Revista ABRATES - DEZEMBRO 2016 - 2ª Edição
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EDIÇÃO 2 • <strong>DEZEMBRO</strong>/<strong>2016</strong><br />
Caminho das Pedras<br />
Como a Abrates está ajudando a profissionalizar o mercado de tradução e<br />
interpretação<br />
“E essa tal de mentoria?”<br />
Uma das primeiras perguntas que as pessoas<br />
fazem quando se fala no Programa de Mentoria da<br />
Abrates é: mas o que eu ganho com isso? Bem,<br />
além da satisfação pessoal/profissional, nada,<br />
meu caro! Existe uma crença bastante equivocada<br />
sobre o trabalho realizado na Abrates e acho<br />
importante esclarecer aqui. Ninguém, em nenhuma<br />
iniciativa/atividade da Abrates – leia-se Programa<br />
de Mentoria, <strong>Revista</strong> Metáfrase e Diretoria – recebe<br />
absolutamente nada para fazer o trabalho. Mentores,<br />
coordenadores, editores, diretores, ninguém recebe<br />
salário ou qualquer tipo de compensação financeira,<br />
ou sequer desconto/isenção nas mensalidades da<br />
associação ou em participação nos congressos<br />
(mesmo palestrando). Os tradutores/intérpretes que<br />
se envolvem com as iniciativas da Abrates o fazem<br />
por puro desprendimento e dedicação à categoria.<br />
Ficou claro?<br />
Ué, mas então por que fazer isso? Você não tem o<br />
que fazer?<br />
Bem, essa é uma boa pergunta. Mas o que vejo<br />
nos profissionais que se envolvem nas atividades<br />
da Associação é a vontade de tornar o mercado<br />
de trabalho mais justo e fortalecer nossa categoria.<br />
Existe muito “mimimi” sobre aventureiros que não<br />
sabem cobrar, sobre quem não sabe traduzir,<br />
sobre a concorrência desleal. Isso tudo realmente<br />
acontece, mas cabe a nós, tradutores experientes,<br />
tentar fazer algo para mudar essa realidade – na<br />
prática! Reclamar não adianta; então, por que não<br />
tentar ensinar aos novatos como eles podem e<br />
devem valorizar seu trabalho? Foi assim que surgiu<br />
o Programa de Mentoria Caminho das Pedras. Da<br />
observação da realidade da profissão e do desejo<br />
de mudar esse cenário de forma organizada.<br />
No começo, o William Cassemiro falou da sua<br />
intenção de fazer algo nesse sentido para um grupo<br />
restrito de amigos. Ele entrou em contato com a ATA<br />
e com a APTrad e eles disponibilizaram o programa<br />
básico de mentoria deles para que pudéssemos<br />
começar o nosso trabalho. A partir disso, Beatriz<br />
Figueiredo, Caroline Alberoni, Ernesta Ganzo,<br />
Mônica Reis, Patrícia Souza, William Casemiro e<br />
eu começamos a desenvolver o programa em si.<br />
Inicialmente, eram reuniões semanais. À medida que<br />
a coisa foi tomando forma, a urgência foi se fazendo<br />
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