Jornal das Oficinas 125
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jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
<strong>125</strong><br />
Abril<br />
2016<br />
ANO XI<br />
3 euros<br />
PUB<br />
<strong>Jornal</strong> independente da manutenção e reparação de veículos ligeiros e pesados<br />
2.º SIMPÓSIO IBÉRICO<br />
Viagem<br />
ao futuro<br />
Veículos comunicantes. Reunimos os protagonistas do setor<br />
para fazer uma viagem ao futuro do aftermarket. Foram oito<br />
horas de debates, numa jornada que contou com perto de 400<br />
participantes e que marcou uma nova era nos eventos ibéricos<br />
P.6<br />
P.16<br />
ATUALIDADE<br />
Peças de origem vs peças<br />
equivalentes. O tema não é novo,<br />
mas continua a suscitar dúvi<strong>das</strong><br />
e a gerar confusão no mercado<br />
P.20<br />
ANTEVISÃO<br />
A 3.ª edição da expoMECÂNICA<br />
promete ser a melhor de sempre<br />
P.28<br />
ENTREVISTA<br />
Mónica Alves, responsável da<br />
AutoCrew, fala da expansão da rede<br />
PUB<br />
P.72<br />
MOBIL 1<br />
Diretor comercial da Lubrigrupo<br />
explica os benefícios que as oficinas<br />
independentes têm ao aderir ao<br />
Mobil 1 Workshop Program<br />
P.86<br />
TÉCNICA<br />
PUB<br />
Características e funcionamento<br />
da transmissão automóvel<br />
P.98<br />
IBIZA CUPRA<br />
Com motor de 192 cv e dinâmica<br />
apurada, este Seat está para as curvas<br />
PUB<br />
www.mcoutinhopecas.pt
Noticiário JOTV<br />
23 de fevereiro, 2016<br />
clique para visualizar
Noticiário JOTV<br />
08 de março, 2016<br />
clique para visualizar
02<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Mercado<br />
Evento ibérico<br />
sem paralelo<br />
A importância <strong>das</strong> palavras<br />
A abordagem aos<br />
clientes é preponderante<br />
› A forma como se vendem peças ou serviços nas oficinas é importante e<br />
a abordagem aos clientes é preponderante. Se nos expressarmos de forma<br />
inadequada, o resultado será negativo<br />
Quando avançámos para os preparativos<br />
da 2.ª edição do Simpósio Ibérico<br />
Aftermarket IAM, a equipa do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong><br />
<strong>Oficinas</strong>, em colaboração com a revista<br />
Autopos, tinha um imperativo moral em<br />
mente: elevar, ainda mais, a fasquia do<br />
evento realizado há dois anos. Um objetivo<br />
já de si ambicioso, dado o sucesso<br />
alcançado na 1.ª edição.<br />
Ora, depois de caído o pano sobre o<br />
Centro de Congressos do Estoril, por<br />
onde passaram perto de 400 profissionais<br />
do setor, ouvidos 16 oradores ligados<br />
ao aftermarket, oriundos de vários países,<br />
depois de oito horas de debates acutilantes<br />
e esclarecedores, podemos chegar<br />
à conclusão de que a primeira <strong>das</strong> premissas<br />
que colocámos para juntar o<br />
aftermarket ibérico, pela segunda vez,<br />
tinha sido alcançada. Com distinção,<br />
diga-se em abono da verdade.<br />
Modéstia à parte, desde o tema selecionado<br />
(“Veículos Comunicantes e o<br />
Futuro do Aftermarket”), ao nível de<br />
todos os oradores, até à solução interativa<br />
para conferências iziConference (que<br />
permitiu à plateia colocar questões, em<br />
tempo real, aos oradores), passando pelo<br />
moderador (Pedro Pinto, jornalista da<br />
TVI) e pela zona de entrevistas rápi<strong>das</strong><br />
do JO TV, o 2.° Simpósio Ibérico Aftermarket<br />
IAM elevou a fasquia e revelou<br />
ser um evento sem paralelo no panorama<br />
do aftermarket. Nacional, ibérico e até<br />
mesmo... europeu! Se dúvi<strong>das</strong> houvesse<br />
quanto à capacidade organizativa do<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> e ao respeito que este<br />
título granjeia a nível internacional, o<br />
evento realizado no passado dia 18 de<br />
março, dissipou-as por completo. Quem<br />
esteve presente, pôde acompanhar,<br />
também, o simpósio em direto através<br />
da nossa página de Facebook. Quem não<br />
esteve, pôde seguir o evento em tempo<br />
real através de live streaming. Ao longo<br />
do dia, multiplicaram-se os elogios e as<br />
felicitações pela organização do evento.<br />
Uma coisa é certa: há um antes e um<br />
depois na história dos eventos dedicados<br />
ao aftermarket. E fica, desde já, a promessa<br />
de uma terceira edição, que será<br />
realizada em março de 2018.<br />
Provavelmente, o requisito mais<br />
importante que o comprador espera<br />
do vendedor é que este tenha<br />
um conhecimento profundo dos artigos<br />
que está a tentar vender e que seja capaz<br />
de responder às questões que lhe são<br />
coloca<strong>das</strong> relativamente à história, fabrico,<br />
distribuição e utilizações do respetivo<br />
produto.<br />
Para obter o maior êxito possível, é<br />
necessário ter não só um conhecimento<br />
profundo dos produtos e <strong>das</strong> políticas,<br />
DIRETOR<br />
João Vieira<br />
joao.vieira@apcomunicacao.com<br />
Redação<br />
Bruno Castanheira<br />
bruno.castanheira@apcomunicacao.com<br />
Jorge Flores<br />
jorge.flores@apcomunicacao.com<br />
Diretor Comercial<br />
Mário Carmo<br />
mario.carmo@apcomunicacao.com<br />
Gestores de clientes<br />
Paulo Franco<br />
paulo.franco@apcomunicacao.com<br />
Rodolfo Faustino<br />
rodolfo.faustino@apcomunicacao.com<br />
Imagem<br />
António Valente<br />
Multimédia<br />
Catarina Gomes<br />
como estar familiarizado com a maioria<br />
dos métodos de comercialização. Assim<br />
como acreditar piamente no seu trabalho,<br />
acreditar no que se afirma, no que<br />
se vende e, acima de tudo, colocar a<br />
dinâmica correta no trabalho.<br />
■ ATENÇÃO ÀS PALAVRAS<br />
A utilização de palavras pouco comuns<br />
na explicação de uma proposta é excessivamente<br />
perigosa para o sucesso. É<br />
melhor expressar-se através de uma lin-<br />
Arte<br />
Hélio Falcão<br />
Serviços administrativos e contabilidade<br />
financeiro@apcomunicacao.com<br />
Periodicidade – Bimestral<br />
Assinaturas<br />
assinaturas@apcomunicacao.com<br />
© Copyright<br />
Nos termos legais em vigor é totalmente interdita a utilização<br />
ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte,<br />
sem a autorização prévia e por escrito do JORNAL DAS OFICINAS<br />
Impressão<br />
FIG, Indústrias Gráficas, S.A.<br />
Rua Adriano Lucas, 3020 - 265 Coimbra – Telef.: 239 499 922<br />
N.º de Registo no ERC: 124.782<br />
Depósito Legal nº: 201.608/03<br />
Tiragem – 10.000 exemplares<br />
.es<br />
Parceiro<br />
em Espanha<br />
guagem simples e clara, que poderá ser<br />
compreendida de imediato, do que demonstrar<br />
uma formação superior a alguém<br />
que pode, ou não, ter tido essa<br />
vantagem.<br />
A utilização excessiva de superlativos<br />
é um dos erros mais comuns e graves. O<br />
mais correto é não subestimar ou sobrestimar,<br />
mas apresentar factos de forma<br />
convincente e exata. A utilização de expressões<br />
«melhor do mundo» e «sem<br />
igual» impressionam desfavoravelmente<br />
Edição<br />
AP COMUNICAÇÃO<br />
Propriedade<br />
João Vieira Publicações, Unipessoal, Lda.<br />
Sede<br />
Bela Vista Office, Sala 2.29 – Estrada<br />
de Paço de Arcos, 66 - 66A, 2735 - 336<br />
Cacém - Portugal<br />
GPS<br />
38º45’51.12”N - 9º18’22.61”W<br />
Tel.<br />
+351 219 288 052/4<br />
Fax<br />
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Email<br />
geral@apcomunicacao.com<br />
Abril I 2016<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
03<br />
o ouvinte. Uma afirmação exagerada<br />
reduz a credibilidade da mesma e de<br />
quem a profere. Afirmações exatas e<br />
simples inspiram confiança — confiança<br />
esta que é encarada como um passo em<br />
frente para concretizar a venda.<br />
A boa formação tem de ser posta em<br />
prática, tem de ser praticada, praticada<br />
e... praticada! A boa formação leva tempo<br />
a sortir efeito, as capacidades são desenvolvi<strong>das</strong><br />
ao longo do tempo e a experiência<br />
cria técnicas de precisão. Uma<br />
execução descuidada e interações negativas<br />
com os clientes levarão, instantaneamente,<br />
a resultados negativos.<br />
■ RESPOSTAS NEGATIVAS<br />
LEVAM A RESULTADOS NEGATIVOS<br />
A seguir, vamos abordar cinco inícios<br />
de frase ou respostas negativas. E cinco<br />
opções positivas.<br />
Eis cinco coisas de que os clientes não<br />
gostam:<br />
l Não gostam que lhes digamos aquilo<br />
que não sabemos;<br />
l Não querem saber aquilo que não sabemos<br />
fazer;<br />
l Não gostam que lhes digamos aquilo<br />
que têm de fazer;<br />
l Não gostam de esperar;<br />
l Não gostam que lhes digamos “não”.<br />
“Não sei” vs “Irei saber”<br />
01 Ninguém sabe a resposta para<br />
to<strong>das</strong> as perguntas, mas é importante a<br />
forma como se responde. Os clientes não<br />
o procuram ou não lhe pagam para lhes<br />
dizer o que não sabe.<br />
“Não sei” soa melhor quando diz “É uma<br />
boa questão. Posso tentar saber para<br />
informá-lo?” Ou “Aposto que consigo<br />
descobrir isso para informá-lo”. Ou ainda<br />
“Gostaria de pesquisar um pouco antes<br />
de dar-lhe uma resposta”.<br />
Não se esqueça que alguns clientes já<br />
se sentem ignorantes pelo facto de colocarem<br />
questões. Se nós, os especialistas,<br />
não soubermos, eles podem<br />
responder frequentemente “Eu não percebo<br />
muito de carros”, dado que se sentem<br />
incomodados. Não faça com que o<br />
cliente se sinta incomodado pelo facto<br />
de dizer “Não sei”.<br />
“Não consigo fazer isso. vs<br />
02 “Deixe-me ver o que posso<br />
fazer”<br />
Quando responde a um pedido de um<br />
cliente com “Não conseguimos fazer isso”,<br />
até pode ser verdade, mas soa como algo<br />
rude. É quase como uma bofetada verbal<br />
na cara! Surgem muitos pedidos de clientes,<br />
seja por telefone ou presencial, que<br />
não poderá satisfazer, mas as pessoas<br />
não telefonam nem o procuram para<br />
descobrirem o que não consegue fazer.<br />
Uma resposta delicada, como, por exemplo,<br />
“Quer que eu faça uma pesquisa ou<br />
lhe recomende uma alternativa?” demonstra<br />
uma preocupação genuína.<br />
“Tem de…” vs “O que posso<br />
03 fazer é...”<br />
É impressionante o número de pessoas<br />
que não percebe nada acerca de peças<br />
e manutenção automóvel, mas que, no<br />
entanto, quando lhes responde a uma<br />
pergunta, se sentem incomodados por<br />
lhes dizer o que devem fazer.<br />
Dizer às pessoas o que fazer é, no mínimo,<br />
rude. As pessoas, em geral, são<br />
demasiado sensíveis. É recomendável<br />
uma resposta como “Talvez deva considerar…”<br />
ou “Aqui tem uma ideia que<br />
talvez ajude.” Como bónus adicional, é<br />
recomendável uma inflexão de voz e uma<br />
linguagem corporal positivas. Todos os<br />
pormenores ajudam.<br />
To<strong>das</strong> elas são potenciais aniquiladores<br />
de ven<strong>das</strong>.<br />
Portanto, consideremos as opções positivas:<br />
“Espere!” vs “Pode aguardar<br />
04 um pouco?”<br />
É engraçado ouvirmos as pessoas ao<br />
telefone dizerem-nos que nos atenderão<br />
“num segundo” ou perguntarem “Pode<br />
aguardar um minuto?”. É óbvio que um<br />
minuto passa rapidamente para quem<br />
faz esperar e lentamente para quem está<br />
à espera. Na realidade, é melhor ser o<br />
mais honesto possível sem perder a pessoa<br />
que está em linha. “Estamos muito<br />
ocupados neste momento. Pode aguardar<br />
um pouco?”.<br />
“Não” vs “Sim”<br />
05 Quando alguém inicia uma frase<br />
ou uma resposta com a palavra “não”,<br />
torna-se difícil reverter a situação. Um<br />
“não” expressa a ideia de rejeição. Um<br />
“não” é como uma enorme parede que<br />
se tem de escalar. Não se pode ir à volta,<br />
nem se consegue ultrapassar. Não inicie<br />
uma resposta com “Não”. A experiência<br />
demonstra que, independentemente da<br />
delicadeza com que se diga, “Não” é uma<br />
palavra forte. Para desenvolver melhor<br />
as suas capacidades, permita que os seus<br />
colegas avaliem o seu desempenho e<br />
façam uma crítica construtiva.<br />
As palavras importam. Portanto, escolha-as<br />
sabiamente.<br />
Publicidade<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016
04<br />
Destaque<br />
Parceria<br />
Mais informações em: www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com/melhormecatronico/<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
MELHOR<br />
2016 |<br />
MECATRÓNICO<br />
Campanha anual<br />
Técnico de Mecatrónica Automóvel<br />
Uma profissão com muito futuro<br />
Um técnico de Mecatrónica Automóvel exerce uma profissão cada vez mais procurada pelas oficinas,<br />
principalmente por aquelas que querem acompanhar a evolução tecnológica dos veículos e dos<br />
novos sistemas de diagnóstico e reparação. E se existem profissões com futuro, esta é uma delas<br />
As atividades associa<strong>das</strong> à reparação<br />
de veículos integram-se no<br />
domínio da manutenção. Trata-se<br />
de uma área transversal de grande importância<br />
no tecido empresarial português,<br />
que joga um papel determinante<br />
na otimização dos processos, designadamente<br />
através da introdução de melhorias<br />
contínuas nos equipamentos,<br />
sistemas e/ou instalações.<br />
A manutenção de veículos a motor tem<br />
assumido importância crescente. Por um<br />
lado, porque os sistemas mecânicos e<br />
eletrónicos que equipam os veículos têm<br />
vindo a tornar-se mais complexos, exigindo<br />
mestria cada vez mais especializada<br />
na sua reparação. Por outro, porque<br />
a manutenção desses sistemas assume<br />
um papel-chave na otimização dos processos,<br />
assim como na redução dos custos<br />
dos consumos em energia e fluidos<br />
para proteção ambiental.<br />
O exercício <strong>das</strong> atividades desta área<br />
tem estado associado a baixas habilitações<br />
e a tarefas pouco qualificantes e<br />
pouco valoriza<strong>das</strong>, sendo premente a<br />
mobilização e atração de mão de obra<br />
jovem e/ou qualificada para o setor.<br />
No âmbito do mercado da reparação<br />
e manutenção automóvel, destaca-se a<br />
necessidade de desenvolver competências<br />
ao nível <strong>das</strong> atividades de diagnóstico<br />
de avarias/sinistros (peritagens), <strong>das</strong><br />
normas e regras de segurança pública,<br />
<strong>das</strong> normas de segurança, higiene, saúde,<br />
ambiente e qualidade, bem como conhecimentos<br />
profundos de gestão de<br />
contratos e legislação.<br />
Salientam-se, igualmente, as competências<br />
sociais cada vez mais requeri<strong>das</strong><br />
nestes contextos. Em primeiro lugar,<br />
porque as atividades de reparação são<br />
crescentemente realiza<strong>das</strong> em equipas<br />
de trabalho e, em segundo, porque em<br />
complemento às tarefas operacionais da<br />
manutenção, é cada vez maior a importância<br />
da componente prestação de<br />
serviço e relação/aproximação ao cliente.<br />
n COMPETÊNCIA E CONHECIMENTO<br />
O Mecatrónico Automóvel é o profissional<br />
que executa, de modo autónomo,<br />
o diagnóstico e a reparação dos sistemas<br />
mecânicos, elétricos e eletrónicos de<br />
veículos automóveis, interpretando e<br />
analisando esquemas elétricos, manuseando<br />
aparelhos de medida, diagnosticando,<br />
reparando e verificando<br />
motores a gasolina e Diesel. Mas não só.<br />
Sistemas de ignição, de alimentação, de<br />
sobrealimentação, de arrefecimento, de<br />
lubrificação, de transmissão, de direção,<br />
de suspensão, de travagem, de carga,<br />
de arranque, de segurança, de conforto,<br />
de comunicação e de informação. Tudo<br />
tarefas que o mecatrónico automóvel<br />
executa, organizando e controlando a<br />
qualidade do trabalho.<br />
Abril I 2016<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Patrocinadores<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
05<br />
solutions<br />
for<br />
your<br />
business<br />
soluções para o seu negócio<br />
Conheça as<br />
competências<br />
do Mecatrónico<br />
Automóvel (II Parte)<br />
Sistemas de ignição,<br />
alimentação, sobrealimentação<br />
e antipoluição<br />
l Verificar o funcionamento e o<br />
estado de conservação dos diferentes<br />
componentes dos sistemas<br />
de ignição, de alimentação, de<br />
sobrealimentação e de antipoluição.<br />
Corrigir as anomalias efetuando<br />
operações de reparação<br />
ou substituição de componentes.<br />
Ensaiar os sistemas efetuando os<br />
testes adequados.<br />
Sistemas de arrefecimento<br />
e de lubrificação do motor<br />
l Verificar o funcionamento e o<br />
estado de conservação dos diferentes<br />
componentes dos sistemas<br />
de arrefecimento e lubrificação.<br />
Corrigir as anomalias dos sistemas<br />
de arrefecimento e lubrificação.<br />
Ensaiar os sistemas efetuando os<br />
testes adequados, com equipamentos<br />
de ensaio, a fim de comprovar<br />
o correto funcionamento<br />
dos mesmos.<br />
Sistemas de carga e de<br />
arranque de automóveis<br />
l Verificar o funcionamento e o<br />
estado de conservação dos diferentes<br />
componentes dos sistemas<br />
de carga e de arranque, utilizando<br />
os equipamentos de diagnóstico<br />
adequados. Corrigir as anomalias<br />
dos sistemas de carga e de arranque,<br />
efetuando operações de reparação<br />
ou de substituição de<br />
componente. Ensaiar os sistemas<br />
reparados, efetuando os testes<br />
adequados.<br />
Sistemas de segurança ativa<br />
e passiva<br />
l Verificar o funcionamento e o<br />
estado de conservação dos diferentes<br />
componentes dos sistemas<br />
de segurança ativa (ABS, EBD e<br />
controlo de tração, entre outros)<br />
e de segurança passiva (airbags,<br />
pré-tensores de cintos de segurança,<br />
entre outros), utilizando os<br />
equipamentos de diagnóstico<br />
adequados. Corrigir as anomalias<br />
dos sistemas. Ensaiar os sistemas<br />
de segurança ativa e de segurança<br />
passiva reparados, efetuando os<br />
testes adequados.<br />
“Gosto de enfrentar desafios”<br />
Porque escolheu a profissão de mecatrónico<br />
automóvel? É uma paixão antiga?<br />
Sim, é. Começou quando conheci um colega<br />
nos tempos iniciais do secundário que já<br />
tinha a paixão por automóveis superdesportivos<br />
e despertou o meu interesse. Interesse<br />
esse que ainda dura.<br />
Quando começou a trabalhar na profissão?<br />
Comecei a trabalhar há cerca de nove anos,<br />
na Mercedes-Benz Comercial, em Sintra, e<br />
continuo até aos dias de hoje.<br />
Que dificuldades encontrou?<br />
Após ter frequentado o curso de Mecatrónica<br />
Automóvel durante três anos, ao entrar<br />
para o mundo de trabalho não tinha ainda<br />
o ritmo laboral pretendido, mas, rapidamente,<br />
adaptei-me. Quando se gosta do que se faz,<br />
não é difícil.<br />
Que reação têm as pessoas quando diz<br />
que é mecatrónico automóvel?<br />
A reação, por norma, é de dúvida, pois nem<br />
to<strong>das</strong> as pessoas têm o conhecimento exato<br />
do que faz um mecatrónico automóvel.<br />
Quais as vantagens de trabalhar numa<br />
área complexa como esta, numa marca<br />
como a Mercedes-Benz?<br />
Além de ser um privilégio trabalhar numa<br />
marca conceituada como a Mercedes-Benz,<br />
a principal vantagem é encontrar desafios<br />
novos todos os dias, visto pertencer a uma<br />
marca que está na vanguarda da tecnologia.<br />
O que deve oferecer, atualmente, uma<br />
oficina aos clientes que a visitam?<br />
Nada mais nada menos do que um serviço<br />
de excelência, onde impere transparência,<br />
cordialidade e simpatia para com os clientes.<br />
Continua a frequentar ações de formação?<br />
Considera que é importante manter-se<br />
atualizado com as novas tecnologias?<br />
Continuo e, obviamente, que acho muito<br />
importante a formação, pois só se pode diagnosticar<br />
assertivamente um problema num<br />
determinado produto, quando se tem o<br />
conhecimento total do mesmo.<br />
O que é necessário para ser um mecatrónico<br />
de excelência?<br />
Ter brio no trabalho que se faz, ser profissional<br />
sempre, para que o resultado do nosso<br />
trabalho seja rápido e com qualidade.<br />
Que conselhos daria a um jovem que<br />
pretende seguir a profissão de mecatrónico<br />
automóvel?<br />
Diria que é uma profissão de futuro promissor<br />
e que nunca pare de querer aprender<br />
mais na área, com esforço e dedicação.<br />
Participe no Concurso Melhor Mecatrónico 2016<br />
Responda ao questionário online em www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com/melhormecatronico/<br />
QUESTIONÁRIO II<br />
Enquanto o termóstato não abrir,<br />
01 o líquido de refrigeração não circula<br />
para:<br />
a) Camisas de refrigeração<br />
b) A cabeça do motor<br />
c) A bomba de água<br />
d) O radiador<br />
Qual a finalidade da bomba injetora<br />
02 num motor Diesel?<br />
a) Puxar o gasóleo até aos cilindros<br />
b) Dosear e enviar o gasóleo sob pressão<br />
aos injetores<br />
c) Puxar o gasóleo sob pressão e fazer<br />
a mistura ar/gasóleo<br />
d) Aspirar o gasóleo e enviá-lo ao<br />
coletor da bomba de alimentação<br />
Se a junta que une o coletor de admissão<br />
à cabeça não vedar bem:<br />
03<br />
a) Derrama-se a gasolina e o motor pára<br />
b) Há fugas de ar e a mistura enriquece<br />
c) Entra mais ar e a mistura empobrece<br />
d) Há fugas de gasolina e a mistura<br />
empobrece<br />
O rotor do alternador:<br />
04<br />
a) Recebe corrente contínua<br />
b) Gera corrente contínua<br />
c) Recebe corrente alternada<br />
d) Gera corrente alternada<br />
Ao substituir os casquilhos do motor<br />
05 de arranque devo:<br />
a) Lubrificar os casquilhos com massa<br />
consistente<br />
b) Mergulhar os casquilhos em óleo<br />
antes de colocá-los<br />
c) Os casquilhos não devem levar<br />
substâncias gordurosas<br />
d) Nenhuma <strong>das</strong> anteriores<br />
Qual a consequência que pode surgir<br />
se houver uma fuga entre a saída<br />
06<br />
do compressor e a admissão do motor,<br />
numa viatura automóvel equipada com<br />
turbocompressor?<br />
a) Diminuição da pressão de<br />
sobrealimentação<br />
b) Excesso de consumo de óleo<br />
c) Admissão de corpos estranhos no motor<br />
d) Contaminação do óleo de lubrificação<br />
do turbocompressor<br />
Nos equipamentos digitais, qual<br />
07 é o elemento que capta a informação<br />
e a envia para uma unidade<br />
eletrónica de comando?<br />
a) Sensores<br />
b) Multiplicador<br />
c) Coroa de impulsos<br />
d) Descodificador digital<br />
Quando se desmonta um airbag do<br />
08 lado do condutor, qual <strong>das</strong> seguintes<br />
operações deve ser feita em primeiro<br />
lugar?<br />
a) Centrar o volante<br />
b) Desligar a ignição e a bateria<br />
c) Desapertar o parafuso que fixa o<br />
esqueleto do volante<br />
Rodolfo Sobreira, mecatrónico<br />
da Mercedes-Benz Comercial<br />
d) Desligar todos os aparelhos ou luzes<br />
que possam estar a consumir energia<br />
Qual a função do diferencial do automóvel?<br />
09<br />
a) Evitar que as ro<strong>das</strong> motrizes patinem<br />
b) Evitar que os veios de transmissão<br />
se danifiquem no arranque<br />
c) Dar uma maior potência de tração ao<br />
veículo ao descrever uma curva<br />
d) Permitir que as ro<strong>das</strong> motrizes tenham<br />
diferentes velocidades ao descreverem<br />
uma curva<br />
Um excesso de convergência ou divergência<br />
dá origem a:<br />
10<br />
a) Diminuição do consumo de combustível<br />
b) Descentragem do volante<br />
c) Dificulta o andamento do veículo,<br />
ocasionando-lhe uma espécie de<br />
travagem constante<br />
d) Um menor aquecimento dos pneus<br />
NOTA: Este questionário apenas pode<br />
ser respondido online<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com/melhormecatronico/<br />
Está ativo de 1 a 30 de abril<br />
Não perca a oportunidade de participar no<br />
primeiro concurso de âmbito nacional para<br />
eleger o Melhor Mecatrónico 2016. Ponha<br />
à prova aquilo que sabe, concorra e ganhe!<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016
R<br />
ASSOCIAÇÃO<br />
DIVISÃO DE PEÇAS AUTOMÓVEL DE PORTUGAL<br />
E ACESSÓRIOS INDEPENDENTES<br />
06<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Evento<br />
2.º Simpósio Ibérico Aftermarket IAM 2016<br />
Conectado<br />
ao futuro<br />
› Há um antes e um depois na história dos eventos ibéricos<br />
dedicados ao aftermarket. Com cerca de 400 participantes,<br />
16 oradores e uma maratona de oito horas de debates, o<br />
2.° Simpósio organizado pelo <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> e pela<br />
revista Autopos esteve conectado ao futuro<br />
Por: Bruno Castanheira e Jorge Flores<br />
Se dúvi<strong>das</strong> houvesse quanto à capacidade<br />
organizativa do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> e ao<br />
respeito que este título granjeia a nível<br />
internacional, o 2.° Simpósio Ibérico Aftermarket<br />
IAM dissipou-as por completo. Desde a escolha<br />
do tema (Veículos Comunicantes e o Futuro do<br />
Aftermarket) até à solução interativa para conferências<br />
(iziconference), o evento teve um<br />
sucesso estrondoso. A todos os níveis. Com cerca<br />
de 400 profissionais presentes (praticamente<br />
izigo.pt<br />
Abril I 2016<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
07<br />
Veja o vídeo em jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
convívio. Pela zona de entrevistas rápi<strong>das</strong><br />
do JO TV, passaram nomes como Hartmut<br />
Röhl (presidente da FIGIEFA), Ben Smart<br />
(diretor de marketing da Divisão Global<br />
de Peças e Serviço da TRW), Joaquim<br />
Candeias (presidente da DPAI) ou Manuel<br />
Félix (diretor-geral da Euro Tyre).<br />
Quem não esteve presente, pôde acompanhar<br />
o simpósio em direto através de<br />
live streaming. Quem esteve, ia seguindo,<br />
também, o colóquio em tempo real através<br />
da página de Facebook do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong><br />
<strong>Oficinas</strong>. Tal como as questões coloca<strong>das</strong><br />
aos oradores e as avaliações efetua<strong>das</strong><br />
ORGANIZAÇÃO:<br />
O evento foi<br />
acompanhado, em direto,<br />
através da página de<br />
Facebook e live streaming<br />
1<br />
2<br />
3<br />
4<br />
5<br />
mais 50% do que no primeiro simpósio,<br />
realizado em 2014), 16 oradores internacionais<br />
e uma maratona de oito horas<br />
de debates, esta segunda edição, que<br />
teve lugar no Centro de Congressos do<br />
Estoril, no passado dia 18 de março, elevou<br />
a fasquia e marcou um ponto de<br />
viragem no que às ações dedica<strong>das</strong> ao<br />
aftermarket diz respeito.<br />
Moderado por Pedro Pinto, jornalista<br />
da TVI, o 2.° Simpósio Ibérico Aftermarket<br />
IAM teve início com o discurso de boas-<br />
-vin<strong>das</strong> levado a cabo pelos dois anfitriões:<br />
João Vieira, diretor do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong><br />
<strong>Oficinas</strong>, e Miguel Angel Prieto, diretor<br />
da revista Autopos. Nada menos do que<br />
seis painéis, um período de debate na<br />
parte da manhã, uma apresentação levada<br />
a cabo pelo patrocinador diamante<br />
(Euro Tyre) e uma mesa redonda na parte<br />
da tarde, compuseram o programa <strong>das</strong><br />
festas. Onde não faltou coffee break, almoço<br />
e networking, para além, claro, de<br />
trocas de impressões e de momentos de<br />
quer aos discursantes quer ao evento,<br />
facto só possível graças à solução izi-<br />
Conference. E nem a tradução simultânea<br />
para português, espanhol e inglês<br />
faltou. Ao longo do dia, multiplicaram-<br />
-se os elogios e as felicitações pela organização<br />
deste evento de elevada<br />
magnitude. Houve até quem tivesse<br />
perguntado já pela próxima edição. O<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> está em condições<br />
de adiantar que será em março de 2018.<br />
Os “desejos” dos players do aftermarket<br />
são sempre ouvidos.<br />
6<br />
1 Foram muitos os participantes<br />
que encheram o auditório do<br />
Centro de Congressos do Estoril<br />
2 O simpósio foi o ponto de<br />
encontro dos profissionais do<br />
setor 3 João Vieira (diretor do<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>) abriu a<br />
cerimónia, na presença de Miguel<br />
Angel Prieto (diretor da revista<br />
Autopos) 4 Sadhna Monteiro (à<br />
esq.), da Liqui Moly, com Raquel<br />
Marinho, da Bosch Car Service 5<br />
Hartmut Röhl no flash interview 6<br />
Pausa nos trabalhos para almoço<br />
6<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016
08<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Evento<br />
1.° PAINEL<br />
A voz do aftermarket independente<br />
“Hoje, a cadeia de<br />
valor do aftermarket<br />
independente contempla<br />
3,5 milhões<br />
de colaboradores”<br />
HARTMUT RÖHL, FIGIEFA<br />
O<br />
1.° painel do simpósio foi subordinado<br />
ao tema “Evolução da<br />
Regulamentação do Pós-Venda<br />
Automóvel e Impacto da Telemática no<br />
Setor da Reparação”. E teve como orador<br />
nada mais nada menos do que a voz<br />
do aftermarket independente.<br />
Hartmut Röhl, presidente da<br />
FIGIEFA (International Federation<br />
of Automotive Aftermarket<br />
Distributors),<br />
começou por fazer uma<br />
retrospetiva deste organismo.<br />
Fundada em 1956,<br />
a FIGIEFA é a federação internacional<br />
dos distribuidores<br />
independentes do<br />
pós-venda automóvel. Como o próprio<br />
fez questão de frisar, “a associação foi<br />
criada ainda antes da União Europeia.<br />
No início, começou por ser um grupo<br />
de amigos e, hoje, é a voz do aftermarket<br />
independente”. A FIGIEFA contempla 20<br />
membros europeus e mais de 30.000<br />
empresas que operam no comércio de<br />
peças, componentes e acessórios automóveis,<br />
dando emprego a 375.000 pessoas.<br />
É ela quem defende os interesses<br />
dos seus associados perante as instituições<br />
europeias e internacionais. O seu<br />
papel é monitorizar e acompanhar<br />
a criação de projetos-lei, com<br />
o intuito de assegurar uma<br />
concorrência livre e efetiva<br />
no setor.<br />
Hoje, a cadeia de valor<br />
do aftermarket independente<br />
contempla 3,5<br />
milhões de colaboradores,<br />
distribuídos por mais<br />
de 500.000 empresas. Depois<br />
de ter revelado que o<br />
setor automóvel é, depois do imobiliário,<br />
o mais importante para os consumidores,<br />
Hartmut Röhl deu conta que o ramo<br />
automóvel é dos mais regulados do<br />
mundo. Facto a que não é alheio o Block<br />
Exemption Regulation (BER), que trouxe<br />
liberdade de escolha e concorrência<br />
efetiva. No caso concreto da telemática,<br />
à semelhança do que acontece com o<br />
direito à reparação (o consumidor é livre<br />
de escolher onde quer que o seu veículo<br />
seja intervencionado sem perder a garantia<br />
do fabricante), também o direito<br />
à informação do veículo e com quem o<br />
proprietário a partilha deve ser decisão<br />
deste. “A FIGIEFA está a fazer tudo para<br />
que o acesso à informação dos veículo<br />
esteja acessível ao aftermarket independente<br />
e não apenas aos construtores de<br />
veículos”, concluiu.<br />
2.° PAINEL 3.° PAINEL<br />
A Internet no centro do mundo<br />
250 M de veículos conectados em 2020<br />
THOMAS SCHIEUX, ICDP<br />
DAVID WINTER, TecAlliance<br />
Foi o segundo orador a entrar em<br />
cena. Thomas Schieux, diretor do<br />
ICDP (International Car Distribution<br />
Programme) em França, centrou<br />
o seu discurso na “Análise e Tendências<br />
do Aftermarket na Europa”. Não sem<br />
antes revelar que o ICDP nasceu há<br />
quase 20 anos. Para, depois, revelar<br />
dados do aftermarket: “Entre 2009 e<br />
2012, a manutenção e reparação automóvel<br />
registou uma quebra na Europa,<br />
à exceção do Reino Unido, que<br />
cresceu durante esse período (1% em<br />
volume e 3% em valor)”. Segundo<br />
Thomas Schieux, desde 2008 que o<br />
aftermarket independente tem vindo<br />
a melhorar a sua posição, apesar da<br />
magnitude da mudança variar entre<br />
os mercados. Espanha foi o país que<br />
evidenciou o ganho mais substancial.<br />
E o futuro do aftermarket, o que lhe<br />
reserva? Thomas Schieux não é<br />
especialista em futurologia<br />
mas arrisca uma previsão:<br />
“No ano de 2020, a reparação<br />
e manutenção<br />
deverá diminuir na Europa,<br />
em média, cerca de<br />
8% em termos de volume,<br />
esperando-se que caia<br />
menos em termos de valor”.<br />
Interessante é o facto de os players<br />
independentes ocuparem uma posição<br />
de líderes na maioria dos países<br />
da Europa Ocidental, tendo vindo a<br />
melhorar a sua posição em todos os<br />
territórios desde 2008. E o número de<br />
oficinas independentes cairá 4,7% em<br />
2020 (<strong>das</strong> 124.000 em 2012 para<br />
115.000) no conjunto de seis países<br />
da União Europeia (França; Alemanha;<br />
Itália; Holanda; Espanha; Reino Unido).<br />
Algo de que o segundo orador do<br />
simpósio não tem dúvi<strong>das</strong> é de que<br />
as ferramentas online estão a influenciar<br />
o comportamento do cliente de<br />
forma significativa. Aliás, grande parte<br />
deles já não dispensa a Internet antes<br />
de adquirir um veículo ou fazer a sua<br />
escolha de serviços. O caso mais emblemático<br />
é o dos pneus, com mais<br />
de 60% a confessar que, em 2015, já<br />
comprou ou pesquisou estes componentes<br />
no mundo cibernauta. Só depois<br />
aparecem os serviços de peças,<br />
os acessórios e as peças de reparação.<br />
Em suma, o ICDP entende que existe<br />
potencial para uma mudança disruptiva<br />
no aftermarket nos anos vindouros,<br />
graças ao aumento<br />
da concorrência entre o<br />
setor independente e as<br />
redes afetas aos construtores<br />
de veículos.<br />
David Winter, TecAlliance Costumer<br />
Management, abordou o<br />
tema <strong>das</strong> “Oportunidades de<br />
Negócio com as Novas Tecnologias”,<br />
naquele que foi o terceiro painel do<br />
simpósio. E como neste tipo de eventos<br />
é usual fazer-se uma apresentação<br />
da estrutura que os oradores representam,<br />
também David Winter não<br />
deixou de falar sobre a TecAlliance:<br />
“Tornou-se legalmente efetiva em<br />
2013 e passou a ser uma fusão de três<br />
soluções (TecCom; TecDoc; TecRMI).<br />
Hoje, são quatro, uma vez que integra,<br />
também, a Headline”. Analisando a<br />
TecAlliance ao pormenor, podemos<br />
referir que o TecCom contempla 260<br />
fornecedores, abrange 20.000 distribuidores<br />
e atinge os 240 milhões de<br />
euros por ano em transações. Já o<br />
TecDoc, integra 600 marcas, cinco<br />
milhões de peças e 3,5 milhões de<br />
utilizadores. Quanto ao TecRMI, inclui<br />
60.000 oficinas, 230.000 planos de<br />
serviço, 900.000 manuais de reparação,<br />
6,5 milhões de dados técnicos e 21,5<br />
milhões de horas laborais. O Headline,<br />
apesar de muito recente,<br />
integra dados do parque<br />
automóvel de 75 países,<br />
só para citarmos um<br />
exemplo.<br />
Segundo destacou David<br />
Winter, “os veículos<br />
comunicantes são, hoje,<br />
uma realidade. Em 2020,<br />
250 milhões de veículos conec-<br />
tados estarão a circular nas estra<strong>das</strong>,<br />
o que equivalerá a um mercado de<br />
170 mil milhões de euros. “Todos os<br />
veículos novos que serão lançados no<br />
mercado têm ou terão aptidões para<br />
circularem sozinhos”, destacou o<br />
mesmo responsável. Que, de seguida,<br />
revelou um estudo levado a cabo pela<br />
McKinsey, intitulado Connected Car<br />
Consumer Survey 2014. De acordo<br />
com ele, em 2015, 56% dos consumidores<br />
já tinha ouvido falar dos veículos<br />
conectados. No final da sua<br />
intervenção, o Costumer Management<br />
da TecAlliance deu conta que 78% dos<br />
condutores esperam no futuro informações<br />
sobre segurança, 71% experiência<br />
de condução otimizada, 66%<br />
diagnóstico do veículo em tempo real<br />
e 55% infoentretenimento.<br />
Abril I 2016<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
09<br />
4.° PAINEL<br />
O futuro é hoje... e já está atrasado<br />
BEN SMART, TRW<br />
Se houve mensagem que transitou<br />
pelos vários painéis do simpósio<br />
foi a de que, no aftermarket<br />
(como noutras áreas), o futuro não é<br />
amanhã. Mas hoje. Ben Smart, diretor<br />
de marketing da Divisão Global de<br />
Peças e Serviço da TRW, foi o orador<br />
do 4.° painel do Simpósio Ibérico Aftermarket<br />
IAM e um dos mais expressivos<br />
do evento. Numa intervenção<br />
intitulada “Como a Telemática vai<br />
Influenciar o Aftermarket”, o<br />
responsável salientou que<br />
aquilo que considera uma<br />
evidência. “A telemática é<br />
uma oportunidade para<br />
o aftermarket crescer”,<br />
disse o orador.<br />
Segundo Ben Smart, já<br />
não estamos numa altura em<br />
que possamos falar em “carros<br />
do futuro”, mas sim em “carros de hoje”.<br />
E ilustrou com o seguinte número. “Os<br />
veículos têm, atualmente, 100 milhões<br />
de dispositivos de códigos de software<br />
incorporados”, o que constitui, garantiu,<br />
“um grande desafio para o setor”,<br />
que terá de estar “preparado para<br />
reagir”. Algo que, no seu entender,<br />
“ainda não está”.<br />
As empresas do aftermarket até podem<br />
estar convenci<strong>das</strong> de que estão<br />
a fazer tudo quanto podem, mas Ben<br />
Smart fez questão de distinguir aquilo<br />
que é a “realidade” e (a sua) “perceção”.<br />
“Nem sempre são iguais”, sustentou<br />
o responsável da TRW. A solução será<br />
antecipar os passos.<br />
A título de exemplo, contou o<br />
caso da empresa Blockbuster,<br />
que recusou adquirir a Netflix<br />
numa altura em que<br />
esta ainda valia apenas<br />
1,5 milhões de dólares.<br />
Atualmente, é já um verdadeiro<br />
império no que<br />
respeita ao “cinema em<br />
casa”. Aos profissionais do<br />
aftermarket presentes no<br />
evento, Ben Smart lançou vários pontos<br />
para reflexão. “Em 2025, 100% dos<br />
carros estarão conectados”, disse. E<br />
acrescentou: “Em 2035, 75% dos carros<br />
serão autónomos”. Mas não é necessário<br />
ir tão longe. “Hoje, 30% dos veículos<br />
que circulam nas cidades<br />
europeias andam à procura de estacionamento”.<br />
Por outras palavras, “haverá<br />
a necessidade de “comunicar com<br />
as cidades”, o que, por si, cria muitas<br />
oportunidades de negócio, além dos<br />
benefícios em termos de “tempo, ambiente<br />
e infraestruturas”, salientou. O<br />
desafio, para Ben Smart, é saber como<br />
irá o aftermarket “responder” a esta<br />
realidade.<br />
1 Pedro Pinto, jornalista da TVI, esteve<br />
bastante ativo 2 A ANECRA fez-se<br />
representar por João Patrício (à esq.)<br />
e Jorge Neves da Silva 3 Hélder Pedro,<br />
secretário-geral da ACAP<br />
2<br />
1<br />
3<br />
Publicidade<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016
10<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Evento<br />
Euro Tyre:<br />
Patrocinador<br />
Diamante<br />
A Euro Tyre foi o único Patrocinador Diamante do 2.° Simpósio<br />
Ibérico Aftermarket IAM. Como tal, mereceu especial atenção.<br />
Por isso, Manuel Félix, diretor-geral da empresa, usou da<br />
palavra ainda durante o período da manhã. O responsável<br />
começou por fazer uma retrospetiva da companhia, presente<br />
em Portugal desde 2007, enquadrando-a com a sua história<br />
no Grupo Pon.<br />
O mesmo responsável destacou alguns dados da Euro Tyre<br />
no mercado português: cinco pontos de distribuição, mais de<br />
43 funcionários, 183 mil pneus em stock e mais de 3.800 oficinas<br />
como clientes. Em 2015, a empresa lançou-se, recorde-se,<br />
no universo da peças. A presença da Euro Tyre neste evento<br />
serviu ainda para enfatizar a representação da Motaquip no<br />
nosso país. Uma marca com mais de 10 mil referências e que<br />
permitirá dar resposta a perto de 80% <strong>das</strong> necessidades <strong>das</strong><br />
oficinas em matéria de peças.<br />
1<br />
1 A Olipes, um dos patrocinadores de ouro<br />
do simpósio, marcou presença animada<br />
logo à entrada do auditório<br />
1<br />
2<br />
3 Hartmut Röhl (à direita) responde a uma<br />
pergunta formulada pelo público<br />
4 Joaquim Candeias, da DPAI, à conversa<br />
com Dário Afonso, da ACM (à dta.)<br />
4<br />
6<br />
2<br />
3<br />
2 Manuel Félix, diretor-<br />
-geral da Euro Tyre, durante<br />
a sua intervenção<br />
5 O portal izigo aproveitou<br />
o evento para dar a<br />
conhecer os seus serviços<br />
5<br />
iziConference:<br />
interação com a plateia<br />
Nunca o Simpósio Ibérico Aftermarket IAM<br />
organizado pelo <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> e pela revista<br />
Autopos tinha atingido tal patamar de evolução.<br />
Facto que não teria sido possível, diga-se em<br />
abono da verdade, sem a presença do nosso<br />
parceiro oficial nesta inovação: iziConference.<br />
Foi através desta solução interativa para conferências<br />
que os participantes puderam interagir<br />
com os oradores, bem como avaliar a prestação<br />
destes e do próprio evento. Através de um código<br />
QR que foi facultado aos participantes no welcome<br />
desk, momentos antes do início do simpósio,<br />
os participantes, a partir do seu smartphone<br />
ou tablet, colocaram questões aos oradores. O<br />
jornalista Pedro Pinto foi quem, depois, selecionou,<br />
direcionou e traduziu as perguntas. O número<br />
de questões coloca<strong>das</strong> superou as<br />
expectativas.<br />
Abril I 2016<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Pub_JO_expomecanica.pdf 2 16/03/16 18:23<br />
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K<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016
12<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Evento<br />
250<br />
cafés consumidos<br />
16<br />
oradores<br />
8<br />
385<br />
participantes<br />
horas de<br />
intervenções<br />
20<br />
entrevistas<br />
realiza<strong>das</strong><br />
6<br />
painéis de debate<br />
348<br />
almoços servidos<br />
14<br />
827<br />
37.000<br />
visualizações em<br />
live streaming<br />
pessoas alcança<strong>das</strong><br />
no Facebook<br />
patrocinadores<br />
Abril I 2016<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
13<br />
5.° PAINEL A última parte do simpósio incluiu, não uma, mas seis (pequenas) mesas redon<strong>das</strong>,<br />
protagoniza<strong>das</strong> por três oradores portugueses e outros tantos espanhóis<br />
Filtros estiveram<br />
em destaque no simpósio<br />
LUCA BETTI, UFI Filters<br />
No quinto painel do simpósio,<br />
Luca Betti, diretor de negócio<br />
aftermarket da UFI Filters, debruçou-se<br />
sobre as diferenças entre<br />
peças de origem vs peças aftermarket<br />
(qualidade equivalente). Primeiro, para<br />
dar conta <strong>das</strong> normas europeias que<br />
as definem e que estabelecem as diferenças<br />
entre os “dois lados da barricada”.<br />
Casos do Regulamento CE n.°<br />
1400/2002 da Comissão, de 31 de<br />
julho, e do Regulamento UN n.°<br />
461/2010 da Comissão, de 27 de maio.<br />
Depois, para explicar o processo de<br />
desenvolvimento dos componentes<br />
OE, mais concretamente, dos filtros.<br />
E fez revelações curiosas. Não sem<br />
antes realçar que “em função dos construtores<br />
de veículos e dos seus<br />
modelos, são fornecidos ou<br />
‘sistema inteiro’ ou apenas<br />
o filtro”. Mais: o mesmo<br />
responsável revelou que<br />
a UFI foi o primeiro fabricante,<br />
corria o ano 2000,<br />
a encontrar uma solução<br />
de filtragem para os motores<br />
Diesel common rail,<br />
Miguel Angel Gavilanes, diretor<br />
de redes de oficinas da<br />
Bosch, Robert Bosch GmbH,<br />
foi o orador do 6.° painel do simpósio,<br />
abordando o tema <strong>das</strong> “<strong>Oficinas</strong> Auto<br />
2020”. O responsável deu início à sua<br />
intervenção explicando a história da<br />
revolução digital no universo do aftermarket.<br />
Para Miguel Angel Gavilanes,<br />
“o futuro, num mundo conectado,<br />
passa por estar inserido em rede.<br />
Conforme disse, apenas assim as oficinas<br />
conseguirão evoluir. Ou seja, a<br />
forma de chegar ao cliente será totalmente<br />
diferente da que tem sido no<br />
passado. Mas atenção: “por detrás da<br />
telemática, estará sempre a oficina”.<br />
Mas haverá ainda um longo caminho<br />
a percorrer por muitas oficinas. Desde<br />
logo, na valorização desta “evidência”.<br />
Segundo dados relativos ao mercado<br />
espanhol, apresentados por Miguel<br />
Angel Gavilanes, apenas 18%<br />
<strong>das</strong> oficinas contacta<strong>das</strong><br />
respondeu “sim” a uma<br />
simples questão sobre a<br />
Telemática: “Estaria interessado<br />
em ter uma aplique<br />
foram criados pelo Grupo Fiat,<br />
tendo, mais tarde, passado à Bosch<br />
para o pôr em prática o processo de<br />
industrialização.<br />
Luca Betti avançou mesmo com alguns<br />
números sobre o tempo que<br />
demora a conceber uma peça de origem.<br />
Sem perder o foco nos filtros. O<br />
processo de desenvolvimento de um<br />
filtro novo demora entre 36 a 48 meses<br />
até estar terminado, dos quais, 18<br />
a 30 meses são trabalhos prévios à<br />
entrada nas linhas de produção”, destacou<br />
o diretor de negócio aftermarket<br />
da UFI Filters. E revelou um vídeo no<br />
qual foi possível observar os centros<br />
de inovação da marca que representa<br />
e as avança<strong>das</strong> ferramentas de análise<br />
laboratorial que fazem parte do processo<br />
de desenvolvimento dos filtros.<br />
Através dos dispositivos, a audiência<br />
pôde ficar a conhecer a evolução dos<br />
componentes de filtragem de UFI,<br />
desde o ano 2000 até ao presente.<br />
Além de novas soluções que<br />
estão a ser desenvolvi<strong>das</strong><br />
para construtores alemães,<br />
casos da BMW e<br />
Mercedes-Benz.<br />
Uma vez mais, o equilíbrio<br />
<strong>das</strong> intervenções<br />
imperou. Pedro Pinto<br />
moderou o debate sobre<br />
os temas da manhã<br />
6.° PAINEL<br />
A oficina por detrás da Telemática<br />
MIGUEL ANGEL GAVILANES, Bosch<br />
cação desta natureza para receber<br />
informações dos carros e dos seus<br />
clientes?”...<br />
Miguel Angel Gavilanes, da Bosch,<br />
adiantou ainda que a conectividade<br />
obriga, cada vez mais, a uma maior<br />
eficiência da parte <strong>das</strong> oficinas. No<br />
caso da rede Bosch, sublinhou, o objetivo<br />
é que estas obtenham, no dia<br />
a dia, “toda a informação possível<br />
sobre os veículos dos clientes”. Até<br />
porque estes evoluíram muito. Atualmente,<br />
estes tem um carácter “universal”<br />
e estão presentes na Internet de<br />
uma forma ativa, influenciando,<br />
eles próprios, “o mercado”.<br />
Miguel Angel Gavilanes<br />
terminou a sua participação<br />
garantindo que as<br />
oficinas que queiram<br />
triunfar, nos próximos<br />
tempos, terão de assumir<br />
uma “visão mais empresarial”<br />
do seu negócio.<br />
Publicidade<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016
14<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Evento<br />
Primeiros passos<br />
Parceiros retalhistas<br />
Novas oportunidades<br />
PEDRO BARROS<br />
CEO da TIPS4Y<br />
“Aproveitava para abordar as tendências<br />
de consumo, antes de mais. Se olharmos<br />
para a geração milénio, pessoas que têm,<br />
hoje, entre 18 e 30 anos, veremos que<br />
serão elas a ditar as tendências do futuro.<br />
Os consumidores querem estar conectados.<br />
E nós temos, de alguma forma, de<br />
responder a isso. Nos EUA, hoje, o critério<br />
mais importante na escolha de um veículo<br />
é a conectividade, com 39%. A conectividade,<br />
num espaço relativamente curto<br />
de tempo, vai proporcionar não só um<br />
conjunto de novas oportunidades, mas<br />
vai ser algo que será extremamente influenciador<br />
no negócio aftermarket e em<br />
muitos outros. A conectividade tem o<br />
objetivo de criar conforto ao condutor“.<br />
Competição séria<br />
MIGUEL ANGELO CUERNO<br />
Presidente da ANCERA<br />
“Penso que a conectividade não vai mudar<br />
grande coisa nos modelos de negócio<br />
atuais. Hoje, o mercado é um, a partir<br />
de amanhã estará todo conectado. Mas<br />
admito que possa ser mais difícil ao setor<br />
independente lidar com a conectividade,<br />
pois requer preparação e capacidade<br />
técnica. Por outro lado, creio que é difícil<br />
ao aftermarket independente competir<br />
com as marcas, embora estas tenham, a<br />
pouco e pouco, de começar a libertar<br />
informação sobre os veículos, até pelo<br />
trabalho que está a ser desenvolvida<br />
pelas instâncias europeias”.<br />
JOAQUIM CANDEIAS<br />
Presidente da DPAI<br />
“Creio ser prematuro falar naquilo que<br />
as novas oportunidades em relação à<br />
conectividade e à automação da condução<br />
podem trazer. Existem, de facto, estamos<br />
a dar os primeiros passos. Uma<br />
coisa é termos acesso à informação<br />
quando falamos de aftermarket independente.<br />
Outra, é conseguir mapear esta<br />
informação, de modo a que ele chegue<br />
a todos os agentes do aftermarket independente<br />
para se tornar, de facto, numa<br />
oportunidade. Elas vão surgindo, mas é<br />
necessário modificar muita coisa. Desde<br />
logo, mentalidades. Assim como transformar<br />
todo o negócio que, hoje, existe“N.<br />
Mudança obrigatória<br />
IVÁN BLANCO FERNÁNDEZ<br />
Network Developer Delphi Product & Service<br />
Solutions<br />
“Até há pouco tempo, os veículos deslocavam-se<br />
às oficinas apenas quando tinham<br />
uma avaria. Agora, com a<br />
telemática, o modelo de negócio muda<br />
de paradigma. E vai obrigar o aftermarket<br />
independente a efetuar mudanças. Como,<br />
por exemplo, estar preparado para intervencionar<br />
modelos sem a tradicional ficha<br />
OBD. A Delphi já dispõe de soluções<br />
prepara<strong>das</strong> para o chamado plug & play<br />
da nova geração de veículos que já estão<br />
disponíveis no mercado. O setor independente,<br />
acredito, está a preparar-se<br />
para lidar com esta nova realidade e o<br />
apoio de que necessita vai chegar”.<br />
A força do multimarca<br />
FREDERICO ABECASSIS,<br />
Country Manager da Hella Portugal<br />
“Hoje, existem muito mais ven<strong>das</strong> online<br />
do que aquilo que possamos pensar (...).<br />
A grande força do aftermarket é o multimarca.<br />
Temos de fazer disso a nossa<br />
vantagem competitiva. O aftermarket<br />
sempre se adaptou às várias mudanças<br />
tecnológicas dos automóveis”.<br />
Globalizar, pois então<br />
LUÍS TARRÉS,<br />
Conselheiro-delegado do Grupo Serca<br />
“Culturalmente, é difícil criar sinergias<br />
entre os mercados português e espanhol.<br />
É preciso globalizar a Península Ibérica.<br />
Os fabricantes, as estruturas, os distribuidores<br />
e as oficinas têm de ser globais”.<br />
MARGARIDA PINA,<br />
Diretora de Desenvolvimento Aftermarket do<br />
Grupo Nors<br />
“Os retalhistas independentes ainda têm<br />
lugar no setor. No Grupo Nors, o retalhista<br />
ainda tem uma dimensão muito grande<br />
no mercado. Temos muitos parceiros<br />
retalhistas. (...) Devemos olhar para as<br />
tecnologias de outra forma, do ponto de<br />
vista da eficiência de operações. Algo que<br />
ainda nem sempre acontece”.<br />
Unidos na guerra<br />
DAVID ZAPATA,<br />
Diretor-geral para Portugal e Espanha da Federal<br />
Mogul<br />
“Estes são tempos de riscos e oportunidades.<br />
Sou otimista. Vamos conseguir.<br />
Tanto os fabricantes como os distribuidores<br />
têm de estar unidos e partilhar<br />
informações”.<br />
Associativismo vital<br />
RICARDO VENÂNCIO,<br />
Administrador da Autozitânia<br />
“Andamos a apelar ao associativismo, mas<br />
temos de olhar para o exemplo espanhol<br />
e constatar que foi esse mesmo associativismo<br />
que conduziu à redução <strong>das</strong><br />
margens de negócio. Até porque os fabricantes<br />
passaram a vender diretamente<br />
às oficinas, acabando, assim, com grande<br />
parte da rede de retalho em Espanha”.<br />
Recuperação à vista<br />
FERNANDO CANTÍN,<br />
diretor comercial da Brembo Espanha<br />
“A redução da rentabilidade não é um<br />
problema de Espanha ou de Portugal.<br />
Todos cederam. É preciso otimizar para<br />
salvar a rentabilidade. A pouco e pouco,<br />
os grandes armazéns em Portugal estão<br />
a encontrar soluções para os problemas”.<br />
Abril I 2016<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016
16<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Atualidade<br />
Peças de origem vs peças equivalentes<br />
Diferentes entre iguais<br />
› O tema, ainda que não seja novo, continua a suscitar dúvi<strong>das</strong> e a gerar confusão no mercado. Afinal,<br />
o que são peças de origem e peças equivalentes? O que diferencia umas <strong>das</strong> outras? O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong><br />
<strong>Oficinas</strong> recorreu a quatro especialistas para lhe explicar tudo sobre esta matéria<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Peças, há muitas. Para todos os gostos,<br />
de to<strong>das</strong> as formas e destina<strong>das</strong><br />
às mais diversas aplicações. Existem<br />
peças para ligeiros e peças para<br />
pesados. Peças de origem e peças equivalentes.<br />
E se quisermos alargar ainda<br />
mais o espectro, teremos de mencionar<br />
que existem peças usa<strong>das</strong> e peças reconstruí<strong>das</strong>.<br />
Não deixam to<strong>das</strong> de ser<br />
peças, é um facto, mas cada grupo “joga<br />
no seu campeonato” e não aprecia “misturas”.<br />
Tanto mais, que existe um mercado<br />
bem definido para cada tipologia. Nesta<br />
edição, com a ajuda de quatro especialistas,<br />
centramo-nos nas peças de origem<br />
e peças equivalentes. O tema não é novo,<br />
mas continua a suscitar dúvi<strong>das</strong> e a gerar<br />
confusão no mercado. Afinal, o que<br />
diferencia umas <strong>das</strong> outras?<br />
■ A PALAVRA AOS ESPECIALISTAS<br />
Auto Delta, Autozitânia, Ferdinand<br />
Bilstein Portugal e TRW Automotive Portugal.<br />
Eis os especialistas que nos ajudarão<br />
a explanar o tema <strong>das</strong> peças de<br />
origem e peças equivalentes. Por isso,<br />
passemos-lhes a palavra. Começando,<br />
claro, pela única presença feminina neste<br />
artigo: Raquel Rodrigues. Questionada<br />
sobre se considera que o mercado está<br />
bem informado e sabe quais as diferenças<br />
entre peças de origem e peças equivalentes,<br />
a coordenadora de marketing<br />
da Ferdinand Bilstein Portugal afirma que<br />
“parece haver alguma incongruência na<br />
utilização dos conceitos, existindo, por<br />
vezes, uma apropriação errada dos mesmos<br />
para descrever os produtos disponibilizados<br />
no mercado. Peças de origem<br />
Abril I 2016<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
17<br />
perdeu-se, assim como o conhecimento<br />
de todo o trabalho de desenvolvimento<br />
e de competência de<br />
fabrico da marca”.<br />
Para Raquel Rodrigues, “peças sobressalentes<br />
originais são apenas e só as<br />
peças fabrica<strong>das</strong> de acordo com as<br />
especificações e normas autoriza<strong>das</strong><br />
pelo construtor do veículo. Ou então<br />
peças que tenham uma declaração<br />
deste último em como foram fabrica<strong>das</strong><br />
segundo as suas especificidades<br />
e normas de produção”. E diz mais:<br />
“Relativamente às diferenças encontra<strong>das</strong><br />
entre peças de origem e peças<br />
de qualidade equivalente, nem sempre<br />
é óbvio. Até porque podem ter exatamente<br />
o mesmo aspeto”.<br />
SACHS é uma<br />
marca da ZF<br />
Imagem: ©APComunicação<br />
■ OE, OES1, OES2...<br />
Bem mais parco em palavras, Tiago<br />
Domingos, do departamento de comunicação<br />
da Auto Delta, considera<br />
que “o mercado ainda não está totalmente<br />
elucidado neste campo, mas a<br />
evolução que se tem sentido nos últimos<br />
anos tem sido bastante positiva,<br />
tornando-se este num dos aspetos que<br />
poderá tornar o mercado português<br />
mais maduro”. Bastante diferente é a<br />
abordagem de Pedro Díaz. O diretor<br />
comercial da TRW Automotive Portugal<br />
começa por ressalvar que, “em<br />
primeiro lugar, é conveniente explicar<br />
que peça de origem (peça OE) é a que,<br />
originalmente, foi montada quando o<br />
veículo saiu de fábrica. Esta pode ser<br />
produzida pelo próprio construtor do<br />
veículo ou por um fabricante de componentes<br />
e sistemas, como, por exem-<br />
21<br />
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e retalhistas.<br />
são aquelas que os veículos trazem de<br />
fábrica. Quanto a isso não parece haver<br />
dúvi<strong>das</strong>. A ambiguidade começa<br />
quando o assunto é relacionado com<br />
peças de substituição”. Na opinião da<br />
mesma responsável, tal facto “não é<br />
de estranhar, até porque a estrutura<br />
do mercado OE é menos complexa.<br />
Para além de menos marcas, existem<br />
menos níveis de venda do que no aftermarket<br />
independente (IAM)”. E desenvolve:<br />
“Quando a peça chega ao<br />
cliente final, já passou por tantos intermediários<br />
que o rasto da sua origem<br />
plo, a TRW”. Depois, prossegue,<br />
“existem peças com o logótipo do<br />
construtor do veículo mas vendi<strong>das</strong><br />
nos concessionários de marca (peça<br />
OES). Estas peças podem ser iguais às<br />
OE mas, em muitos casos, apresentam<br />
prestações ou características diferentes<br />
<strong>das</strong> originais (OES1; OES2), cumprindo<br />
sempre as especificações dos<br />
construtores dos veículos. Em ambos<br />
casos, a proveniência principal dessas<br />
peças são os vários fabricantes de<br />
componentes e sistemas, como, por<br />
exemplo, a TRW”.<br />
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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016
18<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Atualidade<br />
bem informado acerca <strong>das</strong> diferenças<br />
entre peças de origem e peças de qualidade<br />
equivalente. Não tem uma noção<br />
clara e não existe uma interpretação<br />
uniforme da regulamentação existente<br />
acerca destes diferentes tipos de peças”.<br />
■ OPINIÕES DIVIDEM-SE<br />
E para a lição ficar completa, Pedro Díaz<br />
refere que “por fim, existem to<strong>das</strong> as<br />
peças vendi<strong>das</strong> no mercado independente<br />
(aftermarket IAM), que provêm<br />
dos vários fabricantes independentes de<br />
componentes ou sistemas. Estas podem<br />
ser exatamente as mesmas peças que<br />
estão nos outros canais (OE ou OES), mas<br />
apresentam uma caixa e uma marca diferente.<br />
Existem, também, muitas outras<br />
marcas que, apesar de não estarem presentes<br />
no canal OE ou OES, disponibilizam<br />
para o aftermarket independente<br />
peças de qualidade equivalente, que<br />
apresentam características e prestações<br />
semelhantes às exigi<strong>das</strong> pelos construtores<br />
de veículos”. A fechar, o diretor<br />
■ CERTIFICAR A QUALIDADE<br />
E serão as ações para explicar as diferenças<br />
a quem vende e compra peças<br />
de substituição importantes? Raquel<br />
Rodrigues, coordenadora de marketing<br />
da Ferdinand Bilstein Portugal, afirma<br />
que “uma vez que qualquer empresa<br />
pode, a qualquer momento, começar a<br />
produzir peças, é necessário que possa,<br />
também, a qualquer altura, comprovar<br />
que as peças em questão correspondem<br />
à qualidade dos componentes que são<br />
ou foram utilizados para a montagem<br />
dos veículos em causa, tal como refere<br />
o Regulamento (CE) N.° 1400/2002”. De<br />
acordo com a mesma responsável, “uma<br />
<strong>das</strong> mais importantes ações a serem leva<strong>das</strong><br />
a cabo é, em primeiro lugar, ter-se<br />
a certificação de qualidade e conseguir<br />
demonstrar que os componentes <strong>das</strong><br />
peças de qualidade equivalente correspondem<br />
aos <strong>das</strong> peças originais”. Depois,<br />
faz uma comparação curiosa: “Comprar<br />
uma peça no IAM é como comprar um<br />
iogurte. Pode optar-se pelo mais barato.<br />
Porém, para fazer uma compra informada<br />
Legislação existe há vários anos<br />
Maior divulgação precisa-se<br />
Os direitos e deveres da oficina de<br />
reparação independente e da oficina<br />
autorizada, assim como os direitos<br />
dos distribuidores independentes e<br />
autorizados e os dos construtores de<br />
veículos, encontram-se consagrados em<br />
dois regulamentos: o CE n.° 1400/2002<br />
da Comissão, de 31 de julho, e o UN n.°<br />
461/2010 da Comissão, de 27 de maio.<br />
O primeiro é relativo à aplicação do n.°<br />
3 do artigo 81.° do Tratado a certas categorias<br />
de acordos verticais e práticas<br />
concerta<strong>das</strong> no setor automóvel. O<br />
segundo é relativo à aplicação do artigo<br />
101.°, n.° 3 do Tratado sobre o funcionamento<br />
da União Europeia a certas<br />
categorias de acordos verticais e práticas<br />
concerta<strong>das</strong> no setor dos veículos<br />
automóveis. Estes documentos clarificam<br />
(ou pretendem clarificar...) o que<br />
são peças sobressalentes originais e o<br />
que são peças sobressalentes de qualidade<br />
equivalente. São artigos, alíneas<br />
e parágrafos que nem sempre são de<br />
fácil compreensão e que ainda passam<br />
algo despercebidos no mercado.<br />
comercial da TRW Automotive Portugal,<br />
esclarece que “apesar destes diferentes<br />
tipos de peças existentes no mercado,<br />
vulgarmente denomina-se por peça de<br />
origem uma que é vendida com a marca<br />
(caixa) do construtor do veículo. E to<strong>das</strong><br />
as outras por peças aftermarket ou de<br />
qualidade equivalente. A maioria dos<br />
profissionais do setor sabe perfeitamente<br />
identificar as várias diferenças e semelhanças<br />
entre peças forneci<strong>das</strong> nos vários<br />
canais de distribuição, seja na rede oficial<br />
de concessionários e distribuidores de<br />
marca, seja no mercado independente<br />
(distribuidores e oficinas)”.<br />
Já Flávio Menino, marketeer da Autozitânia,<br />
defende que “o mercado não está<br />
e esclarecida, é necessário ler o rótulo e<br />
comparar. Com as peças, acontece o<br />
mesmo. É necessário conhecer a marca,<br />
porque é esta que garante a qualidade<br />
e a garantia <strong>das</strong> peças. Se o pressuposto<br />
principal do IAM é a disponibilização de<br />
peças a um preço mais baixo face à origem,<br />
é preciso conhecer-se o que se está<br />
a comprar, porque mais barato será sempre.<br />
O preço não deveria ser o único<br />
parâmetro a ter em consideração na<br />
tomada de decisão. Conhecer a marca e<br />
as suas competências é essencial para<br />
se tomar a decisão certa”.<br />
■ ESCLARECER É ESSENCIAL<br />
Tiago Domingos, do departamento de<br />
comunicação da Auto Delta, afirma apenas<br />
que “a principal ação que um distribuidor<br />
pode fazer, em estreita articulação<br />
com os fabricantes, é proporcionar formação<br />
técnica permanente que possa<br />
esclarecer todos os parceiros. A Auto<br />
Delta vê este ponto como essencial e<br />
orgulha-se disso”. Por seu turno, Pedro<br />
Díaz é da opinião que “as peças devem<br />
diferenciar-se pela qualidade e durabilidade<br />
que apresentam. E não pelo tipo<br />
de caixa onde são embala<strong>das</strong>. A maioria<br />
dos consumidores finais não tem conhecimento<br />
relativo à proveniência dos<br />
componentes presentes na sua viatura.<br />
Mas os profissionais do setor devem<br />
saber e aconselhar os consumidores finais<br />
sobre as várias diferenças de produtos<br />
disponíveis no mercado”.<br />
Por outro lado, o diretor comercial da<br />
TRW Automotive Portugal defende que<br />
“no seio dos profissionais do setor, no<br />
passado existia a crença de que as peças<br />
com a chancela do construtor do veículo<br />
tinham mais qualidade do que as vendi<strong>das</strong><br />
no mercado independente. Mas,<br />
hoje, os profissionais estão mais informados<br />
e sabem perfeitamente que a<br />
maioria <strong>das</strong> chama<strong>das</strong> ‘peças de origem’<br />
são concebi<strong>das</strong> pelos mesmos fabricantes<br />
que apresentam, muitas vezes, os<br />
mesmos produtos no mercado independente,<br />
mas com a sua própria marca”.<br />
Ainda assim, conclui, “continua a ser<br />
necessário explicar a algumas oficinas e<br />
consumidores finais que uma peça de<br />
qualidade equivalente pode ter tanta<br />
qualidade como uma peça de origem.<br />
Ou uma peça com “caixa de origem”.<br />
Flávio Menino, marketeer da Autozitânia,<br />
considera que “campanhas de informação<br />
podem ser ações importantes de<br />
serem realiza<strong>das</strong>, de forma a esclarecer<br />
aos diferentes intervenientes no mercado<br />
a diferença entre peças de origem e peças<br />
de qualidade equivalente. É muito<br />
importante que haja esclarecimento<br />
acerca da diferença entre estes dois tipos<br />
de peças. Para que os regulamentos<br />
existentes, que, efetivamente, não são<br />
muito claros, não sejam mal interpretados<br />
e para que todos os intervenientes<br />
se guiem pela mesma linha orientadora”.<br />
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20<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Evento<br />
expoMECÂNICA 2016<br />
Não há duas sem três<br />
› A 3.ª edição da expoMECÂNICA tem todos os ingredientes para conquistar os profissionais do<br />
aftermarket, entre 15 e 17 de abril. O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> marcará, uma vez mais, presença com um<br />
stand e um bar, onde receberá os seus parceiros e amigos<br />
Por: Jorge Flores<br />
Está tudo a postos para a realização<br />
da 3.ª edição do Salão expoMECÂ-<br />
NICA. E se é verdade que não há<br />
duas sem três, os organizadores do<br />
evento estão convictos de que o terceiro<br />
será mesmo o melhor de todos. Os números<br />
ajudam a explicar o otimismo. A<br />
adesão foi massiva e o espaço ficou esgotado<br />
dois meses antes da abertura de<br />
portas. No seu conjunto, serão 162 expositores<br />
a participar, entre os quais 20<br />
empresas internacionais, naquele que é<br />
o maior registo de sempre desde a criação<br />
da expoMECÂNICA, em 2014.<br />
Para os participantes, o interesse é evidente.<br />
Durante dois dias, nos pavilhões<br />
da Exponor, em Matosinhos, concentra-<br />
-se todo o tecido empresarial do aftermarket.<br />
De tudo um pouco será possível<br />
encontrar relacionado com o pós-venda:<br />
peças e sistemas automóveis, serviços<br />
de manutenção e reparação, acessórios<br />
e personalização de veículos, tecnologia<br />
de informação, estações de serviço e<br />
lavagem. E muito mais. Nada ficará de<br />
fora neste certame nortenho.<br />
Uma oportunidade de ouro para as<br />
empresas do setor revelarem os seus<br />
produtos e serviços, para se inteirarem<br />
do trabalho dos outros. E ainda para<br />
estabelecerem muitos contactos profissionais<br />
com parceiros (e potenciais parceiros...),<br />
fundamentais, hoje em dia, para<br />
um negócio bem-sucedido.<br />
José Manuel Costa, diretor da<br />
expoMECÂNICA, acredita no sucesso<br />
da 3.ª edição do certame da Exponor<br />
Refira-se que o número de expositores<br />
cresceu já cerca de 55,7% relativamente<br />
à sua primeira edição.<br />
Segundo adiantou ao nosso jornal José<br />
Manuel Costa, diretor da expoMECÂNICA,<br />
a procura tem sido tanta que a organização<br />
se viu obrigada a “imprimir mais<br />
convites”. Na sua perspetiva, “as empresas<br />
estão muito organiza<strong>das</strong>. E a expetativa<br />
é enorme”.<br />
n NOVIDADES HÁ MUITAS...<br />
O cartaz de eventos para a edição de<br />
2016 contempla inúmeras novidades<br />
relativamente ao ano passado: demonstrações,<br />
conferências e workshops. E um<br />
reforço significativo naquilo que tem sido<br />
Abril I 2016<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
21<br />
o grande propósito da organização, tal<br />
como avançou José Manuel Costa. “Continuar<br />
a debater e a analisar os principais<br />
temas da atualidade. O foco continuará,<br />
naturalmente, nas apresentações <strong>das</strong><br />
novidades, com demonstrações in loco,<br />
apoia<strong>das</strong> pelo saber técnico de especialistas,<br />
pois entendemos que transportam<br />
um dinamismo acrescido à 3.ª edição do<br />
nosso certame”.<br />
A nova edição do DEMOTEC by Schaeffler<br />
levará ao fórum da feira as matérias com<br />
real interesse para os prossionais do setor.<br />
O responável do certame acredita<br />
que esta iniciativa vá ter lotação esgotada,<br />
à semelhança do sucedido na edição<br />
anterior.<br />
Em estreia, e também com garantia de<br />
casa cheia, estará o expoTALKS, iniciativa<br />
que decorrerá num auditório montado<br />
no recinto da própria feira e que acolherá<br />
Stand do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Bar <strong>das</strong> oficinas está de volta<br />
Depois do sucesso do Bar <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> na expoMECÂNICA<br />
do ano passado, no nosso próprio stand, ficara a promessa<br />
de repetir a receita na 3.ª edição do certame. Palavra<br />
dada, palavra cumprida. Durante os dias 15 a 17 de abril,<br />
toda a equipa do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> estará presente, de<br />
braços abertos e copo na mão, para um momento de convívio<br />
com os seus parceiros e amigos do mundo do aftermarket.<br />
Quem comparecer no meeting point, poderá fazer<br />
networking, num ambiente descontraído. E já que, ao longo<br />
do ano, promovemos, nas páginas do nosso jornal, um<br />
concurso para encontrar o “Melhor Mecatrónico 2016”, os<br />
profissionais deste ramo que nos visitarem terão oportunidade<br />
para ficar ficarem a conhecer as útimas tendências<br />
e ferramentas relaciona<strong>das</strong> com a sua atividade. A ATEC<br />
estará representada no stand e disponível para esclarecer<br />
to<strong>das</strong> as dúvi<strong>das</strong> que surjam aos interessados.<br />
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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016
22<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Evento<br />
diversas palestras com alguns dos mais<br />
importantes nomes da mecânica automóvel,<br />
da mecatrónica e do aftermarket.<br />
Destaque ainda para a realização do Pit<br />
Stop by Gonçalteam, uma ação inédita e<br />
que premiará a perícia e a rapidez dos<br />
visitantes da expoMECÂNICA.<br />
n DESTAQUE À INOVAÇÃO<br />
Esta terceira edição da expoMECÂNICA<br />
terá ainda um carácter de inovação relacionada<br />
com o pós-venda automóvel.<br />
Destaque, neste particular, para a presença<br />
de duas áreas especiais. A primeira,<br />
responsabilidade da AssVolt, que apresentará,<br />
durante o certame, o modelo<br />
final de uma solução tecnológica que<br />
permite aliviar a fatura energética e a<br />
pegada ecológica <strong>das</strong> empresas que,<br />
segundo expressão dos responsáveis da<br />
empresa, “têm a (pesada) logística rodoviária<br />
às costas”. Referimo-nos ao modelo<br />
Wetruck, um sistema elétrico criado pela<br />
AddVolt, simples de usar e que, “para<br />
inúmeros operadores económicos com<br />
frotas de camiões ao serviço, mais parecerá<br />
um autêntico ‘ovo de Colombo’<br />
tecnológico”, refere a empresa em comunicado<br />
oficial. A segunda novidade,<br />
também no campo tecnológico, caberá<br />
à WALcargo. A empresa engendrou uma<br />
plataforma de pesquisa online destinada<br />
a “esbater ainda mais as fronteiras entre<br />
todos aqueles que, de uma forma moderna,<br />
ágil e desmaterializada, querem<br />
deslocar mercadorias globalmente (por<br />
via marítima, aérea ou terrestre) e contratar<br />
quem oferece o transporte melhor<br />
adaptável à medida <strong>das</strong> especificidades<br />
do serviço em causa, maximizando, assim,<br />
a oferta e a procura dos vários intervenientes”,<br />
sublinha fonte da empresa.<br />
Ambos os projetos estarão em evidência<br />
na expoMECÂNICA, especificamente<br />
no novo “Espaço UP Innovation”, uma<br />
iniciativa que contou com a parceria da<br />
UPTEC – Parque de Ciência e tecnologia<br />
da Universidade do Porto.<br />
Lista de expositores*<br />
A relevância de um evento mede-se pela quantidade e pela qualidade dos participantes. Aqui fica a lista <strong>das</strong> empresas presentes na expoMECÂNICA, entre 15 e 17 de abril<br />
A. VIEIRA<br />
ACAP<br />
ACTIVEX<br />
AFN<br />
ALIDATA<br />
ALTARODA<br />
AMPER<br />
ANECRA<br />
ANTRAM<br />
ARAN<br />
ASTRA/ALTARODA<br />
AUTO BARROS ACESSÓRIOS<br />
AUTO ELECTROCHIPS<br />
AUTOMATIC CHOICE<br />
AUTOMOCIÓN ORYX PARTS<br />
AZ AUTO<br />
BAHCO<br />
BOLAS<br />
BOSCH<br />
B-PARTS<br />
CADUTI<br />
CARDINAIS<br />
CARF<br />
CARTRACK<br />
CEPRA<br />
CETRUS<br />
COMETIL<br />
CONIEX<br />
CONVERSA DE MÃOS<br />
CRPB<br />
CUCO AUTOGÁS<br />
DEKRA<br />
DISPNAL<br />
DISTRILUBE<br />
DOMINGOS & MORGADO<br />
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INFORAP<br />
INFORTRÓNICA<br />
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INTERMACO<br />
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JABA<br />
JAO COMPONENTES USADOS<br />
JAP<br />
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JCM CONSULT, SOC. UNIP. LDA<br />
JESUS & BATISTA<br />
JF<br />
JORNAL DAS OFICINAS/REVISTA<br />
DOS PNEUS<br />
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LEATRONIC<br />
LEONET SERVIS<br />
LUSILECTRA<br />
LUSOCHAVES<br />
MACOS<br />
MASTERFLOW<br />
MASTERGÁS<br />
MASTERSENSOR<br />
MAXOLIT<br />
McNUR<br />
MCOUTINHO<br />
MEGAMUNDI<br />
MERPEÇAS<br />
MGM – MANUEL GUEDES MARTINS<br />
MORAIS & CÂMARA<br />
MOVICONTROL<br />
MTM – MOTORMÁQUINA<br />
NEOCOM<br />
NEWCAR<br />
NORBAT<br />
NORSIDER<br />
NOVATRÓNICA<br />
OCEAN FORMULA TURBO<br />
PC&C – PINTO DA COSTA & COSTA<br />
PETRONAS<br />
POLIBATERIAS<br />
PRIORIDINAMIC<br />
PRO4MATIC<br />
PROVMEC<br />
READAPT<br />
REDE INNOV<br />
REVISTA POS VENDA<br />
REVISTA TURBO OFICINA/<br />
PESADOS/PNEUS<br />
RODRIBENCH<br />
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RUBBER VULK<br />
RUBETE<br />
SAFAME COMERCIAL<br />
SCHAEFFLER<br />
SEEPMODE<br />
SOUSA DOS RADIADORES<br />
SPARKES & SPARKES<br />
STAND VIRTUAL / OLX<br />
STAR EXTRAS LINE<br />
TACHOROSETE<br />
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TECH PARTS TRADING<br />
TECNIAMPER<br />
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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016
24<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Ordem do dia<br />
Comunicação e gestão de conflitos<br />
Encontro de vontades<br />
› Os conflitos são perspetivas pessoais ou crenças diferentes sobre<br />
determinado assunto que se confrontam. Conotados como prejudiciais,<br />
podem ser salutares quando bem geridos. A ACAP tem preparada uma<br />
formação sobre esta temática, que tem na comunicação o cerne da questão<br />
Prevista para os dias 27 e 28 de abril<br />
de 2016, a formação subordinada<br />
ao tema “Comunicação e gestão<br />
de conflitos” será ministrada por João<br />
Machado Santos, psicólogo e formador<br />
da ACAP. Transversal a to<strong>das</strong> as posições<br />
hierárquicas e aos 11 setores de atividade<br />
representados pela Associação Automóvel<br />
de Portugal, que está acreditada pela<br />
DGERT (Direção-Geral do Emprego e <strong>das</strong><br />
Relações de Trabalho), esta ação pretende<br />
desmistificar a ideia (generalizada) de<br />
que os conflitos são prejudiciais. Estes,<br />
quando bem geridos, podem ser salutares,<br />
pois permitem estabelecer compromissos<br />
de modo a permitir resolver<br />
problemas de comunicação que estão<br />
na génese destas ocorrências. Mas atenção:<br />
os conflitos que se geram dentro<br />
<strong>das</strong> organizações não estão, necessariamente,<br />
relacionados com conflitos de<br />
consumo. O facto de existirem conflitos<br />
dentro <strong>das</strong> organizações não significa<br />
que eles ocorram entre essas mesmas<br />
empresas e os consumidores. Imagine<br />
duas estra<strong>das</strong> que seguem em paralelo<br />
e que nunca se cruzam...<br />
Mas, antes de mais, o que são conflitos?<br />
João Machado Santos, formador da ACAP,<br />
esclarece: “São perspetivas pessoais ou<br />
crenças diferentes sobre determinado<br />
assunto que se confrontam. Não são<br />
coisas más. Até é saudável que existam”.<br />
Na opinião do nosso interlocutor, “os<br />
conflitos dinamizam e potenciam soluções.<br />
E são positivos quando bem geridos.<br />
Mas são necessárias estratégias para<br />
lidar com eles. A solução resulta sempre<br />
de um compromisso assumido entre as<br />
partes. E existem várias estratégias de<br />
resolução de conflitos”.<br />
n SABER COMUNICAR É ESSENCIAL<br />
Nos conflitos, estão identifica<strong>das</strong> três<br />
abordagens diferentes no tempo. A primeira,<br />
tradicional, evitava-o a todo o<br />
custo (o conflito era como que “estancado”).<br />
Depois, seguiu-se uma abordagem<br />
de relações humanas (o conflito era<br />
gerido em função dos perfis dos intervenientes).<br />
Hoje, existe uma abordagem<br />
“interacionista”, em que os conflitos são<br />
vistos como saudáveis. Mas sempre numa<br />
perspetiva de gestão, de modo a aproximar<br />
posições e a estabelecer compromissos.<br />
De acordo com João Machado<br />
Santos, “detetar necessidades formativas<br />
para quem não é técnico, resulta quase<br />
num ato meramente administrativo. É<br />
preciso haver formação adequada a cada<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
l Data | 27 e 28 de abril de 2016<br />
l Local | sede da ACAP (Lisboa)<br />
l Horário | 9h30 às 18h00<br />
l Duração | 14 horas<br />
l Mínimo de participantes: 8<br />
l Máximo de participantes: 15<br />
l Formador: João Machado<br />
Santos<br />
l Inscrições | 213 035 300<br />
mail@acap.pt | www.acap.pt<br />
l Destinatários | chefias<br />
intermédias, gestores e outros<br />
colaboradores<br />
l Objetivos | identificar as<br />
fases, códigos e objetivos<br />
da comunicação; aumentar<br />
a fidelização dos clientes;<br />
comunicar eficazmente; diminuir<br />
a conflitualidade<br />
l Metodologia da formação |<br />
alternância de exposições teóricas<br />
com exercícios práticos<br />
l Modalidade da formação |<br />
contínua e de atualização<br />
l Forma de organização |<br />
presencial<br />
l Metodologia de avaliação<br />
| avaliação da eficácia e da<br />
eficiência da formação; avaliação<br />
de diagnóstico; avaliação da<br />
reação<br />
l Conteúdo programático |<br />
o que é comunicar; códigos na<br />
comunicação; imagem de marca,<br />
a arma da comunicação; objetivos<br />
da comunicação; códigos na<br />
comunicação; modelo e estrutura<br />
de comunicação; fidelidade<br />
na comunicação; elementos<br />
na comunicação; elementos na<br />
aprendizagem; a importância<br />
do “ponto de vista”; a empatia<br />
na comunicação eficaz; origem<br />
da linguagem; a importância da<br />
comunicação no ato da venda<br />
necessidade. Muitas vezes, as empresas<br />
só estão preocupa<strong>das</strong> com as 35 horas<br />
de formação por ano de modo a darem<br />
cumprimento ao que está consagrado<br />
no Código do Trabalho (art.° 131)”.<br />
Algo de que o nosso interlocutor não<br />
tem dúvi<strong>das</strong> é <strong>das</strong> diferentes atitudes<br />
adota<strong>das</strong> pelos intervenientes perante<br />
os conflitos: “Podem ceder (atitude passiva)<br />
ou confrontar (disputar a situação<br />
para arranjar um ganhador). Sem que<br />
nenhuma <strong>das</strong> partes fique a ganhar e a<br />
outra a perder. Se ambas não ficarem a<br />
ganhar, então o conflito não ficou resolvido<br />
e é potenciado”. Contudo, é difícil<br />
aferir o resultado final. Carece de verificação<br />
junto da empresa. Mas importa<br />
ter em conta que, numa comunicação,<br />
55% resulta da comunicação verbal e 7%<br />
da oral, ficando os remanescentes 38%<br />
a dever-se à entoação”.<br />
Para gerir conflitos, é absolutamente<br />
fundamental a comunicação, que é a<br />
“ferramenta” número um para minimizá-<br />
-los. O problema é que, na maior parte<br />
<strong>das</strong> vezes, a comunicação não existe. Seja<br />
vertical, horizontal ou transversal. João<br />
Machado Santos dá um exemplo: “O facto<br />
de estarmos a debitar palavras, não quer<br />
dizer que estejamos a comunicar. É preciso<br />
que quem nos ouça consiga captar<br />
a mensagem dando retorno do que entendeu,<br />
caso contrário não há comunicação.<br />
E, por vezes, é isto que acontece<br />
nas organizações: instruções, ordens,<br />
pareceres e indicações que são da<strong>das</strong> e<br />
que não são capta<strong>das</strong> por quem deveria<br />
tê-las recebido. Quando assim é, o conflito<br />
está instalado”.<br />
Abril I 2016<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016
26<br />
Tecnologia<br />
Sistema híbrido Toyota<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
POR DEBAIXO DO NOVO PRIUS<br />
Motor 1.8 VVT-i<br />
O novo Prius conserva o motor 1.8<br />
VVT-i a gasolina, que funciona segundo<br />
o ciclo Atkinson. Todavia, o<br />
bloco foi totalmente revisto de<br />
forma a conseguir ser ainda mais<br />
económico. A combustão foi melhorada<br />
e os atritos internos reduzidos.<br />
O sistema de arrefecimento<br />
é de duplo circuito. A eficiência<br />
térmica passa a ser de 40%, acima<br />
dos habituais 33% dos motores a<br />
gasolina.<br />
› O pioneiro dos veículos híbridos comemora, este ano, o seu 19.° Aniversário. A melhor forma de<br />
apagar as velas deste icónico modelo é através do lançamento de uma quarta geração, inteiramente<br />
nova. O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> dá-lhe conta, nestas páginas, do que mudou por debaixo da estética<br />
pouco consensual deste Toyota<br />
Por: José Silva<br />
A<br />
“nova” Toyota, que deverá entrar<br />
na sua plenitude em 2020, é lançada<br />
agora, em 2016. Ano em que<br />
estreia a plataforma TNGA (Toyota New<br />
Global Architecture), que terá diversas<br />
variantes para acomodar vários modelos<br />
de dimensões distintas. Trata-se de uma<br />
nova filosofia de construção que vai fazer<br />
descer, drasticamente, as 100 versões<br />
diferentes de plataformas que a marca<br />
japonesa utiliza atualmente. O primeiro<br />
modelo a beneficiar da nova arquitetura<br />
é o Prius.<br />
Segundo a Toyota, a nova TNGA reclama<br />
vantagens em caso de colisão, com uma<br />
melhor distribuição dos impactos nos<br />
embates, de peso e em aumento de rigidez<br />
torcional, que chega aos 60%. Para<br />
além de tudo isto, no Prius, a nova plataforma<br />
ainda conseguiu baixar a carroçaria<br />
em 20 mm, baixar a posição de<br />
condução em 56 mm e, no fundo, baixar<br />
a posição de todos os componentes<br />
mecânicos, ou seja, o centro de gravidade<br />
está, também, mais perto do solo, permitindo<br />
uma melhoria na dinâmica do<br />
novo Prius. O coeficiente de penetração<br />
aerodinâmica é de 0,24.<br />
Esteticamente pouco consensual, este<br />
modelo tem o objetivo de não deixar<br />
qualquer dúvida de que pertence a uma<br />
nova geração. Mas o novo Prius é 60 mm<br />
mais comprido e 15 mm mais largo do<br />
que o anterior. Assim, a Toyota anuncia<br />
um consumo de 3 l/100 km e emissões<br />
de CO2 de 70 g/km. Tudo para que a<br />
pegada ambiental seja a menor possível.<br />
Nos esquemas que se seguem, saiba o<br />
que mudou na quarta geração do mais<br />
popular híbrido do mercado.<br />
Plataforma TNGA<br />
Como se dividem<br />
os componentes do novo Prius<br />
O novo Prius será o primeiro modelo<br />
da Toyota a utilizar a variante mais pequena<br />
da nova plataforma TNGA, neste<br />
caso adaptada a um híbrido. O segundo<br />
modelo será o CH-R, o novo SUV que a<br />
marca japonesa apresentou em Genebra,<br />
e que terá, também, uma versão<br />
híbrida com base neste sistema do Prius.<br />
1 O comando eletrónico do sistema<br />
híbrido é 20% mais eficiente e 33% mais<br />
pequeno do que o da geração anterior.<br />
2 O motor elétrico debita 72 cv, viu<br />
o seu peso ser reduzido em 20% e tem<br />
menos 20% de per<strong>das</strong>.<br />
3 A bateria, mais pequena, surge<br />
agora recolocada sob o banco traseiro,<br />
mesmo à frente do depósito de gasolina.<br />
Esta nova posição permitiu aumentar<br />
a bagageira em 56 litros e baixar a<br />
altura da tampa da mala em 55 mm. O<br />
piso da bagageira foi colocado numa<br />
posição 110 mm mais baixa.<br />
4 A suspensão traseira é independente<br />
e tem quatro braços por roda.<br />
5 O centro de gravidade desceu.<br />
A nova plataforma conseguiu baixar a<br />
carroçaria e a aerodinâmica melhorou<br />
Abril I 2016<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
27<br />
Unidade de<br />
controlo<br />
A unidade de controlo de todo o sistema<br />
(PCU), foi inteiramente redesenhada. É<br />
33% mais pequena, 6% mais leve e consegue<br />
menos 20% de per<strong>das</strong> elétricas.<br />
Esta PCU é o “coração” do novo Prius,<br />
encontrando-se no seu interior o booster<br />
inversor, um conversor DC/DC para<br />
potência auxiliar e a unidade de controlo<br />
eletrónico que gere os moto-geradores.<br />
Em vez de uma correia de alternador, o<br />
novo Prius utiliza um conversor DC/DC<br />
para recarregar a bateria convencional<br />
de 12 Volt a partir da bateria de alta<br />
voltagem.<br />
Direção assistida elétrica<br />
A Toyota aproveitou para recalibrar a direção assistida elétrica. As alterações<br />
centraram-se que no hardware quer no software do sistema, cujas<br />
mudanças foram combina<strong>das</strong> com a nova plataforma do veículo, baixo<br />
centro de gravidade e suspensão dianteira. Contempla um novo motor<br />
elétrico que fornece assistência extra à direção sempre que for necessário,<br />
para que a leveza seja uma constante nas manobras urbanas.<br />
Bateria de Níquel<br />
A bateria viu o seu tamanho ser reduzido em 10% e a capacidade<br />
de recarga aumentar 28%. Em alguns mercados, é utilizada uma<br />
bateria de Lítio. Na Europa, não é necessário. A bateria de hidreto<br />
metálico-níquel (NiMH) é mais compacta, logo pode ser “arrumada”<br />
debaixo do banco traseiro, evitando-se, desta forma, qualquer intrusão<br />
no espaço da bagageira. O sistema de refrigeração da bateria<br />
foi totalmente redesenhado e está mais eficaz.<br />
Programa de Cobertura Extra da Bateria<br />
Para um modelo híbrido, um serviço híbrido<br />
l Os componentes do sistema híbrido<br />
do novo Prius, tal como já acontecia no<br />
modelo da anterior geração têm, à exceção<br />
da bateria, uma garantia do fabricante<br />
de 5 anos ou 160.000 km (o que<br />
ocorrer primeiro). A bateria, por sua vez,<br />
Transmissão<br />
A Toyota mantém o trem epicicloidal, mas o conjunto está, agora, 47 mm mais pequeno.<br />
As per<strong>das</strong> mecânicas foram reduzi<strong>das</strong> em 20%. Este conjunto da caixa aloja quatro componentes:<br />
dois moto-geradores elétricos (MG1 e MG2), uma engrenagem planetária e<br />
uma engrenagem redutora para a relação final da caixa. O MG1 funciona como gerador,<br />
convertendo qualquer energia extra do motor a combustão em eletricidade, que entretanto<br />
é armazenada na bateria. Funciona ainda como motor de arranque. Já o MG2,<br />
funciona como gerador quando o veículo está em modo de travagem regenerativa. É o<br />
principal auxiliar do novo Prius no arranque a baixas velocidades e em modo elétrico.<br />
tem uma garantia do fabricante de 5<br />
anos ou 100.000 km. Contudo, se a viatura<br />
passar no teste do sistema híbrido,<br />
é elegível para o Programa de Cobertura<br />
Extra da Bateria por um período de mais<br />
1 ano ou 15.000 km (o que ocorrer primeiro).<br />
Esta cobertura do sistema híbrido<br />
pode ser renovada anualmente até ao<br />
10.° ano de vidado veículo (a contar<br />
desde a data de início de garantia), salvo<br />
as viaturas utiliza<strong>das</strong> como Táxi, que<br />
estão limita<strong>das</strong> a cinco renovações.<br />
Novas jantes<br />
e pneus<br />
Na tentativa de reduzir ainda mais o<br />
peso do conjunto, foram desenvolvi<strong>das</strong><br />
novas jantes de liga leve, que se coadunam<br />
com a renovada suspensão do<br />
Toyota. As jantes de 15” são 30% mais<br />
rígi<strong>das</strong> e 12,7 mm mais largas. As jantes<br />
de 17” têm um novo composto de resina,<br />
que é utilizado na sua produção,<br />
e conseguem ser 0,7 kg mais leves do<br />
que as jantes de 17” do Prius anterior.<br />
Neste caso, conseguiu reduzir-se o peso<br />
suspenso. Em termos de pneus, o novo<br />
Prius passa a utilizar, dependendo da<br />
versão, três modelos da Bridgestone:<br />
Ecopia EP150, Ecopia EP422 Plus ou<br />
Turanza T002.<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016
28<br />
Entrevista<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
MÓNICA ALVES<br />
Responsável da AutoCrew<br />
O nosso âmbito internacional<br />
é uma vantagem competitiva<br />
› Mónica Alves, responsável da AutoCrew, lidera, atualmente, a expansão da rede para Espanha.<br />
Em entrevista ao nosso jornal, afirma que o âmbito internacional da marca é uma vantagem competitiva<br />
Por: Jorge Flores<br />
São tempos expansionistas aqueles<br />
que vive a AutoCrew. A rede de<br />
oficinas é parte do universo Bosch<br />
desde 2009, ano em que esta última<br />
adquiriu a AutoCrew GmbH. Uma jogada<br />
de sucesso e que permitiu alargar, consolidar<br />
e sistematizar os conceitos de<br />
uma rede, atualmente, com mais de 1.000<br />
oficinas, distribuí<strong>das</strong> por 14 países europeus.<br />
Em Portugal, a AutoCrew está<br />
presente desde 2013. O objetivo, segundo<br />
adianta Mónica Alves, responsável<br />
da rede, ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, será<br />
apresentar sempre uma oferta “atrativa<br />
e competitiva, suportada através do<br />
apoio técnico e comercial da Bosch”.<br />
A aliança, de resto, traduz-se na “disponibilização<br />
de equipamento tecnologicamente<br />
avançado, incorporando<br />
sistemas de software de informação<br />
técnica, formação especializada e regular<br />
dos profissionais <strong>das</strong> oficinas, logística<br />
eficaz de peças, imagem corporativa mais<br />
atrativa, apoio técnico e suporte empresarial<br />
e ainda diversas ferramentas de<br />
marketing para uma comunicação mais<br />
eficaz”, diz, em entrevista, Mónica Alves,<br />
numa altura em que lidera a expansão<br />
da rede para o mercado espanhol.<br />
Como define o vosso conceito de rede?<br />
O conceito AutoCrew é, assumidamente,<br />
um conceito multimarca e multiserviços.<br />
quanto fabricante líder de sistemas e<br />
peças para o automóvel é, também, uma<br />
mais-valia para a qualidade, segurança<br />
e inovação do conceito.<br />
Quantas oficinas fazem parte da<br />
rede, atualmente, e qual o objetivo<br />
para o futuro?<br />
Atualmente, estão na rede portuguesa<br />
cerca de 45 oficinas e esperamos ultrapassar<br />
as 60 até ao final deste ano.<br />
Quais os critérios necessários para<br />
uma oficina poder entrar na rede<br />
AutoCrew?<br />
Juntar-se à rede AutoCrew significa<br />
comprometer-se com padrões de qualidade<br />
que resultam <strong>das</strong> expectativas e<br />
requisitos dos seus próprios clientes. Para<br />
tornar-se parceiro AutoCrew, a oficina<br />
deve submeter-se ao processo de candidatura,<br />
no qual avaliaremos o seu desempenho,<br />
tendo em conta as suas<br />
competências técnicas e comerciais, o<br />
compromisso com os padrões e requisitos<br />
de qualidade e serviço AutoCrew,<br />
instalações, organização, serviços prestados,<br />
equipamentos e ferramentas oficinais.<br />
E, não menos importante,<br />
considerando a vertente empreendedora<br />
do próprio parceiro e o seu desejo de<br />
construir uma atividade forte e orientada<br />
a longo prazo.<br />
Os parceiros da AutoCrew beneficiam do<br />
conhecimento e da experiência da Bosch<br />
Assenta numa forte parceria suportada<br />
pelo apoio da rede internacional Bosch,<br />
de reconhecida qualidade, dinâmica e<br />
em crescimento. A AutoCrew tem por<br />
base um modelo de negócio fundamentado<br />
no empreendedorismo e na competência<br />
técnica, orientado para o cliente,<br />
com peças e serviços de alta qualidade<br />
e uma organização oficinal eficiente. A<br />
vasta experiência da marca Bosch en-<br />
Quais os principais benefícios e mais-<br />
-valias que uma oficina independente<br />
pode ter ao aderir à rede AutoCrew?<br />
Uma <strong>das</strong> suas vantagens competitivas<br />
do conceito AutoCrew é o seu âmbito<br />
internacional, em constante expansão,<br />
tanto pela imagem que oferece no mercado<br />
(confiança), como pelas sinergias<br />
que se podem criar ao nível de serviços<br />
e ações. Uma oficina independente que<br />
adira à rede AutoCrew passa, desde logo,<br />
a beneficiar da experiência e suporte da<br />
Bosch, líder mundial de sistemas e peças<br />
para o automóvel, equipamento oficinal<br />
Abril I 2016<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
29<br />
500 oficinas em 2020<br />
À conquista<br />
de Espanha<br />
e serviços. Ao fazer parte da nossa rede,<br />
a oficina tem a possibilidade de aumentar<br />
a sua capacidade técnica através de<br />
um programa completo de formação<br />
certificada e de uma linha de assistência<br />
técnica. Destaco ainda as ferramentas<br />
de marketing desenvolvi<strong>das</strong> para uma<br />
comunicação mais eficaz e atrativa na<br />
fidelização e captação de novos clientes.<br />
Por outro lado, disponibilizamos um<br />
programa de gestão de qualidade AutoCrew,<br />
que inclui auditorias de qualidade,<br />
manuais, procedimentos, formação<br />
empresarial online e presencial, com o<br />
objetivo de melhorar a eficiência de processos<br />
e de prestar um serviço que vá<br />
ao encontro <strong>das</strong> necessidades e expectativas<br />
dos clientes. Para a AutoCrew, um<br />
dos principais benefícios de pertencer<br />
a uma rede como a nossa é ter acesso a<br />
estas ferramentas, que permitem aumentar<br />
a capacidade <strong>das</strong> oficinas na prestação<br />
de assistência a qualquer marca ou<br />
modelo de veículo e, consequentemente,<br />
aumentar-lhes o seu volume de negócios.<br />
Qual o papel dos distribuidores<br />
Bosch no desenvolvimento da rede<br />
AutoCrew?<br />
São os nossos parceiros de negócio e,<br />
Em Portugal, atualmente,<br />
a rede AutoCrew é<br />
composta por 45 oficinas.<br />
Até ao final do ano, o<br />
objetivo é alcançar um<br />
número de parceiros<br />
mais redondo: 60!<br />
por isso, assumem um papel crucial no<br />
desenvolvimento e sucesso da rede. Os<br />
distribuidores Bosch dão corpo à parceria<br />
suportada pelo apoio de uma rede<br />
internacional de grande qualidade, dinâmica<br />
e em crescimento permanente.<br />
Corporizam, ainda, um modelo de negócio<br />
sólido, assente no empreendedorismo<br />
e na competência técnica, através<br />
da distribuição de peças, equipamentos<br />
e serviços Bosch de alta qualidade para<br />
uma organização oficinal eficiente.<br />
Recentemente, lançaram a página<br />
oficial da AutoCrew no Facebook.<br />
Qual a importância <strong>das</strong> redes sociais<br />
para o desenvolvimento da rede?<br />
Num mundo cada vez mais digital, é<br />
importante estar presente nas plataformas<br />
onde os nossos potenciais clientes<br />
nos possam procurar. Por outro lado, esta<br />
é uma forma mais eficiente de divulgarmos<br />
as nossas campanhas, informações<br />
e novidades. Além de que as redes sociais<br />
permitem-nos estar mais perto dos nossos<br />
parceiros, promover e divulgar os<br />
seus serviços e comunicar novas adesões<br />
à rede. Esta é, sem dúvida, uma forma<br />
absolutamente transparente e de acesso<br />
simples a quem nos procura.<br />
l Um dos grandes objetivos atuais<br />
da AutoCrew é expandir-se em Espanha.<br />
A coordenação desta empreitada<br />
no país vizinho pertence<br />
a Mónica Alves. E as expectativas<br />
são eleva<strong>das</strong>, como a responsável<br />
deixou evidente. “No mercado espanhol,<br />
esperamos alcançar 500<br />
oficinas em quatro anos. Sabemos<br />
que os nossos objetivos são ambiciosos,<br />
mas acreditamos que a rede<br />
AutoCrew é forte o suficiente para<br />
cumprir o que pretendemos”, sustenta<br />
Mónica Alves.<br />
Além da experiência positiva que<br />
tem sido a presença no mercado<br />
lusitano, “é um conceito já consolidado<br />
em diferentes países, que<br />
pretende satisfazer as necessidades<br />
<strong>das</strong> oficinas que atuam no segmento<br />
médio de mercado. Segmento este<br />
que tem ainda o maior potencial de<br />
crescimento, o que reforça a nossa<br />
forte convicção no sucesso da rede<br />
no mercado espanhol”, sublinha a<br />
mesma fonte. Além disso, acrescenta,<br />
“antes de lançarmos o conceito<br />
neste mercado, a Bosch<br />
realizou um estudo independente<br />
a oficinas, que revelou uma oportunidade<br />
e espaço para o lançamento<br />
de uma nova rede”.<br />
Refira-se, a propósito, que uma <strong>das</strong><br />
principais conclusões deste estudo<br />
foi a de que “a oficina valorizava a<br />
adesão a uma rede internacional e<br />
vinculada a um fabricante de peças<br />
e sistemas para o automóvel”, explica<br />
a responsável do conceito AutoCrew<br />
ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>.<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016
30<br />
Entrevista<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
LEIGH DAVIES<br />
Diretor de Marketing e Comunicação da Comline<br />
Pretendemos aumentar<br />
a nossa notoriedade<br />
› Ativa no mercado português há cerca de sete anos, a Comline quer aumentar<br />
a sua notoriedade no nosso país. Disso mesmo deu-nos conta Leigh Davies,<br />
diretor de marketing e comunicação da empresa britânica<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Perfil<br />
Embora tenha saído da<br />
faculdade sem nenhuma<br />
perspetiva concreta de carreira,<br />
à semelhança do que acontece<br />
com inúmeros estudantes<br />
depois de terminarem os seus<br />
cursos, Leigh Davies ouviu os<br />
sábios conselhos do seu pai e<br />
decidiu seguir a sua paixão,<br />
enveredando por uma carreira<br />
na indústria do golfe. Primeiro,<br />
como jogador, o que não lhe<br />
correu, de todo, de feição.<br />
Depois, ao ter sido chamado<br />
para uma entrevista pela<br />
Acushnet Europe, Ltd., Leigh<br />
Davies ingressou na Titleist, que<br />
lhe permitiu, até maio de 2013,<br />
continuar ligado à indústria do<br />
golfe durante cerca de uma<br />
década, ainda que numa outra<br />
perspetiva. Depois de sair da<br />
Titleist, chegou à Comline para<br />
desempenhar a função de<br />
diretor de marketing e comunicação<br />
da empresa britânica.<br />
A<br />
caminho do seu quarto século<br />
de existência, a Comline é um<br />
caso de sucesso (rápido) no panorama<br />
do aftermarket. A sua postura<br />
pode ser very british, mas o rigor que rege<br />
a sua atividade, esse, tem a precisão de<br />
um relógio suíço. E, depois, importa adicionar<br />
a qualidade, que está na génese<br />
da sua gama de produtos, e o modelo<br />
de negócio low cost, que lhe permite<br />
tomar opções estratégicas inteligentes.<br />
O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Oficias esteve à conversa<br />
com Leigh Davies, diretor de marketing<br />
e comunicação da Comline, que fez revelações<br />
curiosas e elencou os objetivos<br />
previstos para 2016.<br />
Que balanço faz dos mais de 20 anos<br />
de atividade da Comline e quais considera<br />
serem os momentos mais marcantes<br />
da empresa?<br />
A Comline celebrará o seu 25.° Aniver-<br />
sário no final deste ano. Tem sido uma<br />
jornada incrível até agora. Temos crescido<br />
para nos tornarmos numa <strong>das</strong> marcas<br />
do aftermarket automóvel na Europa<br />
com mais rápida ascensão. Existiram<br />
tantos momentos marcantes ao longo<br />
do percurso e tantas pessoas incríveis,<br />
funcionários e clientes, que todos inscreveram<br />
os seus nomes na história<br />
Comline no último quarto de século. Se<br />
tivesse de eleger apenas um momento,<br />
seria o dia em que recebemos a nossa<br />
primeira encomenda de exportação.<br />
Como está estruturada a Comline, no<br />
que toca a recursos humanos e instalações?<br />
O centro principal de atividade da empresa<br />
é a nossa sede, situada em Luton,<br />
no Reino Unido. Temos muito orgulho em<br />
ser uma marca independente, very british.<br />
E tal encontra-se refletido em todos os<br />
nossos departamentos, a começar pelo<br />
diretivo. Os produtos Comline são introduzidos<br />
no mercado a partir de um grande<br />
centro de distribuição, que opera 24 horas<br />
por dia e sete dias por semana para<br />
dar resposta aos clientes europeus. E não<br />
só. Nos últimos anos, a nossa estratégia<br />
expansionista levou-nos a criar subsidiárias<br />
na Grécia (Comline Hellas) e em Espanha<br />
(Comline Ibérica). Todos os outros<br />
mercados são servidos por empresas<br />
independentes, que atuam como distribuidores<br />
Comline para regiões específicas.<br />
Como é composta a gama de produtos<br />
Comline para o aftermarket?<br />
A Comline foi estabelecida como marca<br />
para o aftermarket e não temos qualquer<br />
intenção de alterá-la. O nosso negócio<br />
é abastecer o aftermarket com produtos<br />
de qualidade, fiáveis e ao melhor preço.<br />
Foi este pacote “melhor dos dois mundos”<br />
que forneceu a plataforma para o nosso<br />
sucesso. Proporcionar value for money é<br />
um dos pilares onde assenta a estratégia<br />
da Comline.<br />
Abril I 2016<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
31<br />
Quais são os produtos mais preponderantes<br />
na vossa gama?<br />
Dispomos de uma presença forte em<br />
diversas gamas de produtos, mas o nosso<br />
core business são os filtros e as pastilhas de<br />
travão. Entre óleo, ar, combustível e habitáculo/carbono,<br />
temos mais de 1.700 referências<br />
de filtros. Em simultâneo, o nosso<br />
disco de travão é um dos produtos com<br />
certificação ECE R90, que estão disponíveis<br />
para o aftermarket. Nas peças para direção<br />
e suspensão, a Comline tem vindo a assumir<br />
cada vez maior protagonismo.<br />
Estão previstos novos produtos ou<br />
serviços para este ano?<br />
As gamas de produtos da Comline nunca<br />
estagnam. O mercado está em constante<br />
evolução e a nossa equipa de desenvolvimento<br />
assegura que cada categoria de<br />
que dispomos esteja constantemente<br />
atualizada e vá ao encontro <strong>das</strong> necessidades<br />
dos clientes. Em 2016, já introduzimos<br />
os discos de travão revestidos, que<br />
substituíram os discos standard. O que<br />
foi, sem dúvida, uma grande evolução,<br />
uma vez que estes novos discos conferem<br />
uma aparência mais premium, resistem<br />
melhor à corrosão e não necessitam de<br />
grandes operações de limpeza. Em breve,<br />
adicionaremos ao nosso portefólio de<br />
produtos os kits de rolamento de roda.<br />
Como chegam os produtos Comline<br />
ao mercado português?<br />
Em Portugal, a Comline faz chegar os<br />
seus produtos aos clientes através de um<br />
pequeno e seleto grupo de distribuidores<br />
nomeados, que estão geograficamente<br />
repartidos para garantir a<br />
cobertura de todo o território. A Comline<br />
tem estado ativa no mercado português<br />
há praticamente sete anos, onde tem<br />
vindo a crescer sucessivamente.<br />
O que vos distingue da concorrência?<br />
A Comline é uma marca independente,<br />
privada e britânica. Não somos vistos<br />
como um número para os acionistas nem<br />
somos controlados por nenhuma empresa-mãe,<br />
o que nos permite estar focados<br />
em dar resposta aos clientes. Num<br />
mercado onde as relações comerciais são<br />
desleais, os preços são obsessão e a deturpação<br />
vigora, a Comline orgulha-se<br />
da ética que rege a sua atividade e de<br />
poder defender os verdadeiros interesses<br />
do aftermarket.<br />
Têm intenção de fazer algo mais para<br />
elevar a vossa reputação em Portugal?<br />
Acreditamos que a nossa reputação em<br />
Portugal é forte mas também temos<br />
consciência de que parte do mercado<br />
não conhece a Comline nem aquilo que<br />
ela tem para oferecer. O nosso objetivo<br />
passa por continuar a apoiar a rede de<br />
distribuição de que dispomos, para que<br />
a imagem de marca possa ser cada vez<br />
mais conhecida. A parceria que estabelecemos<br />
com o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> é um<br />
excelente exemplo de como estamos a<br />
apostar forte no marketing e a desenvolver<br />
atividades de divulgação da marca<br />
em Portugal.<br />
Que tipo de apoio prestam aos vossos<br />
parceiros no que toca a informação<br />
técnica e marketing?<br />
A Comline opera segundo uma política<br />
de proximidade com os distribuidores<br />
portugueses, de modo a prestar-lhes todo<br />
o apoio de marketing e merchandising<br />
necessários que lhes permita potenciar<br />
os seus negócios e, consequentemente,<br />
os da marca.<br />
É sabido que as margens têm vindo a<br />
diminuir nas peças. Em que medida<br />
pode a Comline recuperá-las?<br />
O modelo de negócio da Comline está<br />
pensado para criar valor junto do aftermarket.<br />
Com os nossos produtos, os<br />
parceiros, qualquer que seja o nível da<br />
cadeia de valor em que se encontrem,<br />
têm a oportunidade de manter margens<br />
interessantes enquanto fornecerem produtos<br />
em que os clientes possam confiar,<br />
com qualidade, fiabilidade e desempenho<br />
consistentes.<br />
Qual considera ser a principal inovação<br />
da Comline?<br />
Seria expectável que citasse exemplos<br />
de produtos. Contudo, no que à inovação<br />
diz respeito, prefiro destacar o nosso<br />
modelo de negócio único, que é, sem<br />
dúvida, a nossa maior inovação e o segredo<br />
que está na base do nosso sucesso.<br />
O modelo de negócio low cost de que<br />
dispomos traz desafios, claro, mas permite-nos<br />
oferecer value for money. Na<br />
prática, isto significa encontrar soluções<br />
inteligentes. Como, por exemplo, a redução<br />
de custos através da disponibilização<br />
de catálogos em formato digital<br />
em vez de suporte de papel.<br />
Como analisa a perceção que o mercado<br />
tem da Comline?<br />
Acredito que a Comline tem elevada<br />
reputação em Portugal mas muitos negócios<br />
ligados ao aftermarket ainda não<br />
estão atentas à nossa marca. Mas isto é<br />
algo em que estamos a trabalhar afincadamente.<br />
De uma forma geral, também<br />
acredito que os produtos da Comline não<br />
têm a atenção que merecem. O facto de<br />
estarmos focados em oferecer value for<br />
money pode, por vezes, ofuscar a qualidade<br />
inerente ao produto em si. As nossas<br />
pastilhas de travão são dos melhores<br />
exemplos que traduzem o compromisso<br />
que a marca assumiu com a qualidade.<br />
Qual foi o desempenho da Comline<br />
no ano passado em Portugal e em outros<br />
mercados?<br />
A Comline tem vindo a registar um<br />
crescimento do seu negócio em praticamente<br />
todos os mercados onde está<br />
presente, incluindo Portugal. O ano passado<br />
não foi exceção. O que nos confere<br />
total legitimidade para reivindicar o<br />
estatuto de uma <strong>das</strong> marcas de componentes<br />
automóvel com crescimento mais<br />
rápido na Europa.<br />
Que objetivos pretendem atingir em<br />
Portugal no ano de 2016?<br />
Aquilo que pretendemos é, essencialmente,<br />
aumentar a notoriedade da marca<br />
e o reconhecimento da mesma por parte<br />
do mercado. Consideramos que tal é de<br />
importância fulcral para que o volume<br />
de negócios da Comline possa aumentar<br />
este ano e nos seguintes, sempre através<br />
dos parceiros (distribuidores), aos quais<br />
prestamos total apoio.<br />
É difícil crescer em Portugal? Que<br />
análise faz do aftermarket nacional?<br />
Através da política de proximidade que<br />
estabelecemos com os nossos parceiros,<br />
traçámos o perfil correto do mercado<br />
português, onde acreditamos que existem<br />
oportunidades para crescer. Com a<br />
gama de produtos de que dispomos e<br />
o valor justo que praticamos, bastará<br />
aumentar a nossa notoriedade para que<br />
as oficinas depositem em nós a confiança<br />
necessária que nos permita continuar a<br />
crescer. Sempre, claro está, em conjunto<br />
com os nossos distribuidores.<br />
Comline<br />
Confiança<br />
e qualidade<br />
numa simbiose<br />
perfeita<br />
l A caminho dos seus 25 anos, a<br />
Comline Auto Parts Ltd., sediada na<br />
cidade de Luton, Bedfordshire, Reino<br />
Unido, afirma-se como uma empresa<br />
orgulhosamente britânica. Foi criada<br />
para abastecer o aftermarket independente<br />
com peças de qualidade e<br />
faz da excelência do serviço ao cliente<br />
o seu modus operandi, tendo desenvolvido<br />
um simplificado modelo de<br />
negócio low cost.<br />
O armazém, de 13.000 m 2 , dá resposta<br />
às crescentes necessidades do<br />
mercado europeu e alberga 7.500<br />
referências disponíveis diariamente,<br />
encontrando-se 95% delas em stock.<br />
E como a Comline opera num regime<br />
24/7 (24 horas por dia, sete dias por<br />
semana), o material pode ser rececionado<br />
no período noturno, o que<br />
permite que o dia possa ser utilizado<br />
para fazer levantamentos e envios de<br />
encomen<strong>das</strong> para clientes. É no centro<br />
da Europa que a Comline e a sua<br />
marca de pastilhas de travão, Allied<br />
Nippon, são mais fortes. A empresa<br />
de Luton abriu, aliás, subsidiárias na<br />
Grécia (Comline Hellas) e, mais recentemente,<br />
em 2013, em Espanha<br />
(Comline Ibérica).<br />
O portefólio da Comline inclui filtros,<br />
peças para sistemas de travagem,<br />
peças para suspensão, kits de embraiagem,<br />
bombas de água, juntas<br />
homocinéticas, escovas limpa-vidros<br />
e óleos. Todos os produtos estão<br />
abrangidos por uma garantia de três<br />
anos ou 60.000 km contra defeitos<br />
de fabrico (o que ocorrer primeiro).<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016
32<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Teste aos discos de travão para Subaru Impreza WRX<br />
Blue Print identifica diferenças<br />
No fabrico dos discos de travão, uma <strong>das</strong> técnicas utiliza<strong>das</strong> para baixar os custos de produção passa por diminuir a quantidade<br />
de material utilizado. A Blue Print mostra que existem diferenças nos preços porque há diferenças na produção<br />
Imagem: ©APComunicação<br />
Muitas vezes, a competitividade <strong>das</strong><br />
marcas advém de cortes que são<br />
feitos no processo de fabrico dos seus produtos,<br />
podendo comprometer-se a sua<br />
performance e qualidade. Além de que, no<br />
caso da travagem, compromete-se, também,<br />
a segurança na condução, uma vez<br />
que o sistema de travagem poderá deixar<br />
de responder como seria expectável.<br />
A diminuição de custos na produção é,<br />
sem dúvida, o meio através do qual se<br />
pode ser mais competitivo. No que diz<br />
respeito aos discos de travão, uma <strong>das</strong><br />
técnicas utiliza<strong>das</strong> para baixar custos de<br />
produção é diminuir a quantidade de material<br />
utilizado na sua produção. Com esta<br />
redução de material utilizado, diminui-se<br />
também, o peso e a dimensão do disco.<br />
A Blue Print fez um teste aos discos<br />
de travão para o Subaru Impreza WRX,<br />
comparando-os com a origem e com<br />
um concorrente. A escolha deste disco<br />
prende-se com o facto de o Subaru em<br />
questão ser um veículo de alta performance,<br />
sendo expectável é que os seus<br />
discos de travão resistam a travagens mais<br />
intensas e prolonga<strong>das</strong> do que as que são<br />
feitas num veículo “normal”.<br />
O mais importante a considerar nos<br />
discos de travão é a sua capacidade de<br />
dissipar, o mais rapidamente possível, o<br />
calor para e pelas áreas corretas. Ao lado,<br />
está um exemplo representado através de<br />
Disco de Travão da marca (...XYZ) Placas<br />
de fricção mais finas, barreiras de<br />
passagem de calor menores assim como a<br />
altura do “chapéu”<br />
Disco de Travão da Blue Print<br />
Disco de Travão da Origem<br />
desenhos técnicos, em que uma marca<br />
usou menos matéria-prima na produção<br />
do seu disco.<br />
Os discos com as características modifica<strong>das</strong><br />
são, geralmente, mais baratos, mas,<br />
muitas vezes, não têm nem a mesma força<br />
nem a mesma eficiência térmica.<br />
Como é possível ver no desenho técnico,<br />
o aumento do intervalo de ar entre as<br />
placas de fricção não significa, necessariamente,<br />
um aumento de arrefecimento.<br />
Aliás, o oposto é que pode ser verdade.<br />
Veja-se que uma placa de fricção mais fina<br />
terá menos metal para absorver e dissipar<br />
o calor, aumentando a possibilidade de<br />
sobreaquecimento, de fadiga do travão<br />
e ainda da distorção, que podem resultar<br />
em trepidação do disco de travão e em<br />
falhas prematuras.<br />
No disco concorrente, também são evidentes<br />
as alterações nas barreiras de calor,<br />
que, neste caso apresentado, foram reduzi<strong>das</strong>.<br />
Desta forma, mais calor é dissipado<br />
para o centro do disco. Com barreiras de<br />
calor mais pequenas, o excesso de calor<br />
gerado com a travagem atinge, mais<br />
rapidamente, o cubo, os rolamentos de<br />
roda e os retentores. Assim, cumprir com<br />
o que são as especificidades <strong>das</strong> barreiras<br />
de calor é essencial numa perspetiva de<br />
prevenir danos no cubo da roda, porque<br />
evita a transferência do excesso de calor<br />
para o centro do disco.<br />
À esquerda, o disco da concorrência.<br />
À direita, o disco da Blue Print<br />
Através dos cortes feitos aos três discos,<br />
também se observou, no disco da concorrência<br />
da Blue Print, que a abertura de<br />
ventilação foi reduzida, sendo que também<br />
esta redução pode resultar numa<br />
falha estrutural e prematura do disco.<br />
Discos de travão sobreaquecidos levam<br />
a um maior desgaste dos mesmos, assim<br />
como à abertura de fissuras na sua superfície,<br />
a variações de espessura e de dureza.<br />
Assim, a junção de placas de fricção mais<br />
finas, com barreiras de calor e aberturas<br />
de ventilação menores, prejudicam a<br />
dissipação do calor e eficiência térmica,<br />
prejudicando a performance do disco e<br />
a sua durabilidade.<br />
Para o fabricante, o custo diminui mas,<br />
efetivamente, o cliente final fica prejudicado,<br />
assim como toda a cadeia de<br />
distribuição.<br />
Abril I 2016<br />
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34<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Liqui Moly aumenta volume de negócios<br />
A Liqui Moly anunciou um aumento do seu<br />
volume de negócios no ano passado para um<br />
novo valor recorde de 441 milhões de euros,<br />
mais 20 milhões de euros relativamente ao ano<br />
anterior. Este crescimento foi alcançado apesar<br />
<strong>das</strong> condições problemáticas em mercados-chave,<br />
como a Rússia, onde a crise<br />
económica fez travar a procura. A isso,<br />
acrescem as perturbações contínuas<br />
num mercado de escoamento<br />
anteriormente forte, como é<br />
o caso da Ucrânia. Este declínio<br />
pôde, contudo, ser<br />
compensado por outros<br />
países. O desenvolvimento<br />
do negócio na Alemanha e<br />
na Áustria atingiu níveis<br />
surpreendentemente bons.<br />
Apesar da já forte posição no<br />
mercado, o volume de negócios<br />
cresceu aí cerca de 7%.<br />
Para Ernst Prost, CEO da Liqui<br />
Moly, “ainda mais importante<br />
do que o aumento do volume<br />
de negócios é, para mim, o aumento<br />
do número de colaboradores,<br />
que subiu para 731 no ano passado,<br />
com a admissão de 35 novas pessoas. E, nos<br />
primeiros dois meses deste ano, já foram<br />
contratados mais 16 colaboradores”. Deste<br />
modo, a Liqui Moly quase que duplicou o seu<br />
volume de negócios total desde 2009. Parte<br />
do sucesso deve-se, também, à premissa de<br />
se produzir exclusivamente na Alemanha.<br />
Contudo, o crescimento não é um fim em si.<br />
Como explica Ernst Prost, “o que importa não<br />
são tanto os números. É muito mais importante<br />
que a empresa cresça de forma saudável<br />
e possa dar trabalho a ainda mais pessoas”.<br />
NRF melhora radiadores<br />
para Iveco Stralis<br />
Todos os radiadores NRF produzidos para o Iveco Stralis foram<br />
melhorados para evitar falhas prematuras. O kit Easy Fit proporciona<br />
uma montagem flexível do radiador no Intercooler, o que permite reduzir<br />
o movimento entre ambos, devido à expansão térmica diferente<br />
<strong>das</strong> duas unidades. O ninho dos radiadores NRF teve um aumento<br />
da espessura para 48 milímetros, quando o original apresenta 42<br />
milímetros. O que faz aumentar a resistência mecânica do radiador.<br />
Para comprovar a qualidade destes radiadores melhorados, a NRF<br />
executou vários testes em condições reais com um Iveco Stralis.<br />
Com base nos resultados dos testes realizados, concluiu que os<br />
produtos em questão mostraram uma excelente transferência de<br />
calor e boa resistência ao desgaste e à vibração.<br />
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Abril I 2016<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016
36<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Osram luta<br />
contra a pirataria<br />
A<br />
s lâmpa<strong>das</strong> de farol Osram são copia<strong>das</strong> ilegalmente por<br />
piratas de produtos. Para proteger os consumidores de<br />
cópias de baixa qualidade, o fabricante de iluminação já desenvolveu<br />
o seu próprio programa de confiança. Graças ao<br />
controlo inovador de segurança, os compradores podem facilmente<br />
verificar se a lâmpada que compraram é uma Osram<br />
original que foi fabricada em conformidade com as normas<br />
internacionais de qualidade e segurança. Apesar de poderem<br />
ter a mesma aparência exterior, existem grandes diferenças<br />
entre os produtos originais da Osram e as falsificações, que<br />
são produzi<strong>das</strong>, principalmente, no Extremo Oriente.<br />
A Osram já lançou o seu “Programa Confiança” para garantir<br />
que os condutores não sofrem com as falhas prematuras da<br />
lâmpada ou com fracos feixes de luz. O objetivo do programa<br />
é verificar a autenticidade <strong>das</strong> lâmpa<strong>das</strong> de Xénon. A nova<br />
etiqueta de segurança na embalagem da lâmpada fornece<br />
uma primeira indicação sobre se a lâmpada é falsa. Um código<br />
impresso na embalagem atribui, exclusivamente, a embalagem<br />
a uma lâmpada específica. O holograma da etiqueta de<br />
segurança e a tira de segurança integrada tornam a vida difícil<br />
para os futuros falsificadores e fornecem aos consumidores<br />
mais uma prova da autenticidade do produto.<br />
WD-40 lançou gama<br />
de manutenção para motos<br />
l Responde pelo nome de Specialist Motorbike a nova gama<br />
que a WD-40 criou, em resposta à procura crescente de produtos<br />
para manutenção e cuidado <strong>das</strong> motos. A gama é constituída<br />
por sete novas referências e apresenta fórmulas únicas e revolucionárias,<br />
totalmente compatíveis com os diversos materiais<br />
e componentes <strong>das</strong> diferentes motos. Cada produto serve uma<br />
necessidade específica e o seu conjunto forma, de acordo com<br />
a WD-40, uma gama única no mercado, indispensável para uma<br />
perfeita manutenção e cuidado dos veículos de duas ro<strong>das</strong>.<br />
O lançamento oficial da nova gama WD-40 Specialist Motorbike<br />
terá lugar no salão expoMECÂNICA, que decorrerá na Exponor,<br />
de 14 a 17 de abril. Contudo, estes sete novos produtos estão à<br />
venda desde o passado dia 1 de abril.<br />
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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016
38<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
SKF: kits de corrente de distribuição<br />
O Aftermarket da SKF anunciou a extensão da sua gama de motor, com<br />
a linha de kits de corrente de distribuição (VKML) para os automóveis<br />
europeus e asiáticos mais populares, de forma a satisfazer a procura do<br />
mercado e ajudar os clientes a completar a sua oferta de produtos. Os<br />
kits incluem to<strong>das</strong> as guias necessárias, engrenagens, bem como tensores<br />
e juntas, para ajudar os mecânicos a trabalhar de uma forma eficiente e<br />
eficaz, enquanto levam a cabo as reparações no sistema de distribuição.<br />
A seleção será alargada durante este ano de 2016, de forma a incluir kits<br />
de corrente de distribuição adicionais, ferramentas relaciona<strong>das</strong>, vedantes<br />
necessários e informação de suporte técnico de forma a completar<br />
a oferta SKF.<br />
Póvoa Hidráulica<br />
anuncia novidades<br />
Póvoa Hidráulica ampliou a sua gama de toma<strong>das</strong> de força, com a nova pneumática<br />
A para caixas Hino MX06/6.515 e MX 06/7.305. Esta tomada tem uma ótima disposição<br />
para a montagem de bombas ISO 4 furos de grande tamanho e pode montar-se com<br />
saída de prato para acoplar a uma transmissão. A tomada de força, de dois pistões, é<br />
constante, transmite um binário máximo de até 350 Nm e uma potência de 38 kW às<br />
100 rpm. Montada sobre registo esquerdo de oito furos. A caixa de velocidade foi desenvolvida<br />
para ser utilizada em veículos HINO 500 de série FG 235 4X2, entre outros.<br />
A empresa lançou, também, o Bull 3.500, um novo guincho compacto e ligeiro até<br />
3,5 t. O seu desenho otimizado é o resultado de experiências do perfecionismo e da<br />
tecnologia com guinchos. A atenção especial foi melhorar a eficiência, desenho mais<br />
compacto, peso e número de partes internas reduzi<strong>das</strong>, sem sacrificar o seu rendimento,<br />
obtendo como resultado, melhores características técnicas numa unidade reduzida.<br />
Entre as muitas melhorias no novo guincho, destacam-se a redução de 15% do gancho<br />
e menos componentes internos, que reduzem a manutenção da unidade.<br />
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40<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Dayco lança catálogo aftermarket para VP<br />
Rede TOP TRUCK aumenta para 17 oficinas<br />
l A rede portuguesa de oficinas para pesados TOP TRUCK passou a<br />
contar com um novo parceiro, a Fontão Auto, de Ponte Lima, aumentando<br />
para um total de 17 o número de pontos especializa<strong>das</strong> em manutenção<br />
e reparação de camiões, autocarros, semirreboques e comerciais ligeiros.<br />
Presente no mercado há mais de dez anos, a Fontão Auto dispõe de valências<br />
importantes para pesados, assim como uma equipa profissional<br />
e dedicada.Para Miguel Ribeiro, gestor da rede TOP TRUCK em Portugal,<br />
“a nova oficina TOP TRUCK de Ponte de Lima tem to<strong>das</strong> as condições,<br />
recursos e ferramentas para servir a região de acordo com os elevados<br />
padrões de qualidade e eficiência que caracterizam esta rede em Portugal.<br />
Esperamos que esta parceria se mantenha por muitos anos”. A Civiparts<br />
é, recorde-se, o representante exclusivo para Portugal da rede de oficinas<br />
para pesados TOP TRUCK.<br />
A Dayco anunciou que já está disponível o seu catálogo de veículos pesados 2016.<br />
Este novo “almanaque” representa a natural evolução da gama Dayco, que, com mais<br />
de 700 códigos e 350.000 aplicações, garante uma cobertura superior a 97% para os<br />
veículos europeus em circulação.Entre a riqueza de novos conteúdos presentes nas 1.300<br />
páginas do catálogo, encontra-se a expansão tanto de aplicações como de códigos, com<br />
especial foco nos conjuntos correia Poly-<br />
-v (KPVs) e tensores (APVs). A atualização<br />
mais importante do catálogo é a adição de<br />
marcas de fabrico russo, tais como Kamaz,<br />
Gaz, Kavz e Nefaz, a fim de satisfazer a<br />
crescente procura de peças para veículos<br />
provenientes da Europa de Leste.Os produtos,<br />
para mais de 90% dos códigos em<br />
toda a gama, são produzidos nas fábricas<br />
Dayco em San Bernardo, Ivrea (Distrito<br />
de Turim), Itália, para componentes de<br />
metal, e Chieti, Itália, para componentes<br />
de borracha, satisfazendo os padrões de<br />
alta qualidade exigidos para uma verdadeira<br />
empresa líder, que foi selecionada<br />
como parceiro pelos mais importantes<br />
fabricantes internacionais.Considerado<br />
uma referência para toda a indústria,<br />
este catálogo está disponível tanto em<br />
papel como em versão digital (www.<br />
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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
41<br />
Pro4matic apresenta<br />
novidades Arnott<br />
l A Pro4matic começou o ano de 2016 com<br />
novidades nas suspensões pneumáticas, <strong>das</strong><br />
quais se destacam os novos amortecedores<br />
traseiros a gás para o Mercedes-Benz ML<br />
W164 / GL X 164, com Airmatic (s/ ADS) ou<br />
com Adaptive Damping System (C/ ADS). Estes<br />
amortecedores são desenhados e montados<br />
nos Estados Unidos da América e contam<br />
com uma garantia vitalícia contra defeito de<br />
fabrica. A Arnott e a Pro4matic recomendam<br />
sempre a instalação do par. Estão igualmente<br />
disponíveis os novos foles pneumáticos dianteiros<br />
para a Audi A6 C5 4B Allroad (2000 a<br />
2006), os quais se apresentam reforçados face<br />
à versão anterior.<br />
Lubrificantes para Diesel limpos<br />
Escolha acertada! Por:<br />
Durante mais de cinquenta anos, introdução, não ficaram, também,<br />
poucas foram as intervenções realiza<strong>das</strong><br />
no automóvel para se melhorar até aqui puderam utilizar sem preocu-<br />
os profissionais da reparação que, se<br />
a qualidade do gás libertado pelas condutas<br />
de escape. Muitos propulsores motor Diesel, passaram a ter de dar<br />
pações de registo qualquer óleo num<br />
deram-se ao luxo de lançar ao longo especial atenção ao lubrificante dos<br />
de várias déca<strong>das</strong> pelo escape, «à luz novos propulsores. O maior ou menor<br />
resíduo sólido que aparecesse<br />
do dia» e sob olhar atento <strong>das</strong> autoridades,<br />
tonela<strong>das</strong> de vapor de óleo no escape de um Diesel sem filtro de<br />
queimado a troco de uma melhoria partículas resultado da cinza de um<br />
questionável na entrega da potência. óleo menos recomendado, só obstruía<br />
a passagem se tivesse a dimen-<br />
Refiro-me, como já percebeu, aos propulsores<br />
2T, que libertam pelo escape são de uma batata. Presentemente,<br />
resíduos de lubrificante queimado nas o catalisador e o filtro de partículas<br />
câmaras de combustão.<br />
não admitem falhas bem menores. O<br />
A norma Euro 6, aplicável aos gases<br />
escape a partir do final se 2014, forçou<br />
os automóveis com motor Diesel a utilizarem<br />
um novo componente denominado<br />
filtro de partículas. Amigo do<br />
ambiente, salvador comercialmente<br />
destes motores, acrescentou ao utilizador<br />
mais uma preocupação, uma<br />
avaria e uma despesa. Ilesos, face aos<br />
problemas que surgiram da recente<br />
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teor de cinzas lançado pelas condutas<br />
resultado de queimas descontrola<strong>das</strong>,<br />
deve ficar dentro de parâmetros específicos<br />
e os óleos para estes motores<br />
muito limitados aos que podem ser<br />
utilizados. Assim sendo, recomenda-se<br />
a leitura <strong>das</strong> especificações do fabricante<br />
relativamente aos lubrificantes<br />
utilizados, recordando que a ACEA (Associação<br />
de Construtores Europeus de<br />
Automóveis), classificou com a sigla<br />
“C” os lubrificantes utilizados em motores<br />
Diesel com filtro de partículas,<br />
podendo ainda cada modelo ter mais<br />
especificações. Exemplificando, temos:<br />
C1, disponível desde 10/2004 para<br />
veículos ligeiros Diesel com filtros de<br />
partículas e teor de cinzas sulfata<strong>das</strong><br />
máx. 0,5%. C2, teor de cinzas sulfata<strong>das</strong><br />
máx. 0,8%. E C3, teor de cinzas sulfata<strong>das</strong><br />
máx. 0,8%. A falta de atenção<br />
na escolha do lubrificante para estes<br />
propulsores conduz, na maioria <strong>das</strong><br />
vezes, à obstrução antecipada do elemento<br />
regenerador.<br />
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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016
42<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
MAN com filtros UFI no<br />
primeiro equipamento<br />
Para cumprir os requisitos impostos pela norma Euro VI, o fabricante alemão<br />
de veículos pesados MAN comprometeu-se a desenvolver novos motores<br />
de última geração. Para isso, confiou no know-how e<br />
na experiência da UFI Filters para a produção do<br />
pré-filtro de gasóleo. A qualidade do pré-filtro<br />
de gasóleo é fundamental para garantir o bom<br />
funcionamento do veículo: maior eficiência no<br />
sistema de injeção; melhor combustão; reduzida<br />
emissão de contaminantes.Isto traduz-se num<br />
melhor rendimento do motor e numa poupança<br />
de combustível, elementos essenciais especialmente<br />
para os transportes de longo curso, onde o custo do<br />
combustível tem um impacto significativo. O pré-filtro<br />
de combustível, já disponível na gama aftermarket com<br />
as referências UFI 24.035.01 e SOFIMA S 4035 NR, garante<br />
a separação da água do gasóleo acima de 98%, essencial<br />
para o ótimo funcionamento do veículo, sobretudo para<br />
os sistemas common rail, que trabalham a alta pressão.<br />
TurboClinic iniciou comercialização da EAT v3<br />
Após ter lançado quatro equipamentos<br />
no mercado, apenas em 2015, a Turbo-<br />
Clinic iniciou 2016 com a apresentação<br />
da EAT v3 (Electronic Actuator Tester).<br />
Trata-se do primeiro equipamento<br />
para testar e programar<br />
atuadores elétricos<br />
de turbocompressores com<br />
interface em Android. Com<br />
uma imagem renovada, a<br />
versão 3 da EAT pode ser<br />
operada a partir de um tablet<br />
ou smartphone e deixa<br />
de estar “presa” a uma oficina<br />
ou a uma tomada, já<br />
que pode ser utilizada com<br />
baterias recarregáveis. A EAT<br />
v3 vem potenciar a indústria<br />
de reparação de turbocompressores com<br />
a ferramenta mais portátil e resistente do<br />
mercado para testar e programar atuadores<br />
elétricos. A TurboClinic mantém,<br />
assim, a sua reputação de lançar no<br />
mercado equipamentos únicos e inovadores,<br />
como fez no ano anterior com<br />
o Oil Leak Tester, o primeiro sistema para<br />
testar fugas de óleo em turbos, e com o<br />
TCA Compact, o primeiro equipamento<br />
de bancada para o equilíbrio de turbocompressores.<br />
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componentes necessários para a reparação profissional<br />
de uma caixa de velocidades, com qualidade de equipamento<br />
original. Trata-se de uma solução completa, que<br />
permite à oficina poder reparar, por si própria, avarias nas<br />
caixas de velocidades, de uma forma cómoda e simples,<br />
não necessitando de encomendar a reparação da caixa de<br />
velocidades a terceiros.Consegue-se, assim, maior rapidez,<br />
uma vez que os especialistas em caixas de velocidades não<br />
têm de procurar peças de desgaste específicas. Este é um<br />
produto prático e inovador, que já obteve o reconhecimento<br />
dos setores da mecânica e do pós-venda.<br />
Veneporte reforçou<br />
parte quente dos escapes<br />
A Veneporte, que exporta cerca de 90% da sua produção,<br />
concentra, assim, o seu foco no complemento da linha de<br />
produtos destinados à parte quente dos sistemas de escape.<br />
Em declarações ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, José Gameiro, responsável<br />
de marketing da empresa, afirmou que “a Veneporte<br />
está preparada quer a nível técnico quer tecnológico para a<br />
produção de produtos de elevada qualidade, características<br />
inteiramente reconheci<strong>das</strong> pelo mercado, que nos permitem<br />
estar posicionados entre os melhores players do setor”.<br />
Estes novos lançamentos, levados<br />
a cabo numa lógica de<br />
aumento contínuo da cobertura<br />
do parque automóvel nos diferentes<br />
mercados em que opera,<br />
resultam “não só de necessidades<br />
relaciona<strong>das</strong> com o alargamento<br />
da atuação comercial da Veneporte<br />
para novos mercados, mas, também,<br />
da intenção que a empresa tem de<br />
acompanhar as evoluções nos mercados”,<br />
acrescentou o mesmo responsável.<br />
Lusilectra e Jonnesway<br />
alargam parceria<br />
l A Lusilectra e a sua representada Jonnesway<br />
renovaram o contrato de exclusividade para a Península<br />
Ibérica, Angola e Cabo Verde, onde foi incluído,<br />
também, o mercado francês. Fruto do trabalho desenvolvido<br />
pela Lusilectra ao longo destes anos, a<br />
Jonnesway confiou e alargou a responsabilidade para<br />
que, nestes mercados, a Lusilectra continue a crescer<br />
sustentadamente com uma eficaz rede de distribuição.<br />
Conscientes da árdua tarefa que têm pela frente, tendo<br />
em mente o sucesso desta atividade, alicerçados no<br />
binómio qualidade/preço, no suporte da Jonnesway<br />
e na capacidade da equipa, a empresa portuense, inserida<br />
no Grupo Salvador Caetano, pretende alcançar<br />
os objetivos a que se propôs.<br />
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Meyle lança gama de apoios de motor<br />
O fabricante de Hamburgo alargou a sua oferta com mais de 100 novas chumaceiras<br />
de motor Meyle para mais do que 3.000 aplicações. Para assegurar uma<br />
longa vida útil dos apoios do motor Meyle, apesar <strong>das</strong> grandes cargas estáticas,<br />
dinâmicas e térmicas, dá-se atenção a uma elevada qualidade dos materiais que<br />
compõem as peças. Os materiais utilizados são selecionados de forma específica<br />
para os veículos e submetem-se a rigorosos controlos de qualidade, desde o desenvolvimento<br />
até ao produto concluído. Para que as oficinas possam transmitir<br />
aos seus clientes a qualidade e a durabilidade dos apoios do motor Meyle, está<br />
agora disponível no canal “ Meyle TV” um novo vídeo sobre o tema.<br />
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l Devido à constante evolução dos<br />
motores e às suas exigências no que<br />
diz respeito ao arrefecimento, proteção<br />
contra corrosão e outros fatores<br />
adversos, os fabricantes lançam novas<br />
aprovações de lubrificantes de maneira<br />
a assegurar que o produto utilizado<br />
esteja de acordo com os níveis<br />
de performance exigidos. A Fuchs<br />
acompanha esta evolução lançando,<br />
constantemente, novos produtos com<br />
as aprovações oficiais dos fabricantes.<br />
É por esta razão que a marca coloca no<br />
mercado um produto que responde às<br />
exigências mais recentes do Grupo VAG<br />
(Audi, VW, Seat e Skoda). O anticongelante<br />
Maintain Fricofin, de cor violeta, é<br />
um produto isento de nitritos, aminas e<br />
fosfatos, com uma elevada performance<br />
na proteção à corrosão e que cumpre,<br />
oficial e integralmente, a aprovação VW<br />
TL 774 J (VW G13), sendo compatível com<br />
as aprovações anteriores.<br />
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lançou o Starzilla, um novo arrancador<br />
e aparelho de teste da Telwin de 12-24V,<br />
com baterias de Lítio LiPO, concebido<br />
para utilização profissional. Compacto e<br />
leve, tem como principais características<br />
a função Ice Start, para arranque mesmo<br />
em temperaturas até -20°C; tecnologia<br />
Log Life para longa vida útil <strong>das</strong> baterias<br />
e segurança do utilizador; LED vermelho<br />
e branco de alta intensidade com<br />
diferentes modos de funcionamento;<br />
fonte de alimentação com entrada USB<br />
saída programável 12,16 e 19V; muito<br />
compacto e leve, graças às baterias de<br />
Lítio LiPO. O Startzilla funciona, também,<br />
como fonte de alimentação para dispositivos<br />
eletrónicos, através de entrada<br />
USB e saída programável de 12, 16 e 19V.<br />
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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016
46<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
FAE: novo catálogo<br />
de sensores ABS<br />
fabricante espanhol de<br />
O componentes elétricos<br />
e eletrónicos FAE, lançou um<br />
novo catálogo de sensores de<br />
velocidade de roda – ABS. O<br />
novo catálogo inclui sensores<br />
ABS para praticamente to<strong>das</strong><br />
as marcas de automóveis<br />
existentes no mercado europeu.<br />
Através do catálogo<br />
FAE e do diretório TecDoc,<br />
é possível pesquisar a referência<br />
adequada do sensor,<br />
para cada modelo de automóvel,<br />
dentro da respetiva<br />
marca. A FAE, com mais de<br />
60 anos de experiência,<br />
sempre apostou no desenvolvimento<br />
e na inovação,<br />
sendo, atualmente, um dos<br />
fabricantes mais fiáveis dentro<br />
do aftermarket, com 75%<br />
da sua produção destinada<br />
à exportação. Cerca de 8%<br />
da faturação anual destina-<br />
-se à investigação, estando<br />
a ser construído um novo<br />
laboratório de pesquisa e<br />
desenvolvimento com 700 m 2 ,<br />
a adicionar ao já existente de<br />
450 m 2 .<br />
Sofrapa comercializa<br />
embraiagens Westlake<br />
l A Sofrapa acaba de incorporar no seu programa<br />
de ven<strong>das</strong> as embraiagens da Westlake. Esta marca<br />
dispõe de uma vasta gama de aplicações para veículos<br />
do mercado europeu, nomeadamente para automóveis<br />
de passageiros e veículos comerciais. Fundado<br />
em 1985, o Grupo Westlake tem mais de 30 anos de<br />
experiência na produção de sistemas de embraiagem<br />
automóvel.Hoje, a empresa está na vanguarda da<br />
tecnologia de sistemas de embraiagem, realizando um<br />
investimento contínuo nas técnicas mais avança<strong>das</strong><br />
de produção e testes de produto disponíveis.Antes de<br />
saírem da fábrica, as embraiagens são submeti<strong>das</strong> a<br />
vários testes de desempenho, instalação e simulação<br />
de desgaste.Os padrões de qualidade da marca são<br />
certificados pela norma ISO/TS 16949 (gestão de qualidade<br />
para o setor automóvel) e todos os produtos<br />
propõem garantia de dois anos ou o equivalente a<br />
30.000 km.<br />
Seminário Autodata<br />
na Universidade do Algarve<br />
A Infortrónica, Lda. em parceria com o Instituto<br />
Superior de Engenharia – Universidade do Algarve<br />
(ISE-UAlg) realizou, em março passado, um Seminário<br />
Técnico sobre o Autodata, ministrado pelo Eng.°<br />
José Cardoso. A formação realizou-se no âmbito<br />
dos cursos de Tecnologia e Manutenção Automóvel,<br />
teve a participação plena dos estudantes e,<br />
também, de alguns representantes de empresas<br />
parceiras daqueles cursos, no Campus da Penha,<br />
em Faro.Os cerca de 50 participantes tiveram a<br />
oportunidade de conhecer as potencialidades<br />
do software Autodata ao nível da manutenção<br />
mecânica, elétrica e eletrónica e de diagnóstico<br />
automóvel, as quais se poderão refletir no acréscimo<br />
de rigor, qualidade e eficiência do serviço <strong>das</strong><br />
oficinas auto.O Autodata foi reconhecido pelos<br />
estudantes como uma excelente ferramenta de<br />
apoio às aulas dos cursos de Tecnologia e Manutenção<br />
Automóvel lecionados no ISE-UAlg.<br />
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48<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
AZ Auto promove Centro de Travões ATE<br />
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A AZ Auto aposta em 2016 na contínua<br />
dinamização e promoção da marca ATE<br />
em Portugal, desta feita com a evolução<br />
do projeto de Centro de Travões ATE. Trata-<br />
-se de um projeto que visa dotar as oficinas<br />
independentes de melhores capacidades<br />
e soluções técnicas na prestação de serviços<br />
associados a material de travagem.<br />
Depois de um ano 2015 com um resultado<br />
histórico para a AZ Auto, atingindo<br />
um recorde de faturação em material da<br />
marca alemã do Grupo Continental - ATE,<br />
é mantendo o foco e a estratégia de crescimento<br />
que surge, em 2016, a evolução<br />
do projeto Centro de Travões ATE.Com o<br />
reforço da equipa, tanto na área comercial,<br />
como técnica e de marketing, a AZ<br />
Auto está focada no desenvolvimento e<br />
implementação de Centros de Travões<br />
ATE, de norte a sul do país, para reforçar<br />
a já existente rede de oficinas CTA e para<br />
garantir o maior e mais eficaz apoio diário,<br />
tanto aos parceiros retalhistas estratégicos<br />
selecionados para promover o projeto em<br />
parceria com a AZ Auto, como às próprias<br />
oficinas pretendentes.<br />
2016<br />
Mantemos os preços baixos<br />
Condensadores Nissens<br />
registam aumento de ven<strong>das</strong><br />
gama de condensadores da Nissens tem registado um aumento de ven<strong>das</strong><br />
A nos últimos anos: cerca de mais 39% desde 2012. Uma parte deste sucesso<br />
está relacionado com a maior aposta nas vantagens forneci<strong>das</strong> com o produto.<br />
Como fornecedor de serviços, a Nissens tem evoluído no sentido de se tornar num<br />
fornecedor de soluções. Teve a noção de que o mercado exigia muito mais do que<br />
um produto e necessitava de uma solução.Uma <strong>das</strong> áreas específicas em que a<br />
Nissens irá concentrar-se no futuro é a proteção contra corrosão dos condensadores.<br />
Ao melhorar ainda mais a proteção contra a corrosão, diminui o risco de<br />
deterioração <strong>das</strong> aletas e, por conseguinte, melhora a vida útil do produto. Um<br />
investimento preparado cuidadosamente em relação a um elemento já totalmente<br />
funcional, mas que irá aumentar ainda mais as ven<strong>das</strong>, especialmente em países<br />
com um clima rigoroso.<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
errou: edição n.° 124<br />
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Loja 3: (Faro) - Tel.: 289 898 050 - Tlm.: 925 984 028 - Fax: 289 898 059<br />
Site da TRW apto para todos<br />
os dispositivos móveis<br />
l A TRW lançou uma versão nova e melhorada do<br />
seu site: www.trwaftermarket.com. A navegação<br />
melhorada e as funcionalidades otimiza<strong>das</strong>, alia<strong>das</strong><br />
à introdução de filtros eficientes no catálogo integrado<br />
baseado na web, tornam a tarefa de encontrar as peças<br />
certas mais fácil e rápida para os utilizadores. Isto leva,<br />
consequentemente, a uma melhoria na eficiência do<br />
processo de encomenda por parte dos clientes diretos<br />
da TRW: os distribuidores.Recorde-se que o site também<br />
disponibiliza, gratuitamente, desde há algum<br />
tempo, a pesquisa de peças por matrícula. Além disso,<br />
a TRW Aftermarket oferece agora aos utilizadores o<br />
acesso a informações técnicas a partir do catálogo.<br />
Através de um simples clique, os utilizadores podem<br />
identificar e selecionar entre uma série de opções<br />
de ajuda técnica, incluindo guias de procedimentos<br />
e instruções de montagem. Além <strong>das</strong> melhorias no<br />
catálogo e no sistema de encomen<strong>das</strong>, foram efetua<strong>das</strong><br />
ainda melhorias importantes no centro de informação<br />
técnica online da TRW Aftermarket, “Tech Corner”, ao<br />
qual é possível aceder, gratuitamente, através do site.<br />
Na passada edição (impressa),<br />
referente ao mês de março (n.°<br />
124), o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> errou.<br />
Na reportagem dedicada à In<strong>das</strong>a<br />
(pág. 60 e 61), no último terço do<br />
texto, é referido que os abrasivos<br />
representam, em termos de grupo,<br />
cerca de 20% do negócio da In<strong>das</strong>a,<br />
o que não corresponde à verdade. A<br />
percentagem que deveria constar é<br />
cerca de 70% e não 20%, como foi<br />
publicado.<br />
Por outro lado, na parte final do artigo,<br />
quando se aborda a questão dos<br />
produtos e alternativas em função<br />
<strong>das</strong> necessidades do cliente, pode<br />
ter passado a ideia de que a In<strong>das</strong>a<br />
dispõe de produtos de menor qualidade,<br />
o que não era, de todo, a nossa<br />
intenção. Até porque o grupo conta<br />
com uma gama de produtos que vai<br />
ao encontro <strong>das</strong> necessidades dos<br />
clientes: maior agressividade; maior<br />
produtividade; maior durabilidade;<br />
melhor acabamento. À In<strong>das</strong>a, pedimos<br />
desculpa pelo transtorno que<br />
estes lapsos possam ter causado.<br />
Abril I 2016<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016
50<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Inspeções aprova<strong>das</strong><br />
com Spanjaard Smoke Doctor<br />
As emissões de fumos de exaustão de escape são reveladoras de um motor<br />
desgastado e com forte perda de compressão. Com uma quilometragem<br />
elevada, surgem folgas entre a cabeça do pistão e o cilindro, que permitem<br />
a passagem e a consequente queima do óleo, em conjunto com a mistura<br />
combustível/ar, provocando uma visível “nuvem” de fumo azul esbranquiçado.<br />
O Spanjaard Smoke Doctor é uma solução para estes problemas. Atua, de<br />
forma eficaz, através de um forte suplemento do óleo na lubrificação do<br />
motor, quando adicionado. Além disso, elimina, drasticamente, a emissão<br />
de fumos e a queima de óleo, amortece a vibração do motor em frio, permitindo,<br />
instantaneamente, um funcionamento regular e silencioso, restabelece<br />
a compressão do motor e evita ainda o seu sobreaquecimento. Um produto<br />
de referência no mercado nacional, onde existe há já vários anos.<br />
JR Diesel tem novo<br />
conceito de negócio<br />
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no seu conceito de negócio.<br />
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alternativos e adaptam-se às necessidades<br />
dos clientes.<br />
Situada nas Cal<strong>das</strong> <strong>das</strong> Taipas, Guimarães,<br />
oferece soluções para o<br />
mercado automóvel e agrega duas<br />
marcas exclusivas e complementares<br />
na sua gama de produtos: a marca<br />
Ecoparts, que tem no seu portefólio<br />
componentes reconstruídos de alta<br />
qualidade e a PADOR, que, apesar de<br />
recentemente chegada ao mercado<br />
português, já conseguiu uma quota<br />
muito relevante. Para melhor servir<br />
os seus clientes, a JR Diesel dispõe<br />
de um call center que permite responder<br />
ao cliente de forma imediata.<br />
A questão logística também não foi<br />
esquecida, apresentando a empresa<br />
soluções para colocar “a peça na<br />
hora” em casa do cliente.<br />
JP Tools apresenta<br />
novo Foxwell GT80 Plus<br />
l A JP Tools, empresa especializada no<br />
comércio de equipamentos de diagnóstico<br />
para oficinas automóvel, apresentou o renovado<br />
Foxwell GT80 Plus, um aparelho de<br />
diagnóstico que apresenta, de forma totalmente<br />
legal, o software dos fabricantes de<br />
automóveis. Com uma nova imagem, mais<br />
rápida, mais precisa e com uma enorme cobertura<br />
em termos de marcas automóveis<br />
europeias, asiáticas e americanas, o novo<br />
Foxwell GT80 Plus dispõe de um ecrã tátil e<br />
programa Windows 8.1Pro. A JP Tools apresenta,<br />
também, a restante gama de produtos<br />
da Foxwell, nomeadamente o Auto Master<br />
Pro NT644 - um equipamento de diagnóstico<br />
mais compacto e acessível, ideal para serviços<br />
rápidos e segundo equipamento complementar,<br />
com funções diretas de DPF (regenerações/reset<br />
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óleo, travões entre outros. Já o VAG Scanner<br />
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do common rail. E ainda há oProgramador/<br />
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52<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Opinião<br />
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O desafio da redução de custos<br />
e o apelo ao associativismo<br />
Em qualquer atividade, o conhecimento<br />
do custo da estrutura é essencial<br />
para uma gestão rigorosa. Cada vez<br />
mais, a margem aumenta ou diminui<br />
em função do custo do trabalho e do<br />
serviço. Tratando-se de uma oficina,<br />
ainda mais este conceito se aplica.<br />
Por vezes, menosprezamos as “contas<br />
pequenas”, perdendo a noção de que<br />
várias pequenas fazem uma grande.<br />
Custos de comunicações, de transportes<br />
para obtenção de materiais, de energia,<br />
água, resíduos, combustíveis, enfim,<br />
uma lista que não é pequena mas que<br />
nem sempre a tratamos como devemos.<br />
Hoje, na banca e no Estado, estão os<br />
grandes encargos de uma empresa. E é,<br />
manifestamente, difícil, senão impossível,<br />
baixar este custo, por mais exercício<br />
que façamos. Veja-se, por exemplo, o<br />
aumento do salário mínimo, não sendo<br />
significativo para quem o recebe, acarreta<br />
logo um aumento às empresas de<br />
forma direta e indireta, beneficiando<br />
o Estado, pela contribuição para a Segurança<br />
Social e respetivas retenções<br />
em sede de IRS.<br />
Não se trata de entrar numa discussão<br />
política estéril de “dar com uma mão e<br />
tirar com outra”, mas sim de os políticos<br />
pensarem noutro tipo de impostos, que,<br />
efetivamente, estimulem a economia<br />
e o emprego. E que, principalmente,<br />
“deixe” nos bolsos <strong>das</strong> pessoas mais<br />
rendimento. Só os mais ingénuos<br />
acreditam que temos este ano mais<br />
rendimento! Esperemos, ilusoriamente,<br />
pelo IRS de 2017.<br />
Para as empresas e empresários, resta-<br />
-lhes o desafio de redução de custos,<br />
pois o mercado “encolheu”, os grandes<br />
encargos sobem no caso do Estado e<br />
não descem, como se propagandeia ao<br />
nível da banca.<br />
Há um “custo enorme” para produzir<br />
com sucesso uma efetiva e necessária<br />
redução global e visível de encargos<br />
e custos.<br />
A sensibilização é para que todos,<br />
de forma metódica e rigorosa, encarem<br />
os ditos “pequenos” encargos<br />
como custos tão relevantes quanto<br />
os outros. E reparem, aqui nestes, só<br />
depende de nós.<br />
Também um lamento genérico, por<br />
não ver o associativismo do setor automóvel<br />
com o dinamismo que ele<br />
carece (e merece), pela importância<br />
que tem no PIB.<br />
Um silêncio ruidoso e constrangedor,<br />
sem poder reivindicativo e sem força<br />
mobilizadora.<br />
Apelo à ANECRA, à ARAN e ao ACP,<br />
por se tratarem de associações de referência,<br />
que se juntem, o setor precisa<br />
cada vez mais de vós, em concertação,<br />
em diálogo, com capacidade reivindicativa.<br />
E porque não começarem por exigir<br />
aos Governos a possibilidade de uma<br />
nova janela de investimento para este<br />
setor? Alguém se lembra da última vez<br />
que houve essa oportunidade? A medida<br />
era o PROCOM e tem cerca de<br />
15 anos!<br />
Um setor com tanto emprego, não<br />
pode continuar a “envelhecer” de<br />
forma aguda, triste, sombria e sem<br />
que ninguém se incomode e levante<br />
a sua voz.<br />
Dá a ideia, este nosso desencanto,<br />
que tudo está bem!<br />
Caros empresários, o desafio é o<br />
custo que “os custos” custam na sua<br />
redução!<br />
Pensem nisto e levantem a voz!<br />
Por: Lúcio Machado<br />
Empresário e Professor Investigador na<br />
Universidade do Minho<br />
Email: lucio@dem.uminho.pt<br />
Abril I 2016<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016
54<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Danos nas alhetas<br />
Os turbos modernos da última<br />
geração são, hoje em dia, altamente<br />
rotativos, atingindo rotações<br />
que podem ir até cerca <strong>das</strong> 300.000<br />
rpm, sendo que, para o seu funcionamento,<br />
o turbo tem duas entra<strong>das</strong> de<br />
ar, uma entrada de gases pelo coletor<br />
de escape e uma entrada de ar limpo<br />
pelo coletor de admissão, vindo do<br />
filtro de ar.<br />
Para se ter uma noção da rotação elevada<br />
do turbo, podemos informar que<br />
o ar, ao entrar na admissão, atinge a<br />
velocidade do som. Os gases de escape<br />
entram pelo coletor de escape do<br />
turbo e incidem nas alhetas da turbina,<br />
fazendo rodar o seu respetivo veio.<br />
Durante o normal funcionamento,<br />
não deverá entrar nada para dentro do<br />
turbo além do respetivo ar/gases acima<br />
referidos. O compressor do turbo (lado<br />
de admissão) é de alumínio e quando<br />
está em rotação fica altamente fragilizado,<br />
pelo que a entrada de um objeto<br />
ou algumas partículas não filtra<strong>das</strong><br />
em conjunto com o ar que vem do<br />
filtro de ar, vai, certamente, danificar<br />
as alhetas superiores do compressor,<br />
Dica<br />
de<br />
reparação<br />
Por: Nuno Teixeira | Tlm: 937 500 519<br />
levando, numa fase inicial, ao desequilíbrio<br />
do conjunto rotor e consequente<br />
aumento de ruído do turbo, podendo<br />
levar até à quebra do veio da turbina.<br />
No lado do escape, a turbina, que é<br />
de ferro fundido, está preparada para<br />
receber apenas os gases de escape<br />
provenientes do motor. Mas é muito<br />
comum algumas motorizações libertarem<br />
fragmentos pelo escape, que,<br />
ao entrarem no turbo, vão danificar as<br />
alhetas da turbina e a respetiva geometria<br />
variável, se for o caso. Estes<br />
fragmentos podem ser pedaços do<br />
coletor do motor que esteja a desfazer-<br />
-se por dentro, pedaços <strong>das</strong> borboletas<br />
de admissão ou pedaços de válvulas<br />
e de segmentos.<br />
Glasurit apresenta Porsche 356<br />
parcialmente restaurado<br />
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Na Techno-Classic, a mais importante feira de carros clássicos que se realiza de 6<br />
a 10 abril em Essen, Alemanha, a Glasurit vai demonstrar de forma inequívoca que<br />
um carro de exposição não tem de ser perfeito para chamar a atenção. A marca de<br />
tintas irá apresentar um Porsche 356 B de 1963 cuja parte traseira foi restaurada<br />
profissionalmente com produtos Glasurit. A parte dianteira foi mantida como estava<br />
quando o carro foi encontrado num armazém, revelando claramente os efeitos que<br />
o tempo e a exposição ao exterior exercem sobre o estado de um carro. O Porsche<br />
pertence a Dieter Ambrosy, um reconhecido especialista no restauro de modelos<br />
356 da Porsche e proprietário de uma vasta coleção de Porsches clássicos nas mais<br />
varia<strong>das</strong> condições. Em estreita colaboração com a equipa da Glasurit dirigida por<br />
Jürgen Book, responsável da Gestão de Processo na BASF Coatings, Ambrosy e a<br />
sua equipa da oficina de reparação restauraram a parte traseira da carroçaria. A<br />
equipa teve de fabricar painéis novos para executar parte do restauro. Recorreu-se à<br />
informação apresentada no próprio carro para identificar a cor utilizada para pintar<br />
o Porsche há mais de 50 anos. Os especialistas encontraram a cor da tinta original,<br />
Ruby Red 6202, na base de dados da Glasurit. Na sequência da Techno-Classica, o<br />
Porsche parcialmente restaurado será exibido ao longo dos 12 meses seguintes em<br />
exposições e outras iniciativas na Europa, África e Médio Oriente.<br />
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Cada vez mais os carros estão equipados com tecnologia moderna de corrente.<br />
Normalmente é suposto que o sistema de corrente dure todo o tempo de vida<br />
do carro mas contaminações de óleo ou manutenções prévias de baixa qualidade<br />
podem causar falhas prematuras do sistema. Na SKF queremos ajudar os<br />
mecânicos a tirar vantagem desta área de negócios em crescimento.<br />
Os nossos kits de corrente de distribuição<br />
• São consistentes e fáceis de corresponder à reparação em questão<br />
• Cobrem os principais modelos de automóveis Europeus e Asiáticos<br />
• incluem todos os patins, engrenagens bem como tensores e juntas quando<br />
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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
IC Car renova espaço cibernauta<br />
Exide renova apoio<br />
ao Museu do Caramulo<br />
A empresa produtora da conceituada marca de baterias Tudor, presente no mercado<br />
português desde 1920, apoia, por mais um ano, o Museu do Caramulo. A parceria,<br />
que se firmou em 2014, tem permitido a manutenção e conservação anual do modelo<br />
Lotus Europa Special de 1973, podendo este, assim, estar em perfeitas condições<br />
de funcionamento e circulação, bem como manter a sua bela imagem para poder<br />
figurar no museu. O Lotus Europa Special surge da evolução do modelo Europa de<br />
1971, que já de si era considerado o mais potente automóvel da gama. Em honra<br />
aos Campeonatos do Mundo de Fórmula 1, conquistados em 1972 e 1973 pelo<br />
Team Lotus, foi criada uma série numerada do Special, batizada Europa John Player<br />
Special. Laca<strong>das</strong> a preto, com faixas doura<strong>das</strong> e placa numerada correspondente, a<br />
série tornou-se sinónimo do modelo, sendo, ainda hoje, uma <strong>das</strong> mais procura<strong>das</strong>. O<br />
programa de apadrinhamento foi lançado pelo Museu do Caramulo em 2011 e tem<br />
permitido uma aproximação entre as empresas nacionais e o museu, favorecendo,<br />
desta forma, a atividade museológica.<br />
l A oficina especializada na reparação<br />
e manutenção de veículos<br />
multimarcas, localizada em Samora<br />
Correia, renovou o seu site. Conta<br />
já com mais de dez anos no ativo.<br />
E com inúmeros clientes. Entre os<br />
quais, está Rui Vitória, atual treinador<br />
da equipa principal de futebol<br />
do Sport Lisboa e Benfica. A IC Car,<br />
localizada na Zona Industrial da Murteira,<br />
Samora Correia, renovou o seu<br />
espaço cibernauta. Seis são as áreas<br />
que se situam no topo da página e<br />
que o cliente/visitante pode consultar.<br />
Depois, fazendo scroll, a seguir<br />
às informações sobre<br />
a empresa e os horários,<br />
surgem todos os<br />
serviços que a IC Car<br />
disponibiliza: Pneus;<br />
Ar Condicionado; Reparação<br />
de Carroçarias;<br />
Eletricidade e<br />
Eletrónica; Inspeção<br />
Periódica Obrigatória;<br />
Gestão Ativa de<br />
Frotas; Manutenção<br />
e Reparação Mecânica; Análise de<br />
Gases de Escape; Serviços Rápidos.<br />
E porque a IC Car reconhece a importância<br />
de uma assistência técnica<br />
qualificada, praticando-a com rigor,<br />
profissionalismo e transparência,<br />
dispõe de uma equipa técnica que<br />
assegura um serviço de excelência<br />
ao cliente. É essa mesma equipa que<br />
pode ser conhecida na área onde<br />
constam os serviços. Basta, para tal,<br />
clicar no respetivo ícone. Mas mais do<br />
que palavras, impõe-se uma consulta<br />
ao renovado site da IC Car, que pode<br />
ser feita em www.iccar.pt.<br />
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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016
58<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
ELEVADORES DO VIDRO<br />
AMORTECEDORES DE MALA<br />
Rede Identica reúne parceiros<br />
Os parceiros da Rede Identica da Spies Hecker em Portugal reuniram-se<br />
na Golegã, no passado dia 5 de março, para o seu primeiro encontro de 2016.<br />
Neste meeting, foram apresentados e debatidos diversos temas importantes<br />
para a rede e para a atividade dos parceiros. Foram traçados os três vetores<br />
estratégicos para 2016, que sustentarão toda a atividade com o objetivo de<br />
fortalecer a rede e de melhorar os parâmetros de qualidade do serviço que<br />
prestam aos seus clientes. Ponto em destaque foi o “Programa Garantia 10”,<br />
feito em parceria com a Axalta Portugal e a Spies Hecker, que é uma <strong>das</strong> marcas<br />
globais de repintura automóvel da Axalta Coating Systems, na atribuição de 10<br />
anos de garantia da pintura <strong>das</strong> viaturas repara<strong>das</strong>.<br />
CTR apresenta<br />
nova AllClean<br />
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Cromax introduz<br />
novo Selante 1K<br />
l A Cromax introduziu um novo primário<br />
aparelho isento de cromato de zinco:<br />
o Selante PS1600A 1K. Foi especialmente<br />
desenvolvido para aplicação sob to<strong>das</strong><br />
as tecnologias de revestimento em base<br />
aquosa da Cromax, em pequenas áreas<br />
de chapa nua, incluindo aço, alumínio e<br />
aço galvanizado. Pode ser, igualmente,<br />
utilizado sobre acabamentos OEM e em<br />
repinturas bem duras, previamente<br />
lixa<strong>das</strong>. O Selante PS1600A 1K foi especificamente<br />
concebido para os pintores<br />
que já se encontram na cabina de pintura<br />
e que se apercebem que uma pequena<br />
área, como por exemplo, uma aresta,<br />
foi lixada até a chapa. Em vez de utilizar<br />
um wash-primer e betume, o que pode<br />
demorar algum tempo a secar, os pintores<br />
apenas precisam de agitar a lata de<br />
spray e pulverizar uma ou duas demãos<br />
do Selante Lixável PS1600A 1K, sobre a<br />
área danificada.<br />
A CTR, empresa italiana do<br />
Grupo Denso, lançou a nova máquina<br />
de limpeza de circuitos de<br />
A/C All Clean. Com o lançamento<br />
deste novo aparelho para a oficina,<br />
completa-se a oferta de equipamentos<br />
de carga e manutenção do<br />
sistema de climatização.A AllClean<br />
é uma máquina para limpeza e lavagem<br />
do interior do circuito de<br />
climatização dos veículos, tanto<br />
de ligeiros como de autocarros,<br />
mediante a utilização de um detergente<br />
não inflamável.A limpeza é<br />
feita através do método de circuito<br />
aberto ou fechado, recirculando<br />
o líquido a alta pressão e temperatura.<br />
O equipamento é muito<br />
fácil de utilizar, pesa apenas 40 kg e<br />
tem um depósito<br />
de 18 litros, com<br />
possibilidade de<br />
estar constantemente<br />
a ser<br />
abastecido. O<br />
trabalho é feito<br />
com o líquido<br />
de limpeza a 5<br />
bar, o que permite<br />
eliminar<br />
as partículas<br />
de sujidade dos<br />
sistemas A/C.<br />
Abril I 2016<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
220X320MM_BLEED 3MM_Profissionais.pdf 1 12-02-2016 11:04:02<br />
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60<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Indústria de componentes auto regista aumento<br />
Beru expande gama<br />
de velas incandescentes<br />
A Beru expandiu a sua gama de velas incandescentes<br />
com sensor de pressão PSG, que permite uma regulação<br />
em tempo real da combustão. Com o lançamento desta<br />
nova vela incandescente, a Beru acrescenta à sua oferta<br />
de produto uma gama completa para os modelos mais<br />
populares do Grupo VW, entre os quais Audi A1 e A3,<br />
Seat Ibiza, Skoda Octavia e Volkswagen Golf, Sharan e<br />
Tiguan. Produzi<strong>das</strong> de acordo com os padrões de fabrico<br />
dos componentes OE, a Beru PSG representa a vanguarda<br />
da tecnologia em termos de cumprimento <strong>das</strong> normas<br />
anti-poluição mais rigorosas. A utilização destas velas<br />
permite atingir maiores picos de pressão nos motores<br />
Diesel sobrealimentados mais modernos, ao mesmo<br />
tempo que contribuem para o controlo <strong>das</strong> emissões<br />
durante toda a vida do motor.<br />
De acordo com dados recolhidos<br />
pela AFIA (Associação<br />
de Fabricantes para a Indústria<br />
Automóvel), o ano de 2015 foi,<br />
uma vez mais, positivo para o<br />
setor, que registou um crescimento<br />
económico de 5,4% relativamente<br />
a 2014. As ven<strong>das</strong><br />
globais da indústria nacional<br />
de componentes automóveis<br />
registaram o valor de oito mil<br />
milhões de euros, um novo<br />
recorde em termos absolutos.<br />
Deste valor, 84% referem-se à<br />
exportação, ou seja, as ven<strong>das</strong><br />
ao exterior cresceram 6,7 % e<br />
totalizaram 6.700 milhões de<br />
euros, também um novo máximo.<br />
Nos últimos cinco anos,<br />
as exportações para a União<br />
Europeia aumentaram 30% e<br />
as ven<strong>das</strong> para outros destinos<br />
subiram 36%. De acordo com os<br />
dados da AFIA, os destinos <strong>das</strong><br />
exportações mantêm, também,<br />
a tendência habitual, com Espanha<br />
e Alemanha a surgirem<br />
como os principais destinos,<br />
seguidos de perto pela França<br />
e Inglaterra. Estes quatro países<br />
representam, entre si, 70% do<br />
total <strong>das</strong> exportações, sendo<br />
NelsonTripa.pdf 1 09/02/16 09:58<br />
que os restantes 30% estão distribuídos<br />
por outros países europeus<br />
e fora da Europa, como<br />
os Estados Unidos da América<br />
e a China.<br />
(valores em milhões de euros)<br />
VOLUME DE NEGÓCIOS 2013 2014 2015<br />
Mercado nacional 1.308 1.313 1.300<br />
% crescimento +0,4% -1,0%<br />
Exportações 5.869 6.280 6.700<br />
% crescimento +7,0% +6,7%<br />
Volume de negócios total 7.177 7.593 8.000<br />
% crescimento +5,8% +5,4%<br />
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Abril I 2016<br />
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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016
62<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Euro Tyre planeia abrir 10 lojas<br />
Motaquip até final 2017<br />
A Euro Tyre iniciou um projeto de desenvolvimento de uma rede de lojas<br />
próprias e franchisa<strong>das</strong>, para estar mais perto <strong>das</strong> oficinas. Estas lojas terão o seu<br />
stock baseado na marca Motaquip e em marcas de equipamento original. Com<br />
este projeto, a Euro Tyre pretende criar uma rede que lhe permitirá estar mais<br />
próxima <strong>das</strong> oficinas, melhorando o seu nível de serviço com stocks próximos<br />
dos clientes e capacidade logística para fazer entregas quatro vezes ao dia.<br />
O conceito de negócio da empresa baseia-se na disponibilização de stock, com<br />
um elevado nível de serviço logístico a preços sempre competitivos. Para breve,<br />
está, também, a apresentação da Academia Euro Tyre, que disponibilizará aos<br />
seus clientes todos os níveis de formação e assistência técnica online e telefónica.<br />
É objetivo da Euro Tyre posicionar-se como uma empresa de referência no<br />
aftermarket a nível nacional, juntando à já vasta experiência em distribuição de<br />
pneus um stock adequado de produtos de diversas marcas para o aftermarket.<br />
TIPS4Y tem novo site<br />
No ano em que comemora o seu 4.º Aniversário, a TIPS4Y renovou o seu site,<br />
que lhe confere uma imagem mais moderna e atribui novos conteúdos, sendo<br />
a sua gama de produtos e serviços divulgado de uma maneira mais fácil e agradável<br />
para os visitantes. A partir de agora, os clientes têm, de forma intuitiva,<br />
acesso a todos os produtos comercializados pela TIPS4Y, com destaque para<br />
o catálogo TecDoc, Web Shop, Plataforma Oficinal para soluções de orçamentação,<br />
Informação TecRMI com os dados técnicos de to<strong>das</strong> as marcas e ainda<br />
a pesquisa de peças por matrícula. Além disso, a TIPS4Y oferece agora aos<br />
utilizadores o acesso a informações técnicas a partir do catálogo. Através de<br />
um simples clique, os utilizadores podem identificar e selecionar entre uma<br />
série de opções de ajuda técnica. Eis o endereço do novo site: www.tips4y.pt.<br />
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SICE apresenta máquina<br />
inovadora de montar/desmontar<br />
Lubrigrupo põe a circular<br />
dois novos camiões<br />
Dois camiões identificados com a imagem Mobil, vão começar a percorrer as estra<strong>das</strong><br />
de norte a sul do país para transportar os lubrificantes Mobil até clientes e distribuidores.<br />
Esta é uma resposta à necessidade do mercado, nomeadamente para uma expedição<br />
mais rápida, que traduz a evolução e o crescimento da Lubrigrupo. A imagem sempre<br />
foi um ponto forte desta marca e a qualidade dos lubrificantes Mobil merece o melhor.<br />
Reconhecidos pela eficácia e qualidade dos serviços de logística, o sucesso da marca muito<br />
se deve aos Transportes Pascoal, juntos com a Lubrigrupo desde o primeiro momento.<br />
A empresa Conversa de Mãos,<br />
representante exclusiva da marca<br />
SICE em Portugal continental e<br />
ilhas, apresenta uma inovadora<br />
máquina de desmontar/montar<br />
pneus, totalmente hidráulica,<br />
equipada com sistema<br />
“LeverLess – Touchless”<br />
(sem ferro desmonta<br />
e sem tocar na<br />
jante) modelo S300. Permite<br />
a montagem de jantes de 12”<br />
a 34” e dispõe de raio laser<br />
para posicionamento preciso<br />
<strong>das</strong> ferramentas de trabalho.<br />
Equipada com elevador de<br />
roda e sistema enchimento<br />
tubeless, esta nova máquina<br />
está dotada de prato de aperto<br />
da jante com bloqueio com<br />
multiplicador de força e de tripla<br />
ferramenta (Descolar-Desmontar-<br />
-Montar), com rotação reunida num<br />
único dispositivo.<br />
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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016
64<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
febi bilstein entra em corri<strong>das</strong> de camiões<br />
l A paixão por tudo o que é motorizado é<br />
parte integrante da cultura empresarial da febi<br />
bilstein. O grupo, a nível mundial, para além<br />
da venda e fabricação de peças para veículos<br />
comerciais, está a celebrar essa paixão com<br />
o patrocínio de uma equipa na competição<br />
FIA European Truck Racing Championship.<br />
A febi bilstein acompanhará de perto toda<br />
a ação – em estrada e fora dela - como parceiro<br />
da equipa Schwabentruck, na Áustria,<br />
em Spielberg, a 30 de abril de 2016, sendo<br />
que ao volante do potente camião estará o<br />
piloto profissional Gerd Körber. A divisão de<br />
pesados da febi bilstein tem enorme orgulho<br />
em ter encontrado este parceiro na equipa<br />
Schwabentruck, que tem vindo, ao longo dos<br />
anos a emprestar à competição motorizada o<br />
seu entusiasmo e experiência com camiões,<br />
sendo, sem dúvida, o piloto Gerd Körber merecedor<br />
do seu cognome “Mr. Truck Race”. Com<br />
três títulos ganhos no Campeonato Europeu<br />
e três déca<strong>das</strong> de experiência em corri<strong>das</strong>,<br />
“Mr. Truck Race” é uma <strong>das</strong> mais populares<br />
personalidades da competição FIA European<br />
Truck Racing Championship, distinguindo-se<br />
a sua imagem e nome no âmbito do desporto<br />
motorizado com potentes motores de camião.<br />
Da esquerda para a direita: Karsten<br />
Schüßler-Bilstein (Managing Director<br />
da Ferdinand Bilstein GmbH<br />
+ Co. KG), Gerd Körber (Piloto da<br />
Equipa Schwabentruck)<br />
Gerd Körber, o piloto, na plataforma<br />
de produção Ferdinand Bilstein, em<br />
Ennepetal, na Alemanha<br />
MAN Fluids: nova linha<br />
de lubrificantes<br />
O departamento pós-venda da MAN Truck & Bus Portugal iniciou a comercialização<br />
de uma linha de lubrificantes originais: MAN Fluids. Tem uma<br />
vasta gama de lubrificantes desenvolvidos especialmente para uma elevada<br />
performance dos veículos MAN e Neoplan. As vantagens desta linha de lubrificantes<br />
MAN no nosso país centram-se no lubrificante em si, produzido,<br />
especificamente, para as necessidades dos motores e componentes MAN.<br />
Melhora o seu rendimento e, por conseguinte, reduz o tão importante custo<br />
total de exploração. A particularidade deste produto sintético é que não<br />
deriva do petróleo, mas sim do gás natural, uma patente exclusiva que está<br />
agora à disposição dos clientes da MAN. Esta fórmula consiste na conversão<br />
de gás natural em produtos líquidos de elevada qualidade e pureza, que<br />
servem como base para a produção de lubrificantes com eleva<strong>das</strong> prestações,<br />
que superam, amplamente, os mais exigentes requisitos da MAN.<br />
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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
65<br />
Breves<br />
Alea reforça gama<br />
anticongelantes<br />
Mahle galardoada<br />
pela Volvo<br />
Imprefil tem<br />
condensadores<br />
para camiões<br />
l A Imprefil apresenta uma completa<br />
gama de condensadores de ar condicionado<br />
para camiões, formada por mais<br />
de 20 modelos de condensadores.As<br />
vantagens desta gama de produtos é<br />
a qualidade equiparável à original e a<br />
ampla cobertura de mercado, disponível<br />
para as principais marcas e modelos:<br />
DAF, Iveco, MAN, Mercedes-Benz,<br />
Renault, Scania e Volvo. Os prazos de<br />
entrega são ajustados às necessidades<br />
de cada cliente.<br />
l A Alea, marca do grupo Nors, reforçou<br />
a sua oferta de anticongelantes<br />
na gama “High Performance OAT” com<br />
novas especificações Volvo, Iveco, Cummins<br />
e Caterpillar. Estas especificações<br />
vêm alargar a cobertura da gama a veículos<br />
mais recentes, a partir de Euro V,<br />
estando a oferta de produto composta<br />
ainda com a gama “Heavy Duty” para<br />
veículos anteriores. Estão disponíveis<br />
em vários tipos de embalagem, desde<br />
garrafas de 25 lts, tambores e IBC de<br />
1.000 litros.<br />
Arnott estende<br />
garantia vitalícia<br />
l A Arnott alargou a sua política de<br />
garantia vitalícia a todos os produtos<br />
para clientes na União Europeia.<br />
Desde o passado dia 29 de fevereiro<br />
que os produtos Arnott deixaram de<br />
ter garantia limitada de dois anos para<br />
passar a ter garantia vitalícia limitada.<br />
Com mais de 25 anos de experiência<br />
e um ampliado complexo de pesquisa<br />
e desenvolvimento, a Arnott orgulha-<br />
-se de anunciar que fabrica produtos<br />
cada vez melhores. Ao analisar e corrigir<br />
pontos de falha comuns e fragilidades<br />
nos componentes originais, a Arnott<br />
aumenta a durabilidade, o conforto e<br />
a total satisfação do cliente em cada<br />
peça que vende.<br />
l O Grupo Volvo entregou à Mahle o<br />
prémio de fornecedor 2016 na categoria<br />
“Inovação e Eficiência de Combustível”.<br />
É o reconhecimento do fabricante<br />
da Mahle pela sua inovação e experiência<br />
em veículos comerciais. A Volvo<br />
destacou o pistão de aço Mahle Monoweld,<br />
elemento essencial da unidade<br />
de potência, Power Cell Unit (PCU),<br />
como um exemplo da contribuição<br />
permanente na procura da eficácia de<br />
combustível.Este pistão de duas peças,<br />
soldado por fricção, que é utilizado pela<br />
Volvo desde o lançamento dos motores<br />
Euro 6, foi desenhado para interação<br />
com os demais componentes da PCU<br />
fornecidos também pela Mahle.<br />
Philips passa a ser<br />
vendida pela Sonicel<br />
l A Sonicel deu início à distribuição<br />
e comercialização da gama de lâmpa<strong>das</strong><br />
e acessórios da Philips, uma <strong>das</strong><br />
maiores empresas liga<strong>das</strong> à eletrónica<br />
do mundo e a maior da Europa, com<br />
ven<strong>das</strong> superiores a 30 mil milhões de<br />
euros por ano. A vertente ligada ao automóvel,<br />
a Philips Automotive Lighting,<br />
emprega mais de 47 mil pessoas em<br />
todo o mundo e é a empresa inventora<br />
da lâmpada de halogéneo e da<br />
iluminação Xénon HID. Nesta fase de<br />
lançamento, a Sonicel está a promover<br />
diversas campanhas para os produtos<br />
da marca Philips.<br />
PACEC inicia distribuição<br />
da Zimmermann<br />
l A empresa <strong>das</strong> Cal<strong>das</strong> da Rainha<br />
acaba de adicionar os produtos Zimmermann<br />
à sua oferta para veículos da<br />
marca Mercedes-Benz, através de uma<br />
gama completa de discos e pastilhas de<br />
travão. Com uma oferta de qualidade<br />
já reconhecida por construtores como<br />
Mercedes-Benz, BMW ou Porsche, por<br />
equipar, de origem, modelos destas<br />
marcas, a Zimmermann distingue-se<br />
ainda pelas suas soluções de referência<br />
no que diz respeito ao desempenho na<br />
travagem e à segurança na condução.<br />
Imporfase lançou nova<br />
marca “imporspeed”<br />
l A empresa maiata, que se dedica à<br />
importação e distribuição de sistemas<br />
de escape, filtros de partículas, catalisadores<br />
e ponteiras de escape, lançou a<br />
“imporspeed”, uma marca de ponteiras<br />
e panelas de escape de rendimento em<br />
inox. Associada ao slogan “Designed<br />
for your car”, estrangeirismo que significa<br />
“Desenhado para o seu carro”,<br />
estes novos produtos permitem personalizar<br />
o automóvel em função <strong>das</strong><br />
preferências, bem como alcançar um<br />
rendimento superior.<br />
Vicauto<br />
comercializa Valeo<br />
l A empresa situada em Viseu, especialista<br />
em peças para viaturas pesa<strong>das</strong>,<br />
continua a apostar forte nas marcas de<br />
primeiro equipamento. A mais recente<br />
aquisição para o portefólio da Vicauto,<br />
neste domínio, foi a conceituada marca<br />
Valeo. Trata-se de um fabricante de<br />
reconhecida qualidade em primeiro<br />
equipamento. A oferta da Valeo, em<br />
matéria de peças para pesados, é ampla:<br />
kits de embraiagem, alternadores,<br />
motores de arranque, elevadores de<br />
vidro, comutadores, radiadores, pastilhas<br />
de travão, óticas de farol e farolins,<br />
são apenas alguns dos exemplos dos<br />
produtos em catálogo.<br />
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Reportagem<br />
Convenção Create 2016<br />
Preparar o futuro<br />
› Sob o lema “Melhores Soluções, para os melhores profissionais”, a Create realizou, no passado dia<br />
12 de março, na Quinta <strong>das</strong> Lágrimas, em Coimbra, a sua Convenção Anual, onde foram anuncia<strong>das</strong><br />
várias novidades aos parceiros <strong>das</strong> redes “A Oficina” e “ACC - Auto Check Center”<br />
Por: João Vieira<br />
A<br />
Convenção reuniu todos os membros<br />
<strong>das</strong> redes A Oficina e ACC -<br />
Auto Check Center, num total de<br />
cerca de 300 pessoas. Também estiveram<br />
presentes as principais marcas parceiras<br />
da Create no fornecimento de peças premium.<br />
Nomeadamente: TRW, Bosch,<br />
Mahle, Motul, NTN-SNR, GT Motive, Grupo<br />
Schaffler (LUK-INA e FAG), Spidan e as<br />
marcas de pneus Goodyear-Dunlop e<br />
Momo, para além da marca própria da<br />
Create, a Indieparts.<br />
Para além <strong>das</strong> apresentações dos responsáveis<br />
da Create, o evento contou<br />
com o contributo de uma animada banda<br />
de música, que manteve a boa disposição<br />
do grupo até final.<br />
Carlos Nascimento, diretor-geral da<br />
Create, abriu a Convenção, relembrando<br />
a missão da empresa, que assenta em<br />
três pilares fundamentais: distribuir equipamento<br />
original, serviços de valor acrescentado<br />
e ser diferente dos concorrentes<br />
de uma forma positiva, desenvolvendo<br />
ações que sejam proveitosas para o negócio<br />
<strong>das</strong> oficinas.<br />
“Peças qualquer empresa pode vender,<br />
mas fazê-lo com um serviço de valor<br />
acrescentado que seja uma mais-valia<br />
para o negócio <strong>das</strong> oficinas, apenas algumas<br />
conseguem. A Create ajuda as<br />
oficinas a terem um negócio rentável”,<br />
salientou Carlos Nascimento.<br />
Para comprovar o sucesso do conceito,<br />
Carlos Nascimento, diretor-geral da<br />
Create, apresentou como grandes<br />
novidades a última versão do portal<br />
+ Valor, a assessoria técnica com<br />
a entrada de mais um colaborador<br />
e a aposta reforçada nos pneus, com<br />
o lançamento da marca Momo<br />
foi apresentado um slide onde se podia<br />
ver a curva ascendente de faturação<br />
desde o início da atividade, em 2003, até<br />
aos dias de hoje, tendo aumentado para<br />
o dobro nos últimos cinco anos.<br />
“O negócio de peças tem mudado<br />
muito, passando de um negócio de loja<br />
e telefone, para um negócio muito mais<br />
complexo, com uma forte componente<br />
online. No caso da Create, tínhamos<br />
12.000 referências em 2006 e 36.000 em<br />
2010. Este ano, dispomos de 70.000. Um<br />
grande aumento de referências que exigiu<br />
um forte investimento em meios<br />
informáticos e em recursos humanos de<br />
excelência, conhecedores do aftermarket<br />
em to<strong>das</strong> as suas áreas”.<br />
De acordo com o mesmo responsável,<br />
“para a oficina ter sucesso, tem de adaptar-se<br />
o melhor que conseguir à realidade<br />
atual e perceber que mudanças estão as<br />
acontecer. Os veículos, hoje, visitam a<br />
oficina apenas uma ou duas vezes por<br />
ano, devido ao período alargado <strong>das</strong><br />
Abril I 2016<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
69<br />
Portal com mais<br />
funcionalidades<br />
A Convenção Create contou com a<br />
presença de várias marcas fornecedoras<br />
de peças premium, que apresentaram<br />
novos produtos e serviços. Uma animada<br />
banda de música manteve a boa<br />
disposição do grupo durante o evento<br />
l Uma <strong>das</strong> principais novidades<br />
apresenta<strong>das</strong> na Convenção Create,<br />
foi o novo portal + Valor, que passou<br />
a ter novas funcionalidades e muitas<br />
ferramentas de apoio à gestão.<br />
Para além da integração com o Autodata<br />
e Haynes Pro, o + Valor passou,<br />
também, a integrar o GT Motive,<br />
permitindo, dessa forma, ter acesso<br />
a informação do primeiro equipamento.<br />
Para efeitos de orçamento<br />
e abertura de folha de obra, todo o<br />
processo é mais facilitado, podendo<br />
a oficina encomendar online as peças<br />
e fazer uma fatura discriminada<br />
com o valor do material e da mão<br />
de obra para mostrar ao cliente na<br />
hora. Só funcionalidades, portanto.<br />
revisões. O que significa menos serviço<br />
para a oficina. Os sites de venda de peças<br />
online proliferam e a concorrência é maior.<br />
Tudo fatores que condicionam a rentabilidade<br />
<strong>das</strong> oficinas. Por isso, a Create<br />
centra o sua atividade nos serviços de<br />
valor acrescentado, de modo a permitir<br />
que as oficinas consigam fazer mais coisas<br />
em menos tempo. Se o mercado<br />
muda, temos de adaptar-nos à realidade.<br />
O foco, hoje, tem de ser no cliente e não<br />
no automóvel. E é isso que a Create faz,<br />
Formação sempre!<br />
l A Create aposta na qualificação<br />
técnica dos clientes como forma de<br />
aperfeiçoar as suas competências,<br />
aumentar o portefólio de serviços<br />
que estes prestam aos seus clientes<br />
e assegurar o seu futuro. Por isso, a<br />
formação vai continuar a ser uma área<br />
prioritária para a empresa.A qualidade<br />
da formação é assegurada pela<br />
certificação dos formadores, assim<br />
como todo o material que é disponibilizado<br />
para a realização destas<br />
ações. Além <strong>das</strong> ações de formação<br />
programa<strong>das</strong>, a Create disponibiliza<br />
workshops temáticos adaptados às<br />
necessidades individuais ou pontuais<br />
dos clientes.<br />
dando formação técnica, transmitindo<br />
conhecimento e criando ferramentas que<br />
ajudam, efetivamente, as oficinas a serem<br />
competitivas e rentáveis e capazes de<br />
manter o cliente fidelizado”, concluiu.<br />
n NOVO PORTAL + VALOR<br />
Rui Damas, diretor técnico da Create,<br />
apresentou as potencialidades do novo<br />
Portal + Valor, nomeadamente na área<br />
do apoio técnico, que, a partir de agora,<br />
tem disponível os dados de to<strong>das</strong> as marcas<br />
presentes no mercado, mesmo dos<br />
modelos mais recentes, o que confere<br />
uma grande vantagem competitiva às<br />
oficinas.“Queremos que as oficinas da<br />
rede “A Oficina” e ACC” estejam ao nível<br />
dos concessionários de marca. Para tal,<br />
contratámos Nuno Carvalho, um técnico<br />
com larga experiência na área da mecatrónica,<br />
que vai dar todo o apoio que as<br />
oficinas necessitem no seu dia a dia. Esta<br />
assessoria está disponível através de telefone<br />
ou através do portal +Valor para<br />
todos os clientes da Create. Queremos<br />
que esta assessoria técnica seja uma referência<br />
em Portugal”, disse Rui Damas,<br />
diretor técnico da Create.“Desde o início<br />
do ano que estamos a preparar informação<br />
técnica original e, neste momento,<br />
já temos toda a informação dos fabricantes<br />
conforme eles têm nos concessionários.<br />
Esquemas elétricos originais,<br />
procedimentos de montagem/desmontagem,<br />
localização de componentes,<br />
códigos de avaria e ajuda ao diagnóstico,<br />
A marca própria Indie Parts, uma solução<br />
premium para as referências que os<br />
fornecedores não conseguem cobrir,<br />
esteve em destaque na Convenção<br />
são alguns dos dados agora disponíveis<br />
no novo Portal + Valor. A linha de apoio<br />
hotline está a criar uma base de dados<br />
com avarias típicas, baseada nos casos<br />
reais que chegam, diariamente, aos técnicos<br />
da Create.<br />
Mas o grupo está, também, atento à<br />
evolução <strong>das</strong> novas TIC aplica<strong>das</strong> ao automóvel<br />
e, por isso, tem já em desenvolvimento<br />
uma linha de suporte de<br />
diagnóstico remoto com fabricantes de<br />
veículos Passthru e com equipamentos<br />
que tem ao dispor. “Para estarmos ao nível<br />
<strong>das</strong> marcas, temos de conseguir fazer<br />
diagnóstico remoto online e, para isso,<br />
estamos a desenvolver o Passthru. O nosso<br />
compromisso é desenvolver as ações<br />
necessárias que permitam às oficinas <strong>das</strong><br />
nossas redes estarem ao nível dos fabricantes”,<br />
disse Rui Damas.<br />
n APOSTA NOS PNEUS<br />
Pedro Proença, diretor comercial e de<br />
marketing da Create, anunciou as novas<br />
representações de marcas de pneus que<br />
o grupo passou a disponibilizar para a<br />
sua rede de oficinas: Goodyear/Dunlop<br />
e Continental no segmento premium,<br />
Sava e Momo no segmento quality, sendo<br />
esta última uma marca exclusiva do<br />
grupo.<br />
Na sua apresentação, Pedro Proença<br />
destacou o facto de o mercado de pneus<br />
estar em crescimento há mais de quatro<br />
anos consecutivos, sendo, por isso, um<br />
bom produto para as oficinas ganharem<br />
dinheiro mas, também, para chamarem<br />
clientes para as suas instalações.<br />
“Não é por acaso que as grandes multinacionais<br />
de serviços rápidos auto<br />
utilizam os pneus para chamarem mais<br />
clientes às suas oficinas. O pneu é um<br />
produto que leva muitos automobilistas<br />
às oficinas e agora o trabalho principal<br />
é mudar a mentalidade dos automobilistas,<br />
para que se habituem a substituir<br />
os pneus na oficina onde fazem os serviços<br />
de manutenção mecânica dos seus<br />
veículos”, afirmou Pedro Proença.<br />
Sobre a nova marca de pneus Momo,<br />
que representam em exclusivo, o responsável<br />
justificou esta escolha não só pela<br />
excelente relação preço/qualidade que<br />
ela oferece mas, também, por ser uma<br />
gama de posicionamento médio, um tipo<br />
de pneu que se vende cada vez mais.<br />
Desta forma, acreditamos que os nossos<br />
clientes vão poder vender mais um produto<br />
do universo Create, portanto com<br />
grande qualidade”.<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016
70<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Of icina do Mês<br />
CHECKPOINT<br />
tes na compra. E na rapidez com que<br />
pomos cá os materiais”, avança.<br />
Veja o vídeo em jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
■ CONCEITO DE BAIRRO<br />
Grande parte da atividade da CheckPoint<br />
são serviços rápidos. “Não há como fugir.<br />
Diria que 80% da história do automóvel<br />
são serviços rápidos”, adianta Nuno Lopes.<br />
Aquilo que distingue a sua casa? “A confiança.<br />
Trabalhos pesados, mecânica e<br />
diagnósticos minuciosos e motor (também<br />
os reparamos), vêm aqui todos”,<br />
assegura o gerente.<br />
O responsável tem uma visão muito<br />
particular sobre as manutenções low cost.<br />
“Temos preços competitivos, mas isso será<br />
o mesmo que dizer que o fabricante está<br />
errado. Que os engenheiros que fazem o<br />
carro não sabem o que estão a fazer. E o<br />
barato sai sempre caro”, explica.<br />
Não foi por acaso que Nuno Lopes nunca<br />
Diferença humana<br />
› O departamento de peças é a nova coqueluche da CheckPoint. A oficina,<br />
situada no coração de Cascais, aposta na qualidade e só trabalha com material<br />
novo. A componente humana é o maior capital da empresa<br />
Por: Jorge Flores<br />
Com apenas 33 anos de idade, Nuno<br />
Lopes fala já com a sabedoria da<br />
experiência vivida. Para ele, tudo<br />
começou muito cedo. O negócio corre-lhe<br />
nas veias. O gerente da CheckPoint, situada<br />
em pleno centro de Cascais, recorda<br />
ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> como tudo começou,<br />
em 2008, com a abertura da oficina.<br />
Na altura, ainda com o cunho da Precision,<br />
depois de se ter formado em engenharia<br />
mecânica e de ter estagiado na marca,<br />
bebendo tudo quanto era formação e de<br />
ter chegado a estudar os próprios manuais,<br />
made in USA, nos tempos livres.<br />
O negócio correu bem, contra a tendência<br />
da economia do país. Implicou investimento<br />
e a remodelação de todo o<br />
espaço. “Era um buraco, escuro, uma<br />
antiga estação de serviço”, recorda Nuno<br />
Lopes, nascido e criado em Cascais. Não<br />
hesitou, nunca, nem um minuto, na escolha<br />
do local.<br />
Continuava “apaixonado” pelo conceito<br />
da Precision e ampliou a casa, em 2010,<br />
com a aquisição da loja do lado. “Não tínhamos<br />
mãos a medir com o trabalho.<br />
Empurrávamos os carros para fechar a<br />
porta. Foi quase noutra vida. Abri ainda<br />
uma loja de informática”, revela.<br />
A saúde do negócio era tal que, um ano<br />
depois, abriu outra loja em Carnaxide. Mas<br />
os tempos seguintes não foram os melhores.<br />
A Precision caía a pique e gerava<br />
sentimentos dúbios a Nuno Lopes. “Re-<br />
ceberam-me da melhor maneira quando<br />
era miúdo. Ganhei paixão. Gostava de<br />
todos. Éramos o melhor centro da rede”,<br />
diz. Por outro lado, “o preço era altíssimo”.<br />
Havia uma decisão a tomar. “O conceito<br />
já não existia. A Precision estava sem<br />
dono”. Negociou a saída e fê-lo de uma<br />
forma positiva, apesar de ter entregue,<br />
como condição, o centro de Carnaxide.<br />
“Se vou começar tudo do zero, a minha<br />
energia vai fazer muita diferença”, pensou.<br />
E melhor o fez. E foi assim que, em 2013,<br />
no pico da crise, nasceu a CheckPoint.<br />
■ DEPARTAMENTO DE PEÇAS<br />
Três anos decorridos sobre esta nova<br />
existência como CheckPoint, muitos<br />
veículos passaram pelas arca<strong>das</strong> da oficina.<br />
“Houve uma evolução muito forte<br />
na minha equipa e na oferta. Na altura,<br />
defendia trabalhar mais para recebermos<br />
o mesmo. Era a minha definição de crise.<br />
E havia outra frase que estava sempre<br />
a vender cá dentro: temos de ter mais<br />
carros para atingir a mesma faturação”,<br />
adianta Nuno Lopes ao nosso jornal. “O<br />
princípio foi correto para a formação da<br />
minha equipa para a nova fase. Mas não<br />
foi o que aconteceu”, reconhece. A fatura<br />
média subiu e o car acount desceu. Não<br />
percebia. Em 2015, estava a fazer o meu<br />
recorde de ven<strong>das</strong> de sempre. Mas de<br />
longe”, afirma o responsável. Agora, já<br />
entende. Tudo se resumia a uma equação<br />
simples. “Menos manutenção, mais<br />
reparação e mais sinistros. Foi o que<br />
aconteceu”.<br />
A aposta na qualidade foi uma premissa<br />
de sempre. “Fomos construindo uma realidade<br />
de confiança. A nossa imagem<br />
sempre foi de garantia e de credibilidade.<br />
Só trabalhamos com peças novas ou de<br />
qualidade equivalente. Mais uma vez,<br />
estamos contra a tendência do mercado”,<br />
sublinha Nuno Lopes ao nosso jornal.<br />
Uma <strong>das</strong> grandes apostas da oficina foi<br />
no melhoramento da “capacidade de comunicação<br />
interna”. Com recurso à tecnologia.<br />
“Criámos um departamento de<br />
peças. Começou por ser um computador<br />
e, hoje, é um departamento a sério. Tem<br />
seis ecrãs e uma televisão. Um pequeno<br />
gabinete. Se queremos estar num mercado<br />
tão competitivo, em termos de rapidez<br />
e de preço, e a ter qualidade como<br />
a que temos, temos de ser muito eficien-<br />
85% <strong>das</strong> reparações na CheckPoint são<br />
concluí<strong>das</strong> no dia<br />
abdicou do espaço onde se encontra, no<br />
centro de Cascais. Ou não aproveite a<br />
oficina (e muito...) o conceito de bairro.<br />
Tem muitos fiéis na sua carteira de mais<br />
de 17 mil clientes. “Defendemos o carimbar<br />
do livro de manutenção. Sabe muito<br />
bem ver carimbos da manutenção de<br />
2008”, afirma.<br />
Nuno Lopes sempre apostou numa<br />
equipa jovem. “Fui dando vários aumentos<br />
desde que abri a CheckPoint, numa<br />
equipa que nunca ganhou mal. E sei que<br />
a nossa diferença é uma diferença humana.<br />
Tentamos desfrutar ao máximo de<br />
tudo o que construímos juntos”, sublinha.<br />
Ao todo, atualmente, são oito os funcionários<br />
da empresa. O seu objetivo é ir<br />
desaparecendo na estrutura. A arte de<br />
tornar-se “inútil”. Ou seja, “evitar repetições,<br />
trabalho que não construtivo. O que faço<br />
é desenvolver o sistema. Seguir o organigrama<br />
da melhor forma possível, conseguir<br />
ser forte no ponto mais fraco de<br />
quase to<strong>das</strong> as empresas: a comunicação<br />
interna. Permitir que as pessoas andem<br />
felizes, porque sentem reconhecimento<br />
e que estão a evoluir”, salienta Nuno Lopes,<br />
confessando que, no futuro, a aposta no<br />
franchising nunca será descabida.<br />
CHECKPOINT<br />
Gerente | Nuno Godinho Lopes<br />
Sede Av.ª Dom Pedo I, n.° 275 r/c, 2750 - 786 Cascais | Telefone 914 180 172 | Email ng@checkpointauto.pt | Site www.checkpointauto.pt<br />
Abril I 2016<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016
72<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Produto MOBIL 1 WORKSHOP PROGRAM<br />
Carimbo de qualidade<br />
› A adesão ao Mobil 1 WP é uma oportunidade para as oficinas independentes transmitirem confiança<br />
aos seus clientes. Um “carimbo” de qualidade, salienta Marco Pacheco, responsável da Lubrigrupo<br />
Por: Jorge Flores<br />
associado a uma <strong>das</strong> marcas mais fortes<br />
do mercado, que ajudam a criar uma<br />
proposta vencedora. A qualidade dos<br />
lubrificantes Mobil é mundialmente reconhecida,<br />
não é indiferente a ninguém<br />
e é sabido que proporcionam resultados<br />
excecionais quando bem aplicados”, entarão<br />
para repetir a experiência, encorajando<br />
amigos e familiares a fazer o<br />
mesmo. Desta forma, com o Mobil 1 WP,<br />
todos os intervenientes neste processo<br />
têm muito a ganhar”, sublinha.<br />
n QUALIDADE, ACIMA DE TUDO...<br />
A qualidade do produto ainda é um<br />
fator decisivo para os clientes. E a tendência<br />
é, cada vez mais, essa. “Hoje em dia, o<br />
cliente final está muito mais informado<br />
sobre qual o lubrificante que deve aplicar<br />
no seu automóvel e quais as aprovações<br />
que este deve cumprir. Adicionalmente,<br />
reconhece, também, os benefícios da sua<br />
aplicação, como são exemplo os intervalos<br />
de mudança alargados e a potencial<br />
economia de combustível”, conta. Nestes<br />
aspetos, “os lubrificantes Mobil destacam-<br />
-se como diferenciadores dos demais<br />
concorrentes, por cumprirem as homologações<br />
dos fabricantes e não apenas as<br />
recomendações da marca”, sublinha Marco<br />
Pacheco, crente de que, também os clientes<br />
tenderão, sem quaisquer dúvi<strong>das</strong>, “a<br />
favorecer o valor sobre o preço”.<br />
E, nesse contexto, “os lubrificantes<br />
Marco Pacheco, da Lubrigrupo, acredita na força de uma marca como a Mobil<br />
Mobil nunca comprometem em matéria<br />
de qualidade”.<br />
Depois, a associação a uma marca como<br />
a dos lubrificantes Mobil é um reforço<br />
positivo na imagem dos potenciais parceiros.<br />
“Ter uma marca forte de liderança<br />
é importante. Com a Mobil, o cliente fica<br />
Num mercado global e competitivo,<br />
como o atual, a parceria com uma<br />
marca sólida é um privilégio a ter<br />
em elevada consideração. Os problemas<br />
deixam de ser individuais. E as soluções<br />
passam a ser conjuntas. O Mobil 1 Worshop<br />
Program (WP) é disso o melhor<br />
exemplo. Marco Pacheco, um dos responsáveis<br />
da Lubrigrupo, explicou ao<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> quais os benefícios<br />
que as oficinas independentes têm ao<br />
aderir ao programa do grupo. Desde logo,<br />
são “identifica<strong>das</strong> como membros autorizados<br />
e qualifica<strong>das</strong> para aplicar os<br />
lubrificantes da Mobil. Essa é uma <strong>das</strong><br />
principais vantagens desta iniciativa”,<br />
refere. E concretiza: “O facto de to<strong>das</strong> as<br />
oficinas terem a mesma imagem, uma<br />
visão profissional e cuidadosa, permite<br />
ao cliente final reconhecer imediatamente<br />
a excelência do serviço que se<br />
pratica no interior da mesma, uma vez<br />
que todos os membros do Mobil 1 WP<br />
foram criteriosamente escolhidos pela<br />
Lubrigrupo. Os clientes valorizam uma<br />
recomendação e mudança de óleo feita<br />
por especialistas. Significa isto, que vol-<br />
Abril I 2016<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
73<br />
uma prioridade”, destaca Marco Pacheco.<br />
Adicionalmente, “a aparência da oficina<br />
é outro fator considerado por nós. Garantir<br />
que o compartimento do óleo está<br />
limpo, arrumado e reparado assegura<br />
que a experiência de serviço de lubrificação<br />
ocorre num ambiente descontraído,<br />
profissional e adequado. Desta<br />
Nuno Pinto (à esq.) é o gerente da GPR. A oficina<br />
de Vizela aderiu ao Mobil 1 há 10 anos<br />
Mobil 1 Program<br />
5 razões<br />
para aderir<br />
São vários os aliciantes para<br />
fazer parte do Mobil 1<br />
Program. Eis o top 5 que os<br />
potenciais parceiros devem<br />
ter em linha de conta no<br />
momento de tomar a decisão<br />
fatiza o responsável. Além disso, acrescenta<br />
a mesma fonte, “a gama de<br />
lubrificantes Mobil para o motor é encabeçada<br />
pelo Mobil 1, líder mundial de<br />
lubrificantes sintéticos para o motor”. Ou<br />
seja, ganha “uma excelente reputação<br />
de desempenho, inovação e conhecimento.<br />
Considerando esta informação,<br />
é natural que a associação a uma marca<br />
como a Mobil seja um forte diferenciador<br />
comparativamente à concorrência. Transmitem<br />
confiança, dado que os clientes<br />
procuram marcas bem estabeleci<strong>das</strong>,<br />
que, por sua vez, resultarão numa lealdade<br />
difícil de substituir”, afirma.<br />
n ATENTOS AOS CLIENTES<br />
A excelência operacional desta inicia-<br />
principal objetivo da Lubrigrupo, para<br />
O os próximos tempos, passa por “manter<br />
os índices de qualidade <strong>das</strong> oficinas<br />
que fazem parte do Mobil 1 WP no mais<br />
alto patamar possível”, garante Marco<br />
Pacheco. De igual forma, “pretendemos<br />
fortalecer o conceito de fidelização,<br />
criando condições para que a experiência<br />
numa oficina Mobil 1 WP seja considerada<br />
diferenciadora <strong>das</strong> demais pela sublimidade<br />
dos serviços prestados”, acrescenta.<br />
A Lubrigrupo foi,<br />
recentemente,<br />
galardoada pela<br />
ExxonMobil com<br />
o prémio “Circle of<br />
Excellence”<br />
tiva é conseguida através do foco em<br />
princípios e valores. “Os membros do<br />
Mobil 1 WP deverão ser sensíveis às necessidades<br />
do cliente, realizar serviços<br />
de lubrificação de uma forma completa<br />
e correta e certificar que a segurança é<br />
Mobil 1 em Portugal<br />
Manter conceito de fidelização<br />
A Lubrigrupo defende que a qualidade<br />
não se mede pela quantidade. E, nesse<br />
sentido, “a ideia inicial passa por fortalecer<br />
esta iniciativa, tornando-a autónoma,<br />
acompanhando sempre de perto a evolução<br />
de cada uma <strong>das</strong> oficinas”, afirma.<br />
Deste modo, os melhores membros do<br />
Mobil 1 WP serão premiados num evento<br />
anual. E os vencedores serão aqueles que<br />
mais se destacarem em determina<strong>das</strong><br />
áreas, como o maior volume de compras<br />
forma, o cliente quererá voltar”, diz. Em<br />
suma, “as oficinas deverão querer ser as<br />
melhores da sua classe, definindo e mantendo<br />
os mais elevados níveis de qualidade”,<br />
adianta o responsável.<br />
Tudo virtudes presentes na GPR, uma<br />
<strong>das</strong> oficinas Mobil 1 WP, situada em Vizela.<br />
O gerente, Nuno Pinto, faz questão de<br />
frisar que, desde a abertura da casa, “há<br />
mais de 10 anos”, que não usa nada mais<br />
além dos produtos Mobil. “E não vamos<br />
mudar”, reforça. Porquê? “Estamos muito<br />
satisfeitos”, o que, “aliado à exigência dos<br />
nossos clientes”, significa que “vamos<br />
continuar a servi-los com Mobil”. Depois<br />
de uma década de parceria, Nuno Pinto<br />
fala mesmo de “uma herança” que se<br />
orgulha de desenvolver.<br />
Mobil 1 e melhor uso da imagem, entre<br />
muitos outros. “Sendo um projeto a nível<br />
europeu, pretendemos, acima de tudo,<br />
que o caso português seja considerado<br />
um exemplo de sucesso, dando, assim,<br />
continuidade à recente distinção da Lubrigrupo<br />
nos prémios anuais da Exxon-<br />
Mobil “Circle of Excellence”, onde esta<br />
iniciativa foi premiada com o galardão<br />
máximo de Ouro”, afirma Marco Pacheco<br />
ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>.<br />
l Confiança | Os clientes procuram<br />
marcas fortes e que transmitam confiança.<br />
Os lubrificantes Mobil são<br />
desenvolvidos para um mercado em<br />
evolução, sendo alvo de testes rigorosos<br />
e que garantem proteção e<br />
desempenho.<br />
l Lealdade | Leais à sua marca favorita<br />
e apaixonados pelo seu carro,<br />
os clientes gostam de conduzir e<br />
recomendarão aos outros, caso tenham<br />
uma boa experiência. Para<br />
muitos, a Mobil é a sua marca de<br />
eleição.<br />
l Recomendações | As recomendações<br />
dos construtores de equipamentos<br />
originais ou dos especialistas<br />
são fundamentais para os clientes.<br />
Os lubrificantes Mobil são recomendados<br />
pelos principais fabricantes de<br />
automóveis.<br />
l Valor | Os clientes tendem a favorecer<br />
o valor sobre o preço. Assim, os<br />
produtos Mobil nunca comprometem<br />
em matéria de qualidade, o que poderá<br />
garantir excelentes margens,<br />
através do aumento de ven<strong>das</strong>.<br />
l Simplicidade | Um catálogo com<br />
muitas marcas poderá ser confuso.<br />
As oficinas devem oferecer uma gama<br />
de lubrificantes Mobil que cubra to<strong>das</strong><br />
as necessidades dos condutores.<br />
E fornecer explicações e recomendações<br />
fundamenta<strong>das</strong> no conhecimento<br />
do produto.<br />
Publicidade<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016
74<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Empresa BATTERY DOCTORS<br />
Veja o vídeo em jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
Doctors apostou forte numa rede de<br />
franchising. Perto de 20 parceiros. Cobriam<br />
o país todo e atuavam, essencialmente,<br />
em baterias de arranque. Mas o<br />
negócio veio a revelar-se vulnerável.<br />
“Muitos dos franchisados quase só faziam<br />
a recolha do resíduo e vendiam depois<br />
às recicladoras. Não faziam o processo<br />
de regeneração. Havia casas, com a nossa<br />
imagem, a fazer o papel de sucateiras.<br />
Quando a ideia, obviamente, não seria<br />
essa”, lamenta Abílio Silva. Nos anos seguintes,<br />
foi necessário empreender uma<br />
limpeza na rede. Recomeçar. E recomeçar,<br />
através de outros nichos do mercado,<br />
como o <strong>das</strong> baterias de tração, com movimento<br />
de carga, específicas do ramo<br />
industrial, que acabou por servir para a<br />
Battery Doctors superar, com sucesso,<br />
os anos de crise económica do país.<br />
Atualmente, a empresa conta apenas<br />
com três parceiros: um nos Açores, outro<br />
no norte e um terceiro na zona centro.<br />
Pertence à casa-mãe, em Cascais, a cobertura<br />
nacional.<br />
Mas está determinada em voltar a “ata-<br />
Clínica de baterias<br />
› A Battery Doctors é uma empresa especialista na regeneração e manutenção<br />
de baterias. A receita? Aplicar um composto químico que reverte processos<br />
de sulfatação e oxidação, prolongando-lhes, assim, a vida. O mercado ibérico<br />
e as baterias de arranque são a prescrição do futuro<br />
Por: Jorge Flores<br />
A Battery Doctors é uma empresa<br />
certificada para o armazenamento<br />
temporário de baterias<br />
As baterias, à semelhança dos corações<br />
humanos, têm um determinado<br />
prazo de validade. Em<br />
ambos os casos, quanto maiores forem<br />
os cuidados, maior será a sua esperança<br />
de vida. Neste contexto, a ciência da<br />
Battery Doctors, empresa de origem<br />
norte-americana e presente em Portugal,<br />
em Cascais, desde 2005, é tratar da<br />
“saúde” <strong>das</strong> baterias, através de uma<br />
“receita” química. Um composto que,<br />
conforme explica Abílio Silva, CEO dos<br />
“doutores”, consegue reverter o processo<br />
de sulfatação e oxidação que tantas baterias<br />
mata. Trata-se de um processo de<br />
regeneração “irreversível” e que poderá<br />
aumentar a esperança de vida <strong>das</strong> mesmas<br />
até dois anos – ou ainda pouco mais.<br />
O responsável da Battery Doctors contou<br />
ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> que o negócio<br />
se encontra numa importante fase de<br />
conquista de mercado. O objetivo é atacar<br />
em várias vertentes, afirma Abílio Silva,<br />
também ele, dotado de experiência em<br />
áreas profissionais tão distintas como a<br />
moda, multinacionais como a Mars, ou<br />
ainda uma passagem (que viria a revelar-<br />
-se decisiva) na área dos agroquímicos.<br />
A empresa faz a reutilização de cerca<br />
de 20% <strong>das</strong> baterias usa<strong>das</strong>. Um grande<br />
contributo em termos ambientais<br />
Ou não tenha sido a partir daqui, que, em<br />
1999, montou a Globster, empresa, que,<br />
de há 11 anos a esta parte, detém os direitos<br />
da Battery Doctors para Portugal,<br />
Espanha e restantes países da CPLP.<br />
n MÉTODO PREVENTIVO<br />
O know-how é o ás de trunfo da empresa.<br />
“Penso que é um negócio inovador.<br />
Ainda hoje não temos concorrência. A<br />
que existe, opera através de processos<br />
elétricos, que dão estímulos às baterias<br />
para que o sulfato saia da bateria. Mas<br />
são processos reversíveis. Não irreversíveis,<br />
como o nosso”, adianta. A fórmula<br />
da Battery Doctors permite, inclusive,<br />
fazer uma “terapia” preventiva, antecipando<br />
os problemas recorrentes <strong>das</strong><br />
baterias. Pela primeira vez, a empresa está<br />
a fazer um processo, com um modelo da<br />
Mercedes-Benz, no qual aplica o químico<br />
numa bateria... ainda nova. “Se o processo<br />
for preventivo, a bateria nunca vai sulfatar”,<br />
assegura o responsável, ciente, porém,<br />
da dificuldade de explicar a clientes<br />
como as oficinas, os stands ou, inclusivamente,<br />
as casas de ven<strong>das</strong> de baterias, a<br />
necessidade de aplicar um “tratamento”<br />
a baterias que ainda estão a 100%.<br />
Nesta fase, o mais importante é passar<br />
a mensagem. Nem sempre é fácil. “Temos<br />
clientes que demorámos dois anos a<br />
conquistar”, diz. Como? “Ficam seis meses<br />
à espera, ou mesmo um ano, até ver<br />
que a bateria continua a funcionar sem<br />
problemas. Criar credibilidade demora<br />
tempo”, afirma.<br />
n BATERIAS DE ARRANQUE<br />
No arranque da sua atividade, a Battery<br />
car”, seriamente, o mercado <strong>das</strong> baterias<br />
de arranque. “Estamos mais preparados<br />
do que há 10 anos”, reforça o CEO da<br />
empresa. Se, hoje, este nicho representa<br />
apenas 20’% da atividade da Battery<br />
Doctors, a médio-prazo, o objetivo é que<br />
50 a 60% <strong>das</strong> suas intervenções sejam<br />
em baterias de arranque. “É um mercado<br />
maior do que o <strong>das</strong> baterias de tração”,<br />
adianta.<br />
Nos próximos tempos, a ideia será concentrar<br />
as atenções no mercado ibérico.<br />
“Quer na parte industrial, quer na parte<br />
<strong>das</strong> baterias de arranque, no mercado<br />
automóvel”.<br />
Abílio Silva pretende ainda alargar a<br />
rede da Battery Doctors, mas num registo<br />
mais seletivo. E também apreciaria que<br />
os fabricantes deixassem de encarar a<br />
empresa como uma concorrente. “Acho<br />
que podíamos perfeitamente estar ligados<br />
a um fabricante de baterias. Se eles<br />
tivessem a perceção de que a única coisa<br />
que estamos a fazer é retardar o envio<br />
<strong>das</strong> baterias para o destino final, poderiam<br />
ter uma marca com uma segunda<br />
linha de baterias ecológica, em que recuperassem<br />
o próprio resíduo”, sustenta.<br />
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76<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Empresa HERBUMATIC<br />
Mundo automático<br />
› Situada em Samora Correia, a Herbumatic é uma empresa de capital 100%<br />
português, mas com uma muito forte ligação à Automatic Choice de Espanha.<br />
As caixas automáticas são o seu mundo<br />
cher esse campo”, afirma. E sublinha, a<br />
propósito, que, no nosso país, “até há uns<br />
anos, era um mercado muito fechado.<br />
As novas tendências não indicam isso.<br />
Tem de começar a abrir. Se não for por<br />
nós, será por outras pessoas”, diz.<br />
A Herbumatic, refira-se, é uma empresa<br />
revendedora de peças e lubrificantes para<br />
este nicho de mercado, mas que funciona,<br />
paredes meias, com a oficina RC<br />
Auto, que realiza os serviços de reparação<br />
e manutenção <strong>das</strong> caixas automáticas,<br />
“bebendo” o know-how adquirido pela<br />
equipa nos últimos anos.<br />
n MUDANÇA DE MENTALIDADES<br />
Com uma equipa composta por cinco<br />
funcionários e uma área de 450 m2, a<br />
Herbumatic implicou um investimento<br />
próximo dos €100.000. O material específico<br />
para caixas automáticas é muito<br />
dispendioso. “Não conheço nenhuma<br />
ferramenta por menos de €300”, garante<br />
Carlos Rebola.<br />
Mas o caminho da indústria automóvel<br />
será... automático. Carlos Rebola não tem<br />
Por: Jorge Flores<br />
grandes dúvi<strong>das</strong>. E explica porquê: “Existem<br />
marcas de automóveis cuja caixa<br />
mecânica já passou a ser opção. As marcas<br />
de topo. Algumas nem sequer a têm<br />
disponível. Os entendidos, que estudam<br />
este setor, preveem que, entre 2020 e<br />
2025, o mercado global seja de 60% de<br />
caixas automáticas”, sublinha. “Mas o<br />
grande mercado <strong>das</strong> caixas automáticas<br />
não será o dos veículos topo de gama,<br />
mas sim o dos citadinos e utilitários”, acrescenta<br />
Carlos Rebola, convicto de que as<br />
transmissões automáticas também têm<br />
uma palavra a dizer na desejável redução<br />
<strong>das</strong> emissões de gases poluentes.<br />
Atualmente, chegam ao mercado do<br />
pós-venda caixas automáticas com cinco<br />
ou seis anos. “Andamos sempre uma geração<br />
de caixas atrasada. É isso que faz<br />
mexer o pós-venda, não o mercado novo”,<br />
revela a mesma fonte ao nosso jornal.<br />
n PEÇAS E LUBRIFICANTES<br />
Fundamental para a atividade da Herbumatic<br />
é a linha de lubrificantes da<br />
italiana Pakelo. O objetivo não é ficar com<br />
Carlos Rebola acredita que, quando bem<br />
reparada, dificilmente uma caixa automática<br />
apresentará falhas<br />
O<br />
mundo <strong>das</strong> caixas automáticas<br />
não tem grandes segredos para<br />
a Herbumatic. A empresa constituída<br />
por capitais 100% portugueses e<br />
localizada em Samora Correia, tem uma<br />
profunda ligação com a Automatic<br />
Choice de Espanha, tal como assume<br />
Carlos Rebola. Ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, o<br />
gerente da empresa inaugurada em maio<br />
de 2015 revela que a sua experiência,<br />
neste setor, adquiriu-a precisamente a<br />
sul do país de nuestros hermanos.<br />
A criação da Herbumatic derivou de<br />
um desejo de Carlos Rebola regressar a<br />
Portugal. Algo que acabou por realizar<br />
com o apoio da empresa espanhola, que<br />
se encontrava numa fase de reorganização<br />
interna. Durante o primeiro ano de<br />
atividade, quase cumprido, o objetivo<br />
foi “desbravar o mato, o que não foi fácil”,<br />
admite o responsável da empresa, que<br />
aponta para dois tipos de clientes. “Os<br />
reparadores, o nosso maior volume de<br />
clientes, pessoas que já reparam, e os<br />
clientes que procuram resolver a sua<br />
necessidade. Também estamos a preeno<br />
mercado português. Oficialmente, este<br />
pertence a Espanha, mas antes servir<br />
como “elo” de ligação. “A minha função<br />
é estudar e dinamizar o mercado de peças.<br />
O nosso principal negócio”, reforça.<br />
Depois, através da oficina RC Auto, “reparamos<br />
e fazemos a manutenção <strong>das</strong><br />
caixas, porque este é o nosso mundo”,<br />
adianta Carlos Rebola.<br />
A qualidade é indispensável nesta atividade.<br />
“O mercado encarrega-se de<br />
filtrar os bons dos menos bons”, afirma.<br />
Porém, nem sempre é fácil cobrar o valor<br />
justo por um trabalho competente.<br />
“Alguns clientes, quando ouvem falar<br />
em €2.000 pensam... caramba!”. Carlos<br />
Rebola conta o episódio de um cliente<br />
que mostrou um orçamento de €1.250.<br />
“Carro pronto”. Supostamente, uma poupança<br />
de €750. “Não há segredos aqui.<br />
Qualquer um pode assistir à montagem<br />
e reparação, seja cliente oficina ou particular.<br />
Só funcionamos com o material<br />
todo junto. E com bom material. Não se<br />
consegue perceber como esse senhor,<br />
sem ver sequer o que tinha a caixa, conseguiu<br />
apresentar esse orçamento de<br />
€1.250. Mas, dois meses depois, deu<br />
asneira. E o cliente teve de pagar mais<br />
€1.000. €2.250, no total. Bem reparada,<br />
as probabilidades de uma caixa automática<br />
falhar são muito baixas. Mal reparada,<br />
são muito eleva<strong>das</strong>”, resume o<br />
responsável.<br />
Diretor técnico | Carlos Rebola<br />
Sede: Pinhal da Misericórdia, 2135 - 402 Samora Correia | Telefone: 263 651 044 | Email: herbumaticportugal@sapo.pt<br />
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78<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Empresa MOTORMÁQUINA<br />
Vista privilegiada<br />
› A Motormáquina mudou-se para umas novas instalações, em Camarate,<br />
dota<strong>das</strong> de uma vista privilegiada sobre o mundo <strong>das</strong> peças. A especialista<br />
em 4x4 (sobretudo da marca Land Rover) renovou a sua imagem<br />
Uma mudança de instalações,<br />
quando feita de forma inteligente,<br />
não obriga a ocupar um espaço<br />
maior para ser benéfica. Que o diga a<br />
Motormáquina, que recebeu o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong><br />
<strong>Oficinas</strong> na sua nova “casa”, em Camarate,<br />
ainda a cheirar a nova, e onde pretende<br />
melhorar a qualidade do serviço prestado<br />
aos seus clientes. Uma oportunidade ímpar<br />
para renovar a imagem que acompanha<br />
a empresa, criada em 1959.<br />
Vítor Santos e Renato Santos, ambos<br />
gerentes da Motormáquina, explicaram<br />
ao nosso jornal que, os 3.000 m 2 ocupados<br />
até aqui pela empresa, em Sacavém, já<br />
não se adequavam às suas necessidades.<br />
Era necessário entrar numa nova era.<br />
Numa palavra: modernizar! Daí o novo<br />
espaço ser mais pequeno, mas mais “funcional”<br />
e com áreas distintas para cada<br />
um dos departamentos.<br />
máquina existe”, afirma Vítor Santos.<br />
Outra vantagem? “Temos imensos clientes<br />
de Cabo verde, de Angola e de Moçambique<br />
que vêm a Lisboa, porque nos<br />
conhecem e precisam <strong>das</strong> peças para as<br />
viaturas 4x4. Se lhe dissessemos que<br />
estávamos em Camarate, se calhar, não<br />
lhes dizia nada, mas a proximidade ao<br />
aeroporto é fundamental”, garante o<br />
mesmo responsável.<br />
A secção <strong>das</strong> peças já está a funcionar<br />
a 100%. Basta observar o ritmo dos telefonemas<br />
que a Motormáquina recebe,<br />
ao minuto, na ampla divisão que lhe está<br />
afeta. Para o próximo ano, será transferida<br />
toda a oficina.<br />
Quanto à renovação da imagem, Vítor<br />
Santos reconhece que “não foi consensual”.<br />
E compreende. “O nosso logótipo<br />
foi muito forte e marcou uma presença<br />
durante muitos anos, mas queremos mostrar<br />
que podíamos melhorar e que temos<br />
capacidade para evoluir”. A este propósito,<br />
Renato Santos sublinha ainda a importância<br />
passar a mensagem. “Somos uma<br />
empresa moderna, com pessoas jovens,<br />
e que consegue adaptar-se às novas possibilidades<br />
do mercado”. A seu favor, a<br />
Motormáquina tem “o melhor stock de<br />
peças Land Rover do país. É fantástico<br />
como conseguimos ter melhor stock do<br />
que os concessionários Land Rover”, enfatizam<br />
os dois responsáveis da empresa.<br />
Por: Jorge Flores<br />
n LAND ROVER, SEMPRE...<br />
O edifício pode ser novo. A imagem<br />
também. Mas há algo que nunca muda<br />
na vida da Motormáquina. A sua ligação<br />
umbilical à Land Rover. “No nosso site, um<br />
dos slogans é: especialistas em Land Rover!<br />
Continuamos a ser conhecidos assim.<br />
E, no futuro, vamos ter uma oficina moderna<br />
nestas instalações. Trabalhamos<br />
com viaturas 4x4. Mas somos especialistas<br />
em Land Rover”, reforça.<br />
Vítor Silva acredita que, no futuro, a<br />
Vítor Santos e Renato Santos, nas novas<br />
instalações em Camarate, mantêm,<br />
também, os olhos na loja do Porto. “A<br />
presença na expoMECÂNICA significa<br />
que valorizamos muito o que se passa a<br />
norte do país”, afirmam<br />
n PRÓXIMOS DO SETOR<br />
O novo edifício, situado em Camarate,<br />
tem uma vista privilegiada sobre a CRIL<br />
e representa um chamativo para novos<br />
clientes. “Temos 600 m 2 e pretendemos<br />
alargar para mais 750 m 2 . A localização é<br />
fantástica devido à sua visibilidade. Vamos<br />
ter um anúncio com o nosso logótipo. E,<br />
por isso, também queremos atrair outras<br />
pessoas que, se calhar, até vivem em Lisboa<br />
e nem sequer sabem que a Motorempresa<br />
manterá a “solidez” que a tem<br />
caracterizado ao longo de tantos anos. “O<br />
que esperamos é servir melhor os clientes.<br />
Passámos relativamente bem pela crise e<br />
agora queremos ganhar mais por estarmos<br />
mais visíveis e trabalharmos melhor”. Renato<br />
Santos concorda. “Esperamos um<br />
crescimento sustentável”. Na sua opinião,<br />
“o mercado <strong>das</strong> peças tem mudado<br />
imenso. Temos de oferecer mais às pessoas.<br />
Se for apenas uma questão de preço, não<br />
funciona. Hoje, é muito importante cativar<br />
os clientes. Ter uma cara amiga. Tirar dúvi<strong>das</strong>,<br />
aconselhamentos de montagem.<br />
Não é só vender a peça. Peças, há muitas,<br />
mas a qualidade varia”, avisa.<br />
Tanto Vítor Santos como Renato Santos<br />
defendem que o cliente Land Rover é<br />
muito “específico”. E até têm um lema sobre<br />
o principal destinatário <strong>das</strong> suas peças<br />
4x4. “Os Land Rover não se abatem. A maior<br />
parte <strong>das</strong> vezes, colecionam-se”, asseguram<br />
ambos os gerentes.<br />
A nova imagem será acompanhada por um site renovado. O objetivo é facilitar a vida<br />
aos clientes. Com as novas funcionalidades, estes passam a poder ver todo o stock <strong>das</strong><br />
peças e a pedir orçamentos com muito maior rapidez<br />
Gerentes Vítor Santos e Renato Santos<br />
Sede Rua Marchal Gomes da Costa, 2680-032 Camarate | Telefone 219 499 880 | Email lisboa@motormaquina.pt<br />
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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Produto<br />
Valvoline reforçou gama All-Climate<br />
Estratégia fluida<br />
› A Valvoline efetuou, no ano em que comemora século e meio de existência, uma restruturação na<br />
sua oferta de óleos de motor. A maior novidade é o reforço da gama All-Climate, que permite à marca<br />
concorrer num segmento de mercado onde até aqui não estava presente<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Depois dos óleos de caixa, os óleos<br />
de motor. E não existe melhor timing<br />
para uma restruturação de<br />
gama do que no ano em que celebra 15<br />
déca<strong>das</strong> de existência. A Valvoline, a primeira<br />
marca registada de lubrificantes,<br />
com origem nos EUA, expandiu-se para<br />
o nosso país em 2010, através da Krautli<br />
Portugal. Tal como os lubrificantes, os<br />
produtos químicos e de manutenção<br />
automóvel de que dispõe estão presentes<br />
em mais de 160 países de todo o mundo.<br />
n OS ÓLEOS NÃO SÃO TODOS IGUAIS<br />
Óleos, há muitos. Entre marcas e referências,<br />
são várias as dezenas de lubrificantes<br />
disponíveis no mercado nacional.<br />
Contudo, os óleos não são todos iguais.<br />
Variam consoante o tipo de motor a que<br />
se destinam, as fórmulas que integram e<br />
os níveis de exigência que têm de cumprir.<br />
Depois, existem óleos com carta de aprovação<br />
dos construtores de veículos (os<br />
chamados produtos OEM) e óleos que<br />
dispõem “apenas” de recomendação dos<br />
fabricantes de lubrificantes. Não andaremos<br />
muito longe da realidade se dissermos<br />
que, hoje, mais de 50% dos óleos de<br />
motor comercializados em Portugal não<br />
têm carta de aprovação dos construtores<br />
de veículos. “Apenas” recomendação dos<br />
fabricantes de lubrificantes. Logo, existem<br />
óleos com diferentes níveis de qualidade<br />
e de desempenho, o que se reflete, como<br />
é óbvio, no preço. Contudo, é imprescindível<br />
saber interpretar as indicações que<br />
constam nas embalagens, para que a<br />
aplicação do produto seja a correta.<br />
Se existe facto que a história tem demonstrado<br />
é que, por vezes, a informação<br />
não chega, de forma bastante clara, ao<br />
consumidor e ao profissional que vai aplicar<br />
o produto. O que leva a que sejam<br />
feitas aplicações incorretas, situação que<br />
está ainda intimamente relacionada com<br />
o preço. E, também, com o investimento<br />
e grau de envolvimento que o distribuidor<br />
tem com a marca. Só uma rede de distri-<br />
Marcos<br />
históricos<br />
daValvoline<br />
1939<br />
O X-18 eliminou<br />
a necessidade<br />
de 18 lubrificantes<br />
específicos para<br />
automóvel<br />
1965<br />
Lançamento do óleo de<br />
elevada performance VR1,<br />
concebido para automóveis<br />
potentes e carros de<br />
competição<br />
1972<br />
A Valvoline equipou A.<br />
J. Foyt (Gilmore Foyt,<br />
Indy 500)<br />
1866<br />
Dr. John Ellis<br />
desenvolveu um<br />
lubrificante a partir do<br />
petróleo para<br />
máquinas a vapor<br />
1920<br />
A Ford elegeu o óleo de<br />
motor da Valvoline para<br />
o lendário Model T<br />
1954<br />
Lançamento do óleo<br />
All-Climate<br />
1963<br />
A Valvoline equipou<br />
Andy Granatelli (Team<br />
Novi, Indy 500)<br />
1976<br />
A Valvoline equipou<br />
Cale Yarborough<br />
(Nascar)<br />
Abril I 2016<br />
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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
81<br />
buição próxima do cliente, que tenha uma<br />
vasta oferta de produto, consegue “garantir”<br />
que sejam feitas as aplicações<br />
corretas. Um distribuidor que disponha,<br />
por exemplo, de menos de 30 referências<br />
em stock e que opere numa área geográfica<br />
alargada, pouco contribuirá, a priori,<br />
para que a taxa de aplicabilidade do óleo<br />
correto seja elevada. Por tudo isto, criou-<br />
-se o mito de que os óleos são todos iguais.<br />
Ou que servem para múltiplos veículos.<br />
Nada mais fantasioso.<br />
n OFENSIVA VALVOLINE<br />
A Valvoline consegue, hoje, dar resposta<br />
a mais de 90% <strong>das</strong> necessidades <strong>das</strong> oficinas<br />
lusas. Seja em óleos de motor, seja<br />
em óleos de caixa. Mas, até agora, comercializava,<br />
essencialmente, lubrificantes<br />
premium (com carta de aprovação dos<br />
construtores de veículos), acabando por<br />
sair “penalizada” em termos de preço face<br />
à concorrência, uma vez que esta dispõe,<br />
na sua maioria, de óleos com recomendação<br />
dos fabricantes de lubrificantes.<br />
Utilizando uma linguagem bélica, pode<br />
dizer-se que a Valvoline não dispunha <strong>das</strong><br />
mesmas armas para competir no segmento<br />
de mercado preocupado mais com<br />
o preço do que com o desempenho.<br />
Agora, tudo é diferente. Graças ao reforço<br />
da gama All-Climate. Ainda que não<br />
disponha de carta de aprovação dos<br />
construtores de veículos, apenas recomendações<br />
Valvoline, cumpre as mesmas<br />
normas. Como explicou Paulo Santos,<br />
brand manager da divisão de ven<strong>das</strong> Valvoline,<br />
ao nosso jornal, “enquanto marca,<br />
temos a capacidade de ter as duas gamas.<br />
O cliente, depois, é que define qual delas<br />
quer. Se um produto de qualidade de topo,<br />
com um nível de desempenho superior,<br />
se um produto de uma gama tecnica-<br />
mente menos evoluída, com um nível de<br />
desempenho um pouco mais baixo. Mas<br />
sempre dentro <strong>das</strong> exigências dos motores<br />
dos veículos e de acordo com os padrões<br />
de qualidade Valvoline”.<br />
A gama All-Climate integra referências<br />
minerais, semi-sintéticas e 100% sintéticas.<br />
Tudo depende da aplicação a que destina.<br />
Distingue-se pelas embalagens de cor<br />
azul, que podem ser de 1, 4, 5 ou 20 litros.<br />
Com a reestruturação da gama de óleos<br />
de motor, a gama All-Climate (que até<br />
aqui se chamava, em parte, DuraBlend)<br />
passou a incluir mais quatro referências.<br />
À gama MaxLife (óleos aditivados, diferenciando-se<br />
pelas embalagens de cor<br />
vermelha), foram adiciona<strong>das</strong> duas novas<br />
referências. Depois, ainda dentro dos óleos<br />
para ligeiros, há que adicionar as gamas<br />
SynPower (embalagens cinzentas, produtos<br />
topo de gama com cartas de aprovação<br />
OEM), NextGen (embalagens<br />
verdes, que incluem 50% de óleo regenerado)<br />
e VR1 Racing (destinados à competição,<br />
contam com embalagens pretas).<br />
No caso dos óleos para pesados, a oferta<br />
compreende as gamas ProFleet, Premium<br />
Blue e All-Fleet.<br />
n GAMA DUPLICADA<br />
A duplicação de gama custa dinheiro.<br />
E não está ao alcance de to<strong>das</strong> as marcas.<br />
De acordo com Paulo Santos, “a Valvoline<br />
não tinha grande oferta na linha All-<br />
-Climate. Basicamente, neste momento,<br />
passámos a ter uma duplicação de gama,<br />
para os produtos de alto consumo. Ou<br />
seja, passámos a ter as duas soluções<br />
para o cliente: óleos com carta de aprovação<br />
dos construtores de veículos e<br />
óleos com recomendação Valvoline”.<br />
Neste momento, o produto da marca<br />
que cobre o maior leque de aplicações<br />
é o 5W40. A gama All-Climate dispõe de<br />
sete (7) referências, a SynPower conta<br />
com quinze (15) e a MaxLife inclui seis<br />
(6). A terminar, refira-se que, para a zona<br />
EMEA (Europa, Médio Oriente e África),<br />
os óleos Valvoline são produzidos na<br />
Holanda. E que o seu importador para<br />
Portugal continental e ilhas, a Krautli,<br />
dispõe de três armazéns de suporte (Lisboa,<br />
Coimbra e Porto), contando com<br />
mais de 300 referências permanentes em<br />
stock. Contabilizando os pontos Valvoline<br />
georreferenciados a nível nacional, são<br />
cerca de 90. A rede de revendedores<br />
(distribuidores) integra 33 empresas,<br />
contando, algumas delas, com mais do<br />
que um balcão de ven<strong>das</strong>. Mas to<strong>das</strong> com<br />
um stock de 60 a 90 referências para<br />
produtos de elevada rotação. Já oficinas<br />
que fazem a aplicação dos óleos da marca<br />
(Valvoline Service Center), são 55.<br />
1978<br />
Para apoiar o mercado<br />
DIY, a Valvoline colocou<br />
os intervalos de mudança<br />
de óleo nos rótulos. E<br />
equipou Mario Andretti<br />
(Lotus F1)<br />
2000<br />
Lançamento do óleo<br />
MaxLife, concebido para<br />
automóveis com<br />
elevada quilometragem<br />
2001<br />
A Valvoline equipou<br />
Colin McRae (Ford<br />
Focus WRC)<br />
2012<br />
A Valvoline patrocinou o<br />
WTCC e foi eleita pela<br />
equipa Van Den Brink<br />
(Dakar) como fornecedora<br />
de lubrificante<br />
1992<br />
A Valvoline equipou Al<br />
Unser Jr. (Indy 500)<br />
1996<br />
O óleo semi-sintético<br />
DuraBlend destacou-se<br />
pela capacidade de<br />
resistir às eleva<strong>das</strong><br />
temperaturas dos<br />
motores<br />
2011<br />
Os óleos regenerados<br />
passaram a ser tão bons<br />
como os novos, graças à<br />
tecnologia NextGen, que os<br />
integra em 50%<br />
2014<br />
A Valvoline equipou a<br />
Padgetts Racing Team<br />
(Ilha de Man TT)<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016
82<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Equipamento<br />
Novas ferramentas Mighty Seven<br />
Tecniverca nasceu<br />
há duas déca<strong>das</strong><br />
Referência<br />
em máquinas<br />
e ferramentas<br />
Eficácia pneumática<br />
› A Tecniverca, empresa sediada no Pinhal da Areia, Moita, levou a cabo, nas<br />
suas instalações, uma ação de formação e divulgação <strong>das</strong> ferramentas pneumáticas<br />
Mighty Seven (M7), na qual foram revela<strong>das</strong> duas novidades<br />
O<br />
evento, que contou com a presença<br />
de cerca de 25 clientes<br />
(retalhistas), foi conduzido por<br />
Alexandre Corricas, diretor comercial da<br />
Tecniverca, e Vincent Liao, manager global<br />
marketing & sales da Mighty Seven.<br />
Registada em Delaware, nos EUA, esta<br />
marca fabrica, atualmente, todos os seus<br />
produtos em Taiwan. Embora esteja presente<br />
na indústria há mais de duas déca<strong>das</strong>,<br />
a Mighty Seven (ou, simplesmente,<br />
M7, como é carinhosamente apelidada<br />
pelos milhares de utilizadores de que<br />
dispõe a nível mundial) só existe como<br />
marca há cerca de dez anos. No entanto,<br />
os avanços que fez em muitos mercados<br />
importantes, como o automóvel, levou-<br />
-a a acreditar que a combinação do apoio<br />
de parceiros com a qualidade <strong>das</strong> ferramentas<br />
pneumáticas é a chave (de impacto)<br />
para o sucesso.<br />
Hoje, a gama de produtos da M7 é vasta,<br />
onde se inclui, também, um pequeno<br />
booster (designado Mini Car Jump Starter).<br />
Mas é através <strong>das</strong> ferramentas pneumáticas<br />
que a marca norte-americana é<br />
mais conhecida. A escolha do nome<br />
Mighty Seven teve inspiração divina.<br />
Basta referir que sete são os poderosos<br />
arcanjos, mensageiros de Deus... Tudo<br />
menos esotérica foi a escolha <strong>das</strong> cores<br />
que a caracterizam: o preto simboliza<br />
solidez; o vermelho traduz paixão.<br />
NOVAS CHAVES DE IMPACTO<br />
O design, a robustez e a funcionalidade,<br />
para além do formato compacto, foram<br />
anuncia<strong>das</strong> por Alexandre Corricas e Vincent<br />
Liao como as principais características<br />
<strong>das</strong> ferramentas pneumáticas M7, que<br />
são importa<strong>das</strong> para Portugal em exclusivo<br />
pela Tecniverca. Há já 10 anos. A NC-<br />
-4255Q foi a primeira <strong>das</strong> novidades a<br />
“desfilar” na sala de formação da empresa<br />
moitense. Designada Toro (nome escolhido<br />
por uma responsável da marca<br />
quando visitou Portugal no ano passado<br />
e assistiu a uma tourada), pesa 1,7 kg e<br />
chega aos 1.600 Nm de binário máximo<br />
em cinco segundos. Composta por uma<br />
secção frontal e uma cobertura da cabeça<br />
A NC-4255Q, designada<br />
Toro, é uma <strong>das</strong> novidades.<br />
Pesa 1,7 kg e chega aos<br />
1.600 Nm de binário máximo<br />
em cinco segundos<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
construí<strong>das</strong> em liga de magnésio, a NC-<br />
-4255Q Toro tem 179 mm de comprimento,<br />
8.500 rpm livre e o seu nível de<br />
ruído é inferior a 85 dB. Com uma pressão<br />
de trabalho de 6,3 bar, esta ferramenta<br />
anuncia um consumo de ar de 136 l/min<br />
e um nível de vibração de 4.7 m/s2.<br />
A segunda novidade responde pela<br />
designação de NC-4256Q. Pesa 1,8 kg e<br />
tem 1.491 Nm de binário máximo. As<br />
restantes especificações dizem respeito<br />
aos 141 mm de comprimento, 9.000 rpm<br />
livre, nível de ruído inferior a 85 dB, pressão<br />
de trabalho de 6,3 bar, consumo de<br />
ar de 141 l/min e nível de vibração de<br />
2.8 m/s2. Estas duas novas ferramentas<br />
juntaram-se, na ação de formação e divulgação<br />
levada a cabo pela Tecniverca,<br />
em conjunto com a M7, à já conhecida<br />
Shark NC-4232Q, que foi galardoada no<br />
PTEN Innovation Awards 2015. Com 1,38<br />
kg de peso e 746 Nm de binário máximo<br />
após três segundos, a Shark NC-4232Q<br />
tem 120 mm de comprimento, 59 mm<br />
de largura e 186 mm de altura. Além<br />
dos 10.000 livre, inclui um controlo<br />
para o dedo e três velocidades. O<br />
seu nível de ruído situa-se abaixo<br />
dos 83 dB.<br />
A ação terminou com uma visita<br />
guiada às instalações da Tecniverca<br />
da parte da tarde. Não sem antes ter<br />
ocorrido a experimentação destas novas<br />
ferramentas M7 (com e sem silenciador<br />
colocado). E a marca norte-americana<br />
já fez saber que, este ano, lançará a sexta<br />
geração de ferramentas pneumáticas.<br />
l Iniciou a sua atividade no dia 3<br />
de janeiro de 1996, com o objetivo<br />
de ocupar um lugar de destaque no<br />
setor da revenda de máquinas e<br />
ferramentas. O crescimento dinâmico,<br />
a rápida implantação no mercado<br />
e a rede de fabricantes de<br />
renome internacional, consolidaram<br />
a posição da Tecniverca no panorama<br />
nacional. Com o crescimento alcançado,<br />
dentro e fora de portas, em<br />
particular nos PALOP, a empresa<br />
adquiriu, em 2009, um novo espaço,<br />
com cerca de 5.800 m 2 , mais adequado<br />
ao seu crescimento e à sua<br />
atividade. O que lhe permitiu aumentar<br />
o stock e prestar melhor serviço<br />
aos revendedores.<br />
No caso específico da Mighty Seven<br />
(M7), é importada pela empresa<br />
moitense há uma década. Não obstante<br />
o facto de ter vindo a crescer<br />
ano após ano, a marca é, neste momento,<br />
a quinta mais importante no<br />
universo da Tecniverca, seguindo-se<br />
a Kraftwerk, Michelin, Deca e Cormach.<br />
De acordo com Alexandre<br />
Corricas, diretor comercial da empresa,<br />
“a M7 é reconhecida pela sua<br />
qualidade. Os clientes sabem que<br />
pagam um pouco mais, mas ficam<br />
melhor servidos”. O mesmo responsável<br />
adiantou que está a “fazer ver<br />
ao cliente que as ferramentas com<br />
menor índice de ruído são a melhor<br />
opção, até porque a diferença de<br />
preço face às mais ruidosas é pequena”.<br />
Mas a ideia de que “quanto<br />
mais alto for o ruído, maior é a potência,<br />
ainda está muito enraizada<br />
no mercado”, enfatiza.<br />
Com uma vasta rede de distribuidores<br />
presente no continente e ilhas,<br />
a M7 dispõe de oito pontos de assistência<br />
técnica em solo nacional,<br />
estrategicamente colocados. Outra<br />
área que diferencia a Tecniverca diz<br />
respeito às garantias. Como frisou<br />
Alexandre Corricas, “o cliente tem<br />
sempre direito a uma ferramenta de<br />
substituição, caso a reparação demore<br />
mais do que 48 horas a ser<br />
efetuada. Nem todos os clientes<br />
estão por dentro desta mais-valia.<br />
Depois, ainda contamos com uma<br />
particularidade única em Portugal:<br />
fornecemos ferramentas específicas<br />
(máquinas) para a reparação. As ferramentas,<br />
para serem repara<strong>das</strong>,<br />
necessitam de máquinas que as<br />
desmontem, evitando, assim, que<br />
sejam danifica<strong>das</strong>. Também damos<br />
formação e prestamos assistência<br />
técnica”.<br />
Abril I 2016<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016
84<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Equipamento<br />
FM-Equipamentos equipa centros Glassdrive<br />
Prioridade à segurança<br />
› A FM-Equipamentos, distribuidor Hella Gutmann, equipou, recentemente, diversos centros Glassdrive<br />
com o novo aparelho de calibração dos sistemas de assistência à condução: o CSC-Tool (Camera and<br />
Sensor Calibration-Tool)<br />
Por: João Vieira<br />
O<br />
crescente número de sistemas<br />
de assistência à condução disponíveis<br />
nos veículos atuais proporciona<br />
mais segurança nas estra<strong>das</strong> e mais<br />
conforto nas viagens. Com efeito, estes<br />
sistemas de câmaras e radares deixaram<br />
há muito de ser exclusivos da gama alta,<br />
estando agora disponíveis, também, em<br />
veículos <strong>das</strong> gamas média e baixa.<br />
Abre-se, assim, uma nova oportunidade<br />
de negócio para os centros de substituição<br />
de vidro automóvel, que necessitam<br />
de verificar e calibrar corretamente estes<br />
sistemas sempre que um para-brisas com<br />
câmaras e sensores é substituído.<br />
A empresa FM-Equipamentos, distribuidor<br />
dos produtos Hella Gutmann, foi<br />
a responsável pela venda e instalação<br />
dos primeiros aparelhos CSC-Tool nos<br />
centros Glassdrive.<br />
O número de veículos equipados com<br />
O CSC-Tool (Camera and Sensor<br />
Calibration-Tool), que faz a calibração<br />
dos sistemas de assistência à condução, é<br />
comercializado pela FM-Equipamentos<br />
a tecnologia ADAS (Advanced Driver Assistance<br />
System, que significa, em português,<br />
Sistemas Avançados de Assistência<br />
ao Condutor) apresenta uma projeção de<br />
crescimento exponencial, que se acentuará<br />
cada vez mais.<br />
Esta tecnologia está incorporada no<br />
vidro do para-brisas e destina-se a apoiar<br />
o condutor na condução segura do veículo,<br />
nomeadamente nas situações de<br />
saída da faixa de rodagem, quer reproduzindo<br />
alertas, quer interferindo na condução<br />
propriamente dita. Pela segurança<br />
do condutor e dos demais ocupantes do<br />
veículo, é necessário a calibração do sistema<br />
sempre que o para-brisas que incorpore<br />
esta tecnologia seja substituído.<br />
Com a instalação dos equipamentos<br />
CSC-Tool em diversos centros, a Glassdrive<br />
está preparada para prestar este serviço<br />
técnico de calibração do sistema ADAS<br />
em to<strong>das</strong> as viaturas que substituam o<br />
vidro, permitindo, assim, que os condutores<br />
circulem em segurança.<br />
Fernando Marques, gerente da FM-<br />
-Equipamentos, afirma ser “inevitável a<br />
instalação destes equipamentos nas lojas<br />
que se dedicam à substituição de vidros<br />
automóvel, porque há cada vez mais viaturas<br />
equipa<strong>das</strong> com sistemas de assistência<br />
à condução. O equipamento é<br />
muito fácil de utilizar, sendo apenas necessária<br />
formação de cerca de uma hora<br />
para os profissionais dos centros ficarem<br />
habilitados a trabalhar com o aparelho.”<br />
Para Carlos Coutinho, diretor comercial<br />
da Saint-Gobain Autover Portugal, “a aquisição<br />
destes equipamentos deve-se à<br />
necessidade de oferecermos um serviço<br />
total de qualidade na área dos vidros,<br />
privilegiando a segurança dos nossos<br />
clientes. Estamos agora preparados para<br />
prestar este serviço técnico de calibração<br />
do sistema ADAS em to<strong>das</strong> as viaturas que<br />
substituam o vidro, permitindo, assim,<br />
que os nossos clientes circulem em segurança”.<br />
Abril I 2016<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016
86<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Técnica & Serviço<br />
Transmissão automóvel<br />
Colaboração<br />
www.metelli.com<br />
Características e funcionamento<br />
› Este artigo contém informações importantes acerca <strong>das</strong> características e funcionamento da<br />
transmissão, o componente que passa para as ro<strong>das</strong> motrizes a potência do motor, sendo esta<br />
transformada em energia mecânica<br />
P<br />
ara que um veículo se desloque,<br />
é essencial que a força do veio do<br />
motor chegue às ro<strong>das</strong> de forma<br />
eficiente. Tal como qualquer outra máquina<br />
criada pelo homem, também os<br />
veículos sofreram imenso desenvolvimento<br />
ao longo do tempo, sendo inevitavelmente<br />
abrangido cada aspeto no<br />
caso do veículo, especialmente a suspensão<br />
e o modo como a força e o binário<br />
se transferem do motor para as<br />
ro<strong>das</strong>. Os primeiros veículos, em meados<br />
dos anos de 1920 (século passado), eram<br />
equipados com uma transmissão por<br />
corrente, que estava interligada a um<br />
eixo rígido (sem diferencial), uma derivação<br />
direta do eixo <strong>das</strong> carruagens. A<br />
suspensão, quando presente, era do tipo<br />
mola de lâminas: dura e desconfortável.<br />
Não é difícil imaginar como a qualidade<br />
da viagem, a estabilidade dinâmica do<br />
veículo (manobrabilidade) e o desempenho<br />
eram geralmente algo que, hoje<br />
em dia, seria definido como inaceitável.<br />
A adoção do diferencial no eixo rígido<br />
utilizado nessa época representou a<br />
primeira grande inovação, com a subsequente<br />
introdução do semieixo. Não<br />
será mais utilizado um eixo único entre<br />
as duas ro<strong>das</strong>, mas, ao invés, durante<br />
déca<strong>das</strong>, dois eixos diferentes foram<br />
utilizados entre uma roda e o diferencial.<br />
Durante muitos anos, a ponte rígida<br />
constituiu uma solução utilizada na<br />
transmissão. As únicas juntas existentes<br />
na transmissão em linha do veículo eram<br />
juntas universais, cujo nome deriva do<br />
seu inventor, Girolamo Cardano, o qual<br />
foi o primeiro a descrever como este<br />
tipo de junta podia transmitir movimento<br />
rotativo de um veio para outro.<br />
Embora fossem simples de construir,<br />
as juntas universais tinham uma capacidade<br />
limitada para trabalhar com<br />
ângulos de inclinação superiores a 10°<br />
e não permitiam uma velocidade constante.<br />
A procura pelo esquema de suspensão<br />
mais sofisticado (ro<strong>das</strong><br />
independentes), em oposição a uma<br />
ponte rígida suportada por molas de<br />
lâminas (Fig. 1), revelou que as juntas<br />
universais eram inadequa<strong>das</strong> (Fig. 2),<br />
sendo que, à época, representavam a<br />
única solução adotada para semieixos.<br />
Um conceito progressivo no sentido de<br />
uma solução inovadora, a qual era decisivamente<br />
melhor do que a junta universal<br />
tradicional, deve-se à invenção<br />
da junta de velocidade constante com<br />
esferas por Alfred H. Rzeppa (Fig. 3), um<br />
engenheiro que trabalhou para a Ford<br />
Motor Company. Na realidade, Rzeppa<br />
trabalhou e melhorou uma criação anterior<br />
de Carl Weiss, o qual patenteou,<br />
Os componentes que<br />
contribuem para levar e<br />
distribuir tração de modo<br />
bem-sucedido a to<strong>das</strong> as<br />
ro<strong>das</strong> são diversos<br />
no início dos anos de 1920 (século passado),<br />
uma junta de velocidade constante<br />
composta por dois garfos ligados<br />
entre si por quatro esferas de aço inseri<strong>das</strong><br />
nos sulcos de cada garfo.<br />
A nova junta de velocidade constante<br />
com seis esferas, hoje conhecida pelo<br />
nome do seu inventor, Rzeppa, representou<br />
um grande salto em frente na<br />
tecnologia da transmissão. A invenção<br />
e afinação de uma junta de velocidade<br />
constante capaz de transmitir binário<br />
entre dois eixos, que rodam em ângulos<br />
superiores a 45° entre eles, deu aos engenheiros<br />
de design de veículos maior<br />
liberdade para desenvolver toda a transmissão<br />
e a estrutura de suspensão de<br />
um veículo. As juntas de velocidade<br />
constante com esferas tornaram possível<br />
obter veículos equipados com suspensões<br />
de ro<strong>das</strong> independentes, as<br />
quais são melhores e mais confortáveis.<br />
No entanto, o mais importante é que<br />
permitiram a produção de veículos de<br />
tração dianteira, os quais são extrema-<br />
Abril I 2016<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
87<br />
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7<br />
Fig. 1: Ponte rígida com mola de lâminas e diferencial; Fig. 2: Estrutura de uma junta universal; Fig. 3: O desenho original da patente por Rzeppa; Fig. 4: O famoso Citroën Traction<br />
Avant; Fig. 5: Linha de transmissão de um veículo com tração dianteira; Fig. 6: Linha de transmissão de um veículo com tração às quatro ro<strong>das</strong>; Fig. 7: Modelo 3D de uma junta<br />
de velocidade constante com um ângulo acentuado; Fig. 8: Semieixo, composto por duas juntas liga<strong>das</strong> a um eixo; Fig. 9: Junta de velocidade constante com esferas deslizantes<br />
mente difundidos até ao presente momento.<br />
Atualmente, as antigas juntas<br />
universais (que, entre outras coisas,<br />
requerem ações de inspeção e manutenção<br />
constantes), encontram-se praticamente<br />
relega<strong>das</strong> apenas aos<br />
veículos industriais. E as juntas universais<br />
foram substituí<strong>das</strong> por juntas de velocidade<br />
constante em praticamente todos<br />
os veículos.<br />
O primeiro exemplo importante da<br />
aplicação de uma junta de velocidade<br />
constante é o do famoso Citroën Traction<br />
Avant (Fig. 4), o primeiro veículo com<br />
tração dianteira. Em meados dos anos<br />
de 1930, as juntas Rzeppa do Traction<br />
Avant foram substituí<strong>das</strong> por juntas de<br />
Hooke duplas, que eram mais fiáveis,<br />
dada a tecnologia de produção naquela<br />
época. No entanto, o caminho que levaria<br />
a uma enorme difusão <strong>das</strong> juntas<br />
de velocidade controlada com esferas<br />
Rzeppa estava traçado.<br />
A criação de um veículo com tração<br />
dianteira permitiu conseguir a junção<br />
de um motor, de uma caixa de velocidades,<br />
de um diferencial e de uma transmissão<br />
numa unidade compacta,<br />
simplificando-se, assim, significativamente,<br />
a maioria <strong>das</strong> peças do veículo<br />
e tornando, simultaneamente, o veículo<br />
mais intuitivo durante a condução.<br />
n LINHA DE TRANSMISSÃO E JUNTAS<br />
Quando usamos o termo “linha de<br />
transmissão”, referimo-nos ao conjunto<br />
<strong>das</strong> peças mecânicas que se encontram<br />
entre a caixa de velocidades e as ro<strong>das</strong>:<br />
trata-se, basicamente, da parte do veículo<br />
que transfere binário e força da caixa<br />
de velocidades para as ro<strong>das</strong> motrizes.<br />
É um sistema vital para o veículo e ainda<br />
que nas viaturas modernas seja concebido<br />
e produzido para durar tanto como o<br />
próprio veículo, na eventualidade de anomalias,<br />
inspeções regulares e intervenções<br />
rápi<strong>das</strong>, podem proteger o condutor<br />
contra acidentes graves.<br />
Nos veículos que dispõem de tração<br />
apenas dianteira (Fig. 5), é um sistema<br />
relativamente simples e compacto, que<br />
pode ser constituído por poucos componentes.<br />
Inversamente, no caso de veículos<br />
com tração às quatro ro<strong>das</strong> (Fig. 6), a linha<br />
de transmissão pode ser muito complexa.<br />
De facto, são diversos os componentes<br />
que contribuem para levar e distribuir<br />
tração de modo bem-sucedido a to<strong>das</strong><br />
as ro<strong>das</strong>: três diferenciais, dois veios de<br />
transmissão (com as respetivas juntas),<br />
quatro semieixos, oito juntas de velocidade<br />
constante e um vasto número de<br />
outros componentes secundários que<br />
constituem um sistema mecânico muito<br />
complexo. As juntas que equipam os semieixos<br />
tornaram-se muito importantes<br />
para os clientes do setor automóvel,que<br />
são cada vez mais exigentes.<br />
Os motores modernos, cada vez mais<br />
potentes e com maiores binários, forçaram<br />
as juntas de velocidade constante a serem<br />
capazes de suportar um esforço extremamente<br />
elevado. Os veículos modernos<br />
utilizam bastante eletrónica, que se destina<br />
a uma condução segura, a uma melhor<br />
estabilidade e a uma distribuição ativa da<br />
tração disponível às ro<strong>das</strong>, de acordo com<br />
as condições de aderência do piso. Estes<br />
dispositivos, que atuam “autonomamente”<br />
sobre a tração do veículo, também têm o<br />
seu impacto nas condições de funcionamento<br />
<strong>das</strong> juntas e dos semieixos.<br />
A necessidade de existirem veículos<br />
com um raio de viragem cada vez menor,<br />
levou a que as juntas nas ro<strong>das</strong> da frente<br />
tenham de funcionar com ângulos muito<br />
elevados, fazendo com que a conceção<br />
destes componentes seja levada aos limites<br />
permitidos pela geometria (Fig. 7).<br />
As crescentes exigências relativas às<br />
dimensões reduzi<strong>das</strong>, aos elevados ângulos<br />
de funcionamento solicitados e<br />
aos binários de transmissão cada vez mais<br />
elevados, levaram, progressivamente, a<br />
Fig. 10<br />
Diferentes<br />
posições de<br />
semieixos<br />
condições críticas de funcionamento <strong>das</strong><br />
juntas de velocidade constante.<br />
n JUNTAS CONSTANTE E SEMIEIXOS<br />
Duas juntas liga<strong>das</strong> a um eixo constituem<br />
um semieixo (Fig. 8): cada um destes três<br />
componentes tem de ter características<br />
individuais muito precisas, para que o<br />
desempenho do referido semieixo como<br />
um todo, no que respeita ao comprimento,<br />
ao binário a transmitir e aos ângulos de<br />
funcionamento, entre outros, corresponda<br />
às necessidades do veículo. As juntas de<br />
velocidade constante, que diferem quanto<br />
à geometria, método de construção e<br />
características de funcionamento, podem<br />
ser subdividi<strong>das</strong>, essencialmente, em dois<br />
grandes grupos: juntas deslizantes e juntas<br />
não deslizantes.<br />
Cada semieixo, que tem uma junta na<br />
sua extremidade que pertence a cada<br />
um destes dois grandes grupos, está<br />
instalado entre a saída do diferencial no<br />
chassis do veículo e o cubo da roda na<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016
88<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Técnica & Serviço<br />
extremidade dos tirantes dos braços de<br />
suspensão. O próprio movimento <strong>das</strong><br />
suspensões durante a condução do veículo<br />
é a razão pela qual o semieixo tem<br />
de ser capaz de variar de comprimento.<br />
Dependendo do tipo de veículo e, portanto,<br />
<strong>das</strong> suspensões que forem instala<strong>das</strong>,<br />
cada semieixo tem de ter<br />
características adequa<strong>das</strong> para funcionar<br />
corretamente, tais como o comprimento,<br />
o ângulo de funcionamento, o binário<br />
que consegue transmitir e as variações<br />
admissíveis de comprimento. A função<br />
<strong>das</strong> juntas deslizantes (Fig. 9) é permitir<br />
que o semieixo possa variar o seu comprimento<br />
total para acompanhar o movimento<br />
<strong>das</strong> suspensões. Por exemplo,<br />
quando ocorrem solavancos devido ao<br />
piso (Fig. 10).<br />
Já no que diz respeito às juntas exteriores<br />
que não podem deslizar, mas que,<br />
ao contrário dos outros tipos de juntas,<br />
conseguem funcionar corretamente<br />
mesmo ao serem roda<strong>das</strong> com ângulos<br />
elevados, têm a tarefa de transmitir movimento<br />
às ro<strong>das</strong>, mesmo no ângulo de<br />
viragem máximo.<br />
Fig. 11<br />
Modelo 3D<br />
de uma junta<br />
completa<br />
n DA CONCEÇÃO À PEÇA<br />
O desenho de toda a junta é, atualmente,<br />
concebido com a mais recente<br />
geração de instrumentos de desenvolvimento<br />
tridimensional, que permitem<br />
realizar a verificação preventiva e verificar<br />
se a geometria é adequada em termos<br />
de funcionalidade. E, também, se os<br />
requisitos geométricos dos diversos<br />
componentes estão em conformidade.<br />
Os instrumentos de design 3D também<br />
permitem gerar o programa de controlo<br />
<strong>das</strong> máquinas-ferramenta diretamente<br />
a partir do modelo CAD (Fig. 11). Este<br />
método de trabalho garante total conformidade<br />
da peça com o projeto, não<br />
somente em termos geométricos, mas,<br />
também, em termos de acabamentos<br />
de superfícies, que cumprem rigorosamente<br />
com o que foi estabelecido no<br />
projeto. A utilização de parâmetros de<br />
corte adequados para cada fase de processamento<br />
mecânico garante, permanentemente,<br />
a melhor continuidade da<br />
qualidade do produto e a conformidade<br />
com as estritas restrições geométricas.<br />
sujeitos a um forte esforço durante o<br />
funcionamento, têm de ser produzidos<br />
em perfeitas condições, sendo utilizados<br />
materiais de alta qualidade e com elevada<br />
resistência.<br />
Fig. 12<br />
Anéis exteriores no final do processo<br />
de maquinagem<br />
ANEL EXTERIOR<br />
● O anel exterior (Fig. 12), sendo o<br />
componente externo da junta de velocidade<br />
controlada, bem como a parte<br />
desta que é imediatamente visível, é<br />
produzido com um elevado conteúdo<br />
de carbono forjado e maquinado em<br />
quase toda a sua superfície. To<strong>das</strong> as<br />
peças do anel exterior foram sujeitas<br />
a uma ou mais operações sucessivas<br />
de maquinagem.<br />
As áreas sujeitas a elevado esforço,<br />
como, por exemplo, as pistas <strong>das</strong> esferas<br />
e as estrias, são sujeitas a um tratamento<br />
de endurecimento por<br />
indução específico, durante o qual<br />
aquela parte específica do anel exterior<br />
é aquecida a altas temperaturas e imediatamente<br />
arrefecida. Na verdade, isto<br />
contribui para elevados níveis de rigidez<br />
apenas onde é necessário e não<br />
torna o produto frágil. Sendo endurecido<br />
deste modo, com algumas áreas<br />
a apresentar zonas características com<br />
sombras azula<strong>das</strong>, o anel exterior evidencia<br />
um tratamento correto.<br />
ANEL INTERIOR<br />
● O anel interior da junta (Fig. 13), que<br />
é pequeno e sujeito a elevado esforço,<br />
sofre esforços idênticos e, em alguns<br />
casos, superiores aos do anel exterior.<br />
O anel interior é feito de aço de elevada<br />
resistência, que é totalmente sujeito a<br />
um processo de cementação para aumentar<br />
a dureza e a resistência ao<br />
desgaste. É o componente ligado ao<br />
veio através do qual todo o binário da<br />
junta é transmitido, embora as suas<br />
dimensões correspondam a uma pequena<br />
parte <strong>das</strong> dimensões do anel<br />
exterior.<br />
Fig. 14<br />
Gaiolas no final do processo<br />
de maquinagem<br />
GAIOLA<br />
● Concetualmente, tem uma função<br />
similar a um porta-esferas nos rolamentos<br />
de esferas, o que significa que mantém<br />
as esferas na posição correta (Fig.<br />
14). No entanto, é muito mais forte, uma<br />
vez que também é sujeita a grande esforço.<br />
Devido à geometria <strong>das</strong> pistas,<br />
após o impulso dado pelo binário de<br />
acionamento, as esferas, ao rodarem,<br />
tendem a deslocar-se para fora da junta.<br />
Em vez disso acontecer, esta força é<br />
transferida para a gaiola, que mantém<br />
as esferas na posição correta: a única<br />
posição que permite que as juntas funcionem<br />
corretamente. O elevado esforço<br />
na gaiola, provocado pelas esferas, é<br />
destacado quando é realizada uma análise<br />
aos elementos desgastados ao simular<br />
o desempenho da junta de<br />
velocidade constante.<br />
ESFERAS<br />
● As esferas (Fig. 15) também são elementos<br />
essenciais da junta. De facto, toda<br />
a força que é trocada entre o anel e a<br />
gaiola durante o funcionamento da junta<br />
passa por elas. Feitas de aço cromado<br />
de elevada resistência, mesmo as esferas<br />
não são to<strong>das</strong> iguais.<br />
Fig. 15<br />
Esferas conti<strong>das</strong> numa junta<br />
FOLE<br />
● To<strong>das</strong> as peças internas da junta de<br />
velocidade constante são constituí<strong>das</strong><br />
por partes metálicas que estão em<br />
contacto entre si, com uma folga extremamente<br />
pequena. Por este motivo,<br />
é imperativo que tudo funcione sem a<br />
presença de qualquer corpo estranho.<br />
O fole (Fig. 16) tem precisamente a<br />
função de evitar a entrada de corpos<br />
estranhos no interior da junta, o que<br />
provocaria a avaria da mesma num<br />
curto espaço de tempo. Sendo um<br />
componente que tem meramente uma<br />
função de proteção, o fole é frequentemente<br />
subestimado. Mas tal não deve<br />
acontecer.<br />
Na realidade, é importante utilizar materiais<br />
de alta qualidade para garantir<br />
a sua função essencial, que é proteger<br />
os componentes internos da junta,<br />
evitando-se, assim, avarias graves. Os<br />
foles têm de ser concebidos com a<br />
geometria correta e utilizando materiais<br />
adequados que suportem esforço,<br />
especialmente no que toca à compatibilidade<br />
com as substâncias presentes<br />
na massa lubrificante.<br />
MASSA LUBRIFICANTE<br />
● A massa lubrificante é importante?<br />
A resposta é simples: a massa lubrificante<br />
é muito mais importante do que<br />
aquilo que possamos imaginar. Numa<br />
junta de velocidade constante, existem<br />
diversos componentes deslizantes e a<br />
massa lubrificante é necessária para<br />
reduzir a fricção e o desgaste dos componentes<br />
<strong>das</strong> juntas de velocidade<br />
constante. A redução da fricção aumenta<br />
a eficiência, diminuindo, assim,<br />
o aumento de temperatura da própria<br />
junta de velocidade constante.<br />
No caso de massa lubrificante inadequada,<br />
a junta de velocidade constante<br />
atinge uma temperatura de centenas<br />
de graus após funcionar durante alguns<br />
minutos. Este forte aumento de temperatura<br />
tem consequências destruidoras<br />
para o fole: num curto espaço<br />
de tempo, ocorrerão danos em toda a<br />
junta de velocidade constante, resultando,<br />
também, em gripagem e avaria.<br />
A utilização de massa lubrificante de<br />
alta qualidade é fundamental para<br />
evitar problemas na junta de velocidade<br />
constante.<br />
n PRINCIPAIS COMPONENTES<br />
Mesmo com juntas de velocidade constante,<br />
cada componente contribui para<br />
o funcionamento suave de todo o sistema.<br />
Os componentes principais <strong>das</strong><br />
juntas de velocidade constante, que são<br />
Fig. 13<br />
Anéis interiores maquinados<br />
Fig. 16<br />
Foles de<br />
borracha<br />
e borracha-<br />
-metal<br />
Abril I 2016<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016
90<br />
Técnica & Serviço<br />
Revisão do sistema EPS da Fiat (II Parte)<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Colaboração<br />
Procedimentos de montagem<br />
› Após termos descrito, na edição do passado mês de março do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, a desmontagem do<br />
sistema EPS de um Fiat Punto II Série 188, substituímos to<strong>das</strong> as peças que se possam ter desgastado,<br />
fechamo-lo e ensaiamo-lo no banco<br />
Por: Carlos Panzieri, Consultor Aftermarket<br />
A<br />
lista de todos os componentes<br />
passíveis de serem substituídos<br />
pode ser vista no Quadro I. No<br />
caso do Fiat Punto II Série, existem dois<br />
tipos diferentes: a primeira, mais complexa,<br />
com relés (à qual nos vamos referir);<br />
a segunda, simplificada, sem relés.<br />
As fotos dos circuitos, efetua<strong>das</strong> à escala<br />
1:1, dentro de um prático retículo,<br />
servem para especificar a forma e a posição<br />
de cada peça. No caso do Fiat Punto<br />
II Série, as fotos são dos dois lados do<br />
circuito da ECU (Fig. 01) e do motor<br />
elétrico (Fig. 02).<br />
Fig. 01: Circuito da centralina<br />
(ECU)<br />
Fig. 02: Circuito do motor elétrico<br />
Fig. 03: Bancada de trabalho<br />
Emmetec Z-19108<br />
Fig. 04: Vídeo-zoom Emmetec<br />
Z-19500<br />
Fig. 05: Estação de soldadura<br />
Emmetec Z-19005<br />
Fig. 06: Desenroscar os parafusos<br />
que a fixam ao motor e levantá-la<br />
Fig. 07: Controlo sinal sensor<br />
Fig. 08: É necessário modificar o<br />
perno<br />
Fig. 09: Cravar a mola do bloqueio<br />
à pressão<br />
Quadro I - Lista de componentes passíveis de serem substituídos no EPS do Fiat<br />
Punto II Série. Na primeira coluna, indicam-se as coordena<strong>das</strong> onde se encontra a<br />
peça a substituir e, na segunda, o seu código.<br />
Posição Código Família e tipologia do artigo<br />
W-05011 MOSFET<br />
1F C3 W-01008 RELÉ<br />
1F A4 W-01023 CHIP CAN<br />
1F B1 W-01045 CHIP DE CONTROLO DO MOTOR<br />
1F B2 W-01045 CHIP DE CONTROLO DO MOTOR<br />
1F B1 W-05054 TRANSISTOR<br />
2F W-01001 RELÉ<br />
2F W-01001A RELÉ<br />
2F W-01002 RELÉ<br />
2F W-01002A RELÉ<br />
2F B1 W-01003 RELÉ<br />
2F B3 W-01003 RELÉ<br />
2F B1 W-01003A RELÉ<br />
2F B3 W-01003A RELÉ<br />
2R B1 W-01012 HALL SENSORS<br />
2R B2 W-01012 HALL SENSORS<br />
2R C2 W-01012 HALL SENSORS<br />
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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
91<br />
Início do processo de montagem<br />
03<br />
Deve-se começar por<br />
isolar o circuito e colocálo<br />
sobre uma bancada de<br />
trabalho como a Z-19108<br />
(Fig. 03), que permite a sua<br />
rotação e movimentação<br />
a gosto. E esta, por sua<br />
vez, sob um vídeo-zoom,<br />
como o Z-19500 (Fig. 04),<br />
que permite aumentar o<br />
componente sem se perder<br />
a definição da imagem.<br />
04<br />
À medida que se vão derretendo<br />
as soldaduras com uma estação de<br />
soldadura como a Z-19005 (Fig. 05),<br />
remover cada componente: se forem<br />
pequenas, deverá ser suficiente atingir<br />
os 300 °C. Mas se forem grandes,<br />
poderá ser necessário atingir os 350<br />
°C. Se a soldadura original for muito<br />
resistente, para acelerar o trabalho,<br />
pode-se derreter por cima da mesma<br />
um pouco de estanho, o que aumenta,<br />
rapidamente, a temperatura da mesma.<br />
Quando a soldadura se tiver derretido,<br />
aspirá-la com a ferramenta adequada.<br />
05<br />
Para substituir os componentes no<br />
circuito do motor, há que desenroscar<br />
os parafusos que a fixam ao motor<br />
e levantá-la (Fig. 06). Ao terminar o<br />
trabalho, devolver o circuito à sua<br />
posição original e bloqueá-la com as<br />
respetivas porcas.<br />
No caso do circuito do motor ser<br />
irrecuperável, ou para acelerar o<br />
trabalho, a Emmetec oferece circuitos<br />
novos com e sem relés, com os<br />
06<br />
códigos V-04032 e V-04033,<br />
respetivamente.<br />
Soldar e dessoldar não é muito<br />
difícil, mas como em to<strong>das</strong> as<br />
coisas, a prática é necessária, pelo<br />
que um instrutor especialista que<br />
possa dar os conselhos adequados<br />
e uma estação de soldadura nova<br />
e perfeitamente funcional, farão<br />
com que a aprendizagem seja fácil<br />
e rápida.<br />
Sensor de posição e binário<br />
07<br />
O sensor de posição e binário<br />
serve para determinar a posição<br />
do volante e o binário aplicado ao<br />
mesmo pelo condutor. E, portanto,<br />
para determinar a servoassistência<br />
que o motor elétrico tem de aplicar.<br />
O sensor do Fiat Punto II Série<br />
188 é do tipo por fricção e está<br />
destinado a desgastar-se com o<br />
tempo, pelo que esta peça tem<br />
de ser substituída por uma nova,<br />
como a X-02001, mesmo que<br />
pareça que ainda se encontra em<br />
boas condições.<br />
Ao montar o novo sensor, é<br />
necessário ter cuidado com o clipe<br />
de segurança e garantir que o eixo<br />
e a carcaça estão sempre alinhados,<br />
de tal forma que o sensor possa<br />
ser instalado com um movimento<br />
perfeitamente linear desde o alto,<br />
sem se realizar qualquer rotação<br />
ou torção.<br />
Quando o sensor estiver no seu<br />
lugar, extrair o clipe e verificar<br />
com o centrador Z-24003 se o sinal<br />
do binário está o mais próximo<br />
possível de zero (Fig. 07). Nestes<br />
sistemas EPS, o ângulo não tem<br />
importância, mas o binário tem de<br />
estar entre + ou – 0,5. Se o valor<br />
for superior, então é aconselhável<br />
bloquear novamente o sensor com<br />
o clipe, extraí-lo e voltar a montá-lo<br />
com mais atenção.<br />
Alojamento do sensor<br />
Remontagem<br />
08<br />
Introduzir o perno mecanizado na<br />
carcaça do sistema EPS, bloqueá-lo<br />
com a porca que se deve apertar com a<br />
chave de caixa Z-19100 até eliminar a<br />
folga axial, mas permitindo que rode.<br />
Extrair o perno de 9 mm da barra de<br />
torção.<br />
Após a adição de um pouco de<br />
lubrificante ao Lítio, introduzir o<br />
parafuso sem-fim, engatando-o na roda<br />
dentada e, se necessário, introduzir os<br />
calços Emmetec W-08000, W-08101,<br />
W-08002 e W-08003, respetivamente,<br />
de 0,20, 0,40, 0,50 e 1,00 mm.<br />
Alojar o sensor de posição e binário<br />
como descrito anteriormente.<br />
Com uma chave de fen<strong>das</strong>, esticar a<br />
mola do bloqueio e cravá-la à pressão<br />
na porca da barra de torção (Fig.<br />
09). Seguidamente, introduzir o anel<br />
de retenção, bloqueando de forma<br />
definitiva o sensor. Protegê-lo com o<br />
guarda-pó original.<br />
Colocar o eixo de direção, verificando<br />
se o passador do parafuso de bloqueio<br />
sobre o perno na saída está alinhado<br />
com o entalhe no lado do volante e<br />
com a própria carcaça do sistema EPS.<br />
Introduzir definitivamente e apertar os<br />
parafusos, segundo um esquema nortesul,<br />
este-oeste.<br />
Se a junta flexível que liga o motor ao<br />
parafuso sem-fim está em perfeitas<br />
condições, basta lubrificá-lo e introduzilo<br />
no respetivo alojamento. De outra<br />
forma, é necessário substituí-lo com o<br />
W-00700 original ou o W-00700A.<br />
Ligar o motor à carcaça e bloqueá-lo<br />
com as suas porcas.<br />
Introduzir a ECU no seu alojamento,<br />
bloqueá-la com a sua porca e ligar os<br />
cabos.<br />
É aconselhável cobrir o motor elétrico<br />
com uma tampa (como as V-06100,<br />
V-06100B ou V-06100R), que reduz as<br />
vibrações, elimina o ruído e protege<br />
da humidade: desta forma, o vosso<br />
produto será melhor do que o original.<br />
09<br />
O velho sensor original com<br />
invólucro azul já saiu de produção<br />
e foi substituído pelo atual<br />
de invólucro amarelo. Que,<br />
lamentavelmente, apresenta um<br />
diâmetro interior inferior ao antigo.<br />
Consequentemente, é necessário<br />
modificar o perno que o aloja,<br />
passando o diâmetro de 25,5 mm<br />
para 24,3 mm e modificando a<br />
cava até ficar outra vez com uma<br />
profundidade de 1,15 mm (Fig. 08).<br />
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92<br />
Técnica & Serviço<br />
A fotografia digital como apoio à peritagem<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Colaboração<br />
CESVIMAP<br />
www.cesvimap.com<br />
Porque mais vale<br />
uma imagem…<br />
› A realização de relatórios periciais, a investigação de acidentes de trânsito ou a peritagem diferida,<br />
são algumas <strong>das</strong> aplicações mais significativas da fotografia como apoio à peritagem<br />
Os avanços nas novas tecnologias<br />
potenciaram a utilização da fotografia<br />
na peritagem. A fotografia<br />
digital permite aumentar o número de<br />
fotos e o fácil armazenamento e classificação<br />
<strong>das</strong> mesmas. Este facto, aliado ao<br />
desenvolvimento <strong>das</strong> tecnologias de<br />
informação (Internet, correio eletrónico)<br />
possibilita a troca de ficheiros de imagem<br />
entre o perito e a oficina, quase em tempo<br />
real. Pelo que, desta forma, as companhias<br />
de seguros podem melhorar e agilizar a<br />
tramitação dos sinistros.<br />
■ Tipologia<br />
Para definir as fotografias necessárias<br />
ao apoio ou realização de uma peritagem,<br />
deve-se diferenciar cada uma <strong>das</strong> fases<br />
do processo. Desta forma, pode ser feita<br />
a discriminação entre aquelas fotografias<br />
puramente administrativas e as que devem<br />
apresentar um valor técnico para o<br />
Administrativa<br />
Dos danos<br />
Da reparação<br />
TIPOS DE FOTOGRAFIAS<br />
perito avaliador. Porque vão definir o<br />
alcance dos danos, documentar o processo<br />
de reparação e validar a sua correspondência<br />
em relação aos danos<br />
peritados.<br />
Identificam o veículo peritado: VIN, matrícula, placa do construtor<br />
Gerais<br />
Situam os danos nos veículos<br />
Detalha<strong>das</strong> Definem os danos com exatidão<br />
De seguimento Constatam as operações realiza<strong>das</strong> na reparação<br />
Pós-reparação<br />
Permitem verificar a reparação realizada (operações<br />
e tipo de substituição)<br />
■ Administrativas<br />
É o primeiro tipo de fotografia que o<br />
perito providencia para constatar que o<br />
veículo analisado é o que se deve peritar.<br />
Neste sentido, o perito deve fotografar<br />
a placa de matrícula, o número de chassis<br />
e, sempre que possível, a documentação<br />
do veículo. Para efeitos de<br />
identificação, a fotografia da matrícula<br />
deve ser tirada, sempre que seja viável,<br />
com a matrícula montada no veículo,<br />
obtendo-se uma panorâmica geral. A<br />
fotografia do VIN será a do número gravado<br />
na carroçaria. Desta forma, reduzem-se<br />
as possibilidades de fraude. A<br />
imagem da documentação do veículo<br />
disponibilizará informação complemen-<br />
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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
93<br />
tar, podendo ser consultada em qualquer<br />
momento da fase de avaliação. Nos casos<br />
em que se suspeite de uma possível<br />
fraude ou não se disponha de uma identificação<br />
completa do veículo por outros<br />
meios, será fundamental utilizar este tipo<br />
de fotografias.<br />
Fotografias dos danos<br />
É o passo seguinte na avaliação. O número<br />
e o tipo de fotografias estão muito<br />
relacionados com a tipologia do acidente.<br />
Quando se tratar de um sinistro onde<br />
seja prevista a elaboração de um relatório<br />
pericial, o perito não deve limitar o<br />
número de fotografias, assegurando-se<br />
de que dispõe de toda a informação que<br />
o sinistro exigir, para o posterior preenchimento<br />
do relatório. São dois os tipos<br />
de fotografias que se devem tirar: gerais<br />
e detalha<strong>das</strong>.<br />
l Gerais<br />
Nestas, localizam-se os danos globais<br />
do veículo. Não se trata, nestas fotografias,<br />
de avaliar a extensão ou a intensidade<br />
dos danos, mas sim de comprovar<br />
a sua correspondência com a mecânica<br />
do sinistro e a descrição realizada na<br />
solicitação de peritagem. Simultaneamente,<br />
servem para situar os danos no<br />
conjunto do veículo.<br />
Devem obter-se imagens do conjunto<br />
do veículo, fotografando-o no sentido<br />
<strong>das</strong> respetivas diagonais e a partir dos<br />
seus quatro cantos. Em danos localizados,<br />
será fotografada a área concreta dentro<br />
da zona específica do veículo, sendo<br />
prestada toda a atenção às zonas onde<br />
tenham ocorrido as deformações mais<br />
importantes.<br />
l Detalha<strong>das</strong><br />
Trata-se de mostrar tanto a intensidade<br />
como a extensão da deformação. Estas<br />
fotografias, que complementam as gerais,<br />
permitem definir o alcance e a amplitude<br />
dos danos, reforçando o processo<br />
de reparação, assim como a atribuição<br />
de tempos. Centram-se em aspetos como<br />
a quebra de peças (para-choques ou<br />
patilhas de faróis, por exemplo), deformações<br />
em painéis exteriores e vincos<br />
(piso da bagageira, longarinas e cavas<br />
<strong>das</strong> ro<strong>das</strong>, entre outras).<br />
l Fotografias da reparação<br />
Trata-se de comprovar cada um dos<br />
passos e operações que se executaram<br />
na reparação. Além disso, também serão<br />
tira<strong>das</strong> as fotografias necessárias para<br />
que fiquem registados os resultados da<br />
reparação.<br />
l Fotografias de seguimento<br />
O perito deve, em determina<strong>das</strong> reparações,<br />
registar a realização <strong>das</strong> operações<br />
que tenham sido avalia<strong>das</strong> na<br />
peritagem. Serão tira<strong>das</strong>, por exemplo,<br />
fotografias com o veículo elevado e com<br />
os conjuntos mecânicos retirados.<br />
Fotografias pós-reparação<br />
Ao verificar o veículo e comprovar a<br />
qualidade da reparação, o perito pode<br />
observar certas deficiências ou defeitos,<br />
que será interessante registar numa fotografia,<br />
em virtude de possíveis reclamações:<br />
defeitos na pintura, regulações<br />
ou utilização de um tipo de peça de<br />
substituição diferente da orçamentada,<br />
entre outros aspetos.<br />
■ Metodologia<br />
Para obter uma boa fotografia, é preciso<br />
acertar no ângulo correto, de tal forma<br />
que a incidência da luz e os seus reflexos<br />
Imagem: ©APComunicação<br />
A fotografia digital<br />
permite que as<br />
companhias de seguros<br />
melhorem e agilizem a<br />
tramitação dos sinistros,<br />
o que traz, sem dúvida,<br />
inegáveis benefícios<br />
demonstrem plenamente o dano. A utilização<br />
do flash costuma ser desaconselhada,<br />
dado que pode retirar volume e<br />
profundidade ao objeto fotografado. As<br />
melhores fotografias são as que se tiram<br />
com uma luz suave ou difusa, sem grandes<br />
contrastes. Por exemplo, em interiores<br />
com uma luz uniforme. Se a<br />
fotografia for tirada no exterior, os dias<br />
nublados são ideais, visto que se evitam<br />
brilhos e reflexos indesejados. Os riscos<br />
podem ser fotografados de frente.<br />
Quando a chapa apresentar uma mossa,<br />
a melhor fotografia será a que enquadre<br />
a lateral, que permitirá apreciar os danos<br />
na sua totalidade.<br />
Para danos reduzidos (picadelas na<br />
chapa, riscos ou mossas pontuais), o mais<br />
apropriado é utilizar a função “macro” da<br />
câmara, procurando assinalar o dano de<br />
alguma forma (marcador ou giz). Esta<br />
função também é muito útil para documentar<br />
a peritagem, fotografando aspetos<br />
de índole administrativa<br />
(documentação do veículo, placa do<br />
fabricante, número VIN). Um caso particular<br />
no qual a utilização da função “macro”<br />
é realmente prática é a obtenção de<br />
imagens de danos, como rachas ou riscos,<br />
nos vidros do automóvel. Nestes casos,<br />
é recomendável colocar por trás do vidro<br />
uma superfície uniforme (uma folha, por<br />
exemplo), para que a câmara possa focar<br />
o dano e este seja visível com toda a<br />
clareza na fotografia tirada.<br />
Quanto ao tamanho da foto em bytes,<br />
não deverá ser tão pequena que não<br />
permita a sua ampliação ou impressão,<br />
nem tão grande que não se possa manipular<br />
com facilidade no computador<br />
ou ser enviada por correio eletrónico.<br />
Como referência, em câmaras com um<br />
mínimo de 7 megapíxeis, será suficiente<br />
que trabalhem com metade da resolução,<br />
qualidade normal.<br />
A reprodução numa fotografia dos danos<br />
sofridos por um veículo não deixa<br />
de apresentar dificuldades, mais ainda<br />
quando os conhecimentos nesse sentido<br />
da pessoa encarregada de tirar a fotografia<br />
são, regra geral, muito básicos.<br />
Aspetos como a cor do veículo ou a luz<br />
da oficina, afetam não tanto a qualidade<br />
da fotografia, mas, sobretudo, a exposição<br />
dos danos reais na imagem capturada.<br />
Em qualquer caso, existe uma série<br />
de fotografias imprescindíveis que devem<br />
ser sempre tira<strong>das</strong> e sem as quais a<br />
avaliação através de fotografia não poderá<br />
ocorrer com um mínimo de garantias.<br />
Estas são as administrativas, as gerais<br />
e as fotografias detalha<strong>das</strong> dos danos.<br />
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94<br />
Técnica & Serviço<br />
Tipos de união mais utilizados<br />
Colaboração<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Centro ZARAGOZA<br />
www.centro-zaragoza.com<br />
Trabalho complexo<br />
› A carroçaria é um elemento complexo, constituído por um número importante de peças de chapa<br />
uni<strong>das</strong> entre si por diferentes tipos de união, sendo o mais utilizado a soldadura<br />
Cada peça que constitui a carroçaria<br />
é concebida especificamente para<br />
que o seu comportamento dentro<br />
do conjunto que forma seja o adequado,<br />
de modo a suportar os esforços dinâmicos<br />
ou estáticos a que é submetida durante<br />
o movimento habitual do veículo, bem<br />
como os esforços que possam surgir em<br />
caso de acidente e impacto.<br />
Soldadura – O comportamento global<br />
conseguido com o design da carroçaria<br />
é uma consequência do tipo de união<br />
de cada uma <strong>das</strong> peças que a formam.<br />
O principal tipo de união e o mais utilizado<br />
é a soldadura. Este tipo proporciona<br />
Abril I 2016<br />
uma continuidade metálica entre as<br />
partes que une, pelo que, no caso de<br />
peças que são submeti<strong>das</strong> a esforços<br />
significativos, é o método mais indicado<br />
a utilizar para aproveitar a transmissão<br />
de esforços que ocorre entre as peças<br />
uni<strong>das</strong>. Neste grupo de peças, incluem-<br />
-se as longarinas, as travessas, os pilares,<br />
as cavas <strong>das</strong> ro<strong>das</strong>, o piso, o tejadilho.<br />
Nas carroçarias de alumínio, utilizam-se<br />
frequentemente os rebites juntamente<br />
com adesivo<br />
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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
95<br />
Aparafusamento – Outro tipo de união<br />
utilizado, mas em menor medida do<br />
que o anterior. Consiste no aparafusamento<br />
<strong>das</strong> peças. Tipo utilizado naquelas<br />
peças às quais não é exigido um<br />
comportamento estrutural importante<br />
ou que se desmontam e montam com<br />
relativa frequência, como é o caso dos<br />
guarda-lamas dianteiros e dos para-<br />
-choques.<br />
Encaixe de peças – O encaixe de peças<br />
consiste em unir os rebordos de duas<br />
peças de chapa, efetuando pressão<br />
sobre eles para dobrá-los sobre si mesmos.<br />
Utiliza-se com espessuras finas de<br />
chapa e para peças específicas, como<br />
os painéis <strong>das</strong> portas, o capot, a tampa<br />
da bagageira e as cavas <strong>das</strong> ro<strong>das</strong> traseiras.<br />
Nesta união, deve-se garantir a<br />
estanquidade da junta através da utilização<br />
de adesivos com função de<br />
vedante.<br />
Rebitagem – A rebitagem é utilizada<br />
para unir materiais distintos, como<br />
chapa e plástico, por exemplo, em spoilers,<br />
abas de guarda-lamas e suportes<br />
para uni-los à carroçaria de chapa de<br />
aço. Tratam-se de uniões simples submeti<strong>das</strong><br />
a esforços mínimos. No entanto,<br />
no caso <strong>das</strong> carroçarias de<br />
alumínio, é uma técnica muito utilizada<br />
para unir as peças de chapa, na qual se<br />
criam uniões mistas com os rebites e a<br />
aplicação de adesivos, às quais é conferida<br />
uma maior importância no que<br />
diz respeito a esforços.<br />
Grampos – A união através de grampos,<br />
dos quais existe uma infinidade de<br />
modelos, é utilizada em uniões simples<br />
para a fixação de peças de plástico,<br />
guarda-lamas, estofos ou elementos<br />
ornamentais, como molduras e tampões<br />
<strong>das</strong> ro<strong>das</strong>.<br />
A aplicação de cada um destes tipos<br />
Adesivos – A colagem com adesivos<br />
é utilizada para unir materiais totalmente<br />
heterogéneos ou em peças que,<br />
devido à sua posição, não permitem a<br />
aplicação de outros tipos de união. A<br />
sua utilização mais habitual costuma<br />
ser na fixação de guarnições, molduras,<br />
revestimentos e materiais insonorizantes,<br />
tratando-se de uniões simples. No<br />
entanto, graças ao desenvolvimento<br />
tecnológico dos adesivos estruturais,<br />
é possível utilizar os mesmos em determina<strong>das</strong><br />
zonas intermédias de fecho<br />
de peças, pilares, pisos ou longarinas,<br />
adquirindo estas uniões uma função<br />
estrutural.<br />
união por soldadura (em cima)<br />
de união requer uma maior ou menor<br />
complexidade. No caso do aparafusamento,<br />
da rebitagem ou da utilização<br />
de grampos, o trabalho a realizar é<br />
relativamente simples, assim como o<br />
equipamento utilizado e a própria experiência<br />
do operário. A aplicação de<br />
adesivos também não se reveste de<br />
grande complexidade, sendo os aspetos<br />
mais importantes a escolha de um<br />
adesivo apropriado com capacidade<br />
de aderência aos materiais a unir, bem<br />
como conhecer e respeitar as instruções<br />
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96<br />
Técnica & Serviço<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
de aplicação (limpeza, primários, tempos<br />
de secagem).<br />
O encaixe, quando realizado em fábrica,<br />
já requer uma programação mais delicada<br />
dos robots e, no caso de reparação,<br />
é necessária uma certa destreza do operário<br />
que a realiza. Sem esquecer que,<br />
na maioria dos casos, se complementa<br />
com a aplicação de adesivos vedantes.<br />
E entre todos os tipos de união, a soldadura<br />
é a que requer um equipamento<br />
soldadura laser seja a que menos modificações<br />
provoca na chapa graças à transmissão<br />
ideal de energia, tanto em termos<br />
de localização como de quantidade, o<br />
seu elevado custo limita a sua aplicação<br />
a zonas muito exclusivas, onde, por motivos<br />
de acessibilidade ou acabamento,<br />
não são apropria<strong>das</strong> as outras técnicas<br />
de soldadura.<br />
Quanto à configuração <strong>das</strong> uniões, os<br />
três tipos básicos utilizados são as uniões<br />
l Sobreposição por pontos – As<br />
uniões sobrepostas poderão realizar-<br />
-se através da técnica da soldadura<br />
por resistência elétrica por pontos ou<br />
sob gás protetor MIG/MAG. No entanto,<br />
sempre que se disponha de acesso<br />
em ambos os lados, é preferível utilizar<br />
a resistência elétrica, devido à menor<br />
transmissão energética que implica<br />
sobre a chapa. Quando se realizar uma<br />
união sobreposta utilizando a soldadura<br />
MIG/MAG, poder-se-ão utilizar dois<br />
tipos de configurações:<br />
l Sobreposição com costura contínua<br />
– Para secções exteriores com um curto<br />
comprimento de costura e que não<br />
sejam submeti<strong>das</strong> a elevados esforços<br />
mecânicos.<br />
União por soldadura topo a topo<br />
n UNIÕES TOPO A TOPO<br />
Realizam-se em zonas onde a secção<br />
resistente a criar não estará submetida,<br />
em geral, a altas solicitações de carga e<br />
em costuras de pequeno comprimento.<br />
No caso da sua aplicação em peças exteriores,<br />
deverá ter-se em conta que, para<br />
o acabamento final, pode ser necessário<br />
esmerilar as protuberâncias do cordão<br />
efetuado, provocando, com isso, uma<br />
diminuição da secção resistente. Deverá<br />
ter-se ainda em conta que, ao tratar-se<br />
de uma soldadura contínua, quanto<br />
maior for o comprimento do cordão, mais<br />
calor será transmitido às chapas a soldar<br />
e maior possibilidade existirá de variação<br />
<strong>das</strong> características da chapa.<br />
Geralmente, aplica-se com a técnica de<br />
soldadura de resistência elétrica sob gás<br />
protetor (MIG/MAG).<br />
Sobreposição com costura contínua<br />
l Soldadura com costura de tampão –<br />
Será utilizada em uniões sobrepostas de<br />
secções exteriores de maior comprimento<br />
do que as anteriores. Para preparar as<br />
superfícies a soldar, será necessário realizar<br />
uns orifícios (diâmetro de 6 mm) na<br />
peça a montar, que se distribuirão, equitativamente,<br />
em comprimento e serão<br />
preenchidos com material de adição na<br />
soldadura.<br />
O para-brisas é unido à carroçaria através de adesivo<br />
e um processo de trabalho muito mais<br />
complexo do que os restantes, exigindo<br />
um conhecimento e experiência adequados<br />
para a sua correta planificação e<br />
realização.<br />
n UNIÕES POR SOLDADURA<br />
Já foi mencionado que o tipo de união<br />
mais frequente no fabrico e reparação<br />
de carroçarias é a soldadura, graças às<br />
boas características mecânicas que possibilita.<br />
As principais técnicas utiliza<strong>das</strong><br />
são a soldadura por resistência elétrica<br />
por pontos, a soldadura elétrica sob gás<br />
protetor (MIG/MAG) e a soldadura laser<br />
(esta última apenas em fabrico). A mais<br />
utilizada <strong>das</strong> três é a primeira, porque a<br />
transmissão energética à chapa é menor<br />
do que com a MIG/MAG. Uma transmissão<br />
excessiva de calor à chapa de aço<br />
pode modificar as suas características<br />
mecânicas e geométricas.<br />
Na soldadura por resistência elétrica<br />
por pontos, a energia concentra-se apenas<br />
na zona de contacto dos elétrodos<br />
e durante períodos de tempo muito<br />
curtos. No entanto, na MIG/MAG concentra-se<br />
durante a realização de todo<br />
o comprimento do cordão. Embora a<br />
topo a topo, as uniões sobrepostas e as<br />
que integram um reforço adicional.<br />
Em qualquer aplicação destas soldaduras<br />
é necessário ter em conta, em<br />
função <strong>das</strong> peças a unir, qual vai ser a<br />
configuração da união mais indicada para<br />
realizar a soldadura. Para isso, é vital conhecer<br />
o comportamento <strong>das</strong> mesmas<br />
em relação aos esforços a que vão ser<br />
submeti<strong>das</strong> e ter em consideração os<br />
seguintes aspetos:<br />
l A natureza dos materiais que se vão<br />
unir;<br />
l A espessura <strong>das</strong> secções (é preferível<br />
unir materiais com a mesma<br />
espessura);<br />
l O comprimento da costura de união;<br />
l Os esforços a que a união será<br />
submetida;<br />
l A estética final da união;<br />
l A acessibilidade à zona onde será<br />
realizada a união.<br />
Uma vez analisados os aspetos mencionados<br />
anteriormente, resolve-se,<br />
depois, qual a técnica de soldadura a<br />
eleger e qual a configuração que será<br />
mais conveniente utilizar.<br />
n UNIÕES SOBREPOSTAS<br />
Utilizam-se tanto no fabrico como em<br />
reparação. Nestas, realiza-se uma sobreposição<br />
<strong>das</strong> peças a unir na zona da<br />
costura. Em reparação, utilizam-se, geralmente,<br />
na substituição parcial de<br />
painéis exteriores, na qual a sobreposição<br />
se trata de um desnivelamento de um<br />
dos rebordos da costura, seja no rebordo<br />
que se encontra na carroçaria ou no da<br />
peça nova.<br />
Sobreposição por pontos<br />
Sobreposição com costura de tampão<br />
n UNIÕES COM REFORÇO ADICIONAL<br />
Realizam-se através da colocação de um<br />
reforço moldado, no interior ou exterior<br />
da peça.<br />
Quando o local de corte tenha de ficar<br />
invisível e a configuração construtiva o<br />
admita, o reforço coloca-se internamente.<br />
Se o ponto de união puder permanecer<br />
à vista, torna-se mais simples e rápido<br />
utilizar um reforço externo.<br />
Com reforço adicional<br />
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98<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Mundo Automóvel<br />
Seat Ibiza Cupra<br />
AVALIAÇÃO obrigatória<br />
I’ve got the power<br />
› Nunca o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> se tinha divertido tanto ao volante de um Seat. Com carroçaria de três<br />
portas (Sport Coupé), motor 1.8 TSI de 192 cv, modo “Sport”, direção precisa, suspensão firme, travões<br />
potentes e pneus eficazes, o Ibiza Cupra tem o power todo. E custa pouco mais de €20.000...<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Se a Seat é, segundo o seu presidente<br />
(Luca de Meo), uma marca em movimento,<br />
então a mais recente geração<br />
do Ibiza Cupra só pode ser o diabo<br />
em forma de automóvel. E, logo, com<br />
carroçaria Sport Coupé (SC), visto não<br />
existir outra para esta versão. Duas déca<strong>das</strong><br />
depois do lançamento do primeiro<br />
Cupra, eis o novo, que espelha a essência<br />
da Seat na sua forma mais pura. Aliás,<br />
de acordo com a marca espanhola, o Ibiza<br />
Cupra que figura nestas páginas alia ao<br />
design emotivo a performance fora de<br />
série e a tecnologia de ponta, que permitiu<br />
criar um dos mais dinâmicos automóveis<br />
da classe. Realidade ou ficção,<br />
a verdade é que este pequeno desportivo<br />
já nos tinha deixado ótimas indicações<br />
em Barcelona, quando fomos conduzi-lo<br />
na altura em que foi apresentado à imprensa<br />
internacional. Agora, “apanhámo-<br />
-lo” em território nacional. Senhoras e<br />
senhores, apertem os cintos de segurança<br />
que o espetáculo vai começar.<br />
■ STREET FIGHTER<br />
Não foi preciso recorrer a esteroides<br />
anabolizantes nem a substâncias ilícitas<br />
para que o Ibiza Cupra ficasse com tudo<br />
no sítio. Claro que teve de submeter-se<br />
a algum trabalho de ginásio, mas nada<br />
de exageros. Para quem, como nós,<br />
achava que a cor da carroçaria pudesse<br />
ostentar a designação de branco ou azul,<br />
fique a saber que se trata de um cinzento<br />
“dynamic” (implica o dispêndio de €422).<br />
O que lhe confere, sem dúvida, a irreverência<br />
que se impõe. Para mais, dispondo<br />
de pinças de travagem de cor vermelha<br />
(€169), jantes “Barcino” de 17” escuras com<br />
cinco raios duplos (€89), saída de escape<br />
central trapezoidal (em bom rigor, trata-<br />
-se apenas de um efeito no para-choques,<br />
que escondem as duas saí<strong>das</strong>), letterings<br />
O Seat Ibiza Cupra só está disponível com<br />
caixa manual de seis velocidades<br />
Cupra, grelha escura, capas dos retrovisores<br />
em preto e faróis bi-Xénon com<br />
luzes diurnas de LED. As cavas <strong>das</strong> ro<strong>das</strong><br />
alarga<strong>das</strong> e outros pequenos adereços<br />
completam o visual apelativo, que desperta<br />
atenção e gera cobiça.<br />
Por dentro, o Ibiza Cupra consegue ser<br />
mais sóbrio do que por fora. Para além<br />
de bancos desportivos, volante de três<br />
raios com base plana, pedais com inserções<br />
em alumínio e a já celebre bandeira<br />
de xadrez acompanhada por uma barra<br />
vermelha (nada mais nada menos do que<br />
o logótipo Cupra), sendo esta visível no<br />
interior do velocímetro, no volante e no<br />
punho da alavanca da caixa, praticamente<br />
não existem mais diferenças face às versões<br />
“normais”.<br />
Se a qualidade de construção situa-se<br />
num patamar bastante razoável, já o elevado<br />
nível de conectividade marca uma<br />
clara evolução face ao modelo antecessor.<br />
Igualmente ótimo é o posto de condução,<br />
com todos os comandos (principais e<br />
secundários) distribuídos de forma ergonómica.<br />
Ainda que não desiluda, espaço<br />
para ocupantes e bagagem, assim como<br />
conforto e acesso aos lugares posteriores,<br />
são áreas de somenos importância tratando-se<br />
de um desportivo.<br />
No que toca a equipamento, esta unidade,<br />
ao estar recheada de opções, torna<br />
ainda mais agradável a estadia a bordo.<br />
Aqui ficam alguns: sistema de navegação<br />
com duas entra<strong>das</strong> para cartões SD no<br />
porta-luvas e cartografia da Europa<br />
(€355); Seat Full Link - Mirror Link + Apple<br />
+ Google (€151); sistema de som<br />
media plus - ecrã a cores de 6,5”, comandos<br />
de voz, leitor de CD, MP3 e WMA no<br />
porta-luvas, Aux-in, Bluetooth, conexão<br />
USB, seis altifalantes e computador de<br />
bordo “Medium” com display multifunções<br />
(€253); pacote arrumação - gaveta<br />
porta-objetos sob o banco do passageiro,<br />
apoio de braço dianteiro, rede lateral<br />
porta-objetos na mala e fixações de carga<br />
com rede (€319).<br />
■ PLAY4FUN<br />
Reativo até dizer chega, acutilante, eficaz,<br />
fulgurante. Quem estiver a ler este<br />
ensaio ficará com a ideia que consideramos<br />
o Ibiza Cupra como o melhor Seat<br />
de produção em série jamais concebido.<br />
Mas este título não pertence ao Leon<br />
Cupra? Pertence. Só que o Ibiza Cupra<br />
faz parte do restrito lote dos melhores<br />
pequenos desportivos. E as razões para<br />
tal devem-se, como sempre, às soluções<br />
técnicas que emprega. A começar pelo<br />
motor 1.8 TSI de 192 cv que, no seu desenvolvimento,<br />
foi dedicada especial<br />
atenção ao processo de combustão.<br />
Abril I 2016<br />
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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
99<br />
Desportivo e sóbrio, o habitáculo oferece um posto de condução ótimo. Na base da consola central, o botão “Sport”<br />
permite tornar o Ibiza Cupra mais reativo e entusiasmante. Até porque a sonoridade do escape muda de tom<br />
MOTOR<br />
Tipo<br />
Seat Ibiza Cupra<br />
4 cilindros em linha,<br />
transversal, dianteiro<br />
Cilindrada (cc) 1798<br />
Diâmetro x curso (mm)<br />
82,5x84,2<br />
Taxa de compressão 9,6:1<br />
Potência máxima (cv/rpm) 192/4300-6200<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 320/1450-4200<br />
Distribuição<br />
2 v.e.c., 16 válvulas<br />
Alimentação<br />
injeção direta + indireta<br />
de gasolina<br />
Sobrealimentação turbocompressor +<br />
intercooler<br />
TRANSMISSÃO<br />
Tração<br />
Caixa de velocidades<br />
dianteira com ESP + XDS<br />
manual de 6+ma<br />
Em complemento à injeção direta (FSI), cuja pressão<br />
subiu de 150 para 200 bar, o 1.8 TSI integra, também,<br />
um sistema de injeção indireta, que faz chegar gasolina<br />
à parte final <strong>das</strong> condutas de admissão junto às<br />
borboletas, onde se mistura com o ar. A injeção indireta<br />
é especialmente utilizada pelo motor em cargas<br />
parciais, diminuindo o consumo de combustível e<br />
baixando as emissões poluentes. Dotado de um novo<br />
turbocompressor, este bloco dispõe de sistema variável<br />
de abertura de válvulas, que é operado pela<br />
came de admissão e de escape. As árvore de cames<br />
podem variar num ângulo de 30° e de 60° da cambota.<br />
Depois, vem a precisa caixa manual de seis velocidades,<br />
bem escalonada. Seguindo-se-lhe o bloqueio<br />
eletrónico do diferencial (XDS), a suspensão firme, a<br />
direção assertiva, os travões eficazes, os excelentes<br />
pneus Bridgestone Potenza S001 e o botão “Sport”.<br />
Face ao modo “Normal”, o “Sport” permite ao Ibiza<br />
Cupra ficar mais reativo, enquanto o som do escape<br />
se torna mais audível.<br />
Mesmo com controlo de estabilidade desligado,<br />
este pequeno desportivo proporciona momentos de<br />
pura diversão. Para mais tarde recordar. Com elevada<br />
estabilidade, excelente motricidade e uma notável<br />
DIREÇÃO<br />
Tipo<br />
cremalheira<br />
Assistência<br />
sim (elétrica)<br />
Diâmetro de viragem (m) 10,5<br />
TRAVÕES<br />
Dianteiros (ø mm) discos ventilados (310)<br />
Traseiros (ø mm) discos maciços (230)<br />
ABS<br />
sim, com EBV+HBA<br />
SUSPENSÕES<br />
Dianteira<br />
Traseira<br />
Barra estabilizadora frente/trás<br />
PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />
Velocidade máxima (km/h) 235<br />
0-100 km/h (s) 6,7<br />
McPherson<br />
Multilink<br />
sim/sim<br />
O principal responsável pela grande dose de emoção é<br />
o motor 1.8 TSI de 192 cv. Combina injeção direta com<br />
indireta, dispõe de turbocompressor e conta com um<br />
sofisticado sistema de controlo da temperatura<br />
facilidade, faça chuva ou faça sol, o Ibiza Cupra é<br />
daqueles automóveis que transforma qualquer estrada<br />
num circuito de velocidade, tal é a afluência de (boas)<br />
sensações que proporciona. Para mais, nas curvas<br />
mais pronuncia<strong>das</strong>, descritas com grande dose de<br />
otimismo, o eixo traseiro fica mais “solto”, o que ajuda<br />
a apontar a frente para conseguir as melhores trajetórias.<br />
O Ibiza Cupra segue sempre sobre carris.<br />
Para a parte final deste ensaio, deixámos a velocidade<br />
máxima. Não é preciso esperar muito tempo para ver<br />
a agulha do velocímetro tocar, imagine-se, nos 250<br />
km/h! Tendo em conta que se trata de um modelo<br />
com “apenas” 192 cv, este número não deixa de ser<br />
elucidativo. Principalmente, se pensarmos que podemos<br />
ter tudo isto por €22.961 (€25.313 no caso da<br />
unidade aqui presente). Não existe outro pequeno<br />
desportivo no mercado que consiga tal façanha. Missão<br />
bem sucedida. Venha outra de seguida.<br />
CONSUMOS (l/100 km)<br />
Extra-urbano/Combinado/Urbano n.d./6,0/n.d.<br />
Emissões de CO2 (g/km) 139<br />
Nível de emissões Euro 6<br />
DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />
Cx 0,31<br />
Comprimento/largura/altura (mm) 4055/1693/1420<br />
Distância entre eixos (mm) 2469<br />
Largura de vias frente/trás (mm) 1449/1441<br />
Altura ao solo (mm) 210<br />
Capacidade do depósito (l) 45<br />
Capacidade da mala (l) 292<br />
Peso (kg) 1260<br />
Relação peso/potência (kg/cv) 6,56<br />
Jantes de série<br />
7Jx17”<br />
Pneus de série 215/40R17<br />
Pneus teste<br />
Bridgestone Potenza<br />
S001, 215/40R17 87Y XL<br />
GARANTIAS<br />
Mecânica<br />
Pintura<br />
Anticorrosão<br />
2+2 anos ou 80.000 km<br />
3 anos<br />
12 anos<br />
ASSISTÊNCIA<br />
1.ª revisão 2 anos ou 30.000 km<br />
Custo 1.ª revisão (c/ IVA) €271<br />
Intervalos<br />
2 anos ou 30.000 km<br />
Imposto Único de Circulação (IUC): €219,56<br />
Preço (s/ despesas): €22.961<br />
Unidade testada: €25.313<br />
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100<br />
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Mundo Automóvel<br />
Porsche melhora Macan e Cayenne<br />
Novo motor, novo<br />
infoentretenimento<br />
Os SUV da Porsche contam, agora, com novos argumentos: motor<br />
turbo de quatro cilindros para o Macan; sistema de infoentretenimento<br />
mais avançado para o Cayenne. Mas vamos por partes. Começando pelo<br />
Macan, que passou a dispor de uma nova versão de entrada. O acesso à<br />
gama do mais pequeno SUV do construtor de Zuffenhausen faz-se por<br />
intermédio do motor turbo a gasolina de quatro cilindros, com 2,0 litros,<br />
252 cv e 370 Nm, que traz acoplada caixa automática de dupla embraiagem<br />
com sete velocidades (PDK). Para esta nova versão, a Porsche anuncia<br />
um arranque dos 0 aos 100 km/h em 6,7 segundos (6,5 segundos com o<br />
opcional pacote Sport Chrono), uma velocidade máxima de 229 km/h e<br />
um consumo combinado de 7,2 ou 7,4 l/100 km (ciclo NEDC), em função<br />
dos pneus e jantes instalados. Com lançamento previsto para junho deste<br />
ano, o Macan custa €66.998. No caso do Cayenne, toda a gama deste<br />
modelo beneficiou com a aplicação, de série, de um novo sistema de<br />
infoentretenimento (designado Porsche Communication Management),<br />
que dispõe de um ecrã tátil de alta resolução com 7”. As funcionalidades<br />
são mais do que muitas: Bluetooth, USB, cartão SD. Para já não falar do<br />
Apple CarPlay, que eleva a conectividade com o iPhone a outro patamar.<br />
Citroën Berlingo comemora 20 anos<br />
Produção é feita em Mangualde<br />
l Em duas déca<strong>das</strong>, foram<br />
vendi<strong>das</strong>, em Portugal, 61.158<br />
unidades do Citroën Berlingo,<br />
sendo este modelo responsável<br />
por 34,4% da produção total da<br />
fábrica de Mangualde. Lançado<br />
em Portugal no ano de 1996,<br />
este modelo tem sido visto como a referência no<br />
mercado dos veículos comerciais ligeiros, assumindo,<br />
durante vários anos, o estatuto de “o mais vendido”,<br />
assentando numa configuração base inovadora que<br />
define, ainda hoje, o mercado <strong>das</strong> furgonettes. Realidade<br />
indissociável do Citroën Berlingo é o facto de<br />
parte da sua produção ser realizada no Centro de<br />
Produção de Mangualde, infraestrutura produtiva do<br />
Grupo PSA, num contributo significativo quer para o<br />
setor, quer para a economia e tecido social do nosso<br />
país. Com 415.000 unidades produzi<strong>das</strong>, o Citroën<br />
Berlingo é responsável por 34,4% da produção total<br />
da fábrica de Mangualde, desde que esta entrou em<br />
atividade, corria o ano de 1964.<br />
Ford na lista <strong>das</strong> empresas mais éticas<br />
Único construtor automóvel nomeado<br />
O Instituto Ethisphere nomeou a marca norte-americana para a lista<br />
<strong>das</strong> “World’s Most Ethical Companies” 2016. A Ford Motor Company foi,<br />
aliás, o único construtor automóvel selecionado para o rol de empresas<br />
distingui<strong>das</strong> este ano por este instituto, ação que ocorre numa época em<br />
que a ética no negócio é relevante para os clientes e para as suas decisões<br />
de compra. Esta nomeação da marca norte-americana como a Empresa<br />
mais Ética do Mundo ocorre pelo sétimo ano. O Instituto Ethisphere, líder<br />
global na definição e promoção dos padrões de práticas comerciais éticas,<br />
distingue as empresas com as melhores classificações em cinco categorias:<br />
Ética e Conformidade; Cidadania e Responsabilidades Corporativas; Cultura<br />
de Ética; Governação; Liderança e Reputação.<br />
Mercedes-Benz Classe C Cabriolet<br />
Lançamento será no verão<br />
Depois <strong>das</strong> variantes limousine, carrinha e coupé, eis a versão cabrio, que vem completar<br />
a oferta de descapotáveis da Mercedes-Benz. Comparativamente ao Classe C Coupé,<br />
o C Classe Cabriolet é apenas 4 mm mais alto, mantendo o comprimento e a largura.<br />
De série, o C Cabriolet contará com jantes de 17” e suspensão desportiva (rebaixada<br />
em 15 mm face à da limousine). A linha de equipamento AMG estará disponível como<br />
alternativa. As operações de abertura e fecho da capota de lona podem ser realiza<strong>das</strong><br />
em menos de 20 segundos, a velocidades de até 50 km/h. Tal como nos Classes E e S<br />
Cabriolet, os ocupantes do Classe C Cabriolet podem desfrutar do máximo conforto com<br />
a capota aberta, graças aos sistemas AIRCAP e AIRSCARF, que tornam agradável o prazer<br />
de respirar o ar puro, mesmo a baixas temperaturas. Estarão disponíveis seis opções<br />
a gasolina, com níveis de potência que variam entre os 156 e os 367 cv. Em relação às<br />
versões Diesel, as opções que maior expressão assumirão serão as C 220 d de 170 cv e<br />
C 250 d de 204 cv, ambas equipa<strong>das</strong> com sistema SCR (Catalisador de Redução Seletiva)<br />
para pós-tratamento dos gases de escape. O sistema de tração integral 4Matic estará<br />
disponível para o C 220 d. Já a nova caixa automática de nove velocidades (9G-Tronic)<br />
pode ser requisitada para todos os motores (gasolina e Diesel).<br />
Abril I 2016<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
101<br />
EM ESTRADA Novos modelos lançados no mercado Por: Jorge Flores<br />
Ford S-Max 2.0 TDCi Titanium<br />
Geração evoluída<br />
Mazda MX-5 2.0 Skyactiv-G<br />
Estilo & potência<br />
Renault Mégane dCi 130<br />
Puro sangue<br />
Skoda Superb Break 1.6 TDI Style<br />
Aposta segura<br />
● A segunda geração do S-Max, depois<br />
de um rejuvenescimento <strong>das</strong> suas linhas,<br />
em 2010, rompe, de forma vistosa, com<br />
os traços da sua primeira aparição, há<br />
uma década. Conserva características<br />
como a versatilidade e a modularidade,<br />
atributos obrigatórios num monovolume,<br />
mas, nesta evolução, tratou de<br />
afinar to<strong>das</strong> as suas competências. Melhorou<br />
em quase todos os capítulos, com<br />
particular ênfase para os sistemas de<br />
auxílio à condução, como o programador<br />
de velocidade ativo, o detetor de objetos<br />
na via, no ângulo morto, a alerta de mudança<br />
repentina da faixa de rodagem e<br />
o limitador inteligente da velocidade<br />
(com leitura de sinais de trânsito e redução<br />
automática de velocidade em caso<br />
de infração). No interior, cuidados adicionais<br />
na ergonomia e na acessibilidade,<br />
introduzindo sistemas como o Easy Access.<br />
O Ford S-Max dispõe de três filas<br />
de bancos e sete possíveis lugares. A<br />
bagageira oferece 700 litros de capacidade<br />
quando a terceira fila de assentos<br />
está recolhida. O motor 2.0 TDCi de 180<br />
cv, acoplado a uma caixa manual de seis<br />
velocidades, é suficientemente expedito<br />
para não se dar por ele. Embora seja ligeiramente<br />
mais “pesado” para registos<br />
de condução mais empolgantes, como<br />
é disso prova os 9,7 segundos que demora<br />
a cumprir os 0-100 km/h.<br />
● Combinar o estilo e a potência é a<br />
virtude maior da versão 2.0 Skyactiv-G<br />
do Mazda MX-5. Com 160 cv às 6000 rpm<br />
e 200 Nm de binário às 4600 rpm, este<br />
roadster faz justiça ao seu histórico. E aos<br />
números que o acompanham: mais de<br />
um milhão de unidades vendi<strong>das</strong>, em<br />
todo o mundo, desde a sua primeira<br />
geração, há já 26 anos, até esta última,<br />
a quarta. A experiência de alguns dias<br />
passados ao volante deste dois lugares<br />
desportivo, apesar da insistente chuva<br />
que nem deixou abrir a capota, permitiram<br />
ver que se trata de um modelo<br />
muito mais interessante do que a versão<br />
de 1,5 litros com 131 cv analisada na<br />
passa edição do jornal. Até porque tem<br />
muito mais fulgor debaixo do capot. Uma<br />
outra desenvoltura na estrada e uma<br />
muito maior eficácia, virtudes que muito<br />
poderão agradecer ao diferencial autoblocante<br />
e a uma caixa manual de seis<br />
velocidades curtinha e divertida e ainda<br />
a um chassis de baixo peso, numa dieta<br />
ministrada pelos engenheiros nipónicos.<br />
Tudo pensado para elevar a dinâmica do<br />
conjunto. Estamos perante um MX-5 que<br />
conquista logo à primeira, com quem se<br />
cria intimidade. Como seria de esperar,<br />
o preço é um pouco mais elevado nesta<br />
variante mais potente, dotada da especificação<br />
Excellence Navi. €38.050 é o<br />
quanto a Mazda reclama para o mais<br />
divertido dos MX-5.<br />
● Expressivo e sem meias tintas, o novo<br />
Renault Mégane não passa minimamente<br />
despercebido nas estra<strong>das</strong> nacionais.<br />
Ainda menos com a carroçaria pintada<br />
de vermelho (flamme), quase em tons<br />
de sangue vivo. Visualmente, realce-se,<br />
sobretudo, a presença <strong>das</strong> luzes diurnas<br />
de LED, à frente e atrás (estas com um<br />
efeito 3D), que se juntam às jantes de<br />
18”. Pormenores que resultam muito bem<br />
do ponto de vista estético, diga-se. No<br />
habitáculo, assinalem-se os vários apontamentos<br />
com a sigla GT Line, os pedais<br />
em alumínio e o volante em couro, que<br />
são apenas alguns dos elementos distintivos<br />
desta versão de look desportivo.<br />
Junte-se a estes itens o sistema Multi-<br />
-Sense, R-Link 2, sistema de ajuda ao<br />
estacionamento dianteiro e ecrã de 8,7”.<br />
Equipado com o motor Energy dCi de<br />
130 cv às 5500 rpm e binário máximo de<br />
205 rpm às 2000 rpm, o Mégane de cinco<br />
portas consegue proporcionar uma condução<br />
empenhada e cumpridora, sem<br />
dificuldades de “respiração” em manobras<br />
de aceleração ou recuperação, embora<br />
também sem grandes deslumbramentos.<br />
Ainda que o desempenho dinâmico<br />
conjugue eficácia com conforto. Os consumos<br />
de combustível apontam para um<br />
regime combinado de 5,3 l/100 km. Mas<br />
facilmente este valor deriva para outros<br />
patamares caso se abuse do acelerador.<br />
● O Superb Break é uma apostada segura<br />
da Skoda. Na sua terceira geração,<br />
o modelo checo está mais apurado e<br />
harmonioso do que nunca na sua história.<br />
Na versão carrinha, de resto, como é<br />
o caso do modelo em ensaio nestas páginas,<br />
é onde assume a sua plenitude.<br />
Harmonioso na condução, graças a um<br />
potente motor 1.6 TDI de 120 cv, económico<br />
nos consumos, confortável e com<br />
espaço para passageiros. Basta ver que,<br />
na traseira, os ocupantes gozam de 1001<br />
mm entre o teto e a cabeça. Acresce a<br />
tudo isto aquela que será, porventura,<br />
uma <strong>das</strong> maiores bagageiras do segmento:<br />
660 litros, que poderão chegar<br />
a uns impressionantes 1950 litros de<br />
capacidade, quando rebatidos os bancos<br />
traseiros. O Superb Break é ainda o primeiro<br />
Skoda equipado com o chassis<br />
dinâmico adaptativo, que possibilita a<br />
quem vai ao volante escolher o registo<br />
de condução mais adequado ao seu<br />
estilo. Ou à inspiração do momento. Além<br />
do mais, o Superb Break tem um visual<br />
suave e moderno, com destaque para a<br />
imponência da frente e para o dinamismo<br />
proporcionado pelas suas linhas laterais.<br />
A versão ensaiada, a Style, custa €35.812,<br />
mas conta com uma lista de equipamentos<br />
ampla: Bluetooth com ligação wireless<br />
à antena WLAN, Driver Alert com detetor<br />
de fadiga, Front Assist (cruise crontrol<br />
adaptativo com limite até 160 km/h),<br />
entre muitos outros predicados.<br />
Ford S-Max 2.0 TDCi Titanium<br />
Mazda MX-5 2.0 Skyactiv-G<br />
Renault Mégane dCi 130 GT Line<br />
Skoda Superb Break 1.6 TDI Style<br />
MOTOR<br />
4 cil. linha Diesel,<br />
transv. diant.<br />
Cilindrada (cc) 1997<br />
Potência máxima (cv/rpm) 180/3500<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 310/1750-2000<br />
Velocidade máxima (km/h) 211<br />
0-100 km/h (s) 9,7<br />
Consumo combinado (l/100 km) 5,1<br />
Emissões de CO2 (g/km) 129<br />
MOTOR<br />
4 cil. em linha,<br />
long., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1998<br />
Potência máxima (cv/rpm) 160/6000<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 200/4600<br />
Velocidade máxima (km/h) 214<br />
0-100 km/h (s) 7,3<br />
Consumo combinado (l/100 km) 6,6<br />
Emissões de CO2 (g/km) 154<br />
MOTOR<br />
4 cil. linha, Diesel,<br />
transv. diant.<br />
Cilindrada (cc) 1598<br />
Potência máxima (cv/rpm) 130/5500<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 205/2000<br />
Velocidade máxima (km/h) 198<br />
0-100 km/h (s) 10,0<br />
Consumo combinado (l/100 km) 5,3<br />
Emissões de CO2 (g/km) 103<br />
MOTOR<br />
4 cil. linha Diesel,<br />
transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1598<br />
Potência máxima (cv/rpm) 120/3600<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 250/1600<br />
Velocidade máxima (km/h) 206<br />
0-100 km/h (s) 10,9<br />
Consumo combinado (l/100 km) 3,9<br />
Emissões de CO2 (g/km) 103<br />
Preço €41.359<br />
IUC €219,56<br />
Preço €38.050<br />
IUC €239,68<br />
Preço €29.850<br />
IUC €124,33<br />
Preço €35.812<br />
IUC €124,33<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016
102<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Mundo Automóvel<br />
USO PROFISSIONAL<br />
Homenagem à mítica estrada que liga Monterey a Buenos Aires<br />
Volkswagen Multivan PanAmericana<br />
Multivan com dedicatória<br />
› A Volkswagen mostrou, na última edição do Salão de Genebra, mais um derivativo da Transporter. Desta feita,<br />
em versão Multivan, com designação específica e detalhes muito especiais. Uma homenagem à mítica estrada<br />
PanAmericana, que liga Monterey a Buenos Aires<br />
Por: José Silva<br />
A<br />
“transformação” de furgões em<br />
monovolumes de luxo começa a<br />
ser uma tendência dos construtores.<br />
O mais recente exemplo desta capacidade<br />
de “moldar” os automóveis responde pelo<br />
nome de Multivan PanAmericana. Trata-se<br />
de uma invenção da Volkswagen, que pegou<br />
numa Transporter e deu-lhe um cunho<br />
próprio, aplicando-lhe requinte, luxo, potência<br />
e espírito de aventura.<br />
Apresentada no último Salão de Frankfurt,<br />
como concept, a Volkswagen - Veículos<br />
Comerciais decidiu torná-la real.<br />
Por isso, a partir de maio de 2016, os<br />
interessados nesta versão já podem<br />
encomendá-la. Com uma altura ao solo<br />
A altura ao solo aumentada, as jantes de<br />
17” (18” em opção) e as diversas proteções<br />
inferiores conferem um ar “trialeiro”<br />
aumentada em 20 mm, jantes de 17” (18”<br />
em opção), proteções inferiores nas zonas<br />
dianteira e traseira e diversos elementos<br />
da carroçaria revestidos a<br />
material resistente ao impacto de pedras<br />
(como, por exemplo, os para-choques),<br />
a nova Multivan PanAmericana está preparada<br />
para desempenhos mais exigentes<br />
fora de estrada.<br />
Para além de todos os destaques funcionais<br />
revelados nas linhas anteriores,<br />
esta PanAmericana também marca pontos<br />
ao apresentar um equipamento refinado,<br />
como janelas traseiras escureci<strong>das</strong>,<br />
luzes traseiras de LED “fuma<strong>das</strong>” e grelha<br />
de radiador Highline cromada, o que lhe<br />
garante uma presença visual que causa<br />
grande impacto.<br />
■ TRAÇÃO DIANTEIRA EM PORTUGAL<br />
No interior, o conceito multifuncional<br />
é elegante e polivalente, contando, também,<br />
com detalhes de requinte, como o<br />
volante multifunções forrado a couro, o<br />
punho da alavanca da caixa em pele, o<br />
ar condicionado automático (Climatronic),<br />
as soleiras <strong>das</strong> portas ilumina<strong>das</strong><br />
com lettering PanAmericana e os pedais<br />
em aço inoxidável. Existe ainda a possibilidade<br />
de aplicar detalhes de cores<br />
sóli<strong>das</strong> no interior, para combinar com<br />
a imagem real de terra e areia, locais que<br />
podem ser os de eleição desta Multivan.<br />
A génese desta versão está no sistema<br />
de tração integral permanente 4Motion.<br />
É exatamente este dispositivo que acaba<br />
por dar à Volkswagen a imagem “off-road”<br />
que se pretende. Todavia, em Portugal,<br />
a Multivan PanAmericana vai ser vendida<br />
apenas com tração dianteira, o que permitirá<br />
baixar, substancialmente, o valor<br />
do ISV (Imposto Sobre Veículos).<br />
A gama de motores desta PanAmericana<br />
é exatamente igual à da versão<br />
Multivan, na qual se incluem propulsores<br />
a gasolina e a gasóleo. As potências<br />
variam entre os 102 e os 204 cv do<br />
motor 2.0 TDI biturbo. Os preços da<br />
Volkswagen Multivan PanAmericana.<br />
ainda não foram divulgados.<br />
Abril I 2016<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2016
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