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Edição: novembro/dezembro de 2017

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Imagens: Luke Hayes<br />

¿QUÉ PASA?<br />

24 HORAS DE CORES<br />

Em um mundo cada vez mais digital, a designer holandesa<br />

radicada na Alemanha Hella Jongerius acredita na crescente<br />

importância das experiências táteis. Trabalhando como designer<br />

têxtil há 17 anos e à frente do estúdio Jongeriuslab desde 1993,<br />

a designer direciona suas pesquisas ao desenvolvimento de<br />

materiais que levem a novas perspectivas e funções, passíveis<br />

de aplicação em escala industrial.<br />

Jongerius defende que são o tipo e a cor das superfícies dos<br />

objetos os principais influenciadores de sua interação com o<br />

usuário. Estudiosa da colorimetria, foi motivada a iniciar seus<br />

estudos sobre o tema pelo fenômeno do metamerismo, que<br />

trata das diferenças na percepção das cores sob diferentes<br />

condições luminosas. O resultado de seus 15 anos de estudos<br />

foi apresentado na exibição Breathing Colour, exibida entre os<br />

meses de junho e setembro no Design Museum, em Londres.<br />

Dividida em três seções – “Morning”, “Noon” e “Evening” –, a<br />

exposição explorou o comportamento das cores e das formas<br />

sob diferentes condições luminosas e a maneira como a<br />

percepção humana é afetada por elas. Jongerius buscou<br />

opor o poder da cor e o poder da forma, demonstrando<br />

quão potentes as cores podem ser na transformação de<br />

formas e objetos. Seu objetivo final foi a construção de<br />

uma ferramenta para o entendimento da cor, indo além dos<br />

sistemas industriais de classificação das cores.<br />

No segmento “Morning” (“Manhã”), foram exploradas as<br />

diferenças entre claridade e brilho, enquanto na seção “Evening”<br />

(“Anoitecer”), a designer demonstrou alguns experimentos de<br />

sua saga pela criação de tons de preto que não necessariamente<br />

utilizem materiais pretos, com a intenção de conferir mais<br />

intensidade e profundidade a essa cor.<br />

Já o setor do “Noon” (“Meio-Dia”) foi dedicado à intensidade<br />

do Sol a pino, que, no ponto mais alto de sua trajetória diária,<br />

gera fortes sombras e duros contrastes. No centro dessa seção<br />

foram dispostos os “Colour Catchers” (“apanhadores de cores”),<br />

esculturas de papelão criadas por meio de complexos padrões<br />

de dobras, gerando inúmeras facetas. Suas superfícies convexas<br />

absorvem e refletem as cores das bases em que estão apoiados,<br />

misturando-se com as cores das próprias esculturas e criando<br />

diferentes gradações, o que leva à produção de um diagrama de<br />

cores tridimensional. Os objetos são considerados pela designer<br />

suas “telas” e foram desenvolvidos por ela como as formas<br />

ideais para a investigação de cores, de sombras e de reflexos.<br />

A lighting designer carioca Mônica Lobo teve a oportunidade<br />

de visitar a exposição e relatou sua experiência para<br />

a <strong>L+D</strong>: “Fiquei maravilhada com os estudos de cor e de luz<br />

e como ela aborda essa interação ao longo da variação da<br />

luz do dia e da noite. Os estudos de cor e transparência são<br />

mágicos!” (D.T.)<br />

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