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Revista Dr. Plinio 217

Abril de 2016

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Editorial<br />

Os momentos da<br />

Providência<br />

H<br />

á momentos na vida em que a Providência parece ausentar-Se e deixar a alma com a sensação<br />

de ter sido abandonada. As graças sensíveis cessam, o panorama descortinado outrora pela<br />

voz da graça torna-se cheio de névoas e tem-se a impressão de que tudo começará a soçobrar.<br />

Na vida de <strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong> esses momentos não faltaram, mas sua entranhada devoção a Maria Santíssima<br />

manteve-o sempre em contínuo ato de confiança. Seu amor a Nossa Senhora manifestava-se de modo<br />

muito especial na devoção à Mãe do Bom Conselho, venerada na cidade de Genazzano, Itália. Vejamo-<br />

-lo narrar uma das mais sensíveis graças recebidas por meio de uma de suas estampas.<br />

Eu me encontrava na fase pós-operatória de uma intervenção cirúrgica penosa, delicada, que visava<br />

conter um processo de gangrena. Feita a operação, eu estava passando alguns dias no hospital para<br />

restabelecer-me, quando me trouxeram uma estampa de Nossa Senhora de Genazzano.<br />

Ao fitá-la fui surpreendido pela sensação maravilhosa de que a Santíssima Virgem mudava magnificamente<br />

de expressão. Tornava-se “viva”, afável, materna, muito mais do que a mera estampa poderia<br />

representar. De algum modo isso me dava a entender a solução para um problema muito complexo<br />

e delicado que eu trazia dentro da alma, o qual me atormentava muito mais do que a operação.<br />

Eu tinha estado em perigo de vida nessa ocasião, mas, ao mesmo tempo, algo em minha alma dizia<br />

que eu ainda haveria de viver por bastante tempo para realizar inteiramente minha vocação, travando<br />

na Terra a luta vitoriosa contra a Revolução, com que eu sonhava desde o meu tempo de adolescente.<br />

Porém, as doenças inopinadas que vinham sucedendo comigo até chegar à situação muito grave<br />

da gangrena, levavam-me a recear que os meus dias acabassem.<br />

Quando a estampa “sorriu”, entendi ser essa uma comunicação de que eu chegaria ao termo da<br />

obra, e que, portanto, nesse sentido a Santíssima Virgem me sorria com uma grande doçura, afabilidade<br />

e bondade.<br />

Anexa a esta certeza interior, vinha outra ideia: que eu não temesse as vicissitudes encontradas em<br />

meu caminho, pois as dificuldades mais ásperas, duras e inesperadas seriam superadas por Nossa Senhora.<br />

Com isso, veio-me uma confiança, não só quanto ao termo final da nossa obra, mas também de<br />

que os episódios insolúveis, de um modo ou de outro, se resolveriam, e Maria Santíssima levaria a<br />

nossa caminhada até o fim de seu termo.<br />

Foi isso que me manteve a vida. Confiando n’Ela, por causa desse sorriso, caminhei como os judeus<br />

no meio do Mar Vermelho.<br />

Compreende-se, assim, toda a gratidão que sou levado a ter para com Nossa Senhora. A promessa<br />

fica de pé, tem-se confirmado não sei quantas vezes, e chegará o momento em que tudo se realizará.<br />

Confiança! 1<br />

1) Conferência de 16/12/1988.<br />

Declaração: Conformando-nos com os decretos do Sumo Pontífice Urbano VIII, de 13 de março de 1625 e<br />

de 5 de junho de 1631, declaramos não querer antecipar o juízo da Santa Igreja no emprego de palavras ou<br />

na apreciação dos fatos edificantes publicados nesta revista. Em nossa intenção, os títulos elogiosos não têm<br />

outro sentido senão o ordinário, e em tudo nos submetemos, com filial amor, às decisões da Santa Igreja.<br />

4

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