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Revista Dr. Plinio 217

Abril de 2016

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<strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong> comenta...<br />

Mariella Antunes<br />

Juan Pablo Calavid Arango<br />

zer tal outra coisa… “Não! Chegou<br />

a sua vez de morrer!” É preciso morrer<br />

com confiança.<br />

O que significa aí morrer com<br />

confiança?<br />

“Eu pensei que a Providência fosse<br />

me dar uma longa vida, e confiava<br />

que assim seria. Mas, de repente,<br />

por um pecado meu, ou porque<br />

Deus quis de mim o sacrifício<br />

por alguém que eu não conheço,<br />

mas que Ele quer<br />

salvar, a Providência<br />

me pede: ‘Meu filho,<br />

queres morrer<br />

por mim? É novo,<br />

é uma sugestão<br />

nova… Tu<br />

não sabias, tu<br />

Estátua equestre<br />

de Santa Joana<br />

d’Arc - Paris, França<br />

16<br />

não conhecias. Queres morrer<br />

por mim?’”<br />

E é preciso ter a confiança<br />

de dizer:<br />

— Senhor — ou Senhora<br />

—, se Vós o quereis,<br />

eu quero também!<br />

É o curso terrível e<br />

natural das coisas. É,<br />

por exemplo, Santa<br />

Joana d’Arc, a heroína<br />

da confiança. Confiou,<br />

venceu, mas em<br />

certo momento foi presa,<br />

vendida pelos borguinhões<br />

aos ingleses,<br />

submetida ao injustíssimo<br />

e infamíssimo processo da<br />

Inquisição contra ela e, depois,<br />

queimada viva.<br />

No último momento, o grande<br />

ato de confiança: “As vozes não<br />

mentiram! Realmente aquilo que foi<br />

prometido, acontecerá!” Ela deve<br />

ter tido alguma revelação.<br />

Os paradoxos da<br />

confiança<br />

“Nossa Senhora da Divina<br />

Providência” (acervo particular)<br />

Caieiras, Brasil<br />

A confiança é bifásica. Ela pede<br />

que confiemos de que as coisas<br />

vão correr de um determinado<br />

jeito, e normalmente<br />

correm. Mas, por uma razão<br />

excepcional, elas podem<br />

não correr. Então<br />

se deve começar a confiar<br />

num plano mais alto da<br />

Providência que não<br />

sabemos qual é.<br />

A confiança é<br />

para todos os momentos,<br />

para todas<br />

as formas.<br />

Ela exige, portanto,<br />

que tenhamos<br />

a certeza de que<br />

seremos socorridos,<br />

mas, paradoxalmente,<br />

ao mesmo<br />

tempo experimentemos<br />

a impressão<br />

de que o auxílio não virá. E<br />

fiquemos resignados caso a Providência<br />

queira qualquer outra coisa.<br />

A confiança comporta esta flexibilidade:<br />

quando confiamos numa coisa,<br />

se acontecer algo contrário, não<br />

nos revoltamos, e nos entregamos. É<br />

a confiança em Nosso Senhor Jesus<br />

Cristo.<br />

Aí se compreende também toda<br />

a doçura e bondade que há no título<br />

de Mãe de Misericórdia, e como<br />

Nossa Senhora da Divina Providência<br />

é a Mãe de Misericórdia num<br />

sentido muito especial da palavra,<br />

uma espécie de requinte da invocação<br />

de Nossa Senhora Auxiliadora.<br />

Para Ela, devemos nos voltar em<br />

dias como estes.<br />

v<br />

(Extraído de Conferência de<br />

17/11/1984)<br />

1) Do latim: Salve Rainha, Mãe de misericórdia,<br />

vida, doçura e esperança<br />

nossa, salve!

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