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Fevereiro/2016 - Referência Industrial 171

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ENTREVISTA - Mauro Schwartsburd, presidente do Simov, ressalta força do setor moveleiro no PR<br />

I N D U S T R I A L<br />

Produção<br />

eficiente<br />

Empresas de portas investem em<br />

máquinas com tecnologia alemã<br />

e ganham vantagem competitiva<br />

Efficient<br />

production<br />

Door manufacturers invest in machines<br />

with German technology<br />

and gain competitive advantage<br />

Especial – Cenário econômico exige ânimo redobrado da indústria em <strong>2016</strong>, afirmam especialistas


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

SUMÁRIO<br />

SUMÁRIO<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

Affemaq 85<br />

32<br />

Arch Química/Lonza 87<br />

Baukus 09<br />

Bottene 59<br />

Carrocerias Bachiega 13<br />

Cerumaq 15<br />

Contraco 71<br />

48<br />

54<br />

Engecass 65<br />

Feicon 47<br />

Fepam 86<br />

Fezer 73<br />

Formóbile 29<br />

H. Bremer 07<br />

HB Máquinas 69<br />

Homag 31<br />

Impacto Máquinas 41<br />

Indumec 21<br />

Linck 11<br />

Máquinas Dallabona 83<br />

Marrari 23<br />

Mill Indústrias 88<br />

Montana Química 02<br />

MSM Química 19<br />

Planeta <strong>Industrial</strong> 75<br />

Razi Máquinas 53<br />

Rossin 51<br />

Siempelkamp 05<br />

Tigra do Brasil 63<br />

Vantec 17<br />

Wintersteiger 75<br />

04 Editorial<br />

06 Cartas<br />

08 Bastidores<br />

12 Notas<br />

16 Informe Publicitário<br />

18 Aplicação<br />

20 Alta e Baixa<br />

22 Frases<br />

24 Entrevista<br />

30 Coluna Abimci Paulo Pupo<br />

32 Principal Produção eficiente e econômica<br />

42 Construção Civil<br />

48 Marcenaria<br />

54 Especial Panorama <strong>2016</strong>: para onde vamos?<br />

64 Mercado<br />

66 Madeira Tratada<br />

70 Tecnologia<br />

72 Química na Madeira<br />

74 Feira<br />

76 Artigo<br />

84 Agenda<br />

86 Espaço Aberto<br />

FEVEREIRO | 03


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

EDITORIAL<br />

Ano XVIII - Edição n.º <strong>171</strong> - <strong>Fevereiro</strong> <strong>2016</strong><br />

Year XVIII - Edition n.º <strong>171</strong> - February <strong>2016</strong><br />

Estampa a capa desta<br />

edição a Homag, que traz sua<br />

linha completa para produção<br />

de portas<br />

BEM-VINDO, <strong>2016</strong>!<br />

A primeira edição da REFERÊNCIA INDUSTRIAL deste ano<br />

arrumou as malas e foi para as bandas de Caçador (SC), para<br />

mostrar como o investimento em parque fabris refletem no<br />

crescimento das indústrias de portas no país. Com o projeto<br />

certo, uma indústria pode alavancar a linha de produção, reduzindo<br />

mão de obra e tempo desperdiçado. Já nossa matéria<br />

especial colocou em questão as perspectivas para o novo ano.<br />

Conversando com as principais entidades e representantes<br />

do setor foi possível desenhar um quadro do que <strong>2016</strong> vai<br />

nos trazer. Vale a pena conferir a reportagem voltada para<br />

marcenarias. Uma ótima opção em detrimento ao momento<br />

econômico atual. Com essas e outras informações começamos<br />

o ano com disposição de sobra.<br />

Excelente <strong>2016</strong> e boa leitura!<br />

WELCOME, <strong>2016</strong>!<br />

For the first edition of REFERÊNCIA <strong>Industrial</strong> for this year,<br />

the team packed its bags and went to the suburbs of Caçador<br />

(SC), to demonstrate how an investment in the manufacturing<br />

park can reflect on the growth of the door manufacturing<br />

industry in the Country. With the right project, a company can<br />

leverage the production line, reducing manpower and time<br />

wasted. Our special article puts into perspective the prospects<br />

for the New Year, where by talking with major entities and<br />

representatives in the Sector, it was possible to outline the framework<br />

that <strong>2016</strong> has for us. It is worth checking out the story<br />

focused on woodworking, especially at this moment of reduced<br />

economic activity. With this and other information, we start the<br />

year with disposition to spare.<br />

An excellent <strong>2016</strong> and pleasant reading!<br />

EXPEDIENTE<br />

JOTA COMUNICAÇÃO<br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Diretora de Negócios / Business Director<br />

Joseane Knop<br />

joseane@jotacomunicacao.com.br<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

Veículo filiado a:<br />

JOTA EDITORA<br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Rafael Macedo - Editor<br />

editor@revistareferencia.com.br<br />

Marina de Capistrano<br />

jornalismo@referenciaindustrial.com.br<br />

Colunista / Columnist<br />

Flavio C. Geraldo<br />

Paulo Pupo<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão<br />

Fabiano Mendes<br />

Bruce Cantarim<br />

Fernanda Domingues<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Colaboradores / Colaborators<br />

Fotógrafos: Valterci Santos<br />

Depto. Comercial / Sales Departament<br />

Gerson Penkal, Viviane Kraft<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Tradução / Translation<br />

John Wood Moore<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

Monica Kirchner - Coordenação<br />

Alessandra Reich<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida<br />

aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira, instituições de<br />

pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais, ONG’s, entidades de<br />

classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente ligados ao segmento madeireiro.<br />

A Revista REFERÊNCIA do Setor <strong>Industrial</strong> Madeireiro não se responsabiliza por conceitos<br />

emitidos em matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes<br />

materiais de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos textos, fotos e<br />

outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são terminantemente proibidos<br />

sem autorização escrita dos titulares dos direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication directed at the<br />

producers and consumers of the good and services of the lumberz industry, research<br />

institutions, university students, governmental agencies, NGO’s, class and other entities<br />

directly and/or indirectly linked to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does<br />

not hold itself responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors, themselves. The<br />

use, reproduction, appropriation and databank storage under any form or means of<br />

the texts, photographs and other intellectual property in each publication of Revista<br />

REFERÊNCIA is expressly prohibited without the written authorization of the holders<br />

of the authorial rights.<br />

04 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

CARTAS<br />

Capa da Edição 170 da<br />

Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL,<br />

mês de dezembro de 2015<br />

Tecnologia<br />

Marcenaria<br />

Por Lucas Castro,<br />

de Curitiba (PR)<br />

Imagem: reprodução<br />

Por Juca Lopes,<br />

Taboão da Serra (SP)<br />

Imagem: reprodução<br />

Fiquei impressionado com a tecnologia do processo<br />

rotográfico de impressão da matéria de capa da edição<br />

170. A REFERÊNCIA INDUSTRIAL sempre nos trazendo<br />

novidades de ponta, parabéns.<br />

Gostei muito do final da série “ferramentas manuais”, parabéns<br />

por todo o conteúdo!<br />

Novo ano<br />

Paricá<br />

Por Juarez<br />

Raimundo<br />

da Silva,<br />

de Tubarão (SC)<br />

Por Rocio de<br />

Albuquerque,<br />

de Fazenda Rio<br />

Grande (PR)<br />

Estou ansiosa pelas novas matérias e abordagens da revista<br />

para <strong>2016</strong>. Nos surpreendam como sempre!<br />

Imagem: divulgação<br />

Fiquei satisfeito<br />

com a reportagem<br />

sobre o catálogo<br />

do compensado do<br />

Paricá. Desconhecia<br />

a importância da espécie e empregabilidade.<br />

Imagem: reprodução<br />

Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os<br />

e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />

As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião<br />

é fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />

revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />

06 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br<br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />

enviados para redação ou siga:


Gerando energia para o mundo.<br />

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• Grelha rotativa ou fixa refrigerada a água<br />

• Vapor saturado ou superaquecido<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

BASTIDORES<br />

Na foto, Mauro Pereira<br />

Schwartsburd (presidente do<br />

Simov) e Emerson Langner<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

CONFRATERNIZAÇÃO<br />

A Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL marcou presença no<br />

jantar de confraternização do Simov (Sindicato da indústria do<br />

mobiliário e marcenaria do Estado do Paraná), que contou com<br />

a doação de panetones dos convidados para o Hospital Erasto<br />

Gaertner, de Curitiba (PR).<br />

VISITA<br />

Recebemos nas dependências<br />

da JOTA Editora os colaboradores<br />

da fabricante de equipamentos<br />

para madeira Homag.<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

Na foto, Germano Basko<br />

(gerente regional Homag),<br />

Joseane Knop (diretora de<br />

negócios do GRUPO JOTA)<br />

e Alessandro Agnoletti<br />

(gerente geral de vendas<br />

América Latina Homag)<br />

Na foto, Fábio Alexandre Machado (diretor<br />

comercial do GRUPO JOTA), Marlise Rabuske<br />

(assistente de diretoria Homag) e Joseane<br />

Knop (diretora de negócios do GRUPO JOTA)<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

08 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

Schattdecor visita<br />

Domotex e IMM<br />

Em busca de novas tendências a Schattdecor, fabricante<br />

de papéis decorativos, visitou entre os dias 16 e 24 de janeiro,<br />

duas feiras de decoração na Alemanha. Com soluções,<br />

inovações e tendências para revestimentos de pisos a feira<br />

Domotex aconteceu em Hannover. Já a IMM, em Colônia,<br />

é voltada para a decoração de interiores, focada no estilo<br />

de moradia das pessoas. Com o tema tread on me (pise em<br />

mim, em tradução livre) a feira Domotex convidou seus visitantes<br />

a andarem pelas últimas tendências. Uma delas foi<br />

evidenciada por tons mais naturais, a exemplo dos decors<br />

Canyon Croft Oak, Canyon Havanna Larch e Jura Pine, da<br />

Schattdecor. Já a feira IMM, focou no desenvolvimento dos<br />

móveis e nos ambientes do futuro. O estudo de tendências<br />

é um trabalho constante que exige um olhar atento. Nesse<br />

sentido, a Schattdecor trabalha intensamente para prever<br />

mudanças de comportamento dos consumidores e novas<br />

tendências globais. Em uma época de globalização e trocas<br />

interculturais, estas evoluem simultaneamente em diferentes<br />

partes do mundo, permitindo assim previsões em âmbito<br />

universal.<br />

Movergs tem novo<br />

presidente<br />

A Movergs (Associação das Indústrias de Móveis do Estado<br />

do Rio Grande do Sul) tem seu novo presidente para a<br />

gestão <strong>2016</strong>/2017: Volnei Benini. A eleição ocorreu durante<br />

assembleia geral, realizada no dia 17 de dezembro do ano<br />

passado, na sede da associação, em Bento Gonçalves (RS).<br />

Com mais de 25 anos de trajetória no setor moveleiro, Volnei<br />

Benini traz a experiência de ter presidido a Fimma Brasil;<br />

o Sindmóveis (Sindicato das Indústrias do Mobiliário de<br />

Bento Gonçalves); e a primeira edição da feira Casa Brasil.<br />

Formado em Ciências Econômicas pela Fervi (Fundação<br />

Educacional da Região dos Vinhedos), com MBA em Gestão<br />

pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), tem passagem como<br />

executivo em grandes indústrias moveleiras gaúchas e, atualmente,<br />

comanda a BRV Móveis.<br />

Foto: Movergs<br />

Foto: divulgação<br />

Arauco assume<br />

metade da Tafisa<br />

A fabricante de painéis Arauco assinou um acordo de subscrição<br />

de ações que alcançaria 50% do capital da sociedade espanhola<br />

Tafisa, que possui dez plantas de painéis distribuídas<br />

pelo mundo. As instalações produtivas, que em conjunto empregam<br />

três mil pessoas, geram uma produção de 4,2 milhões de<br />

m³ (metros cúbicos) de painéis e representarão um investimento<br />

de US$ 150 milhões. Atualmente, esta empresa é filial do grupo<br />

Português Sonae, e quando a transação for concretizada a nova<br />

companhia será denominada Sonae-Arauco. A capacidade de<br />

produção da Sonae-Arauco seria de aproximadamente 460 mil<br />

m³ de OSB, 1,45 milhões de m³ de MDF, de 2,27 milhões de m³ de<br />

painéis particulados e 100 mil m³ de madeira serrada.<br />

10 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


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MADE IN GERMANY


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

NOTAS<br />

Nova diretoria<br />

Montana Química<br />

Foto: divulgação<br />

Embalagens<br />

de madeira<br />

A partir de fevereiro deste ano entra em vigor a Instrução<br />

Normativa Mapa nº 32/2015, que estabelece novos<br />

procedimentos de inspeção e fiscalização de embalagens<br />

de madeira. Instituída pelo Mapa (Ministério da Agricultura,<br />

Pecuária e Abastecimento), a normativa é válida tanto para<br />

os processos de importação quanto exportação.<br />

As medidas mais rigorosas foram determinadas após a<br />

Onpf (Organização Nacional de Proteção Fitossanitária) ter<br />

exigido responsabilidade do Brasil perante as inconformidades<br />

e prioridade na adequação das normas internacionais<br />

que dizem respeito ao expurgo e fumigação.<br />

As embalagens, peças ou suportes de madeira deverão<br />

ter tratamento térmico ou secagem em estufa. Será indispensável,<br />

também, o tratamento térmico via aquecimento<br />

dielétrico com uso de micro-ondas e fumigação com brometo<br />

de metila. As orientações valem também para embalagens<br />

submetidas ou utilizadas em reciclagem, refabricação,<br />

reparo ou remontagem.<br />

A Montana Química fez dois anúncios importantes<br />

para este começo de ano. Um deles é que<br />

Humberto Tufolo Netto assumiu a diretoria de relacionamento,<br />

com o objetivo de fomentar ações<br />

frente ao mercado e novos segmentos de interesse<br />

da empresas. A outra novidade é que para o cargo<br />

de diretora comercial foi promovida Elaine Guedes,<br />

que vem atuando desde agosto de 2015 na empresa.<br />

Elaine é formada em Engenharia Química, com<br />

atuação durante vários anos como Gerente de Negócios,<br />

sendo responsável pela área comercial e<br />

pesquisa e desenvolvimento, e, portanto, com grande<br />

experiência no setor. Nas palavras de Andreas G.<br />

de Salis, diretor superintendente, “Elaine vem com<br />

novas ideias de gestão que ajudarão a profissionalizar<br />

a Montana Química ainda mais”, e segundo<br />

Humberto, ela continuará o trabalho de excelência<br />

junto aos clientes reforçando a qualidade e o serviço<br />

da marca.<br />

Foto: divulgação<br />

Portal de memórias<br />

O Sindmóveis (Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento<br />

Gonçalves), lança o portal Somos Móveis, um resgate em imagens<br />

das 20 edições da Movelsul Brasil, feira de móveis e complementos da<br />

América Latina. A história do evento é retratada em formato de linha<br />

do tempo a partir dos arquivos da entidade, que se transformam em<br />

uma rede social colaborativa e informativa. O público está convidado<br />

a compartilhar momentos com a hashtag #SomosMóveis. Para postar<br />

uma imagem, basta fazer o upload no portal Somos Móveis. A 20ª<br />

edição da Movelsul Brasil ocorre de 14 a 18 de março de <strong>2016</strong>, no Parque<br />

de Eventos de Bento Gonçalves. Para mais informações, acesse:<br />

www.somosmoveis.com.br e www.movelsul.com.br.<br />

Imagem: reprodução<br />

12 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


40<br />

CARROCERIAS BACHIEGA<br />

ANOS<br />

TRADIÇÃO<br />

PISO<br />

ESTACIONÁRIO<br />

SEGURANÇA E<br />

QUALIDADE NO<br />

PROCESSO<br />

PROJETOS<br />

PERSONALIZADOS<br />

EFICIÊNCIA<br />

COMPROVADA<br />

• Garantia de baixa manutenção e longa durabilidade<br />

• Os insumos podem ser descarregados diretamente sobre o<br />

piso o móvel<br />

• Pode-se ter uma vazão estável de material em ambas<br />

direções<br />

• Alternativa eficaz na alimentação do processo produtivo<br />

nas empresas<br />

• Reduz custo e trabalho<br />

• Não tem correntes, empurradores, lâmina ou correia que<br />

possa quebrar e interromper o processo<br />

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Fones: (19) 3496-1555 | (19) 3496-1381<br />

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Conheça nossa página<br />

no facebook:<br />

facebook.com/carroceriasbachiega


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

NOTAS<br />

ForMóbile abre<br />

credenciamento<br />

Está aberto o credenciamento da ForMóbile <strong>2016</strong>, feira<br />

dos setores madeia e móveis, que acontece de 26 a 29<br />

de julho no Pavilhão Anhembi, em São Paulo (SP). Basta<br />

acessar o site da feira (www.feiraformobile.com.br), clicar<br />

em credenciamento e preencher as informações solicitadas.<br />

Visitantes se credenciarem até 26 de junho receberão o crachá<br />

de entrada da feira no endereço escolhido. A iniciativa<br />

pretende aproximar ainda mais a feira das necessidades de<br />

toda a cadeia, com a criação do Conselho de Expositores da<br />

ForMóbile.<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

Grupo Lonza<br />

adquire Zelam<br />

e Diacon<br />

Em comunicado oficial o Grupo Lonza anuncia<br />

a aquisição de duas empresas tradicionais no segmento<br />

de produtos químicos destinados à proteção<br />

de madeiras, a Zelam (Nova Zelândia) e a canadense<br />

Diacon.<br />

A Zelam reforça significativamente as áreas<br />

voltadas aos produtos destinados aos ingredientes<br />

agroquímicos e de proteção de madeiras, especificamente<br />

destinados aos chamados pré-tratamentos.<br />

“A linha de produtos destinados à proteção de madeira<br />

da Zelam é bastante evoluída e esse currículo,<br />

aliado à experiência da Lonza, irá reforçar globalmente<br />

o melhor uso da madeira industrializada”,<br />

explica Flavio Geraldo, gerente de mercado para a<br />

América Latina da Arch Proteção de Madeiras, empresa<br />

do Grupo Lonza.<br />

A Diacon, atuante no segmento de formulações<br />

destinadas à proteção de madeiras contra fungos<br />

emboloradores e manchadores durante o período<br />

de secagem, agrega à linha de produtos da Lonza,<br />

os modernos sistemas de aplicação, automação e<br />

controle.<br />

Intersind inaugura<br />

sede administrativa<br />

O Intersind (Sindicato Intermunicipal das Indústrias<br />

do Mobiliário de Ubá) inaugurou nova sede administrativa,<br />

localizada no Horto Florestal, em Ubá (MG) durante<br />

um evento que contou com a participação de autoridades,<br />

associados, fornecedores e colaboradores. Além de<br />

conhecer o novo espaço, que tem aproximadamente 800<br />

m² (metros quadrados), os convidados também participaram<br />

da eleição da nova diretoria do sindicato. Após oito<br />

anos como presidente, Michel Henrique Pires, passou o<br />

cargo para o empresário, Aureo Calçado Barbosa, que<br />

ocupava o cargo de diretor executivo.<br />

Assumindo a nova gestão, Aureo, aposta na união<br />

para o fortalecimento do polo moveleiro. “É um desafio,<br />

realmente. Estamos juntos na diretoria do Intersind a<br />

cerca de cinco anos, lutando pelo nosso polo moveleiro.<br />

Agora, assumindo a direção, apresentaremos as nossas<br />

ideias aos moveleiros de Ubá e gostaríamos, realmente,<br />

que os empresários participassem do nosso dia a dia. A<br />

nossa meta é unir os moveleiros”, pontuou.<br />

Foto: Raíla Melo/Almg<br />

14 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


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Fone: (47) 3522 2971 | cerumaq@cerumaq.com.br


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E MERCADOS<br />

Fotos: divulgação<br />

A CRISE QUE ATINGIU A ECONOMIA<br />

MUNDIAL MUDOU RADICALMENTE<br />

OS PARÂMETROS DOS PROJETOS E A<br />

FORMA DE COMO SE CONECTAR COM<br />

MERCADOS INTERNACIONAIS<br />

Os últimos anos têm forçado muitas empresas a tomar grandes<br />

decisões sobre o seu futuro: parar ou continuar a investir forte? Com<br />

seus 84 anos de atividades a Bottene Srl decidiu continuar e investir<br />

em novas tecnologias (sistemas de visão, scanners, raios-X) e novos<br />

mercados.<br />

Adquirimos uma empresa histórica e conceituada fabricante de<br />

finger joint a Spanevello, assim podemos fornecer linhas completas<br />

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móveis, vigas de madeira, painéis, casas e semi-acabados.<br />

No Brasil, estamos presentes com a Simas Soluções Industriais<br />

que é nossa subsidiária com uma equipe técnica comercial e assistência<br />

rápida.<br />

Nosso objetivo é nos tornarmos líderes do mercado brasileiro<br />

em equipamentos para trabalhar a madeira maciça, oferecendo uma<br />

ampla gama de máquinas que representam o melhor da tecnologia<br />

italiana.<br />

Temos uma equipe técnica especializada capaz de satisfazer todas<br />

as suas necessidades, uma equipe que trabalha com competência<br />

e paixão à sua disposição.<br />

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e Matteo Battistella, diretor comercial<br />

da Bottene<br />

16 |<br />

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APLICAÇÃO<br />

RESGATE DAS<br />

TRADIÇÕES<br />

Foto:divulgação<br />

O<br />

buffet Tribos evoca toda a<br />

cultura e tradição do artesanato<br />

indígena ao se inspirar<br />

nos trabalhos de entalhe das cuias ritualísticas<br />

e das bandoleiras e colares feitos<br />

com sementes nativas. A delicadeza<br />

do artesanato transparece no trabalho<br />

quase artesanal sobre a madeira imbuia.<br />

O grafismo indígena da tribo Tapirapé<br />

está representado pelos detalhes esculpidos<br />

manualmente nos pés do móvel,<br />

enquanto os detalhes nos puxadores são<br />

feitos pelos índios da tribo Nambiquaras<br />

com sementes de siripiuna e inajá, e casca<br />

de coco tucum.<br />

COM<br />

CLASSE<br />

U<br />

ma gravata ecologicamente<br />

correta<br />

e feita a partir de<br />

sobras de madeira e de tecido.<br />

É o que propõe a Ripa<br />

Design, empresa portuguesa<br />

criada por dois jovens de<br />

Viana de Castelo. Além das<br />

gravatas, a empresa pretende<br />

criar acessórios a partir<br />

do aproveitamento e valorização<br />

de matérias-primas<br />

que seriam descartadas no meio ambiente. No caso da gravata, os materiais reutilizados são fornecidos por indústrias<br />

madeireiras e têxtil da própria cidade, que também auxiliam na produção. Ao contrário do que possa parecer, as gravatas<br />

são leves e pesam entre 120 g (gramas) a 150 g.<br />

Foto: divulgação<br />

18 |<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ALTA E BAIXA<br />

ALTA<br />

EXPORTAÇÃO DE MADEIRA<br />

A TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá (PR), bateu um recorde<br />

inédito em exportação de madeira. Em dezembro de 2015, a empresa contabilizou 2.311 contêineres<br />

embarcados com destino a países da Europa, Ásia e América do Norte, totalizando de 115<br />

mil m³ (metros cúbicos) de madeira no mês. O volume atingiu 35 mil m³ a mais que o registrado<br />

no mesmo período de 2014 (quando foram registrados aproximadamente 70 mil m³).<br />

MÓVEIS PLANEJADOS<br />

O Iemi Inteligência de Mercado divulga o primeiro estudo sobre o Mercado Potencial de Móveis Planejados no Brasil. Segundo<br />

o relatório, os móveis planejados ganharam grande atratividade junto às indústrias do mobiliário do país, pela sua<br />

capacidade de agregação de valor aos produtos e marcas do setor. Atualmente, esta categoria está inserida na linha de<br />

produtos de um em cada nove estabelecimentos produtores de móveis no Brasil, ou 8,8% do total, e comercializado por<br />

uma em cada sete lojas de móveis do país (15,4%). Ao final de 2014, este contingente entregou ao mercado uma produção<br />

de 38,7 milhões de peças, correspondente a R$ 13,4 bilhões de vendas em valores.<br />

DECLÍNIO DA ECONOMIA<br />

Os executivos brasileiros não acreditam que o cenário econômico nacional deve evoluir positivamente nos próximos<br />

meses. É o que revela a 13ª edição do Capital Confidence Barometer, estudo realizado pela EY (Ernst & Young), no segundo<br />

semestre de 2015 com 1600 executivos de 53 países. De acordo com o levantamento, a parcela de profissionais<br />

que acredita em melhorias significativas de desempenho na economia brasileira caiu de 8% para 4% na comparação<br />

entre outubro de 2014 e outubro de 2015.<br />

BAIXA<br />

MINHA CASA MINHA VIDA<br />

Assim como no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), as empresas que atuam exclusivamente<br />

no Mcmv (Minha Casa Minha Vida) vêm sinalizando uma expectativa de forte<br />

diminuição do volume de obras para os próximos 12 meses. Em dezembro de 2015, 65,6% das<br />

empresas projetaram queda do volume. Há um ano, este percentual era de 15,4%; e em junho<br />

de 2015, de 53,6%. Já a proporção das que informaram aumento do volume diminuiu de 35,3%,<br />

em dezembro de 2014 para 7,9%, em junho de 2015, chegando aos 8,8%, em dezembro de<br />

2015. Mais uma vez o governo do PT (Partidos dos Trabalhadores), prova que o discurso está<br />

longe de ser a prática.<br />

20 |<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

FRASES<br />

Os empresários precisam se adaptar.<br />

Nas negociações, nós vamos discutir<br />

tarifas visando a derrubada de outras<br />

barreiras. Nem todos os setores vão<br />

ganhar. Uns vão ganhar mais e, outros,<br />

menos. Mas os ganhos indiretos poderão<br />

compensar perdas de outros setores<br />

Foto: José Paulo Lacerda<br />

Carlos Abijaodi, diretor de desenvolvimento industrial da CNI<br />

(Confederação Nacional da Indústria), sobre <strong>2016</strong> ser um ano<br />

de acordos comerciais<br />

É uma questão de segurança nacional para um país ter a sua<br />

própria indústria de máquinas-ferramenta, a fim de garantir a<br />

manufatura de bens duráveis para o seu consumo e para as suas<br />

exportações<br />

Alfredo Ferrari, vice-presidente da Csmf (Câmara Setorial de Máquinas-Ferramenta e<br />

Sistemas Integrados de Manufatura), sobre o por que o país precisa de uma indústria forte<br />

Sem confiança, sem credibilidade, não há investimentos, e o<br />

consumo se retrai<br />

Paulo Skaf, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) apontando<br />

que com a perda de credibilidade do governo a economia é muito afetada<br />

Mais uma vez, os fiscos estaduais<br />

delegam suas funções ao contribuinte.<br />

Temos feito um grande esforço para<br />

que as empresas se livrem da má<br />

burocracia, como essas, que acabam<br />

criando mais dificuldade para a vida<br />

dos empresários<br />

Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil<br />

Guilherme Afif Domingos, presidente do Sebrae Nacional,<br />

comentando as mudanças anunciadas pelo Confaz (Conselho<br />

Nacional de Política Fazendária) referente a carga burocrática<br />

imposta às empresas brasileiras<br />

22 |<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ENTREVISTA<br />

MAURO PEREIRA<br />

SCHWARTSBURD<br />

LOCAL DE NASCIMENTO<br />

PLACE OF BIRTH:<br />

26/06/1957 - São Paulo (SP)<br />

June 26, 1957, São Paulo (SP)<br />

FORMAÇÃO PROFISSIONAL<br />

EDUCATION:<br />

Técnico em Eletrônica<br />

Electronics<br />

Foto: divulgação<br />

CARGO<br />

PROFESSION:<br />

Presidente do Simov (Sindicato da Indústria do Mobiliário<br />

e Marcenaria do Estado do Paraná)<br />

Simov President (State of Parana Syndicate of the<br />

Furniture and Woodworking Industry)<br />

Juntos ficamos mais fortes<br />

Together, we are stronger<br />

E<br />

leito para presidir o Simov (Sindicato da Indústria<br />

do Mobiliário e Marcenaria do Estado do Paraná)<br />

no triênio 2014/2017, Mauro Pereira Schwartsburd<br />

aceitou o desafio de continuar as ações das gestões anteriores<br />

e abre nosso hall de entrevistados em <strong>2016</strong>. Ele comenta<br />

sobre a força da indústria de móveis do Paraná, os principais<br />

entraves e gargalos do setor, bem como as ações para o ano<br />

que se inicia. Você sabia que o setor moveleiro gera uma<br />

identidade para muitos municípios do Paraná? Confira nesta<br />

entrevista exclusiva mais detalhes do cenário moveleiro no<br />

Paraná e como o mercado repercute em todo país.<br />

E<br />

lected to the Simov chair (State of Parana Syndicate<br />

of the Furniture and Woodworking Industry) for the<br />

2014/2017 triennium, Mauro Pereira Schwartsburd<br />

accepted the challenge to continue the actions of previous<br />

administration and initiates our “hall of interviewees” for<br />

<strong>2016</strong>. He comments on the strength of the furniture industry<br />

in the State of Paraná, the main obstacles and bottlenecks<br />

in the Sector, as well as the actions to be put forward for the<br />

year. Did you know that the Furniture Sector establishes the<br />

identity of many municipalities in the State of Paraná? Check<br />

out this exclusive interview.<br />

24 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


As constantes<br />

mudanças nos rumos<br />

da economia impedem<br />

um planejamento<br />

no longo prazo,<br />

tornando empresas<br />

tradicionais inviáveis<br />

economicamente, devido<br />

ao próprio sistema<br />

FEVEREIRO | 25


26 |<br />

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FEVEREIRO | 27


28 |<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

COLUNA ABIMCI<br />

Paulo Pupo<br />

Superintendente da Associação Brasileira da Indústria de<br />

Madeira Processada Mecanicamente<br />

Contato: abimci@abimci.com.br<br />

Foto: divulgação<br />

<strong>2016</strong> DESAFIADOR<br />

Em um cenário pouco otimista é preciso reunir forças, encarar as dificuldades e focar no trabalho<br />

T<br />

erminado 2015, o setor de madeira processada<br />

mecanicamente faz as contas, analisa os números<br />

e chega à conclusão de que o ano não foi tão<br />

ruim, mas deveria ter sido melhor. Tivemos aumento do<br />

volume exportado de alguns segmentos como pisos,<br />

compensado e madeira serrada de pinus. Em contrapartida,<br />

os preços caíram em dólar, diminuindo o lucro<br />

das empresas; os custos internos não pararam de subir<br />

e a oferta mundial de produtos de madeira cresceu. Um<br />

cenário agravado ainda mais pela queda do consumo<br />

interno e a redução do PIB (Produto Interno Bruto) chinês.<br />

Assim, que 2015 foi um ano difícil ninguém discorda.<br />

Que <strong>2016</strong> - e talvez 2017 - será ainda mais desafiador também<br />

não há como negar. Apesar de um cenário pouco otimista,<br />

frente ao momento político e econômico do país,<br />

é preciso reunir forças, encarar as dificuldades e focar no<br />

trabalho. Trabalho esse que deve passar pela valorização<br />

do associativismo, já que a união dos pares resulta em um<br />

esforço concentrado pela busca de soluções comuns e a<br />

possibilidade de ampliar a voz de um setor.<br />

Dessa forma, a melhor estratégia para enfrentar as<br />

dificuldades que se desenham a nossa frente é a ação.<br />

Ação que passa, por exemplo, pela troca de informações,<br />

experiências e a ampliação de networking. Possibilidades<br />

essas que estarão acessíveis a todas as empresas durante<br />

a Semana Internacional da Madeira, que irá reunir uma<br />

série de eventos em Curitiba, em março.<br />

Sob o comando da Abimci, o encontro Wood Trade<br />

Brazil irá contemplar várias análises do mercado, como<br />

as perspectivas e o potencial de mercado externo, uma<br />

radiografia do mercado interno para os diversos produtos<br />

madeireiros, além de uma avaliação pontual do<br />

nosso setor dentro do cenário econômico nacional. Uma<br />

oportunidade para os empresários trocarem informações<br />

e construírem suas estratégias de negócios para o ano.<br />

Além desse evento, haverá uma intensa programação<br />

que inclui feira de produtos e tecnologias; encontros sobre<br />

energia e estruturas de madeira; e a primeira reunião<br />

plenária da Abimci em <strong>2016</strong>.<br />

E as iniciativas da associação para <strong>2016</strong> não param<br />

por aí. Um dos segmentos que contará com novas ações<br />

será o de molduras. O objetivo é aproximar os fabricantes,<br />

por meio da associação, para a troca de experiências,<br />

uma leitura unificada do mercado e discussão de projetos<br />

comerciais, para os próximos anos. Também continuará<br />

intenso o trabalho técnico de revisão de normas da Abnt<br />

e a busca, incessante, pela melhoria da qualidade dos<br />

produtos. No campo da representação institucional e<br />

política, a entidade permanecerá firme na sua missão<br />

de diálogo com as esferas públicas, visando construir<br />

melhores condições para o ambiente de negócios. Para<br />

garantir suporte aos associados e à divulgação de informações<br />

corretas dos vários segmentos de produtos<br />

madeireiros, já estamos planejando e estruturando um<br />

estudo setorial atualizado, bem como novidades na área<br />

de Comunicação. Um trabalho árduo, que contribuirá<br />

de maneira positiva para o dia a dia dos negócios dos<br />

fabricantes.<br />

Repetir aqui as principais demandas do setor será<br />

desnecessário. Sabemos o que somos e que precisamos.<br />

O grande desafio é organizar e harmonizar os interesses<br />

produtivos com este sistema político e econômico arcaico<br />

adotado pelo Brasil, pois sabemos que, na maioria das<br />

vezes, o governo se comporta como se não tivesse responsabilidade<br />

alguma nem com ninguém.<br />

Precisamos agir, apesar do governo e além dele. Que<br />

<strong>2016</strong> nos traga ainda mais certeza de que esse setor é<br />

indispensável para o desenvolvimento do Brasil e que<br />

consigamos alavancar o potencial de cada industrial da<br />

madeira deste país.<br />

Apesar de um cenário pouco otimista, frente ao momento<br />

político e econômico do país, é preciso reunir forças, encarar<br />

as dificuldades e focar no trabalho<br />

30 |<br />

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Abrindo a porta da sua imaginação.<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

PRINCIPAL<br />

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AND FOREIGN MARKETS<br />

FEVEREIRO | 33


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

PRINCIPAL<br />

Q<br />

uando entramos em uma indústria de portas, muitas<br />

vezes não temos a noção da imensidão por trás dela.<br />

Assim como não nos damos conta do número de vezes<br />

que abrimos e fechamos uma porta todos os dias. Na Europa,<br />

uma porta é considerada um item decorativo, além de funcional.<br />

Por isso a tecnologia desenvolvida para a produção desse item<br />

leva em conta alta produtividade, produto final de qualidade<br />

e personalidade. A reportagem da REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

visitou uma das mais modernas fabricantes de portas, em Santa<br />

Catarina, para observar o modelo de produção que está fazendo<br />

sucesso mesmo com a economia interna em recessão.<br />

O ponto de partida para nossa experiência foi a cidade de<br />

Caçador (SC). Acomodados na sala de reuniões, cada um de<br />

um lado da mesa, aguardamos Daniel Pscheidt, gerente de<br />

produção – Madeiras – Portas da Adami S/A. Aqui trataremos<br />

da Vert, marca responsável pela comercialização de uma linha<br />

completa de portas diferenciadas e que conta com um sistema<br />

de produção de ponta.<br />

Mesmo com a alta do euro e do dólar, a fábrica de portas Vert<br />

não foi concebida para exportação e Daniel explica o porquê.<br />

“Nós focamos a venda de portas no mercado interno, essa foi<br />

a intenção do projeto quando pensamos nesse negócio. Obviamente<br />

que temos buscado algumas alternativas de exportação<br />

W<br />

hen we entered the of a door manufacturing unit,<br />

often we have no idea of its size. Just like we don’t<br />

realize how many times we open and close a door<br />

every day. In Europe, a door is considered a decorative item, as<br />

well as functional. So the technology developed for the production<br />

of this item has to take into account high productivity, end product<br />

quality and personality. For the story, the REFERÊNCIA <strong>Industrial</strong><br />

team visited one of the most modern door manufacturers, in the<br />

State of Santa Catarina, to observe the production model that<br />

is having success even with the domestic economy in recession.<br />

The starting point for our experience was Caçador (SC). We<br />

were set up in a meeting room with each one of us on one side<br />

of the table waiting for Daniel Pscheidt, Production Manager for<br />

Madeiras – Portas da Adami S/A. Here, we talked about Vert, the<br />

brand name of the Group, with its complete line of differentiated<br />

doors and its cutting-edge production system.<br />

Even with the high value of the Euro and the Dollar, the Vert<br />

door manufacturing factory was not designed for export, and<br />

Production Manager Daniel explains why. “We focus on selling<br />

doors in the domestic market, and this was the intention of the<br />

project when we first thought about this business. Obviously, we<br />

have been looking at the alternative of selling abroad to countries<br />

that require doors with similar characteristics to those that we<br />

34 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


para países que demandem portas com características similares<br />

a que produzimos, mas em menor escala”.<br />

A empresa vem desde 2009 (ano em que a empresa decidiu<br />

produzir portas) automatizando seus equipamentos, e desde<br />

então iniciou o projeto de produzir com equipamentos altamente<br />

tecnológicos. Para isto, a indústria de portas Vert não economizou.<br />

A linha foi instalada em 2010. “A Adami tem por princípio<br />

trabalhar sempre com os melhores fornecedores do mercado,<br />

isso engloba qualidade, preço, prazo e atendimento. A Homag<br />

nos supriu essas necessidades, além de nos oferecer um projeto<br />

completo para produção de portas”, revela. A planta completa<br />

seis anos em <strong>2016</strong>.<br />

MERCADO<br />

A maior fatia do mercado atendida pela empresa, somando<br />

80%, é da construção civil e os outros 20% são destinados ao<br />

varejo. A fábrica conta hoje com apenas 40 colaboradores, que<br />

trabalham em turnos. Para produzir de 35 a 40 mil portas, sem ter<br />

uma linha de produção de ponta, seriam necessários mais de 300<br />

pessoas. Com a crise que tomou conta do país, Daniel aponta que<br />

se for necessário reduzir o volume de vendas/produção de portas,<br />

os colaboradores não serão dispensados, mas sim transferidos<br />

para outros setores da unidade de negócio madeireira.<br />

produce, but on a smaller scale.”<br />

Since 2009, the Company has been automating its equipment,<br />

as it saw this necessary for evolution and survival in the market.<br />

For this, the Vert door manufacturer did not economize. The line<br />

was installed in 2010. “In principle, Adami has always worked<br />

with the best suppliers in the market that includes quality, price,<br />

and service. Homag equipment fulfilled these requirements, in<br />

addition to offering a complete design for the door manufacturing<br />

facility,” reveals Production Manager Daniel. The plant completes<br />

six years in <strong>2016</strong>.<br />

MARKET<br />

The largest slice of the market served by the Company, totaling<br />

80%, is building construction, with the other 20%, retail.<br />

Today, the factory operates in two shifts, with 40 employees only.<br />

The production capacity of the plant is from 35 to 40 thousand<br />

doors per month, but market demand today is 50% of the total<br />

value. Production Manager Daniel points out that even with the<br />

crisis that has engulfed the Country, that, if perchance, door<br />

manufacturing had to close down for a while until the market<br />

came back, the workers involved would not be dismissed, but<br />

rather, allocated to other internal functions. “This is one of the<br />

big advantages of modern machinery, the use of labor is reduced<br />

FEVEREIRO | 35


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

PRINCIPAL<br />

Hoje o que se vê no mercado é que alguns fabricantes de máquinas<br />

e equipamentos não oferecem projetos e soluções como<br />

um todo. “A nossa ideia sempre foi, em todos os investimentos,<br />

procurar um parceiro que pudesse oferecer um projeto completo,<br />

e isto a Homag fez para nós”, revela Daniel. O projeto leva integrado,<br />

também, a tecnologia alemã da marca, o que conta como<br />

um dos diferenciais. “A tecnologia é capaz de garantir a precisão,<br />

o que diferencia os que são feitos na Alemanha dos demais é o<br />

conceito de fabricação somado com a tecnologia agregada aos<br />

equipamentos, estenda isso para vários segmentos de mercado<br />

que demandem essa referência”, salienta Daniel.<br />

Quando se tem um layout de uma linha de produção, deve-<br />

-se estar atento ao sincronismo do processo para que ele realize<br />

a sequência desta produção e garanta que a quantidade, com a<br />

qualidade produzida, chegue no final. “A Homag entrega a solução<br />

completa e eventualmente busca os melhores parceiros para<br />

complementar o projeto”, ressalta Edson Prebitz, da Mafercon<br />

Máquinas e Ferramentas. Como lembra Daniel na época da entrega,<br />

“nós recebemos o projeto pronto, com a chave na mão”.<br />

Sobre a valorização da porta no mercado da construção civil<br />

(maior fatia do mercado da Adami hoje), Daniel explica que este<br />

é um setor bem diferente do varejo. “O Brasil tem um grande<br />

problema que é a falta de padronização na construção civil. Nós,<br />

to less than half.”<br />

Today, what we see in the market is that some machinery and<br />

equipment manufacturers do not offer designs and solutions as<br />

a whole. “Our idea has always been, for all investments, to find<br />

partners who could help offer a complete project, and this is what<br />

Homag did for us,” says Production Manager Daniel. As well, the<br />

project started right out using German technology, which counts<br />

as one of the differences. “The technology ensures accuracy; what<br />

differentiates equipment made in Germany from the others is the<br />

concept of manufacturing equipment coupled with technology,<br />

extending this to various market segments that require this reference,”<br />

notes the Production Manager.<br />

The layout of a production line must be tuned to the production<br />

timing sequence and the guarantee of quantity with the<br />

quality of products produced needed at the end. “If, by chance,<br />

Homag does not have one piece of equipment that the production<br />

line calls for, we will be responsible for designing it, and seeking<br />

out partners so that the line is compete it at the time of delivery,”<br />

says Edson Prebitz, Mafercon Máquinas e Ferramentas. As Adami<br />

Production Manager Daniel reminds us, at the time of delivery,<br />

“we get a turnkey project.”<br />

As to the valorization by the building construction market<br />

(biggest market for Adami today), Production Manager Daniel<br />

36 |<br />

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A Adami S/A é dividida em seis<br />

unidades de negócio e atua em<br />

diversos segmentos e mercados.<br />

A unidade de negócio madeireira,<br />

exporta para diversos países da Ásia,<br />

Europa, América Central e do Norte.<br />

Por essa razão a empresa foca as<br />

portas Vert no mercado interno. A<br />

unidade madeireira conta com uma<br />

área de 40 mil m² (metros quadrados) e<br />

600 colaboradores. A fábrica de portas<br />

possui 6.000 m²<br />

atualmente, junto com a Abimci e a Abnt (Associação Brasileira<br />

de Normas Técnicas), tentamos normatizar isto, o produto kit<br />

porta. Já existe uma evolução neste sentido, mas tem um caminho<br />

bastante longo a ser seguido que, de repente, é a própria<br />

profissionalização da construção civil”, argumenta.<br />

Na avaliação do representante da Abnt, Antônio Parente,<br />

quando as indústrias recebem uma certificação há uma demonstração<br />

de que elas estão se modernizando e buscando melhorar.<br />

“É certo que com isso as empresas terão um retorno para suas<br />

marcas e o mercado brasileiro passa a ter uma oferta de qualidade<br />

garantida no setor de portas de madeira”, afirma.<br />

“A construção civil não valoriza a porta como deveria.” A<br />

afirmação de Daniel, em tom de desabafo, diz que a porta deve<br />

ser considerada o primeiro móvel que entra em um imóvel. “É<br />

muito diferente da porta em um país europeu, pois é um item<br />

decorativo. No Brasil ela está ali para dividir um ambiente, fechar<br />

um espaço”, exemplifica. Com a baixa de investimentos no<br />

mercado da construção civil, também não se valorizou mais a<br />

porta. “Hoje o mercado não paga a qualidade da porta”, explica.<br />

Mesmo assim, a empresa não abre mão do compromisso com a<br />

qualidade e utiliza, por exemplo, cola PVA (diferente da ureia que<br />

tem emissão de formol).<br />

Nisto, as empresas Adami e Homag se assemelham, com<br />

explains that it is a very different from that of the retail market.<br />

“Brazil has a major problem in the lack of standardization in<br />

building construction. Today, we, together with Abimci and<br />

Abnt (Brazilian Association for Technical Standards), are trying<br />

to create these standards, with the door kit. There is already a<br />

trend in this direction, but there still is a fairly long way to go<br />

that will certainly lead to further professionalization in building<br />

construction,” he argues.<br />

In the assessment of Antonio Parente from Abnt, when companies<br />

receive a certification, there is a statement that they are<br />

modernizing and seeking to improve. “It is assured that with this,<br />

companies will have a return and the Brazilian market is offered<br />

a guaranteed quality wood door,” he says.<br />

“That the construction industry does not value the door as<br />

it should.” This is the complaint of Production Manager Daniel,<br />

in an outburst; he says that the door should be considered the<br />

first piece of furniture to enter a home. “It is very different from<br />

the door in a European Country, where it is a decorative item. In<br />

Brazil, it is there to divide an environment, close in a space,” he<br />

exemplifies. With the low investments in the construction market,<br />

the door is no longer given much value. “Today the market doesn’t<br />

pay for door quality,” he complains. Still, the Company has not<br />

given up its commitment to quality and utility, for example, the<br />

FEVEREIRO | 37


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

PRINCIPAL<br />

compromissos com a ética e meio ambiente e que não abrem<br />

mão, mesmo que custe mais caro no final do processo para cada<br />

um deles. “Acreditamos que a fábrica de portas Vert seja hoje<br />

ainda a mais moderna do país, com tecnologia capaz de trabalhar<br />

com poucos colaboradores, alta produtividade e qualidade<br />

competitiva em qualquer mercado que atue”, finaliza Daniel.<br />

ETAPAS<br />

A empresa é autossuficiente com suas florestas e a madeira<br />

reflorestada utilizada na produção é o pinus. As etapas de produção<br />

de uma porta consistem em seccionar, montar, esquadrar,<br />

pintar, usinar, embalar e esse processo é igual para qualquer fabricante.<br />

O diferencial da Vert está na interface dos equipamentos<br />

com o sistema PCP de produção que permite acompanhar todas<br />

as etapas do processo no momento em que estão acontecendo,<br />

podendo assim garantir que a ordem de produção e a especificação<br />

do produto estejam sendo cumpridas de acordo com pedido.<br />

“Além de destacar a qualidade, temos uma segurança maior<br />

dela”, complementa Daniel.<br />

Vale lembrar que hoje softwares podem ser uma das soluções<br />

tanto na redução de mão de obra, quanto na otimização de custos<br />

e no atendimento ao mercado com maior flexibilidade.<br />

use of PVA glue (different from urea glues that lead to formaldehyde<br />

emissions).<br />

In this, the companies Adami and Homag have come together,<br />

with a commitment to ethics and the environment and neither<br />

gives this up, even if it is more expensive at the end of the process.<br />

“We believe that the Vert door factory is still, today, the most modern<br />

in the Country, with the technology capable of working with<br />

few employees, high productivity and competitive quality in any<br />

market in which it operates,” concludes the Production Manager.<br />

STEPS<br />

The company is self-sufficient with its own forests supplying<br />

the replanted pine timber used in production. The door production<br />

stages consist of cutting, assembling, squaring, painting,<br />

machining and packaging, and this process is the same for every<br />

door manufacturer. The differential for Vert is at the equipment<br />

interfaces with the PCP production system, which allows the<br />

Company to track every production step at the moment it occurs,<br />

and thus ensures that the production and product specification<br />

are being completed according to the order.<br />

“In addition to highlighting quality, you have a better guarantee<br />

of it,” adds Production Manager Daniel.<br />

38 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


MERCADO EXTERNO<br />

Durante a viagem a Santa Catarina<br />

tivemos tempo ainda de visitar a<br />

fábrica da Frameport, onde tivemos um<br />

bate papo descontraído com o diretor,<br />

Augusto Antonio Francio. Aos seis anos<br />

de idade, o visionário veio de Cambé<br />

(PR) para Caçador, e fez sua história.<br />

A empresa vende portas a partir de<br />

matéria-prima de reflorestamento,<br />

apenas para o mercado externo,<br />

principalmente os de língua inglesa.<br />

São 7.200 itens e a indústria conta<br />

também com o maquinário da Homag<br />

em algumas das etapas produtivas,<br />

e que estão há mais de dez anos em<br />

funcionamento<br />

O segmento de portas aumentou o<br />

volume exportado, com 8% a mais,<br />

comparado a 2014, mantendo a<br />

média de embarques registrados nos<br />

últimos anos. Os EUA (Estados Unidos<br />

da América) respondem por 65% das<br />

exportações nacionais, fato que indica<br />

a possibilidade de ampliar os mercados<br />

de atuação de um segmento que vem<br />

investindo fortemente em normalização,<br />

por meio do PSQ-PME (Programa<br />

Setorial da Qualidade de Portas de<br />

Madeira para Edificações), da Abimci<br />

(Associação Brasileira da Indústria de<br />

Madeira Processada Mecanicamente)<br />

INSTALAÇÃO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA<br />

O startup para a concepção e entrega do maquinário Homag<br />

para Vert foi muito rápido. “Fechamos o projeto e todo o processo<br />

levou menos de seis meses”, afirma Daniel. Tanto que desde a<br />

produção da primeira porta, até hoje, a fábrica não parou mais.<br />

“Este projeto é chamado turn-key ou chave na mão, o que<br />

significa que a Homag fica responsável por todas as fases de<br />

desenvolvimento e implantação. Ela dimensiona de acordo com<br />

a necessidade da empresa, fornece o layout e plantas técnicas<br />

(elétrica, ar comprimido, especificações de piso) e instala os<br />

equipamentos”, explica o gerente geral de vendas para América<br />

Latina da Homag, Alessandro Agnoletti. Após o início, dá o devido<br />

treinamento para a equipe de trabalho e o acompanhamento se<br />

necessário, de tempos em tempos, até que tudo esteja de acordo.<br />

Pontos fortes da instalação de um projeto como este:<br />

• Economia de mão de obra;<br />

• Garantia constante da alta qualidade dos produtos;<br />

• Processo produtivo otimizado;<br />

• Prazos de entrega mais rápidos.<br />

It is worth remembering that, today, software can be one of<br />

the solutions in reducing manpower, and in optimizing costs and<br />

servicing the market with greater flexibility.<br />

INSTALLATION AND TECHNICAL SUPPORT<br />

The startup for the design and delivery of the Homag machinery<br />

for Vert was very fast. “We decided on the project and the<br />

whole process took less than six months,” says Production Manager<br />

Daniel. And since the production of the first door, to this day,<br />

the plant has never shut down. “This project was what is called<br />

turn-key, which means that Homag is responsible for all phases<br />

of development and deployment. It designs the size according<br />

to the needs of the customer, providing the layout and technical<br />

installation (electrical, compressed air, flooring specification) and<br />

installing the equipment,” explains Alessandro Agnoletti, General<br />

Sales Manager for Latin America for Homag. After the start-up,<br />

it provides training and any follow-up necessary, from time to<br />

time, until everything is in accord with the design specifications.<br />

Strong points for the installation of a project like this:<br />

• Manpower savings;<br />

FEVEREIRO | 39


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

PRINCIPAL<br />

Imagem: divulgação<br />

Unidade completa<br />

projetada pela Homag<br />

para Adami em<br />

funcionamento desde<br />

2010, em Caçador (SC)<br />

PRODUÇÃO<br />

A tecnologia alemã, utilizada pela Vert, proporciona o uso de<br />

sistemas que trazem vantagens competitivas tanto na produção<br />

quanto em qualidade final. Entre as etapas, no processo de prensagem<br />

a quente de portas, por exemplo, a temperatura média<br />

é em torno de 80ºC (Graus Celsius), enquanto que no processo<br />

tradicional são usados 110º a 115ºC, o que em muitos casos causa<br />

empenamentos e outros stresses. Após prensadas, as portas<br />

passam por processo de resfriamento em torno de duas horas<br />

enquanto que no processo tradicional é comum ter que aguardar<br />

12 horas sob pena de comprometer a produção em caso de se<br />

trabalhar com portas ainda quentes.<br />

No esquadrejamento e colagem das fitas de bordas, próxima<br />

fase do processo, a esquadraborda Homag usada é altamente<br />

produtiva podendo trabalhar 6 a 7 portas em um minuto. Dotada<br />

de sistema de centralização das portas, evitam empenamento<br />

precoce das mesmas. Tanto as portas como os batentes que<br />

fazem parte do kit porta pronta têm a usinagem dos encaixes<br />

de fechadura e dobradiças feitas em máquinas CNC Homag de<br />

alta produção e precisão facilitando posterior montagem livre<br />

de problemas no cliente.<br />

Tudo isso ainda acompanhado de seccionadora de alta produção,<br />

com alimentação lateral de chapas com otimização precisa<br />

• Guarantee of constant high quality products;<br />

• Optimized production process;<br />

• Faster delivery times.<br />

PRODUCTION<br />

The German technology, used in the Vert line, provides the<br />

use of systems that lead to competitive advantages in both production<br />

and final product quality. Amongst the steps in the door<br />

hot-pressing process, for example, the average temperature is<br />

around 80° C, while that of the traditional process varies between<br />

110 and 115 ° C, which in many cases can cause warping and other<br />

stresses. After pressing, the doors go through a cooling process<br />

for about 2 hours, while in the traditional process, it is common<br />

to have to wait 12 hours for fear of compromising production in<br />

case of working with hot doors.<br />

During squaring and edge gluing, the next phase in the process,<br />

the Homag edgegluers/squarers used are highly productive<br />

and can process 6 to 7 doors per minute. Using a door centering<br />

system avoids early warping. Both the doors, as well as the frames<br />

that are part of the premade door kit, have the lock fittings and<br />

hinges already machined using high production Homag CNC machines,<br />

facilitating subsequent precision problem-free mounting<br />

on the customer’s site.<br />

40 |<br />

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dos programas de corte, do centro de usinagem cinco eixos para<br />

uma gama de usinagem e acabamentos para portas especiais e<br />

ainda a lixadeira Butfering-Homag para acabamento em linha<br />

de pintura de portas.<br />

Quanto à assistência técnica, Daniel salienta que tem sido<br />

bastante profissional e solícita. A empresa conta hoje com um<br />

plano de manutenção preventiva dos equipamentos em forma<br />

de contrato com a Homag.<br />

Além do fechamento de planos preventivos, o cliente pode<br />

optar por uma solução remota, ligando para o Hotline da Homag,<br />

conversar com um técnico que, na maioria das vezes, resolve a<br />

dúvida por telefone. Assim o custo é extremamente reduzido<br />

porque dispensa o deslocamento do profissional até a indústria e a<br />

máquina não fica parada por longos períodos até que o problema<br />

seja solucionado. “Diminuiu-se em 25% o envio do técnico ao<br />

local solicitado”, relata o gerente geral de vendas para América<br />

Latina da Homag, Alessandro.<br />

All this even includes a high production sectioner, with panel<br />

side feed optimized for five-axis machining center cutting programs<br />

providing for a range of machining and finishing for special<br />

doors and includes a Homag Sander Buffer for finishing the door<br />

in the painting line.<br />

As to technical support, Adami Production Manager Daniel<br />

points out that it has been all very professional when requested.<br />

The Company currently has a preventative equipment maintenance<br />

plan in the form of a contract with Homag.<br />

In addition to preventive plans, the customer can choose a<br />

remote solution, by calling the Homag Hotline, where he can talk<br />

with a technician who, in most cases, solves the issues by phone.<br />

The cost is greatly reduced because the travel by the professional<br />

to the equipment site, or worse, leaving the machine down for long<br />

periods until the problem is resolved. “Having to send a technician<br />

to the requested location has decreased by 25%,” says Homag<br />

General Sales Manager for Latin America Alessandro.<br />

SOLUÇÃO EM TECNOLOGIA<br />

Somos especializados na movimentação de tábuas de madeira. Possuimos produtos<br />

modulares, que podem ser personalizados de acordo com a sua necessidade.<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

CONSTRUÇÃO CIVIL<br />

ESTRUTURAS<br />

DE MADEIRA<br />

CAPITAL<br />

PARANAENSE<br />

RECEBERÁ<br />

ENCONTRO QUE<br />

DESMISTIFICA<br />

USO DO<br />

MATERIAL NA<br />

CONSTRUÇÃO<br />

Foto: divulgação<br />

42 |<br />

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FEVEREIRO | 43


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

CONSTRUÇÃO CIVIL<br />

P<br />

ela primeira vez em Curitiba (PR), a XV edição<br />

do Ebramem (Encontro Brasileiro em Madeiras<br />

e em Estruturas de Madeiras) vai trazer, entre os<br />

dias 9 e 11 de março, discussões, atualizações e informações<br />

técnico-científicas ligadas ao assunto. Participarão<br />

do encontro pesquisadores brasileiros e estrangeiros,<br />

professores, estudantes de graduação e pós-graduação,<br />

profissionais do setor construtivo e empresários.<br />

Com o tema central madeira para a construção civil<br />

- tecnologia para minimizar impacto ambiental, a organização<br />

do evento estima a participação de 350 pessoas.<br />

“Vamos reunir aqui os melhores pesquisadores e projetistas<br />

de construção com madeira do mundo”, destaca Carlos<br />

Mendes, diretor executivo da Apre (Associação Paranaense<br />

de Empresas de Base Florestal).<br />

Para o professor Carlito Calil Júnior, vice-presidente do<br />

Ibramem (Instituto Brasileiro da Madeira e Estruturas de<br />

Madeira) e um dos idealizadores do congresso, o encontro<br />

é importante para divulgar e aumentar a utilização da<br />

madeira no país. Ele lembra que em países desenvolvidos,<br />

como Canadá e EUA (Estados Unidos da América),<br />

por exemplo, 90% das casas têm estrutura de madeira.<br />

No Brasil, esse material construtivo ainda enfrenta muito<br />

preconceito.<br />

Ampliar essa discussão, envolvendo professores,<br />

acadêmicos e profissionais das áreas de engenharia e<br />

arquitetura, é um dos objetivos do evento. A proposta é<br />

levar conhecimento aos profissionais, mostrando também<br />

o que pode ser feito com esse material. “O grande problema<br />

é com relação à educação da engenharia da madeira.<br />

A maioria das universidades não oferece cadeiras dentro<br />

do curso para ensinar a estrutura de madeira, mas isso<br />

deveria ser obrigatório. Como grande parte das instituições<br />

não ensina, o engenheiro civil sai sem o conhecimento do<br />

dimensionamento de estruturas de madeira e o arquiteto<br />

sem conhecer o material. Dessa forma, a madeira fica<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

44 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


Foto: The Log<br />

O ENCONTRO<br />

É IMPORTANTE<br />

PARA DIVULGAR<br />

E AUMENTAR A<br />

UTILIZAÇÃO DA<br />

MADEIRA NO BRASIL<br />

FEVEREIRO | 45


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

CONSTRUÇÃO CIVIL<br />

prejudicada, porque se eles não aprendem, nunca vão<br />

recomendar”, desabafa Carlito.<br />

Na opinião de Everaldo Pletz, professor da UEL (Universidade<br />

Estadual de Londrina) e um dos coordenadores<br />

científicos do evento, a América Latina tem uma cultura<br />

voltada à construção com concreto. Mas o sul do Brasil,<br />

especialmente o Paraná, tem uma ligação um pouco mais<br />

forte com o material. Por isso, pesquisadores de outros<br />

países vão mostrar o que é feito ao redor do mundo, que<br />

pode servir de exemplo para os profissionais brasileiros.<br />

Na XV edição do Ebramem, o foco será na tecnologia<br />

e, dentro desse contexto, a proposta é abordar a questão<br />

da sustentabilidade. “Vamos mostrar que a opção pela<br />

madeira é a mais feliz de todas, porque o material contempla<br />

a sustentabilidade em todos os seus aspectos. Ela<br />

também é um material que pode se compatibilizar com<br />

outros. O grande problema é o desconhecimento. Queremos<br />

desfazer esse preconceito e emocionar o arquiteto e<br />

o engenheiro, mostrando a beleza que o material oferece.<br />

Essa união de forças vai ser importante para, aos poucos,<br />

fazermos essa transformação e abrirmos espaço para a<br />

madeira”, aponta Everaldo.<br />

Ele também cita que a madeira é o material do futuro,<br />

porque tem forte vocação para industrialização. Na opinião<br />

dele, não é possível pensar em industrializar a construção<br />

civil sem incluir a madeira. Christine Laroca, professora<br />

da Utfpr (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) e<br />

coordenadora científica do Ebramem, reforça a opinião dos<br />

professores e avalia que as universidades não incentivam<br />

a pesquisa e o ensino nessa área. Por isso, ela destaca que<br />

o encontro é importante para que as universidades vejam<br />

o que existe de novo, o que está sendo feito em outros<br />

países e as inúmeras possibilidades de uso. Assim, poderão<br />

ampliar a pesquisa dentro da academia para formar novos<br />

arquitetos e engenheiros com conhecimento técnico para<br />

projetar em madeira.<br />

“Fora do Brasil é difícil encontrar uma casa de alvenaria,<br />

mas aqui ainda estamos engatinhando. Precisamos<br />

muito mais. Poucas pessoas sabem, por exemplo, que<br />

podemos projetar casas muito mais confortáveis do ponto<br />

de vista acústico e térmico. Temos que atuar nas três áreas<br />

- pesquisa, ensino e extensão -, para mudar essa realidade.<br />

O arquiteto e o engenheiro é que vão convencer o consumidor.<br />

Eles precisam conhecer as propriedades para poder<br />

indicar”, declara Christine.<br />

Para incentivar o projeto e a pesquisa nessa área e<br />

chamar a atenção das universidades, o Ebramem vai promover<br />

ainda um concurso em arquitetura da madeira, com<br />

uma versão para profissionais e outra para estudantes. “O<br />

evento em Curitiba é uma grande conquista. Vamos tentar<br />

retomar a história do Paraná em relação à madeira. Vai ser<br />

um marco”, completa a professora.<br />

Informações adicionais você encontra no site oficial do<br />

evento: www.ebramem.com.br.<br />

Foto: divulgação<br />

46 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

MARCENARIA<br />

Foto: divulgação<br />

48 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


Foto: divulgação<br />

FAÇA<br />

DIFERENTE<br />

EM TEMPOS DE CRISE O MELHOR A SE FAZER É INVESTIR NA<br />

QUALIDADE. SOLUÇÕES BARATAS NIVELAM O MARCENEIRO<br />

POR BAIXO<br />

FEVEREIRO | 49


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

MARCENARIA<br />

N<br />

este momento, o mercado de marcenaria<br />

ainda está relativamente bem se comparado<br />

a outros segmentos semelhantes (como o de<br />

móveis seriados). A afirmação anterior é do analista de<br />

negócios Instituto Senai de Tecnologia em Madeira e Mobiliário<br />

de Arapongas (PR), Rafael Gonçalves, que revela<br />

que ainda assim é necessário que marceneiros e marcenarias<br />

estejam atentos ao novo cenário de mercado.<br />

“Existem dois caminhos para driblar a crise, que estão<br />

diretamente conectados: em primeiro lugar, as marcenarias<br />

precisam buscar conhecer, estudar e repensar seus<br />

modelos de negócios, pois este é o caminho que ajudará<br />

as empresas a compreender como se diversificar e agregar<br />

valor, respondendo de forma eficiente a seus clientes<br />

e respeitando suas características industriais. Nesse sentido,<br />

o segundo caminho acaba sendo uma consequência,<br />

que é conhecer mais de seu produto e ofício”, diz Rafael.<br />

Na análise dele, atualmente a marcenaria vem perdendo<br />

valor, assim como o ofício do marceneiro, por estar<br />

concentrada somente em fornecer soluções de padrão<br />

simples e baixo custo, mas Rafael dá um direcionamento.<br />

“Quando se busca pensar no modelo de negócio é possível<br />

entender o comportamento de seu público consumidor<br />

e através disso identificar onde é possível agregar valor<br />

(produto ou serviço), permitindo assim que a empresa<br />

busque uma melhor especialização no conhecimento de<br />

seus produtos e processos, gerando ao final agregação<br />

de valor e melhores resultados.”<br />

Em um cenário de escassez, seja por redução no volume<br />

de venda ou no aumento de insumos e despesas, o<br />

foco das marcenarias precisa estar concentrado nos custos.<br />

“Em decorrência disso, o que precisa ser deixado para<br />

trás é a metodologia (informal) de cálculo de precificação<br />

de marcenaria ainda muito utilizada, na qual marceneiros<br />

e marcenarias optam por usar um fator de multiplicação<br />

ao invés de registrar e calcular todos os custos envolvidos<br />

no produto e processo (sendo esses custos previstos e<br />

após a montagem custos realizados)”, explica Rafael.<br />

Fotos: Melodi<br />

50 |<br />

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DICAS<br />

Investir no conhecimento técnico de materiais e processos antes de realizar<br />

mudanças. “Temos identificado muitos casos de empresas que investiram em<br />

equipamentos e softwares sem ter plena convicção dos reais motivos para tal aquisição e<br />

sem preparo para implantação e utilização desses recursos, transformando o investimento<br />

em despesa ou até prejuízo. Tal investimento pode ser feito por meio de cursos rápidos ou<br />

cursos técnicos, além de assessorias e consultorias técnicas”, aponta Rafael.<br />

Outra dica valiosa que o analista do Senai dá é investir na engenharia do produto,<br />

uma vez que ela vem se tornando o grande diferencial para empresas, principalmente<br />

para as marcenarias, juntamente ao serviço de montagem. Ele explica: “estruturar o<br />

setor de engenharia e/ou projetos não demanda somente softwares e designers, mas<br />

principalmente uma capacitação para a empresa assimilar essa nova cultura, além da<br />

implantação de um método que integre o setor produtivo ao novo setor de engenharia/<br />

projetos e isso pode ser feito por meio de um projeto de consultoria. Quando o método e<br />

integração estão alinhados, as motivações para investimentos em softwares e maquinários<br />

ficam mais evidentes e embasadas”, conclui.<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

MARCENARIA<br />

O analista aponta que depois de atualizar o método<br />

de precificação, capacitando e estruturando as marcenarias<br />

e suas equipes para gerar dados que permitam<br />

realizar o cálculo apurado dos custos para dar preço ao<br />

produto de forma precisa, consegue-se ter a realidade<br />

financeira da empresa para tomada de decisões.<br />

ECONOMIA<br />

Em tempos de crise, todo o cuidado para evitar<br />

desperdícios com materiais é importante para otimizar<br />

gastos e aumentar a lucratividade sem deixar de lado a<br />

qualidade do móvel. Alexandre Novoselecki, diretor geral<br />

da Rehau, empresa alemã fornecedora de inovações e<br />

soluções à base de polímeros para a indústria moveleira,<br />

aponta boas práticas para economizar em tempos de<br />

crise. Confira a seguir:<br />

Foto: Earl<br />

PLANEJE TODO O PROJETO ANTES DE COMEÇAR<br />

Tudo começa com um bom planejamento, que deve ser preciso, detalhado e com boas medições. Saiba<br />

qual matéria-prima será necessária e se seu estoque atende à demanda do projeto do começo ao fim. É<br />

importante ter um bom controle e gerenciamento de todos os processos de produção a fim de evitar desperdícios<br />

e também ter segurança de que conseguirá entregar as peças no prazo prometido para o cliente.<br />

CALCULAR OS CUSTOS CORRETAMENTE É FUNDAMENTAL<br />

Um cálculo exato para o mínimo de desperdício é fundamental quando se fala em economia. Hoje existem<br />

diversas ferramentas online e aplicativos que ajudam a calcular a quantidade de material necessária<br />

para cada projeto. Quando se calcula os custos de produção com cuidado, certifica-se que a margem de<br />

lucro não será prejudicada por imprevistos de última hora.<br />

USE PRODUTOS DE QUALIDADE<br />

A qualidade do acabamento do seu produto será o principal fator que garantirá a fidelização dos clientes.<br />

Por isso é importante trabalhar com produtos de qualidade e marcas de confiança, que ajudarão a agregar<br />

valor ao seu produto. Além de aumentar a satisfação do consumidor, a matéria-prima de qualidade também<br />

possibilita mais confiança na hora de executar o projeto e evita surpresas no meio do processo de produção.<br />

52 |<br />

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PRESTE ATENÇÃO NA SUA EQUIPE<br />

Sem uma boa equipe não há um bom resultado. Ter pessoas capacitadas é essencial em todas as etapas<br />

do projeto, desde a operação das máquinas até a montagem, que idealmente deve ser realizada uma única<br />

vez, evitando a necessidade de refação de serviços. Afinal, tempo é dinheiro, e uma equipe bem treinada<br />

e que recebe atenção é mais feliz, mais produtiva e entrega produtos de qualidade superior.<br />

MANTENHA A MANUTENÇÃO DO MAQUINÁRIO EM DIA<br />

É fundamental seguir à risca as recomendações do fabricante para a manutenção do maquinário. Isso<br />

não aumenta só a vida útil do equipamento, o que significa mais lucratividade, mas também aumenta a<br />

eficiência na hora da produção. Um equipamento bem mantido e regulado é básico para todo e qualquer<br />

trabalho de marcenaria.


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ESPECIAL<br />

Foto: divulgação<br />

PANORAMA <strong>2016</strong>:<br />

PARA ONDE VAMOS?<br />

54 |<br />

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CENÁRIO<br />

ECONÔMICO<br />

BRASILEIRO<br />

DESFAVORÁVEL<br />

PARA A<br />

INDÚSTRIA<br />

EXIGE ÂNIMO<br />

REDOBRADO DOS<br />

EMPREENDEDORES<br />

E GESTORES<br />

DO SETOR<br />

MADEIRA-MÓVEIS<br />

FEVEREIRO | 55


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ESPECIAL<br />

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado<br />

O<br />

ano de 2015 não foi nada fácil e sabemos<br />

que para muitos ele não deixa saudades. O<br />

país passa por uma crise que não se via há<br />

tempos, com reflexos em todos os âmbitos. Dados divulgados<br />

pelo Ibge (Instituto Brasileiro de Geografia e<br />

Estatística) comprovam que a retração do setor industrial<br />

se acentuou no final do ano passado. O fato é que<br />

o cenário econômico não é dos melhores para a indústria<br />

e a previsão dos analistas é que a crise continue em<br />

<strong>2016</strong>, o que exige acões redobradas.<br />

Na avaliação do diretor de desenvolvimento industrial<br />

da CNI (Confederação Nacional da Indústria),<br />

Carlos Abijaodi, a indústria brasileira tem uma grande<br />

necessidade de buscar novos mercados consumidores<br />

fora do Brasil, principalmente nesse momento de crise,<br />

o que só será possível com a assinatura de acordos<br />

comerciais. Segundo ele, a negociação de tratados<br />

de livre comércio permitirá que as empresas acessem<br />

tecnologia e inovação no exterior, aperfeiçoem seus<br />

produtos, reduzam custos e aumentem a produção interna.<br />

Na prática, o diretor de competitividade da Abimaq<br />

(Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos),<br />

Mário Bernardini, esclarece que o ano de<br />

2015 não está fechado. “O mês de novembro indicou<br />

uma queda na ordem de 13% a 14% em termos reais<br />

sobre o fechamento de 2014”, explica. Ao ser questionado<br />

sobre a lição aprendida do ano passado, Mário é<br />

enfático ao dizer que “é bom que não se repita!”<br />

Os motivos de ter sido um ano horroroso, palavras<br />

do próprio diretor, foram a crise política, superposta na<br />

crise econômica. “O problema é que <strong>2016</strong> não vai ser<br />

56 |<br />

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MÁRIO<br />

BERNARDINI,<br />

DIRETOR DE<br />

COMPETITIVIDADE<br />

DA ABIMAQ<br />

“O PAÍS VAI<br />

CONTINUAR COM<br />

PROBLEMAS, A DEMANDA<br />

DAS FAMÍLIAS VAI CONTINUAR<br />

CAINDO, OS INVESTIMENTOS<br />

DESPENCANDO E O SETOR<br />

FINANCEIRO SEGURANDO<br />

FINANCIAMENTOS”<br />

Foto: Ayrton Vignola/Fiesp<br />

FEVEREIRO | 57


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ESPECIAL<br />

“ESSA ATUAL POLÍTICA<br />

BRASILEIRA EM RELAÇÃO<br />

AO SETOR PRODUTIVO<br />

NACIONAL ESTÁ<br />

DESINDUSTRIALIZANDO<br />

O PAÍS”<br />

JOSÉ CARLOS<br />

JANUÁRIO,<br />

PRESIDENTE<br />

DA ABIMCI<br />

Foto: divulgação<br />

58 |<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ESPECIAL<br />

Foto: divulgação<br />

60 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


“NESTE MOMENTO<br />

UMA DAS ALTERNATIVAS<br />

PARA A INDÚSTRIA É<br />

VOLTAR OS OLHOS PARA O<br />

MUNDO, PROSPECTAR<br />

MERCADOS E<br />

CONSUMIDORES”<br />

CÂNDIDA<br />

CERVIERI,<br />

DIRETORA EXECUTIVA<br />

DA MOVERGS<br />

Foto: divulgação<br />

FEVEREIRO | 61


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ESPECIAL<br />

ANDREAS<br />

HOFFRICHTER,<br />

DIRETOR<br />

DA AHK PARANÁ<br />

“O DESEMPENHO DA<br />

ECONOMIA SERÁ<br />

DETERMINADO PELA<br />

RAPIDEZ DA SOLUÇÃO<br />

DA CRISE POLÍTICA”<br />

Foto: divulgação<br />

62 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


Foto: divulgação<br />

Maior gama de facas<br />

intercambiáveis


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

MERCADO<br />

MUNDO<br />

VERMEER:<br />

FAZER DIFERENTE<br />

COMO SOLUÇÃO<br />

PARA CRISE<br />

Fotos: divulgação<br />

E<br />

m março a cidade de Valinhos (SP) vai receber<br />

um evento inédito no Brasil. Os principais<br />

temas da linha de atuação da Vermeer<br />

Brasil serão discutidos e apresentados por especialistas<br />

de cada setor. Será o Mundo Vermeer, marcado<br />

para os dias 10 e 11 de março, na sede da empresa.<br />

O workshop de dois dias trará, nesta terceira edição,<br />

uma proposta diferente dos anos anteriores.<br />

Antes os eventos focaram apenas em tecnologia<br />

de infraestrutura. Agora serão apresentadas todas<br />

as soluções, nos diferentes nichos de mercado que<br />

a Vermeer atua, entre eles a produção de biomassa<br />

que pode servir de combustível. “Nossa intenção é<br />

colocar prestadores de serviços e seus potenciais<br />

clientes no mesmo lugar, ou seja, oferta e demanda.<br />

Teremos oportunidade de debater temas específicos<br />

e sobre como algumas empresas estão tendo sucesso,<br />

mesmo com o atual momento da economia.<br />

A ideia é apresentar quais as práticas implantadas<br />

que deram certo. De forma geral, o intuito do evento<br />

não é darmos palestras sobre nossos equipamentos,<br />

mas sim promover o encontro de pessoas que estão<br />

envolvidas com o mercado e que tenham conhecimento<br />

sobre o que vai acontecer nos próximos 24<br />

meses”, afirma Herbert Waldhuetter, diretor da Vermeer<br />

América Latina.<br />

64 |<br />

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ENERGIA PARA O CRESCIMENTO<br />

Herbert lembra que por mais que o mercado esteja<br />

retraído existem empresas pensando em médio<br />

prazo. “Por isso acreditamos que o cavaco seja uma<br />

ótima fonte para geração de energia”, aposta Herbert.<br />

Para ele, a linha de picadores da Vermeer pode<br />

contribuir com as empresas que buscam novas fontes<br />

de energia. “A retração da demanda energética é<br />

algo pontual. Em algum momento o Brasil irá voltar<br />

a crescer e a demanda por energia vai aumentar. Justamente<br />

por isso vamos focar nessa questão da produção<br />

de cavaco como alternativa energética, para<br />

que seja algo rentável.”<br />

A filosofia do Mundo Vermeer é mostrar que neste<br />

momento difícil existem maneiras de trabalhar<br />

com mais eficiência. “Vamos passar essa mensagem<br />

com exemplo de casos de sucesso, de clientes que<br />

estão fazendo isso com a ajuda dos equipamentos<br />

Vermeer. Com tecnologia, equipamentos e soluções<br />

diferenciadas é possível prestar o serviço de uma forma<br />

rentável, o que é crucial neste momento”, afirma<br />

o diretor.<br />

RELACIONAMENTO, ENTRETENIMENTO<br />

E CONHECIMENTO<br />

Entre as principais atrações do Mundo Vermeer<br />

está a apresentação de temas relacionados a infraestrutra<br />

subterrânea, biomassa, indústria florestal,<br />

meio ambiente, energias renováveis e setor agrícola.<br />

Estão programadas participações de palestrantes,<br />

que vão debater temas atuais de mercado; e de<br />

clientes, apresentando casos de sucesso e inovação<br />

em operações. Experts nos principais assuntos de<br />

interesse da empresa e dos clientes estarão presentes<br />

para a troca de experiências e conhecimento.<br />

Informações adicionais podem ser obtidas pelo site:<br />

www.mundovermeer.com.


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

MADEIRA TRATADA<br />

Fotos: divulgação<br />

MADEIRA<br />

ENGENHEIRADA<br />

66 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


EM FASE FINAL DE<br />

IMPLEMENTAÇÃO,<br />

FÁBRICA DA<br />

EKOMPOSIT SERÁ<br />

RESPONSÁVEL<br />

PELA PRODUÇÃO<br />

DA MADEIRA<br />

ENGENHEIRADA NO<br />

PAÍS<br />

N<br />

o início deste ano começou a contagem regressiva<br />

para o lançamento de uma planta<br />

industrial para a fabricação de produtos de<br />

madeira engenheirada. A fábrica pertence à Ekomposit<br />

do Brasil, e será construída em Lages (SC). Madeira<br />

cultivada em floresta plantada é a matéria-prima básica<br />

para produção do versátil material construtivo,<br />

que tem aplicações na construção civil, do setor automotivo<br />

de carga e de passageiros e da fabricação de<br />

móveis de qualidade, entre outros.<br />

Segundo o diretor presidente da Ekomposit do<br />

Brasil, Sergio Martini, a madeira engenheirada é o<br />

resultado da aplicação de tecnologias e processos<br />

produtivos avançados, com uma criteriosa seleção da<br />

madeira, objetivando a eliminação dos defeitos naturais<br />

indesejáveis na matéria-prima. Como consequência,<br />

obtém-se o aumento geral de seu desempenho.<br />

“Trata-se de alternativa viável dos pontos de vista<br />

técnico e econômico, além de ser verdadeiramente<br />

sustentável”, diz.<br />

A Ekomposit se abastecerá de florestas de pinus<br />

na região serrana de Santa Catarina, vindas de áreas<br />

de cultivo preferencialmente certificadas. A madeira<br />

engenheirada da empresa receberá tratamento em<br />

autoclave na qual empregarão o preservativo CCB<br />

(Borato de Cobre Cromatado) na sua formulação óxida.<br />

Quanto a durabilidade, Sergio assegura que, tanto<br />

para uso interno quanto externo, se assemelhará a<br />

FEVEREIRO | 67


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

MADEIRA TRATADA<br />

durabilidade do cerne de madeiras nativas como: Ipê,<br />

Itaúba, Cumaru, Imbuia, Grapia, Angelim, Massaranduba,<br />

entre outras.<br />

Na avaliação feita por Sergio, o produto tem condições<br />

de ser competitivo tanto no mercado brasileiro,<br />

quanto no internacional. “Nosso cronograma de<br />

implantação da fábrica prevê a entrada em operação<br />

até o final do segundo trimestre de <strong>2016</strong>”. A madeira<br />

engenheirada deverá induzir uma importante mudança<br />

na cultura técnica nacional. “Investimos em<br />

tecnologia própria e isto implica enfrentar desafios,<br />

mas também agregar conhecimento. Estamos dando<br />

sequência aos aspectos técnicos que envolvem, entre<br />

outras coisas, treinamento de pessoal e ajustes dos<br />

equipamentos industriais. Um caso exemplar é a instalação<br />

de nossa autoclave, com capacidade para processamento<br />

anual de até 100 mil m³ (metros cúbicos)<br />

de madeira cultivada em florestas plantadas.”<br />

Sobre os conceitos que norteiam esta mudança<br />

e a importância para o mercado, Sergio afirma que a<br />

madeira engenheirada no Brasil já é uma realidade e<br />

que veio para ficar. “Ela proporcionará maior uso racional<br />

da madeira, tanto em construções quanto em<br />

paisagismos e na bricolagem, pela praticidade na sua<br />

aplicação e redução de custos dos projetos.”<br />

68 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


A EKOMPOSIT FORNECERÁ PRODUTOS SISTEMATIZADOS E CUSTOMIZADOS,<br />

PRÁTICOS E ECONÔMICOS, DESTINADOS AOS MERCADOS DA:<br />

CONSTRUÇÃO CIVIL: SISTEMAS DE VIGAS LAMINADAS COLADAS COM ATÉ 12 M<br />

(METROS) DE COMPRIMENTO, EMBALADAS UNITARIAMENTE COM FILME STRETCH;<br />

DECORAÇÃO: FORROS E REVESTIMENTOS;<br />

PAISAGISMO: DECKS E PERGOLADOS;<br />

SETOR AUTOMOTIVO: ASSOALHOS PARA IMPLEMENTOS RODOVIÁRIOS DE<br />

CARGA E ÔNIBUS;<br />

MOVELEIRO: PLACAS PARA MÓVEIS DESTINADOS A ÁREAS ÚMIDAS INTERNAS<br />

E EXTERNAS E PARA REGIÕES DE GRANDES INFESTAÇÕES DE CUPINS E BROCAS;<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

TECNOLOGIA<br />

PISO MÓVEL<br />

ESTACIONÁRIO<br />

TECNOLOGIA DE<br />

TRANSPORTE PERMITE<br />

OTIMIZAR PROCESSOS<br />

DENTRO DAS GRANDES<br />

INDÚSTRIAS<br />

Fotos: Carrocerias Bachiega<br />

70 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


O<br />

piso móvel estacionário, tecnologia disponibilizada<br />

pela Carrocerias Bachiega, é um<br />

mecanismo que pode ser utilizado para movimentação<br />

da biomassa ou alimentação<br />

do processo produtivo nas empresas. Em parceria com<br />

a Hyva desde 2006, a Bachiega já instalou estes equipamentos<br />

em diversas empresas brasileiras, inclusive<br />

de grande porte, tais como: Cmpc (Guaíba - RS), Braslumber<br />

e Braspine (Telêmaco Borba e Jaguariaíva - PR),<br />

Imcopa (Cambe e Araucária - PR), Cargill (Itumbiara -<br />

GO), Araupel (Quedas do Iguaçu - PR).<br />

De acordo com o engenheiro e diretor da empresa,<br />

Fábio Bachiega, a tecnologia permite um enorme ganho<br />

de eficiência nas operações das empresas, razão<br />

pela qual a demanda por essa solução vem aumentando<br />

gradativamente.<br />

CARACTERÍSTICAS DO PISO MÓVEL<br />

ESTACIONÁRIO:<br />

QUALIDADE E EFICIÊNCIA<br />

Oferecemos soluções em aquecimento, ventilação,<br />

secagem e transporte pneumático.<br />

Atendendo diretamente a necessidade específica de<br />

cada cliente.<br />

Modelos especiais sob medida, estáticos ou contínuos.<br />

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Baixa manutenção e longa durabilidade<br />

Equipamentos com mais de 8 anos, em funcionamento<br />

365 dias/ano que se encontram em perfeitas<br />

condições de uso.<br />

Capacidade de carga<br />

Se compararmos com moegas de rosca sem fim ou<br />

mesmo cintas movimentadoras, a capacidade volumétrica<br />

do piso móvel estacionário é bem maior, uma vez<br />

que podemos multiplicar quantas vezes necessário, de<br />

acordo com a necessidade do cliente.<br />

Segurança e eficiência<br />

Quando comparado com os sistemas comumente<br />

utilizado no Brasil, é uma alternativa muito mais segura,<br />

pois movimenta os diversos materiais, sem que haja interrupção<br />

por problema de escoamento. Permite a utilização<br />

de sistemas de comandos elétricos que controlam<br />

a vazão de acordo com a necessidade do processo.<br />

Baixo consumo<br />

Por se tratar de um produto elétrico/hidráulico, tem<br />

consumo de energia reduzido.<br />

VENTILADORES<br />

UNIDADE MÓVEL PARA<br />

TRATAMENTO FITOSSANITÁRIO<br />

No mercado desde 1975, a Bachiega, por sua experiência<br />

e conhecimento adquiridos ao longo desses<br />

10 anos de parceria com a Hyva, e principalmente pela<br />

qualidade dos seus produtos, consolidou-se e mantêm-<br />

-se desde então, como a maior montadora de piso móvel<br />

– veicular e estacionário. Sua marca está presente<br />

em 20 Estados brasileiros. Detentora da maior frota de<br />

gaiolas com piso móvel na América do Sul, oferece ainda<br />

aos seus clientes a opção da locação.<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

QUÍMICA NA MADEIRA<br />

FEBRE DAS<br />

PIMENTEIRAS<br />

NOS ÚLTIMOS ANOS<br />

CRESCEU RAPIDAMENTE O<br />

CULTIVO DE PIMENTA-DO-<br />

REINO NO ESPÍRITO SANTO,<br />

SUPERANDO DESAFIOS<br />

COM TECNOLOGIA SOB<br />

MEDIDA A PARTIR DO USO<br />

DA MADEIRA TRATADA<br />

Fotos: divulgação<br />

U<br />

ma verdadeira febre do cultivo de pimenta-do-<br />

-reino no Espírito Santo colocou o Estado como<br />

segundo maior produtor no País, com a marca de<br />

18% de participação, superada apenas pelo Pará que responde<br />

por 80% de toda a produção nacional. Com ela veio também<br />

a necessidade de utilizar estacas de madeira tratada.<br />

Esse material é necessário para dar suporte físico ao plantio<br />

da pimenteira, que é uma trepadeira de origem asiática e<br />

tornou-se uma das especiarias mais consumidas no mundo.<br />

Estacas de madeiras nativas, como a braúna, hoje têm seu<br />

uso rigorosamente controlado. Trata-se de uma espécie listada<br />

como suscetível à extinção e que, por isso, vem sendo<br />

substituída por peças roliças de eucalipto tratado. Nasceu<br />

assim uma nova e importante aplicação para os mourões de<br />

madeira tratada em autoclave.<br />

Esse desenrolar dos fatos acelerou ainda mais a demanda<br />

pela durabilidade e desempenho das versáteis estacas<br />

de madeira reflorestada e tratada. Para que suas qualidades<br />

sejam aproveitadas ao máximo, o respeito integral ao<br />

72 | www.referenciaindustrial.com.br


tempo de cura é fundamental para preservativos e produto<br />

base óxido. É durante a cura que os princípios ativos presentes<br />

nas formulações dos preservativos fixam-se às fibras da<br />

madeira.<br />

Produtores de pimenta só devem utilizar estacas de madeira<br />

tratada, nas áreas de cultivo, após o completo processo<br />

de fixação dos ingredientes ativos na madeira tratada. Assim,<br />

fica preservada a integridade fitossanitária das plantas<br />

e assegurado o melhor desempenho estrutural do conjunto<br />

de sustentação.<br />

Determinadas práticas podem se mostrar prejudiciais<br />

à saúde das mudas das pimenteiras recém-transplantadas.<br />

É o caso, por exemplo, da aplicação de produtos químicos<br />

como o óxido de cálcio (cal extinta) na base do mourão tutor.<br />

O produto pode reagir com a presença de água e provocar<br />

lesões por queimadura nas folhas das plantas jovens prejudicando<br />

seu estágio de desenvolvimento.<br />

O emprego da madeira tratada por processo industrial<br />

em atividades agropecuárias é perfeitamente assegurado<br />

a partir das prescrições descritas nas normas técnicas NBR<br />

9480 – Peças roliças de eucalipto para construções rurais –<br />

Requisitos; e NBR 16.143 – Preservação de madeiras – Sistema<br />

de categorias de uso, para o tratamento adequado e em<br />

conformidade com cada finalidade desejada. A utilização<br />

dos preservativos nas retenções definidas para a condição<br />

de exposição, bem como o respeito rigoroso ao tempo necessário<br />

à cura completa das peças que saem da autoclave<br />

são pré-requisitos para que se obtenha o melhor desempenho<br />

do cultivo. Plantadores da pimenta-do-reino têm manifestado<br />

reconhecimento pelo bom desempenho das estacas<br />

de madeira tratada, que constituem nada menos do que a<br />

principal opção ao uso de espécies nobres cada vez mais raras<br />

e caras.<br />

Jackson Vidal,<br />

Químico da Montana Química S.A.<br />

Silvio Lima,<br />

Gerente comercial da Montana Química S.A.


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

FEIRA<br />

INSCRIÇÕES<br />

ABERTAS PARA<br />

A LIGNUM BRASIL<br />

FEIRA FOCADA<br />

NA TRANSFORMAÇÃO,<br />

BENEFICIAMENTO,<br />

PRESERVAÇÃO,<br />

ENERGIA E USO DA<br />

MADEIRA ACONTECE<br />

EM CURITIBA (PR)<br />

74 |<br />

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O<br />

s profissionais do setor industrial madeireiro<br />

já podem garantir participação<br />

na Lignum Brasil - Feira de Transformação,<br />

Beneficiamento, Preservação, Energia e Uso<br />

da Madeira que será realizada nos dias 9, 10 e 11 de<br />

março, no período da tarde, no Expo Renault Barigui,<br />

em Curitiba (PR). As inscrições foram abertas<br />

no site oficial do evento e podem ser feitas de forma<br />

gratuita até o dia 8 de março. A orientação da<br />

organização para quem deseja visitar o evento é realizar<br />

as inscrições online. Quem fizer o cadastro no<br />

dia e local do evento pagará uma taxa de R$ 20,00.<br />

A feira tem como principal proposta estimular<br />

o desenvolvimento do setor industrial madeireiro.<br />

“Nosso objetivo é reunir os principais players do<br />

mercado, por isso o público especializado que visitará<br />

a feira encontrará novidades para o processamento<br />

da madeira em todos os seus níveis”, destaca<br />

Jorge R. Malinovski, diretor da Lignum Brasil.<br />

Para cumprir este objetivo, a feira será realizada<br />

em um espaço que permite que as máquinas<br />

para transformação e beneficiamento da madeira<br />

sejam colocadas em operação. “O visitante poderá<br />

conhecer equipamentos como molduradeiras,<br />

máquinas para desdobro e casas de wood frame,<br />

entre outras para os primeiros processamentos da<br />

madeira”, detalha Jorge.<br />

Para sua inscrição a Lignum Brasil acesse:<br />

www.lignumbrasil.com.br.<br />

PARALELAMENTE A LIGNUM BRASIL,<br />

ACONTECERÁ A II EXPO MADEIRA &<br />

CONSTRUÇÃO, EVENTO REALIZADO<br />

PELA APRE (ASSOCIAÇÃO<br />

PARANAENSE DE EMPRESAS DE<br />

BASE FLORESTAL), QUE TEM COMO<br />

OBJETIVO ESTIMULAR A APLICAÇÃO<br />

DA MADEIRA DE FLORESTAS<br />

PLANTADAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL<br />

“Deus cuida de nós”<br />

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DE MADEIRAS LTDA.<br />

Madeira serrada de Eucalyptus Grandis<br />

seco em estufa, madeira estabilizada,<br />

própria para indústrias de móveis, portas<br />

e batentes. Com três tipos de<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ARTIGO<br />

AVALIAÇÃO DOS EFEITOS<br />

DE PRÉ-TRATAMENTOS DA<br />

MADEIRA DE EUCALYPTUS<br />

BENTHAMII MAIDEN &<br />

CAMBAGE NO GRAU DE<br />

COMPATIBILIDADE COM<br />

CIMENTO PORTLAND<br />

RESUMO<br />

O<br />

objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito<br />

de cinco diferentes tipos de pré-tratamento<br />

na compatibilidade entre a madeira do Eucalyptus<br />

benthamii e o cimento Portland. A madeira foi<br />

pré-tratada com água fria, água quente, hidróxido de<br />

sódio, cloreto de cálcio ou hidróxido de cálcio. O grau<br />

de compatibilidade foi determinado através do estudo<br />

do calor de hidratação nas primeiras 24 horas e pela resistência<br />

à compressão axial após 28 dias dos compósitos<br />

formados por cimento e pó de madeira na relação<br />

de peso de 13,3:1. A resistência à compressão axial após<br />

28 dias também foi avaliada em compósitos formados<br />

com cimento e partículas de madeira na relação 2,75:1.<br />

Os resultados dos testes feitos com a madeira em<br />

pó indicaram que a adição de 3% de cloreto de cálcio é<br />

o tratamento mais eficiente para reduzir a capacidade<br />

de inibição da espécie, enquanto o tratamento do pó da<br />

madeira com hidróxido de cálcio afetou negativamente<br />

a compatibilidade.<br />

Entretanto, a combinação do aditivo cloreto de cálcio<br />

com partículas carbonatadas, pelo tratamento com<br />

hidróxido de cálcio, foi o que apresentou a maior resistência<br />

à compressão axial nos compósitos feitos na relação<br />

cimento:madeira de 2,75:1. A madeira de Eucalyptus<br />

benthamii apresentou potencial para a fabricação de<br />

painéis madeira-cimento. O uso da metodologia de carbonatação<br />

das partículas em solução de hidróxido de<br />

cálcio também é viável como pré-tratamento, independentemente<br />

dos resultados apontados pelos métodos<br />

tradicionais de medição do grau de compatibilidade.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

O Eucalyptus benthamii Maiden et Cambage é uma<br />

árvore moderadamente alta, atingindo 36 m (metros)<br />

de altura e diâmetro de 50 cm (centímetros), originá-<br />

76 |<br />

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VINICIUS CASTRO<br />

ROBERTO DANIEL ARAÚJO<br />

Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal na Ufpr<br />

(Universidade Federal do Paraná)<br />

CARLOS PARCHEN<br />

Departamento de Construção Civil, Ufpr<br />

SETSUO IWAKIRI<br />

Departamento de Engenharia e Tecnologia Florestal, Ufpr<br />

ria da Austrália. Foi introduzido no Brasil pela Embrapa/Florestas<br />

em 1988, no Município de Colombo (PR).<br />

Esse povoamento foi formado por famílias misturadas<br />

de dez matrizes da procedência geográfica Wentworth<br />

Falls (Austrália), e mostrou-se resistente à geada, de<br />

rápido crescimento, boa forma de fuste e alta homogeneidade,<br />

tornando-o excelente opção para reflorestamento<br />

em regiões onde ocorrem geadas frequentes e<br />

severas, como no sul do Brasil (Graça et al., 1999). Para<br />

ampliar a base genética da população no Brasil, em<br />

2005 a Embrapa Florestas importou 36 lotes de sementes,<br />

na forma de progênies de polinização aberta e, ainda,<br />

dois lotes adicionais, formados a partir da mistura<br />

de sementes colhidas em árvores pertencentes a duas<br />

populações naturais (Paludzyszyn Filho et al., 2006).<br />

A madeira de Eucalyptus benthamii é moderadamente<br />

dura (densidade básica de 0,47 g/cm³), cerne e<br />

alburno distintos, sendo o cerne de cor marrom-avermelhada<br />

e o alburno rosado. Apresenta texturafina a<br />

média, grã-irregular, cheiro e gosto imperceptíveis e<br />

superfície levemente brilhante (Nisgoski et al., 1998).<br />

O uso da madeira de Eucalyptus benthamii vem sendo<br />

estudada para diversas finalidades, como uso da madeira<br />

termicamente tratada para pallets (Pirraglia et al.,<br />

2012), produção de celulose (Alves et al., 2011), energia<br />

(Lima et al., 2007), compensados (Martins et al., 2011)<br />

e EGP (Martins, 2011). Uma possível nova destinação<br />

para uso dessa madeira é a produção de painéis madeira-cimento,<br />

uma vez que exigem madeiras particuladas<br />

que podem ser obtidas de árvores de pequenos diâmetros<br />

ou resíduos do processamento da madeira sólida.<br />

O desenvolvimento das indústrias de painéis madeira-cimento<br />

teve início nos anos de 1930, embora a<br />

maior parte das inovações tenha ocorrido nos últimos<br />

40 anos (Frybort et al., 2008). Esse tipo de compósito<br />

combina vantagens tanto dos componentes orgânicos<br />

FEVEREIRO | 77


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ARTIGO<br />

quanto inorgânicos. A incorporação do cimento leva a<br />

um painel com alta estabilidade dimensional, alta resistência<br />

aos agentes biodegradadores e resistência ao<br />

fogo, ao mesmo tempo que a mistura com madeira resulta<br />

em painéis mais leves em relação ao concreto, de<br />

maior trabalhabilidade e com boas características acústicas<br />

e de isolamento térmico (Moslemi, 1989).<br />

Entre as principais dificuldades na produção deste<br />

tipo de painel está, porém, a seletividade das espécies<br />

de madeiras utilizadas na mistura (Moslemi; Pfister,<br />

1987). Segundo Latorraca et al. (1999), os componentes<br />

orgânicos afetam tanto a possível interação entre a<br />

madeira e o cimento quanto as interações internas do<br />

próprio cimento, resultando em painéis de qualidade<br />

inferior. A incompatibilidade da mistura madeira-cimento<br />

é normalmente associada aos extrativos (Jorge<br />

et al.,2004).<br />

Diferentes métodos são empregados para minimizar<br />

o efeito da incompatibilidade entre cimento e<br />

madeira, como o uso de preservativos de madeira, armazenamento<br />

prolongado da madeira, extração dos<br />

açúcares solúveis em água quente e fria, mistura com<br />

aditivos químicos ou aceleradores em solução diluída,<br />

como hidróxido de sódio (NaOH) e cloreto de cálcio<br />

(CaCl 2 ) (Moslemi et al., 1983).<br />

O teor de extrativos do Eucalyptus benthamii pode<br />

variar de acordo com a idade da árvore. Para amostras<br />

retiradas de um plantio de quatro anos, o teor de extrativos<br />

é de 6%, enquanto em um plantio de sete anos<br />

o teor foi reduzido para, aproximadamente, a metade<br />

(3,2 ± 0,3%) (Pereira et al., 2000). Em outro estudo, a<br />

solubilidade dos extrativos em acetona foi tida como<br />

2,25%, porém com o detalhe de que os extrativos hidrofóbicos<br />

solúveis em diclorometano foi de apenas 0,2%<br />

(Alves et al., 2011).<br />

Semple et al. (2002a) avaliaram a compatibilidade<br />

de oito espécies de Eucalyptus de clima temperado, entre<br />

elas o Eucalyptus benthamii, e do cimento Portland.<br />

Essa espécie apresentou um dos valores mais baixos de<br />

compatibilidade, com redução da taxa de hidratação do<br />

cimento de aproximadamente 2,2 para 1,01 º C/h.<br />

Este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos<br />

de cinco métodos de pré-tratamento de partículas de<br />

madeira de Eucalyptus benthamii no grau de compatibilidade<br />

em mistura com cimento Portland.<br />

2. MATERIAL E MÉTODO<br />

A espécie utilizada nesta pesquisa foi Eucalyptus<br />

benthamii Maiden et Cambage de 13 anos de idade, procedente<br />

de plantio experimental localizado no Município<br />

de Palmeira, Estado de Santa Catarina. O material<br />

foi obtido na forma de tábuas, as quais foram seccionadas<br />

em blocos para geração de partículas no picador de<br />

disco. Após a moagem em moinho de martelo, as partículas<br />

foram classificadas em peneiras, sendo selecionadas<br />

aquelas que passaram na peneira com 0,84 mm (milímetros)<br />

de abertura e ficaram retidas na peneira de 0,5<br />

mm. O aglutinante empregado foi o cimento Portland<br />

tipo CP II. Os pré-tratamentos aos quais as partículas<br />

foram submetidas estão expressos na Tabela 1.<br />

Após os pré-tratamentos, as partículas foram lavadas<br />

em água corrente e secas em estufa até o teor de<br />

umidade médio de 3%, com exceção do tratamento<br />

com cal (T6). No tratamento T6, as partículas foram<br />

Tabela 1 – Plano experimental<br />

78 |<br />

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pré-tratadas em solução de hidróxido de cálcio (com<br />

21,3% de CaO (óxido de cálcio)) em uma proporção de<br />

1:1 em relação ao peso. As partículas não foram lavadas<br />

em água corrente, tendo sido submetidas à secagem<br />

ainda impregnadas com a solução. O hidróxido de<br />

cálcio tem a propriedade de endurecer lentamente ao<br />

ar, unindo fortemente as partículas sólidas. Trata-se de<br />

reação química de carbonatação, ou seja, o Ca(OH) 2<br />

(hidróxido de cálcio) em contato com o dióxido de carbono<br />

da atmosfera forma um novo CaCO -3 (carbonato<br />

de cálcio) (Costa Miranda, 2009), que é o produto branco<br />

que encobre as partículas.<br />

2.1. Teste de hidratação<br />

Água destilada (90,5 mL) foi misturada com 200g<br />

(gramas) de cimento e 15 g de madeira. A quantidade<br />

de água foi baseada no experimento de Weatherwax e<br />

Tarkow (1964), que sugere o uso de 2,7 mL de água por<br />

grama de madeira e um adicional de 0,25 mL de água<br />

por grama de cimento.<br />

A mistura ocorreu em sacos de polietileno, e o tempo<br />

não excedeu 5 minutos; em seguida, foi colocada em<br />

um recipiente isolado térmica e hermeticamente fechado.<br />

Para a leitura das temperaturas, termopares tipo J<br />

foram conectados a um módulo condicionador de sinais<br />

analógicos, acoplado a uma placa de conversão analógico-digital.<br />

Foram realizadas leituras de temperatura a<br />

cada minuto, durante 24 h. Com base nos parâmetros<br />

obtidos, foram utilizados três diferentes métodos para<br />

determinar a inibição da cura do cimento induzida pela<br />

madeira:<br />

T R - que é uma variação do método de Weatherwax<br />

e Tarkow (1964), sugerida por Olorunnisola (2008), em<br />

que a inibição indicada pela razão do tempo da cura da<br />

mistura, ou seja, o tempo para a reação atingir sua temperatura<br />

máxima; e pelo tempo da cura do cimento,<br />

sem a adição de madeira. As madeiras podem ser<br />

classificadas em três categorias, de acordo com o seu<br />

valor de T R : compatíveis (< 1,5); aceitáveis (valores entre<br />

1,5 e 2), ou seja, necessitam de um pré-tratamento;<br />

e incompatíveis (> 2) (Olorunnisola, 2008).<br />

Fator-C A - Método sugerido por Hachmi e Moslemi<br />

(1989), cujo fator é a razão entre a área do gráfico da reação<br />

com mistura de madeira e a área do gráfico da reação<br />

do cimento com água, sem adição de madeira. Para<br />

determinação desse fator, é considerado o tempo entre<br />

3,5 h após a mistura e 24 h. Valores de fator-C A acima<br />

de 68 indicam uma madeira compatível com o cimento,<br />

sem necessidade de pré-tratamento, enquanto valores<br />

abaixo de 28 representam espécies incompatíveis.<br />

Valores entre 28 e 68 indicam a necessidade de um<br />

pré-tratamento da madeira (Hachmi; Moslemi, 1989).<br />

Índice de Inibição (II) - Este índice foi inicialmente<br />

Figura 1 – Efeito dos pré-tratamentos da madeira de Eucalyptus benthamii sobre a hidratação inicial do cimento<br />

Portland tipo II.<br />

FEVEREIRO | 79


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ARTIGO<br />

sugerido por Hofstrand et al. (1984) e leva em consideração<br />

a temperatura máxima da reação, o tempo para<br />

atingir essa temperatura e a taxa máxima de incremento<br />

de temperatura da reação. Com base nesses parâmetros,<br />

o índice é calculado pela fórmula: II=100[ ( t -t’ / t’)<br />

(T - ’ - T / T’) ( S’ -S / S’)]<br />

em que:<br />

I = índice de inibição da cura do cimento (%);<br />

t = tempo necessário para atingir a temperatura<br />

máxima de hidratação do cimento da mistura de<br />

cimento,<br />

água e madeira (h);<br />

t’ = tempo da temperatura máxima de hidratação<br />

do cimento da mistura cimento e água (h);<br />

T’ = temperatura máxima atingida para mistura<br />

cimento-água (ºC);<br />

T = temperatura máxima atingida para cimentoágua<br />

e madeira (ºC);<br />

S’ = ΔT’ /Δt’ - máximo incremento no período de<br />

1 h para mistura cimento-água; e<br />

S = ΔT/Δt - máximo incremento no período de<br />

1 h para mistura cimento-água madeira.<br />

A inibição da madeira à cura do cimento pode ser<br />

classificada em quatro categorias, de acordo com o índice<br />

de inibição: baixa (II < 10); moderada (II = 10- 50); alta<br />

(II = 50 - 100); e extrema (II > 100) (Okino et al., 2005).<br />

2.2. Teste de compatibilidade por compressão<br />

axial<br />

A relação cimento:madeira foi mantida em 13,3:1,<br />

como sugerido por Lee e Hong (1986). A quantidade de<br />

água utilizada na mistura seguiu a fórmula sugerida por<br />

Souza (1994 citado por Latorraca, 2000), que é:<br />

Água = 0,43 × cimento + (madeira × (0,3 – teor de<br />

umidade da madeira))<br />

A mistura foi, então, colocada em formas cilíndricas<br />

de PVC de 3,5 cm (centímetros) de diâmetro por 7 cm<br />

de comprimento. Os corpos de prova foram mantidos<br />

no cilindro por sete dias; após esse período, foram retirados<br />

da fôrma e deixados ao ar livre por 28 e 56 dias.<br />

Os corpos de prova foram submetidos ao teste de<br />

compressão axial descrito na Norma NBR 7512 (ABNT,<br />

1996).<br />

2.3. Teste de compressão axial de compósitos<br />

madeira-cimento<br />

Foram produzidos quatro corpos de prova cilíndricos<br />

com 3,5 cm de diâmetro e 7 cm de<br />

comprimento, para quatro tipos de compósitos: C1,<br />

partículas de madeira sem pré-tratamento; C2, partículas<br />

submetidas à extração em água quente (60 o C por<br />

6 h); C3, extração em solução alcalina (solução de 1%<br />

de hidróxido de sódio por 2 h); e C4, partículas tratadas<br />

com cal hidratada (relação 1:1 em relação ao peso da<br />

madeira seca). Após o pré-tratamento, as partículas foram<br />

lavadas com água corrente e secas ao ar livre, com<br />

exceção do tratamento C4, em que as partículas foram<br />

secas sem serem lavadas, para promover a carbonatação<br />

pelo hidróxido de cálcio.<br />

O método de produção de corpos de prova utilizado<br />

foi o de adensamento por vibro compactação sem<br />

prensa, sugerido por Parchen (2012). A mistura de<br />

Tabela 2 – Efeito dos pré-tratamentos da madeira de Eucalyptus benthamii nas características de hidratação da mistura<br />

madeira-cimento.<br />

* Valores médios de três repetições. ** Médias seguidas pela mesma letra dentro da mesma coluna não se diferenciam estatisticamente,<br />

a 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey.<br />

80 |<br />

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cimento:madeira seguiu a relação 2,75: 1 e a quantidade<br />

de água sugerida por Souza (1994 citado por Latorraca,<br />

2000), sendo adicionados 3% de cloreto de cálcio.<br />

A mistura foi, então, submetida à mesa vibratória com<br />

uma carga de impacto vertical equivalente a 22 da N a<br />

3.000 RPM (rotações por minuto).<br />

Os corpos de prova foram submetidos ao teste de<br />

compressão axial descrito na Norma NBR 7512 (Abnt,<br />

1996), após 28 dias.<br />

3. RESULTADOS<br />

3.1. Teste de hidratação<br />

O resultado dos testes de hidratação pode ser observado<br />

pelo gráfico apresentado na Figura 1, que indica<br />

o comportamento exotérmico da reação de cura do<br />

cimento nas 24 h iniciais.<br />

A Tabela 2 mostra os parâmetros de hidratação do<br />

cimento puro em comparação com o cimento misturado<br />

com a madeira de Eucalyptus benthamii, assim como<br />

o grau de inibição indicado por três diferentes métodos.<br />

3.2. Teste de compatibilidade por compressão<br />

axial<br />

Na Tabela 3 estão apresentados os valores da densidade<br />

e resistência à compressão axial dos corpos de<br />

prova cilíndricos produzidos para os seis tratamentos<br />

em estudo.<br />

3.3. Teste de compressão axial para compósitos<br />

madeira-cimento<br />

A Tabela 4 apresenta os valores da densidade e da<br />

resistência à compressão axial dos corpos de prova de<br />

madeira-cimento produzidos pelo método de vibração<br />

mecânica na relação cimento:madeira de 2,75:1. Uma<br />

vez que todos os testes de compatibilidade indicaram<br />

que o uso do aditivo cloreto de cálcio é o mais eficiente<br />

para diminuição da inibição da cura do cimento causada<br />

pela presença da madeira de Eucalyptus benthamii, e 3%<br />

do aditivo foi misturado a todos os compósitos.<br />

4. DISCUSSÃO<br />

4.1. Teste de hidratação<br />

Pode-se observar comportamento semelhante nas<br />

curvas da mistura da madeira de Eucalyptus benthamii<br />

sem tratamento (T1) e dos tratamentos por extração<br />

(T2, T3 e T4). O tratamento com aditivo cloreto de cálcio<br />

(T5) foi o único que antecipou a formação do cristal resistente<br />

silicato de cálcio hidratado (C-S-H) representado<br />

pelo pico de temperatura. Já no tratamento com cal<br />

(T6) não houve nenhuma alteração dentro do período<br />

de 24 horas<br />

Em todos os três índices avaliados, evidenciou-se<br />

que a inibição causada pela madeira pode ser eliminada<br />

com o uso de 3% do aditivo cloreto de cálcio (T5). Entretanto,<br />

nos três métodos de avaliação o uso da solução<br />

de hidróxido de cálcio (T6) interfere negativamente no<br />

processo de cura inicial do cimento. Isso porque, nesse<br />

pré-tratamento, a cura do cimento não é somente inibida<br />

pela presença da madeira, mas também pela relação<br />

cal-cimento (Glasser, 1997).<br />

Nos pré-tratamentos para remoção de extrativos<br />

(T2, T3 e T4), os métodos não apresentaram definição<br />

clara na melhora significativa nos índices, embora haja<br />

tendência geral que permite indicar que o método de<br />

extração em água quente (T3) é o menos eficiente. O<br />

método T R e o II indicam a extração em solução alcali-<br />

Tabela 3 – Valores da densidade e resistência à compressão axial<br />

* Médias seguidas pela mesma letra dentro da mesma coluna não se diferenciam estatisticamente, a 5% de probabilidade, pelo<br />

teste de Tukey. ** Valores entre parênteses referem-se ao coeficiente de variação.<br />

FEVEREIRO | 81


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ARTIGO<br />

na (T4) como o melhor pré-tratamento de extração. Já<br />

pelo método do Fator-C A não há diferença entre esses<br />

três tratamentos e a testemunha (T1).<br />

O índice de inibição (II) para o tratamento T1 indica<br />

que o Eucalyptus benthamii apresenta comportamento<br />

semelhante ao de outras espécies de eucaliptos. Latorraca<br />

(2000) determinou o índice de inibição de quatro<br />

espécies de Eucalyptus (E. robusta, E. urophylla, E. pellita<br />

e E. citriodora) e constatou que, em todas as espécies<br />

estudadas, os valores de II foram abaixo de 10%, e apenas<br />

o E. robusta apresentou valor inferior a 5%.<br />

O fator-C A do Eucalyptus benthamii também foi superior<br />

ao encontrado na literatura para outras espécies<br />

de eucalipto (E. angus, E. horistes, E. loxophlebo, E. plenissima<br />

e E. polybractea). Entre essas espécies, o maior<br />

valor de compatibilidade foi o de E. horistes, com fator-<br />

-C A de apenas 70,8% (Semple et al., 2002b).<br />

4.2. Teste de compatibilidade por compressão<br />

axial<br />

Os tratamentos apresentaram densidades semelhantes,<br />

com exceção do tratamento com 3% de aditivo<br />

(T5), que apresentou valor estatisticamente superior<br />

aos tratamentos de extração com água quente (T3) e<br />

com hidróxido de sódio (T4). Também, pode-se observar<br />

a diferença estatística para densidade entre os corpos<br />

de prova com partículas de Eucalyptus benthamii<br />

sem tratamento prévio (T1) com diferentes tempos de<br />

cura. Após 56 dias, os corpos de prova apresentaram<br />

densidade superior a dos corpos de prova com apenas<br />

28 dias de cura. Contudo, não houve diferença estatística<br />

nos valores de resistência à compressão dos corpos<br />

de prova após 28 ou 56 dias, comprovando que a adição<br />

de madeira não afetou o prazo de cura do cimento de<br />

28 dias.<br />

Comparado com o resultado de compressão axial<br />

de outras espécies de Eucalyptus apresentado por<br />

Latorraca (2000), o Eucalyptus benthamii apresentou<br />

resultado semelhante com o do Eucalyptus urophylla<br />

(16,38 MPa).<br />

O tratamento pelo método de extração com hidróxido<br />

de sódio (T4) apresentou resultados favoráveis na<br />

maioria dos testes de inibição da cura inicial do cimento,<br />

porém no teste de compressão axial, após 28 dias de<br />

cura, ele se mostrou menos resistente do que os demais<br />

tratamentos.<br />

4.3. Teste de compressão axial para compósitos<br />

madeira-cimento<br />

A maior densidade dos compósitos C4 pode ser atribuída<br />

à maior quantidade de material inorgânico. Após<br />

a secagem da cal, há um ganho de cerca de 17% do peso<br />

da partícula, graças à incorporação do hidróxido de cálcio.<br />

Não houve diferença significativa nos valores de<br />

resistência à compressão axial entre os compósitos<br />

produzidos com partículas após a extração em água<br />

quente (C2), extração em solução de hidróxido de sódio<br />

(C3) e partículas sem pré-tratamento (C1). Esse comportamento<br />

está de acordo com os resultados de outras<br />

espécies de Eucalyptus. Beraldo e Carvalho (2004) também<br />

constataram que não há necessidade de aplicação<br />

de pré-tratamento com água quente para partículas de<br />

Eucalypitus grandis, citando o mesmo comportamento<br />

em trabalhos prévios com Eucalyptus citriodora.<br />

Não se pode correlacionar o efeito dos pré-tratamentos<br />

na curva de hidratação inicial do cimento com<br />

a resistência da compressão axial, após 28 dias,para os<br />

compósitos produzidos com partículas carbonatadas<br />

pelo pré-tratamento com cal hidratada (C4). Os compósitos<br />

C4 foram os que apresentaram a maior resistência,<br />

e os métodos de determinação de compatibilidade<br />

apontaram que o tratamento com cal (T6) afetou<br />

negativamente a cura do cimento e, teoricamente, não<br />

seria recomendado para fabricação de painéis madeira-<br />

-cimento. A explicação para esse fenômeno pode estar<br />

no fato de que a carbonatação é uma reação que ocorre<br />

na superfície das partículas.<br />

Tabela 4 – Valores da densidade e resistência à compressão axial de compósitos madeira-cimento.<br />

* Valores médios de quatro repetições. ** Médias seguidas pela mesma letra dentro da mesma coluna não se diferenciam estatisticamente,<br />

a 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey. *** Valores entre parênteses referentes ao coeficiente de variação.<br />

82 |<br />

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Os métodos tradicionais de determinação de compatibilidade<br />

usam a madeira em forma de pó, com<br />

maior área superficial do que as partículas usadas na<br />

formação do compósito.<br />

Efeito semelhante foi relatado por Zucco (1999),<br />

que estudou o efeito da granulometria da casca de arroz<br />

tratada com hidróxido de cálcio na cura inicial do<br />

cimento. Esse autor relatou que a inibição do material<br />

tratado passante na peneira de 0,15 mm era maior do<br />

que o em estado natural.<br />

Porém, para partículas maiores, passantes na peneira<br />

de 0,3 mm, esse comportamento se inverteu, e o<br />

tratamento passou a afetar positivamente a compatibilidade.<br />

5. CONCLUSÃO<br />

A madeira de Eucalyptus benthamii apresenta potencial<br />

para ser utilizada na fabricação de painéis<br />

de madeira-cimento. Entre os pré-tratamentos, o<br />

que se mostrou mais eficiente para reduzir a inibição,<br />

que a madeira dessa espécie causa na cura inicial do cimento,<br />

foi a adição de 3% do cloreto de cálcio.<br />

Considerando os métodos tradicionais de determinação<br />

do grau de compatibilidade entre madeira e<br />

cimento, não há necessidade de nenhum pré-tratamento,<br />

uma vez que todos indicaram valores que classificam<br />

a madeira de Eucalyptus benthamii como naturalmente<br />

compatível com o cimento.<br />

A combinação do aditivo cloreto de cálcio com partículas<br />

carbonatadas, pelo pré-tratamento com solução<br />

em hidróxido de cálcio, foi a que apresentou a maior<br />

resistência à compressão axial, após 28 dias, nos compósitos<br />

feitos na relação cimento:madeira de 2,75:1.<br />

Esse resultado indica que a metodologia de cabonatação<br />

com cal hidratada é viável como pré-tratamento,<br />

mesmo que a cura inicial do cimento seja afetada<br />

negativamente,como foi indicado pelos métodos de<br />

compatibilidade conduzidos com pó de madeira, dentro<br />

da relação cimento:madeira de 13,3:1.<br />

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REVISTAS DO SETOR<br />

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AGENDA<br />

FEVEREIRO <strong>2016</strong><br />

MAIO <strong>2016</strong><br />

ZOW<br />

16 a 19<br />

Bad Salzuflen (Alemanha)<br />

www.zow.de<br />

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25 a 29<br />

Bangalore (India)<br />

www.indiawood.com<br />

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XV Embramem<br />

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Curitiba (PR)<br />

www.ebramem.com.br<br />

Lignum<br />

9 a 11<br />

Curitiba (PR)<br />

www.lignumbrasil.com.br<br />

Femur (Feira de Móveis de<br />

Minas Gerais)<br />

9 a 13<br />

Ubá (MG)<br />

www.femur.com.br<br />

Xylexpo<br />

24 a 28<br />

Milão (Itália)<br />

www.xylexpo.com<br />

Movelsul<br />

14 a 18<br />

Bento Gonçalves (RS)<br />

www.movelsul.com.br<br />

iSaloni<br />

12 a 17<br />

Milão (Itália)<br />

www.salonemilano.it<br />

ABRIL <strong>2016</strong><br />

DESTAQUE<br />

XV EBRAMEM (ENCONTRO BRASILEIRO EM<br />

MADEIRAS E EM ESTRUTURAS DE MADEIRAS)<br />

9 a 11<br />

Curitiba (PR)<br />

www.ebramem.com.br<br />

Curitiba será sede do XV Ebramem (Encontro Brasileiro em Madeiras e<br />

em Estruturas de Madeiras), entre os dias 9 e 11 de março. Participarão do encontro pesquisadores brasileiros e estrangeiros,<br />

professores, estudantes de graduação e pós-graduação, profissionais do setor construtivo e empresários. O tema central<br />

será madeira para a construção civil - tecnologia para minimizar impacto ambiental. O evento terá a Apre (Associação<br />

Paranaense de Empresas de Base Florestal) como apoio local. Informações adicionais no site: www.ebramem.com.br.<br />

Imagem: reprodução<br />

84 |<br />

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ESPAÇO ABERTO<br />

ATENDIMENTO AO CLIENTE:<br />

NOVOS CENÁRIOS, VELHOS DESAFIOS<br />

A<br />

tender bem ao cliente sempre foi um desafio, pois<br />

a atividade de atendimento pode ser definida como<br />

uma prestação de serviços e, portanto, intangível e<br />

pessoal. Trata-se de uma relação entre pessoas e, como tal,<br />

carregada de subjetividade.<br />

Além de ser um velho desafio, para complicar ainda mais,<br />

é uma atividade que transcorre em um cenário de constante<br />

mudança. Ora as pessoas estão mais otimistas, ora mais pessimistas.<br />

Em um dado momento as perspectivas econômicas<br />

são mais positivas, em outros, um verdadeiro caos. Além disso,<br />

novas tecnologias surgem e provocam inovações incrementais<br />

e, por vezes, radicais. Dois bons exemplos, na área comercial,<br />

são a informatização da área de vendas no final da década de<br />

1980 e a virtualização (uso da internet) já na década de 1990.<br />

Uma das mais interessantes mudanças proporcionadas pela<br />

informatização e pelo crescente uso da internet é a alteração<br />

da hierarquia de atendimento ao cliente, um novo cenário.<br />

Em um passado não tão distante, o atendimento pessoal<br />

(seja presencialmente ou por telefone) era o primeiro contato<br />

com o cliente, ou seja, na busca de informações ou para efetiva-<br />

ção de uma compra o “interessado”, ligava para um fornecedor<br />

ou dirigia-se ao ponto de venda para tirar suas dúvidas e/ou<br />

satisfazer a sua necessidade.<br />

Atualmente o que acontece, na maior parte dos ramos de<br />

negócio, é que o primeiro atendimento geralmente é virtual.<br />

Neste novo contexto, o cliente faz uma busca pela internet,<br />

visita o site, envia um e-mail e/ou inicia um chat com o possível<br />

fornecedor.<br />

A primeira grande consequência deste novo contexto é<br />

que toda organização deve preocupar-se em ter um bom site,<br />

mecanismos de captação de clientes que estejam on-line e<br />

uma equipe comercial preparada para resposta rápidas, pois<br />

agilidade é a palavra de ordem nos canais virtuais. Lembrando<br />

que os canais virtuais não devem ser somente receptivos, mas<br />

também ativos.<br />

Outra importante consequência relaciona-se à equipe de<br />

vendas tradicional. Deve-se trabalhar fortemente no sentido<br />

de conscientizar estes profissionais de que o contato com o<br />

cliente será cada vez mais raro, ou seja, devemos incutir em suas<br />

cabeças a ideia de que não se pode perder, de forma alguma, a<br />

oportunidade do contato com o cliente, pois, se estamos tendo<br />

esta chance, é porque algo interessou.<br />

Explicando melhor; na atualidade, o cliente pode obter<br />

inúmeras informações e fazer comparativos apenas clicando<br />

em seu mouse. Sendo assim, se ele oportunizando um contato<br />

pessoal, seja por telefone, seja pessoalmente, isto tem que<br />

ser visto como “uma grande chance”, algo que não pode ser<br />

desperdiçado por um profissional de vendas despreparado ou<br />

desmotivado.<br />

Atendimento ao cliente, um velho desafio, em um novo<br />

cenário. Prepare seus profissionais!<br />

Foto: divulgação<br />

Por Prof. Dr. Victor Aguiar<br />

Consultor e palestrante


PRODUTOS INOVADORES<br />

Soluções para projetos construtivos<br />

PROTEÇÃO DE MADEIRAS<br />

Uma empresa do Grupo Lonza<br />

Sistemas analíticos<br />

na usina.<br />

Automação.<br />

O inovador CA-B. Acabamento base óleo<br />

para madeiras<br />

Aditivo repelente à água.<br />

Uso em autoclave com<br />

CCA e CA-B.<br />

Novos rumos<br />

Aditivo colorante.<br />

Uso em autoclave<br />

com CCA e CA-B<br />

CCA<br />

A marca do CCA.<br />

Controles Laboratoriais na Usina<br />

Controles de Operação<br />

Novos Produtos<br />

Novos Aditivos<br />

Capacitação Técnica<br />

INTERNATIONAL<br />

RESEARCH GROUP<br />

ON WOOD<br />

PROTECTION<br />

Arch Proteção de Madeiras<br />

Av. Brasília, 1500 - Salto (SP) - Brasil<br />

elcio.lana@lonza.com - (11) 4501-1211<br />

flavio.geraldo@lonza.com - (11) 4501-1209<br />

denise.castilho@lonza.com - (11) 4028-8086<br />

www.lonza.com

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