo,<br />

ocasionando-lhe uma espécie de<br />

travagem constante<br />

d) Um menor aquecimento dos pneus<br />

NOTA: Este questionário apenas pode<br />

ser respondido online<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com/melhormecatronico/<br />

Está ativo de 1 a 30 de abril<br />

Não perca a oportunidade de participar no<br />

primeiro concurso de âmbito nacional para<br />

eleger o Melhor Mecatrónico 2016. Ponha<br />

à prova aquilo que sabe, concorra e ganhe!<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016


R<br />

ASSOCIAÇÃO<br />

DIVISÃO DE PEÇAS AUTOMÓVEL DE PORTUGAL<br />

E ACESSÓRIOS INDEPENDENTES<br />

06<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Evento<br />

2.º Simpósio Ibérico Aftermarket IAM 2016<br />

Conectado<br />

ao futuro<br />

› Há um antes e um depois na história dos eventos ibéricos<br />

dedicados ao aftermarket. Com cerca de 400 participantes,<br />

16 oradores e uma maratona de oito horas de debates, o<br />

2.° Simpósio organizado pelo <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> e pela<br />

revista Autopos esteve conectado ao futuro<br />

Por: Bruno Castanheira e Jorge Flores<br />

Se dúvi<strong>das</strong> houvesse quanto à capacidade<br />

organizativa do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> e ao<br />

respeito que este título granjeia a nível<br />

internacional, o 2.° Simpósio Ibérico Aftermarket<br />

IAM dissipou-as por completo. Desde a escolha<br />

do tema (Veículos Comunicantes e o Futuro do<br />

Aftermarket) até à solução interativa para conferências<br />

(iziconference), o evento teve um<br />

sucesso estrondoso. A todos os níveis. Com cerca<br />

de 400 profissionais presentes (praticamente<br />

izigo.pt<br />

Abril I 2016<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

07<br />

Veja o vídeo em jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

convívio. Pela zona de entrevistas rápi<strong>das</strong><br />

do JO TV, passaram nomes como Hartmut<br />

Röhl (presidente da FIGIEFA), Ben Smart<br />

(diretor de marketing da Divisão Global<br />

de Peças e Serviço da TRW), Joaquim<br />

Candeias (presidente da DPAI) ou Manuel<br />

Félix (diretor-geral da Euro Tyre).<br />

Quem não esteve presente, pôde acompanhar<br />

o simpósio em direto através de<br />

live streaming. Quem esteve, ia seguindo,<br />

também, o colóquio em tempo real através<br />

da página de Facebook do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong><br />

<strong>Oficinas</strong>. Tal como as questões coloca<strong>das</strong><br />

aos oradores e as avaliações efetua<strong>das</strong><br />

ORGANIZAÇÃO:<br />

O evento foi<br />

acompanhado, em direto,<br />

através da página de<br />

Facebook e live streaming<br />

1<br />

2<br />

3<br />

4<br />

5<br />

mais 50% do que no primeiro simpósio,<br />

realizado em 2014), 16 oradores internacionais<br />

e uma maratona de oito horas<br />

de debates, esta segunda edição, que<br />

teve lugar no Centro de Congressos do<br />

Estoril, no passado dia 18 de março, elevou<br />

a fasquia e marcou um ponto de<br />

viragem no que às ações dedica<strong>das</strong> ao<br />

aftermarket diz respeito.<br />

Moderado por Pedro Pinto, jornalista<br />

da TVI, o 2.° Simpósio Ibérico Aftermarket<br />

IAM teve início com o discurso de boas-<br />

-vin<strong>das</strong> levado a cabo pelos dois anfitriões:<br />

João Vieira, diretor do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong><br />

<strong>Oficinas</strong>, e Miguel Angel Prieto, diretor<br />

da revista Autopos. Nada menos do que<br />

seis painéis, um período de debate na<br />

parte da manhã, uma apresentação levada<br />

a cabo pelo patrocinador diamante<br />

(Euro Tyre) e uma mesa redonda na parte<br />

da tarde, compuseram o programa <strong>das</strong><br />

festas. Onde não faltou coffee break, almoço<br />

e networking, para além, claro, de<br />

trocas de impressões e de momentos de<br />

quer aos discursantes quer ao evento,<br />

facto só possível graças à solução izi-<br />

Conference. E nem a tradução simultânea<br />

para português, espanhol e inglês<br />

faltou. Ao longo do dia, multiplicaram-<br />

-se os elogios e as felicitações pela organização<br />

deste evento de elevada<br />

magnitude. Houve até quem tivesse<br />

perguntado já pela próxima edição. O<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> está em condições<br />

de adiantar que será em março de 2018.<br />

Os “desejos” dos players do aftermarket<br />

são sempre ouvidos.<br />

6<br />

1 Foram muitos os participantes<br />

que encheram o auditório do<br />

Centro de Congressos do Estoril<br />

2 O simpósio foi o ponto de<br />

encontro dos profissionais do<br />

setor 3 João Vieira (diretor do<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>) abriu a<br />

cerimónia, na presença de Miguel<br />

Angel Prieto (diretor da revista<br />

Autopos) 4 Sadhna Monteiro (à<br />

esq.), da Liqui Moly, com Raquel<br />

Marinho, da Bosch Car Service 5<br />

Hartmut Röhl no flash interview 6<br />

Pausa nos trabalhos para almoço<br />

6<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016


08<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Evento<br />

1.° PAINEL<br />

A voz do aftermarket independente<br />

“Hoje, a cadeia de<br />

valor do aftermarket<br />

independente contempla<br />

3,5 milhões<br />

de colaboradores”<br />

HARTMUT RÖHL, FIGIEFA<br />

O<br />

1.° painel do simpósio foi subordinado<br />

ao tema “Evolução da<br />

Regulamentação do Pós-Venda<br />

Automóvel e Impacto da Telemática no<br />

Setor da Reparação”. E teve como orador<br />

nada mais nada menos do que a voz<br />

do aftermarket independente.<br />

Hartmut Röhl, presidente da<br />

FIGIEFA (International Federation<br />

of Automotive Aftermarket<br />

Distributors),<br />

começou por fazer uma<br />

retrospetiva deste organismo.<br />

Fundada em 1956,<br />

a FIGIEFA é a federação internacional<br />

dos distribuidores<br />

independentes do<br />

pós-venda automóvel. Como o próprio<br />

fez questão de frisar, “a associação foi<br />

criada ainda antes da União Europeia.<br />

No início, começou por ser um grupo<br />

de amigos e, hoje, é a voz do aftermarket<br />

independente”. A FIGIEFA contempla 20<br />

membros europeus e mais de 30.000<br />

empresas que operam no comércio de<br />

peças, componentes e acessórios automóveis,<br />

dando emprego a 375.000 pessoas.<br />

É ela quem defende os interesses<br />

dos seus associados perante as instituições<br />

europeias e internacionais. O seu<br />

papel é monitorizar e acompanhar<br />

a criação de projetos-lei, com<br />

o intuito de assegurar uma<br />

concorrência livre e efetiva<br />

no setor.<br />

Hoje, a cadeia de valor<br />

do aftermarket independente<br />

contempla 3,5<br />

milhões de colaboradores,<br />

distribuídos por mais<br />

de 500.000 empresas. Depois<br />

de ter revelado que o<br />

setor automóvel é, depois do imobiliário,<br />

o mais importante para os consumidores,<br />

Hartmut Röhl deu conta que o ramo<br />

automóvel é dos mais regulados do<br />

mundo. Facto a que não é alheio o Block<br />

Exemption Regulation (BER), que trouxe<br />

liberdade de escolha e concorrência<br />

efetiva. No caso concreto da telemática,<br />

à semelhança do que acontece com o<br />

direito à reparação (o consumidor é livre<br />

de escolher onde quer que o seu veículo<br />

seja intervencionado sem perder a garantia<br />

do fabricante), também o direito<br />

à informação do veículo e com quem o<br />

proprietário a partilha deve ser decisão<br />

deste. “A FIGIEFA está a fazer tudo para<br />

que o acesso à informação dos veículo<br />

esteja acessível ao aftermarket independente<br />

e não apenas aos construtores de<br />

veículos”, concluiu.<br />

2.° PAINEL 3.° PAINEL<br />

A Internet no centro do mundo<br />

250 M de veículos conectados em 2020<br />

THOMAS SCHIEUX, ICDP<br />

DAVID WINTER, TecAlliance<br />

Foi o segundo orador a entrar em<br />

cena. Thomas Schieux, diretor do<br />

ICDP (International Car Distribution<br />

Programme) em França, centrou<br />

o seu discurso na “Análise e Tendências<br />

do Aftermarket na Europa”. Não sem<br />

antes revelar que o ICDP nasceu há<br />

quase 20 anos. Para, depois, revelar<br />

dados do aftermarket: “Entre 2009 e<br />

2012, a manutenção e reparação automóvel<br />

registou uma quebra na Europa,<br />

à exceção do Reino Unido, que<br />

cresceu durante esse período (1% em<br />

volume e 3% em valor)”. Segundo<br />

Thomas Schieux, desde 2008 que o<br />

aftermarket independente tem vindo<br />

a melhorar a sua posição, apesar da<br />

magnitude da mudança variar entre<br />

os mercados. Espanha foi o país que<br />

evidenciou o ganho mais substancial.<br />

E o futuro do aftermarket, o que lhe<br />

reserva? Thomas Schieux não é<br />

especialista em futurologia<br />

mas arrisca uma previsão:<br />

“No ano de 2020, a reparação<br />

e manutenção<br />

deverá diminuir na Europa,<br />

em média, cerca de<br />

8% em termos de volume,<br />

esperando-se que caia<br />

menos em termos de valor”.<br />

Interessante é o facto de os players<br />

independentes ocuparem uma posição<br />

de líderes na maioria dos países<br />

da Europa Ocidental, tendo vindo a<br />

melhorar a sua posição em todos os<br />

territórios desde 2008. E o número de<br />

oficinas independentes cairá 4,7% em<br />

2020 (<strong>das</strong> 124.000 em 2012 para<br />

115.000) no conjunto de seis países<br />

da União Europeia (França; Alemanha;<br />

Itália; Holanda; Espanha; Reino Unido).<br />

Algo de que o segundo orador do<br />

simpósio não tem dúvi<strong>das</strong> é de que<br />

as ferramentas online estão a influenciar<br />

o comportamento do cliente de<br />

forma significativa. Aliás, grande parte<br />

deles já não dispensa a Internet antes<br />

de adquirir um veículo ou fazer a sua<br />

escolha de serviços. O caso mais emblemático<br />

é o dos pneus, com mais<br />

de 60% a confessar que, em 2015, já<br />

comprou ou pesquisou estes componentes<br />

no mundo cibernauta. Só depois<br />

aparecem os serviços de peças,<br />

os acessórios e as peças de reparação.<br />

Em suma, o ICDP entende que existe<br />

potencial para uma mudança disruptiva<br />

no aftermarket nos anos vindouros,<br />

graças ao aumento<br />

da concorrência entre o<br />

setor independente e as<br />

redes afetas aos construtores<br />

de veículos.<br />

David Winter, TecAlliance Costumer<br />

Management, abordou o<br />

tema <strong>das</strong> “Oportunidades de<br />

Negócio com as Novas Tecnologias”,<br />

naquele que foi o terceiro painel do<br />

simpósio. E como neste tipo de eventos<br />

é usual fazer-se uma apresentação<br />

da estrutura que os oradores representam,<br />

também David Winter não<br />

deixou de falar sobre a TecAlliance:<br />

“Tornou-se legalmente efetiva em<br />

2013 e passou a ser uma fusão de três<br />

soluções (TecCom; TecDoc; TecRMI).<br />

Hoje, são quatro, uma vez que integra,<br />

também, a Headline”. Analisando a<br />

TecAlliance ao pormenor, podemos<br />

referir que o TecCom contempla 260<br />

fornecedores, abrange 20.000 distribuidores<br />

e atinge os 240 milhões de<br />

euros por ano em transações. Já o<br />

TecDoc, integra 600 marcas, cinco<br />

milhões de peças e 3,5 milhões de<br />

utilizadores. Quanto ao TecRMI, inclui<br />

60.000 oficinas, 230.000 planos de<br />

serviço, 900.000 manuais de reparação,<br />

6,5 milhões de dados técnicos e 21,5<br />

milhões de horas laborais. O Headline,<br />

apesar de muito recente,<br />

integra dados do parque<br />

automóvel de 75 países,<br />

só para citarmos um<br />

exemplo.<br />

Segundo destacou David<br />

Winter, “os veículos<br />

comunicantes são, hoje,<br />

uma realidade. Em 2020,<br />

250 milhões de veículos conec-<br />

tados estarão a circular nas estra<strong>das</strong>,<br />

o que equivalerá a um mercado de<br />

170 mil milhões de euros. “Todos os<br />

veículos novos que serão lançados no<br />

mercado têm ou terão aptidões para<br />

circularem sozinhos”, destacou o<br />

mesmo responsável. Que, de seguida,<br />

revelou um estudo levado a cabo pela<br />

McKinsey, intitulado Connected Car<br />

Consumer Survey 2014. De acordo<br />

com ele, em 2015, 56% dos consumidores<br />

já tinha ouvido falar dos veículos<br />

conectados. No final da sua<br />

intervenção, o Costumer Management<br />

da TecAlliance deu conta que 78% dos<br />

condutores esperam no futuro informações<br />

sobre segurança, 71% experiência<br />

de condução otimizada, 66%<br />

diagnóstico do veículo em tempo real<br />

e 55% infoentretenimento.<br />

Abril I 2016<br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

09<br />

4.° PAINEL<br />

O futuro é hoje... e já está atrasado<br />

BEN SMART, TRW<br />

Se houve mensagem que transitou<br />

pelos vários painéis do simpósio<br />

foi a de que, no aftermarket<br />

(como noutras áreas), o futuro não é<br />

amanhã. Mas hoje. Ben Smart, diretor<br />

de marketing da Divisão Global de<br />

Peças e Serviço da TRW, foi o orador<br />

do 4.° painel do Simpósio Ibérico Aftermarket<br />

IAM e um dos mais expressivos<br />

do evento. Numa intervenção<br />

intitulada “Como a Telemática vai<br />

Influenciar o Aftermarket”, o<br />

responsável salientou que<br />

aquilo que considera uma<br />

evidência. “A telemática é<br />

uma oportunidade para<br />

o aftermarket crescer”,<br />

disse o orador.<br />

Segundo Ben Smart, já<br />

não estamos numa altura em<br />

que possamos falar em “carros<br />

do futuro”, mas sim em “carros de hoje”.<br />

E ilustrou com o seguinte número. “Os<br />

veículos têm, atualmente, 100 milhões<br />

de dispositivos de códigos de software<br />

incorporados”, o que constitui, garantiu,<br />

“um grande desafio para o setor”,<br />

que terá de estar “preparado para<br />

reagir”. Algo que, no seu entender,<br />

“ainda não está”.<br />

As empresas do aftermarket até podem<br />

estar convenci<strong>das</strong> de que estão<br />

a fazer tudo quanto podem, mas Ben<br />

Smart fez questão de distinguir aquilo<br />

que é a “realidade” e (a sua) “perceção”.<br />

“Nem sempre são iguais”, sustentou<br />

o responsável da TRW. A solução será<br />

antecipar os passos.<br />

A título de exemplo, contou o<br />

caso da empresa Blockbuster,<br />

que recusou adquirir a Netflix<br />

numa altura em que<br />

esta ainda valia apenas<br />

1,5 milhões de dólares.<br />

Atualmente, é já um verdadeiro<br />

império no que<br />

respeita ao “cinema em<br />

casa”. Aos profissionais do<br />

aftermarket presentes no<br />

evento, Ben Smart lançou vários pontos<br />

para reflexão. “Em 2025, 100% dos<br />

carros estarão conectados”, disse. E<br />

acrescentou: “Em 2035, 75% dos carros<br />

serão autónomos”. Mas não é necessário<br />

ir tão longe. “Hoje, 30% dos veículos<br />

que circulam nas cidades<br />

europeias andam à procura de estacionamento”.<br />

Por outras palavras, “haverá<br />

a necessidade de “comunicar com<br />

as cidades”, o que, por si, cria muitas<br />

oportunidades de negócio, além dos<br />

benefícios em termos de “tempo, ambiente<br />

e infraestruturas”, salientou. O<br />

desafio, para Ben Smart, é saber como<br />

irá o aftermarket “responder” a esta<br />

realidade.<br />

1 Pedro Pinto, jornalista da TVI, esteve<br />

bastante ativo 2 A ANECRA fez-se<br />

representar por João Patrício (à esq.)<br />

e Jorge Neves da Silva 3 Hélder Pedro,<br />

secretário-geral da ACAP<br />

2<br />

1<br />

3<br />

Publicidade<br />

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10<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Evento<br />

Euro Tyre:<br />

Patrocinador<br />

Diamante<br />

A Euro Tyre foi o único Patrocinador Diamante do 2.° Simpósio<br />

Ibérico Aftermarket IAM. Como tal, mereceu especial atenção.<br />

Por isso, Manuel Félix, diretor-geral da empresa, usou da<br />

palavra ainda durante o período da manhã. O responsável<br />

começou por fazer uma retrospetiva da companhia, presente<br />

em Portugal desde 2007, enquadrando-a com a sua história<br />

no Grupo Pon.<br />

O mesmo responsável destacou alguns dados da Euro Tyre<br />

no mercado português: cinco pontos de distribuição, mais de<br />

43 funcionários, 183 mil pneus em stock e mais de 3.800 oficinas<br />

como clientes. Em 2015, a empresa lançou-se, recorde-se,<br />

no universo da peças. A presença da Euro Tyre neste evento<br />

serviu ainda para enfatizar a representação da Motaquip no<br />

nosso país. Uma marca com mais de 10 mil referências e que<br />

permitirá dar resposta a perto de 80% <strong>das</strong> necessidades <strong>das</strong><br />

oficinas em matéria de peças.<br />

1<br />

1 A Olipes, um dos patrocinadores de ouro<br />

do simpósio, marcou presença animada<br />

logo à entrada do auditório<br />

1<br />

2<br />

3 Hartmut Röhl (à direita) responde a uma<br />

pergunta formulada pelo público<br />

4 Joaquim Candeias, da DPAI, à conversa<br />

com Dário Afonso, da ACM (à dta.)<br />

4<br />

6<br />

2<br />

3<br />

2 Manuel Félix, diretor-<br />

-geral da Euro Tyre, durante<br />

a sua intervenção<br />

5 O portal izigo aproveitou<br />

o evento para dar a<br />

conhecer os seus serviços<br />

5<br />

iziConference:<br />

interação com a plateia<br />

Nunca o Simpósio Ibérico Aftermarket IAM<br />

organizado pelo <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> e pela revista<br />

Autopos tinha atingido tal patamar de evolução.<br />

Facto que não teria sido possível, diga-se em<br />

abono da verdade, sem a presença do nosso<br />

parceiro oficial nesta inovação: iziConference.<br />

Foi através desta solução interativa para conferências<br />

que os participantes puderam interagir<br />

com os oradores, bem como avaliar a prestação<br />

destes e do próprio evento. Através de um código<br />

QR que foi facultado aos participantes no welcome<br />

desk, momentos antes do início do simpósio,<br />

os participantes, a partir do seu smartphone<br />

ou tablet, colocaram questões aos oradores. O<br />

jornalista Pedro Pinto foi quem, depois, selecionou,<br />

direcionou e traduziu as perguntas. O número<br />

de questões coloca<strong>das</strong> superou as<br />

expectativas.<br />

Abril I 2016<br />

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Pub_JO_expomecanica.pdf 2 16/03/16 18:23<br />

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12<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Evento<br />

250<br />

cafés consumidos<br />

16<br />

oradores<br />

8<br />

385<br />

participantes<br />

horas de<br />

intervenções<br />

20<br />

entrevistas<br />

realiza<strong>das</strong><br />

6<br />

painéis de debate<br />

348<br />

almoços servidos<br />

14<br />

827<br />

37.000<br />

visualizações em<br />

live streaming<br />

pessoas alcança<strong>das</strong><br />

no Facebook<br />

patrocinadores<br />

Abril I 2016<br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

13<br />

5.° PAINEL A última parte do simpósio incluiu, não uma, mas seis (pequenas) mesas redon<strong>das</strong>,<br />

protagoniza<strong>das</strong> por três oradores portugueses e outros tantos espanhóis<br />

Filtros estiveram<br />

em destaque no simpósio<br />

LUCA BETTI, UFI Filters<br />

No quinto painel do simpósio,<br />

Luca Betti, diretor de negócio<br />

aftermarket da UFI Filters, debruçou-se<br />

sobre as diferenças entre<br />

peças de origem vs peças aftermarket<br />

(qualidade equivalente). Primeiro, para<br />

dar conta <strong>das</strong> normas europeias que<br />

as definem e que estabelecem as diferenças<br />

entre os “dois lados da barricada”.<br />

Casos do Regulamento CE n.°<br />

1400/2002 da Comissão, de 31 de<br />

julho, e do Regulamento UN n.°<br />

461/2010 da Comissão, de 27 de maio.<br />

Depois, para explicar o processo de<br />

desenvolvimento dos componentes<br />

OE, mais concretamente, dos filtros.<br />

E fez revelações curiosas. Não sem<br />

antes realçar que “em função dos construtores<br />

de veículos e dos seus<br />

modelos, são fornecidos ou<br />

‘sistema inteiro’ ou apenas<br />

o filtro”. Mais: o mesmo<br />

responsável revelou que<br />

a UFI foi o primeiro fabricante,<br />

corria o ano 2000,<br />

a encontrar uma solução<br />

de filtragem para os motores<br />

Diesel common rail,<br />

Miguel Angel Gavilanes, diretor<br />

de redes de oficinas da<br />

Bosch, Robert Bosch GmbH,<br />

foi o orador do 6.° painel do simpósio,<br />

abordando o tema <strong>das</strong> “<strong>Oficinas</strong> Auto<br />

2020”. O responsável deu início à sua<br />

intervenção explicando a história da<br />

revolução digital no universo do aftermarket.<br />

Para Miguel Angel Gavilanes,<br />

“o futuro, num mundo conectado,<br />

passa por estar inserido em rede.<br />

Conforme disse, apenas assim as oficinas<br />

conseguirão evoluir. Ou seja, a<br />

forma de chegar ao cliente será totalmente<br />

diferente da que tem sido no<br />

passado. Mas atenção: “por detrás da<br />

telemática, estará sempre a oficina”.<br />

Mas haverá ainda um longo caminho<br />

a percorrer por muitas oficinas. Desde<br />

logo, na valorização desta “evidência”.<br />

Segundo dados relativos ao mercado<br />

espanhol, apresentados por Miguel<br />

Angel Gavilanes, apenas 18%<br />

<strong>das</strong> oficinas contacta<strong>das</strong><br />

respondeu “sim” a uma<br />

simples questão sobre a<br />

Telemática: “Estaria interessado<br />

em ter uma aplique<br />

foram criados pelo Grupo Fiat,<br />

tendo, mais tarde, passado à Bosch<br />

para o pôr em prática o processo de<br />

industrialização.<br />

Luca Betti avançou mesmo com alguns<br />

números sobre o tempo que<br />

demora a conceber uma peça de origem.<br />

Sem perder o foco nos filtros. O<br />

processo de desenvolvimento de um<br />

filtro novo demora entre 36 a 48 meses<br />

até estar terminado, dos quais, 18<br />

a 30 meses são trabalhos prévios à<br />

entrada nas linhas de produção”, destacou<br />

o diretor de negócio aftermarket<br />

da UFI Filters. E revelou um vídeo no<br />

qual foi possível observar os centros<br />

de inovação da marca que representa<br />

e as avança<strong>das</strong> ferramentas de análise<br />

laboratorial que fazem parte do processo<br />

de desenvolvimento dos filtros.<br />

Através dos dispositivos, a audiência<br />

pôde ficar a conhecer a evolução dos<br />

componentes de filtragem de UFI,<br />

desde o ano 2000 até ao presente.<br />

Além de novas soluções que<br />

estão a ser desenvolvi<strong>das</strong><br />

para construtores alemães,<br />

casos da BMW e<br />

Mercedes-Benz.<br />

Uma vez mais, o equilíbrio<br />

<strong>das</strong> intervenções<br />

imperou. Pedro Pinto<br />

moderou o debate sobre<br />

os temas da manhã<br />

6.° PAINEL<br />

A oficina por detrás da Telemática<br />

MIGUEL ANGEL GAVILANES, Bosch<br />

cação desta natureza para receber<br />

informações dos carros e dos seus<br />

clientes?”...<br />

Miguel Angel Gavilanes, da Bosch,<br />

adiantou ainda que a conectividade<br />

obriga, cada vez mais, a uma maior<br />

eficiência da parte <strong>das</strong> oficinas. No<br />

caso da rede Bosch, sublinhou, o objetivo<br />

é que estas obtenham, no dia<br />

a dia, “toda a informação possível<br />

sobre os veículos dos clientes”. Até<br />

porque estes evoluíram muito. Atualmente,<br />

estes tem um carácter “universal”<br />

e estão presentes na Internet de<br />

uma forma ativa, influenciando,<br />

eles próprios, “o mercado”.<br />

Miguel Angel Gavilanes<br />

terminou a sua participação<br />

garantindo que as<br />

oficinas que queiram<br />

triunfar, nos próximos<br />

tempos, terão de assumir<br />

uma “visão mais empresarial”<br />

do seu negócio.<br />

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14<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Evento<br />

Primeiros passos<br />

Parceiros retalhistas<br />

Novas oportunidades<br />

PEDRO BARROS<br />

CEO da TIPS4Y<br />

“Aproveitava para abordar as tendências<br />

de consumo, antes de mais. Se olharmos<br />

para a geração milénio, pessoas que têm,<br />

hoje, entre 18 e 30 anos, veremos que<br />

serão elas a ditar as tendências do futuro.<br />

Os consumidores querem estar conectados.<br />

E nós temos, de alguma forma, de<br />

responder a isso. Nos EUA, hoje, o critério<br />

mais importante na escolha de um veículo<br />

é a conectividade, com 39%. A conectividade,<br />

num espaço relativamente curto<br />

de tempo, vai proporcionar não só um<br />

conjunto de novas oportunidades, mas<br />

vai ser algo que será extremamente influenciador<br />

no negócio aftermarket e em<br />

muitos outros. A conectividade tem o<br />

objetivo de criar conforto ao condutor“.<br />

Competição séria<br />

MIGUEL ANGELO CUERNO<br />

Presidente da ANCERA<br />

“Penso que a conectividade não vai mudar<br />

grande coisa nos modelos de negócio<br />

atuais. Hoje, o mercado é um, a partir<br />

de amanhã estará todo conectado. Mas<br />

admito que possa ser mais difícil ao setor<br />

independente lidar com a conectividade,<br />

pois requer preparação e capacidade<br />

técnica. Por outro lado, creio que é difícil<br />

ao aftermarket independente competir<br />

com as marcas, embora estas tenham, a<br />

pouco e pouco, de começar a libertar<br />

informação sobre os veículos, até pelo<br />

trabalho que está a ser desenvolvida<br />

pelas instâncias europeias”.<br />

JOAQUIM CANDEIAS<br />

Presidente da DPAI<br />

“Creio ser prematuro falar naquilo que<br />

as novas oportunidades em relação à<br />

conectividade e à automação da condução<br />

podem trazer. Existem, de facto, estamos<br />

a dar os primeiros passos. Uma<br />

coisa é termos acesso à informação<br />

quando falamos de aftermarket independente.<br />

Outra, é conseguir mapear esta<br />

informação, de modo a que ele chegue<br />

a todos os agentes do aftermarket independente<br />

para se tornar, de facto, numa<br />

oportunidade. Elas vão surgindo, mas é<br />

necessário modificar muita coisa. Desde<br />

logo, mentalidades. Assim como transformar<br />

todo o negócio que, hoje, existe“N.<br />

Mudança obrigatória<br />

IVÁN BLANCO FERNÁNDEZ<br />

Network Developer Delphi Product & Service<br />

Solutions<br />

“Até há pouco tempo, os veículos deslocavam-se<br />

às oficinas apenas quando tinham<br />

uma avaria. Agora, com a<br />

telemática, o modelo de negócio muda<br />

de paradigma. E vai obrigar o aftermarket<br />

independente a efetuar mudanças. Como,<br />

por exemplo, estar preparado para intervencionar<br />

modelos sem a tradicional ficha<br />

OBD. A Delphi já dispõe de soluções<br />

prepara<strong>das</strong> para o chamado plug & play<br />

da nova geração de veículos que já estão<br />

disponíveis no mercado. O setor independente,<br />

acredito, está a preparar-se<br />

para lidar com esta nova realidade e o<br />

apoio de que necessita vai chegar”.<br />

A força do multimarca<br />

FREDERICO ABECASSIS,<br />

Country Manager da Hella Portugal<br />

“Hoje, existem muito mais ven<strong>das</strong> online<br />

do que aquilo que possamos pensar (...).<br />

A grande força do aftermarket é o multimarca.<br />

Temos de fazer disso a nossa<br />

vantagem competitiva. O aftermarket<br />

sempre se adaptou às várias mudanças<br />

tecnológicas dos automóveis”.<br />

Globalizar, pois então<br />

LUÍS TARRÉS,<br />

Conselheiro-delegado do Grupo Serca<br />

“Culturalmente, é difícil criar sinergias<br />

entre os mercados português e espanhol.<br />

É preciso globalizar a Península Ibérica.<br />

Os fabricantes, as estruturas, os distribuidores<br />

e as oficinas têm de ser globais”.<br />

MARGARIDA PINA,<br />

Diretora de Desenvolvimento Aftermarket do<br />

Grupo Nors<br />

“Os retalhistas independentes ainda têm<br />

lugar no setor. No Grupo Nors, o retalhista<br />

ainda tem uma dimensão muito grande<br />

no mercado. Temos muitos parceiros<br />

retalhistas. (...) Devemos olhar para as<br />

tecnologias de outra forma, do ponto de<br />

vista da eficiência de operações. Algo que<br />

ainda nem sempre acontece”.<br />

Unidos na guerra<br />

DAVID ZAPATA,<br />

Diretor-geral para Portugal e Espanha da Federal<br />

Mogul<br />

“Estes são tempos de riscos e oportunidades.<br />

Sou otimista. Vamos conseguir.<br />

Tanto os fabricantes como os distribuidores<br />

têm de estar unidos e partilhar<br />

informações”.<br />

Associativismo vital<br />

RICARDO VENÂNCIO,<br />

Administrador da Autozitânia<br />

“Andamos a apelar ao associativismo, mas<br />

temos de olhar para o exemplo espanhol<br />

e constatar que foi esse mesmo associativismo<br />

que conduziu à redução <strong>das</strong><br />

margens de negócio. Até porque os fabricantes<br />

passaram a vender diretamente<br />

às oficinas, acabando, assim, com grande<br />

parte da rede de retalho em Espanha”.<br />

Recuperação à vista<br />

FERNANDO CANTÍN,<br />

diretor comercial da Brembo Espanha<br />

“A redução da rentabilidade não é um<br />

problema de Espanha ou de Portugal.<br />

Todos cederam. É preciso otimizar para<br />

salvar a rentabilidade. A pouco e pouco,<br />

os grandes armazéns em Portugal estão<br />

a encontrar soluções para os problemas”.<br />

Abril I 2016<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016


16<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Atualidade<br />

Peças de origem vs peças equivalentes<br />

Diferentes entre iguais<br />

› O tema, ainda que não seja novo, continua a suscitar dúvi<strong>das</strong> e a gerar confusão no mercado. Afinal,<br />

o que são peças de origem e peças equivalentes? O que diferencia umas <strong>das</strong> outras? O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong><br />

<strong>Oficinas</strong> recorreu a quatro especialistas para lhe explicar tudo sobre esta matéria<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Peças, há muitas. Para todos os gostos,<br />

de to<strong>das</strong> as formas e destina<strong>das</strong><br />

às mais diversas aplicações. Existem<br />

peças para ligeiros e peças para<br />

pesados. Peças de origem e peças equivalentes.<br />

E se quisermos alargar ainda<br />

mais o espectro, teremos de mencionar<br />

que existem peças usa<strong>das</strong> e peças reconstruí<strong>das</strong>.<br />

Não deixam to<strong>das</strong> de ser<br />

peças, é um facto, mas cada grupo “joga<br />

no seu campeonato” e não aprecia “misturas”.<br />

Tanto mais, que existe um mercado<br />

bem definido para cada tipologia. Nesta<br />

edição, com a ajuda de quatro especialistas,<br />

centramo-nos nas peças de origem<br />

e peças equivalentes. O tema não é novo,<br />

mas continua a suscitar dúvi<strong>das</strong> e a gerar<br />

confusão no mercado. Afinal, o que<br />

diferencia umas <strong>das</strong> outras?<br />

■ A PALAVRA AOS ESPECIALISTAS<br />

Auto Delta, Autozitânia, Ferdinand<br />

Bilstein Portugal e TRW Automotive Portugal.<br />

Eis os especialistas que nos ajudarão<br />

a explanar o tema <strong>das</strong> peças de<br />

origem e peças equivalentes. Por isso,<br />

passemos-lhes a palavra. Começando,<br />

claro, pela única presença feminina neste<br />

artigo: Raquel Rodrigues. Questionada<br />

sobre se considera que o mercado está<br />

bem informado e sabe quais as diferenças<br />

entre peças de origem e peças equivalentes,<br />

a coordenadora de marketing<br />

da Ferdinand Bilstein Portugal afirma que<br />

“parece haver alguma incongruência na<br />

utilização dos conceitos, existindo, por<br />

vezes, uma apropriação errada dos mesmos<br />

para descrever os produtos disponibilizados<br />

no mercado. Peças de origem<br />

Abril I 2016<br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

17<br />

perdeu-se, assim como o conhecimento<br />

de todo o trabalho de desenvolvimento<br />

e de competência de<br />

fabrico da marca”.<br />

Para Raquel Rodrigues, “peças sobressalentes<br />

originais são apenas e só as<br />

peças fabrica<strong>das</strong> de acordo com as<br />

especificações e normas autoriza<strong>das</strong><br />

pelo construtor do veículo. Ou então<br />

peças que tenham uma declaração<br />

deste último em como foram fabrica<strong>das</strong><br />

segundo as suas especificidades<br />

e normas de produção”. E diz mais:<br />

“Relativamente às diferenças encontra<strong>das</strong><br />

entre peças de origem e peças<br />

de qualidade equivalente, nem sempre<br />

é óbvio. Até porque podem ter exatamente<br />

o mesmo aspeto”.<br />

SACHS é uma<br />

marca da ZF<br />

Imagem: ©APComunicação<br />

■ OE, OES1, OES2...<br />

Bem mais parco em palavras, Tiago<br />

Domingos, do departamento de comunicação<br />

da Auto Delta, considera<br />

que “o mercado ainda não está totalmente<br />

elucidado neste campo, mas a<br />

evolução que se tem sentido nos últimos<br />

anos tem sido bastante positiva,<br />

tornando-se este num dos aspetos que<br />

poderá tornar o mercado português<br />

mais maduro”. Bastante diferente é a<br />

abordagem de Pedro Díaz. O diretor<br />

comercial da TRW Automotive Portugal<br />

começa por ressalvar que, “em<br />

primeiro lugar, é conveniente explicar<br />

que peça de origem (peça OE) é a que,<br />

originalmente, foi montada quando o<br />

veículo saiu de fábrica. Esta pode ser<br />

produzida pelo próprio construtor do<br />

veículo ou por um fabricante de componentes<br />

e sistemas, como, por exem-<br />

21<br />

A SACHS fabricou mais de<br />

milhões<br />

de Volantes<br />

Bimassa<br />

desde 1999 até agora<br />

Tecnología comprovada para uma<br />

ótima condução.<br />

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• A SACHS é um dos principais fabricantes de volantes<br />

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maiores coberturas do mercado.<br />

• Catálogo online WEBCAT totalmente atualizado e de<br />

fácil consulta.<br />

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e retalhistas.<br />

são aquelas que os veículos trazem de<br />

fábrica. Quanto a isso não parece haver<br />

dúvi<strong>das</strong>. A ambiguidade começa<br />

quando o assunto é relacionado com<br />

peças de substituição”. Na opinião da<br />

mesma responsável, tal facto “não é<br />

de estranhar, até porque a estrutura<br />

do mercado OE é menos complexa.<br />

Para além de menos marcas, existem<br />

menos níveis de venda do que no aftermarket<br />

independente (IAM)”. E desenvolve:<br />

“Quando a peça chega ao<br />

cliente final, já passou por tantos intermediários<br />

que o rasto da sua origem<br />

plo, a TRW”. Depois, prossegue,<br />

“existem peças com o logótipo do<br />

construtor do veículo mas vendi<strong>das</strong><br />

nos concessionários de marca (peça<br />

OES). Estas peças podem ser iguais às<br />

OE mas, em muitos casos, apresentam<br />

prestações ou características diferentes<br />

<strong>das</strong> originais (OES1; OES2), cumprindo<br />

sempre as especificações dos<br />

construtores dos veículos. Em ambos<br />

casos, a proveniência principal dessas<br />

peças são os vários fabricantes de<br />

componentes e sistemas, como, por<br />

exemplo, a TRW”.<br />

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18<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Atualidade<br />

bem informado acerca <strong>das</strong> diferenças<br />

entre peças de origem e peças de qualidade<br />

equivalente. Não tem uma noção<br />

clara e não existe uma interpretação<br />

uniforme da regulamentação existente<br />

acerca destes diferentes tipos de peças”.<br />

■ OPINIÕES DIVIDEM-SE<br />

E para a lição ficar completa, Pedro Díaz<br />

refere que “por fim, existem to<strong>das</strong> as<br />

peças vendi<strong>das</strong> no mercado independente<br />

(aftermarket IAM), que provêm<br />

dos vários fabricantes independentes de<br />

componentes ou sistemas. Estas podem<br />

ser exatamente as mesmas peças que<br />

estão nos outros canais (OE ou OES), mas<br />

apresentam uma caixa e uma marca diferente.<br />

Existem, também, muitas outras<br />

marcas que, apesar de não estarem presentes<br />

no canal OE ou OES, disponibilizam<br />

para o aftermarket independente<br />

peças de qualidade equivalente, que<br />

apresentam características e prestações<br />

semelhantes às exigi<strong>das</strong> pelos construtores<br />

de veículos”. A fechar, o diretor<br />

■ CERTIFICAR A QUALIDADE<br />

E serão as ações para explicar as diferenças<br />

a quem vende e compra peças<br />

de substituição importantes? Raquel<br />

Rodrigues, coordenadora de marketing<br />

da Ferdinand Bilstein Portugal, afirma<br />

que “uma vez que qualquer empresa<br />

pode, a qualquer momento, começar a<br />

produzir peças, é necessário que possa,<br />

também, a qualquer altura, comprovar<br />

que as peças em questão correspondem<br />

à qualidade dos componentes que são<br />

ou foram utilizados para a montagem<br />

dos veículos em causa, tal como refere<br />

o Regulamento (CE) N.° 1400/2002”. De<br />

acordo com a mesma responsável, “uma<br />

<strong>das</strong> mais importantes ações a serem leva<strong>das</strong><br />

a cabo é, em primeiro lugar, ter-se<br />

a certificação de qualidade e conseguir<br />

demonstrar que os componentes <strong>das</strong><br />

peças de qualidade equivalente correspondem<br />

aos <strong>das</strong> peças originais”. Depois,<br />

faz uma comparação curiosa: “Comprar<br />

uma peça no IAM é como comprar um<br />

iogurte. Pode optar-se pelo mais barato.<br />

Porém, para fazer uma compra informada<br />

Legislação existe há vários anos<br />

Maior divulgação precisa-se<br />

Os direitos e deveres da oficina de<br />

reparação independente e da oficina<br />

autorizada, assim como os direitos<br />

dos distribuidores independentes e<br />

autorizados e os dos construtores de<br />

veículos, encontram-se consagrados em<br />

dois regulamentos: o CE n.° 1400/2002<br />

da Comissão, de 31 de julho, e o UN n.°<br />

461/2010 da Comissão, de 27 de maio.<br />

O primeiro é relativo à aplicação do n.°<br />

3 do artigo 81.° do Tratado a certas categorias<br />

de acordos verticais e práticas<br />

concerta<strong>das</strong> no setor automóvel. O<br />

segundo é relativo à aplicação do artigo<br />

101.°, n.° 3 do Tratado sobre o funcionamento<br />

da União Europeia a certas<br />

categorias de acordos verticais e práticas<br />

concerta<strong>das</strong> no setor dos veículos<br />

automóveis. Estes documentos clarificam<br />

(ou pretendem clarificar...) o que<br />

são peças sobressalentes originais e o<br />

que são peças sobressalentes de qualidade<br />

equivalente. São artigos, alíneas<br />

e parágrafos que nem sempre são de<br />

fácil compreensão e que ainda passam<br />

algo despercebidos no mercado.<br />

comercial da TRW Automotive Portugal,<br />

esclarece que “apesar destes diferentes<br />

tipos de peças existentes no mercado,<br />

vulgarmente denomina-se por peça de<br />

origem uma que é vendida com a marca<br />

(caixa) do construtor do veículo. E to<strong>das</strong><br />

as outras por peças aftermarket ou de<br />

qualidade equivalente. A maioria dos<br />

profissionais do setor sabe perfeitamente<br />

identificar as várias diferenças e semelhanças<br />

entre peças forneci<strong>das</strong> nos vários<br />

canais de distribuição, seja na rede oficial<br />

de concessionários e distribuidores de<br />

marca, seja no mercado independente<br />

(distribuidores e oficinas)”.<br />

Já Flávio Menino, marketeer da Autozitânia,<br />

defende que “o mercado não está<br />

e esclarecida, é necessário ler o rótulo e<br />

comparar. Com as peças, acontece o<br />

mesmo. É necessário conhecer a marca,<br />

porque é esta que garante a qualidade<br />

e a garantia <strong>das</strong> peças. Se o pressuposto<br />

principal do IAM é a disponibilização de<br />

peças a um preço mais baixo face à origem,<br />

é preciso conhecer-se o que se está<br />

a comprar, porque mais barato será sempre.<br />

O preço não deveria ser o único<br />

parâmetro a ter em consideração na<br />

tomada de decisão. Conhecer a marca e<br />

as suas competências é essencial para<br />

se tomar a decisão certa”.<br />

■ ESCLARECER É ESSENCIAL<br />

Tiago Domingos, do departamento de<br />

comunicação da Auto Delta, afirma apenas<br />

que “a principal ação que um distribuidor<br />

pode fazer, em estreita articulação<br />

com os fabricantes, é proporcionar formação<br />

técnica permanente que possa<br />

esclarecer todos os parceiros. A Auto<br />

Delta vê este ponto como essencial e<br />

orgulha-se disso”. Por seu turno, Pedro<br />

Díaz é da opinião que “as peças devem<br />

diferenciar-se pela qualidade e durabilidade<br />

que apresentam. E não pelo tipo<br />

de caixa onde são embala<strong>das</strong>. A maioria<br />

dos consumidores finais não tem conhecimento<br />

relativo à proveniência dos<br />

componentes presentes na sua viatura.<br />

Mas os profissionais do setor devem<br />

saber e aconselhar os consumidores finais<br />

sobre as várias diferenças de produtos<br />

disponíveis no mercado”.<br />

Por outro lado, o diretor comercial da<br />

TRW Automotive Portugal defende que<br />

“no seio dos profissionais do setor, no<br />

passado existia a crença de que as peças<br />

com a chancela do construtor do veículo<br />

tinham mais qualidade do que as vendi<strong>das</strong><br />

no mercado independente. Mas,<br />

hoje, os profissionais estão mais informados<br />

e sabem perfeitamente que a<br />

maioria <strong>das</strong> chama<strong>das</strong> ‘peças de origem’<br />

são concebi<strong>das</strong> pelos mesmos fabricantes<br />

que apresentam, muitas vezes, os<br />

mesmos produtos no mercado independente,<br />

mas com a sua própria marca”.<br />

Ainda assim, conclui, “continua a ser<br />

necessário explicar a algumas oficinas e<br />

consumidores finais que uma peça de<br />

qualidade equivalente pode ter tanta<br />

qualidade como uma peça de origem.<br />

Ou uma peça com “caixa de origem”.<br />

Flávio Menino, marketeer da Autozitânia,<br />

considera que “campanhas de informação<br />

podem ser ações importantes de<br />

serem realiza<strong>das</strong>, de forma a esclarecer<br />

aos diferentes intervenientes no mercado<br />

a diferença entre peças de origem e peças<br />

de qualidade equivalente. É muito<br />

importante que haja esclarecimento<br />

acerca da diferença entre estes dois tipos<br />

de peças. Para que os regulamentos<br />

existentes, que, efetivamente, não são<br />

muito claros, não sejam mal interpretados<br />

e para que todos os intervenientes<br />

se guiem pela mesma linha orientadora”.<br />

Abril I 2016<br />

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Parecido, mas não é igual<br />

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20<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Evento<br />

expoMECÂNICA 2016<br />

Não há duas sem três<br />

› A 3.ª edição da expoMECÂNICA tem todos os ingredientes para conquistar os profissionais do<br />

aftermarket, entre 15 e 17 de abril. O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> marcará, uma vez mais, presença com um<br />

stand e um bar, onde receberá os seus parceiros e amigos<br />

Por: Jorge Flores<br />

Está tudo a postos para a realização<br />

da 3.ª edição do Salão expoMECÂ-<br />

NICA. E se é verdade que não há<br />

duas sem três, os organizadores do<br />

evento estão convictos de que o terceiro<br />

será mesmo o melhor de todos. Os números<br />

ajudam a explicar o otimismo. A<br />

adesão foi massiva e o espaço ficou esgotado<br />

dois meses antes da abertura de<br />

portas. No seu conjunto, serão 162 expositores<br />

a participar, entre os quais 20<br />

empresas internacionais, naquele que é<br />

o maior registo de sempre desde a criação<br />

da expoMECÂNICA, em 2014.<br />

Para os participantes, o interesse é evidente.<br />

Durante dois dias, nos pavilhões<br />

da Exponor, em Matosinhos, concentra-<br />

-se todo o tecido empresarial do aftermarket.<br />

De tudo um pouco será possível<br />

encontrar relacionado com o pós-venda:<br />

peças e sistemas automóveis, serviços<br />

de manutenção e reparação, acessórios<br />

e personalização de veículos, tecnologia<br />

de informação, estações de serviço e<br />

lavagem. E muito mais. Nada ficará de<br />

fora neste certame nortenho.<br />

Uma oportunidade de ouro para as<br />

empresas do setor revelarem os seus<br />

produtos e serviços, para se inteirarem<br />

do trabalho dos outros. E ainda para<br />

estabelecerem muitos contactos profissionais<br />

com parceiros (e potenciais parceiros...),<br />

fundamentais, hoje em dia, para<br />

um negócio bem-sucedido.<br />

José Manuel Costa, diretor da<br />

expoMECÂNICA, acredita no sucesso<br />

da 3.ª edição do certame da Exponor<br />

Refira-se que o número de expositores<br />

cresceu já cerca de 55,7% relativamente<br />

à sua primeira edição.<br />

Segundo adiantou ao nosso jornal José<br />

Manuel Costa, diretor da expoMECÂNICA,<br />

a procura tem sido tanta que a organização<br />

se viu obrigada a “imprimir mais<br />

convites”. Na sua perspetiva, “as empresas<br />

estão muito organiza<strong>das</strong>. E a expetativa<br />

é enorme”.<br />

n NOVIDADES HÁ MUITAS...<br />

O cartaz de eventos para a edição de<br />

2016 contempla inúmeras novidades<br />

relativamente ao ano passado: demonstrações,<br />

conferências e workshops. E um<br />

reforço significativo naquilo que tem sido<br />

Abril I 2016<br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

21<br />

o grande propósito da organização, tal<br />

como avançou José Manuel Costa. “Continuar<br />

a debater e a analisar os principais<br />

temas da atualidade. O foco continuará,<br />

naturalmente, nas apresentações <strong>das</strong><br />

novidades, com demonstrações in loco,<br />

apoia<strong>das</strong> pelo saber técnico de especialistas,<br />

pois entendemos que transportam<br />

um dinamismo acrescido à 3.ª edição do<br />

nosso certame”.<br />

A nova edição do DEMOTEC by Schaeffler<br />

levará ao fórum da feira as matérias com<br />

real interesse para os prossionais do setor.<br />

O responável do certame acredita<br />

que esta iniciativa vá ter lotação esgotada,<br />

à semelhança do sucedido na edição<br />

anterior.<br />

Em estreia, e também com garantia de<br />

casa cheia, estará o expoTALKS, iniciativa<br />

que decorrerá num auditório montado<br />

no recinto da própria feira e que acolherá<br />

Stand do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

Bar <strong>das</strong> oficinas está de volta<br />

Depois do sucesso do Bar <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> na expoMECÂNICA<br />

do ano passado, no nosso próprio stand, ficara a promessa<br />

de repetir a receita na 3.ª edição do certame. Palavra<br />

dada, palavra cumprida. Durante os dias 15 a 17 de abril,<br />

toda a equipa do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> estará presente, de<br />

braços abertos e copo na mão, para um momento de convívio<br />

com os seus parceiros e amigos do mundo do aftermarket.<br />

Quem comparecer no meeting point, poderá fazer<br />

networking, num ambiente descontraído. E já que, ao longo<br />

do ano, promovemos, nas páginas do nosso jornal, um<br />

concurso para encontrar o “Melhor Mecatrónico 2016”, os<br />

profissionais deste ramo que nos visitarem terão oportunidade<br />

para ficar ficarem a conhecer as útimas tendências<br />

e ferramentas relaciona<strong>das</strong> com a sua atividade. A ATEC<br />

estará representada no stand e disponível para esclarecer<br />

to<strong>das</strong> as dúvi<strong>das</strong> que surjam aos interessados.<br />

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22<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Evento<br />

diversas palestras com alguns dos mais<br />

importantes nomes da mecânica automóvel,<br />

da mecatrónica e do aftermarket.<br />

Destaque ainda para a realização do Pit<br />

Stop by Gonçalteam, uma ação inédita e<br />

que premiará a perícia e a rapidez dos<br />

visitantes da expoMECÂNICA.<br />

n DESTAQUE À INOVAÇÃO<br />

Esta terceira edição da expoMECÂNICA<br />

terá ainda um carácter de inovação relacionada<br />

com o pós-venda automóvel.<br />

Destaque, neste particular, para a presença<br />

de duas áreas especiais. A primeira,<br />

responsabilidade da AssVolt, que apresentará,<br />

durante o certame, o modelo<br />

final de uma solução tecnológica que<br />

permite aliviar a fatura energética e a<br />

pegada ecológica <strong>das</strong> empresas que,<br />

segundo expressão dos responsáveis da<br />

empresa, “têm a (pesada) logística rodoviária<br />

às costas”. Referimo-nos ao modelo<br />

Wetruck, um sistema elétrico criado pela<br />

AddVolt, simples de usar e que, “para<br />

inúmeros operadores económicos com<br />

frotas de camiões ao serviço, mais parecerá<br />

um autêntico ‘ovo de Colombo’<br />

tecnológico”, refere a empresa em comunicado<br />

oficial. A segunda novidade,<br />

também no campo tecnológico, caberá<br />

à WALcargo. A empresa engendrou uma<br />

plataforma de pesquisa online destinada<br />

a “esbater ainda mais as fronteiras entre<br />

todos aqueles que, de uma forma moderna,<br />

ágil e desmaterializada, querem<br />

deslocar mercadorias globalmente (por<br />

via marítima, aérea ou terrestre) e contratar<br />

quem oferece o transporte melhor<br />

adaptável à medida <strong>das</strong> especificidades<br />

do serviço em causa, maximizando, assim,<br />

a oferta e a procura dos vários intervenientes”,<br />

sublinha fonte da empresa.<br />

Ambos os projetos estarão em evidência<br />

na expoMECÂNICA, especificamente<br />

no novo “Espaço UP Innovation”, uma<br />

iniciativa que contou com a parceria da<br />

UPTEC – Parque de Ciência e tecnologia<br />

da Universidade do Porto.<br />

Lista de expositores*<br />

A relevância de um evento mede-se pela quantidade e pela qualidade dos participantes. Aqui fica a lista <strong>das</strong> empresas presentes na expoMECÂNICA, entre 15 e 17 de abril<br />

A. VIEIRA<br />

ACAP<br />

ACTIVEX<br />

AFN<br />

ALIDATA<br />

ALTARODA<br />

AMPER<br />

ANECRA<br />

ANTRAM<br />

ARAN<br />

ASTRA/ALTARODA<br />

AUTO BARROS ACESSÓRIOS<br />

AUTO ELECTROCHIPS<br />

AUTOMATIC CHOICE<br />

AUTOMOCIÓN ORYX PARTS<br />

AZ AUTO<br />

BAHCO<br />

BOLAS<br />

BOSCH<br />

B-PARTS<br />

CADUTI<br />

CARDINAIS<br />

CARF<br />

CARTRACK<br />

CEPRA<br />

CETRUS<br />

COMETIL<br />

CONIEX<br />

CONVERSA DE MÃOS<br />

CRPB<br />

CUCO AUTOGÁS<br />

DEKRA<br />

DISPNAL<br />

DISTRILUBE<br />

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24<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Ordem do dia<br />

Comunicação e gestão de conflitos<br />

Encontro de vontades<br />

› Os conflitos são perspetivas pessoais ou crenças diferentes sobre<br />

determinado assunto que se confrontam. Conotados como prejudiciais,<br />

podem ser salutares quando bem geridos. A ACAP tem preparada uma<br />

formação sobre esta temática, que tem na comunicação o cerne da questão<br />

Prevista para os dias 27 e 28 de abril<br />

de 2016, a formação subordinada<br />

ao tema “Comunicação e gestão<br />

de conflitos” será ministrada por João<br />

Machado Santos, psicólogo e formador<br />

da ACAP. Transversal a to<strong>das</strong> as posições<br />

hierárquicas e aos 11 setores de atividade<br />

representados pela Associação Automóvel<br />

de Portugal, que está acreditada pela<br />

DGERT (Direção-Geral do Emprego e <strong>das</strong><br />

Relações de Trabalho), esta ação pretende<br />

desmistificar a ideia (generalizada) de<br />

que os conflitos são prejudiciais. Estes,<br />

quando bem geridos, podem ser salutares,<br />

pois permitem estabelecer compromissos<br />

de modo a permitir resolver<br />

problemas de comunicação que estão<br />

na génese destas ocorrências. Mas atenção:<br />

os conflitos que se geram dentro<br />

<strong>das</strong> organizações não estão, necessariamente,<br />

relacionados com conflitos de<br />

consumo. O facto de existirem conflitos<br />

dentro <strong>das</strong> organizações não significa<br />

que eles ocorram entre essas mesmas<br />

empresas e os consumidores. Imagine<br />

duas estra<strong>das</strong> que seguem em paralelo<br />

e que nunca se cruzam...<br />

Mas, antes de mais, o que são conflitos?<br />

João Machado Santos, formador da ACAP,<br />

esclarece: “São perspetivas pessoais ou<br />

crenças diferentes sobre determinado<br />

assunto que se confrontam. Não são<br />

coisas más. Até é saudável que existam”.<br />

Na opinião do nosso interlocutor, “os<br />

conflitos dinamizam e potenciam soluções.<br />

E são positivos quando bem geridos.<br />

Mas são necessárias estratégias para<br />

lidar com eles. A solução resulta sempre<br />

de um compromisso assumido entre as<br />

partes. E existem várias estratégias de<br />

resolução de conflitos”.<br />

n SABER COMUNICAR É ESSENCIAL<br />

Nos conflitos, estão identifica<strong>das</strong> três<br />

abordagens diferentes no tempo. A primeira,<br />

tradicional, evitava-o a todo o<br />

custo (o conflito era como que “estancado”).<br />

Depois, seguiu-se uma abordagem<br />

de relações humanas (o conflito era<br />

gerido em função dos perfis dos intervenientes).<br />

Hoje, existe uma abordagem<br />

“interacionista”, em que os conflitos são<br />

vistos como saudáveis. Mas sempre numa<br />

perspetiva de gestão, de modo a aproximar<br />

posições e a estabelecer compromissos.<br />

De acordo com João Machado<br />

Santos, “detetar necessidades formativas<br />

para quem não é técnico, resulta quase<br />

num ato meramente administrativo. É<br />

preciso haver formação adequada a cada<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

l Data | 27 e 28 de abril de 2016<br />

l Local | sede da ACAP (Lisboa)<br />

l Horário | 9h30 às 18h00<br />

l Duração | 14 horas<br />

l Mínimo de participantes: 8<br />

l Máximo de participantes: 15<br />

l Formador: João Machado<br />

Santos<br />

l Inscrições | 213 035 300<br />

mail@acap.pt | www.acap.pt<br />

l Destinatários | chefias<br />

intermédias, gestores e outros<br />

colaboradores<br />

l Objetivos | identificar as<br />

fases, códigos e objetivos<br />

da comunicação; aumentar<br />

a fidelização dos clientes;<br />

comunicar eficazmente; diminuir<br />

a conflitualidade<br />

l Metodologia da formação |<br />

alternância de exposições teóricas<br />

com exercícios práticos<br />

l Modalidade da formação |<br />

contínua e de atualização<br />

l Forma de organização |<br />

presencial<br />

l Metodologia de avaliação<br />

| avaliação da eficácia e da<br />

eficiência da formação; avaliação<br />

de diagnóstico; avaliação da<br />

reação<br />

l Conteúdo programático |<br />

o que é comunicar; códigos na<br />

comunicação; imagem de marca,<br />

a arma da comunicação; objetivos<br />

da comunicação; códigos na<br />

comunicação; modelo e estrutura<br />

de comunicação; fidelidade<br />

na comunicação; elementos<br />

na comunicação; elementos na<br />

aprendizagem; a importância<br />

do “ponto de vista”; a empatia<br />

na comunicação eficaz; origem<br />

da linguagem; a importância da<br />

comunicação no ato da venda<br />

necessidade. Muitas vezes, as empresas<br />

só estão preocupa<strong>das</strong> com as 35 horas<br />

de formação por ano de modo a darem<br />

cumprimento ao que está consagrado<br />

no Código do Trabalho (art.° 131)”.<br />

Algo de que o nosso interlocutor não<br />

tem dúvi<strong>das</strong> é <strong>das</strong> diferentes atitudes<br />

adota<strong>das</strong> pelos intervenientes perante<br />

os conflitos: “Podem ceder (atitude passiva)<br />

ou confrontar (disputar a situação<br />

para arranjar um ganhador). Sem que<br />

nenhuma <strong>das</strong> partes fique a ganhar e a<br />

outra a perder. Se ambas não ficarem a<br />

ganhar, então o conflito não ficou resolvido<br />

e é potenciado”. Contudo, é difícil<br />

aferir o resultado final. Carece de verificação<br />

junto da empresa. Mas importa<br />

ter em conta que, numa comunicação,<br />

55% resulta da comunicação verbal e 7%<br />

da oral, ficando os remanescentes 38%<br />

a dever-se à entoação”.<br />

Para gerir conflitos, é absolutamente<br />

fundamental a comunicação, que é a<br />

“ferramenta” número um para minimizá-<br />

-los. O problema é que, na maior parte<br />

<strong>das</strong> vezes, a comunicação não existe. Seja<br />

vertical, horizontal ou transversal. João<br />

Machado Santos dá um exemplo: “O facto<br />

de estarmos a debitar palavras, não quer<br />

dizer que estejamos a comunicar. É preciso<br />

que quem nos ouça consiga captar<br />

a mensagem dando retorno do que entendeu,<br />

caso contrário não há comunicação.<br />

E, por vezes, é isto que acontece<br />

nas organizações: instruções, ordens,<br />

pareceres e indicações que são da<strong>das</strong> e<br />

que não são capta<strong>das</strong> por quem deveria<br />

tê-las recebido. Quando assim é, o conflito<br />

está instalado”.<br />

Abril I 2016<br />

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26<br />

Tecnologia<br />

Sistema híbrido Toyota<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

POR DEBAIXO DO NOVO PRIUS<br />

Motor 1.8 VVT-i<br />

O novo Prius conserva o motor 1.8<br />

VVT-i a gasolina, que funciona segundo<br />

o ciclo Atkinson. Todavia, o<br />

bloco foi totalmente revisto de<br />

forma a conseguir ser ainda mais<br />

económico. A combustão foi melhorada<br />

e os atritos internos reduzidos.<br />

O sistema de arrefecimento<br />

é de duplo circuito. A eficiência<br />

térmica passa a ser de 40%, acima<br />

dos habituais 33% dos motores a<br />

gasolina.<br />

› O pioneiro dos veículos híbridos comemora, este ano, o seu 19.° Aniversário. A melhor forma de<br />

apagar as velas deste icónico modelo é através do lançamento de uma quarta geração, inteiramente<br />

nova. O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> dá-lhe conta, nestas páginas, do que mudou por debaixo da estética<br />

pouco consensual deste Toyota<br />

Por: José Silva<br />

A<br />

“nova” Toyota, que deverá entrar<br />

na sua plenitude em 2020, é lançada<br />

agora, em 2016. Ano em que<br />

estreia a plataforma TNGA (Toyota New<br />

Global Architecture), que terá diversas<br />

variantes para acomodar vários modelos<br />

de dimensões distintas. Trata-se de uma<br />

nova filosofia de construção que vai fazer<br />

descer, drasticamente, as 100 versões<br />

diferentes de plataformas que a marca<br />

japonesa utiliza atualmente. O primeiro<br />

modelo a beneficiar da nova arquitetura<br />

é o Prius.<br />

Segundo a Toyota, a nova TNGA reclama<br />

vantagens em caso de colisão, com uma<br />

melhor distribuição dos impactos nos<br />

embates, de peso e em aumento de rigidez<br />

torcional, que chega aos 60%. Para<br />

além de tudo isto, no Prius, a nova plataforma<br />

ainda conseguiu baixar a carroçaria<br />

em 20 mm, baixar a posição de<br />

condução em 56 mm e, no fundo, baixar<br />

a posição de todos os componentes<br />

mecânicos, ou seja, o centro de gravidade<br />

está, também, mais perto do solo, permitindo<br />

uma melhoria na dinâmica do<br />

novo Prius. O coeficiente de penetração<br />

aerodinâmica é de 0,24.<br />

Esteticamente pouco consensual, este<br />

modelo tem o objetivo de não deixar<br />

qualquer dúvida de que pertence a uma<br />

nova geração. Mas o novo Prius é 60 mm<br />

mais comprido e 15 mm mais largo do<br />

que o anterior. Assim, a Toyota anuncia<br />

um consumo de 3 l/100 km e emissões<br />

de CO2 de 70 g/km. Tudo para que a<br />

pegada ambiental seja a menor possível.<br />

Nos esquemas que se seguem, saiba o<br />

que mudou na quarta geração do mais<br />

popular híbrido do mercado.<br />

Plataforma TNGA<br />

Como se dividem<br />

os componentes do novo Prius<br />

O novo Prius será o primeiro modelo<br />

da Toyota a utilizar a variante mais pequena<br />

da nova plataforma TNGA, neste<br />

caso adaptada a um híbrido. O segundo<br />

modelo será o CH-R, o novo SUV que a<br />

marca japonesa apresentou em Genebra,<br />

e que terá, também, uma versão<br />

híbrida com base neste sistema do Prius.<br />

1 O comando eletrónico do sistema<br />

híbrido é 20% mais eficiente e 33% mais<br />

pequeno do que o da geração anterior.<br />

2 O motor elétrico debita 72 cv, viu<br />

o seu peso ser reduzido em 20% e tem<br />

menos 20% de per<strong>das</strong>.<br />

3 A bateria, mais pequena, surge<br />

agora recolocada sob o banco traseiro,<br />

mesmo à frente do depósito de gasolina.<br />

Esta nova posição permitiu aumentar<br />

a bagageira em 56 litros e baixar a<br />

altura da tampa da mala em 55 mm. O<br />

piso da bagageira foi colocado numa<br />

posição 110 mm mais baixa.<br />

4 A suspensão traseira é independente<br />

e tem quatro braços por roda.<br />

5 O centro de gravidade desceu.<br />

A nova plataforma conseguiu baixar a<br />

carroçaria e a aerodinâmica melhorou<br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

27<br />

Unidade de<br />

controlo<br />

A unidade de controlo de todo o sistema<br />

(PCU), foi inteiramente redesenhada. É<br />

33% mais pequena, 6% mais leve e consegue<br />

menos 20% de per<strong>das</strong> elétricas.<br />

Esta PCU é o “coração” do novo Prius,<br />

encontrando-se no seu interior o booster<br />

inversor, um conversor DC/DC para<br />

potência auxiliar e a unidade de controlo<br />

eletrónico que gere os moto-geradores.<br />

Em vez de uma correia de alternador, o<br />

novo Prius utiliza um conversor DC/DC<br />

para recarregar a bateria convencional<br />

de 12 Volt a partir da bateria de alta<br />

voltagem.<br />

Direção assistida elétrica<br />

A Toyota aproveitou para recalibrar a direção assistida elétrica. As alterações<br />

centraram-se que no hardware quer no software do sistema, cujas<br />

mudanças foram combina<strong>das</strong> com a nova plataforma do veículo, baixo<br />

centro de gravidade e suspensão dianteira. Contempla um novo motor<br />

elétrico que fornece assistência extra à direção sempre que for necessário,<br />

para que a leveza seja uma constante nas manobras urbanas.<br />

Bateria de Níquel<br />

A bateria viu o seu tamanho ser reduzido em 10% e a capacidade<br />

de recarga aumentar 28%. Em alguns mercados, é utilizada uma<br />

bateria de Lítio. Na Europa, não é necessário. A bateria de hidreto<br />

metálico-níquel (NiMH) é mais compacta, logo pode ser “arrumada”<br />

debaixo do banco traseiro, evitando-se, desta forma, qualquer intrusão<br />

no espaço da bagageira. O sistema de refrigeração da bateria<br />

foi totalmente redesenhado e está mais eficaz.<br />

Programa de Cobertura Extra da Bateria<br />

Para um modelo híbrido, um serviço híbrido<br />

l Os componentes do sistema híbrido<br />

do novo Prius, tal como já acontecia no<br />

modelo da anterior geração têm, à exceção<br />

da bateria, uma garantia do fabricante<br />

de 5 anos ou 160.000 km (o que<br />

ocorrer primeiro). A bateria, por sua vez,<br />

Transmissão<br />

A Toyota mantém o trem epicicloidal, mas o conjunto está, agora, 47 mm mais pequeno.<br />

As per<strong>das</strong> mecânicas foram reduzi<strong>das</strong> em 20%. Este conjunto da caixa aloja quatro componentes:<br />

dois moto-geradores elétricos (MG1 e MG2), uma engrenagem planetária e<br />

uma engrenagem redutora para a relação final da caixa. O MG1 funciona como gerador,<br />

convertendo qualquer energia extra do motor a combustão em eletricidade, que entretanto<br />

é armazenada na bateria. Funciona ainda como motor de arranque. Já o MG2,<br />

funciona como gerador quando o veículo está em modo de travagem regenerativa. É o<br />

principal auxiliar do novo Prius no arranque a baixas velocidades e em modo elétrico.<br />

tem uma garantia do fabricante de 5<br />

anos ou 100.000 km. Contudo, se a viatura<br />

passar no teste do sistema híbrido,<br />

é elegível para o Programa de Cobertura<br />

Extra da Bateria por um período de mais<br />

1 ano ou 15.000 km (o que ocorrer primeiro).<br />

Esta cobertura do sistema híbrido<br />

pode ser renovada anualmente até ao<br />

10.° ano de vidado veículo (a contar<br />

desde a data de início de garantia), salvo<br />

as viaturas utiliza<strong>das</strong> como Táxi, que<br />

estão limita<strong>das</strong> a cinco renovações.<br />

Novas jantes<br />

e pneus<br />

Na tentativa de reduzir ainda mais o<br />

peso do conjunto, foram desenvolvi<strong>das</strong><br />

novas jantes de liga leve, que se coadunam<br />

com a renovada suspensão do<br />

Toyota. As jantes de 15” são 30% mais<br />

rígi<strong>das</strong> e 12,7 mm mais largas. As jantes<br />

de 17” têm um novo composto de resina,<br />

que é utilizado na sua produção,<br />

e conseguem ser 0,7 kg mais leves do<br />

que as jantes de 17” do Prius anterior.<br />

Neste caso, conseguiu reduzir-se o peso<br />

suspenso. Em termos de pneus, o novo<br />

Prius passa a utilizar, dependendo da<br />

versão, três modelos da Bridgestone:<br />

Ecopia EP150, Ecopia EP422 Plus ou<br />

Turanza T002.<br />

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28<br />

Entrevista<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

MÓNICA ALVES<br />

Responsável da AutoCrew<br />

O nosso âmbito internacional<br />

é uma vantagem competitiva<br />

› Mónica Alves, responsável da AutoCrew, lidera, atualmente, a expansão da rede para Espanha.<br />

Em entrevista ao nosso jornal, afirma que o âmbito internacional da marca é uma vantagem competitiva<br />

Por: Jorge Flores<br />

São tempos expansionistas aqueles<br />

que vive a AutoCrew. A rede de<br />

oficinas é parte do universo Bosch<br />

desde 2009, ano em que esta última<br />

adquiriu a AutoCrew GmbH. Uma jogada<br />

de sucesso e que permitiu alargar, consolidar<br />

e sistematizar os conceitos de<br />

uma rede, atualmente, com mais de 1.000<br />

oficinas, distribuí<strong>das</strong> por 14 países europeus.<br />

Em Portugal, a AutoCrew está<br />

presente desde 2013. O objetivo, segundo<br />

adianta Mónica Alves, responsável<br />

da rede, ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, será<br />

apresentar sempre uma oferta “atrativa<br />

e competitiva, suportada através do<br />

apoio técnico e comercial da Bosch”.<br />

A aliança, de resto, traduz-se na “disponibilização<br />

de equipamento tecnologicamente<br />

avançado, incorporando<br />

sistemas de software de informação<br />

técnica, formação especializada e regular<br />

dos profissionais <strong>das</strong> oficinas, logística<br />

eficaz de peças, imagem corporativa mais<br />

atrativa, apoio técnico e suporte empresarial<br />

e ainda diversas ferramentas de<br />

marketing para uma comunicação mais<br />

eficaz”, diz, em entrevista, Mónica Alves,<br />

numa altura em que lidera a expansão<br />

da rede para o mercado espanhol.<br />

Como define o vosso conceito de rede?<br />

O conceito AutoCrew é, assumidamente,<br />

um conceito multimarca e multiserviços.<br />

quanto fabricante líder de sistemas e<br />

peças para o automóvel é, também, uma<br />

mais-valia para a qualidade, segurança<br />

e inovação do conceito.<br />

Quantas oficinas fazem parte da<br />

rede, atualmente, e qual o objetivo<br />

para o futuro?<br />

Atualmente, estão na rede portuguesa<br />

cerca de 45 oficinas e esperamos ultrapassar<br />

as 60 até ao final deste ano.<br />

Quais os critérios necessários para<br />

uma oficina poder entrar na rede<br />

AutoCrew?<br />

Juntar-se à rede AutoCrew significa<br />

comprometer-se com padrões de qualidade<br />

que resultam <strong>das</strong> expectativas e<br />

requisitos dos seus próprios clientes. Para<br />

tornar-se parceiro AutoCrew, a oficina<br />

deve submeter-se ao processo de candidatura,<br />

no qual avaliaremos o seu desempenho,<br />

tendo em conta as suas<br />

competências técnicas e comerciais, o<br />

compromisso com os padrões e requisitos<br />

de qualidade e serviço AutoCrew,<br />

instalações, organização, serviços prestados,<br />

equipamentos e ferramentas oficinais.<br />

E, não menos importante,<br />

considerando a vertente empreendedora<br />

do próprio parceiro e o seu desejo de<br />

construir uma atividade forte e orientada<br />

a longo prazo.<br />

Os parceiros da AutoCrew beneficiam do<br />

conhecimento e da experiência da Bosch<br />

Assenta numa forte parceria suportada<br />

pelo apoio da rede internacional Bosch,<br />

de reconhecida qualidade, dinâmica e<br />

em crescimento. A AutoCrew tem por<br />

base um modelo de negócio fundamentado<br />

no empreendedorismo e na competência<br />

técnica, orientado para o cliente,<br />

com peças e serviços de alta qualidade<br />

e uma organização oficinal eficiente. A<br />

vasta experiência da marca Bosch en-<br />

Quais os principais benefícios e mais-<br />

-valias que uma oficina independente<br />

pode ter ao aderir à rede AutoCrew?<br />

Uma <strong>das</strong> suas vantagens competitivas<br />

do conceito AutoCrew é o seu âmbito<br />

internacional, em constante expansão,<br />

tanto pela imagem que oferece no mercado<br />

(confiança), como pelas sinergias<br />

que se podem criar ao nível de serviços<br />

e ações. Uma oficina independente que<br />

adira à rede AutoCrew passa, desde logo,<br />

a beneficiar da experiência e suporte da<br />

Bosch, líder mundial de sistemas e peças<br />

para o automóvel, equipamento oficinal<br />

Abril I 2016<br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

29<br />

500 oficinas em 2020<br />

À conquista<br />

de Espanha<br />

e serviços. Ao fazer parte da nossa rede,<br />

a oficina tem a possibilidade de aumentar<br />

a sua capacidade técnica através de<br />

um programa completo de formação<br />

certificada e de uma linha de assistência<br />

técnica. Destaco ainda as ferramentas<br />

de marketing desenvolvi<strong>das</strong> para uma<br />

comunicação mais eficaz e atrativa na<br />

fidelização e captação de novos clientes.<br />

Por outro lado, disponibilizamos um<br />

programa de gestão de qualidade AutoCrew,<br />

que inclui auditorias de qualidade,<br />

manuais, procedimentos, formação<br />

empresarial online e presencial, com o<br />

objetivo de melhorar a eficiência de processos<br />

e de prestar um serviço que vá<br />

ao encontro <strong>das</strong> necessidades e expectativas<br />

dos clientes. Para a AutoCrew, um<br />

dos principais benefícios de pertencer<br />

a uma rede como a nossa é ter acesso a<br />

estas ferramentas, que permitem aumentar<br />

a capacidade <strong>das</strong> oficinas na prestação<br />

de assistência a qualquer marca ou<br />

modelo de veículo e, consequentemente,<br />

aumentar-lhes o seu volume de negócios.<br />

Qual o papel dos distribuidores<br />

Bosch no desenvolvimento da rede<br />

AutoCrew?<br />

São os nossos parceiros de negócio e,<br />

Em Portugal, atualmente,<br />

a rede AutoCrew é<br />

composta por 45 oficinas.<br />

Até ao final do ano, o<br />

objetivo é alcançar um<br />

número de parceiros<br />

mais redondo: 60!<br />

por isso, assumem um papel crucial no<br />

desenvolvimento e sucesso da rede. Os<br />

distribuidores Bosch dão corpo à parceria<br />

suportada pelo apoio de uma rede<br />

internacional de grande qualidade, dinâmica<br />

e em crescimento permanente.<br />

Corporizam, ainda, um modelo de negócio<br />

sólido, assente no empreendedorismo<br />

e na competência técnica, através<br />

da distribuição de peças, equipamentos<br />

e serviços Bosch de alta qualidade para<br />

uma organização oficinal eficiente.<br />

Recentemente, lançaram a página<br />

oficial da AutoCrew no Facebook.<br />

Qual a importância <strong>das</strong> redes sociais<br />

para o desenvolvimento da rede?<br />

Num mundo cada vez mais digital, é<br />

importante estar presente nas plataformas<br />

onde os nossos potenciais clientes<br />

nos possam procurar. Por outro lado, esta<br />

é uma forma mais eficiente de divulgarmos<br />

as nossas campanhas, informações<br />

e novidades. Além de que as redes sociais<br />

permitem-nos estar mais perto dos nossos<br />

parceiros, promover e divulgar os<br />

seus serviços e comunicar novas adesões<br />

à rede. Esta é, sem dúvida, uma forma<br />

absolutamente transparente e de acesso<br />

simples a quem nos procura.<br />

l Um dos grandes objetivos atuais<br />

da AutoCrew é expandir-se em Espanha.<br />

A coordenação desta empreitada<br />

no país vizinho pertence<br />

a Mónica Alves. E as expectativas<br />

são eleva<strong>das</strong>, como a responsável<br />

deixou evidente. “No mercado espanhol,<br />

esperamos alcançar 500<br />

oficinas em quatro anos. Sabemos<br />

que os nossos objetivos são ambiciosos,<br />

mas acreditamos que a rede<br />

AutoCrew é forte o suficiente para<br />

cumprir o que pretendemos”, sustenta<br />

Mónica Alves.<br />

Além da experiência positiva que<br />

tem sido a presença no mercado<br />

lusitano, “é um conceito já consolidado<br />

em diferentes países, que<br />

pretende satisfazer as necessidades<br />

<strong>das</strong> oficinas que atuam no segmento<br />

médio de mercado. Segmento este<br />

que tem ainda o maior potencial de<br />

crescimento, o que reforça a nossa<br />

forte convicção no sucesso da rede<br />

no mercado espanhol”, sublinha a<br />

mesma fonte. Além disso, acrescenta,<br />

“antes de lançarmos o conceito<br />

neste mercado, a Bosch<br />

realizou um estudo independente<br />

a oficinas, que revelou uma oportunidade<br />

e espaço para o lançamento<br />

de uma nova rede”.<br />

Refira-se, a propósito, que uma <strong>das</strong><br />

principais conclusões deste estudo<br />

foi a de que “a oficina valorizava a<br />

adesão a uma rede internacional e<br />

vinculada a um fabricante de peças<br />

e sistemas para o automóvel”, explica<br />

a responsável do conceito AutoCrew<br />

ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016


30<br />

Entrevista<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

LEIGH DAVIES<br />

Diretor de Marketing e Comunicação da Comline<br />

Pretendemos aumentar<br />

a nossa notoriedade<br />

› Ativa no mercado português há cerca de sete anos, a Comline quer aumentar<br />

a sua notoriedade no nosso país. Disso mesmo deu-nos conta Leigh Davies,<br />

diretor de marketing e comunicação da empresa britânica<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Perfil<br />

Embora tenha saído da<br />

faculdade sem nenhuma<br />

perspetiva concreta de carreira,<br />

à semelhança do que acontece<br />

com inúmeros estudantes<br />

depois de terminarem os seus<br />

cursos, Leigh Davies ouviu os<br />

sábios conselhos do seu pai e<br />

decidiu seguir a sua paixão,<br />

enveredando por uma carreira<br />

na indústria do golfe. Primeiro,<br />

como jogador, o que não lhe<br />

correu, de todo, de feição.<br />

Depois, ao ter sido chamado<br />

para uma entrevista pela<br />

Acushnet Europe, Ltd., Leigh<br />

Davies ingressou na Titleist, que<br />

lhe permitiu, até maio de 2013,<br />

continuar ligado à indústria do<br />

golfe durante cerca de uma<br />

década, ainda que numa outra<br />

perspetiva. Depois de sair da<br />

Titleist, chegou à Comline para<br />

desempenhar a função de<br />

diretor de marketing e comunicação<br />

da empresa britânica.<br />

A<br />

caminho do seu quarto século<br />

de existência, a Comline é um<br />

caso de sucesso (rápido) no panorama<br />

do aftermarket. A sua postura<br />

pode ser very british, mas o rigor que rege<br />

a sua atividade, esse, tem a precisão de<br />

um relógio suíço. E, depois, importa adicionar<br />

a qualidade, que está na génese<br />

da sua gama de produtos, e o modelo<br />

de negócio low cost, que lhe permite<br />

tomar opções estratégicas inteligentes.<br />

O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Oficias esteve à conversa<br />

com Leigh Davies, diretor de marketing<br />

e comunicação da Comline, que fez revelações<br />

curiosas e elencou os objetivos<br />

previstos para 2016.<br />

Que balanço faz dos mais de 20 anos<br />

de atividade da Comline e quais considera<br />

serem os momentos mais marcantes<br />

da empresa?<br />

A Comline celebrará o seu 25.° Aniver-<br />

sário no final deste ano. Tem sido uma<br />

jornada incrível até agora. Temos crescido<br />

para nos tornarmos numa <strong>das</strong> marcas<br />

do aftermarket automóvel na Europa<br />

com mais rápida ascensão. Existiram<br />

tantos momentos marcantes ao longo<br />

do percurso e tantas pessoas incríveis,<br />

funcionários e clientes, que todos inscreveram<br />

os seus nomes na história<br />

Comline no último quarto de século. Se<br />

tivesse de eleger apenas um momento,<br />

seria o dia em que recebemos a nossa<br />

primeira encomenda de exportação.<br />

Como está estruturada a Comline, no<br />

que toca a recursos humanos e instalações?<br />

O centro principal de atividade da empresa<br />

é a nossa sede, situada em Luton,<br />

no Reino Unido. Temos muito orgulho em<br />

ser uma marca independente, very british.<br />

E tal encontra-se refletido em todos os<br />

nossos departamentos, a começar pelo<br />

diretivo. Os produtos Comline são introduzidos<br />

no mercado a partir de um grande<br />

centro de distribuição, que opera 24 horas<br />

por dia e sete dias por semana para<br />

dar resposta aos clientes europeus. E não<br />

só. Nos últimos anos, a nossa estratégia<br />

expansionista levou-nos a criar subsidiárias<br />

na Grécia (Comline Hellas) e em Espanha<br />

(Comline Ibérica). Todos os outros<br />

mercados são servidos por empresas<br />

independentes, que atuam como distribuidores<br />

Comline para regiões específicas.<br />

Como é composta a gama de produtos<br />

Comline para o aftermarket?<br />

A Comline foi estabelecida como marca<br />

para o aftermarket e não temos qualquer<br />

intenção de alterá-la. O nosso negócio<br />

é abastecer o aftermarket com produtos<br />

de qualidade, fiáveis e ao melhor preço.<br />

Foi este pacote “melhor dos dois mundos”<br />

que forneceu a plataforma para o nosso<br />

sucesso. Proporcionar value for money é<br />

um dos pilares onde assenta a estratégia<br />

da Comline.<br />

Abril I 2016<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

31<br />

Quais são os produtos mais preponderantes<br />

na vossa gama?<br />

Dispomos de uma presença forte em<br />

diversas gamas de produtos, mas o nosso<br />

core business são os filtros e as pastilhas de<br />

travão. Entre óleo, ar, combustível e habitáculo/carbono,<br />

temos mais de 1.700 referências<br />

de filtros. Em simultâneo, o nosso<br />

disco de travão é um dos produtos com<br />

certificação ECE R90, que estão disponíveis<br />

para o aftermarket. Nas peças para direção<br />

e suspensão, a Comline tem vindo a assumir<br />

cada vez maior protagonismo.<br />

Estão previstos novos produtos ou<br />

serviços para este ano?<br />

As gamas de produtos da Comline nunca<br />

estagnam. O mercado está em constante<br />

evolução e a nossa equipa de desenvolvimento<br />

assegura que cada categoria de<br />

que dispomos esteja constantemente<br />

atualizada e vá ao encontro <strong>das</strong> necessidades<br />

dos clientes. Em 2016, já introduzimos<br />

os discos de travão revestidos, que<br />

substituíram os discos standard. O que<br />

foi, sem dúvida, uma grande evolução,<br />

uma vez que estes novos discos conferem<br />

uma aparência mais premium, resistem<br />

melhor à corrosão e não necessitam de<br />

grandes operações de limpeza. Em breve,<br />

adicionaremos ao nosso portefólio de<br />

produtos os kits de rolamento de roda.<br />

Como chegam os produtos Comline<br />

ao mercado português?<br />

Em Portugal, a Comline faz chegar os<br />

seus produtos aos clientes através de um<br />

pequeno e seleto grupo de distribuidores<br />

nomeados, que estão geograficamente<br />

repartidos para garantir a<br />

cobertura de todo o território. A Comline<br />

tem estado ativa no mercado português<br />

há praticamente sete anos, onde tem<br />

vindo a crescer sucessivamente.<br />

O que vos distingue da concorrência?<br />

A Comline é uma marca independente,<br />

privada e britânica. Não somos vistos<br />

como um número para os acionistas nem<br />

somos controlados por nenhuma empresa-mãe,<br />

o que nos permite estar focados<br />

em dar resposta aos clientes. Num<br />

mercado onde as relações comerciais são<br />

desleais, os preços são obsessão e a deturpação<br />

vigora, a Comline orgulha-se<br />

da ética que rege a sua atividade e de<br />

poder defender os verdadeiros interesses<br />

do aftermarket.<br />

Têm intenção de fazer algo mais para<br />

elevar a vossa reputação em Portugal?<br />

Acreditamos que a nossa reputação em<br />

Portugal é forte mas também temos<br />

consciência de que parte do mercado<br />

não conhece a Comline nem aquilo que<br />

ela tem para oferecer. O nosso objetivo<br />

passa por continuar a apoiar a rede de<br />

distribuição de que dispomos, para que<br />

a imagem de marca possa ser cada vez<br />

mais conhecida. A parceria que estabelecemos<br />

com o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> é um<br />

excelente exemplo de como estamos a<br />

apostar forte no marketing e a desenvolver<br />

atividades de divulgação da marca<br />

em Portugal.<br />

Que tipo de apoio prestam aos vossos<br />

parceiros no que toca a informação<br />

técnica e marketing?<br />

A Comline opera segundo uma política<br />

de proximidade com os distribuidores<br />

portugueses, de modo a prestar-lhes todo<br />

o apoio de marketing e merchandising<br />

necessários que lhes permita potenciar<br />

os seus negócios e, consequentemente,<br />

os da marca.<br />

É sabido que as margens têm vindo a<br />

diminuir nas peças. Em que medida<br />

pode a Comline recuperá-las?<br />

O modelo de negócio da Comline está<br />

pensado para criar valor junto do aftermarket.<br />

Com os nossos produtos, os<br />

parceiros, qualquer que seja o nível da<br />

cadeia de valor em que se encontrem,<br />

têm a oportunidade de manter margens<br />

interessantes enquanto fornecerem produtos<br />

em que os clientes possam confiar,<br />

com qualidade, fiabilidade e desempenho<br />

consistentes.<br />

Qual considera ser a principal inovação<br />

da Comline?<br />

Seria expectável que citasse exemplos<br />

de produtos. Contudo, no que à inovação<br />

diz respeito, prefiro destacar o nosso<br />

modelo de negócio único, que é, sem<br />

dúvida, a nossa maior inovação e o segredo<br />

que está na base do nosso sucesso.<br />

O modelo de negócio low cost de que<br />

dispomos traz desafios, claro, mas permite-nos<br />

oferecer value for money. Na<br />

prática, isto significa encontrar soluções<br />

inteligentes. Como, por exemplo, a redução<br />

de custos através da disponibilização<br />

de catálogos em formato digital<br />

em vez de suporte de papel.<br />

Como analisa a perceção que o mercado<br />

tem da Comline?<br />

Acredito que a Comline tem elevada<br />

reputação em Portugal mas muitos negócios<br />

ligados ao aftermarket ainda não<br />

estão atentas à nossa marca. Mas isto é<br />

algo em que estamos a trabalhar afincadamente.<br />

De uma forma geral, também<br />

acredito que os produtos da Comline não<br />

têm a atenção que merecem. O facto de<br />

estarmos focados em oferecer value for<br />

money pode, por vezes, ofuscar a qualidade<br />

inerente ao produto em si. As nossas<br />

pastilhas de travão são dos melhores<br />

exemplos que traduzem o compromisso<br />

que a marca assumiu com a qualidade.<br />

Qual foi o desempenho da Comline<br />

no ano passado em Portugal e em outros<br />

mercados?<br />

A Comline tem vindo a registar um<br />

crescimento do seu negócio em praticamente<br />

todos os mercados onde está<br />

presente, incluindo Portugal. O ano passado<br />

não foi exceção. O que nos confere<br />

total legitimidade para reivindicar o<br />

estatuto de uma <strong>das</strong> marcas de componentes<br />

automóvel com crescimento mais<br />

rápido na Europa.<br />

Que objetivos pretendem atingir em<br />

Portugal no ano de 2016?<br />

Aquilo que pretendemos é, essencialmente,<br />

aumentar a notoriedade da marca<br />

e o reconhecimento da mesma por parte<br />

do mercado. Consideramos que tal é de<br />

importância fulcral para que o volume<br />

de negócios da Comline possa aumentar<br />

este ano e nos seguintes, sempre através<br />

dos parceiros (distribuidores), aos quais<br />

prestamos total apoio.<br />

É difícil crescer em Portugal? Que<br />

análise faz do aftermarket nacional?<br />

Através da política de proximidade que<br />

estabelecemos com os nossos parceiros,<br />

traçámos o perfil correto do mercado<br />

português, onde acreditamos que existem<br />

oportunidades para crescer. Com a<br />

gama de produtos de que dispomos e<br />

o valor justo que praticamos, bastará<br />

aumentar a nossa notoriedade para que<br />

as oficinas depositem em nós a confiança<br />

necessária que nos permita continuar a<br />

crescer. Sempre, claro está, em conjunto<br />

com os nossos distribuidores.<br />

Comline<br />

Confiança<br />

e qualidade<br />

numa simbiose<br />

perfeita<br />

l A caminho dos seus 25 anos, a<br />

Comline Auto Parts Ltd., sediada na<br />

cidade de Luton, Bedfordshire, Reino<br />

Unido, afirma-se como uma empresa<br />

orgulhosamente britânica. Foi criada<br />

para abastecer o aftermarket independente<br />

com peças de qualidade e<br />

faz da excelência do serviço ao cliente<br />

o seu modus operandi, tendo desenvolvido<br />

um simplificado modelo de<br />

negócio low cost.<br />

O armazém, de 13.000 m 2 , dá resposta<br />

às crescentes necessidades do<br />

mercado europeu e alberga 7.500<br />

referências disponíveis diariamente,<br />

encontrando-se 95% delas em stock.<br />

E como a Comline opera num regime<br />

24/7 (24 horas por dia, sete dias por<br />

semana), o material pode ser rececionado<br />

no período noturno, o que<br />

permite que o dia possa ser utilizado<br />

para fazer levantamentos e envios de<br />

encomen<strong>das</strong> para clientes. É no centro<br />

da Europa que a Comline e a sua<br />

marca de pastilhas de travão, Allied<br />

Nippon, são mais fortes. A empresa<br />

de Luton abriu, aliás, subsidiárias na<br />

Grécia (Comline Hellas) e, mais recentemente,<br />

em 2013, em Espanha<br />

(Comline Ibérica).<br />

O portefólio da Comline inclui filtros,<br />

peças para sistemas de travagem,<br />

peças para suspensão, kits de embraiagem,<br />

bombas de água, juntas<br />

homocinéticas, escovas limpa-vidros<br />

e óleos. Todos os produtos estão<br />

abrangidos por uma garantia de três<br />

anos ou 60.000 km contra defeitos<br />

de fabrico (o que ocorrer primeiro).<br />

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32<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Teste aos discos de travão para Subaru Impreza WRX<br />

Blue Print identifica diferenças<br />

No fabrico dos discos de travão, uma <strong>das</strong> técnicas utiliza<strong>das</strong> para baixar os custos de produção passa por diminuir a quantidade<br />

de material utilizado. A Blue Print mostra que existem diferenças nos preços porque há diferenças na produção<br />

Imagem: ©APComunicação<br />

Muitas vezes, a competitividade <strong>das</strong><br />

marcas advém de cortes que são<br />

feitos no processo de fabrico dos seus produtos,<br />

podendo comprometer-se a sua<br />

performance e qualidade. Além de que, no<br />

caso da travagem, compromete-se, também,<br />

a segurança na condução, uma vez<br />

que o sistema de travagem poderá deixar<br />

de responder como seria expectável.<br />

A diminuição de custos na produção é,<br />

sem dúvida, o meio através do qual se<br />

pode ser mais competitivo. No que diz<br />

respeito aos discos de travão, uma <strong>das</strong><br />

técnicas utiliza<strong>das</strong> para baixar custos de<br />

produção é diminuir a quantidade de material<br />

utilizado na sua produção. Com esta<br />

redução de material utilizado, diminui-se<br />

também, o peso e a dimensão do disco.<br />

A Blue Print fez um teste aos discos<br />

de travão para o Subaru Impreza WRX,<br />

comparando-os com a origem e com<br />

um concorrente. A escolha deste disco<br />

prende-se com o facto de o Subaru em<br />

questão ser um veículo de alta performance,<br />

sendo expectável é que os seus<br />

discos de travão resistam a travagens mais<br />

intensas e prolonga<strong>das</strong> do que as que são<br />

feitas num veículo “normal”.<br />

O mais importante a considerar nos<br />

discos de travão é a sua capacidade de<br />

dissipar, o mais rapidamente possível, o<br />

calor para e pelas áreas corretas. Ao lado,<br />

está um exemplo representado através de<br />

Disco de Travão da marca (...XYZ) Placas<br />

de fricção mais finas, barreiras de<br />

passagem de calor menores assim como a<br />

altura do “chapéu”<br />

Disco de Travão da Blue Print<br />

Disco de Travão da Origem<br />

desenhos técnicos, em que uma marca<br />

usou menos matéria-prima na produção<br />

do seu disco.<br />

Os discos com as características modifica<strong>das</strong><br />

são, geralmente, mais baratos, mas,<br />

muitas vezes, não têm nem a mesma força<br />

nem a mesma eficiência térmica.<br />

Como é possível ver no desenho técnico,<br />

o aumento do intervalo de ar entre as<br />

placas de fricção não significa, necessariamente,<br />

um aumento de arrefecimento.<br />

Aliás, o oposto é que pode ser verdade.<br />

Veja-se que uma placa de fricção mais fina<br />

terá menos metal para absorver e dissipar<br />

o calor, aumentando a possibilidade de<br />

sobreaquecimento, de fadiga do travão<br />

e ainda da distorção, que podem resultar<br />

em trepidação do disco de travão e em<br />

falhas prematuras.<br />

No disco concorrente, também são evidentes<br />

as alterações nas barreiras de calor,<br />

que, neste caso apresentado, foram reduzi<strong>das</strong>.<br />

Desta forma, mais calor é dissipado<br />

para o centro do disco. Com barreiras de<br />

calor mais pequenas, o excesso de calor<br />

gerado com a travagem atinge, mais<br />

rapidamente, o cubo, os rolamentos de<br />

roda e os retentores. Assim, cumprir com<br />

o que são as especificidades <strong>das</strong> barreiras<br />

de calor é essencial numa perspetiva de<br />

prevenir danos no cubo da roda, porque<br />

evita a transferência do excesso de calor<br />

para o centro do disco.<br />

À esquerda, o disco da concorrência.<br />

À direita, o disco da Blue Print<br />

Através dos cortes feitos aos três discos,<br />

também se observou, no disco da concorrência<br />

da Blue Print, que a abertura de<br />

ventilação foi reduzida, sendo que também<br />

esta redução pode resultar numa<br />

falha estrutural e prematura do disco.<br />

Discos de travão sobreaquecidos levam<br />

a um maior desgaste dos mesmos, assim<br />

como à abertura de fissuras na sua superfície,<br />

a variações de espessura e de dureza.<br />

Assim, a junção de placas de fricção mais<br />

finas, com barreiras de calor e aberturas<br />

de ventilação menores, prejudicam a<br />

dissipação do calor e eficiência térmica,<br />

prejudicando a performance do disco e<br />

a sua durabilidade.<br />

Para o fabricante, o custo diminui mas,<br />

efetivamente, o cliente final fica prejudicado,<br />

assim como toda a cadeia de<br />

distribuição.<br />

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34<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Liqui Moly aumenta volume de negócios<br />

A Liqui Moly anunciou um aumento do seu<br />

volume de negócios no ano passado para um<br />

novo valor recorde de 441 milhões de euros,<br />

mais 20 milhões de euros relativamente ao ano<br />

anterior. Este crescimento foi alcançado apesar<br />

<strong>das</strong> condições problemáticas em mercados-chave,<br />

como a Rússia, onde a crise<br />

económica fez travar a procura. A isso,<br />

acrescem as perturbações contínuas<br />

num mercado de escoamento<br />

anteriormente forte, como é<br />

o caso da Ucrânia. Este declínio<br />

pôde, contudo, ser<br />

compensado por outros<br />

países. O desenvolvimento<br />

do negócio na Alemanha e<br />

na Áustria atingiu níveis<br />

surpreendentemente bons.<br />

Apesar da já forte posição no<br />

mercado, o volume de negócios<br />

cresceu aí cerca de 7%.<br />

Para Ernst Prost, CEO da Liqui<br />

Moly, “ainda mais importante<br />

do que o aumento do volume<br />

de negócios é, para mim, o aumento<br />

do número de colaboradores,<br />

que subiu para 731 no ano passado,<br />

com a admissão de 35 novas pessoas. E, nos<br />

primeiros dois meses deste ano, já foram<br />

contratados mais 16 colaboradores”. Deste<br />

modo, a Liqui Moly quase que duplicou o seu<br />

volume de negócios total desde 2009. Parte<br />

do sucesso deve-se, também, à premissa de<br />

se produzir exclusivamente na Alemanha.<br />

Contudo, o crescimento não é um fim em si.<br />

Como explica Ernst Prost, “o que importa não<br />

são tanto os números. É muito mais importante<br />

que a empresa cresça de forma saudável<br />

e possa dar trabalho a ainda mais pessoas”.<br />

NRF melhora radiadores<br />

para Iveco Stralis<br />

Todos os radiadores NRF produzidos para o Iveco Stralis foram<br />

melhorados para evitar falhas prematuras. O kit Easy Fit proporciona<br />

uma montagem flexível do radiador no Intercooler, o que permite reduzir<br />

o movimento entre ambos, devido à expansão térmica diferente<br />

<strong>das</strong> duas unidades. O ninho dos radiadores NRF teve um aumento<br />

da espessura para 48 milímetros, quando o original apresenta 42<br />

milímetros. O que faz aumentar a resistência mecânica do radiador.<br />

Para comprovar a qualidade destes radiadores melhorados, a NRF<br />

executou vários testes em condições reais com um Iveco Stralis.<br />

Com base nos resultados dos testes realizados, concluiu que os<br />

produtos em questão mostraram uma excelente transferência de<br />

calor e boa resistência ao desgaste e à vibração.<br />

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36<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Osram luta<br />

contra a pirataria<br />

A<br />

s lâmpa<strong>das</strong> de farol Osram são copia<strong>das</strong> ilegalmente por<br />

piratas de produtos. Para proteger os consumidores de<br />

cópias de baixa qualidade, o fabricante de iluminação já desenvolveu<br />

o seu próprio programa de confiança. Graças ao<br />

controlo inovador de segurança, os compradores podem facilmente<br />

verificar se a lâmpada que compraram é uma Osram<br />

original que foi fabricada em conformidade com as normas<br />

internacionais de qualidade e segurança. Apesar de poderem<br />

ter a mesma aparência exterior, existem grandes diferenças<br />

entre os produtos originais da Osram e as falsificações, que<br />

são produzi<strong>das</strong>, principalmente, no Extremo Oriente.<br />

A Osram já lançou o seu “Programa Confiança” para garantir<br />

que os condutores não sofrem com as falhas prematuras da<br />

lâmpada ou com fracos feixes de luz. O objetivo do programa<br />

é verificar a autenticidade <strong>das</strong> lâmpa<strong>das</strong> de Xénon. A nova<br />

etiqueta de segurança na embalagem da lâmpada fornece<br />

uma primeira indicação sobre se a lâmpada é falsa. Um código<br />

impresso na embalagem atribui, exclusivamente, a embalagem<br />

a uma lâmpada específica. O holograma da etiqueta de<br />

segurança e a tira de segurança integrada tornam a vida difícil<br />

para os futuros falsificadores e fornecem aos consumidores<br />

mais uma prova da autenticidade do produto.<br />

WD-40 lançou gama<br />

de manutenção para motos<br />

l Responde pelo nome de Specialist Motorbike a nova gama<br />

que a WD-40 criou, em resposta à procura crescente de produtos<br />

para manutenção e cuidado <strong>das</strong> motos. A gama é constituída<br />

por sete novas referências e apresenta fórmulas únicas e revolucionárias,<br />

totalmente compatíveis com os diversos materiais<br />

e componentes <strong>das</strong> diferentes motos. Cada produto serve uma<br />

necessidade específica e o seu conjunto forma, de acordo com<br />

a WD-40, uma gama única no mercado, indispensável para uma<br />

perfeita manutenção e cuidado dos veículos de duas ro<strong>das</strong>.<br />

O lançamento oficial da nova gama WD-40 Specialist Motorbike<br />

terá lugar no salão expoMECÂNICA, que decorrerá na Exponor,<br />

de 14 a 17 de abril. Contudo, estes sete novos produtos estão à<br />

venda desde o passado dia 1 de abril.<br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

37<br />

20 anos<br />

Obrigado a todos os que nos trouxeram até aqui.<br />

Tudo faremos para continuar a merecer a vossa confiança.<br />

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38<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

SKF: kits de corrente de distribuição<br />

O Aftermarket da SKF anunciou a extensão da sua gama de motor, com<br />

a linha de kits de corrente de distribuição (VKML) para os automóveis<br />

europeus e asiáticos mais populares, de forma a satisfazer a procura do<br />

mercado e ajudar os clientes a completar a sua oferta de produtos. Os<br />

kits incluem to<strong>das</strong> as guias necessárias, engrenagens, bem como tensores<br />

e juntas, para ajudar os mecânicos a trabalhar de uma forma eficiente e<br />

eficaz, enquanto levam a cabo as reparações no sistema de distribuição.<br />

A seleção será alargada durante este ano de 2016, de forma a incluir kits<br />

de corrente de distribuição adicionais, ferramentas relaciona<strong>das</strong>, vedantes<br />

necessários e informação de suporte técnico de forma a completar<br />

a oferta SKF.<br />

Póvoa Hidráulica<br />

anuncia novidades<br />

Póvoa Hidráulica ampliou a sua gama de toma<strong>das</strong> de força, com a nova pneumática<br />

A para caixas Hino MX06/6.515 e MX 06/7.305. Esta tomada tem uma ótima disposição<br />

para a montagem de bombas ISO 4 furos de grande tamanho e pode montar-se com<br />

saída de prato para acoplar a uma transmissão. A tomada de força, de dois pistões, é<br />

constante, transmite um binário máximo de até 350 Nm e uma potência de 38 kW às<br />

100 rpm. Montada sobre registo esquerdo de oito furos. A caixa de velocidade foi desenvolvida<br />

para ser utilizada em veículos HINO 500 de série FG 235 4X2, entre outros.<br />

A empresa lançou, também, o Bull 3.500, um novo guincho compacto e ligeiro até<br />

3,5 t. O seu desenho otimizado é o resultado de experiências do perfecionismo e da<br />

tecnologia com guinchos. A atenção especial foi melhorar a eficiência, desenho mais<br />

compacto, peso e número de partes internas reduzi<strong>das</strong>, sem sacrificar o seu rendimento,<br />

obtendo como resultado, melhores características técnicas numa unidade reduzida.<br />

Entre as muitas melhorias no novo guincho, destacam-se a redução de 15% do gancho<br />

e menos componentes internos, que reduzem a manutenção da unidade.<br />

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40<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Dayco lança catálogo aftermarket para VP<br />

Rede TOP TRUCK aumenta para 17 oficinas<br />

l A rede portuguesa de oficinas para pesados TOP TRUCK passou a<br />

contar com um novo parceiro, a Fontão Auto, de Ponte Lima, aumentando<br />

para um total de 17 o número de pontos especializa<strong>das</strong> em manutenção<br />

e reparação de camiões, autocarros, semirreboques e comerciais ligeiros.<br />

Presente no mercado há mais de dez anos, a Fontão Auto dispõe de valências<br />

importantes para pesados, assim como uma equipa profissional<br />

e dedicada.Para Miguel Ribeiro, gestor da rede TOP TRUCK em Portugal,<br />

“a nova oficina TOP TRUCK de Ponte de Lima tem to<strong>das</strong> as condições,<br />

recursos e ferramentas para servir a região de acordo com os elevados<br />

padrões de qualidade e eficiência que caracterizam esta rede em Portugal.<br />

Esperamos que esta parceria se mantenha por muitos anos”. A Civiparts<br />

é, recorde-se, o representante exclusivo para Portugal da rede de oficinas<br />

para pesados TOP TRUCK.<br />

A Dayco anunciou que já está disponível o seu catálogo de veículos pesados 2016.<br />

Este novo “almanaque” representa a natural evolução da gama Dayco, que, com mais<br />

de 700 códigos e 350.000 aplicações, garante uma cobertura superior a 97% para os<br />

veículos europeus em circulação.Entre a riqueza de novos conteúdos presentes nas 1.300<br />

páginas do catálogo, encontra-se a expansão tanto de aplicações como de códigos, com<br />

especial foco nos conjuntos correia Poly-<br />

-v (KPVs) e tensores (APVs). A atualização<br />

mais importante do catálogo é a adição de<br />

marcas de fabrico russo, tais como Kamaz,<br />

Gaz, Kavz e Nefaz, a fim de satisfazer a<br />

crescente procura de peças para veículos<br />

provenientes da Europa de Leste.Os produtos,<br />

para mais de 90% dos códigos em<br />

toda a gama, são produzidos nas fábricas<br />

Dayco em San Bernardo, Ivrea (Distrito<br />

de Turim), Itália, para componentes de<br />

metal, e Chieti, Itália, para componentes<br />

de borracha, satisfazendo os padrões de<br />

alta qualidade exigidos para uma verdadeira<br />

empresa líder, que foi selecionada<br />

como parceiro pelos mais importantes<br />

fabricantes internacionais.Considerado<br />

uma referência para toda a indústria,<br />

este catálogo está disponível tanto em<br />

papel como em versão digital (www.<br />

daycogarage.com).<br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

41<br />

Pro4matic apresenta<br />

novidades Arnott<br />

l A Pro4matic começou o ano de 2016 com<br />

novidades nas suspensões pneumáticas, <strong>das</strong><br />

quais se destacam os novos amortecedores<br />

traseiros a gás para o Mercedes-Benz ML<br />

W164 / GL X 164, com Airmatic (s/ ADS) ou<br />

com Adaptive Damping System (C/ ADS). Estes<br />

amortecedores são desenhados e montados<br />

nos Estados Unidos da América e contam<br />

com uma garantia vitalícia contra defeito de<br />

fabrica. A Arnott e a Pro4matic recomendam<br />

sempre a instalação do par. Estão igualmente<br />

disponíveis os novos foles pneumáticos dianteiros<br />

para a Audi A6 C5 4B Allroad (2000 a<br />

2006), os quais se apresentam reforçados face<br />

à versão anterior.<br />

Lubrificantes para Diesel limpos<br />

Escolha acertada! Por:<br />

Durante mais de cinquenta anos, introdução, não ficaram, também,<br />

poucas foram as intervenções realiza<strong>das</strong><br />

no automóvel para se melhorar até aqui puderam utilizar sem preocu-<br />

os profissionais da reparação que, se<br />

a qualidade do gás libertado pelas condutas<br />

de escape. Muitos propulsores motor Diesel, passaram a ter de dar<br />

pações de registo qualquer óleo num<br />

deram-se ao luxo de lançar ao longo especial atenção ao lubrificante dos<br />

de várias déca<strong>das</strong> pelo escape, «à luz novos propulsores. O maior ou menor<br />

resíduo sólido que aparecesse<br />

do dia» e sob olhar atento <strong>das</strong> autoridades,<br />

tonela<strong>das</strong> de vapor de óleo no escape de um Diesel sem filtro de<br />

queimado a troco de uma melhoria partículas resultado da cinza de um<br />

questionável na entrega da potência. óleo menos recomendado, só obstruía<br />

a passagem se tivesse a dimen-<br />

Refiro-me, como já percebeu, aos propulsores<br />

2T, que libertam pelo escape são de uma batata. Presentemente,<br />

resíduos de lubrificante queimado nas o catalisador e o filtro de partículas<br />

câmaras de combustão.<br />

não admitem falhas bem menores. O<br />

A norma Euro 6, aplicável aos gases<br />

escape a partir do final se 2014, forçou<br />

os automóveis com motor Diesel a utilizarem<br />

um novo componente denominado<br />

filtro de partículas. Amigo do<br />

ambiente, salvador comercialmente<br />

destes motores, acrescentou ao utilizador<br />

mais uma preocupação, uma<br />

avaria e uma despesa. Ilesos, face aos<br />

problemas que surgiram da recente<br />

Dica<br />

de<br />

reparação<br />

João Paulo Lima | Tlm: 919 779 303<br />

teor de cinzas lançado pelas condutas<br />

resultado de queimas descontrola<strong>das</strong>,<br />

deve ficar dentro de parâmetros específicos<br />

e os óleos para estes motores<br />

muito limitados aos que podem ser<br />

utilizados. Assim sendo, recomenda-se<br />

a leitura <strong>das</strong> especificações do fabricante<br />

relativamente aos lubrificantes<br />

utilizados, recordando que a ACEA (Associação<br />

de Construtores Europeus de<br />

Automóveis), classificou com a sigla<br />

“C” os lubrificantes utilizados em motores<br />

Diesel com filtro de partículas,<br />

podendo ainda cada modelo ter mais<br />

especificações. Exemplificando, temos:<br />

C1, disponível desde 10/2004 para<br />

veículos ligeiros Diesel com filtros de<br />

partículas e teor de cinzas sulfata<strong>das</strong><br />

máx. 0,5%. C2, teor de cinzas sulfata<strong>das</strong><br />

máx. 0,8%. E C3, teor de cinzas sulfata<strong>das</strong><br />

máx. 0,8%. A falta de atenção<br />

na escolha do lubrificante para estes<br />

propulsores conduz, na maioria <strong>das</strong><br />

vezes, à obstrução antecipada do elemento<br />

regenerador.<br />

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42<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

MAN com filtros UFI no<br />

primeiro equipamento<br />

Para cumprir os requisitos impostos pela norma Euro VI, o fabricante alemão<br />

de veículos pesados MAN comprometeu-se a desenvolver novos motores<br />

de última geração. Para isso, confiou no know-how e<br />

na experiência da UFI Filters para a produção do<br />

pré-filtro de gasóleo. A qualidade do pré-filtro<br />

de gasóleo é fundamental para garantir o bom<br />

funcionamento do veículo: maior eficiência no<br />

sistema de injeção; melhor combustão; reduzida<br />

emissão de contaminantes.Isto traduz-se num<br />

melhor rendimento do motor e numa poupança<br />

de combustível, elementos essenciais especialmente<br />

para os transportes de longo curso, onde o custo do<br />

combustível tem um impacto significativo. O pré-filtro<br />

de combustível, já disponível na gama aftermarket com<br />

as referências UFI 24.035.01 e SOFIMA S 4035 NR, garante<br />

a separação da água do gasóleo acima de 98%, essencial<br />

para o ótimo funcionamento do veículo, sobretudo para<br />

os sistemas common rail, que trabalham a alta pressão.<br />

TurboClinic iniciou comercialização da EAT v3<br />

Após ter lançado quatro equipamentos<br />

no mercado, apenas em 2015, a Turbo-<br />

Clinic iniciou 2016 com a apresentação<br />

da EAT v3 (Electronic Actuator Tester).<br />

Trata-se do primeiro equipamento<br />

para testar e programar<br />

atuadores elétricos<br />

de turbocompressores com<br />

interface em Android. Com<br />

uma imagem renovada, a<br />

versão 3 da EAT pode ser<br />

operada a partir de um tablet<br />

ou smartphone e deixa<br />

de estar “presa” a uma oficina<br />

ou a uma tomada, já<br />

que pode ser utilizada com<br />

baterias recarregáveis. A EAT<br />

v3 vem potenciar a indústria<br />

de reparação de turbocompressores com<br />

a ferramenta mais portátil e resistente do<br />

mercado para testar e programar atuadores<br />

elétricos. A TurboClinic mantém,<br />

assim, a sua reputação de lançar no<br />

mercado equipamentos únicos e inovadores,<br />

como fez no ano anterior com<br />

o Oil Leak Tester, o primeiro sistema para<br />

testar fugas de óleo em turbos, e com o<br />

TCA Compact, o primeiro equipamento<br />

de bancada para o equilíbrio de turbocompressores.<br />

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l Já está em comercialização a INA GearBOX, a solução<br />

de reparação profissional específica para caixas de<br />

velocidades. Cada uma destas caixas contém todos os<br />

componentes necessários para a reparação profissional<br />

de uma caixa de velocidades, com qualidade de equipamento<br />

original. Trata-se de uma solução completa, que<br />

permite à oficina poder reparar, por si própria, avarias nas<br />

caixas de velocidades, de uma forma cómoda e simples,<br />

não necessitando de encomendar a reparação da caixa de<br />

velocidades a terceiros.Consegue-se, assim, maior rapidez,<br />

uma vez que os especialistas em caixas de velocidades não<br />

têm de procurar peças de desgaste específicas. Este é um<br />

produto prático e inovador, que já obteve o reconhecimento<br />

dos setores da mecânica e do pós-venda.<br />

Veneporte reforçou<br />

parte quente dos escapes<br />

A Veneporte, que exporta cerca de 90% da sua produção,<br />

concentra, assim, o seu foco no complemento da linha de<br />

produtos destinados à parte quente dos sistemas de escape.<br />

Em declarações ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, José Gameiro, responsável<br />

de marketing da empresa, afirmou que “a Veneporte<br />

está preparada quer a nível técnico quer tecnológico para a<br />

produção de produtos de elevada qualidade, características<br />

inteiramente reconheci<strong>das</strong> pelo mercado, que nos permitem<br />

estar posicionados entre os melhores players do setor”.<br />

Estes novos lançamentos, levados<br />

a cabo numa lógica de<br />

aumento contínuo da cobertura<br />

do parque automóvel nos diferentes<br />

mercados em que opera,<br />

resultam “não só de necessidades<br />

relaciona<strong>das</strong> com o alargamento<br />

da atuação comercial da Veneporte<br />

para novos mercados, mas, também,<br />

da intenção que a empresa tem de<br />

acompanhar as evoluções nos mercados”,<br />

acrescentou o mesmo responsável.<br />

Lusilectra e Jonnesway<br />

alargam parceria<br />

l A Lusilectra e a sua representada Jonnesway<br />

renovaram o contrato de exclusividade para a Península<br />

Ibérica, Angola e Cabo Verde, onde foi incluído,<br />

também, o mercado francês. Fruto do trabalho desenvolvido<br />

pela Lusilectra ao longo destes anos, a<br />

Jonnesway confiou e alargou a responsabilidade para<br />

que, nestes mercados, a Lusilectra continue a crescer<br />

sustentadamente com uma eficaz rede de distribuição.<br />

Conscientes da árdua tarefa que têm pela frente, tendo<br />

em mente o sucesso desta atividade, alicerçados no<br />

binómio qualidade/preço, no suporte da Jonnesway<br />

e na capacidade da equipa, a empresa portuense, inserida<br />

no Grupo Salvador Caetano, pretende alcançar<br />

os objetivos a que se propôs.<br />

Abril I 2016<br />

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Este é o Mike Bellaby, Engenheiro de<br />

Desenvolvimento de Produtos na TRW.<br />

Quer esteja a aprovar peças de<br />

direção para a TRW ou a preparar<br />

a sua próxima corrida de sidecar,<br />

o Mike certifica-se de que cada<br />

componente foi testado até ao limite.<br />

E é por isso que a TRW foi a única<br />

marca que passou em todos os sete<br />

testes de segurança independentes a<br />

componentes de direção.<br />

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44<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

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15 17 ABRIL<br />

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exponor<br />

Meyle lança gama de apoios de motor<br />

O fabricante de Hamburgo alargou a sua oferta com mais de 100 novas chumaceiras<br />

de motor Meyle para mais do que 3.000 aplicações. Para assegurar uma<br />

longa vida útil dos apoios do motor Meyle, apesar <strong>das</strong> grandes cargas estáticas,<br />

dinâmicas e térmicas, dá-se atenção a uma elevada qualidade dos materiais que<br />

compõem as peças. Os materiais utilizados são selecionados de forma específica<br />

para os veículos e submetem-se a rigorosos controlos de qualidade, desde o desenvolvimento<br />

até ao produto concluído. Para que as oficinas possam transmitir<br />

aos seus clientes a qualidade e a durabilidade dos apoios do motor Meyle, está<br />

agora disponível no canal “ Meyle TV” um novo vídeo sobre o tema.<br />

Fuchs anticongelante Maintain Fricofin<br />

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l Devido à constante evolução dos<br />

motores e às suas exigências no que<br />

diz respeito ao arrefecimento, proteção<br />

contra corrosão e outros fatores<br />

adversos, os fabricantes lançam novas<br />

aprovações de lubrificantes de maneira<br />

a assegurar que o produto utilizado<br />

esteja de acordo com os níveis<br />

de performance exigidos. A Fuchs<br />

acompanha esta evolução lançando,<br />

constantemente, novos produtos com<br />

as aprovações oficiais dos fabricantes.<br />

É por esta razão que a marca coloca no<br />

mercado um produto que responde às<br />

exigências mais recentes do Grupo VAG<br />

(Audi, VW, Seat e Skoda). O anticongelante<br />

Maintain Fricofin, de cor violeta, é<br />

um produto isento de nitritos, aminas e<br />

fosfatos, com uma elevada performance<br />

na proteção à corrosão e que cumpre,<br />

oficial e integralmente, a aprovação VW<br />

TL 774 J (VW G13), sendo compatível com<br />

as aprovações anteriores.<br />

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Bolas apresenta arrancador Startzilla<br />

A Bolas, S.A., empresa de Évora especializada<br />

na comercialização de ferramentas<br />

e equipamentos para oficinas,<br />

lançou o Starzilla, um novo arrancador<br />

e aparelho de teste da Telwin de 12-24V,<br />

com baterias de Lítio LiPO, concebido<br />

para utilização profissional. Compacto e<br />

leve, tem como principais características<br />

a função Ice Start, para arranque mesmo<br />

em temperaturas até -20°C; tecnologia<br />

Log Life para longa vida útil <strong>das</strong> baterias<br />

e segurança do utilizador; LED vermelho<br />

e branco de alta intensidade com<br />

diferentes modos de funcionamento;<br />

fonte de alimentação com entrada USB<br />

saída programável 12,16 e 19V; muito<br />

compacto e leve, graças às baterias de<br />

Lítio LiPO. O Startzilla funciona, também,<br />

como fonte de alimentação para dispositivos<br />

eletrónicos, através de entrada<br />

USB e saída programável de 12, 16 e 19V.<br />

Abril I 2016 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016


46<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

FAE: novo catálogo<br />

de sensores ABS<br />

fabricante espanhol de<br />

O componentes elétricos<br />

e eletrónicos FAE, lançou um<br />

novo catálogo de sensores de<br />

velocidade de roda – ABS. O<br />

novo catálogo inclui sensores<br />

ABS para praticamente to<strong>das</strong><br />

as marcas de automóveis<br />

existentes no mercado europeu.<br />

Através do catálogo<br />

FAE e do diretório TecDoc,<br />

é possível pesquisar a referência<br />

adequada do sensor,<br />

para cada modelo de automóvel,<br />

dentro da respetiva<br />

marca. A FAE, com mais de<br />

60 anos de experiência,<br />

sempre apostou no desenvolvimento<br />

e na inovação,<br />

sendo, atualmente, um dos<br />

fabricantes mais fiáveis dentro<br />

do aftermarket, com 75%<br />

da sua produção destinada<br />

à exportação. Cerca de 8%<br />

da faturação anual destina-<br />

-se à investigação, estando<br />

a ser construído um novo<br />

laboratório de pesquisa e<br />

desenvolvimento com 700 m 2 ,<br />

a adicionar ao já existente de<br />

450 m 2 .<br />

Sofrapa comercializa<br />

embraiagens Westlake<br />

l A Sofrapa acaba de incorporar no seu programa<br />

de ven<strong>das</strong> as embraiagens da Westlake. Esta marca<br />

dispõe de uma vasta gama de aplicações para veículos<br />

do mercado europeu, nomeadamente para automóveis<br />

de passageiros e veículos comerciais. Fundado<br />

em 1985, o Grupo Westlake tem mais de 30 anos de<br />

experiência na produção de sistemas de embraiagem<br />

automóvel.Hoje, a empresa está na vanguarda da<br />

tecnologia de sistemas de embraiagem, realizando um<br />

investimento contínuo nas técnicas mais avança<strong>das</strong><br />

de produção e testes de produto disponíveis.Antes de<br />

saírem da fábrica, as embraiagens são submeti<strong>das</strong> a<br />

vários testes de desempenho, instalação e simulação<br />

de desgaste.Os padrões de qualidade da marca são<br />

certificados pela norma ISO/TS 16949 (gestão de qualidade<br />

para o setor automóvel) e todos os produtos<br />

propõem garantia de dois anos ou o equivalente a<br />

30.000 km.<br />

Seminário Autodata<br />

na Universidade do Algarve<br />

A Infortrónica, Lda. em parceria com o Instituto<br />

Superior de Engenharia – Universidade do Algarve<br />

(ISE-UAlg) realizou, em março passado, um Seminário<br />

Técnico sobre o Autodata, ministrado pelo Eng.°<br />

José Cardoso. A formação realizou-se no âmbito<br />

dos cursos de Tecnologia e Manutenção Automóvel,<br />

teve a participação plena dos estudantes e,<br />

também, de alguns representantes de empresas<br />

parceiras daqueles cursos, no Campus da Penha,<br />

em Faro.Os cerca de 50 participantes tiveram a<br />

oportunidade de conhecer as potencialidades<br />

do software Autodata ao nível da manutenção<br />

mecânica, elétrica e eletrónica e de diagnóstico<br />

automóvel, as quais se poderão refletir no acréscimo<br />

de rigor, qualidade e eficiência do serviço <strong>das</strong><br />

oficinas auto.O Autodata foi reconhecido pelos<br />

estudantes como uma excelente ferramenta de<br />

apoio às aulas dos cursos de Tecnologia e Manutenção<br />

Automóvel lecionados no ISE-UAlg.<br />

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48<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

AZ Auto promove Centro de Travões ATE<br />

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A AZ Auto aposta em 2016 na contínua<br />

dinamização e promoção da marca ATE<br />

em Portugal, desta feita com a evolução<br />

do projeto de Centro de Travões ATE. Trata-<br />

-se de um projeto que visa dotar as oficinas<br />

independentes de melhores capacidades<br />

e soluções técnicas na prestação de serviços<br />

associados a material de travagem.<br />

Depois de um ano 2015 com um resultado<br />

histórico para a AZ Auto, atingindo<br />

um recorde de faturação em material da<br />

marca alemã do Grupo Continental - ATE,<br />

é mantendo o foco e a estratégia de crescimento<br />

que surge, em 2016, a evolução<br />

do projeto Centro de Travões ATE.Com o<br />

reforço da equipa, tanto na área comercial,<br />

como técnica e de marketing, a AZ<br />

Auto está focada no desenvolvimento e<br />

implementação de Centros de Travões<br />

ATE, de norte a sul do país, para reforçar<br />

a já existente rede de oficinas CTA e para<br />

garantir o maior e mais eficaz apoio diário,<br />

tanto aos parceiros retalhistas estratégicos<br />

selecionados para promover o projeto em<br />

parceria com a AZ Auto, como às próprias<br />

oficinas pretendentes.<br />

2016<br />

Mantemos os preços baixos<br />

Condensadores Nissens<br />

registam aumento de ven<strong>das</strong><br />

gama de condensadores da Nissens tem registado um aumento de ven<strong>das</strong><br />

A nos últimos anos: cerca de mais 39% desde 2012. Uma parte deste sucesso<br />

está relacionado com a maior aposta nas vantagens forneci<strong>das</strong> com o produto.<br />

Como fornecedor de serviços, a Nissens tem evoluído no sentido de se tornar num<br />

fornecedor de soluções. Teve a noção de que o mercado exigia muito mais do que<br />

um produto e necessitava de uma solução.Uma <strong>das</strong> áreas específicas em que a<br />

Nissens irá concentrar-se no futuro é a proteção contra corrosão dos condensadores.<br />

Ao melhorar ainda mais a proteção contra a corrosão, diminui o risco de<br />

deterioração <strong>das</strong> aletas e, por conseguinte, melhora a vida útil do produto. Um<br />

investimento preparado cuidadosamente em relação a um elemento já totalmente<br />

funcional, mas que irá aumentar ainda mais as ven<strong>das</strong>, especialmente em países<br />

com um clima rigoroso.<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

errou: edição n.° 124<br />

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Loja 2: (Almada) - Tel.: 212 739 330 - Tlm.: 925 984 015 - Fax: 212 739 338<br />

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Site da TRW apto para todos<br />

os dispositivos móveis<br />

l A TRW lançou uma versão nova e melhorada do<br />

seu site: www.trwaftermarket.com. A navegação<br />

melhorada e as funcionalidades otimiza<strong>das</strong>, alia<strong>das</strong><br />

à introdução de filtros eficientes no catálogo integrado<br />

baseado na web, tornam a tarefa de encontrar as peças<br />

certas mais fácil e rápida para os utilizadores. Isto leva,<br />

consequentemente, a uma melhoria na eficiência do<br />

processo de encomenda por parte dos clientes diretos<br />

da TRW: os distribuidores.Recorde-se que o site também<br />

disponibiliza, gratuitamente, desde há algum<br />

tempo, a pesquisa de peças por matrícula. Além disso,<br />

a TRW Aftermarket oferece agora aos utilizadores o<br />

acesso a informações técnicas a partir do catálogo.<br />

Através de um simples clique, os utilizadores podem<br />

identificar e selecionar entre uma série de opções<br />

de ajuda técnica, incluindo guias de procedimentos<br />

e instruções de montagem. Além <strong>das</strong> melhorias no<br />

catálogo e no sistema de encomen<strong>das</strong>, foram efetua<strong>das</strong><br />

ainda melhorias importantes no centro de informação<br />

técnica online da TRW Aftermarket, “Tech Corner”, ao<br />

qual é possível aceder, gratuitamente, através do site.<br />

Na passada edição (impressa),<br />

referente ao mês de março (n.°<br />

124), o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> errou.<br />

Na reportagem dedicada à In<strong>das</strong>a<br />

(pág. 60 e 61), no último terço do<br />

texto, é referido que os abrasivos<br />

representam, em termos de grupo,<br />

cerca de 20% do negócio da In<strong>das</strong>a,<br />

o que não corresponde à verdade. A<br />

percentagem que deveria constar é<br />

cerca de 70% e não 20%, como foi<br />

publicado.<br />

Por outro lado, na parte final do artigo,<br />

quando se aborda a questão dos<br />

produtos e alternativas em função<br />

<strong>das</strong> necessidades do cliente, pode<br />

ter passado a ideia de que a In<strong>das</strong>a<br />

dispõe de produtos de menor qualidade,<br />

o que não era, de todo, a nossa<br />

intenção. Até porque o grupo conta<br />

com uma gama de produtos que vai<br />

ao encontro <strong>das</strong> necessidades dos<br />

clientes: maior agressividade; maior<br />

produtividade; maior durabilidade;<br />

melhor acabamento. À In<strong>das</strong>a, pedimos<br />

desculpa pelo transtorno que<br />

estes lapsos possam ter causado.<br />

Abril I 2016<br />

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50<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Inspeções aprova<strong>das</strong><br />

com Spanjaard Smoke Doctor<br />

As emissões de fumos de exaustão de escape são reveladoras de um motor<br />

desgastado e com forte perda de compressão. Com uma quilometragem<br />

elevada, surgem folgas entre a cabeça do pistão e o cilindro, que permitem<br />

a passagem e a consequente queima do óleo, em conjunto com a mistura<br />

combustível/ar, provocando uma visível “nuvem” de fumo azul esbranquiçado.<br />

O Spanjaard Smoke Doctor é uma solução para estes problemas. Atua, de<br />

forma eficaz, através de um forte suplemento do óleo na lubrificação do<br />

motor, quando adicionado. Além disso, elimina, drasticamente, a emissão<br />

de fumos e a queima de óleo, amortece a vibração do motor em frio, permitindo,<br />

instantaneamente, um funcionamento regular e silencioso, restabelece<br />

a compressão do motor e evita ainda o seu sobreaquecimento. Um produto<br />

de referência no mercado nacional, onde existe há já vários anos.<br />

JR Diesel tem novo<br />

conceito de negócio<br />

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l A JR Diesel é uma empresa particular<br />

no seu conceito de negócio.<br />

Os produtos que comercializa são<br />

alternativos e adaptam-se às necessidades<br />

dos clientes.<br />

Situada nas Cal<strong>das</strong> <strong>das</strong> Taipas, Guimarães,<br />

oferece soluções para o<br />

mercado automóvel e agrega duas<br />

marcas exclusivas e complementares<br />

na sua gama de produtos: a marca<br />

Ecoparts, que tem no seu portefólio<br />

componentes reconstruídos de alta<br />

qualidade e a PADOR, que, apesar de<br />

recentemente chegada ao mercado<br />

português, já conseguiu uma quota<br />

muito relevante. Para melhor servir<br />

os seus clientes, a JR Diesel dispõe<br />

de um call center que permite responder<br />

ao cliente de forma imediata.<br />

A questão logística também não foi<br />

esquecida, apresentando a empresa<br />

soluções para colocar “a peça na<br />

hora” em casa do cliente.<br />

JP Tools apresenta<br />

novo Foxwell GT80 Plus<br />

l A JP Tools, empresa especializada no<br />

comércio de equipamentos de diagnóstico<br />

para oficinas automóvel, apresentou o renovado<br />

Foxwell GT80 Plus, um aparelho de<br />

diagnóstico que apresenta, de forma totalmente<br />

legal, o software dos fabricantes de<br />

automóveis. Com uma nova imagem, mais<br />

rápida, mais precisa e com uma enorme cobertura<br />

em termos de marcas automóveis<br />

europeias, asiáticas e americanas, o novo<br />

Foxwell GT80 Plus dispõe de um ecrã tátil e<br />

programa Windows 8.1Pro. A JP Tools apresenta,<br />

também, a restante gama de produtos<br />

da Foxwell, nomeadamente o Auto Master<br />

Pro NT644 - um equipamento de diagnóstico<br />

mais compacto e acessível, ideal para serviços<br />

rápidos e segundo equipamento complementar,<br />

com funções diretas de DPF (regenerações/reset<br />

de funcionalidades), serviços de<br />

óleo, travões entre outros. Já o VAG Scanner<br />

NT500 - somente direcionado para o grupo<br />

VAG, o CRD700 - é um teste de pressão digital<br />

do common rail. E ainda há oProgramador/<br />

Excitador de Sensores/Adaptador de borboletas<br />

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52<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Opinião<br />

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O desafio da redução de custos<br />

e o apelo ao associativismo<br />

Em qualquer atividade, o conhecimento<br />

do custo da estrutura é essencial<br />

para uma gestão rigorosa. Cada vez<br />

mais, a margem aumenta ou diminui<br />

em função do custo do trabalho e do<br />

serviço. Tratando-se de uma oficina,<br />

ainda mais este conceito se aplica.<br />

Por vezes, menosprezamos as “contas<br />

pequenas”, perdendo a noção de que<br />

várias pequenas fazem uma grande.<br />

Custos de comunicações, de transportes<br />

para obtenção de materiais, de energia,<br />

água, resíduos, combustíveis, enfim,<br />

uma lista que não é pequena mas que<br />

nem sempre a tratamos como devemos.<br />

Hoje, na banca e no Estado, estão os<br />

grandes encargos de uma empresa. E é,<br />

manifestamente, difícil, senão impossível,<br />

baixar este custo, por mais exercício<br />

que façamos. Veja-se, por exemplo, o<br />

aumento do salário mínimo, não sendo<br />

significativo para quem o recebe, acarreta<br />

logo um aumento às empresas de<br />

forma direta e indireta, beneficiando<br />

o Estado, pela contribuição para a Segurança<br />

Social e respetivas retenções<br />

em sede de IRS.<br />

Não se trata de entrar numa discussão<br />

política estéril de “dar com uma mão e<br />

tirar com outra”, mas sim de os políticos<br />

pensarem noutro tipo de impostos, que,<br />

efetivamente, estimulem a economia<br />

e o emprego. E que, principalmente,<br />

“deixe” nos bolsos <strong>das</strong> pessoas mais<br />

rendimento. Só os mais ingénuos<br />

acreditam que temos este ano mais<br />

rendimento! Esperemos, ilusoriamente,<br />

pelo IRS de 2017.<br />

Para as empresas e empresários, resta-<br />

-lhes o desafio de redução de custos,<br />

pois o mercado “encolheu”, os grandes<br />

encargos sobem no caso do Estado e<br />

não descem, como se propagandeia ao<br />

nível da banca.<br />

Há um “custo enorme” para produzir<br />

com sucesso uma efetiva e necessária<br />

redução global e visível de encargos<br />

e custos.<br />

A sensibilização é para que todos,<br />

de forma metódica e rigorosa, encarem<br />

os ditos “pequenos” encargos<br />

como custos tão relevantes quanto<br />

os outros. E reparem, aqui nestes, só<br />

depende de nós.<br />

Também um lamento genérico, por<br />

não ver o associativismo do setor automóvel<br />

com o dinamismo que ele<br />

carece (e merece), pela importância<br />

que tem no PIB.<br />

Um silêncio ruidoso e constrangedor,<br />

sem poder reivindicativo e sem força<br />

mobilizadora.<br />

Apelo à ANECRA, à ARAN e ao ACP,<br />

por se tratarem de associações de referência,<br />

que se juntem, o setor precisa<br />

cada vez mais de vós, em concertação,<br />

em diálogo, com capacidade reivindicativa.<br />

E porque não começarem por exigir<br />

aos Governos a possibilidade de uma<br />

nova janela de investimento para este<br />

setor? Alguém se lembra da última vez<br />

que houve essa oportunidade? A medida<br />

era o PROCOM e tem cerca de<br />

15 anos!<br />

Um setor com tanto emprego, não<br />

pode continuar a “envelhecer” de<br />

forma aguda, triste, sombria e sem<br />

que ninguém se incomode e levante<br />

a sua voz.<br />

Dá a ideia, este nosso desencanto,<br />

que tudo está bem!<br />

Caros empresários, o desafio é o<br />

custo que “os custos” custam na sua<br />

redução!<br />

Pensem nisto e levantem a voz!<br />

Por: Lúcio Machado<br />

Empresário e Professor Investigador na<br />

Universidade do Minho<br />

Email: lucio@dem.uminho.pt<br />

Abril I 2016<br />

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54<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Danos nas alhetas<br />

Os turbos modernos da última<br />

geração são, hoje em dia, altamente<br />

rotativos, atingindo rotações<br />

que podem ir até cerca <strong>das</strong> 300.000<br />

rpm, sendo que, para o seu funcionamento,<br />

o turbo tem duas entra<strong>das</strong> de<br />

ar, uma entrada de gases pelo coletor<br />

de escape e uma entrada de ar limpo<br />

pelo coletor de admissão, vindo do<br />

filtro de ar.<br />

Para se ter uma noção da rotação elevada<br />

do turbo, podemos informar que<br />

o ar, ao entrar na admissão, atinge a<br />

velocidade do som. Os gases de escape<br />

entram pelo coletor de escape do<br />

turbo e incidem nas alhetas da turbina,<br />

fazendo rodar o seu respetivo veio.<br />

Durante o normal funcionamento,<br />

não deverá entrar nada para dentro do<br />

turbo além do respetivo ar/gases acima<br />

referidos. O compressor do turbo (lado<br />

de admissão) é de alumínio e quando<br />

está em rotação fica altamente fragilizado,<br />

pelo que a entrada de um objeto<br />

ou algumas partículas não filtra<strong>das</strong><br />

em conjunto com o ar que vem do<br />

filtro de ar, vai, certamente, danificar<br />

as alhetas superiores do compressor,<br />

Dica<br />

de<br />

reparação<br />

Por: Nuno Teixeira | Tlm: 937 500 519<br />

levando, numa fase inicial, ao desequilíbrio<br />

do conjunto rotor e consequente<br />

aumento de ruído do turbo, podendo<br />

levar até à quebra do veio da turbina.<br />

No lado do escape, a turbina, que é<br />

de ferro fundido, está preparada para<br />

receber apenas os gases de escape<br />

provenientes do motor. Mas é muito<br />

comum algumas motorizações libertarem<br />

fragmentos pelo escape, que,<br />

ao entrarem no turbo, vão danificar as<br />

alhetas da turbina e a respetiva geometria<br />

variável, se for o caso. Estes<br />

fragmentos podem ser pedaços do<br />

coletor do motor que esteja a desfazer-<br />

-se por dentro, pedaços <strong>das</strong> borboletas<br />

de admissão ou pedaços de válvulas<br />

e de segmentos.<br />

Glasurit apresenta Porsche 356<br />

parcialmente restaurado<br />

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Na Techno-Classic, a mais importante feira de carros clássicos que se realiza de 6<br />

a 10 abril em Essen, Alemanha, a Glasurit vai demonstrar de forma inequívoca que<br />

um carro de exposição não tem de ser perfeito para chamar a atenção. A marca de<br />

tintas irá apresentar um Porsche 356 B de 1963 cuja parte traseira foi restaurada<br />

profissionalmente com produtos Glasurit. A parte dianteira foi mantida como estava<br />

quando o carro foi encontrado num armazém, revelando claramente os efeitos que<br />

o tempo e a exposição ao exterior exercem sobre o estado de um carro. O Porsche<br />

pertence a Dieter Ambrosy, um reconhecido especialista no restauro de modelos<br />

356 da Porsche e proprietário de uma vasta coleção de Porsches clássicos nas mais<br />

varia<strong>das</strong> condições. Em estreita colaboração com a equipa da Glasurit dirigida por<br />

Jürgen Book, responsável da Gestão de Processo na BASF Coatings, Ambrosy e a<br />

sua equipa da oficina de reparação restauraram a parte traseira da carroçaria. A<br />

equipa teve de fabricar painéis novos para executar parte do restauro. Recorreu-se à<br />

informação apresentada no próprio carro para identificar a cor utilizada para pintar<br />

o Porsche há mais de 50 anos. Os especialistas encontraram a cor da tinta original,<br />

Ruby Red 6202, na base de dados da Glasurit. Na sequência da Techno-Classica, o<br />

Porsche parcialmente restaurado será exibido ao longo dos 12 meses seguintes em<br />

exposições e outras iniciativas na Europa, África e Médio Oriente.<br />

Abril I 2016<br />

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Cada vez mais os carros estão equipados com tecnologia moderna de corrente.<br />

Normalmente é suposto que o sistema de corrente dure todo o tempo de vida<br />

do carro mas contaminações de óleo ou manutenções prévias de baixa qualidade<br />

podem causar falhas prematuras do sistema. Na SKF queremos ajudar os<br />

mecânicos a tirar vantagem desta área de negócios em crescimento.<br />

Os nossos kits de corrente de distribuição<br />

• São consistentes e fáceis de corresponder à reparação em questão<br />

• Cobrem os principais modelos de automóveis Europeus e Asiáticos<br />

• incluem todos os patins, engrenagens bem como tensores e juntas quando<br />

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56<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

IC Car renova espaço cibernauta<br />

Exide renova apoio<br />

ao Museu do Caramulo<br />

A empresa produtora da conceituada marca de baterias Tudor, presente no mercado<br />

português desde 1920, apoia, por mais um ano, o Museu do Caramulo. A parceria,<br />

que se firmou em 2014, tem permitido a manutenção e conservação anual do modelo<br />

Lotus Europa Special de 1973, podendo este, assim, estar em perfeitas condições<br />

de funcionamento e circulação, bem como manter a sua bela imagem para poder<br />

figurar no museu. O Lotus Europa Special surge da evolução do modelo Europa de<br />

1971, que já de si era considerado o mais potente automóvel da gama. Em honra<br />

aos Campeonatos do Mundo de Fórmula 1, conquistados em 1972 e 1973 pelo<br />

Team Lotus, foi criada uma série numerada do Special, batizada Europa John Player<br />

Special. Laca<strong>das</strong> a preto, com faixas doura<strong>das</strong> e placa numerada correspondente, a<br />

série tornou-se sinónimo do modelo, sendo, ainda hoje, uma <strong>das</strong> mais procura<strong>das</strong>. O<br />

programa de apadrinhamento foi lançado pelo Museu do Caramulo em 2011 e tem<br />

permitido uma aproximação entre as empresas nacionais e o museu, favorecendo,<br />

desta forma, a atividade museológica.<br />

l A oficina especializada na reparação<br />

e manutenção de veículos<br />

multimarcas, localizada em Samora<br />

Correia, renovou o seu site. Conta<br />

já com mais de dez anos no ativo.<br />

E com inúmeros clientes. Entre os<br />

quais, está Rui Vitória, atual treinador<br />

da equipa principal de futebol<br />

do Sport Lisboa e Benfica. A IC Car,<br />

localizada na Zona Industrial da Murteira,<br />

Samora Correia, renovou o seu<br />

espaço cibernauta. Seis são as áreas<br />

que se situam no topo da página e<br />

que o cliente/visitante pode consultar.<br />

Depois, fazendo scroll, a seguir<br />

às informações sobre<br />

a empresa e os horários,<br />

surgem todos os<br />

serviços que a IC Car<br />

disponibiliza: Pneus;<br />

Ar Condicionado; Reparação<br />

de Carroçarias;<br />

Eletricidade e<br />

Eletrónica; Inspeção<br />

Periódica Obrigatória;<br />

Gestão Ativa de<br />

Frotas; Manutenção<br />

e Reparação Mecânica; Análise de<br />

Gases de Escape; Serviços Rápidos.<br />

E porque a IC Car reconhece a importância<br />

de uma assistência técnica<br />

qualificada, praticando-a com rigor,<br />

profissionalismo e transparência,<br />

dispõe de uma equipa técnica que<br />

assegura um serviço de excelência<br />

ao cliente. É essa mesma equipa que<br />

pode ser conhecida na área onde<br />

constam os serviços. Basta, para tal,<br />

clicar no respetivo ícone. Mas mais do<br />

que palavras, impõe-se uma consulta<br />

ao renovado site da IC Car, que pode<br />

ser feita em www.iccar.pt.<br />

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58<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

ELEVADORES DO VIDRO<br />

AMORTECEDORES DE MALA<br />

Rede Identica reúne parceiros<br />

Os parceiros da Rede Identica da Spies Hecker em Portugal reuniram-se<br />

na Golegã, no passado dia 5 de março, para o seu primeiro encontro de 2016.<br />

Neste meeting, foram apresentados e debatidos diversos temas importantes<br />

para a rede e para a atividade dos parceiros. Foram traçados os três vetores<br />

estratégicos para 2016, que sustentarão toda a atividade com o objetivo de<br />

fortalecer a rede e de melhorar os parâmetros de qualidade do serviço que<br />

prestam aos seus clientes. Ponto em destaque foi o “Programa Garantia 10”,<br />

feito em parceria com a Axalta Portugal e a Spies Hecker, que é uma <strong>das</strong> marcas<br />

globais de repintura automóvel da Axalta Coating Systems, na atribuição de 10<br />

anos de garantia da pintura <strong>das</strong> viaturas repara<strong>das</strong>.<br />

CTR apresenta<br />

nova AllClean<br />

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Cromax introduz<br />

novo Selante 1K<br />

l A Cromax introduziu um novo primário<br />

aparelho isento de cromato de zinco:<br />

o Selante PS1600A 1K. Foi especialmente<br />

desenvolvido para aplicação sob to<strong>das</strong><br />

as tecnologias de revestimento em base<br />

aquosa da Cromax, em pequenas áreas<br />

de chapa nua, incluindo aço, alumínio e<br />

aço galvanizado. Pode ser, igualmente,<br />

utilizado sobre acabamentos OEM e em<br />

repinturas bem duras, previamente<br />

lixa<strong>das</strong>. O Selante PS1600A 1K foi especificamente<br />

concebido para os pintores<br />

que já se encontram na cabina de pintura<br />

e que se apercebem que uma pequena<br />

área, como por exemplo, uma aresta,<br />

foi lixada até a chapa. Em vez de utilizar<br />

um wash-primer e betume, o que pode<br />

demorar algum tempo a secar, os pintores<br />

apenas precisam de agitar a lata de<br />

spray e pulverizar uma ou duas demãos<br />

do Selante Lixável PS1600A 1K, sobre a<br />

área danificada.<br />

A CTR, empresa italiana do<br />

Grupo Denso, lançou a nova máquina<br />

de limpeza de circuitos de<br />

A/C All Clean. Com o lançamento<br />

deste novo aparelho para a oficina,<br />

completa-se a oferta de equipamentos<br />

de carga e manutenção do<br />

sistema de climatização.A AllClean<br />

é uma máquina para limpeza e lavagem<br />

do interior do circuito de<br />

climatização dos veículos, tanto<br />

de ligeiros como de autocarros,<br />

mediante a utilização de um detergente<br />

não inflamável.A limpeza é<br />

feita através do método de circuito<br />

aberto ou fechado, recirculando<br />

o líquido a alta pressão e temperatura.<br />

O equipamento é muito<br />

fácil de utilizar, pesa apenas 40 kg e<br />

tem um depósito<br />

de 18 litros, com<br />

possibilidade de<br />

estar constantemente<br />

a ser<br />

abastecido. O<br />

trabalho é feito<br />

com o líquido<br />

de limpeza a 5<br />

bar, o que permite<br />

eliminar<br />

as partículas<br />

de sujidade dos<br />

sistemas A/C.<br />

Abril I 2016<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


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60<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Indústria de componentes auto regista aumento<br />

Beru expande gama<br />

de velas incandescentes<br />

A Beru expandiu a sua gama de velas incandescentes<br />

com sensor de pressão PSG, que permite uma regulação<br />

em tempo real da combustão. Com o lançamento desta<br />

nova vela incandescente, a Beru acrescenta à sua oferta<br />

de produto uma gama completa para os modelos mais<br />

populares do Grupo VW, entre os quais Audi A1 e A3,<br />

Seat Ibiza, Skoda Octavia e Volkswagen Golf, Sharan e<br />

Tiguan. Produzi<strong>das</strong> de acordo com os padrões de fabrico<br />

dos componentes OE, a Beru PSG representa a vanguarda<br />

da tecnologia em termos de cumprimento <strong>das</strong> normas<br />

anti-poluição mais rigorosas. A utilização destas velas<br />

permite atingir maiores picos de pressão nos motores<br />

Diesel sobrealimentados mais modernos, ao mesmo<br />

tempo que contribuem para o controlo <strong>das</strong> emissões<br />

durante toda a vida do motor.<br />

De acordo com dados recolhidos<br />

pela AFIA (Associação<br />

de Fabricantes para a Indústria<br />

Automóvel), o ano de 2015 foi,<br />

uma vez mais, positivo para o<br />

setor, que registou um crescimento<br />

económico de 5,4% relativamente<br />

a 2014. As ven<strong>das</strong><br />

globais da indústria nacional<br />

de componentes automóveis<br />

registaram o valor de oito mil<br />

milhões de euros, um novo<br />

recorde em termos absolutos.<br />

Deste valor, 84% referem-se à<br />

exportação, ou seja, as ven<strong>das</strong><br />

ao exterior cresceram 6,7 % e<br />

totalizaram 6.700 milhões de<br />

euros, também um novo máximo.<br />

Nos últimos cinco anos,<br />

as exportações para a União<br />

Europeia aumentaram 30% e<br />

as ven<strong>das</strong> para outros destinos<br />

subiram 36%. De acordo com os<br />

dados da AFIA, os destinos <strong>das</strong><br />

exportações mantêm, também,<br />

a tendência habitual, com Espanha<br />

e Alemanha a surgirem<br />

como os principais destinos,<br />

seguidos de perto pela França<br />

e Inglaterra. Estes quatro países<br />

representam, entre si, 70% do<br />

total <strong>das</strong> exportações, sendo<br />

NelsonTripa.pdf 1 09/02/16 09:58<br />

que os restantes 30% estão distribuídos<br />

por outros países europeus<br />

e fora da Europa, como<br />

os Estados Unidos da América<br />

e a China.<br />

(valores em milhões de euros)<br />

VOLUME DE NEGÓCIOS 2013 2014 2015<br />

Mercado nacional 1.308 1.313 1.300<br />

% crescimento +0,4% -1,0%<br />

Exportações 5.869 6.280 6.700<br />

% crescimento +7,0% +6,7%<br />

Volume de negócios total 7.177 7.593 8.000<br />

% crescimento +5,8% +5,4%<br />

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62<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Euro Tyre planeia abrir 10 lojas<br />

Motaquip até final 2017<br />

A Euro Tyre iniciou um projeto de desenvolvimento de uma rede de lojas<br />

próprias e franchisa<strong>das</strong>, para estar mais perto <strong>das</strong> oficinas. Estas lojas terão o seu<br />

stock baseado na marca Motaquip e em marcas de equipamento original. Com<br />

este projeto, a Euro Tyre pretende criar uma rede que lhe permitirá estar mais<br />

próxima <strong>das</strong> oficinas, melhorando o seu nível de serviço com stocks próximos<br />

dos clientes e capacidade logística para fazer entregas quatro vezes ao dia.<br />

O conceito de negócio da empresa baseia-se na disponibilização de stock, com<br />

um elevado nível de serviço logístico a preços sempre competitivos. Para breve,<br />

está, também, a apresentação da Academia Euro Tyre, que disponibilizará aos<br />

seus clientes todos os níveis de formação e assistência técnica online e telefónica.<br />

É objetivo da Euro Tyre posicionar-se como uma empresa de referência no<br />

aftermarket a nível nacional, juntando à já vasta experiência em distribuição de<br />

pneus um stock adequado de produtos de diversas marcas para o aftermarket.<br />

TIPS4Y tem novo site<br />

No ano em que comemora o seu 4.º Aniversário, a TIPS4Y renovou o seu site,<br />

que lhe confere uma imagem mais moderna e atribui novos conteúdos, sendo<br />

a sua gama de produtos e serviços divulgado de uma maneira mais fácil e agradável<br />

para os visitantes. A partir de agora, os clientes têm, de forma intuitiva,<br />

acesso a todos os produtos comercializados pela TIPS4Y, com destaque para<br />

o catálogo TecDoc, Web Shop, Plataforma Oficinal para soluções de orçamentação,<br />

Informação TecRMI com os dados técnicos de to<strong>das</strong> as marcas e ainda<br />

a pesquisa de peças por matrícula. Além disso, a TIPS4Y oferece agora aos<br />

utilizadores o acesso a informações técnicas a partir do catálogo. Através de<br />

um simples clique, os utilizadores podem identificar e selecionar entre uma<br />

série de opções de ajuda técnica. Eis o endereço do novo site: www.tips4y.pt.<br />

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SICE apresenta máquina<br />

inovadora de montar/desmontar<br />

Lubrigrupo põe a circular<br />

dois novos camiões<br />

Dois camiões identificados com a imagem Mobil, vão começar a percorrer as estra<strong>das</strong><br />

de norte a sul do país para transportar os lubrificantes Mobil até clientes e distribuidores.<br />

Esta é uma resposta à necessidade do mercado, nomeadamente para uma expedição<br />

mais rápida, que traduz a evolução e o crescimento da Lubrigrupo. A imagem sempre<br />

foi um ponto forte desta marca e a qualidade dos lubrificantes Mobil merece o melhor.<br />

Reconhecidos pela eficácia e qualidade dos serviços de logística, o sucesso da marca muito<br />

se deve aos Transportes Pascoal, juntos com a Lubrigrupo desde o primeiro momento.<br />

A empresa Conversa de Mãos,<br />

representante exclusiva da marca<br />

SICE em Portugal continental e<br />

ilhas, apresenta uma inovadora<br />

máquina de desmontar/montar<br />

pneus, totalmente hidráulica,<br />

equipada com sistema<br />

“LeverLess – Touchless”<br />

(sem ferro desmonta<br />

e sem tocar na<br />

jante) modelo S300. Permite<br />

a montagem de jantes de 12”<br />

a 34” e dispõe de raio laser<br />

para posicionamento preciso<br />

<strong>das</strong> ferramentas de trabalho.<br />

Equipada com elevador de<br />

roda e sistema enchimento<br />

tubeless, esta nova máquina<br />

está dotada de prato de aperto<br />

da jante com bloqueio com<br />

multiplicador de força e de tripla<br />

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64<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

febi bilstein entra em corri<strong>das</strong> de camiões<br />

l A paixão por tudo o que é motorizado é<br />

parte integrante da cultura empresarial da febi<br />

bilstein. O grupo, a nível mundial, para além<br />

da venda e fabricação de peças para veículos<br />

comerciais, está a celebrar essa paixão com<br />

o patrocínio de uma equipa na competição<br />

FIA European Truck Racing Championship.<br />

A febi bilstein acompanhará de perto toda<br />

a ação – em estrada e fora dela - como parceiro<br />

da equipa Schwabentruck, na Áustria,<br />

em Spielberg, a 30 de abril de 2016, sendo<br />

que ao volante do potente camião estará o<br />

piloto profissional Gerd Körber. A divisão de<br />

pesados da febi bilstein tem enorme orgulho<br />

em ter encontrado este parceiro na equipa<br />

Schwabentruck, que tem vindo, ao longo dos<br />

anos a emprestar à competição motorizada o<br />

seu entusiasmo e experiência com camiões,<br />

sendo, sem dúvida, o piloto Gerd Körber merecedor<br />

do seu cognome “Mr. Truck Race”. Com<br />

três títulos ganhos no Campeonato Europeu<br />

e três déca<strong>das</strong> de experiência em corri<strong>das</strong>,<br />

“Mr. Truck Race” é uma <strong>das</strong> mais populares<br />

personalidades da competição FIA European<br />

Truck Racing Championship, distinguindo-se<br />

a sua imagem e nome no âmbito do desporto<br />

motorizado com potentes motores de camião.<br />

Da esquerda para a direita: Karsten<br />

Schüßler-Bilstein (Managing Director<br />

da Ferdinand Bilstein GmbH<br />

+ Co. KG), Gerd Körber (Piloto da<br />

Equipa Schwabentruck)<br />

Gerd Körber, o piloto, na plataforma<br />

de produção Ferdinand Bilstein, em<br />

Ennepetal, na Alemanha<br />

MAN Fluids: nova linha<br />

de lubrificantes<br />

O departamento pós-venda da MAN Truck & Bus Portugal iniciou a comercialização<br />

de uma linha de lubrificantes originais: MAN Fluids. Tem uma<br />

vasta gama de lubrificantes desenvolvidos especialmente para uma elevada<br />

performance dos veículos MAN e Neoplan. As vantagens desta linha de lubrificantes<br />

MAN no nosso país centram-se no lubrificante em si, produzido,<br />

especificamente, para as necessidades dos motores e componentes MAN.<br />

Melhora o seu rendimento e, por conseguinte, reduz o tão importante custo<br />

total de exploração. A particularidade deste produto sintético é que não<br />

deriva do petróleo, mas sim do gás natural, uma patente exclusiva que está<br />

agora à disposição dos clientes da MAN. Esta fórmula consiste na conversão<br />

de gás natural em produtos líquidos de elevada qualidade e pureza, que<br />

servem como base para a produção de lubrificantes com eleva<strong>das</strong> prestações,<br />

que superam, amplamente, os mais exigentes requisitos da MAN.<br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

65<br />

Breves<br />

Alea reforça gama<br />

anticongelantes<br />

Mahle galardoada<br />

pela Volvo<br />

Imprefil tem<br />

condensadores<br />

para camiões<br />

l A Imprefil apresenta uma completa<br />

gama de condensadores de ar condicionado<br />

para camiões, formada por mais<br />

de 20 modelos de condensadores.As<br />

vantagens desta gama de produtos é<br />

a qualidade equiparável à original e a<br />

ampla cobertura de mercado, disponível<br />

para as principais marcas e modelos:<br />

DAF, Iveco, MAN, Mercedes-Benz,<br />

Renault, Scania e Volvo. Os prazos de<br />

entrega são ajustados às necessidades<br />

de cada cliente.<br />

l A Alea, marca do grupo Nors, reforçou<br />

a sua oferta de anticongelantes<br />

na gama “High Performance OAT” com<br />

novas especificações Volvo, Iveco, Cummins<br />

e Caterpillar. Estas especificações<br />

vêm alargar a cobertura da gama a veículos<br />

mais recentes, a partir de Euro V,<br />

estando a oferta de produto composta<br />

ainda com a gama “Heavy Duty” para<br />

veículos anteriores. Estão disponíveis<br />

em vários tipos de embalagem, desde<br />

garrafas de 25 lts, tambores e IBC de<br />

1.000 litros.<br />

Arnott estende<br />

garantia vitalícia<br />

l A Arnott alargou a sua política de<br />

garantia vitalícia a todos os produtos<br />

para clientes na União Europeia.<br />

Desde o passado dia 29 de fevereiro<br />

que os produtos Arnott deixaram de<br />

ter garantia limitada de dois anos para<br />

passar a ter garantia vitalícia limitada.<br />

Com mais de 25 anos de experiência<br />

e um ampliado complexo de pesquisa<br />

e desenvolvimento, a Arnott orgulha-<br />

-se de anunciar que fabrica produtos<br />

cada vez melhores. Ao analisar e corrigir<br />

pontos de falha comuns e fragilidades<br />

nos componentes originais, a Arnott<br />

aumenta a durabilidade, o conforto e<br />

a total satisfação do cliente em cada<br />

peça que vende.<br />

l O Grupo Volvo entregou à Mahle o<br />

prémio de fornecedor 2016 na categoria<br />

“Inovação e Eficiência de Combustível”.<br />

É o reconhecimento do fabricante<br />

da Mahle pela sua inovação e experiência<br />

em veículos comerciais. A Volvo<br />

destacou o pistão de aço Mahle Monoweld,<br />

elemento essencial da unidade<br />

de potência, Power Cell Unit (PCU),<br />

como um exemplo da contribuição<br />

permanente na procura da eficácia de<br />

combustível.Este pistão de duas peças,<br />

soldado por fricção, que é utilizado pela<br />

Volvo desde o lançamento dos motores<br />

Euro 6, foi desenhado para interação<br />

com os demais componentes da PCU<br />

fornecidos também pela Mahle.<br />

Philips passa a ser<br />

vendida pela Sonicel<br />

l A Sonicel deu início à distribuição<br />

e comercialização da gama de lâmpa<strong>das</strong><br />

e acessórios da Philips, uma <strong>das</strong><br />

maiores empresas liga<strong>das</strong> à eletrónica<br />

do mundo e a maior da Europa, com<br />

ven<strong>das</strong> superiores a 30 mil milhões de<br />

euros por ano. A vertente ligada ao automóvel,<br />

a Philips Automotive Lighting,<br />

emprega mais de 47 mil pessoas em<br />

todo o mundo e é a empresa inventora<br />

da lâmpada de halogéneo e da<br />

iluminação Xénon HID. Nesta fase de<br />

lançamento, a Sonicel está a promover<br />

diversas campanhas para os produtos<br />

da marca Philips.<br />

PACEC inicia distribuição<br />

da Zimmermann<br />

l A empresa <strong>das</strong> Cal<strong>das</strong> da Rainha<br />

acaba de adicionar os produtos Zimmermann<br />

à sua oferta para veículos da<br />

marca Mercedes-Benz, através de uma<br />

gama completa de discos e pastilhas de<br />

travão. Com uma oferta de qualidade<br />

já reconhecida por construtores como<br />

Mercedes-Benz, BMW ou Porsche, por<br />

equipar, de origem, modelos destas<br />

marcas, a Zimmermann distingue-se<br />

ainda pelas suas soluções de referência<br />

no que diz respeito ao desempenho na<br />

travagem e à segurança na condução.<br />

Imporfase lançou nova<br />

marca “imporspeed”<br />

l A empresa maiata, que se dedica à<br />

importação e distribuição de sistemas<br />

de escape, filtros de partículas, catalisadores<br />

e ponteiras de escape, lançou a<br />

“imporspeed”, uma marca de ponteiras<br />

e panelas de escape de rendimento em<br />

inox. Associada ao slogan “Designed<br />

for your car”, estrangeirismo que significa<br />

“Desenhado para o seu carro”,<br />

estes novos produtos permitem personalizar<br />

o automóvel em função <strong>das</strong><br />

preferências, bem como alcançar um<br />

rendimento superior.<br />

Vicauto<br />

comercializa Valeo<br />

l A empresa situada em Viseu, especialista<br />

em peças para viaturas pesa<strong>das</strong>,<br />

continua a apostar forte nas marcas de<br />

primeiro equipamento. A mais recente<br />

aquisição para o portefólio da Vicauto,<br />

neste domínio, foi a conceituada marca<br />

Valeo. Trata-se de um fabricante de<br />

reconhecida qualidade em primeiro<br />

equipamento. A oferta da Valeo, em<br />

matéria de peças para pesados, é ampla:<br />

kits de embraiagem, alternadores,<br />

motores de arranque, elevadores de<br />

vidro, comutadores, radiadores, pastilhas<br />

de travão, óticas de farol e farolins,<br />

são apenas alguns dos exemplos dos<br />

produtos em catálogo.<br />

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Reportagem<br />

Convenção Create 2016<br />

Preparar o futuro<br />

› Sob o lema “Melhores Soluções, para os melhores profissionais”, a Create realizou, no passado dia<br />

12 de março, na Quinta <strong>das</strong> Lágrimas, em Coimbra, a sua Convenção Anual, onde foram anuncia<strong>das</strong><br />

várias novidades aos parceiros <strong>das</strong> redes “A Oficina” e “ACC - Auto Check Center”<br />

Por: João Vieira<br />

A<br />

Convenção reuniu todos os membros<br />

<strong>das</strong> redes A Oficina e ACC -<br />

Auto Check Center, num total de<br />

cerca de 300 pessoas. Também estiveram<br />

presentes as principais marcas parceiras<br />

da Create no fornecimento de peças premium.<br />

Nomeadamente: TRW, Bosch,<br />

Mahle, Motul, NTN-SNR, GT Motive, Grupo<br />

Schaffler (LUK-INA e FAG), Spidan e as<br />

marcas de pneus Goodyear-Dunlop e<br />

Momo, para além da marca própria da<br />

Create, a Indieparts.<br />

Para além <strong>das</strong> apresentações dos responsáveis<br />

da Create, o evento contou<br />

com o contributo de uma animada banda<br />

de música, que manteve a boa disposição<br />

do grupo até final.<br />

Carlos Nascimento, diretor-geral da<br />

Create, abriu a Convenção, relembrando<br />

a missão da empresa, que assenta em<br />

três pilares fundamentais: distribuir equipamento<br />

original, serviços de valor acrescentado<br />

e ser diferente dos concorrentes<br />

de uma forma positiva, desenvolvendo<br />

ações que sejam proveitosas para o negócio<br />

<strong>das</strong> oficinas.<br />

“Peças qualquer empresa pode vender,<br />

mas fazê-lo com um serviço de valor<br />

acrescentado que seja uma mais-valia<br />

para o negócio <strong>das</strong> oficinas, apenas algumas<br />

conseguem. A Create ajuda as<br />

oficinas a terem um negócio rentável”,<br />

salientou Carlos Nascimento.<br />

Para comprovar o sucesso do conceito,<br />

Carlos Nascimento, diretor-geral da<br />

Create, apresentou como grandes<br />

novidades a última versão do portal<br />

+ Valor, a assessoria técnica com<br />

a entrada de mais um colaborador<br />

e a aposta reforçada nos pneus, com<br />

o lançamento da marca Momo<br />

foi apresentado um slide onde se podia<br />

ver a curva ascendente de faturação<br />

desde o início da atividade, em 2003, até<br />

aos dias de hoje, tendo aumentado para<br />

o dobro nos últimos cinco anos.<br />

“O negócio de peças tem mudado<br />

muito, passando de um negócio de loja<br />

e telefone, para um negócio muito mais<br />

complexo, com uma forte componente<br />

online. No caso da Create, tínhamos<br />

12.000 referências em 2006 e 36.000 em<br />

2010. Este ano, dispomos de 70.000. Um<br />

grande aumento de referências que exigiu<br />

um forte investimento em meios<br />

informáticos e em recursos humanos de<br />

excelência, conhecedores do aftermarket<br />

em to<strong>das</strong> as suas áreas”.<br />

De acordo com o mesmo responsável,<br />

“para a oficina ter sucesso, tem de adaptar-se<br />

o melhor que conseguir à realidade<br />

atual e perceber que mudanças estão as<br />

acontecer. Os veículos, hoje, visitam a<br />

oficina apenas uma ou duas vezes por<br />

ano, devido ao período alargado <strong>das</strong><br />

Abril I 2016<br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

69<br />

Portal com mais<br />

funcionalidades<br />

A Convenção Create contou com a<br />

presença de várias marcas fornecedoras<br />

de peças premium, que apresentaram<br />

novos produtos e serviços. Uma animada<br />

banda de música manteve a boa<br />

disposição do grupo durante o evento<br />

l Uma <strong>das</strong> principais novidades<br />

apresenta<strong>das</strong> na Convenção Create,<br />

foi o novo portal + Valor, que passou<br />

a ter novas funcionalidades e muitas<br />

ferramentas de apoio à gestão.<br />

Para além da integração com o Autodata<br />

e Haynes Pro, o + Valor passou,<br />

também, a integrar o GT Motive,<br />

permitindo, dessa forma, ter acesso<br />

a informação do primeiro equipamento.<br />

Para efeitos de orçamento<br />

e abertura de folha de obra, todo o<br />

processo é mais facilitado, podendo<br />

a oficina encomendar online as peças<br />

e fazer uma fatura discriminada<br />

com o valor do material e da mão<br />

de obra para mostrar ao cliente na<br />

hora. Só funcionalidades, portanto.<br />

revisões. O que significa menos serviço<br />

para a oficina. Os sites de venda de peças<br />

online proliferam e a concorrência é maior.<br />

Tudo fatores que condicionam a rentabilidade<br />

<strong>das</strong> oficinas. Por isso, a Create<br />

centra o sua atividade nos serviços de<br />

valor acrescentado, de modo a permitir<br />

que as oficinas consigam fazer mais coisas<br />

em menos tempo. Se o mercado<br />

muda, temos de adaptar-nos à realidade.<br />

O foco, hoje, tem de ser no cliente e não<br />

no automóvel. E é isso que a Create faz,<br />

Formação sempre!<br />

l A Create aposta na qualificação<br />

técnica dos clientes como forma de<br />

aperfeiçoar as suas competências,<br />

aumentar o portefólio de serviços<br />

que estes prestam aos seus clientes<br />

e assegurar o seu futuro. Por isso, a<br />

formação vai continuar a ser uma área<br />

prioritária para a empresa.A qualidade<br />

da formação é assegurada pela<br />

certificação dos formadores, assim<br />

como todo o material que é disponibilizado<br />

para a realização destas<br />

ações. Além <strong>das</strong> ações de formação<br />

programa<strong>das</strong>, a Create disponibiliza<br />

workshops temáticos adaptados às<br />

necessidades individuais ou pontuais<br />

dos clientes.<br />

dando formação técnica, transmitindo<br />

conhecimento e criando ferramentas que<br />

ajudam, efetivamente, as oficinas a serem<br />

competitivas e rentáveis e capazes de<br />

manter o cliente fidelizado”, concluiu.<br />

n NOVO PORTAL + VALOR<br />

Rui Damas, diretor técnico da Create,<br />

apresentou as potencialidades do novo<br />

Portal + Valor, nomeadamente na área<br />

do apoio técnico, que, a partir de agora,<br />

tem disponível os dados de to<strong>das</strong> as marcas<br />

presentes no mercado, mesmo dos<br />

modelos mais recentes, o que confere<br />

uma grande vantagem competitiva às<br />

oficinas.“Queremos que as oficinas da<br />

rede “A Oficina” e ACC” estejam ao nível<br />

dos concessionários de marca. Para tal,<br />

contratámos Nuno Carvalho, um técnico<br />

com larga experiência na área da mecatrónica,<br />

que vai dar todo o apoio que as<br />

oficinas necessitem no seu dia a dia. Esta<br />

assessoria está disponível através de telefone<br />

ou através do portal +Valor para<br />

todos os clientes da Create. Queremos<br />

que esta assessoria técnica seja uma referência<br />

em Portugal”, disse Rui Damas,<br />

diretor técnico da Create.“Desde o início<br />

do ano que estamos a preparar informação<br />

técnica original e, neste momento,<br />

já temos toda a informação dos fabricantes<br />

conforme eles têm nos concessionários.<br />

Esquemas elétricos originais,<br />

procedimentos de montagem/desmontagem,<br />

localização de componentes,<br />

códigos de avaria e ajuda ao diagnóstico,<br />

A marca própria Indie Parts, uma solução<br />

premium para as referências que os<br />

fornecedores não conseguem cobrir,<br />

esteve em destaque na Convenção<br />

são alguns dos dados agora disponíveis<br />

no novo Portal + Valor. A linha de apoio<br />

hotline está a criar uma base de dados<br />

com avarias típicas, baseada nos casos<br />

reais que chegam, diariamente, aos técnicos<br />

da Create.<br />

Mas o grupo está, também, atento à<br />

evolução <strong>das</strong> novas TIC aplica<strong>das</strong> ao automóvel<br />

e, por isso, tem já em desenvolvimento<br />

uma linha de suporte de<br />

diagnóstico remoto com fabricantes de<br />

veículos Passthru e com equipamentos<br />

que tem ao dispor. “Para estarmos ao nível<br />

<strong>das</strong> marcas, temos de conseguir fazer<br />

diagnóstico remoto online e, para isso,<br />

estamos a desenvolver o Passthru. O nosso<br />

compromisso é desenvolver as ações<br />

necessárias que permitam às oficinas <strong>das</strong><br />

nossas redes estarem ao nível dos fabricantes”,<br />

disse Rui Damas.<br />

n APOSTA NOS PNEUS<br />

Pedro Proença, diretor comercial e de<br />

marketing da Create, anunciou as novas<br />

representações de marcas de pneus que<br />

o grupo passou a disponibilizar para a<br />

sua rede de oficinas: Goodyear/Dunlop<br />

e Continental no segmento premium,<br />

Sava e Momo no segmento quality, sendo<br />

esta última uma marca exclusiva do<br />

grupo.<br />

Na sua apresentação, Pedro Proença<br />

destacou o facto de o mercado de pneus<br />

estar em crescimento há mais de quatro<br />

anos consecutivos, sendo, por isso, um<br />

bom produto para as oficinas ganharem<br />

dinheiro mas, também, para chamarem<br />

clientes para as suas instalações.<br />

“Não é por acaso que as grandes multinacionais<br />

de serviços rápidos auto<br />

utilizam os pneus para chamarem mais<br />

clientes às suas oficinas. O pneu é um<br />

produto que leva muitos automobilistas<br />

às oficinas e agora o trabalho principal<br />

é mudar a mentalidade dos automobilistas,<br />

para que se habituem a substituir<br />

os pneus na oficina onde fazem os serviços<br />

de manutenção mecânica dos seus<br />

veículos”, afirmou Pedro Proença.<br />

Sobre a nova marca de pneus Momo,<br />

que representam em exclusivo, o responsável<br />

justificou esta escolha não só pela<br />

excelente relação preço/qualidade que<br />

ela oferece mas, também, por ser uma<br />

gama de posicionamento médio, um tipo<br />

de pneu que se vende cada vez mais.<br />

Desta forma, acreditamos que os nossos<br />

clientes vão poder vender mais um produto<br />

do universo Create, portanto com<br />

grande qualidade”.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016


70<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Of icina do Mês<br />

CHECKPOINT<br />

tes na compra. E na rapidez com que<br />

pomos cá os materiais”, avança.<br />

Veja o vídeo em jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

■ CONCEITO DE BAIRRO<br />

Grande parte da atividade da CheckPoint<br />

são serviços rápidos. “Não há como fugir.<br />

Diria que 80% da história do automóvel<br />

são serviços rápidos”, adianta Nuno Lopes.<br />

Aquilo que distingue a sua casa? “A confiança.<br />

Trabalhos pesados, mecânica e<br />

diagnósticos minuciosos e motor (também<br />

os reparamos), vêm aqui todos”,<br />

assegura o gerente.<br />

O responsável tem uma visão muito<br />

particular sobre as manutenções low cost.<br />

“Temos preços competitivos, mas isso será<br />

o mesmo que dizer que o fabricante está<br />

errado. Que os engenheiros que fazem o<br />

carro não sabem o que estão a fazer. E o<br />

barato sai sempre caro”, explica.<br />

Não foi por acaso que Nuno Lopes nunca<br />

Diferença humana<br />

› O departamento de peças é a nova coqueluche da CheckPoint. A oficina,<br />

situada no coração de Cascais, aposta na qualidade e só trabalha com material<br />

novo. A componente humana é o maior capital da empresa<br />

Por: Jorge Flores<br />

Com apenas 33 anos de idade, Nuno<br />

Lopes fala já com a sabedoria da<br />

experiência vivida. Para ele, tudo<br />

começou muito cedo. O negócio corre-lhe<br />

nas veias. O gerente da CheckPoint, situada<br />

em pleno centro de Cascais, recorda<br />

ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> como tudo começou,<br />

em 2008, com a abertura da oficina.<br />

Na altura, ainda com o cunho da Precision,<br />

depois de se ter formado em engenharia<br />

mecânica e de ter estagiado na marca,<br />

bebendo tudo quanto era formação e de<br />

ter chegado a estudar os próprios manuais,<br />

made in USA, nos tempos livres.<br />

O negócio correu bem, contra a tendência<br />

da economia do país. Implicou investimento<br />

e a remodelação de todo o<br />

espaço. “Era um buraco, escuro, uma<br />

antiga estação de serviço”, recorda Nuno<br />

Lopes, nascido e criado em Cascais. Não<br />

hesitou, nunca, nem um minuto, na escolha<br />

do local.<br />

Continuava “apaixonado” pelo conceito<br />

da Precision e ampliou a casa, em 2010,<br />

com a aquisição da loja do lado. “Não tínhamos<br />

mãos a medir com o trabalho.<br />

Empurrávamos os carros para fechar a<br />

porta. Foi quase noutra vida. Abri ainda<br />

uma loja de informática”, revela.<br />

A saúde do negócio era tal que, um ano<br />

depois, abriu outra loja em Carnaxide. Mas<br />

os tempos seguintes não foram os melhores.<br />

A Precision caía a pique e gerava<br />

sentimentos dúbios a Nuno Lopes. “Re-<br />

ceberam-me da melhor maneira quando<br />

era miúdo. Ganhei paixão. Gostava de<br />

todos. Éramos o melhor centro da rede”,<br />

diz. Por outro lado, “o preço era altíssimo”.<br />

Havia uma decisão a tomar. “O conceito<br />

já não existia. A Precision estava sem<br />

dono”. Negociou a saída e fê-lo de uma<br />

forma positiva, apesar de ter entregue,<br />

como condição, o centro de Carnaxide.<br />

“Se vou começar tudo do zero, a minha<br />

energia vai fazer muita diferença”, pensou.<br />

E melhor o fez. E foi assim que, em 2013,<br />

no pico da crise, nasceu a CheckPoint.<br />

■ DEPARTAMENTO DE PEÇAS<br />

Três anos decorridos sobre esta nova<br />

existência como CheckPoint, muitos<br />

veículos passaram pelas arca<strong>das</strong> da oficina.<br />

“Houve uma evolução muito forte<br />

na minha equipa e na oferta. Na altura,<br />

defendia trabalhar mais para recebermos<br />

o mesmo. Era a minha definição de crise.<br />

E havia outra frase que estava sempre<br />

a vender cá dentro: temos de ter mais<br />

carros para atingir a mesma faturação”,<br />

adianta Nuno Lopes ao nosso jornal. “O<br />

princípio foi correto para a formação da<br />

minha equipa para a nova fase. Mas não<br />

foi o que aconteceu”, reconhece. A fatura<br />

média subiu e o car acount desceu. Não<br />

percebia. Em 2015, estava a fazer o meu<br />

recorde de ven<strong>das</strong> de sempre. Mas de<br />

longe”, afirma o responsável. Agora, já<br />

entende. Tudo se resumia a uma equação<br />

simples. “Menos manutenção, mais<br />

reparação e mais sinistros. Foi o que<br />

aconteceu”.<br />

A aposta na qualidade foi uma premissa<br />

de sempre. “Fomos construindo uma realidade<br />

de confiança. A nossa imagem<br />

sempre foi de garantia e de credibilidade.<br />

Só trabalhamos com peças novas ou de<br />

qualidade equivalente. Mais uma vez,<br />

estamos contra a tendência do mercado”,<br />

sublinha Nuno Lopes ao nosso jornal.<br />

Uma <strong>das</strong> grandes apostas da oficina foi<br />

no melhoramento da “capacidade de comunicação<br />

interna”. Com recurso à tecnologia.<br />

“Criámos um departamento de<br />

peças. Começou por ser um computador<br />

e, hoje, é um departamento a sério. Tem<br />

seis ecrãs e uma televisão. Um pequeno<br />

gabinete. Se queremos estar num mercado<br />

tão competitivo, em termos de rapidez<br />

e de preço, e a ter qualidade como<br />

a que temos, temos de ser muito eficien-<br />

85% <strong>das</strong> reparações na CheckPoint são<br />

concluí<strong>das</strong> no dia<br />

abdicou do espaço onde se encontra, no<br />

centro de Cascais. Ou não aproveite a<br />

oficina (e muito...) o conceito de bairro.<br />

Tem muitos fiéis na sua carteira de mais<br />

de 17 mil clientes. “Defendemos o carimbar<br />

do livro de manutenção. Sabe muito<br />

bem ver carimbos da manutenção de<br />

2008”, afirma.<br />

Nuno Lopes sempre apostou numa<br />

equipa jovem. “Fui dando vários aumentos<br />

desde que abri a CheckPoint, numa<br />

equipa que nunca ganhou mal. E sei que<br />

a nossa diferença é uma diferença humana.<br />

Tentamos desfrutar ao máximo de<br />

tudo o que construímos juntos”, sublinha.<br />

Ao todo, atualmente, são oito os funcionários<br />

da empresa. O seu objetivo é ir<br />

desaparecendo na estrutura. A arte de<br />

tornar-se “inútil”. Ou seja, “evitar repetições,<br />

trabalho que não construtivo. O que faço<br />

é desenvolver o sistema. Seguir o organigrama<br />

da melhor forma possível, conseguir<br />

ser forte no ponto mais fraco de<br />

quase to<strong>das</strong> as empresas: a comunicação<br />

interna. Permitir que as pessoas andem<br />

felizes, porque sentem reconhecimento<br />

e que estão a evoluir”, salienta Nuno Lopes,<br />

confessando que, no futuro, a aposta no<br />

franchising nunca será descabida.<br />

CHECKPOINT<br />

Gerente | Nuno Godinho Lopes<br />

Sede Av.ª Dom Pedo I, n.° 275 r/c, 2750 - 786 Cascais | Telefone 914 180 172 | Email ng@checkpointauto.pt | Site www.checkpointauto.pt<br />

Abril I 2016<br />

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72<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Produto MOBIL 1 WORKSHOP PROGRAM<br />

Carimbo de qualidade<br />

› A adesão ao Mobil 1 WP é uma oportunidade para as oficinas independentes transmitirem confiança<br />

aos seus clientes. Um “carimbo” de qualidade, salienta Marco Pacheco, responsável da Lubrigrupo<br />

Por: Jorge Flores<br />

associado a uma <strong>das</strong> marcas mais fortes<br />

do mercado, que ajudam a criar uma<br />

proposta vencedora. A qualidade dos<br />

lubrificantes Mobil é mundialmente reconhecida,<br />

não é indiferente a ninguém<br />

e é sabido que proporcionam resultados<br />

excecionais quando bem aplicados”, entarão<br />

para repetir a experiência, encorajando<br />

amigos e familiares a fazer o<br />

mesmo. Desta forma, com o Mobil 1 WP,<br />

todos os intervenientes neste processo<br />

têm muito a ganhar”, sublinha.<br />

n QUALIDADE, ACIMA DE TUDO...<br />

A qualidade do produto ainda é um<br />

fator decisivo para os clientes. E a tendência<br />

é, cada vez mais, essa. “Hoje em dia, o<br />

cliente final está muito mais informado<br />

sobre qual o lubrificante que deve aplicar<br />

no seu automóvel e quais as aprovações<br />

que este deve cumprir. Adicionalmente,<br />

reconhece, também, os benefícios da sua<br />

aplicação, como são exemplo os intervalos<br />

de mudança alargados e a potencial<br />

economia de combustível”, conta. Nestes<br />

aspetos, “os lubrificantes Mobil destacam-<br />

-se como diferenciadores dos demais<br />

concorrentes, por cumprirem as homologações<br />

dos fabricantes e não apenas as<br />

recomendações da marca”, sublinha Marco<br />

Pacheco, crente de que, também os clientes<br />

tenderão, sem quaisquer dúvi<strong>das</strong>, “a<br />

favorecer o valor sobre o preço”.<br />

E, nesse contexto, “os lubrificantes<br />

Marco Pacheco, da Lubrigrupo, acredita na força de uma marca como a Mobil<br />

Mobil nunca comprometem em matéria<br />

de qualidade”.<br />

Depois, a associação a uma marca como<br />

a dos lubrificantes Mobil é um reforço<br />

positivo na imagem dos potenciais parceiros.<br />

“Ter uma marca forte de liderança<br />

é importante. Com a Mobil, o cliente fica<br />

Num mercado global e competitivo,<br />

como o atual, a parceria com uma<br />

marca sólida é um privilégio a ter<br />

em elevada consideração. Os problemas<br />

deixam de ser individuais. E as soluções<br />

passam a ser conjuntas. O Mobil 1 Worshop<br />

Program (WP) é disso o melhor<br />

exemplo. Marco Pacheco, um dos responsáveis<br />

da Lubrigrupo, explicou ao<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> quais os benefícios<br />

que as oficinas independentes têm ao<br />

aderir ao programa do grupo. Desde logo,<br />

são “identifica<strong>das</strong> como membros autorizados<br />

e qualifica<strong>das</strong> para aplicar os<br />

lubrificantes da Mobil. Essa é uma <strong>das</strong><br />

principais vantagens desta iniciativa”,<br />

refere. E concretiza: “O facto de to<strong>das</strong> as<br />

oficinas terem a mesma imagem, uma<br />

visão profissional e cuidadosa, permite<br />

ao cliente final reconhecer imediatamente<br />

a excelência do serviço que se<br />

pratica no interior da mesma, uma vez<br />

que todos os membros do Mobil 1 WP<br />

foram criteriosamente escolhidos pela<br />

Lubrigrupo. Os clientes valorizam uma<br />

recomendação e mudança de óleo feita<br />

por especialistas. Significa isto, que vol-<br />

Abril I 2016<br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

73<br />

uma prioridade”, destaca Marco Pacheco.<br />

Adicionalmente, “a aparência da oficina<br />

é outro fator considerado por nós. Garantir<br />

que o compartimento do óleo está<br />

limpo, arrumado e reparado assegura<br />

que a experiência de serviço de lubrificação<br />

ocorre num ambiente descontraído,<br />

profissional e adequado. Desta<br />

Nuno Pinto (à esq.) é o gerente da GPR. A oficina<br />

de Vizela aderiu ao Mobil 1 há 10 anos<br />

Mobil 1 Program<br />

5 razões<br />

para aderir<br />

São vários os aliciantes para<br />

fazer parte do Mobil 1<br />

Program. Eis o top 5 que os<br />

potenciais parceiros devem<br />

ter em linha de conta no<br />

momento de tomar a decisão<br />

fatiza o responsável. Além disso, acrescenta<br />

a mesma fonte, “a gama de<br />

lubrificantes Mobil para o motor é encabeçada<br />

pelo Mobil 1, líder mundial de<br />

lubrificantes sintéticos para o motor”. Ou<br />

seja, ganha “uma excelente reputação<br />

de desempenho, inovação e conhecimento.<br />

Considerando esta informação,<br />

é natural que a associação a uma marca<br />

como a Mobil seja um forte diferenciador<br />

comparativamente à concorrência. Transmitem<br />

confiança, dado que os clientes<br />

procuram marcas bem estabeleci<strong>das</strong>,<br />

que, por sua vez, resultarão numa lealdade<br />

difícil de substituir”, afirma.<br />

n ATENTOS AOS CLIENTES<br />

A excelência operacional desta inicia-<br />

principal objetivo da Lubrigrupo, para<br />

O os próximos tempos, passa por “manter<br />

os índices de qualidade <strong>das</strong> oficinas<br />

que fazem parte do Mobil 1 WP no mais<br />

alto patamar possível”, garante Marco<br />

Pacheco. De igual forma, “pretendemos<br />

fortalecer o conceito de fidelização,<br />

criando condições para que a experiência<br />

numa oficina Mobil 1 WP seja considerada<br />

diferenciadora <strong>das</strong> demais pela sublimidade<br />

dos serviços prestados”, acrescenta.<br />

A Lubrigrupo foi,<br />

recentemente,<br />

galardoada pela<br />

ExxonMobil com<br />

o prémio “Circle of<br />

Excellence”<br />

tiva é conseguida através do foco em<br />

princípios e valores. “Os membros do<br />

Mobil 1 WP deverão ser sensíveis às necessidades<br />

do cliente, realizar serviços<br />

de lubrificação de uma forma completa<br />

e correta e certificar que a segurança é<br />

Mobil 1 em Portugal<br />

Manter conceito de fidelização<br />

A Lubrigrupo defende que a qualidade<br />

não se mede pela quantidade. E, nesse<br />

sentido, “a ideia inicial passa por fortalecer<br />

esta iniciativa, tornando-a autónoma,<br />

acompanhando sempre de perto a evolução<br />

de cada uma <strong>das</strong> oficinas”, afirma.<br />

Deste modo, os melhores membros do<br />

Mobil 1 WP serão premiados num evento<br />

anual. E os vencedores serão aqueles que<br />

mais se destacarem em determina<strong>das</strong><br />

áreas, como o maior volume de compras<br />

forma, o cliente quererá voltar”, diz. Em<br />

suma, “as oficinas deverão querer ser as<br />

melhores da sua classe, definindo e mantendo<br />

os mais elevados níveis de qualidade”,<br />

adianta o responsável.<br />

Tudo virtudes presentes na GPR, uma<br />

<strong>das</strong> oficinas Mobil 1 WP, situada em Vizela.<br />

O gerente, Nuno Pinto, faz questão de<br />

frisar que, desde a abertura da casa, “há<br />

mais de 10 anos”, que não usa nada mais<br />

além dos produtos Mobil. “E não vamos<br />

mudar”, reforça. Porquê? “Estamos muito<br />

satisfeitos”, o que, “aliado à exigência dos<br />

nossos clientes”, significa que “vamos<br />

continuar a servi-los com Mobil”. Depois<br />

de uma década de parceria, Nuno Pinto<br />

fala mesmo de “uma herança” que se<br />

orgulha de desenvolver.<br />

Mobil 1 e melhor uso da imagem, entre<br />

muitos outros. “Sendo um projeto a nível<br />

europeu, pretendemos, acima de tudo,<br />

que o caso português seja considerado<br />

um exemplo de sucesso, dando, assim,<br />

continuidade à recente distinção da Lubrigrupo<br />

nos prémios anuais da Exxon-<br />

Mobil “Circle of Excellence”, onde esta<br />

iniciativa foi premiada com o galardão<br />

máximo de Ouro”, afirma Marco Pacheco<br />

ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>.<br />

l Confiança | Os clientes procuram<br />

marcas fortes e que transmitam confiança.<br />

Os lubrificantes Mobil são<br />

desenvolvidos para um mercado em<br />

evolução, sendo alvo de testes rigorosos<br />

e que garantem proteção e<br />

desempenho.<br />

l Lealdade | Leais à sua marca favorita<br />

e apaixonados pelo seu carro,<br />

os clientes gostam de conduzir e<br />

recomendarão aos outros, caso tenham<br />

uma boa experiência. Para<br />

muitos, a Mobil é a sua marca de<br />

eleição.<br />

l Recomendações | As recomendações<br />

dos construtores de equipamentos<br />

originais ou dos especialistas<br />

são fundamentais para os clientes.<br />

Os lubrificantes Mobil são recomendados<br />

pelos principais fabricantes de<br />

automóveis.<br />

l Valor | Os clientes tendem a favorecer<br />

o valor sobre o preço. Assim, os<br />

produtos Mobil nunca comprometem<br />

em matéria de qualidade, o que poderá<br />

garantir excelentes margens,<br />

através do aumento de ven<strong>das</strong>.<br />

l Simplicidade | Um catálogo com<br />

muitas marcas poderá ser confuso.<br />

As oficinas devem oferecer uma gama<br />

de lubrificantes Mobil que cubra to<strong>das</strong><br />

as necessidades dos condutores.<br />

E fornecer explicações e recomendações<br />

fundamenta<strong>das</strong> no conhecimento<br />

do produto.<br />

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74<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Empresa BATTERY DOCTORS<br />

Veja o vídeo em jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

Doctors apostou forte numa rede de<br />

franchising. Perto de 20 parceiros. Cobriam<br />

o país todo e atuavam, essencialmente,<br />

em baterias de arranque. Mas o<br />

negócio veio a revelar-se vulnerável.<br />

“Muitos dos franchisados quase só faziam<br />

a recolha do resíduo e vendiam depois<br />

às recicladoras. Não faziam o processo<br />

de regeneração. Havia casas, com a nossa<br />

imagem, a fazer o papel de sucateiras.<br />

Quando a ideia, obviamente, não seria<br />

essa”, lamenta Abílio Silva. Nos anos seguintes,<br />

foi necessário empreender uma<br />

limpeza na rede. Recomeçar. E recomeçar,<br />

através de outros nichos do mercado,<br />

como o <strong>das</strong> baterias de tração, com movimento<br />

de carga, específicas do ramo<br />

industrial, que acabou por servir para a<br />

Battery Doctors superar, com sucesso,<br />

os anos de crise económica do país.<br />

Atualmente, a empresa conta apenas<br />

com três parceiros: um nos Açores, outro<br />

no norte e um terceiro na zona centro.<br />

Pertence à casa-mãe, em Cascais, a cobertura<br />

nacional.<br />

Mas está determinada em voltar a “ata-<br />

Clínica de baterias<br />

› A Battery Doctors é uma empresa especialista na regeneração e manutenção<br />

de baterias. A receita? Aplicar um composto químico que reverte processos<br />

de sulfatação e oxidação, prolongando-lhes, assim, a vida. O mercado ibérico<br />

e as baterias de arranque são a prescrição do futuro<br />

Por: Jorge Flores<br />

A Battery Doctors é uma empresa<br />

certificada para o armazenamento<br />

temporário de baterias<br />

As baterias, à semelhança dos corações<br />

humanos, têm um determinado<br />

prazo de validade. Em<br />

ambos os casos, quanto maiores forem<br />

os cuidados, maior será a sua esperança<br />

de vida. Neste contexto, a ciência da<br />

Battery Doctors, empresa de origem<br />

norte-americana e presente em Portugal,<br />

em Cascais, desde 2005, é tratar da<br />

“saúde” <strong>das</strong> baterias, através de uma<br />

“receita” química. Um composto que,<br />

conforme explica Abílio Silva, CEO dos<br />

“doutores”, consegue reverter o processo<br />

de sulfatação e oxidação que tantas baterias<br />

mata. Trata-se de um processo de<br />

regeneração “irreversível” e que poderá<br />

aumentar a esperança de vida <strong>das</strong> mesmas<br />

até dois anos – ou ainda pouco mais.<br />

O responsável da Battery Doctors contou<br />

ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> que o negócio<br />

se encontra numa importante fase de<br />

conquista de mercado. O objetivo é atacar<br />

em várias vertentes, afirma Abílio Silva,<br />

também ele, dotado de experiência em<br />

áreas profissionais tão distintas como a<br />

moda, multinacionais como a Mars, ou<br />

ainda uma passagem (que viria a revelar-<br />

-se decisiva) na área dos agroquímicos.<br />

A empresa faz a reutilização de cerca<br />

de 20% <strong>das</strong> baterias usa<strong>das</strong>. Um grande<br />

contributo em termos ambientais<br />

Ou não tenha sido a partir daqui, que, em<br />

1999, montou a Globster, empresa, que,<br />

de há 11 anos a esta parte, detém os direitos<br />

da Battery Doctors para Portugal,<br />

Espanha e restantes países da CPLP.<br />

n MÉTODO PREVENTIVO<br />

O know-how é o ás de trunfo da empresa.<br />

“Penso que é um negócio inovador.<br />

Ainda hoje não temos concorrência. A<br />

que existe, opera através de processos<br />

elétricos, que dão estímulos às baterias<br />

para que o sulfato saia da bateria. Mas<br />

são processos reversíveis. Não irreversíveis,<br />

como o nosso”, adianta. A fórmula<br />

da Battery Doctors permite, inclusive,<br />

fazer uma “terapia” preventiva, antecipando<br />

os problemas recorrentes <strong>das</strong><br />

baterias. Pela primeira vez, a empresa está<br />

a fazer um processo, com um modelo da<br />

Mercedes-Benz, no qual aplica o químico<br />

numa bateria... ainda nova. “Se o processo<br />

for preventivo, a bateria nunca vai sulfatar”,<br />

assegura o responsável, ciente, porém,<br />

da dificuldade de explicar a clientes<br />

como as oficinas, os stands ou, inclusivamente,<br />

as casas de ven<strong>das</strong> de baterias, a<br />

necessidade de aplicar um “tratamento”<br />

a baterias que ainda estão a 100%.<br />

Nesta fase, o mais importante é passar<br />

a mensagem. Nem sempre é fácil. “Temos<br />

clientes que demorámos dois anos a<br />

conquistar”, diz. Como? “Ficam seis meses<br />

à espera, ou mesmo um ano, até ver<br />

que a bateria continua a funcionar sem<br />

problemas. Criar credibilidade demora<br />

tempo”, afirma.<br />

n BATERIAS DE ARRANQUE<br />

No arranque da sua atividade, a Battery<br />

car”, seriamente, o mercado <strong>das</strong> baterias<br />

de arranque. “Estamos mais preparados<br />

do que há 10 anos”, reforça o CEO da<br />

empresa. Se, hoje, este nicho representa<br />

apenas 20’% da atividade da Battery<br />

Doctors, a médio-prazo, o objetivo é que<br />

50 a 60% <strong>das</strong> suas intervenções sejam<br />

em baterias de arranque. “É um mercado<br />

maior do que o <strong>das</strong> baterias de tração”,<br />

adianta.<br />

Nos próximos tempos, a ideia será concentrar<br />

as atenções no mercado ibérico.<br />

“Quer na parte industrial, quer na parte<br />

<strong>das</strong> baterias de arranque, no mercado<br />

automóvel”.<br />

Abílio Silva pretende ainda alargar a<br />

rede da Battery Doctors, mas num registo<br />

mais seletivo. E também apreciaria que<br />

os fabricantes deixassem de encarar a<br />

empresa como uma concorrente. “Acho<br />

que podíamos perfeitamente estar ligados<br />

a um fabricante de baterias. Se eles<br />

tivessem a perceção de que a única coisa<br />

que estamos a fazer é retardar o envio<br />

<strong>das</strong> baterias para o destino final, poderiam<br />

ter uma marca com uma segunda<br />

linha de baterias ecológica, em que recuperassem<br />

o próprio resíduo”, sustenta.<br />

CEO | Abílio Silva<br />

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76<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Empresa HERBUMATIC<br />

Mundo automático<br />

› Situada em Samora Correia, a Herbumatic é uma empresa de capital 100%<br />

português, mas com uma muito forte ligação à Automatic Choice de Espanha.<br />

As caixas automáticas são o seu mundo<br />

cher esse campo”, afirma. E sublinha, a<br />

propósito, que, no nosso país, “até há uns<br />

anos, era um mercado muito fechado.<br />

As novas tendências não indicam isso.<br />

Tem de começar a abrir. Se não for por<br />

nós, será por outras pessoas”, diz.<br />

A Herbumatic, refira-se, é uma empresa<br />

revendedora de peças e lubrificantes para<br />

este nicho de mercado, mas que funciona,<br />

paredes meias, com a oficina RC<br />

Auto, que realiza os serviços de reparação<br />

e manutenção <strong>das</strong> caixas automáticas,<br />

“bebendo” o know-how adquirido pela<br />

equipa nos últimos anos.<br />

n MUDANÇA DE MENTALIDADES<br />

Com uma equipa composta por cinco<br />

funcionários e uma área de 450 m2, a<br />

Herbumatic implicou um investimento<br />

próximo dos €100.000. O material específico<br />

para caixas automáticas é muito<br />

dispendioso. “Não conheço nenhuma<br />

ferramenta por menos de €300”, garante<br />

Carlos Rebola.<br />

Mas o caminho da indústria automóvel<br />

será... automático. Carlos Rebola não tem<br />

Por: Jorge Flores<br />

grandes dúvi<strong>das</strong>. E explica porquê: “Existem<br />

marcas de automóveis cuja caixa<br />

mecânica já passou a ser opção. As marcas<br />

de topo. Algumas nem sequer a têm<br />

disponível. Os entendidos, que estudam<br />

este setor, preveem que, entre 2020 e<br />

2025, o mercado global seja de 60% de<br />

caixas automáticas”, sublinha. “Mas o<br />

grande mercado <strong>das</strong> caixas automáticas<br />

não será o dos veículos topo de gama,<br />

mas sim o dos citadinos e utilitários”, acrescenta<br />

Carlos Rebola, convicto de que as<br />

transmissões automáticas também têm<br />

uma palavra a dizer na desejável redução<br />

<strong>das</strong> emissões de gases poluentes.<br />

Atualmente, chegam ao mercado do<br />

pós-venda caixas automáticas com cinco<br />

ou seis anos. “Andamos sempre uma geração<br />

de caixas atrasada. É isso que faz<br />

mexer o pós-venda, não o mercado novo”,<br />

revela a mesma fonte ao nosso jornal.<br />

n PEÇAS E LUBRIFICANTES<br />

Fundamental para a atividade da Herbumatic<br />

é a linha de lubrificantes da<br />

italiana Pakelo. O objetivo não é ficar com<br />

Carlos Rebola acredita que, quando bem<br />

reparada, dificilmente uma caixa automática<br />

apresentará falhas<br />

O<br />

mundo <strong>das</strong> caixas automáticas<br />

não tem grandes segredos para<br />

a Herbumatic. A empresa constituída<br />

por capitais 100% portugueses e<br />

localizada em Samora Correia, tem uma<br />

profunda ligação com a Automatic<br />

Choice de Espanha, tal como assume<br />

Carlos Rebola. Ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, o<br />

gerente da empresa inaugurada em maio<br />

de 2015 revela que a sua experiência,<br />

neste setor, adquiriu-a precisamente a<br />

sul do país de nuestros hermanos.<br />

A criação da Herbumatic derivou de<br />

um desejo de Carlos Rebola regressar a<br />

Portugal. Algo que acabou por realizar<br />

com o apoio da empresa espanhola, que<br />

se encontrava numa fase de reorganização<br />

interna. Durante o primeiro ano de<br />

atividade, quase cumprido, o objetivo<br />

foi “desbravar o mato, o que não foi fácil”,<br />

admite o responsável da empresa, que<br />

aponta para dois tipos de clientes. “Os<br />

reparadores, o nosso maior volume de<br />

clientes, pessoas que já reparam, e os<br />

clientes que procuram resolver a sua<br />

necessidade. Também estamos a preeno<br />

mercado português. Oficialmente, este<br />

pertence a Espanha, mas antes servir<br />

como “elo” de ligação. “A minha função<br />

é estudar e dinamizar o mercado de peças.<br />

O nosso principal negócio”, reforça.<br />

Depois, através da oficina RC Auto, “reparamos<br />

e fazemos a manutenção <strong>das</strong><br />

caixas, porque este é o nosso mundo”,<br />

adianta Carlos Rebola.<br />

A qualidade é indispensável nesta atividade.<br />

“O mercado encarrega-se de<br />

filtrar os bons dos menos bons”, afirma.<br />

Porém, nem sempre é fácil cobrar o valor<br />

justo por um trabalho competente.<br />

“Alguns clientes, quando ouvem falar<br />

em €2.000 pensam... caramba!”. Carlos<br />

Rebola conta o episódio de um cliente<br />

que mostrou um orçamento de €1.250.<br />

“Carro pronto”. Supostamente, uma poupança<br />

de €750. “Não há segredos aqui.<br />

Qualquer um pode assistir à montagem<br />

e reparação, seja cliente oficina ou particular.<br />

Só funcionamos com o material<br />

todo junto. E com bom material. Não se<br />

consegue perceber como esse senhor,<br />

sem ver sequer o que tinha a caixa, conseguiu<br />

apresentar esse orçamento de<br />

€1.250. Mas, dois meses depois, deu<br />

asneira. E o cliente teve de pagar mais<br />

€1.000. €2.250, no total. Bem reparada,<br />

as probabilidades de uma caixa automática<br />

falhar são muito baixas. Mal reparada,<br />

são muito eleva<strong>das</strong>”, resume o<br />

responsável.<br />

Diretor técnico | Carlos Rebola<br />

Sede: Pinhal da Misericórdia, 2135 - 402 Samora Correia | Telefone: 263 651 044 | Email: herbumaticportugal@sapo.pt<br />

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78<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Empresa MOTORMÁQUINA<br />

Vista privilegiada<br />

› A Motormáquina mudou-se para umas novas instalações, em Camarate,<br />

dota<strong>das</strong> de uma vista privilegiada sobre o mundo <strong>das</strong> peças. A especialista<br />

em 4x4 (sobretudo da marca Land Rover) renovou a sua imagem<br />

Uma mudança de instalações,<br />

quando feita de forma inteligente,<br />

não obriga a ocupar um espaço<br />

maior para ser benéfica. Que o diga a<br />

Motormáquina, que recebeu o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong><br />

<strong>Oficinas</strong> na sua nova “casa”, em Camarate,<br />

ainda a cheirar a nova, e onde pretende<br />

melhorar a qualidade do serviço prestado<br />

aos seus clientes. Uma oportunidade ímpar<br />

para renovar a imagem que acompanha<br />

a empresa, criada em 1959.<br />

Vítor Santos e Renato Santos, ambos<br />

gerentes da Motormáquina, explicaram<br />

ao nosso jornal que, os 3.000 m 2 ocupados<br />

até aqui pela empresa, em Sacavém, já<br />

não se adequavam às suas necessidades.<br />

Era necessário entrar numa nova era.<br />

Numa palavra: modernizar! Daí o novo<br />

espaço ser mais pequeno, mas mais “funcional”<br />

e com áreas distintas para cada<br />

um dos departamentos.<br />

máquina existe”, afirma Vítor Santos.<br />

Outra vantagem? “Temos imensos clientes<br />

de Cabo verde, de Angola e de Moçambique<br />

que vêm a Lisboa, porque nos<br />

conhecem e precisam <strong>das</strong> peças para as<br />

viaturas 4x4. Se lhe dissessemos que<br />

estávamos em Camarate, se calhar, não<br />

lhes dizia nada, mas a proximidade ao<br />

aeroporto é fundamental”, garante o<br />

mesmo responsável.<br />

A secção <strong>das</strong> peças já está a funcionar<br />

a 100%. Basta observar o ritmo dos telefonemas<br />

que a Motormáquina recebe,<br />

ao minuto, na ampla divisão que lhe está<br />

afeta. Para o próximo ano, será transferida<br />

toda a oficina.<br />

Quanto à renovação da imagem, Vítor<br />

Santos reconhece que “não foi consensual”.<br />

E compreende. “O nosso logótipo<br />

foi muito forte e marcou uma presença<br />

durante muitos anos, mas queremos mostrar<br />

que podíamos melhorar e que temos<br />

capacidade para evoluir”. A este propósito,<br />

Renato Santos sublinha ainda a importância<br />

passar a mensagem. “Somos uma<br />

empresa moderna, com pessoas jovens,<br />

e que consegue adaptar-se às novas possibilidades<br />

do mercado”. A seu favor, a<br />

Motormáquina tem “o melhor stock de<br />

peças Land Rover do país. É fantástico<br />

como conseguimos ter melhor stock do<br />

que os concessionários Land Rover”, enfatizam<br />

os dois responsáveis da empresa.<br />

Por: Jorge Flores<br />

n LAND ROVER, SEMPRE...<br />

O edifício pode ser novo. A imagem<br />

também. Mas há algo que nunca muda<br />

na vida da Motormáquina. A sua ligação<br />

umbilical à Land Rover. “No nosso site, um<br />

dos slogans é: especialistas em Land Rover!<br />

Continuamos a ser conhecidos assim.<br />

E, no futuro, vamos ter uma oficina moderna<br />

nestas instalações. Trabalhamos<br />

com viaturas 4x4. Mas somos especialistas<br />

em Land Rover”, reforça.<br />

Vítor Silva acredita que, no futuro, a<br />

Vítor Santos e Renato Santos, nas novas<br />

instalações em Camarate, mantêm,<br />

também, os olhos na loja do Porto. “A<br />

presença na expoMECÂNICA significa<br />

que valorizamos muito o que se passa a<br />

norte do país”, afirmam<br />

n PRÓXIMOS DO SETOR<br />

O novo edifício, situado em Camarate,<br />

tem uma vista privilegiada sobre a CRIL<br />

e representa um chamativo para novos<br />

clientes. “Temos 600 m 2 e pretendemos<br />

alargar para mais 750 m 2 . A localização é<br />

fantástica devido à sua visibilidade. Vamos<br />

ter um anúncio com o nosso logótipo. E,<br />

por isso, também queremos atrair outras<br />

pessoas que, se calhar, até vivem em Lisboa<br />

e nem sequer sabem que a Motorempresa<br />

manterá a “solidez” que a tem<br />

caracterizado ao longo de tantos anos. “O<br />

que esperamos é servir melhor os clientes.<br />

Passámos relativamente bem pela crise e<br />

agora queremos ganhar mais por estarmos<br />

mais visíveis e trabalharmos melhor”. Renato<br />

Santos concorda. “Esperamos um<br />

crescimento sustentável”. Na sua opinião,<br />

“o mercado <strong>das</strong> peças tem mudado<br />

imenso. Temos de oferecer mais às pessoas.<br />

Se for apenas uma questão de preço, não<br />

funciona. Hoje, é muito importante cativar<br />

os clientes. Ter uma cara amiga. Tirar dúvi<strong>das</strong>,<br />

aconselhamentos de montagem.<br />

Não é só vender a peça. Peças, há muitas,<br />

mas a qualidade varia”, avisa.<br />

Tanto Vítor Santos como Renato Santos<br />

defendem que o cliente Land Rover é<br />

muito “específico”. E até têm um lema sobre<br />

o principal destinatário <strong>das</strong> suas peças<br />

4x4. “Os Land Rover não se abatem. A maior<br />

parte <strong>das</strong> vezes, colecionam-se”, asseguram<br />

ambos os gerentes.<br />

A nova imagem será acompanhada por um site renovado. O objetivo é facilitar a vida<br />

aos clientes. Com as novas funcionalidades, estes passam a poder ver todo o stock <strong>das</strong><br />

peças e a pedir orçamentos com muito maior rapidez<br />

Gerentes Vítor Santos e Renato Santos<br />

Sede Rua Marchal Gomes da Costa, 2680-032 Camarate | Telefone 219 499 880 | Email lisboa@motormaquina.pt<br />

Site www.motormaquina.com<br />

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80<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Produto<br />

Valvoline reforçou gama All-Climate<br />

Estratégia fluida<br />

› A Valvoline efetuou, no ano em que comemora século e meio de existência, uma restruturação na<br />

sua oferta de óleos de motor. A maior novidade é o reforço da gama All-Climate, que permite à marca<br />

concorrer num segmento de mercado onde até aqui não estava presente<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Depois dos óleos de caixa, os óleos<br />

de motor. E não existe melhor timing<br />

para uma restruturação de<br />

gama do que no ano em que celebra 15<br />

déca<strong>das</strong> de existência. A Valvoline, a primeira<br />

marca registada de lubrificantes,<br />

com origem nos EUA, expandiu-se para<br />

o nosso país em 2010, através da Krautli<br />

Portugal. Tal como os lubrificantes, os<br />

produtos químicos e de manutenção<br />

automóvel de que dispõe estão presentes<br />

em mais de 160 países de todo o mundo.<br />

n OS ÓLEOS NÃO SÃO TODOS IGUAIS<br />

Óleos, há muitos. Entre marcas e referências,<br />

são várias as dezenas de lubrificantes<br />

disponíveis no mercado nacional.<br />

Contudo, os óleos não são todos iguais.<br />

Variam consoante o tipo de motor a que<br />

se destinam, as fórmulas que integram e<br />

os níveis de exigência que têm de cumprir.<br />

Depois, existem óleos com carta de aprovação<br />

dos construtores de veículos (os<br />

chamados produtos OEM) e óleos que<br />

dispõem “apenas” de recomendação dos<br />

fabricantes de lubrificantes. Não andaremos<br />

muito longe da realidade se dissermos<br />

que, hoje, mais de 50% dos óleos de<br />

motor comercializados em Portugal não<br />

têm carta de aprovação dos construtores<br />

de veículos. “Apenas” recomendação dos<br />

fabricantes de lubrificantes. Logo, existem<br />

óleos com diferentes níveis de qualidade<br />

e de desempenho, o que se reflete, como<br />

é óbvio, no preço. Contudo, é imprescindível<br />

saber interpretar as indicações que<br />

constam nas embalagens, para que a<br />

aplicação do produto seja a correta.<br />

Se existe facto que a história tem demonstrado<br />

é que, por vezes, a informação<br />

não chega, de forma bastante clara, ao<br />

consumidor e ao profissional que vai aplicar<br />

o produto. O que leva a que sejam<br />

feitas aplicações incorretas, situação que<br />

está ainda intimamente relacionada com<br />

o preço. E, também, com o investimento<br />

e grau de envolvimento que o distribuidor<br />

tem com a marca. Só uma rede de distri-<br />

Marcos<br />

históricos<br />

daValvoline<br />

1939<br />

O X-18 eliminou<br />

a necessidade<br />

de 18 lubrificantes<br />

específicos para<br />

automóvel<br />

1965<br />

Lançamento do óleo de<br />

elevada performance VR1,<br />

concebido para automóveis<br />

potentes e carros de<br />

competição<br />

1972<br />

A Valvoline equipou A.<br />

J. Foyt (Gilmore Foyt,<br />

Indy 500)<br />

1866<br />

Dr. John Ellis<br />

desenvolveu um<br />

lubrificante a partir do<br />

petróleo para<br />

máquinas a vapor<br />

1920<br />

A Ford elegeu o óleo de<br />

motor da Valvoline para<br />

o lendário Model T<br />

1954<br />

Lançamento do óleo<br />

All-Climate<br />

1963<br />

A Valvoline equipou<br />

Andy Granatelli (Team<br />

Novi, Indy 500)<br />

1976<br />

A Valvoline equipou<br />

Cale Yarborough<br />

(Nascar)<br />

Abril I 2016<br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

81<br />

buição próxima do cliente, que tenha uma<br />

vasta oferta de produto, consegue “garantir”<br />

que sejam feitas as aplicações<br />

corretas. Um distribuidor que disponha,<br />

por exemplo, de menos de 30 referências<br />

em stock e que opere numa área geográfica<br />

alargada, pouco contribuirá, a priori,<br />

para que a taxa de aplicabilidade do óleo<br />

correto seja elevada. Por tudo isto, criou-<br />

-se o mito de que os óleos são todos iguais.<br />

Ou que servem para múltiplos veículos.<br />

Nada mais fantasioso.<br />

n OFENSIVA VALVOLINE<br />

A Valvoline consegue, hoje, dar resposta<br />

a mais de 90% <strong>das</strong> necessidades <strong>das</strong> oficinas<br />

lusas. Seja em óleos de motor, seja<br />

em óleos de caixa. Mas, até agora, comercializava,<br />

essencialmente, lubrificantes<br />

premium (com carta de aprovação dos<br />

construtores de veículos), acabando por<br />

sair “penalizada” em termos de preço face<br />

à concorrência, uma vez que esta dispõe,<br />

na sua maioria, de óleos com recomendação<br />

dos fabricantes de lubrificantes.<br />

Utilizando uma linguagem bélica, pode<br />

dizer-se que a Valvoline não dispunha <strong>das</strong><br />

mesmas armas para competir no segmento<br />

de mercado preocupado mais com<br />

o preço do que com o desempenho.<br />

Agora, tudo é diferente. Graças ao reforço<br />

da gama All-Climate. Ainda que não<br />

disponha de carta de aprovação dos<br />

construtores de veículos, apenas recomendações<br />

Valvoline, cumpre as mesmas<br />

normas. Como explicou Paulo Santos,<br />

brand manager da divisão de ven<strong>das</strong> Valvoline,<br />

ao nosso jornal, “enquanto marca,<br />

temos a capacidade de ter as duas gamas.<br />

O cliente, depois, é que define qual delas<br />

quer. Se um produto de qualidade de topo,<br />

com um nível de desempenho superior,<br />

se um produto de uma gama tecnica-<br />

mente menos evoluída, com um nível de<br />

desempenho um pouco mais baixo. Mas<br />

sempre dentro <strong>das</strong> exigências dos motores<br />

dos veículos e de acordo com os padrões<br />

de qualidade Valvoline”.<br />

A gama All-Climate integra referências<br />

minerais, semi-sintéticas e 100% sintéticas.<br />

Tudo depende da aplicação a que destina.<br />

Distingue-se pelas embalagens de cor<br />

azul, que podem ser de 1, 4, 5 ou 20 litros.<br />

Com a reestruturação da gama de óleos<br />

de motor, a gama All-Climate (que até<br />

aqui se chamava, em parte, DuraBlend)<br />

passou a incluir mais quatro referências.<br />

À gama MaxLife (óleos aditivados, diferenciando-se<br />

pelas embalagens de cor<br />

vermelha), foram adiciona<strong>das</strong> duas novas<br />

referências. Depois, ainda dentro dos óleos<br />

para ligeiros, há que adicionar as gamas<br />

SynPower (embalagens cinzentas, produtos<br />

topo de gama com cartas de aprovação<br />

OEM), NextGen (embalagens<br />

verdes, que incluem 50% de óleo regenerado)<br />

e VR1 Racing (destinados à competição,<br />

contam com embalagens pretas).<br />

No caso dos óleos para pesados, a oferta<br />

compreende as gamas ProFleet, Premium<br />

Blue e All-Fleet.<br />

n GAMA DUPLICADA<br />

A duplicação de gama custa dinheiro.<br />

E não está ao alcance de to<strong>das</strong> as marcas.<br />

De acordo com Paulo Santos, “a Valvoline<br />

não tinha grande oferta na linha All-<br />

-Climate. Basicamente, neste momento,<br />

passámos a ter uma duplicação de gama,<br />

para os produtos de alto consumo. Ou<br />

seja, passámos a ter as duas soluções<br />

para o cliente: óleos com carta de aprovação<br />

dos construtores de veículos e<br />

óleos com recomendação Valvoline”.<br />

Neste momento, o produto da marca<br />

que cobre o maior leque de aplicações<br />

é o 5W40. A gama All-Climate dispõe de<br />

sete (7) referências, a SynPower conta<br />

com quinze (15) e a MaxLife inclui seis<br />

(6). A terminar, refira-se que, para a zona<br />

EMEA (Europa, Médio Oriente e África),<br />

os óleos Valvoline são produzidos na<br />

Holanda. E que o seu importador para<br />

Portugal continental e ilhas, a Krautli,<br />

dispõe de três armazéns de suporte (Lisboa,<br />

Coimbra e Porto), contando com<br />

mais de 300 referências permanentes em<br />

stock. Contabilizando os pontos Valvoline<br />

georreferenciados a nível nacional, são<br />

cerca de 90. A rede de revendedores<br />

(distribuidores) integra 33 empresas,<br />

contando, algumas delas, com mais do<br />

que um balcão de ven<strong>das</strong>. Mas to<strong>das</strong> com<br />

um stock de 60 a 90 referências para<br />

produtos de elevada rotação. Já oficinas<br />

que fazem a aplicação dos óleos da marca<br />

(Valvoline Service Center), são 55.<br />

1978<br />

Para apoiar o mercado<br />

DIY, a Valvoline colocou<br />

os intervalos de mudança<br />

de óleo nos rótulos. E<br />

equipou Mario Andretti<br />

(Lotus F1)<br />

2000<br />

Lançamento do óleo<br />

MaxLife, concebido para<br />

automóveis com<br />

elevada quilometragem<br />

2001<br />

A Valvoline equipou<br />

Colin McRae (Ford<br />

Focus WRC)<br />

2012<br />

A Valvoline patrocinou o<br />

WTCC e foi eleita pela<br />

equipa Van Den Brink<br />

(Dakar) como fornecedora<br />

de lubrificante<br />

1992<br />

A Valvoline equipou Al<br />

Unser Jr. (Indy 500)<br />

1996<br />

O óleo semi-sintético<br />

DuraBlend destacou-se<br />

pela capacidade de<br />

resistir às eleva<strong>das</strong><br />

temperaturas dos<br />

motores<br />

2011<br />

Os óleos regenerados<br />

passaram a ser tão bons<br />

como os novos, graças à<br />

tecnologia NextGen, que os<br />

integra em 50%<br />

2014<br />

A Valvoline equipou a<br />

Padgetts Racing Team<br />

(Ilha de Man TT)<br />

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82<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Equipamento<br />

Novas ferramentas Mighty Seven<br />

Tecniverca nasceu<br />

há duas déca<strong>das</strong><br />

Referência<br />

em máquinas<br />

e ferramentas<br />

Eficácia pneumática<br />

› A Tecniverca, empresa sediada no Pinhal da Areia, Moita, levou a cabo, nas<br />

suas instalações, uma ação de formação e divulgação <strong>das</strong> ferramentas pneumáticas<br />

Mighty Seven (M7), na qual foram revela<strong>das</strong> duas novidades<br />

O<br />

evento, que contou com a presença<br />

de cerca de 25 clientes<br />

(retalhistas), foi conduzido por<br />

Alexandre Corricas, diretor comercial da<br />

Tecniverca, e Vincent Liao, manager global<br />

marketing & sales da Mighty Seven.<br />

Registada em Delaware, nos EUA, esta<br />

marca fabrica, atualmente, todos os seus<br />

produtos em Taiwan. Embora esteja presente<br />

na indústria há mais de duas déca<strong>das</strong>,<br />

a Mighty Seven (ou, simplesmente,<br />

M7, como é carinhosamente apelidada<br />

pelos milhares de utilizadores de que<br />

dispõe a nível mundial) só existe como<br />

marca há cerca de dez anos. No entanto,<br />

os avanços que fez em muitos mercados<br />

importantes, como o automóvel, levou-<br />

-a a acreditar que a combinação do apoio<br />

de parceiros com a qualidade <strong>das</strong> ferramentas<br />

pneumáticas é a chave (de impacto)<br />

para o sucesso.<br />

Hoje, a gama de produtos da M7 é vasta,<br />

onde se inclui, também, um pequeno<br />

booster (designado Mini Car Jump Starter).<br />

Mas é através <strong>das</strong> ferramentas pneumáticas<br />

que a marca norte-americana é<br />

mais conhecida. A escolha do nome<br />

Mighty Seven teve inspiração divina.<br />

Basta referir que sete são os poderosos<br />

arcanjos, mensageiros de Deus... Tudo<br />

menos esotérica foi a escolha <strong>das</strong> cores<br />

que a caracterizam: o preto simboliza<br />

solidez; o vermelho traduz paixão.<br />

NOVAS CHAVES DE IMPACTO<br />

O design, a robustez e a funcionalidade,<br />

para além do formato compacto, foram<br />

anuncia<strong>das</strong> por Alexandre Corricas e Vincent<br />

Liao como as principais características<br />

<strong>das</strong> ferramentas pneumáticas M7, que<br />

são importa<strong>das</strong> para Portugal em exclusivo<br />

pela Tecniverca. Há já 10 anos. A NC-<br />

-4255Q foi a primeira <strong>das</strong> novidades a<br />

“desfilar” na sala de formação da empresa<br />

moitense. Designada Toro (nome escolhido<br />

por uma responsável da marca<br />

quando visitou Portugal no ano passado<br />

e assistiu a uma tourada), pesa 1,7 kg e<br />

chega aos 1.600 Nm de binário máximo<br />

em cinco segundos. Composta por uma<br />

secção frontal e uma cobertura da cabeça<br />

A NC-4255Q, designada<br />

Toro, é uma <strong>das</strong> novidades.<br />

Pesa 1,7 kg e chega aos<br />

1.600 Nm de binário máximo<br />

em cinco segundos<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

construí<strong>das</strong> em liga de magnésio, a NC-<br />

-4255Q Toro tem 179 mm de comprimento,<br />

8.500 rpm livre e o seu nível de<br />

ruído é inferior a 85 dB. Com uma pressão<br />

de trabalho de 6,3 bar, esta ferramenta<br />

anuncia um consumo de ar de 136 l/min<br />

e um nível de vibração de 4.7 m/s2.<br />

A segunda novidade responde pela<br />

designação de NC-4256Q. Pesa 1,8 kg e<br />

tem 1.491 Nm de binário máximo. As<br />

restantes especificações dizem respeito<br />

aos 141 mm de comprimento, 9.000 rpm<br />

livre, nível de ruído inferior a 85 dB, pressão<br />

de trabalho de 6,3 bar, consumo de<br />

ar de 141 l/min e nível de vibração de<br />

2.8 m/s2. Estas duas novas ferramentas<br />

juntaram-se, na ação de formação e divulgação<br />

levada a cabo pela Tecniverca,<br />

em conjunto com a M7, à já conhecida<br />

Shark NC-4232Q, que foi galardoada no<br />

PTEN Innovation Awards 2015. Com 1,38<br />

kg de peso e 746 Nm de binário máximo<br />

após três segundos, a Shark NC-4232Q<br />

tem 120 mm de comprimento, 59 mm<br />

de largura e 186 mm de altura. Além<br />

dos 10.000 livre, inclui um controlo<br />

para o dedo e três velocidades. O<br />

seu nível de ruído situa-se abaixo<br />

dos 83 dB.<br />

A ação terminou com uma visita<br />

guiada às instalações da Tecniverca<br />

da parte da tarde. Não sem antes ter<br />

ocorrido a experimentação destas novas<br />

ferramentas M7 (com e sem silenciador<br />

colocado). E a marca norte-americana<br />

já fez saber que, este ano, lançará a sexta<br />

geração de ferramentas pneumáticas.<br />

l Iniciou a sua atividade no dia 3<br />

de janeiro de 1996, com o objetivo<br />

de ocupar um lugar de destaque no<br />

setor da revenda de máquinas e<br />

ferramentas. O crescimento dinâmico,<br />

a rápida implantação no mercado<br />

e a rede de fabricantes de<br />

renome internacional, consolidaram<br />

a posição da Tecniverca no panorama<br />

nacional. Com o crescimento alcançado,<br />

dentro e fora de portas, em<br />

particular nos PALOP, a empresa<br />

adquiriu, em 2009, um novo espaço,<br />

com cerca de 5.800 m 2 , mais adequado<br />

ao seu crescimento e à sua<br />

atividade. O que lhe permitiu aumentar<br />

o stock e prestar melhor serviço<br />

aos revendedores.<br />

No caso específico da Mighty Seven<br />

(M7), é importada pela empresa<br />

moitense há uma década. Não obstante<br />

o facto de ter vindo a crescer<br />

ano após ano, a marca é, neste momento,<br />

a quinta mais importante no<br />

universo da Tecniverca, seguindo-se<br />

a Kraftwerk, Michelin, Deca e Cormach.<br />

De acordo com Alexandre<br />

Corricas, diretor comercial da empresa,<br />

“a M7 é reconhecida pela sua<br />

qualidade. Os clientes sabem que<br />

pagam um pouco mais, mas ficam<br />

melhor servidos”. O mesmo responsável<br />

adiantou que está a “fazer ver<br />

ao cliente que as ferramentas com<br />

menor índice de ruído são a melhor<br />

opção, até porque a diferença de<br />

preço face às mais ruidosas é pequena”.<br />

Mas a ideia de que “quanto<br />

mais alto for o ruído, maior é a potência,<br />

ainda está muito enraizada<br />

no mercado”, enfatiza.<br />

Com uma vasta rede de distribuidores<br />

presente no continente e ilhas,<br />

a M7 dispõe de oito pontos de assistência<br />

técnica em solo nacional,<br />

estrategicamente colocados. Outra<br />

área que diferencia a Tecniverca diz<br />

respeito às garantias. Como frisou<br />

Alexandre Corricas, “o cliente tem<br />

sempre direito a uma ferramenta de<br />

substituição, caso a reparação demore<br />

mais do que 48 horas a ser<br />

efetuada. Nem todos os clientes<br />

estão por dentro desta mais-valia.<br />

Depois, ainda contamos com uma<br />

particularidade única em Portugal:<br />

fornecemos ferramentas específicas<br />

(máquinas) para a reparação. As ferramentas,<br />

para serem repara<strong>das</strong>,<br />

necessitam de máquinas que as<br />

desmontem, evitando, assim, que<br />

sejam danifica<strong>das</strong>. Também damos<br />

formação e prestamos assistência<br />

técnica”.<br />

Abril I 2016<br />

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84<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Equipamento<br />

FM-Equipamentos equipa centros Glassdrive<br />

Prioridade à segurança<br />

› A FM-Equipamentos, distribuidor Hella Gutmann, equipou, recentemente, diversos centros Glassdrive<br />

com o novo aparelho de calibração dos sistemas de assistência à condução: o CSC-Tool (Camera and<br />

Sensor Calibration-Tool)<br />

Por: João Vieira<br />

O<br />

crescente número de sistemas<br />

de assistência à condução disponíveis<br />

nos veículos atuais proporciona<br />

mais segurança nas estra<strong>das</strong> e mais<br />

conforto nas viagens. Com efeito, estes<br />

sistemas de câmaras e radares deixaram<br />

há muito de ser exclusivos da gama alta,<br />

estando agora disponíveis, também, em<br />

veículos <strong>das</strong> gamas média e baixa.<br />

Abre-se, assim, uma nova oportunidade<br />

de negócio para os centros de substituição<br />

de vidro automóvel, que necessitam<br />

de verificar e calibrar corretamente estes<br />

sistemas sempre que um para-brisas com<br />

câmaras e sensores é substituído.<br />

A empresa FM-Equipamentos, distribuidor<br />

dos produtos Hella Gutmann, foi<br />

a responsável pela venda e instalação<br />

dos primeiros aparelhos CSC-Tool nos<br />

centros Glassdrive.<br />

O número de veículos equipados com<br />

O CSC-Tool (Camera and Sensor<br />

Calibration-Tool), que faz a calibração<br />

dos sistemas de assistência à condução, é<br />

comercializado pela FM-Equipamentos<br />

a tecnologia ADAS (Advanced Driver Assistance<br />

System, que significa, em português,<br />

Sistemas Avançados de Assistência<br />

ao Condutor) apresenta uma projeção de<br />

crescimento exponencial, que se acentuará<br />

cada vez mais.<br />

Esta tecnologia está incorporada no<br />

vidro do para-brisas e destina-se a apoiar<br />

o condutor na condução segura do veículo,<br />

nomeadamente nas situações de<br />

saída da faixa de rodagem, quer reproduzindo<br />

alertas, quer interferindo na condução<br />

propriamente dita. Pela segurança<br />

do condutor e dos demais ocupantes do<br />

veículo, é necessário a calibração do sistema<br />

sempre que o para-brisas que incorpore<br />

esta tecnologia seja substituído.<br />

Com a instalação dos equipamentos<br />

CSC-Tool em diversos centros, a Glassdrive<br />

está preparada para prestar este serviço<br />

técnico de calibração do sistema ADAS<br />

em to<strong>das</strong> as viaturas que substituam o<br />

vidro, permitindo, assim, que os condutores<br />

circulem em segurança.<br />

Fernando Marques, gerente da FM-<br />

-Equipamentos, afirma ser “inevitável a<br />

instalação destes equipamentos nas lojas<br />

que se dedicam à substituição de vidros<br />

automóvel, porque há cada vez mais viaturas<br />

equipa<strong>das</strong> com sistemas de assistência<br />

à condução. O equipamento é<br />

muito fácil de utilizar, sendo apenas necessária<br />

formação de cerca de uma hora<br />

para os profissionais dos centros ficarem<br />

habilitados a trabalhar com o aparelho.”<br />

Para Carlos Coutinho, diretor comercial<br />

da Saint-Gobain Autover Portugal, “a aquisição<br />

destes equipamentos deve-se à<br />

necessidade de oferecermos um serviço<br />

total de qualidade na área dos vidros,<br />

privilegiando a segurança dos nossos<br />

clientes. Estamos agora preparados para<br />

prestar este serviço técnico de calibração<br />

do sistema ADAS em to<strong>das</strong> as viaturas que<br />

substituam o vidro, permitindo, assim,<br />

que os nossos clientes circulem em segurança”.<br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Técnica & Serviço<br />

Transmissão automóvel<br />

Colaboração<br />

www.metelli.com<br />

Características e funcionamento<br />

› Este artigo contém informações importantes acerca <strong>das</strong> características e funcionamento da<br />

transmissão, o componente que passa para as ro<strong>das</strong> motrizes a potência do motor, sendo esta<br />

transformada em energia mecânica<br />

P<br />

ara que um veículo se desloque,<br />

é essencial que a força do veio do<br />

motor chegue às ro<strong>das</strong> de forma<br />

eficiente. Tal como qualquer outra máquina<br />

criada pelo homem, também os<br />

veículos sofreram imenso desenvolvimento<br />

ao longo do tempo, sendo inevitavelmente<br />

abrangido cada aspeto no<br />

caso do veículo, especialmente a suspensão<br />

e o modo como a força e o binário<br />

se transferem do motor para as<br />

ro<strong>das</strong>. Os primeiros veículos, em meados<br />

dos anos de 1920 (século passado), eram<br />

equipados com uma transmissão por<br />

corrente, que estava interligada a um<br />

eixo rígido (sem diferencial), uma derivação<br />

direta do eixo <strong>das</strong> carruagens. A<br />

suspensão, quando presente, era do tipo<br />

mola de lâminas: dura e desconfortável.<br />

Não é difícil imaginar como a qualidade<br />

da viagem, a estabilidade dinâmica do<br />

veículo (manobrabilidade) e o desempenho<br />

eram geralmente algo que, hoje<br />

em dia, seria definido como inaceitável.<br />

A adoção do diferencial no eixo rígido<br />

utilizado nessa época representou a<br />

primeira grande inovação, com a subsequente<br />

introdução do semieixo. Não<br />

será mais utilizado um eixo único entre<br />

as duas ro<strong>das</strong>, mas, ao invés, durante<br />

déca<strong>das</strong>, dois eixos diferentes foram<br />

utilizados entre uma roda e o diferencial.<br />

Durante muitos anos, a ponte rígida<br />

constituiu uma solução utilizada na<br />

transmissão. As únicas juntas existentes<br />

na transmissão em linha do veículo eram<br />

juntas universais, cujo nome deriva do<br />

seu inventor, Girolamo Cardano, o qual<br />

foi o primeiro a descrever como este<br />

tipo de junta podia transmitir movimento<br />

rotativo de um veio para outro.<br />

Embora fossem simples de construir,<br />

as juntas universais tinham uma capacidade<br />

limitada para trabalhar com<br />

ângulos de inclinação superiores a 10°<br />

e não permitiam uma velocidade constante.<br />

A procura pelo esquema de suspensão<br />

mais sofisticado (ro<strong>das</strong><br />

independentes), em oposição a uma<br />

ponte rígida suportada por molas de<br />

lâminas (Fig. 1), revelou que as juntas<br />

universais eram inadequa<strong>das</strong> (Fig. 2),<br />

sendo que, à época, representavam a<br />

única solução adotada para semieixos.<br />

Um conceito progressivo no sentido de<br />

uma solução inovadora, a qual era decisivamente<br />

melhor do que a junta universal<br />

tradicional, deve-se à invenção<br />

da junta de velocidade constante com<br />

esferas por Alfred H. Rzeppa (Fig. 3), um<br />

engenheiro que trabalhou para a Ford<br />

Motor Company. Na realidade, Rzeppa<br />

trabalhou e melhorou uma criação anterior<br />

de Carl Weiss, o qual patenteou,<br />

Os componentes que<br />

contribuem para levar e<br />

distribuir tração de modo<br />

bem-sucedido a to<strong>das</strong> as<br />

ro<strong>das</strong> são diversos<br />

no início dos anos de 1920 (século passado),<br />

uma junta de velocidade constante<br />

composta por dois garfos ligados<br />

entre si por quatro esferas de aço inseri<strong>das</strong><br />

nos sulcos de cada garfo.<br />

A nova junta de velocidade constante<br />

com seis esferas, hoje conhecida pelo<br />

nome do seu inventor, Rzeppa, representou<br />

um grande salto em frente na<br />

tecnologia da transmissão. A invenção<br />

e afinação de uma junta de velocidade<br />

constante capaz de transmitir binário<br />

entre dois eixos, que rodam em ângulos<br />

superiores a 45° entre eles, deu aos engenheiros<br />

de design de veículos maior<br />

liberdade para desenvolver toda a transmissão<br />

e a estrutura de suspensão de<br />

um veículo. As juntas de velocidade<br />

constante com esferas tornaram possível<br />

obter veículos equipados com suspensões<br />

de ro<strong>das</strong> independentes, as<br />

quais são melhores e mais confortáveis.<br />

No entanto, o mais importante é que<br />

permitiram a produção de veículos de<br />

tração dianteira, os quais são extrema-<br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

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Fig. 1: Ponte rígida com mola de lâminas e diferencial; Fig. 2: Estrutura de uma junta universal; Fig. 3: O desenho original da patente por Rzeppa; Fig. 4: O famoso Citroën Traction<br />

Avant; Fig. 5: Linha de transmissão de um veículo com tração dianteira; Fig. 6: Linha de transmissão de um veículo com tração às quatro ro<strong>das</strong>; Fig. 7: Modelo 3D de uma junta<br />

de velocidade constante com um ângulo acentuado; Fig. 8: Semieixo, composto por duas juntas liga<strong>das</strong> a um eixo; Fig. 9: Junta de velocidade constante com esferas deslizantes<br />

mente difundidos até ao presente momento.<br />

Atualmente, as antigas juntas<br />

universais (que, entre outras coisas,<br />

requerem ações de inspeção e manutenção<br />

constantes), encontram-se praticamente<br />

relega<strong>das</strong> apenas aos<br />

veículos industriais. E as juntas universais<br />

foram substituí<strong>das</strong> por juntas de velocidade<br />

constante em praticamente todos<br />

os veículos.<br />

O primeiro exemplo importante da<br />

aplicação de uma junta de velocidade<br />

constante é o do famoso Citroën Traction<br />

Avant (Fig. 4), o primeiro veículo com<br />

tração dianteira. Em meados dos anos<br />

de 1930, as juntas Rzeppa do Traction<br />

Avant foram substituí<strong>das</strong> por juntas de<br />

Hooke duplas, que eram mais fiáveis,<br />

dada a tecnologia de produção naquela<br />

época. No entanto, o caminho que levaria<br />

a uma enorme difusão <strong>das</strong> juntas<br />

de velocidade controlada com esferas<br />

Rzeppa estava traçado.<br />

A criação de um veículo com tração<br />

dianteira permitiu conseguir a junção<br />

de um motor, de uma caixa de velocidades,<br />

de um diferencial e de uma transmissão<br />

numa unidade compacta,<br />

simplificando-se, assim, significativamente,<br />

a maioria <strong>das</strong> peças do veículo<br />

e tornando, simultaneamente, o veículo<br />

mais intuitivo durante a condução.<br />

n LINHA DE TRANSMISSÃO E JUNTAS<br />

Quando usamos o termo “linha de<br />

transmissão”, referimo-nos ao conjunto<br />

<strong>das</strong> peças mecânicas que se encontram<br />

entre a caixa de velocidades e as ro<strong>das</strong>:<br />

trata-se, basicamente, da parte do veículo<br />

que transfere binário e força da caixa<br />

de velocidades para as ro<strong>das</strong> motrizes.<br />

É um sistema vital para o veículo e ainda<br />

que nas viaturas modernas seja concebido<br />

e produzido para durar tanto como o<br />

próprio veículo, na eventualidade de anomalias,<br />

inspeções regulares e intervenções<br />

rápi<strong>das</strong>, podem proteger o condutor<br />

contra acidentes graves.<br />

Nos veículos que dispõem de tração<br />

apenas dianteira (Fig. 5), é um sistema<br />

relativamente simples e compacto, que<br />

pode ser constituído por poucos componentes.<br />

Inversamente, no caso de veículos<br />

com tração às quatro ro<strong>das</strong> (Fig. 6), a linha<br />

de transmissão pode ser muito complexa.<br />

De facto, são diversos os componentes<br />

que contribuem para levar e distribuir<br />

tração de modo bem-sucedido a to<strong>das</strong><br />

as ro<strong>das</strong>: três diferenciais, dois veios de<br />

transmissão (com as respetivas juntas),<br />

quatro semieixos, oito juntas de velocidade<br />

constante e um vasto número de<br />

outros componentes secundários que<br />

constituem um sistema mecânico muito<br />

complexo. As juntas que equipam os semieixos<br />

tornaram-se muito importantes<br />

para os clientes do setor automóvel,que<br />

são cada vez mais exigentes.<br />

Os motores modernos, cada vez mais<br />

potentes e com maiores binários, forçaram<br />

as juntas de velocidade constante a serem<br />

capazes de suportar um esforço extremamente<br />

elevado. Os veículos modernos<br />

utilizam bastante eletrónica, que se destina<br />

a uma condução segura, a uma melhor<br />

estabilidade e a uma distribuição ativa da<br />

tração disponível às ro<strong>das</strong>, de acordo com<br />

as condições de aderência do piso. Estes<br />

dispositivos, que atuam “autonomamente”<br />

sobre a tração do veículo, também têm o<br />

seu impacto nas condições de funcionamento<br />

<strong>das</strong> juntas e dos semieixos.<br />

A necessidade de existirem veículos<br />

com um raio de viragem cada vez menor,<br />

levou a que as juntas nas ro<strong>das</strong> da frente<br />

tenham de funcionar com ângulos muito<br />

elevados, fazendo com que a conceção<br />

destes componentes seja levada aos limites<br />

permitidos pela geometria (Fig. 7).<br />

As crescentes exigências relativas às<br />

dimensões reduzi<strong>das</strong>, aos elevados ângulos<br />

de funcionamento solicitados e<br />

aos binários de transmissão cada vez mais<br />

elevados, levaram, progressivamente, a<br />

Fig. 10<br />

Diferentes<br />

posições de<br />

semieixos<br />

condições críticas de funcionamento <strong>das</strong><br />

juntas de velocidade constante.<br />

n JUNTAS CONSTANTE E SEMIEIXOS<br />

Duas juntas liga<strong>das</strong> a um eixo constituem<br />

um semieixo (Fig. 8): cada um destes três<br />

componentes tem de ter características<br />

individuais muito precisas, para que o<br />

desempenho do referido semieixo como<br />

um todo, no que respeita ao comprimento,<br />

ao binário a transmitir e aos ângulos de<br />

funcionamento, entre outros, corresponda<br />

às necessidades do veículo. As juntas de<br />

velocidade constante, que diferem quanto<br />

à geometria, método de construção e<br />

características de funcionamento, podem<br />

ser subdividi<strong>das</strong>, essencialmente, em dois<br />

grandes grupos: juntas deslizantes e juntas<br />

não deslizantes.<br />

Cada semieixo, que tem uma junta na<br />

sua extremidade que pertence a cada<br />

um destes dois grandes grupos, está<br />

instalado entre a saída do diferencial no<br />

chassis do veículo e o cubo da roda na<br />

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88<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Técnica & Serviço<br />

extremidade dos tirantes dos braços de<br />

suspensão. O próprio movimento <strong>das</strong><br />

suspensões durante a condução do veículo<br />

é a razão pela qual o semieixo tem<br />

de ser capaz de variar de comprimento.<br />

Dependendo do tipo de veículo e, portanto,<br />

<strong>das</strong> suspensões que forem instala<strong>das</strong>,<br />

cada semieixo tem de ter<br />

características adequa<strong>das</strong> para funcionar<br />

corretamente, tais como o comprimento,<br />

o ângulo de funcionamento, o binário<br />

que consegue transmitir e as variações<br />

admissíveis de comprimento. A função<br />

<strong>das</strong> juntas deslizantes (Fig. 9) é permitir<br />

que o semieixo possa variar o seu comprimento<br />

total para acompanhar o movimento<br />

<strong>das</strong> suspensões. Por exemplo,<br />

quando ocorrem solavancos devido ao<br />

piso (Fig. 10).<br />

Já no que diz respeito às juntas exteriores<br />

que não podem deslizar, mas que,<br />

ao contrário dos outros tipos de juntas,<br />

conseguem funcionar corretamente<br />

mesmo ao serem roda<strong>das</strong> com ângulos<br />

elevados, têm a tarefa de transmitir movimento<br />

às ro<strong>das</strong>, mesmo no ângulo de<br />

viragem máximo.<br />

Fig. 11<br />

Modelo 3D<br />

de uma junta<br />

completa<br />

n DA CONCEÇÃO À PEÇA<br />

O desenho de toda a junta é, atualmente,<br />

concebido com a mais recente<br />

geração de instrumentos de desenvolvimento<br />

tridimensional, que permitem<br />

realizar a verificação preventiva e verificar<br />

se a geometria é adequada em termos<br />

de funcionalidade. E, também, se os<br />

requisitos geométricos dos diversos<br />

componentes estão em conformidade.<br />

Os instrumentos de design 3D também<br />

permitem gerar o programa de controlo<br />

<strong>das</strong> máquinas-ferramenta diretamente<br />

a partir do modelo CAD (Fig. 11). Este<br />

método de trabalho garante total conformidade<br />

da peça com o projeto, não<br />

somente em termos geométricos, mas,<br />

também, em termos de acabamentos<br />

de superfícies, que cumprem rigorosamente<br />

com o que foi estabelecido no<br />

projeto. A utilização de parâmetros de<br />

corte adequados para cada fase de processamento<br />

mecânico garante, permanentemente,<br />

a melhor continuidade da<br />

qualidade do produto e a conformidade<br />

com as estritas restrições geométricas.<br />

sujeitos a um forte esforço durante o<br />

funcionamento, têm de ser produzidos<br />

em perfeitas condições, sendo utilizados<br />

materiais de alta qualidade e com elevada<br />

resistência.<br />

Fig. 12<br />

Anéis exteriores no final do processo<br />

de maquinagem<br />

ANEL EXTERIOR<br />

● O anel exterior (Fig. 12), sendo o<br />

componente externo da junta de velocidade<br />

controlada, bem como a parte<br />

desta que é imediatamente visível, é<br />

produzido com um elevado conteúdo<br />

de carbono forjado e maquinado em<br />

quase toda a sua superfície. To<strong>das</strong> as<br />

peças do anel exterior foram sujeitas<br />

a uma ou mais operações sucessivas<br />

de maquinagem.<br />

As áreas sujeitas a elevado esforço,<br />

como, por exemplo, as pistas <strong>das</strong> esferas<br />

e as estrias, são sujeitas a um tratamento<br />

de endurecimento por<br />

indução específico, durante o qual<br />

aquela parte específica do anel exterior<br />

é aquecida a altas temperaturas e imediatamente<br />

arrefecida. Na verdade, isto<br />

contribui para elevados níveis de rigidez<br />

apenas onde é necessário e não<br />

torna o produto frágil. Sendo endurecido<br />

deste modo, com algumas áreas<br />

a apresentar zonas características com<br />

sombras azula<strong>das</strong>, o anel exterior evidencia<br />

um tratamento correto.<br />

ANEL INTERIOR<br />

● O anel interior da junta (Fig. 13), que<br />

é pequeno e sujeito a elevado esforço,<br />

sofre esforços idênticos e, em alguns<br />

casos, superiores aos do anel exterior.<br />

O anel interior é feito de aço de elevada<br />

resistência, que é totalmente sujeito a<br />

um processo de cementação para aumentar<br />

a dureza e a resistência ao<br />

desgaste. É o componente ligado ao<br />

veio através do qual todo o binário da<br />

junta é transmitido, embora as suas<br />

dimensões correspondam a uma pequena<br />

parte <strong>das</strong> dimensões do anel<br />

exterior.<br />

Fig. 14<br />

Gaiolas no final do processo<br />

de maquinagem<br />

GAIOLA<br />

● Concetualmente, tem uma função<br />

similar a um porta-esferas nos rolamentos<br />

de esferas, o que significa que mantém<br />

as esferas na posição correta (Fig.<br />

14). No entanto, é muito mais forte, uma<br />

vez que também é sujeita a grande esforço.<br />

Devido à geometria <strong>das</strong> pistas,<br />

após o impulso dado pelo binário de<br />

acionamento, as esferas, ao rodarem,<br />

tendem a deslocar-se para fora da junta.<br />

Em vez disso acontecer, esta força é<br />

transferida para a gaiola, que mantém<br />

as esferas na posição correta: a única<br />

posição que permite que as juntas funcionem<br />

corretamente. O elevado esforço<br />

na gaiola, provocado pelas esferas, é<br />

destacado quando é realizada uma análise<br />

aos elementos desgastados ao simular<br />

o desempenho da junta de<br />

velocidade constante.<br />

ESFERAS<br />

● As esferas (Fig. 15) também são elementos<br />

essenciais da junta. De facto, toda<br />

a força que é trocada entre o anel e a<br />

gaiola durante o funcionamento da junta<br />

passa por elas. Feitas de aço cromado<br />

de elevada resistência, mesmo as esferas<br />

não são to<strong>das</strong> iguais.<br />

Fig. 15<br />

Esferas conti<strong>das</strong> numa junta<br />

FOLE<br />

● To<strong>das</strong> as peças internas da junta de<br />

velocidade constante são constituí<strong>das</strong><br />

por partes metálicas que estão em<br />

contacto entre si, com uma folga extremamente<br />

pequena. Por este motivo,<br />

é imperativo que tudo funcione sem a<br />

presença de qualquer corpo estranho.<br />

O fole (Fig. 16) tem precisamente a<br />

função de evitar a entrada de corpos<br />

estranhos no interior da junta, o que<br />

provocaria a avaria da mesma num<br />

curto espaço de tempo. Sendo um<br />

componente que tem meramente uma<br />

função de proteção, o fole é frequentemente<br />

subestimado. Mas tal não deve<br />

acontecer.<br />

Na realidade, é importante utilizar materiais<br />

de alta qualidade para garantir<br />

a sua função essencial, que é proteger<br />

os componentes internos da junta,<br />

evitando-se, assim, avarias graves. Os<br />

foles têm de ser concebidos com a<br />

geometria correta e utilizando materiais<br />

adequados que suportem esforço,<br />

especialmente no que toca à compatibilidade<br />

com as substâncias presentes<br />

na massa lubrificante.<br />

MASSA LUBRIFICANTE<br />

● A massa lubrificante é importante?<br />

A resposta é simples: a massa lubrificante<br />

é muito mais importante do que<br />

aquilo que possamos imaginar. Numa<br />

junta de velocidade constante, existem<br />

diversos componentes deslizantes e a<br />

massa lubrificante é necessária para<br />

reduzir a fricção e o desgaste dos componentes<br />

<strong>das</strong> juntas de velocidade<br />

constante. A redução da fricção aumenta<br />

a eficiência, diminuindo, assim,<br />

o aumento de temperatura da própria<br />

junta de velocidade constante.<br />

No caso de massa lubrificante inadequada,<br />

a junta de velocidade constante<br />

atinge uma temperatura de centenas<br />

de graus após funcionar durante alguns<br />

minutos. Este forte aumento de temperatura<br />

tem consequências destruidoras<br />

para o fole: num curto espaço<br />

de tempo, ocorrerão danos em toda a<br />

junta de velocidade constante, resultando,<br />

também, em gripagem e avaria.<br />

A utilização de massa lubrificante de<br />

alta qualidade é fundamental para<br />

evitar problemas na junta de velocidade<br />

constante.<br />

n PRINCIPAIS COMPONENTES<br />

Mesmo com juntas de velocidade constante,<br />

cada componente contribui para<br />

o funcionamento suave de todo o sistema.<br />

Os componentes principais <strong>das</strong><br />

juntas de velocidade constante, que são<br />

Fig. 13<br />

Anéis interiores maquinados<br />

Fig. 16<br />

Foles de<br />

borracha<br />

e borracha-<br />

-metal<br />

Abril I 2016<br />

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90<br />

Técnica & Serviço<br />

Revisão do sistema EPS da Fiat (II Parte)<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Colaboração<br />

Procedimentos de montagem<br />

› Após termos descrito, na edição do passado mês de março do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, a desmontagem do<br />

sistema EPS de um Fiat Punto II Série 188, substituímos to<strong>das</strong> as peças que se possam ter desgastado,<br />

fechamo-lo e ensaiamo-lo no banco<br />

Por: Carlos Panzieri, Consultor Aftermarket<br />

A<br />

lista de todos os componentes<br />

passíveis de serem substituídos<br />

pode ser vista no Quadro I. No<br />

caso do Fiat Punto II Série, existem dois<br />

tipos diferentes: a primeira, mais complexa,<br />

com relés (à qual nos vamos referir);<br />

a segunda, simplificada, sem relés.<br />

As fotos dos circuitos, efetua<strong>das</strong> à escala<br />

1:1, dentro de um prático retículo,<br />

servem para especificar a forma e a posição<br />

de cada peça. No caso do Fiat Punto<br />

II Série, as fotos são dos dois lados do<br />

circuito da ECU (Fig. 01) e do motor<br />

elétrico (Fig. 02).<br />

Fig. 01: Circuito da centralina<br />

(ECU)<br />

Fig. 02: Circuito do motor elétrico<br />

Fig. 03: Bancada de trabalho<br />

Emmetec Z-19108<br />

Fig. 04: Vídeo-zoom Emmetec<br />

Z-19500<br />

Fig. 05: Estação de soldadura<br />

Emmetec Z-19005<br />

Fig. 06: Desenroscar os parafusos<br />

que a fixam ao motor e levantá-la<br />

Fig. 07: Controlo sinal sensor<br />

Fig. 08: É necessário modificar o<br />

perno<br />

Fig. 09: Cravar a mola do bloqueio<br />

à pressão<br />

Quadro I - Lista de componentes passíveis de serem substituídos no EPS do Fiat<br />

Punto II Série. Na primeira coluna, indicam-se as coordena<strong>das</strong> onde se encontra a<br />

peça a substituir e, na segunda, o seu código.<br />

Posição Código Família e tipologia do artigo<br />

W-05011 MOSFET<br />

1F C3 W-01008 RELÉ<br />

1F A4 W-01023 CHIP CAN<br />

1F B1 W-01045 CHIP DE CONTROLO DO MOTOR<br />

1F B2 W-01045 CHIP DE CONTROLO DO MOTOR<br />

1F B1 W-05054 TRANSISTOR<br />

2F W-01001 RELÉ<br />

2F W-01001A RELÉ<br />

2F W-01002 RELÉ<br />

2F W-01002A RELÉ<br />

2F B1 W-01003 RELÉ<br />

2F B3 W-01003 RELÉ<br />

2F B1 W-01003A RELÉ<br />

2F B3 W-01003A RELÉ<br />

2R B1 W-01012 HALL SENSORS<br />

2R B2 W-01012 HALL SENSORS<br />

2R C2 W-01012 HALL SENSORS<br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

91<br />

Início do processo de montagem<br />

03<br />

Deve-se começar por<br />

isolar o circuito e colocálo<br />

sobre uma bancada de<br />

trabalho como a Z-19108<br />

(Fig. 03), que permite a sua<br />

rotação e movimentação<br />

a gosto. E esta, por sua<br />

vez, sob um vídeo-zoom,<br />

como o Z-19500 (Fig. 04),<br />

que permite aumentar o<br />

componente sem se perder<br />

a definição da imagem.<br />

04<br />

À medida que se vão derretendo<br />

as soldaduras com uma estação de<br />

soldadura como a Z-19005 (Fig. 05),<br />

remover cada componente: se forem<br />

pequenas, deverá ser suficiente atingir<br />

os 300 °C. Mas se forem grandes,<br />

poderá ser necessário atingir os 350<br />

°C. Se a soldadura original for muito<br />

resistente, para acelerar o trabalho,<br />

pode-se derreter por cima da mesma<br />

um pouco de estanho, o que aumenta,<br />

rapidamente, a temperatura da mesma.<br />

Quando a soldadura se tiver derretido,<br />

aspirá-la com a ferramenta adequada.<br />

05<br />

Para substituir os componentes no<br />

circuito do motor, há que desenroscar<br />

os parafusos que a fixam ao motor<br />

e levantá-la (Fig. 06). Ao terminar o<br />

trabalho, devolver o circuito à sua<br />

posição original e bloqueá-la com as<br />

respetivas porcas.<br />

No caso do circuito do motor ser<br />

irrecuperável, ou para acelerar o<br />

trabalho, a Emmetec oferece circuitos<br />

novos com e sem relés, com os<br />

06<br />

códigos V-04032 e V-04033,<br />

respetivamente.<br />

Soldar e dessoldar não é muito<br />

difícil, mas como em to<strong>das</strong> as<br />

coisas, a prática é necessária, pelo<br />

que um instrutor especialista que<br />

possa dar os conselhos adequados<br />

e uma estação de soldadura nova<br />

e perfeitamente funcional, farão<br />

com que a aprendizagem seja fácil<br />

e rápida.<br />

Sensor de posição e binário<br />

07<br />

O sensor de posição e binário<br />

serve para determinar a posição<br />

do volante e o binário aplicado ao<br />

mesmo pelo condutor. E, portanto,<br />

para determinar a servoassistência<br />

que o motor elétrico tem de aplicar.<br />

O sensor do Fiat Punto II Série<br />

188 é do tipo por fricção e está<br />

destinado a desgastar-se com o<br />

tempo, pelo que esta peça tem<br />

de ser substituída por uma nova,<br />

como a X-02001, mesmo que<br />

pareça que ainda se encontra em<br />

boas condições.<br />

Ao montar o novo sensor, é<br />

necessário ter cuidado com o clipe<br />

de segurança e garantir que o eixo<br />

e a carcaça estão sempre alinhados,<br />

de tal forma que o sensor possa<br />

ser instalado com um movimento<br />

perfeitamente linear desde o alto,<br />

sem se realizar qualquer rotação<br />

ou torção.<br />

Quando o sensor estiver no seu<br />

lugar, extrair o clipe e verificar<br />

com o centrador Z-24003 se o sinal<br />

do binário está o mais próximo<br />

possível de zero (Fig. 07). Nestes<br />

sistemas EPS, o ângulo não tem<br />

importância, mas o binário tem de<br />

estar entre + ou – 0,5. Se o valor<br />

for superior, então é aconselhável<br />

bloquear novamente o sensor com<br />

o clipe, extraí-lo e voltar a montá-lo<br />

com mais atenção.<br />

Alojamento do sensor<br />

Remontagem<br />

08<br />

Introduzir o perno mecanizado na<br />

carcaça do sistema EPS, bloqueá-lo<br />

com a porca que se deve apertar com a<br />

chave de caixa Z-19100 até eliminar a<br />

folga axial, mas permitindo que rode.<br />

Extrair o perno de 9 mm da barra de<br />

torção.<br />

Após a adição de um pouco de<br />

lubrificante ao Lítio, introduzir o<br />

parafuso sem-fim, engatando-o na roda<br />

dentada e, se necessário, introduzir os<br />

calços Emmetec W-08000, W-08101,<br />

W-08002 e W-08003, respetivamente,<br />

de 0,20, 0,40, 0,50 e 1,00 mm.<br />

Alojar o sensor de posição e binário<br />

como descrito anteriormente.<br />

Com uma chave de fen<strong>das</strong>, esticar a<br />

mola do bloqueio e cravá-la à pressão<br />

na porca da barra de torção (Fig.<br />

09). Seguidamente, introduzir o anel<br />

de retenção, bloqueando de forma<br />

definitiva o sensor. Protegê-lo com o<br />

guarda-pó original.<br />

Colocar o eixo de direção, verificando<br />

se o passador do parafuso de bloqueio<br />

sobre o perno na saída está alinhado<br />

com o entalhe no lado do volante e<br />

com a própria carcaça do sistema EPS.<br />

Introduzir definitivamente e apertar os<br />

parafusos, segundo um esquema nortesul,<br />

este-oeste.<br />

Se a junta flexível que liga o motor ao<br />

parafuso sem-fim está em perfeitas<br />

condições, basta lubrificá-lo e introduzilo<br />

no respetivo alojamento. De outra<br />

forma, é necessário substituí-lo com o<br />

W-00700 original ou o W-00700A.<br />

Ligar o motor à carcaça e bloqueá-lo<br />

com as suas porcas.<br />

Introduzir a ECU no seu alojamento,<br />

bloqueá-la com a sua porca e ligar os<br />

cabos.<br />

É aconselhável cobrir o motor elétrico<br />

com uma tampa (como as V-06100,<br />

V-06100B ou V-06100R), que reduz as<br />

vibrações, elimina o ruído e protege<br />

da humidade: desta forma, o vosso<br />

produto será melhor do que o original.<br />

09<br />

O velho sensor original com<br />

invólucro azul já saiu de produção<br />

e foi substituído pelo atual<br />

de invólucro amarelo. Que,<br />

lamentavelmente, apresenta um<br />

diâmetro interior inferior ao antigo.<br />

Consequentemente, é necessário<br />

modificar o perno que o aloja,<br />

passando o diâmetro de 25,5 mm<br />

para 24,3 mm e modificando a<br />

cava até ficar outra vez com uma<br />

profundidade de 1,15 mm (Fig. 08).<br />

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92<br />

Técnica & Serviço<br />

A fotografia digital como apoio à peritagem<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Colaboração<br />

CESVIMAP<br />

www.cesvimap.com<br />

Porque mais vale<br />

uma imagem…<br />

› A realização de relatórios periciais, a investigação de acidentes de trânsito ou a peritagem diferida,<br />

são algumas <strong>das</strong> aplicações mais significativas da fotografia como apoio à peritagem<br />

Os avanços nas novas tecnologias<br />

potenciaram a utilização da fotografia<br />

na peritagem. A fotografia<br />

digital permite aumentar o número de<br />

fotos e o fácil armazenamento e classificação<br />

<strong>das</strong> mesmas. Este facto, aliado ao<br />

desenvolvimento <strong>das</strong> tecnologias de<br />

informação (Internet, correio eletrónico)<br />

possibilita a troca de ficheiros de imagem<br />

entre o perito e a oficina, quase em tempo<br />

real. Pelo que, desta forma, as companhias<br />

de seguros podem melhorar e agilizar a<br />

tramitação dos sinistros.<br />

■ Tipologia<br />

Para definir as fotografias necessárias<br />

ao apoio ou realização de uma peritagem,<br />

deve-se diferenciar cada uma <strong>das</strong> fases<br />

do processo. Desta forma, pode ser feita<br />

a discriminação entre aquelas fotografias<br />

puramente administrativas e as que devem<br />

apresentar um valor técnico para o<br />

Administrativa<br />

Dos danos<br />

Da reparação<br />

TIPOS DE FOTOGRAFIAS<br />

perito avaliador. Porque vão definir o<br />

alcance dos danos, documentar o processo<br />

de reparação e validar a sua correspondência<br />

em relação aos danos<br />

peritados.<br />

Identificam o veículo peritado: VIN, matrícula, placa do construtor<br />

Gerais<br />

Situam os danos nos veículos<br />

Detalha<strong>das</strong> Definem os danos com exatidão<br />

De seguimento Constatam as operações realiza<strong>das</strong> na reparação<br />

Pós-reparação<br />

Permitem verificar a reparação realizada (operações<br />

e tipo de substituição)<br />

■ Administrativas<br />

É o primeiro tipo de fotografia que o<br />

perito providencia para constatar que o<br />

veículo analisado é o que se deve peritar.<br />

Neste sentido, o perito deve fotografar<br />

a placa de matrícula, o número de chassis<br />

e, sempre que possível, a documentação<br />

do veículo. Para efeitos de<br />

identificação, a fotografia da matrícula<br />

deve ser tirada, sempre que seja viável,<br />

com a matrícula montada no veículo,<br />

obtendo-se uma panorâmica geral. A<br />

fotografia do VIN será a do número gravado<br />

na carroçaria. Desta forma, reduzem-se<br />

as possibilidades de fraude. A<br />

imagem da documentação do veículo<br />

disponibilizará informação complemen-<br />

Abril I 2016<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

93<br />

tar, podendo ser consultada em qualquer<br />

momento da fase de avaliação. Nos casos<br />

em que se suspeite de uma possível<br />

fraude ou não se disponha de uma identificação<br />

completa do veículo por outros<br />

meios, será fundamental utilizar este tipo<br />

de fotografias.<br />

Fotografias dos danos<br />

É o passo seguinte na avaliação. O número<br />

e o tipo de fotografias estão muito<br />

relacionados com a tipologia do acidente.<br />

Quando se tratar de um sinistro onde<br />

seja prevista a elaboração de um relatório<br />

pericial, o perito não deve limitar o<br />

número de fotografias, assegurando-se<br />

de que dispõe de toda a informação que<br />

o sinistro exigir, para o posterior preenchimento<br />

do relatório. São dois os tipos<br />

de fotografias que se devem tirar: gerais<br />

e detalha<strong>das</strong>.<br />

l Gerais<br />

Nestas, localizam-se os danos globais<br />

do veículo. Não se trata, nestas fotografias,<br />

de avaliar a extensão ou a intensidade<br />

dos danos, mas sim de comprovar<br />

a sua correspondência com a mecânica<br />

do sinistro e a descrição realizada na<br />

solicitação de peritagem. Simultaneamente,<br />

servem para situar os danos no<br />

conjunto do veículo.<br />

Devem obter-se imagens do conjunto<br />

do veículo, fotografando-o no sentido<br />

<strong>das</strong> respetivas diagonais e a partir dos<br />

seus quatro cantos. Em danos localizados,<br />

será fotografada a área concreta dentro<br />

da zona específica do veículo, sendo<br />

prestada toda a atenção às zonas onde<br />

tenham ocorrido as deformações mais<br />

importantes.<br />

l Detalha<strong>das</strong><br />

Trata-se de mostrar tanto a intensidade<br />

como a extensão da deformação. Estas<br />

fotografias, que complementam as gerais,<br />

permitem definir o alcance e a amplitude<br />

dos danos, reforçando o processo<br />

de reparação, assim como a atribuição<br />

de tempos. Centram-se em aspetos como<br />

a quebra de peças (para-choques ou<br />

patilhas de faróis, por exemplo), deformações<br />

em painéis exteriores e vincos<br />

(piso da bagageira, longarinas e cavas<br />

<strong>das</strong> ro<strong>das</strong>, entre outras).<br />

l Fotografias da reparação<br />

Trata-se de comprovar cada um dos<br />

passos e operações que se executaram<br />

na reparação. Além disso, também serão<br />

tira<strong>das</strong> as fotografias necessárias para<br />

que fiquem registados os resultados da<br />

reparação.<br />

l Fotografias de seguimento<br />

O perito deve, em determina<strong>das</strong> reparações,<br />

registar a realização <strong>das</strong> operações<br />

que tenham sido avalia<strong>das</strong> na<br />

peritagem. Serão tira<strong>das</strong>, por exemplo,<br />

fotografias com o veículo elevado e com<br />

os conjuntos mecânicos retirados.<br />

Fotografias pós-reparação<br />

Ao verificar o veículo e comprovar a<br />

qualidade da reparação, o perito pode<br />

observar certas deficiências ou defeitos,<br />

que será interessante registar numa fotografia,<br />

em virtude de possíveis reclamações:<br />

defeitos na pintura, regulações<br />

ou utilização de um tipo de peça de<br />

substituição diferente da orçamentada,<br />

entre outros aspetos.<br />

■ Metodologia<br />

Para obter uma boa fotografia, é preciso<br />

acertar no ângulo correto, de tal forma<br />

que a incidência da luz e os seus reflexos<br />

Imagem: ©APComunicação<br />

A fotografia digital<br />

permite que as<br />

companhias de seguros<br />

melhorem e agilizem a<br />

tramitação dos sinistros,<br />

o que traz, sem dúvida,<br />

inegáveis benefícios<br />

demonstrem plenamente o dano. A utilização<br />

do flash costuma ser desaconselhada,<br />

dado que pode retirar volume e<br />

profundidade ao objeto fotografado. As<br />

melhores fotografias são as que se tiram<br />

com uma luz suave ou difusa, sem grandes<br />

contrastes. Por exemplo, em interiores<br />

com uma luz uniforme. Se a<br />

fotografia for tirada no exterior, os dias<br />

nublados são ideais, visto que se evitam<br />

brilhos e reflexos indesejados. Os riscos<br />

podem ser fotografados de frente.<br />

Quando a chapa apresentar uma mossa,<br />

a melhor fotografia será a que enquadre<br />

a lateral, que permitirá apreciar os danos<br />

na sua totalidade.<br />

Para danos reduzidos (picadelas na<br />

chapa, riscos ou mossas pontuais), o mais<br />

apropriado é utilizar a função “macro” da<br />

câmara, procurando assinalar o dano de<br />

alguma forma (marcador ou giz). Esta<br />

função também é muito útil para documentar<br />

a peritagem, fotografando aspetos<br />

de índole administrativa<br />

(documentação do veículo, placa do<br />

fabricante, número VIN). Um caso particular<br />

no qual a utilização da função “macro”<br />

é realmente prática é a obtenção de<br />

imagens de danos, como rachas ou riscos,<br />

nos vidros do automóvel. Nestes casos,<br />

é recomendável colocar por trás do vidro<br />

uma superfície uniforme (uma folha, por<br />

exemplo), para que a câmara possa focar<br />

o dano e este seja visível com toda a<br />

clareza na fotografia tirada.<br />

Quanto ao tamanho da foto em bytes,<br />

não deverá ser tão pequena que não<br />

permita a sua ampliação ou impressão,<br />

nem tão grande que não se possa manipular<br />

com facilidade no computador<br />

ou ser enviada por correio eletrónico.<br />

Como referência, em câmaras com um<br />

mínimo de 7 megapíxeis, será suficiente<br />

que trabalhem com metade da resolução,<br />

qualidade normal.<br />

A reprodução numa fotografia dos danos<br />

sofridos por um veículo não deixa<br />

de apresentar dificuldades, mais ainda<br />

quando os conhecimentos nesse sentido<br />

da pessoa encarregada de tirar a fotografia<br />

são, regra geral, muito básicos.<br />

Aspetos como a cor do veículo ou a luz<br />

da oficina, afetam não tanto a qualidade<br />

da fotografia, mas, sobretudo, a exposição<br />

dos danos reais na imagem capturada.<br />

Em qualquer caso, existe uma série<br />

de fotografias imprescindíveis que devem<br />

ser sempre tira<strong>das</strong> e sem as quais a<br />

avaliação através de fotografia não poderá<br />

ocorrer com um mínimo de garantias.<br />

Estas são as administrativas, as gerais<br />

e as fotografias detalha<strong>das</strong> dos danos.<br />

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94<br />

Técnica & Serviço<br />

Tipos de união mais utilizados<br />

Colaboração<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Centro ZARAGOZA<br />

www.centro-zaragoza.com<br />

Trabalho complexo<br />

› A carroçaria é um elemento complexo, constituído por um número importante de peças de chapa<br />

uni<strong>das</strong> entre si por diferentes tipos de união, sendo o mais utilizado a soldadura<br />

Cada peça que constitui a carroçaria<br />

é concebida especificamente para<br />

que o seu comportamento dentro<br />

do conjunto que forma seja o adequado,<br />

de modo a suportar os esforços dinâmicos<br />

ou estáticos a que é submetida durante<br />

o movimento habitual do veículo, bem<br />

como os esforços que possam surgir em<br />

caso de acidente e impacto.<br />

Soldadura – O comportamento global<br />

conseguido com o design da carroçaria<br />

é uma consequência do tipo de união<br />

de cada uma <strong>das</strong> peças que a formam.<br />

O principal tipo de união e o mais utilizado<br />

é a soldadura. Este tipo proporciona<br />

Abril I 2016<br />

uma continuidade metálica entre as<br />

partes que une, pelo que, no caso de<br />

peças que são submeti<strong>das</strong> a esforços<br />

significativos, é o método mais indicado<br />

a utilizar para aproveitar a transmissão<br />

de esforços que ocorre entre as peças<br />

uni<strong>das</strong>. Neste grupo de peças, incluem-<br />

-se as longarinas, as travessas, os pilares,<br />

as cavas <strong>das</strong> ro<strong>das</strong>, o piso, o tejadilho.<br />

Nas carroçarias de alumínio, utilizam-se<br />

frequentemente os rebites juntamente<br />

com adesivo<br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

95<br />

Aparafusamento – Outro tipo de união<br />

utilizado, mas em menor medida do<br />

que o anterior. Consiste no aparafusamento<br />

<strong>das</strong> peças. Tipo utilizado naquelas<br />

peças às quais não é exigido um<br />

comportamento estrutural importante<br />

ou que se desmontam e montam com<br />

relativa frequência, como é o caso dos<br />

guarda-lamas dianteiros e dos para-<br />

-choques.<br />

Encaixe de peças – O encaixe de peças<br />

consiste em unir os rebordos de duas<br />

peças de chapa, efetuando pressão<br />

sobre eles para dobrá-los sobre si mesmos.<br />

Utiliza-se com espessuras finas de<br />

chapa e para peças específicas, como<br />

os painéis <strong>das</strong> portas, o capot, a tampa<br />

da bagageira e as cavas <strong>das</strong> ro<strong>das</strong> traseiras.<br />

Nesta união, deve-se garantir a<br />

estanquidade da junta através da utilização<br />

de adesivos com função de<br />

vedante.<br />

Rebitagem – A rebitagem é utilizada<br />

para unir materiais distintos, como<br />

chapa e plástico, por exemplo, em spoilers,<br />

abas de guarda-lamas e suportes<br />

para uni-los à carroçaria de chapa de<br />

aço. Tratam-se de uniões simples submeti<strong>das</strong><br />

a esforços mínimos. No entanto,<br />

no caso <strong>das</strong> carroçarias de<br />

alumínio, é uma técnica muito utilizada<br />

para unir as peças de chapa, na qual se<br />

criam uniões mistas com os rebites e a<br />

aplicação de adesivos, às quais é conferida<br />

uma maior importância no que<br />

diz respeito a esforços.<br />

Grampos – A união através de grampos,<br />

dos quais existe uma infinidade de<br />

modelos, é utilizada em uniões simples<br />

para a fixação de peças de plástico,<br />

guarda-lamas, estofos ou elementos<br />

ornamentais, como molduras e tampões<br />

<strong>das</strong> ro<strong>das</strong>.<br />

A aplicação de cada um destes tipos<br />

Adesivos – A colagem com adesivos<br />

é utilizada para unir materiais totalmente<br />

heterogéneos ou em peças que,<br />

devido à sua posição, não permitem a<br />

aplicação de outros tipos de união. A<br />

sua utilização mais habitual costuma<br />

ser na fixação de guarnições, molduras,<br />

revestimentos e materiais insonorizantes,<br />

tratando-se de uniões simples. No<br />

entanto, graças ao desenvolvimento<br />

tecnológico dos adesivos estruturais,<br />

é possível utilizar os mesmos em determina<strong>das</strong><br />

zonas intermédias de fecho<br />

de peças, pilares, pisos ou longarinas,<br />

adquirindo estas uniões uma função<br />

estrutural.<br />

união por soldadura (em cima)<br />

de união requer uma maior ou menor<br />

complexidade. No caso do aparafusamento,<br />

da rebitagem ou da utilização<br />

de grampos, o trabalho a realizar é<br />

relativamente simples, assim como o<br />

equipamento utilizado e a própria experiência<br />

do operário. A aplicação de<br />

adesivos também não se reveste de<br />

grande complexidade, sendo os aspetos<br />

mais importantes a escolha de um<br />

adesivo apropriado com capacidade<br />

de aderência aos materiais a unir, bem<br />

como conhecer e respeitar as instruções<br />

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96<br />

Técnica & Serviço<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

de aplicação (limpeza, primários, tempos<br />

de secagem).<br />

O encaixe, quando realizado em fábrica,<br />

já requer uma programação mais delicada<br />

dos robots e, no caso de reparação,<br />

é necessária uma certa destreza do operário<br />

que a realiza. Sem esquecer que,<br />

na maioria dos casos, se complementa<br />

com a aplicação de adesivos vedantes.<br />

E entre todos os tipos de união, a soldadura<br />

é a que requer um equipamento<br />

soldadura laser seja a que menos modificações<br />

provoca na chapa graças à transmissão<br />

ideal de energia, tanto em termos<br />

de localização como de quantidade, o<br />

seu elevado custo limita a sua aplicação<br />

a zonas muito exclusivas, onde, por motivos<br />

de acessibilidade ou acabamento,<br />

não são apropria<strong>das</strong> as outras técnicas<br />

de soldadura.<br />

Quanto à configuração <strong>das</strong> uniões, os<br />

três tipos básicos utilizados são as uniões<br />

l Sobreposição por pontos – As<br />

uniões sobrepostas poderão realizar-<br />

-se através da técnica da soldadura<br />

por resistência elétrica por pontos ou<br />

sob gás protetor MIG/MAG. No entanto,<br />

sempre que se disponha de acesso<br />

em ambos os lados, é preferível utilizar<br />

a resistência elétrica, devido à menor<br />

transmissão energética que implica<br />

sobre a chapa. Quando se realizar uma<br />

união sobreposta utilizando a soldadura<br />

MIG/MAG, poder-se-ão utilizar dois<br />

tipos de configurações:<br />

l Sobreposição com costura contínua<br />

– Para secções exteriores com um curto<br />

comprimento de costura e que não<br />

sejam submeti<strong>das</strong> a elevados esforços<br />

mecânicos.<br />

União por soldadura topo a topo<br />

n UNIÕES TOPO A TOPO<br />

Realizam-se em zonas onde a secção<br />

resistente a criar não estará submetida,<br />

em geral, a altas solicitações de carga e<br />

em costuras de pequeno comprimento.<br />

No caso da sua aplicação em peças exteriores,<br />

deverá ter-se em conta que, para<br />

o acabamento final, pode ser necessário<br />

esmerilar as protuberâncias do cordão<br />

efetuado, provocando, com isso, uma<br />

diminuição da secção resistente. Deverá<br />

ter-se ainda em conta que, ao tratar-se<br />

de uma soldadura contínua, quanto<br />

maior for o comprimento do cordão, mais<br />

calor será transmitido às chapas a soldar<br />

e maior possibilidade existirá de variação<br />

<strong>das</strong> características da chapa.<br />

Geralmente, aplica-se com a técnica de<br />

soldadura de resistência elétrica sob gás<br />

protetor (MIG/MAG).<br />

Sobreposição com costura contínua<br />

l Soldadura com costura de tampão –<br />

Será utilizada em uniões sobrepostas de<br />

secções exteriores de maior comprimento<br />

do que as anteriores. Para preparar as<br />

superfícies a soldar, será necessário realizar<br />

uns orifícios (diâmetro de 6 mm) na<br />

peça a montar, que se distribuirão, equitativamente,<br />

em comprimento e serão<br />

preenchidos com material de adição na<br />

soldadura.<br />

O para-brisas é unido à carroçaria através de adesivo<br />

e um processo de trabalho muito mais<br />

complexo do que os restantes, exigindo<br />

um conhecimento e experiência adequados<br />

para a sua correta planificação e<br />

realização.<br />

n UNIÕES POR SOLDADURA<br />

Já foi mencionado que o tipo de união<br />

mais frequente no fabrico e reparação<br />

de carroçarias é a soldadura, graças às<br />

boas características mecânicas que possibilita.<br />

As principais técnicas utiliza<strong>das</strong><br />

são a soldadura por resistência elétrica<br />

por pontos, a soldadura elétrica sob gás<br />

protetor (MIG/MAG) e a soldadura laser<br />

(esta última apenas em fabrico). A mais<br />

utilizada <strong>das</strong> três é a primeira, porque a<br />

transmissão energética à chapa é menor<br />

do que com a MIG/MAG. Uma transmissão<br />

excessiva de calor à chapa de aço<br />

pode modificar as suas características<br />

mecânicas e geométricas.<br />

Na soldadura por resistência elétrica<br />

por pontos, a energia concentra-se apenas<br />

na zona de contacto dos elétrodos<br />

e durante períodos de tempo muito<br />

curtos. No entanto, na MIG/MAG concentra-se<br />

durante a realização de todo<br />

o comprimento do cordão. Embora a<br />

topo a topo, as uniões sobrepostas e as<br />

que integram um reforço adicional.<br />

Em qualquer aplicação destas soldaduras<br />

é necessário ter em conta, em<br />

função <strong>das</strong> peças a unir, qual vai ser a<br />

configuração da união mais indicada para<br />

realizar a soldadura. Para isso, é vital conhecer<br />

o comportamento <strong>das</strong> mesmas<br />

em relação aos esforços a que vão ser<br />

submeti<strong>das</strong> e ter em consideração os<br />

seguintes aspetos:<br />

l A natureza dos materiais que se vão<br />

unir;<br />

l A espessura <strong>das</strong> secções (é preferível<br />

unir materiais com a mesma<br />

espessura);<br />

l O comprimento da costura de união;<br />

l Os esforços a que a união será<br />

submetida;<br />

l A estética final da união;<br />

l A acessibilidade à zona onde será<br />

realizada a união.<br />

Uma vez analisados os aspetos mencionados<br />

anteriormente, resolve-se,<br />

depois, qual a técnica de soldadura a<br />

eleger e qual a configuração que será<br />

mais conveniente utilizar.<br />

n UNIÕES SOBREPOSTAS<br />

Utilizam-se tanto no fabrico como em<br />

reparação. Nestas, realiza-se uma sobreposição<br />

<strong>das</strong> peças a unir na zona da<br />

costura. Em reparação, utilizam-se, geralmente,<br />

na substituição parcial de<br />

painéis exteriores, na qual a sobreposição<br />

se trata de um desnivelamento de um<br />

dos rebordos da costura, seja no rebordo<br />

que se encontra na carroçaria ou no da<br />

peça nova.<br />

Sobreposição por pontos<br />

Sobreposição com costura de tampão<br />

n UNIÕES COM REFORÇO ADICIONAL<br />

Realizam-se através da colocação de um<br />

reforço moldado, no interior ou exterior<br />

da peça.<br />

Quando o local de corte tenha de ficar<br />

invisível e a configuração construtiva o<br />

admita, o reforço coloca-se internamente.<br />

Se o ponto de união puder permanecer<br />

à vista, torna-se mais simples e rápido<br />

utilizar um reforço externo.<br />

Com reforço adicional<br />

Abril I 2016<br />

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98<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Mundo Automóvel<br />

Seat Ibiza Cupra<br />

AVALIAÇÃO obrigatória<br />

I’ve got the power<br />

› Nunca o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> se tinha divertido tanto ao volante de um Seat. Com carroçaria de três<br />

portas (Sport Coupé), motor 1.8 TSI de 192 cv, modo “Sport”, direção precisa, suspensão firme, travões<br />

potentes e pneus eficazes, o Ibiza Cupra tem o power todo. E custa pouco mais de €20.000...<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Se a Seat é, segundo o seu presidente<br />

(Luca de Meo), uma marca em movimento,<br />

então a mais recente geração<br />

do Ibiza Cupra só pode ser o diabo<br />

em forma de automóvel. E, logo, com<br />

carroçaria Sport Coupé (SC), visto não<br />

existir outra para esta versão. Duas déca<strong>das</strong><br />

depois do lançamento do primeiro<br />

Cupra, eis o novo, que espelha a essência<br />

da Seat na sua forma mais pura. Aliás,<br />

de acordo com a marca espanhola, o Ibiza<br />

Cupra que figura nestas páginas alia ao<br />

design emotivo a performance fora de<br />

série e a tecnologia de ponta, que permitiu<br />

criar um dos mais dinâmicos automóveis<br />

da classe. Realidade ou ficção,<br />

a verdade é que este pequeno desportivo<br />

já nos tinha deixado ótimas indicações<br />

em Barcelona, quando fomos conduzi-lo<br />

na altura em que foi apresentado à imprensa<br />

internacional. Agora, “apanhámo-<br />

-lo” em território nacional. Senhoras e<br />

senhores, apertem os cintos de segurança<br />

que o espetáculo vai começar.<br />

■ STREET FIGHTER<br />

Não foi preciso recorrer a esteroides<br />

anabolizantes nem a substâncias ilícitas<br />

para que o Ibiza Cupra ficasse com tudo<br />

no sítio. Claro que teve de submeter-se<br />

a algum trabalho de ginásio, mas nada<br />

de exageros. Para quem, como nós,<br />

achava que a cor da carroçaria pudesse<br />

ostentar a designação de branco ou azul,<br />

fique a saber que se trata de um cinzento<br />

“dynamic” (implica o dispêndio de €422).<br />

O que lhe confere, sem dúvida, a irreverência<br />

que se impõe. Para mais, dispondo<br />

de pinças de travagem de cor vermelha<br />

(€169), jantes “Barcino” de 17” escuras com<br />

cinco raios duplos (€89), saída de escape<br />

central trapezoidal (em bom rigor, trata-<br />

-se apenas de um efeito no para-choques,<br />

que escondem as duas saí<strong>das</strong>), letterings<br />

O Seat Ibiza Cupra só está disponível com<br />

caixa manual de seis velocidades<br />

Cupra, grelha escura, capas dos retrovisores<br />

em preto e faróis bi-Xénon com<br />

luzes diurnas de LED. As cavas <strong>das</strong> ro<strong>das</strong><br />

alarga<strong>das</strong> e outros pequenos adereços<br />

completam o visual apelativo, que desperta<br />

atenção e gera cobiça.<br />

Por dentro, o Ibiza Cupra consegue ser<br />

mais sóbrio do que por fora. Para além<br />

de bancos desportivos, volante de três<br />

raios com base plana, pedais com inserções<br />

em alumínio e a já celebre bandeira<br />

de xadrez acompanhada por uma barra<br />

vermelha (nada mais nada menos do que<br />

o logótipo Cupra), sendo esta visível no<br />

interior do velocímetro, no volante e no<br />

punho da alavanca da caixa, praticamente<br />

não existem mais diferenças face às versões<br />

“normais”.<br />

Se a qualidade de construção situa-se<br />

num patamar bastante razoável, já o elevado<br />

nível de conectividade marca uma<br />

clara evolução face ao modelo antecessor.<br />

Igualmente ótimo é o posto de condução,<br />

com todos os comandos (principais e<br />

secundários) distribuídos de forma ergonómica.<br />

Ainda que não desiluda, espaço<br />

para ocupantes e bagagem, assim como<br />

conforto e acesso aos lugares posteriores,<br />

são áreas de somenos importância tratando-se<br />

de um desportivo.<br />

No que toca a equipamento, esta unidade,<br />

ao estar recheada de opções, torna<br />

ainda mais agradável a estadia a bordo.<br />

Aqui ficam alguns: sistema de navegação<br />

com duas entra<strong>das</strong> para cartões SD no<br />

porta-luvas e cartografia da Europa<br />

(€355); Seat Full Link - Mirror Link + Apple<br />

+ Google (€151); sistema de som<br />

media plus - ecrã a cores de 6,5”, comandos<br />

de voz, leitor de CD, MP3 e WMA no<br />

porta-luvas, Aux-in, Bluetooth, conexão<br />

USB, seis altifalantes e computador de<br />

bordo “Medium” com display multifunções<br />

(€253); pacote arrumação - gaveta<br />

porta-objetos sob o banco do passageiro,<br />

apoio de braço dianteiro, rede lateral<br />

porta-objetos na mala e fixações de carga<br />

com rede (€319).<br />

■ PLAY4FUN<br />

Reativo até dizer chega, acutilante, eficaz,<br />

fulgurante. Quem estiver a ler este<br />

ensaio ficará com a ideia que consideramos<br />

o Ibiza Cupra como o melhor Seat<br />

de produção em série jamais concebido.<br />

Mas este título não pertence ao Leon<br />

Cupra? Pertence. Só que o Ibiza Cupra<br />

faz parte do restrito lote dos melhores<br />

pequenos desportivos. E as razões para<br />

tal devem-se, como sempre, às soluções<br />

técnicas que emprega. A começar pelo<br />

motor 1.8 TSI de 192 cv que, no seu desenvolvimento,<br />

foi dedicada especial<br />

atenção ao processo de combustão.<br />

Abril I 2016<br />

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99<br />

Desportivo e sóbrio, o habitáculo oferece um posto de condução ótimo. Na base da consola central, o botão “Sport”<br />

permite tornar o Ibiza Cupra mais reativo e entusiasmante. Até porque a sonoridade do escape muda de tom<br />

MOTOR<br />

Tipo<br />

Seat Ibiza Cupra<br />

4 cilindros em linha,<br />

transversal, dianteiro<br />

Cilindrada (cc) 1798<br />

Diâmetro x curso (mm)<br />

82,5x84,2<br />

Taxa de compressão 9,6:1<br />

Potência máxima (cv/rpm) 192/4300-6200<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 320/1450-4200<br />

Distribuição<br />

2 v.e.c., 16 válvulas<br />

Alimentação<br />

injeção direta + indireta<br />

de gasolina<br />

Sobrealimentação turbocompressor +<br />

intercooler<br />

TRANSMISSÃO<br />

Tração<br />

Caixa de velocidades<br />

dianteira com ESP + XDS<br />

manual de 6+ma<br />

Em complemento à injeção direta (FSI), cuja pressão<br />

subiu de 150 para 200 bar, o 1.8 TSI integra, também,<br />

um sistema de injeção indireta, que faz chegar gasolina<br />

à parte final <strong>das</strong> condutas de admissão junto às<br />

borboletas, onde se mistura com o ar. A injeção indireta<br />

é especialmente utilizada pelo motor em cargas<br />

parciais, diminuindo o consumo de combustível e<br />

baixando as emissões poluentes. Dotado de um novo<br />

turbocompressor, este bloco dispõe de sistema variável<br />

de abertura de válvulas, que é operado pela<br />

came de admissão e de escape. As árvore de cames<br />

podem variar num ângulo de 30° e de 60° da cambota.<br />

Depois, vem a precisa caixa manual de seis velocidades,<br />

bem escalonada. Seguindo-se-lhe o bloqueio<br />

eletrónico do diferencial (XDS), a suspensão firme, a<br />

direção assertiva, os travões eficazes, os excelentes<br />

pneus Bridgestone Potenza S001 e o botão “Sport”.<br />

Face ao modo “Normal”, o “Sport” permite ao Ibiza<br />

Cupra ficar mais reativo, enquanto o som do escape<br />

se torna mais audível.<br />

Mesmo com controlo de estabilidade desligado,<br />

este pequeno desportivo proporciona momentos de<br />

pura diversão. Para mais tarde recordar. Com elevada<br />

estabilidade, excelente motricidade e uma notável<br />

DIREÇÃO<br />

Tipo<br />

cremalheira<br />

Assistência<br />

sim (elétrica)<br />

Diâmetro de viragem (m) 10,5<br />

TRAVÕES<br />

Dianteiros (ø mm) discos ventilados (310)<br />

Traseiros (ø mm) discos maciços (230)<br />

ABS<br />

sim, com EBV+HBA<br />

SUSPENSÕES<br />

Dianteira<br />

Traseira<br />

Barra estabilizadora frente/trás<br />

PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />

Velocidade máxima (km/h) 235<br />

0-100 km/h (s) 6,7<br />

McPherson<br />

Multilink<br />

sim/sim<br />

O principal responsável pela grande dose de emoção é<br />

o motor 1.8 TSI de 192 cv. Combina injeção direta com<br />

indireta, dispõe de turbocompressor e conta com um<br />

sofisticado sistema de controlo da temperatura<br />

facilidade, faça chuva ou faça sol, o Ibiza Cupra é<br />

daqueles automóveis que transforma qualquer estrada<br />

num circuito de velocidade, tal é a afluência de (boas)<br />

sensações que proporciona. Para mais, nas curvas<br />

mais pronuncia<strong>das</strong>, descritas com grande dose de<br />

otimismo, o eixo traseiro fica mais “solto”, o que ajuda<br />

a apontar a frente para conseguir as melhores trajetórias.<br />

O Ibiza Cupra segue sempre sobre carris.<br />

Para a parte final deste ensaio, deixámos a velocidade<br />

máxima. Não é preciso esperar muito tempo para ver<br />

a agulha do velocímetro tocar, imagine-se, nos 250<br />

km/h! Tendo em conta que se trata de um modelo<br />

com “apenas” 192 cv, este número não deixa de ser<br />

elucidativo. Principalmente, se pensarmos que podemos<br />

ter tudo isto por €22.961 (€25.313 no caso da<br />

unidade aqui presente). Não existe outro pequeno<br />

desportivo no mercado que consiga tal façanha. Missão<br />

bem sucedida. Venha outra de seguida.<br />

CONSUMOS (l/100 km)<br />

Extra-urbano/Combinado/Urbano n.d./6,0/n.d.<br />

Emissões de CO2 (g/km) 139<br />

Nível de emissões Euro 6<br />

DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />

Cx 0,31<br />

Comprimento/largura/altura (mm) 4055/1693/1420<br />

Distância entre eixos (mm) 2469<br />

Largura de vias frente/trás (mm) 1449/1441<br />

Altura ao solo (mm) 210<br />

Capacidade do depósito (l) 45<br />

Capacidade da mala (l) 292<br />

Peso (kg) 1260<br />

Relação peso/potência (kg/cv) 6,56<br />

Jantes de série<br />

7Jx17”<br />

Pneus de série 215/40R17<br />

Pneus teste<br />

Bridgestone Potenza<br />

S001, 215/40R17 87Y XL<br />

GARANTIAS<br />

Mecânica<br />

Pintura<br />

Anticorrosão<br />

2+2 anos ou 80.000 km<br />

3 anos<br />

12 anos<br />

ASSISTÊNCIA<br />

1.ª revisão 2 anos ou 30.000 km<br />

Custo 1.ª revisão (c/ IVA) €271<br />

Intervalos<br />

2 anos ou 30.000 km<br />

Imposto Único de Circulação (IUC): €219,56<br />

Preço (s/ despesas): €22.961<br />

Unidade testada: €25.313<br />

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100<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Mundo Automóvel<br />

Porsche melhora Macan e Cayenne<br />

Novo motor, novo<br />

infoentretenimento<br />

Os SUV da Porsche contam, agora, com novos argumentos: motor<br />

turbo de quatro cilindros para o Macan; sistema de infoentretenimento<br />

mais avançado para o Cayenne. Mas vamos por partes. Começando pelo<br />

Macan, que passou a dispor de uma nova versão de entrada. O acesso à<br />

gama do mais pequeno SUV do construtor de Zuffenhausen faz-se por<br />

intermédio do motor turbo a gasolina de quatro cilindros, com 2,0 litros,<br />

252 cv e 370 Nm, que traz acoplada caixa automática de dupla embraiagem<br />

com sete velocidades (PDK). Para esta nova versão, a Porsche anuncia<br />

um arranque dos 0 aos 100 km/h em 6,7 segundos (6,5 segundos com o<br />

opcional pacote Sport Chrono), uma velocidade máxima de 229 km/h e<br />

um consumo combinado de 7,2 ou 7,4 l/100 km (ciclo NEDC), em função<br />

dos pneus e jantes instalados. Com lançamento previsto para junho deste<br />

ano, o Macan custa €66.998. No caso do Cayenne, toda a gama deste<br />

modelo beneficiou com a aplicação, de série, de um novo sistema de<br />

infoentretenimento (designado Porsche Communication Management),<br />

que dispõe de um ecrã tátil de alta resolução com 7”. As funcionalidades<br />

são mais do que muitas: Bluetooth, USB, cartão SD. Para já não falar do<br />

Apple CarPlay, que eleva a conectividade com o iPhone a outro patamar.<br />

Citroën Berlingo comemora 20 anos<br />

Produção é feita em Mangualde<br />

l Em duas déca<strong>das</strong>, foram<br />

vendi<strong>das</strong>, em Portugal, 61.158<br />

unidades do Citroën Berlingo,<br />

sendo este modelo responsável<br />

por 34,4% da produção total da<br />

fábrica de Mangualde. Lançado<br />

em Portugal no ano de 1996,<br />

este modelo tem sido visto como a referência no<br />

mercado dos veículos comerciais ligeiros, assumindo,<br />

durante vários anos, o estatuto de “o mais vendido”,<br />

assentando numa configuração base inovadora que<br />

define, ainda hoje, o mercado <strong>das</strong> furgonettes. Realidade<br />

indissociável do Citroën Berlingo é o facto de<br />

parte da sua produção ser realizada no Centro de<br />

Produção de Mangualde, infraestrutura produtiva do<br />

Grupo PSA, num contributo significativo quer para o<br />

setor, quer para a economia e tecido social do nosso<br />

país. Com 415.000 unidades produzi<strong>das</strong>, o Citroën<br />

Berlingo é responsável por 34,4% da produção total<br />

da fábrica de Mangualde, desde que esta entrou em<br />

atividade, corria o ano de 1964.<br />

Ford na lista <strong>das</strong> empresas mais éticas<br />

Único construtor automóvel nomeado<br />

O Instituto Ethisphere nomeou a marca norte-americana para a lista<br />

<strong>das</strong> “World’s Most Ethical Companies” 2016. A Ford Motor Company foi,<br />

aliás, o único construtor automóvel selecionado para o rol de empresas<br />

distingui<strong>das</strong> este ano por este instituto, ação que ocorre numa época em<br />

que a ética no negócio é relevante para os clientes e para as suas decisões<br />

de compra. Esta nomeação da marca norte-americana como a Empresa<br />

mais Ética do Mundo ocorre pelo sétimo ano. O Instituto Ethisphere, líder<br />

global na definição e promoção dos padrões de práticas comerciais éticas,<br />

distingue as empresas com as melhores classificações em cinco categorias:<br />

Ética e Conformidade; Cidadania e Responsabilidades Corporativas; Cultura<br />

de Ética; Governação; Liderança e Reputação.<br />

Mercedes-Benz Classe C Cabriolet<br />

Lançamento será no verão<br />

Depois <strong>das</strong> variantes limousine, carrinha e coupé, eis a versão cabrio, que vem completar<br />

a oferta de descapotáveis da Mercedes-Benz. Comparativamente ao Classe C Coupé,<br />

o C Classe Cabriolet é apenas 4 mm mais alto, mantendo o comprimento e a largura.<br />

De série, o C Cabriolet contará com jantes de 17” e suspensão desportiva (rebaixada<br />

em 15 mm face à da limousine). A linha de equipamento AMG estará disponível como<br />

alternativa. As operações de abertura e fecho da capota de lona podem ser realiza<strong>das</strong><br />

em menos de 20 segundos, a velocidades de até 50 km/h. Tal como nos Classes E e S<br />

Cabriolet, os ocupantes do Classe C Cabriolet podem desfrutar do máximo conforto com<br />

a capota aberta, graças aos sistemas AIRCAP e AIRSCARF, que tornam agradável o prazer<br />

de respirar o ar puro, mesmo a baixas temperaturas. Estarão disponíveis seis opções<br />

a gasolina, com níveis de potência que variam entre os 156 e os 367 cv. Em relação às<br />

versões Diesel, as opções que maior expressão assumirão serão as C 220 d de 170 cv e<br />

C 250 d de 204 cv, ambas equipa<strong>das</strong> com sistema SCR (Catalisador de Redução Seletiva)<br />

para pós-tratamento dos gases de escape. O sistema de tração integral 4Matic estará<br />

disponível para o C 220 d. Já a nova caixa automática de nove velocidades (9G-Tronic)<br />

pode ser requisitada para todos os motores (gasolina e Diesel).<br />

Abril I 2016<br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

101<br />

EM ESTRADA Novos modelos lançados no mercado Por: Jorge Flores<br />

Ford S-Max 2.0 TDCi Titanium<br />

Geração evoluída<br />

Mazda MX-5 2.0 Skyactiv-G<br />

Estilo & potência<br />

Renault Mégane dCi 130<br />

Puro sangue<br />

Skoda Superb Break 1.6 TDI Style<br />

Aposta segura<br />

● A segunda geração do S-Max, depois<br />

de um rejuvenescimento <strong>das</strong> suas linhas,<br />

em 2010, rompe, de forma vistosa, com<br />

os traços da sua primeira aparição, há<br />

uma década. Conserva características<br />

como a versatilidade e a modularidade,<br />

atributos obrigatórios num monovolume,<br />

mas, nesta evolução, tratou de<br />

afinar to<strong>das</strong> as suas competências. Melhorou<br />

em quase todos os capítulos, com<br />

particular ênfase para os sistemas de<br />

auxílio à condução, como o programador<br />

de velocidade ativo, o detetor de objetos<br />

na via, no ângulo morto, a alerta de mudança<br />

repentina da faixa de rodagem e<br />

o limitador inteligente da velocidade<br />

(com leitura de sinais de trânsito e redução<br />

automática de velocidade em caso<br />

de infração). No interior, cuidados adicionais<br />

na ergonomia e na acessibilidade,<br />

introduzindo sistemas como o Easy Access.<br />

O Ford S-Max dispõe de três filas<br />

de bancos e sete possíveis lugares. A<br />

bagageira oferece 700 litros de capacidade<br />

quando a terceira fila de assentos<br />

está recolhida. O motor 2.0 TDCi de 180<br />

cv, acoplado a uma caixa manual de seis<br />

velocidades, é suficientemente expedito<br />

para não se dar por ele. Embora seja ligeiramente<br />

mais “pesado” para registos<br />

de condução mais empolgantes, como<br />

é disso prova os 9,7 segundos que demora<br />

a cumprir os 0-100 km/h.<br />

● Combinar o estilo e a potência é a<br />

virtude maior da versão 2.0 Skyactiv-G<br />

do Mazda MX-5. Com 160 cv às 6000 rpm<br />

e 200 Nm de binário às 4600 rpm, este<br />

roadster faz justiça ao seu histórico. E aos<br />

números que o acompanham: mais de<br />

um milhão de unidades vendi<strong>das</strong>, em<br />

todo o mundo, desde a sua primeira<br />

geração, há já 26 anos, até esta última,<br />

a quarta. A experiência de alguns dias<br />

passados ao volante deste dois lugares<br />

desportivo, apesar da insistente chuva<br />

que nem deixou abrir a capota, permitiram<br />

ver que se trata de um modelo<br />

muito mais interessante do que a versão<br />

de 1,5 litros com 131 cv analisada na<br />

passa edição do jornal. Até porque tem<br />

muito mais fulgor debaixo do capot. Uma<br />

outra desenvoltura na estrada e uma<br />

muito maior eficácia, virtudes que muito<br />

poderão agradecer ao diferencial autoblocante<br />

e a uma caixa manual de seis<br />

velocidades curtinha e divertida e ainda<br />

a um chassis de baixo peso, numa dieta<br />

ministrada pelos engenheiros nipónicos.<br />

Tudo pensado para elevar a dinâmica do<br />

conjunto. Estamos perante um MX-5 que<br />

conquista logo à primeira, com quem se<br />

cria intimidade. Como seria de esperar,<br />

o preço é um pouco mais elevado nesta<br />

variante mais potente, dotada da especificação<br />

Excellence Navi. €38.050 é o<br />

quanto a Mazda reclama para o mais<br />

divertido dos MX-5.<br />

● Expressivo e sem meias tintas, o novo<br />

Renault Mégane não passa minimamente<br />

despercebido nas estra<strong>das</strong> nacionais.<br />

Ainda menos com a carroçaria pintada<br />

de vermelho (flamme), quase em tons<br />

de sangue vivo. Visualmente, realce-se,<br />

sobretudo, a presença <strong>das</strong> luzes diurnas<br />

de LED, à frente e atrás (estas com um<br />

efeito 3D), que se juntam às jantes de<br />

18”. Pormenores que resultam muito bem<br />

do ponto de vista estético, diga-se. No<br />

habitáculo, assinalem-se os vários apontamentos<br />

com a sigla GT Line, os pedais<br />

em alumínio e o volante em couro, que<br />

são apenas alguns dos elementos distintivos<br />

desta versão de look desportivo.<br />

Junte-se a estes itens o sistema Multi-<br />

-Sense, R-Link 2, sistema de ajuda ao<br />

estacionamento dianteiro e ecrã de 8,7”.<br />

Equipado com o motor Energy dCi de<br />

130 cv às 5500 rpm e binário máximo de<br />

205 rpm às 2000 rpm, o Mégane de cinco<br />

portas consegue proporcionar uma condução<br />

empenhada e cumpridora, sem<br />

dificuldades de “respiração” em manobras<br />

de aceleração ou recuperação, embora<br />

também sem grandes deslumbramentos.<br />

Ainda que o desempenho dinâmico<br />

conjugue eficácia com conforto. Os consumos<br />

de combustível apontam para um<br />

regime combinado de 5,3 l/100 km. Mas<br />

facilmente este valor deriva para outros<br />

patamares caso se abuse do acelerador.<br />

● O Superb Break é uma apostada segura<br />

da Skoda. Na sua terceira geração,<br />

o modelo checo está mais apurado e<br />

harmonioso do que nunca na sua história.<br />

Na versão carrinha, de resto, como é<br />

o caso do modelo em ensaio nestas páginas,<br />

é onde assume a sua plenitude.<br />

Harmonioso na condução, graças a um<br />

potente motor 1.6 TDI de 120 cv, económico<br />

nos consumos, confortável e com<br />

espaço para passageiros. Basta ver que,<br />

na traseira, os ocupantes gozam de 1001<br />

mm entre o teto e a cabeça. Acresce a<br />

tudo isto aquela que será, porventura,<br />

uma <strong>das</strong> maiores bagageiras do segmento:<br />

660 litros, que poderão chegar<br />

a uns impressionantes 1950 litros de<br />

capacidade, quando rebatidos os bancos<br />

traseiros. O Superb Break é ainda o primeiro<br />

Skoda equipado com o chassis<br />

dinâmico adaptativo, que possibilita a<br />

quem vai ao volante escolher o registo<br />

de condução mais adequado ao seu<br />

estilo. Ou à inspiração do momento. Além<br />

do mais, o Superb Break tem um visual<br />

suave e moderno, com destaque para a<br />

imponência da frente e para o dinamismo<br />

proporcionado pelas suas linhas laterais.<br />

A versão ensaiada, a Style, custa €35.812,<br />

mas conta com uma lista de equipamentos<br />

ampla: Bluetooth com ligação wireless<br />

à antena WLAN, Driver Alert com detetor<br />

de fadiga, Front Assist (cruise crontrol<br />

adaptativo com limite até 160 km/h),<br />

entre muitos outros predicados.<br />

Ford S-Max 2.0 TDCi Titanium<br />

Mazda MX-5 2.0 Skyactiv-G<br />

Renault Mégane dCi 130 GT Line<br />

Skoda Superb Break 1.6 TDI Style<br />

MOTOR<br />

4 cil. linha Diesel,<br />

transv. diant.<br />

Cilindrada (cc) 1997<br />

Potência máxima (cv/rpm) 180/3500<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 310/1750-2000<br />

Velocidade máxima (km/h) 211<br />

0-100 km/h (s) 9,7<br />

Consumo combinado (l/100 km) 5,1<br />

Emissões de CO2 (g/km) 129<br />

MOTOR<br />

4 cil. em linha,<br />

long., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1998<br />

Potência máxima (cv/rpm) 160/6000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 200/4600<br />

Velocidade máxima (km/h) 214<br />

0-100 km/h (s) 7,3<br />

Consumo combinado (l/100 km) 6,6<br />

Emissões de CO2 (g/km) 154<br />

MOTOR<br />

4 cil. linha, Diesel,<br />

transv. diant.<br />

Cilindrada (cc) 1598<br />

Potência máxima (cv/rpm) 130/5500<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 205/2000<br />

Velocidade máxima (km/h) 198<br />

0-100 km/h (s) 10,0<br />

Consumo combinado (l/100 km) 5,3<br />

Emissões de CO2 (g/km) 103<br />

MOTOR<br />

4 cil. linha Diesel,<br />

transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1598<br />

Potência máxima (cv/rpm) 120/3600<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 250/1600<br />

Velocidade máxima (km/h) 206<br />

0-100 km/h (s) 10,9<br />

Consumo combinado (l/100 km) 3,9<br />

Emissões de CO2 (g/km) 103<br />

Preço €41.359<br />

IUC €219,56<br />

Preço €38.050<br />

IUC €239,68<br />

Preço €29.850<br />

IUC €124,33<br />

Preço €35.812<br />

IUC €124,33<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016


102<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Mundo Automóvel<br />

USO PROFISSIONAL<br />

Homenagem à mítica estrada que liga Monterey a Buenos Aires<br />

Volkswagen Multivan PanAmericana<br />

Multivan com dedicatória<br />

› A Volkswagen mostrou, na última edição do Salão de Genebra, mais um derivativo da Transporter. Desta feita,<br />

em versão Multivan, com designação específica e detalhes muito especiais. Uma homenagem à mítica estrada<br />

PanAmericana, que liga Monterey a Buenos Aires<br />

Por: José Silva<br />

A<br />

“transformação” de furgões em<br />

monovolumes de luxo começa a<br />

ser uma tendência dos construtores.<br />

O mais recente exemplo desta capacidade<br />

de “moldar” os automóveis responde pelo<br />

nome de Multivan PanAmericana. Trata-se<br />

de uma invenção da Volkswagen, que pegou<br />

numa Transporter e deu-lhe um cunho<br />

próprio, aplicando-lhe requinte, luxo, potência<br />

e espírito de aventura.<br />

Apresentada no último Salão de Frankfurt,<br />

como concept, a Volkswagen - Veículos<br />

Comerciais decidiu torná-la real.<br />

Por isso, a partir de maio de 2016, os<br />

interessados nesta versão já podem<br />

encomendá-la. Com uma altura ao solo<br />

A altura ao solo aumentada, as jantes de<br />

17” (18” em opção) e as diversas proteções<br />

inferiores conferem um ar “trialeiro”<br />

aumentada em 20 mm, jantes de 17” (18”<br />

em opção), proteções inferiores nas zonas<br />

dianteira e traseira e diversos elementos<br />

da carroçaria revestidos a<br />

material resistente ao impacto de pedras<br />

(como, por exemplo, os para-choques),<br />

a nova Multivan PanAmericana está preparada<br />

para desempenhos mais exigentes<br />

fora de estrada.<br />

Para além de todos os destaques funcionais<br />

revelados nas linhas anteriores,<br />

esta PanAmericana também marca pontos<br />

ao apresentar um equipamento refinado,<br />

como janelas traseiras escureci<strong>das</strong>,<br />

luzes traseiras de LED “fuma<strong>das</strong>” e grelha<br />

de radiador Highline cromada, o que lhe<br />

garante uma presença visual que causa<br />

grande impacto.<br />

■ TRAÇÃO DIANTEIRA EM PORTUGAL<br />

No interior, o conceito multifuncional<br />

é elegante e polivalente, contando, também,<br />

com detalhes de requinte, como o<br />

volante multifunções forrado a couro, o<br />

punho da alavanca da caixa em pele, o<br />

ar condicionado automático (Climatronic),<br />

as soleiras <strong>das</strong> portas ilumina<strong>das</strong><br />

com lettering PanAmericana e os pedais<br />

em aço inoxidável. Existe ainda a possibilidade<br />

de aplicar detalhes de cores<br />

sóli<strong>das</strong> no interior, para combinar com<br />

a imagem real de terra e areia, locais que<br />

podem ser os de eleição desta Multivan.<br />

A génese desta versão está no sistema<br />

de tração integral permanente 4Motion.<br />

É exatamente este dispositivo que acaba<br />

por dar à Volkswagen a imagem “off-road”<br />

que se pretende. Todavia, em Portugal,<br />

a Multivan PanAmericana vai ser vendida<br />

apenas com tração dianteira, o que permitirá<br />

baixar, substancialmente, o valor<br />

do ISV (Imposto Sobre Veículos).<br />

A gama de motores desta PanAmericana<br />

é exatamente igual à da versão<br />

Multivan, na qual se incluem propulsores<br />

a gasolina e a gasóleo. As potências<br />

variam entre os 102 e os 204 cv do<br />

motor 2.0 TDI biturbo. Os preços da<br />

Volkswagen Multivan PanAmericana.<br />

ainda não foram divulgados.<br />

Abril I 2016<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016


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