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Revista dos Pneus 47

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ENTREVISTAS<br />

Elena Ballista, da Pirelli<br />

Emil Nakov, da Nokian Tyres<br />

A revista n.º 1<br />

<strong>dos</strong> profissionais<br />

revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />

<strong>47</strong><br />

Dezembro 2017<br />

ANO VIII | 5 euros<br />

Volkswagen Golf GTE<br />

Com 204 cv de potência combinada,<br />

tem na tecnologia híbrida o seu ex-líbris<br />

PUB<br />

MARKETING DE PRODUTO<br />

Em busca<br />

da perfeição<br />

Processo de desenvolvimento de<br />

pneus começa com avaliação do mercado<br />

Atualidade A etiqueta <strong>dos</strong> pneus passou<br />

a ser obrigatória há cinco anos. Saiba o que mudou<br />

Valorpneu 15.° Encontro da entidade gestora<br />

reuniu to<strong>dos</strong> os operadores do sistema em Monsaraz


Editorial<br />

Diretor<br />

João Vieira<br />

joao.vieira@apcomunicacao.com<br />

Editor executivo<br />

Bruno Castanheira<br />

bruno.castanheira@apcomunicacao.com<br />

Redação<br />

Jorge Flores<br />

jorge.flores@apcomunicacao.com<br />

Diretor comercial<br />

Mário Carmo<br />

mario.carmo@apcomunicacao.com<br />

Gestor de clientes<br />

Paulo Franco<br />

paulo.franco@apcomunicacao.com<br />

A digitalização<br />

do negócio<br />

O mundo digital tem uma influência fundamental<br />

na forma como o cliente interage com a oficina de<br />

reparação. Temos de estar presentes em múltiplos canais,<br />

independentemente do tempo, lugar, dispositivo ou meio<br />

Imagem<br />

António Valente<br />

Multimédia<br />

Catarina Gomes<br />

Arte<br />

Hélio Falcão<br />

Serviços administrativos<br />

e contabilidade<br />

financeiro@apcomunicacao.com<br />

Periodicidade<br />

Bimestral<br />

Assinaturas<br />

assinaturas@apcomunicacao.com<br />

© COPYRIGHT<br />

Nos termos legais em vigor, é totalmente<br />

interdita a utilização ou a reprodução desta<br />

publicação, no seu todo ou em parte, sem a<br />

autorização prévia e por escrito da REVISTA<br />

DOS PNEUS<br />

IMPRESSÃO<br />

FIG, Indústrias Gráficas, S.A.<br />

Rua Adriano Lucas - 3020 - 265 Coimbra / Tel.:<br />

239 499 922 N.º de Registo no ERC: 124.782<br />

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TIRAGEM<br />

5.000 exemplares<br />

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João Vieira - Publicações Unipessoal, Lda.<br />

Sede:<br />

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2735 - 336 Cacém - Portugal<br />

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GPS: 38º45’51.12”N - 9º18’22.61”W<br />

À<br />

medida que as tecnologias de informação<br />

e as comunicações se tornaram<br />

mais acessíveis, a sua utilização pela<br />

sociedade generalizou-se. A digitalização já<br />

está presente em to<strong>dos</strong> os quadrantes da nossa<br />

vida diária e não é domínio exclusivo <strong>dos</strong><br />

jovens. O mundo digital cria novos hábitos e<br />

tendências que tornam a vida mais fácil, mas<br />

obriga alguns negócios a transformarem-se,<br />

como é o caso <strong>dos</strong> pneus. Para se ser mais<br />

competitivo neste setor, é preciso olhar para as<br />

mudanças não como uma ameaça, mas como<br />

uma oportunidade de negócio. E prepararmo-<br />

-nos para tal.<br />

A digitalização não é um objetivo em si, mas<br />

um meio para continuar a ter bons resulta<strong>dos</strong><br />

e os benefícios deseja<strong>dos</strong>. É cada vez mais<br />

necessário estar conectado aos clientes e estabelecer<br />

comunicação fluida, bidirecional e<br />

transparente. Se pensarmos num termo que<br />

defina a sociedade atual, será hiperconectividade.<br />

Graças à Internet, à tecnologia móvel e,<br />

brevemente, à Internet das Coisas (IoT), pessoas,<br />

organizações e objetos vão estar liga<strong>dos</strong><br />

como nunca estiveram antes. O impacto desta<br />

hiperconectividade não se limita a um processo<br />

de compra que liga consumidores a empresas.<br />

Permite, também, uma ligação a outros consumidores<br />

com a capacidade de influenciar a<br />

tomada de decisões.<br />

As possibilidades dessa economia digital<br />

começaram a ser percecionadas nos setores<br />

mais liga<strong>dos</strong> ao consumidor final, como o comércio<br />

eletrónico, os serviços financeiros e as<br />

telecomunicações. Mas essa transformação,<br />

consequência inevitável <strong>dos</strong> hábitos <strong>dos</strong> consumidores,<br />

proporciona pistas para o que vai<br />

acontecer à medida que a penetração digital<br />

se for generalizando. Isso implica ter de operar<br />

num ambiente com o qual não estamos familiariza<strong>dos</strong>,<br />

com a única opção de nos adaptarmos.<br />

O cliente é o centro do nosso negócio. Entender<br />

as suas necessidades e comportamentos é<br />

fundamental para criar a mudança ágil que o<br />

mundo digital exige. A empresa já não serve<br />

o cliente: colabora com ele.<br />

A mera implementação de tecnologia não<br />

produz transformação digital. Esta é conseguida<br />

mudando a organização para aproveitar o<br />

potencial destas tecnologias. A transformação<br />

começa com as pessoas. E, no caso da digital,<br />

na nossa empresa tem de incluir, também, os<br />

nossos funcionários.<br />

Novas formas de trabalhar que confiram autonomia,<br />

transparência, flexibilidade, acesso<br />

a formação permanente. Ter um impacto mais<br />

direto sobre a empresa, participar na tomada<br />

de decisões. É impossível para uma empresa<br />

acompanhar a rápida evolução <strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong><br />

com uma hierarquia excessivamente rígida e<br />

com uma autonomia <strong>dos</strong> funcionários muito<br />

limitada.<br />

É importante ver para além do nosso negócio<br />

e do nosso setor para se perceber onde está a<br />

ocorrer a mudança e como se vai configurando<br />

a paisagem <strong>dos</strong> negócios. No mundo <strong>dos</strong><br />

pneus, é apropriado contar com um plano de<br />

negócios apoiado por visão que aposte no<br />

futuro. É fulcral pensar mais em gerar valor, não<br />

tanto em atividades, bem como assegurar que<br />

to<strong>dos</strong> os pontos de contacto do cliente com a<br />

nossa empresa sejam melhores, mais rápi<strong>dos</strong><br />

e mais eficientes.<br />

E como última reflexão, devemos ter bem presente<br />

que, hoje, as vendas não começam na<br />

receção da nossa oficina, mas sim no Google.<br />

Ter ligação à Internet, um perfil de Facebook<br />

e um tablet para o assessor de serviço não nos<br />

torna numa empresa digital. O fundamental<br />

é transformar uma empresa que se identifica<br />

com o mundo digital, numa empresa digital.<br />

João Vieira<br />

Diretor<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 03


Produto estrela<br />

Bridgestone Battlax Hypersport S21<br />

Pura adrenalina<br />

Eficazes em pisos molha<strong>dos</strong> e secos, os novos S21 são ideais para o segmento<br />

de motos Hypersport. Maior aderência e quilometragem são trunfos<br />

<strong>dos</strong> primeiros pneus a recorrerem à tecnologia Ultimate EYE da Bridgestone<br />

Por: Jorge Flores<br />

Desenha<strong>dos</strong> e desenvolvi<strong>dos</strong> para<br />

o mundo da competição em duas<br />

rodas, em geral, e para o segmento<br />

Hypersport do mercado,<br />

em particular, os pneus Bridgestone Battlax<br />

Hypersport S21 são uma espécie de sonho<br />

tornado realidade para quem procura obter<br />

o rendimento máximo nesta modalidade.<br />

Segundo nota de imprensa do fabricante,<br />

estamos perante uma combinação “perfeita”<br />

entre os modelos S20 EVO, reconheci<strong>dos</strong> já<br />

pela sua enorme eficácia em pisos molha<strong>dos</strong><br />

(virtude ainda mais apurada agora), com<br />

muitas outras competências. Por outras palavras,<br />

as características <strong>dos</strong> novos S21 garantem<br />

não apenas um aumento do rendimento<br />

em pisos secos, como asseguram ainda um<br />

acréscimo em matéria de quilometragem:<br />

mais 36% do que o registo alcançado pelo<br />

modelo antecessor.<br />

Um produto a cheirar a fresco: novo piso,<br />

novo desenho e nova tecnologia. Tudo o<br />

que um pneu necessita para melhorar a<br />

sua aderência, permitindo-lhe, desta forma,<br />

realizar viragens a uma velocidade superior<br />

e com mais confiança. De referir ainda<br />

que, enquanto o pneu da frente (bi-composto)<br />

dispõe de três camadas, o traseiro<br />

(tri-composto), por seu turno, conta com<br />

cinco camadas.<br />

O segredo do desempenho <strong>dos</strong> pneus S21?<br />

Desde logo, pelo facto de se tratar da primeira<br />

camada fabricada pela Bridgestone<br />

recorrendo à inovadora e revolucionária<br />

tecnologia Ultimate EYE. Testada e desenvolvida<br />

pela equipa de Investigação e Desenvolvimento<br />

da Bridgestone, esta nova<br />

tecnologia permite visualizar o comportamento<br />

de contacto de um pneu sob diversas<br />

velocidades e condições. De acordo ainda<br />

com a marca japonesa, esta análise “ajuda<br />

a encontrar as melhores soluções quanto<br />

ao melhor composto, piso, construção e<br />

perfil de pneus”. Além disso, garante uma<br />

distribuição “muito detalhada” da pressão<br />

da superfície de contacto, incluindo a área<br />

de deslizamento a diferentes velocidades,<br />

cargas e ângulos. ♦<br />

04 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017


AF_IMPRENSA_PECAS_EUROREPAR_180X258_RP.indd 1<br />

9/22/17 11:06 AM


Equipamento do mês<br />

Techno Vector 7 Truck<br />

Terceira dimensão<br />

A Lusilectra catapultou as máquinas de alinhar direções para a terceira dimensão.<br />

Com a inovadora Techno Vector 7 Truck, dotada de tecnologia 3D, para veículos<br />

pesa<strong>dos</strong>, a empresa promete revolucionar o setor<br />

Por: Jorge Flores<br />

Uma nova dimensão. O novo equipamento<br />

lançado no mercado pela<br />

Lusilectra, destinado a alinhar direções<br />

com recurso a tecnologia<br />

3D para pesa<strong>dos</strong>, promete revolucionar o<br />

mercado. Responde pelo nome Techno Vector<br />

7 Truck e fez a sua estreia oficial na 7.ª edição<br />

da MECÂNICA, na FIL, tendo suscitado grande<br />

interesse por parte <strong>dos</strong> profissionais que visitaram<br />

o espaço da Lusilectra no certame.<br />

Mas o que tem, afinal, a Techno Vector 7<br />

Truck de tão inovador? A explicação é simples.<br />

Trata-se de uma máquina de alinhar<br />

direções para veículos pesa<strong>dos</strong>, competente<br />

para realizar medições rápidas, precisas e<br />

automaticamente comparadas com as especificações<br />

do fabricante. Vantagens que, por<br />

si só, tornariam o equipamento apetecível.<br />

Mas as virtudes da máquina não se esgotam<br />

nestes argumentos.<br />

w ALTA PRECISÃO<br />

A máquina Techno Vector 7 Truck está equipada<br />

com uma consola para controlo das<br />

medições, duas colunas móveis, equipadas,<br />

por sua vez, com cinco câmaras de alta precisão,<br />

grampos de rodas e respetivos alvos,<br />

contando ainda com dois acessórios para<br />

verificação do alinhamento do chassis.<br />

Características ímpares que permitem a esta<br />

máquina realizar o alinhamento de veículos<br />

pesa<strong>dos</strong> com uma distância entre eixos até<br />

um máximo de 16 metros. Além disso, este<br />

equipamento comercializado pela Lusilectra<br />

permite, também, medir veículos ligeiros<br />

de passageiros.<br />

De modo a facilitar o serviço aos profissionais<br />

do setor, a Techno Vector 7 Truck dispensa,<br />

completamente, os fios, podendo,<br />

por isso, ser utilizada em qualquer local.<br />

Outra das vantagens da máquina decorre<br />

do facto de o software ser de utilização bastante<br />

fácil e intuitiva, muito graças aos seus<br />

indicadores colori<strong>dos</strong> e ao seu programa<br />

3D, o qual permite verificar a posição e os<br />

ângulos de alinhamento das rodas no ecrã.<br />

E em tempo real.<br />

De resto, a simplicidade e a fiabilidade do<br />

equipamento, alia<strong>dos</strong> a um suporte técnico<br />

da Lusilectra, fazem da Techno Vector<br />

7 Truck um equipamento que poderá ser<br />

rentabilizado e operado, inclusivamente, por<br />

utilizadores com pouco experiência neste<br />

tipo de serviços.<br />

Por fim, caso os profissionais assim o pretendam,<br />

por uma questão de comodidade e<br />

rapidez na execução do serviço, existe ainda a<br />

possibilidade de associar e utilizar um tablet. ♦<br />

06 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017


CEDP da ACAP<br />

Atualidade<br />

Dinamizar e promover o setor<br />

A 26 de junho de 2017, foi criada, na ACAP, a CEDP, constituída pelas empresas<br />

que exercem atividade na distribuição de pneus em Portugal. Os objetivos<br />

passam pelo acompanhamento constante e atempado da atividade do setor<br />

Por: João Vieira<br />

Poderão integrar a CEDP as empresas<br />

que sejam associadas da ACAP, que<br />

cumpram as suas obrigações e que<br />

reúnam os requisitos estabeleci<strong>dos</strong><br />

nos Estatutos da ACAP e do regulamento interno<br />

da CEDP. Na génese da constituição da<br />

Comissão Especializada de Distribuidores de<br />

<strong>Pneus</strong>, está o facto de já existirem as Comissões<br />

de Fabricantes e de Retalho, existindo,<br />

até há pouco, uma lacuna na organização<br />

setorial da distribuição de pneus em Portugal.<br />

Constituir um fórum de diálogo e assessoria<br />

informativa e formativa no setor, bem como<br />

dinamizar e promover o mesmo junto do mercado,<br />

opinião pública e entidades públicas<br />

e privadas, são os aspetos mais importantes<br />

que levaram as empresas mais relevantes na<br />

distribuição de pneus em Portugal a constituir<br />

esta comissão no seio da ACAP, sendo esta<br />

um interlocutor privilegiado com credibilidade<br />

e qualificação para analisar os assuntos<br />

que afetam o setor que representa. A CEDP é<br />

composta por empresas que reúnem cumulativamente<br />

os seguintes critérios:<br />

a) Empresas de distribuição de pneus de<br />

direito jurídico português.<br />

b) Empresas com estrutura nacional de distribuição<br />

de pneus em Portugal.<br />

c) Empresas com armazém e distribuição em<br />

todo o território nacional.<br />

Integram a CEDP o máximo de oito elementos<br />

e no mandato de 2017/2018 constam as<br />

seguintes empresas: Aguesport; AB Tyres;<br />

Euro Tyre; José Aniceto & Irmão; Nex Tyres;<br />

RS Contreras; Tiresur.<br />

To<strong>dos</strong> os distribuidores de pneus associa<strong>dos</strong><br />

da ACAP poderão integrar a CEDP, em regime<br />

de rotatividade por ordem alfabética com<br />

referência às suas designações sociais, no<br />

final de cada mandato, desde que exerçam<br />

a atividade de distribuidores de pneus, que<br />

cumpram as suas obrigações e que reúnam<br />

os requisitos estabeleci<strong>dos</strong> nos Estatutos da<br />

ACAP e do regulamento interno da CEDP.<br />

De salientar que a CEDP está representada na<br />

DPAI e, assim, to<strong>dos</strong> os setores (fabricantes,<br />

distribuidores, retalhistas) podem ter uma<br />

visão integrada <strong>dos</strong> problemas e desafios<br />

que se colocam. Um <strong>dos</strong> principais objetivos<br />

defini<strong>dos</strong> como prioritário para o arranque<br />

da comissão foi o de conhecer o mercado de<br />

pneus em Portugal e, em particular, o canal<br />

<strong>dos</strong> distribuidores. Em consonância com as<br />

regras da concorrência e no seio da ACAP,<br />

desenvolver um modelo estatístico da distribuição<br />

de pneus em Portugal. u<br />

QUESTÕES QUE SE COLOCAM NO<br />

SETOR E QUE A CEDP QUER<br />

SABER RESPONDER, SÃO<br />

A MOTIVAÇÃO PARA<br />

A CONSTITUIÇÃO DESTA<br />

COMISSÃO<br />

l Qual o valor do mercado no setor da<br />

distribuição de pneus? Em valor e em<br />

unidades?<br />

l Qual a relevância económica <strong>dos</strong><br />

distribuidores de pneus no mercado?<br />

l Qual o papel que queremos ou podemos ter<br />

no futuro, enquanto distribuidores?<br />

l Qual a importância <strong>dos</strong> grandes operadores<br />

europeus e a nossa capacidade de operar<br />

em Portugal e noutros merca<strong>dos</strong> europeus?<br />

l Os pneus usa<strong>dos</strong> em Portugal:<br />

enquadramento e fiscalização.<br />

l As obrigações legais e o seu cumprimento<br />

em Portugal?<br />

l Segurança e ambiente, bem como os novos<br />

desafios coloca<strong>dos</strong> pela digitalização e<br />

desenvolvimento de novos canais.<br />

Na próxima edição da <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>,<br />

abordaremos estes e outros temas.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 07


Atualidade<br />

Cinco anos<br />

a classificar<br />

A etiqueta <strong>dos</strong> pneus, que é obrigatória desde o dia 1 de novembro de 2012,<br />

destaca as prestações em eficiência e segurança <strong>dos</strong> novos produtos. Todavia,<br />

sofreu algumas alterações, tornando-se cada vez mais criteriosa na classificação<br />

<strong>dos</strong> componentes redon<strong>dos</strong> de borracha<br />

Por: José Silva<br />

A<br />

etiqueta foi lançada no dia 1 de<br />

novembro de 2012 (EC/1222/2009)<br />

para pneus produzi<strong>dos</strong> depois de<br />

1 de junho do mesmo ano. Desde<br />

então, tem feito parte do dia a dia do setor<br />

<strong>dos</strong> pneus, já que a partir dela se podem tomar<br />

algumas decisões em relação à compra<br />

<strong>dos</strong> produtos. Os profissionais desta área conhecem<br />

bem este autocolante. Mas para que<br />

ninguém se esqueça, a etiqueta é promovida<br />

pela UE e colada no piso do pneu, fornecendo<br />

informações relacionadas com o ambiente e<br />

a segurança importantes sobre cada modelo.<br />

w ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS<br />

A etiqueta ajuda a comparar pneus nos<br />

domínios da aderência em piso molhado,<br />

eficiência de combustível e nível de ruído. A<br />

sua interpretação não é complexa e to<strong>dos</strong> os<br />

estu<strong>dos</strong> realiza<strong>dos</strong> pelos diversos fabricantes<br />

seguem na mesma direção. São ainda poucos<br />

os consumidores que se interessam por<br />

este rótulo. Por isso, não são muitos os que o<br />

têm em consideração quando chega a altura<br />

de comprar pneus. A preocupação de quem<br />

compra tem quase sempre mais a ver com<br />

a questão monetária do que propriamente<br />

com qualquer outro aspeto. É, também, por<br />

causa deste facto (não se verifica apenas<br />

em Portugal), que a União Europeia tem<br />

vindo a evoluir a etiqueta ao longo destes<br />

cinco anos de vida, celebra<strong>dos</strong> no passado<br />

dia 1 de novembro, numa tentativa de criar<br />

maiores restrições à venda de pneus com<br />

pouca qualidade oriun<strong>dos</strong> de várias zonas<br />

do globo fora da Europa.<br />

Numa fase inicial, até 2014, a etiqueta contemplou<br />

a análise de apenas três critérios<br />

relaciona<strong>dos</strong> com os pneus: resistência ao<br />

rolamento, distância de travagem em piso<br />

08 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017


Etiqueta <strong>dos</strong> pneus<br />

molhado e nível de ruído exterior (medido<br />

em decibéis). A primeira alteração ocorreu<br />

em novembro de 2014, dois anos depois da<br />

estreia. Desde essa data que está proibida a<br />

comercialização de pneus que exibam a letra<br />

“G” no critério poupança de combustível ou<br />

a letra “F” no que diga respeito à distância<br />

de travagem em piso molhado. A legislação<br />

referia ainda que os pneus produzi<strong>dos</strong> antes<br />

dessa data podiam ser vendi<strong>dos</strong> durante<br />

um período de 30 meses a contar do dia 1<br />

de novembro de 2014.<br />

Assim, a partir de maio de 2017, a venda<br />

de pneus para veículos ligeiros e SUV que<br />

ostentem essas classificações nos critérios<br />

acima menciona<strong>dos</strong>, está proibida na Europa.<br />

Todavia, esta medida não será aplicada<br />

aos pneus de inverno que ostentem a letra<br />

“F” no parâmetro da travagem em piso molhado<br />

e ainda a alguns pneus de inverno<br />

com a letra “G” no caso da economia de<br />

combustível, podendo estes continuar a ser<br />

vendi<strong>dos</strong> (em Portugal não fará grande diferença,<br />

até porque não temos expressão nem<br />

tradição em pneus de inverno). Em 2016,<br />

houve alterações no que concerne ao ruído<br />

do pneu, nomeadamente com a questão<br />

<strong>dos</strong> decibéis (ver caixa, ao lado).<br />

Fique a saber que os melhores pneus são aqueles<br />

que obtêm as classificações de “A” a “C”,<br />

quer na resistência ao rolamento, quer na travagem.<br />

Abaixo da letra “E”, posicionam-se os<br />

pneus pouco recomendáveis. Para frisar a importância<br />

deste autocolante colocado no piso,<br />

mostramos-lhe como é simples e básica a sua<br />

interpretação.<br />

1.° aspeto: consumo<br />

Metade da etiqueta do lado esquerdo. Neste<br />

item, é avaliada a resistência ao rolamento,<br />

critério que está relacionado com o consumo<br />

de combustível diretamente imputável ao pneu.<br />

Ou seja, se percorrer uma média de 15 mil km<br />

por ano e tiver um pneu de categoria “G” (a pior<br />

classificação), gastará mais de 22 litros de combustível<br />

face a um pneu com classificação “A”.<br />

A – Pneu ideal/referência<br />

B – Consome + 0,10 l/100 km<br />

C – Consome + 0,12 l/100 km<br />

D – escalão não atribuído<br />

E – Consome + 0,14 l/100 km<br />

F – Consome + 0,15 l/100 km<br />

G – Consome + 0,15 l/100 km<br />

2.° aspeto: travagem<br />

Metade da etiqueta do lado direito. Num teste<br />

a 80 km/h, os pneus são classifica<strong>dos</strong> em<br />

cinco classes de eficiência, consoante a sua<br />

capacidade de travagem em piso molhado. Por<br />

determinação de Bruxelas, as letras “D” e “G”<br />

não são atribuídas para tornar a diferença entre<br />

pneus de maior qualidade (letras “A” a “C”) e de<br />

COMO INTERPRETÁ-LA?<br />

pior qualidade (letras “E” a “F”) mais percetível<br />

ao consumidor final.<br />

3.° aspeto: nível de ruído<br />

Zona inferior da etiqueta. Além de referir o ruído<br />

emitido pelo pneu, a etiqueta dispõe de um pictograma<br />

com três ondas sonoras. Quanto menos<br />

ondas estiverem pintadas de preto, mais silencioso<br />

é o pneu. Quase to<strong>dos</strong> os pneus à venda<br />

apresentam duas ondas pintadas na etiqueta.<br />

Para os fabricantes, o critério do ruído é o de menor<br />

importância, defendendo que teria sido preferível<br />

que a etiqueta tivesse outros parâmetros,<br />

como a longevidade ou a performance.<br />

Uma onda pintada – + de 3 dB abaixo do limite<br />

legal<br />

Duas ondas pintadas – entre 0 a 3 dB abaixo<br />

do limite legal<br />

Três ondas pintadas – acima do limite legal<br />

(não permitido desde junho de 2016)<br />

PORTUGUESES<br />

NÃO DÃO IMPORTÂNCIA<br />

A Continental elaborou um estudo sobre a importância<br />

que os portugueses dão à etiqueta na<br />

hora de comprar pneus. Se quando se compra<br />

eletrodomésticos já se vai observando a etiqueta<br />

energética, no caso <strong>dos</strong> pneus essa preocupação<br />

é quase... nula. Cerca de 91% <strong>dos</strong> peritos<br />

é da opinião de que a etiqueta não é levada<br />

em linha de conta pelos automobilistas quando<br />

chega a altura de adquirir pneus novos. Nove<br />

em cada 10 peritos consulta<strong>dos</strong> pela Continental<br />

referem que a etiqueta é totalmente ignorada<br />

pelos consumidores nacionais. São apenas 8 a<br />

9% os clientes que lhe atribuem importância.<br />

w FUTURO EM SEGURANÇA<br />

O que pressupõem, então, estas alterações<br />

para os consumidores? Fabricantes e casas de<br />

pneus devem respeitar as novas exigências.<br />

Todavia, no momento de adquirir pneus de<br />

verão, aqueles que os portugueses compram<br />

habitualmente, é recomendável comprovar<br />

que eles tenham, no mínimo, a letra “E” no<br />

caso da travagem em piso molhado e a letra<br />

“F” no parâmetro economia de combustível.<br />

Contudo, o hábito de olhar para a etiqueta<br />

continua a não existir e poderão ser adquiri<strong>dos</strong><br />

pneus com padrões de teste muito baixos,<br />

tornando-se, até certo ponto, perigosos.<br />

Que futuro se pode esperar para a etiqueta?<br />

No seguimento da evolução que tem vindo a<br />

ser realizada neste autocolante, a Comissão<br />

Europeia vai alterar os valores mínimos da<br />

resistência ao rolamento. Assim, a partir do<br />

próximo dia 1 de novembro de 2018, será<br />

proibida a comercialização de pneus de verão<br />

destina<strong>dos</strong> a veículos ligeiros e SUV avalia<strong>dos</strong><br />

com a letra “F” ou inferior no que diz respeito<br />

à resistência ao rolamento. No que concerne<br />

os pneus de inverno, também para veículos<br />

ligeiros e SUV esta proibição apenas vai afetar<br />

os pneus com a letra “G” na resistência ao<br />

rolamento. A proibição definitiva entrará em<br />

vigor no dia 1 de maio de 2020, uma vez que<br />

a Comissão Europeia voltou a estabelecer um<br />

período de mais 30 meses durante o qual os<br />

pneus produzi<strong>dos</strong> antes da modificação da<br />

lei podem ser comercializa<strong>dos</strong>.<br />

As alterações serão sempre neste sentido:<br />

restringir os pneus de qualidade inferior,<br />

abrindo um espaço temporal para escoar algumas<br />

unidades já produzidas. Desta forma,<br />

pode alterar-se o sentido da compra, até<br />

porque, se não existirem à venda pneus de<br />

classificação tão baixa, estes não poderão<br />

ser compra<strong>dos</strong>. O consumidor gastará mais<br />

dinheiro, é certo, mas verá o seu nível de<br />

segurança aumentar. E como a segurança<br />

não tem preço...u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 09


Destaque<br />

Rumo à perfeição<br />

Antes de começar o complexo processo de desenvolvimento <strong>dos</strong> pneus, o qual<br />

pode demorar três anos ou mais, a equipa responsável pelo marketing de produto<br />

avalia o consumidor e as necessidades <strong>dos</strong> clientes no segmento correspondente<br />

Leva-se a cabo uma extensa investigação<br />

de mercado em toda a Europa<br />

que visa definir as expectativas específicas<br />

<strong>dos</strong> consumidores, identificar<br />

as suas preferências através <strong>dos</strong> diversos<br />

merca<strong>dos</strong> e antever as tendências futuras.<br />

Os peritos analistas de mercado estudam,<br />

constantemente, a indústria do automóvel<br />

para identificar qualquer oportunidade para<br />

novos produtos. Uma equipa de engenheiros<br />

trabalha em estreita colaboração com to<strong>dos</strong><br />

os principais fabricantes de automóveis, incluindo<br />

os veículos ligeiros e comerciais, para<br />

avaliar e definir as necessidades de futuros<br />

modelos para criar um produto que se adeque,<br />

pontualmente, às especificações exatas.<br />

Também existem diversos requisitos reguladores<br />

estabeleci<strong>dos</strong> a nível mundial, na<br />

União Europeia e, algumas vezes, dentro do<br />

próprio país, que devem ser considera<strong>dos</strong><br />

durante o desenvolvimento <strong>dos</strong> pneus. Os<br />

técnicos de desenvolvimento de produto<br />

também têm em conta os critérios <strong>dos</strong> testes<br />

de pneus realiza<strong>dos</strong> pelas revistas do setor<br />

automóvel e pelos clubes de automóveis,<br />

porque a sua avaliação tem uma grande<br />

influência na escolha <strong>dos</strong> consumidores.<br />

O objetivo desta primeira etapa é estabelecer<br />

metas de prestações específicas para o novo<br />

produto. Cada tipo de pneu será centrado nas<br />

diferentes características de funcionamento,<br />

como a eficiência do carburante, aderência<br />

em piso seco e molhado, a sua resistência<br />

ao aquaplaning ou estabilidade a alta velocidade,<br />

entre outros.<br />

Normalmente, a equipa de marketing de<br />

produto oferece à equipa de I+D até 15<br />

objetivos de prestações diferentes, através<br />

da gama de pneus de máximo rendimento.<br />

Durante o processo de desenvolvimento,<br />

são considera<strong>dos</strong> mais de 50 critérios para<br />

desenvolver um pneu novo.<br />

w O PAPEL DOS PROJETISTAS<br />

Os projetistas estão presentes desde o conceito<br />

inicial, aquando do desenvolvimento,<br />

até à comunicação visual do produto final.<br />

Existem dois tipos de projetistas de pneus<br />

que fazem parte do processo de desenvolvimento<br />

do pneu. O projetista criativo, que<br />

se centra no aspeto da banda de rodagem<br />

e das paredes laterais; o projetista técnico,<br />

focado, exclusivamente, nos efeitos de desempenho<br />

de um desenho específico. O projetista<br />

criativo tem em conta as expectativas<br />

do consumidor, da marca, as necessidades<br />

do produto e os aspetos estéticos em geral.<br />

O projetista técnico é o responsável pelo<br />

desenho da banda que, com to<strong>dos</strong> os seus<br />

blocos, sulcos e canais, tem um impacto di-<br />

10 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017


Processo de desenvolvimento de pneus<br />

reto nos critérios de desempenho, como a<br />

aderência, a resistência ao aquaplaning, o<br />

manuseamento e os níveis de ruído.<br />

O desenho pode marcar a diferença na escolha<br />

do cliente entre um ou outro pneu,<br />

fator que acontece de forma mais acentuada<br />

no caso de marcas premium, pneus de altas<br />

prestações, pneus de tuning e de competição.<br />

Para que um desenho tenha sucesso, deve<br />

oferecer as seguintes vantagens:<br />

l Desenho técnico funcional:<br />

O desenho vem a seguir à funcionalidade.<br />

O rendimento do pneu é o critério mais<br />

importante e, portanto, o desenho tem de<br />

ser funcional e contribuir de modo eficaz na<br />

consecução <strong>dos</strong> objetivos globais das prestações<br />

do pneu. Para cada pneu projetado,<br />

existem diferentes objetivos de prestações.<br />

l Comunicação de prestações reforçada:<br />

Um desenho que reforce a perceção de um<br />

bom funcionamento no que diz respeito à<br />

sua aplicação, adiciona pontos na mente do<br />

consumidor. Um pneu de inverno pode expressar<br />

na sua aparência a forma como adere<br />

à neve e um pneu de baixa resistência pode<br />

representar eficiência e ecologia.<br />

l Perceção da qualidade melhorada:<br />

Um produto de primeira qualidade necessita<br />

de um desenho homogéneo, englobando o<br />

produto no seu conjunto e um maior nível de<br />

detalhes no desenho da banda de rodagem<br />

do pneu. O desenho e os seus detalhes desempenham<br />

um papel chave na aparência<br />

final do produto e definem o que o cliente<br />

capta e sente em relação a um produto.<br />

l Diferenciação incrementada do produto:<br />

Serão aplica<strong>dos</strong> desenhos e diferentes características<br />

nos produtos das várias marcas,<br />

que irão circular ao nível da comunicações e<br />

marketing, de forma a assegurar uma imagem<br />

coerente entre os produtos da mesma marca.<br />

w A ESTRUTURA: REFORÇO E ESTABILIDADE<br />

SÃO OS ASPETOS CHAVE<br />

A estrutura de um pneu é fundamental no<br />

que respeita às suas prestações e existem<br />

muitas variações determinantes no processo<br />

de fabricação. Isso implica o uso de vários<br />

compostos diferentes e materiais de reforço,<br />

tais como o aço, o poliéster ou aramida.<br />

Presentemente, os radiais são os pneus<br />

fabrica<strong>dos</strong> a nível global, se bem que os<br />

diagonais continuam a ser fabrica<strong>dos</strong> para<br />

determinadas aplicações. No fabrico de<br />

um pneu radial, utilizam-se cabos de aço<br />

entrelaça<strong>dos</strong> que se estendem através do<br />

pneu, de modo a que os cabos fiquem instala<strong>dos</strong>,<br />

aproximadamente, em ângulo reto<br />

relativamente à linha central da banda de<br />

rodagem e paralelos entre si. As vantagens<br />

desta estrutura incluem o prolongamento<br />

da vida da banda, melhor controlo e níveis<br />

mais baixos de resistência à rodagem. E,<br />

desta forma, maior economia em termos<br />

de consumo de combustível.<br />

O processo de fabrico da carcaça é muito<br />

importante no que respeita às prestações<br />

globais do pneu, já que pode afetar muitas<br />

das características de rendimento, incluindo<br />

o equilíbrio do pneu, a sua força à alta velocidade<br />

e nas curvas, a aderência, a carga<br />

e a resistência à rodagem, a distância de<br />

travagem e o desgaste do piso.<br />

Um objetivo fundamental de um engenheiro<br />

de produto, nomeadamente um construtor<br />

de pneus, é conseguir uma área de banda<br />

ampla e uniforme em contacto com a superfície<br />

da estrada. Para tal, o engenheiro<br />

analisa a pegada do pneu, a área em contacto<br />

com a estrada. Quanto maior for a área de<br />

contacto e mais uniforme a distribuição da<br />

pressão do pneu, melhor será a tração e as<br />

prestações de utilização.<br />

As variações na fabricação da carcaça<br />

também podem ser utilizadas para ajudar<br />

a conseguir um pneu com características<br />

exclusivas que o situem numa posição muito<br />

superior, como a tecnologia Run Flat, que utiliza<br />

paredes laterais reforçadas para suportar<br />

o pneu no caso de perda total da pressão.<br />

w O COMPOSTO E A ARTE DA MISTURA<br />

A criação do composto de um pneu consiste<br />

em reunir to<strong>dos</strong> os ingredientes requeri<strong>dos</strong><br />

para misturar um lote de composto de borracha.<br />

Cada componente dispõe de uma<br />

POLÍTICA DE QUALIDADE<br />

E O CLIENTE<br />

Para garantir pneus com a máxima qualidade<br />

em cada unidade produzida, são necessárias<br />

verificações constantes do equipamento e <strong>dos</strong><br />

produtos, em todas as fases de fabrico.<br />

Esta é a razão pela qual cada elemento da<br />

equipa está sempre em busca da qualidade,<br />

ou seja, <strong>dos</strong> progressos e melhoramentos que<br />

tornem possível produzir melhores produtos,<br />

pelo menor custo possível e fornecido no momento<br />

certo.<br />

A satisfação do cliente deve ser uma preocupação<br />

constante, porque é o consumidor que<br />

avalia o produto de uma marca, fazendo depender<br />

o sucesso da empresa fabricante do<br />

seu ponto de vista.<br />

Verificações depois da cura - Destinam-se<br />

a garantir que o produto que vai ser entregue<br />

ao cliente está de acordo com os padrões<br />

da marca. Estas verificações são efetuadas<br />

visualmente e pelo tato. Através de amostragens<br />

ou regras estatísticas são determina<strong>dos</strong><br />

os exemplares que serão submeti<strong>dos</strong> a<br />

exame de raios-X, radioscopia, arquitetura e<br />

uniformidade. Estes testes são efetua<strong>dos</strong> para<br />

separar os defeitos, de modo que cada pneu<br />

possa ir parar ao lugar certo e o fabricante ser<br />

informado diariamente <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> e anomalias<br />

verificadas.<br />

Exame radioscópico - Serve para detetar problemas<br />

de qualidade fora da especificação <strong>dos</strong><br />

constituintes do pneu ou a presença de objetos<br />

metálicos estranhos, invisíveis do exterior.<br />

Exame radiográfico - Chapas de raios-X permitem<br />

verificar a posição e a condição <strong>dos</strong><br />

componentes metálicos do pneu. Também<br />

permite classificar melhor os defeitos de qualidade<br />

deteta<strong>dos</strong> por radioscopia.<br />

Exame visual e táctil - O objetivo é determinar<br />

defeitos visíveis, como bolhas de ar, rugas,<br />

corpos estranhos, deformações, fissuras,<br />

problemas de vulcanização, posicionamentos<br />

incorretos, etc.<br />

Verificação da uniformidade - Pretende detetar<br />

problemas de fabrico que possam ter impacto<br />

no conforto ou na condução, podendo<br />

ser de três tipos: peso, forma e rigidez. Este<br />

teste é assegurado por um simulador de rolamento,<br />

sendo verifica<strong>dos</strong> os seguintes parâmetros:<br />

desequilíbrio, desvios dinâmicos,<br />

variações radiais e desvio radial, entre outros.<br />

Exame estrutural - Verifica-se a conformidade<br />

do pneu produzido com o projeto definido<br />

no plano teórico, assim como o posicionamento<br />

<strong>dos</strong> componentes e a regularidade da<br />

produção. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 11


Destaque<br />

Processo de desenvolvimento de pneus<br />

mistura diferente de ingredientes de acordo<br />

com as propriedades necessárias para esse<br />

componente. Pode-se comparar a um chef<br />

que mistura os ingredientes de uma receita<br />

de modo que as variações subtis na mistura<br />

<strong>dos</strong> mesmos podem levar a resulta<strong>dos</strong> muito<br />

diferentes.<br />

Todas as áreas chave do pneu contêm diferentes<br />

compostos, cada um deles diferentes<br />

ingredientes. Por exemplo, para manter o<br />

ar de um pneu, a camada interior utiliza diferentes<br />

compostos na parede lateral para<br />

a estabilidade e diferentes compostos na<br />

banda de rodagem para outras características,<br />

como a aderência e o manuseamento.<br />

Um pneu de automóvel ligeiro é fabricado<br />

com até 25 componentes diferentes e contém<br />

mais de 15 compostos diferentes. Um<br />

engenheiro utiliza mais de 100 materiais<br />

diferentes para desenvolver os seus compostos.<br />

A mistura é o processo de transformar os<br />

ingredientes numa substância homogénea<br />

através de um trabalho mecânico. Podem<br />

ser necessárias até sete etapas para garantir<br />

que os ingredientes sejam incorpora<strong>dos</strong> na<br />

ordem desejada.<br />

Existem diferentes tipos de ingredientes para<br />

compostos, que incluem borrachas naturais<br />

e sintéticas para proporcionar elasticidade e<br />

aderência: o negro de carbono, que constitui<br />

uma alta percentagem do composto de<br />

borracha, conferindo reforço e resistência à<br />

abrasão e enxofre para cruzar as moléculas<br />

de borracha durante o processo de vulcanização.<br />

Nos pneus de alto rendimento, utiliza-<br />

-se a sílica em vez do negro de carbono para<br />

conseguir uma baixa resistência à rodagem<br />

e uma excelente aderência em superfícies<br />

molhadas.<br />

Os ingredientes do composto utiliza<strong>dos</strong> e a<br />

forma como são mistura<strong>dos</strong>, têm um grande<br />

impacto nas prestações de um pneu. O uso<br />

de ingredientes de primeira qualidade e a<br />

seleção <strong>dos</strong> melhores compostos e misturas<br />

são os aspetos que situam os fabricantes de<br />

pneus premium longe <strong>dos</strong> seus concorrentes<br />

mais baratos.<br />

w FABRICAR O PROTÓTIPO<br />

Assim que os componentes, compostos, materiais<br />

específicos e o desenho da banda de<br />

rodagem forem defini<strong>dos</strong>, inicia-se a fabricação<br />

<strong>dos</strong> pneus protótipo para poderem ser<br />

testa<strong>dos</strong> nos laboratórios de ensaio e nos<br />

veículos. A equipa trabalha em estreita colaboração<br />

com o departamento de avaliação<br />

de pneus, para que os protótipos possam ser<br />

testa<strong>dos</strong> num amplo programa de testes e<br />

os resulta<strong>dos</strong> possam ser envia<strong>dos</strong> de volta<br />

à equipa de I+D.<br />

Existem diferentes formas de fabricar um<br />

pneu protótipo para teste. O desenho da<br />

banda de rodagem pode ser efetuado com<br />

laser diretamente dentro do pneu protótipo<br />

fabricado que, nesta etapa, dispõe, literalmente,<br />

uma superfície de banda de rodagem<br />

escorregadia. Esta tecnologia permite aos<br />

engenheiros fabricar um pneu que se destina<br />

apenas ao teste sem ter de fabricar um<br />

molde completo, cujo processo é complexo<br />

e caro. Numa etapa mais avançada do processo<br />

de desenvolvimento, fabrica-se um<br />

molde que permite à equipa testar o novo<br />

pneu em toda a sua extensão.<br />

Os pneus protótipo são feitos à mão e fabrica<strong>dos</strong><br />

em instalações onde o produtor<br />

de pneus se certifica de que os diferentes<br />

componentes do pneu são fabrica<strong>dos</strong> de<br />

acordo com as especificações recebidas da<br />

equipa de Investigação e Desenvolvimento.<br />

Os componentes são monta<strong>dos</strong> num tambor<br />

com uma ordem específica e ajustes<br />

predefini<strong>dos</strong>. O produto final deste processo<br />

é denominado pneu verde, referindo-se ao<br />

seu estado sem vulcanizar. Este pneu verde é<br />

vulcanizado num molde específico, instalado<br />

numa vulcanizadora. Depois, o pneu vulcanizado<br />

é inspecionado a fundo e enviado<br />

para o departamento de testes.<br />

w INDUSTRIALIZAÇÃO E FABRICO<br />

O processo de industrialização visa a criação<br />

de infraestruturas de produção, processos<br />

e equipas para garantir o sucesso do lançamento<br />

de um novo produto, a nível de<br />

produção em massa.<br />

Uma vez estabeleci<strong>dos</strong> os objetivos iniciais<br />

de marketing e a fase de verificação do<br />

protótipo completa, o produto inicia uma<br />

fase de extrapolação de linha. As novas<br />

especificações são aplicadas a toda a carteira<br />

de tamanhos e na fábrica são leva<strong>dos</strong><br />

a cabo testes individuais de qualificação.<br />

Para uma marca premium a operar num<br />

mercado global, supõe a definição, estandardização<br />

e implantação <strong>dos</strong> processos<br />

de fabricação necessários para a produção<br />

desse pneu, em particular em cada fábrica<br />

com os mesmos standards de qualidade,<br />

oferecendo as mesmas prestações ao consumidor<br />

final, tanto na região da Europa, como<br />

no Médio Oriente ou África. Os responsáveis<br />

pela planificação enfrentam o desafio diário<br />

de antever e planear a quantidade, os tipos<br />

e os tamanhos requeri<strong>dos</strong> pelo mercado.<br />

Uma vez finalizado o processo, os pneus<br />

passam por uma série de inspeções e testes<br />

a fim de se verificar o cumprimento <strong>dos</strong><br />

standards de qualidade estabeleci<strong>dos</strong>.<br />

Além das certificações de qualidade, os fabricantes<br />

investem nos eleva<strong>dos</strong> standards<br />

ambientais, quer a nível local, quer global,<br />

otimizando o uso da energia em todas as<br />

suas instalações, reduzindo o uso de materiais<br />

e limitando o impacto ambiental global<br />

<strong>dos</strong> seus produtos. u<br />

Fonte: Goodyear<br />

12 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017


Avaliação do pneu<br />

O EXEMPLO DA GOODYEAR<br />

PUB<br />

Mais de 270 pilotos de testes da Goodyear, juntamente com engenheiros<br />

e técnicos de 12 diferentes nacionalidades, percorrem mais de 100<br />

milhões de quilómetros to<strong>dos</strong> os anos, certificando-se de que os pneus<br />

estão a ser testa<strong>dos</strong> de um extremo ao outro do planeta durante as 24<br />

horas do dia. Os testes constituem uma atividade importante para a<br />

empresa, testando mais de 70.000 pneus por ano nos seus laboratórios<br />

com pistas de testes e nas estradas. Na Europa, a Goodyear é proprietária<br />

de três pistas de testes com instalações específicas para levar ao<br />

limite o desempenho <strong>dos</strong> pneus, situadas em França, Alemanha e Luxemburgo.<br />

Mais de 500 veículos são utiliza<strong>dos</strong> to<strong>dos</strong> os anos para levar<br />

a cabo os testes de pneus.<br />

Durante a fase de desenvolvimento do produto, os pneus da companhia<br />

são submeti<strong>dos</strong> a testes rigorosos, quer nos tambores de laboratório<br />

quer na pista. Enquanto a nova etiqueta europeia de pneus tem em<br />

conta três critérios - resistência à rodagem, aderência em piso molhado<br />

e ruído exterior - a Goodyear testa mais de 50 critérios diferentes<br />

num pneu. Isto inclui quer os testes legalmente estabeleci<strong>dos</strong>, quer<br />

muitos outros específicos da Goodyear: testes de travagem e controlo,<br />

seja em superfícies molhadas ou em superfícies secas, aquaplaning<br />

em linha reta e nas curvas, conforto e estabilidade a alta velocidade e<br />

testes de ruído quer em pista quer em laboratório de som muito sofisticado,<br />

entre outras provas. A resistência à rodagem, o desgaste da<br />

banda e outros testes são realiza<strong>dos</strong> também em condições controladas<br />

no laboratório.<br />

Os pneus para necessidades específicas exigem testes adicionais,<br />

como no caso <strong>dos</strong> testes <strong>dos</strong> pneus de inverno na neve, chuva com<br />

neve e em gelo, que são leva<strong>dos</strong> a cabo com temperaturas muito baixas<br />

nas instalações da Finlândia, Suécia, Suíça e Nova Zelândia. Estes testes<br />

específicos são desenvolvi<strong>dos</strong> visando ser utiliza<strong>dos</strong>, também, nos<br />

pneus comerciais, pneus para camiões e pneus agrícolas.<br />

As pistas e instalações da Goodyear em Mireval oferecem numerosas<br />

possibilidades para a realização de testes específicos de pneus. Projetada<br />

originalmente como um circuito de corridas, Mireval é caracterizada<br />

por contar com umas instalações de ponta, incluindo um circuito de<br />

condução em seco de 3,3 km de extensão, um circuito de alta tecnologia<br />

de condução em piso molhado de 1,7 km de comprimento e um<br />

grande circuito circular para os testes de aquaplaning em curva.<br />

To<strong>dos</strong> os resulta<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> testes de pneus são comunica<strong>dos</strong> à equipa de<br />

I+D, que tratará de melhorar as áreas específicas salientadas pelo departamento<br />

de avaliação <strong>dos</strong> pneus. A encomenda de um novo protótipo<br />

de pneu e o processo de teste poderia começar de novo. Pondo à<br />

prova o comportamento <strong>dos</strong> produtos quer em condições controladas<br />

no laboratório quer em terrenos de teste e estradas, a Goodyear pode<br />

conceber pneus com umas prestações equilibradas em to<strong>dos</strong> os critérios<br />

de rendimento importantes. u<br />

A LONG WAY<br />

TOGETHER<br />

A vasta carteira de produtos da BKT inclui<br />

gamas de pneus específicos, na vanguarda,<br />

para atender os pedi<strong>dos</strong> mais exigentes em<br />

múltiplos campos, tais como a agricultura,<br />

a construção e o OTR, bem como aplicações<br />

de transporte e agroindustriais.<br />

DISTRIBUIDOR PARA PORTUGAL Zona Industrial, Lote 13 Apt. 53<br />

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Salão<br />

Veja o vídeo em www.revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />

Batalha à parte<br />

A MECÂNICA 2017 desceu à capital para a sua sétima edição. Mais de 25 mil<br />

visitantes e 170 expositores marcaram presença num evento, onde distribuidores<br />

de pneus e de equipamentos travaram uma batalha à parte<br />

Por: Jorge Flores<br />

A<br />

Batalha desceu a Lisboa para reunir<br />

o aftermarket nacional, naquela<br />

que foi a primeira edição da ME-<br />

CÂNICA – Salão do Equipamento<br />

Oficinal, Peças, Mecânica, Lubrificantes, Componentes<br />

e Acessórios para veículos ligeiros<br />

e pesa<strong>dos</strong>, na Feira Internacional de Lisboa<br />

(FIL). Um evento que, na sua sétima edição,<br />

“ultrapassou as melhores expectativas”, conforme<br />

sublinhou José Frazão. O diretor-geral<br />

da ExpoSalão salientou ainda que a mudança<br />

para a capital foi muito bem acolhida por<br />

expositores e visitantes”, tendo sido, por isso,<br />

“uma aposta ganha”.<br />

Os números da feira apontam para a presença<br />

de mais de 25 mil visitantes profissionais e<br />

170 expositores. Entre estes últimos, a presença<br />

do setor <strong>dos</strong> pneus foi categórica. Os<br />

distribuidores de pneus e de equipamentos<br />

não faltaram à chamada para esta “batalha”<br />

no evento lisboeta.<br />

FEDIMA TYRES – A empresa de Alcobaça<br />

considerou a mudança da Batalha para Lisboa<br />

“benéfica”. Carlos Marques, responsável da<br />

empresa, gostaria que a MECÂNICA conti-<br />

Fedima Tyres<br />

nuasse na Batalha, mas reconheceu que “é<br />

nos centros de decisão que esta deve estar<br />

presente. O salão acaba por ter vantagens<br />

por vir aqui para Lisboa e por decorrer em<br />

simultâneo com o salão automóvel. Há aqui<br />

contactos que não iriam à Batalha”, explicou<br />

Carlos Marques.<br />

Sobre a presença da Fedima Tyres no salão,<br />

salientou que a empresa continua a primar<br />

por ter a “produção mais variada do mundo”,<br />

o que obriga a uma constante “evolução <strong>dos</strong><br />

produtos”. Em destaque, no seu espaço, esteve<br />

o pneu com faixa branca, para veículos<br />

clássicos, “um nicho de mercado” muito interessante<br />

para empresa, que conta com um<br />

importante cliente na Dinamarca. De referir<br />

ainda outro nicho curioso apresentado na FIL.<br />

“Temos um mercado fabuloso: pneus para os<br />

Tuk Tuk de Lisboa. Em exibição, ainda as rodas<br />

brancas, os pneus para SUV, competição,<br />

semi-maciços e a nova gama, de qualidade,<br />

para o mercado de camião”, disse.<br />

S. José <strong>Pneus</strong><br />

S. JOSÉ PNEUS – A S. José <strong>Pneus</strong> apresentou-se<br />

em forma nesta edição da MECÂN-<br />

CIA. Em evidência no espaço da empresa de<br />

Cantanhede, estiveram as novas medidas<br />

nas gamas de pesa<strong>dos</strong> e maciços. Produtos<br />

concebi<strong>dos</strong>, hoje, com uma “qualidade muito<br />

superior”, conforme explicou Luís Aniceto.<br />

Ou seja, a gama BKT está de boa saúde e<br />

recomenda-se. “Até aqui, já eram produtos<br />

bons, mas ainda não eram como queríamos.<br />

14 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017


MECÂNICA 2017<br />

Agora, sim”, afirmou. Em destaque, estiveram<br />

ainda as duas marcas representadas pela<br />

empresa para o segmento de camião: Goodride<br />

e Semperit. De resto, a S. José <strong>Pneus</strong><br />

encontrou na FIL muitos clientes, “especialmente<br />

do Alentejo, que nós visitamos menos,<br />

pela distância. Alguns conhecemos apenas<br />

por telefone. Vieram fazer-nos uma visita e<br />

apresentaram-se”, contou.<br />

Seiça<br />

SEIÇA – Para a Seiça, as expectativas criadas<br />

em torno da MECÂNICA foram alcançadas.<br />

“A divulgação <strong>dos</strong> produtos foi conseguida.<br />

Esperávamos que o salão fosse um pouco<br />

mais virado para os transportadores, para<br />

o camião. Nesse campo, ficou um pouco<br />

aquém. Está muito virado para a mecânica<br />

e para as oficinas. Mas penso que o balanço<br />

final é positivo”, realçou José Lameiro, responsável<br />

da Seiça.<br />

Em termos de produtos apresenta<strong>dos</strong> na<br />

feira, a empresa apostou forte nos pneus de<br />

camião. Muito em particular, nos pneus recauchuta<strong>dos</strong><br />

pela própria Seiça. “No entanto,<br />

a nossa oferta é muito mais ampla”, frisou.<br />

Novidades foram duas. “Um pneu para obras<br />

e outro para longas distâncias, dois produtos<br />

que utilizam compostos especiais e que têm<br />

algumas particularidades, nomeadamente, o<br />

facto de não terem sentido de rotação. São<br />

produtos muito recentes e que, neste momento,<br />

os primeiros da<strong>dos</strong> apontam já para<br />

uma grande performance. Estamos confiantes<br />

que tenham um bom desempenho e uma<br />

boa aceitação”, destacou José Lameiro.<br />

Sobralpneus<br />

SOBRALPNEUS – O balanço da feira foi positivo<br />

para a Sobralpneus. António Eduardo,<br />

responsável da empresa do Carregado, defendeu<br />

que a organização da MECÂNICA “está<br />

de parabéns” pela mudança do evento para<br />

Lisboa. “Foi uma situação nova, mas penso<br />

que foi um sucesso e que há todas as condições<br />

para repetir a experiência no futuro. Há<br />

sempre clientes novos, novas oportunidades<br />

de negócio. Estar aqui potencia estas oportunidades”,<br />

explicou. Em termos de produtos,<br />

as novidades focaram-se em torno de duas<br />

marcas, de enorme importância para a Sobralpneus.<br />

“Produtos novos e mais eficientes<br />

ao nível energético da marca Marshal e as<br />

jantas da marca Alcoa, com novos modelos e<br />

novas dimensões”, realçou António Eduardo.<br />

PNEURAMA – A Pneurama está a comemorar<br />

30 anos de vida e a ocasião não<br />

passou despercebida na MECÂNICA. A<br />

empresa vincou a sua presença de forma<br />

categórica, celebrando a data com os seus<br />

clientes e exibindo “arsenal” de peso. Entre<br />

as novidades, como não podia deixar de ser,<br />

esteve a marca Lassa, a sua bandeira maior<br />

para os setores de turismo, comercial e 4x4.<br />

Produtos que, como explicou Hugo Azevedo,<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 15


Salão MECÂNICA 2017<br />

Pneurama<br />

EQUIPAMENTOS EM FORÇA<br />

Dentro da “batalha” particular <strong>dos</strong> pneus no Salão da MECÂNICA 2017, durante os dias do<br />

evento, as atenções <strong>dos</strong> profissionais do setor estiveram centradas na área <strong>dos</strong> equipamentos,<br />

onde não faltaram empresas a apresentar produtos e novidades relevantes para o mercado<br />

responsável da Pneurama, primam pelo<br />

facto de “fazerem muitos quilómetros” e<br />

de garantirem um bom equilíbrio entre<br />

“segurança e performance”, disse. Ou não<br />

sejam eles construí<strong>dos</strong>, como sublinhou,<br />

com a mais “avançada tecnologia” do<br />

gigante japonês: Bridgestone.<br />

No espaço da Pneurama figuraram ainda<br />

as gamas de pneus maciços Emrald,<br />

Apollo (industriais), Vredestein (turismo;<br />

agrícola) e Cooper Tyre (segmento 4x4).<br />

PNEUS DO ALCAIDE – Para David Laureano,<br />

responsável da <strong>Pneus</strong> do Alcaide, a<br />

mudança da Batalha para Lisboa atribuiu<br />

um “contexto mais nacional” ao evento.<br />

O que se traduziu, na sua opinião, numa<br />

maior afluência e contactos empresariais.<br />

O foco maior da <strong>Pneus</strong> do Alcaide foi o<br />

setor <strong>dos</strong> pesa<strong>dos</strong>, notando David Laureano,<br />

a propósito, a pouca presença de<br />

marcas de camiões. “Trariam mais pessoas<br />

ao nosso setor”. Quanto aos produtos expostos<br />

no seu espaço, alguns <strong>dos</strong> grandes<br />

protagonistas foram os recauchuta<strong>dos</strong>.<br />

“Na parte da recauchutagem, temos toda<br />

a gama principal de pisos, onde somos o<br />

único recauchutador, em Portugal, das<br />

marcas Goodyear e Dunlop. Além disso,<br />

trabalhamos os pneus novos das marcas<br />

do Grupo Goodyear, Bridgestone e outras<br />

marcas. Não estamos fecha<strong>dos</strong>”. Mas não<br />

<strong>Pneus</strong> do Alcaide<br />

só de pesa<strong>dos</strong> vive a empresa. “Também<br />

trabalhamos muito os ligeiros. E estamos<br />

a apostar mais nos serviços integra<strong>dos</strong> na<br />

frota: desde o pneu novo ao recauchutado,<br />

ao serviço de assistência 24 horas<br />

e ao serviço de mobilidade da própria<br />

frota. Estamos muni<strong>dos</strong> dessas capacidades<br />

todas. Conseguimos cobrir aquilo<br />

que são as necessidades de um cliente<br />

a nível de pneus. E é isso que estamos<br />

aqui a mostrar aos clientes”, sublinhou o<br />

responsável. u<br />

Cometil<br />

COMETIL – Com sede e forte ligação a Lisboa,<br />

a Cometil encarou com naturalidade e otimismo<br />

a mudança da MECÂNICA para a capital.<br />

Curiosamente, apesar de estarmos em Lisboa,<br />

temos sido muito visita<strong>dos</strong> por clientes do norte”,<br />

adiantou Pedro Jesus, responsável da Cometil. Em<br />

destaque, no stand da empresa especialista em<br />

equipamentos para pesa<strong>dos</strong>, estive o “conceito<br />

de receção ativa, cada vez com mais testes”,<br />

disse. De resto, a receção ativa com venda de<br />

serviços adicionais é uma área que, apesar de<br />

já ter sido revelada em eventos anteriores, tem<br />

ganho uma enorme preponderância na empresa.<br />

“Existe a máquina de controlo de vibrações da<br />

Hunter, que é uma das novidades deste ano. É<br />

totalmente automática. Ainda mais automática do<br />

que as gerações anteriores”, reforçou.<br />

Conversa de Mãos<br />

CONVERSA DE MÃOS – Fernando Lopes<br />

mostrou-se agradado com a realização da MECÂ-<br />

NICA nos pavilhões da FIL. “Há vários anos que não<br />

se fazia uma feira em Lisboa. É uma oportunidade<br />

para mostrar aquilo que temos, nesta zona do<br />

país. Será vantajoso para a Conversa de Mãos”,<br />

disse. Para mais, o número de visitas de clientes<br />

ao stand, “tanto do continente como das ilhas”<br />

correspondeu às expectativas. A empresa especialista<br />

em equipamentos para pneus trouxe várias<br />

novidades: máquinas de desmontar e de equilibrar,<br />

sendo a marca Sice a grande protagonista.<br />

Eurocofema<br />

EUROCOFEMA – José Costa, responsável<br />

da empresa de Ermesinde, ficou agradado com a<br />

afluência do público, bem como com o interesse<br />

demonstrado pelos profissionais nos produtos. Mas<br />

não deixou de apontar o dedo a alguns aspetos da<br />

organização do certame, nomeadamente, no que<br />

respeita à montagem e desmontagem <strong>dos</strong> stands.<br />

Quanto aos produtos, destaque para a marca Giuliano,<br />

da qual são representantes em Portugal, e<br />

para os elevadores da marca premium OMCN. A<br />

marca própria ECF também marcou presença.<br />

Gonçalteam<br />

GONÇALTEAM – Na Gonçalteam, as luzes<br />

incidiram, sobretudo, na linha de produtos inovadores<br />

na área das máquinas de desmontar pneus,<br />

equipadas com o sistema 100% automático de<br />

desmontagem e montagem. Destaque, também,<br />

para a máquina de equilibrar rodas, um equipamento<br />

que “é um centro de diagnóstico: faz<br />

a deteção da ovalização e o matching. Fizemos<br />

demonstrações com grande sucesso. Depois,<br />

temos as máquinas de alinhar direções, de tecnologia<br />

3D, os macacos de rodas, as máquinas<br />

de desapertar rodas, também da nossa marca<br />

que estamos a relançar novamente: a Vessel”,<br />

sublinhou António Gonçalves, que não esqueceu<br />

a “menina <strong>dos</strong> olhos da Gonçalteam”. A própria<br />

marca Gteam. “Uma marca que, neste último ano,<br />

já está presente em feiras.<br />

Lusilectra<br />

LUSILECTRA – A Lusilectra aproveitou a ME-<br />

CÂNICA para desvendar algumas novidades no<br />

campo do alinhamento de pesa<strong>dos</strong>. “Trouxemos<br />

uma máquina 3D de pesa<strong>dos</strong> e outros produtos<br />

que têm a aplicação de AdBlue”, adiantou António<br />

Garrido, responsável da empresa. Ênfase, neste<br />

espaço, também para a nova “máquina de mudança<br />

<strong>dos</strong> flui<strong>dos</strong> das transmissões automáticas”.<br />

A empresa proporcionou ainda um contacto direto,<br />

aos muitos profissionais presentes, com o resto<br />

<strong>dos</strong> produtos que compõem o seu catálogo. u<br />

16 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017


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Reportagem<br />

Um por to<strong>dos</strong>,<br />

to<strong>dos</strong> por um<br />

ambiente melhor<br />

Monsaraz foi o local escolhido pela Valorpneu para a realização do seu 15.°<br />

Encontro, que reuniu, nos dias 23 e 24 de outubro, cerca de uma centena de<br />

participantes. Além de to<strong>dos</strong> os parceiros da rede, o evento contou com a presença<br />

de Carlos Martins, Secretário de Estado do Ambiente<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Depois do primeiro dia ter ficado<br />

marcado por um passeio de barco<br />

e por um jantar, cujo objetivo foi<br />

promover a confraternização e a<br />

partilha de experiências, os trabalhos arrancaram<br />

na manhã seguinte com o discurso<br />

de boas-vindas de Hélder Pedro. O gerente<br />

da Valorpneu fez uma breve apresentação<br />

da atividade da empresa nos últimos anos e<br />

expôs alguns constrangimentos que dificultam<br />

e causam instabilidade no desempenho<br />

da entidade gestora. Preocupações que se<br />

prendem, essencialmente, com a concessão<br />

da terceira licença da Valorpneu, que se prolonga<br />

desde final de 2013 com prorrogações<br />

sucessivas, e com “algumas exposições do<br />

diploma que, atualmente, é público e que, a<br />

manter-se a redação, apresenta alguns desa-<br />

justes relativamente a este fluxo de resíduo e à<br />

realidade do contexto europeu”, referiu o responsável.<br />

Estes desajustes dizem respeito, por<br />

exemplo, aos objetivos de gestão defini<strong>dos</strong><br />

para a reutilização e recauchutagem de pneus<br />

usa<strong>dos</strong>, mesmo que integra<strong>dos</strong> em conjunto<br />

com a reciclagem, que se revelam demasiado<br />

ambiciosos e geradores de desvios face à realidade<br />

nacional e internacional, traduzindo-<br />

-se este desvio num encargo adicional para<br />

a Valorpneu através do pagamento da TGR<br />

(Taxa de Gestão de Resíduos).<br />

w PROJETO UNILEX<br />

Carlos Martins, Secretário de Estado do<br />

Ambiente, foi a segunda pessoa a usar da<br />

palavra. E começou por felicitar o excelente<br />

trabalho e os resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> pela entidade<br />

gestora ao longo <strong>dos</strong> seus 15 anos de<br />

atividade, revelando-se um “caso de sucesso<br />

em Portugal e até um exemplo para outras<br />

entidades gestoras internacionais que lhe<br />

seguiram os passos”. O responsável anotou<br />

as preocupações da entidade gestora relativamente<br />

a alguns pontos do diploma,<br />

nomeadamente às metas de gestão, mostrando<br />

disponibilidade para, caso seja necessário,<br />

“proceder a alguns ajustes e fazer<br />

uma aproximação bastante mais realista do<br />

que é, hoje, o setor”. Carlos Martins aproveitou<br />

a oportunidade para falar sobre a nova<br />

geração de licenças de fluxos específicos de<br />

resíduos, oriundas do UniLEX, destacando<br />

cinco pontos: privilegiar os valores ambientais;<br />

apostar na sensibilização e comunicação<br />

junto <strong>dos</strong> cidadãos; investir na investigação e<br />

18 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017


15.° Encontro Valorpneu<br />

desenvolvimento; gerir fluxos com eficiência;<br />

reforçar o papel da administração pública<br />

no acompanhamento e gestão da atividade<br />

das entidades.<br />

O Secretário de Estado do Ambiente acabou<br />

por protagonizar o momento mais aguardado<br />

pela Valorpneu e por to<strong>dos</strong> os operadores<br />

do sistema presentes, anunciando<br />

que, “assim que o projeto UniLEX estiver<br />

concluído na Comissão Europeia e a partir<br />

do momento que a concessão da licença<br />

dependa apenas do Estado português, a<br />

licença da Valorpneu será atribuída. O projeto<br />

UniLEX atrasou, mas espera-se que,<br />

até final de 2017, fique fechado, podendo<br />

a licença da Valorpneu ser atribuída logo<br />

no primeiro trimestre de 2018”. O projeto<br />

UniLEX consiste na consolidação da legislação<br />

em matéria de Fluxos Específicos de<br />

Resíduos, a qual deverá ter em consideração<br />

o novo “Pacote Resíduos” no quadro<br />

da estratégia da economia circular e se<br />

encontra em processo de notificação nas<br />

instâncias comunitárias. “Pretende-se, entre<br />

outros aspetos, tratar, de igual forma, o que<br />

é igual, visando a desejável harmonização,<br />

mas garantir e salvaguardar as diferenças e<br />

especificidades de cada fluxo de resíduos,<br />

mantendo, de forma distinta, o que deve ser,<br />

efetivamente, tratado de forma diferente”,<br />

referiu Carlos Martins.<br />

w DOIS PAINÉIS EM DEBATE<br />

O 15.° Encontro prosseguiu num formato<br />

diferente do habitual, mas que se revelou<br />

muito eficaz e produtivo na discussão de<br />

ideias e na tentativa de resolução de problemas<br />

que afetam o setor. Foram promovi<strong>dos</strong><br />

dois painéis. O primeiro, “Atualidade e<br />

Perspetivas no Domínio do Fluxo de <strong>Pneus</strong><br />

Usa<strong>dos</strong>”, moderado por Climénia Silva,<br />

diretora-geral da Valopneu, contou com a<br />

participação de Carla Pinto (DGAE), Mário<br />

Grácio (IGAMAOT) e Mafalda Mota (APA). O<br />

segundo, moderado por Neusa Guerreiro,<br />

gerente da Valorpneu, versou sobre “A Dinâmica<br />

<strong>dos</strong> Operadores da Rede e Tendências<br />

da Indústria do Setor”, tendo Paulo Mesquita<br />

(Lusitano <strong>Pneus</strong>), José Carvalho (Biosafe),<br />

José Gomes (ANIRP), António Pedreiro<br />

(Recipneu), Pedro Barros (Biogoma) e Luís<br />

Realista (AVE) como protagonistas.<br />

No primeiro painel, Carla Pinto (DGAE) referiu<br />

que “numa área de negócio de interesse<br />

público como esta, a nossa intervenção<br />

tem como principal objetivo que as metas<br />

sejam cumpridas de forma eficiente”. Relativamente<br />

ao desafio que a nova geração<br />

de licenças vai impor, Carla Pinto destacou<br />

a obrigatoriedade das entidades gestoras<br />

de planos plurianuais no que diz respeito à<br />

prevenção de produção de resíduos, sensibilização,<br />

comunicação, educação e ainda<br />

investigação e desenvolvimento. “Isto obriga<br />

a que as entidades gestoras tenham uma<br />

estratégia sólida e de continuidade nestes<br />

domínios”, sublinhou. Mafalda Mota (APA)<br />

salientou, por seu turno, dois desafios que<br />

se vão colocar com esta nova geração de<br />

licenças, nomeadamente as Guias Eletrónicas<br />

de Acompanhamento de Resíduos<br />

(e-GAR) e o registo de produtores, ambos<br />

obrigatórios a partir de janeiro de 2018. Já<br />

Mário Grácio (IGAMAOT), referiu que sentiu<br />

dificuldades em identificar situações que não<br />

se encontrassem conforme este fluxo. E que<br />

as que existiam seriam ultrapassadas com<br />

o escoamento do material que tem como<br />

destino a reciclagem.<br />

No segundo painel, foram feitos vários elogios<br />

relativamente ao papel da Valorpneu<br />

enquanto entidade gestora do sistema de<br />

pneus usa<strong>dos</strong>. E foram lança<strong>dos</strong> vários desafios<br />

para potenciar a geração de valor na<br />

rede. Durante o 15.° Encontro, foi ainda atribuído<br />

o Prémio Desempenho de Ponto de<br />

Recolha 2017 à Ecomais, S.A. (Leiria), no valor<br />

de €5.000, por parte de Rui Martins, partner<br />

da Ernst & Young. Seguiu-se a apresentação<br />

<strong>dos</strong> “Desafios da Administração no Âmbito do<br />

SGPU”, a cargo de Inês Diogo, board member<br />

da APA, para, no final, Elisabete Jacinto, sob<br />

o mote “As vitórias do futuro constroem-se<br />

no dia a dia”, ter partilhado a sua experiência<br />

enquanto piloto e ter dado conta da sua<br />

vontade ilimitada de vencer e de superar os<br />

seus limites. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 19


Máquinadotempo<br />

Pneurama comemora 30 anos<br />

“Não queremos ser os maiores,<br />

mas os melhores distribuidores”<br />

Presente no mercado há 30 anos, a Pneurama<br />

mantém-se fiel ao princípio de que interessa mais<br />

ser o “melhor” do que o “maior” distribuidor. Nesta<br />

data histórica, a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> fez um balanço da<br />

atividade da empresa com Hugo Azevedo<br />

w PNEUS LASSA SÃO BANDEIRA<br />

Para o responsável da Pneurama, essencial<br />

é a estratégia da empresa. “Arranjamos soluções<br />

para todas as necessidades <strong>dos</strong> clientes.<br />

Através de contactos com fabricantes<br />

internacionais, arranjamos qualquer pneu<br />

que o cliente precise, mesmo o mais difícil”,<br />

sublinhou. Para que não haja confusões de<br />

interpretação, o responsável fez questão de<br />

precisar a premissa da empresa. “Não queremos<br />

ser os maiores, mas os melhores distribuidores<br />

de pneus”.<br />

Sobre o futuro, Hugo Azevedo não tem dúvidas:<br />

“A Lassa é a marca bandeira da Pneurama.<br />

Desde o início de 2017 até setembro,<br />

a Lassa em Portugal teve um crescimento de<br />

30% comparado com o mesmo período de<br />

2016. Números que nos dizem que o trabalho,<br />

que começou em 2014, está a ter o seu<br />

retorno”, apontou. “Depositamos enorme<br />

confiança na qualidade do nosso produto e<br />

sabemos, pelo feedback <strong>dos</strong> nossos clientes,<br />

que já existem muitos consumidores finais<br />

fiéis à marca”.<br />

Por: Jorge Flores<br />

rês décadas cumpridas sobre<br />

a sua fundação, a Pneurama<br />

continua a dar cartas no mercado<br />

de pneus. Prova disso, foi<br />

a vitalidade que evidenciou<br />

na Salão MECÂNICA 2017,<br />

evento que a empresa aproveitou para<br />

celebrar o seu 30.° Aniversário. “O balanço<br />

que fazemos da participação na feira de Lisboa<br />

foi extremamente positivo”, começou<br />

por afirmar Hugo Azevedo, responsável da<br />

empresa e filho de José Azevedo da Mota.<br />

Os objetivos da empresa sediada em Paredes<br />

na feira eram vários. “A celebração<br />

<strong>dos</strong> 30 anos de história da Pneurama. Recebemos,<br />

no nosso stand, muitos clientes<br />

que, ao longo <strong>dos</strong> anos, contribuíram para<br />

o nosso sucesso. No sábado, juntamente<br />

com muitos deles, cantámos os parabéns<br />

à Pneurama, reforçando a nossa ideia de<br />

grande relacionamento com quem confia<br />

em nós. Sentimos que somos to<strong>dos</strong> uma<br />

grande família”, disse Hugo Azevedo.<br />

O filho de José Azevedo da Mota considera<br />

que, ao longo da sua história, a empresa<br />

“criou relações comerciais extremamente<br />

profundas, sempre com exigência máxima<br />

na ética de negócios”, afirmou. Segundo<br />

acrescentou, o facto de se tratar de uma<br />

empresa familiar reflete-se nos estreitos<br />

laços que tem com os clientes. “Gostamos<br />

de pensar que a relação da Pneurama com<br />

os clientes é uma relação de uma grande<br />

família.”, reforçou. “Temos um enorme respeito<br />

pelo negócio <strong>dos</strong> nossos clientes, que<br />

é refletido no facto de darmos exclusividade<br />

geográfica a cada casa de pneus que trabalha<br />

com a Pneurama”, disse. Hugo Azevedo.<br />

Por este motivo, “os nossos objetivos para<br />

2018 passam por manter o crescimento da<br />

marca Lassa em Portugal e por desenvolver<br />

o nosso espaço nos pneus maciços, com a<br />

marca Emrald, nos pneus industriais com<br />

a marca Apollo e nos pneus agrícolas e de<br />

turismo com a marca Vredestein”, adiantou.<br />

A Pneurama opera em todo o território nacional<br />

(incluindo as ilhas) e dispõe de um<br />

“volume sólido” de exportações para países<br />

africanos de língua portuguesa. Também<br />

por aí, além-fronteiras, poderá passar o futuro<br />

da Pneurama. Mas com os pneus bem<br />

assentes no chão. “O volume de negócios<br />

das nossas exportações está dependente<br />

da estabilidade política <strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong> onde<br />

operamos. Por isso, temos uma posição mais<br />

conservadora relativamente a projeções”,<br />

esclareceu Hugo Azevedo. u<br />

20 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017


TRW<br />

SKF<br />

Liqui-Moly<br />

Bomboleo<br />

AleCarPeças | Eurol<br />

Sotinar | Portepim<br />

AS Parts | RS Contreras<br />

Tips4y | Autopeças CAB | WDB<br />

Auto | Japopeças | Wurth | Denso<br />

Auto Peças Maria Pia | Viseldiesel<br />

Bosch Car Multimedia | Japanparts | Leirilis<br />

Motor Portugal | FCV Costa | RPL Clima<br />

Nex Tyres | Trelleborg | Mitas | Nélson Tripa<br />

Peças Land Rover | Enjoy Tyre | FAI Automotive<br />

Santogal Peças Auto Silva Acessórios | Fuchs | KYB | PBS<br />

ZF | YUASA Valvoline | Herth+Buss | Krautli | bilstein group<br />

Nexen Veneporte | Mills | Rodapeças<br />

Solucas | Inter-Tyre | Valorpneu I CASA<br />

Autozitânia | Yokohama | Estúdio Numérico<br />

Top Recâmbios | Neocom | Vieira & Freitas<br />

Polibaterias | Meyle | Spinerg | Shell | FAE | Cometil<br />

Auto Delta | Dispnal | UFI Filters | Tiresur | Upol<br />

Diesel Technic | Metelli | AB Tyres | Schaeffler | Centrauto<br />

Media Service Internacional | Falken | Stand Asla | Avalon<br />

Delphi | Sonicel | Carsistema | Motorbus | Hutchinson | Dayco<br />

Opera | Robert Bosch | WD-40 | Indasa | Altaroda | Astra | Exide | BASF<br />

Interescape | Petronas | Contitech | S. José <strong>Pneus</strong> | Tacofrota | Osram<br />

Grippen Wheels | Domingos & Morgado | PPG | Eurofren | NGK | Alidata | Texa<br />

Apuana | 3M | Impoeste | Sofrapa | Soulima | Continental | ATE | Arsipeças<br />

A.Vieira | Sousa <strong>dos</strong> Radiadores | Olipes | Brandzone | Algarchapa | Perfect Fit<br />

ADIR Viseu | Spanjaard | Fronti | Valeo | Gameroil | Maxolit | Sparke & Sparkes | Coteq<br />

Veicomer | 41 Peças | Pro4matic | Quinta do Monte<br />

Redondo | Tugapneus | Atlantic Parts | Create Business<br />

Escape Forte | Solutions4yb | Vicauto | MGM | GTA Solutions<br />

SNA Europe | Bahco | Pinto da Costa & Costa | Garra Peças<br />

Motormáquina | Macos | Coopertire | Sobralpneus | Olipes | Provmec<br />

Servidiesel | X-Action | Lisparts | Lança & Marques | Angopeças<br />

Filourém | Sobrais | Autoflex | Phaarmpeças | Visoparts | GroupM | Gameroil<br />

Paco Saura | Talosa | PD Auto | Auto Recto | Mastersensor | Rubete | | Crofil<br />

|Viúva Eduardo A. Fernandes | Auto Barros | HBC II | Acessórios Selcar | Quimirégua<br />

Havas Media | Eurorepair | Motrio | BMW | Centrocor | Empilhapeças | Hispanor I Cetrus<br />

Rugempeças | MCD Garcia | RP Auto | Cardinais | Viapesa<strong>dos</strong> | Fersa Bearings | Megameios<br />

Tenneco | Savi elettronica | Prosper Populariry | Mcnur | Gonçalteam | Merpeças | Imporfase<br />

NTN-SNR | Breda Lorett | Europart | Santarém Motor | Autoglass | Fórmula EP3 | ERA SpA | Ohra<br />

Lusilectra | APL Expresso | Tisoauto | MF Pinto | Exposalão | Nipparts | MCoutinho | AZ Auto | Carf<br />

ATEC | Cepra | Sogilub | ACAP | Kikai | Equip Auto | FIG | Wolf oil | Champion | Federal Mogul | MP3 | Gates<br />

Axalta | Jaba Translations | Hella | Mann Filter | Man Trucks | João Paulo Lima | IF4 | ARAN | Fiamm<br />

Centro Zaragoza | Hankkok | Kuhmo e to<strong>dos</strong> os leitores, parceiros e amigos que fizeram de 2017 um ano especial<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 21


Entrevista<br />

Elena Ballista<br />

“Portugal é fundamental na nossa<br />

Com 145 anos de história,<br />

a Pirelli é (re)conhecida<br />

mundialmente pela<br />

qualidade <strong>dos</strong> seus<br />

produtos, por fornecer,<br />

de origem, diversos<br />

fabricantes de automóveis<br />

e pelo envolvimento na<br />

competição. Elena Ballista,<br />

country manager para o<br />

nosso país, afirma que<br />

Portugal é fundamental na<br />

estratégia da marca<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

om mais de 30.000 colaboradores<br />

a nível mundial e um<br />

volume de negócios global<br />

de cinco mil milhões de euros<br />

alcança<strong>dos</strong> em 2016, a Pirelli,<br />

que foi fundada, em Milão, no<br />

ano de 1872, é, hoje, uma marca mundialmente<br />

(re)conhecida pela tecnologia de ponta, pela<br />

excelência da produção e pela paixão que<br />

tem pela inovação, características que simbolizam<br />

fortemente as suas raízes italianas. No<br />

nosso país, a marca está presente, de forma<br />

direta, com uma sucursal da filial ibérica do<br />

grupo. Razões mais do que suficientes para<br />

que tivéssemos entrevistado Elena Ballista,<br />

country manager Portugal da Pirelli.<br />

A Pirelli está presente em Portugal, de forma<br />

direta, há vários anos e tem uma forte implementação<br />

na Península Ibérica. Concorda?<br />

Em absoluto. A Península Ibérica sempre<br />

desempenhou um papel fundamental na<br />

história da multinacional italiana. Espanha<br />

foi, aliás, o primeiro país fora das fronteiras<br />

italianas onde a Pirelli implantou uma fábrica<br />

(de cabos), corria o ano de 1902. A primeira<br />

unidade de produção de pneus fora de Itália<br />

foi a fábrica de Manresa (Espanha), que<br />

abriu em 1924 e permaneceu em atividade<br />

até há nove anos. As instalações foram, recentemente,<br />

convertidas no principal polo<br />

logístico da marca para a Península Ibérica e<br />

num centro de testes para o desenvolvimento<br />

<strong>dos</strong> novos produtos que a Pirelli fornece aos<br />

principais fabricantes de veículos na Europa.<br />

Em Portugal, depois de alguns anos de comercialização<br />

<strong>dos</strong> seus produtos através de um<br />

importador, há 29 anos, a Pirelli estabeleceu<br />

a sua própria organização. Atualmente, está<br />

presente com uma sucursal da filial ibérica<br />

do grupo, que trata da comercialização <strong>dos</strong><br />

produtos da divisão Consumer (pneus de<br />

turismo e de moto) da marca. A estrutura é<br />

composta por cinco comerciais, que cobrem<br />

o território nacional (continente e ilhas), um<br />

Contact Center e uma pessoa responsável<br />

pelas áreas administrativa e financeira, além<br />

de, obviamente, o encarregado da própria<br />

sucursal. Portugal representa 15% do total<br />

22 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017


Country Manager Portugal da Pirelli<br />

estratégia”<br />

Que estratégia tem delineada para o mercado<br />

português?<br />

Em Portugal, a Pirelli confirma o seu posicionamento<br />

de marca premium, apostando<br />

numa oferta que privilegia o máximo em<br />

termos de qualidade e contínua inovação<br />

tecnológica, com um posicionamento de<br />

preço coerente e um reconhecimento por<br />

parte <strong>dos</strong> clientes no que concerne a notoriedade<br />

e rentabilidade que os seus produtos<br />

proporcionam aos profissionais do setor. As<br />

atividades de marketing desenvolvem-se,<br />

sobretudo, no âmbito do trade, acompanham<br />

os nossos clientes na atividade diária no ponto<br />

de venda, com promoções direcionadas para<br />

o consumidor final, reforçando a formação e<br />

a informação do produto. Ao mesmo tempo,<br />

capitalizando o investimento que a marca<br />

efetua a nível internacional: a presença no<br />

mundo da competição, com a Fórmula 1 no<br />

topo, as homologações no equipamento de<br />

origem <strong>dos</strong> mais prestigia<strong>dos</strong> fabricantes<br />

de automóveis (sinal do reconhecimento<br />

de máxima confiança na nossa capacidade<br />

de inovação tecnológica) e o calendário,<br />

mundialmente conhecido como “The Cal”. Em<br />

suma, to<strong>dos</strong> elementos que nos diferenciam<br />

e reafirmam o nosso contínuo investimento<br />

na excelência e na liderança no segmento<br />

<strong>dos</strong> produtos de máxima performance. Além<br />

destas atividades, a Pirelli continua a apoiar os<br />

seus melhores retalhistas através do Programa<br />

Key Point que agrupa alguns <strong>dos</strong> principais<br />

e melhores especialistas do mercado. E não<br />

descartamos, num futuro próximo, dar um<br />

novo passo na direção de aumentar a relação<br />

entre a marca e os retalhistas portugueses,<br />

com a implementação do projeto Driver,<br />

atualmente presente em grande parte da<br />

Europa e que, em Espanha, passa<strong>dos</strong> 20 anos,<br />

conta com quase 200 associa<strong>dos</strong>.<br />

Que análise faz do mercado ibérico de pneus?<br />

Portugal e Espanha parecem seguir tendências<br />

diferentes. No país vizinho, em 2017, o<br />

mercado permanece numa situação estável,<br />

tanto a nível de sell-in como de sell-out, registando<br />

até um ligeiro aumento comparativamente<br />

a 2016. Em Portugal, registamos, que<br />

em sell-in quer em sell-out, uma tendência negativa.<br />

No sell-in a diminuição de vendas afeta<br />

todas os tipos de marcas, desde as premium<br />

às budget (de importação ou de propriedade<br />

<strong>dos</strong> grandes fabricantes). No sell-out, depois<br />

de uma estabilidade verificada nos primeiros<br />

meses do verão, o mercado caiu novamente<br />

e essa tendência regista-se, com maior ou<br />

menor intensidade, em to<strong>dos</strong> os canais. De<br />

momento, não existem elementos que indiquem<br />

que a tendência se inverta neste<br />

último trimestre e, portanto, 2017 não deve<br />

representar o ano da recuperação definitiva<br />

do mercado em Portugal.<br />

Os motivos que estão na base desta dinâmica<br />

relativa são vários. Desde a reduzida<br />

sensibilidade e propensão do consumidor<br />

português para verificar as condições <strong>dos</strong> seus<br />

pneus e, portanto, para trocá-los segundo<br />

a frequência aconselhada, até à situação<br />

climatérica destes últimos meses, passando<br />

por uma conjuntura económica que já mostra<br />

números muito positivos em termos de<br />

Macroeconomia, mas que, no entanto, não<br />

parecem ter correspondência na propensão<br />

ao consumo do público português. Pelo<br />

menos, no setor do pneus. No âmbito do<br />

sell-in, é importante sublinhar que o aumento<br />

de preços ligado ao aumento das matérias-<br />

-primas que o setor tem vivido no primeiro<br />

semestre teve um lógico impacto nas vendas,<br />

embora, nestes últimos meses, se tenha<br />

de faturação da Pirelli na Península Ibérica<br />

e afirma-se como um mercado fundamental<br />

na estratégia da marca, sobretudo tendo em<br />

consideração o peso e a importância que os<br />

especialistas do setor <strong>dos</strong> pneus continuam<br />

a ter no mercado português.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 23


Entrevista<br />

Elena Ballista<br />

aberto uma oportunidade de estabilização<br />

e consolidação de preços.<br />

No setor <strong>dos</strong> pneus pesa<strong>dos</strong>, pensamos<br />

que, este ano, registar-se-á um crescimento<br />

moderado, não alcançando, contudo, os dois<br />

dígitos <strong>dos</strong> anos anteriores, mas mantendo<br />

uma tendência positiva de forma estável,<br />

devido ao bom comportamento das vendas<br />

de pneus de tração e, principalmente, das<br />

vendas para aplicação regional e on/off. O<br />

ritmo de crescimento será maior em Portugal<br />

do que em Espanha.<br />

Apesar de estar especialmente vocacionada<br />

para o primeiro equipamento de veículos<br />

ligeiros, a Pirelli não descura o segmento<br />

<strong>dos</strong> pesa<strong>dos</strong>, certo?<br />

Correto. A Pirelli continua a apostar numa<br />

gama de produtos que dispõe da mais avançada<br />

tecnologia e que acompanha as máximas<br />

exigências de segurança e de desempenho.<br />

A nossa marca coloca um foco especial no<br />

desenvolvimento <strong>dos</strong> pneus homologa<strong>dos</strong><br />

para equipamento de origem <strong>dos</strong> fabricantes<br />

premium e prestige de veículos, estratégia<br />

que abarca a totalidade das famílias de<br />

produtos: P Zero, Cinturato e Scorpion. O<br />

desenvolvimento de um produto deste tipo<br />

pode prolongar-se até três anos e é objeto de<br />

enorme investimento em matéria de investigação.<br />

Ao mesmo tempo, é um catalisador de<br />

toda a experiência adquirida pela marca na<br />

competição, onde fornece pneus para mais<br />

de 300 campeonatos em todo o mundo, nos<br />

quais se inclui a exigente Fórmula 1.<br />

Para veículos pesa<strong>dos</strong>, a nossa atual gama<br />

de pneus foi concebida para satisfazer todas<br />

as necessidades, setores e aplicações<br />

profissionais, de forma a ajudar os clientes<br />

a realizar o seu trabalho com a garantia que<br />

só uma marca premium consegue dar. Para<br />

veículos pesa<strong>dos</strong>, a gama Série 01 da Pirelli<br />

recorre à última geração da tecnologia SATT,<br />

que oferece prestações otimizadas e reduz<br />

o impacto ambiental, ao mesmo tempo que<br />

assegura maior quilometragem e menores<br />

custos de manutenção. Também dispomos da<br />

nossa segunda marca, Fórmula, que combina<br />

os melhores avanços tecnológicos de produção<br />

da Pirelli com uma excelente relação<br />

preço/qualidade.<br />

Que importância têm as novas tecnologias<br />

no negócio <strong>dos</strong> pneus?<br />

As novas tecnologias, como a Internet, que<br />

engloba as plataformas online, estão a transformar<br />

a forma, a modalidade e os timings de<br />

comunicação entre empresas e público. Ao<br />

mesmo tempo, são uma ferramenta muito<br />

poderosa que permite ampliar a notoriedade<br />

e chegar cada dia com mais eficácia ao target<br />

de utilizadores, que são, afinal, os valores<br />

e as características <strong>dos</strong> nossos produtos.<br />

Quando imaginamos estes novos meios de<br />

comunicação em relação às vendas, hoje, é<br />

quase impossível selecionar os canais, dado<br />

que uma marca premium deve estar em to<strong>dos</strong><br />

eles. Se falamos concretamente do B2C, é<br />

verdade que a Pirelli não está diretamente<br />

presente como fabricante, apenas de forma<br />

indireta através das plataformas B2C e <strong>dos</strong><br />

fornecedores que as adotam. O canal B2C<br />

ganhará peso no futuro e não se pode descartar<br />

a sua presença.<br />

Como olha para o futuro do mercado a<br />

médio e longo prazos?<br />

Na Europa, o setor <strong>dos</strong> pneus é um mercado<br />

maduro, onde, nos próximos anos, se prevê<br />

uma diminuição nos volumes da gama mais<br />

standard e um crescimento mais significativo<br />

nos segmentos premium, assim como<br />

uma sub-segmentação <strong>dos</strong> produtos para<br />

responder as características e desempenho<br />

sempre mais específicos <strong>dos</strong> veículos e às<br />

necessidades e utilizações <strong>dos</strong> mesmos por<br />

parte <strong>dos</strong> consumidores. Nomeadamente,<br />

pneus com marcação, pneus “inteligentes/<br />

conecta<strong>dos</strong>” e pneus que incorporam soluções<br />

para uma condução mais segura. Para<br />

responder a um público que necessitará de<br />

24 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017


PUB<br />

um serviço mais profissional e completo, será necessário que<br />

os operadores tenham maior preparação técnica, um ponto de<br />

venda dotado de maquinaria adequada, propor e segmentar a<br />

sua oferta de produtos e serviços com base no conhecimento<br />

<strong>dos</strong> consumidores, obtido com as novas ferramentas (CRM,<br />

redes sociais, comunicação online).<br />

E quanto aos canais de venda, que comentário lhe merece?<br />

Portugal está, também, a desenvolver canais de venda que<br />

são já realidade em alguns merca<strong>dos</strong> europeus e responde à<br />

tendência de diversificação na oferta <strong>dos</strong> pontos de venda,<br />

de aumentar a faturação e a margem nos novos produtos. Os<br />

primeiros foram os concessionários de automóveis, que já representam<br />

uma quota de, aproximativamente, 7% do mercado.<br />

Recentemente, foram adicionadas as oficinas de mecânica, que,<br />

juntamente com as redes de fast fitters e os centros auto, querem<br />

proporcionar ao consumidor uma oferta de manutenção global<br />

do veículo. O que é, sem dúvida, um novo elemento que faz<br />

concorrência aos especialistas de pneus, que diversificaram<br />

a sua atividade e fazem o percurso inverso, ao introduzirem a<br />

mecânica no seus pontos de venda. Como sempre, depois de<br />

uma primeira fase, o mercado encontrará o seu equilíbrio. E os<br />

melhores profissionais, em cada canal, poderão encontrar seu<br />

caminho. A crescente presença das vendas online é residual<br />

no mercado de pneus, pois ainda estão a crescer o número<br />

de plataformas e as páginas que apresentam diretamente as<br />

suas propostas ao consumidor via Internet. No entanto, todas<br />

estas propostas contam com uma rede de pontos de venda<br />

para finalizar a transação comercial. Em alguns casos, são as<br />

mesmas cadeias/redes/grupos que se dirigem ao consumidor<br />

final através das suas próprias páginas web.<br />

Depois existem fabricantes que adquirem plataformas online...<br />

Sem dúvida que as plataformas online estão a alterar a forma<br />

de comercializar pneus, aumentando a visibilidade das ofertas<br />

de vários e diferentes operadores, bem como as possibilidades<br />

<strong>dos</strong> especialistas em adquirir produtos de forma relativamente<br />

direta. A propriedade de uma plataforma pode trazer maior<br />

visibilidade quanto ao posicionamento <strong>dos</strong> produtos e da<br />

marca por parte de diferentes players do mercado e ser um<br />

canal adicional pela comunicação das ofertas comerciais, assim<br />

como uma ferramenta de gestão do fluxo do fornecimento<br />

ao mercado. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 25


Entrevista<br />

Emil Nakov<br />

“Prometemos serviço premium<br />

em toda a cadeia de venda”<br />

Chama-se Emil Nakov e é<br />

gestor de desenvolvimento<br />

da Nokian Tyres para a<br />

Península Ibérica. Numa<br />

passagem por Portugal,<br />

para falar com os principais<br />

parceiros da marca<br />

finlandesa no nosso país,<br />

concedeu uma entrevista<br />

exclusiva à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong><br />

<strong>Pneus</strong>, onde revela os<br />

principais problemas que o<br />

setor, atualmente, atravessa<br />

Por: José Silva<br />

<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> convidou<br />

Emil Nakov para uma<br />

entrevista exclusiva sobre<br />

uma das marcas premium<br />

de pneus que mais tem<br />

crescido nos últimos tempos.<br />

O gestor de desenvolvimento<br />

da Nokian Tyres foi afável e não<br />

se negou a responder a nenhuma pergunta.<br />

Nem mesmo às mais polémicas. Tudo para<br />

explicar como uma marca que começou com<br />

pneus de verão e que desenvolveu, mais tarde,<br />

o primeiro pneu de inverno do mundo, volta<br />

a apostar forte nos pneus de verão para conquistar<br />

a Península Ibérica, objetivo que tem<br />

conseguido cumprir. A marca de pneus que<br />

provém da zona mais a norte da Europa quer<br />

promover com os seus produtos a condução<br />

segura em condições extremas, de neve e gelo,<br />

mas, agora, também se quer “virar” para um<br />

<strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong> mais promissores da Europa,<br />

onde os pneus de verão são “reis e senhores”<br />

e dão um nível de lucro bastante positivo.<br />

Para uma marca que emprega 4.000 mil pessoas<br />

em todo o mundo, o legado parece ser<br />

extraordinário e o mercado português uma<br />

surpresa que, provavelmente, nem a marca<br />

imaginaria ser possível. Claro que uma boa<br />

parte deste sucesso passa pelo trabalho da<br />

VTS, empresa lusa que se dedica a distribuir<br />

os pneus da Nokian e cujo retorno tem sido<br />

muito positivo. Até porque, segundo Emil<br />

Nakov, está repleta de profissionais capazes<br />

e que conseguem levar a bom porto to<strong>dos</strong><br />

os projetos nos quais se envolvem. O mesmo<br />

responsável falou ainda das questões que<br />

afetam o mercado <strong>dos</strong> pneus atualmente.<br />

Pode dar-nos uma breve descrição da mais<br />

recente história da Nokian no mercado<br />

português?<br />

É, para mim, um prazer fazer parte do desenvolvimento<br />

da marca Nokian em Portugal.<br />

Estou muito satisfeito pelo facto de termos<br />

conhecido neste país excelentes profissionais,<br />

26 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017


Gestor de Desenvolvimento da Nokian Tyres<br />

que acreditaram nesta marca premium e encontraram<br />

nela valores que estão desejosos de<br />

desenvolver. As boas notícias é que a Nokian<br />

Tyres não é uma marca desconhecida no país.<br />

Ou seja, os anteriores parceiros da Nokian<br />

fizeram um bom trabalho, mas por razões que<br />

agora não vêm ao caso, houve uma interrupção<br />

muito grande no desenvolvimento da marca<br />

em Portugal. Felizmente, investimos muito<br />

e reforçámos toda a organização na Europa.<br />

Portugal, como seria de esperar, faz parte do<br />

plano de desenvolvimento da Nokian.<br />

Como descreve a vossa atual gama de pneus?<br />

Temos uma gama bastante completa de<br />

pneus ligeiros, que vai desde os pneus de<br />

verão, inverno e quatro estações, que é o<br />

Weatherproof. Dentro destas três famílias,<br />

temos inovações, como os pneus com etiqueta<br />

europeia “AA”, os pneus SUV e 4x4 com<br />

tecnologia Aramid nas paredes e o Rockproof,<br />

que é a prova que a Nokian gosta de desafios.<br />

Este pneu foi desenvolvido com o propósito<br />

de resolver os problemas de rebentamentos<br />

que os responsáveis de minas nos EUA e Canadá<br />

tinham nos pneus das viaturas pick-up<br />

que utilizam nesses locais. O Rockproof tem<br />

características únicas, como Aramida nas<br />

paredes, uma tela metálica por baixo do piso<br />

para proteger a carcaça contra perfurações<br />

e o composto de borracha é o mesmo que é<br />

utilizado nos pneus de OTR, ou seja, muito<br />

resistente a cortes e arrancamentos.<br />

Qual a importância do mercado português<br />

para o negócio da Nokian na Península<br />

Ibérica?<br />

É de extrema importância. Até porque Portugal<br />

é um mercado puramente de pneus de<br />

verão. A Nokian é conhecida como sendo<br />

especialista em pneus de inverno, como a<br />

marca que inventou o primeiro pneu de inverno<br />

do mundo. Em 2018, comemoramos<br />

120 anos de existência e, nessa época, quando<br />

começámos esta longa jornada, foi exatamente<br />

como fabricante de pneus de verão. Basicamente,<br />

queremos (e estamos a conseguir)<br />

demonstrar que podemos ser fortes, não<br />

só em merca<strong>dos</strong> com condições de inverno<br />

agressivas, mas, também, em merca<strong>dos</strong> onde<br />

o clima temperado marca presença todo o<br />

ano. Como sabem, já anunciámos a construção<br />

do nosso centro de testes, em Santa Cruz de<br />

la Zarza, província espanhola de Toledo. Este<br />

centro vai suportar o desenvolvimento de<br />

produtos mais adapta<strong>dos</strong> aos merca<strong>dos</strong> do<br />

sul da Europa, onde se encontra Portugal.<br />

Temos muitas ideias que, para já, ainda não<br />

podemos partilhar convosco. E mais um pequeno<br />

detalhe que queria destacar: o nosso<br />

gestor de vendas ibérico é português. O João<br />

Oliveira é um excelente profissional e conhece<br />

o mercado ibérico de A a Z. Temos enorme<br />

confiança na pessoa que vai fazer crescer o<br />

nosso negócio nesta zona da Europa.<br />

Qual é a estratégia comercial e de marketing<br />

da Nokian para o mercado luso?<br />

Bem, fazemos uma abordagem mais específica<br />

e seletiva e escolhemos os nossos<br />

parceiros com extremo cuidado. No mercado<br />

português, temos toda a confiança e apoio<br />

para o desenvolvimento do negócio da Nokian<br />

da parte da empresa VTS, que começou por<br />

ser a distribuidora da marca em Portugal e<br />

que, agora, é um parceiro estratégico para o<br />

nosso sucesso. A estratégia de marketing tem<br />

como foco o conhecimento que o consumidor<br />

tem da marca e os lucros que alcançamos<br />

entre os nossos parceiros leais. Tudo que<br />

referi anteriormente, faz parte daquilo a que<br />

chamamos NAD (Nokian Authorised Dealer).<br />

Queremos colocar a assinatura Nokian Tyres<br />

em algumas lojas e em alguns parceiros de<br />

negócio, até porque queremos beneficiar<br />

imenso desta nossa forma de levar o negócio.<br />

Estamos igualmente a desenvolver um pro-<br />

De um modo geral, quais os fatores, positivos<br />

e negativos, que condicionam o<br />

mercado <strong>dos</strong> pneus na Península Ibérica?<br />

A concorrência está a aumentar e a rentabilidade<br />

no setor <strong>dos</strong> pneus está a cair. Esta<br />

realidade vai alterar o modelo de negócio.<br />

Os intervenientes que quiserem sobreviver<br />

devem concentrar-se mais na qualidade de<br />

produtos e serviços. Por essa razão, algumas<br />

lojas de pneus devem começar a pensar em<br />

aproximar-se <strong>dos</strong> fabricantes ou associaremgrama<br />

de fidelidade, que já está a ser utilizado<br />

nos países nórdicos e nos EUA. Claro que não<br />

podemos utilizar to<strong>dos</strong> os que já usamos, até<br />

porque é preciso adaptá-los ao negócio <strong>dos</strong><br />

vários países que, em muitos casos, como<br />

Portugal, são específicos. Em Portugal, o<br />

sistema NAD vai propor um pacote único<br />

ao cliente, baseado na satisfação e nas garantias.<br />

Para a Nokian Tyres, a satisfação do<br />

parceiro é muito importante. Estando o ele<br />

satisfeito, o cliente também ficará. Prometemos<br />

serviço premium em toda a cadeia de<br />

venda para fazer a diferença num mercado<br />

extremamente concorrido.<br />

Qual a importância das novas tecnologias<br />

e da Internet na comunicação com os vossos<br />

clientes?<br />

As novas tecnologias e a Internet trazem-<br />

-nos, basicamente, novas oportunidades de<br />

negócio. A Internet está repleta de informação<br />

que o consumidor final pode analisar antes<br />

de realizar a compra. Na Internet, as marcas<br />

ganham maior visibilidade, uma vez que a<br />

web oferece ao consumidor uma completa<br />

variedade de produtos, uma comparação de<br />

preços quase imediata, vídeos, recomendações,<br />

comentários e opiniões. A Internet está<br />

para ficar e vamos ter de lidar com ela para<br />

sempre. Por isso, os nossos esforços vão no<br />

sentido de tornar os interfaces e as plataformas<br />

mais fáceis de utilizar, com acesso mais<br />

simples à informação e aumentar o número<br />

de serviços propostos.<br />

Praticamente 70% <strong>dos</strong> nossos clientes da<br />

União Europeia analisam a Internet antes de<br />

avançarem para a compra de qualquer pneu. O<br />

acesso é simples, rápido, dá muita informação<br />

e até serviços. Estes pilares, que a net oferece,<br />

são fundamentais para nós. Também já temos<br />

Emil Nakov,<br />

acompanhado<br />

por João Oliveira,<br />

diretor de vendas<br />

ibérico da Nokian<br />

Tyre<br />

um departamento especial que adapta o<br />

nosso negócio à realidade da digitalização.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 27


Entrevista<br />

Emil Nakov<br />

-se a grandes cadeias de pneus, que podem<br />

oferecer formações, mais serviços e know-how.<br />

Qual a sua visão a médio e longo prazos do<br />

futuro do mercado <strong>dos</strong> pneus na Península<br />

Ibérica e, em particular, no nosso país?<br />

Essa é uma questão de resposta difícil. Há<br />

20 anos, por exemplo, o mercado era completamente<br />

diferente daquilo que é agora.<br />

Todavia, por causa da digitalização, os últimos<br />

20 anos vão passar em 10. Acredito que, em<br />

Portugal, as vendas pela Internet cresçam e<br />

que o preço pelos serviços vá aumentar. Como<br />

atualmente to<strong>dos</strong> os consumidores procuram<br />

preço e encontram pneus em qualquer lado,<br />

criar o pilar lealdade vai ser a chave deste<br />

negócio. Não tenho qualquer dúvida daquilo<br />

que estou a dizer.<br />

E o mercado europeu de pneus? Na sua<br />

opinião, como está a evoluir na Europa<br />

(entre ligeiros e pesa<strong>dos</strong>)?<br />

Esta pergunta tem a ver com tendências<br />

na Europa e é um tópico que nos pode levar<br />

a muitas dicotomias. Abreviando, por<br />

causa da digitalização, a distribuição evoluiu<br />

imenso. Os revendedores têm excelentes soluções<br />

de logística. A concorrência diminuiu<br />

as margens. O mercado não está nada fácil<br />

para os vários players que conhecemos mas,<br />

atualmente, a dificuldade também existe<br />

para os consumidores, porque vai ser preciso<br />

decidir em quem confiar, que marca escolher<br />

e onde comprar. São mais os consumidores<br />

“A ETIQUETA É SÓ<br />

PARA NOS MANTER<br />

LIGADOS À UE”<br />

Quando questionado sobre a importância da<br />

etiqueta <strong>dos</strong> pneus, Emil Nakov respondeu de<br />

uma forma politicamente correta. Até porque é<br />

da opinião que, em pneus de inverno, por exemplo,<br />

aqueles em que a Nokian tem mais tradição,<br />

os níveis de resistência e fiabilidade são<br />

mais eleva<strong>dos</strong> do que os que a etiqueta mostra.<br />

“Nos pneus de verão, faz sentido. Nos de inverno,<br />

nem tanto”. Mas, por fim, acabou por afirmar<br />

que a maioria <strong>dos</strong> clientes procura preço e<br />

não presta muita atenção à etiqueta.<br />

que se focam no preço, deixando de lado<br />

a qualidade. E esta situação depende de<br />

país para país. No negócio <strong>dos</strong> pesa<strong>dos</strong>, são<br />

clientes diferentes, totalmente profissionais,<br />

com muita experiência na área e que sabem<br />

exatamente o que precisam e onde podem<br />

comprar. A turbulência não é tão grande.<br />

Mas, a verdade é essa, a concorrência coloca<br />

o lucro em níveis muito reduzi<strong>dos</strong> e é preciso<br />

saber rentabilizá-la.<br />

Como vê a evolução <strong>dos</strong> canais de venda,<br />

em particular o interesse que as oficinas e<br />

os concessionários de venda de automóveis<br />

estão a demonstrar pelos pneus? Que<br />

oportunidades e que problemas podem<br />

daí advir?<br />

É mais um daqueles temas que varia dependendo<br />

do país. Em merca<strong>dos</strong> mais desenvolvi<strong>dos</strong>,<br />

o canal do concessionário é, por defeito,<br />

gigante. Portanto, em merca<strong>dos</strong> desenvolvi<strong>dos</strong><br />

ou em evolução, trata-se de um canal em<br />

crescimento. O canal <strong>dos</strong> concessionários faz<br />

todo o sentido, na medida em que os pneus<br />

são um componente essencial de substituição<br />

num automóvel, estando diretamente<br />

relaciona<strong>dos</strong> com a segurança. A venda e<br />

troca de pneus é um negócio extra muito<br />

simples e rentável. Não requer equipamento<br />

muito dispendioso. Mas não nos podemos<br />

esquecer da importância que a experiência e<br />

o know-how têm neste negócio. Parece tudo<br />

muito simples, que qualquer oficina ou local<br />

troca e monta pneus novos. Mas não é bem<br />

assim. Especialmente quando os problemas<br />

surgem. Aí, o caso muda de figura e, sem,<br />

experiência tudo se complica.<br />

Em que medida tem o aumento do custo da<br />

matéria-prima afetado o vosso negócio?<br />

O aumento do preço da matéria-prima fez subir<br />

o preço <strong>dos</strong> pneus, é verdade, mas também<br />

criou enorme confusão no mercado durante<br />

algum tempo, pois nem to<strong>dos</strong> os aumentos<br />

anuncia<strong>dos</strong> foram realmente aplica<strong>dos</strong>. Honestamente,<br />

a maioria <strong>dos</strong> fabricantes assumiu<br />

e absorveu esse aumento de preço. O custo<br />

<strong>dos</strong> pneus pode ter subido um pouco, mas<br />

os fabricantes sofreram bastante mais com<br />

isso, até porque o lucro baixou.<br />

Como analisa a aquisição de plataformas<br />

online por parte de alguns fabricantes. Quais<br />

serão os objetivos desta opção?<br />

Esta questão deveria ser colocada aos fabricantes<br />

que fizeram essas aquisições. Mas<br />

dou-lhe a minha opinião, sem qualquer problema.<br />

To<strong>dos</strong> os fabricantes que adquiriram<br />

plataformas online tentam, basicamente,<br />

aprender o funcionamento desse negócio.<br />

Podem analisar o retalho e claro que isso lhes<br />

traz valor de mercado e valor acrescentado.<br />

É da opinião que deverá ser o setor a valorizar<br />

os pneus e a não fomentar guerras<br />

de preços, correndo o risco de canibalizar<br />

produtos? O que é que a marcas premium<br />

podem fazer para tornar o mercado mais<br />

credível?<br />

Eu sou da opinião que a competição é saudável.<br />

A competição fomenta a inovação e o<br />

desenvolvimento de ideias. Os consumidores<br />

gostam de concorrência, porque beneficiam<br />

com isso. Mas os fabricantes devem pensar<br />

na melhor forma de comunicarem as vanta-<br />

28 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017


gens <strong>dos</strong> pneus premium. As diferenças de<br />

preços entre as marcas não dizem tudo aos<br />

consumidores. Normalmente, escolhe-se os<br />

produtos mais baratos. Mas isto não está<br />

apenas relacionado com os fabricantes. As<br />

lojas de pneus também têm um papel muito<br />

importante na forma como os produtos e<br />

as próprias marcas são comunica<strong>dos</strong> ao<br />

consumidor. Por isso, é necessária cada vez<br />

mais formação e nós, Nokian Tyres, investimos<br />

imenso neste aspeto. A longo prazo,<br />

as marcas premium acabam por se tornar<br />

mais baratas para o consumidor. Os pneus<br />

duram mais e a substituição ocorre em intervalos<br />

mais alarga<strong>dos</strong>. O que gastaram num<br />

“NÃO ESTAMOS LIGADOS<br />

A NENHUMA MARCA<br />

DE AUTOMÓVEIS”<br />

A Nokian não é uma marca de pneus OE. Portanto,<br />

nenhuma marca de automóveis equipa<br />

os seus modelos de série com pneus Nokian.<br />

Emil Nakov não acredita que isto possa ser uma<br />

desvantagem, até porque, até à data, a marca<br />

finlandesa tem sabido sobreviver desta forma,<br />

a equipar automóveis no aftermarket e com os<br />

seus pneus de qualidade cada vez mais enaltecida<br />

pelo mercado. Para já, o desafio é tornar a<br />

marca ainda mais conhecida nos merca<strong>dos</strong> do<br />

sul da Europa, uma vez que, no norte, é um <strong>dos</strong><br />

fabricantes mais apetecíveis.<br />

primeiro momento, acabou por se tornar<br />

rentável. Têm um automóvel com um nível<br />

de segurança superior durante um período<br />

de tempo mais alargado.<br />

Pensa que as oficinas deviam ter mais formação,<br />

tal como os próprios mecânicos, de<br />

forma a valorizarem ainda mais os serviços<br />

que prestam ao consumidor?<br />

Isso já acontece. Nós, Nokian Tyres, ajudamos<br />

os nossos parceiros, oferecendo-lhes conselhos<br />

e formação. Se o lucro das vendas de pneus<br />

está a cair, então os serviços vão se tornar<br />

mais dispendiosos. Todavia, o consumidor<br />

vai pagar mais sem qualquer problema se<br />

tiver em troca mais qualidade, tratamento<br />

especial e novas soluções.<br />

Está a acontecer uma revolução na indústria<br />

<strong>dos</strong> pneus, com as aquisições de alguns fabricantes<br />

por outros e novas alianças. Que<br />

comentário lhe reserva esta concentração<br />

de movimentos <strong>dos</strong> fabricantes, distribuição<br />

e redes de oficinas?<br />

Não olho para esses movimentos com<br />

surpresa. As lojas de pneus existem e são<br />

valorizadas pelo mercado. Ganharam, inclusivamente,<br />

o seu espaço. Portanto, é normal que<br />

as grandes empresas as adquiram, até porque<br />

estas compras e mudanças vão ser seguidas<br />

por investimentos que, com concerteza, vão<br />

melhorar a qualidade <strong>dos</strong> serviços.<br />

Porque é que estão a entrar no mercado<br />

europeu e ibérico tantas marcas de pneus<br />

chinesas. Esta situação pode ser alterada?<br />

A razão é muito simples. O mercado europeu<br />

é o único onde os fabricantes conseguem<br />

ganhar um pouco mais de dinheiro com os<br />

HÁ MARCAS<br />

DE PNEUS A MAIS?<br />

Confrontámos Emil Nakov com uma pergunta<br />

“fora da caixa”, mas o responsável pela Nokian<br />

não se mostrou rogado e respondeu sem hesitar.<br />

“A existência de tantas marcas no mercado<br />

torna a tarefa difícil ao consumidor na altura de<br />

escolher o produto certo para a sua viatura. O<br />

facto de tudo andar à volta do preço, faz com<br />

que as marcas premium tenham de se focar<br />

em passar a mensagem aos consumidores finais<br />

das vantagens em montarem nas suas<br />

viaturas um produto de topo. O consumidor não<br />

tem conhecimento para perceber o porquê da<br />

diferença de preço entre um produto premium<br />

e um budget”.<br />

seus produtos. Existe um mercado paralelo<br />

para os pneus chineses. Por isso, são promovi<strong>dos</strong><br />

e distribuí<strong>dos</strong> pelos vários retalhistas<br />

europeus. Só me preocupa porque a mais-<br />

-valia das marcas premium pode desaparecer<br />

da mente de quem compra, da mente <strong>dos</strong><br />

consumidores. Nós, marca premium, temos<br />

de ir à luta com as armas que temos: a comunicação<br />

da qualidade, da imagem de marca e<br />

da durabilidade. Só assim conseguimos lutar<br />

contra esta entrada inevitável, que nem nós<br />

conhecemos muito bem.<br />

O que acha que preocupa mais os profissionais<br />

na indústria <strong>dos</strong> pneus atualmente?<br />

A maior preocupação é realmente a baixa<br />

rentabilidade. As marcas budget são das mais<br />

vendidas. Eu sou da opinião que os fabricantes<br />

deviam fazer maior esforço para comunicar a<br />

importância que comprar um bom pneu tem<br />

para a segurança do veículo, reforçando, ao<br />

mesmo tempo, todas as restantes vantagens<br />

de adquirir produtos premium. As próprias<br />

marcas começam a transformar-se em produtos,<br />

comparáveis pelo preço...<br />

Que novo modelo de negócio pode nascer<br />

deste competitivo mercado <strong>dos</strong> pneus?<br />

É mais um pergunta de resposta difícil.<br />

Fazem-se tantas pesquisas e desenvolvem-se<br />

tantos projetos, tudo tendências escondidas<br />

para perceber o caminho a seguir. Está tudo a<br />

mudar tão depressa, mas tudo faz parte das<br />

estratégias das empresas. No futuro, os pneus<br />

poderão ser vendi<strong>dos</strong> ao consumidor final<br />

como um serviço e não como um produto.<br />

Tudo é possível, os cenários que se apresentam<br />

são varia<strong>dos</strong>... É uma questão de esperar e<br />

tentar perceber o caminho que vai tomar. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 29


Notícias<br />

Mercado<br />

Conferência Internacional<br />

de <strong>Pneus</strong> foi adiada<br />

A Conferência Internacional de <strong>Pneus</strong> 2017<br />

foi adiada para data a anunciar oportunamente.<br />

Apesar de termos tido o apoio e o suporte por<br />

parte de oradores e empresas patrocinadoras, não<br />

houve a adesão <strong>dos</strong> profissionais do setor que<br />

se desejaria, o que poderia colocar em causa o<br />

sucesso deste evento. Acreditamos que fazemos<br />

e continuaremos a fazer o nosso melhor e que<br />

este tipo de iniciativas valorizam o setor, trazendo<br />

mais-valias em termos de informação. No entanto,<br />

é impossível fazê-lo sozinhos. Agradecemos a to<strong>dos</strong><br />

os que acreditaram e continuam a acreditar no<br />

nosso trabalho. Temos a certeza que a próxima<br />

Conferência será mais forte, à semelhança do que<br />

aconteceu em 2015.<br />

Vendas de pneus All Season<br />

crescem na Europa<br />

As vendas de pneus All Season na Europa estão<br />

a crescer três vezes mais depressa do que a de<br />

pneus “normais”. Entre as vantagens <strong>dos</strong> pneus All<br />

Season, estão os níveis máximos de aderência que<br />

oferecem em todas as situações meteorológicas,<br />

especialmente quando as temperaturas baixam<br />

<strong>dos</strong> 7°C. São, também, os mais bem adapta<strong>dos</strong> à<br />

mudança climatérica (invernos curtos mas muito<br />

intensos, gelo prolongado e chuvas torrenciais).<br />

A previsão aponta para que os pneus de inverno<br />

desapareçam dentro de poucos anos.<br />

Estudo relaciona horas de sono<br />

com comportamentos na condução<br />

Um estudo realizado pela Continental <strong>Pneus</strong> Portugal junto de cerca de 1.300 condutores,<br />

no âmbito do projeto Visão Zero Acidentes, revela que 26% <strong>dos</strong> inquiri<strong>dos</strong> dormem<br />

menos de seis horas por noite. A realização do estudo tem como principais objetivos compreender<br />

as atitudes <strong>dos</strong> condutores nacionais em relação à segurança rodoviária, bem<br />

como o comportamento de condução <strong>dos</strong> portugueses. Procurou-se ainda compreender<br />

comportamentos indutores de um estilo de vida mais saudável ou mais stressante e a sua<br />

ligação com o estilo de condução. Dos 1.300 condutores inquiri<strong>dos</strong>, 40% dormem entre<br />

seis a sete horas por noite. Os especialistas recomendam que um adulto (18-64 anos) deve<br />

dormir, em média, entre 7 e 9 horas.<br />

O estudo permitiu ainda concluir que os condutores que mais comportamentos de risco<br />

têm ao volante são os que menos dormem. Utilizar as redes sociais, fazer relatórios, enviar<br />

e consultar emails, ler, fazer lista de supermercado/tarefas, ler e enviar SMS, consultar agenda,<br />

conduzir sem cinto segurança, fazer chamadas sem sistema mãos-livres, pentear-se e<br />

maquilhar-se, passar um sinal que acabou de ficar vermelho ou conduzir em excesso de velocidade,<br />

são alguns <strong>dos</strong> comportamentos de risco assumi<strong>dos</strong> pelos condutores. Ter filhos<br />

menores parece ser uma característica que se encontra correlacionada com o número de<br />

horas que dormem: apenas 16% <strong>dos</strong> inquiri<strong>dos</strong> com filhos menores dorme 8 horas. Outra<br />

conclusão a retirar do estudo é que o número de horas de sono dispõe de uma correlação<br />

negativa com o nível de stress percecionado, bem como com o hábito de levar trabalho<br />

para casa e com o número de horas que se trabalha em média.<br />

Estes da<strong>dos</strong> permitem aferir que as pessoas que dormem menos são as que percecionam<br />

ter mais stress na sua atividade profissional e são, também, as que trabalham mais horas.<br />

Mercado europeu de pneus<br />

de substituição contraiu no 3.º trimestre<br />

O mercado europeu de pneus de substituição<br />

caiu no terceiro trimestre de 2017. Face ao mesmo<br />

período de 2016, a quebra foi assinalável mas<br />

não constituiu surpresa, uma vez que os<br />

aumentos de preços anuncia<strong>dos</strong> pelos<br />

fabricantes gerou um efeito de stock. De<br />

acordo com a ETRMA, o segmento TC4<br />

recuou 3%, para 55,8 milhões de unidades.<br />

O segmento <strong>dos</strong> camiões e <strong>dos</strong> autocarros<br />

baixou 7%, para as 2,48 milhões de<br />

encomendas. Por seu turno, o segmento<br />

<strong>dos</strong> pneus agrícolas desviou bastante do<br />

positivo, menos 25%, para 267 mil unidades.<br />

Por fim, o segmento das duas rodas foi<br />

o único que revelou crescimento, progredindo<br />

2%, para 1,83 milhões de unidades.<br />

30 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017


C<br />

PROXESPORT.REVISTA PNEUS.pdf 1 21/07/2017 16:28:35<br />

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Notícias<br />

Empresas<br />

Hankook revelou resulta<strong>dos</strong><br />

do 3.º trimestre de 2017<br />

A Hankook Tire anunciou os seus resulta<strong>dos</strong> económicos do<br />

terceiro trimestre de 2017, com vendas globais de 1.317 milhões<br />

de euros e um lucro operacional de 161 milhões de euros. Em<br />

comparação com o segundo trimestre de 2017, as vendas e o<br />

lucro operacional aumentaram 9,5% e 4,6%, respetivamente.<br />

Em comparação com o terceiro trimestre de 2016, as vendas<br />

cresceram 10,1% e o lucro operacional foi reduzido em 29,2%.<br />

A própria empresa explica o fenómeno com as vendas estáveis<br />

de pneus de altas prestações (UHPT) e com o aumento das<br />

vendas de pneus de inverno na Europa. Assim, um aumento<br />

sólido das vendas no segmento <strong>dos</strong> UHPT e uma ampliação<br />

do fornecimento de pneus de equipamento original (NEO) no<br />

mercado chinês propiciaram o aumento das vendas.<br />

Pirelli apresentou calendário 2018<br />

de Tim Walker<br />

Para a 45.ª edição do Calendário Pirelli, o fotógrafo britânico Tim Walker<br />

utilizou o seu estilo inconfundível, com cenários inusita<strong>dos</strong> e padrões românticos,<br />

para ‘recriar’ um <strong>dos</strong> contos mais clássicos da literatura britânica: Alice no<br />

País das Maravilhas. A inspiração para o seu ensaio fotográfico não se baseou<br />

apenas no conto surrealista de Lewis Carroll, mas, também, e principalmente,<br />

nas ilustrações que Carroll tinha confiado a John Tenniel por ocasião da primeira<br />

edição, de 1865, e que, no Calendário Pirelli 2018, se transformaram em 28<br />

cliques realiza<strong>dos</strong> em 20 sets extraordinários de um novo País das Maravilhas.<br />

”A história da Alice”, explicou Walker, “foi contada tantas vezes, mas quis chegar<br />

à gênese do imaginário de Lewis Carroll para poder recontá-la desde o começo.<br />

Queria um enfoque inusitado e diferente”. Para realizar a sua interpretação<br />

de Alice no País das Maravilhas, Walker retratou um elenco de 18 celebridades,<br />

algumas mais conhecidas e outras emergentes, tais como músicos, atores, modelos<br />

e ativistas políticos. Os bastidores, as imagens do ensaio fotográfico, as<br />

histórias e os personagens do Calendário Pirelli 2018 são desvenda<strong>dos</strong> no site<br />

www.pirellicalendar.com, permitindo que os visitantes descubram a história<br />

de mais de 50 anos do “The Cal” por meio de vídeos, entrevistas, fotografias e<br />

textos inéditos.<br />

Grupo Zenises abre centro<br />

tecnológico em Espanha<br />

A Zenises vai inaugurar um novo centro tecnológico em<br />

Madrid. O edifício de quatro andares vai ter um presidente e<br />

um vice-presidente, prevendo-se que dê emprego a mais 40<br />

pessoas nos próximos anos. O objetivo deste centro é tentar<br />

perceber a cadeia de valor na indústria pneumática de forma<br />

a poder oferecer ao cliente mais produto por menos dinheiro.<br />

O responsável máximo do centro é Javier Iglesias, que chega<br />

à Zenises com 14 anos de experiência no setor das vendas e<br />

marketing em várias marcas de pneus. O vice-presidente é<br />

Fares Kameli.<br />

32 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017


Trelleborg anunciou lançamento do YourTire<br />

A Trelleborg apresentou, na Agritechnica 2017, um novo serviço que permite aos clientes personalizar os pneus radiais para o seu trator. Com<br />

a ferramenta de configuração em linha YourTire, os clientes podem agregar o seu nome ou logótipo aos pneus novos, aumentando o nível de<br />

personalização das máquinas agrícolas. Maurizio Buonopane, gestor de desenvolvimento de negócio na Trelleborg, explicou que “tal como com<br />

todas as nossas inovações, a YourTire tem a sua origem naquilo que os nossos clientes necessitam”. E acrescentou: “O YourTire proporciona um<br />

nível extra de personalização, permitindo aos clientes agregar o seu nome ou o logótipo da empresa aos pneus monta<strong>dos</strong> nas suas máquinas, o<br />

que faz com que o seu trabalho se torne personalizado”.<br />

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By<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 33


Notícias<br />

Empresas<br />

Pirelli regressa ao WRC<br />

A Pirelli colocará um ponto final no seu ano sabático no<br />

Mundial de Ralis e regressará, na próxima época, ao WRC,<br />

competição onde a marca italiana tem marcado presença<br />

desde a sua edição inaugural, em 1973, e onde conta com<br />

um palmarés que reflete 181 vitórias e 25 títulos. A marca<br />

homologou pneus tanto para a nova geração de carros do<br />

WRC como para os da categoria de promoção WRC2, com o<br />

objetivo de oferecer o máximo de rendimento e durabilidade<br />

em todas as superfícies. Além disso, a Pirelli tornar-se-á no<br />

fornecedor exclusivo do Campeonato Mundial de Ralis Junior<br />

a partir da próxima época. Este certame é dedicado a pilotos<br />

nasci<strong>dos</strong> a partir de 1 de janeiro de 1989, onde competirão<br />

ao volante de Ford Fiesta R2 idênticos. O campeão da prova<br />

pilotará, em 2019, um Fiesta R5 no WRC2, numa temporada<br />

em que terá apoio no carro, nos pneus, no combustível e<br />

nas inscrições nos ralis.<br />

Nexen ganha preponderância<br />

no seio da Volkswagen<br />

Hankook começou<br />

a produzir nos EUA<br />

A Hankook Tire inaugurou a sua primeira fábrica nos EUA,<br />

que pode produzir um total de 5,5 milhões de pneus TC4<br />

por ano. A fábrica foi inaugurada no estado do Tennessee. O<br />

projeto foi sustentado por um investimento de 700 milhões de<br />

euros. Atualmente em fase de crescimento, a fábrica vai produzir<br />

pneus para os segmentos de ligeiros, furgões, 4x4 e SUV.<br />

“Esta fábrica vai permitir-nos progredir no mercado norte-<br />

-americano, mas, também, desenvolver novas parcerias”,<br />

confirmou um porta-voz do grupo.<br />

Graças ao pneu N´Blue HD Plus, a Nexen intensifica o seu desenvolvimento<br />

de primeiro equipamento na Europa, através do aumento da sua preponderância<br />

no seio do Grupo Volswagen. Com os excelentes resulta<strong>dos</strong><br />

obti<strong>dos</strong> em vários testes referência, como o da Autobild, o pneu Nexen<br />

N´Blue HD Plus foi homologado para algumas marcas do grupo alemão.<br />

O novo Polo vai estar, assim, equipado com este pneu, na dimensão 215/45R17<br />

91W. O próprio T-Roc também vai usar este modelo de pneu, nas medidas<br />

205/60R16 92V e 215/60R16 95V. Na Seat, sem surpresa, será o Ateca a receber<br />

este pneu, na dimensão 215/60 R16 95V. A própria Skoda também não fica de<br />

fora e os modelos Superb e Karoq ostentam o mesmo modelo, na dimensão<br />

215/60R16 95V.<br />

BKT apresentou novo centro<br />

de pesquisa e desenvolvimento<br />

Encontra-se em Bhuj, na Índia, o novo Centro de Pesquisa & Desenvolvimento<br />

da BKT, precisamente na área onde se encontra a fábrica modelo inaugurada<br />

apenas há dois anos e que deu vida a uma verdadeira mudança de rumo<br />

da multinacional indiana no mercado mundial <strong>dos</strong> pneus Off-Highway. E, de<br />

hoje em diante, a visão está mais próxima: alcançar a liderança. A marca lançou,<br />

igualmente, a campanha denominada “A long way together” (caminhar<br />

juntos), partilhando experiências, competências, valores e sucessos. Com esta<br />

campanha, a BKT pretende transmitir a sua essência nos diferentes setores de<br />

utilização <strong>dos</strong> pneus.<br />

34 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017


Honda vai utilizar pneus Hankook<br />

no novo Accord<br />

A Hankook anunciou ter sido escolhido pela Honda para equipar, de série, a geração de 2018<br />

do Accord. Este modelo, apenas comercializado no mercado americano (350 mil unidades vendidas<br />

no ano passado), é um passo importante para a marca sul-coreana de pneus, que ganha,<br />

assim, uma referência do mercado. A Hankook fará parte <strong>dos</strong> principais fornecedores do modelo<br />

em primeiro equipamento graças ao Kinergy GT. A dimensão utilizada pela marca será<br />

225/50 R17 V e a medida 235/40 R19 será proposta em opção. O Grupo Hankook reforça, assim,<br />

os seus laços com a Honda, na medida em que já fornece pneus em primeiro equipamento para<br />

os modelos Civic e CR-V.<br />

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www.valorpneu.pt<br />

Continental mostrou<br />

soluções inteligentes<br />

na Logistic 2017<br />

A Continental mostrou, na feira Logistic & Distribution<br />

2017, as suas soluções à medida, inovadoras<br />

e inteligentes, fruto das novas tendências na gestão<br />

da logística e nas cadeias de fornecimento. Graças<br />

aos muitos anos de experiência e trabalho junto<br />

<strong>dos</strong> seus clientes, a Continental criou produtos<br />

que se adaptam a cada aplicação. Esta adaptação<br />

traduz-se numa melhor eficiência, segurança e num<br />

menor custo operacional para as frotas. Desde o<br />

setor quimíco à indústria alimentar, a Continental<br />

Commercial speciality Tires (CST) oferece uma<br />

ampla gama de pneus superelásticos e de ar para<br />

responder às várias necessidades e circunstâncias<br />

das distintas aplicações no transporte de materiais,<br />

tornando possível, deste modo, reduzir despesas.<br />

A marca mostrou os modelos ContiRV20 e RT20.<br />

O primeiro, oferece uma segurança elevada em<br />

aplicações logísticas que requerem rapidez de<br />

movimentos e deslocações. Já o RT20, desenvolvido<br />

para empilhadores, proporciona uma grande<br />

estabilidade e duração, assim como extraordinário<br />

conforto e poder de tração.<br />

TODOS JUNTOS EVITAMOS TANTAS<br />

EMISSÕES COMO AS QUE 36.000<br />

EMITEM NUM ANO<br />

Tudo graças à Valorpneu e aos seus parceiros do Sistema Integrado<br />

de Gestão de <strong>Pneus</strong> Usa<strong>dos</strong>, que recolhem, transportam e valorizam<br />

85 mil toneladas/ano de pneus usa<strong>dos</strong> em Portugal, reciclando,<br />

recauchutando e valorizando-os como fonte de energia.<br />

Tudo por um Ambiente melhor.<br />

Poupança de emissões correspondente ao tratamento de 85.000 toneladas de pneus = 133,92 kton CO 2<br />

e equivalente às emissões resultantes da circulação média anual de 36.000 automóveis.<br />

Porque existe Amanhã.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 35


Notícias<br />

Empresas<br />

Nova edição Voyager Magazine<br />

da Zenises já está disponível<br />

A mais recente edição da revista Zenises Voyager Magazine<br />

já está disponível e pode ser lida online, em www.<br />

zenises.com. Nesta edição, o tema tem por foco a mudança.<br />

Sem querer parecer alarmistas, uma das mudanças fundamentais<br />

na indústria automóvel parecer estar mesmo<br />

em frente a nós. A questão <strong>dos</strong> combustíveis alternativos<br />

continua a dar muito que falar e a transformar-se num tema<br />

muito forte. Parece que cada construtor e que cada governo<br />

alcançou um compromisso com os veículos elétricos e<br />

com um novo tipo de energia limpa. Mais recentemente,<br />

o governo chinês fez a sua declaração explícita em relação<br />

a este tema, relacionando-o com o negócio <strong>dos</strong> pneus.<br />

Para a indústria pneumática, esta matéria vai obrigar a<br />

redefinir o negócio. Os pneus vão ter de envolver mais<br />

poupança de energia. Novas dimensões e desenhos vão<br />

surgir e to<strong>dos</strong> vão ter de cumprir o seu papel na tentativa<br />

de aumentar autonomias.<br />

Dunlop conquistou<br />

mais dois títulos de resistência<br />

As 6 Horas do Bahrain acolheram, uma vez mais, o final da temporada do Campeonato<br />

do Mundo de Resistência da FIA (WEC). Dois títulos foram parar às mãos de equipas<br />

Dunlop: a Aston Martin Racing venceu o Troféu Mundial de Resistência da FIA em<br />

GTE Am e o Vaillante Rebellion conquistou o Troféu Mundial de Resistência da FIA em<br />

LMP2. Ambas as equipas iniciaram a corrida na liderança da classificação e ambas<br />

alcançaram a vitória no Bahrain para garantir os títulos. Depois de, no ano passado, a<br />

Dunlop ter regressado à Classe GT do WEC, esta segunda temporada resultou em oito<br />

pole positions, sete vitórias e 15 pódios com os cinco carros em duas classes, incluindo<br />

a vitória da Aston Martin em GTE Pro nas 24 Horas de Le Mans.<br />

General Tire equipa<br />

Mercedes-Benz Classe G<br />

A marca norte-americana General Tire foi eleita pela<br />

Mercedes-Benz como fornecedora de pneus de origem<br />

para o modelo Classe G. O construtor alemão de automóveis<br />

aprovou o pneu de todo-o-terreno Grabber AT2,<br />

na medida LT 265/75 R16, que também pode ser adquirido<br />

através de concessionários da Mercedes-Benz no<br />

mercado de reposição. O Classe G é um <strong>dos</strong> veículos de<br />

todo-o-terreno mais famosos do mundo. Por isso, exige<br />

muito <strong>dos</strong> pneus: aderência máxima em solos pedregosos,<br />

arenosos e com lama, segurança em estrada e uma<br />

grande robustez e rendimento, tanto dentro como fora<br />

do asfalto.<br />

36 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017


Continental continua a explorar<br />

o negócio <strong>dos</strong> pneus agrícolas<br />

BKT deu espetáculo<br />

no SEMA em Las Vegas<br />

Na Agritechnica 2017, a Continental apresentou as suas soluções<br />

para melhorar a eficiência nos campos agrícolas. A marca pretende<br />

continuar a expandir o negócio agrícola e, em paralelo, reforçar as<br />

várias ideias e avanços em relação à digitalização, conectividade e<br />

atividades de automoção. Os da<strong>dos</strong> são as sementes do futuro da<br />

marca. A ideia é tornar-se cada mais importante para os clientes<br />

em todo o mundo. Ter os pneus adequa<strong>dos</strong> à produtividade das<br />

máquinas agrícolas e ao trabalho que fazem é o compromisso da<br />

Continental para com a indústria agrícola.<br />

A BKT consolidou a sua presença no SEMA Show, o salão especializado<br />

no aftermarket, que decorreu em Las Vegas, de 31 de outubro a 3 de novembro.<br />

A BKT expôs, em três espaços distintos, a ampla gama de produtos<br />

apropria<strong>dos</strong> e múltiplas necessidades e aplicações, entre as quais os<br />

produtos de ponta da linha Agrimax para o setor agrícola e uma seleção<br />

de pneus para veículos ATV, industriais e OTR. Mas com a BKT, as surpresas<br />

nunca acabam. Por isso, a multinacional apresentou, em antestreia<br />

mundial, o novo AT 171 e, na qualidade de patrocinador técnico oficial<br />

e exclusivo de pneus para o Monster Jam, ofereceu ao público a oportunidade<br />

conhecerem a especial Monster Jam Experience powered by BKT.<br />

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Rua do caulino, 215 | 4445-259 Alfena - Tel.: 229 687 004 | Fax: 229 686 <strong>47</strong>2 - Email: geral@tugapneus.pt | www.tugapneus.pt<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 37


Notícias<br />

Empresas<br />

<strong>Pneus</strong> Avon Cobra equipam de origem motos Triumph<br />

Os pneus Avon Cobra foram homologa<strong>dos</strong> como equipamento original para as novas motos Triumph, modelos Speedmaster e Bobber Black,<br />

recentemente apresentadas. Em concreto, ambas as motos utilizam pneus Avon Cobra MT90B16, de medida 150/80R16 à frente e atrás. A Bobber<br />

Black, que tem mais carácter, com o seu estilo todo negro, utiliza um pneu Cobra completamente novo, com uma renovada carcaça de<br />

construção especial e novos compostos que se ajustam à configuração única desta moto. Estas duas fantásticas motos proporcionam aos seus<br />

pilotos uma verdadeira sensação de distinção e bom gosto. Com o desenho da banda de rolamento do Avon Cobra, oferecem uma excelente<br />

manobrabilidade a alta velocidade, com uma estabilidade única na sua classe.<br />

Falken satisfeita com o seu sucesso<br />

no mundo motorizado<br />

Ronal Group abriu mais uma fábrica em Espanha<br />

A Falken quis fazer o balanço <strong>dos</strong> sucessos que colheu esta<br />

temporada nas competições motorizadas nas quais participa. A<br />

qualidade <strong>dos</strong> produtos, unida ao trabalho em equipa e ao rendimento<br />

constante, tornaram possível que as equipas da marca<br />

dominassem este ano as suas disciplinas correspondentes. Depois<br />

da primeira vitória da equipa Falken BMW, o campeonato de longo<br />

curso, que aconteceu em Nürburgring, fez com que os triunfos se<br />

fossem sucedendo. Nas competições de drift, a marca também<br />

esteve em grande, com vitórias em toda a linha.<br />

O Ronal Group, um <strong>dos</strong> mais importantes fabricantes mundiais de jantes em liga leve<br />

para automóveis e veículos utilitários comerciais, construiu, em Teruel, Espanha, uma<br />

segunda fábrica, cuja cerimónia de inauguração teve lugar a 10 de outubro de 2017.<br />

Na região de Aragão, no nordeste de Espanha, o grupo já se encontra presente com<br />

uma unidade de produção e administrativa desde 1983, sendo um importante pilar<br />

da economia local. Com a construção desta segunda fábrica em Teruel, cuja primeira<br />

pedra foi lançada em fevereiro de 2016, a empresa aumenta as suas capacidades de<br />

produção e segue, assim, de forma consistente, a sua estratégia de crescimento. Para<br />

a nova fábrica, que se estende numa superfície de 240.000 m 2 , o Ronal Group fez um<br />

investimento no valor de 120 milhões de euros. Graças aos mais modernos sistemas<br />

robotiza<strong>dos</strong>, automatiza<strong>dos</strong> e informatiza<strong>dos</strong>, numa primeira fase serão fabricadas<br />

cerca de um milhão de jantes e, posteriormente, até 1,5 milhões de unidades. A capacidade<br />

total de ambas as unidades em Teruel será, na segunda fase, de mais de<br />

três milhões de jantes por ano.<br />

38 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017


Rede ContiService reuniu<br />

Conselho Consultivo<br />

Dando continuidade aos temas debati<strong>dos</strong> em<br />

março, aquando do primeiro encontro, a rede<br />

ContiService reuniu pela segunda vez o seu Conselho<br />

Consultivo. Neste encontro, para além de ter<br />

sido feito um ponto de situação do atual estado<br />

da rede, foi ainda dada continuidade aos temas<br />

aborda<strong>dos</strong> na primeira reunião, que teve lugar<br />

em março na sede da Continental, bem como<br />

temas estratégicos para o desenvolvimento e<br />

crescimento da ContiService. Composto por<br />

seis agentes, o Conselho Consultivo apresenta-<br />

-se como um “instrumento” que pretende, em<br />

primeira instância, reforçar os laços de proximidade<br />

entre a estrutura de gestão da rede e os<br />

seus agentes. Com reuniões e encontros periódicos,<br />

onde são debati<strong>dos</strong> os temas de maior<br />

pertinência e atualidade do ponto de vista da<br />

gestão da rede, o Conselho Consultivo pretende<br />

ainda trazer uma visão externa para os desafios<br />

que se colocam diariamente, garantindo que a<br />

rede está alinhada com os objetivos estratégicos<br />

previamente defini<strong>dos</strong> e que se mantém “fiel” aos<br />

propósitos iniciais para os quais foi criada. “Estas<br />

reuniões revestem-se de uma importância crucial<br />

para estamos mais próximos <strong>dos</strong> nossos parceiros<br />

e das suas necessidades. O Conselho Consultivo<br />

tem como função primordial ser o canal de comunicação<br />

privilegiado entre os parceiros e a<br />

gestão da rede e permite-nos a todo o momento<br />

alinhar e ajustar a estratégia e os procedimentos<br />

ao que são as necessidades e as expectativas <strong>dos</strong><br />

nossos parceiros”, refere Marco Silva, diretor de<br />

marketing da Continental <strong>Pneus</strong> Portugal.<br />

O Conselho Consultivo é constituído por Armando<br />

Barradas (Mourinha <strong>Pneus</strong> - Comércio <strong>Pneus</strong>, Lda.),<br />

Armindo Alves (Recauchutagem Famalicense, Lda.),<br />

Jaime Silva (Marcolino Alves Miguel, Lda.), João<br />

Roís (AutoMafra - <strong>Pneus</strong> AC. Comércio e Viaturas,<br />

Lda.), João Sobral (H. Sobral e Costa, Lda.), e Miguel<br />

Ximenez (M. Ximenez Sociedade Unipessoal). Nesta<br />

reunião, participaram Miguel Figueiredo (Auto C<br />

Borges) e Manuel Machado (Auto <strong>Pneus</strong> Maia).<br />

PUB<br />

<strong>Pneus</strong> fiáveis num<br />

mundo em constante<br />

evolução<br />

Campos enlamaça<strong>dos</strong>, pastos escorregadios, terrenos montanhosos e estradas longas. Os pneus<br />

Mitas trabalham com eficácia e fiabilidade em todas as condições. Equipa<strong>dos</strong> em vários tipos de<br />

máquinas agrícolas e apto para numerosas aplicações, os pneus Mitas asseguram que os<br />

agricultores profissionais consigam acompanhar o rápido desenvolvimento do mundo agrícola.<br />

Mitas, pneus que trabalham duro desde 1932.<br />

mitas-tyres.com<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 39<br />

LBMI_170200_Mitas_print_PR_210x148.indd 1 22.03.17 16:24


Notícias<br />

Empresas<br />

Michelin Road 5 é novidade no mercado das Sport Touring<br />

A Michelin apresentou o Road 5, um pneu muito importante de Sport Touring que vem substituir o Michelin Pilot Road 4, referência do mercado<br />

europeu na sua classe, com mais de 1,5 milhões de unidades vendidas em quatro anos. A empresa ultrapassa to<strong>dos</strong> os limites da sua gama de<br />

pneus Sport Radial com este novo modelo. Com a melhor aderência em piso molhado, de acordo com provas internas realizadas, o novo Road 5<br />

confirma as suas prestações em piso molhado ao longo de toda a sua vida útil. Depois de 5.000 km, o pneu Road 5 trava numa distância tão curta<br />

como um Road. A aderência em piso seco também é excelente, com melhor estabilidade face aos seus principais rivais, assim como o comportamento<br />

é de referência, critérios básicos para uma utilização Sport Touring.<br />

Continental divulgou normas<br />

para pneus de inverno<br />

A Continental voltou a lançar uma compilação de normas europeias sobre<br />

pneus de inverno para camiões e autocarros, que também oferece informação<br />

adicional sobre o rendimento de pneus de inverno. A compilação das regulações<br />

sobre pneus e correntes para neve nos países europeus, incluindo a<br />

Turquia, vem acompanhada de conselhos úteis, como a utilização de pneus com<br />

pregos ou ainda se é preciso levar palas para neve e areia. Os transportadores<br />

que operam em toda a Europa têm de ter sempre em mente as normativas<br />

legais sobre pneus de inverno e correntes para os diferentes países, pois<br />

podem variar de forma significativa, pelo que a utilização desta compilação<br />

de normas revela-se muito importante. Por exemplo, na Alemanha, uma<br />

alteração na norma de inverno em vigor desde o passado dia 1 de junho de<br />

2017, fixa novos requisitos mínimos para pneus de inverno.<br />

40 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017


10 Sommerreifen – 195/65 R 15<br />

02/2016<br />

TEST<br />

Testsieger<br />

Nexen N’blue HD Plus<br />

NEXEN TIRE LYON BRANCH<br />

LE GEMELLYON SUD 59, BOULEVARD VIVIER MERLE 69003 LYON, FRANCE<br />

T 33-4-81-09-11-13 E-MAIL r.jimenez@nx-france.fr<br />

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Notícias<br />

Empresas<br />

Presença espanhola no Dakar 2018<br />

junta Yokohama e SsangYong<br />

A Yokohama apresentou, recentemente, o veículo Tivoli DKR da SsangYong Espanha, o novo protótipo de um buggy totalmente desenhado e<br />

desenvolvido em Espanha, com a finalidade de enfrentar os grandes desafios da 40.ª edição do Rally Dakar. O Tivoli DKR estará equipado com o<br />

mítico pneu Yokohama Geolandar M/T G003 de 37”, monta<strong>dos</strong> em jantes de 17”. O prestigiado pneu fará parte deste espetacular automóvel, que<br />

conta com um motor V8 a gasolina de 6,2 litros com 405 cv, assente num chassis multitubular com 240 kg de peso. Dotado de tração traseira,<br />

enquadra-se na categoria T1-3, com uma tipologia e configuração mecânica preparada para fazer frente a areia e dunas da corrida lendária. O<br />

carro terá como equipa o piloto madrileno Óscar Fuertes e o co-piloto galego Diego Vallejo, ambos com experiência imbatível em provas de todo-<br />

-o-terreno. Depois de ter alcançado um <strong>dos</strong> únicos três lugares ofereci<strong>dos</strong> a nível mundial pela organização, após a vitória do Tivoli Rally Raid 4WD<br />

no Dakar Challenge Europeu durante a última Baja Aragon, a equipa tem como objetivo concluir a prova entre os melhores estreantes.<br />

PneuImpex promoveu workshop<br />

“Já conhece o universo Bosch?”<br />

No passado mês de outubro, a PneuImpex, empresa do Grupo Leirilis, promoveu<br />

o workshop “Já conhece o universo Bosch?” junto <strong>dos</strong> seus clientes, contando<br />

com a participação especial da Bosch, líder mundial em tecnologia automóvel.<br />

Os participantes tiveram a oportunidade de conhecer o universo Bosch, nomeadamente<br />

a sua vasta gama de peças auto, a linha de equipamentos oficinais<br />

e, ainda, to<strong>dos</strong> os conceitos direciona<strong>dos</strong> às oficinas que a marca dispõe. Por<br />

último, mas não menos importante, foi apresentado a to<strong>dos</strong> os participantes o<br />

conceito oficinal RedService (rede independente de oficinas automóveis multimarca<br />

100% nacional, especialista em manutenção e reparação de automóveis,<br />

que aposta na assistência técnica nas áreas de eletrónica, mecânica e colisão),<br />

bem como as suas respetivas mais-valias.<br />

42 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017


Michelin anunciou aquisição das PTG e Teleflow<br />

A Michelin anunciou a aquisição das PTG e da Teleflow, dois líderes de sistemas de controlo da pressão <strong>dos</strong> pneus, ferramentas que permitem<br />

aos utilizadores controlar e ajustar a pressão em função do terreno e das condições de utilização. Estas compras refletem a intenção da Michelin<br />

em converter-se no líder mundial em CTIS no mercado agrícola. Graças a este investimento, a Michelin vai continuar a maximizar o rendimento<br />

agronómico e económico <strong>dos</strong> agricultores, ao mesmo tempo que protege o seu ativo mais valioso: o solo. Ambas as aquisições supõem, também,<br />

uma transição para a linha de produtos agrícolas da Michelin, desde a simples produção de pneus agrícolas que oferece soluções que têm em<br />

conta to<strong>dos</strong> os aspetos da interação do pneu com o solo.<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 43


Notícias<br />

Produto<br />

Dunlop revoluciona mercado<br />

com novo Sportsmart TT<br />

Goodyear lançou nova gama<br />

de pneus de inverno SoundComfort<br />

A Goodyear apresentou a sua nova linha de pneus de inverno com tecnologia<br />

SoundComfort. Depois de implementar, com êxito, a tecnologia dedicada a reduzir<br />

o ruído na sua gama de verão, o fabricante oferece agora aos consumidores<br />

a possibilidade de escolherem os seus pneus de inverno com esta evolução.<br />

Uma das principais fontes sonoras <strong>dos</strong> pneus é a ressonância do ar na cavidade<br />

oca do pneu produzida pela vibração do ar no interior do próprio pneu e transmitida<br />

à estrutura do veículo. A tecnologia SoundComfort da Goodyear foi expressamente<br />

concebida para reduzir a ressonância do ar na cavidade do pneu.<br />

Incluiu espuma de poliuretano de célula aberta na superfície interna do pneu. Esta<br />

avançada capa de espuma reduz as vibrações do ar, criando ambiente descontraído<br />

para condutor e passageiros, permitindo, assim, desfrutar da música ou de uma boa<br />

conversa durante a viagem. Sem comprometer o rendimento da condução, a tecnologia<br />

SoundComfort faz com que o interior do veículo seja 50% mais silencioso, por<br />

comparação com pneus sem esta solução.<br />

A Dunlop anuncia que, em março de 2018, lançará<br />

aquele que será o seu quarto pneu na gama hypersport,<br />

o SportSmart TT. Este novo pneu foi concebido para<br />

satisfazer as necessidades <strong>dos</strong> utilizadores de motos<br />

desportivas e de estrada de altas performances que queiram<br />

utilizar o mesmo pneu para rodar em circuito e em<br />

estrada. O nome SportSmart TT deriva da gama SportSmart<br />

da Dunlop, focada numa utilização em estrada, e<br />

adiciona as letras TT, referentes a “Track Technology”.<br />

O SportSmart TT será o quarto lançamento da Dunlop<br />

no último ano no segmento hypersport, em linha com<br />

a estratégia da marca de redefinir este segmento sob a<br />

premissa de oferecer um pneu para cada motociclista.<br />

Kumho apresentou dois novos<br />

produtos na Solutrans<br />

A Kumho mostrou a sua ampla gama de pneus de<br />

camião e autocarro na Solutrans 2017, feira que se realizou<br />

em Lyon, França, no final de novembro. O fabricante sul-<br />

-coreano apresentou dois novos produtos: o KXT10, para<br />

eixo de reboque, e o KCA03, para autocarros urbanos.<br />

O KXT10, na dimensão 385/65 R22.5, também pode ser<br />

utilizado em longo curso e percursos regionais. O “X”<br />

na denominação deste modelo traduz a versatilidade<br />

do produto, que foi desenvolvido para oferecer ótimas<br />

prestações de tração e quilometragem. Com o KCA03, a<br />

Kumho comercializa este novo modelo para autocarros<br />

urbanos. Na feira, este pneu, que foi desenvolvido para<br />

to<strong>dos</strong> os eixos, foi apresentado na dimensão 275/70 R22.5.<br />

44 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017


Nexen Tire equipa de origem Porsche Macan<br />

ConnecTire é novidade da Trelleborg<br />

O ConnectTire é uma roda inteligente baseada em sensores que<br />

permitem o intercâmbio de da<strong>dos</strong> a vários níveis, reduzindo o risco<br />

de deslizamento do pneu da jante. Assim, os agricultores podem<br />

aproveitar a Internet para operações mais seguras e eficientes. Trabalhar<br />

com máquinas agrícolas em baixa pressão é um desafio: ter<br />

o controlo delas mantém a segurança, tanto da máquina como do<br />

operador, além de garantir um mínimo de impacto sobre o piso.<br />

Durante as operações, a pressão <strong>dos</strong> pneus podem mudar devido<br />

a uma série de fatores, onde se incluem a temperatura ambiente<br />

e do solo, assim como a intensidade da tarefa que é realizada e<br />

a configuração da própria máquina. O ConnecTire supevisiona,<br />

constantemente, duas variáveis chave, a pressão e a temperatura<br />

<strong>dos</strong> pneus, transmitindo a informação entre o trator e a exploração<br />

através de Bluetooth e rede inalâmbrica.<br />

A Nexen Tire passou a disponibilizar o modelo N’FERA RU1 para o Porsche<br />

Macan, nas medidas 235/55R19 101Y e 255/50R19 103Y. É a segunda vez que<br />

a Nexen Tire fornece, de origem, um modelo da Porsche. Depois do Cayenne,<br />

o Macan é o segundo SUV da marca alemã a receber o pneu UHP N’FEAR RU1,<br />

que foi otimizado para condução desportiva. Como principais argumentos,<br />

o N’FERA RU1 anuncia elevada estabilidade em curva e manobrabilidade<br />

desportiva para condução a alta velocidade. Recorre à tecnologia 3D Nano<br />

Grip, que maximiza a capacidade de travagem, dispõe de um cordão híbrido<br />

de aramida e integra um composto especial de enchimento de talão, que<br />

aumenta a estabilidade de manuseamento. O N’FERA RU1 conquistou nove<br />

prémios de design na Europa, América e Ásia, onde se incluem o Red Dot<br />

Design 2017 e o Good Design do Japão, comprovando, assim, a excelência do<br />

seu design. O fornecimento de pneus para equipamento de origem demonstra<br />

os eleva<strong>dos</strong> padrões de qualidade da Nexen Tire no fornecimento de pneus<br />

otimiza<strong>dos</strong> para veículos de elevado rendimento.<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 45


Notícias<br />

Produto<br />

Vredestein apresentou<br />

Traxion Optimall<br />

A Vredestein anunciou o resultado de muitos anos<br />

de extensa investigação sobre as necessidades particulares<br />

<strong>dos</strong> fabricantes de tratores e utilizadores<br />

finais. O Traxion Optimall, pneu da nova geração<br />

VF (Very High Flexion) para o segmento superior de<br />

tratores, não tem equivalente em termos de tração,<br />

eficiência de combustível e produtividade, reduzindo,<br />

substancialmente, o custo total de propriedade.<br />

Este pneu foi apresentado na Agritechnica, tendo<br />

a apresentação sido precedida de testes intensivos<br />

realiza<strong>dos</strong> tanto pela Vredestein como pelo<br />

reconhecido intituto alemão DLG, que confirmou<br />

o rendimento excecional deste novo pneu VF. É o<br />

único pneu VF que permite uma menor pressão no<br />

campo e garante melhor rendimento face à maioria<br />

<strong>dos</strong> pneus do mercado. Utiliza a tecnologia F+ da<br />

Vredestein, que combina uma flexibilidade elevada<br />

com uma estabilidade excecional. A parede lateral<br />

altamente flexível consiste num ponto de flexão<br />

com muito foco. Um composto de borracha de alta<br />

tecnologia na zona do ombro suporta a carcaça a<br />

baixa pressão para um desvio extremo. Em conjunto,<br />

estas características permitem que o Traxion Optimall<br />

seja utilizado com menos 25% de pressão no<br />

campo de trabalho do que outros pneus.<br />

Pirelli revelou mediático<br />

Diablo Supercosa SP<br />

A Pirelli apresentou o novo Diablo Supercosa SP, um pneu com alma racing homologado<br />

para estrada. Trata-se da terceira geração do pneu racing réplica da Pirelli,<br />

que dispõe de características idênticas ao nível do desenho, perfis e estrutura<br />

do produto que a marca utiliza em competições que, devido ao regulamento,<br />

requerem a utilização de pneu raiado e slick. Este pneu foi desenvolvido graças à<br />

participação na qualidade de fornecedor exclusivo de pneus para todas as classes<br />

do Campeonato Mundial FIM Superbike. Em particular, os pneus Diablo Supercosa<br />

SC, a versão misturada do produto SP, é utilizado em todas as classes Supersport<br />

e Superstock do Campeonato Mundial para motos derivadas das de série e em<br />

to<strong>dos</strong> aqueles campeonatos nacionais nos quais a Pirelli participa em qualidade<br />

de único fornecedor. Este pneu será equipamento de série da Ducati Panigale V4.<br />

Inter Tyre alargou<br />

gama de jantes Monaco<br />

A Inter Tyre alargou a gama da sua marca Monaco Wheels. Desta vez, juntou o<br />

modelo Torque. Esta jante de cinco raios tem um desenho central que cobre a<br />

zona das porcas da roda, o que acaba por distingui-la de todas as outras jantes<br />

do mercado. A Monaco Torque é totalmente pintada em antracite escuro e está<br />

disponível em 17”, 18 e 19”. Outro upgrade para esta marca exclusiva é a extensão<br />

da gama de cores em alguns modelos. As populares jantes Monaco GP1 já estão<br />

disponíveis em cor prateada, cobertas com gloss e polidas ou de cor prata e polidas<br />

a preto. Todas são de elevada qualidade, fabricadas de acordo com os padrões<br />

mais eleva<strong>dos</strong> e, também, oferecem uma linha dedicada à OEM.<br />

46 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017


PRP apresentou estudo sobre<br />

manutenção <strong>dos</strong> automóveis<br />

A PRP - Prevenção Rodoviária Portuguesa, a Escola Nacional de Saúde Pública e a Norauto<br />

Solidária apresentaram as conclusões de um estudo conjunto sobre a manutenção de automóveis<br />

ligeiros e a sua influência na segurança rodoviária em Portugal. O estudo incidiu na análise<br />

de vários componentes <strong>dos</strong> veículos (pneus, amortecedores, travões e luzes), na aferição da<br />

perceção <strong>dos</strong> condutores sobre o estado <strong>dos</strong> respetivos veículos e comparação com a avaliação<br />

<strong>dos</strong> técnicos da Norauto, bem como incluiu outras questões de segurança rodoviária, como a<br />

utilização do cinto de segurança, a perceção sobre o risco de acidente ou a participação em<br />

acidentes rodoviários. Incluiu a avaliação técnica de 3.228 automóveis, realizada em todas as<br />

oficinas da Norauto em Portugal Continental, entre abril de 2016 e abril de 2017.<br />

Dos automóveis avalia<strong>dos</strong> pelos técnicos, 23% apresentava pneus num estado mau ou sofrível.<br />

Em situação semelhante estavam os travões de 16% <strong>dos</strong> automóveis, os amortecedores de<br />

9% e as luzes de 5%. Estes da<strong>dos</strong> são preocupantes, pois as deficiências destes equipamentos<br />

põem em causa a sua segurança e a <strong>dos</strong> outros utentes. Mais de três em cada quatro condutores<br />

classificaram o estado de cada componente de forma semelhante à avaliação feita pelos<br />

técnicos: 76,4% na avaliação do estado <strong>dos</strong> pneus, 81,9% nos travões, 87,8% nos amortecedores<br />

e 91,1% nas luzes, revelando terem um bom conhecimento do estado <strong>dos</strong> seus veículos.<br />

A condução sob o efeito de álcool, a velocidade e a fadiga (comportamentos do condutor),<br />

foram os fatores a que os condutores atribuíram mais influência no aumento do risco de acidente<br />

rodoviário. Entre os fatores relaciona<strong>dos</strong> com o automóvel, destacam-se o mau estado de<br />

travões e pneus, enquanto o mau estado do piso surge como o fator com maior influência nos<br />

indica<strong>dos</strong> no que ao estado da via diz respeito.<br />

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A nova gama TM1060 da Trelleborg proporciona uma maior efi ciência para tractores de<br />

80 CV a mais de 300 CV. Preserve o seu terreno de compactação e torne as suas operações<br />

agrícolas mais produtivas. Proteja os seus cultivos como se fossem pedras preciosas.<br />

www.trelleborg.com/wheels/es<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | <strong>47</strong>


Notícias<br />

Produto<br />

Bridgestone apresentou<br />

Premium VX-Tractor na Agritechnica 2017<br />

Pela primeira vez, o novo pneu Bridgestone Premium VX-Tractor, com o qual os agricultores<br />

poderão transportar cargas mais pesadas, tanto no campo como na estrada, esteve disponível<br />

para os visitantes da Agritechnica, a maior feira de tecnologia agrícola do mundo. A carcaça rija e<br />

flexível, com entalhes mais fun<strong>dos</strong> e longos, proporciona uma ótima tração, aliada a uma maior<br />

vida útil. Para além <strong>dos</strong> pneus de exibição VT-Tractor, VT-Combine e VX-Tractor da Bridgestone, a<br />

marca Firestone também esteve representada no stand com os pneus Performer 95, Maxi Traction<br />

65 e Duraforce UT. A tecnologia “Very High Flexion” (VF) permite ao VX-Tractor operar, também,<br />

com baixa pressão de ar, devido à elasticidade especial do pneu e ao padrão de piso renovado,<br />

ou seja, até 0.4 bar abaixo <strong>dos</strong> pneus que usam tecnologia padrão, o que não só permite aos agricultores<br />

transportar cargas pesadas e preservar os solos, como, também, poupar no combustível.<br />

Vector 4Seasons Gen-2 foi<br />

pneu “exemplar” nos testes da Auto Bild<br />

Na sua última edição, a Auto Bild colocou à prova oito pneus todas as estações, elegendo o<br />

Vector 4Seasons Gen-2 da Goodyear como o melhor, ex-aequo na primeira posição. O pneu foi<br />

considerado exemplar, por oferecer uma performance equiparável à de um pneu de inverno<br />

sobre neve, com uma distância de travagem muito curta sobre piso molhado e por ser pouco<br />

rui<strong>dos</strong>o, característica que se traduz num maior conforto durante a condução. Em piso molhado,<br />

a distância de travagem do Vector 4Seasons Gen-2 testada foi 2,2 metros mais curta por<br />

comparação com a do pneu que conquistou o segundo lugar e 12,1 metros mais curta do que<br />

a do pneu classificado no último lugar. Não obstante, o pneu Goodyear foi quatro decibéis mais<br />

silencioso do que o mais rui<strong>dos</strong>o do teste, o que contribui para uma condução agradavelmente<br />

silenciosa. O piso do Vector 4Seasons Gen-2 foi desenvolvido para adaptar-se as condições<br />

climatéricas tanto de inverno como de verão, como indicado pelas marcas M+S e pelo símbolo<br />

<strong>dos</strong> flocos de neve existentes na sua parede lateral.<br />

Barum BD200 M é novo<br />

pneu para estaleiros<br />

e construção civil<br />

A Barum está a expandir a sua gama de<br />

produtos com o novo pneu BD 200 M para<br />

eixo motriz, que foi concebido para utilização<br />

tanto em estrada como fora, fazendo com<br />

que a condução em qualquer superfície seja<br />

um trabalho fácil. Os compostos especiais<br />

do pneu não só o tornam excecionalmente<br />

robusto, como, também, extremamente resistente.<br />

Lutz Stäbner, diretor de gestão de<br />

produtos CVT na região EMEA, está convencido<br />

de que os gestores de frotas vão gostar<br />

bastante <strong>dos</strong> novos pneus BD 200 M. “Com<br />

este pneu, a Barum está a oferecer todas as<br />

qualidades necessárias para a utilização em<br />

estaleiros de construção: fiabilidade e durabilidade.<br />

Tudo a baixo custo. É exatamente<br />

esta a essência da marca Barum”.<br />

48 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017


DESENVOLVIDOS NA PISTA<br />

APROVADOS NA ESTRADA<br />

O nosso modelo AZENIS FK510 do segmento Ultra-High-Performance convence<br />

pela sua elevada segurança, excecional dinâmica de condução e maior economia de<br />

combustível<br />

A Falken é fornecedora do Grupo VW em equipamento de<br />

origem para os modelos:<br />

VW Passat | Skoda Superb | Seat Ateca<br />

Representantes exclusivos para Portugal:<br />

Zona Industrial da Pedrulha, Lote 12 - Mealhada | 3050-183 Casal Comba<br />

Linha Telemarketing: 231 244 265 | sac.mealhada2@abtyres.pt<br />

Linha de Apoio: 231 244 263 | sac.mealhada1@abtyres.pt<br />

www.alvesbandeiratyres.pt | www.abtyres.pt


Notícias<br />

Produto<br />

Kawasaki renovou com Dunlop<br />

por mais três temporadas<br />

A equipa Monster Energy Kawasaki Racing assinou uma<br />

extensão do seu acordo de Parceria Técnica com a Dunlop<br />

para as temporadas de 2018, 2019 e 2020 do Campeonato<br />

do Mundo de Motocross (MXGP) da FIM. A equipa tem<br />

trabalhado com a Dunlop desde o início da temporada<br />

de 2012, com o fabricante de pneus a desenvolver a sua<br />

gama Geomax com base nas necessidades <strong>dos</strong> principais<br />

pilotos da equipa. A Kawasaki e a Dunlop enfrentam a<br />

temporada de 2018 do Campeonato do Mundo de Motocross<br />

(MXGP) da FIM com uma renovada formação de<br />

pilotos. Ao candidato ao título de 2017, Clement Desalle<br />

(Bélgica), juntar-se-á o seu compatriota Julien Lieber, que<br />

ascende à categoria máxima do Motocross após várias<br />

temporadas na categoria MX2.<br />

Euromaster converte pneus<br />

em presentes<br />

A rede de oficinas de pneus e manutenção de veículos Euromaster pôs em<br />

marcha, pelo terceiro ano, a sua iniciativa ‘A Roda da Felicidade’, com a qual pretende<br />

converter em presentes para crianças apoiadas pela Cruz Vermelha, cada<br />

operação de mudança de pneus da marca Michelin que se realize nos mais de<br />

65 centros de serviço em Portugal. Os responsáveis da Euromaster estimam que<br />

serão realizadas cerca de 5.000 operações nas suas oficinas entre novembro e dezembro,<br />

período durante o qual é levada a cabo a campanha. Será a Cruz Vermelha<br />

Portuguesa que entregará os presentes às crianças nacionais através das suas<br />

delegações espalhadas por todo o país, fazendo, assim, chegar a alegria a todas<br />

as crianças carenciadas. Os brinque<strong>dos</strong> escolhi<strong>dos</strong> por ambas as entidades contemplam<br />

várias faixas etárias, desde um até 12 anos de idade, assim como têm em<br />

conta os gostos diferentes de meninos e meninas. Entre os brinque<strong>dos</strong> que serão<br />

ofereci<strong>dos</strong>, encontram-se jogos de mesa, jogos de memória, bolas de futebol, cestos<br />

de basquetebol, puzzles, bonecos, peluches e jogos de construção e de crescimento<br />

para os mais pequenos. Através da página da Euromaster no Facebook, os<br />

utilizadores poderão partilhar esta campanha com os seus amigos e tornarem-se<br />

embaixadores desta iniciativa solidária.<br />

Continental ampliou<br />

gama do TractorMaster<br />

A Continental Commercial Specialty Tires (CST) ampliou<br />

a sua gama de pneus para terminais portuários para<br />

servir ainda melhor os clientes deste segmento e seguir<br />

prestando o seu apoio como sócio de confiança. A partir<br />

da fábrica de Petaling Jaya, na Malásia, foi-se desenvolvendo<br />

uma nova dimensão do modelo Tractor Master da<br />

Continental: o 280/75 R22.5. Esta nova medida, graças ao<br />

seu baixo diâmetro, ajusta-se, perfeitamente, em jantes<br />

mais estreitas, de medida 7.5/8.25-22.5. A nova dimensão<br />

280/75 R22.5 é ideal para o transporte de contentores e<br />

operações RoRo (“Roll on Roll off”). Uma das características<br />

deste pneu é a profundidade da sua banda de rolamento,<br />

que tem 31 mm. Este não só o torna especialmente robusto,<br />

como, também, aumenta a sua vida útil. Graças ao maior<br />

ângulo <strong>dos</strong> sulcos, é mais difícil que as pedras fiquem<br />

presas na banda e danifiquem a carcaça.<br />

Pirelli desenvolve com McLaren<br />

pneus de inverno para desportivos<br />

O fabricante de automóveis de prestígio McLaren desenvolveu, em colaboração<br />

com o seu parceiro exclusivo de pneus, a Pirelli, um pneu “Winter” específico para<br />

os seus modelos mais desportivos. Os Sottozero 3, com referência “MC”, vão ser<br />

monta<strong>dos</strong> em jantes de 14 braços com um “Look Stealth” e incorporam o sistema<br />

de monitorização de pressão da empresa britânica. Desenvolvi<strong>dos</strong> por engenheiros<br />

da McLaren e da Pirelli especificamente para a gama de modelos desportivos<br />

– 540C, 570S, 570GT e novo 570S Spider - o jogo de “borrachas” está pronto para<br />

a sua montagem junto à jante, permitindo aos proprietários trocar, de forma fácil<br />

e rápida, os pneus, de modo a seguir desfrutando da condução também nos meses<br />

mais frios. A disponibilidade deste segundo jogo de pneus permite transpor<br />

melhor a neve, a água ou o sal depositado sobre as estradas no inverno, como,<br />

também, prolongar a vida útil de ambos os jogos de pneus. Os Pirelli Sottozero 3<br />

dispõem da referência “MC” no flanco, que atesta que foram desenvolvi<strong>dos</strong> especificamente<br />

para os McLaren, com a finalidade de proporcionar a máxima aderência<br />

nas condições mais adversas.<br />

50 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017


Fiabilidade e confiança<br />

B01N<br />

Pá/Dumper<br />

B02N<br />

BDTS<br />

600 Direção/Reboque 755<br />

366<br />

Pá/Dumper<br />

Pá/Dumper<br />

Tração<br />

MWS+ Pá<br />

B03S Dumper B05N Grua Móvel<br />

396 Direção/Reboque 300 Direção/Reboque 700<br />

Direção/Reboque<br />

Tração<br />

Para mais informações ligue: 220 991 400<br />

Novo website: www.gripenwheels.pt<br />

Gripen Wheels Ibéria<br />

Centro de Negócios da Maia • Rua de Albino José Domingues, 74 • 2º AT • 4<strong>47</strong>0-034 Maia • Portugal<br />

Telef. +351 220991400 • Fax +351 220931936 • info.iberia@gripenwheels.com • www.gripenwheels.pt


Super Rodão<br />

EXEMPLO A SEGUIR<br />

Representante da Falken no concelho de Aveiro há dois anos, a Super<br />

Rodão constitui um verdadeiro exemplo a seguir. Além de to<strong>dos</strong> os serviços<br />

relaciona<strong>dos</strong> com pneus, dedica-se à reparação de jantes e faz personalização<br />

de viaturas, sem esquecer o polimento de faróis e o escurecimento de farolins<br />

Serviço completo de pneus, reparação<br />

de jantes e personalização de<br />

viaturas. Eis as três grandes áreas da<br />

Super Rodão. Fundada, em junho de<br />

1985, por Manuel Mortágua, pai do atual<br />

sócio-gerente, Nelson Mortágua, a empresa<br />

começou a sua atividade exatamente no<br />

local onde, hoje, se encontra: na variante<br />

de Cacia (Aveiro). Trabalhava apenas uma<br />

marca de pneus, dispunha de um elevador e<br />

contava com duas máquinas (uma de alinhar;<br />

outra de desmontar), que eram operadas<br />

pelo único funcionário que existia, num<br />

espaço que não excedia os 200 m 2 . Com<br />

o passar <strong>dos</strong> anos, a casa foi aumentando.<br />

Até chegar aos cerca de 500 m 2 de hoje.<br />

E ainda tem mais 300 m 2 de terreno à sua<br />

disposição, caso queira crescer.<br />

Com 32 anos feitos em junho de 2017, a<br />

Super Rodão dispõe de oito colaboradores,<br />

cinco elevadores de tesoura e conta com<br />

a melhor máquina de alinhar direções do<br />

mercado. Mais: as suas instalações estão dotadas<br />

de equipamentos para pneus Run Flat,<br />

pneus pesa<strong>dos</strong> e para encher pneus com<br />

nitrogénio. Embora o seu forte seja a comercialização<br />

de pneus ligeiros (comerciais e 4x4<br />

incluí<strong>dos</strong>) novos de todas as marcas, com<br />

particular incidência na Falken, a empresa<br />

aveirense disponibiliza pneus de moto, pesa<strong>dos</strong><br />

e reconstruí<strong>dos</strong>. Pratica bons preços e<br />

dispõe de um serviço altamente profissional,<br />

onde impera o bom atendimento ao cliente<br />

e a total transparência.<br />

Panóplia de serviços<br />

Em relação às outras casas que proliferam pelo<br />

distrito de Aveiro, a Super Rodão diferencia-<br />

-se, também, pelo serviço de reparação de<br />

jantes (desempenar; retificar; pintar; soldar;<br />

polir), que já faz há 20 anos. “Reparar jantes<br />

requer muita mão de obra. Deu-nos muito<br />

trabalho quando instalámos este serviço<br />

até as jantes estarem perfeitas, mas foi uma<br />

forma de fazer crescer o nosso negócio”, revela<br />

Nelson Mortágua. “Reparar uma jante,<br />

implica desempená-la e retificá-la. Temos jato<br />

de areia para decapá-la. Depois, aplica-se um<br />

primário e coloca-se massa, se for necessário.<br />

A seguir, é aplicada lixa para despolir, pinta-se<br />

e enverniza-se. É um processo que requer muitas<br />

fases. Reparar uma jante não é colocá-la<br />

52 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017


Publireportagem<br />

REPRESENTAÇÃO FALKEN<br />

APOSTA GANHA<br />

Num distrito povoado de casas de pneus, como<br />

consegue a Super Rodão fazer a diferença? “No<br />

atendimento ao cliente, nos serviços e nos preços<br />

competitivos”, refere Nelson Mortágua. Que<br />

realça de seguida: “Tivemos a ‘sorte’ de, em 2015,<br />

nos termos associa<strong>dos</strong> ao Grupo Alves Bandeira<br />

para sermos representantes Falken no concelho<br />

de Aveiro. E bem dita a hora que a AB Tyres nos<br />

procurou. O balanço que faço é, por isso, extremamente<br />

positivo”.<br />

A boa relação preço/qualidade da Falken deixa<br />

qualquer cliente satisfeito. É, de resto, esta a opinião<br />

do sócio-gerente da Super Rodão. “Os pneus<br />

Falken equipam, de origem, vários automóveis e<br />

dispõem das melhores classificações. A Falken é<br />

a marca de pneus que mais vendo e a que maior<br />

procura tem tido. Com a Falken, conseguimos comercializar<br />

um produto premium com um preço<br />

mais acessível face às marcas concorrentes, o que<br />

acaba por ser vantajoso para nós e para o cliente”,<br />

afirma Nelson Mortágua. Para mais, a marca japonesa<br />

disponibiliza uma grande variedade de<br />

medidas, que vão até jantes de 21”.<br />

“A AB Tyres apoia-nos naquilo que precisamos e<br />

proporciona-nos acesso a formação. A Super Rodão<br />

cresce com a Falken e a marca cresce connosco. Só<br />

tenho a agradecer ao Grupo Alves Bandeira. Estou<br />

muito satisfeito”, enfatiza o responsável. Até final<br />

do passado mês de novembro, a Super Rodão já<br />

levava cerca de 1.600 pneus Falken vendi<strong>dos</strong> este<br />

ano. E conta encerrar 2017 com 1.800, o que, a<br />

confirmar-se, corresponderá ao dobro do volume<br />

registado em 2016. Para 2018, o objetivo da empresa<br />

aveirense passa por continuar a crescer...<br />

com a Falken.<br />

numa máquina e ela sai pronta”, explica o sócio-gerente.<br />

“Nas reparações mais pequenas,<br />

o cliente espera um pouco e entregamos-lhe<br />

o veículo. Já as reparações mais complicadas,<br />

demoram um pouco mais, ficando o veículo<br />

a pernoitar nas nossas instalações. O serviço<br />

de reparação de jantes representa entre 20<br />

a 25% do nosso volume de faturação”, frisa<br />

o responsável.<br />

Mecânica rápida, a Super Rodão não tem. Nem<br />

pensa vir a ter. Até porque não necessita. Além<br />

de to<strong>dos</strong> os serviços relaciona<strong>dos</strong> com pneus<br />

(onde se incluem alinhamentos de direção,<br />

equilíbrios e reparações de furos em veículos<br />

ligeiros e pesa<strong>dos</strong>), a casa aposta forte na<br />

venda da marca Falken, dispõe do supracitado<br />

serviço de jantes, faz focagem e polimento de<br />

SUPER RODÃO<br />

Sócio-gerente Nelson Mortágua<br />

Morada Estrada de Cacia<br />

(variante), Nacional 109, 3800 –<br />

533 Aveiro<br />

Telefone 234 911 381<br />

Email comercial@superrodao.com<br />

Site www.superrodao.com<br />

faróis, procede ao escurecimento de farolins e<br />

efetua personalização de viaturas. “Pintamos<br />

pinças de travão, capas de retrovisores, grelhas<br />

e outras pequenas secções da carroçaria. Qualquer<br />

que seja a cor que o cliente queira. Basta<br />

aceder à nossa página de Facebook para ver o<br />

portefólio <strong>dos</strong> trabalhos que realizámos”, diz<br />

Nelson Mortágua. Com cerca de 1.500 pneus<br />

em stock (existem sempre quatro unidades<br />

para cada medida), fruto, também, da Campanha<br />

de Natal, que decorrerá entre os dias<br />

1 de dezembro e 15 de janeiro (onde se inclui<br />

a marca Falken), a Super Rodão comercializa<br />

jantes novas, procede à montagem de pneus<br />

de moto, pinta jantes de moto e repara jantes<br />

de moto 4. Não existe nenhuma casa no<br />

distrito de Aveiro como esta. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 53


Conhecer<br />

Sistema de monitorização da pressão <strong>dos</strong> pneus<br />

pneus deve saber, previamente, se o veículo<br />

está equipado com TPMS, o tipo de sistema<br />

e se o mesmo é equipamento de origem ou<br />

se foi instalado no pós-venda.<br />

A presença de válvulas de borracha nas jantes<br />

indica, geralmente, que o veículo utiliza<br />

um sistema de monitorização da pressão<br />

<strong>dos</strong> pneus (TPMS) indireto, que compara as<br />

rotações <strong>dos</strong> pneus quando o veículo está<br />

em movimento através da monitorização <strong>dos</strong><br />

sensores de velocidade do ABS. Contudo, a<br />

partir de 2007 alguns veículos começaram<br />

a utilizar um TPMS direto com uma haste de<br />

válvula em borracha, que é difícil de distinguir<br />

visualmente de uma haste de válvula<br />

em borracha comum.<br />

Consegue identificar facilmente qual das<br />

hastes de válvula em borracha mostradas<br />

abaixo está ligada ao sensor de monitorização<br />

da pressão do pneu?<br />

Funcionamento e<br />

manutenção do TPMS<br />

Uma década após a obrigatoriedade da instalação do<br />

sistema TPMS em to<strong>dos</strong> os veículos de passageiros<br />

e comerciais ligeiros, abordamos, neste artigo, o seu<br />

funcionamento e manutenção<br />

O design é confirmado apenas pela resistência a uma<br />

flexão suave evidenciada pela válvula de borracha TPMS<br />

A presença de hastes de válvula em alumínio<br />

(em baixo à esquerda), aparafusadas através<br />

das jantes, indica, normalmente, que o<br />

veículo utiliza um TPMS direto, que recorre<br />

à montagem de sensores/transmissores de<br />

1<br />

1 – Sensor em válvula<br />

de alumínio<br />

2 – Sensor ligação em<br />

banda Ford<br />

2<br />

Os sistemas de monitorização da<br />

pressão <strong>dos</strong> pneus controlam,<br />

continuamente, a pressão através<br />

de sensores localiza<strong>dos</strong> nos pneus<br />

(sistema direto) ou através de sensores de<br />

velocidade da roda e de outros sensores no<br />

veículo (sistema indireto).<br />

A informação recolhida pelos sensores é<br />

transmitida a um processador de bordo,<br />

que interpreta os sinais e alerta o condutor<br />

quando a pressão <strong>dos</strong> pneus é inferior ao<br />

nível mínimo aceitável, acendendo o símbolo<br />

luminoso TPMS no painel de instrumentos.<br />

O sistema de monitorização de pressão <strong>dos</strong><br />

pneus (TPMS) permite, assim, aos proprietários<br />

de veículos monitorizarem os níveis<br />

de pressão <strong>dos</strong> pneus em tempo real e, com<br />

isso, aumentar a longevidade <strong>dos</strong> mesmos,<br />

incrementar a segurança, a poupança de<br />

combustível e reduzir os custos associa<strong>dos</strong><br />

aos pneus. Os fabricantes já investem bastante<br />

no desenvolvimento de pneus com<br />

baixa resistência ao rolamento e com uma<br />

grande vida útil. Contudo, assegurar a eficiência<br />

e durabilidade máxima não se fica pela<br />

fase do desenvolvimento. É essencial manter<br />

uma pressão correta de pneus perante<br />

condições como variação de temperatura e<br />

de estrada, bem como de carga, de modo a<br />

garantir uma performance em segurança e<br />

a máxima eficiência ambiental. E é aí que o<br />

inovador sistema de monitorização da pressão<br />

<strong>dos</strong> pneus entra.<br />

w MANUTENÇÃO DO TPMS<br />

Uma vez que são necessárias precauções extra<br />

de forma a não danificar o TPMS ao soltar<br />

o talão e ao desmontar o pneu, a oficina de<br />

pressão nas jantes. Contudo, alguns modelos<br />

anteriores de veículos da Ford incorporam<br />

monitores diretos de pressão de pneu (em<br />

cima à direita) com ligação em banda às jantes.<br />

Se estiver a ser utilizado um sistema TPMS<br />

direto e a pressão de ar for libertada do pneu,<br />

a válvula de pneu em alumínio (em conjunto<br />

com o sensor de pressão de pneu integrado)<br />

deverá ser desaparafusada de forma a “cair”<br />

suavemente no pneu e na jante ainda monta<strong>dos</strong>.<br />

Este procedimento ajuda a proteger<br />

os sensores de pressão de pneu (alguns com<br />

preços acima <strong>dos</strong> €200 quando adquiri<strong>dos</strong><br />

novos num concessionários) contra danos<br />

ao soltar o talão e ao desmontar o pneu. O<br />

pneu tem de ser retirado da jante de acordo<br />

com as instruções da máquina de desmontar.<br />

54 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017


w PEÇAS DE SUBSTITUIÇÃO TPMS<br />

PARA SENSORES DE FIXAÇÃO<br />

Sempre que os sensores TPMS em alumínio<br />

são removi<strong>dos</strong> de uma jante, é necessário<br />

montar uma anilha de borracha nova (também<br />

denominada o-ring ou vedante), uma<br />

porca de fixação em alumínio, um núcleo<br />

de válvula niquelado especial e uma tampa<br />

de válvula.<br />

Anilha de borracha, porca de fixação em alumínio,<br />

núcleo de válvula niquelado e tampa de válvula<br />

É importante que to<strong>dos</strong> os componentes<br />

sejam aperta<strong>dos</strong> de acordo com valores<br />

apropria<strong>dos</strong> para impedir fugas de ar. Não<br />

reutilizar a anilha de borracha, o núcleo de<br />

válvula e a porca de fixação originais, caso<br />

contrário poderão ocorrer fugas de ar. Além<br />

do mais, é importante manter a tampa da<br />

válvula original do sensor TPMS em alumínio.<br />

Núcleo de válvula<br />

em latão<br />

Núcleos de válvula<br />

niquela<strong>dos</strong><br />

Notas: Um núcleo de válvula em latão comum<br />

(utilizado numa haste de válvula de<br />

um sensor de pressão de pneu em alumínio<br />

irá provocar corrosão galvânica e o núcleo<br />

de válvula em latão irá, eventualmente, ficar<br />

preso no cilindro em alumínio da válvula.<br />

Nas hastes de válvula de sensor de pressão<br />

de pneu em alumínio, devem ser utiliza<strong>dos</strong><br />

unicamente núcleos de válvula niquela<strong>dos</strong><br />

especiais).<br />

w PEÇAS DE SUBSTITUIÇÃO PARA<br />

SENSORES BASEADOS EM VÁLVULA<br />

DE ENCAIXE EM BORRACHA<br />

Sempre que um sensor TPMS baseado em<br />

válvula de encaixe em borracha é retirado de<br />

uma jante, é necessário utilizar uma válvula<br />

de encaixe em borracha nova desenhada<br />

para aceitar o sensor TPMS. Não reutilizar a<br />

válvula de encaixe em borracha e o núcleo<br />

de válvula originais, caso contrário poderão<br />

ocorrer fugas de ar.<br />

É importante que o parafuso/porca de fixação<br />

do sensor TPMS esteja apertado(a) com o<br />

valor adequado. u<br />

TPMS AUMENTA RENTABILIDADE DAS TRANSPORTADORAS<br />

A pressão do pneu não afeta somente a resistência<br />

ao rolamento mas, também, o desgaste. Um<br />

pneu com pressão baixa consumirá mais combustível<br />

e fará menos quilómetros antes sequer de<br />

precisar de ser substituído. Esta redução de quilometragem<br />

significa que mais pneus terão de ser<br />

produzi<strong>dos</strong>, utilizar-se-ão mais matérias-primas<br />

e haverá maior consumo de energia no processo.<br />

Da<strong>dos</strong> recolhi<strong>dos</strong> por um fabricante de pneus<br />

premium durante a afinação de sensores para frotas<br />

confirmaram que, em média, 20% <strong>dos</strong> pneus<br />

usa<strong>dos</strong> nas frotas sem um programa de controlo e<br />

monitorização de pressão operam em níveis 10%<br />

inferiores ao recomendável, <strong>dos</strong> quais 5% operam<br />

a 20% menos do que esse valor. Por outras palavras,<br />

um em cada cinco pneus numa frota típica<br />

têm um impacto negativo significativo, não só no<br />

ambiente como na eficiência operacional das frotas<br />

e, como tal, na competitividade. O TPMS ajuda a<br />

reduzir custos ambientais indiretos e operacionais<br />

das empresas de transportes com grandes frotas,<br />

A válvula de encaixe em borracha<br />

compatível com TPMS inclui o parafuso<br />

de fixação do sensor, o núcleo da válvula<br />

e a tampa da válvula<br />

A válvula de encaixe em borracha<br />

compatível com TPMS inclui a porca de<br />

fixação do sensor, o núcleo da válvula e a<br />

tampa da válvula<br />

por via de um sistema de sensores instala<strong>dos</strong> nas<br />

válvulas <strong>dos</strong> pneus. Cada sensor contém um transmissor<br />

no interior, que envia da<strong>dos</strong> através de uma<br />

conexão wireless. Em cada veículo equipado com<br />

TPMS, os recetores recolhem da<strong>dos</strong> e enviam-nos<br />

para um servidor centralizado, através de uma rede<br />

de processamento GPRS. Um software de gestão<br />

de frota recolhe, por sua vez, os da<strong>dos</strong> e envia,<br />

automaticamente, alertas de manutenção para o<br />

gestor de frota e parceiro de serviço cada vez que a<br />

pressão de um pneu específico desce abaixo de um<br />

nível de tolerância pré-definido. O pneu com pouca<br />

pressão é especificamente identificado para o parceiro<br />

de serviço, para que se possa intervir rapidamente.<br />

Para frotas mais pequenas, uma nova app<br />

para smartphone, utilizada em conjunto com um<br />

dispositivo manual de receção, pode oferecer uma<br />

alternativa mais económica em relação à solução<br />

de um portal. Com o TPMS integrado num pacote<br />

de serviço de frotas, qualquer uma pode garantir<br />

operações com níveis de pressão ideais.<br />

INFORMAÇÃO PARA OS CONDUTORES<br />

O MEU VEÍCULO TEM TPMS?<br />

É obrigatório que to<strong>dos</strong> os veículos de passageiros<br />

e comerciais ligeiros a partir do ano<br />

2008 ou mais recentes sejam equipa<strong>dos</strong> com<br />

este dispositivo.<br />

Qual é o aspeto do símbolo TPMS?<br />

Existem dois indicadores de alerta de pressão<br />

baixa nos pneus permiti<strong>dos</strong>. Um ícone é a secção<br />

transversal de um pneu com um ponto de<br />

exclamação no interior. Outro é a vista superior<br />

de um automóvel com os quatro pneus expostos.<br />

Independentemente do ícone TPMS utilizado<br />

pelo veículo, o símbolo irá acender-se no<br />

painel de instrumentos caso algum pneu tenha<br />

pressão de insuflação abaixo da estipulada.<br />

O que significa se o símbolo TPMS se acender?<br />

Se o símbolo TPMS se acender no painel de instrumentos,<br />

significa que, pelo menos, um <strong>dos</strong><br />

pneus não tem pressão suficiente. Deverá inspecionar<br />

e verificar a pressão <strong>dos</strong> pneus assim<br />

que possível. O símbolo apagar-se-á quando os<br />

pneus apresentarem uma pressão adequada.<br />

O que significa se o símbolo TPMS se acender<br />

e apagar?<br />

Em manhãs frias, o símbolo TPMS poderá acender-se<br />

durante um breve período de tempo e<br />

depois desligar-se. Isto é provocado provavelmente<br />

por uma pressão baixa marginal, que<br />

desce abaixo do limite de alerta durante a noite<br />

mas que volta a subir para um nível aceitável à<br />

medida que o pneu aquece, devido ao funcionamento<br />

do veículo ou a um aumento das temperaturas<br />

externas. Se o símbolo TPMS se acender<br />

e apagar deverá inspecionar e verificar a pressão<br />

<strong>dos</strong> pneus. A luz não deverá acender-se se<br />

os pneus tiverem uma pressão adequada.<br />

O que significa se a luz de aviso se acender<br />

e apagar de forma intermitente e depois<br />

permanecer acesa?<br />

É obrigatório que to<strong>dos</strong> os TPMS instala<strong>dos</strong><br />

em veículos do ano 2008 e seguintes detetem<br />

e alertem o condutor se o sistema não estiver<br />

a funcionar corretamente. Se o símbolo TPMS<br />

acender e apagar de forma intermitente durante<br />

60 a 90 segun<strong>dos</strong> e a luz de aviso permanecer<br />

acesa após a sequência intermitente,<br />

poderá ser indicação de avaria no sistema. A<br />

sequência intermitente seguida por iluminação<br />

contínua da luz de aviso irá repetir-se em cada<br />

arranque subsequente do veículo até a avaria<br />

ser corrigida.<br />

Se o símbolo TPMS estiver aceso não<br />

era suposto eu ter reparado que os meus<br />

pneus não têm pressão suficiente?<br />

É difícil detetar visualmente pneus com pressão<br />

insuficiente. É recomendável inspecionar<br />

os pneus to<strong>dos</strong> os meses com um manómetro<br />

preciso. O TPMS não se destina a substituir a<br />

manutenção regular <strong>dos</strong> pneus.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 55


Técnica<br />

Achatamento de pneus<br />

Origem,<br />

causas e<br />

soluções<br />

O achatamento de pneus pode<br />

ser temporário ou, nos casos mais<br />

graves, permanente. A gravidade de<br />

um achatamento está geralmente<br />

relacionada com a dimensão do<br />

pneu, a estrutura interna, a carga, a<br />

temperatura ambiente e o tempo de<br />

imobilização decorrido<br />

Alguma vez sentiu uma perturbação<br />

ou oscilação durante os primeiros<br />

quilómetros de condução após o<br />

veículo ter estado estacionado<br />

durante alguns dias, semanas ou meses?<br />

Em seguida, após alguns quilómetros, a<br />

condução fica mais suave e parece normal.<br />

Esta condição é geralmente denominada de<br />

achatamento, porque é utilizada para descrever<br />

a formação de um achatamento temporário<br />

nos pneus que pode ocorrer quando<br />

um veículo está estacionado.<br />

Muitos pneus de alto desempenho ou de<br />

competição, com índices de velocidade eleva<strong>dos</strong>,<br />

ou de veículos pesa<strong>dos</strong>, dispõem de<br />

“memória”. Continuam a registar a posição<br />

na qual estiveram estaciona<strong>dos</strong> pela última<br />

vez depois de voltarem a rolar. Infelizmente,<br />

esta “memória” pode revelar-se problemática<br />

quando os pneus experienciam grandes<br />

oscilações na temperatura ambiente, se estiverem<br />

estaciona<strong>dos</strong> durante a noite com<br />

temperaturas baixas ou se permanecerem<br />

estaciona<strong>dos</strong> durante um longo período de<br />

tempo, uma vez que é a falta de uso que está<br />

na origem do achatamento.<br />

Enquanto rolam, os pneus alternam entre os<br />

esta<strong>dos</strong> de distensão e carga cerca de 800<br />

vezes a cada dois quilómetros. Esta deformação<br />

constante gera calor, tornando os pneus<br />

mais flexíveis. Mas depois de estaciona<strong>dos</strong>,<br />

a zona em contacto com o solo (a superfície<br />

de apoio do pneu) achata ao ser pressionada<br />

contra a superfície plana da estrada<br />

enquanto os pneus arrefecem. É este fenómeno<br />

que está na origem do achatamento. E<br />

até o pneu aquecer novamente, as zonas de<br />

achatamento de cada pneu poderão causar<br />

perturbações na condução, que se farão sentir<br />

durante os primeiros quilómetros quando o<br />

automóvel for conduzido novamente.<br />

O achatamento pode ser temporário (o pneu<br />

retoma a forma circular ao aquecer durante a<br />

condução) ou, nos casos mais graves, permanente<br />

(ou seja, a qualidade de condução do<br />

pneu é, efetivamente, destruída). A gravidade<br />

de um achatamento está, regra geral, relacionada<br />

com a dimensão do pneu, a estrutura<br />

interna, a carga, a temperatura ambiente e<br />

o tempo de imobilização decorrido.<br />

Os pneus com razão nominal de aspeto reduzida<br />

apresentam menor flexão nos flancos,<br />

devido à dimensão reduzida <strong>dos</strong> flancos e<br />

ao facto de grande parte da sua capacidade<br />

de carga ser absorvida pela deformação das<br />

suas superfícies de apoio amplas. Os com-<br />

postos <strong>dos</strong> pisos e as construções internas<br />

firmes com reforço em nylon utilizadas em<br />

pneus de alto desempenho e com índices<br />

de velocidade eleva<strong>dos</strong> são mais suscetíveis<br />

ao achatamento.<br />

As cargas pesadas e as pressões demasiado<br />

baixas nos pneus (subenchimento) permitem<br />

uma maior deformação nas zonas em contacto<br />

com o solo. Esta característica permite<br />

uma deformação ainda maior, aumentando<br />

a gravidade do achatamento. A baixa temperatura<br />

ambiente torna os compostos de borracha<br />

mais rígi<strong>dos</strong>, aumentando a tendência<br />

para o achatamento. Quanto mais tempo os<br />

pneus permanecerem estacionários, maior<br />

será a possibilidade de “lembrarem” a posição<br />

na qual ficaram estaciona<strong>dos</strong> pela última<br />

vez. Os pneus de veículos armazena<strong>dos</strong> em<br />

contacto com o solo durante vários meses<br />

poderão manter o achatamento de forma<br />

permanente.<br />

w PNEUS COM ACHATAMENTO DEVIDO<br />

A ESTACIONAMENTO/ARMAZENAGEM<br />

Embora não haja forma de evitar completamente<br />

o achatamento temporário <strong>dos</strong> pneus,<br />

saber o que esperar em diferentes condições<br />

poderá ajudar a minimizar esta inconveniên-<br />

56 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017


cia. É importante verificar e repor a pressão<br />

de enchimento <strong>dos</strong> pneus de acordo com<br />

as recomendações do fabricante do veículo,<br />

indicadas na placa de identificação do veículo<br />

ou no manual do proprietário ao retirar um<br />

veículo de armazenamento.<br />

O achamento <strong>dos</strong> pneus deverá ser mais<br />

percetível ao iniciar a condução de um veículo<br />

que esteve armazenado de forma incorreta<br />

(com o peso do veículo a pressionar<br />

os pneus contra o solo). Ao armazenar um<br />

veículo por um período superior a algumas<br />

semanas, será melhor conduzir o mesmo até<br />

este aquecer convenientemente e colocá-lo<br />

imediatamente sobre “calços” ao chegar ao<br />

local de armazenamento. Este procedimento<br />

retira totalmente a carga sobre os pneus. Ignorar<br />

este procedimento num veículo que<br />

vai permanecer armazenado durante alguns<br />

meses, aumenta o risco de achatamento permanente<br />

<strong>dos</strong> pneus.<br />

O achatamento também poderá ser percetível<br />

ao iniciar a condução de um veículo que<br />

permaneceu imobilizado durante alguns dias<br />

ou durante os meses mais frios no inverno<br />

se o veículo tiver sido estacionado durante<br />

a noite. Contudo, geralmente este tipo de<br />

achatamento desaparece após alguns quilómetros<br />

de condução.<br />

Normalmente, durante o dia, a temperatura<br />

ambiente mais quente e a utilização mais frequente<br />

do veículo não permitem a formação<br />

de achatamento. Contudo, sempre que um<br />

veículo é submetido a intervenções relacionadas<br />

com a condução (rotação <strong>dos</strong> pneus,<br />

equilibragem, diagnóstico de perturbações<br />

na condução), o veículo deverá ser conduzido<br />

durante 10 a 15 km imediatamente antes de<br />

ser elevado na oficina, de modo a evitar que<br />

um achatamento temporário impeça a deteção,<br />

o isolamento e a correção da origem<br />

da perturbação na condução.<br />

E, por fim, o achatamento <strong>dos</strong> pneus também<br />

será percetível no início de cada sessão<br />

numa escola de condução, num track day de<br />

um evento ou numa corrida. Sempre que<br />

o automóvel volta à boxe, o veículo deverá<br />

ser elevado do solo imediatamente para<br />

impedir a formação de achatamento (isto<br />

também permitirá que o automóvel tenha<br />

uma condução mais estável no início de cada<br />

sessão no circuito). Este procedimento também<br />

permite a limpeza de detritos <strong>dos</strong> pneus<br />

quentes enquanto são inspeciona<strong>dos</strong> quanto<br />

a furos ou cortes. Se observarmos uma equipa<br />

de competição profissional numa prova de<br />

automóveis, veremos que retiram sempre<br />

os pneus de corrida imediatamente após a<br />

paragem na boxe no final de uma sessão (caso<br />

pretendam continuar a utilizar os pneus).<br />

w PNEUS COM ACHATAMENTO DEVIDO<br />

A BLOQUEIO DOS TRAVÕES/DERRAPAGEM<br />

Já reparou que durante uma travagem de<br />

emergência numa reta a pressão exercida<br />

pelo condutor no pedal do travão pode ser<br />

tão intensa que os travões bloqueiam levando<br />

o veículo a derrapar?<br />

As travagens de emergência em veículos<br />

não equipa<strong>dos</strong> com sistema de travagem<br />

antibloqueio (ABS) têm tipicamente dois efeitos<br />

secundários constantes: marcas longas<br />

de derrapagem no pavimento e pneus com<br />

achatamento permanente, uma vez que os<br />

pisos são sacrifica<strong>dos</strong> para assegurar a paragem<br />

do veículo.<br />

O bloqueio <strong>dos</strong> travões resulta em perda do<br />

controlo direcional do veículo e em distâncias<br />

de travagem mais prolongadas. Por conseguinte,<br />

os condutores deverão evitar sempre<br />

este tipo de travagem. Contudo, as circunstâncias<br />

inesperadas do momento poderão<br />

excluir outras alternativas. E é, claramente,<br />

menos dispendioso substituir um conjunto<br />

de pneus do que pagar a reparação de danos<br />

provoca<strong>dos</strong> por uma colisão numa oficina.<br />

Outra causa de achatamento nos pneus está<br />

ligada a derrapagens laterais ou a inversões<br />

bruscas do sentido de marcha do veículo. Se<br />

os pneus não estiverem a rolar, o movimento<br />

lateral da fricção do pneu contra o pavimento<br />

irá resultar em achatamento. Uma travagem<br />

com os travões bloquea<strong>dos</strong> dará origem a<br />

uma zona de achatamento no piso que tornará<br />

o pneu irreparável.<br />

w TRAVAGEM EM VEÍCULOS<br />

NÃO EQUIPADOS COM ABS<br />

A travagem no limite é uma técnica de condução<br />

de alto desempenho que permite ao<br />

condutor abrandar o veículo até à velocidade<br />

ideal, pressionando o travão apenas<br />

o suficiente para manter os pneus no limite<br />

da tração antes de começarem a derrapar.<br />

Impedir que os pneus derrapem de forma<br />

descontrolada na estrada reduz as distâncias<br />

de travagem e ajuda o condutor a manter o<br />

controlo direcional, além de diminuir a percentagem<br />

de fricção entre o piso e a estrada.<br />

Em caso de deteção de bloqueio de travagem,<br />

diminuir ligeiramente a pressão no pedal do<br />

travão e/ou bombear os travões irá ajudar o<br />

condutor a recuperar o controlo direcional.<br />

w SISTEMA DE TRAVAGEM ANTIBLOQUEIO (ABS)<br />

Ao intervir automaticamente para impedir<br />

o bloqueio <strong>dos</strong> pneus e para evitar uma<br />

derrapagem descontrolada, o sistema de<br />

travagem antibloqueio (ABS) permite que<br />

os pneus mantenham contacto com a estrada<br />

enquanto rolam durante a travagem.<br />

O ABS protege os pneus da formação de<br />

achatamento ao bombear, repetidamente,<br />

os travões com uma rapidez humanamente<br />

inatingível. Além de reduzir os danos nos<br />

pneus, o ABS proporciona melhor controlo do<br />

veículo e, geralmente, diminui as distâncias<br />

de travagem em estradas com piso escorregadio.<br />

Em caso de travagem de emergência,<br />

ao conduzir um veículo equipado com ABS,<br />

é normal sentir uma vibração no pedal do<br />

travão. Os condutores nunca devem bombear<br />

os travões e devem manter uma pressão firme<br />

no pedal até o veículo parar completamente.<br />

Um sistema ABS a funcionar corretamente<br />

irá impedir a formação de achatamento. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 57


Técnica<br />

Rotação de pneus<br />

Quando deve a rotação<br />

de pneus ser realizada?<br />

Os pneus devem ser alvo de manutenção periódica seguindo os padrões<br />

de rotação indica<strong>dos</strong> no manual do proprietário do veículo ou de acordo<br />

com o convencionado pela indústria<br />

Utilizar a rotação <strong>dos</strong> pneus como<br />

medida de manutenção preventiva<br />

permitirá equilibrar os índices<br />

de desgaste entre a dianteira e a<br />

traseira e entre as laterais, aumentando, simultaneamente,<br />

a qualidade do desgaste<br />

e o ruído padrão. Quaisquer diferenças na<br />

profundidade do piso entre a dianteira e a<br />

traseira que possam ser encontradas imediatamente<br />

após a rotação de pneus com<br />

intervalos de 5.000 a 8.000 km, não afetarão<br />

o equilíbrio em aquaplaning do veículo e<br />

não deverão impedir a rotação de pneus.<br />

Nesse sentido, quaisquer diferenças nos<br />

índices de desgaste serão, na verdade, um<br />

indicativo de que a rotação de pneus deve<br />

ser realizada com maior frequência.<br />

Quando efetuada de acordo com os perío<strong>dos</strong><br />

recomenda<strong>dos</strong>, a rotação de pneus permite<br />

manter o equilíbrio da manobrabilidade e<br />

da tração, bem como nivelar o desgaste <strong>dos</strong><br />

pneus. A rotação de pneus pode, inclusivamente,<br />

proporcionar vantagens ao nível do<br />

desempenho.<br />

A rotação pode ser vantajosa de várias formas.<br />

Quando realizada de acordo com os<br />

perío<strong>dos</strong> recomenda<strong>dos</strong>, permite manter o<br />

equilíbrio da manobrabilidade e da tração,<br />

assim como nivelar o desgaste <strong>dos</strong> pneus.<br />

A rotação de pneus pode até proporcionar<br />

vantagens ao nível do desempenho.<br />

w QUANDO DEVE A ROTAÇÃO<br />

DE PNEUS SER REALIZADA?<br />

É recomendável que a rotação <strong>dos</strong> pneus<br />

seja realizada a cada 5.000 a 8.000 km,<br />

caso não evidenciem sinais de desgaste.<br />

A rotação de pneus pode, geralmente, ser<br />

efetuada de acordo com os intervalos de<br />

58 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017


mudança de óleo enquanto o veículo não<br />

está no solo. Esta poderá ser, também, uma<br />

boa altura para equilibrar os pneus caso o<br />

veículo evidencie alguma vibração. É ainda<br />

uma boa oportunidade para inspecionar<br />

os pneus quanto a danos, remover pedras<br />

ou detritos do piso do pneu, assim como<br />

verificar se existe desgaste desigual analisando<br />

a profundidade do piso <strong>dos</strong> pneus e,<br />

naturalmente, verificar a sua pressão.<br />

A rotação de pneus ajuda a nivelar o desgaste<br />

<strong>dos</strong> pneus, permitindo que cada pneu<br />

seja utilizado no maior número de posições<br />

possível no veículo. Não esquecer que a rotação<br />

de pneus não corrige problemas de<br />

desgaste resultantes de peças mecânicas<br />

com desgaste ou de pressões de enchimento<br />

incorretas.<br />

Embora os veículos sejam tipicamente<br />

equipa<strong>dos</strong> com quatro pneus, normalmente<br />

os pneus no eixo dianteiro têm de<br />

desempenhar funções muito diferentes daquelas<br />

que estão confiadas aos pneus do<br />

eixo traseiro. As funções a desempenhar<br />

por um veículo com tração dianteira são,<br />

consideravelmente, diferentes daquelas<br />

exigidas a um veículo com tração traseira.<br />

O desgaste <strong>dos</strong> pneus verificado num veículo<br />

desportivo é, geralmente, mais acentuado<br />

do que numa berlina familiar. Cada posição<br />

do pneu pode provocar diferentes índices<br />

e tipos de desgaste.<br />

É vantajoso que os quatro pneus tenham<br />

um desgaste uniforme, porque, à medida<br />

que o desgaste reduz a profundidade do<br />

piso <strong>dos</strong> pneus, os quatro vão responder<br />

mais rapidamente às manobras do condutor,<br />

mantendo a manobrabilidade e ajudando<br />

a aumentar a tração <strong>dos</strong> pneus em curva.<br />

Se os pneus tiverem um desgaste uniforme,<br />

o condutor poderá comprar um conjunto de<br />

pneus sem ser forçado a comprar pares. Ao<br />

substituir os pneus em conjuntos de quatro,<br />

irá manter o equilíbrio de comportamento<br />

original. Além do mais, as marcas introduzem,<br />

constantemente, novos pneus, com<br />

melhorias ao nível do desempenho relativamente<br />

aos produtos anteriores. Aos<br />

substituir os seus pneus em conjuntos de<br />

quatro, estará a experimentar a tecnologia<br />

de hoje, em vez de ser forçado a acompanhar<br />

a tecnologia do passado.<br />

w MUDANÇAS SAZONAIS PROPORCIONAM<br />

OPORTUNIDADES PARA ROTAÇÃO DE PNEUS<br />

Para os condutores que vivem nas regiões<br />

mais chuvosas, com neve e que se deparam<br />

com condições invernosas, as mudanças<br />

sazonais que envolvem a colocação e a remoção<br />

<strong>dos</strong> pneus de inverno proporcionam<br />

uma oportunidade para rotação de pneus.<br />

Para condutores que percorram uma média<br />

de 20.000 a 25.000 km por ano, as mudanças<br />

de pneus pré e pós-inverno representam<br />

duas das suas três rotações anuais. Basta-<br />

-lhe fazer a rotação <strong>dos</strong> seus pneus de verão<br />

uma vez mais em julho, para concluir a sua<br />

manutenção preventiva anual.<br />

w QUATRO (4) ROTAÇÃO DE PNEUS<br />

Que padrão de rotação de pneus devemos<br />

seguir? A indústria identificou três padrões<br />

de rotação tradicionais, que abrangem a<br />

maioria <strong>dos</strong> veículos (equipa<strong>dos</strong> com pneus<br />

não direcionais e jantes com a mesma dimensão<br />

e profundidade). Sendo o primeiro o<br />

padrão “Cruzamento para a traseira” (Figura<br />

A); o segundo “Cruzamento para a dianteira”<br />

(Figura C); o terceiro “Padrão em X” (Figura<br />

B). O “Padrão em X” pode ser utilizado como<br />

uma alternativa à figura A ou C.<br />

As tendências atuais no que respeita a pneus<br />

e jantes de alto desempenho tornaram necessária<br />

a criação de dois padrões adicionais<br />

de rotação de pneus.<br />

l O padrão “De trás para a frente” (Figura D)<br />

pode ser utilizado em veículos equipa<strong>dos</strong><br />

com jantes direcionais idênticas e/ou pneus<br />

direcionais idênticos.<br />

l O padrão “Lado-a-Lado” (Figura E) pode ser<br />

utilizado em veículos equipa<strong>dos</strong> com pneus<br />

e jantes não direcionais com dimensões di-<br />

D De trás para a frente<br />

FRENTE<br />

TRÁS<br />

Jantes e pneus<br />

direcionais idênticos<br />

E Lado-a-lado<br />

Jantes e pneus não<br />

direcionais com<br />

dimensões diferentes<br />

A Cruzamento para a traseira<br />

FRENTE<br />

TRÁS<br />

B Padrão em X<br />

FRENTE<br />

TRÁS<br />

C Cruzamento para a dianteira<br />

FRENTE<br />

TRÁS<br />

ferentes no eixo dianteiro e no eixo traseiro.<br />

Se os dois últimos padrões de rotação não<br />

proporcionarem um desgaste uniforme, será<br />

necessário desmontar, montar e reequilibrar<br />

para proceder à rotação de pneus.<br />

Em veículos que utilizam pneus e jantes<br />

direcionais com dimensões diferentes e/<br />

ou jantes com profundidades diferentes<br />

na dianteira e na traseira, será necessário<br />

desmontar, montar e reequilibrar para proceder<br />

à rotação de pneus.<br />

Veículos com tração traseira ou tração às quatro rodas<br />

Veíciulos com tração<br />

dianteira (também pode ser<br />

utilizada a opção B)<br />

w CINCO (5) ROTAÇÃO DE PNEUS<br />

Embora muitos veículos estejam equipa<strong>dos</strong><br />

com sobresselentes temporários que<br />

não podem ser incluí<strong>dos</strong> num programa de<br />

rotação de pneus, se as quatro jantes e os<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 59


Técnica<br />

Rotação de pneus<br />

pneus no solo forem idênticos à jante e ao<br />

pneu sobresselente (se forem não direcionais<br />

e não estiverem identifica<strong>dos</strong> para “utilização<br />

temporária”), o sobresselente deverá<br />

ser incluído no padrão de rotação de pneus.<br />

Siga as recomendações do fabricante do<br />

veículo relativamente aos procedimentos de<br />

rotação de pneus ou se estas não estiverem<br />

disponíveis, introduza o sobresselente na<br />

posição traseira à direita em cada rotação.<br />

Coloque na bagageira o pneu que ocuparia<br />

essa posição para que seja utilizado como<br />

sobresselente até à próxima rotação.<br />

l Em automóveis de tração dianteira com<br />

sobresselente de dimensões normais, a<br />

rotação de pneus deve ser realizada de<br />

acordo com o padrão de cruzamento para<br />

a dianteira (Figura F).<br />

l Em automóveis de tração traseira ou tração<br />

às quatro rodas com sobresselente de<br />

dimensões normais, a rotação de pneus deve<br />

ser realizada de acordo com o padrão de<br />

cruzamento para a traseira (Figura G).<br />

Cinco rotações de pneus resultam numa<br />

utilização uniforme, que ajudará a manter<br />

profundidades de piso equivalentes<br />

nos cinco pneus ao longo da vida útil <strong>dos</strong><br />

mesmos. No que respeita a muitos veículos<br />

de tração às quatro rodas (tração integral),<br />

F Cruzamento para a dianteira<br />

FRENTE<br />

TRÁS<br />

Veículos de tração dianteira com sobresselente de<br />

dimensões normais<br />

este procedimento é necessário para evitar a<br />

ocorrência de danos na transmissão devido<br />

a um furo sem seja necessário montar um<br />

pneu sobresselente novo em simultâneo<br />

com três pneus com desgaste parcial nas<br />

restantes posições.<br />

w SEIS (6) ROTAÇÃO DE PNEUS<br />

Em veículos com rodado traseiro duplo e<br />

pneus não direcionais do mesmo tipo e com<br />

G Cruzamento para a traseira<br />

FRENTE<br />

TRÁS<br />

Veículos de tração traseira ou tração às quatro rodas<br />

com sobresselente de dimensões normais<br />

a mesma dimensão em todas as seis posições,<br />

é possível optar por um <strong>dos</strong> seguintes<br />

padrões de rotação (Figuras H e I) tendo em<br />

consideração a sensibilidade do padrão e<br />

do índice de desgaste <strong>dos</strong> roda<strong>dos</strong> traseiros<br />

duplos no que respeita a diferenças significativas<br />

na profundidade do piso dentro de<br />

cada par. Em veículos com pneus de tipos<br />

e/ou dimensões diferentes nos eixos dianteiro<br />

e traseiro, deverá ser utilizado apenas<br />

o padrão de rotação ilustrado na Figura I,<br />

com rotação no eixo lado-a-lado mas não<br />

entre a dianteira e a traseira.<br />

w ROTAÇÃO DE PNEUS COM PREGOS /<br />

PNEUS DE NEVE<br />

Para obter o melhor desempenho possível<br />

no inverno e uma maior vida útil de um conjunto<br />

de pneus com pregos, estes devem ser<br />

roda<strong>dos</strong> periodicamente para que partilhem,<br />

uniformemente, o volume de trabalho do<br />

veículo. A rotação de pneus permite que os<br />

quatro pneus mantenham um índice de desgaste<br />

equivalente ao longo da sua vida útil,<br />

apesar das diferentes exigências sentidas<br />

nas posições direcionais e não direcionais<br />

de um veículo bem como no eixo motor vs<br />

eixo não motor. As profundidades de piso<br />

equivalentes resultantes vão ajudar a equilibrar<br />

os níveis de tração e as características<br />

de manobrabilidade, para além de ajudarem<br />

o condutor a prolongar a vida útil do seu<br />

conjunto de quatro pneus.<br />

Os especialistas recomendam que a rotação<br />

de pneus com pregos seja realizada no início<br />

de cada temporada de inverno ou a cada<br />

6.500 km, conforme o que ocorrer primeiro.<br />

O sentido de rodagem <strong>dos</strong> pneus com pregos<br />

nunca deve ser alterado. Isto pode ser<br />

conseguido através da rotação de pneus<br />

da dianteira para a traseira no mesmo lado<br />

do veículo.<br />

60 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017


Também é permitida a remontagem de<br />

pneus nas jantes com o lado interior para<br />

fora, de modo a que possam ser utiliza<strong>dos</strong><br />

no outro lado do veículo em caso de desgaste<br />

desigual devido ao camber.<br />

H Seis rotação de pneus<br />

FRENTE<br />

I Seis rotação de pneus<br />

FRENTE<br />

w MISTURA DE PNEUS<br />

Regra geral, não deve haver mistura de<br />

pneus em qualquer veículo, exceto se tal<br />

for especificado como aceitável pelo fabricante<br />

do pneu ou do veículo. Os condutores<br />

devem evitar misturar pneus com padrões<br />

de piso, construções internas ou dimensões<br />

diferentes. Devem utilizar pneus idênticos<br />

em todas as posições de pneu do veículo<br />

para manter o melhor controlo e a melhor<br />

estabilidade. Adicionalmente, os condutores<br />

nunca deverão misturar pneus de inverno<br />

com pneus para todas as estações/pneus<br />

de verão, nem misturar pneus Run Flat com<br />

pneus não Run Flat.<br />

Este é um <strong>dos</strong> motivos pelos quais é recomendável<br />

que o desgaste ocorra de forma<br />

simultânea em to<strong>dos</strong> os pneus. É confirmação<br />

de que o design do veículo, as condições<br />

de condução e os hábitos de manutenção<br />

funcionam em conjunto para uniformizar<br />

o desgaste e o desempenho <strong>dos</strong> pneus. É,<br />

também, uma forma de os condutores comprovarem<br />

que rentabilizaram ao máximo os<br />

pneus atuais e permite que escolham um<br />

conjunto de substituição com vista a manter<br />

as capacidades de equipamento original<br />

(OE) <strong>dos</strong> pneus ou a otimizar as qualidades<br />

do veículo, para que este se adapte ainda<br />

melhor às suas necessidades.<br />

Infelizmente, nem sempre é possível conseguir<br />

que o desgaste ocorra de forma simultânea<br />

em to<strong>dos</strong> os pneus. Por vezes, o<br />

design do veículo, a utilização de pneus com<br />

dimensões diferentes nos eixos dianteiro e<br />

TRÁS<br />

traseiro, uma manutenção inadequada e/<br />

ou as condições de condução impedem que<br />

tal aconteça.<br />

Se o desgaste não ocorrer de forma simultânea<br />

em to<strong>dos</strong> os pneus, os condutores são<br />

força<strong>dos</strong> a optar entre comprar um conjunto<br />

de pneus novos (abdicando do valor <strong>dos</strong><br />

dois pneus ainda não totalmente desgasta<strong>dos</strong>)<br />

ou comprar apenas um par de pneus<br />

de substituição. Ainda que a aquisição de<br />

um conjunto de pneus novos seja a melhor<br />

opção, porque permite manter o equilíbrio<br />

de comportamento projetado para o veículo<br />

e recuperar a tração em condições atmosféricas<br />

adversas, é, também, a opção<br />

mais dispendiosa. E embora a compra de<br />

um par de pneus de substituição reduza a<br />

TRÁS<br />

despesa no imediato, esta opção implica<br />

a escolha entre pneus iguais, equivalentes<br />

ou alternativos.<br />

Dos três tipos, a melhor opção é escolher<br />

pneus iguais aos que se encontram no veículo.<br />

Deste modo, estamos a assegurar que<br />

as dimensões físicas, a construção interna,<br />

o desenho e o composto do piso são iguais<br />

aos <strong>dos</strong> pneus a substituir.<br />

A segunda opção é escolher pneus equivalentes<br />

com a mesma categoria de desempenho<br />

e com as mesmas características <strong>dos</strong><br />

originais no que respeita a índice de velocidade,<br />

comportamento e tração. Embora esta<br />

alternativa não seja tão recomendável como<br />

escolher pneus iguais aos que se encontram<br />

no veículo, poderá tornar-se numa opção<br />

necessária quando os pneus originais já<br />

não estiverem disponíveis. A terceira opção,<br />

escolher pneus alternativos, só deverá ser<br />

considerada como uma solução temporária<br />

numa situação de emergência. A utilização<br />

de pneus alternativos de uma categoria de<br />

desempenho diferente com dimensões alternativas<br />

ou índices de velocidade diferentes,<br />

poderá desequilibrar o comportamento do<br />

veículo em condições atmosféricas adversas<br />

ou numa situação de emergência em que<br />

o mesmo seja levado ao limite.<br />

Uma vez que os pneus desempenham um<br />

papel tão importante nas características de<br />

conforto e nas capacidades de manobrabilidade<br />

de to<strong>dos</strong> os veículos, a melhor opção<br />

será conduzir sempre com pneus idênticos<br />

em to<strong>dos</strong> detalhes, incluindo marca, modelo,<br />

dimensões e profundidade de piso restante.<br />

Qualquer outra opção, envolverá sempre<br />

algum tipo de compromisso. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 61


Avaliação obrigatória<br />

Volkswagen Golf GTE<br />

Dupla personalidade<br />

Retocado esteticamente e atualizado no conteúdo, o Volkswagen Golf GTE tem na<br />

tecnologia híbrida plug-in o seu ex-líbris. Com 204 cv de potência máxima combinada,<br />

graças à combinação de um bloco a gasolina com um motor elétrico, este familiar<br />

compacto tanto sabe ser desportivo como extremamente económico<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Das inúmeras versões que estão disponíveis<br />

no novo Golf, uma das<br />

mais evoluídas dá pelo nome de<br />

GTE, sigla que traduz a tecnologia<br />

híbrida plug-in que o desloca. Esta só não é a<br />

proposta com menor impacto ambiental da<br />

gama, porque existe o e-Golf (100% elétrico).<br />

Seja como for, o que é facto é que a Volkswagen<br />

desenvolveu uma nova estratégia<br />

híbrida para o Golf GTE. Em combinação com<br />

o sistema de navegação, o GPS e os da<strong>dos</strong><br />

rodoviários são utiliza<strong>dos</strong> para controlar e<br />

otimizar a utilização de ambos os motores<br />

(gasolina e elétrico), tendo em linha de conta<br />

o trajeto de forma a economizar energia. Por<br />

exemplo, o veículo reconhece a aproximação<br />

a uma cidade e, automaticamente, adota o<br />

modo 100% elétrico antecipadamente (o<br />

Golf GTE está apto a circular com emissões<br />

zero durante um máximo de 50 km).<br />

w IMAGEM SOFISTICADA<br />

A adoção de novos para-choques, novas cavas<br />

das rodas e luzes integralmente em LED,<br />

contribuem para a imagem sofisticada que o<br />

revisto Golf GTE transmite. As vistosas luzes<br />

diurnas e o azul utilizado nas pinças de travão<br />

dianteiras, no interior das óticas da frente, no<br />

friso da grelha e nos logótipos, simbolizam a<br />

sua vocação ambiental. Depois, as duas saídas<br />

de escape unidas, o spoiler traseiro e as jantes<br />

62 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017


“Marseille” de 18” com acabamento brilhante<br />

e em preto, traduzem o carácter desportivo<br />

que este familiar compacto assume se o<br />

condutor quiser usufruir de tudo o que ele<br />

tem para dar. A carroçaria pintada de branco<br />

confere ao Golf GTE um visual imaculado.<br />

No habitáculo, reina a boa qualidade de<br />

construção, o posto de condução ergonómico<br />

e os dispositivos de segurança presentes<br />

em bom número. Espaço disponível para<br />

ocupantes e bagagem, também não falta.<br />

O painel de instrumentos é específico. Dos<br />

dois mostradores existentes, o velocímetro<br />

de carregamento AC para tomada doméstica<br />

e posto público (a entrada de corrente<br />

situa-se no interior do símbolo VW da grelha<br />

dianteira), só para citarmos alguns itens.<br />

w DINÂMICA EXEMPLAR<br />

Tal como as versões GTD, GTI e R, também o<br />

Golf GTE está equipado com Adaptive Chas-<br />

A tomada de carga do Golf GTE encontrase<br />

“escondida” no interior do símbolo da<br />

Volkswagen, na grelha dianteira<br />

situa-se à direita e o indicador do nível de<br />

carga da bateria, bem como o da energia<br />

despendida durante a condução, estão localiza<strong>dos</strong><br />

à esquerda.<br />

Do equipamento de série, fazem parte o volante<br />

de três raios multifunções em couro, as<br />

inserções em “Piano Black” no painel de bordo<br />

do lado do condutor e na consola central, as<br />

aplicações decorativas “Honeycombed Black”<br />

no painel de bordo do lado do passageiro<br />

e na guarnição das portas, os estofos em<br />

tecido no padrão “Clark”, os bancos dianteiros<br />

desportivos com regulação em altura e<br />

lombar, o banco traseiro rebatível, o sensores<br />

de estacionamento dianteiros e traseiros, o<br />

cruise control adaptativo com “Front Assist”<br />

e sistema de reconhecimento de peões, os<br />

retrovisores rebatíveis, o ar condicionado<br />

“Climatronic”, os quatro vidros elétricos, o<br />

travão de estacionamento elétrico e os cabos<br />

sis Control (DCC). Depois, com jantes de 18”<br />

montadas em pneus desportivos, ainda que<br />

a suspensão não exiba um amortecimento<br />

muito firme, a dinâmica é exemplar. Para<br />

mais, sendo as prestações francamente interessantes.<br />

Equipado com caixa automática<br />

de dupla embraiagem com seis velocidades<br />

(DSG), este familiar compacto dispõe de uma<br />

direção corretamente assistida, de uns travões<br />

eficazes e conta com vários mo<strong>dos</strong><br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 63


Avaliação obrigatória<br />

Volkswagen Golf GTE<br />

Bridgestone Potenza S001<br />

Potência com controlo<br />

w O Volkswagen Golf GTE que a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> testou vinha equipado<br />

com Bridgestone Potenza S001, de medida 225/40R18 92Y XL, em ambos<br />

os eixos. O porta-estandarte do fabricante japonês de pneus caracteriza-<br />

-se pelo desenho avançado do seu piso assimétrico, que contribui para o<br />

desempenho desportivo em tempo seco e chuvoso. As ranhuras super-<br />

-oblíquas permitem um escoamento eficaz da água e asseguram a máxima<br />

estabilidade e tração em pisos molha<strong>dos</strong>. Já os blocos do ombro, de elevada<br />

aderência, destinam-se a garantir um ótimo contacto com a estrada,<br />

elevada força de travagem e máxima aderência em curva. Grande parte<br />

da precisão, da aderência, da estabilidade e da eficácia de travagem do<br />

Volkswagen Golf GTE deve-se, sem dúvida, aos pneus Bridgestone Potenza<br />

S001, que podem ser requisita<strong>dos</strong>, também, com tecnologia Run Flat.<br />

de condução. Contudo, tem no sistema<br />

híbrido o seu ex-líbris, que contempla um<br />

motor de quatro cilindros turbocomprimido<br />

com injeção direta de gasolina (1.4 TSI de<br />

150 cv), baterias de iões de Lítio e um motor<br />

elétrico de 75 kW (102 cv), resultando numa<br />

potência máxima combinada de 204 cv.<br />

O funcionamento <strong>dos</strong> dois motores (gasolina<br />

e elétrico) é gerido por uma unidade de controlo.<br />

O motor a gasolina envia movimento<br />

para as rodas e, ao mesmo tempo, faz atuar<br />

um gerador elétrico, cuja energia aciona o<br />

motor elétrico ou é armazenada nas baterias.<br />

O Golf GTE consegue<br />

percorrer até 50<br />

km em modo<br />

100% elétrico. A<br />

potência máxima<br />

combinada (204<br />

cv), é transmitida às<br />

rodas dianteiras por<br />

intermédio de uma<br />

caixa automática de<br />

seis velocidades<br />

MOTOR DE COMBUSTÃO<br />

Tipo<br />

4 cil. em linha, transversal, diant.<br />

Cilindrada (cc) 1395<br />

Diâmetro x curso (mm)<br />

74,5x80,0<br />

Taxa de compressão 10,5:1<br />

Potência máxima (cv/rpm) 150/5000-6000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 250/1500-3500<br />

Distribuição<br />

2 v.e.c., 16 válvulas<br />

Alimentação<br />

injeção direta<br />

Sobrealimentação<br />

turbocompressor + intercooler<br />

MOTOR ELÉTRICO<br />

Tipo<br />

síncrono, magneto permanente<br />

Tensão nominal (V) 345<br />

Potência máxi./binário máx. (kW/Nm) 75/330<br />

RENDIMENTO COMBINADO<br />

Potência máxima combinada (cv) 204<br />

Binário máximo combinado (Nm) 350<br />

BATERIA<br />

Tipo<br />

iões de Lítio<br />

Capacidade (kWh) 8,7<br />

TRANSMISSÃO<br />

Tração<br />

dianteira com ESP<br />

Caixa de velocidades<br />

automática de 6+ma<br />

DIREÇÃO<br />

Tipo<br />

pinhão e cremalheira<br />

Assistência<br />

sim (elétrica)<br />

Diâmetro de viragem (m) 10,9<br />

TRAVÕES<br />

Dianteiros (ø mm)<br />

discos ventila<strong>dos</strong> (n.d.)<br />

Traseiros (ø mm)<br />

discos maciços (n.d.)<br />

ABS<br />

sim, com EBD+BAS<br />

SUSPENSÕES<br />

Dianteira<br />

McPherson<br />

Traseira<br />

Multilink<br />

Barra estabilizadora dianteira/traseira sim/sim<br />

PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />

Velocidade máxima (km/h) 222<br />

0-100 km/h (s) 7,6<br />

CONSUMOS<br />

Consumo combinado (l/100 km) 1,8<br />

Consumo de energia (kWh/100 km) 12,0<br />

Emissões de CO 2<br />

(g/km) 40<br />

Nível de emissões Euro 6<br />

DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />

Comprimento/largura/altura (mm) 4276/1799/1484<br />

Distância entre eixos (mm) 2630<br />

Vias frente/trás (mm) 1549/1521<br />

Capacidade do depósito (l) 40<br />

Capacidade da mala (l) 272 a 1162<br />

Peso (kg) 1615<br />

Relação peso/potência comb. (kg/cv) 7,91<br />

Jantes de série<br />

7 1/2Jx18”<br />

<strong>Pneus</strong> de série 225/40R18<br />

PNEUS DE TESTE<br />

Bridgestone Potenza S001<br />

225/40R18 92Y XL<br />

Preço (s/ despesas) €44.695<br />

Unidade testada €44.695<br />

Imposto Único de Circulação (IUC) €125,81<br />

Sempre que se liga o veículo (desde que as<br />

baterias não se encontrem abaixo de um nível<br />

pré-definido), quando se arranca (desde que<br />

suavemente) ou em descidas longas e pouco<br />

acentuadas, é apenas o motor elétrico que<br />

desloca o Golf GTE. Em situações normais,<br />

ambos os motores estão em funcionamento<br />

e ambos movem o veículo, sendo parte da<br />

energia utilizada para o efeito e outra parte<br />

direcionada para recarregar as baterias. Em<br />

aceleração, ambos os motores estão em funcionamento,<br />

sendo, para além disso, retirada<br />

energia das baterias para fazer mover o motor<br />

elétrico com mais força.<br />

Nas desacelerações e nas travagens (existe,<br />

também, um sistema regenerativo nos<br />

travões), o motor elétrico funciona como<br />

gerador, transformando a energia cinética<br />

das rodas em energia elétrica que é armazenada<br />

nas baterias. Sempre que o Golf GTE<br />

para, como, por exemplo, num semáforo<br />

vermelho, o motor a gasolina é desligado,<br />

ligando-se depois de o veículo ter arrancado<br />

em modo elétrico. ♦<br />

64 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017


Em estrada<br />

Por: Jorge Flores<br />

Mazda MX-5 1.5 Skyactiv-G Soft Top<br />

Arte em movimento<br />

Honda HR-V 1.6 i-DTEC Executive<br />

Resiliência japonesa<br />

w O HR-V é um modelo com uma história já longa nas fileiras<br />

da Honda. Nem sempre tido como uma das referências da<br />

marca japonesa, este SUV compacto tem conseguido, porém,<br />

demonstrar resiliência na forma como se consegue ir<br />

renovando. Esta última evolução do HR-V revela um modelo<br />

maduro e muito seguro das suas qualidades como, porventura,<br />

ainda não conseguira demonstrar até hoje.<br />

Com uma estética despida de grandes rasgos criativos, mas<br />

personalizada e com um ar moderno e atlético, o HR-V goza<br />

ainda de uma habitabilidade invejável no segmento.<br />

À frente, os bancos proporcionam uma posição elevada, o que<br />

favorece a visibilidade. Nos<br />

lugares traseiros, o destaque<br />

vai para o espaço disponível<br />

para as pernas. Mas um <strong>dos</strong><br />

seus principais argumentos<br />

é a modularidade do interior.<br />

Conta, de série, com os designa<strong>dos</strong><br />

Honda Magic Seats,<br />

que permitem o tradicional<br />

rebatimento <strong>dos</strong> bancos traseiros e criar uma superfície plana<br />

na bagageira, possibilitando o encosto <strong>dos</strong> assentos às costas<br />

<strong>dos</strong> bancos. Como resultado, oferece um espaço bastante prático<br />

em altura para o transporte de objetos mais volumosos.<br />

O motor 1.6 i-DTEC, com 120 cv às 4000 rpm e binário máximo<br />

de 300 Nm às 2000 rpm, responde bem aos estímulos do pé<br />

direito, sem obrigar a recorrer demasiado à transmissão manual<br />

de seis velocidades. Uma caixa muito bem escalonada<br />

e precisa, acrescente-se.<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

4 cil. linha Diesel, transv. diant.<br />

Cilindrada (cc) 1597<br />

Potência máxima (cv/rpm) 120/4000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 300/2000<br />

Velocidade máxima (km/h) 192<br />

0-100 km/h (s) 10,5<br />

Consumo comb. (l/100 km) 4,1<br />

Emissões de CO 2<br />

(g/km) 108<br />

Preço €32.830<br />

IUC €125,81<br />

<strong>Pneus</strong> teste Michelin Primacy 3<br />

215/50 R17 91V<br />

w O epíteto de roadster mais vendido do mundo cola-se-lhe<br />

à pele, seja qual for a cor da sua carroçaria ou variante de<br />

capota. O Mazda MX-5 Soft Top, ensaiado nesta edição, mantém<br />

to<strong>dos</strong> os predica<strong>dos</strong> que têm conquistado uma legião de<br />

fãs em todo o planeta. Convida à utilização de demasia<strong>dos</strong><br />

adjetivos e obriga a muita contenção a um jornalista. Mas a<br />

verdade é que se trata de arte em movimento, tal como sugere<br />

o conceito de design Kodo, cuja tradução (livre) significa<br />

“felino à beira do salto”.<br />

Mesmo quando, por debaixo do capot, respira aquele que é<br />

o menos potente <strong>dos</strong> motores da sua gama, o propulsor 1.5<br />

com injeção direta de gasolina, com 131 cv às 7000 rpm e um<br />

binário máximo de 150 Nm às 4800 rpm. Um bloco que recorre à<br />

tecnologia de ponta Skyactiv-G. As respostas do motor são progressivas<br />

e nunca se sente falta<br />

de energia. Nem nas acelerações<br />

nem nas recuperações,<br />

contando com o contributo<br />

de uma caixa manual de seis<br />

velocidades curta, eficiente e<br />

colocada numa posição ideal.<br />

Com o nível de equipamento<br />

Excellence Pack Sport Navi,<br />

pouco falta de essencial ao<br />

emblemático roadster japonês,<br />

mas coloca o preço nos €33.679. Esta unidade dispunha de<br />

kit Eibach (€234,21), escape desportivo (€1.032, 31) e barra<br />

anti-aproximação (€194,64).<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

4 cil. em linha, long., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1496<br />

Potência máxima (cv/rpm) 131/7000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 150/4800<br />

Velocidade máxima (km/h) 204<br />

0-100 km/h (s) 8,3<br />

Consumo combinado (l/100 km) 6,0<br />

Emissões de CO 2<br />

(g/km) 139<br />

Preço €33.679<br />

IUC €154,98<br />

<strong>Pneus</strong> teste<br />

Yokohama Advan Sport V105<br />

195/50R16 88V<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 65


Em estrada<br />

Por: Jorge Flores<br />

Toyota Yaris 1.5 HSD Comfort P. Style<br />

Solução ecológica<br />

Seat Ibiza 1.0 TSI Xcellence<br />

Rosa Mistic<br />

w Pode uma cor marcar, de forma determinante, a diferença num<br />

modelo que prima pela discrição das suas linhas? Pode. Perfeitamente.<br />

Com a carroçaria a ostentar um Rosa Mistic, o Seat Ibiza,<br />

ensaiado pela <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, mostra uma faceta muito mais<br />

descontraída e elegante. Uma questão de atitude que favorece<br />

o conjunto.<br />

O novo Seat Ibiza estreia a nova plataforma MQB do Grupo VW,<br />

característica que lhe permite aumentar a rigidez torsional em<br />

30%. Tal argumento, associado ao facto de o modelo estar mais<br />

largo e ligeiramente mais baixo, proporciona-lhe um maior dinamismo.<br />

A habitabilidade cresceu face ao antecessor: oferece mais<br />

35 mm de espaço para as pernas,<br />

mais 24 mm de largura à<br />

frente e 17 mm na traseira e<br />

mais 42 mm de largura para<br />

os bancos.<br />

A versão de equipamento de<br />

topo, bem servida tecnologicamente<br />

e em matéria de<br />

conforto, é precisamente a<br />

da unidade ensaiada, a XCellence,<br />

onde os acabamentos<br />

são bastante mais “luxuosos”. O motor 1.0 TSI, um pequeno bloco<br />

de três cilindros, com 115 cv de potência, entre as 5000 e as 5500<br />

rpm, e 200 Nm de binário, entre as 2000 e as 2500 rpm, consome,<br />

segundo valores da marca, 4,7 l/100 km em regime combinado.<br />

w A introdução de uma variante híbrida na terceira geração<br />

do Yaris é a prova de que a Toyota leva muito a sério os<br />

avanços tecnológicos associa<strong>dos</strong> ao ambiente. O Yaris 1.5<br />

HSD, com 100 cv de potência, é disso o mais fiel exemplo.<br />

Nesta evolução, de resto, o pequeno modelo nipónico<br />

foi sujeito a alguns tratamentos de beleza. Mais atlético<br />

e dinâmico, ostenta, à frente e atrás, um novo design em<br />

forma de Catamaran, com secções largas a conjugarem, de<br />

forma feliz, com os redesenha<strong>dos</strong> grupos óticos, que, por<br />

sua vez, contam com a nova assinatura luminosa da marca.<br />

No habitáculo, as principais novidades centram-se no ecrã<br />

TFT multifunções, sistema de conectividade Toyota Touch 2<br />

e, no volante, com inserções<br />

em “Piano Black”, além <strong>dos</strong><br />

acabamentos em cromado<br />

a emoldurar os mostradores.<br />

Relativamente a esta versão<br />

1.5 HSD, importa referir que<br />

cumpre, com distinção, os<br />

seus propósitos citadinos.<br />

Incorpora o sistema Driveco,<br />

que permite ao condutor aceder ao seu histórico de condução,<br />

revelando da<strong>dos</strong> como o tempo, a distância percorrida<br />

e as velocidades médias, bem como as percentagens <strong>dos</strong><br />

percursos realiza<strong>dos</strong> em modo 100% elétrico.<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

3 cil. linha, transv. diant.<br />

Cilindrada (cc) 999<br />

Potência máxima (cv/rpm) 115/5000-5500<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 200/200-2500<br />

Velocidade máxima (km/h) 195<br />

0-100 km/h (s) 9,3<br />

Consumo comb. (l/100 km) 4,7<br />

Emissões de CO 2<br />

(g/km) 108<br />

Preço €19.763<br />

IUC €92,05<br />

<strong>Pneus</strong> teste Michelin Primacy 3<br />

215/45R17 91W<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

4 cil. linha + motor elétrico<br />

síncrono de magneto permanente<br />

Cilindrada (cc) 1497<br />

Potência máxima (cv/rpm) 100/4800<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 111/3600-4400<br />

Velocidade máxima (km/h) 165<br />

0-100 km/h (s) 11,8<br />

Consumo comb. (l/100 km) 3,6<br />

Emissões de CO 2<br />

(g/km) 82<br />

Preço €20.727<br />

IUC €125,81<br />

<strong>Pneus</strong> teste<br />

Dunlop SP Fast Response<br />

175/65R15 84H<br />

66 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017


Distribuição multimarca<br />

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