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Revista dos Pneus 46

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ENTREVISTA Ralph Bernfeld, da Bridgestone<br />

EMPRESAS J. Alves e Tuga <strong>Pneus</strong><br />

A revista n.º 1<br />

<strong>dos</strong> profissionais<br />

revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />

<strong>46</strong><br />

Outubro 2017<br />

ANO VIII | 5 euros<br />

Mercedes E 220d Station<br />

A variante mais familiar da Classe E<br />

analisada com sete lugares<br />

TÉCNICA<br />

CEPP da ACAP:<br />

danos e avarias<br />

Com o objetivo de apoiar<br />

os profissionais, a Comissão<br />

Especializada de Produtores<br />

de <strong>Pneus</strong> da associação<br />

lançou um autêntico manual<br />

MÁQUINA DO TEMPO<br />

Manuel Vivas<br />

84 anos idade e sete<br />

décadas dedicadas aos<br />

pneus. A VTS é a mais<br />

recente aposta deste<br />

histórico do setor<br />

SALÃO DE FRANKFURT<br />

Viagem ao futuro<br />

Novidades tecnológicas <strong>dos</strong> fabricantes animaram certame alemão


INSCREVA-SE<br />

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de grupo<br />

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CONFERÊNCIA<br />

INTERNACIONAL<br />

DE PNEUS<br />

www.cip2017.com<br />

Centro de Congressos da FIL - Lisboa<br />

Evento parceiro do Salão Mecânica


Editorial<br />

Diretor<br />

João Vieira<br />

joao.vieira@apcomunicacao.com<br />

Editor executivo<br />

Bruno Castanheira<br />

bruno.castanheira@apcomunicacao.com<br />

Redação<br />

Jorge Flores<br />

jorge.flores@apcomunicacao.com<br />

Diretor comercial<br />

Mário Carmo<br />

mario.carmo@apcomunicacao.com<br />

Gestores de clientes<br />

Paulo Franco<br />

paulo.franco@apcomunicacao.com<br />

Rodolfo Faustino<br />

rodolfo.faustino@apcomunicacao.com<br />

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António Valente<br />

Multimédia<br />

Catarina Gomes<br />

Arte<br />

Hélio Falcão<br />

Serviços administrativos<br />

e contabilidade<br />

financeiro@apcomunicacao.com<br />

Periodicidade<br />

Bimestral<br />

Assinaturas<br />

assinaturas@apcomunicacao.com<br />

© COPYRIGHT<br />

Nos termos legais em vigor, é totalmente<br />

interdita a utilização ou a reprodução desta<br />

publicação, no seu todo ou em parte, sem a<br />

autorização prévia e por escrito da REVISTA<br />

DOS PNEUS<br />

IMPRESSÃO<br />

FIG, Indústrias Gráficas, S.A.<br />

Rua Adriano Lucas - 3020 - 265 Coimbra / Tel.:<br />

239 499 922 N.º de Registo no ERC: 124.782<br />

Depósito Legal n.º: 201.608/03<br />

TIRAGEM<br />

5.000 exemplares<br />

Propriedade:<br />

João Vieira - Publicações Unipessoal, Lda.<br />

Sede:<br />

Bela Vista Office, sala 2-29<br />

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2735 - 336 Cacém - Portugal<br />

Tel.: +351 219 288 052/4<br />

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Email: geral@apcomunicacao.com<br />

GPS: 38º45’51.12”N - 9º18’22.61”W<br />

Construção<br />

da confiança<br />

De entre todas as responsabilidades que recaem sobre o<br />

proprietário de uma oficina de pneus, nenhuma é mais<br />

pesada do que a responsabilidade de ganhar confiança.<br />

Esta aplica-se quer ao negócio, quer à sua reputação<br />

pessoal<br />

Os retalhistas de pneus, como empresários,<br />

acarretam uma considerável<br />

responsabilidade para com os seus<br />

negócios, as suas famílias, os seus funcionários,<br />

a sua comunidade e muitos outros. São<br />

responsáveis por um conjunto de valores e um<br />

código de ética, já para não falar na legislação<br />

ligada à atividade, que não pode ser ignorada.<br />

O proprietário de uma oficina de pneus, não<br />

pode permitir ser responsável por distrações<br />

capazes de provocar uma interrupção séria. A<br />

obtenção da confiança junto <strong>dos</strong> interessa<strong>dos</strong><br />

nos negócios da oficina não inclui só os participantes<br />

mais óbvios, funcionários e clientes,<br />

mas estende-se, também, à comunidade,<br />

vendedores, família e outros.<br />

A confiança é fundamental para o sucesso, já que<br />

está intimamente ligada ao ADN do proprietário.<br />

Um ponto de arranque seguro para gerir e controlar<br />

este fator consiste numa avaliação pessoal<br />

honesta, seguida de um plano para melhorar a<br />

confiança a to<strong>dos</strong> os níveis, todas as interações<br />

e to<strong>dos</strong> os interessa<strong>dos</strong>. Lidar de forma honesta<br />

com a verdade é muito importante.<br />

A construção da confiança numa oficina é propositada,<br />

planeada e surge de cima para baixo.<br />

Os esforços superficiais resultarão em melhorias<br />

temporárias e estão condenadas a falhar caso<br />

sejam aplicadas sem vigor e consistência. Convém<br />

ter em consideração este aspeto, porque<br />

as exigências <strong>dos</strong> clientes e a pressão da concorrência<br />

são cada vez maiores.<br />

Os consumidores desejam cada vez mais um<br />

serviço personalizado oferecido por pessoal de<br />

vendas conhecedor. Desejam valor e desejam<br />

compreender de que forma a proposta de valor<br />

lhes é aplicável de forma individual. Apesar de<br />

excelente a fornecer informações, a Internet<br />

é deficItária no que diz respeito ao contacto<br />

pessoal e, em muitos casos, não antecipa nem<br />

responde à proposta de valor ou ao desejo de<br />

um serviço personalizado. A confiança é construída<br />

com base no conhecimento do produto<br />

e em apresentações capazes.<br />

Não basta dizer “É um bom pneu,” sem qualquer<br />

tipo de informação adicional. Onde é que está<br />

o valor? Onde é que está a personalização?<br />

Onde é que está o conhecimento? O ingrediente<br />

mais importante da construção de confiança<br />

é você mesmo, o proprietário, o seu padrão. O<br />

tema fundamental da construção de confiança<br />

pertence ao proprietário. O seu toque pessoal,<br />

o toque de confiança, é obrigatório. Este não é<br />

um assunto secundário. A forma como você e a<br />

sua equipa oferecem este toque, é importante.<br />

Hoje, quando um automobilista vai à oficina<br />

para substituir os pneus da sua viatura, espera<br />

poder encontrar um conjunto de serviços que,<br />

para além de lhe darem satisfação, transmitam<br />

igualmente confiança. A oficina que cumprir<br />

convictamente este “mandamento”, poderá<br />

facilmente garantir a satisfação <strong>dos</strong> seus clientes<br />

e fidelizá-los.<br />

A construção da confiança acrescenta valor!<br />

João Vieira<br />

Diretor<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 03


Produto estrela<br />

Pirelli Scorpion Zero All Season<br />

Signo escorpião<br />

Concebido para maximizar o desempenho em todas as estações do ano, qualquer<br />

que seja a situação de condução, mesmo em estradas com neve, o Pirelli Scorpion<br />

Zero All Season destina-se aos principais fabricantes de automóveis premium<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

As afirmações de Patricia Vieito,<br />

trade & consumer marketing para<br />

Portugal e Espanha da Pirelli, à<br />

edição de junho de 2017 da <strong>Revista</strong><br />

<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, a propósito <strong>dos</strong> pneus para<br />

todas as estações, foram bem elucidativas:<br />

“Os pneus All Season continuam a ser uma<br />

‘questão pendente’ na Península Ibérica,<br />

em geral, e em Portugal, em particular. A<br />

expressão deste tipo de produto ainda é<br />

pequena, mas tem uma abrangência e uma<br />

polivalência muito importante para os próximos<br />

anos. Para as marcas, será um grande<br />

desafio a nível de comunicação, já que as<br />

vantagens deste tipo de produto são, definitivamente,<br />

melhores do que as da gama<br />

summer e, especialmente, em condições<br />

invernais”. A responsável acrescentou que<br />

“os modelos All Season são idóneos para os<br />

automobilistas que optam por assegurar o<br />

melhor rendimento e compromisso em qual-<br />

quer condição meteorológica. Conscientes<br />

de que um pneu summer baixa, consideravelmente,<br />

de rendimento abaixo de 7° C<br />

e que as opções winter têm uma resposta<br />

mais limitada nessas condições. Os pneus<br />

para todas as estações oferecem o equilíbrio<br />

entre os ‘dois mun<strong>dos</strong>’ e asseguram a melhor<br />

tração em condições de neve ou gelo, com<br />

uma durabilidade superior à <strong>dos</strong> ‘tradicionais’<br />

pneus de verão ou de inverno”.<br />

Dos vários modelos que compõem a oferta<br />

da Pirelli nesta categoria, um há que se<br />

destaca <strong>dos</strong> restantes: o Scorpion Zero All<br />

Season. Este pneu UHP SUV foi concebido<br />

para os principais fabricantes de automóveis<br />

premium. Projetado para maximizar<br />

o seu desempenho em todas as estações<br />

do ano, qualquer que seja a situação de<br />

condução, mesmo em estradas com neve,<br />

o Scorpion Zero All Season está disponível<br />

para jantes de 18” a 22”, com larguras de<br />

235 a 295 mm, séries 35 a 60 e índices velocidade<br />

Y, T, V, W, H. Como pontos fortes,<br />

anuncia quatro. Primeiro: sulcos com maior<br />

densidade (mais 93% de sulcos comparativamente<br />

ao Scorpion Zero assimétrico<br />

assegura excelente aderência e tração no inverno,<br />

resultando num eficaz desempenho<br />

em caso de neve). Segundo: sulcos curvos<br />

(os blocos internos garantem melhor tração<br />

na neve, proporcionando maior segurança e<br />

controlo nesse tipo de superfícies). Terceiro:<br />

desenho do piso otimizado com novas<br />

ranhuras (vantagem assinalável na redução<br />

de ruído para melhorar o conforto de<br />

condução). Quarto: ranhuras longitudinais<br />

para excelente expulsão de água (a parte<br />

externa é mais pequena para incrementar a<br />

segurança em seco e a menor espessura do<br />

piso tem o objetivo de aumentar a eficácia<br />

da travagem em seco, sem comprometer<br />

a durabilidade). ♦<br />

04 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017


AF_IMPRENSA_PECAS_EUROREPAR_180X258_RP.indd 1<br />

9/22/17 11:06 AM


Equipamento do mês<br />

Ravaglioli RAV WS<br />

Italiano vero<br />

Lançado, este ano, no Salão Autopromotec, em Bolonha, o elevador com medidor de<br />

profundidade de pneus RAV WS da Ravaglioli, que está disponível em três versões<br />

(101, 102 e 103), entrou em produção no passado mês de setembro. Já pode ser<br />

requisitado no representante da marca em Portugal: Pinto da Costa & Costa (PC&C)<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Para quem não está recordado, a Ravaglioli<br />

S.p.A., sediada em Bolonha,<br />

Itália, é das maiores empresas do<br />

mundo no setor de equipamentos<br />

oficinais. Na Europa, afirma ser o primeiro<br />

construtor de elevadores e uma das maiores<br />

empresas na produção de equipamentos<br />

para o setor <strong>dos</strong> pneus, bem como para o<br />

diagnóstico de veículos (controlo de travagem<br />

e alinhamento de rodas). Fundada<br />

em 1958 para produzir equipamentos oficinais,<br />

a Ravaglioli continuou, ininterruptamente,<br />

a desenvolver to<strong>dos</strong> os aspetos<br />

respeitantes à “área da elevação”, tanto para<br />

automóveis como para veículos comerciais<br />

e industriais. Mais de 350.000 elevadores<br />

de duas colunas foram já distribuí<strong>dos</strong> em<br />

diferentes partes do mundo, o que atesta<br />

bem a especialização e a importância que<br />

tem a Ravaglioli.<br />

Lançado, este ano, no Salão Autopromotec,<br />

que se realizou, em Bolonha, no passado<br />

mês de maio, a marca italiana, que, em Portugal,<br />

é representada pela Pinto da Costa<br />

& Costa (PC&C), iniciou a produção deste<br />

elevador com medidor de profundidade<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Precisão de medida<br />

Largura máxima do pneu<br />

Velocidade máxima<br />

Alimentação<br />

Peso máximo por eixo<br />

Temperatura de utilização<br />

Grau de proteção<br />

de pneus em setembro último. O equipamento<br />

está disponível em três versões: RAV<br />

WS101 (apenas medidor de profundidade),<br />

RAV WS102 (idêntico à versão anterior mais<br />

jogo profiler e programa de gestão ligado à<br />

receção da oficina) e RAV WS103 (idêntico<br />

às versões anteriores mais kit de extensão<br />

para alinhamento de rodas e linhas ITV). ♦<br />

0.25 mm<br />

600 mm<br />

8 km/h<br />

100 a 230 VAC, 50 – 60 Hz, Fase-1<br />

4 toneladas<br />

0-40° C<br />

IP65<br />

06 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017


DESENVOLVIDOS NA PISTA<br />

APROVADOS NA ESTRADA<br />

O nosso modelo AZENIS FK510 do segmento Ultra-High-Performance convence<br />

pela sua elevada segurança, excecional dinâmica de condução e maior economia de<br />

combustível<br />

A Falken é fornecedora do Grupo VW em equipamento de<br />

origem para os modelos:<br />

VW Passat | Skoda Superb | Seat Ateca<br />

Representantes exclusivos para Portugal:<br />

Zona Industrial da Pedrulha, Lote 12 - Mealhada | 3050-183 Casal Comba<br />

Linha Telemarketing: 231 244 265 | sac.mealhada2@abtyres.pt<br />

Linha de Apoio: 231 244 263 | sac.mealhada1@abtyres.pt<br />

www.alvesbandeiratyres.pt | www.abtyres.pt


Destaque<br />

Cada vez<br />

menos<br />

redon<strong>dos</strong> e...<br />

pretos<br />

Com a ausência de 10 construtores de automóveis, a edição de 2017 do<br />

Salão de Frankfurt deu “prioridade” aos fabricantes de componentes e<br />

pneus. Entre estes últimos, foram vários os que estiveram presentes e<br />

mostraram como encaram o futuro do setor. A borracha preta e redonda<br />

ainda vai durar muitos anos, é certo, mas há vida para além dela<br />

Por: José Silva<br />

08 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017


<strong>Pneus</strong> no Salão de Frankfurt<br />

Air Free Concept, Bridgestone<br />

Por enquanto, os pneus continuam<br />

a ser redon<strong>dos</strong> e pretos. Tem sido<br />

assim ao longo de várias décadas.<br />

Apesar <strong>dos</strong> muitos protótipos mostra<strong>dos</strong><br />

nos últimos anos, ainda nenhum<br />

conseguiu destronar o material em que são<br />

produzi<strong>dos</strong> os pneus. Nem o formato. Mas, a<br />

pouco e pouco, o conceito de pneu do futuro<br />

parece estar cada vez mais perto. Basta olhar<br />

para os vários concepts (e não só) que foram<br />

exibi<strong>dos</strong>, este ano, no Salão de Frankfurt<br />

pelos fabricantes que fizeram questão em<br />

estar presentes. Mas os protótipos não foram,<br />

por si só, as estrelas. Os “tais” pneus reais<br />

também foram importantes para mostrar<br />

o poderio <strong>dos</strong> fabricantes, estando muitos<br />

deles prontos para ser comercializa<strong>dos</strong>.<br />

Das inúmeras marcas de pneus que existem,<br />

atualmente, no mercado, apenas as mais<br />

carismáticas e com orçamentos mais eleva<strong>dos</strong><br />

estiveram representadas no certame<br />

germânico, que não contou com a presença<br />

de 10 construtores de veículos. Mas nem<br />

por isso perdeu força. Não houve um único<br />

espaço sem animação. A quantidade de visitantes<br />

superou as expectativas e as marcas<br />

de pneus mais “famosas” fizeram questão de<br />

dizer presente na altura de mostrarem o que<br />

se faz num <strong>dos</strong> setores mais concorri<strong>dos</strong> do<br />

aftermarket e do OEM.<br />

Bridgestone<br />

Foi uma das marcas que não quis faltar ao<br />

certame e trouxe consigo a sua “segunda”<br />

marca: Firestone. Uma das grandes novidades<br />

em estreia mundial foi o novo pneu para<br />

automóveis ligeiros desenhado e fabricado<br />

na Europa: Turanza T005. Este produto foi<br />

desenhado para o dia a dia, em que se circula<br />

com vários tipos de piso e diversas condições<br />

meteorológicas, desde chuva a asfalto seco.<br />

Mas houve muito mais. A inovadora tecnologia<br />

“ologic”, do modelo Ecopia, também<br />

esteve em destaque, até pela eficiência de<br />

combustível que parece trazer aos veículos,<br />

sem comprometer a segurança e a aderência<br />

<strong>dos</strong> mesmos. Uma das tendências a seguir<br />

é a produção de pneus de maior diâmetro,<br />

como os utiliza<strong>dos</strong> pelo elétrico BMW i3.<br />

<strong>Pneus</strong> com estas características reduzem<br />

a resistência ao rolamento, enquanto a<br />

largura mais estreita diminui a resistência<br />

aerodinâmica. Resultado: menor consumo<br />

de combustível e, consequentemente, emissões<br />

de CO2 mais baixas.<br />

Entre as últimas novidades, o fabricante<br />

japonês incluiu os pneus sem ar “Air Free<br />

Concept” para bicicletas, que estão, também,<br />

disponíveis para automóveis. E ainda<br />

uma seleção de produtos da sua atual gama<br />

premium comercializada na Europa. Desde<br />

o DriveGuard ou DriveGuard Winter para<br />

veículos ligeiros até ao Dueller A/T 001 para<br />

4x4, passando pelos desportivos Potenza<br />

S007 e Potenza S001 com tecnologia Run Flat<br />

e pelo pneu de inverno Blizzak LM001 EVO.<br />

No mesmo espaço, ainda que numa zona<br />

menos destacada, estava presente a Firestone,<br />

aquela que é a segunda marca da Bridgestone<br />

e que já é icónica, até pelos anos de<br />

vida que completa. Surge, agora, revitalizada<br />

e fortalecida para encarar novos desafios no<br />

Velho Continente, passando a oferecer uma<br />

moderna e competitiva gama com preços<br />

de nível médio foca<strong>dos</strong> em consumidores<br />

de espírito jovem que procuram uma opção<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 09


Destaque<br />

<strong>Pneus</strong> no Salão de Frankfurt<br />

inteligente quando precisam de comprar<br />

pneus. No IAA, a marca expôs os modelos<br />

Destination H/P, Multiseason e Roadhawk,<br />

tudo novidades com características equilibradas<br />

para o dia a dia.<br />

Continental<br />

O fabricante alemão de renome também<br />

teve uma presença vistosa no IAA 2017.<br />

Entre o sistema ContiConnect, de gestão<br />

de informação de pneus, a marca mostrou<br />

os novos Conti Efficient Pro e o Conti Light-<br />

Pro. Por fim, o Conti i Tyre, pneu inteligente<br />

montado de série, também foi estrela. Sob<br />

o lema “Tradição, Confiança e Transformação”,<br />

a marca deu a conhecer inovações<br />

para melhorar a segurança, a eficiência e a<br />

conectividade entre camiões e autocarros.<br />

Mas comecemos pela gama iTyre, uma solução<br />

mais cómoda para o controlo digital<br />

das “borrachas”. Os sensores ContiPressure<br />

Check, para a medição da pressão e da<br />

temperatura, são pré-instala<strong>dos</strong> durante a<br />

produção. Estes sensores poupam, não só,<br />

tempo de montagem aos operadores de<br />

frotas, evitando as instalações prematuras<br />

ou tardias, como asseguram, também, que<br />

os sensores estão corretamente monta<strong>dos</strong> e<br />

coloca<strong>dos</strong> no interior do pneu. Atualmente,<br />

22 das principais medidas de pneus, em especial<br />

das gamas Conti Hybrid e Conti Plus,<br />

estão disponíveis com pneus iTyre.<br />

Os da<strong>dos</strong> medi<strong>dos</strong> no interior do pneu são<br />

regista<strong>dos</strong> continuamente e mostra<strong>dos</strong> ao<br />

condutor num ecrã, permitindo solucionar<br />

uma anomalia com enorme rapidez. O<br />

ContiPressureCheck é compatível com uma<br />

grande quantidade de sistemas telemáticos,<br />

o que significa que os da<strong>dos</strong> podem<br />

ser visualiza<strong>dos</strong> num ecrã integrado e ser,<br />

posteriormente, transmiti<strong>dos</strong> a dispositivos<br />

externos. A gama de produtos iTyre vai<br />

crescendo a pouco e pouco. Os sensores<br />

ContiPressureCheck podem ser adquiri<strong>dos</strong><br />

em separado e monta<strong>dos</strong>, a posteriori, na<br />

rede de oficinas da marca. “Com este sistema,<br />

damos um grande passo na nossa evolução<br />

como fabricante de pneus premium e fornecedor<br />

de soluções. Enriquecemos a nossa<br />

experiência no setor, com os da<strong>dos</strong> cria<strong>dos</strong><br />

pelos sensores instala<strong>dos</strong> em pneus novos<br />

da nossa marca para camião e autocarro”,<br />

referiu Nikolai Setzer, membro da direção<br />

da Continental.<br />

Este sistema permite uma alteração na<br />

manutenção normal do pneu, que passa<br />

a ser monitorizada e totalmente orientada.<br />

O sistema pode ter múltiplas funções,<br />

como, por exemplo, ligar to<strong>dos</strong> os<br />

pneus de uma frota. Combinado com o<br />

desenho modular do dispositivo, a recolha<br />

de da<strong>dos</strong> é feita de forma simples.<br />

Tecnologia ContiSense e ContiAdapt, Continental<br />

A nova gama para eixos de direção e de<br />

tração foi desenhada, especificamente,<br />

para o transporte de longo curso. Graças à<br />

sua reduzida resistência ao rolamento, os<br />

pneus permitem alcançar uma poupança<br />

de combustível de até 0,64 l/100 km comparativamente<br />

aos ContiEcoPlus. Com uma<br />

quilometragem anual anunciada de 120 mil<br />

km, os Conti EfficientPro conseguem uma<br />

poupança de 750 litros de combustível por<br />

ano, reduzindo as emissões de CO2 em mais<br />

de duas toneladas anuais.<br />

Ainda com os pneus de pesa<strong>dos</strong> em destaque,<br />

a marca mostrou o Conti Light Pro, produto<br />

que oferece, pela primeira vez, um peso<br />

reduzido e que foi, especialmente, desenvolvido<br />

para utilização em camiões cisterna<br />

com reboque. Ainda no âmbito do camião,<br />

a marca exibiu, também, os primeiros pneus<br />

produzi<strong>dos</strong> com a inovadora e sustentável<br />

borracha com origem no dente de leão: os<br />

Conti EcoPlus HD3. Já fora <strong>dos</strong> pneus, mas<br />

dentro da borracha, no salão foi mostrado<br />

ainda um concept de apoio de motor que<br />

liga a transmissão ao chassis. Esta borracha<br />

isola o ruído do motor que se propaga pela<br />

estrutura, melhorando, consideravelmente, a<br />

qualidade do rolamento do veículo e a segurança<br />

da condução. Outro produto exibido<br />

foi o primeiro rolamento produzido num<br />

material chamado “taraxagum”, uma espécie<br />

de borracha mais reforçada que tem a<br />

função de isolar ruí<strong>dos</strong> e vibrações. Os testes<br />

com pneus para camiões de borracha de<br />

dente de leão e os elementos produzi<strong>dos</strong><br />

em “taraxagum” são muito prometedores,<br />

o que demonstra que são uma alternativa<br />

à borracha natural de origem tradicional,<br />

sendo perfeita para o setor <strong>dos</strong> veículos<br />

10 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017


Concepts Flexup, Hankook<br />

comerciais, já que cumpre as exigências<br />

mais rigorosas no campo <strong>dos</strong> transportes<br />

e mercadorias.<br />

Hankook<br />

O fabricante sul-coreano, que tem vindo a<br />

assumir-se, cada vez mais, como premium,<br />

conquistando espaço para ser OEM de várias<br />

marcas de automóveis, não deixou de ter<br />

o seu espaço no certame alemão. O lema<br />

“Future Now” coloca-o com um pé no futuro,<br />

onde aproveitou para mostrar as últimas<br />

tendências e desenvolvimentos. Assim, além<br />

de apresentar a gama para o segmento <strong>dos</strong><br />

pneus de verão, não esqueceu os de inverno,<br />

a série ecológica e a de altas prestações especialmente<br />

desenvolvida para as condições<br />

da Europa Central e de Leste.. Para satisfazer<br />

as necessidades destes merca<strong>dos</strong>, os pneus<br />

utilizam um composto de sílica especial.<br />

To<strong>dos</strong> os visitantes puderam descobrir e utilizar<br />

o conceito “Future Now” no simulador de<br />

condução “Next Driving Lab”. Cada visitante<br />

pôde realizar uma experiência de condução<br />

com o pneu futurista Ball Pin Tire, que foi<br />

apreciado num grande ecrã de visão interativa<br />

com rotação de 360°. Este pneu pode<br />

girar em círculos de 360°, transformando as<br />

curvas num ângulo reto ou num slalom. Para<br />

mostrar este “fenómeno”, a Hankook equipou<br />

um veículo com um giroscópio e três rodas<br />

multidirecionais. O giroscópio e o sensor de<br />

rotação medem e reconhecem o ângulo do<br />

veículo num espaço tridimensional para garantir<br />

o equilíbrio entre a carroçaria e o pneu.<br />

Durante a conferência de imprensa da<br />

marca, Ho Youl Pae, diretor executivo da<br />

Hankook Tire na Europa, afirmou que “podemos<br />

viver já hoje o futuro da condução.<br />

O Salão de Frankfurt é o lugar ideal para<br />

apresentar os mais recentes desenvolvimentos<br />

na área automobilística. Como<br />

fabricantes de pneus premium que somos,<br />

é uma grande oportunidade poder<br />

apresentar novidades técnicas <strong>dos</strong> nossos<br />

laboratórios e a vitalidade da empresa”.<br />

Ainda no stand, um escaparate mostrava<br />

os mais recentes concepts Flexup, Shifrac e<br />

Autobine, cria<strong>dos</strong> a partir de uma colaboração<br />

com os estudantes de design da Universidade<br />

de Cincinnati. Com estes pneus, as<br />

ideias para os produtos do futuro ganham<br />

forma: pneus que sobem escadas, mudam<br />

de faixa sem ser preciso mudar de direção<br />

ou que permitem que o próprio veículo<br />

aumente de tamanho caso transportem<br />

mais pessoas.<br />

Michelin<br />

A capacidade inovadora do Grupo Michelin<br />

assegura o seu sucesso e legitimidade desde<br />

há 125 anos, precisamente um <strong>dos</strong> marcos<br />

comemora<strong>dos</strong> em pleno Salão de Frankfurt<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 11


Destaque<br />

<strong>Pneus</strong> no Salão de Frankfurt<br />

Visionary Concept, Michelin<br />

pelo fabricante francês. A Michelin pretende<br />

reforçar o seu estatuto como líder tecnológico,<br />

sem medo de assumir que a concorrência<br />

também faz produtos muito bons.<br />

Assim, o Salão de Frankfurt foi visto como<br />

uma grande oportunidade para apresentar a<br />

sua gama de experiências de mobilidade que<br />

a marca propõe aos automobilistas de todo<br />

o mundo. Mas, também, um canal influente<br />

para afirmar, vigorosamente, o desejo de<br />

manter os padrões de qualidade num patamar<br />

elevado, quer na conceção quer na<br />

produção <strong>dos</strong> seus produtos.<br />

Além de toda a gama, com destaque para os<br />

Pilot Sport 2 e Pilot Sport Cup, sem esquecer<br />

o recém-lançado Primacy 4, a marca francesa<br />

mostrou o seu conceito de pneu do futuro.<br />

Inspirado na natureza, o pneu funciona sem<br />

ar e adapta-se às circunstâncias. Pode ser reparado<br />

numa impressora 3D, comunica com<br />

o veículo e... não é preto. Chama-se Visionary<br />

Concept, recorre a uma estrutura em favo de<br />

abelha, que lhe permite funcionar sem ar,<br />

fazendo a própria “jante” parte do pneu. Um<br />

design generativo (e colorido), como o define<br />

a Michelin, que pretende replicar o processo<br />

de crescimento natural <strong>dos</strong> mun<strong>dos</strong> vegetal,<br />

mineral e animal, neste produto. O piso do<br />

pneu, quando danificado ou desgastado,<br />

pode ser resposto, recorrendo à utilização de<br />

uma tecnologia da impressão 3D. Para isso,<br />

a Michelin antevê que, no futuro, bastará<br />

aos condutores que necessitem de reparar<br />

o seu pneu deslocarem-se até ao local onde<br />

exista uma impressora 3D, selecionarem uma<br />

opção no próprio veículo e o piso será refeito<br />

e aplicado no pneu pela própria máquina<br />

em tempo real. Para já, ainda está em fase<br />

inicial de desenvolvimento.<br />

A Michelin sublinha que a sua durabilidade<br />

do Visionary Concept está ainda por apurar.<br />

Mas, sendo composto por vários materiais<br />

biodegradáveis e totalmente reciclável no<br />

final do seu ciclo de vida, o objetivo é que<br />

dure, pelo menos, tanto quanto o veículo<br />

em que esteja instalado, graças à tal solução<br />

que permite imprimir as zonas do piso que<br />

precisem de ser substituídas. Enquanto outros<br />

construtores de pneus projetam a sua<br />

disponibilização para daqui a 10 ou 20 anos,<br />

a Michelin afirma que, dentro de apenas dois<br />

ou três anos, esta solução poderá estar já<br />

integrada em pneus destina<strong>dos</strong> a veículos<br />

de passageiros e comerciais ligeiros.<br />

Para o fim, ficou reservado o Flexible Wheel,<br />

uma nova tecnologia patenteada e desenvolvida<br />

pela Michelin e pela Maxion Wheels<br />

para o mercado de automóveis de passageiros,<br />

incorporando duas falanges de borracha<br />

flexíveis montadas num corpo de roda especial,<br />

para criar uma roda flexível que melhora<br />

o conforto e absorve, também, impactos. A<br />

nova roda é compatível com to<strong>dos</strong> os pneus<br />

no mercado e compreende uma jante de liga<br />

mais estreita do que o normal, duas falanges<br />

de borracha e uma inserção opcional<br />

para proteger a jante de liga leve. Além da<br />

redução de danos, segurança e mobilidade<br />

melhoradas, a Roda Flexível Maxion com<br />

tecnologia Michelin Acorus tem outros benefícios<br />

para o motorista, o que ajuda a superar<br />

outras deficiências associadas a pneus de<br />

perfil baixo com paredes laterais curtas. O<br />

nível de conforto e de ruído são melhora<strong>dos</strong><br />

devido à falange de borracha flexível, que<br />

fica entre a roda e o pneu. Existe, também,<br />

um benefício ambiental no uso da tecnologia<br />

Michelin Acorus: a Roda Flexível foi<br />

projetada para funcionar com qualquer tipo<br />

de pneu, incluindo de baixa resistência ao<br />

rolamento, significando menores emissões<br />

de CO 2<br />

e maior economia de combustível. u<br />

12 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017


Fiabilidade e confiança<br />

B01N<br />

Pá/Dumper<br />

B02N<br />

BDTS<br />

600 Direção/Reboque 755<br />

366<br />

Pá/Dumper<br />

Pá/Dumper<br />

Tração<br />

MWS+ Pá<br />

B03S Dumper B05N Grua Móvel<br />

396 Direção/Reboque 300 Direção/Reboque 700<br />

Direção/Reboque<br />

Tração<br />

Para mais informações ligue: 220 991 400<br />

Novo website: www.gripenwheels.pt<br />

Gripen Wheels Ibéria<br />

Centro de Negócios da Maia • Rua de Albino José Domingues, 74 • 2º AT • 4470-034 Maia • Portugal<br />

Telef. +351 220991400 • Fax +351 220931936 • info.iberia@gripenwheels.com • www.gripenwheels.pt


Técnica<br />

Danos e avarias em pneus<br />

Com o objetivo de apoiar os profissionais do setor <strong>dos</strong> pneus, com informação<br />

útil e relevante para a sua atividade, a Comissão Especializada de Produtores de<br />

<strong>Pneus</strong> (CEPP) da ACAP lançou, recentemente, um manual sobre danos e avarias<br />

em pneus, que publicamos ao longo das próximas páginas<br />

Cabe ao revendedor/ponto de venda<br />

receber as solicitações de garantia<br />

apresentadas pelo consumidor,<br />

devendo, para isso, recolher toda<br />

a informação que permita a identificação<br />

do utilizador, do veículo e das condições<br />

em que este se encontra, assim como do(s)<br />

pneu(s), servindo-se, para tal, de elementos<br />

de diagnóstico suplementares que podem<br />

ser solicita<strong>dos</strong> pela respetiva marca.<br />

O revendedor pode, através de conhecimentos<br />

que tenha e/ou através da utilização sumária<br />

deste manual, informar se o(s) pneu(s)<br />

não são passíveis de garantia. Todavia, é da<br />

responsabilidade do fabricante a determinação<br />

de garantia depois de devidamente<br />

analisa<strong>dos</strong>. Esta garantia é devidamente<br />

comunicada ao utilizador.<br />

w PROCEDIMENTOS DE GARANTIA<br />

DO UTILIZADOR<br />

1. Registo do pedido de garantia<br />

l Da<strong>dos</strong> do utilizador (nome, morada e<br />

contactos);<br />

l Da<strong>dos</strong> do veículo (marca, modelo, matrícula,<br />

ano e quilometragem);<br />

l Da<strong>dos</strong> do pneu (marca, modelo, dimensão,<br />

índice de carga, código de velocidade, DOT,<br />

posição de montagem e marcações);<br />

l Motivo do pedido de garantia.<br />

2. Recolha para análise e peritagem: feita<br />

no Centro de Inspeção Técnica.<br />

3. Veredito / Relatório técnico<br />

4. Indemnização: no caso de existir procedimento<br />

de garantia (contra reposição<br />

de produto/ modelo/ marca similar vs piso<br />

remanescente).<br />

14 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017


Colaboração<br />

Exceções:<br />

l Impactos;<br />

l Cortes;<br />

l Desgastes rápi<strong>dos</strong>;<br />

l Reparações;<br />

l Alterações das características<br />

originais do produto.<br />

w ELEMENTOS DE DIAGNÓSTICO<br />

SUPLEMENTARES<br />

Geometria do veículo<br />

O alinhamento afeta, sensivelmente, tanto<br />

a duração <strong>dos</strong> pneus como o consumo de<br />

combustível. Um alinhamento incorreto,<br />

gera desgaste irregular, assim como maior<br />

desgaste <strong>dos</strong> elementos mecânicos e o<br />

comportamento da viatura piora. Um alinhamento<br />

incorreto <strong>dos</strong> eixos afeta tanto<br />

o consumo de combustível como o rendimento<br />

<strong>dos</strong> pneus.<br />

DIMINUIÇÃO DA VIDA DE UM PNEU<br />

EM RELAÇÃO À FALTA DE PRESSÃO<br />

Percentagem de pressão baixa<br />

10%<br />

Percentagem de diminuição da vida do pneu<br />

5%<br />

20%<br />

16%<br />

33%<br />

30%<br />

40%<br />

57%<br />

50%<br />

78%<br />

Na perspetiva de obter o máximo de<br />

informação (mais da<strong>dos</strong> – melhores<br />

respostas), devemos recolher as<br />

seguintes informações e apresentar o<br />

respetivo registo aquando da análise da<br />

reclamação. Nessa recolha, deve constar:<br />

l Quilometragens efetuadas<br />

- Histórico de da<strong>dos</strong>;<br />

l Verificação de pressões;<br />

l Inspeção ao veículo “Alinhamento”;<br />

l Profundidade de piso – perfil de desgaste.<br />

l Desgaste mais pronunciado num <strong>dos</strong><br />

ombros;<br />

l Desgaste localizado por bloqueio de<br />

roda;<br />

l Desgaste em forma de dentes de serra;<br />

l Desgaste diagonal;<br />

l Desgaste rápido regular;<br />

l Rutura da carcaça por fadiga;<br />

l Arrancamentos na banda de rodagem<br />

ou rolamento;<br />

l Rutura localizada da carcaça por impacto;<br />

l Danos localiza<strong>dos</strong> – cortes;<br />

l Borracha gretada;<br />

l Talão danificado.<br />

TIPO DE DANO | DESGASTE CENTRAL<br />

Desgaste pronunciado, localizado no centro<br />

do piso.<br />

Inspeção à viatura<br />

l Um alinhamento deficiente pode aumentar<br />

a resistência ao rolamento até 80%.<br />

l Um erro de 2,5% no ajuste do eixo pode<br />

aumentar o consumo em 16%.<br />

l A vida útil <strong>dos</strong> pneus pode reduzir-se até<br />

80%.<br />

Depois de uma inspeção sumária, devemos<br />

verificar e registar a geometria do veículo:<br />

l Convergência;<br />

l Sopé;<br />

l Avanço;<br />

l Ângulo Impulso - Paralelismo entre eixos.<br />

Esta informação deve acompanhar, em<br />

forma de relatório, toda a documentação<br />

necessária ao processo de reclamação.<br />

Pressões<br />

Para além da geometria do veículo, não<br />

esquecer que problemas nos travões e,<br />

principalmente, na suspensão, também<br />

são causadores de desgastes anormais nos<br />

pneus, assim como as folgas mecânicas:<br />

Teste de travões<br />

Detetor de folgas<br />

Teste de amortecedores<br />

Teste de<br />

amortecedores<br />

CAUSAS:<br />

l Tipo de veículo (eixos de tração);<br />

l Pressão excessiva ou inadaptada<br />

para o tipo de utilização;<br />

l Jante inadequada (estreita);<br />

CONSELHOS:<br />

l Realizar a rotação <strong>dos</strong> pneus;<br />

l Vigiar e corrigir a pressão de insuflação,<br />

adaptar a pressão ao tipo de utilização;<br />

l Usar jantes corretas;<br />

TIPO DE DANO | DESGASTE<br />

ESCAMADO AO LONGO DO PISO<br />

Desgaste caracterizado pela existência de<br />

rebarbas ao longo da banda de rolamento<br />

ou rodagem, resultado do arrastamento<br />

lateral do pneu.<br />

A correta pressão de insuflação aumenta a<br />

segurança, o conforto e a duração <strong>dos</strong> pneus.<br />

Para além de que manter a correta pressão<br />

vai diminuir o consumo de combustível e<br />

aumentar o consequente benefício económico<br />

e ambiental.<br />

w TIPOS DE ANOMALIAS<br />

MAIS FREQUENTES NOS PNEUS<br />

l Desgaste central;<br />

l Desgaste escamado ao longo do piso;<br />

l Desgaste nos ombros;<br />

Convergência<br />

Divergência<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 15


Técnica<br />

CAUSAS:<br />

l Cotas de alinhamento;<br />

l Paralelismo <strong>dos</strong> eixos.<br />

CONSELHOS:<br />

l Corrigir o alinhamento;<br />

l Verificar o sistema de direção e suspensão;<br />

l Efetuar rotação <strong>dos</strong> pneus periodicamente.<br />

TIPO DE DANO | DESGASTE NOS OMBROS<br />

Desgaste pronunciado, localizado nas extremidades<br />

da banda de rodagem ou rolamento.<br />

CONSELHOS:<br />

l Corrigir o alinhamento;<br />

l Verificar o sistema de<br />

direção e suspensão;<br />

l Efetuar rotação <strong>dos</strong> pneus periodicamente.<br />

TIPO DE DANO | DESGASTE LOCALIZADO<br />

POR BLOQUEIO DE RODA<br />

A banda de rolamento apresenta uma ou<br />

várias zonas de desgaste localizadas, produzidas<br />

por deslizamento do pneu sem rotação.<br />

TIPO DE DANO | DESGASTE DIAGONAL<br />

Desgaste em forma de ondas, de ombro a<br />

ombro, e de forma irregular.<br />

CAUSAS:<br />

l Desajuste ou folgas na suspensão<br />

ou elementos mecânicos.<br />

CONSELHOS:<br />

l Verificar a suspensão e/ou a direção.<br />

CAUSAS:<br />

l Baixa pressão de insuflação;<br />

l Pressão inadequada à carga<br />

do veículo (sobrecarga);<br />

l Jante inadequada (larga);<br />

CONSELHOS:<br />

l Adaptar a pressão de insuflação<br />

às condições de utilização;<br />

l Efetuar a rotação <strong>dos</strong> pneus;<br />

l Usar jantes adequadas ao pneu.<br />

TIPO DE DANO | DESGASTE MAIS<br />

PRONUNCIADO NUM DOS OMBROS<br />

A banda de rolamento ou rodagem apresenta<br />

um desgaste pronunciado num <strong>dos</strong><br />

la<strong>dos</strong>, provocado por um contacto irregular<br />

do pneu pronunciado, localizado nas<br />

extremidades da banda de rodagem ou<br />

rolamento.<br />

CAUSAS:<br />

l Bloqueio <strong>dos</strong> travões;<br />

l Arraste transversal sem rotação do pneu.<br />

CONSELHOS:<br />

l Evitar o bloqueio das rodas;<br />

l Verificar o sistema de travagem.<br />

TIPO DE DANO | DESGASTE EM<br />

FORMA DE DENTES DE SERRA<br />

Um <strong>dos</strong> la<strong>dos</strong> e as barras da rodagem gastam-se<br />

mais depressa do que o outro, em<br />

sentido circunferencial. O bordo do pneu<br />

assemelha-se a dentes de serra.<br />

TIPO DE DANO | DESGASTE<br />

RÁPIDO REGULAR<br />

O pneu apresenta um desgaste regular da<br />

banda de rolamento ou rodagem, mas o<br />

rendimento quilométrico do pneu é considerado<br />

baixo.<br />

CAUSAS:<br />

l Tipo de utilização inadequada<br />

ao tipo do pneu;<br />

l Estilo de condução;<br />

l Tipo de veículos;<br />

l Desalinhamento;<br />

l Tipo e condições de pavimento.<br />

CONSELHOS<br />

l Selecionar o pneu adequado<br />

para o tipo de utilização;<br />

l Efetuar a rotação <strong>dos</strong> pneus;<br />

l Verificar e corrigir o alinhamento.<br />

CAUSAS:<br />

l Baixa pressão de insuflação;<br />

l Pressão inadequada à carga<br />

do veículo (sobrecarga);<br />

l Jante inadequada (larga).<br />

CAUSAS:<br />

l Cotas de alinhamento;<br />

l Paralelismo <strong>dos</strong> eixos;<br />

l Tipo de condução.<br />

CONSELHOS<br />

l Adaptar a pressão de insuflação<br />

às condições de utilização;<br />

l Efetuar a rotação <strong>dos</strong> pneus;<br />

l Usar jantes corretas.<br />

16 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017


TIPO DE DANO | RUTURA DA CARCAÇA<br />

POR FADIGA<br />

O pneu apresenta, exteriormente, sinais de<br />

fadiga, gretas, desgaste excessivo na parede<br />

lateral ou rutura visível de forma circunferencial<br />

na carcaça.<br />

TIPO DE DANO | BORRACHA GRETADA<br />

O pneu apresenta gretas visíveis na superfície.<br />

CAUSAS:<br />

l Baixa pressão de insuflação;<br />

l Pressão de insuflação inadequada<br />

para a utilização.<br />

CONSELHOS<br />

l Substituir o pneu;<br />

l Adequar a pressão de insuflação<br />

à utilização do pneu;<br />

l Verificar a pressão de insuflação,<br />

no mínimo, uma vez por mês.<br />

TIPO DE DANO | ARRANCAMENTOS NA<br />

BANDA DE RODAGEM OU ROLAMENTO<br />

Arrancamento de borracha na banda de<br />

rolamento ou rodagem.<br />

CAUSAS:<br />

l Impacto ou flexão excessiva.<br />

CONSELHOS:<br />

l Substituir o pneu danificado;<br />

l Evitar impactos;<br />

l Verificar uma vez por mês<br />

o estado <strong>dos</strong> pneus.<br />

TIPO DE DANO | DANOS<br />

LOCALIZADOS – CORTES<br />

O pneu apresenta cortes localiza<strong>dos</strong>.<br />

CAUSAS:<br />

l Roçar e embater em obstáculos;<br />

l Objeto cortante.<br />

CAUSAS:<br />

l Armazenagem inadequada:<br />

pneus expostos à luz solar<br />

(ozono), a geradores ou a baterias;<br />

l Clima com elevadas<br />

concentrações de ozono;<br />

l Borracha envelhecida;<br />

l Aplicação de agentes contaminantes.<br />

CONSELHOS:<br />

l Consultar um especialista<br />

para verificar os pneus;<br />

l Armazenar os pneus adequadamente<br />

sem os expor a agentes atmosféricos.<br />

TIPO DE DANO | TALÃO DANIFICADO<br />

O pneu apresenta uma rutura total ou parcial<br />

no talão.<br />

CAUSAS:<br />

l Condução em zona de obras,<br />

caminhos e lugares com mau<br />

pavimento (fora de estrada).<br />

CONSELHOS:<br />

l Utilizar o pneu adequado às<br />

condições de utilização.<br />

TIPO DE DANO | RUTURA LOCALIZADA<br />

DA CARCAÇA POR IMPACTO<br />

A rutura da carcaça é provocada pela deformação<br />

excessiva por impacto. Podem<br />

aparecer sinais visíveis de imediato no pneu.<br />

CONSELHOS:<br />

l Examinar o pneu para determinar<br />

a extensão <strong>dos</strong> danos;<br />

l Seguir as normas de reparação;<br />

l Verificar uma vez por mês<br />

o estado <strong>dos</strong> pneus.<br />

CAUSAS:<br />

l Dano por montagem incorreta;<br />

l Dano devido à jante.<br />

CONSELHOS:<br />

l Substituir o pneu;<br />

l Assegurar a correta montagem<br />

e assentamento pneu/jante.<br />

Os danos mais usuais nos pneus, acima descritos,<br />

não traduzem defeitos de fabrico. Para<br />

tal, os pneus apresenta<strong>dos</strong> com algum tipo<br />

de danos como estes, ficam excluí<strong>dos</strong> de<br />

qualquer reclamação de garantia. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 17


Reportagem<br />

Veja o vídeo em www.revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />

Matéria pesada<br />

A Hunter escolheu as instalações da Cometil para dar formação sobre veículos<br />

pesa<strong>dos</strong> à sua rede de distribuidores. Durante quatro dias, 52 profissionais,<br />

de 20 países, tiveram “aulas” junto do chassis de quatro eixos da empresa<br />

de S. Domingos de Rana<br />

A<br />

Hunter não facilita em matéria de<br />

formação. De forma regular, a sua<br />

rede de distribuidores atualiza os<br />

conhecimentos na sua área de<br />

especialização em ações, que, por norma,<br />

ocorrem nos EUA, país natal da marca.<br />

A grande novidade, desde ano, foi que o<br />

palco eleito para esta formação não foi a<br />

terra do Tio Sam, mas, antes, S. Domingos<br />

de Rana, onde se erguem as instalações<br />

Por: Jorge Flores<br />

da Cometil. Por outras palavras, os responsáveis<br />

da marca norte-americana ficaram<br />

rendi<strong>dos</strong> às condições da empresa especialista<br />

em equipamentos para o setor <strong>dos</strong><br />

pneus e optaram por ministrar a sua formação<br />

em veículos pesa<strong>dos</strong> em Portugal.<br />

Pela primeira vez na sua história, ao longo<br />

de quatro dias, passaram por este espaço<br />

mais de 52 responsáveis de empresas de<br />

distribuição da Hunter, mais cinco da própria<br />

marca, oriun<strong>dos</strong> de 52 países.<br />

A formação, a que a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> teve<br />

oportunidade de assistir, pode ser considerada<br />

da “pesada”. Numa infraestrutura ampla<br />

como a da Cometil, com qualidade superior<br />

e com condições únicas para a ação, houve<br />

um grande protagonista, que muito contribuiu<br />

para a escolha deste palco de formação.<br />

Trata-se do chassis de quatro eixos (ver caixa,<br />

nestas páginas) que a Cometil disponibiliza<br />

18 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017


Formação Hunter<br />

Chassis de quatro eixos<br />

O LADO PRÁTICO<br />

A Cometil tem uma longa experiência em formação para pesa<strong>dos</strong>. E<br />

entre os vários equipamentos que disponibiliza para as suas ações,<br />

encontra-se, precisamente, o chassis de camião de quatro eixos<br />

(sendo dois deles direcionais), que serve de instrumento base para<br />

a realização <strong>dos</strong> cursos de formação sobre a geometria de rodas em<br />

veículos pesa<strong>dos</strong>. Um equipamento que garante aos forman<strong>dos</strong> a<br />

componente prática fundamental desta atividade. A empresa dispõe<br />

ainda de um chassis de veículos ligeiros para o mesmo fim didático<br />

<strong>dos</strong> seus profissionais e parceiros.<br />

outros distribuidores, se estávamos interessa<strong>dos</strong><br />

em participar. Dissemos que sim. É<br />

sempre bom estarmos atualiza<strong>dos</strong>”, adiantou<br />

o responsável. Aquilo com que Pedro<br />

de Jesus não contava, aconteceu depois.<br />

Os profissionais da Cometil já fazem esta<br />

formação há vários anos, recorrendo, precisamente,<br />

ao chassis de quatro eixos. Ora,<br />

à laia de piada, o responsável da Cometil<br />

desafiou a Hunter a visitar a sua empresa<br />

e a fazer a formação em sua casa. Não faltavam<br />

nem espaço, nem vontade. Nem<br />

o anfitrião desta formação, que costuma ser<br />

nos EUA”, gracejou o responsável da Cometil.<br />

w HUNTER SATISFEITA<br />

Durante o dia de formação a que a nossa<br />

revista assistiu, o feedback <strong>dos</strong> distribuidores<br />

da Hunter dificilmente poderia ter sido<br />

melhor. “Eles colocaram perguntas muito<br />

boas e penso que estão muito bem impressiona<strong>dos</strong><br />

com os novos sistemas. Têm<br />

sido dois dias muito bons aqui”, disse Don<br />

Glaser, gestor de produto da Hunter e um<br />

para demonstração e que foi alvo de todas<br />

as atenções <strong>dos</strong> muitos profissionais/forman<strong>dos</strong><br />

que estiveram presentes.<br />

w OCASIÃO ESPECIAL<br />

A forma como tudo se precipitou foi, no<br />

mínimo, curiosa, como contou Pedro de<br />

Jesus, administrador da Cometil. “Foi uma<br />

consulta que a Hunter começou por fazer<br />

aos distribuidores da Europa (não só, mas<br />

especialmente), sobre a necessidade de<br />

fazer uma formação em veículos pesa<strong>dos</strong><br />

ao nível do alinhamento de direções”, disse.<br />

“Perguntaram-nos, como perguntaram aos<br />

tão-pouco o “famoso” chassis de quatro<br />

eixos, que não se encontra em qualquer<br />

lugar. Para sua surpresa, a resposta foi perentoriamente<br />

positiva. “Eles aceitaram de<br />

imediato, porque mais nenhum distribuidor<br />

na Europa tem um chassis deste género de<br />

quatro eixos, sendo dois deles direcionais”,<br />

recordou Pedro de Jesus.<br />

A piada depressa se transformou num assunto<br />

sério. E a Hunter mandou um formador<br />

diretamente <strong>dos</strong> EUA. “Curioso Portugal ser<br />

<strong>dos</strong> formadores da ação. O responsável, defendeu<br />

ainda que Portugal foi uma escolha<br />

muito acertada. “O pessoal da Cometil tem<br />

uma excelente infraestrutura e dispõem até<br />

de um chassis de pesado para fazermos a<br />

demonstração. É, definitivamente, um dia<br />

importante para a Hunter. Esta foi uma boa<br />

altura para virmos à Europa mostrar aos<br />

nossos parceiros de distribuição como o<br />

equipamento funciona”, afirmou ainda o<br />

formador da empresa norte-americana.u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 19


Serviço<br />

Alidata EDIWheel<br />

Minimizar o trabalho e o erro<br />

A Alidata desenvolveu uma interface com EDIWheel – PRICAT que surgiu face à<br />

necessidade de minimizar o trabalho e o erro em tarefas administrativas recorrentes<br />

de atualização de informação importante do setor <strong>dos</strong> pneus<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

O<br />

desenvolvimento da interface<br />

com EDIWheel – PRICAT surgiu<br />

face à necessidade de minimizar<br />

o trabalho e o erro em tarefas administrativas<br />

recorrentes de atualização de<br />

informação importante do setor <strong>dos</strong> pneus,<br />

no qual a Alidata tem conquistado inúmeros<br />

clientes, dada a aposta na especialização e<br />

desenvolvimento de necessidades específicas<br />

do mundo <strong>dos</strong> pneus. Este software inclui um<br />

“price catalog”, ficheiro csv num formato EDI<br />

específico <strong>dos</strong> pneus, criado pelos principais<br />

fabricantes/marcas. A saber: Bridgestone;<br />

Continental; Cooper-Avon; Falken; Giti Tire;<br />

Goodyear-Dunlop; Hankook; Kumho; Marangoni;<br />

Maxxis; Michelin; Nokian; Pirelli; Toyo;<br />

Vredestein; Yokohama.<br />

w COMPÊNDIO DE INFORMAÇÃO<br />

A EDI (Electronic Data Interchange - troca<br />

eletrónica de da<strong>dos</strong>) consiste numa transmissão<br />

automática de da<strong>dos</strong>, conforme acordo<br />

entre parceiros comerciais. As mensagens<br />

eletrónicas são enviadas e processadas, automaticamente,<br />

pelas empresas envolvidas. No<br />

fundo, o processo de EDI reside na adoção de<br />

mensagens estruturadas que foram geradas<br />

e padronizadas com base nas necessidades<br />

de comunicação comercial, financeira e logística<br />

entre parceiros de negócio.<br />

O setor <strong>dos</strong> pneus tem cada vez mais legislação<br />

associada e há diversas informações que<br />

são mesmo obrigatórias em determina<strong>dos</strong><br />

documentos, como medidas e índices de<br />

velocidade, de ruído, de eficiência energética<br />

e de aderência, só para citarmos alguns<br />

exemplos. Na ficha de produto que consta no<br />

software Alidata, foi criado um separador específico<br />

para o tipo de produto - pneus, onde<br />

é possível aceder, à distância de um clique, a<br />

todas as informações e características de cada<br />

pneu. Através da interface com EDIWheel,<br />

to<strong>dos</strong> estes da<strong>dos</strong> são atualiza<strong>dos</strong> de forma<br />

automática. O software Alidata possibilita<br />

importar toda esta informação do PRICAT<br />

para as próprias fichas de produto ou para<br />

o preçário.<br />

As marcas enviam, mensalmente, para os distribuidores,<br />

oficinas ou outras um ficheiro<br />

com as características e preços de cada referência<br />

de pneu do fabricante. O projeto<br />

de desenvolvimento desta interface tem já<br />

a sua primeira fase concluída, permitindo a<br />

integração do PRICAT abrir a ficha de produto<br />

(caso ela não exista), atualizar preços<br />

de compra (e, consequentemente, de venda)<br />

<strong>dos</strong> pneus pela sua referência e atualizar, de<br />

forma automática, características técnicas<br />

de cada pneu/referência. Para uma segunda<br />

fase, já prevista no roadmap da Alidata, fica<br />

o desenvolvimento de mais ligações na interface,<br />

como a consulta de stock, o envio da<br />

encomenda e a receção da fatura. u<br />

20 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017


C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K


Serviço<br />

VRC da TIPS 4Y<br />

Funcionalidade superior<br />

A solução de Orçamentação e Da<strong>dos</strong> Técnicos da TIPS 4Y está, agora, preparada<br />

para receber da<strong>dos</strong> de pneus. Esta nova funcionalidade permite selecionar,<br />

orçamentar e encomendar os componentes de borracha redon<strong>dos</strong> e pretos<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Antes de mais, refira-se que, hoje, já<br />

é possível elaborar um orçamento<br />

de manutenção ou reparação do<br />

veículo em apenas quatro cliques.<br />

Como? Graças à plataforma VRC (Vehicle Running<br />

Costs) da TIPS 4Y. Esta solução permite<br />

identificar a viatura através da matrícula ou<br />

VIN e inclui o cálculo inteligente da “Próxima<br />

Revisão”, de acordo com a idade da viatura ou<br />

distância percorrida. O orçamento é feito integralmente<br />

com preços, referências de peças<br />

e serviços OE. A integração com o catálogo<br />

TecDoc permite converter as referências OE<br />

do orçamento em referências de marcas de<br />

qualidade equivalente. O VRC inclui ainda<br />

manuais de reparação e da<strong>dos</strong> técnicos da<br />

viatura. Dispõe de licenças anuais e as suas<br />

atualizações são automáticas.<br />

w MÓDULO DE PNEUS<br />

Destinado, inicialmente, ao setor da reparação,<br />

o VRC ampliou o seu âmbito para<br />

distribuidores, retalhistas e lojas de pneus,<br />

uma vez que passou a incluir um módulo<br />

específico para estes componentes de borracha<br />

redon<strong>dos</strong> e pretos na solução de Orçamentação<br />

e Da<strong>dos</strong> Técnicos. Assim, já é<br />

possível orçamentar e encomendar pneus<br />

no VRC. Esta nova funcionalidade junta-se<br />

às restantes características base do produto:<br />

identificação da viatura por matrícula ou VIN;<br />

cálculo inteligente da “Próxima Revisão” de<br />

acordo com a idade da viatura ou distância<br />

percorrida; orçamentação com preços OE;<br />

pesquisa de da<strong>dos</strong> técnicos (plano de manutenção<br />

e manuais de reparação, entre outros).<br />

A TIPS 4Y é um player ativo da terceira plataforma<br />

tecnológica e um acelerador da<br />

mudança e da inovação nas empresas que<br />

operam para o pós-venda automóvel. Existe<br />

para potenciar o negócio <strong>dos</strong> clientes, desenvolvendo<br />

e disponibilizando sistemas de<br />

informação que permitem criar uma proposição<br />

de valor nas empresas, através de três vetores<br />

essenciais: aumentar a receita, diminuir<br />

o custo e melhorar a eficiência <strong>dos</strong> serviços. A<br />

TIPS 4Y está empenhada em desenvolver um<br />

elevado nível de especialização que permita<br />

corresponder e antecipar as necessidades de<br />

informação do pós-venda automóvel, sendo<br />

uma referência no mercado onde atua pela<br />

qualidade <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong>, produtos e serviços que<br />

disponibiliza. Uma em cada cinco entidades<br />

do pós-venda automóvel utilizará um sistema<br />

de informação comercializado pela TIPS 4Y. u<br />

22 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017


evista <strong>dos</strong> pneus MAR17.pdf 1 31/03/2017 10:10:55<br />

O piso do pneu AS2+ foi pensado para oferecer uma melhor<br />

performance em termos de drenagem.<br />

Foi concebido para proporcionar uma condução segura em to<strong>dos</strong> os tipos de condições climatéricas,<br />

oferecendo ao mesmo tempo uma elevada durabilidade.<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K


Evento<br />

Projetar<br />

o futuro<br />

Faltam poucos dias para a realização da 1.ª Conferência Internacional de<br />

<strong>Pneus</strong>, um evento organizado pela <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> que vai promover um<br />

amplo debate sobre o presente e o futuro do setor, tendo como principais<br />

protagonistas oradores especialistas em diversas áreas, que irão mostrar os seus<br />

pontos de vista sobre cada um <strong>dos</strong> temas em análise<br />

Por: João Vieira<br />

O<br />

lema da conferência, “Futuro<br />

em Movimento”, evidencia o<br />

propósito do evento, que pretende<br />

mostrar as tendências do<br />

comércio de pneus nas diversas vertentes<br />

do negócio: distribuição, retalho e oficinas.<br />

O objetivo desta conferência é criar um<br />

espaço comum onde os oradores e participantes<br />

possam discutir os seus interesses<br />

mútuos, conhecer as tendências e partilhar<br />

as experiências pessoais com outros profissionais<br />

presentes.<br />

Para os participantes, esta é uma oportunidade<br />

única para aprofundar os conhecimentos<br />

sobre o presente e o futuro do comércio<br />

de pneus na Europa e no mundo, bem como<br />

as ferramentas que podem ser utilizadas<br />

para garantir o futuro das organizações.<br />

Os oradores da conferência irão disponibilizar<br />

informação de qualidade, que permitirá<br />

aos participantes conhecer os desafios de<br />

negócio que se colocam às suas empresas.<br />

Os temas das apresentações cobrirão as áreas<br />

que mais preocupam os operadores do setor.<br />

A 1.ª Conferência Internacional de <strong>Pneus</strong> vai<br />

ser o maior evento deste ano dedicado ao<br />

setor <strong>dos</strong> pneus. Terá a duração de um dia<br />

e contará com a presença de 10 oradores.<br />

Nunca o negócio do comércio de pneus<br />

foi tão exigente a nível do conhecimento<br />

técnico, de gestão e de criatividade. Num<br />

mercado cada vez mais competitivo, as empresas<br />

têm de fazer mais com menos e saber<br />

responder às novas necessidades <strong>dos</strong> clientes.<br />

É, pois, com este cenário, que a <strong>Revista</strong><br />

<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> realiza, no dia 25 de novembro,<br />

no Auditório da FIL, no Parque das Nações, a<br />

1.ª Conferência Internacional de <strong>Pneus</strong>, onde<br />

vão ser discuti<strong>dos</strong> os principais desafios que<br />

se colocam às organizações, nomeadamente<br />

no que diz respeito à criação de uma cadeia<br />

de valor acrescentado mais eficiente. u<br />

24 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017


Conferência Internacional de <strong>Pneus</strong> 2017<br />

Inscrição na Conferência Internacional de <strong>Pneus</strong><br />

A participação nesta conferência é aberta a<br />

to<strong>dos</strong> os profissionais do setor <strong>dos</strong> pneus,<br />

interessa<strong>dos</strong> em saber mais sobre o futuro<br />

deste mercado. A inscrição fica sujeita ao<br />

pagamento de uma taxa no valor de €100<br />

+ IVA.<br />

As empresas que optarem por inscrever um<br />

número igual ou superior a cinco pessoas,<br />

terão um desconto de 20% em todas as<br />

inscrições. A inscrição de cada colaborador<br />

passa, assim, a ter um custo unitário<br />

de €80 + IVA.<br />

O registo da inscrição deverá ser feito através<br />

do formulário online que consta no site<br />

da conferência, em www.cip2017.com. A<br />

inscrição só será considerada válida após<br />

confirmação por parte da AP Comunicação.<br />

O número de inscrições está limitado<br />

à lotação do Auditório da FIL, no Parque<br />

das Nações, em Lisboa.<br />

O pagamento deve ser realizado com a inscrição<br />

na conferência e representa um <strong>dos</strong><br />

requisitos para a validação das mesmas. O<br />

pagamento poderá ser efetuado por cartão<br />

de crédito ou transferência bancária.<br />

Para mais informações, pode contactar diretamente<br />

a organização, através do telefone<br />

219 288 052.<br />

Programa<br />

Conferência Internacional de <strong>Pneus</strong> 2017<br />

“Futuro em Movimento”<br />

Auditório da FIL, Parque das Nações, 25 de novembro<br />

MANHÃ<br />

08h30 | 09h00 Acreditação<br />

09h00 | 11h00 Showroom e networking<br />

11h00 | 11h15 Discurso de boasvindas<br />

por João Vieira, diretor da<br />

<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong><br />

11h15 | 11h30<br />

1.º Painel | A contribuição do<br />

pneu para o desenvolvimento<br />

económico do país, por José Vital<br />

Morgado, assessor do conselho de<br />

administração da AICEP<br />

11h30 | 12h00<br />

2.º Painel | Análise do comércio de<br />

pneus em Portugal, por Pedro Teixeira,<br />

diretor-geral da Continental <strong>Pneus</strong><br />

Portugal<br />

12h00 | 12h30<br />

3.º Painel | Análise do mercado<br />

internacional de pneus, por Jorge<br />

Reis, Division manager na GfK<br />

PortugalDivision manager na GfK<br />

12h30 | 13h00<br />

4.º Painel | Tendências do mercado<br />

Internacional de <strong>Pneus</strong>, por Emil Nakov,<br />

business development manager da Nokian<br />

Tyres<br />

13h00 | 15h00 – Almoço e networking<br />

TARDE<br />

15h00 | 15h15<br />

Apresentação do Patrocinador Diamante<br />

15h15 | 15h45<br />

5.º Painel | Marketing digital para<br />

distribuidores e retalhistas de pneus, por<br />

José Ribeiro, CEO da Trigger<br />

15h45 | 16h30<br />

6.º Painel | <strong>Pneus</strong> de pesa<strong>dos</strong> -<br />

economia sobre rodas, por Joaquim Vítor<br />

Soares, responsável Michelin Solutions<br />

España e Portugal; Carlos Oliveira,<br />

CVT marketing e sales manager da<br />

Continental <strong>Pneus</strong>; Jorge Costa, diretor<br />

de manutenção da LASO Transportes;<br />

Jorge Lemos, CEO da Transportes Lemos<br />

16h30 | 18h00<br />

7.º Painel | Transformar empresas<br />

desmotivadas em histórias de sucesso,<br />

por José Luis Tejon<br />

18h00 | Encerramento da conferência<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 25


Evento<br />

Conferência Internacional de <strong>Pneus</strong> 2017<br />

José Vital Morgado<br />

Oradores da 1.ª Conferência<br />

Internacional de <strong>Pneus</strong><br />

A Conferência conta com um leque de oradores<br />

especialistas em diversas áreas, que irão debater, em<br />

conjunto, os grandes temas comuns da atualidade, nas<br />

diversas vertentes do negócio: distribuição, retalho e<br />

oficinas de pneus<br />

Jorge Reis<br />

Orador 3.º Painel<br />

“Análise do mercado<br />

internacional de pneus”<br />

Division manager na GfK Portugal na divisão<br />

do painel retalhista, acumula, também, a<br />

responsabilidade, entre outros, do painel<br />

de automotive. Licenciado em Marketing<br />

pela Escola Superior de Comunicação Social<br />

de Lisboa e com uma Pós-Graduação em<br />

Empreendedorismo & Criação de Empresas<br />

pelo ISCTE, conta com mais de 18 anos de<br />

experiência profissional na GfK Portugal.<br />

Orador 1.º Painel<br />

“A contribuição do pneus para<br />

o desenvolvimento económico<br />

do país”<br />

Assessor do conselho de administração da<br />

AICEP desde abril de 2017, é responsável<br />

pela Direção de Promoção e Gestão de<br />

Eventos, Informação Nacional, Informação<br />

Internacional, Programa INOV Contacto,<br />

Programa INOV Export e visitas de Estado.<br />

Foi vogal executivo do conselho de administração<br />

da ICEP Portugal e Delegado em<br />

Madrid e em Nova Iorque. É licenciado em<br />

Engenharia Civil pelo Instituto Superior<br />

Técnico (IST).<br />

Pedro Teixeira<br />

Orador 2.º Painel<br />

“Análise do comércio<br />

de pneus em Portugal”<br />

Diretor-geral da Continental <strong>Pneus</strong> Portugal,<br />

é licenciado em Gestão de Empresas<br />

pela Faculdade de Economia do Porto (FEP).<br />

Iniciou o seu percurso profissional na Efacec.Em<br />

2001, integrou o departamento de<br />

Crédito e Controlling da Continental <strong>Pneus</strong><br />

Portugal (CPP). Em 2005, foi nomeado diretor<br />

comercial de <strong>Pneus</strong> Pesa<strong>dos</strong> e Industriais.<br />

Em 2012, integrou a rede de retalho da empresa<br />

em Espanha, a ContiTrade, na qualidade<br />

de director-geral.Em julho de 2015,<br />

foi nomeado diretor-geral da CPP.<br />

Emil Nakov<br />

Orador 4.º Painel<br />

“Tendências do mercado<br />

internacional de pneus”<br />

Business development manager da Nokian<br />

Tyres, Emil Nakov tem um vasto conhecimento<br />

do comércio internacional de pneus,<br />

sendo o responsável de vendas da marca<br />

para os principais merca<strong>dos</strong> mundiais. A<br />

Nokian Tyres é uma empresa finlandesa<br />

que produz pneus para ligeiros, 4x4, máquinas<br />

agrícolas e industriais. Emprega 4.400<br />

trabalhadores e alcançou, no exercício de<br />

2016, vendas no valor de 1,4 mil milhões de<br />

euros, sendo cotada na bolsa de Helsínquia.<br />

26 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017


José Ribeiro<br />

Orador 5.º Painel<br />

“Marketing digital para<br />

Distribuidores e Retalhistas de<br />

<strong>Pneus</strong>”<br />

Licenciado em Ciências da Comunicação e<br />

pós-graduado em Gestão da Diversidade e<br />

Comunidades de Prática, José Ribeiro trabalhou<br />

como jornalista, coordenador de projetos<br />

sociais e na área da educação de adultos<br />

antes de frequentar, em 2013, a 1.ª edição<br />

da Academia de Marketing Digital da Flag,<br />

em Lisboa. Fundou e é CEO da Trigger, uma<br />

agência de Marketing Digital 360º sediada<br />

no Parque Tecnológico de Óbi<strong>dos</strong>.<br />

Carlos Oliveira<br />

Orador 6.º Painel<br />

“<strong>Pneus</strong> de pesa<strong>dos</strong><br />

– economia sobre rodas”<br />

Licenciado em Gestão pela FEP, conta com<br />

uma experiência consolidada em consultoria<br />

de gestão e uma vasta experiência na gestão<br />

de empresas ligadas ao retalho automóvel. É,<br />

desde 2013, CVT marketing e sales manager<br />

na Continental <strong>Pneus</strong>. Com o Conti360º Fleet<br />

Services, a Continental oferece um serviço<br />

completo para os frotistas, que passa pela<br />

correta seleção de pneus, monitorização<br />

contínua, inspeções regulares à frota, assistência<br />

em caso de avaria e gestão total<br />

das carcaças.<br />

Jorge Lemos<br />

Orador 6.º Painel<br />

“<strong>Pneus</strong> de pesa<strong>dos</strong><br />

– economia sobre rodas”<br />

CEO da empresa Transportes Lemos, conta<br />

com uma experiência profissional na área <strong>dos</strong><br />

transportes com mais de 30 anos. Faz parte<br />

<strong>dos</strong> órgãos de direção da ANTRAM da região<br />

centro há vários anos. Já participou em vários<br />

seminários e palestras sobre a atividade <strong>dos</strong><br />

transportes. A componente ambiental é uma<br />

das suas preocupações. E para demonstrar o<br />

seu empenho na defesa do meio ambiente, a<br />

empresa planta uma árvore por cada serviço<br />

de transporte efetuado (vem daí a folha que<br />

se vê desenhada nos camiões da empresa).<br />

Joaquim Vítor Soares<br />

Orador 6.º Painel<br />

“<strong>Pneus</strong> de pesa<strong>dos</strong><br />

– economia sobre rodas”<br />

Formado em Marketing pelo Institut Supérieur<br />

du Marketing de Paris, é, atualmente,<br />

responsável da Michelin Solutions España<br />

e Portugal, empresa do Grupo Michelin especializada<br />

na gestão de pneus de frotas<br />

de pesa<strong>dos</strong>, que dirige as frotas de veículos<br />

pesa<strong>dos</strong>, autocarros e engenharia civil.<br />

Concebe e comercializa soluções inovadoras<br />

de eficiência, produtividade e mobilidade,<br />

como, por exemplo, a gestão externa de<br />

oficinas de pneus, a assistência de avarias,<br />

o aumento da produtividade <strong>dos</strong> veículos,<br />

o aconselhamento na gestão ou a redução<br />

do consumo de combustível.<br />

Jorge Filipe Bernardo Costa<br />

Orador 6.º Painel<br />

“<strong>Pneus</strong> de pesa<strong>dos</strong> – economia<br />

sobre rodas”<br />

Licenciado em Engenharia Mecânica no<br />

Ramo de Termodinâmica Aplicada no Instituto<br />

Superior Técnico, é, atualmente, diretor<br />

de manutenção da LASO Transportes, sendo<br />

responsável pela coordenação e gestão das<br />

equipas e processos de manutenção da frota<br />

de viaturas e equipamentos. A LASO opera<br />

no segmento do Transporte Excecional,<br />

com uma frota de mais de 1.000 veículos.<br />

A empresa está no top 3 do segmento a nível<br />

ibérico e no top 10 a nível europeu.<br />

José Luis Tejon<br />

Orador 7.º Painel<br />

“Transformar empresas<br />

desmotivadas em histórias<br />

de sucesso”<br />

Mestre em Educação, Arte e Cultura. Tem pós-<br />

-graduações em Marketing (Pace University<br />

e Harvard Business School), New Media (MIT)<br />

e Liderança (INSEAD). José Luiz Tejon é um<br />

exemplo de superação. Ficou órfão aos quatro<br />

anos de idade. Um acidente doméstico queimou-lhe<br />

o rosto, deixando-o com sequelas.<br />

Andou 14 anos por diversos hospitais e travou<br />

uma batalha com a vida para tornar-se num<br />

profissional de sucesso. É autor de 33 livros.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 27


Máquinadotempo<br />

Veja o vídeo em www.revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />

“Cheguei a vender quatro<br />

pneus a um padre que não<br />

tinha automóvel”<br />

Com 84 anos, Manuel Vivas<br />

está ativo no negócio <strong>dos</strong><br />

pneus há sete décadas. Viu o<br />

setor crescer e modificar-se,<br />

mas mantém intactos os<br />

seus valores tradicionais e<br />

a ousadia profissional. No<br />

ano passado, ajudou a criar<br />

a VTS, representante da<br />

Nokian Tyres em Portugal<br />

Por: Jorge Flores<br />

o mundo <strong>dos</strong> negócios,<br />

não faltará quem reclame,<br />

para si, o estatuto<br />

de melhor vendedor da<br />

sua área. No mercado <strong>dos</strong><br />

pneus, não será muito diferente. Mas não haverá,<br />

seguramente, registo de alguém que<br />

tenha conseguido a proeza de Manuel Vivas,<br />

há muitos, muitos anos: vender um jogo de<br />

quatro pneus a um padre... que não tinha,<br />

tão-pouco, automóvel onde os pudesse colocar.<br />

Arte pura. Com 84 anos de vida e sete<br />

décadas de experiência dedica<strong>dos</strong> à indústria<br />

<strong>dos</strong> pneus, o protagonista da Máquina<br />

do Tempo desta edição pode contar esta e<br />

muitas outras histórias, pela simples razão<br />

de que as viveu na primeira pessoa.<br />

A idade é um pormenor na vida de Manuel Vivas,<br />

autêntica bíblia humana de um mercado<br />

que (quase) viu nascer em Portugal. Mantém<br />

intactos o brilho e a memória, contando, ao<br />

pormenor, os detalhes da sua longa e bem-<br />

-sucedida carreira. Como prova da sua juventude<br />

e ousadia empresarial, basta recordar<br />

que ainda no ano passado aceitou o repto<br />

para investir e fazer parte de uma sociedade<br />

(onde é maioritário) na VTS, representante<br />

da Nokian Tyres, situada em S. Mamede de<br />

Infesta. A marca finlandesa precisava de uma<br />

casa que não dividisse as atenções com nenhuma<br />

outra e que a dinamizasse no nosso<br />

país. Manuel Vivas, com é seu timbre, encarou<br />

o desafio com frontalidade. Não era a primeira<br />

casa que fundava ou ajudara a fundar. Em 70<br />

anos de atividade no ramo, a primeira empresa,<br />

Vivas & Irmão, foi já há meio século.<br />

Contudo, não foi aí que iniciou a sua carreira.<br />

Será preciso recuar ainda mais e encontrar<br />

um jovem que nasceu numa pequena aldeia<br />

28 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017


Manuel Vivas<br />

nortenha, onde a lavoura era a atividade local<br />

e onde depressa aprendeu a admirar o<br />

respeito que a população dedicava ao seu<br />

pai, Francisquinho Azevedo, apelidando-o<br />

de “mestre”.<br />

w PNEUS AOS OMBROS<br />

Na tarde em que recebeu a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong><br />

<strong>Pneus</strong>, Manuel Vivas não deixou de sugerir<br />

enquadramentos para a sessão fotográfica.<br />

E quando questionado sobre se ainda se recordava<br />

de como tudo começou, percorreu<br />

a sala com o olhar, procurando o melhor fio<br />

à meada. “Lembro-me muito bem e tenho<br />

muitas histórias”, disparou. Caberia ao jornalista<br />

em questão a árdua tarefa de não<br />

estragar a riqueza de histórias com a sua<br />

escrita e a inevitável limitação de espaço.<br />

Por onde começar?<br />

Talvez pelos seis anos que esteve na legião<br />

portuguesa, “Cheguei a chefe de cantina.<br />

Primeiro, lavei panelas e tachos do meu<br />

tamanho. Depois, fui subindo”, revela.<br />

Ou pelo período em que trabalhou como<br />

empregado de armazém da Michelin, tinha<br />

então 16 anos. “Um dia, pediram quatro<br />

pneus. Sabe como eles chegavam? Nas costas<br />

do empregado. Dois em cada mão e outros<br />

dois aos ombros. E lá ia eu, pela cidade fora,<br />

levar os pneus a uma firma chamada Joaquim<br />

Marques Nogueira, uma empresa que comprava<br />

pneus Michelin”, recordou Manuel Vivas.<br />

A Michelin ainda não estava diretamente<br />

em Portugal. Tinha um importador, uma empresa<br />

chamada CID (Comercial, Importação<br />

e Distribuição) que fazia chegar a marca ao<br />

nosso país. “A gerência era do senhor Nuno<br />

Ferreira, que, para to<strong>dos</strong> os efeitos, era o<br />

responsável da Michelin no Porto e em Lisboa”,<br />

recorda Manuel Vivas, cujo ordenado,<br />

à época ascendia a 800 escu<strong>dos</strong>.<br />

A dedicação que emprestava ao trabalho<br />

dava nas vistas aos seus superiores. E come-<br />

çou a ser “assediado”. Depois de seis anos na<br />

CID, apareceu no horizonte luso a Goodyear<br />

Portugal. “Já cá existia e era importada por<br />

uma firma que havia na Rua Sá da Bandeira,<br />

a Arco Portuguesa”, cujos pneus eram fabrica<strong>dos</strong>,<br />

em grande escala, na Mabor.<br />

“Ofereceram-me 1.000 escu<strong>dos</strong> e acertámos<br />

as agulhas”, conta. “Mandaram-me logo a<br />

Lisboa buscar uma carrinha nova, uma VW<br />

HE-37-91”, regista, com rigor cirúrgico.<br />

Ainda teve uma contraproposta da anterior<br />

empresa, mas a sua decisão estava tomada.<br />

Não voltaria atrás, nem com a promessa de<br />

que a Michelin viria de armas e bagagens<br />

para Portugal e de que havia um lugar reservado<br />

para si na estrutura. E durante 10<br />

anos, Manuel Vivas deu provas do seu profissionalismo<br />

na Arco Portuguesa, empresa<br />

que contava com mais de 80 trabalhadores<br />

e que importava não apenas os pneus da<br />

Goodyear, como, também, eletrodomésticos.<br />

“Havia avarias de máquinas e veículos e eu<br />

dava um jeito. Comecei a saber daquilo. Em<br />

pouco tempo, já era o técnico. Não tinha<br />

horário e deram-me uma carrinha. No final,<br />

quando faliu ainda fiquei dois anos a fazer<br />

assistência às máquinas. Pagavam-me aquilo<br />

que eu dissesse”, recorda.<br />

w ESPÍRITO INDOMÁVEL<br />

Além da casa de pneus que criou há 60 anos<br />

(e que ainda hoje existe), pelo meio da sua<br />

carreira, Manuel Vivas foi colecionando ofícios<br />

e competências. Como a de condutor<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 29


Máquina do Tempo<br />

Manuel Vivas<br />

de pesa<strong>dos</strong>. “Conduzi o primeiro camião da<br />

Mercedes-Benz em Portugal”, adianta. “Foi<br />

com o Gil Andrade e Silva, que era irmão<br />

do bispo do Porto. Nessa altura, já estava<br />

nos pneus”. Mas nem tudo correu da melhor<br />

maneira. Certo dia, numa das muitas<br />

viagens que fazia, apareceu no porta-luvas<br />

um maço cheio de notas do empreiteiro.<br />

Manuel Vivas cumpriu escrupulosamente a<br />

missão e devolveu o camião intacto e com<br />

o dinheiro imaculado. E logo tratou de dizer<br />

ao responsável que estava de saída. “Não<br />

queria. Disse que eu era maluco por ir embora.<br />

Porque era um grande profissional,<br />

<strong>dos</strong> poucos que não danificava os veículos<br />

e que me dava os melhores serviços. Mas eu<br />

respondi-lhe que não! Disse-lhe que aquilo<br />

que ele me tinha feito era deixado o dinheiro<br />

no porta-luvas para ver se eu lhe deitava<br />

mão. Para me experimentar. E eu sou um<br />

homem sério!”. Era o ponto final, sempre<br />

de cabeça erguida, nesta relação laboral.<br />

Enquanto trabalha na Arco Portuguesa, conseguiu<br />

arranjar maneira de conciliar esta<br />

tarefa com a de taxista. “Saía da empresa,<br />

metia-me no 20, que partia da Batalha e aí<br />

tinha logo o táxi do meu colega à minha<br />

espera. Pegava nele até às 3h ou 4h da manhã.<br />

Mas às 9h já estava na Arco Portuguesa,<br />

pronto para trabalhar”, assegura.<br />

w VALORES TRADICIONAIS<br />

Em 70 anos, o mercado de pneus mudou<br />

muito. Manuel Vivas conheceu várias fases<br />

deste ramo. Quase todas. Recorda, a propósito,<br />

como funcionava o negócio nos tempos<br />

em que trabalhava na CID. “Chegava à Michelin<br />

ao pé <strong>dos</strong> vendedores e afirmava ‘Isto vai<br />

dar um salto. A tabela amanhã terá 20% em<br />

cima’. Era assim. Eu chegava a comprar aos<br />

3.000 pneus de uma só vez. Depois, começou<br />

a mudar”. Os descontos passaram a ser “uma<br />

vergonha”. Mais. “Ainda hoje o são”, sublinha.<br />

“Se as companhias diziam que davam mais<br />

5%, os meus colegas pegavam nesses 5% e<br />

iam logo levar ao cliente para vender mais<br />

alguma coisa. Eu não fazia isso. Se eles me<br />

davam os 5%, esses eram para mim. Claro<br />

que negociava. Mas era outra vida”, refere.<br />

“Foi nesse período que o pneu convencional<br />

passou para radial. O cliente comprava um automóvel<br />

novo, com quatro lonas, que não era<br />

radial. E queria trocar. Era esse o grande negócio.<br />

Dava uma côdea por aqueles e metia-lhe<br />

quatro pneus radiais”, explica Manuel Vivas,<br />

que considera que o negócio, antigamente,<br />

tinha “mais alma”. E, já agora, mais sabedoria.<br />

“Hoje, existem muitos ‘paraquedistas’ que<br />

não sabem nada. O pior é para os clientes”,<br />

lamenta o nosso entrevistado.<br />

Quando olha para a VTS, da qual detém<br />

60%, sente que a casa tem futuro. Tem uma<br />

sociedade e uma equipa “conhecedora e<br />

trabalhadora”. E o balanço de um ano de<br />

atividade contribui para esse sentimento<br />

positivo. O importante é cuidar da gestão<br />

da empresa. Regras tradicionais de vida que<br />

aprendeu com a passagem <strong>dos</strong> anos. Vivi<br />

muitos problemas, muitas peripécias com<br />

os fornecedores e com os próprios clientes.<br />

Por vezes, é complicado. Mas sempre soube<br />

gerir a empresa”, afirma. Um <strong>dos</strong> seus princípios<br />

básicos de gestão? “O dinheiro custa<br />

muito a ganhar. Nunca fazia nada de forma<br />

aérea. Sempre fui muito alinhadinho. Mas<br />

não me deixava enganar”. Quem não pagava<br />

depois de umas cartas de aviso, bem podia<br />

esperar pela ação em tribunal, pois o sucesso<br />

empresarial nunca se fez de pulsos fracos.<br />

“Quando dizem que sou rico, respondo que<br />

não sou”. Mas acrescenta sempre, para memória<br />

futura: “Duvido muito é que tenham<br />

trabalhado aquilo que eu trabalhei”. u<br />

30 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017


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Entrevista<br />

Ralph Bernfeld<br />

Veja o vídeo em www.revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />

“Historicamente, a sucursal<br />

portuguesa tem uma das maiores<br />

quotas de mercado da europa”<br />

O responsável da sucursal<br />

portuguesa da Bridgestone<br />

Europe acredita que o<br />

mercado nacional está<br />

maduro e que a empresa<br />

continuará a crescer, em<br />

2017, tal como acontece há<br />

27 anos. O fabricante aposta<br />

forte em dois produtos:<br />

DriveGuard e Turanza T005<br />

Por: Jorge Flores<br />

ascido no Peru, filho<br />

de pai austríaco e de<br />

mãe alemã, Ralph Bernfeld,<br />

diretor-geral da<br />

sucursal portuguesa<br />

da Bridgestone Europe,<br />

está na indústria<br />

<strong>dos</strong> pneus há 40<br />

anos (completa em novembro). A Portugal,<br />

chegou há 27 anos, com uma missão muito<br />

complicada na bagagem. A Bridgestone<br />

acabara de comprar a Firestone e cabia-lhe<br />

a responsabilidade de fechar a fábrica da<br />

marca em Alcochete e de colocar os primeiros<br />

pilares da fundação da Bridgestone no<br />

nosso país. “Começámos como Bridgestone<br />

Firestone Portuguesa (antes era Firestone<br />

Portuguesa). Com o tempo, passámos a ser<br />

Bridgestone Portuguesa, depois Bridgestone<br />

Portugal Unipessoal e, este ano, passámos a<br />

ser sucursal da Bridgestone Europe”, recordou.<br />

Hoje, o responsável congratula-se com o<br />

sucesso e o reconhecimento além-fronteiras<br />

da casa que dirige.<br />

Em entrevista à nossa revista, sempre temperada<br />

pela sua boa disposição, garantiu<br />

que a relação familiar com os clientes nunca<br />

passará de moda e que a Bridgestone está de<br />

boa “saúde” no maduro mercado nacional de<br />

pneus, fazendo um balanco da atividade da<br />

empresa, com especial foco nos PC4: pneus<br />

ligeiros de passageiros, ligeiros comerciais,<br />

4x4 e SUV.<br />

Como está a Bridgestone em Portugal? De<br />

boa saúde?<br />

O mercado, em si, está com uma ligeira<br />

queda, segundo da<strong>dos</strong> de julho: entre 4 a<br />

5%. A Bridgestone tem sido uma empresa<br />

que, em Portugal, ao longo <strong>dos</strong> 27 anos, não<br />

me lembro de um em que não tivesse um<br />

crescimento, quer do número de unidades<br />

quer da quota do mercado.<br />

32 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017


Diretor-Geral da sucursal portuguesa da Bridgestone Europe<br />

O ano de 2016, para nós, foi espetacular. Um<br />

recorde de vendas! E estamos, neste momento,<br />

com o fecho de setembro de 2017, a<br />

vender ao nível do ano passado. Mais do que<br />

o mercado. O mercado está a cair e a nossa<br />

quota, até aos últimos da<strong>dos</strong> que temos até<br />

julho, tem mostrado aumentos em todas as<br />

categorias de produtos. É uma tendência<br />

positiva. Pode dizer-se que a Bridgestone<br />

se recomenda. Porquê? Temos uma longa<br />

história no mercado, não unicamente com a<br />

Bridgestone, mas, também, com a Firestone,<br />

duas marcas com resulta<strong>dos</strong> muito positivos.<br />

Mas uma coisa que foi muito importante para<br />

nós, no ano passado, foi, finalmente, conseguirmos<br />

avançar com uma marca budget,<br />

com um preço interessante.<br />

Uma gama de ataque?<br />

Sim, uma gama de ataque. Temos de ter a<br />

noção: o que quer o cliente? Vender o que<br />

é mais fácil vender. O preço é uma ilusão. A<br />

qualidade fica para segundo lugar. É mau<br />

para o cliente final e, também, para quem<br />

vende. Lançámos esse produto e, com isso,<br />

conseguimos tapar as linhas premium, quality<br />

e budget. Isso ajudou-nos muito a acabar com<br />

uma ilusão de vendas que tínhamos das marcas<br />

orientais ou de marcas baratas. Obviamente,<br />

que ninguém gosta de ir a um cliente e dizer<br />

que apenas vai comprar produtos baratos.<br />

Também é preciso que comprem produtos<br />

de maior qualidade. Tenho uma boa gama<br />

de produtos. Não tínhamos como tratar isso.<br />

Tínhamos os clientes que nos compravam<br />

Bridgestone e Firestone, mas perdíamos esse<br />

segmento baixo – que colocavam em risco,<br />

também, algumas vendas destas duas. É uma<br />

porta de entrada. Se a venda é feita corretamente,<br />

oferecemos de tudo. Mas temos de<br />

explicar a diferença.<br />

E importa, também, conhecer o cliente. Para<br />

um cliente que tenha uma viatura com 15 ou<br />

20 anos, não vou dar um Potenza, porventura.<br />

Não vale a pena. Não precisa disso. Precisa,<br />

sim, de uma gama média ou baixa. Por outro<br />

lado, se entra alguém com um Mercedes-AMG,<br />

novinho em folha, não proponho um pneu<br />

chinês (risos). Esta linha budget ajudou-nos<br />

muito num mercado altamente competitivo.<br />

E a recuperar muitos clientes perdi<strong>dos</strong>. O ano<br />

passado correu muito bem. Este ano vamos<br />

cumprir e mesmo ultrapassar os objetivos<br />

previstos pela empresa.<br />

Qual a expressão da Bridgestone em Portugal,<br />

comparativamente com a Europa?<br />

Vamos colocar em perspetiva. No mercado<br />

português, como empresa, estamos entre as<br />

Top 100. Somos grandes! Mas a nível da Europa,<br />

temos de relativizar. Em Portugal, somos<br />

uma empresa, não apenas a nível <strong>dos</strong> pneus,<br />

mas em geral, que fatura 60 milhões. Somos<br />

grandes aqui no país. Agora, relativizando:<br />

a filial portuguesa tem, historicamente, das<br />

maiores quotas de mercado na Europa. Estamos<br />

inseri<strong>dos</strong> na região sudoeste (Portugal e<br />

Espanha). O contexto é ibérico, mas mantemos<br />

uma independência operacional. Mas estamos<br />

muito liga<strong>dos</strong> a Madrid. Estrategicamente, tudo<br />

começa na sede, depois é filtrado, em Bruxelas,<br />

a nível da região, e, por fim, adaptado às características<br />

de cada mercado. Podemos dizer<br />

que há muitas semelhanças entre Portugal e<br />

Espanha, mas também há muitas diferenças.<br />

Temos de estar conscientes dessas diferenças<br />

para saber o tipo de atenção e de serviço que<br />

o mercado português necessita face às suas<br />

características. Isso tem contribuído para que<br />

tenhamos muito sucesso. Não é fazer copy/<br />

paste da estratégia de outros países. Isso era<br />

um erro grave.<br />

Quais têm sido as vossas grandes apostas<br />

comerciais? E quais as grandes apostas<br />

de futuro?<br />

Temos apostado na introdução de produtos<br />

de alta tecnologia, que fazem a diferença no<br />

mercado. Nos últimos tempos, os mais importantes<br />

têm sido dois produtos. O DriveGuard<br />

é um produto único, que está disponível para<br />

qualquer viatura ligeira com sistema TPMS,<br />

que, em caso de furo, permite avisar o condutor,<br />

sendo que o mesmo é equipamento de<br />

origem obrigatório nos veículos produzi<strong>dos</strong><br />

a partir de novembro de 2014. Ao lançarmos<br />

o DriveGuard, “democratizámos” a tecnologia<br />

Run Flat. E foi um produto muito bem aceite.<br />

Em termos de produtos novos, acabámos de<br />

introduzir o Turanza T005 – será lançado em<br />

Portugal em janeiro de 2018. Muito importante,<br />

porque foi o primeiro produto realmente<br />

desenvolvido tendo em consideração as opi-<br />

niões do consumidor, a que nós chamamos<br />

de boss. Produto de qualidade. Com muita<br />

segurança em piso molhado e na travagem.<br />

Este é um pneu de topo, classificado pelos<br />

testes independentes da TÜV.<br />

Como fazem para fidelizar a clientela?<br />

Vamos falar de clientela, ou seja, daqueles<br />

com quem temos contacto no dia a dia e a<br />

pessoa que vende ao boss - neste caso, o distribuidor<br />

ou agente. A arma mais importante<br />

que temos é o nosso canal de família: a rede<br />

First Stop. É a extensão da própria Bridgestone.<br />

São to<strong>dos</strong> clientes independentes, mas que<br />

decidiram aderir ao programa pelas suas<br />

vantagens. Obviamente, que temos outros<br />

clientes, muito bons, mas que, por algum<br />

motivo, não estão na rede. Mas poderão vir<br />

a estar no futuro. É por aí o caminho. Quando<br />

temos a fidelização de um canal como o First<br />

Stop, obviamente que também temos uma<br />

participação, dentro <strong>dos</strong> seus estabelecimentos,<br />

relativamente alto. A proposta da<br />

casa poderá ser uma recomendação para<br />

comprar um pneu Bridgestone ou Firestone.<br />

Como têm sido adaptação às novas tecnologias?<br />

Muito boa. A Bridgestone, há uns anos, tomou<br />

uma decisão: sair da Fórmula 1! Porquê?<br />

Foi explicado, de forma muito clara. Com o<br />

dinheiro que estávamos a investir na Fórmula<br />

1 iríamos investir nas novas tecnologias. Nas<br />

tecnologias mais eco-friendly e no desenvolvimento<br />

de pneus para o futuro. E o futuro qual<br />

é? Elétrico! <strong>Pneus</strong> sem ar! Já apresentámos<br />

o protótipo no Salão de Frankfurt. Ou seja,<br />

produtos futuristas. A Bridgestone tem três<br />

grandes centros de pesquisa tecnológica no<br />

mundo: Japão, Roma e EUA, de onde saem<br />

produtos novos to<strong>dos</strong> os dias. Muitas não<br />

passam do papel à realidade, mas é como<br />

uma incubadora de ideias novas, to<strong>dos</strong> os<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 33


Entrevista<br />

Ralph Bernfeld<br />

dias. Pela dimensão que tem, a Bridgestone<br />

está na vanguarda a nível tecnológico e a<br />

acompanhar as tendências, não de hoje, mas<br />

para daqui a cinco, 10, 15 ou 20 anos. Para<br />

o futuro.<br />

Olhando para o futuro do mercado português,<br />

qual será a tendência? Vai reduzir-se<br />

aos poucos?<br />

O mercado de pneus, não só em Portugal,<br />

mas na Europa, é um mercado maduro.<br />

Com os prós e os contras dessa maturidade...<br />

Exatamente. A vantagem do pneu é que é um<br />

produto básico. Desde que existam viaturas,<br />

haverá sempre pneus. Serão sempre necessários.<br />

Como o meio de transporte mais popular<br />

em Portugal continua a ser o automóvel, o<br />

mercado vai acompanhando essa dimensão.<br />

Obviamente, há uma tendência positiva, nos<br />

últimos anos, da venda de automóveis novos.<br />

O que vai refletir-se, positivamente, daqui a<br />

alguns anos, no mercado de substituição. É<br />

um mercado maduro com um crescimento<br />

que, a acontecer, não excederá muito os 2%.<br />

Não pode haver uma explosão, porque é<br />

um mercado maduro. Explosão aconteceu<br />

na China e na Índia, onde uma em cada 100<br />

pessoas tem viatura. Aqui, quase todas as<br />

pessoas têm uma.<br />

Há oficinas de mecânica pura a abrir a atividade<br />

aos pneus. E casas de pneus a aderirem<br />

aos serviços rápi<strong>dos</strong>. Como será a evolução<br />

<strong>dos</strong> canais de venda?<br />

Para nós, não é nenhuma surpresa. Temos<br />

falado disto há anos. Os puros comerciantes<br />

de pneus não vão conseguir sobreviver num<br />

mercado como o atual. Temos incentivado<br />

a que modernizem as suas casas. Um <strong>dos</strong><br />

pontos fortes da rede First Stop é o estímulo<br />

que damos a que desenvolvam mais e mais os<br />

serviços de mecânica. Caso contrário, ficam<br />

para trás. Não podem. Se o comerciante de<br />

pneus conseguir, também, ter uma mecânica<br />

razoavelmente boa, não “apenas” vai ganhar<br />

esse serviço, como manterá o cliente <strong>dos</strong><br />

pneus. Porque eles são melhores do que os<br />

generalistas. Eles sabem. Os outros fazem<br />

de tudo, mas não são especialistas em nada.<br />

O profissional de pneus sabe muito de pneus<br />

e de tudo sobre a suspensão do automóvel.<br />

E basta ele estender isso e começar a fazer<br />

um pouco de mecânica. É importante para<br />

a rentabilidade do negócio. A competição<br />

é muito grande e as margens que existiam<br />

antes já não existem hoje. Tem de haver um<br />

complemento para não depender absolutamente<br />

<strong>dos</strong> pneus. Mas há anos que batemos<br />

nesta tecla e as pessoas têm dado ouvi<strong>dos</strong>.<br />

Depois, em Portugal, há pontos de venda como<br />

não existem muito na Europa. Temos aberto<br />

postos da rede First Stop que não existem<br />

noutros países europeus, tanto em matéria<br />

de dimensão, de equipamento, de visual e<br />

da própria formação do pessoal.<br />

De que forma o aumento da matéria-prima<br />

está a afetar o vosso negócio?<br />

Afeta bastante. Mas o importante é observar<br />

a forma diferente como afeta cada<br />

fabricante. A matéria-prima subiu muito,<br />

estabilizou e começou a descer um pouco.<br />

E, obviamente, que os fabricantes tiveram de<br />

refletir isso no aumento de preços. Não há<br />

outra forma. Mas é interessante: quando há<br />

aumentos de matéria-prima violentos, os que<br />

mais sofrem são os produtores orientais. São<br />

os chineses. Não tanto uma empresa como a<br />

Bridgestone, Michelin ou Goodyear. Porquê?<br />

Porque o nosso custo de mão de obra já é alto.<br />

Hipoteticamente, para nós, 50% é custo de<br />

mão de obra e o resto é matéria-prima. Para<br />

eles, 85% é matéria-prima e o resto é mão de<br />

obra. Então eles têm de ajustar violentamente<br />

os preços.<br />

Há diferenças muito grandes em termos de<br />

qualidade <strong>dos</strong> produtos. Não compararia,<br />

neste momento, a qualidade de nenhum<br />

pneu chinês com nenhuma marca consensual<br />

na Europa. Não é comparável. Estão anos<br />

atrasa<strong>dos</strong>. Não quer dizer que não tenham<br />

competências para alterar esta situação, tal<br />

como o fizeram no Japão. Um dia, o made in<br />

China poderá ter qualidade. Ainda não é assim.<br />

Falando do segmento de pesa<strong>dos</strong>, muitos<br />

fabricantes têm produzido os seus próprios<br />

sistemas de gestão de frotas. Qual a sua<br />

perspetiva?<br />

Uma frota bem gerida, cada vez mais, exige<br />

isso. Porque, com a concorrência que há, em<br />

termos do custo de transportes de carga, é<br />

necessário poupar em algum lado. O maior<br />

gasto é em combustível, pneus, lubrificantes.<br />

Tudo isso são gastos muito eleva<strong>dos</strong> e impõe-<br />

-se baixá-los para para poderem manter os<br />

preços competitivos. Temos sistemas com-<br />

“No mercado português,<br />

como empresa, estamos no<br />

Top 100. Somos grandes. Ao<br />

nível da Europa, temos das<br />

maiores quotas de mercado”<br />

pletos de manutenção e uma divisão própria,<br />

a Bridgestone Solutions Business, indicada<br />

para o acompanhamento, recomendação<br />

e gestão das frotas. Existe em muitos países<br />

e em Portugal também. É uma exigência do<br />

mercado, para que o cliente possa tirar o<br />

maior proveito do produto.<br />

Que novos modelos de negócio poderão<br />

surgir?<br />

Em Portugal, já existe franchising. A única<br />

coisa que não existe e talvez possa surgir, um<br />

dia, são as lojas próprias das empresas. Em<br />

Espanha e noutros países, estas já existem.<br />

Se vierem a aparecer, terão de ser encaradas<br />

como mais um concorrente no mercado.<br />

Muitas marcas fazem-no apenas como uma<br />

loja-piloto para experimentar determinadas<br />

áreas. Quase como um centro de formação. u<br />

34 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017


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Estamos presentes nas redes sociais:


Entrevista<br />

Marcos Fernández<br />

A Cooper Tire é, hoje, um<br />

player de renome no mundo<br />

<strong>dos</strong> pneus, muito graças à<br />

qualidade <strong>dos</strong> seus produtos<br />

e ao estatuto premium que<br />

conquistou por direito próprio.<br />

Em entrevista à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong><br />

<strong>Pneus</strong>, Marcos Fernández,<br />

diretor-geral da marca para<br />

Espanha e Portugal, frisou que<br />

“o setor sofre da incapacidade<br />

de comunicar os seus pontos<br />

fortes”<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

“O setor sofre da<br />

incapacidade de comunicar<br />

os seus pontos fortes”<br />

36 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017


Diretor-Geral para Espanha e Portugal da Cooper Tire<br />

Com mais de um século<br />

de existência, a Cooper<br />

Tire tem as suas origens<br />

em 1914, quando, em<br />

Akron, no estado norte-americano do Ohio,<br />

os cunha<strong>dos</strong> John F. Schaefer e Claude E.<br />

Hart formaram uma empresa para produzir<br />

remen<strong>dos</strong> de pneus e kits de reparação. Mais<br />

tarde, adquiriram a The Giant Tire & Rubber<br />

Company e, logo depois, transferiram o seu<br />

negócio para Findlay, também no Ohio.<br />

Hoje, a Cooper Tire é um <strong>dos</strong> mais conceitua<strong>dos</strong><br />

fabricantes de pneus à escala global. A<br />

qualidade <strong>dos</strong> seus produtos é colocada à<br />

prova em diversas categorias do desporto<br />

automóvel e o estatuto de premium que conquistou<br />

não foi por acaso. Disso mesmo nos<br />

deu conta Marcos Fernández, diretor-geral<br />

para Espanha e Portugal da Cooper Tire, numa<br />

entrevista que publicamos na íntegra.<br />

Antes de mais, quer fazer-nos uma breve<br />

descrição da história recente da Cooper<br />

Tire no mercado ibérico?<br />

Desde que chegámos à Península Ibérica,<br />

conseguimos fortalecer a empresa entre os<br />

consumidores através de uma imagem de<br />

marca premium e de excelentes serviços e<br />

produtos, que respondem às necessidades <strong>dos</strong><br />

automobilistas, sempre com uma extraordinária<br />

relação qualidade/preço. Paralelamente<br />

ao prestígio mundial da nossa gama 4x4,<br />

conseguimos colocar as restantes gamas<br />

de que dispomos num elevado patamar de<br />

reconhecimento no merca<strong>dos</strong> de Espanha<br />

e Portugal.<br />

Em sua opinião, como está o mercado de<br />

pneus (ligeiros e pesa<strong>dos</strong>) na Península<br />

Ibérica?<br />

Com a dureza da longa crise que temos<br />

vivido em toda a Europa, especialmente<br />

em Espanha e Portugal, as vendas de pneus<br />

caíram para níveis nunca antes vistos. A recuperação<br />

do mercado tem sido tão lenta<br />

quanto a saída da crise. Este ano, as vendas<br />

começaram a crescer em ritmos anteriores à<br />

crise. No entanto, recentemente, o mercado<br />

evidenciou uma certa desaceleração devido<br />

a diversas causas, como o aumento do preço<br />

das matérias-primas, a libertação de stock ou<br />

as várias incertezas políticas.<br />

Como descreve a atual gama de pneus para<br />

veículos leves e pesa<strong>dos</strong> da Cooper Tire?<br />

A Cooper Tire oferece uma gama completa<br />

de pneus para automóveis de passageiros,<br />

4x4 e van. Os nossos pneus oferecem elevado<br />

desempenho, que tem sido reconhecido<br />

por testes de entidades independentes<br />

ou revistas profissionais, ainda maiores do<br />

que as de outros grandes fabricantes.<br />

Da qualidade de nossos produtos, fruto de<br />

um enorme trabalho de pesquisa e desenvolvimento,<br />

podemos citar a presença de<br />

campeões tão prestigia<strong>dos</strong> como Xavi Foj e<br />

David Coulthard, embaixadores das nossas<br />

gamas 4x4 e turismo, respetivamente. Ambos<br />

estão, também, bastante envolvi<strong>dos</strong> no desenvolvimento<br />

de novos produtos. Desta forma,<br />

os consumidores podem encontrar nas nossas<br />

gamas o pneu que se adapta perfeitamente<br />

às suas necessidades.<br />

Em termos gerais, quais são os fatores<br />

que mais condicionam (positivamente e<br />

negativamente) o mercado de pneus na<br />

Península Ibérica?<br />

Como referi anteriormente, o aumento do<br />

preço das matérias-primas, a libertação de<br />

stock e as incertezas políticas, afetaram negativamente<br />

o mercado. Positivamente, a renovação<br />

do parque automóvel, proporcionada<br />

pelo fim da crise, e a maior disponibilidade<br />

financeira das famílias, bem como as campanhas<br />

de ajuste de preços e as promoções que<br />

realizamos com os fabricantes, geram maior<br />

consciência sobre a importância <strong>dos</strong> pneus<br />

na segurança rodoviária.<br />

As marcas premium investem na qualidade<br />

e no desempenho <strong>dos</strong> pneus, mas o cliente<br />

final procura preço e, na maioria das vezes,<br />

não valoriza a qualidade do produto. O que<br />

podem os fabricantes premium fazer para<br />

inverter esta mentalidade?<br />

É obrigação do fabricante dar ênfase a importância<br />

de ter um produto de gama alta para<br />

garantir a máxima segurança rodoviária. Isso<br />

é fundamental. Mas, também, é necessário<br />

que o consumidor conheça e compreenda<br />

que o pneu é um tipo de produto altamente<br />

especializado. O setor sofre da incapacidade<br />

de comunicar os seus pontos fortes. Isso sempre<br />

aconteceu e devemos corrigi-lo. Para tal,<br />

é necessário contar com o envolvimento de<br />

to<strong>dos</strong> os players do setor: desde o fabricante ao<br />

canal de distribuição, passando pelo ponto de<br />

venda e pelas administrações públicas. Quanto<br />

ao preço, as margens já estão severamente<br />

ajustadas, pelo que não existe muito espaço<br />

de manobra para os reduzirmos ainda mais.<br />

A que se deve a entrada de tantos pneus<br />

chineses no mercado ibérico? Como pode<br />

esta situação ser alterada?<br />

Sem dúvida. Esta situação saiu reforçada pela<br />

guerra de preços desencadeada na sequência<br />

da crise económica. Situação esta que abriu<br />

a porta à chegada massiva de produtos mais<br />

baratos. Mas também convém não esquecer<br />

que com muito menor qualidade e menos<br />

eficazes. Além disso, a imposição de tarifas<br />

impostas pelos EUA sobre a importação desses<br />

pneus do sudeste asiático, que desviaram o<br />

seu destino para merca<strong>dos</strong> norte-americanos<br />

menos intervencionistas, também tem a sua<br />

quota-parte de influência. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 37


Notícias<br />

Empresas<br />

Tiresur Portugal realizou<br />

Convenção Anual Center’s Auto<br />

Nos dias 23 e 24 de setembro 2017, teve lugar, no Hotel Gaw rça Real & Spa (Meãs do<br />

Campo, Montemor-o-Velho), a Convenção Anual do Grupo Center’s Auto. A rede pertence à<br />

Tiresur e tem a GT Radial como principal marca no seu portefólio. Atualmente, em Portugal,<br />

a rede é formada por 33 associa<strong>dos</strong>, que compõem um total de 41 oficinas espalhadas<br />

por todo o território nacional.<br />

O evento, que contou com a presença de mais de 60 pessoas, iniciou-se no sábado de<br />

manhã com um welcome coffee, seguido de uma reunião de trabalho, que se prolongou<br />

até à hora de almoço. Durante a reunião, debateram-se várias questões de interesse para o<br />

grupo, tendo a Tiresur aproveitado para apresentar uma série de novidades aos seus associa<strong>dos</strong>.<br />

De entre as várias, destacaram-se a apresentação e o lançamento do novo modelo<br />

SportActive SUV da marca GT Radial, o lançamento da nova página de Internet oficial do<br />

grupo (www.grupocentersauto.pt), o lançamento da marca Austone para permitir ao grupo<br />

posicionar-se competitivamente no segmento super budget e ainda a comunicação oficial<br />

de que, a partir de outubro, a Tiresur passa a comercializar em Portugal a marca Uniroyal<br />

(Grupo Continental) em pneus de camião. Na parte da tarde, teve lugar uma espetacular<br />

e divertida atividade de grupo, nomeadamente o 1.º Rally Paper Center’s Auto Portugal.<br />

A boa disposição imperou durante todo evento.<br />

Davanti aumentou presença<br />

no Salão da China<br />

Depois de um ano de sucesso e de grande ambição,<br />

a Davanti tornou-se parceiro oficial do Everton Footbal<br />

Club e recebeu uma menção honrosa da TÜV pelos testes<br />

realiza<strong>dos</strong> ao pneu DX390 PCR. A marca teve enorme sucesso<br />

com a presença no Salão Internacional de <strong>Pneus</strong> da<br />

China, que decorreu em Xangai, onde foi alvo de enorme<br />

interesse, tanto <strong>dos</strong> visitantes como de vários países um<br />

pouco por todo o mundo. O responsável da Davanti, Peter<br />

Cross, referiu que “a Davanti continua um crescimento<br />

global e progressivo como marca líder no setor <strong>dos</strong> pneus<br />

em vários merca<strong>dos</strong>. Com a presença na feira, foi mais uma<br />

oportunidade para que nós mantivéssemos o sucesso<br />

corporativo”. Ao mesmo tempo, a Davanti estabeleceu<br />

algumas oportunidades para a distribuição do futuro, que<br />

serão conhecidas a breve trecho.<br />

Vulco aposta forte<br />

na profissionalização da rede<br />

A Vulco, rede de oficinas abandeirada pela Goodyear Dunlop, especializada em<br />

pneus e mecânica rápida, aposta na melhoria da competitividade e da profissionalização<br />

<strong>dos</strong> seus associa<strong>dos</strong>, através de uma poderosa oferta formativa que aplica<br />

a todas as oficinas da sua rede. Ao abrigo do seu completo programa, a Vulco oferece<br />

aos seus associa<strong>dos</strong> a possibilidade de melhorarem a gestão da sua atividade<br />

em termos de processos, com o intuito de<br />

prestar ao utilizador final um melhor serviço<br />

e aconselhamento, bem como os maiores<br />

índices de satisfação. Deste modo, a rede de<br />

oficinas promove o desenvolvimento profissional<br />

como “vantagem competitiva” para a<br />

geração sustentável de negócio, apostando<br />

num modelo formativo que combina teoria<br />

e prática e que pode ser ministrado de forma<br />

presencial ou à distância. Cursos de Geometria<br />

e Alinhamento de Direção, Sistemas de<br />

Travagem, TPMS, Revisão Oficial Vulco ou Gases<br />

Fluora<strong>dos</strong> são só alguns <strong>dos</strong> exemplos que compõem a oferta em Portugal e<br />

que se somam a um programa ainda mais amplo em Espanha, onde se ministram,<br />

entre outros, cursos de iniciação a veículos híbri<strong>dos</strong>, de gestão de oficina ou relativos<br />

a diferentes processos de pós-venda. Tudo para as suas oficinas sejam as<br />

melhores.<br />

Zenises lançou<br />

nova campanha de publicidade<br />

A Zenises prestou, desde sempre, muita atenção<br />

às campanhas publicitárias direcionadas para os seus<br />

clientes. Utilizando uma série de mensagens que definem<br />

a oferta da sua marca ao longo <strong>dos</strong> anos, estas<br />

campanhas vencedoras de prémios têm como objetivo<br />

“agarrar” a atenção da indústria de pneus, ao mesmo<br />

tempo que expressa temas e mensagens importantes.<br />

O ano de 2017 não é exceção e a última campanha da empresa<br />

pretende ser uma das mais impactantes de sempre.<br />

Baseada no conceito “Disruptive Thinking”, o que numa<br />

tradução literal quererá dizer “Pensamento Disruptivo”, a<br />

empresa vai lançar uma série de criações abstratas nos<br />

próximos meses, que foram desenhadas para “provocar” a<br />

audiência e fazê-la pensar de forma mais premente como se<br />

podem relacionar com o negócio do amanhã. É um tributo<br />

à criatividade e à inovação. Esta campanha esteve a ser<br />

preparada durante vários meses e já teve vários designs<br />

de acordo com as várias unidades de negócio da empresa.<br />

38 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017


Tecniverca inaugurou filial no Porto<br />

Com a inauguração de uma filial no Porto, a<br />

Tecniverca expande o seu negócio na zona<br />

norte do país e aumenta a proximidade aos<br />

clientes. Localizada na Zona Industrial do Porto,<br />

perto <strong>dos</strong> principais concessionários de<br />

automóveis (Rua Eng.° Ferreira Dias, n.º 444,<br />

Armazém 4), a nova filial dispõe de 2.000 m 2<br />

de área, que incluem um show room, receção,<br />

armazém e serviços técnicos. “Sendo o mercado<br />

do Porto muito forte para a Tecniverca,<br />

sentimos necessidade de estar mais perto<br />

<strong>dos</strong> clientes. Hoje, as entregas são feitas no<br />

próprio dia e só estando presente com instalações<br />

próprias conseguimos ter o stock e<br />

o atendimento necessários para satisfazer os<br />

pedi<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> clientes”, afirmou Alexandre Corricas,<br />

gerente da Tecniverca.<br />

Para oferecer o mesmo nível de serviço que<br />

tem nas zonas centro e sul, a empresa contratou<br />

dois técnicos para a filial do Porto. Agora,<br />

todas as reparações e operações de manutenção<br />

são realizadas por técnicos próprios, que<br />

garantem um serviço mais rápido e eficiente.<br />

No amplo show room, os clientes podem ver<br />

e experimentar os equipamentos e ferramentas,<br />

assim como conhecer novos produtos. No<br />

dia da inauguração, foi apresentada uma nova<br />

marca de geradores, de origem norte americana,<br />

denominada Champion, concebida<br />

para o setor das oficinas de automóveis, assim<br />

como novos acessórios da Laser, nomeadamente<br />

novos bujões de óleo descartáveis e<br />

kits de reparação de tubos de gasolina.<br />

A marca própria de equipamentos Hyprel,<br />

também está bem representada com vários<br />

macacos hidráulicos e máquinas de limpeza<br />

de peças. A boa relação preço/qualidade tem<br />

contribuído para a grande procura destes<br />

equipamentos, cuja produção vai aumentar,<br />

assim como diversificar a gama.<br />

A filial do Porto comercializa todas as marcas<br />

e linhas de produto que a Tecniverca tem na<br />

sua sede, localizada na Moita. “Toda a gama<br />

de produtos que temos na sede encontra-se<br />

também na filial do Porto. Mas ainda estamos<br />

numa fase de conhecimento do mercado e<br />

das suas necessidades. Neste momento, 70%<br />

do portefólio de produtos está em stock e as<br />

faltas são colmatadas de um dia para o outro”,<br />

referiu Alexandre Corricas.<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 39


Notícias<br />

Empresas<br />

Pneucity123.com reforça estratégia<br />

de vendas no outono<br />

Para as oficinas e comerciantes, a época de mudança de pneus no outono é <strong>dos</strong><br />

perío<strong>dos</strong> do ano com o maior volume de negócios. Quem oferecer agora um serviço<br />

bom e rápido, não consegue apenas garantir a fidelidade <strong>dos</strong> seus clientes<br />

habituais, como, também, consegue idealmente angariar novos. A Pneucity123.<br />

com, loja online B2B do maior comerciante de pneus da Europa através da Internet,<br />

a Delticom, presta, neste sentido, auxílio aos seus clientes comerciantes. A<br />

Pneucity123.com abrange todo o mercado através da sua vasta oferta de marcas<br />

e modelos, desde pneus de qualidade<br />

acessíveis até produtos topo de gama.<br />

A vantagem para os comerciantes de<br />

pneus e as oficinas, é estes conseguirem<br />

reagir de forma flexível à procura <strong>dos</strong><br />

seus clientes. Através <strong>dos</strong> seus próprios<br />

armazéns, a Pneucity123.com também<br />

assegura uma excelente disponibilidade<br />

<strong>dos</strong> produtos. Isto faz com que os seus<br />

clientes comerciantes consigam oferecer<br />

produtos para to<strong>dos</strong> os grupos de pessoas,<br />

sem os manter em stock. Assim, é<br />

possível dar resposta a to<strong>dos</strong> os pedi<strong>dos</strong> e economizar ao mesmo tempo espaço.<br />

Desta forma, também não há a necessidade de imobilizar capital.<br />

A Pneucity123.com cria o seu modelo comercial baseado em parcerias sobre condições<br />

justas: não se aplicam custos nem quantidades mínimas de encomenda e<br />

as opções de pagamento e de devolução são muito versáteis.<br />

<strong>Pneus</strong> ATHOS chegaram<br />

ao milhão de encomendas<br />

A Hämmerling Tyre Company, um <strong>dos</strong> maiores revendedores<br />

de pneus na Europa, distribuidor da marca ATHOS<br />

para camiões, celebrou, recentemente, uma cifra especial:<br />

o centro da empresa, em Paderborn, na Alemanha, recebeu<br />

a nota de encomenda um milhão para a ATHOS. A encomenda<br />

foi feita por um distribuidor na Escandinávia. Uma<br />

década depois do primeiro pneu ATHOS sair do armazém<br />

da Hämmerling Tyre Company, foi registada a encomenda<br />

do um milhão.<br />

A ideia de desenvolver um pneu de camião próprio e de<br />

dar-lhe o nome ATHOS aconteceu no final <strong>dos</strong> anos 90.<br />

Tendo por base um extenso conhecimento do negócio,<br />

mas, também, na produção de pneus para camião, o responsável<br />

máximo da Hämmerling Tyre Company, Ralf<br />

Hämmerling, começou, de forma intensiva, a pensar na<br />

produção de um pneu próprios para camiões. Uma das<br />

razões foi o aumento da procura de pneus para reboques<br />

e semirreboques.<br />

A primeira entrega de um pneu ATHOS aconteceu no<br />

ano de 2007 e, em 2009, foram acrescenta<strong>dos</strong> à gama<br />

novas dimensões e modelos. Atualmente, a gama é mais<br />

personalizada mas sempre dedicada a veículos comerciais<br />

e pesa<strong>dos</strong>. Inclui clientes como Krone, Fliegl, Kögel,<br />

Ackermann e Wielton.<br />

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40 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017


BKT é patrocinadora oficial<br />

do desafio Xtractor<br />

Pela segunda vez, o trator agrícola torna-se<br />

protagonista da aventura televisiva Xtractor. A BKT<br />

é patrocinadora de uma expedição em direção a<br />

uma meta ainda secreta à descoberta de paisagens<br />

e culturas desconhecidas, evidenciando um setor –<br />

como o agrícola – de importância primordial para<br />

todo o planeta. Viagem, agricultura e tecnologia<br />

são os ingredientes desta aventura, que vê uma<br />

equipa à frente de uma caravana de quatro tratores<br />

de última geração, assina<strong>dos</strong> McCormick, prontos<br />

para enfrentar os imprevistos mais varia<strong>dos</strong> que<br />

irão apresentar-se ao longo do percurso deste<br />

documentário.<br />

Goodyear produz pneus<br />

com borracha de óleo de soja<br />

A Goodyear está a semear inovação, ao apostar numa nova tecnologia de pneus, com<br />

o apoio da United Soybean Board (USB). A primeira utilização comercial de um novo<br />

composto de borracha à base de óleo de soja está a ajudar a Goodyear a melhorar a<br />

performance <strong>dos</strong> pneus em piso seco e molhado e em condições invernais. Uma equipa<br />

de cientistas e engenheiros da Goodyear criou um novo composto (ou fórmula) para<br />

a banda de rolamento, utilizando óleo de soja, um composto natural, rentável, neutro<br />

em termos de carbono e renovável. Com a utilização de óleo de soja nos pneus, a Goodyear<br />

encontrou uma nova forma de ajudar a manter o composto de borracha flexível<br />

perante as mudanças de temperaturas, um elemento decisivo para manter e melhorar<br />

a aderência do veículo sobre a superfície da estrada. Os testes da Goodyear demostraram<br />

que a borracha produzida com óleo de soja se mistura mais facilmente com os<br />

compostos reforça<strong>dos</strong> com sílica utiliza<strong>dos</strong> no fabrico de determina<strong>dos</strong> pneus. Desta forma,<br />

também é melhorada a eficiência de produção e reduzido o consumo de energia.<br />

A comercialização do óleo de soja em pneus, como último avanço tecnológico da Goodyear,<br />

soma-se a outras inovações recentes da empresa, como o uso de sílica derivada de<br />

cinzas de casca de arroz, outro componente utilizado pelo fabricante em determina<strong>dos</strong><br />

pneus para turismo.<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 41


Notícias<br />

Empresas<br />

Semperit lançou Worker D2<br />

para maior eficácia<br />

A Semperit está a começar a renovar a sua gama de produtos<br />

para utilização combinada em estrada e fora dela, trazendo<br />

para o mercado um pneu para o eixo do motriz de grande<br />

qualidade, na forma do novo Worker D2 315/80 R 22.5. Nos<br />

estaleiros de construção, espera-se que homens e máquinas<br />

trabalhem incansavelmente to<strong>dos</strong> os dias. Por isso, é da maior<br />

importância que os pneus <strong>dos</strong> veículos sejam fiáveis e satisfaçam<br />

os mais eleva<strong>dos</strong> padrões.<br />

“Nos estaleiros, cortes, fendas e outros danos nos pneus são<br />

acontecimentos diários”, disse Daniel Gainza, diretor de marketing<br />

na Continental Truck Tires para a região EMEA (Europa,<br />

Médio Oriente e África). “O novo Semperit Worker D2 - 318/80<br />

R 22.5 é a nossa resposta às elevadas exigências <strong>dos</strong> clientes<br />

associadas a estas condições de trabalho desafiantes. Ao selecionarmos<br />

os compostos para os materiais do Worker D2, demos,<br />

por isso, particular ênfase à excelente durabilidade”, frisou.<br />

Seja no asfalto, entulho, areia ou até lama, o Worker D2 tem um<br />

desempenho brilhante em qualquer piso e o seu design com um<br />

padrão de cinco blocos oferece uma melhoria impressionante<br />

em termos de aderência. O desenho especial do piso oferece<br />

uma proteção particularmente boa contra desgaste. Com estas<br />

características combinadas no Worker D2, a Semperit está a<br />

oferecer precisamente os elementos que são necessários num<br />

estaleiro: fiabilidade, durabilidade e segurança.<br />

Valorpneu arrancou com nova fase<br />

do Prémio Inov.Ação<br />

A Valorpneu encetou uma nova fase de comunicação do Prémio Inov.Ação com a<br />

sua presença no “The Pitch Market Lisboa”, um evento que mostra o talento nacional<br />

em inovação e design, que teve lugar no Terreiro do Paço, de 21 a 24 de setembro.<br />

Neste evento, várias centenas de pessoas ficaram a conhecer o prémio e tiveram<br />

oportunidade de observar alguns <strong>dos</strong> trabalhos vencedores de edições anteriores.<br />

A marcar também esta nova etapa, o Jornal de Negócios tornou-se media partner<br />

da iniciativa. Uma aposta com vista a levar o Prémio Inov.Ação ao meio empresarial<br />

e a despertar o interesse do setor para que, efetivamente, os projetos apresenta<strong>dos</strong><br />

possam tornar-se soluções reais de mercado. Estão previstos editoriais neste meio<br />

de comunicação para apresentar os candidatos e projetos que se vão registando no<br />

portal do prémio, com especial incidência para aqueles que já o fizeram ou que o<br />

farão em breve. Desde o seu lançamento, em dezembro de 2016, o Prémio Inov.Ação<br />

da Valorpneu tem sido divulgado em larga escala, sendo a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> um <strong>dos</strong><br />

melhores exemplos. Além de vários artigos publica<strong>dos</strong> na imprensa especializada e<br />

generalista, o prémio foi apresentado em exposições e sessões presenciais em instituições<br />

de Ensino Superior, tendo chegado a um vasto número de alunos. Até final<br />

de dezembro, serão realizadas novas sessões, nas quais se perspetiva que venham a<br />

surgir novos e interessantes projetos. Atualmente, já estão candidatos regista<strong>dos</strong> nesta<br />

iniciativa e foram lançadas várias ideias que podem servir como mote a interessa<strong>dos</strong><br />

que as queiram desenvolver.<br />

Kenda Group adquire Starco Europe<br />

O Kenda Group continua a sua expansão global e anunciou<br />

a aquisição da Starco Europe, empresa que comercializa jantes<br />

e pneus para veículos. Além de uma excelente organização<br />

cultural e estratégica, ambas as empresas veem excelentes<br />

oportunidades de negócio a longo prazo. O Kenda Group tem<br />

sido fornecedor da Starco desde 1982 e, desde então, a relação<br />

entre as duas marcas tem sido reforçada. Nos últimos 12 meses,<br />

uma série de reuniões fizeram com que as duas empresas<br />

elevassem a sua parceria a outro nível. A Starco vai continuar<br />

a operar nos mesmos segmentos e merca<strong>dos</strong> como faz atualmente,<br />

planeando manter a mesma base de fornecimento e a<br />

mesma gama de produtos.<br />

Zenises celebrou dia <strong>dos</strong> parceiros italianos<br />

Um número crescente de parceiros italianos foram bem-vin<strong>dos</strong> no dia que a Zenises<br />

levou a cabo uma ação especial, que, este ano, foi celebrado na cidade medieval de<br />

Gubbio, no coração de Itália. Depois de um salão Autopromotec em crescimento, a<br />

Zenises continua a aproximação a novos parceiros e colaboradores. Um total de 40<br />

pessoas assistiram ao evento e receberam novidades da Zenises em primeira mão. A<br />

marca anunciou que pretende fazer crescer o negócio em 2018, não apenas no mercado<br />

de pneus, mas, também, em produtos, como lubrificantes e baterias. A empresa<br />

partilhou ainda novidades na área <strong>dos</strong> lubrificantes e das baterias. O evento decorreu<br />

durante vários dias e deu lugar a muitas discussões e seminários.<br />

42 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017


Hankook Tire mantém-se<br />

no DISI World<br />

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A Hankook Tire, fabricante de pneus premium, anunciou a sua<br />

inclusão, pelo segundo ano consecutivo, no Dow Jones Sustainability<br />

Index World (DISI World), reforçando a posição como uma das<br />

empresas de pneus mais sustentáveis do mundo. O DISI, lançado<br />

em 1999 como produto conjunto da S&P Dow Jones Indices e RobecoSAM,<br />

é o primeiro índice global que rastreia a influência económica,<br />

do meio ambiente e social das 2.500 principais empresas<br />

mundiais. O DISI inclui os líderes em sustentabilidade de cada grupo<br />

industrial, identifica<strong>dos</strong> mediante uma avaliação de sustentabilidade<br />

corporativa. Graças ao esforços contínuos da Hankook Tire<br />

para melhorar a sustentabilidade, a empresa foi incluída no DISI.<br />

No final de 2016, fixou-se o plano CRS Vision 2020 da Hankook<br />

Tire, o qual inclui objetivos a médio e longo prazos com o intuito<br />

de superar, a cada ano, o estabelecimento e a implementação<br />

de objetivos a curto prazo. Este plano apresenta, passo a passo, a<br />

implementação anual de objetivos para melhorar a viabilidade.<br />

Novos cargos de liderança na Goodyear<br />

A Goodyear Tire & Rubber Company nomeou novos líderes para<br />

duas das suas unidades de negócio estratégicas. Chris Delaney foi eleito<br />

presidente da Goodyear para a unidade de negócio na Europa, Médio<br />

Oriente e África (EMEA). Foi presidente da unidade de negócio na região<br />

Ásia-Pacífico desde que se juntou à empresa, em 2015. To<strong>dos</strong> as novas<br />

nomeações entraram já em vigor e coincidiram com o anúncio de que<br />

Jean-Claude Kihn se retiraria do seu cargo de presidente da EMEA da<br />

Goodyear, um ano volvido sobre a sua nomeação. Kihn desenvolveu a<br />

sua distinta carreira na Goodyear durante 30 anos, ocupando lugares<br />

chave no âmbito da tecnologia e do negócio, como o de diretor técnico,<br />

presidente da Goodyear Brasil e presidente da Goodyear América Latina.<br />

Espírito Desportivo<br />

em ação<br />

Novo GT Radial SportActive:<br />

Prestações desportivas para<br />

uma condução única.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 43


Notícias<br />

Produto<br />

Michelin Scorcher para novas Harley<br />

A Michelin apresentou o pneu Scorcher, especialmente desenhado para equipar as Harley Davidson<br />

Fat Boy, Low Rider e Breakout (versões 2018) apresentadas recentemente. Estes novos modelos,<br />

desenvolvi<strong>dos</strong>, em conjunto, pela Michelin e Harley Davidson, são propostos como equipamento<br />

original para uma seleção de modelos da gama Softail 2018. O pneu Scorcher 31 apresenta<br />

um estilo tradicional cruiser, enquanto o Scorcher 11 dispõe de um desenho mais desportivo. Os<br />

compostos seleciona<strong>dos</strong> para a banda de rolamento asseguram uma motricidade superior a baixa<br />

temperatura, assim como em pisos molha<strong>dos</strong> ou muito molha<strong>dos</strong>, além de uma duração melhorada.<br />

A Michelin trabalha há alguns anos com a Harley Davidson na tentativa de desenvolver estes<br />

pneus. Graças à utilização de sistemas avança<strong>dos</strong> de design de modelos, os técnicos de ambas as<br />

empresas puderam aproveitar as sinergias entre os seus centros de investigação para desenhar<br />

estes pneus e ajustá-los às especificações desejadas, como as motos, por exemplo.<br />

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Goodyear desenvolve<br />

pneu para reboque<br />

A relação de 30 anos do transportador de<br />

veículos ECM com a Goodyear e os seus serviços<br />

FleetFirst resultou, não só, num tempo<br />

de inatividade mínimo para os seus camiões,<br />

numa menor carga administrativa e em custos<br />

de propriedade mais baixos, mas, também, no<br />

desenvolvimento de pneus exclusivos, feitos<br />

sob medida para as suas operações. O último<br />

destes pneus entrou recentemente ao serviço.<br />

Até há, aproximadamente, cinco anos, os engenheiros<br />

da Goodyear no Luxemburgo já tinham<br />

produzido um pneu específico para trailers de<br />

transporte de automóveis para a ECM. Tratava-<br />

-se de um pneu Goodyear LHT II, na medida<br />

275/70R22.5 152J, para um novo reboque.<br />

O pneu que a Goodyear apresentou este ano<br />

para dar resposta às novas necessidades da<br />

ECM, na medida 295/60R22.5 152J, consiste<br />

numa evolução do Goodyear RHS enquanto<br />

pneu específico de reboque. O pneu conta com<br />

maiores índice de carga/velocidade e um composto<br />

específico da banda de rolamento que<br />

permite rolar a frio. Após um estudo de campo,<br />

provou-se que o novo pneu de reboque funcionava<br />

corretamente sob as condições do trailer<br />

de transporte de automóveis e, consequentemente,<br />

foi marcado FRT (Free Rolling Tire).<br />

44 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017


<strong>Pneus</strong> pesa<strong>dos</strong> HILO consolidam<br />

presença no mercado ibérico<br />

Após oito anos de consolidação da Gripen<br />

Wheels Iberia, enquanto marca e centro de<br />

competências ao serviço da sua rede de agentes,<br />

2017 fica marcado pela expansão das<br />

áreas estratégicas de negócios da subsidiária<br />

ibérica do grupo Gripen Wheels.<br />

A Gripen Wheels começou por marcar a diferença<br />

nos merca<strong>dos</strong> escandinavos (Suécia,<br />

Finlândia, Dinamarca e Noruega), pela sua<br />

vasta e competitiva oferta de produtos destina<strong>dos</strong><br />

ao segmento de mercado <strong>dos</strong> pneus<br />

para uso profissional. Chegou a hora da Gripen<br />

Wheels Iberia seguir os passos estratégicos<br />

das suas congéneres escandinavas e pôr<br />

em prática um ambicioso plano de expansão<br />

da sua oferta de produtos.<br />

A partir de outubro, a Gripen Wheels Iberia<br />

ampliará, de forma considerável, a comercialização<br />

da gama de pneus pesa<strong>dos</strong> da marca<br />

HILO. Luís Martins, general market manager<br />

da Gripen Wheels Iberia, explicou: “Mantemos<br />

uma relação de longos anos de parceria com<br />

este fabricante, que nos dá todas as garantias<br />

relativamente à qualidade do produto,<br />

competitividade comercial e, não menos<br />

importante, a qualidade e rapidez do<br />

serviço pós-venda. Com os pneus pesa<strong>dos</strong><br />

HILO, passámos a disponibilizar ao mercado<br />

um produto de qualidade superior, que comparamos<br />

com as mais prestigiadas marcas<br />

económicas a nível mundial, mas, também,<br />

através <strong>dos</strong> nossos parceiros distribuidores, a<br />

oferecer o melhor serviço do mercado. É uma<br />

tripla parceria entre fabricante, distribuidores<br />

e utilizador final”.<br />

Produzi<strong>dos</strong> pelo Xinguyuan Group, cuja capacidade<br />

de produção ascende a mais de<br />

5.800.000 pneus pesa<strong>dos</strong> radiais, 200.000<br />

pneus OTR e 12.000.000 de pneus de turismo<br />

por ano, os pneus Pesa<strong>dos</strong> HILO caracterizam-<br />

-se pelos mais eleva<strong>dos</strong> padrões de qualidade,<br />

preço competitivo e serviço pós-venda da<br />

máxima rapidez e fiabilidade.<br />

Com todas as certificações das diferentes organizações<br />

mundiais, como DOT, ECE, REACH,<br />

CCC, GCC, SNI, BIS, ISO 9001 e ISO 14001, os<br />

seus produtos são comercializa<strong>dos</strong> em mais<br />

de 100 países e em to<strong>dos</strong> os continentes. Disponíveis<br />

na mais completa gama do mercado,<br />

que cobre 18 séries, 160 medidas e 200 tipos<br />

de pisos para diferentes condições de utilização,<br />

climas e regiões do globo.<br />

Até final do ano, a gama de produtos da Gripen<br />

Wheels Iberia passará a contar com a<br />

mais completa gama de pneus OTR, pneus<br />

pesa<strong>dos</strong>, jantes para pneus pesa<strong>dos</strong>, pneus<br />

industriais (giratórias, escavadoras, retro-escavadoras,<br />

bob cat), pneus agroflorestais, pneus<br />

florestais, pneus agrícolas, câmaras-de-ar, jantes<br />

agrícolas e pneus para equipamentos de<br />

movimentação de cargas (empilhadores e outros<br />

equipamentos).<br />

Com origem na Suécia e um volume de faturação<br />

superior a 80 milhões de euros, a Gripen<br />

Wheels lidera o mercado europeu <strong>dos</strong> pneus<br />

de engenharia civil e jantes OTR.<br />

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www.sjosepneus.com<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 45


Notícias<br />

Produto<br />

Hankook equipa Opel Insignia<br />

com pneus “sound absorber”<br />

A Hankook é fornecedora de pneus para o novo Opel Insignia, tanto<br />

para a carroçaria Grand Sport como para a variante Sports Tourer.<br />

Uma das opções de fábrica é o pneu de altas prestações Ventus S1<br />

evo2 na medida 245/45 R18, que já conta com a tecnologia “sound<br />

absorber”. O topo de gama da marca alemã, com motores até 260 cv<br />

de potência, é “dono” de uma condução desportiva sem descurar o<br />

conforto. Para encaixar nesta nova desportividade, os engenheiros<br />

da Hankook desenvolveram um pneu adaptado à características do<br />

veículo em to<strong>dos</strong> os aspetos. O composto otimizado da banda de<br />

rolamento de sílica de grande aderência garante menor resistência<br />

ao rolamento e menor pegada acológica. O desenho de três camadas<br />

inspirado no DTM favorece a durabilidade e a dinâmica do pneu.<br />

Michelin lançou nova geração<br />

de pneus para dumpers<br />

A nova gama Michelin X TRA LOAD permitirá maximizar a produtividade<br />

e a continuidade das operações, independentemente das condições<br />

de utilização. Além do aumento da capacidade de carga, a gama X TRA<br />

LOAD beneficia de uma melhoria na duração <strong>dos</strong> pneus e de um grande<br />

aumento do TKPH, de maneira que as cargas mais pesadas se podem<br />

deslocar mais longe, no mesmo tempo. A capacidade de carga é fundamental<br />

para todas as máquinas de movimentação de terras e a nova<br />

carcaça reforçada do Michelin X TRA LOAD tornam-no, efetivamente,<br />

no primeiro pneu 24.00 R35 do mercado classificado com “3 estrelas”.<br />

Esta distinção premeia um design otimizado, que melhora a distribuição<br />

de forças no interior do pneu. Em concreto, equivale a um aumento da<br />

carga útil de 8% ou a uma carga de capacidade de nove toneladas adicionais<br />

por máquina. Multiplicado pelo número de ciclos diários, representa<br />

um enorme aumento da produtividade. O novo pneu X TRA LOAD<br />

da Michelin está disponível em duas versões, concebidas para as duas<br />

principais utilizações de dumpers rígi<strong>dos</strong>.<br />

<strong>Pneus</strong> vanguardistas da Goodyear<br />

equipam Discovery SVX<br />

A Goodyear desenhou um protótipo de um pneu vanguardista<br />

para a antevisão da versão de produção do novo Land Rover Discovery<br />

SVX, que foi apresentada no Salão de Frankfurt. A marca desenvolveu<br />

um conceito de pneu sob medida para cumprir com as exigências<br />

específicas do fabricante deste evoluído todo-o-terreno de topo, apto<br />

a chegar a qualquer local e destinado ao segmento <strong>dos</strong> SUV/4x4 de<br />

luxo. A banda de rolamento e a parede lateral do pneu expressam a<br />

filosofia de design do veículo. O pneu tem impresso o nome Discovery<br />

no flanco, integrando-se os raios das jantes na perfeição com o<br />

seu desenho. A banda de rolamento, com os seus sulcos profun<strong>dos</strong>,<br />

garante uma excelente aderência nas mais exigentes condições no<br />

fora de estrada. Além do mais, as letras “X” do logótipo do Discovery<br />

SVX, incluídas no desenho da banda de rolamento, reforçam a identidade<br />

deste protótipo.<br />

Bridgestone Turanza T005<br />

chega em janeiro de 2018<br />

A Bridgestone apresentou o novo pneu premium Turanza T005 num<br />

evento pan-europeu na Grécia, de 19 a 23 de setembro de 2017. Desenvolvido<br />

e produzido na Europa, o Bridgestone Turanza T005 proporciona<br />

um desempenho em piso molhado superior e uma maior poupança<br />

de combustível, além de elevada quilometragem, permitindo o controlo<br />

total da condução nas situações mais difíceis do dia a dia, especialmente<br />

em condições de chuva. O novo modelo estará disponível a partir<br />

de janeiro de 2018 no mercado europeu de pneus sobressalentes, numa<br />

gama variada, e irá substituir o atual T001 EVO. A gama de tamanhos do<br />

Turanza T005 irá assegurar a cobertura de quase todas as medidas de<br />

pneus até 2019, com mais de 140 dimensões para jantes de 14’’ a 21’’.<br />

Paralelamente, a Bridgestone vai simplificar a sua gama de pneus, com<br />

o Turanza T005 e o DriveGuard a abranger, na totalidade, o segmento de<br />

pneus de turismo.<br />

<strong>46</strong> | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017


UMA GRANDE VARIEDADE DE PNEUS DE TURISMO,<br />

COMERCIAIS, 4X4, PESADOS E TAMBÉM JANTES<br />

• 2.5 MILHÕES DE PNEUS EM STOCK MARCAS PRÓPRIAS<br />

E MARCAS PREMIUM.<br />

• GAMA COMPLETA EM TURISMO, COMERCIAL,<br />

4X4, PESADOS.<br />

• MARCA EXCLUSIVA TYFOON PARA PORTUGAL.<br />

• PNEUS TYFOON MARCA FABRICADA PELO GRUPO<br />

CONTINENTAL.<br />

• MAIOR ARMAZÉM DE JANTES DA EUROPA.<br />

• ENCOMENDAS EM COMBINAÇÃO - JANTES/PNEUS.<br />

• 24H/7D E-COMMERCE PNEUS E JANTES COM UM<br />

CONFIGURADOR DE VEÍCULOS ACTUALIZADO.<br />

• JANTES DE ALTA QUALIDADE, MODELOS RECENTES E<br />

EQUIPAMENTO ORIGINAL.<br />

• FORNECEDOR DO EQUIPAMENTO AUTEL TPMS.<br />

• TODO O TIPO DE MATERIAL DE MONTAGEM E<br />

CALIBRAGEM DE JANTES.<br />

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PNEUS E JANTES.<br />

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R


Notícias<br />

Produto<br />

AB Tyres comercializa Dunlop<br />

Sport Classic<br />

A AB Tyres é o distribuidor responsável pela comercialização<br />

em Portugal <strong>dos</strong> pneus “Dunlop Sport Classic” para<br />

veículos clássicos. Esta gama permite aos proprietários<br />

de veículos clássicos apreciar o melhor de dois mun<strong>dos</strong>:<br />

um desenho clássico combinado com a<br />

manobrabilidade e capacidade de<br />

travagem de última geração da<br />

Dunlop. O alto desenvolvimento<br />

<strong>dos</strong> seus compostos e tecnologias<br />

oferece excelente aderência,<br />

estabilidade e precisão na<br />

direção, tanto em piso seco<br />

como molhado. Além disso, o<br />

desenho da sua banda de rodagem<br />

mantém o aspeto autêntico<br />

tão apreciado pelos proprietários<br />

de clássicos. A AB Tyres é especialista<br />

na comercialização, armazenamento<br />

e distribuição de todo o<br />

tipo de pneus, marcas e segmentos<br />

(premium, quality e budget), tanto a nível<br />

nacional como internacional. A sua vasta oferta, direcionada<br />

a clientes profissionais, serve to<strong>dos</strong> os veículos, desde<br />

ligeiros e comerciais, a todo-o-terreno e pesa<strong>dos</strong>, bem<br />

como industriais e agrícolas.<br />

Pirelli acrescentou 110 novas<br />

homologações ao catálogo<br />

Agosto foi um mês recorde para a Pirelli. A marca registou 110 novas homologações,<br />

correspondentes a três categorias de pneus: os invernais Scorpion Winter e<br />

Sottozero, os de máximas prestações P Zero e P Zero Corsa e a família Cinturato P7<br />

e All Season, destinada a automóveis de média cilindrada. Muitas das novidades<br />

do recente Salão de Frankfurt elegeram a Pirelli como equipamento original. Uma<br />

delas, foi o novo Bentley Continental GT, onde os engenheiros da marca desenvolveram<br />

pneus de medidas diferentes para ambos os eixos, a fim de garantir as<br />

máximas prestações deste ícone de luxo na categoria de grande turismo. A Pirelli<br />

fornecerá pneus de 22” para este exclusivo bólide britânico, complementando a<br />

gama das já existentes medidas de 20” e 21”. Também na categoria grande turismo,<br />

o Audi RS 5 Coupé e o seu novo irmão de elevadas prestações, RS 4 Avant, que foi<br />

revelado, em primeira mão, no salão alemão, escolheram a Pirelli como equipamento<br />

original. A lista de novidades conflui na aposta pelos produtos de elevadas<br />

prestações e os pneus Pirelli, onde está o novo Porsche Cayenne, incluirão, no próximo<br />

inverno, o modelo Scorpion Winter.<br />

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By<br />

48 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017


Nexen Tire expande-se<br />

como fornecedor OE<br />

A Nexen Tire anunciou que vai expandir o fornecimento como<br />

equipamento de origem para o mercado automóvel europeu.<br />

O modelo N´blue HD Plus será equipamento de série de alguns<br />

construtores europeus, como Volkswagen, Seat ou Skoda. Em<br />

alguns testes realiza<strong>dos</strong> pelas prestigiadas revistas alemãs ADAC<br />

e Autobild, o N´blue HD Plus provou ser um pneu ideal para o<br />

verão com qualidades multifacetadas, registando excelentes resulta<strong>dos</strong><br />

em várias categorias, incluindo um excelente handling e<br />

travagem de topo em superfícies secas e molhadas. Este pneu, na<br />

medida 215/45 R17, vai equipar a nova geração do Polo, um <strong>dos</strong><br />

best sellers da Volkswagen. Os mesmos pneus, mas nas medidas<br />

205/60 R16 e 215/60 R16, serão equipamento do Volkswagen T-<br />

-Roc, SUV produzido em Portugal. A Nexen Tire vai fornecer ainda<br />

o N´blue HD Plus à Seat, mais precisamente ao modelo Ibiza, que<br />

será equipado com a medida 215/45 R17, enquanto o SUV Ateca<br />

vai ter o mesmo modelo, nas na medida 215/60 R16.<br />

Michelin XZL<br />

dá a volta ao mundo<br />

A Michelin embarcou no projeto Puyehue Travel, de Chema Huete, jornalista<br />

especializado em histórias de automóveis e viagens, e da etnógrafa<br />

Merce Durán, para dar a volta ao mundo guia<strong>dos</strong> apenas pela curiosidade<br />

e vontade de descobrir. Esta rota, de máxima exigência, percorrerá espaços<br />

muito diversos em climatologia, orografia, composição do terreno e altura,<br />

nos quais os pneus terão um papel fundamental. Deles vai depender a<br />

capacidade de mobilidade do veículo e a segurança <strong>dos</strong> seus ocupantes.<br />

Por isso, a Michelin, que tem no seu ADN o gosto pela aventura, quis participar<br />

neste desafio fornecendo o seu pneu XZL, na dimensão 255/100 R16,<br />

para equipar a autocaravana todo-o-terreno. O XZL é um pneu off-road da<br />

gama X Force desenvolvido para as utilizações mais extremas e é o melhor<br />

compromisso para o desafio e desenrolar com êxito o projeto Puyehue Travel.<br />

Este pneu oferece uma possibilidade de trabalhar a baixa pressão graças<br />

a uma estrutura muito flexível e robusta, ao mesmo tempo adaptada<br />

para suportar cargas durante milhares de quilómetros sem mostrar sinais<br />

de cansaço, contando com uma escultura concebida para oferecer motricidade<br />

em terrenos moles e uma resistência a cortes e agressões.<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 49


Notícias<br />

Produto<br />

Pirelli inaugurou em Munique<br />

loja PZero World<br />

A Pirelli inaugurou, em Munique, o seu primeiro estabelecimento PZero<br />

World na Europa. Situado na Rua Hanauer Strasse, n.° 42, este moderno<br />

conceito de comércio junta-se ao já existente em Los Angeles, inaugurado<br />

no ano passado. Com isto, a Pirelli cumpre a promessa de trazer<br />

estes inovadores pontos de venda para a Europa no ano de 2017. A<br />

PZero World dedica-se, em particular, a clientes do segmento prestige<br />

que residem numa das capitais mundiais do setor automóvel, que é<br />

inclusive, sede de alguns<br />

<strong>dos</strong> mais importantes fabricantes,<br />

para os quais a<br />

Pirelli fornece tanto pneus<br />

de origem como de substituição,<br />

e é uma das zonas<br />

com maior concentração<br />

de automóveis premium<br />

e prestige do Velho Continente.<br />

A estratégia retail<br />

da Pirelli está patente nos estabelecimentos PZero World, que conjugam<br />

serviços, tecnologia, design e produtos inovadores, como o pneu P<br />

Zero Color Edition ou a plataforma Pirelli Connesso.<br />

To<strong>dos</strong> reuni<strong>dos</strong> num espaço com cerca de 1.000 m 2 , aberto para que os<br />

clientes usufruam de serviços especiais ou configurem os seus próximos<br />

pneus utilizando as tecnologias mais avançadas. No fundo, trata-se de<br />

aplicar a estratégia do “Perfect Fit” à rede de distribuição, a mesma que<br />

a nível de produção significa desenvolver pneus na medida exata <strong>dos</strong><br />

modelos <strong>dos</strong> mais prestigia<strong>dos</strong> fabricantes de automóveis. Em termos<br />

de serviço, significa acompanhar o cliente no momento da troca de<br />

pneus, aconselhando-o sobre o momento ideal para o fazer.<br />

Continental <strong>Pneus</strong> solidária com<br />

bombeiros portugueses<br />

A Continental fez saber que está solidária com a situação difícil que as corporações<br />

de bombeiros estão a atravessar. Por isso, ofereceu mais de três dezenas<br />

de pneus para equipar um total de oito viaturas. A colocação <strong>dos</strong> pneus ficou<br />

a cargo da empresa José Lourenço, Lda., parceiro da Continental, que, tendo<br />

em conta a longa relação de parceria e de tradição no apoio às corporações em<br />

causa, se disponibilizou, desde logo, para oferecer este serviço. “A Continental<br />

reconhece o trabalho exemplar e de grande mérito desempenhado desde o<br />

início do verão pelas várias corporações de bombeiros nacionais. Tem sido um<br />

ano especialmente complicado, nomeadamente na zona de Pedrogão Grande<br />

afetada pela tragédia, e sabemos que nem sempre os meios são os suficientes<br />

para socorrer todas as situações críticas”, referiram os responsáveis do Grupo<br />

Continental em Portugal. E acrescentaram que, “neste sentido, a Continental<br />

decidiu doar mais de três dezenas de pneus e equipar oito viaturas. Estas foram<br />

as necessidades manifestadas pelas corporações de Pedrogão Grande, Figueiró<br />

<strong>dos</strong> Vinhos e Castanheira de Pêra, às quais respondemos positivamente no sentido<br />

de conseguirmos proporcionar um ainda melhor trabalho e em melhores<br />

condições”, disse Marco Silva, diretor de marketing da CPP.<br />

Goodyear testa pneu inteligente para<br />

automóveis autónomos<br />

Wrangler Duratrac eleito pela Off-Road<br />

como melhor pneu TT<br />

Mais uma vez este ano, a Goodyear dá continuidade à sua história<br />

de sucesso na secção escolha <strong>dos</strong> leitores da revista “Off Road”. Pela<br />

quinta vez consecutiva, o Wrangler DuraTrac foi eleito como o melhor<br />

pneu fora de estrada. Os leitores da “Off Road” puderam escolher o<br />

seu pneu preferido entre 11 concorrentes. O Wrangler DuraTrac da<br />

Goodyear foi o vencedor, com 21,3% de votos a favor. Participaram<br />

mais de 20.000 leitores, elegendo o seu pneu off-road e o seu veículo de<br />

todo-o-terreno favoritos. O Goodyear Wrangler DuraTrac foi concebido,<br />

especialmente, para a condução extrema fora de estrada. Graças à sua<br />

durabilidade e versatilidade, os veículos podem enfrentar os terrenos<br />

mais desafiantes. Os prémios <strong>dos</strong> leitores da revista “Off Road” têm já<br />

uma longa tradição na eleição <strong>dos</strong> melhores veículos de todo-o-terreno.<br />

Remontam a 1982, com o prémio para os melhores pneus off-road a<br />

ser introduzido nos últimos cinco anos, uma categoria que a Goodyear<br />

tem vencido desde a sua criação.<br />

O grupo fabricante de pneus Goodyear Dunlop aposta na aplicação da experiência<br />

acumulada e da tecnologia mais vanguardista a uma frota de automóveis<br />

elétricos semi-autónomos. No início de janeiro, a Goodyear anunciou um acordo<br />

tecnológico com a Tesloop, serviço de mobilidade entre cidades que utiliza,<br />

exclusivamente, veículos elétricos Tesla. Agora, a Goodyear incorporou sensores<br />

wireless nos seus pneus para melhorar a respetiva gestão global e maximizar<br />

o tempo de atividade da frota em crescimento.<br />

Os sensores wireless medem e<br />

registam em permanência a temperatura<br />

e a pressão <strong>dos</strong> pneus, o que, combinado<br />

com outros da<strong>dos</strong> do veículo e ligado<br />

à informação armazenada na cloud da<br />

Goodyear, melhora as operações gerais<br />

da frota e prevê o momento em que os<br />

pneus necessitam de manutenção ou<br />

devem ser substituí<strong>dos</strong>.<br />

Como parte do programa com a Tesloop, a<br />

Goodyear está, também, a ampliar as suas soluções de mobilidade para veículos<br />

de passageiros, disponibilizando manutenção e reparando os pneus enquanto<br />

os veículos da Tesloop estão nas estações de carregamento, durante o tempo de<br />

inatividade planificado. A iniciativa da Goodyear com a Tesloop deriva do bem<br />

sucedido lançamento do Goodyear Proactive Solutions para frotas de camiões,<br />

que aproveita a telemática avançada e a tecnologia de análise preditiva para<br />

permitir aos gestores de frota otimizar a eficiência de combustível e identificar<br />

e resolver com precisão qualquer problema relacionado com os pneus.<br />

50 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017


Vipal tem pneus para autocarros<br />

urbanos com melhor rendimento<br />

A Vipal, um <strong>dos</strong> mais importantes fabricantes mundiais para a<br />

recauchutagem de pneus, divulgou os resulta<strong>dos</strong> de vários testes<br />

que realizou com autocarros urbanos em Espanha, que comprovam<br />

a superioridade das bandas DV-UM3 e VU100 em relação às principais<br />

marcas do mercado. Submetida a condições muito severas,<br />

devido a travagens e arranques constantes, a banda DV-UM3 foi<br />

aplicada em três modelos de autocarros urbanos: um Scania N230<br />

4x2, um articulado MAN NG323F 6x2 e um Volvo B270F 4x2. Em<br />

cada teste comparativo realizado, a banda DV-UM3 comprovou os<br />

seus excelentes resulta<strong>dos</strong>.<br />

Os testes realiza<strong>dos</strong> em perímetro<br />

urbano com o Volvo<br />

B270F abriu uma vantagem<br />

de 117% para a Vipal quando<br />

comparado com o principal<br />

concorrente do mercado no<br />

capítulo km/mm, com 11.294<br />

km quando utilizada a DV-<br />

-UM3 e 5.195 km da outra<br />

marca. No quilómetro inicial,<br />

a banda da Vipal foi 132% superior,<br />

registando 185.222 km contra 80.003 km da concorrente. No<br />

Scania N230, a DV-UM3 também obteve ótimos resulta<strong>dos</strong>: o km/<br />

mm obtido foi de 12.942 contra 9.677 de outra marca concorrente,<br />

um rendimento 34% superior no comparativo.<br />

Tiresur já vende<br />

pneu SUV UHP da GT Radial<br />

Já pode ser comprado o pneu SportActive SUV da GT Radial. Trata-se<br />

do último lançamento da GT Radial em Ultra Alta Performance para o<br />

segmento SUV. Depois do êxito que teve o modelo SportActive, o Grupo<br />

Giti Tire trabalhou, arduamente, no desenvolvimento de uma versão<br />

deste pneu para veículos SUV, um segmento em contínuo crescimento,<br />

que reclama pneus de qualidade a bom preço e que sejam capazes de<br />

satisfazer as necessidades mais exigentes. O SportActive SUV proporciona<br />

distâncias de travagem mais curtas tanto em piso seco como molhado,<br />

uma maior eficiência de combustível, uma menor resistência ao rolamento<br />

e uma melhor aderência lateral, reduzindo, consideravelmente, o risco<br />

de aquaplaning. Tudo isto, somado com a alta precisão que acrescenta à<br />

condução a altas velocidades, faz deste pneu a escolha segura, em que a<br />

alta performance e a satisfação estão absolutamente garantidas. O design<br />

especial <strong>dos</strong> blocos nos ombros, os compostos inovadores e a configuração<br />

de canais mais largos, são algumas das características destes pneus de<br />

alta tecnologia, que apresentam, também, uma rigidez melhorada para<br />

conseguir uma otimização na condução em curvas, com respostas mais<br />

rápidas e precisas. As medidas que a Tiresur disponibiliza são: 255/55R18<br />

98V, 235/50R18 97V, 235/60R18 107V, 235/55R19 105V, 255/50R19 107W,<br />

e 255/55R19 111V. Também estará disponível por encomenda a medida<br />

255/55R18 109W.<br />

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José Aniceto & Irmão, Lda.<br />

Zona Industrial, Lote 13<br />

Apartado 53<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 51


PN <strong>Pneus</strong><br />

Veja o vídeo em www.revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />

FALKEN DESDE O INÍCIO<br />

Situada em Vila Real, a PN <strong>Pneus</strong> abraçou a Falken logo na fundação da casa,<br />

em 2014. A parceria com a AB Tyres tem sido frutífera e o negócio próspero<br />

A<br />

história da PN <strong>Pneus</strong> é recente.<br />

Fundada em 2014, pelas mãos de<br />

Pedro Nóbrega, que “empresta”<br />

as iniciais do seu nome próprio<br />

e apelido à empresa que administra, esta<br />

casa especializada em pneus está situada em<br />

Vila Real. Apesar de ter nascido em Lisboa,<br />

o responsável decidiu, em 1998, acompanhar<br />

os seus pais no seu regresso à terra<br />

natal. Cumprido o serviço militar, Pedro Nóbrega<br />

abraçou o negócio <strong>dos</strong> pneus para<br />

não mais o largar. Há três anos, depois de<br />

angariar experiência no ramo, optou pela<br />

criação de uma empresa própria. Começou<br />

sozinho, mas depressa o negócio justificou<br />

a contratação de mais funcionários. Hoje,<br />

a equipa é composta por quatro pessoas,<br />

dispondo de um espaço com 450 m2 e de<br />

um segundo pavilhão, nas imediações, com<br />

mais 350 m2, que alberga parte do stock de<br />

pneus. “Em termos de stock de pneus novos,<br />

conseguimos ter 900 unidades. A capacidade<br />

é mais ou menos essa. Comecei com<br />

80 pneus novos”, recorda.<br />

O sucesso da PN <strong>Pneus</strong>, de resto, é sustentado<br />

pelo crescimento do número<br />

de vendas destes componentes pretos<br />

de borracha: 2.500 (2015) e 3.100 (2016),<br />

acreditando o gerente que, em 2017, a casa<br />

conseguirá comercializar perto de 3.800<br />

unidades.<br />

A relação entre a PN <strong>Pneus</strong>, a AB Tyres e a<br />

Falken não podia ter começado mais cedo.<br />

Coincide quase com a criação da casa (ver<br />

caixa, nestas páginas) e tem sido bastante<br />

frutífera, como assegura a mesma fonte.<br />

“Apoiam-nos bastante. Quem trabalha a<br />

marca, deve fazer um bom papel para ela<br />

crescer também. Logo, se a marca cresce,<br />

nós também vamos crescer”, diz.<br />

A oferta da PN <strong>Pneus</strong> é abrangente. “<strong>Pneus</strong><br />

ligeiros, 4x4, comerciais e alguma coisa de<br />

pesa<strong>dos</strong>, porque não temos máquina, desmontamos<br />

estes à mão. Também temos só<br />

três ou quatro clientes de pesa<strong>dos</strong>. Não<br />

queremos muitos, mas bons”, refere. A carteira<br />

de clientes é ampla. “Vila Real, Lamego,<br />

Murça, Mirandela, Macedo de Cavaleiros...<br />

Chegam a vir pessoas de Montalegre, de<br />

Boticas e da Régua. Ao todo, serão cerca<br />

2.300 clientes. O negócio tem corrido muito<br />

bem. Queremos mantê-los porque, hoje,<br />

o mercado é complicado. Desses clientes,<br />

70% estão fideliza<strong>dos</strong>. Os outros 30%, não.<br />

52 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017


Publireportagem<br />

ATENDIMENTO PERSONALIZADO<br />

ACONSELHAMENTO<br />

AOS CLIENTES<br />

Quando surgiu a oportunidade de abraçar o<br />

projeto apresentado pela AB Tyres, de passar<br />

a representar a Falken, Pedro Nóbrega nem<br />

hesitou. Estava no arranque da empresa e era<br />

a altura propícia para investir em marcas com<br />

potencial. “Eu já conhecia a Falken desde 2003.<br />

Como não havia ninguém a vendê-la na zona,<br />

achei que era uma boa oportunidade”, explica.<br />

“Michelin e Goodyear, por exemplo, toda a gente<br />

vende. Temos de marcar a diferença”.<br />

O responsável gosta de aconselhar os clientes<br />

quando estes procuram um pneu Falken.<br />

“Primeiro, pergunto qual é a viatura a que se<br />

destina”. Quando considera que se enquadra,<br />

de forma excelente, como um produto de qualidade<br />

e de preço acessível, como, por exemplo,<br />

nas gamas baixas e em veículos de cariz comercial,<br />

trata de explicar aos interessa<strong>dos</strong> as várias<br />

competências da marca Falken.<br />

Mas tentamos agarrá-los e procurar outros”,<br />

conta Pedro Nóbrega.<br />

Serviços alarga<strong>dos</strong><br />

De forma a aumentar a sua rentabilidade,<br />

Pedro Nóbrega decidiu alargar a atividade<br />

aos serviços rápi<strong>dos</strong>, como, por exemplo, a<br />

mudança de discos e de óleo. O dinamismo<br />

é fundamental neste ramo. “Já que o cliente<br />

entra aqui, aproveitamos para fazer estes<br />

serviços. Como temos máquina de alinhamento<br />

de direção, basta ter uma ponteira,<br />

com folga, ou um casquilho, aproveitamos<br />

e alinhamos logo a direção para ficar tudo<br />

em condições”.<br />

Prova de que a decisão foi acertada é que esta<br />

área de atividade já representa, atualmente,<br />

20% do total do negócio da PN <strong>Pneus</strong>. “Em<br />

PN PNEUS<br />

Gerente Pedro Nóbrega<br />

Morada Lugar da Veiga, Bloco A3,<br />

5000 - 552 Vila Real<br />

Telefone 259 348 344<br />

Email geral@pnpneus.pt<br />

Site www.pnpneus.pt<br />

termos de margens, não tem nada a ver com<br />

os pneus”, acrescenta o responsável. Importante<br />

para a casa foi ainda a criação do SOS<br />

Furo, um serviço que “salva” os clientes, entre<br />

as 6h30 e as 23h, de uma situação inesperada,<br />

contando, para o efeito, com uma carrinha<br />

comercial devidamente equipada.<br />

Pedro Nóbrega orgulha-se de “ter começado<br />

praticamente do zero” e de estar a ver a PN<br />

<strong>Pneus</strong> prosperar. “Os clientes comentam que,<br />

nesta casa, o serviço e o aconselhamento<br />

é sempre de qualidade”, sublinha. Sobre as<br />

expectativas de futuro, o responsável é contido.<br />

Não pretendo muita euforia. Quero ter<br />

convívio com o cliente. Não quero montar<br />

os pneus apenas. Quero conhecer melhor<br />

os clientes e marcar a diferença, para que<br />

estes confiem sempre na PN <strong>Pneus</strong>”, conclui.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 53


Empresa<br />

J. Alves<br />

Referência<br />

incontornável<br />

Embora esteja muito virada para o setor da manutenção e reparação automóvel, a<br />

J. Alves, referência incontornável na região norte do país, é, também, especialista em<br />

pneus, área que assegura, de resto, 11% do volume total de faturação da rede<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Guimarães, Penafiel, Santo Tirso,<br />

Felgueiras, Porto, Vila Nova de Famalicão,<br />

Vila Nova de Gaia, Aves,<br />

Bragança, Mirandela, Maia, Póvoa<br />

de Varzim e, de há cerca de três meses para<br />

cá, Paços de Ferreira. A J. Alves – Oficinas<br />

Auto, Lda. está presente em diversas cidades<br />

da região norte. São nada menos do que<br />

13 pontos onde os clientes encontram um<br />

atendimento sério, personalizado e competente.<br />

Ou não fosse a principal missão da<br />

estrutura criada por João Alves há 28 anos<br />

garantir a maior qualidade <strong>dos</strong> serviços e<br />

assegurar a segurança e satisfação de quem<br />

a procura. Em to<strong>dos</strong> os pontos da rede, são<br />

vários os denominadores comuns: imagem<br />

uniformizada, invejável nível de limpeza,<br />

equipamentos e peças topo de gama, equipa<br />

qualificada, preços competitivos.<br />

w 28 ANOS DE MERCADO<br />

As origens da J. Alves remontam a 1989,<br />

quando, em Nespereira, Guimarães, João<br />

Alves, com 27 anos de idade, abriu a Escapes<br />

J. Alves, criando, assim, o seu próprio<br />

negócio e deixando para trás um percurso<br />

efetuado na área da chapa e pintura. Natural<br />

de Santo Tirso, João Alves centrou o seu<br />

negócio, primeiro, nos escapes, tendo, mais<br />

tarde, alargado a sua área de intervenção a<br />

serviços de mecânica rápida. O negócio foi<br />

evoluindo e a abertura de mais oficinas foi<br />

acontecendo. “Hoje, somos uma rede séria<br />

que dispõe de 13 pontos na região norte.<br />

Criámos uma imagem própria e implementámos<br />

uma política que é seguida à risca<br />

54 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017


por todas as nossas oficinas. Somos uma<br />

empresa muito virada para o setor da manutenção<br />

e reparação automóvel, mesmo não<br />

tendo chapa e pintura”, explica João Alves.<br />

Que, a seguir, acrescenta: “E há mais de 12<br />

anos que trabalhamos pneus. 11% do nosso<br />

volume total de faturação é, de resto, assegurado<br />

por eles. Foi a última área a entrar<br />

para a nossa organização. Trabalhamos com<br />

todas as marcas de pneus e pertencemos à<br />

Pneuport em termos de compras”.<br />

Com uma estrutura composta por 60 colaboradores,<br />

a J. Alves foi, ao longo da sua<br />

história, capitalizando experiência, com<br />

a finalidade de melhor servir os clientes.<br />

Sempre com qualidade e transparência,<br />

apresentando <strong>dos</strong> preços mais baixos do<br />

mercado. A equipa de profissionais qualifica<strong>dos</strong><br />

de que dispõe permite-lhe prestar um<br />

serviço de elevada qualidade em diversas<br />

áreas: mecânica, eletricidade, pneus, escapes,<br />

amortecedores e catalisadores, só para<br />

citarmos algumas.<br />

w CAPITAL HUMANO<br />

Todas as oficinas J. Alves dispõem de um<br />

stock diversificado de produtos, como os<br />

pneus, para a maioria das marcas de automóveis.<br />

No entanto, o capital humano<br />

é o mais importante. “O negócio são as<br />

pessoas, como costumo dizer. O segredo<br />

do nosso negócio está na equipa coesa<br />

e qualificada de que dispomos, que está<br />

apta a resolver qualquer problema. Temos<br />

A oficina de Paços de Ferreira abriu há<br />

cerca de três meses. O layout foi decalcado<br />

das outras 12 que a J. Alves tem no norte,<br />

sempre com equipamentos e peças de topo<br />

por hábito fidelizar os clientes. E a maioria<br />

deles está fidelizada”, frisa João Alves. Onde<br />

faz esta rede a diferença? “Na imagem, na<br />

organização (que obedece a uma política<br />

interna), na limpeza, no atendimento e nos<br />

serviços presta<strong>dos</strong>. A formação garante-<br />

-nos qualificação e competência”, revela<br />

o responsável.<br />

O profissionalismo e o know-how asseguram<br />

um serviço de excelência, potenciado pelos<br />

melhores equipamentos de diagnóstico e<br />

por campanhas de desconto que permitem<br />

praticar os melhores preços. Tendo perfeita<br />

noção de que a segurança <strong>dos</strong> seus clientes<br />

depende da sua intervenção, os profissionais<br />

da J. Alves procuram as soluções adequadas,<br />

estabelecendo uma relação de confiança<br />

com o cliente, que perdura há mais de<br />

um quarto de século e que continua em<br />

expansão. A J. Alves é uma empresa que<br />

não se preocupa apenas com o bem-estar<br />

do cliente, mas, também, com o ambiente,<br />

cumprindo todas as regras no tratamento<br />

de resíduos produzi<strong>dos</strong>.<br />

Assumindo que a vertente online do negócio<br />

é, hoje, imprescindível, João Alves reconhece<br />

que há trabalho a fazer nesta área. “O nosso<br />

site ainda não está muito desenvolvido. É<br />

utilizado, essencialmente, para pedi<strong>dos</strong> de<br />

orçamento”. E quanto ao futuro? “Estamos a<br />

planear abrir mais duas oficinas: Lousada e<br />

Penafiel. Em princípio, só no início de 2018,<br />

uma vez que este ano já será difícil. Também<br />

estamos a equacionar alargar a nossa<br />

área de ação ao interior do país”, conclui o<br />

responsável. ♦<br />

J. Alves – Oficinas Auto, Lda.<br />

Administrador João Alves | Sede Estrada Nacional 105, n.° 2917, 4835 – 517 Nespereira (Guimarães) | Telefone 253 584 941<br />

Fax 253 567 102 | Email geral@jalves.pt | Site www.jalves.pt<br />

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Empresa<br />

Tuga <strong>Pneus</strong><br />

Orgulho<br />

nacional<br />

Sediada no Porto, a Tuga <strong>Pneus</strong>, liderada por Filipe Sereno, é um distribuidor de âmbito<br />

(e orgulho) nacional. A aposta nos pneus pesa<strong>dos</strong>, nos pneus de empilhadores e na<br />

mecânica rápida, fazem esquecer a má experiência vivida no mercado africano<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Aos 38 anos idade, Filipe Sereno<br />

já conta com quase 20 no setor<br />

do pneus. “Mal fiz 18 anos, tirei<br />

a carta de condução e comecei<br />

como motorista numa empresa do ramo”,<br />

revela o responsável da Tuga <strong>Pneus</strong>. “Quando<br />

comecei, em 1998”, recorda, “o mercado era<br />

muito diferente do que é hoje. Existiam poucos<br />

distribuidores. Eram cerca de cinco para<br />

o país inteiro. Praticavam-se outros preços.<br />

As margens eram elevadas e o prazo de entrega<br />

facilmente chegava aos quatro dias. Era<br />

fácil trabalhar e fazer dinheiro nessa altura”.<br />

A comparação com os dias de hoje, torna-<br />

-se, assim, inevitável. Atualmente, as casas<br />

de pneus não fazem stock. Não precisam.<br />

Têm empresas que fazem várias entregas<br />

por dia”, frisa Filipe Sereno.<br />

O responsável da Tuga <strong>Pneus</strong> não é pessoa<br />

de meias palavras. Por isso, refere, sem rodeios<br />

(e sem receios), que “os distribuidores<br />

têm a vida cada vez mais difícil”. Até porque<br />

“os nossos maiores concorrentes são os fabricantes<br />

de pneus. Chegam diretamente<br />

aos clientes, passando por cima de nós, em<br />

sentido figurado, claro está”, afirma o nosso<br />

interlocutor. E aponta a solução: “Quem tiver<br />

margens e método para trabalhar, sobreviverá.<br />

Mas avizinham-se tempos muito<br />

difíceis. O nosso mercado é pequeno para<br />

tantos distribuidores, que têm de estar mais<br />

atentos”. Para fazer face a esta realidade, a<br />

Tuga <strong>Pneus</strong> começou a procurar outros merca<strong>dos</strong><br />

e outros brokers na Europa. Além disso,<br />

estabeleceu parcerias com concessionários,<br />

introduziu novas linhas de produto e alargou<br />

a sua oferta de serviços.<br />

w PRONÚNCIA DO NORTE<br />

Jovem em idade mas experiente no ramo,<br />

Filipe Sereno montou o seu próprio negócio<br />

em 2007, quando criou uma empresa em<br />

nome individual. Três anos mais tarde, na<br />

Rua Serpa Pinto, n.° 161, no Porto, abriu a<br />

Tuga <strong>Pneus</strong>. A origem da denominação é,<br />

no mínimo, curiosa. “Como já trabalhava há<br />

vários anos neste ramo, conhecia (e conheço)<br />

muita gente na Europa. Já fiz muitas viagens<br />

e visitei muitos países. Principalmente em<br />

Espanha, algumas pessoas tratam-me por<br />

tuga. Expressões como ‘Então, tuga, estás<br />

56 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017


om?’ ou ‘Lá vem o tuga <strong>dos</strong> pneus’, são<br />

muito frequentes. Resolvi, por isso, chamar<br />

Tuga <strong>Pneus</strong> à empresa que fundei em 2010”,<br />

revela o administrador.<br />

Com uma equipa composta por 12 colaboradores,<br />

a empresa portuense tem um stock<br />

que se situa entre as 25.000 e as 30.000 rodas<br />

nos cerca de 5.000 m 2 que totalizam os dois<br />

espaços de que dispõe. E que espaços são<br />

esses? O primeiro, na Rua Serpa Pinto, inclui<br />

oficina (montagem de pneus e mecânica<br />

rápida), serviço de pesa<strong>dos</strong> e stock de pneus<br />

para pesa<strong>dos</strong>, empilhadores e veículos industriais.<br />

Em Alfena, instalações que foram<br />

inauguradas no dia 1 de agosto deste ano,<br />

está localizado o stock de ligeiros.<br />

No conjunto das duas instalações, a Tuga<br />

<strong>Pneus</strong> dispõe de cerca de 5.000 m 2 , que<br />

albergam um stock que se situa entre as<br />

25.000 e as 30.000 rodas<br />

diárias num raio de 30 km através da sua<br />

frota, composta por três viaturas. Se não<br />

tiver os pneus em stock ou caso receba um<br />

pedido especial, bastará ao cliente esperar<br />

24 horas. Igualmente relevante é o serviço<br />

específico para pneus de empilhadores. A<br />

empresa desloca-se à casa do cliente, traz os<br />

pneus maciços para, depois, voltar a entregá-<br />

-los, dispondo de uma viatura elétrica para<br />

este efeito.<br />

w AVENTURA AFRICANA<br />

Com uma carteira que ronda os 500 clientes<br />

a nível nacional, a Tuga <strong>Pneus</strong> é uma<br />

empresa familiar em dimensão mas grande<br />

em ambição. O que ajuda a explicar a decisão<br />

que tomou no final de 2015: entrar<br />

no mercado africano no ano seguinte. “Tivemos<br />

uma quebra em 2016 por causa da<br />

nossa aventura em África. Despendemos<br />

tempo e baixámos o nosso volume de faturação.<br />

No final do ano passado, fizemos<br />

uma inversão no nosso negócio. Abrimos<br />

um novo armazém, introduzimos serviços<br />

de mecânica rápida e passámos a dispor<br />

de pneus para pesa<strong>dos</strong> e empilhadores”,<br />

refere Filipe Sereno. Reconhecendo que a<br />

aposta em África foi um falhanço, o administrador<br />

da Tuga <strong>Pneus</strong>, no tom simpático<br />

que o caracteriza, revela ainda que “o sucesso<br />

registado nos pneus pesa<strong>dos</strong> surgiu<br />

mais rápido do que o previsto. Vamos ter de<br />

reorganizar as instalações do Porto, que vão<br />

ficar pequenas. Os pesa<strong>dos</strong> obrigam a ter<br />

um centro de logística muito forte”.<br />

Finda a má experiência vivida no mercado<br />

africano, a Tuga <strong>Pneus</strong> decidiu concentrar<br />

todas as suas forças no mercado português,<br />

aquele que conhece bem e onde se<br />

sente como “peixe na água”. O volume de<br />

faturação, esse, voltou a subir, muito graças<br />

ao facto de terem sido adiciona<strong>dos</strong> à<br />

oferta da empresa pneus para pesa<strong>dos</strong> e<br />

empilhadores. “2017 será o nosso melhor<br />

ano de sempre”, frisa o administrador, que<br />

está, também, ligado ao futebol. “Sou diretor<br />

de instalações e segurança do Estádio do<br />

Boavista F.C.”, revela. No início de 2018, a Tuga<br />

<strong>Pneus</strong> passará a dispor, também, de pneus<br />

agrícolas e industriais. E quanto à vertente<br />

online do negócio? “Temos um portal para<br />

as casas de pneus, que consultam o nosso<br />

stock e fazem encomendas. 70% das nossas<br />

vendas são feitas online”, conclui Filipe<br />

Sereno. ♦<br />

A Tuga <strong>Pneus</strong> é um distribuidor de âmbito<br />

nacional (continente e ilhas) que se dedica<br />

à revenda de pneus e serviços rápi<strong>dos</strong>, estando,<br />

contudo, mais vocacionado para a<br />

região norte, que assegura 70% do seu negócio.<br />

Marcas com as quais trabalha? Três<br />

provenientes da China para ligeiros (Kapsen;<br />

Constancy; Premme) e todas as premium.<br />

“Não temos contrato de exclusividade com<br />

ninguém. Trabalhamos diretamente com<br />

to<strong>dos</strong> os fabricantes. O nosso cliente está,<br />

contudo, mais vocacionado para as marcas<br />

premium”, refere Filipe Sereno. Revelando<br />

que 15% da sua faturação se deve a serviços<br />

oficinais, sendo a restante percentagem<br />

assegurada pela revenda de pneus, o<br />

administrador defende que o forte da Tuga<br />

<strong>Pneus</strong> é a revenda. E afirma que a empresa<br />

que lidera efetua uma ou duas entregas<br />

Tuga <strong>Pneus</strong><br />

Administrador Filipe Sereno | Sede Rua Serpa Pinto, n.° 161, 4050 – 585 Porto | Telefone 229 687 004 | Fax 229 686 427<br />

Email geral@tugapneus.pt | Site www.tugapneus.pt<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 57


Gestão<br />

Acabar com o<br />

triângulo do<br />

roubo<br />

No mundo <strong>dos</strong> negócios, existe algo<br />

conhecido como o “Triângulo do Roubo”.<br />

É um conceito muito fácil de explicar.<br />

Quando existe uma necessidade e pouco<br />

risco conjugado com oportunidade,<br />

a probabilidade de roubo aumenta<br />

Na verdade, na maioria <strong>dos</strong> casos,<br />

quando os três vértices do<br />

triângulo se encontram, o roubo<br />

ocorre. No “Triângulo do Roubo”,<br />

o único ponto que pode controlar é o risco.<br />

PODERIA ACONTECER NA SUA EMPRESA?<br />

Quase todas as oficinas de pneus têm um<br />

contentor para o lixo, normalmente nas traseiras<br />

do edifício. Num caso, um funcionário<br />

descontente (por exemplo, o “José” - nome<br />

fictício), decidiu que recebia pouco e resolveu<br />

fazer algo a esse respeito.<br />

Um amigo precisava de um conjunto de<br />

pneus e depois de descobrir que ele custava<br />

mais de €500, perguntou ao “José” se<br />

ele conseguia fazer uma oferta melhor. O<br />

“José” respondeu “Claro que sim.” No dia seguinte,<br />

depois de saber as dimensões, o “José”<br />

pega, despreocupadamente, em dois pneus<br />

com as dimensões pretendidas, leva-os para<br />

as traseiras da loja e deita-os no contentor.<br />

Ninguém está a prestar atenção e ele regressa<br />

rapidamente ao trabalho.<br />

Mais tarde, nessa noite, ele conduz o seu<br />

automóvel até à loja que já se encontra às<br />

escuras e tira os pneus do contentor. Repete o<br />

procedimento no dia seguinte e, de repente,<br />

já tem os quatro pneus para o amigo que em<br />

seguida os compra por €400, uma “verdadeira<br />

pechincha”.<br />

Pensa que isto não poderia acontecer na<br />

sua oficina? Pense novamente. Quando a<br />

necessidade existe (o funcionário acha que<br />

recebe pouco) e a oportunidade se apresenta<br />

(o contentor nas traseiras) envolvendo pouco<br />

risco, é muito provável que o roubo aconteça.<br />

MEDIDAS PARA IMPEDIR O ROUBO<br />

O que fazer para impedir roubos ou desvios<br />

de fun<strong>dos</strong> no seu negócio? Indicamos, em<br />

seguida, algumas medidas simples que pode<br />

implementar para se certificar que os seus<br />

funcionários se mantêm honestos.<br />

Inventário mensal<br />

Deverá realizar um inventário físico uma vez<br />

por mês, para se certificar que os seus pneus<br />

estão to<strong>dos</strong> contabiliza<strong>dos</strong>. Embora este procedimento<br />

seja um transtorno, o resultado<br />

final é um balanço muito mais preciso e uma<br />

prova de que os seus funcionários são honestos.<br />

Agende estas auditorias de inventário em<br />

momentos diferentes para que funcionários<br />

potencialmente desonestos permaneçam<br />

na incerteza.<br />

Registos de funcionários<br />

Certifique-se de que faz a verificação de antecedentes<br />

de to<strong>dos</strong> os funcionários — de<br />

to<strong>dos</strong> os níveis. Uma vez que a lei é muito<br />

sensível nesta área, os empregadores não<br />

podem revelar se despediram alguém por<br />

roubo ou qualquer outro tipo de indiscrição.<br />

Mas poderá colocar uma pergunta crucial<br />

para perceber se a pessoa saiu da empresa<br />

de forma amigável: “Voltaria a contratar esta<br />

pessoa?” A resposta a esta pergunta irá dizer-<br />

-lhe muito sobre se pretende ou não esta<br />

pessoa na sua equipa.<br />

Teste de drogas<br />

Terá de cumprir todas as leis e seguir as orientações<br />

do seu advogado ou profissional de<br />

recursos humanos caso pretenda testar os<br />

seus funcionários quanto ao consumo de<br />

drogas. É importante que mantenha a consistência<br />

na sua política, ou seja, to<strong>dos</strong> deverão<br />

58 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017


Como manter os funcionários honestos<br />

ser sujeitos aos testes, desde os gerentes e<br />

pessoal de vendas aos técnicos, sem exceção.<br />

Envolvimento <strong>dos</strong> funcionários<br />

Peça aos seus funcionários que estejam atentos<br />

a roubos. Caso esteja a ser alvo de roubo<br />

por parte de um funcionário, esse mesmo<br />

funcionário estará, também, a roubar os<br />

outros, prejudicando os seus benefícios e<br />

bónus. Poderá dar o seu número de telefone<br />

e, simplesmente, pedir aos funcionários que<br />

liguem de forma anónima e avisem sobre<br />

quem está a roubar. Apanhar o responsável<br />

em flagrante será fácil depois de saber onde<br />

procurar.<br />

Reembolsos em numerário<br />

Esteja alerta relativamente a créditos no registo<br />

diário de caixa inseri<strong>dos</strong> pelo mesmo<br />

funcionário. Poderá estar a inserir créditos<br />

falsos e a retirar dinheiro da caixa registadora.<br />

Auditorias surpresa<br />

Verifique a sua caixa registadora quanto a<br />

cheques pré-data<strong>dos</strong> para confirmar se algum<br />

<strong>dos</strong> seus funcionários usou fun<strong>dos</strong> “empresta<strong>dos</strong>”<br />

com a intenção de restitui-los através<br />

do lembrete de cheques. Adicionalmente,<br />

execute um registo de faturas a meio do dia<br />

para verificar os sal<strong>dos</strong> de caixa.<br />

Câmaras de segurança<br />

Este é um bom investimento para se certificar<br />

que a “honestidade é a política que vigora” no<br />

seu negócio. Também é uma ajuda caso um<br />

cliente alegue que o seu veículo foi danificado<br />

enquanto estava nas suas instalações.<br />

Contentores<br />

Coloque luzes junto aos contentores para<br />

que, durante a noite, se torne mais arriscado<br />

tentar recuperar pneus escondi<strong>dos</strong>.<br />

Recibos manuais<br />

Esta opção nunca é boa ideia, especialmente<br />

tendo em conta a vasta seleção de pontos<br />

de venda computoriza<strong>dos</strong> disponível no<br />

mercado. Um sistema escrito à mão é um<br />

convite à fraude. O seu funcionário poderá<br />

estar a trabalhar com um <strong>dos</strong> seus clientes,<br />

reparar o automóvel e, em seguida, deitar<br />

fora o recibo manual.<br />

Entregas urgentes<br />

Certifique-se que todas as peças encomendadas<br />

ao seu fornecedor incluem a respetiva<br />

ordem de compra especificada na fatura<br />

do fornecedor. Confirme que as ordens de<br />

compra e os números da fatura do fornecedor<br />

correspondem às faturas de cliente,<br />

para assegurar que as peças são faturadas<br />

corretamente.<br />

Abertura de correio<br />

Os contabilistas não devem abrir o correio.<br />

Caso receba notificações referentes a impostos<br />

e alertas relativos a pagamentos venci<strong>dos</strong>,<br />

a pessoa que abre o correio poderá eliminar<br />

Até as pequenas empresas<br />

podem acumular<br />

grandes perdas quando<br />

a necessidade e a<br />

oportunidade se aliam a<br />

riscos reduzi<strong>dos</strong><br />

Necessidade<br />

Triângulo do Roubo<br />

Pouco risco<br />

Oportunidade<br />

A probabilidade de roubo no seu negócio<br />

aumenta quando existe uma necessidade,<br />

pouco risco e oportunidade<br />

estes documentos importantes a manter a<br />

fraude oculta. O contabilista não deve ter<br />

acesso a este tipo de informação.<br />

Depósitos bancários<br />

Caso receba cheques <strong>dos</strong> seus clientes, outra<br />

pessoa que não o seu contabilista deverá<br />

registar o montante total <strong>dos</strong> cheques, utilizando<br />

uma calculadora com rolo de papel e<br />

passar essa informação impressa ao proprietário.<br />

Em seguida, essa pessoa deverá certificar-se<br />

que, to<strong>dos</strong> os dias, a quantidade de<br />

depósitos de cheques corresponde ao valor<br />

desse dia registado no papel da calculadora<br />

de rolo. Há conhecimento de vários casos nos<br />

quais os contabilistas roubaram cheques das<br />

suas empresas para depositarem os mesmos<br />

em contas pessoais que abriram em separado.<br />

Extratos bancários<br />

Certifique-se sempre que o extrato bancário<br />

da empresa é enviado para a casa do proprietário.<br />

Em seguida, o proprietário deverá<br />

rever to<strong>dos</strong> os cheques passa<strong>dos</strong> durante o<br />

mês. Há conhecimento de vários casos nos<br />

quais os contabilistas passaram cheques para<br />

aquisição de bens pessoais ou em nome próprio<br />

e a única forma de descobrir que isto<br />

acontece é verificar cada um <strong>dos</strong> cheques<br />

valida<strong>dos</strong> pelo banco.<br />

Extratos de cartão de crédito<br />

Estes também devem ser envia<strong>dos</strong> para a casa<br />

do proprietário e todas as compras devem<br />

ser analisadas.<br />

Embora os tribunais possam exigir indemnizações<br />

em caso de condenação por desvio<br />

de fun<strong>dos</strong>, os pequenos furtos diários podem<br />

afetar os resulta<strong>dos</strong> da sua empresa. Algo tão<br />

pequeno quanto “pedir emprestado” um selo<br />

postal para enviar uma carta pessoal pode<br />

ter impacto nos resulta<strong>dos</strong> da sua empresa.<br />

Ou algo tão simples como os funcionários<br />

tirarem latas de refrigerante da máquina pode<br />

representar custos. Se a sua empresa está a ter<br />

uma receita líquida de 5% consulte a Tabela<br />

1 publicada neste artigo, para perceber que<br />

valor em vendas é necessário para contrabalançar<br />

estes pequenos furtos.<br />

NEM TODOS SÃO DESONESTOS<br />

O “José” tem família e quer melhorar a sua<br />

vida mas você está a impedi-lo. Ele pode estar<br />

convencido que você lhe “deve” algo, por conseguinte<br />

a oportunidade de vender alguns<br />

pneus à socapa não lhe parece desonesto.<br />

O amigo do “José” está sempre a dizer-lhe que<br />

ele é estúpido por não ficar com uma parte<br />

mais justa <strong>dos</strong> lucros. Você é um comerciante<br />

de pneus bem-sucedido que ganha imenso<br />

dinheiro, não vai dar por falta de alguns pneus<br />

aqui e ali.<br />

O sucesso da sua empresa depende da<br />

equipa de funcionários que tem à sua volta.<br />

Cabe-lhe a si mantê-los motiva<strong>dos</strong>, garantir<br />

que recebem formação adequada e assegurar<br />

que se mantêm concentra<strong>dos</strong> nas suas tarefas<br />

diárias. Também é da sua responsabilidade<br />

mantê-los honestos. Assim como remunerá-<br />

-los condignamente.<br />

O seu dinheiro é fruto de muito trabalho. Não<br />

o ofereça de “mão beijada”. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 59


Passatempo<br />

Teste os seus<br />

conhecimentos<br />

Desafiamo-lo a testar os seus<br />

conhecimentos sobre pneus respondendo<br />

às perguntas simples deste questionário.<br />

Faça o teste individualmente ou em grupo<br />

e veja no final quantas perguntas acertou<br />

1 / 9<br />

Em condições de inverno, para uma<br />

tração otimizada em estrada devo:<br />

A Equipar pneus de inverno apenas no eixo<br />

motriz para melhorar o desempenho no<br />

arranque<br />

B Executar verificações gerais aos pneus (por<br />

exemplo, pressão de ar, profundidade do<br />

piso) e assegurar que foram concebi<strong>dos</strong><br />

para utilização em todas as condições<br />

meteorológicas<br />

C Equipar o meu veículo com quatro<br />

pneus de inverno para assegurar uma<br />

estabilidade adequada<br />

D Equipar pneus de inverno no eixo traseiro<br />

apenas para melhorar o desempenho e o<br />

comportamento em curva<br />

2 / 9<br />

Qual a melhor opção ao instalar um par<br />

de pneus novos num veículo?<br />

A Na frente para uma melhor reação em caso<br />

de travagem urgente<br />

B Na traseira para manter um melhor<br />

controlo do automóvel e para maximizar a<br />

aderência na traseira<br />

C Basta substituir os dois pneus mais usa<strong>dos</strong><br />

ou mais gastos<br />

D Um na dianteira e outro na traseira<br />

3 / 9<br />

Os condutores devem verificar sempre a<br />

profundidade do piso <strong>dos</strong> pneus.<br />

A Verdadeiro<br />

B Falso<br />

4 / 9<br />

Os condutores devem verificar a pressão<br />

<strong>dos</strong> pneus?<br />

A Não, o especialista de pneus vai verificar<br />

a pressão quando o veículo for à<br />

manutenção<br />

B Apenas antes de viagens longas e se o<br />

automóvel tiver excesso de peso<br />

C Sim, os pneus devem ser verifica<strong>dos</strong>,<br />

pelo menos, uma vez por mês quando<br />

estiverem frios<br />

D Nunca, porque o meu automóvel está<br />

equipado com TPMS<br />

5 / 9<br />

Quais são as consequências de conduzir<br />

com pneus com pressão insuficiente?<br />

Marque todas as opções que se aplicam.<br />

A Aumento do consumo de combustível<br />

B Redução da longevidade <strong>dos</strong> pneus<br />

C Menor estabilidade e aderência à estrada<br />

D Não há consequências, apenas pneus<br />

com pressão excessiva podem afetar,<br />

negativamente, o comportamento e<br />

provocar falhas perigosas nos pneus<br />

E O automóvel vai emitir um ruído estranho<br />

6 / 9<br />

Como fazer para descobrir a pressão<br />

correta <strong>dos</strong> pneus?<br />

A Consultando as informações do fabricante<br />

no manual do veículo, na porta do<br />

60 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017


Questionário sobre pneus<br />

automóvel, na tampa do depósito de<br />

combustível e/ou no porta-luvas<br />

B Perguntando ao meu vizinho ou ao meu<br />

pai<br />

C Pesquisando na Internet pela pressão<br />

recomendada para os meus pneus<br />

D Observando cuida<strong>dos</strong>amente o<br />

manómetro de pressão <strong>dos</strong> pneus, o qual<br />

me irá indicar o nível de pressão certo<br />

7 / 9<br />

Que devo fazer para verificar a pressão<br />

<strong>dos</strong> pneus? Marque todas as opções que<br />

se aplicam.<br />

A Conduzir até um posto de abastecimento<br />

ou concessionário<br />

B Realizar uma inspeção visual <strong>dos</strong> pneus<br />

C Utilizar um manómetro de pressão de<br />

pneus para medir a pressão e adicionar ar<br />

conforme necessário<br />

D Dar um pontapé ao pneu<br />

8 / 9<br />

É útil verificar a pressão do pneu<br />

sobresselente?<br />

A Não, depois de aplicada a pressão certa<br />

não é necessário verificar antes de utilizar<br />

B Sim, um pneu perde pressão de forma<br />

natural ao longo do tempo, tal como um<br />

balão<br />

C Não tenho um pneu sobresselente<br />

D Os pneus sobresselentes não são<br />

importantes<br />

9 / 9<br />

Quais das seguintes condições não se<br />

aplicam a um armazenamento de pneus<br />

adequado?<br />

A Armazenar sob uma luz artificial fraca<br />

B Armazenar em condições secas<br />

C Manter sob temperaturas extremamente<br />

quentes ou frias<br />

D Armazenar os pneus monta<strong>dos</strong> numa<br />

posição vertical, livre de qualquer tensão<br />

Respostas certas<br />

1/9<br />

C Em condições de inverno, deverá equipar<br />

sempre o seu veículo com quatro pneus de<br />

inverno para assegurar uma estabilidade adequada.<br />

Se os pneus de inverno forem equipa<strong>dos</strong><br />

apenas no eixo dianteiro, poderá sentir<br />

falta de aderência nos pneus traseiros. Por<br />

conseguinte, de forma a maximizar o desempenho<br />

e a segurança, em condições de inverno<br />

o seu veículo deverá ser equipado com<br />

quatro pneus de inverno.<br />

2/9<br />

B Os pneus novos devem ser instala<strong>dos</strong> na<br />

traseira do automóvel. Em caso de travagem<br />

urgente, a aderência na traseira é essencial<br />

para manter o controlo do veículo. Além do<br />

mais, os condutores devem verificar, regularmente,<br />

a pressão <strong>dos</strong> pneus de acordo com<br />

as recomendações específicas do fabricante<br />

do veículo.<br />

3/9<br />

A Os pneus são o único elemento que liga o<br />

seu veículo à estrada. Por conseguinte, é crucial<br />

que se mantenham em boas condições.<br />

Um pneu em boas condições com suficiente<br />

profundidade de piso consegue cumprir os<br />

respetivos requisitos de desempenho em<br />

curva, em reta e na condução em estradas<br />

com piso molhado. O limite legal da UE<br />

no que respeita ao piso <strong>dos</strong> pneus de automóveis<br />

de passageiros é de 1,6 mm. Para<br />

medir a profundidade do piso, o condutor<br />

pode consultar as marcas e os indicadores<br />

de profundidade de piso visíveis, em cerca<br />

de seis zonas diferentes no pneu. A profundidade<br />

do piso também pode ser verificada<br />

com uma moeda de um euro.<br />

4/9<br />

C A pressão <strong>dos</strong> pneus deve ser verificada<br />

e ajustada antes de qualquer viagem ou em<br />

qualquer altura em que a mudança de temperatura<br />

seja superior a 15 °C. Os pneus devem<br />

ser verifica<strong>dos</strong> quando estiverem frios,<br />

uma vez que a temperatura do ar muda rapidamente<br />

durante a condução. Isto significa<br />

que só deverá verificar pneus que tenham<br />

estado estacionários durante, pelo menos,<br />

duas a três horas. Ou que não tenham sido<br />

utiliza<strong>dos</strong> durante mais de 2 km. Os pneus<br />

perdem pressão em climas mais frios, pelo<br />

que é importante verificar a pressão ao longo<br />

do ano. Após verificar a pressão, certifique-se<br />

que a válvula não está a perder ar e que está<br />

montada corretamente. Os condutores devem<br />

verificar a pressão de ar em to<strong>dos</strong> os pneus<br />

mensalmente, com vista a melhorar o comportamento<br />

do veículo, o consumo de combustível<br />

e a segurança.<br />

5/9<br />

C Conduzir com pneus com uma pressão<br />

20% abaixo do nível recomendado poderá reduzir<br />

a vida útil <strong>dos</strong> pneus até 30%. Pressão<br />

insuficiente é uma das principais causas de<br />

desgaste prematuro nos pneus. Esta condição<br />

pode ser agravada por cargas excessivas ou<br />

por curvas realizadas com velocidade excessiva.<br />

<strong>Pneus</strong> com pressão incorreta podem dar<br />

origem a um comportamento inadequado do<br />

veículo, reduzir a estabilidade na travagem,<br />

reduzir a aderência e provocar um desgaste<br />

desigual. A condução com pneus com pressão<br />

insuficiente afeta a estabilidade geral do veículo<br />

e aumenta quer o consumo de combustível<br />

quer o risco de acidentes.<br />

6/9<br />

A Para verificar o nível de pressão recomendado<br />

para os pneus do seu veículo, consulte<br />

as informações do fabricante. Estas encontram-se<br />

no manual do veículo, numa etiqueta<br />

ou numa placa no interior da porta do condutor,<br />

no interior do porta-luvas ou no interior<br />

da tampa do depósito de combustível. Alternativamente,<br />

os condutores podem encontrar<br />

a informação num posto de abastecimento,<br />

na bomba de ar ou numa oficina de pneus. A<br />

pressão deverá ser definida de acordo com os<br />

requisitos máximos para o veículo.<br />

7/9<br />

C Devemos utilizar um manómetro de pressão<br />

de pneus para verificar a pressão. O manómetro<br />

pode ser adquirido em qualquer loja<br />

de revenda de acessórios de automóveis e é<br />

disponibilizado em três formatos: formato de<br />

caneta, mostrador analógico ou digital. É recomendável<br />

que os condutores escolham um<br />

modelo com indicação em bar e psi. Os postos<br />

de abastecimento também disponibilizam<br />

manómetros de pressão. A verificação visual do<br />

pneu irá alertar apenas para a necessidade de<br />

testar e corrigir a pressão.<br />

8/9<br />

B Um pneu pode perder cerca de 10 kPA por<br />

mês, o que pode resultar numa perda de controlo<br />

e num aumento da tendência para desvio<br />

de trajetória do veículo. Ao verificar a pressão<br />

<strong>dos</strong> pneus de um veículo, é necessário verificar<br />

sempre o pneu sobresselente, para garantir<br />

o desempenho ideal do mesmo em caso<br />

de utilização.<br />

9/9<br />

C Os pneus devem ser manti<strong>dos</strong> a uma temperatura<br />

ambiente constante. A integridade do<br />

pneu será seriamente comprometida caso o<br />

armazenamento seja feito em condições com<br />

muito calor ou muito frio.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 61


Avaliação obrigatória<br />

Mercedes-Benz E 220d Station<br />

Dama de honor<br />

É das melhores (e maiores) carrinhas do mercado. Na versão 220d, esta dama de honor<br />

seduz pela qualidade, espaço, conforto, segurança, prestações e desempenho dinâmico.<br />

Como se tudo isto não bastasse, os fãs da Mercedes-Benz ainda têm outro argumento:<br />

o benefício fiscal para famílias numerosas que é dado pela Autoridade Tributária e<br />

Aduaneira (AT), uma vez que esta versão dispõe de sete lugares<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Limousine, Station, Coupé ou Cabriolet.<br />

A nova Classe E da Mercedes-Benz<br />

adapta-se a todas as personalidades<br />

e aos mais varia<strong>dos</strong> estilos de vida,<br />

assumindo diferentes figurinos em função<br />

das necessidades de mobilidade individuais<br />

ou coletivas. A carroçaria que tem a vocação<br />

mais familiar da gama é a que ensaiamos<br />

na presente edição da <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />

Para mais, dispõe de sete lugares, graças a<br />

uma terceira fila de bancos (adequada apenas<br />

para crianças) instalada na bagageira.<br />

Funcionalidade que é, de resto, tradição<br />

neste modelo, uma vez que as anteriores<br />

gerações já a disponibilizavam. A nota mais<br />

relevante desta característica reside no benefício<br />

fiscal para famílias numerosas que é<br />

dado pela Autoridade Tributária e Aduaneira<br />

(AT), permitindo a este modelo usufruir de<br />

uma redução de ISV. É caso para dizer que<br />

este, sim, é um verdadeiro incentivo para<br />

fazer subir a taxa de natalidade...<br />

w CLASSE DISTINTA<br />

Face à limousine, a station é mais elegante e,<br />

sobretudo, mais consensual. Sem perder um<br />

certo “traço nipónico” que caracteriza esta<br />

nova geração, a carrinha consegue despertar<br />

muita curiosidade e reunir bastante admiração.<br />

Essencialmente, por dois motivos.<br />

Primeiro: um Mercedes-Benz é sempre um<br />

Mercedes-Benz, estando, por isso, a sua imagem<br />

associada a estatuto elevado e classe<br />

distinta. Segundo: a linha de design AMG,<br />

62 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017


Bem mais elegante e consensual do que<br />

a limousine, a nova Classe E Station seduz<br />

em to<strong>dos</strong> os domínios (preço incluído)<br />

que, ao incluir jantes de 19” com cinco raios<br />

duplos e para-choques mais desportivos,<br />

tem bastante influência no resultado final. O<br />

sistema de luzes inteligente de LED, as barras<br />

no tejadilho, os vidros traseiros escureci<strong>dos</strong><br />

(óculo posterior incluído) e a dupla saída<br />

de escape retangular, são elementos que<br />

resultam bem, tal como a pintura metalizada<br />

cinzento “Iridium” (outro extra) que reveste<br />

a carroçaria.<br />

Por dentro, dificilmente a E 220d Station<br />

podia agradar mais. Também no habitáculo,<br />

a presença da linha de design AMG se faz<br />

sentir: relógio analógico, pack luz ambiente<br />

premium, tablier em pele, tapetes, acabamentos<br />

em alumínio e forro do tejadilho. O<br />

posto de condução é simplesmente ótimo.<br />

O volante oferece uma pega muito boa,<br />

to<strong>dos</strong> os coman<strong>dos</strong> estão bem localiza<strong>dos</strong><br />

e são de fácil leitura, o banco dispõe de múltiplas<br />

regulações e proporciona um apoio<br />

lateral e lombar de grande nível. A qualidade<br />

merece não menos do que a nota máxima,<br />

tal como o amplo espaço para ocupantes<br />

e bagagem (sem esquecer que a lotação<br />

máxima é de sete lugares) e a segurança. Já<br />

no que ao equipamento diz respeito, embora<br />

bem apetrechada, esta unidade eleva ainda<br />

mais a fasquia ao incluir os opcionais packs<br />

Premium e Tecnológico.<br />

EFICÁCIA ELEVADA<br />

Equipada com opcional suspensão pneumática<br />

(Airmatic), também opcionais jantes de<br />

19” montadas em larguíssimos pneus Pirelli<br />

Cinturato P7 (de medida 245/40 R 19 98Y<br />

XL no eixo dianteiro e 275/35 R 19 100Y XL<br />

no eixo traseiro), direção comunicativa, rápida<br />

caixa automática de nove velocidades<br />

(9G-Tronic), travões potentes e cinco mo<strong>dos</strong><br />

de condução (“Eco”, “Comfort”, “Sport”,<br />

“Sport+” e “Individual”), a E 220d Station<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 63


Avaliação obrigatória<br />

Mercedes-Benz E 220d Station<br />

Pirelli Cinturato P7<br />

Harmonia perfeita<br />

w Os Pirelli Cinturato P7, de medida 245/40 R 19 98Y XL no eixo dianteiro<br />

e 275/35 R 19 100Y XL no eixo traseiro, que equipavam a Mercedes-Benz<br />

E 220d Station que a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> ensaiou, oferecem, segundo o seu<br />

fabricante, a combinação perfeita entre resistência ao rolamento, conforto<br />

acústico e boa quilometragem, garantindo performances de manobrabilidade<br />

e travagem. As suas principais características técnicas são: piso<br />

da banda de rodagem com sequência de blocos específica (redução da<br />

resistência ao rolamento); blocos centrais compactos e área externa sólida<br />

(resposta na direção e controlo na curva); quatro largos canais longitudinais<br />

(segurança e controlo excelentes em possíveis situações de aquaplaning);<br />

materiais inovadores e híbri<strong>dos</strong> (desgaste uniforme). Na prática,<br />

estes pneus “assentam que nem uma luva” nesta carrinha. A avaliar pelo<br />

desempenho dinâmico de elevado gabarito desta carrinha...<br />

São nada menos<br />

do que nove<br />

velocidades. A caixa<br />

automática, que<br />

surge acoplada ao<br />

motor Diesel de 2,0<br />

litros com 194 cv, é<br />

um must<br />

MOTOR<br />

Tipo<br />

4 cilindros em linha Diesel,<br />

longitudinal, dianteiro<br />

Cilindrada (cc) 1950<br />

Diâmetro x curso (mm)<br />

82,0x92,3<br />

Taxa de compressão 15,5:1<br />

Potência máxima (cv/rpm) 194/3800<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 400/1600-2800<br />

Distribuição<br />

2 v.e.c., 16 válvulas<br />

Alimentação<br />

injeção common rail<br />

Sobrealimentação<br />

turbocompressor + intercooler<br />

TRANSMISSÃO<br />

Tração<br />

Caixa de velocidades<br />

traseira com ESP<br />

automática de 9+ma<br />

DIREÇÃO<br />

Tipo<br />

pinhão e cremalheira<br />

Assistência<br />

sim (eletromecânica)<br />

Diâmetro de viragem (m) 11,6<br />

TRAVÕES<br />

Dianteiros (ø mm) discos ventila<strong>dos</strong> (305)<br />

Traseiros (ø mm) discos ventila<strong>dos</strong> (300)<br />

ABS<br />

sim, com EBD+BAS<br />

SUSPENSÕES<br />

Dianteira<br />

Traseira<br />

Barra estabilizadora frente/trás<br />

Multilink<br />

Multilink<br />

sim/sim<br />

PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />

Velocidade máxima (km/h) 235<br />

0-100 km/h (s) 7,7<br />

CONSUMOS (L/100 KM)<br />

Extraurbano/Combinado/Urbano 3,9/4,2/4,5<br />

Emissões de CO2 (g/km) 109<br />

Nível de emissões Euro 6<br />

DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />

Cx 0,29<br />

Comprimento/largura/altura (mm) 4933/1852/1475<br />

Distância entre eixos (mm) 2939<br />

Largura de vias frente/trás (mm) 1600/1609<br />

Capacidade do depósito (l) 50<br />

Capacidade da mala (l) 640 a 1820<br />

Peso (kg) 1780<br />

Relação peso/potência (kg/cv) 9,17<br />

Jantes de série<br />

7 1/2Jx17”<br />

<strong>Pneus</strong> de série 225/55R17<br />

PNEUS DE TESTE (ft./tr.)<br />

Pirelli Cinturato P7<br />

Imposto Único de Circulação (IUC) €192,99<br />

Preço (s/ despesas) €56.834<br />

Unidade testada €68.094<br />

245/40 R 19 98Y XL<br />

275/35 R 19 100Y XL<br />

prima pela elevada eficácia dinâmica que<br />

proporciona. Tudo com um invejável nível<br />

de conforto. Mesmo no modo mais “agressivo”,<br />

segurança, facilidade e homogeneidade<br />

são as palavras de ordem numa carrinha que<br />

eleva a condução a outro patamar. Exibindo<br />

um pisar sólido e uma estabilidade acima da<br />

média, transmite a sensação de que nada<br />

(nem ninguém) a pode afetar.<br />

Apesar <strong>dos</strong> seus 1.780 kg de peso e 4,9 metros<br />

de comprimento, as prestações alcançadas<br />

pelo motor 2.0 de quatro cilindros com<br />

194 cv e 400 Nm são como muitos. Como,<br />

aliás, disso fazem prova os 235 km/h de<br />

velocidade máxima e os 7,7 segun<strong>dos</strong> que<br />

são necessários para cumprir o arranque<br />

<strong>dos</strong> 0 aos 100 km/h (da<strong>dos</strong> anuncia<strong>dos</strong>).<br />

Os consumos de gasóleo situam-se em níveis<br />

perfeitamente apelativos. Para o final,<br />

outra boa notícia: o preço. Graças à Lei n.°<br />

22-A/2017, de 29 de junho, que introduziu<br />

alterações ao Código do Imposto Sobre Veículos<br />

(ISV), designadamente a aplicação de<br />

uma taxa intermédia correspondente a 50%<br />

do imposto, resultante da tabela A, conforme<br />

o disposto no Artigo 8.°, alínea b), a E 220d<br />

Station de sete lugares custa (sem extras)<br />

não €61.900, mas, antes, €56.834, o que é<br />

de, sem dúvida, um valor extremamente<br />

apelativo. ♦<br />

64 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017


Em estrada<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Honda Jazz 1.3 i-VTEC Elegance<br />

Ritmo urbano<br />

Dacia Logan MCV Stepway<br />

Trilho alternativo<br />

w Depois de Sandero e Lodgy, eis o Logan MCV. A Dacia tem-<br />

-se dado bem com este seu lado mais “trialeiro”. Os números<br />

falam por si. Em Portugal, mais de 60% das vendas do utilitário<br />

Sandero e mais de 50% das do monovolume Lodgy têm por<br />

base a versão mais radical e aventureira da marca romena<br />

do Grupo Renault. O que, por si só, justificam, plenamente, a<br />

inclusão do conceito Stepway no Logan MCV, a carrinha do<br />

segmento B com dimensões de segmento C. Além do azul<br />

que reveste a carroçaria, cor<br />

que, manifestamente, resulta<br />

bem, o Logan MCV Stepway<br />

distingue-se da versão “normal”<br />

pela altura ao solo 50<br />

mm superior. O suficiente<br />

para enveredar por trilhos<br />

alternativos fora do asfalto,<br />

até pela ajuda suplementar<br />

conferida pelas proteções<br />

dianteira e traseira em cromado acetinado e pelas inserções<br />

laterais em plástico. No interior, a filosofia aventureira permanece,<br />

embora em menor escala. A qualidade fica-se pelo<br />

razoável, tal como o posto de condução e o equipamento de<br />

série. Bem melhor é, sem dúvida, o espaço para ocupantes e<br />

bagagem. No que à condução diz respeito, fica-se com um<br />

sabor agridoce. O motor Diesel de 90 cv, que traz acoplada<br />

caixa manual de cinco velocidades até oferece umas prestações<br />

interessantes, mas a envolvência dinâmica está próxima do<br />

zero. O preço é, porventura, o maior argumento desta proposta.<br />

w Pequeno no tamanho, grande na atitude. O novo Jazz, que<br />

a Honda concebeu para dançar ao ritmo urbano, é um utilitário<br />

cheio de confiança. E tem razões para isso. Desde logo,<br />

pelo nível de equipamento recheado (Elegance), que conjuga<br />

tudo o que faz falta com algumas mordomias, como o sistema<br />

Connect e a navegação. Depois, pelos inúmeros dispositivos<br />

de segurança instala<strong>dos</strong> a bordo, como, por exemplo, o alerta<br />

de colisão frontal. Equipado com o motor 1.3 i-VTEC de 102<br />

cv, que traz acoplada caixa manual de seis velocidades e que<br />

se serve de um sistema start/stop para baixar consumos e<br />

emissões, as prestações não são grande coisa. Com relações<br />

de caixa longas e uma certa preguiça em subir de regime, o<br />

novo Jazz não foi, de facto, “talhado” para proporcionar uma<br />

condução entusiasmante.<br />

Prefere, antes, dar ênfase a<br />

outros aspetos, porventura<br />

mais indispensável num veículo<br />

com esta tipologia, como<br />

o amplo espaço interior e a boa<br />

funcionalidade. Ainda que<br />

evidencie reações honestas e<br />

um desempenho previsível, o<br />

Jazz não deixa saudades em<br />

termos dinâmicos. Quanto aos restantes domínios, desde o<br />

design ao interior, passando qualidade mediana <strong>dos</strong> materiais<br />

utiliza<strong>dos</strong>, este pequeno Honda marca pontos. O preço, não<br />

sendo propriamente de arromba, ajusta-se face a tudo aquilo<br />

que é proposto.<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

4 cil. linha Diesel transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1<strong>46</strong>1<br />

Potência máxima (cv/rpm) 90/4000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 220/1750<br />

Velocidade máxima (km/h) 170<br />

0-100 km/h (s) 13,0<br />

Consumo combinado (l/100 km) 3,9<br />

Emissões de CO 2<br />

(g/km) 100<br />

Preço €17.450<br />

IUC €125,81<br />

<strong>Pneus</strong> teste Continental ContiEcoContact 5<br />

205/55 R16 91H<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

4 cil. linha transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1318<br />

Potência máxima (cv/rpm) 102/6000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 123/5000<br />

Velocidade máxima (km/h) 190<br />

0-100 km/h (s) 11,4<br />

Consumo combinado (l/100 km) 5,1<br />

Emissões de CO 2<br />

(g/km) 120<br />

Preço €20.730<br />

IUC €125,81<br />

<strong>Pneus</strong> teste<br />

Bridgestone Turanza ER370<br />

185/55 R16 83H<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 65


Em estrada<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Škoda Octavia 1.6 TDI Style<br />

Escolha racional<br />

Hyundai i30 SW 1.0 T-GDi Comfort + Navi<br />

Subida de forma<br />

w A Hyundai tem sabido, como poucas, melhorar, consideravelmente,<br />

cada novo modelo que lança no mercado comparativamente<br />

às anteriores gerações. Um <strong>dos</strong> mais recentes exemplos<br />

dá pelo nome de i30 SW, a variante mais familiar do modelo com<br />

o qual a marca sul-coreana compete no concorrido segmento C.<br />

Exibindo um estilo desportivo, que tem na grelha a sua secção<br />

mais apelativa, bem construída, espaçosa, recheada de equipamento<br />

e dinamicamente competente, esta carrinha tem tudo o<br />

que um pai de família pode ambicionar. Para mais, dispõe de um<br />

motor de três cilindros a gasolina de 120 cv, que traz acoplada<br />

caixa manual de seis velocidades, tornando a condução bem mais<br />

suave e interessante face às<br />

versões Diesel que proliferam<br />

na gama. Não sendo campeã<br />

de consumos, nem de prestações,<br />

a conjugação destes<br />

dois fatores revela grande<br />

equilíbrio. Até porque o pisar<br />

sólido e a homogeneidade<br />

do conjunto traduzem<br />

a competência do chassis. O<br />

conforto, esse, é sempre elevado<br />

em to<strong>dos</strong> os tipos de piso. O facto de dispor de jantes de<br />

contidas dimensões (16”), ajuda. O preço a que é comercializada<br />

esta carrinha, €23.200, é outro <strong>dos</strong> argumentos de peso. Tal como<br />

a tripla garantia de cinco anos. E se o consumidor tiver a sorte de<br />

beneficiar de qualquer campanha, então será ouro sobre azul.<br />

w Espaçoso, competente, bem equipado e com qualidade<br />

acima da média. O novo Octavia é das propostas mais racionais<br />

que se podem tomar. No seu formato de berlina de<br />

cinco portas, pode não exibir o visual apelativo da carrinha,<br />

mas não é por isso que deixa de ser interessante. Bem pelo<br />

contrário. O habitáculo acomoda facilmente cinco adultos.<br />

A bagageira cumpre os requisitos de uma utilização familiar.<br />

O posto de condução é ótimo. O restyling de que foi alvo<br />

aprimorou o sistema de infoentretenimento e trouxe uma<br />

imagem mais moderna ao tablier, tal como os mostradores<br />

do painel de instrumentos. No nível Style, não faltam<br />

várias mordomias. A segurança também está lá toda. Tal<br />

como a elevada competência<br />

dinâmica, o bom nível de<br />

conforto e as prestações deveras<br />

competentes do motor<br />

1.6 TDI de 115 cv. O que<br />

falta a esta proposta para se<br />

impor mais? O argumento<br />

de sempre: uma imagem de<br />

marca com maior estatuto.<br />

Para o final, deixámos o preço. €30.151 pedi<strong>dos</strong> para esta<br />

versão são mais do que justos. Sobretudo, se tivermos em<br />

conta os itens que compõem a lista de equipamento de<br />

série. Citemos apenas alguns: jantes “Trius” de 17”, TPMS,<br />

Apple Connectivity, Climatronic, cruise control, sistema<br />

XDS+, volante multifunções...<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

3 cil. linha, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 998<br />

Potência máxima (cv/rpm) 120/6000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 171/1500-4000<br />

Velocidade máxima (km/h) 188<br />

0-100 km/h (s) 11,4<br />

Consumo combinado (l/100 km) 5,2<br />

Emissões de CO 2<br />

(g/km) 120<br />

Preço €23.200<br />

IUC €92,05<br />

<strong>Pneus</strong> teste<br />

Hankook Kinergy Eco2<br />

205/55 R16 91H<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1598<br />

Potência máxima (cv/rpm) 115/3250-4000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 250/1500-3200<br />

Velocidade máxima (km/h) 203<br />

0-100 km/h (s) 10,1<br />

Consumo combinado (l/100 km) 4,0<br />

Emissões de CO 2<br />

(g/km) 106<br />

Preço €30.151<br />

IUC €125,81<br />

<strong>Pneus</strong> teste<br />

Bridgestone Turanza T001<br />

225/45 R17 91W<br />

66 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017


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