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ENTREVISTAS<br />
Elena Ballista, da Pirelli<br />
Emil Nakov, da Nokian Tyres<br />
A revista n.º 1<br />
<strong>dos</strong> profissionais<br />
revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />
<strong>47</strong><br />
Dezembro 2017<br />
ANO VIII | 5 euros<br />
Volkswagen Golf GTE<br />
Com 204 cv de potência combinada,<br />
tem na tecnologia híbrida o seu ex-líbris<br />
PUB<br />
MARKETING DE PRODUTO<br />
Em busca<br />
da perfeição<br />
Processo de desenvolvimento de<br />
pneus começa com avaliação do mercado<br />
Atualidade A etiqueta <strong>dos</strong> pneus passou<br />
a ser obrigatória há cinco anos. Saiba o que mudou<br />
Valorpneu 15.° Encontro da entidade gestora<br />
reuniu to<strong>dos</strong> os operadores do sistema em Monsaraz
Editorial<br />
Diretor<br />
João Vieira<br />
joao.vieira@apcomunicacao.com<br />
Editor executivo<br />
Bruno Castanheira<br />
bruno.castanheira@apcomunicacao.com<br />
Redação<br />
Jorge Flores<br />
jorge.flores@apcomunicacao.com<br />
Diretor comercial<br />
Mário Carmo<br />
mario.carmo@apcomunicacao.com<br />
Gestor de clientes<br />
Paulo Franco<br />
paulo.franco@apcomunicacao.com<br />
A digitalização<br />
do negócio<br />
O mundo digital tem uma influência fundamental<br />
na forma como o cliente interage com a oficina de<br />
reparação. Temos de estar presentes em múltiplos canais,<br />
independentemente do tempo, lugar, dispositivo ou meio<br />
Imagem<br />
António Valente<br />
Multimédia<br />
Catarina Gomes<br />
Arte<br />
Hélio Falcão<br />
Serviços administrativos<br />
e contabilidade<br />
financeiro@apcomunicacao.com<br />
Periodicidade<br />
Bimestral<br />
Assinaturas<br />
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interdita a utilização ou a reprodução desta<br />
publicação, no seu todo ou em parte, sem a<br />
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DOS PNEUS<br />
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Email: geral@apcomunicacao.com<br />
GPS: 38º45’51.12”N - 9º18’22.61”W<br />
À<br />
medida que as tecnologias de informação<br />
e as comunicações se tornaram<br />
mais acessíveis, a sua utilização pela<br />
sociedade generalizou-se. A digitalização já<br />
está presente em to<strong>dos</strong> os quadrantes da nossa<br />
vida diária e não é domínio exclusivo <strong>dos</strong><br />
jovens. O mundo digital cria novos hábitos e<br />
tendências que tornam a vida mais fácil, mas<br />
obriga alguns negócios a transformarem-se,<br />
como é o caso <strong>dos</strong> pneus. Para se ser mais<br />
competitivo neste setor, é preciso olhar para as<br />
mudanças não como uma ameaça, mas como<br />
uma oportunidade de negócio. E prepararmo-<br />
-nos para tal.<br />
A digitalização não é um objetivo em si, mas<br />
um meio para continuar a ter bons resulta<strong>dos</strong><br />
e os benefícios deseja<strong>dos</strong>. É cada vez mais<br />
necessário estar conectado aos clientes e estabelecer<br />
comunicação fluida, bidirecional e<br />
transparente. Se pensarmos num termo que<br />
defina a sociedade atual, será hiperconectividade.<br />
Graças à Internet, à tecnologia móvel e,<br />
brevemente, à Internet das Coisas (IoT), pessoas,<br />
organizações e objetos vão estar liga<strong>dos</strong><br />
como nunca estiveram antes. O impacto desta<br />
hiperconectividade não se limita a um processo<br />
de compra que liga consumidores a empresas.<br />
Permite, também, uma ligação a outros consumidores<br />
com a capacidade de influenciar a<br />
tomada de decisões.<br />
As possibilidades dessa economia digital<br />
começaram a ser percecionadas nos setores<br />
mais liga<strong>dos</strong> ao consumidor final, como o comércio<br />
eletrónico, os serviços financeiros e as<br />
telecomunicações. Mas essa transformação,<br />
consequência inevitável <strong>dos</strong> hábitos <strong>dos</strong> consumidores,<br />
proporciona pistas para o que vai<br />
acontecer à medida que a penetração digital<br />
se for generalizando. Isso implica ter de operar<br />
num ambiente com o qual não estamos familiariza<strong>dos</strong>,<br />
com a única opção de nos adaptarmos.<br />
O cliente é o centro do nosso negócio. Entender<br />
as suas necessidades e comportamentos é<br />
fundamental para criar a mudança ágil que o<br />
mundo digital exige. A empresa já não serve<br />
o cliente: colabora com ele.<br />
A mera implementação de tecnologia não<br />
produz transformação digital. Esta é conseguida<br />
mudando a organização para aproveitar o<br />
potencial destas tecnologias. A transformação<br />
começa com as pessoas. E, no caso da digital,<br />
na nossa empresa tem de incluir, também, os<br />
nossos funcionários.<br />
Novas formas de trabalhar que confiram autonomia,<br />
transparência, flexibilidade, acesso<br />
a formação permanente. Ter um impacto mais<br />
direto sobre a empresa, participar na tomada<br />
de decisões. É impossível para uma empresa<br />
acompanhar a rápida evolução <strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong><br />
com uma hierarquia excessivamente rígida e<br />
com uma autonomia <strong>dos</strong> funcionários muito<br />
limitada.<br />
É importante ver para além do nosso negócio<br />
e do nosso setor para se perceber onde está a<br />
ocorrer a mudança e como se vai configurando<br />
a paisagem <strong>dos</strong> negócios. No mundo <strong>dos</strong><br />
pneus, é apropriado contar com um plano de<br />
negócios apoiado por visão que aposte no<br />
futuro. É fulcral pensar mais em gerar valor, não<br />
tanto em atividades, bem como assegurar que<br />
to<strong>dos</strong> os pontos de contacto do cliente com a<br />
nossa empresa sejam melhores, mais rápi<strong>dos</strong><br />
e mais eficientes.<br />
E como última reflexão, devemos ter bem presente<br />
que, hoje, as vendas não começam na<br />
receção da nossa oficina, mas sim no Google.<br />
Ter ligação à Internet, um perfil de Facebook<br />
e um tablet para o assessor de serviço não nos<br />
torna numa empresa digital. O fundamental<br />
é transformar uma empresa que se identifica<br />
com o mundo digital, numa empresa digital.<br />
João Vieira<br />
Diretor<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 03
Produto estrela<br />
Bridgestone Battlax Hypersport S21<br />
Pura adrenalina<br />
Eficazes em pisos molha<strong>dos</strong> e secos, os novos S21 são ideais para o segmento<br />
de motos Hypersport. Maior aderência e quilometragem são trunfos<br />
<strong>dos</strong> primeiros pneus a recorrerem à tecnologia Ultimate EYE da Bridgestone<br />
Por: Jorge Flores<br />
Desenha<strong>dos</strong> e desenvolvi<strong>dos</strong> para<br />
o mundo da competição em duas<br />
rodas, em geral, e para o segmento<br />
Hypersport do mercado,<br />
em particular, os pneus Bridgestone Battlax<br />
Hypersport S21 são uma espécie de sonho<br />
tornado realidade para quem procura obter<br />
o rendimento máximo nesta modalidade.<br />
Segundo nota de imprensa do fabricante,<br />
estamos perante uma combinação “perfeita”<br />
entre os modelos S20 EVO, reconheci<strong>dos</strong> já<br />
pela sua enorme eficácia em pisos molha<strong>dos</strong><br />
(virtude ainda mais apurada agora), com<br />
muitas outras competências. Por outras palavras,<br />
as características <strong>dos</strong> novos S21 garantem<br />
não apenas um aumento do rendimento<br />
em pisos secos, como asseguram ainda um<br />
acréscimo em matéria de quilometragem:<br />
mais 36% do que o registo alcançado pelo<br />
modelo antecessor.<br />
Um produto a cheirar a fresco: novo piso,<br />
novo desenho e nova tecnologia. Tudo o<br />
que um pneu necessita para melhorar a<br />
sua aderência, permitindo-lhe, desta forma,<br />
realizar viragens a uma velocidade superior<br />
e com mais confiança. De referir ainda<br />
que, enquanto o pneu da frente (bi-composto)<br />
dispõe de três camadas, o traseiro<br />
(tri-composto), por seu turno, conta com<br />
cinco camadas.<br />
O segredo do desempenho <strong>dos</strong> pneus S21?<br />
Desde logo, pelo facto de se tratar da primeira<br />
camada fabricada pela Bridgestone<br />
recorrendo à inovadora e revolucionária<br />
tecnologia Ultimate EYE. Testada e desenvolvida<br />
pela equipa de Investigação e Desenvolvimento<br />
da Bridgestone, esta nova<br />
tecnologia permite visualizar o comportamento<br />
de contacto de um pneu sob diversas<br />
velocidades e condições. De acordo ainda<br />
com a marca japonesa, esta análise “ajuda<br />
a encontrar as melhores soluções quanto<br />
ao melhor composto, piso, construção e<br />
perfil de pneus”. Além disso, garante uma<br />
distribuição “muito detalhada” da pressão<br />
da superfície de contacto, incluindo a área<br />
de deslizamento a diferentes velocidades,<br />
cargas e ângulos. ♦<br />
04 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017
AF_IMPRENSA_PECAS_EUROREPAR_180X258_RP.indd 1<br />
9/22/17 11:06 AM
Equipamento do mês<br />
Techno Vector 7 Truck<br />
Terceira dimensão<br />
A Lusilectra catapultou as máquinas de alinhar direções para a terceira dimensão.<br />
Com a inovadora Techno Vector 7 Truck, dotada de tecnologia 3D, para veículos<br />
pesa<strong>dos</strong>, a empresa promete revolucionar o setor<br />
Por: Jorge Flores<br />
Uma nova dimensão. O novo equipamento<br />
lançado no mercado pela<br />
Lusilectra, destinado a alinhar direções<br />
com recurso a tecnologia<br />
3D para pesa<strong>dos</strong>, promete revolucionar o<br />
mercado. Responde pelo nome Techno Vector<br />
7 Truck e fez a sua estreia oficial na 7.ª edição<br />
da MECÂNICA, na FIL, tendo suscitado grande<br />
interesse por parte <strong>dos</strong> profissionais que visitaram<br />
o espaço da Lusilectra no certame.<br />
Mas o que tem, afinal, a Techno Vector 7<br />
Truck de tão inovador? A explicação é simples.<br />
Trata-se de uma máquina de alinhar<br />
direções para veículos pesa<strong>dos</strong>, competente<br />
para realizar medições rápidas, precisas e<br />
automaticamente comparadas com as especificações<br />
do fabricante. Vantagens que, por<br />
si só, tornariam o equipamento apetecível.<br />
Mas as virtudes da máquina não se esgotam<br />
nestes argumentos.<br />
w ALTA PRECISÃO<br />
A máquina Techno Vector 7 Truck está equipada<br />
com uma consola para controlo das<br />
medições, duas colunas móveis, equipadas,<br />
por sua vez, com cinco câmaras de alta precisão,<br />
grampos de rodas e respetivos alvos,<br />
contando ainda com dois acessórios para<br />
verificação do alinhamento do chassis.<br />
Características ímpares que permitem a esta<br />
máquina realizar o alinhamento de veículos<br />
pesa<strong>dos</strong> com uma distância entre eixos até<br />
um máximo de 16 metros. Além disso, este<br />
equipamento comercializado pela Lusilectra<br />
permite, também, medir veículos ligeiros<br />
de passageiros.<br />
De modo a facilitar o serviço aos profissionais<br />
do setor, a Techno Vector 7 Truck dispensa,<br />
completamente, os fios, podendo,<br />
por isso, ser utilizada em qualquer local.<br />
Outra das vantagens da máquina decorre<br />
do facto de o software ser de utilização bastante<br />
fácil e intuitiva, muito graças aos seus<br />
indicadores colori<strong>dos</strong> e ao seu programa<br />
3D, o qual permite verificar a posição e os<br />
ângulos de alinhamento das rodas no ecrã.<br />
E em tempo real.<br />
De resto, a simplicidade e a fiabilidade do<br />
equipamento, alia<strong>dos</strong> a um suporte técnico<br />
da Lusilectra, fazem da Techno Vector<br />
7 Truck um equipamento que poderá ser<br />
rentabilizado e operado, inclusivamente, por<br />
utilizadores com pouco experiência neste<br />
tipo de serviços.<br />
Por fim, caso os profissionais assim o pretendam,<br />
por uma questão de comodidade e<br />
rapidez na execução do serviço, existe ainda a<br />
possibilidade de associar e utilizar um tablet. ♦<br />
06 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017
CEDP da ACAP<br />
Atualidade<br />
Dinamizar e promover o setor<br />
A 26 de junho de 2017, foi criada, na ACAP, a CEDP, constituída pelas empresas<br />
que exercem atividade na distribuição de pneus em Portugal. Os objetivos<br />
passam pelo acompanhamento constante e atempado da atividade do setor<br />
Por: João Vieira<br />
Poderão integrar a CEDP as empresas<br />
que sejam associadas da ACAP, que<br />
cumpram as suas obrigações e que<br />
reúnam os requisitos estabeleci<strong>dos</strong><br />
nos Estatutos da ACAP e do regulamento interno<br />
da CEDP. Na génese da constituição da<br />
Comissão Especializada de Distribuidores de<br />
<strong>Pneus</strong>, está o facto de já existirem as Comissões<br />
de Fabricantes e de Retalho, existindo,<br />
até há pouco, uma lacuna na organização<br />
setorial da distribuição de pneus em Portugal.<br />
Constituir um fórum de diálogo e assessoria<br />
informativa e formativa no setor, bem como<br />
dinamizar e promover o mesmo junto do mercado,<br />
opinião pública e entidades públicas<br />
e privadas, são os aspetos mais importantes<br />
que levaram as empresas mais relevantes na<br />
distribuição de pneus em Portugal a constituir<br />
esta comissão no seio da ACAP, sendo esta<br />
um interlocutor privilegiado com credibilidade<br />
e qualificação para analisar os assuntos<br />
que afetam o setor que representa. A CEDP é<br />
composta por empresas que reúnem cumulativamente<br />
os seguintes critérios:<br />
a) Empresas de distribuição de pneus de<br />
direito jurídico português.<br />
b) Empresas com estrutura nacional de distribuição<br />
de pneus em Portugal.<br />
c) Empresas com armazém e distribuição em<br />
todo o território nacional.<br />
Integram a CEDP o máximo de oito elementos<br />
e no mandato de 2017/2018 constam as<br />
seguintes empresas: Aguesport; AB Tyres;<br />
Euro Tyre; José Aniceto & Irmão; Nex Tyres;<br />
RS Contreras; Tiresur.<br />
To<strong>dos</strong> os distribuidores de pneus associa<strong>dos</strong><br />
da ACAP poderão integrar a CEDP, em regime<br />
de rotatividade por ordem alfabética com<br />
referência às suas designações sociais, no<br />
final de cada mandato, desde que exerçam<br />
a atividade de distribuidores de pneus, que<br />
cumpram as suas obrigações e que reúnam<br />
os requisitos estabeleci<strong>dos</strong> nos Estatutos da<br />
ACAP e do regulamento interno da CEDP.<br />
De salientar que a CEDP está representada na<br />
DPAI e, assim, to<strong>dos</strong> os setores (fabricantes,<br />
distribuidores, retalhistas) podem ter uma<br />
visão integrada <strong>dos</strong> problemas e desafios<br />
que se colocam. Um <strong>dos</strong> principais objetivos<br />
defini<strong>dos</strong> como prioritário para o arranque<br />
da comissão foi o de conhecer o mercado de<br />
pneus em Portugal e, em particular, o canal<br />
<strong>dos</strong> distribuidores. Em consonância com as<br />
regras da concorrência e no seio da ACAP,<br />
desenvolver um modelo estatístico da distribuição<br />
de pneus em Portugal. u<br />
QUESTÕES QUE SE COLOCAM NO<br />
SETOR E QUE A CEDP QUER<br />
SABER RESPONDER, SÃO<br />
A MOTIVAÇÃO PARA<br />
A CONSTITUIÇÃO DESTA<br />
COMISSÃO<br />
l Qual o valor do mercado no setor da<br />
distribuição de pneus? Em valor e em<br />
unidades?<br />
l Qual a relevância económica <strong>dos</strong><br />
distribuidores de pneus no mercado?<br />
l Qual o papel que queremos ou podemos ter<br />
no futuro, enquanto distribuidores?<br />
l Qual a importância <strong>dos</strong> grandes operadores<br />
europeus e a nossa capacidade de operar<br />
em Portugal e noutros merca<strong>dos</strong> europeus?<br />
l Os pneus usa<strong>dos</strong> em Portugal:<br />
enquadramento e fiscalização.<br />
l As obrigações legais e o seu cumprimento<br />
em Portugal?<br />
l Segurança e ambiente, bem como os novos<br />
desafios coloca<strong>dos</strong> pela digitalização e<br />
desenvolvimento de novos canais.<br />
Na próxima edição da <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>,<br />
abordaremos estes e outros temas.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 07
Atualidade<br />
Cinco anos<br />
a classificar<br />
A etiqueta <strong>dos</strong> pneus, que é obrigatória desde o dia 1 de novembro de 2012,<br />
destaca as prestações em eficiência e segurança <strong>dos</strong> novos produtos. Todavia,<br />
sofreu algumas alterações, tornando-se cada vez mais criteriosa na classificação<br />
<strong>dos</strong> componentes redon<strong>dos</strong> de borracha<br />
Por: José Silva<br />
A<br />
etiqueta foi lançada no dia 1 de<br />
novembro de 2012 (EC/1222/2009)<br />
para pneus produzi<strong>dos</strong> depois de<br />
1 de junho do mesmo ano. Desde<br />
então, tem feito parte do dia a dia do setor<br />
<strong>dos</strong> pneus, já que a partir dela se podem tomar<br />
algumas decisões em relação à compra<br />
<strong>dos</strong> produtos. Os profissionais desta área conhecem<br />
bem este autocolante. Mas para que<br />
ninguém se esqueça, a etiqueta é promovida<br />
pela UE e colada no piso do pneu, fornecendo<br />
informações relacionadas com o ambiente e<br />
a segurança importantes sobre cada modelo.<br />
w ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS<br />
A etiqueta ajuda a comparar pneus nos<br />
domínios da aderência em piso molhado,<br />
eficiência de combustível e nível de ruído. A<br />
sua interpretação não é complexa e to<strong>dos</strong> os<br />
estu<strong>dos</strong> realiza<strong>dos</strong> pelos diversos fabricantes<br />
seguem na mesma direção. São ainda poucos<br />
os consumidores que se interessam por<br />
este rótulo. Por isso, não são muitos os que o<br />
têm em consideração quando chega a altura<br />
de comprar pneus. A preocupação de quem<br />
compra tem quase sempre mais a ver com<br />
a questão monetária do que propriamente<br />
com qualquer outro aspeto. É, também, por<br />
causa deste facto (não se verifica apenas<br />
em Portugal), que a União Europeia tem<br />
vindo a evoluir a etiqueta ao longo destes<br />
cinco anos de vida, celebra<strong>dos</strong> no passado<br />
dia 1 de novembro, numa tentativa de criar<br />
maiores restrições à venda de pneus com<br />
pouca qualidade oriun<strong>dos</strong> de várias zonas<br />
do globo fora da Europa.<br />
Numa fase inicial, até 2014, a etiqueta contemplou<br />
a análise de apenas três critérios<br />
relaciona<strong>dos</strong> com os pneus: resistência ao<br />
rolamento, distância de travagem em piso<br />
08 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017
Etiqueta <strong>dos</strong> pneus<br />
molhado e nível de ruído exterior (medido<br />
em decibéis). A primeira alteração ocorreu<br />
em novembro de 2014, dois anos depois da<br />
estreia. Desde essa data que está proibida a<br />
comercialização de pneus que exibam a letra<br />
“G” no critério poupança de combustível ou<br />
a letra “F” no que diga respeito à distância<br />
de travagem em piso molhado. A legislação<br />
referia ainda que os pneus produzi<strong>dos</strong> antes<br />
dessa data podiam ser vendi<strong>dos</strong> durante<br />
um período de 30 meses a contar do dia 1<br />
de novembro de 2014.<br />
Assim, a partir de maio de 2017, a venda<br />
de pneus para veículos ligeiros e SUV que<br />
ostentem essas classificações nos critérios<br />
acima menciona<strong>dos</strong>, está proibida na Europa.<br />
Todavia, esta medida não será aplicada<br />
aos pneus de inverno que ostentem a letra<br />
“F” no parâmetro da travagem em piso molhado<br />
e ainda a alguns pneus de inverno<br />
com a letra “G” no caso da economia de<br />
combustível, podendo estes continuar a ser<br />
vendi<strong>dos</strong> (em Portugal não fará grande diferença,<br />
até porque não temos expressão nem<br />
tradição em pneus de inverno). Em 2016,<br />
houve alterações no que concerne ao ruído<br />
do pneu, nomeadamente com a questão<br />
<strong>dos</strong> decibéis (ver caixa, ao lado).<br />
Fique a saber que os melhores pneus são aqueles<br />
que obtêm as classificações de “A” a “C”,<br />
quer na resistência ao rolamento, quer na travagem.<br />
Abaixo da letra “E”, posicionam-se os<br />
pneus pouco recomendáveis. Para frisar a importância<br />
deste autocolante colocado no piso,<br />
mostramos-lhe como é simples e básica a sua<br />
interpretação.<br />
1.° aspeto: consumo<br />
Metade da etiqueta do lado esquerdo. Neste<br />
item, é avaliada a resistência ao rolamento,<br />
critério que está relacionado com o consumo<br />
de combustível diretamente imputável ao pneu.<br />
Ou seja, se percorrer uma média de 15 mil km<br />
por ano e tiver um pneu de categoria “G” (a pior<br />
classificação), gastará mais de 22 litros de combustível<br />
face a um pneu com classificação “A”.<br />
A – Pneu ideal/referência<br />
B – Consome + 0,10 l/100 km<br />
C – Consome + 0,12 l/100 km<br />
D – escalão não atribuído<br />
E – Consome + 0,14 l/100 km<br />
F – Consome + 0,15 l/100 km<br />
G – Consome + 0,15 l/100 km<br />
2.° aspeto: travagem<br />
Metade da etiqueta do lado direito. Num teste<br />
a 80 km/h, os pneus são classifica<strong>dos</strong> em<br />
cinco classes de eficiência, consoante a sua<br />
capacidade de travagem em piso molhado. Por<br />
determinação de Bruxelas, as letras “D” e “G”<br />
não são atribuídas para tornar a diferença entre<br />
pneus de maior qualidade (letras “A” a “C”) e de<br />
COMO INTERPRETÁ-LA?<br />
pior qualidade (letras “E” a “F”) mais percetível<br />
ao consumidor final.<br />
3.° aspeto: nível de ruído<br />
Zona inferior da etiqueta. Além de referir o ruído<br />
emitido pelo pneu, a etiqueta dispõe de um pictograma<br />
com três ondas sonoras. Quanto menos<br />
ondas estiverem pintadas de preto, mais silencioso<br />
é o pneu. Quase to<strong>dos</strong> os pneus à venda<br />
apresentam duas ondas pintadas na etiqueta.<br />
Para os fabricantes, o critério do ruído é o de menor<br />
importância, defendendo que teria sido preferível<br />
que a etiqueta tivesse outros parâmetros,<br />
como a longevidade ou a performance.<br />
Uma onda pintada – + de 3 dB abaixo do limite<br />
legal<br />
Duas ondas pintadas – entre 0 a 3 dB abaixo<br />
do limite legal<br />
Três ondas pintadas – acima do limite legal<br />
(não permitido desde junho de 2016)<br />
PORTUGUESES<br />
NÃO DÃO IMPORTÂNCIA<br />
A Continental elaborou um estudo sobre a importância<br />
que os portugueses dão à etiqueta na<br />
hora de comprar pneus. Se quando se compra<br />
eletrodomésticos já se vai observando a etiqueta<br />
energética, no caso <strong>dos</strong> pneus essa preocupação<br />
é quase... nula. Cerca de 91% <strong>dos</strong> peritos<br />
é da opinião de que a etiqueta não é levada<br />
em linha de conta pelos automobilistas quando<br />
chega a altura de adquirir pneus novos. Nove<br />
em cada 10 peritos consulta<strong>dos</strong> pela Continental<br />
referem que a etiqueta é totalmente ignorada<br />
pelos consumidores nacionais. São apenas 8 a<br />
9% os clientes que lhe atribuem importância.<br />
w FUTURO EM SEGURANÇA<br />
O que pressupõem, então, estas alterações<br />
para os consumidores? Fabricantes e casas de<br />
pneus devem respeitar as novas exigências.<br />
Todavia, no momento de adquirir pneus de<br />
verão, aqueles que os portugueses compram<br />
habitualmente, é recomendável comprovar<br />
que eles tenham, no mínimo, a letra “E” no<br />
caso da travagem em piso molhado e a letra<br />
“F” no parâmetro economia de combustível.<br />
Contudo, o hábito de olhar para a etiqueta<br />
continua a não existir e poderão ser adquiri<strong>dos</strong><br />
pneus com padrões de teste muito baixos,<br />
tornando-se, até certo ponto, perigosos.<br />
Que futuro se pode esperar para a etiqueta?<br />
No seguimento da evolução que tem vindo a<br />
ser realizada neste autocolante, a Comissão<br />
Europeia vai alterar os valores mínimos da<br />
resistência ao rolamento. Assim, a partir do<br />
próximo dia 1 de novembro de 2018, será<br />
proibida a comercialização de pneus de verão<br />
destina<strong>dos</strong> a veículos ligeiros e SUV avalia<strong>dos</strong><br />
com a letra “F” ou inferior no que diz respeito<br />
à resistência ao rolamento. No que concerne<br />
os pneus de inverno, também para veículos<br />
ligeiros e SUV esta proibição apenas vai afetar<br />
os pneus com a letra “G” na resistência ao<br />
rolamento. A proibição definitiva entrará em<br />
vigor no dia 1 de maio de 2020, uma vez que<br />
a Comissão Europeia voltou a estabelecer um<br />
período de mais 30 meses durante o qual os<br />
pneus produzi<strong>dos</strong> antes da modificação da<br />
lei podem ser comercializa<strong>dos</strong>.<br />
As alterações serão sempre neste sentido:<br />
restringir os pneus de qualidade inferior,<br />
abrindo um espaço temporal para escoar algumas<br />
unidades já produzidas. Desta forma,<br />
pode alterar-se o sentido da compra, até<br />
porque, se não existirem à venda pneus de<br />
classificação tão baixa, estes não poderão<br />
ser compra<strong>dos</strong>. O consumidor gastará mais<br />
dinheiro, é certo, mas verá o seu nível de<br />
segurança aumentar. E como a segurança<br />
não tem preço...u<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 09
Destaque<br />
Rumo à perfeição<br />
Antes de começar o complexo processo de desenvolvimento <strong>dos</strong> pneus, o qual<br />
pode demorar três anos ou mais, a equipa responsável pelo marketing de produto<br />
avalia o consumidor e as necessidades <strong>dos</strong> clientes no segmento correspondente<br />
Leva-se a cabo uma extensa investigação<br />
de mercado em toda a Europa<br />
que visa definir as expectativas específicas<br />
<strong>dos</strong> consumidores, identificar<br />
as suas preferências através <strong>dos</strong> diversos<br />
merca<strong>dos</strong> e antever as tendências futuras.<br />
Os peritos analistas de mercado estudam,<br />
constantemente, a indústria do automóvel<br />
para identificar qualquer oportunidade para<br />
novos produtos. Uma equipa de engenheiros<br />
trabalha em estreita colaboração com to<strong>dos</strong><br />
os principais fabricantes de automóveis, incluindo<br />
os veículos ligeiros e comerciais, para<br />
avaliar e definir as necessidades de futuros<br />
modelos para criar um produto que se adeque,<br />
pontualmente, às especificações exatas.<br />
Também existem diversos requisitos reguladores<br />
estabeleci<strong>dos</strong> a nível mundial, na<br />
União Europeia e, algumas vezes, dentro do<br />
próprio país, que devem ser considera<strong>dos</strong><br />
durante o desenvolvimento <strong>dos</strong> pneus. Os<br />
técnicos de desenvolvimento de produto<br />
também têm em conta os critérios <strong>dos</strong> testes<br />
de pneus realiza<strong>dos</strong> pelas revistas do setor<br />
automóvel e pelos clubes de automóveis,<br />
porque a sua avaliação tem uma grande<br />
influência na escolha <strong>dos</strong> consumidores.<br />
O objetivo desta primeira etapa é estabelecer<br />
metas de prestações específicas para o novo<br />
produto. Cada tipo de pneu será centrado nas<br />
diferentes características de funcionamento,<br />
como a eficiência do carburante, aderência<br />
em piso seco e molhado, a sua resistência<br />
ao aquaplaning ou estabilidade a alta velocidade,<br />
entre outros.<br />
Normalmente, a equipa de marketing de<br />
produto oferece à equipa de I+D até 15<br />
objetivos de prestações diferentes, através<br />
da gama de pneus de máximo rendimento.<br />
Durante o processo de desenvolvimento,<br />
são considera<strong>dos</strong> mais de 50 critérios para<br />
desenvolver um pneu novo.<br />
w O PAPEL DOS PROJETISTAS<br />
Os projetistas estão presentes desde o conceito<br />
inicial, aquando do desenvolvimento,<br />
até à comunicação visual do produto final.<br />
Existem dois tipos de projetistas de pneus<br />
que fazem parte do processo de desenvolvimento<br />
do pneu. O projetista criativo, que<br />
se centra no aspeto da banda de rodagem<br />
e das paredes laterais; o projetista técnico,<br />
focado, exclusivamente, nos efeitos de desempenho<br />
de um desenho específico. O projetista<br />
criativo tem em conta as expectativas<br />
do consumidor, da marca, as necessidades<br />
do produto e os aspetos estéticos em geral.<br />
O projetista técnico é o responsável pelo<br />
desenho da banda que, com to<strong>dos</strong> os seus<br />
blocos, sulcos e canais, tem um impacto di-<br />
10 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017
Processo de desenvolvimento de pneus<br />
reto nos critérios de desempenho, como a<br />
aderência, a resistência ao aquaplaning, o<br />
manuseamento e os níveis de ruído.<br />
O desenho pode marcar a diferença na escolha<br />
do cliente entre um ou outro pneu,<br />
fator que acontece de forma mais acentuada<br />
no caso de marcas premium, pneus de altas<br />
prestações, pneus de tuning e de competição.<br />
Para que um desenho tenha sucesso, deve<br />
oferecer as seguintes vantagens:<br />
l Desenho técnico funcional:<br />
O desenho vem a seguir à funcionalidade.<br />
O rendimento do pneu é o critério mais<br />
importante e, portanto, o desenho tem de<br />
ser funcional e contribuir de modo eficaz na<br />
consecução <strong>dos</strong> objetivos globais das prestações<br />
do pneu. Para cada pneu projetado,<br />
existem diferentes objetivos de prestações.<br />
l Comunicação de prestações reforçada:<br />
Um desenho que reforce a perceção de um<br />
bom funcionamento no que diz respeito à<br />
sua aplicação, adiciona pontos na mente do<br />
consumidor. Um pneu de inverno pode expressar<br />
na sua aparência a forma como adere<br />
à neve e um pneu de baixa resistência pode<br />
representar eficiência e ecologia.<br />
l Perceção da qualidade melhorada:<br />
Um produto de primeira qualidade necessita<br />
de um desenho homogéneo, englobando o<br />
produto no seu conjunto e um maior nível de<br />
detalhes no desenho da banda de rodagem<br />
do pneu. O desenho e os seus detalhes desempenham<br />
um papel chave na aparência<br />
final do produto e definem o que o cliente<br />
capta e sente em relação a um produto.<br />
l Diferenciação incrementada do produto:<br />
Serão aplica<strong>dos</strong> desenhos e diferentes características<br />
nos produtos das várias marcas,<br />
que irão circular ao nível da comunicações e<br />
marketing, de forma a assegurar uma imagem<br />
coerente entre os produtos da mesma marca.<br />
w A ESTRUTURA: REFORÇO E ESTABILIDADE<br />
SÃO OS ASPETOS CHAVE<br />
A estrutura de um pneu é fundamental no<br />
que respeita às suas prestações e existem<br />
muitas variações determinantes no processo<br />
de fabricação. Isso implica o uso de vários<br />
compostos diferentes e materiais de reforço,<br />
tais como o aço, o poliéster ou aramida.<br />
Presentemente, os radiais são os pneus<br />
fabrica<strong>dos</strong> a nível global, se bem que os<br />
diagonais continuam a ser fabrica<strong>dos</strong> para<br />
determinadas aplicações. No fabrico de<br />
um pneu radial, utilizam-se cabos de aço<br />
entrelaça<strong>dos</strong> que se estendem através do<br />
pneu, de modo a que os cabos fiquem instala<strong>dos</strong>,<br />
aproximadamente, em ângulo reto<br />
relativamente à linha central da banda de<br />
rodagem e paralelos entre si. As vantagens<br />
desta estrutura incluem o prolongamento<br />
da vida da banda, melhor controlo e níveis<br />
mais baixos de resistência à rodagem. E,<br />
desta forma, maior economia em termos<br />
de consumo de combustível.<br />
O processo de fabrico da carcaça é muito<br />
importante no que respeita às prestações<br />
globais do pneu, já que pode afetar muitas<br />
das características de rendimento, incluindo<br />
o equilíbrio do pneu, a sua força à alta velocidade<br />
e nas curvas, a aderência, a carga<br />
e a resistência à rodagem, a distância de<br />
travagem e o desgaste do piso.<br />
Um objetivo fundamental de um engenheiro<br />
de produto, nomeadamente um construtor<br />
de pneus, é conseguir uma área de banda<br />
ampla e uniforme em contacto com a superfície<br />
da estrada. Para tal, o engenheiro<br />
analisa a pegada do pneu, a área em contacto<br />
com a estrada. Quanto maior for a área de<br />
contacto e mais uniforme a distribuição da<br />
pressão do pneu, melhor será a tração e as<br />
prestações de utilização.<br />
As variações na fabricação da carcaça<br />
também podem ser utilizadas para ajudar<br />
a conseguir um pneu com características<br />
exclusivas que o situem numa posição muito<br />
superior, como a tecnologia Run Flat, que utiliza<br />
paredes laterais reforçadas para suportar<br />
o pneu no caso de perda total da pressão.<br />
w O COMPOSTO E A ARTE DA MISTURA<br />
A criação do composto de um pneu consiste<br />
em reunir to<strong>dos</strong> os ingredientes requeri<strong>dos</strong><br />
para misturar um lote de composto de borracha.<br />
Cada componente dispõe de uma<br />
POLÍTICA DE QUALIDADE<br />
E O CLIENTE<br />
Para garantir pneus com a máxima qualidade<br />
em cada unidade produzida, são necessárias<br />
verificações constantes do equipamento e <strong>dos</strong><br />
produtos, em todas as fases de fabrico.<br />
Esta é a razão pela qual cada elemento da<br />
equipa está sempre em busca da qualidade,<br />
ou seja, <strong>dos</strong> progressos e melhoramentos que<br />
tornem possível produzir melhores produtos,<br />
pelo menor custo possível e fornecido no momento<br />
certo.<br />
A satisfação do cliente deve ser uma preocupação<br />
constante, porque é o consumidor que<br />
avalia o produto de uma marca, fazendo depender<br />
o sucesso da empresa fabricante do<br />
seu ponto de vista.<br />
Verificações depois da cura - Destinam-se<br />
a garantir que o produto que vai ser entregue<br />
ao cliente está de acordo com os padrões<br />
da marca. Estas verificações são efetuadas<br />
visualmente e pelo tato. Através de amostragens<br />
ou regras estatísticas são determina<strong>dos</strong><br />
os exemplares que serão submeti<strong>dos</strong> a<br />
exame de raios-X, radioscopia, arquitetura e<br />
uniformidade. Estes testes são efetua<strong>dos</strong> para<br />
separar os defeitos, de modo que cada pneu<br />
possa ir parar ao lugar certo e o fabricante ser<br />
informado diariamente <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> e anomalias<br />
verificadas.<br />
Exame radioscópico - Serve para detetar problemas<br />
de qualidade fora da especificação <strong>dos</strong><br />
constituintes do pneu ou a presença de objetos<br />
metálicos estranhos, invisíveis do exterior.<br />
Exame radiográfico - Chapas de raios-X permitem<br />
verificar a posição e a condição <strong>dos</strong><br />
componentes metálicos do pneu. Também<br />
permite classificar melhor os defeitos de qualidade<br />
deteta<strong>dos</strong> por radioscopia.<br />
Exame visual e táctil - O objetivo é determinar<br />
defeitos visíveis, como bolhas de ar, rugas,<br />
corpos estranhos, deformações, fissuras,<br />
problemas de vulcanização, posicionamentos<br />
incorretos, etc.<br />
Verificação da uniformidade - Pretende detetar<br />
problemas de fabrico que possam ter impacto<br />
no conforto ou na condução, podendo<br />
ser de três tipos: peso, forma e rigidez. Este<br />
teste é assegurado por um simulador de rolamento,<br />
sendo verifica<strong>dos</strong> os seguintes parâmetros:<br />
desequilíbrio, desvios dinâmicos,<br />
variações radiais e desvio radial, entre outros.<br />
Exame estrutural - Verifica-se a conformidade<br />
do pneu produzido com o projeto definido<br />
no plano teórico, assim como o posicionamento<br />
<strong>dos</strong> componentes e a regularidade da<br />
produção. u<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 11
Destaque<br />
Processo de desenvolvimento de pneus<br />
mistura diferente de ingredientes de acordo<br />
com as propriedades necessárias para esse<br />
componente. Pode-se comparar a um chef<br />
que mistura os ingredientes de uma receita<br />
de modo que as variações subtis na mistura<br />
<strong>dos</strong> mesmos podem levar a resulta<strong>dos</strong> muito<br />
diferentes.<br />
Todas as áreas chave do pneu contêm diferentes<br />
compostos, cada um deles diferentes<br />
ingredientes. Por exemplo, para manter o<br />
ar de um pneu, a camada interior utiliza diferentes<br />
compostos na parede lateral para<br />
a estabilidade e diferentes compostos na<br />
banda de rodagem para outras características,<br />
como a aderência e o manuseamento.<br />
Um pneu de automóvel ligeiro é fabricado<br />
com até 25 componentes diferentes e contém<br />
mais de 15 compostos diferentes. Um<br />
engenheiro utiliza mais de 100 materiais<br />
diferentes para desenvolver os seus compostos.<br />
A mistura é o processo de transformar os<br />
ingredientes numa substância homogénea<br />
através de um trabalho mecânico. Podem<br />
ser necessárias até sete etapas para garantir<br />
que os ingredientes sejam incorpora<strong>dos</strong> na<br />
ordem desejada.<br />
Existem diferentes tipos de ingredientes para<br />
compostos, que incluem borrachas naturais<br />
e sintéticas para proporcionar elasticidade e<br />
aderência: o negro de carbono, que constitui<br />
uma alta percentagem do composto de<br />
borracha, conferindo reforço e resistência à<br />
abrasão e enxofre para cruzar as moléculas<br />
de borracha durante o processo de vulcanização.<br />
Nos pneus de alto rendimento, utiliza-<br />
-se a sílica em vez do negro de carbono para<br />
conseguir uma baixa resistência à rodagem<br />
e uma excelente aderência em superfícies<br />
molhadas.<br />
Os ingredientes do composto utiliza<strong>dos</strong> e a<br />
forma como são mistura<strong>dos</strong>, têm um grande<br />
impacto nas prestações de um pneu. O uso<br />
de ingredientes de primeira qualidade e a<br />
seleção <strong>dos</strong> melhores compostos e misturas<br />
são os aspetos que situam os fabricantes de<br />
pneus premium longe <strong>dos</strong> seus concorrentes<br />
mais baratos.<br />
w FABRICAR O PROTÓTIPO<br />
Assim que os componentes, compostos, materiais<br />
específicos e o desenho da banda de<br />
rodagem forem defini<strong>dos</strong>, inicia-se a fabricação<br />
<strong>dos</strong> pneus protótipo para poderem ser<br />
testa<strong>dos</strong> nos laboratórios de ensaio e nos<br />
veículos. A equipa trabalha em estreita colaboração<br />
com o departamento de avaliação<br />
de pneus, para que os protótipos possam ser<br />
testa<strong>dos</strong> num amplo programa de testes e<br />
os resulta<strong>dos</strong> possam ser envia<strong>dos</strong> de volta<br />
à equipa de I+D.<br />
Existem diferentes formas de fabricar um<br />
pneu protótipo para teste. O desenho da<br />
banda de rodagem pode ser efetuado com<br />
laser diretamente dentro do pneu protótipo<br />
fabricado que, nesta etapa, dispõe, literalmente,<br />
uma superfície de banda de rodagem<br />
escorregadia. Esta tecnologia permite aos<br />
engenheiros fabricar um pneu que se destina<br />
apenas ao teste sem ter de fabricar um<br />
molde completo, cujo processo é complexo<br />
e caro. Numa etapa mais avançada do processo<br />
de desenvolvimento, fabrica-se um<br />
molde que permite à equipa testar o novo<br />
pneu em toda a sua extensão.<br />
Os pneus protótipo são feitos à mão e fabrica<strong>dos</strong><br />
em instalações onde o produtor<br />
de pneus se certifica de que os diferentes<br />
componentes do pneu são fabrica<strong>dos</strong> de<br />
acordo com as especificações recebidas da<br />
equipa de Investigação e Desenvolvimento.<br />
Os componentes são monta<strong>dos</strong> num tambor<br />
com uma ordem específica e ajustes<br />
predefini<strong>dos</strong>. O produto final deste processo<br />
é denominado pneu verde, referindo-se ao<br />
seu estado sem vulcanizar. Este pneu verde é<br />
vulcanizado num molde específico, instalado<br />
numa vulcanizadora. Depois, o pneu vulcanizado<br />
é inspecionado a fundo e enviado<br />
para o departamento de testes.<br />
w INDUSTRIALIZAÇÃO E FABRICO<br />
O processo de industrialização visa a criação<br />
de infraestruturas de produção, processos<br />
e equipas para garantir o sucesso do lançamento<br />
de um novo produto, a nível de<br />
produção em massa.<br />
Uma vez estabeleci<strong>dos</strong> os objetivos iniciais<br />
de marketing e a fase de verificação do<br />
protótipo completa, o produto inicia uma<br />
fase de extrapolação de linha. As novas<br />
especificações são aplicadas a toda a carteira<br />
de tamanhos e na fábrica são leva<strong>dos</strong><br />
a cabo testes individuais de qualificação.<br />
Para uma marca premium a operar num<br />
mercado global, supõe a definição, estandardização<br />
e implantação <strong>dos</strong> processos<br />
de fabricação necessários para a produção<br />
desse pneu, em particular em cada fábrica<br />
com os mesmos standards de qualidade,<br />
oferecendo as mesmas prestações ao consumidor<br />
final, tanto na região da Europa, como<br />
no Médio Oriente ou África. Os responsáveis<br />
pela planificação enfrentam o desafio diário<br />
de antever e planear a quantidade, os tipos<br />
e os tamanhos requeri<strong>dos</strong> pelo mercado.<br />
Uma vez finalizado o processo, os pneus<br />
passam por uma série de inspeções e testes<br />
a fim de se verificar o cumprimento <strong>dos</strong><br />
standards de qualidade estabeleci<strong>dos</strong>.<br />
Além das certificações de qualidade, os fabricantes<br />
investem nos eleva<strong>dos</strong> standards<br />
ambientais, quer a nível local, quer global,<br />
otimizando o uso da energia em todas as<br />
suas instalações, reduzindo o uso de materiais<br />
e limitando o impacto ambiental global<br />
<strong>dos</strong> seus produtos. u<br />
Fonte: Goodyear<br />
12 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017
Avaliação do pneu<br />
O EXEMPLO DA GOODYEAR<br />
PUB<br />
Mais de 270 pilotos de testes da Goodyear, juntamente com engenheiros<br />
e técnicos de 12 diferentes nacionalidades, percorrem mais de 100<br />
milhões de quilómetros to<strong>dos</strong> os anos, certificando-se de que os pneus<br />
estão a ser testa<strong>dos</strong> de um extremo ao outro do planeta durante as 24<br />
horas do dia. Os testes constituem uma atividade importante para a<br />
empresa, testando mais de 70.000 pneus por ano nos seus laboratórios<br />
com pistas de testes e nas estradas. Na Europa, a Goodyear é proprietária<br />
de três pistas de testes com instalações específicas para levar ao<br />
limite o desempenho <strong>dos</strong> pneus, situadas em França, Alemanha e Luxemburgo.<br />
Mais de 500 veículos são utiliza<strong>dos</strong> to<strong>dos</strong> os anos para levar<br />
a cabo os testes de pneus.<br />
Durante a fase de desenvolvimento do produto, os pneus da companhia<br />
são submeti<strong>dos</strong> a testes rigorosos, quer nos tambores de laboratório<br />
quer na pista. Enquanto a nova etiqueta europeia de pneus tem em<br />
conta três critérios - resistência à rodagem, aderência em piso molhado<br />
e ruído exterior - a Goodyear testa mais de 50 critérios diferentes<br />
num pneu. Isto inclui quer os testes legalmente estabeleci<strong>dos</strong>, quer<br />
muitos outros específicos da Goodyear: testes de travagem e controlo,<br />
seja em superfícies molhadas ou em superfícies secas, aquaplaning<br />
em linha reta e nas curvas, conforto e estabilidade a alta velocidade e<br />
testes de ruído quer em pista quer em laboratório de som muito sofisticado,<br />
entre outras provas. A resistência à rodagem, o desgaste da<br />
banda e outros testes são realiza<strong>dos</strong> também em condições controladas<br />
no laboratório.<br />
Os pneus para necessidades específicas exigem testes adicionais,<br />
como no caso <strong>dos</strong> testes <strong>dos</strong> pneus de inverno na neve, chuva com<br />
neve e em gelo, que são leva<strong>dos</strong> a cabo com temperaturas muito baixas<br />
nas instalações da Finlândia, Suécia, Suíça e Nova Zelândia. Estes testes<br />
específicos são desenvolvi<strong>dos</strong> visando ser utiliza<strong>dos</strong>, também, nos<br />
pneus comerciais, pneus para camiões e pneus agrícolas.<br />
As pistas e instalações da Goodyear em Mireval oferecem numerosas<br />
possibilidades para a realização de testes específicos de pneus. Projetada<br />
originalmente como um circuito de corridas, Mireval é caracterizada<br />
por contar com umas instalações de ponta, incluindo um circuito de<br />
condução em seco de 3,3 km de extensão, um circuito de alta tecnologia<br />
de condução em piso molhado de 1,7 km de comprimento e um<br />
grande circuito circular para os testes de aquaplaning em curva.<br />
To<strong>dos</strong> os resulta<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> testes de pneus são comunica<strong>dos</strong> à equipa de<br />
I+D, que tratará de melhorar as áreas específicas salientadas pelo departamento<br />
de avaliação <strong>dos</strong> pneus. A encomenda de um novo protótipo<br />
de pneu e o processo de teste poderia começar de novo. Pondo à<br />
prova o comportamento <strong>dos</strong> produtos quer em condições controladas<br />
no laboratório quer em terrenos de teste e estradas, a Goodyear pode<br />
conceber pneus com umas prestações equilibradas em to<strong>dos</strong> os critérios<br />
de rendimento importantes. u<br />
A LONG WAY<br />
TOGETHER<br />
A vasta carteira de produtos da BKT inclui<br />
gamas de pneus específicos, na vanguarda,<br />
para atender os pedi<strong>dos</strong> mais exigentes em<br />
múltiplos campos, tais como a agricultura,<br />
a construção e o OTR, bem como aplicações<br />
de transporte e agroindustriais.<br />
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Salão<br />
Veja o vídeo em www.revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />
Batalha à parte<br />
A MECÂNICA 2017 desceu à capital para a sua sétima edição. Mais de 25 mil<br />
visitantes e 170 expositores marcaram presença num evento, onde distribuidores<br />
de pneus e de equipamentos travaram uma batalha à parte<br />
Por: Jorge Flores<br />
A<br />
Batalha desceu a Lisboa para reunir<br />
o aftermarket nacional, naquela<br />
que foi a primeira edição da ME-<br />
CÂNICA – Salão do Equipamento<br />
Oficinal, Peças, Mecânica, Lubrificantes, Componentes<br />
e Acessórios para veículos ligeiros<br />
e pesa<strong>dos</strong>, na Feira Internacional de Lisboa<br />
(FIL). Um evento que, na sua sétima edição,<br />
“ultrapassou as melhores expectativas”, conforme<br />
sublinhou José Frazão. O diretor-geral<br />
da ExpoSalão salientou ainda que a mudança<br />
para a capital foi muito bem acolhida por<br />
expositores e visitantes”, tendo sido, por isso,<br />
“uma aposta ganha”.<br />
Os números da feira apontam para a presença<br />
de mais de 25 mil visitantes profissionais e<br />
170 expositores. Entre estes últimos, a presença<br />
do setor <strong>dos</strong> pneus foi categórica. Os<br />
distribuidores de pneus e de equipamentos<br />
não faltaram à chamada para esta “batalha”<br />
no evento lisboeta.<br />
FEDIMA TYRES – A empresa de Alcobaça<br />
considerou a mudança da Batalha para Lisboa<br />
“benéfica”. Carlos Marques, responsável da<br />
empresa, gostaria que a MECÂNICA conti-<br />
Fedima Tyres<br />
nuasse na Batalha, mas reconheceu que “é<br />
nos centros de decisão que esta deve estar<br />
presente. O salão acaba por ter vantagens<br />
por vir aqui para Lisboa e por decorrer em<br />
simultâneo com o salão automóvel. Há aqui<br />
contactos que não iriam à Batalha”, explicou<br />
Carlos Marques.<br />
Sobre a presença da Fedima Tyres no salão,<br />
salientou que a empresa continua a primar<br />
por ter a “produção mais variada do mundo”,<br />
o que obriga a uma constante “evolução <strong>dos</strong><br />
produtos”. Em destaque, no seu espaço, esteve<br />
o pneu com faixa branca, para veículos<br />
clássicos, “um nicho de mercado” muito interessante<br />
para empresa, que conta com um<br />
importante cliente na Dinamarca. De referir<br />
ainda outro nicho curioso apresentado na FIL.<br />
“Temos um mercado fabuloso: pneus para os<br />
Tuk Tuk de Lisboa. Em exibição, ainda as rodas<br />
brancas, os pneus para SUV, competição,<br />
semi-maciços e a nova gama, de qualidade,<br />
para o mercado de camião”, disse.<br />
S. José <strong>Pneus</strong><br />
S. JOSÉ PNEUS – A S. José <strong>Pneus</strong> apresentou-se<br />
em forma nesta edição da MECÂN-<br />
CIA. Em evidência no espaço da empresa de<br />
Cantanhede, estiveram as novas medidas<br />
nas gamas de pesa<strong>dos</strong> e maciços. Produtos<br />
concebi<strong>dos</strong>, hoje, com uma “qualidade muito<br />
superior”, conforme explicou Luís Aniceto.<br />
Ou seja, a gama BKT está de boa saúde e<br />
recomenda-se. “Até aqui, já eram produtos<br />
bons, mas ainda não eram como queríamos.<br />
14 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017
MECÂNICA 2017<br />
Agora, sim”, afirmou. Em destaque, estiveram<br />
ainda as duas marcas representadas pela<br />
empresa para o segmento de camião: Goodride<br />
e Semperit. De resto, a S. José <strong>Pneus</strong><br />
encontrou na FIL muitos clientes, “especialmente<br />
do Alentejo, que nós visitamos menos,<br />
pela distância. Alguns conhecemos apenas<br />
por telefone. Vieram fazer-nos uma visita e<br />
apresentaram-se”, contou.<br />
Seiça<br />
SEIÇA – Para a Seiça, as expectativas criadas<br />
em torno da MECÂNICA foram alcançadas.<br />
“A divulgação <strong>dos</strong> produtos foi conseguida.<br />
Esperávamos que o salão fosse um pouco<br />
mais virado para os transportadores, para<br />
o camião. Nesse campo, ficou um pouco<br />
aquém. Está muito virado para a mecânica<br />
e para as oficinas. Mas penso que o balanço<br />
final é positivo”, realçou José Lameiro, responsável<br />
da Seiça.<br />
Em termos de produtos apresenta<strong>dos</strong> na<br />
feira, a empresa apostou forte nos pneus de<br />
camião. Muito em particular, nos pneus recauchuta<strong>dos</strong><br />
pela própria Seiça. “No entanto,<br />
a nossa oferta é muito mais ampla”, frisou.<br />
Novidades foram duas. “Um pneu para obras<br />
e outro para longas distâncias, dois produtos<br />
que utilizam compostos especiais e que têm<br />
algumas particularidades, nomeadamente, o<br />
facto de não terem sentido de rotação. São<br />
produtos muito recentes e que, neste momento,<br />
os primeiros da<strong>dos</strong> apontam já para<br />
uma grande performance. Estamos confiantes<br />
que tenham um bom desempenho e uma<br />
boa aceitação”, destacou José Lameiro.<br />
Sobralpneus<br />
SOBRALPNEUS – O balanço da feira foi positivo<br />
para a Sobralpneus. António Eduardo,<br />
responsável da empresa do Carregado, defendeu<br />
que a organização da MECÂNICA “está<br />
de parabéns” pela mudança do evento para<br />
Lisboa. “Foi uma situação nova, mas penso<br />
que foi um sucesso e que há todas as condições<br />
para repetir a experiência no futuro. Há<br />
sempre clientes novos, novas oportunidades<br />
de negócio. Estar aqui potencia estas oportunidades”,<br />
explicou. Em termos de produtos,<br />
as novidades focaram-se em torno de duas<br />
marcas, de enorme importância para a Sobralpneus.<br />
“Produtos novos e mais eficientes<br />
ao nível energético da marca Marshal e as<br />
jantas da marca Alcoa, com novos modelos e<br />
novas dimensões”, realçou António Eduardo.<br />
PNEURAMA – A Pneurama está a comemorar<br />
30 anos de vida e a ocasião não<br />
passou despercebida na MECÂNICA. A<br />
empresa vincou a sua presença de forma<br />
categórica, celebrando a data com os seus<br />
clientes e exibindo “arsenal” de peso. Entre<br />
as novidades, como não podia deixar de ser,<br />
esteve a marca Lassa, a sua bandeira maior<br />
para os setores de turismo, comercial e 4x4.<br />
Produtos que, como explicou Hugo Azevedo,<br />
PUB<br />
www.sjosepneus.com<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 15
Salão MECÂNICA 2017<br />
Pneurama<br />
EQUIPAMENTOS EM FORÇA<br />
Dentro da “batalha” particular <strong>dos</strong> pneus no Salão da MECÂNICA 2017, durante os dias do<br />
evento, as atenções <strong>dos</strong> profissionais do setor estiveram centradas na área <strong>dos</strong> equipamentos,<br />
onde não faltaram empresas a apresentar produtos e novidades relevantes para o mercado<br />
responsável da Pneurama, primam pelo<br />
facto de “fazerem muitos quilómetros” e<br />
de garantirem um bom equilíbrio entre<br />
“segurança e performance”, disse. Ou não<br />
sejam eles construí<strong>dos</strong>, como sublinhou,<br />
com a mais “avançada tecnologia” do<br />
gigante japonês: Bridgestone.<br />
No espaço da Pneurama figuraram ainda<br />
as gamas de pneus maciços Emrald,<br />
Apollo (industriais), Vredestein (turismo;<br />
agrícola) e Cooper Tyre (segmento 4x4).<br />
PNEUS DO ALCAIDE – Para David Laureano,<br />
responsável da <strong>Pneus</strong> do Alcaide, a<br />
mudança da Batalha para Lisboa atribuiu<br />
um “contexto mais nacional” ao evento.<br />
O que se traduziu, na sua opinião, numa<br />
maior afluência e contactos empresariais.<br />
O foco maior da <strong>Pneus</strong> do Alcaide foi o<br />
setor <strong>dos</strong> pesa<strong>dos</strong>, notando David Laureano,<br />
a propósito, a pouca presença de<br />
marcas de camiões. “Trariam mais pessoas<br />
ao nosso setor”. Quanto aos produtos expostos<br />
no seu espaço, alguns <strong>dos</strong> grandes<br />
protagonistas foram os recauchuta<strong>dos</strong>.<br />
“Na parte da recauchutagem, temos toda<br />
a gama principal de pisos, onde somos o<br />
único recauchutador, em Portugal, das<br />
marcas Goodyear e Dunlop. Além disso,<br />
trabalhamos os pneus novos das marcas<br />
do Grupo Goodyear, Bridgestone e outras<br />
marcas. Não estamos fecha<strong>dos</strong>”. Mas não<br />
<strong>Pneus</strong> do Alcaide<br />
só de pesa<strong>dos</strong> vive a empresa. “Também<br />
trabalhamos muito os ligeiros. E estamos<br />
a apostar mais nos serviços integra<strong>dos</strong> na<br />
frota: desde o pneu novo ao recauchutado,<br />
ao serviço de assistência 24 horas<br />
e ao serviço de mobilidade da própria<br />
frota. Estamos muni<strong>dos</strong> dessas capacidades<br />
todas. Conseguimos cobrir aquilo<br />
que são as necessidades de um cliente<br />
a nível de pneus. E é isso que estamos<br />
aqui a mostrar aos clientes”, sublinhou o<br />
responsável. u<br />
Cometil<br />
COMETIL – Com sede e forte ligação a Lisboa,<br />
a Cometil encarou com naturalidade e otimismo<br />
a mudança da MECÂNICA para a capital.<br />
Curiosamente, apesar de estarmos em Lisboa,<br />
temos sido muito visita<strong>dos</strong> por clientes do norte”,<br />
adiantou Pedro Jesus, responsável da Cometil. Em<br />
destaque, no stand da empresa especialista em<br />
equipamentos para pesa<strong>dos</strong>, estive o “conceito<br />
de receção ativa, cada vez com mais testes”,<br />
disse. De resto, a receção ativa com venda de<br />
serviços adicionais é uma área que, apesar de<br />
já ter sido revelada em eventos anteriores, tem<br />
ganho uma enorme preponderância na empresa.<br />
“Existe a máquina de controlo de vibrações da<br />
Hunter, que é uma das novidades deste ano. É<br />
totalmente automática. Ainda mais automática do<br />
que as gerações anteriores”, reforçou.<br />
Conversa de Mãos<br />
CONVERSA DE MÃOS – Fernando Lopes<br />
mostrou-se agradado com a realização da MECÂ-<br />
NICA nos pavilhões da FIL. “Há vários anos que não<br />
se fazia uma feira em Lisboa. É uma oportunidade<br />
para mostrar aquilo que temos, nesta zona do<br />
país. Será vantajoso para a Conversa de Mãos”,<br />
disse. Para mais, o número de visitas de clientes<br />
ao stand, “tanto do continente como das ilhas”<br />
correspondeu às expectativas. A empresa especialista<br />
em equipamentos para pneus trouxe várias<br />
novidades: máquinas de desmontar e de equilibrar,<br />
sendo a marca Sice a grande protagonista.<br />
Eurocofema<br />
EUROCOFEMA – José Costa, responsável<br />
da empresa de Ermesinde, ficou agradado com a<br />
afluência do público, bem como com o interesse<br />
demonstrado pelos profissionais nos produtos. Mas<br />
não deixou de apontar o dedo a alguns aspetos da<br />
organização do certame, nomeadamente, no que<br />
respeita à montagem e desmontagem <strong>dos</strong> stands.<br />
Quanto aos produtos, destaque para a marca Giuliano,<br />
da qual são representantes em Portugal, e<br />
para os elevadores da marca premium OMCN. A<br />
marca própria ECF também marcou presença.<br />
Gonçalteam<br />
GONÇALTEAM – Na Gonçalteam, as luzes<br />
incidiram, sobretudo, na linha de produtos inovadores<br />
na área das máquinas de desmontar pneus,<br />
equipadas com o sistema 100% automático de<br />
desmontagem e montagem. Destaque, também,<br />
para a máquina de equilibrar rodas, um equipamento<br />
que “é um centro de diagnóstico: faz<br />
a deteção da ovalização e o matching. Fizemos<br />
demonstrações com grande sucesso. Depois,<br />
temos as máquinas de alinhar direções, de tecnologia<br />
3D, os macacos de rodas, as máquinas<br />
de desapertar rodas, também da nossa marca<br />
que estamos a relançar novamente: a Vessel”,<br />
sublinhou António Gonçalves, que não esqueceu<br />
a “menina <strong>dos</strong> olhos da Gonçalteam”. A própria<br />
marca Gteam. “Uma marca que, neste último ano,<br />
já está presente em feiras.<br />
Lusilectra<br />
LUSILECTRA – A Lusilectra aproveitou a ME-<br />
CÂNICA para desvendar algumas novidades no<br />
campo do alinhamento de pesa<strong>dos</strong>. “Trouxemos<br />
uma máquina 3D de pesa<strong>dos</strong> e outros produtos<br />
que têm a aplicação de AdBlue”, adiantou António<br />
Garrido, responsável da empresa. Ênfase, neste<br />
espaço, também para a nova “máquina de mudança<br />
<strong>dos</strong> flui<strong>dos</strong> das transmissões automáticas”.<br />
A empresa proporcionou ainda um contacto direto,<br />
aos muitos profissionais presentes, com o resto<br />
<strong>dos</strong> produtos que compõem o seu catálogo. u<br />
16 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017
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Reportagem<br />
Um por to<strong>dos</strong>,<br />
to<strong>dos</strong> por um<br />
ambiente melhor<br />
Monsaraz foi o local escolhido pela Valorpneu para a realização do seu 15.°<br />
Encontro, que reuniu, nos dias 23 e 24 de outubro, cerca de uma centena de<br />
participantes. Além de to<strong>dos</strong> os parceiros da rede, o evento contou com a presença<br />
de Carlos Martins, Secretário de Estado do Ambiente<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Depois do primeiro dia ter ficado<br />
marcado por um passeio de barco<br />
e por um jantar, cujo objetivo foi<br />
promover a confraternização e a<br />
partilha de experiências, os trabalhos arrancaram<br />
na manhã seguinte com o discurso<br />
de boas-vindas de Hélder Pedro. O gerente<br />
da Valorpneu fez uma breve apresentação<br />
da atividade da empresa nos últimos anos e<br />
expôs alguns constrangimentos que dificultam<br />
e causam instabilidade no desempenho<br />
da entidade gestora. Preocupações que se<br />
prendem, essencialmente, com a concessão<br />
da terceira licença da Valorpneu, que se prolonga<br />
desde final de 2013 com prorrogações<br />
sucessivas, e com “algumas exposições do<br />
diploma que, atualmente, é público e que, a<br />
manter-se a redação, apresenta alguns desa-<br />
justes relativamente a este fluxo de resíduo e à<br />
realidade do contexto europeu”, referiu o responsável.<br />
Estes desajustes dizem respeito, por<br />
exemplo, aos objetivos de gestão defini<strong>dos</strong><br />
para a reutilização e recauchutagem de pneus<br />
usa<strong>dos</strong>, mesmo que integra<strong>dos</strong> em conjunto<br />
com a reciclagem, que se revelam demasiado<br />
ambiciosos e geradores de desvios face à realidade<br />
nacional e internacional, traduzindo-<br />
-se este desvio num encargo adicional para<br />
a Valorpneu através do pagamento da TGR<br />
(Taxa de Gestão de Resíduos).<br />
w PROJETO UNILEX<br />
Carlos Martins, Secretário de Estado do<br />
Ambiente, foi a segunda pessoa a usar da<br />
palavra. E começou por felicitar o excelente<br />
trabalho e os resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> pela entidade<br />
gestora ao longo <strong>dos</strong> seus 15 anos de<br />
atividade, revelando-se um “caso de sucesso<br />
em Portugal e até um exemplo para outras<br />
entidades gestoras internacionais que lhe<br />
seguiram os passos”. O responsável anotou<br />
as preocupações da entidade gestora relativamente<br />
a alguns pontos do diploma,<br />
nomeadamente às metas de gestão, mostrando<br />
disponibilidade para, caso seja necessário,<br />
“proceder a alguns ajustes e fazer<br />
uma aproximação bastante mais realista do<br />
que é, hoje, o setor”. Carlos Martins aproveitou<br />
a oportunidade para falar sobre a nova<br />
geração de licenças de fluxos específicos de<br />
resíduos, oriundas do UniLEX, destacando<br />
cinco pontos: privilegiar os valores ambientais;<br />
apostar na sensibilização e comunicação<br />
junto <strong>dos</strong> cidadãos; investir na investigação e<br />
18 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017
15.° Encontro Valorpneu<br />
desenvolvimento; gerir fluxos com eficiência;<br />
reforçar o papel da administração pública<br />
no acompanhamento e gestão da atividade<br />
das entidades.<br />
O Secretário de Estado do Ambiente acabou<br />
por protagonizar o momento mais aguardado<br />
pela Valorpneu e por to<strong>dos</strong> os operadores<br />
do sistema presentes, anunciando<br />
que, “assim que o projeto UniLEX estiver<br />
concluído na Comissão Europeia e a partir<br />
do momento que a concessão da licença<br />
dependa apenas do Estado português, a<br />
licença da Valorpneu será atribuída. O projeto<br />
UniLEX atrasou, mas espera-se que,<br />
até final de 2017, fique fechado, podendo<br />
a licença da Valorpneu ser atribuída logo<br />
no primeiro trimestre de 2018”. O projeto<br />
UniLEX consiste na consolidação da legislação<br />
em matéria de Fluxos Específicos de<br />
Resíduos, a qual deverá ter em consideração<br />
o novo “Pacote Resíduos” no quadro<br />
da estratégia da economia circular e se<br />
encontra em processo de notificação nas<br />
instâncias comunitárias. “Pretende-se, entre<br />
outros aspetos, tratar, de igual forma, o que<br />
é igual, visando a desejável harmonização,<br />
mas garantir e salvaguardar as diferenças e<br />
especificidades de cada fluxo de resíduos,<br />
mantendo, de forma distinta, o que deve ser,<br />
efetivamente, tratado de forma diferente”,<br />
referiu Carlos Martins.<br />
w DOIS PAINÉIS EM DEBATE<br />
O 15.° Encontro prosseguiu num formato<br />
diferente do habitual, mas que se revelou<br />
muito eficaz e produtivo na discussão de<br />
ideias e na tentativa de resolução de problemas<br />
que afetam o setor. Foram promovi<strong>dos</strong><br />
dois painéis. O primeiro, “Atualidade e<br />
Perspetivas no Domínio do Fluxo de <strong>Pneus</strong><br />
Usa<strong>dos</strong>”, moderado por Climénia Silva,<br />
diretora-geral da Valopneu, contou com a<br />
participação de Carla Pinto (DGAE), Mário<br />
Grácio (IGAMAOT) e Mafalda Mota (APA). O<br />
segundo, moderado por Neusa Guerreiro,<br />
gerente da Valorpneu, versou sobre “A Dinâmica<br />
<strong>dos</strong> Operadores da Rede e Tendências<br />
da Indústria do Setor”, tendo Paulo Mesquita<br />
(Lusitano <strong>Pneus</strong>), José Carvalho (Biosafe),<br />
José Gomes (ANIRP), António Pedreiro<br />
(Recipneu), Pedro Barros (Biogoma) e Luís<br />
Realista (AVE) como protagonistas.<br />
No primeiro painel, Carla Pinto (DGAE) referiu<br />
que “numa área de negócio de interesse<br />
público como esta, a nossa intervenção<br />
tem como principal objetivo que as metas<br />
sejam cumpridas de forma eficiente”. Relativamente<br />
ao desafio que a nova geração<br />
de licenças vai impor, Carla Pinto destacou<br />
a obrigatoriedade das entidades gestoras<br />
de planos plurianuais no que diz respeito à<br />
prevenção de produção de resíduos, sensibilização,<br />
comunicação, educação e ainda<br />
investigação e desenvolvimento. “Isto obriga<br />
a que as entidades gestoras tenham uma<br />
estratégia sólida e de continuidade nestes<br />
domínios”, sublinhou. Mafalda Mota (APA)<br />
salientou, por seu turno, dois desafios que<br />
se vão colocar com esta nova geração de<br />
licenças, nomeadamente as Guias Eletrónicas<br />
de Acompanhamento de Resíduos<br />
(e-GAR) e o registo de produtores, ambos<br />
obrigatórios a partir de janeiro de 2018. Já<br />
Mário Grácio (IGAMAOT), referiu que sentiu<br />
dificuldades em identificar situações que não<br />
se encontrassem conforme este fluxo. E que<br />
as que existiam seriam ultrapassadas com<br />
o escoamento do material que tem como<br />
destino a reciclagem.<br />
No segundo painel, foram feitos vários elogios<br />
relativamente ao papel da Valorpneu<br />
enquanto entidade gestora do sistema de<br />
pneus usa<strong>dos</strong>. E foram lança<strong>dos</strong> vários desafios<br />
para potenciar a geração de valor na<br />
rede. Durante o 15.° Encontro, foi ainda atribuído<br />
o Prémio Desempenho de Ponto de<br />
Recolha 2017 à Ecomais, S.A. (Leiria), no valor<br />
de €5.000, por parte de Rui Martins, partner<br />
da Ernst & Young. Seguiu-se a apresentação<br />
<strong>dos</strong> “Desafios da Administração no Âmbito do<br />
SGPU”, a cargo de Inês Diogo, board member<br />
da APA, para, no final, Elisabete Jacinto, sob<br />
o mote “As vitórias do futuro constroem-se<br />
no dia a dia”, ter partilhado a sua experiência<br />
enquanto piloto e ter dado conta da sua<br />
vontade ilimitada de vencer e de superar os<br />
seus limites. u<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 19
Máquinadotempo<br />
Pneurama comemora 30 anos<br />
“Não queremos ser os maiores,<br />
mas os melhores distribuidores”<br />
Presente no mercado há 30 anos, a Pneurama<br />
mantém-se fiel ao princípio de que interessa mais<br />
ser o “melhor” do que o “maior” distribuidor. Nesta<br />
data histórica, a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> fez um balanço da<br />
atividade da empresa com Hugo Azevedo<br />
w PNEUS LASSA SÃO BANDEIRA<br />
Para o responsável da Pneurama, essencial<br />
é a estratégia da empresa. “Arranjamos soluções<br />
para todas as necessidades <strong>dos</strong> clientes.<br />
Através de contactos com fabricantes<br />
internacionais, arranjamos qualquer pneu<br />
que o cliente precise, mesmo o mais difícil”,<br />
sublinhou. Para que não haja confusões de<br />
interpretação, o responsável fez questão de<br />
precisar a premissa da empresa. “Não queremos<br />
ser os maiores, mas os melhores distribuidores<br />
de pneus”.<br />
Sobre o futuro, Hugo Azevedo não tem dúvidas:<br />
“A Lassa é a marca bandeira da Pneurama.<br />
Desde o início de 2017 até setembro,<br />
a Lassa em Portugal teve um crescimento de<br />
30% comparado com o mesmo período de<br />
2016. Números que nos dizem que o trabalho,<br />
que começou em 2014, está a ter o seu<br />
retorno”, apontou. “Depositamos enorme<br />
confiança na qualidade do nosso produto e<br />
sabemos, pelo feedback <strong>dos</strong> nossos clientes,<br />
que já existem muitos consumidores finais<br />
fiéis à marca”.<br />
Por: Jorge Flores<br />
rês décadas cumpridas sobre<br />
a sua fundação, a Pneurama<br />
continua a dar cartas no mercado<br />
de pneus. Prova disso, foi<br />
a vitalidade que evidenciou<br />
na Salão MECÂNICA 2017,<br />
evento que a empresa aproveitou para<br />
celebrar o seu 30.° Aniversário. “O balanço<br />
que fazemos da participação na feira de Lisboa<br />
foi extremamente positivo”, começou<br />
por afirmar Hugo Azevedo, responsável da<br />
empresa e filho de José Azevedo da Mota.<br />
Os objetivos da empresa sediada em Paredes<br />
na feira eram vários. “A celebração<br />
<strong>dos</strong> 30 anos de história da Pneurama. Recebemos,<br />
no nosso stand, muitos clientes<br />
que, ao longo <strong>dos</strong> anos, contribuíram para<br />
o nosso sucesso. No sábado, juntamente<br />
com muitos deles, cantámos os parabéns<br />
à Pneurama, reforçando a nossa ideia de<br />
grande relacionamento com quem confia<br />
em nós. Sentimos que somos to<strong>dos</strong> uma<br />
grande família”, disse Hugo Azevedo.<br />
O filho de José Azevedo da Mota considera<br />
que, ao longo da sua história, a empresa<br />
“criou relações comerciais extremamente<br />
profundas, sempre com exigência máxima<br />
na ética de negócios”, afirmou. Segundo<br />
acrescentou, o facto de se tratar de uma<br />
empresa familiar reflete-se nos estreitos<br />
laços que tem com os clientes. “Gostamos<br />
de pensar que a relação da Pneurama com<br />
os clientes é uma relação de uma grande<br />
família.”, reforçou. “Temos um enorme respeito<br />
pelo negócio <strong>dos</strong> nossos clientes, que<br />
é refletido no facto de darmos exclusividade<br />
geográfica a cada casa de pneus que trabalha<br />
com a Pneurama”, disse. Hugo Azevedo.<br />
Por este motivo, “os nossos objetivos para<br />
2018 passam por manter o crescimento da<br />
marca Lassa em Portugal e por desenvolver<br />
o nosso espaço nos pneus maciços, com a<br />
marca Emrald, nos pneus industriais com<br />
a marca Apollo e nos pneus agrícolas e de<br />
turismo com a marca Vredestein”, adiantou.<br />
A Pneurama opera em todo o território nacional<br />
(incluindo as ilhas) e dispõe de um<br />
“volume sólido” de exportações para países<br />
africanos de língua portuguesa. Também<br />
por aí, além-fronteiras, poderá passar o futuro<br />
da Pneurama. Mas com os pneus bem<br />
assentes no chão. “O volume de negócios<br />
das nossas exportações está dependente<br />
da estabilidade política <strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong> onde<br />
operamos. Por isso, temos uma posição mais<br />
conservadora relativamente a projeções”,<br />
esclareceu Hugo Azevedo. u<br />
20 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017
TRW<br />
SKF<br />
Liqui-Moly<br />
Bomboleo<br />
AleCarPeças | Eurol<br />
Sotinar | Portepim<br />
AS Parts | RS Contreras<br />
Tips4y | Autopeças CAB | WDB<br />
Auto | Japopeças | Wurth | Denso<br />
Auto Peças Maria Pia | Viseldiesel<br />
Bosch Car Multimedia | Japanparts | Leirilis<br />
Motor Portugal | FCV Costa | RPL Clima<br />
Nex Tyres | Trelleborg | Mitas | Nélson Tripa<br />
Peças Land Rover | Enjoy Tyre | FAI Automotive<br />
Santogal Peças Auto Silva Acessórios | Fuchs | KYB | PBS<br />
ZF | YUASA Valvoline | Herth+Buss | Krautli | bilstein group<br />
Nexen Veneporte | Mills | Rodapeças<br />
Solucas | Inter-Tyre | Valorpneu I CASA<br />
Autozitânia | Yokohama | Estúdio Numérico<br />
Top Recâmbios | Neocom | Vieira & Freitas<br />
Polibaterias | Meyle | Spinerg | Shell | FAE | Cometil<br />
Auto Delta | Dispnal | UFI Filters | Tiresur | Upol<br />
Diesel Technic | Metelli | AB Tyres | Schaeffler | Centrauto<br />
Media Service Internacional | Falken | Stand Asla | Avalon<br />
Delphi | Sonicel | Carsistema | Motorbus | Hutchinson | Dayco<br />
Opera | Robert Bosch | WD-40 | Indasa | Altaroda | Astra | Exide | BASF<br />
Interescape | Petronas | Contitech | S. José <strong>Pneus</strong> | Tacofrota | Osram<br />
Grippen Wheels | Domingos & Morgado | PPG | Eurofren | NGK | Alidata | Texa<br />
Apuana | 3M | Impoeste | Sofrapa | Soulima | Continental | ATE | Arsipeças<br />
A.Vieira | Sousa <strong>dos</strong> Radiadores | Olipes | Brandzone | Algarchapa | Perfect Fit<br />
ADIR Viseu | Spanjaard | Fronti | Valeo | Gameroil | Maxolit | Sparke & Sparkes | Coteq<br />
Veicomer | 41 Peças | Pro4matic | Quinta do Monte<br />
Redondo | Tugapneus | Atlantic Parts | Create Business<br />
Escape Forte | Solutions4yb | Vicauto | MGM | GTA Solutions<br />
SNA Europe | Bahco | Pinto da Costa & Costa | Garra Peças<br />
Motormáquina | Macos | Coopertire | Sobralpneus | Olipes | Provmec<br />
Servidiesel | X-Action | Lisparts | Lança & Marques | Angopeças<br />
Filourém | Sobrais | Autoflex | Phaarmpeças | Visoparts | GroupM | Gameroil<br />
Paco Saura | Talosa | PD Auto | Auto Recto | Mastersensor | Rubete | | Crofil<br />
|Viúva Eduardo A. Fernandes | Auto Barros | HBC II | Acessórios Selcar | Quimirégua<br />
Havas Media | Eurorepair | Motrio | BMW | Centrocor | Empilhapeças | Hispanor I Cetrus<br />
Rugempeças | MCD Garcia | RP Auto | Cardinais | Viapesa<strong>dos</strong> | Fersa Bearings | Megameios<br />
Tenneco | Savi elettronica | Prosper Populariry | Mcnur | Gonçalteam | Merpeças | Imporfase<br />
NTN-SNR | Breda Lorett | Europart | Santarém Motor | Autoglass | Fórmula EP3 | ERA SpA | Ohra<br />
Lusilectra | APL Expresso | Tisoauto | MF Pinto | Exposalão | Nipparts | MCoutinho | AZ Auto | Carf<br />
ATEC | Cepra | Sogilub | ACAP | Kikai | Equip Auto | FIG | Wolf oil | Champion | Federal Mogul | MP3 | Gates<br />
Axalta | Jaba Translations | Hella | Mann Filter | Man Trucks | João Paulo Lima | IF4 | ARAN | Fiamm<br />
Centro Zaragoza | Hankkok | Kuhmo e to<strong>dos</strong> os leitores, parceiros e amigos que fizeram de 2017 um ano especial<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 21
Entrevista<br />
Elena Ballista<br />
“Portugal é fundamental na nossa<br />
Com 145 anos de história,<br />
a Pirelli é (re)conhecida<br />
mundialmente pela<br />
qualidade <strong>dos</strong> seus<br />
produtos, por fornecer,<br />
de origem, diversos<br />
fabricantes de automóveis<br />
e pelo envolvimento na<br />
competição. Elena Ballista,<br />
country manager para o<br />
nosso país, afirma que<br />
Portugal é fundamental na<br />
estratégia da marca<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
om mais de 30.000 colaboradores<br />
a nível mundial e um<br />
volume de negócios global<br />
de cinco mil milhões de euros<br />
alcança<strong>dos</strong> em 2016, a Pirelli,<br />
que foi fundada, em Milão, no<br />
ano de 1872, é, hoje, uma marca mundialmente<br />
(re)conhecida pela tecnologia de ponta, pela<br />
excelência da produção e pela paixão que<br />
tem pela inovação, características que simbolizam<br />
fortemente as suas raízes italianas. No<br />
nosso país, a marca está presente, de forma<br />
direta, com uma sucursal da filial ibérica do<br />
grupo. Razões mais do que suficientes para<br />
que tivéssemos entrevistado Elena Ballista,<br />
country manager Portugal da Pirelli.<br />
A Pirelli está presente em Portugal, de forma<br />
direta, há vários anos e tem uma forte implementação<br />
na Península Ibérica. Concorda?<br />
Em absoluto. A Península Ibérica sempre<br />
desempenhou um papel fundamental na<br />
história da multinacional italiana. Espanha<br />
foi, aliás, o primeiro país fora das fronteiras<br />
italianas onde a Pirelli implantou uma fábrica<br />
(de cabos), corria o ano de 1902. A primeira<br />
unidade de produção de pneus fora de Itália<br />
foi a fábrica de Manresa (Espanha), que<br />
abriu em 1924 e permaneceu em atividade<br />
até há nove anos. As instalações foram, recentemente,<br />
convertidas no principal polo<br />
logístico da marca para a Península Ibérica e<br />
num centro de testes para o desenvolvimento<br />
<strong>dos</strong> novos produtos que a Pirelli fornece aos<br />
principais fabricantes de veículos na Europa.<br />
Em Portugal, depois de alguns anos de comercialização<br />
<strong>dos</strong> seus produtos através de um<br />
importador, há 29 anos, a Pirelli estabeleceu<br />
a sua própria organização. Atualmente, está<br />
presente com uma sucursal da filial ibérica<br />
do grupo, que trata da comercialização <strong>dos</strong><br />
produtos da divisão Consumer (pneus de<br />
turismo e de moto) da marca. A estrutura é<br />
composta por cinco comerciais, que cobrem<br />
o território nacional (continente e ilhas), um<br />
Contact Center e uma pessoa responsável<br />
pelas áreas administrativa e financeira, além<br />
de, obviamente, o encarregado da própria<br />
sucursal. Portugal representa 15% do total<br />
22 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017
Country Manager Portugal da Pirelli<br />
estratégia”<br />
Que estratégia tem delineada para o mercado<br />
português?<br />
Em Portugal, a Pirelli confirma o seu posicionamento<br />
de marca premium, apostando<br />
numa oferta que privilegia o máximo em<br />
termos de qualidade e contínua inovação<br />
tecnológica, com um posicionamento de<br />
preço coerente e um reconhecimento por<br />
parte <strong>dos</strong> clientes no que concerne a notoriedade<br />
e rentabilidade que os seus produtos<br />
proporcionam aos profissionais do setor. As<br />
atividades de marketing desenvolvem-se,<br />
sobretudo, no âmbito do trade, acompanham<br />
os nossos clientes na atividade diária no ponto<br />
de venda, com promoções direcionadas para<br />
o consumidor final, reforçando a formação e<br />
a informação do produto. Ao mesmo tempo,<br />
capitalizando o investimento que a marca<br />
efetua a nível internacional: a presença no<br />
mundo da competição, com a Fórmula 1 no<br />
topo, as homologações no equipamento de<br />
origem <strong>dos</strong> mais prestigia<strong>dos</strong> fabricantes<br />
de automóveis (sinal do reconhecimento<br />
de máxima confiança na nossa capacidade<br />
de inovação tecnológica) e o calendário,<br />
mundialmente conhecido como “The Cal”. Em<br />
suma, to<strong>dos</strong> elementos que nos diferenciam<br />
e reafirmam o nosso contínuo investimento<br />
na excelência e na liderança no segmento<br />
<strong>dos</strong> produtos de máxima performance. Além<br />
destas atividades, a Pirelli continua a apoiar os<br />
seus melhores retalhistas através do Programa<br />
Key Point que agrupa alguns <strong>dos</strong> principais<br />
e melhores especialistas do mercado. E não<br />
descartamos, num futuro próximo, dar um<br />
novo passo na direção de aumentar a relação<br />
entre a marca e os retalhistas portugueses,<br />
com a implementação do projeto Driver,<br />
atualmente presente em grande parte da<br />
Europa e que, em Espanha, passa<strong>dos</strong> 20 anos,<br />
conta com quase 200 associa<strong>dos</strong>.<br />
Que análise faz do mercado ibérico de pneus?<br />
Portugal e Espanha parecem seguir tendências<br />
diferentes. No país vizinho, em 2017, o<br />
mercado permanece numa situação estável,<br />
tanto a nível de sell-in como de sell-out, registando<br />
até um ligeiro aumento comparativamente<br />
a 2016. Em Portugal, registamos, que<br />
em sell-in quer em sell-out, uma tendência negativa.<br />
No sell-in a diminuição de vendas afeta<br />
todas os tipos de marcas, desde as premium<br />
às budget (de importação ou de propriedade<br />
<strong>dos</strong> grandes fabricantes). No sell-out, depois<br />
de uma estabilidade verificada nos primeiros<br />
meses do verão, o mercado caiu novamente<br />
e essa tendência regista-se, com maior ou<br />
menor intensidade, em to<strong>dos</strong> os canais. De<br />
momento, não existem elementos que indiquem<br />
que a tendência se inverta neste<br />
último trimestre e, portanto, 2017 não deve<br />
representar o ano da recuperação definitiva<br />
do mercado em Portugal.<br />
Os motivos que estão na base desta dinâmica<br />
relativa são vários. Desde a reduzida<br />
sensibilidade e propensão do consumidor<br />
português para verificar as condições <strong>dos</strong> seus<br />
pneus e, portanto, para trocá-los segundo<br />
a frequência aconselhada, até à situação<br />
climatérica destes últimos meses, passando<br />
por uma conjuntura económica que já mostra<br />
números muito positivos em termos de<br />
Macroeconomia, mas que, no entanto, não<br />
parecem ter correspondência na propensão<br />
ao consumo do público português. Pelo<br />
menos, no setor do pneus. No âmbito do<br />
sell-in, é importante sublinhar que o aumento<br />
de preços ligado ao aumento das matérias-<br />
-primas que o setor tem vivido no primeiro<br />
semestre teve um lógico impacto nas vendas,<br />
embora, nestes últimos meses, se tenha<br />
de faturação da Pirelli na Península Ibérica<br />
e afirma-se como um mercado fundamental<br />
na estratégia da marca, sobretudo tendo em<br />
consideração o peso e a importância que os<br />
especialistas do setor <strong>dos</strong> pneus continuam<br />
a ter no mercado português.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 23
Entrevista<br />
Elena Ballista<br />
aberto uma oportunidade de estabilização<br />
e consolidação de preços.<br />
No setor <strong>dos</strong> pneus pesa<strong>dos</strong>, pensamos<br />
que, este ano, registar-se-á um crescimento<br />
moderado, não alcançando, contudo, os dois<br />
dígitos <strong>dos</strong> anos anteriores, mas mantendo<br />
uma tendência positiva de forma estável,<br />
devido ao bom comportamento das vendas<br />
de pneus de tração e, principalmente, das<br />
vendas para aplicação regional e on/off. O<br />
ritmo de crescimento será maior em Portugal<br />
do que em Espanha.<br />
Apesar de estar especialmente vocacionada<br />
para o primeiro equipamento de veículos<br />
ligeiros, a Pirelli não descura o segmento<br />
<strong>dos</strong> pesa<strong>dos</strong>, certo?<br />
Correto. A Pirelli continua a apostar numa<br />
gama de produtos que dispõe da mais avançada<br />
tecnologia e que acompanha as máximas<br />
exigências de segurança e de desempenho.<br />
A nossa marca coloca um foco especial no<br />
desenvolvimento <strong>dos</strong> pneus homologa<strong>dos</strong><br />
para equipamento de origem <strong>dos</strong> fabricantes<br />
premium e prestige de veículos, estratégia<br />
que abarca a totalidade das famílias de<br />
produtos: P Zero, Cinturato e Scorpion. O<br />
desenvolvimento de um produto deste tipo<br />
pode prolongar-se até três anos e é objeto de<br />
enorme investimento em matéria de investigação.<br />
Ao mesmo tempo, é um catalisador de<br />
toda a experiência adquirida pela marca na<br />
competição, onde fornece pneus para mais<br />
de 300 campeonatos em todo o mundo, nos<br />
quais se inclui a exigente Fórmula 1.<br />
Para veículos pesa<strong>dos</strong>, a nossa atual gama<br />
de pneus foi concebida para satisfazer todas<br />
as necessidades, setores e aplicações<br />
profissionais, de forma a ajudar os clientes<br />
a realizar o seu trabalho com a garantia que<br />
só uma marca premium consegue dar. Para<br />
veículos pesa<strong>dos</strong>, a gama Série 01 da Pirelli<br />
recorre à última geração da tecnologia SATT,<br />
que oferece prestações otimizadas e reduz<br />
o impacto ambiental, ao mesmo tempo que<br />
assegura maior quilometragem e menores<br />
custos de manutenção. Também dispomos da<br />
nossa segunda marca, Fórmula, que combina<br />
os melhores avanços tecnológicos de produção<br />
da Pirelli com uma excelente relação<br />
preço/qualidade.<br />
Que importância têm as novas tecnologias<br />
no negócio <strong>dos</strong> pneus?<br />
As novas tecnologias, como a Internet, que<br />
engloba as plataformas online, estão a transformar<br />
a forma, a modalidade e os timings de<br />
comunicação entre empresas e público. Ao<br />
mesmo tempo, são uma ferramenta muito<br />
poderosa que permite ampliar a notoriedade<br />
e chegar cada dia com mais eficácia ao target<br />
de utilizadores, que são, afinal, os valores<br />
e as características <strong>dos</strong> nossos produtos.<br />
Quando imaginamos estes novos meios de<br />
comunicação em relação às vendas, hoje, é<br />
quase impossível selecionar os canais, dado<br />
que uma marca premium deve estar em to<strong>dos</strong><br />
eles. Se falamos concretamente do B2C, é<br />
verdade que a Pirelli não está diretamente<br />
presente como fabricante, apenas de forma<br />
indireta através das plataformas B2C e <strong>dos</strong><br />
fornecedores que as adotam. O canal B2C<br />
ganhará peso no futuro e não se pode descartar<br />
a sua presença.<br />
Como olha para o futuro do mercado a<br />
médio e longo prazos?<br />
Na Europa, o setor <strong>dos</strong> pneus é um mercado<br />
maduro, onde, nos próximos anos, se prevê<br />
uma diminuição nos volumes da gama mais<br />
standard e um crescimento mais significativo<br />
nos segmentos premium, assim como<br />
uma sub-segmentação <strong>dos</strong> produtos para<br />
responder as características e desempenho<br />
sempre mais específicos <strong>dos</strong> veículos e às<br />
necessidades e utilizações <strong>dos</strong> mesmos por<br />
parte <strong>dos</strong> consumidores. Nomeadamente,<br />
pneus com marcação, pneus “inteligentes/<br />
conecta<strong>dos</strong>” e pneus que incorporam soluções<br />
para uma condução mais segura. Para<br />
responder a um público que necessitará de<br />
24 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017
PUB<br />
um serviço mais profissional e completo, será necessário que<br />
os operadores tenham maior preparação técnica, um ponto de<br />
venda dotado de maquinaria adequada, propor e segmentar a<br />
sua oferta de produtos e serviços com base no conhecimento<br />
<strong>dos</strong> consumidores, obtido com as novas ferramentas (CRM,<br />
redes sociais, comunicação online).<br />
E quanto aos canais de venda, que comentário lhe merece?<br />
Portugal está, também, a desenvolver canais de venda que<br />
são já realidade em alguns merca<strong>dos</strong> europeus e responde à<br />
tendência de diversificação na oferta <strong>dos</strong> pontos de venda,<br />
de aumentar a faturação e a margem nos novos produtos. Os<br />
primeiros foram os concessionários de automóveis, que já representam<br />
uma quota de, aproximativamente, 7% do mercado.<br />
Recentemente, foram adicionadas as oficinas de mecânica, que,<br />
juntamente com as redes de fast fitters e os centros auto, querem<br />
proporcionar ao consumidor uma oferta de manutenção global<br />
do veículo. O que é, sem dúvida, um novo elemento que faz<br />
concorrência aos especialistas de pneus, que diversificaram<br />
a sua atividade e fazem o percurso inverso, ao introduzirem a<br />
mecânica no seus pontos de venda. Como sempre, depois de<br />
uma primeira fase, o mercado encontrará o seu equilíbrio. E os<br />
melhores profissionais, em cada canal, poderão encontrar seu<br />
caminho. A crescente presença das vendas online é residual<br />
no mercado de pneus, pois ainda estão a crescer o número<br />
de plataformas e as páginas que apresentam diretamente as<br />
suas propostas ao consumidor via Internet. No entanto, todas<br />
estas propostas contam com uma rede de pontos de venda<br />
para finalizar a transação comercial. Em alguns casos, são as<br />
mesmas cadeias/redes/grupos que se dirigem ao consumidor<br />
final através das suas próprias páginas web.<br />
Depois existem fabricantes que adquirem plataformas online...<br />
Sem dúvida que as plataformas online estão a alterar a forma<br />
de comercializar pneus, aumentando a visibilidade das ofertas<br />
de vários e diferentes operadores, bem como as possibilidades<br />
<strong>dos</strong> especialistas em adquirir produtos de forma relativamente<br />
direta. A propriedade de uma plataforma pode trazer maior<br />
visibilidade quanto ao posicionamento <strong>dos</strong> produtos e da<br />
marca por parte de diferentes players do mercado e ser um<br />
canal adicional pela comunicação das ofertas comerciais, assim<br />
como uma ferramenta de gestão do fluxo do fornecimento<br />
ao mercado. u<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 25
Entrevista<br />
Emil Nakov<br />
“Prometemos serviço premium<br />
em toda a cadeia de venda”<br />
Chama-se Emil Nakov e é<br />
gestor de desenvolvimento<br />
da Nokian Tyres para a<br />
Península Ibérica. Numa<br />
passagem por Portugal,<br />
para falar com os principais<br />
parceiros da marca<br />
finlandesa no nosso país,<br />
concedeu uma entrevista<br />
exclusiva à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong><br />
<strong>Pneus</strong>, onde revela os<br />
principais problemas que o<br />
setor, atualmente, atravessa<br />
Por: José Silva<br />
<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> convidou<br />
Emil Nakov para uma<br />
entrevista exclusiva sobre<br />
uma das marcas premium<br />
de pneus que mais tem<br />
crescido nos últimos tempos.<br />
O gestor de desenvolvimento<br />
da Nokian Tyres foi afável e não<br />
se negou a responder a nenhuma pergunta.<br />
Nem mesmo às mais polémicas. Tudo para<br />
explicar como uma marca que começou com<br />
pneus de verão e que desenvolveu, mais tarde,<br />
o primeiro pneu de inverno do mundo, volta<br />
a apostar forte nos pneus de verão para conquistar<br />
a Península Ibérica, objetivo que tem<br />
conseguido cumprir. A marca de pneus que<br />
provém da zona mais a norte da Europa quer<br />
promover com os seus produtos a condução<br />
segura em condições extremas, de neve e gelo,<br />
mas, agora, também se quer “virar” para um<br />
<strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong> mais promissores da Europa,<br />
onde os pneus de verão são “reis e senhores”<br />
e dão um nível de lucro bastante positivo.<br />
Para uma marca que emprega 4.000 mil pessoas<br />
em todo o mundo, o legado parece ser<br />
extraordinário e o mercado português uma<br />
surpresa que, provavelmente, nem a marca<br />
imaginaria ser possível. Claro que uma boa<br />
parte deste sucesso passa pelo trabalho da<br />
VTS, empresa lusa que se dedica a distribuir<br />
os pneus da Nokian e cujo retorno tem sido<br />
muito positivo. Até porque, segundo Emil<br />
Nakov, está repleta de profissionais capazes<br />
e que conseguem levar a bom porto to<strong>dos</strong><br />
os projetos nos quais se envolvem. O mesmo<br />
responsável falou ainda das questões que<br />
afetam o mercado <strong>dos</strong> pneus atualmente.<br />
Pode dar-nos uma breve descrição da mais<br />
recente história da Nokian no mercado<br />
português?<br />
É, para mim, um prazer fazer parte do desenvolvimento<br />
da marca Nokian em Portugal.<br />
Estou muito satisfeito pelo facto de termos<br />
conhecido neste país excelentes profissionais,<br />
26 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017
Gestor de Desenvolvimento da Nokian Tyres<br />
que acreditaram nesta marca premium e encontraram<br />
nela valores que estão desejosos de<br />
desenvolver. As boas notícias é que a Nokian<br />
Tyres não é uma marca desconhecida no país.<br />
Ou seja, os anteriores parceiros da Nokian<br />
fizeram um bom trabalho, mas por razões que<br />
agora não vêm ao caso, houve uma interrupção<br />
muito grande no desenvolvimento da marca<br />
em Portugal. Felizmente, investimos muito<br />
e reforçámos toda a organização na Europa.<br />
Portugal, como seria de esperar, faz parte do<br />
plano de desenvolvimento da Nokian.<br />
Como descreve a vossa atual gama de pneus?<br />
Temos uma gama bastante completa de<br />
pneus ligeiros, que vai desde os pneus de<br />
verão, inverno e quatro estações, que é o<br />
Weatherproof. Dentro destas três famílias,<br />
temos inovações, como os pneus com etiqueta<br />
europeia “AA”, os pneus SUV e 4x4 com<br />
tecnologia Aramid nas paredes e o Rockproof,<br />
que é a prova que a Nokian gosta de desafios.<br />
Este pneu foi desenvolvido com o propósito<br />
de resolver os problemas de rebentamentos<br />
que os responsáveis de minas nos EUA e Canadá<br />
tinham nos pneus das viaturas pick-up<br />
que utilizam nesses locais. O Rockproof tem<br />
características únicas, como Aramida nas<br />
paredes, uma tela metálica por baixo do piso<br />
para proteger a carcaça contra perfurações<br />
e o composto de borracha é o mesmo que é<br />
utilizado nos pneus de OTR, ou seja, muito<br />
resistente a cortes e arrancamentos.<br />
Qual a importância do mercado português<br />
para o negócio da Nokian na Península<br />
Ibérica?<br />
É de extrema importância. Até porque Portugal<br />
é um mercado puramente de pneus de<br />
verão. A Nokian é conhecida como sendo<br />
especialista em pneus de inverno, como a<br />
marca que inventou o primeiro pneu de inverno<br />
do mundo. Em 2018, comemoramos<br />
120 anos de existência e, nessa época, quando<br />
começámos esta longa jornada, foi exatamente<br />
como fabricante de pneus de verão. Basicamente,<br />
queremos (e estamos a conseguir)<br />
demonstrar que podemos ser fortes, não<br />
só em merca<strong>dos</strong> com condições de inverno<br />
agressivas, mas, também, em merca<strong>dos</strong> onde<br />
o clima temperado marca presença todo o<br />
ano. Como sabem, já anunciámos a construção<br />
do nosso centro de testes, em Santa Cruz de<br />
la Zarza, província espanhola de Toledo. Este<br />
centro vai suportar o desenvolvimento de<br />
produtos mais adapta<strong>dos</strong> aos merca<strong>dos</strong> do<br />
sul da Europa, onde se encontra Portugal.<br />
Temos muitas ideias que, para já, ainda não<br />
podemos partilhar convosco. E mais um pequeno<br />
detalhe que queria destacar: o nosso<br />
gestor de vendas ibérico é português. O João<br />
Oliveira é um excelente profissional e conhece<br />
o mercado ibérico de A a Z. Temos enorme<br />
confiança na pessoa que vai fazer crescer o<br />
nosso negócio nesta zona da Europa.<br />
Qual é a estratégia comercial e de marketing<br />
da Nokian para o mercado luso?<br />
Bem, fazemos uma abordagem mais específica<br />
e seletiva e escolhemos os nossos<br />
parceiros com extremo cuidado. No mercado<br />
português, temos toda a confiança e apoio<br />
para o desenvolvimento do negócio da Nokian<br />
da parte da empresa VTS, que começou por<br />
ser a distribuidora da marca em Portugal e<br />
que, agora, é um parceiro estratégico para o<br />
nosso sucesso. A estratégia de marketing tem<br />
como foco o conhecimento que o consumidor<br />
tem da marca e os lucros que alcançamos<br />
entre os nossos parceiros leais. Tudo que<br />
referi anteriormente, faz parte daquilo a que<br />
chamamos NAD (Nokian Authorised Dealer).<br />
Queremos colocar a assinatura Nokian Tyres<br />
em algumas lojas e em alguns parceiros de<br />
negócio, até porque queremos beneficiar<br />
imenso desta nossa forma de levar o negócio.<br />
Estamos igualmente a desenvolver um pro-<br />
De um modo geral, quais os fatores, positivos<br />
e negativos, que condicionam o<br />
mercado <strong>dos</strong> pneus na Península Ibérica?<br />
A concorrência está a aumentar e a rentabilidade<br />
no setor <strong>dos</strong> pneus está a cair. Esta<br />
realidade vai alterar o modelo de negócio.<br />
Os intervenientes que quiserem sobreviver<br />
devem concentrar-se mais na qualidade de<br />
produtos e serviços. Por essa razão, algumas<br />
lojas de pneus devem começar a pensar em<br />
aproximar-se <strong>dos</strong> fabricantes ou associaremgrama<br />
de fidelidade, que já está a ser utilizado<br />
nos países nórdicos e nos EUA. Claro que não<br />
podemos utilizar to<strong>dos</strong> os que já usamos, até<br />
porque é preciso adaptá-los ao negócio <strong>dos</strong><br />
vários países que, em muitos casos, como<br />
Portugal, são específicos. Em Portugal, o<br />
sistema NAD vai propor um pacote único<br />
ao cliente, baseado na satisfação e nas garantias.<br />
Para a Nokian Tyres, a satisfação do<br />
parceiro é muito importante. Estando o ele<br />
satisfeito, o cliente também ficará. Prometemos<br />
serviço premium em toda a cadeia de<br />
venda para fazer a diferença num mercado<br />
extremamente concorrido.<br />
Qual a importância das novas tecnologias<br />
e da Internet na comunicação com os vossos<br />
clientes?<br />
As novas tecnologias e a Internet trazem-<br />
-nos, basicamente, novas oportunidades de<br />
negócio. A Internet está repleta de informação<br />
que o consumidor final pode analisar antes<br />
de realizar a compra. Na Internet, as marcas<br />
ganham maior visibilidade, uma vez que a<br />
web oferece ao consumidor uma completa<br />
variedade de produtos, uma comparação de<br />
preços quase imediata, vídeos, recomendações,<br />
comentários e opiniões. A Internet está<br />
para ficar e vamos ter de lidar com ela para<br />
sempre. Por isso, os nossos esforços vão no<br />
sentido de tornar os interfaces e as plataformas<br />
mais fáceis de utilizar, com acesso mais<br />
simples à informação e aumentar o número<br />
de serviços propostos.<br />
Praticamente 70% <strong>dos</strong> nossos clientes da<br />
União Europeia analisam a Internet antes de<br />
avançarem para a compra de qualquer pneu. O<br />
acesso é simples, rápido, dá muita informação<br />
e até serviços. Estes pilares, que a net oferece,<br />
são fundamentais para nós. Também já temos<br />
Emil Nakov,<br />
acompanhado<br />
por João Oliveira,<br />
diretor de vendas<br />
ibérico da Nokian<br />
Tyre<br />
um departamento especial que adapta o<br />
nosso negócio à realidade da digitalização.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 27
Entrevista<br />
Emil Nakov<br />
-se a grandes cadeias de pneus, que podem<br />
oferecer formações, mais serviços e know-how.<br />
Qual a sua visão a médio e longo prazos do<br />
futuro do mercado <strong>dos</strong> pneus na Península<br />
Ibérica e, em particular, no nosso país?<br />
Essa é uma questão de resposta difícil. Há<br />
20 anos, por exemplo, o mercado era completamente<br />
diferente daquilo que é agora.<br />
Todavia, por causa da digitalização, os últimos<br />
20 anos vão passar em 10. Acredito que, em<br />
Portugal, as vendas pela Internet cresçam e<br />
que o preço pelos serviços vá aumentar. Como<br />
atualmente to<strong>dos</strong> os consumidores procuram<br />
preço e encontram pneus em qualquer lado,<br />
criar o pilar lealdade vai ser a chave deste<br />
negócio. Não tenho qualquer dúvida daquilo<br />
que estou a dizer.<br />
E o mercado europeu de pneus? Na sua<br />
opinião, como está a evoluir na Europa<br />
(entre ligeiros e pesa<strong>dos</strong>)?<br />
Esta pergunta tem a ver com tendências<br />
na Europa e é um tópico que nos pode levar<br />
a muitas dicotomias. Abreviando, por<br />
causa da digitalização, a distribuição evoluiu<br />
imenso. Os revendedores têm excelentes soluções<br />
de logística. A concorrência diminuiu<br />
as margens. O mercado não está nada fácil<br />
para os vários players que conhecemos mas,<br />
atualmente, a dificuldade também existe<br />
para os consumidores, porque vai ser preciso<br />
decidir em quem confiar, que marca escolher<br />
e onde comprar. São mais os consumidores<br />
“A ETIQUETA É SÓ<br />
PARA NOS MANTER<br />
LIGADOS À UE”<br />
Quando questionado sobre a importância da<br />
etiqueta <strong>dos</strong> pneus, Emil Nakov respondeu de<br />
uma forma politicamente correta. Até porque é<br />
da opinião que, em pneus de inverno, por exemplo,<br />
aqueles em que a Nokian tem mais tradição,<br />
os níveis de resistência e fiabilidade são<br />
mais eleva<strong>dos</strong> do que os que a etiqueta mostra.<br />
“Nos pneus de verão, faz sentido. Nos de inverno,<br />
nem tanto”. Mas, por fim, acabou por afirmar<br />
que a maioria <strong>dos</strong> clientes procura preço e<br />
não presta muita atenção à etiqueta.<br />
que se focam no preço, deixando de lado<br />
a qualidade. E esta situação depende de<br />
país para país. No negócio <strong>dos</strong> pesa<strong>dos</strong>, são<br />
clientes diferentes, totalmente profissionais,<br />
com muita experiência na área e que sabem<br />
exatamente o que precisam e onde podem<br />
comprar. A turbulência não é tão grande.<br />
Mas, a verdade é essa, a concorrência coloca<br />
o lucro em níveis muito reduzi<strong>dos</strong> e é preciso<br />
saber rentabilizá-la.<br />
Como vê a evolução <strong>dos</strong> canais de venda,<br />
em particular o interesse que as oficinas e<br />
os concessionários de venda de automóveis<br />
estão a demonstrar pelos pneus? Que<br />
oportunidades e que problemas podem<br />
daí advir?<br />
É mais um daqueles temas que varia dependendo<br />
do país. Em merca<strong>dos</strong> mais desenvolvi<strong>dos</strong>,<br />
o canal do concessionário é, por defeito,<br />
gigante. Portanto, em merca<strong>dos</strong> desenvolvi<strong>dos</strong><br />
ou em evolução, trata-se de um canal em<br />
crescimento. O canal <strong>dos</strong> concessionários faz<br />
todo o sentido, na medida em que os pneus<br />
são um componente essencial de substituição<br />
num automóvel, estando diretamente<br />
relaciona<strong>dos</strong> com a segurança. A venda e<br />
troca de pneus é um negócio extra muito<br />
simples e rentável. Não requer equipamento<br />
muito dispendioso. Mas não nos podemos<br />
esquecer da importância que a experiência e<br />
o know-how têm neste negócio. Parece tudo<br />
muito simples, que qualquer oficina ou local<br />
troca e monta pneus novos. Mas não é bem<br />
assim. Especialmente quando os problemas<br />
surgem. Aí, o caso muda de figura e, sem,<br />
experiência tudo se complica.<br />
Em que medida tem o aumento do custo da<br />
matéria-prima afetado o vosso negócio?<br />
O aumento do preço da matéria-prima fez subir<br />
o preço <strong>dos</strong> pneus, é verdade, mas também<br />
criou enorme confusão no mercado durante<br />
algum tempo, pois nem to<strong>dos</strong> os aumentos<br />
anuncia<strong>dos</strong> foram realmente aplica<strong>dos</strong>. Honestamente,<br />
a maioria <strong>dos</strong> fabricantes assumiu<br />
e absorveu esse aumento de preço. O custo<br />
<strong>dos</strong> pneus pode ter subido um pouco, mas<br />
os fabricantes sofreram bastante mais com<br />
isso, até porque o lucro baixou.<br />
Como analisa a aquisição de plataformas<br />
online por parte de alguns fabricantes. Quais<br />
serão os objetivos desta opção?<br />
Esta questão deveria ser colocada aos fabricantes<br />
que fizeram essas aquisições. Mas<br />
dou-lhe a minha opinião, sem qualquer problema.<br />
To<strong>dos</strong> os fabricantes que adquiriram<br />
plataformas online tentam, basicamente,<br />
aprender o funcionamento desse negócio.<br />
Podem analisar o retalho e claro que isso lhes<br />
traz valor de mercado e valor acrescentado.<br />
É da opinião que deverá ser o setor a valorizar<br />
os pneus e a não fomentar guerras<br />
de preços, correndo o risco de canibalizar<br />
produtos? O que é que a marcas premium<br />
podem fazer para tornar o mercado mais<br />
credível?<br />
Eu sou da opinião que a competição é saudável.<br />
A competição fomenta a inovação e o<br />
desenvolvimento de ideias. Os consumidores<br />
gostam de concorrência, porque beneficiam<br />
com isso. Mas os fabricantes devem pensar<br />
na melhor forma de comunicarem as vanta-<br />
28 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017
gens <strong>dos</strong> pneus premium. As diferenças de<br />
preços entre as marcas não dizem tudo aos<br />
consumidores. Normalmente, escolhe-se os<br />
produtos mais baratos. Mas isto não está<br />
apenas relacionado com os fabricantes. As<br />
lojas de pneus também têm um papel muito<br />
importante na forma como os produtos e<br />
as próprias marcas são comunica<strong>dos</strong> ao<br />
consumidor. Por isso, é necessária cada vez<br />
mais formação e nós, Nokian Tyres, investimos<br />
imenso neste aspeto. A longo prazo,<br />
as marcas premium acabam por se tornar<br />
mais baratas para o consumidor. Os pneus<br />
duram mais e a substituição ocorre em intervalos<br />
mais alarga<strong>dos</strong>. O que gastaram num<br />
“NÃO ESTAMOS LIGADOS<br />
A NENHUMA MARCA<br />
DE AUTOMÓVEIS”<br />
A Nokian não é uma marca de pneus OE. Portanto,<br />
nenhuma marca de automóveis equipa<br />
os seus modelos de série com pneus Nokian.<br />
Emil Nakov não acredita que isto possa ser uma<br />
desvantagem, até porque, até à data, a marca<br />
finlandesa tem sabido sobreviver desta forma,<br />
a equipar automóveis no aftermarket e com os<br />
seus pneus de qualidade cada vez mais enaltecida<br />
pelo mercado. Para já, o desafio é tornar a<br />
marca ainda mais conhecida nos merca<strong>dos</strong> do<br />
sul da Europa, uma vez que, no norte, é um <strong>dos</strong><br />
fabricantes mais apetecíveis.<br />
primeiro momento, acabou por se tornar<br />
rentável. Têm um automóvel com um nível<br />
de segurança superior durante um período<br />
de tempo mais alargado.<br />
Pensa que as oficinas deviam ter mais formação,<br />
tal como os próprios mecânicos, de<br />
forma a valorizarem ainda mais os serviços<br />
que prestam ao consumidor?<br />
Isso já acontece. Nós, Nokian Tyres, ajudamos<br />
os nossos parceiros, oferecendo-lhes conselhos<br />
e formação. Se o lucro das vendas de pneus<br />
está a cair, então os serviços vão se tornar<br />
mais dispendiosos. Todavia, o consumidor<br />
vai pagar mais sem qualquer problema se<br />
tiver em troca mais qualidade, tratamento<br />
especial e novas soluções.<br />
Está a acontecer uma revolução na indústria<br />
<strong>dos</strong> pneus, com as aquisições de alguns fabricantes<br />
por outros e novas alianças. Que<br />
comentário lhe reserva esta concentração<br />
de movimentos <strong>dos</strong> fabricantes, distribuição<br />
e redes de oficinas?<br />
Não olho para esses movimentos com<br />
surpresa. As lojas de pneus existem e são<br />
valorizadas pelo mercado. Ganharam, inclusivamente,<br />
o seu espaço. Portanto, é normal que<br />
as grandes empresas as adquiram, até porque<br />
estas compras e mudanças vão ser seguidas<br />
por investimentos que, com concerteza, vão<br />
melhorar a qualidade <strong>dos</strong> serviços.<br />
Porque é que estão a entrar no mercado<br />
europeu e ibérico tantas marcas de pneus<br />
chinesas. Esta situação pode ser alterada?<br />
A razão é muito simples. O mercado europeu<br />
é o único onde os fabricantes conseguem<br />
ganhar um pouco mais de dinheiro com os<br />
HÁ MARCAS<br />
DE PNEUS A MAIS?<br />
Confrontámos Emil Nakov com uma pergunta<br />
“fora da caixa”, mas o responsável pela Nokian<br />
não se mostrou rogado e respondeu sem hesitar.<br />
“A existência de tantas marcas no mercado<br />
torna a tarefa difícil ao consumidor na altura de<br />
escolher o produto certo para a sua viatura. O<br />
facto de tudo andar à volta do preço, faz com<br />
que as marcas premium tenham de se focar<br />
em passar a mensagem aos consumidores finais<br />
das vantagens em montarem nas suas<br />
viaturas um produto de topo. O consumidor não<br />
tem conhecimento para perceber o porquê da<br />
diferença de preço entre um produto premium<br />
e um budget”.<br />
seus produtos. Existe um mercado paralelo<br />
para os pneus chineses. Por isso, são promovi<strong>dos</strong><br />
e distribuí<strong>dos</strong> pelos vários retalhistas<br />
europeus. Só me preocupa porque a mais-<br />
-valia das marcas premium pode desaparecer<br />
da mente de quem compra, da mente <strong>dos</strong><br />
consumidores. Nós, marca premium, temos<br />
de ir à luta com as armas que temos: a comunicação<br />
da qualidade, da imagem de marca e<br />
da durabilidade. Só assim conseguimos lutar<br />
contra esta entrada inevitável, que nem nós<br />
conhecemos muito bem.<br />
O que acha que preocupa mais os profissionais<br />
na indústria <strong>dos</strong> pneus atualmente?<br />
A maior preocupação é realmente a baixa<br />
rentabilidade. As marcas budget são das mais<br />
vendidas. Eu sou da opinião que os fabricantes<br />
deviam fazer maior esforço para comunicar a<br />
importância que comprar um bom pneu tem<br />
para a segurança do veículo, reforçando, ao<br />
mesmo tempo, todas as restantes vantagens<br />
de adquirir produtos premium. As próprias<br />
marcas começam a transformar-se em produtos,<br />
comparáveis pelo preço...<br />
Que novo modelo de negócio pode nascer<br />
deste competitivo mercado <strong>dos</strong> pneus?<br />
É mais um pergunta de resposta difícil.<br />
Fazem-se tantas pesquisas e desenvolvem-se<br />
tantos projetos, tudo tendências escondidas<br />
para perceber o caminho a seguir. Está tudo a<br />
mudar tão depressa, mas tudo faz parte das<br />
estratégias das empresas. No futuro, os pneus<br />
poderão ser vendi<strong>dos</strong> ao consumidor final<br />
como um serviço e não como um produto.<br />
Tudo é possível, os cenários que se apresentam<br />
são varia<strong>dos</strong>... É uma questão de esperar e<br />
tentar perceber o caminho que vai tomar. u<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 29
Notícias<br />
Mercado<br />
Conferência Internacional<br />
de <strong>Pneus</strong> foi adiada<br />
A Conferência Internacional de <strong>Pneus</strong> 2017<br />
foi adiada para data a anunciar oportunamente.<br />
Apesar de termos tido o apoio e o suporte por<br />
parte de oradores e empresas patrocinadoras, não<br />
houve a adesão <strong>dos</strong> profissionais do setor que<br />
se desejaria, o que poderia colocar em causa o<br />
sucesso deste evento. Acreditamos que fazemos<br />
e continuaremos a fazer o nosso melhor e que<br />
este tipo de iniciativas valorizam o setor, trazendo<br />
mais-valias em termos de informação. No entanto,<br />
é impossível fazê-lo sozinhos. Agradecemos a to<strong>dos</strong><br />
os que acreditaram e continuam a acreditar no<br />
nosso trabalho. Temos a certeza que a próxima<br />
Conferência será mais forte, à semelhança do que<br />
aconteceu em 2015.<br />
Vendas de pneus All Season<br />
crescem na Europa<br />
As vendas de pneus All Season na Europa estão<br />
a crescer três vezes mais depressa do que a de<br />
pneus “normais”. Entre as vantagens <strong>dos</strong> pneus All<br />
Season, estão os níveis máximos de aderência que<br />
oferecem em todas as situações meteorológicas,<br />
especialmente quando as temperaturas baixam<br />
<strong>dos</strong> 7°C. São, também, os mais bem adapta<strong>dos</strong> à<br />
mudança climatérica (invernos curtos mas muito<br />
intensos, gelo prolongado e chuvas torrenciais).<br />
A previsão aponta para que os pneus de inverno<br />
desapareçam dentro de poucos anos.<br />
Estudo relaciona horas de sono<br />
com comportamentos na condução<br />
Um estudo realizado pela Continental <strong>Pneus</strong> Portugal junto de cerca de 1.300 condutores,<br />
no âmbito do projeto Visão Zero Acidentes, revela que 26% <strong>dos</strong> inquiri<strong>dos</strong> dormem<br />
menos de seis horas por noite. A realização do estudo tem como principais objetivos compreender<br />
as atitudes <strong>dos</strong> condutores nacionais em relação à segurança rodoviária, bem<br />
como o comportamento de condução <strong>dos</strong> portugueses. Procurou-se ainda compreender<br />
comportamentos indutores de um estilo de vida mais saudável ou mais stressante e a sua<br />
ligação com o estilo de condução. Dos 1.300 condutores inquiri<strong>dos</strong>, 40% dormem entre<br />
seis a sete horas por noite. Os especialistas recomendam que um adulto (18-64 anos) deve<br />
dormir, em média, entre 7 e 9 horas.<br />
O estudo permitiu ainda concluir que os condutores que mais comportamentos de risco<br />
têm ao volante são os que menos dormem. Utilizar as redes sociais, fazer relatórios, enviar<br />
e consultar emails, ler, fazer lista de supermercado/tarefas, ler e enviar SMS, consultar agenda,<br />
conduzir sem cinto segurança, fazer chamadas sem sistema mãos-livres, pentear-se e<br />
maquilhar-se, passar um sinal que acabou de ficar vermelho ou conduzir em excesso de velocidade,<br />
são alguns <strong>dos</strong> comportamentos de risco assumi<strong>dos</strong> pelos condutores. Ter filhos<br />
menores parece ser uma característica que se encontra correlacionada com o número de<br />
horas que dormem: apenas 16% <strong>dos</strong> inquiri<strong>dos</strong> com filhos menores dorme 8 horas. Outra<br />
conclusão a retirar do estudo é que o número de horas de sono dispõe de uma correlação<br />
negativa com o nível de stress percecionado, bem como com o hábito de levar trabalho<br />
para casa e com o número de horas que se trabalha em média.<br />
Estes da<strong>dos</strong> permitem aferir que as pessoas que dormem menos são as que percecionam<br />
ter mais stress na sua atividade profissional e são, também, as que trabalham mais horas.<br />
Mercado europeu de pneus<br />
de substituição contraiu no 3.º trimestre<br />
O mercado europeu de pneus de substituição<br />
caiu no terceiro trimestre de 2017. Face ao mesmo<br />
período de 2016, a quebra foi assinalável mas<br />
não constituiu surpresa, uma vez que os<br />
aumentos de preços anuncia<strong>dos</strong> pelos<br />
fabricantes gerou um efeito de stock. De<br />
acordo com a ETRMA, o segmento TC4<br />
recuou 3%, para 55,8 milhões de unidades.<br />
O segmento <strong>dos</strong> camiões e <strong>dos</strong> autocarros<br />
baixou 7%, para as 2,48 milhões de<br />
encomendas. Por seu turno, o segmento<br />
<strong>dos</strong> pneus agrícolas desviou bastante do<br />
positivo, menos 25%, para 267 mil unidades.<br />
Por fim, o segmento das duas rodas foi<br />
o único que revelou crescimento, progredindo<br />
2%, para 1,83 milhões de unidades.<br />
30 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017
C<br />
PROXESPORT.REVISTA PNEUS.pdf 1 21/07/2017 16:28:35<br />
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Notícias<br />
Empresas<br />
Hankook revelou resulta<strong>dos</strong><br />
do 3.º trimestre de 2017<br />
A Hankook Tire anunciou os seus resulta<strong>dos</strong> económicos do<br />
terceiro trimestre de 2017, com vendas globais de 1.317 milhões<br />
de euros e um lucro operacional de 161 milhões de euros. Em<br />
comparação com o segundo trimestre de 2017, as vendas e o<br />
lucro operacional aumentaram 9,5% e 4,6%, respetivamente.<br />
Em comparação com o terceiro trimestre de 2016, as vendas<br />
cresceram 10,1% e o lucro operacional foi reduzido em 29,2%.<br />
A própria empresa explica o fenómeno com as vendas estáveis<br />
de pneus de altas prestações (UHPT) e com o aumento das<br />
vendas de pneus de inverno na Europa. Assim, um aumento<br />
sólido das vendas no segmento <strong>dos</strong> UHPT e uma ampliação<br />
do fornecimento de pneus de equipamento original (NEO) no<br />
mercado chinês propiciaram o aumento das vendas.<br />
Pirelli apresentou calendário 2018<br />
de Tim Walker<br />
Para a 45.ª edição do Calendário Pirelli, o fotógrafo britânico Tim Walker<br />
utilizou o seu estilo inconfundível, com cenários inusita<strong>dos</strong> e padrões românticos,<br />
para ‘recriar’ um <strong>dos</strong> contos mais clássicos da literatura britânica: Alice no<br />
País das Maravilhas. A inspiração para o seu ensaio fotográfico não se baseou<br />
apenas no conto surrealista de Lewis Carroll, mas, também, e principalmente,<br />
nas ilustrações que Carroll tinha confiado a John Tenniel por ocasião da primeira<br />
edição, de 1865, e que, no Calendário Pirelli 2018, se transformaram em 28<br />
cliques realiza<strong>dos</strong> em 20 sets extraordinários de um novo País das Maravilhas.<br />
”A história da Alice”, explicou Walker, “foi contada tantas vezes, mas quis chegar<br />
à gênese do imaginário de Lewis Carroll para poder recontá-la desde o começo.<br />
Queria um enfoque inusitado e diferente”. Para realizar a sua interpretação<br />
de Alice no País das Maravilhas, Walker retratou um elenco de 18 celebridades,<br />
algumas mais conhecidas e outras emergentes, tais como músicos, atores, modelos<br />
e ativistas políticos. Os bastidores, as imagens do ensaio fotográfico, as<br />
histórias e os personagens do Calendário Pirelli 2018 são desvenda<strong>dos</strong> no site<br />
www.pirellicalendar.com, permitindo que os visitantes descubram a história<br />
de mais de 50 anos do “The Cal” por meio de vídeos, entrevistas, fotografias e<br />
textos inéditos.<br />
Grupo Zenises abre centro<br />
tecnológico em Espanha<br />
A Zenises vai inaugurar um novo centro tecnológico em<br />
Madrid. O edifício de quatro andares vai ter um presidente e<br />
um vice-presidente, prevendo-se que dê emprego a mais 40<br />
pessoas nos próximos anos. O objetivo deste centro é tentar<br />
perceber a cadeia de valor na indústria pneumática de forma<br />
a poder oferecer ao cliente mais produto por menos dinheiro.<br />
O responsável máximo do centro é Javier Iglesias, que chega<br />
à Zenises com 14 anos de experiência no setor das vendas e<br />
marketing em várias marcas de pneus. O vice-presidente é<br />
Fares Kameli.<br />
32 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017
Trelleborg anunciou lançamento do YourTire<br />
A Trelleborg apresentou, na Agritechnica 2017, um novo serviço que permite aos clientes personalizar os pneus radiais para o seu trator. Com<br />
a ferramenta de configuração em linha YourTire, os clientes podem agregar o seu nome ou logótipo aos pneus novos, aumentando o nível de<br />
personalização das máquinas agrícolas. Maurizio Buonopane, gestor de desenvolvimento de negócio na Trelleborg, explicou que “tal como com<br />
todas as nossas inovações, a YourTire tem a sua origem naquilo que os nossos clientes necessitam”. E acrescentou: “O YourTire proporciona um<br />
nível extra de personalização, permitindo aos clientes agregar o seu nome ou o logótipo da empresa aos pneus monta<strong>dos</strong> nas suas máquinas, o<br />
que faz com que o seu trabalho se torne personalizado”.<br />
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By<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 33
Notícias<br />
Empresas<br />
Pirelli regressa ao WRC<br />
A Pirelli colocará um ponto final no seu ano sabático no<br />
Mundial de Ralis e regressará, na próxima época, ao WRC,<br />
competição onde a marca italiana tem marcado presença<br />
desde a sua edição inaugural, em 1973, e onde conta com<br />
um palmarés que reflete 181 vitórias e 25 títulos. A marca<br />
homologou pneus tanto para a nova geração de carros do<br />
WRC como para os da categoria de promoção WRC2, com o<br />
objetivo de oferecer o máximo de rendimento e durabilidade<br />
em todas as superfícies. Além disso, a Pirelli tornar-se-á no<br />
fornecedor exclusivo do Campeonato Mundial de Ralis Junior<br />
a partir da próxima época. Este certame é dedicado a pilotos<br />
nasci<strong>dos</strong> a partir de 1 de janeiro de 1989, onde competirão<br />
ao volante de Ford Fiesta R2 idênticos. O campeão da prova<br />
pilotará, em 2019, um Fiesta R5 no WRC2, numa temporada<br />
em que terá apoio no carro, nos pneus, no combustível e<br />
nas inscrições nos ralis.<br />
Nexen ganha preponderância<br />
no seio da Volkswagen<br />
Hankook começou<br />
a produzir nos EUA<br />
A Hankook Tire inaugurou a sua primeira fábrica nos EUA,<br />
que pode produzir um total de 5,5 milhões de pneus TC4<br />
por ano. A fábrica foi inaugurada no estado do Tennessee. O<br />
projeto foi sustentado por um investimento de 700 milhões de<br />
euros. Atualmente em fase de crescimento, a fábrica vai produzir<br />
pneus para os segmentos de ligeiros, furgões, 4x4 e SUV.<br />
“Esta fábrica vai permitir-nos progredir no mercado norte-<br />
-americano, mas, também, desenvolver novas parcerias”,<br />
confirmou um porta-voz do grupo.<br />
Graças ao pneu N´Blue HD Plus, a Nexen intensifica o seu desenvolvimento<br />
de primeiro equipamento na Europa, através do aumento da sua preponderância<br />
no seio do Grupo Volswagen. Com os excelentes resulta<strong>dos</strong><br />
obti<strong>dos</strong> em vários testes referência, como o da Autobild, o pneu Nexen<br />
N´Blue HD Plus foi homologado para algumas marcas do grupo alemão.<br />
O novo Polo vai estar, assim, equipado com este pneu, na dimensão 215/45R17<br />
91W. O próprio T-Roc também vai usar este modelo de pneu, nas medidas<br />
205/60R16 92V e 215/60R16 95V. Na Seat, sem surpresa, será o Ateca a receber<br />
este pneu, na dimensão 215/60 R16 95V. A própria Skoda também não fica de<br />
fora e os modelos Superb e Karoq ostentam o mesmo modelo, na dimensão<br />
215/60R16 95V.<br />
BKT apresentou novo centro<br />
de pesquisa e desenvolvimento<br />
Encontra-se em Bhuj, na Índia, o novo Centro de Pesquisa & Desenvolvimento<br />
da BKT, precisamente na área onde se encontra a fábrica modelo inaugurada<br />
apenas há dois anos e que deu vida a uma verdadeira mudança de rumo<br />
da multinacional indiana no mercado mundial <strong>dos</strong> pneus Off-Highway. E, de<br />
hoje em diante, a visão está mais próxima: alcançar a liderança. A marca lançou,<br />
igualmente, a campanha denominada “A long way together” (caminhar<br />
juntos), partilhando experiências, competências, valores e sucessos. Com esta<br />
campanha, a BKT pretende transmitir a sua essência nos diferentes setores de<br />
utilização <strong>dos</strong> pneus.<br />
34 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017
Honda vai utilizar pneus Hankook<br />
no novo Accord<br />
A Hankook anunciou ter sido escolhido pela Honda para equipar, de série, a geração de 2018<br />
do Accord. Este modelo, apenas comercializado no mercado americano (350 mil unidades vendidas<br />
no ano passado), é um passo importante para a marca sul-coreana de pneus, que ganha,<br />
assim, uma referência do mercado. A Hankook fará parte <strong>dos</strong> principais fornecedores do modelo<br />
em primeiro equipamento graças ao Kinergy GT. A dimensão utilizada pela marca será<br />
225/50 R17 V e a medida 235/40 R19 será proposta em opção. O Grupo Hankook reforça, assim,<br />
os seus laços com a Honda, na medida em que já fornece pneus em primeiro equipamento para<br />
os modelos Civic e CR-V.<br />
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www.valorpneu.pt<br />
Continental mostrou<br />
soluções inteligentes<br />
na Logistic 2017<br />
A Continental mostrou, na feira Logistic & Distribution<br />
2017, as suas soluções à medida, inovadoras<br />
e inteligentes, fruto das novas tendências na gestão<br />
da logística e nas cadeias de fornecimento. Graças<br />
aos muitos anos de experiência e trabalho junto<br />
<strong>dos</strong> seus clientes, a Continental criou produtos<br />
que se adaptam a cada aplicação. Esta adaptação<br />
traduz-se numa melhor eficiência, segurança e num<br />
menor custo operacional para as frotas. Desde o<br />
setor quimíco à indústria alimentar, a Continental<br />
Commercial speciality Tires (CST) oferece uma<br />
ampla gama de pneus superelásticos e de ar para<br />
responder às várias necessidades e circunstâncias<br />
das distintas aplicações no transporte de materiais,<br />
tornando possível, deste modo, reduzir despesas.<br />
A marca mostrou os modelos ContiRV20 e RT20.<br />
O primeiro, oferece uma segurança elevada em<br />
aplicações logísticas que requerem rapidez de<br />
movimentos e deslocações. Já o RT20, desenvolvido<br />
para empilhadores, proporciona uma grande<br />
estabilidade e duração, assim como extraordinário<br />
conforto e poder de tração.<br />
TODOS JUNTOS EVITAMOS TANTAS<br />
EMISSÕES COMO AS QUE 36.000<br />
EMITEM NUM ANO<br />
Tudo graças à Valorpneu e aos seus parceiros do Sistema Integrado<br />
de Gestão de <strong>Pneus</strong> Usa<strong>dos</strong>, que recolhem, transportam e valorizam<br />
85 mil toneladas/ano de pneus usa<strong>dos</strong> em Portugal, reciclando,<br />
recauchutando e valorizando-os como fonte de energia.<br />
Tudo por um Ambiente melhor.<br />
Poupança de emissões correspondente ao tratamento de 85.000 toneladas de pneus = 133,92 kton CO 2<br />
e equivalente às emissões resultantes da circulação média anual de 36.000 automóveis.<br />
Porque existe Amanhã.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 35
Notícias<br />
Empresas<br />
Nova edição Voyager Magazine<br />
da Zenises já está disponível<br />
A mais recente edição da revista Zenises Voyager Magazine<br />
já está disponível e pode ser lida online, em www.<br />
zenises.com. Nesta edição, o tema tem por foco a mudança.<br />
Sem querer parecer alarmistas, uma das mudanças fundamentais<br />
na indústria automóvel parecer estar mesmo<br />
em frente a nós. A questão <strong>dos</strong> combustíveis alternativos<br />
continua a dar muito que falar e a transformar-se num tema<br />
muito forte. Parece que cada construtor e que cada governo<br />
alcançou um compromisso com os veículos elétricos e<br />
com um novo tipo de energia limpa. Mais recentemente,<br />
o governo chinês fez a sua declaração explícita em relação<br />
a este tema, relacionando-o com o negócio <strong>dos</strong> pneus.<br />
Para a indústria pneumática, esta matéria vai obrigar a<br />
redefinir o negócio. Os pneus vão ter de envolver mais<br />
poupança de energia. Novas dimensões e desenhos vão<br />
surgir e to<strong>dos</strong> vão ter de cumprir o seu papel na tentativa<br />
de aumentar autonomias.<br />
Dunlop conquistou<br />
mais dois títulos de resistência<br />
As 6 Horas do Bahrain acolheram, uma vez mais, o final da temporada do Campeonato<br />
do Mundo de Resistência da FIA (WEC). Dois títulos foram parar às mãos de equipas<br />
Dunlop: a Aston Martin Racing venceu o Troféu Mundial de Resistência da FIA em<br />
GTE Am e o Vaillante Rebellion conquistou o Troféu Mundial de Resistência da FIA em<br />
LMP2. Ambas as equipas iniciaram a corrida na liderança da classificação e ambas<br />
alcançaram a vitória no Bahrain para garantir os títulos. Depois de, no ano passado, a<br />
Dunlop ter regressado à Classe GT do WEC, esta segunda temporada resultou em oito<br />
pole positions, sete vitórias e 15 pódios com os cinco carros em duas classes, incluindo<br />
a vitória da Aston Martin em GTE Pro nas 24 Horas de Le Mans.<br />
General Tire equipa<br />
Mercedes-Benz Classe G<br />
A marca norte-americana General Tire foi eleita pela<br />
Mercedes-Benz como fornecedora de pneus de origem<br />
para o modelo Classe G. O construtor alemão de automóveis<br />
aprovou o pneu de todo-o-terreno Grabber AT2,<br />
na medida LT 265/75 R16, que também pode ser adquirido<br />
através de concessionários da Mercedes-Benz no<br />
mercado de reposição. O Classe G é um <strong>dos</strong> veículos de<br />
todo-o-terreno mais famosos do mundo. Por isso, exige<br />
muito <strong>dos</strong> pneus: aderência máxima em solos pedregosos,<br />
arenosos e com lama, segurança em estrada e uma<br />
grande robustez e rendimento, tanto dentro como fora<br />
do asfalto.<br />
36 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017
Continental continua a explorar<br />
o negócio <strong>dos</strong> pneus agrícolas<br />
BKT deu espetáculo<br />
no SEMA em Las Vegas<br />
Na Agritechnica 2017, a Continental apresentou as suas soluções<br />
para melhorar a eficiência nos campos agrícolas. A marca pretende<br />
continuar a expandir o negócio agrícola e, em paralelo, reforçar as<br />
várias ideias e avanços em relação à digitalização, conectividade e<br />
atividades de automoção. Os da<strong>dos</strong> são as sementes do futuro da<br />
marca. A ideia é tornar-se cada mais importante para os clientes<br />
em todo o mundo. Ter os pneus adequa<strong>dos</strong> à produtividade das<br />
máquinas agrícolas e ao trabalho que fazem é o compromisso da<br />
Continental para com a indústria agrícola.<br />
A BKT consolidou a sua presença no SEMA Show, o salão especializado<br />
no aftermarket, que decorreu em Las Vegas, de 31 de outubro a 3 de novembro.<br />
A BKT expôs, em três espaços distintos, a ampla gama de produtos<br />
apropria<strong>dos</strong> e múltiplas necessidades e aplicações, entre as quais os<br />
produtos de ponta da linha Agrimax para o setor agrícola e uma seleção<br />
de pneus para veículos ATV, industriais e OTR. Mas com a BKT, as surpresas<br />
nunca acabam. Por isso, a multinacional apresentou, em antestreia<br />
mundial, o novo AT 171 e, na qualidade de patrocinador técnico oficial<br />
e exclusivo de pneus para o Monster Jam, ofereceu ao público a oportunidade<br />
conhecerem a especial Monster Jam Experience powered by BKT.<br />
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Rua do caulino, 215 | 4445-259 Alfena - Tel.: 229 687 004 | Fax: 229 686 <strong>47</strong>2 - Email: geral@tugapneus.pt | www.tugapneus.pt<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 37
Notícias<br />
Empresas<br />
<strong>Pneus</strong> Avon Cobra equipam de origem motos Triumph<br />
Os pneus Avon Cobra foram homologa<strong>dos</strong> como equipamento original para as novas motos Triumph, modelos Speedmaster e Bobber Black,<br />
recentemente apresentadas. Em concreto, ambas as motos utilizam pneus Avon Cobra MT90B16, de medida 150/80R16 à frente e atrás. A Bobber<br />
Black, que tem mais carácter, com o seu estilo todo negro, utiliza um pneu Cobra completamente novo, com uma renovada carcaça de<br />
construção especial e novos compostos que se ajustam à configuração única desta moto. Estas duas fantásticas motos proporcionam aos seus<br />
pilotos uma verdadeira sensação de distinção e bom gosto. Com o desenho da banda de rolamento do Avon Cobra, oferecem uma excelente<br />
manobrabilidade a alta velocidade, com uma estabilidade única na sua classe.<br />
Falken satisfeita com o seu sucesso<br />
no mundo motorizado<br />
Ronal Group abriu mais uma fábrica em Espanha<br />
A Falken quis fazer o balanço <strong>dos</strong> sucessos que colheu esta<br />
temporada nas competições motorizadas nas quais participa. A<br />
qualidade <strong>dos</strong> produtos, unida ao trabalho em equipa e ao rendimento<br />
constante, tornaram possível que as equipas da marca<br />
dominassem este ano as suas disciplinas correspondentes. Depois<br />
da primeira vitória da equipa Falken BMW, o campeonato de longo<br />
curso, que aconteceu em Nürburgring, fez com que os triunfos se<br />
fossem sucedendo. Nas competições de drift, a marca também<br />
esteve em grande, com vitórias em toda a linha.<br />
O Ronal Group, um <strong>dos</strong> mais importantes fabricantes mundiais de jantes em liga leve<br />
para automóveis e veículos utilitários comerciais, construiu, em Teruel, Espanha, uma<br />
segunda fábrica, cuja cerimónia de inauguração teve lugar a 10 de outubro de 2017.<br />
Na região de Aragão, no nordeste de Espanha, o grupo já se encontra presente com<br />
uma unidade de produção e administrativa desde 1983, sendo um importante pilar<br />
da economia local. Com a construção desta segunda fábrica em Teruel, cuja primeira<br />
pedra foi lançada em fevereiro de 2016, a empresa aumenta as suas capacidades de<br />
produção e segue, assim, de forma consistente, a sua estratégia de crescimento. Para<br />
a nova fábrica, que se estende numa superfície de 240.000 m 2 , o Ronal Group fez um<br />
investimento no valor de 120 milhões de euros. Graças aos mais modernos sistemas<br />
robotiza<strong>dos</strong>, automatiza<strong>dos</strong> e informatiza<strong>dos</strong>, numa primeira fase serão fabricadas<br />
cerca de um milhão de jantes e, posteriormente, até 1,5 milhões de unidades. A capacidade<br />
total de ambas as unidades em Teruel será, na segunda fase, de mais de<br />
três milhões de jantes por ano.<br />
38 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017
Rede ContiService reuniu<br />
Conselho Consultivo<br />
Dando continuidade aos temas debati<strong>dos</strong> em<br />
março, aquando do primeiro encontro, a rede<br />
ContiService reuniu pela segunda vez o seu Conselho<br />
Consultivo. Neste encontro, para além de ter<br />
sido feito um ponto de situação do atual estado<br />
da rede, foi ainda dada continuidade aos temas<br />
aborda<strong>dos</strong> na primeira reunião, que teve lugar<br />
em março na sede da Continental, bem como<br />
temas estratégicos para o desenvolvimento e<br />
crescimento da ContiService. Composto por<br />
seis agentes, o Conselho Consultivo apresenta-<br />
-se como um “instrumento” que pretende, em<br />
primeira instância, reforçar os laços de proximidade<br />
entre a estrutura de gestão da rede e os<br />
seus agentes. Com reuniões e encontros periódicos,<br />
onde são debati<strong>dos</strong> os temas de maior<br />
pertinência e atualidade do ponto de vista da<br />
gestão da rede, o Conselho Consultivo pretende<br />
ainda trazer uma visão externa para os desafios<br />
que se colocam diariamente, garantindo que a<br />
rede está alinhada com os objetivos estratégicos<br />
previamente defini<strong>dos</strong> e que se mantém “fiel” aos<br />
propósitos iniciais para os quais foi criada. “Estas<br />
reuniões revestem-se de uma importância crucial<br />
para estamos mais próximos <strong>dos</strong> nossos parceiros<br />
e das suas necessidades. O Conselho Consultivo<br />
tem como função primordial ser o canal de comunicação<br />
privilegiado entre os parceiros e a<br />
gestão da rede e permite-nos a todo o momento<br />
alinhar e ajustar a estratégia e os procedimentos<br />
ao que são as necessidades e as expectativas <strong>dos</strong><br />
nossos parceiros”, refere Marco Silva, diretor de<br />
marketing da Continental <strong>Pneus</strong> Portugal.<br />
O Conselho Consultivo é constituído por Armando<br />
Barradas (Mourinha <strong>Pneus</strong> - Comércio <strong>Pneus</strong>, Lda.),<br />
Armindo Alves (Recauchutagem Famalicense, Lda.),<br />
Jaime Silva (Marcolino Alves Miguel, Lda.), João<br />
Roís (AutoMafra - <strong>Pneus</strong> AC. Comércio e Viaturas,<br />
Lda.), João Sobral (H. Sobral e Costa, Lda.), e Miguel<br />
Ximenez (M. Ximenez Sociedade Unipessoal). Nesta<br />
reunião, participaram Miguel Figueiredo (Auto C<br />
Borges) e Manuel Machado (Auto <strong>Pneus</strong> Maia).<br />
PUB<br />
<strong>Pneus</strong> fiáveis num<br />
mundo em constante<br />
evolução<br />
Campos enlamaça<strong>dos</strong>, pastos escorregadios, terrenos montanhosos e estradas longas. Os pneus<br />
Mitas trabalham com eficácia e fiabilidade em todas as condições. Equipa<strong>dos</strong> em vários tipos de<br />
máquinas agrícolas e apto para numerosas aplicações, os pneus Mitas asseguram que os<br />
agricultores profissionais consigam acompanhar o rápido desenvolvimento do mundo agrícola.<br />
Mitas, pneus que trabalham duro desde 1932.<br />
mitas-tyres.com<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 39<br />
LBMI_170200_Mitas_print_PR_210x148.indd 1 22.03.17 16:24
Notícias<br />
Empresas<br />
Michelin Road 5 é novidade no mercado das Sport Touring<br />
A Michelin apresentou o Road 5, um pneu muito importante de Sport Touring que vem substituir o Michelin Pilot Road 4, referência do mercado<br />
europeu na sua classe, com mais de 1,5 milhões de unidades vendidas em quatro anos. A empresa ultrapassa to<strong>dos</strong> os limites da sua gama de<br />
pneus Sport Radial com este novo modelo. Com a melhor aderência em piso molhado, de acordo com provas internas realizadas, o novo Road 5<br />
confirma as suas prestações em piso molhado ao longo de toda a sua vida útil. Depois de 5.000 km, o pneu Road 5 trava numa distância tão curta<br />
como um Road. A aderência em piso seco também é excelente, com melhor estabilidade face aos seus principais rivais, assim como o comportamento<br />
é de referência, critérios básicos para uma utilização Sport Touring.<br />
Continental divulgou normas<br />
para pneus de inverno<br />
A Continental voltou a lançar uma compilação de normas europeias sobre<br />
pneus de inverno para camiões e autocarros, que também oferece informação<br />
adicional sobre o rendimento de pneus de inverno. A compilação das regulações<br />
sobre pneus e correntes para neve nos países europeus, incluindo a<br />
Turquia, vem acompanhada de conselhos úteis, como a utilização de pneus com<br />
pregos ou ainda se é preciso levar palas para neve e areia. Os transportadores<br />
que operam em toda a Europa têm de ter sempre em mente as normativas<br />
legais sobre pneus de inverno e correntes para os diferentes países, pois<br />
podem variar de forma significativa, pelo que a utilização desta compilação<br />
de normas revela-se muito importante. Por exemplo, na Alemanha, uma<br />
alteração na norma de inverno em vigor desde o passado dia 1 de junho de<br />
2017, fixa novos requisitos mínimos para pneus de inverno.<br />
40 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017
10 Sommerreifen – 195/65 R 15<br />
02/2016<br />
TEST<br />
Testsieger<br />
Nexen N’blue HD Plus<br />
NEXEN TIRE LYON BRANCH<br />
LE GEMELLYON SUD 59, BOULEVARD VIVIER MERLE 69003 LYON, FRANCE<br />
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Notícias<br />
Empresas<br />
Presença espanhola no Dakar 2018<br />
junta Yokohama e SsangYong<br />
A Yokohama apresentou, recentemente, o veículo Tivoli DKR da SsangYong Espanha, o novo protótipo de um buggy totalmente desenhado e<br />
desenvolvido em Espanha, com a finalidade de enfrentar os grandes desafios da 40.ª edição do Rally Dakar. O Tivoli DKR estará equipado com o<br />
mítico pneu Yokohama Geolandar M/T G003 de 37”, monta<strong>dos</strong> em jantes de 17”. O prestigiado pneu fará parte deste espetacular automóvel, que<br />
conta com um motor V8 a gasolina de 6,2 litros com 405 cv, assente num chassis multitubular com 240 kg de peso. Dotado de tração traseira,<br />
enquadra-se na categoria T1-3, com uma tipologia e configuração mecânica preparada para fazer frente a areia e dunas da corrida lendária. O<br />
carro terá como equipa o piloto madrileno Óscar Fuertes e o co-piloto galego Diego Vallejo, ambos com experiência imbatível em provas de todo-<br />
-o-terreno. Depois de ter alcançado um <strong>dos</strong> únicos três lugares ofereci<strong>dos</strong> a nível mundial pela organização, após a vitória do Tivoli Rally Raid 4WD<br />
no Dakar Challenge Europeu durante a última Baja Aragon, a equipa tem como objetivo concluir a prova entre os melhores estreantes.<br />
PneuImpex promoveu workshop<br />
“Já conhece o universo Bosch?”<br />
No passado mês de outubro, a PneuImpex, empresa do Grupo Leirilis, promoveu<br />
o workshop “Já conhece o universo Bosch?” junto <strong>dos</strong> seus clientes, contando<br />
com a participação especial da Bosch, líder mundial em tecnologia automóvel.<br />
Os participantes tiveram a oportunidade de conhecer o universo Bosch, nomeadamente<br />
a sua vasta gama de peças auto, a linha de equipamentos oficinais<br />
e, ainda, to<strong>dos</strong> os conceitos direciona<strong>dos</strong> às oficinas que a marca dispõe. Por<br />
último, mas não menos importante, foi apresentado a to<strong>dos</strong> os participantes o<br />
conceito oficinal RedService (rede independente de oficinas automóveis multimarca<br />
100% nacional, especialista em manutenção e reparação de automóveis,<br />
que aposta na assistência técnica nas áreas de eletrónica, mecânica e colisão),<br />
bem como as suas respetivas mais-valias.<br />
42 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017
Michelin anunciou aquisição das PTG e Teleflow<br />
A Michelin anunciou a aquisição das PTG e da Teleflow, dois líderes de sistemas de controlo da pressão <strong>dos</strong> pneus, ferramentas que permitem<br />
aos utilizadores controlar e ajustar a pressão em função do terreno e das condições de utilização. Estas compras refletem a intenção da Michelin<br />
em converter-se no líder mundial em CTIS no mercado agrícola. Graças a este investimento, a Michelin vai continuar a maximizar o rendimento<br />
agronómico e económico <strong>dos</strong> agricultores, ao mesmo tempo que protege o seu ativo mais valioso: o solo. Ambas as aquisições supõem, também,<br />
uma transição para a linha de produtos agrícolas da Michelin, desde a simples produção de pneus agrícolas que oferece soluções que têm em<br />
conta to<strong>dos</strong> os aspetos da interação do pneu com o solo.<br />
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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 43
Notícias<br />
Produto<br />
Dunlop revoluciona mercado<br />
com novo Sportsmart TT<br />
Goodyear lançou nova gama<br />
de pneus de inverno SoundComfort<br />
A Goodyear apresentou a sua nova linha de pneus de inverno com tecnologia<br />
SoundComfort. Depois de implementar, com êxito, a tecnologia dedicada a reduzir<br />
o ruído na sua gama de verão, o fabricante oferece agora aos consumidores<br />
a possibilidade de escolherem os seus pneus de inverno com esta evolução.<br />
Uma das principais fontes sonoras <strong>dos</strong> pneus é a ressonância do ar na cavidade<br />
oca do pneu produzida pela vibração do ar no interior do próprio pneu e transmitida<br />
à estrutura do veículo. A tecnologia SoundComfort da Goodyear foi expressamente<br />
concebida para reduzir a ressonância do ar na cavidade do pneu.<br />
Incluiu espuma de poliuretano de célula aberta na superfície interna do pneu. Esta<br />
avançada capa de espuma reduz as vibrações do ar, criando ambiente descontraído<br />
para condutor e passageiros, permitindo, assim, desfrutar da música ou de uma boa<br />
conversa durante a viagem. Sem comprometer o rendimento da condução, a tecnologia<br />
SoundComfort faz com que o interior do veículo seja 50% mais silencioso, por<br />
comparação com pneus sem esta solução.<br />
A Dunlop anuncia que, em março de 2018, lançará<br />
aquele que será o seu quarto pneu na gama hypersport,<br />
o SportSmart TT. Este novo pneu foi concebido para<br />
satisfazer as necessidades <strong>dos</strong> utilizadores de motos<br />
desportivas e de estrada de altas performances que queiram<br />
utilizar o mesmo pneu para rodar em circuito e em<br />
estrada. O nome SportSmart TT deriva da gama SportSmart<br />
da Dunlop, focada numa utilização em estrada, e<br />
adiciona as letras TT, referentes a “Track Technology”.<br />
O SportSmart TT será o quarto lançamento da Dunlop<br />
no último ano no segmento hypersport, em linha com<br />
a estratégia da marca de redefinir este segmento sob a<br />
premissa de oferecer um pneu para cada motociclista.<br />
Kumho apresentou dois novos<br />
produtos na Solutrans<br />
A Kumho mostrou a sua ampla gama de pneus de<br />
camião e autocarro na Solutrans 2017, feira que se realizou<br />
em Lyon, França, no final de novembro. O fabricante sul-<br />
-coreano apresentou dois novos produtos: o KXT10, para<br />
eixo de reboque, e o KCA03, para autocarros urbanos.<br />
O KXT10, na dimensão 385/65 R22.5, também pode ser<br />
utilizado em longo curso e percursos regionais. O “X”<br />
na denominação deste modelo traduz a versatilidade<br />
do produto, que foi desenvolvido para oferecer ótimas<br />
prestações de tração e quilometragem. Com o KCA03, a<br />
Kumho comercializa este novo modelo para autocarros<br />
urbanos. Na feira, este pneu, que foi desenvolvido para<br />
to<strong>dos</strong> os eixos, foi apresentado na dimensão 275/70 R22.5.<br />
44 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017
Nexen Tire equipa de origem Porsche Macan<br />
ConnecTire é novidade da Trelleborg<br />
O ConnectTire é uma roda inteligente baseada em sensores que<br />
permitem o intercâmbio de da<strong>dos</strong> a vários níveis, reduzindo o risco<br />
de deslizamento do pneu da jante. Assim, os agricultores podem<br />
aproveitar a Internet para operações mais seguras e eficientes. Trabalhar<br />
com máquinas agrícolas em baixa pressão é um desafio: ter<br />
o controlo delas mantém a segurança, tanto da máquina como do<br />
operador, além de garantir um mínimo de impacto sobre o piso.<br />
Durante as operações, a pressão <strong>dos</strong> pneus podem mudar devido<br />
a uma série de fatores, onde se incluem a temperatura ambiente<br />
e do solo, assim como a intensidade da tarefa que é realizada e<br />
a configuração da própria máquina. O ConnecTire supevisiona,<br />
constantemente, duas variáveis chave, a pressão e a temperatura<br />
<strong>dos</strong> pneus, transmitindo a informação entre o trator e a exploração<br />
através de Bluetooth e rede inalâmbrica.<br />
A Nexen Tire passou a disponibilizar o modelo N’FERA RU1 para o Porsche<br />
Macan, nas medidas 235/55R19 101Y e 255/50R19 103Y. É a segunda vez que<br />
a Nexen Tire fornece, de origem, um modelo da Porsche. Depois do Cayenne,<br />
o Macan é o segundo SUV da marca alemã a receber o pneu UHP N’FEAR RU1,<br />
que foi otimizado para condução desportiva. Como principais argumentos,<br />
o N’FERA RU1 anuncia elevada estabilidade em curva e manobrabilidade<br />
desportiva para condução a alta velocidade. Recorre à tecnologia 3D Nano<br />
Grip, que maximiza a capacidade de travagem, dispõe de um cordão híbrido<br />
de aramida e integra um composto especial de enchimento de talão, que<br />
aumenta a estabilidade de manuseamento. O N’FERA RU1 conquistou nove<br />
prémios de design na Europa, América e Ásia, onde se incluem o Red Dot<br />
Design 2017 e o Good Design do Japão, comprovando, assim, a excelência do<br />
seu design. O fornecimento de pneus para equipamento de origem demonstra<br />
os eleva<strong>dos</strong> padrões de qualidade da Nexen Tire no fornecimento de pneus<br />
otimiza<strong>dos</strong> para veículos de elevado rendimento.<br />
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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 45
Notícias<br />
Produto<br />
Vredestein apresentou<br />
Traxion Optimall<br />
A Vredestein anunciou o resultado de muitos anos<br />
de extensa investigação sobre as necessidades particulares<br />
<strong>dos</strong> fabricantes de tratores e utilizadores<br />
finais. O Traxion Optimall, pneu da nova geração<br />
VF (Very High Flexion) para o segmento superior de<br />
tratores, não tem equivalente em termos de tração,<br />
eficiência de combustível e produtividade, reduzindo,<br />
substancialmente, o custo total de propriedade.<br />
Este pneu foi apresentado na Agritechnica, tendo<br />
a apresentação sido precedida de testes intensivos<br />
realiza<strong>dos</strong> tanto pela Vredestein como pelo<br />
reconhecido intituto alemão DLG, que confirmou<br />
o rendimento excecional deste novo pneu VF. É o<br />
único pneu VF que permite uma menor pressão no<br />
campo e garante melhor rendimento face à maioria<br />
<strong>dos</strong> pneus do mercado. Utiliza a tecnologia F+ da<br />
Vredestein, que combina uma flexibilidade elevada<br />
com uma estabilidade excecional. A parede lateral<br />
altamente flexível consiste num ponto de flexão<br />
com muito foco. Um composto de borracha de alta<br />
tecnologia na zona do ombro suporta a carcaça a<br />
baixa pressão para um desvio extremo. Em conjunto,<br />
estas características permitem que o Traxion Optimall<br />
seja utilizado com menos 25% de pressão no<br />
campo de trabalho do que outros pneus.<br />
Pirelli revelou mediático<br />
Diablo Supercosa SP<br />
A Pirelli apresentou o novo Diablo Supercosa SP, um pneu com alma racing homologado<br />
para estrada. Trata-se da terceira geração do pneu racing réplica da Pirelli,<br />
que dispõe de características idênticas ao nível do desenho, perfis e estrutura<br />
do produto que a marca utiliza em competições que, devido ao regulamento,<br />
requerem a utilização de pneu raiado e slick. Este pneu foi desenvolvido graças à<br />
participação na qualidade de fornecedor exclusivo de pneus para todas as classes<br />
do Campeonato Mundial FIM Superbike. Em particular, os pneus Diablo Supercosa<br />
SC, a versão misturada do produto SP, é utilizado em todas as classes Supersport<br />
e Superstock do Campeonato Mundial para motos derivadas das de série e em<br />
to<strong>dos</strong> aqueles campeonatos nacionais nos quais a Pirelli participa em qualidade<br />
de único fornecedor. Este pneu será equipamento de série da Ducati Panigale V4.<br />
Inter Tyre alargou<br />
gama de jantes Monaco<br />
A Inter Tyre alargou a gama da sua marca Monaco Wheels. Desta vez, juntou o<br />
modelo Torque. Esta jante de cinco raios tem um desenho central que cobre a<br />
zona das porcas da roda, o que acaba por distingui-la de todas as outras jantes<br />
do mercado. A Monaco Torque é totalmente pintada em antracite escuro e está<br />
disponível em 17”, 18 e 19”. Outro upgrade para esta marca exclusiva é a extensão<br />
da gama de cores em alguns modelos. As populares jantes Monaco GP1 já estão<br />
disponíveis em cor prateada, cobertas com gloss e polidas ou de cor prata e polidas<br />
a preto. Todas são de elevada qualidade, fabricadas de acordo com os padrões<br />
mais eleva<strong>dos</strong> e, também, oferecem uma linha dedicada à OEM.<br />
46 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017
PRP apresentou estudo sobre<br />
manutenção <strong>dos</strong> automóveis<br />
A PRP - Prevenção Rodoviária Portuguesa, a Escola Nacional de Saúde Pública e a Norauto<br />
Solidária apresentaram as conclusões de um estudo conjunto sobre a manutenção de automóveis<br />
ligeiros e a sua influência na segurança rodoviária em Portugal. O estudo incidiu na análise<br />
de vários componentes <strong>dos</strong> veículos (pneus, amortecedores, travões e luzes), na aferição da<br />
perceção <strong>dos</strong> condutores sobre o estado <strong>dos</strong> respetivos veículos e comparação com a avaliação<br />
<strong>dos</strong> técnicos da Norauto, bem como incluiu outras questões de segurança rodoviária, como a<br />
utilização do cinto de segurança, a perceção sobre o risco de acidente ou a participação em<br />
acidentes rodoviários. Incluiu a avaliação técnica de 3.228 automóveis, realizada em todas as<br />
oficinas da Norauto em Portugal Continental, entre abril de 2016 e abril de 2017.<br />
Dos automóveis avalia<strong>dos</strong> pelos técnicos, 23% apresentava pneus num estado mau ou sofrível.<br />
Em situação semelhante estavam os travões de 16% <strong>dos</strong> automóveis, os amortecedores de<br />
9% e as luzes de 5%. Estes da<strong>dos</strong> são preocupantes, pois as deficiências destes equipamentos<br />
põem em causa a sua segurança e a <strong>dos</strong> outros utentes. Mais de três em cada quatro condutores<br />
classificaram o estado de cada componente de forma semelhante à avaliação feita pelos<br />
técnicos: 76,4% na avaliação do estado <strong>dos</strong> pneus, 81,9% nos travões, 87,8% nos amortecedores<br />
e 91,1% nas luzes, revelando terem um bom conhecimento do estado <strong>dos</strong> seus veículos.<br />
A condução sob o efeito de álcool, a velocidade e a fadiga (comportamentos do condutor),<br />
foram os fatores a que os condutores atribuíram mais influência no aumento do risco de acidente<br />
rodoviário. Entre os fatores relaciona<strong>dos</strong> com o automóvel, destacam-se o mau estado de<br />
travões e pneus, enquanto o mau estado do piso surge como o fator com maior influência nos<br />
indica<strong>dos</strong> no que ao estado da via diz respeito.<br />
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A nova gama TM1060 da Trelleborg proporciona uma maior efi ciência para tractores de<br />
80 CV a mais de 300 CV. Preserve o seu terreno de compactação e torne as suas operações<br />
agrícolas mais produtivas. Proteja os seus cultivos como se fossem pedras preciosas.<br />
www.trelleborg.com/wheels/es<br />
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Notícias<br />
Produto<br />
Bridgestone apresentou<br />
Premium VX-Tractor na Agritechnica 2017<br />
Pela primeira vez, o novo pneu Bridgestone Premium VX-Tractor, com o qual os agricultores<br />
poderão transportar cargas mais pesadas, tanto no campo como na estrada, esteve disponível<br />
para os visitantes da Agritechnica, a maior feira de tecnologia agrícola do mundo. A carcaça rija e<br />
flexível, com entalhes mais fun<strong>dos</strong> e longos, proporciona uma ótima tração, aliada a uma maior<br />
vida útil. Para além <strong>dos</strong> pneus de exibição VT-Tractor, VT-Combine e VX-Tractor da Bridgestone, a<br />
marca Firestone também esteve representada no stand com os pneus Performer 95, Maxi Traction<br />
65 e Duraforce UT. A tecnologia “Very High Flexion” (VF) permite ao VX-Tractor operar, também,<br />
com baixa pressão de ar, devido à elasticidade especial do pneu e ao padrão de piso renovado,<br />
ou seja, até 0.4 bar abaixo <strong>dos</strong> pneus que usam tecnologia padrão, o que não só permite aos agricultores<br />
transportar cargas pesadas e preservar os solos, como, também, poupar no combustível.<br />
Vector 4Seasons Gen-2 foi<br />
pneu “exemplar” nos testes da Auto Bild<br />
Na sua última edição, a Auto Bild colocou à prova oito pneus todas as estações, elegendo o<br />
Vector 4Seasons Gen-2 da Goodyear como o melhor, ex-aequo na primeira posição. O pneu foi<br />
considerado exemplar, por oferecer uma performance equiparável à de um pneu de inverno<br />
sobre neve, com uma distância de travagem muito curta sobre piso molhado e por ser pouco<br />
rui<strong>dos</strong>o, característica que se traduz num maior conforto durante a condução. Em piso molhado,<br />
a distância de travagem do Vector 4Seasons Gen-2 testada foi 2,2 metros mais curta por<br />
comparação com a do pneu que conquistou o segundo lugar e 12,1 metros mais curta do que<br />
a do pneu classificado no último lugar. Não obstante, o pneu Goodyear foi quatro decibéis mais<br />
silencioso do que o mais rui<strong>dos</strong>o do teste, o que contribui para uma condução agradavelmente<br />
silenciosa. O piso do Vector 4Seasons Gen-2 foi desenvolvido para adaptar-se as condições<br />
climatéricas tanto de inverno como de verão, como indicado pelas marcas M+S e pelo símbolo<br />
<strong>dos</strong> flocos de neve existentes na sua parede lateral.<br />
Barum BD200 M é novo<br />
pneu para estaleiros<br />
e construção civil<br />
A Barum está a expandir a sua gama de<br />
produtos com o novo pneu BD 200 M para<br />
eixo motriz, que foi concebido para utilização<br />
tanto em estrada como fora, fazendo com<br />
que a condução em qualquer superfície seja<br />
um trabalho fácil. Os compostos especiais<br />
do pneu não só o tornam excecionalmente<br />
robusto, como, também, extremamente resistente.<br />
Lutz Stäbner, diretor de gestão de<br />
produtos CVT na região EMEA, está convencido<br />
de que os gestores de frotas vão gostar<br />
bastante <strong>dos</strong> novos pneus BD 200 M. “Com<br />
este pneu, a Barum está a oferecer todas as<br />
qualidades necessárias para a utilização em<br />
estaleiros de construção: fiabilidade e durabilidade.<br />
Tudo a baixo custo. É exatamente<br />
esta a essência da marca Barum”.<br />
48 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017
DESENVOLVIDOS NA PISTA<br />
APROVADOS NA ESTRADA<br />
O nosso modelo AZENIS FK510 do segmento Ultra-High-Performance convence<br />
pela sua elevada segurança, excecional dinâmica de condução e maior economia de<br />
combustível<br />
A Falken é fornecedora do Grupo VW em equipamento de<br />
origem para os modelos:<br />
VW Passat | Skoda Superb | Seat Ateca<br />
Representantes exclusivos para Portugal:<br />
Zona Industrial da Pedrulha, Lote 12 - Mealhada | 3050-183 Casal Comba<br />
Linha Telemarketing: 231 244 265 | sac.mealhada2@abtyres.pt<br />
Linha de Apoio: 231 244 263 | sac.mealhada1@abtyres.pt<br />
www.alvesbandeiratyres.pt | www.abtyres.pt
Notícias<br />
Produto<br />
Kawasaki renovou com Dunlop<br />
por mais três temporadas<br />
A equipa Monster Energy Kawasaki Racing assinou uma<br />
extensão do seu acordo de Parceria Técnica com a Dunlop<br />
para as temporadas de 2018, 2019 e 2020 do Campeonato<br />
do Mundo de Motocross (MXGP) da FIM. A equipa tem<br />
trabalhado com a Dunlop desde o início da temporada<br />
de 2012, com o fabricante de pneus a desenvolver a sua<br />
gama Geomax com base nas necessidades <strong>dos</strong> principais<br />
pilotos da equipa. A Kawasaki e a Dunlop enfrentam a<br />
temporada de 2018 do Campeonato do Mundo de Motocross<br />
(MXGP) da FIM com uma renovada formação de<br />
pilotos. Ao candidato ao título de 2017, Clement Desalle<br />
(Bélgica), juntar-se-á o seu compatriota Julien Lieber, que<br />
ascende à categoria máxima do Motocross após várias<br />
temporadas na categoria MX2.<br />
Euromaster converte pneus<br />
em presentes<br />
A rede de oficinas de pneus e manutenção de veículos Euromaster pôs em<br />
marcha, pelo terceiro ano, a sua iniciativa ‘A Roda da Felicidade’, com a qual pretende<br />
converter em presentes para crianças apoiadas pela Cruz Vermelha, cada<br />
operação de mudança de pneus da marca Michelin que se realize nos mais de<br />
65 centros de serviço em Portugal. Os responsáveis da Euromaster estimam que<br />
serão realizadas cerca de 5.000 operações nas suas oficinas entre novembro e dezembro,<br />
período durante o qual é levada a cabo a campanha. Será a Cruz Vermelha<br />
Portuguesa que entregará os presentes às crianças nacionais através das suas<br />
delegações espalhadas por todo o país, fazendo, assim, chegar a alegria a todas<br />
as crianças carenciadas. Os brinque<strong>dos</strong> escolhi<strong>dos</strong> por ambas as entidades contemplam<br />
várias faixas etárias, desde um até 12 anos de idade, assim como têm em<br />
conta os gostos diferentes de meninos e meninas. Entre os brinque<strong>dos</strong> que serão<br />
ofereci<strong>dos</strong>, encontram-se jogos de mesa, jogos de memória, bolas de futebol, cestos<br />
de basquetebol, puzzles, bonecos, peluches e jogos de construção e de crescimento<br />
para os mais pequenos. Através da página da Euromaster no Facebook, os<br />
utilizadores poderão partilhar esta campanha com os seus amigos e tornarem-se<br />
embaixadores desta iniciativa solidária.<br />
Continental ampliou<br />
gama do TractorMaster<br />
A Continental Commercial Specialty Tires (CST) ampliou<br />
a sua gama de pneus para terminais portuários para<br />
servir ainda melhor os clientes deste segmento e seguir<br />
prestando o seu apoio como sócio de confiança. A partir<br />
da fábrica de Petaling Jaya, na Malásia, foi-se desenvolvendo<br />
uma nova dimensão do modelo Tractor Master da<br />
Continental: o 280/75 R22.5. Esta nova medida, graças ao<br />
seu baixo diâmetro, ajusta-se, perfeitamente, em jantes<br />
mais estreitas, de medida 7.5/8.25-22.5. A nova dimensão<br />
280/75 R22.5 é ideal para o transporte de contentores e<br />
operações RoRo (“Roll on Roll off”). Uma das características<br />
deste pneu é a profundidade da sua banda de rolamento,<br />
que tem 31 mm. Este não só o torna especialmente robusto,<br />
como, também, aumenta a sua vida útil. Graças ao maior<br />
ângulo <strong>dos</strong> sulcos, é mais difícil que as pedras fiquem<br />
presas na banda e danifiquem a carcaça.<br />
Pirelli desenvolve com McLaren<br />
pneus de inverno para desportivos<br />
O fabricante de automóveis de prestígio McLaren desenvolveu, em colaboração<br />
com o seu parceiro exclusivo de pneus, a Pirelli, um pneu “Winter” específico para<br />
os seus modelos mais desportivos. Os Sottozero 3, com referência “MC”, vão ser<br />
monta<strong>dos</strong> em jantes de 14 braços com um “Look Stealth” e incorporam o sistema<br />
de monitorização de pressão da empresa britânica. Desenvolvi<strong>dos</strong> por engenheiros<br />
da McLaren e da Pirelli especificamente para a gama de modelos desportivos<br />
– 540C, 570S, 570GT e novo 570S Spider - o jogo de “borrachas” está pronto para<br />
a sua montagem junto à jante, permitindo aos proprietários trocar, de forma fácil<br />
e rápida, os pneus, de modo a seguir desfrutando da condução também nos meses<br />
mais frios. A disponibilidade deste segundo jogo de pneus permite transpor<br />
melhor a neve, a água ou o sal depositado sobre as estradas no inverno, como,<br />
também, prolongar a vida útil de ambos os jogos de pneus. Os Pirelli Sottozero 3<br />
dispõem da referência “MC” no flanco, que atesta que foram desenvolvi<strong>dos</strong> especificamente<br />
para os McLaren, com a finalidade de proporcionar a máxima aderência<br />
nas condições mais adversas.<br />
50 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017
Fiabilidade e confiança<br />
B01N<br />
Pá/Dumper<br />
B02N<br />
BDTS<br />
600 Direção/Reboque 755<br />
366<br />
Pá/Dumper<br />
Pá/Dumper<br />
Tração<br />
MWS+ Pá<br />
B03S Dumper B05N Grua Móvel<br />
396 Direção/Reboque 300 Direção/Reboque 700<br />
Direção/Reboque<br />
Tração<br />
Para mais informações ligue: 220 991 400<br />
Novo website: www.gripenwheels.pt<br />
Gripen Wheels Ibéria<br />
Centro de Negócios da Maia • Rua de Albino José Domingues, 74 • 2º AT • 4<strong>47</strong>0-034 Maia • Portugal<br />
Telef. +351 220991400 • Fax +351 220931936 • info.iberia@gripenwheels.com • www.gripenwheels.pt
Super Rodão<br />
EXEMPLO A SEGUIR<br />
Representante da Falken no concelho de Aveiro há dois anos, a Super<br />
Rodão constitui um verdadeiro exemplo a seguir. Além de to<strong>dos</strong> os serviços<br />
relaciona<strong>dos</strong> com pneus, dedica-se à reparação de jantes e faz personalização<br />
de viaturas, sem esquecer o polimento de faróis e o escurecimento de farolins<br />
Serviço completo de pneus, reparação<br />
de jantes e personalização de<br />
viaturas. Eis as três grandes áreas da<br />
Super Rodão. Fundada, em junho de<br />
1985, por Manuel Mortágua, pai do atual<br />
sócio-gerente, Nelson Mortágua, a empresa<br />
começou a sua atividade exatamente no<br />
local onde, hoje, se encontra: na variante<br />
de Cacia (Aveiro). Trabalhava apenas uma<br />
marca de pneus, dispunha de um elevador e<br />
contava com duas máquinas (uma de alinhar;<br />
outra de desmontar), que eram operadas<br />
pelo único funcionário que existia, num<br />
espaço que não excedia os 200 m 2 . Com<br />
o passar <strong>dos</strong> anos, a casa foi aumentando.<br />
Até chegar aos cerca de 500 m 2 de hoje.<br />
E ainda tem mais 300 m 2 de terreno à sua<br />
disposição, caso queira crescer.<br />
Com 32 anos feitos em junho de 2017, a<br />
Super Rodão dispõe de oito colaboradores,<br />
cinco elevadores de tesoura e conta com<br />
a melhor máquina de alinhar direções do<br />
mercado. Mais: as suas instalações estão dotadas<br />
de equipamentos para pneus Run Flat,<br />
pneus pesa<strong>dos</strong> e para encher pneus com<br />
nitrogénio. Embora o seu forte seja a comercialização<br />
de pneus ligeiros (comerciais e 4x4<br />
incluí<strong>dos</strong>) novos de todas as marcas, com<br />
particular incidência na Falken, a empresa<br />
aveirense disponibiliza pneus de moto, pesa<strong>dos</strong><br />
e reconstruí<strong>dos</strong>. Pratica bons preços e<br />
dispõe de um serviço altamente profissional,<br />
onde impera o bom atendimento ao cliente<br />
e a total transparência.<br />
Panóplia de serviços<br />
Em relação às outras casas que proliferam pelo<br />
distrito de Aveiro, a Super Rodão diferencia-<br />
-se, também, pelo serviço de reparação de<br />
jantes (desempenar; retificar; pintar; soldar;<br />
polir), que já faz há 20 anos. “Reparar jantes<br />
requer muita mão de obra. Deu-nos muito<br />
trabalho quando instalámos este serviço<br />
até as jantes estarem perfeitas, mas foi uma<br />
forma de fazer crescer o nosso negócio”, revela<br />
Nelson Mortágua. “Reparar uma jante,<br />
implica desempená-la e retificá-la. Temos jato<br />
de areia para decapá-la. Depois, aplica-se um<br />
primário e coloca-se massa, se for necessário.<br />
A seguir, é aplicada lixa para despolir, pinta-se<br />
e enverniza-se. É um processo que requer muitas<br />
fases. Reparar uma jante não é colocá-la<br />
52 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017
Publireportagem<br />
REPRESENTAÇÃO FALKEN<br />
APOSTA GANHA<br />
Num distrito povoado de casas de pneus, como<br />
consegue a Super Rodão fazer a diferença? “No<br />
atendimento ao cliente, nos serviços e nos preços<br />
competitivos”, refere Nelson Mortágua. Que<br />
realça de seguida: “Tivemos a ‘sorte’ de, em 2015,<br />
nos termos associa<strong>dos</strong> ao Grupo Alves Bandeira<br />
para sermos representantes Falken no concelho<br />
de Aveiro. E bem dita a hora que a AB Tyres nos<br />
procurou. O balanço que faço é, por isso, extremamente<br />
positivo”.<br />
A boa relação preço/qualidade da Falken deixa<br />
qualquer cliente satisfeito. É, de resto, esta a opinião<br />
do sócio-gerente da Super Rodão. “Os pneus<br />
Falken equipam, de origem, vários automóveis e<br />
dispõem das melhores classificações. A Falken é<br />
a marca de pneus que mais vendo e a que maior<br />
procura tem tido. Com a Falken, conseguimos comercializar<br />
um produto premium com um preço<br />
mais acessível face às marcas concorrentes, o que<br />
acaba por ser vantajoso para nós e para o cliente”,<br />
afirma Nelson Mortágua. Para mais, a marca japonesa<br />
disponibiliza uma grande variedade de<br />
medidas, que vão até jantes de 21”.<br />
“A AB Tyres apoia-nos naquilo que precisamos e<br />
proporciona-nos acesso a formação. A Super Rodão<br />
cresce com a Falken e a marca cresce connosco. Só<br />
tenho a agradecer ao Grupo Alves Bandeira. Estou<br />
muito satisfeito”, enfatiza o responsável. Até final<br />
do passado mês de novembro, a Super Rodão já<br />
levava cerca de 1.600 pneus Falken vendi<strong>dos</strong> este<br />
ano. E conta encerrar 2017 com 1.800, o que, a<br />
confirmar-se, corresponderá ao dobro do volume<br />
registado em 2016. Para 2018, o objetivo da empresa<br />
aveirense passa por continuar a crescer...<br />
com a Falken.<br />
numa máquina e ela sai pronta”, explica o sócio-gerente.<br />
“Nas reparações mais pequenas,<br />
o cliente espera um pouco e entregamos-lhe<br />
o veículo. Já as reparações mais complicadas,<br />
demoram um pouco mais, ficando o veículo<br />
a pernoitar nas nossas instalações. O serviço<br />
de reparação de jantes representa entre 20<br />
a 25% do nosso volume de faturação”, frisa<br />
o responsável.<br />
Mecânica rápida, a Super Rodão não tem. Nem<br />
pensa vir a ter. Até porque não necessita. Além<br />
de to<strong>dos</strong> os serviços relaciona<strong>dos</strong> com pneus<br />
(onde se incluem alinhamentos de direção,<br />
equilíbrios e reparações de furos em veículos<br />
ligeiros e pesa<strong>dos</strong>), a casa aposta forte na<br />
venda da marca Falken, dispõe do supracitado<br />
serviço de jantes, faz focagem e polimento de<br />
SUPER RODÃO<br />
Sócio-gerente Nelson Mortágua<br />
Morada Estrada de Cacia<br />
(variante), Nacional 109, 3800 –<br />
533 Aveiro<br />
Telefone 234 911 381<br />
Email comercial@superrodao.com<br />
Site www.superrodao.com<br />
faróis, procede ao escurecimento de farolins e<br />
efetua personalização de viaturas. “Pintamos<br />
pinças de travão, capas de retrovisores, grelhas<br />
e outras pequenas secções da carroçaria. Qualquer<br />
que seja a cor que o cliente queira. Basta<br />
aceder à nossa página de Facebook para ver o<br />
portefólio <strong>dos</strong> trabalhos que realizámos”, diz<br />
Nelson Mortágua. Com cerca de 1.500 pneus<br />
em stock (existem sempre quatro unidades<br />
para cada medida), fruto, também, da Campanha<br />
de Natal, que decorrerá entre os dias<br />
1 de dezembro e 15 de janeiro (onde se inclui<br />
a marca Falken), a Super Rodão comercializa<br />
jantes novas, procede à montagem de pneus<br />
de moto, pinta jantes de moto e repara jantes<br />
de moto 4. Não existe nenhuma casa no<br />
distrito de Aveiro como esta. u<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 53
Conhecer<br />
Sistema de monitorização da pressão <strong>dos</strong> pneus<br />
pneus deve saber, previamente, se o veículo<br />
está equipado com TPMS, o tipo de sistema<br />
e se o mesmo é equipamento de origem ou<br />
se foi instalado no pós-venda.<br />
A presença de válvulas de borracha nas jantes<br />
indica, geralmente, que o veículo utiliza<br />
um sistema de monitorização da pressão<br />
<strong>dos</strong> pneus (TPMS) indireto, que compara as<br />
rotações <strong>dos</strong> pneus quando o veículo está<br />
em movimento através da monitorização <strong>dos</strong><br />
sensores de velocidade do ABS. Contudo, a<br />
partir de 2007 alguns veículos começaram<br />
a utilizar um TPMS direto com uma haste de<br />
válvula em borracha, que é difícil de distinguir<br />
visualmente de uma haste de válvula<br />
em borracha comum.<br />
Consegue identificar facilmente qual das<br />
hastes de válvula em borracha mostradas<br />
abaixo está ligada ao sensor de monitorização<br />
da pressão do pneu?<br />
Funcionamento e<br />
manutenção do TPMS<br />
Uma década após a obrigatoriedade da instalação do<br />
sistema TPMS em to<strong>dos</strong> os veículos de passageiros<br />
e comerciais ligeiros, abordamos, neste artigo, o seu<br />
funcionamento e manutenção<br />
O design é confirmado apenas pela resistência a uma<br />
flexão suave evidenciada pela válvula de borracha TPMS<br />
A presença de hastes de válvula em alumínio<br />
(em baixo à esquerda), aparafusadas através<br />
das jantes, indica, normalmente, que o<br />
veículo utiliza um TPMS direto, que recorre<br />
à montagem de sensores/transmissores de<br />
1<br />
1 – Sensor em válvula<br />
de alumínio<br />
2 – Sensor ligação em<br />
banda Ford<br />
2<br />
Os sistemas de monitorização da<br />
pressão <strong>dos</strong> pneus controlam,<br />
continuamente, a pressão através<br />
de sensores localiza<strong>dos</strong> nos pneus<br />
(sistema direto) ou através de sensores de<br />
velocidade da roda e de outros sensores no<br />
veículo (sistema indireto).<br />
A informação recolhida pelos sensores é<br />
transmitida a um processador de bordo,<br />
que interpreta os sinais e alerta o condutor<br />
quando a pressão <strong>dos</strong> pneus é inferior ao<br />
nível mínimo aceitável, acendendo o símbolo<br />
luminoso TPMS no painel de instrumentos.<br />
O sistema de monitorização de pressão <strong>dos</strong><br />
pneus (TPMS) permite, assim, aos proprietários<br />
de veículos monitorizarem os níveis<br />
de pressão <strong>dos</strong> pneus em tempo real e, com<br />
isso, aumentar a longevidade <strong>dos</strong> mesmos,<br />
incrementar a segurança, a poupança de<br />
combustível e reduzir os custos associa<strong>dos</strong><br />
aos pneus. Os fabricantes já investem bastante<br />
no desenvolvimento de pneus com<br />
baixa resistência ao rolamento e com uma<br />
grande vida útil. Contudo, assegurar a eficiência<br />
e durabilidade máxima não se fica pela<br />
fase do desenvolvimento. É essencial manter<br />
uma pressão correta de pneus perante<br />
condições como variação de temperatura e<br />
de estrada, bem como de carga, de modo a<br />
garantir uma performance em segurança e<br />
a máxima eficiência ambiental. E é aí que o<br />
inovador sistema de monitorização da pressão<br />
<strong>dos</strong> pneus entra.<br />
w MANUTENÇÃO DO TPMS<br />
Uma vez que são necessárias precauções extra<br />
de forma a não danificar o TPMS ao soltar<br />
o talão e ao desmontar o pneu, a oficina de<br />
pressão nas jantes. Contudo, alguns modelos<br />
anteriores de veículos da Ford incorporam<br />
monitores diretos de pressão de pneu (em<br />
cima à direita) com ligação em banda às jantes.<br />
Se estiver a ser utilizado um sistema TPMS<br />
direto e a pressão de ar for libertada do pneu,<br />
a válvula de pneu em alumínio (em conjunto<br />
com o sensor de pressão de pneu integrado)<br />
deverá ser desaparafusada de forma a “cair”<br />
suavemente no pneu e na jante ainda monta<strong>dos</strong>.<br />
Este procedimento ajuda a proteger<br />
os sensores de pressão de pneu (alguns com<br />
preços acima <strong>dos</strong> €200 quando adquiri<strong>dos</strong><br />
novos num concessionários) contra danos<br />
ao soltar o talão e ao desmontar o pneu. O<br />
pneu tem de ser retirado da jante de acordo<br />
com as instruções da máquina de desmontar.<br />
54 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017
w PEÇAS DE SUBSTITUIÇÃO TPMS<br />
PARA SENSORES DE FIXAÇÃO<br />
Sempre que os sensores TPMS em alumínio<br />
são removi<strong>dos</strong> de uma jante, é necessário<br />
montar uma anilha de borracha nova (também<br />
denominada o-ring ou vedante), uma<br />
porca de fixação em alumínio, um núcleo<br />
de válvula niquelado especial e uma tampa<br />
de válvula.<br />
Anilha de borracha, porca de fixação em alumínio,<br />
núcleo de válvula niquelado e tampa de válvula<br />
É importante que to<strong>dos</strong> os componentes<br />
sejam aperta<strong>dos</strong> de acordo com valores<br />
apropria<strong>dos</strong> para impedir fugas de ar. Não<br />
reutilizar a anilha de borracha, o núcleo de<br />
válvula e a porca de fixação originais, caso<br />
contrário poderão ocorrer fugas de ar. Além<br />
do mais, é importante manter a tampa da<br />
válvula original do sensor TPMS em alumínio.<br />
Núcleo de válvula<br />
em latão<br />
Núcleos de válvula<br />
niquela<strong>dos</strong><br />
Notas: Um núcleo de válvula em latão comum<br />
(utilizado numa haste de válvula de<br />
um sensor de pressão de pneu em alumínio<br />
irá provocar corrosão galvânica e o núcleo<br />
de válvula em latão irá, eventualmente, ficar<br />
preso no cilindro em alumínio da válvula.<br />
Nas hastes de válvula de sensor de pressão<br />
de pneu em alumínio, devem ser utiliza<strong>dos</strong><br />
unicamente núcleos de válvula niquela<strong>dos</strong><br />
especiais).<br />
w PEÇAS DE SUBSTITUIÇÃO PARA<br />
SENSORES BASEADOS EM VÁLVULA<br />
DE ENCAIXE EM BORRACHA<br />
Sempre que um sensor TPMS baseado em<br />
válvula de encaixe em borracha é retirado de<br />
uma jante, é necessário utilizar uma válvula<br />
de encaixe em borracha nova desenhada<br />
para aceitar o sensor TPMS. Não reutilizar a<br />
válvula de encaixe em borracha e o núcleo<br />
de válvula originais, caso contrário poderão<br />
ocorrer fugas de ar.<br />
É importante que o parafuso/porca de fixação<br />
do sensor TPMS esteja apertado(a) com o<br />
valor adequado. u<br />
TPMS AUMENTA RENTABILIDADE DAS TRANSPORTADORAS<br />
A pressão do pneu não afeta somente a resistência<br />
ao rolamento mas, também, o desgaste. Um<br />
pneu com pressão baixa consumirá mais combustível<br />
e fará menos quilómetros antes sequer de<br />
precisar de ser substituído. Esta redução de quilometragem<br />
significa que mais pneus terão de ser<br />
produzi<strong>dos</strong>, utilizar-se-ão mais matérias-primas<br />
e haverá maior consumo de energia no processo.<br />
Da<strong>dos</strong> recolhi<strong>dos</strong> por um fabricante de pneus<br />
premium durante a afinação de sensores para frotas<br />
confirmaram que, em média, 20% <strong>dos</strong> pneus<br />
usa<strong>dos</strong> nas frotas sem um programa de controlo e<br />
monitorização de pressão operam em níveis 10%<br />
inferiores ao recomendável, <strong>dos</strong> quais 5% operam<br />
a 20% menos do que esse valor. Por outras palavras,<br />
um em cada cinco pneus numa frota típica<br />
têm um impacto negativo significativo, não só no<br />
ambiente como na eficiência operacional das frotas<br />
e, como tal, na competitividade. O TPMS ajuda a<br />
reduzir custos ambientais indiretos e operacionais<br />
das empresas de transportes com grandes frotas,<br />
A válvula de encaixe em borracha<br />
compatível com TPMS inclui o parafuso<br />
de fixação do sensor, o núcleo da válvula<br />
e a tampa da válvula<br />
A válvula de encaixe em borracha<br />
compatível com TPMS inclui a porca de<br />
fixação do sensor, o núcleo da válvula e a<br />
tampa da válvula<br />
por via de um sistema de sensores instala<strong>dos</strong> nas<br />
válvulas <strong>dos</strong> pneus. Cada sensor contém um transmissor<br />
no interior, que envia da<strong>dos</strong> através de uma<br />
conexão wireless. Em cada veículo equipado com<br />
TPMS, os recetores recolhem da<strong>dos</strong> e enviam-nos<br />
para um servidor centralizado, através de uma rede<br />
de processamento GPRS. Um software de gestão<br />
de frota recolhe, por sua vez, os da<strong>dos</strong> e envia,<br />
automaticamente, alertas de manutenção para o<br />
gestor de frota e parceiro de serviço cada vez que a<br />
pressão de um pneu específico desce abaixo de um<br />
nível de tolerância pré-definido. O pneu com pouca<br />
pressão é especificamente identificado para o parceiro<br />
de serviço, para que se possa intervir rapidamente.<br />
Para frotas mais pequenas, uma nova app<br />
para smartphone, utilizada em conjunto com um<br />
dispositivo manual de receção, pode oferecer uma<br />
alternativa mais económica em relação à solução<br />
de um portal. Com o TPMS integrado num pacote<br />
de serviço de frotas, qualquer uma pode garantir<br />
operações com níveis de pressão ideais.<br />
INFORMAÇÃO PARA OS CONDUTORES<br />
O MEU VEÍCULO TEM TPMS?<br />
É obrigatório que to<strong>dos</strong> os veículos de passageiros<br />
e comerciais ligeiros a partir do ano<br />
2008 ou mais recentes sejam equipa<strong>dos</strong> com<br />
este dispositivo.<br />
Qual é o aspeto do símbolo TPMS?<br />
Existem dois indicadores de alerta de pressão<br />
baixa nos pneus permiti<strong>dos</strong>. Um ícone é a secção<br />
transversal de um pneu com um ponto de<br />
exclamação no interior. Outro é a vista superior<br />
de um automóvel com os quatro pneus expostos.<br />
Independentemente do ícone TPMS utilizado<br />
pelo veículo, o símbolo irá acender-se no<br />
painel de instrumentos caso algum pneu tenha<br />
pressão de insuflação abaixo da estipulada.<br />
O que significa se o símbolo TPMS se acender?<br />
Se o símbolo TPMS se acender no painel de instrumentos,<br />
significa que, pelo menos, um <strong>dos</strong><br />
pneus não tem pressão suficiente. Deverá inspecionar<br />
e verificar a pressão <strong>dos</strong> pneus assim<br />
que possível. O símbolo apagar-se-á quando os<br />
pneus apresentarem uma pressão adequada.<br />
O que significa se o símbolo TPMS se acender<br />
e apagar?<br />
Em manhãs frias, o símbolo TPMS poderá acender-se<br />
durante um breve período de tempo e<br />
depois desligar-se. Isto é provocado provavelmente<br />
por uma pressão baixa marginal, que<br />
desce abaixo do limite de alerta durante a noite<br />
mas que volta a subir para um nível aceitável à<br />
medida que o pneu aquece, devido ao funcionamento<br />
do veículo ou a um aumento das temperaturas<br />
externas. Se o símbolo TPMS se acender<br />
e apagar deverá inspecionar e verificar a pressão<br />
<strong>dos</strong> pneus. A luz não deverá acender-se se<br />
os pneus tiverem uma pressão adequada.<br />
O que significa se a luz de aviso se acender<br />
e apagar de forma intermitente e depois<br />
permanecer acesa?<br />
É obrigatório que to<strong>dos</strong> os TPMS instala<strong>dos</strong><br />
em veículos do ano 2008 e seguintes detetem<br />
e alertem o condutor se o sistema não estiver<br />
a funcionar corretamente. Se o símbolo TPMS<br />
acender e apagar de forma intermitente durante<br />
60 a 90 segun<strong>dos</strong> e a luz de aviso permanecer<br />
acesa após a sequência intermitente,<br />
poderá ser indicação de avaria no sistema. A<br />
sequência intermitente seguida por iluminação<br />
contínua da luz de aviso irá repetir-se em cada<br />
arranque subsequente do veículo até a avaria<br />
ser corrigida.<br />
Se o símbolo TPMS estiver aceso não<br />
era suposto eu ter reparado que os meus<br />
pneus não têm pressão suficiente?<br />
É difícil detetar visualmente pneus com pressão<br />
insuficiente. É recomendável inspecionar<br />
os pneus to<strong>dos</strong> os meses com um manómetro<br />
preciso. O TPMS não se destina a substituir a<br />
manutenção regular <strong>dos</strong> pneus.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 55
Técnica<br />
Achatamento de pneus<br />
Origem,<br />
causas e<br />
soluções<br />
O achatamento de pneus pode<br />
ser temporário ou, nos casos mais<br />
graves, permanente. A gravidade de<br />
um achatamento está geralmente<br />
relacionada com a dimensão do<br />
pneu, a estrutura interna, a carga, a<br />
temperatura ambiente e o tempo de<br />
imobilização decorrido<br />
Alguma vez sentiu uma perturbação<br />
ou oscilação durante os primeiros<br />
quilómetros de condução após o<br />
veículo ter estado estacionado<br />
durante alguns dias, semanas ou meses?<br />
Em seguida, após alguns quilómetros, a<br />
condução fica mais suave e parece normal.<br />
Esta condição é geralmente denominada de<br />
achatamento, porque é utilizada para descrever<br />
a formação de um achatamento temporário<br />
nos pneus que pode ocorrer quando<br />
um veículo está estacionado.<br />
Muitos pneus de alto desempenho ou de<br />
competição, com índices de velocidade eleva<strong>dos</strong>,<br />
ou de veículos pesa<strong>dos</strong>, dispõem de<br />
“memória”. Continuam a registar a posição<br />
na qual estiveram estaciona<strong>dos</strong> pela última<br />
vez depois de voltarem a rolar. Infelizmente,<br />
esta “memória” pode revelar-se problemática<br />
quando os pneus experienciam grandes<br />
oscilações na temperatura ambiente, se estiverem<br />
estaciona<strong>dos</strong> durante a noite com<br />
temperaturas baixas ou se permanecerem<br />
estaciona<strong>dos</strong> durante um longo período de<br />
tempo, uma vez que é a falta de uso que está<br />
na origem do achatamento.<br />
Enquanto rolam, os pneus alternam entre os<br />
esta<strong>dos</strong> de distensão e carga cerca de 800<br />
vezes a cada dois quilómetros. Esta deformação<br />
constante gera calor, tornando os pneus<br />
mais flexíveis. Mas depois de estaciona<strong>dos</strong>,<br />
a zona em contacto com o solo (a superfície<br />
de apoio do pneu) achata ao ser pressionada<br />
contra a superfície plana da estrada<br />
enquanto os pneus arrefecem. É este fenómeno<br />
que está na origem do achatamento. E<br />
até o pneu aquecer novamente, as zonas de<br />
achatamento de cada pneu poderão causar<br />
perturbações na condução, que se farão sentir<br />
durante os primeiros quilómetros quando o<br />
automóvel for conduzido novamente.<br />
O achatamento pode ser temporário (o pneu<br />
retoma a forma circular ao aquecer durante a<br />
condução) ou, nos casos mais graves, permanente<br />
(ou seja, a qualidade de condução do<br />
pneu é, efetivamente, destruída). A gravidade<br />
de um achatamento está, regra geral, relacionada<br />
com a dimensão do pneu, a estrutura<br />
interna, a carga, a temperatura ambiente e<br />
o tempo de imobilização decorrido.<br />
Os pneus com razão nominal de aspeto reduzida<br />
apresentam menor flexão nos flancos,<br />
devido à dimensão reduzida <strong>dos</strong> flancos e<br />
ao facto de grande parte da sua capacidade<br />
de carga ser absorvida pela deformação das<br />
suas superfícies de apoio amplas. Os com-<br />
postos <strong>dos</strong> pisos e as construções internas<br />
firmes com reforço em nylon utilizadas em<br />
pneus de alto desempenho e com índices<br />
de velocidade eleva<strong>dos</strong> são mais suscetíveis<br />
ao achatamento.<br />
As cargas pesadas e as pressões demasiado<br />
baixas nos pneus (subenchimento) permitem<br />
uma maior deformação nas zonas em contacto<br />
com o solo. Esta característica permite<br />
uma deformação ainda maior, aumentando<br />
a gravidade do achatamento. A baixa temperatura<br />
ambiente torna os compostos de borracha<br />
mais rígi<strong>dos</strong>, aumentando a tendência<br />
para o achatamento. Quanto mais tempo os<br />
pneus permanecerem estacionários, maior<br />
será a possibilidade de “lembrarem” a posição<br />
na qual ficaram estaciona<strong>dos</strong> pela última<br />
vez. Os pneus de veículos armazena<strong>dos</strong> em<br />
contacto com o solo durante vários meses<br />
poderão manter o achatamento de forma<br />
permanente.<br />
w PNEUS COM ACHATAMENTO DEVIDO<br />
A ESTACIONAMENTO/ARMAZENAGEM<br />
Embora não haja forma de evitar completamente<br />
o achatamento temporário <strong>dos</strong> pneus,<br />
saber o que esperar em diferentes condições<br />
poderá ajudar a minimizar esta inconveniên-<br />
56 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017
cia. É importante verificar e repor a pressão<br />
de enchimento <strong>dos</strong> pneus de acordo com<br />
as recomendações do fabricante do veículo,<br />
indicadas na placa de identificação do veículo<br />
ou no manual do proprietário ao retirar um<br />
veículo de armazenamento.<br />
O achamento <strong>dos</strong> pneus deverá ser mais<br />
percetível ao iniciar a condução de um veículo<br />
que esteve armazenado de forma incorreta<br />
(com o peso do veículo a pressionar<br />
os pneus contra o solo). Ao armazenar um<br />
veículo por um período superior a algumas<br />
semanas, será melhor conduzir o mesmo até<br />
este aquecer convenientemente e colocá-lo<br />
imediatamente sobre “calços” ao chegar ao<br />
local de armazenamento. Este procedimento<br />
retira totalmente a carga sobre os pneus. Ignorar<br />
este procedimento num veículo que<br />
vai permanecer armazenado durante alguns<br />
meses, aumenta o risco de achatamento permanente<br />
<strong>dos</strong> pneus.<br />
O achatamento também poderá ser percetível<br />
ao iniciar a condução de um veículo que<br />
permaneceu imobilizado durante alguns dias<br />
ou durante os meses mais frios no inverno<br />
se o veículo tiver sido estacionado durante<br />
a noite. Contudo, geralmente este tipo de<br />
achatamento desaparece após alguns quilómetros<br />
de condução.<br />
Normalmente, durante o dia, a temperatura<br />
ambiente mais quente e a utilização mais frequente<br />
do veículo não permitem a formação<br />
de achatamento. Contudo, sempre que um<br />
veículo é submetido a intervenções relacionadas<br />
com a condução (rotação <strong>dos</strong> pneus,<br />
equilibragem, diagnóstico de perturbações<br />
na condução), o veículo deverá ser conduzido<br />
durante 10 a 15 km imediatamente antes de<br />
ser elevado na oficina, de modo a evitar que<br />
um achatamento temporário impeça a deteção,<br />
o isolamento e a correção da origem<br />
da perturbação na condução.<br />
E, por fim, o achatamento <strong>dos</strong> pneus também<br />
será percetível no início de cada sessão<br />
numa escola de condução, num track day de<br />
um evento ou numa corrida. Sempre que<br />
o automóvel volta à boxe, o veículo deverá<br />
ser elevado do solo imediatamente para<br />
impedir a formação de achatamento (isto<br />
também permitirá que o automóvel tenha<br />
uma condução mais estável no início de cada<br />
sessão no circuito). Este procedimento também<br />
permite a limpeza de detritos <strong>dos</strong> pneus<br />
quentes enquanto são inspeciona<strong>dos</strong> quanto<br />
a furos ou cortes. Se observarmos uma equipa<br />
de competição profissional numa prova de<br />
automóveis, veremos que retiram sempre<br />
os pneus de corrida imediatamente após a<br />
paragem na boxe no final de uma sessão (caso<br />
pretendam continuar a utilizar os pneus).<br />
w PNEUS COM ACHATAMENTO DEVIDO<br />
A BLOQUEIO DOS TRAVÕES/DERRAPAGEM<br />
Já reparou que durante uma travagem de<br />
emergência numa reta a pressão exercida<br />
pelo condutor no pedal do travão pode ser<br />
tão intensa que os travões bloqueiam levando<br />
o veículo a derrapar?<br />
As travagens de emergência em veículos<br />
não equipa<strong>dos</strong> com sistema de travagem<br />
antibloqueio (ABS) têm tipicamente dois efeitos<br />
secundários constantes: marcas longas<br />
de derrapagem no pavimento e pneus com<br />
achatamento permanente, uma vez que os<br />
pisos são sacrifica<strong>dos</strong> para assegurar a paragem<br />
do veículo.<br />
O bloqueio <strong>dos</strong> travões resulta em perda do<br />
controlo direcional do veículo e em distâncias<br />
de travagem mais prolongadas. Por conseguinte,<br />
os condutores deverão evitar sempre<br />
este tipo de travagem. Contudo, as circunstâncias<br />
inesperadas do momento poderão<br />
excluir outras alternativas. E é, claramente,<br />
menos dispendioso substituir um conjunto<br />
de pneus do que pagar a reparação de danos<br />
provoca<strong>dos</strong> por uma colisão numa oficina.<br />
Outra causa de achatamento nos pneus está<br />
ligada a derrapagens laterais ou a inversões<br />
bruscas do sentido de marcha do veículo. Se<br />
os pneus não estiverem a rolar, o movimento<br />
lateral da fricção do pneu contra o pavimento<br />
irá resultar em achatamento. Uma travagem<br />
com os travões bloquea<strong>dos</strong> dará origem a<br />
uma zona de achatamento no piso que tornará<br />
o pneu irreparável.<br />
w TRAVAGEM EM VEÍCULOS<br />
NÃO EQUIPADOS COM ABS<br />
A travagem no limite é uma técnica de condução<br />
de alto desempenho que permite ao<br />
condutor abrandar o veículo até à velocidade<br />
ideal, pressionando o travão apenas<br />
o suficiente para manter os pneus no limite<br />
da tração antes de começarem a derrapar.<br />
Impedir que os pneus derrapem de forma<br />
descontrolada na estrada reduz as distâncias<br />
de travagem e ajuda o condutor a manter o<br />
controlo direcional, além de diminuir a percentagem<br />
de fricção entre o piso e a estrada.<br />
Em caso de deteção de bloqueio de travagem,<br />
diminuir ligeiramente a pressão no pedal do<br />
travão e/ou bombear os travões irá ajudar o<br />
condutor a recuperar o controlo direcional.<br />
w SISTEMA DE TRAVAGEM ANTIBLOQUEIO (ABS)<br />
Ao intervir automaticamente para impedir<br />
o bloqueio <strong>dos</strong> pneus e para evitar uma<br />
derrapagem descontrolada, o sistema de<br />
travagem antibloqueio (ABS) permite que<br />
os pneus mantenham contacto com a estrada<br />
enquanto rolam durante a travagem.<br />
O ABS protege os pneus da formação de<br />
achatamento ao bombear, repetidamente,<br />
os travões com uma rapidez humanamente<br />
inatingível. Além de reduzir os danos nos<br />
pneus, o ABS proporciona melhor controlo do<br />
veículo e, geralmente, diminui as distâncias<br />
de travagem em estradas com piso escorregadio.<br />
Em caso de travagem de emergência,<br />
ao conduzir um veículo equipado com ABS,<br />
é normal sentir uma vibração no pedal do<br />
travão. Os condutores nunca devem bombear<br />
os travões e devem manter uma pressão firme<br />
no pedal até o veículo parar completamente.<br />
Um sistema ABS a funcionar corretamente<br />
irá impedir a formação de achatamento. u<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 57
Técnica<br />
Rotação de pneus<br />
Quando deve a rotação<br />
de pneus ser realizada?<br />
Os pneus devem ser alvo de manutenção periódica seguindo os padrões<br />
de rotação indica<strong>dos</strong> no manual do proprietário do veículo ou de acordo<br />
com o convencionado pela indústria<br />
Utilizar a rotação <strong>dos</strong> pneus como<br />
medida de manutenção preventiva<br />
permitirá equilibrar os índices<br />
de desgaste entre a dianteira e a<br />
traseira e entre as laterais, aumentando, simultaneamente,<br />
a qualidade do desgaste<br />
e o ruído padrão. Quaisquer diferenças na<br />
profundidade do piso entre a dianteira e a<br />
traseira que possam ser encontradas imediatamente<br />
após a rotação de pneus com<br />
intervalos de 5.000 a 8.000 km, não afetarão<br />
o equilíbrio em aquaplaning do veículo e<br />
não deverão impedir a rotação de pneus.<br />
Nesse sentido, quaisquer diferenças nos<br />
índices de desgaste serão, na verdade, um<br />
indicativo de que a rotação de pneus deve<br />
ser realizada com maior frequência.<br />
Quando efetuada de acordo com os perío<strong>dos</strong><br />
recomenda<strong>dos</strong>, a rotação de pneus permite<br />
manter o equilíbrio da manobrabilidade e<br />
da tração, bem como nivelar o desgaste <strong>dos</strong><br />
pneus. A rotação de pneus pode, inclusivamente,<br />
proporcionar vantagens ao nível do<br />
desempenho.<br />
A rotação pode ser vantajosa de várias formas.<br />
Quando realizada de acordo com os<br />
perío<strong>dos</strong> recomenda<strong>dos</strong>, permite manter o<br />
equilíbrio da manobrabilidade e da tração,<br />
assim como nivelar o desgaste <strong>dos</strong> pneus.<br />
A rotação de pneus pode até proporcionar<br />
vantagens ao nível do desempenho.<br />
w QUANDO DEVE A ROTAÇÃO<br />
DE PNEUS SER REALIZADA?<br />
É recomendável que a rotação <strong>dos</strong> pneus<br />
seja realizada a cada 5.000 a 8.000 km,<br />
caso não evidenciem sinais de desgaste.<br />
A rotação de pneus pode, geralmente, ser<br />
efetuada de acordo com os intervalos de<br />
58 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017
mudança de óleo enquanto o veículo não<br />
está no solo. Esta poderá ser, também, uma<br />
boa altura para equilibrar os pneus caso o<br />
veículo evidencie alguma vibração. É ainda<br />
uma boa oportunidade para inspecionar<br />
os pneus quanto a danos, remover pedras<br />
ou detritos do piso do pneu, assim como<br />
verificar se existe desgaste desigual analisando<br />
a profundidade do piso <strong>dos</strong> pneus e,<br />
naturalmente, verificar a sua pressão.<br />
A rotação de pneus ajuda a nivelar o desgaste<br />
<strong>dos</strong> pneus, permitindo que cada pneu<br />
seja utilizado no maior número de posições<br />
possível no veículo. Não esquecer que a rotação<br />
de pneus não corrige problemas de<br />
desgaste resultantes de peças mecânicas<br />
com desgaste ou de pressões de enchimento<br />
incorretas.<br />
Embora os veículos sejam tipicamente<br />
equipa<strong>dos</strong> com quatro pneus, normalmente<br />
os pneus no eixo dianteiro têm de<br />
desempenhar funções muito diferentes daquelas<br />
que estão confiadas aos pneus do<br />
eixo traseiro. As funções a desempenhar<br />
por um veículo com tração dianteira são,<br />
consideravelmente, diferentes daquelas<br />
exigidas a um veículo com tração traseira.<br />
O desgaste <strong>dos</strong> pneus verificado num veículo<br />
desportivo é, geralmente, mais acentuado<br />
do que numa berlina familiar. Cada posição<br />
do pneu pode provocar diferentes índices<br />
e tipos de desgaste.<br />
É vantajoso que os quatro pneus tenham<br />
um desgaste uniforme, porque, à medida<br />
que o desgaste reduz a profundidade do<br />
piso <strong>dos</strong> pneus, os quatro vão responder<br />
mais rapidamente às manobras do condutor,<br />
mantendo a manobrabilidade e ajudando<br />
a aumentar a tração <strong>dos</strong> pneus em curva.<br />
Se os pneus tiverem um desgaste uniforme,<br />
o condutor poderá comprar um conjunto de<br />
pneus sem ser forçado a comprar pares. Ao<br />
substituir os pneus em conjuntos de quatro,<br />
irá manter o equilíbrio de comportamento<br />
original. Além do mais, as marcas introduzem,<br />
constantemente, novos pneus, com<br />
melhorias ao nível do desempenho relativamente<br />
aos produtos anteriores. Aos<br />
substituir os seus pneus em conjuntos de<br />
quatro, estará a experimentar a tecnologia<br />
de hoje, em vez de ser forçado a acompanhar<br />
a tecnologia do passado.<br />
w MUDANÇAS SAZONAIS PROPORCIONAM<br />
OPORTUNIDADES PARA ROTAÇÃO DE PNEUS<br />
Para os condutores que vivem nas regiões<br />
mais chuvosas, com neve e que se deparam<br />
com condições invernosas, as mudanças<br />
sazonais que envolvem a colocação e a remoção<br />
<strong>dos</strong> pneus de inverno proporcionam<br />
uma oportunidade para rotação de pneus.<br />
Para condutores que percorram uma média<br />
de 20.000 a 25.000 km por ano, as mudanças<br />
de pneus pré e pós-inverno representam<br />
duas das suas três rotações anuais. Basta-<br />
-lhe fazer a rotação <strong>dos</strong> seus pneus de verão<br />
uma vez mais em julho, para concluir a sua<br />
manutenção preventiva anual.<br />
w QUATRO (4) ROTAÇÃO DE PNEUS<br />
Que padrão de rotação de pneus devemos<br />
seguir? A indústria identificou três padrões<br />
de rotação tradicionais, que abrangem a<br />
maioria <strong>dos</strong> veículos (equipa<strong>dos</strong> com pneus<br />
não direcionais e jantes com a mesma dimensão<br />
e profundidade). Sendo o primeiro o<br />
padrão “Cruzamento para a traseira” (Figura<br />
A); o segundo “Cruzamento para a dianteira”<br />
(Figura C); o terceiro “Padrão em X” (Figura<br />
B). O “Padrão em X” pode ser utilizado como<br />
uma alternativa à figura A ou C.<br />
As tendências atuais no que respeita a pneus<br />
e jantes de alto desempenho tornaram necessária<br />
a criação de dois padrões adicionais<br />
de rotação de pneus.<br />
l O padrão “De trás para a frente” (Figura D)<br />
pode ser utilizado em veículos equipa<strong>dos</strong><br />
com jantes direcionais idênticas e/ou pneus<br />
direcionais idênticos.<br />
l O padrão “Lado-a-Lado” (Figura E) pode ser<br />
utilizado em veículos equipa<strong>dos</strong> com pneus<br />
e jantes não direcionais com dimensões di-<br />
D De trás para a frente<br />
FRENTE<br />
TRÁS<br />
Jantes e pneus<br />
direcionais idênticos<br />
E Lado-a-lado<br />
Jantes e pneus não<br />
direcionais com<br />
dimensões diferentes<br />
A Cruzamento para a traseira<br />
FRENTE<br />
TRÁS<br />
B Padrão em X<br />
FRENTE<br />
TRÁS<br />
C Cruzamento para a dianteira<br />
FRENTE<br />
TRÁS<br />
ferentes no eixo dianteiro e no eixo traseiro.<br />
Se os dois últimos padrões de rotação não<br />
proporcionarem um desgaste uniforme, será<br />
necessário desmontar, montar e reequilibrar<br />
para proceder à rotação de pneus.<br />
Em veículos que utilizam pneus e jantes<br />
direcionais com dimensões diferentes e/<br />
ou jantes com profundidades diferentes<br />
na dianteira e na traseira, será necessário<br />
desmontar, montar e reequilibrar para proceder<br />
à rotação de pneus.<br />
Veículos com tração traseira ou tração às quatro rodas<br />
Veíciulos com tração<br />
dianteira (também pode ser<br />
utilizada a opção B)<br />
w CINCO (5) ROTAÇÃO DE PNEUS<br />
Embora muitos veículos estejam equipa<strong>dos</strong><br />
com sobresselentes temporários que<br />
não podem ser incluí<strong>dos</strong> num programa de<br />
rotação de pneus, se as quatro jantes e os<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 59
Técnica<br />
Rotação de pneus<br />
pneus no solo forem idênticos à jante e ao<br />
pneu sobresselente (se forem não direcionais<br />
e não estiverem identifica<strong>dos</strong> para “utilização<br />
temporária”), o sobresselente deverá<br />
ser incluído no padrão de rotação de pneus.<br />
Siga as recomendações do fabricante do<br />
veículo relativamente aos procedimentos de<br />
rotação de pneus ou se estas não estiverem<br />
disponíveis, introduza o sobresselente na<br />
posição traseira à direita em cada rotação.<br />
Coloque na bagageira o pneu que ocuparia<br />
essa posição para que seja utilizado como<br />
sobresselente até à próxima rotação.<br />
l Em automóveis de tração dianteira com<br />
sobresselente de dimensões normais, a<br />
rotação de pneus deve ser realizada de<br />
acordo com o padrão de cruzamento para<br />
a dianteira (Figura F).<br />
l Em automóveis de tração traseira ou tração<br />
às quatro rodas com sobresselente de<br />
dimensões normais, a rotação de pneus deve<br />
ser realizada de acordo com o padrão de<br />
cruzamento para a traseira (Figura G).<br />
Cinco rotações de pneus resultam numa<br />
utilização uniforme, que ajudará a manter<br />
profundidades de piso equivalentes<br />
nos cinco pneus ao longo da vida útil <strong>dos</strong><br />
mesmos. No que respeita a muitos veículos<br />
de tração às quatro rodas (tração integral),<br />
F Cruzamento para a dianteira<br />
FRENTE<br />
TRÁS<br />
Veículos de tração dianteira com sobresselente de<br />
dimensões normais<br />
este procedimento é necessário para evitar a<br />
ocorrência de danos na transmissão devido<br />
a um furo sem seja necessário montar um<br />
pneu sobresselente novo em simultâneo<br />
com três pneus com desgaste parcial nas<br />
restantes posições.<br />
w SEIS (6) ROTAÇÃO DE PNEUS<br />
Em veículos com rodado traseiro duplo e<br />
pneus não direcionais do mesmo tipo e com<br />
G Cruzamento para a traseira<br />
FRENTE<br />
TRÁS<br />
Veículos de tração traseira ou tração às quatro rodas<br />
com sobresselente de dimensões normais<br />
a mesma dimensão em todas as seis posições,<br />
é possível optar por um <strong>dos</strong> seguintes<br />
padrões de rotação (Figuras H e I) tendo em<br />
consideração a sensibilidade do padrão e<br />
do índice de desgaste <strong>dos</strong> roda<strong>dos</strong> traseiros<br />
duplos no que respeita a diferenças significativas<br />
na profundidade do piso dentro de<br />
cada par. Em veículos com pneus de tipos<br />
e/ou dimensões diferentes nos eixos dianteiro<br />
e traseiro, deverá ser utilizado apenas<br />
o padrão de rotação ilustrado na Figura I,<br />
com rotação no eixo lado-a-lado mas não<br />
entre a dianteira e a traseira.<br />
w ROTAÇÃO DE PNEUS COM PREGOS /<br />
PNEUS DE NEVE<br />
Para obter o melhor desempenho possível<br />
no inverno e uma maior vida útil de um conjunto<br />
de pneus com pregos, estes devem ser<br />
roda<strong>dos</strong> periodicamente para que partilhem,<br />
uniformemente, o volume de trabalho do<br />
veículo. A rotação de pneus permite que os<br />
quatro pneus mantenham um índice de desgaste<br />
equivalente ao longo da sua vida útil,<br />
apesar das diferentes exigências sentidas<br />
nas posições direcionais e não direcionais<br />
de um veículo bem como no eixo motor vs<br />
eixo não motor. As profundidades de piso<br />
equivalentes resultantes vão ajudar a equilibrar<br />
os níveis de tração e as características<br />
de manobrabilidade, para além de ajudarem<br />
o condutor a prolongar a vida útil do seu<br />
conjunto de quatro pneus.<br />
Os especialistas recomendam que a rotação<br />
de pneus com pregos seja realizada no início<br />
de cada temporada de inverno ou a cada<br />
6.500 km, conforme o que ocorrer primeiro.<br />
O sentido de rodagem <strong>dos</strong> pneus com pregos<br />
nunca deve ser alterado. Isto pode ser<br />
conseguido através da rotação de pneus<br />
da dianteira para a traseira no mesmo lado<br />
do veículo.<br />
60 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017
Também é permitida a remontagem de<br />
pneus nas jantes com o lado interior para<br />
fora, de modo a que possam ser utiliza<strong>dos</strong><br />
no outro lado do veículo em caso de desgaste<br />
desigual devido ao camber.<br />
H Seis rotação de pneus<br />
FRENTE<br />
I Seis rotação de pneus<br />
FRENTE<br />
w MISTURA DE PNEUS<br />
Regra geral, não deve haver mistura de<br />
pneus em qualquer veículo, exceto se tal<br />
for especificado como aceitável pelo fabricante<br />
do pneu ou do veículo. Os condutores<br />
devem evitar misturar pneus com padrões<br />
de piso, construções internas ou dimensões<br />
diferentes. Devem utilizar pneus idênticos<br />
em todas as posições de pneu do veículo<br />
para manter o melhor controlo e a melhor<br />
estabilidade. Adicionalmente, os condutores<br />
nunca deverão misturar pneus de inverno<br />
com pneus para todas as estações/pneus<br />
de verão, nem misturar pneus Run Flat com<br />
pneus não Run Flat.<br />
Este é um <strong>dos</strong> motivos pelos quais é recomendável<br />
que o desgaste ocorra de forma<br />
simultânea em to<strong>dos</strong> os pneus. É confirmação<br />
de que o design do veículo, as condições<br />
de condução e os hábitos de manutenção<br />
funcionam em conjunto para uniformizar<br />
o desgaste e o desempenho <strong>dos</strong> pneus. É,<br />
também, uma forma de os condutores comprovarem<br />
que rentabilizaram ao máximo os<br />
pneus atuais e permite que escolham um<br />
conjunto de substituição com vista a manter<br />
as capacidades de equipamento original<br />
(OE) <strong>dos</strong> pneus ou a otimizar as qualidades<br />
do veículo, para que este se adapte ainda<br />
melhor às suas necessidades.<br />
Infelizmente, nem sempre é possível conseguir<br />
que o desgaste ocorra de forma simultânea<br />
em to<strong>dos</strong> os pneus. Por vezes, o<br />
design do veículo, a utilização de pneus com<br />
dimensões diferentes nos eixos dianteiro e<br />
TRÁS<br />
traseiro, uma manutenção inadequada e/<br />
ou as condições de condução impedem que<br />
tal aconteça.<br />
Se o desgaste não ocorrer de forma simultânea<br />
em to<strong>dos</strong> os pneus, os condutores são<br />
força<strong>dos</strong> a optar entre comprar um conjunto<br />
de pneus novos (abdicando do valor <strong>dos</strong><br />
dois pneus ainda não totalmente desgasta<strong>dos</strong>)<br />
ou comprar apenas um par de pneus<br />
de substituição. Ainda que a aquisição de<br />
um conjunto de pneus novos seja a melhor<br />
opção, porque permite manter o equilíbrio<br />
de comportamento projetado para o veículo<br />
e recuperar a tração em condições atmosféricas<br />
adversas, é, também, a opção<br />
mais dispendiosa. E embora a compra de<br />
um par de pneus de substituição reduza a<br />
TRÁS<br />
despesa no imediato, esta opção implica<br />
a escolha entre pneus iguais, equivalentes<br />
ou alternativos.<br />
Dos três tipos, a melhor opção é escolher<br />
pneus iguais aos que se encontram no veículo.<br />
Deste modo, estamos a assegurar que<br />
as dimensões físicas, a construção interna,<br />
o desenho e o composto do piso são iguais<br />
aos <strong>dos</strong> pneus a substituir.<br />
A segunda opção é escolher pneus equivalentes<br />
com a mesma categoria de desempenho<br />
e com as mesmas características <strong>dos</strong><br />
originais no que respeita a índice de velocidade,<br />
comportamento e tração. Embora esta<br />
alternativa não seja tão recomendável como<br />
escolher pneus iguais aos que se encontram<br />
no veículo, poderá tornar-se numa opção<br />
necessária quando os pneus originais já<br />
não estiverem disponíveis. A terceira opção,<br />
escolher pneus alternativos, só deverá ser<br />
considerada como uma solução temporária<br />
numa situação de emergência. A utilização<br />
de pneus alternativos de uma categoria de<br />
desempenho diferente com dimensões alternativas<br />
ou índices de velocidade diferentes,<br />
poderá desequilibrar o comportamento do<br />
veículo em condições atmosféricas adversas<br />
ou numa situação de emergência em que<br />
o mesmo seja levado ao limite.<br />
Uma vez que os pneus desempenham um<br />
papel tão importante nas características de<br />
conforto e nas capacidades de manobrabilidade<br />
de to<strong>dos</strong> os veículos, a melhor opção<br />
será conduzir sempre com pneus idênticos<br />
em to<strong>dos</strong> detalhes, incluindo marca, modelo,<br />
dimensões e profundidade de piso restante.<br />
Qualquer outra opção, envolverá sempre<br />
algum tipo de compromisso. u<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 61
Avaliação obrigatória<br />
Volkswagen Golf GTE<br />
Dupla personalidade<br />
Retocado esteticamente e atualizado no conteúdo, o Volkswagen Golf GTE tem na<br />
tecnologia híbrida plug-in o seu ex-líbris. Com 204 cv de potência máxima combinada,<br />
graças à combinação de um bloco a gasolina com um motor elétrico, este familiar<br />
compacto tanto sabe ser desportivo como extremamente económico<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Das inúmeras versões que estão disponíveis<br />
no novo Golf, uma das<br />
mais evoluídas dá pelo nome de<br />
GTE, sigla que traduz a tecnologia<br />
híbrida plug-in que o desloca. Esta só não é a<br />
proposta com menor impacto ambiental da<br />
gama, porque existe o e-Golf (100% elétrico).<br />
Seja como for, o que é facto é que a Volkswagen<br />
desenvolveu uma nova estratégia<br />
híbrida para o Golf GTE. Em combinação com<br />
o sistema de navegação, o GPS e os da<strong>dos</strong><br />
rodoviários são utiliza<strong>dos</strong> para controlar e<br />
otimizar a utilização de ambos os motores<br />
(gasolina e elétrico), tendo em linha de conta<br />
o trajeto de forma a economizar energia. Por<br />
exemplo, o veículo reconhece a aproximação<br />
a uma cidade e, automaticamente, adota o<br />
modo 100% elétrico antecipadamente (o<br />
Golf GTE está apto a circular com emissões<br />
zero durante um máximo de 50 km).<br />
w IMAGEM SOFISTICADA<br />
A adoção de novos para-choques, novas cavas<br />
das rodas e luzes integralmente em LED,<br />
contribuem para a imagem sofisticada que o<br />
revisto Golf GTE transmite. As vistosas luzes<br />
diurnas e o azul utilizado nas pinças de travão<br />
dianteiras, no interior das óticas da frente, no<br />
friso da grelha e nos logótipos, simbolizam a<br />
sua vocação ambiental. Depois, as duas saídas<br />
de escape unidas, o spoiler traseiro e as jantes<br />
62 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017
“Marseille” de 18” com acabamento brilhante<br />
e em preto, traduzem o carácter desportivo<br />
que este familiar compacto assume se o<br />
condutor quiser usufruir de tudo o que ele<br />
tem para dar. A carroçaria pintada de branco<br />
confere ao Golf GTE um visual imaculado.<br />
No habitáculo, reina a boa qualidade de<br />
construção, o posto de condução ergonómico<br />
e os dispositivos de segurança presentes<br />
em bom número. Espaço disponível para<br />
ocupantes e bagagem, também não falta.<br />
O painel de instrumentos é específico. Dos<br />
dois mostradores existentes, o velocímetro<br />
de carregamento AC para tomada doméstica<br />
e posto público (a entrada de corrente<br />
situa-se no interior do símbolo VW da grelha<br />
dianteira), só para citarmos alguns itens.<br />
w DINÂMICA EXEMPLAR<br />
Tal como as versões GTD, GTI e R, também o<br />
Golf GTE está equipado com Adaptive Chas-<br />
A tomada de carga do Golf GTE encontrase<br />
“escondida” no interior do símbolo da<br />
Volkswagen, na grelha dianteira<br />
situa-se à direita e o indicador do nível de<br />
carga da bateria, bem como o da energia<br />
despendida durante a condução, estão localiza<strong>dos</strong><br />
à esquerda.<br />
Do equipamento de série, fazem parte o volante<br />
de três raios multifunções em couro, as<br />
inserções em “Piano Black” no painel de bordo<br />
do lado do condutor e na consola central, as<br />
aplicações decorativas “Honeycombed Black”<br />
no painel de bordo do lado do passageiro<br />
e na guarnição das portas, os estofos em<br />
tecido no padrão “Clark”, os bancos dianteiros<br />
desportivos com regulação em altura e<br />
lombar, o banco traseiro rebatível, o sensores<br />
de estacionamento dianteiros e traseiros, o<br />
cruise control adaptativo com “Front Assist”<br />
e sistema de reconhecimento de peões, os<br />
retrovisores rebatíveis, o ar condicionado<br />
“Climatronic”, os quatro vidros elétricos, o<br />
travão de estacionamento elétrico e os cabos<br />
sis Control (DCC). Depois, com jantes de 18”<br />
montadas em pneus desportivos, ainda que<br />
a suspensão não exiba um amortecimento<br />
muito firme, a dinâmica é exemplar. Para<br />
mais, sendo as prestações francamente interessantes.<br />
Equipado com caixa automática<br />
de dupla embraiagem com seis velocidades<br />
(DSG), este familiar compacto dispõe de uma<br />
direção corretamente assistida, de uns travões<br />
eficazes e conta com vários mo<strong>dos</strong><br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 63
Avaliação obrigatória<br />
Volkswagen Golf GTE<br />
Bridgestone Potenza S001<br />
Potência com controlo<br />
w O Volkswagen Golf GTE que a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> testou vinha equipado<br />
com Bridgestone Potenza S001, de medida 225/40R18 92Y XL, em ambos<br />
os eixos. O porta-estandarte do fabricante japonês de pneus caracteriza-<br />
-se pelo desenho avançado do seu piso assimétrico, que contribui para o<br />
desempenho desportivo em tempo seco e chuvoso. As ranhuras super-<br />
-oblíquas permitem um escoamento eficaz da água e asseguram a máxima<br />
estabilidade e tração em pisos molha<strong>dos</strong>. Já os blocos do ombro, de elevada<br />
aderência, destinam-se a garantir um ótimo contacto com a estrada,<br />
elevada força de travagem e máxima aderência em curva. Grande parte<br />
da precisão, da aderência, da estabilidade e da eficácia de travagem do<br />
Volkswagen Golf GTE deve-se, sem dúvida, aos pneus Bridgestone Potenza<br />
S001, que podem ser requisita<strong>dos</strong>, também, com tecnologia Run Flat.<br />
de condução. Contudo, tem no sistema<br />
híbrido o seu ex-líbris, que contempla um<br />
motor de quatro cilindros turbocomprimido<br />
com injeção direta de gasolina (1.4 TSI de<br />
150 cv), baterias de iões de Lítio e um motor<br />
elétrico de 75 kW (102 cv), resultando numa<br />
potência máxima combinada de 204 cv.<br />
O funcionamento <strong>dos</strong> dois motores (gasolina<br />
e elétrico) é gerido por uma unidade de controlo.<br />
O motor a gasolina envia movimento<br />
para as rodas e, ao mesmo tempo, faz atuar<br />
um gerador elétrico, cuja energia aciona o<br />
motor elétrico ou é armazenada nas baterias.<br />
O Golf GTE consegue<br />
percorrer até 50<br />
km em modo<br />
100% elétrico. A<br />
potência máxima<br />
combinada (204<br />
cv), é transmitida às<br />
rodas dianteiras por<br />
intermédio de uma<br />
caixa automática de<br />
seis velocidades<br />
MOTOR DE COMBUSTÃO<br />
Tipo<br />
4 cil. em linha, transversal, diant.<br />
Cilindrada (cc) 1395<br />
Diâmetro x curso (mm)<br />
74,5x80,0<br />
Taxa de compressão 10,5:1<br />
Potência máxima (cv/rpm) 150/5000-6000<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 250/1500-3500<br />
Distribuição<br />
2 v.e.c., 16 válvulas<br />
Alimentação<br />
injeção direta<br />
Sobrealimentação<br />
turbocompressor + intercooler<br />
MOTOR ELÉTRICO<br />
Tipo<br />
síncrono, magneto permanente<br />
Tensão nominal (V) 345<br />
Potência máxi./binário máx. (kW/Nm) 75/330<br />
RENDIMENTO COMBINADO<br />
Potência máxima combinada (cv) 204<br />
Binário máximo combinado (Nm) 350<br />
BATERIA<br />
Tipo<br />
iões de Lítio<br />
Capacidade (kWh) 8,7<br />
TRANSMISSÃO<br />
Tração<br />
dianteira com ESP<br />
Caixa de velocidades<br />
automática de 6+ma<br />
DIREÇÃO<br />
Tipo<br />
pinhão e cremalheira<br />
Assistência<br />
sim (elétrica)<br />
Diâmetro de viragem (m) 10,9<br />
TRAVÕES<br />
Dianteiros (ø mm)<br />
discos ventila<strong>dos</strong> (n.d.)<br />
Traseiros (ø mm)<br />
discos maciços (n.d.)<br />
ABS<br />
sim, com EBD+BAS<br />
SUSPENSÕES<br />
Dianteira<br />
McPherson<br />
Traseira<br />
Multilink<br />
Barra estabilizadora dianteira/traseira sim/sim<br />
PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />
Velocidade máxima (km/h) 222<br />
0-100 km/h (s) 7,6<br />
CONSUMOS<br />
Consumo combinado (l/100 km) 1,8<br />
Consumo de energia (kWh/100 km) 12,0<br />
Emissões de CO 2<br />
(g/km) 40<br />
Nível de emissões Euro 6<br />
DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />
Comprimento/largura/altura (mm) 4276/1799/1484<br />
Distância entre eixos (mm) 2630<br />
Vias frente/trás (mm) 1549/1521<br />
Capacidade do depósito (l) 40<br />
Capacidade da mala (l) 272 a 1162<br />
Peso (kg) 1615<br />
Relação peso/potência comb. (kg/cv) 7,91<br />
Jantes de série<br />
7 1/2Jx18”<br />
<strong>Pneus</strong> de série 225/40R18<br />
PNEUS DE TESTE<br />
Bridgestone Potenza S001<br />
225/40R18 92Y XL<br />
Preço (s/ despesas) €44.695<br />
Unidade testada €44.695<br />
Imposto Único de Circulação (IUC) €125,81<br />
Sempre que se liga o veículo (desde que as<br />
baterias não se encontrem abaixo de um nível<br />
pré-definido), quando se arranca (desde que<br />
suavemente) ou em descidas longas e pouco<br />
acentuadas, é apenas o motor elétrico que<br />
desloca o Golf GTE. Em situações normais,<br />
ambos os motores estão em funcionamento<br />
e ambos movem o veículo, sendo parte da<br />
energia utilizada para o efeito e outra parte<br />
direcionada para recarregar as baterias. Em<br />
aceleração, ambos os motores estão em funcionamento,<br />
sendo, para além disso, retirada<br />
energia das baterias para fazer mover o motor<br />
elétrico com mais força.<br />
Nas desacelerações e nas travagens (existe,<br />
também, um sistema regenerativo nos<br />
travões), o motor elétrico funciona como<br />
gerador, transformando a energia cinética<br />
das rodas em energia elétrica que é armazenada<br />
nas baterias. Sempre que o Golf GTE<br />
para, como, por exemplo, num semáforo<br />
vermelho, o motor a gasolina é desligado,<br />
ligando-se depois de o veículo ter arrancado<br />
em modo elétrico. ♦<br />
64 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017
Em estrada<br />
Por: Jorge Flores<br />
Mazda MX-5 1.5 Skyactiv-G Soft Top<br />
Arte em movimento<br />
Honda HR-V 1.6 i-DTEC Executive<br />
Resiliência japonesa<br />
w O HR-V é um modelo com uma história já longa nas fileiras<br />
da Honda. Nem sempre tido como uma das referências da<br />
marca japonesa, este SUV compacto tem conseguido, porém,<br />
demonstrar resiliência na forma como se consegue ir<br />
renovando. Esta última evolução do HR-V revela um modelo<br />
maduro e muito seguro das suas qualidades como, porventura,<br />
ainda não conseguira demonstrar até hoje.<br />
Com uma estética despida de grandes rasgos criativos, mas<br />
personalizada e com um ar moderno e atlético, o HR-V goza<br />
ainda de uma habitabilidade invejável no segmento.<br />
À frente, os bancos proporcionam uma posição elevada, o que<br />
favorece a visibilidade. Nos<br />
lugares traseiros, o destaque<br />
vai para o espaço disponível<br />
para as pernas. Mas um <strong>dos</strong><br />
seus principais argumentos<br />
é a modularidade do interior.<br />
Conta, de série, com os designa<strong>dos</strong><br />
Honda Magic Seats,<br />
que permitem o tradicional<br />
rebatimento <strong>dos</strong> bancos traseiros e criar uma superfície plana<br />
na bagageira, possibilitando o encosto <strong>dos</strong> assentos às costas<br />
<strong>dos</strong> bancos. Como resultado, oferece um espaço bastante prático<br />
em altura para o transporte de objetos mais volumosos.<br />
O motor 1.6 i-DTEC, com 120 cv às 4000 rpm e binário máximo<br />
de 300 Nm às 2000 rpm, responde bem aos estímulos do pé<br />
direito, sem obrigar a recorrer demasiado à transmissão manual<br />
de seis velocidades. Uma caixa muito bem escalonada<br />
e precisa, acrescente-se.<br />
FICHA TÉCNICA<br />
Motor<br />
4 cil. linha Diesel, transv. diant.<br />
Cilindrada (cc) 1597<br />
Potência máxima (cv/rpm) 120/4000<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 300/2000<br />
Velocidade máxima (km/h) 192<br />
0-100 km/h (s) 10,5<br />
Consumo comb. (l/100 km) 4,1<br />
Emissões de CO 2<br />
(g/km) 108<br />
Preço €32.830<br />
IUC €125,81<br />
<strong>Pneus</strong> teste Michelin Primacy 3<br />
215/50 R17 91V<br />
w O epíteto de roadster mais vendido do mundo cola-se-lhe<br />
à pele, seja qual for a cor da sua carroçaria ou variante de<br />
capota. O Mazda MX-5 Soft Top, ensaiado nesta edição, mantém<br />
to<strong>dos</strong> os predica<strong>dos</strong> que têm conquistado uma legião de<br />
fãs em todo o planeta. Convida à utilização de demasia<strong>dos</strong><br />
adjetivos e obriga a muita contenção a um jornalista. Mas a<br />
verdade é que se trata de arte em movimento, tal como sugere<br />
o conceito de design Kodo, cuja tradução (livre) significa<br />
“felino à beira do salto”.<br />
Mesmo quando, por debaixo do capot, respira aquele que é<br />
o menos potente <strong>dos</strong> motores da sua gama, o propulsor 1.5<br />
com injeção direta de gasolina, com 131 cv às 7000 rpm e um<br />
binário máximo de 150 Nm às 4800 rpm. Um bloco que recorre à<br />
tecnologia de ponta Skyactiv-G. As respostas do motor são progressivas<br />
e nunca se sente falta<br />
de energia. Nem nas acelerações<br />
nem nas recuperações,<br />
contando com o contributo<br />
de uma caixa manual de seis<br />
velocidades curta, eficiente e<br />
colocada numa posição ideal.<br />
Com o nível de equipamento<br />
Excellence Pack Sport Navi,<br />
pouco falta de essencial ao<br />
emblemático roadster japonês,<br />
mas coloca o preço nos €33.679. Esta unidade dispunha de<br />
kit Eibach (€234,21), escape desportivo (€1.032, 31) e barra<br />
anti-aproximação (€194,64).<br />
FICHA TÉCNICA<br />
Motor<br />
4 cil. em linha, long., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1496<br />
Potência máxima (cv/rpm) 131/7000<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 150/4800<br />
Velocidade máxima (km/h) 204<br />
0-100 km/h (s) 8,3<br />
Consumo combinado (l/100 km) 6,0<br />
Emissões de CO 2<br />
(g/km) 139<br />
Preço €33.679<br />
IUC €154,98<br />
<strong>Pneus</strong> teste<br />
Yokohama Advan Sport V105<br />
195/50R16 88V<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 65
Em estrada<br />
Por: Jorge Flores<br />
Toyota Yaris 1.5 HSD Comfort P. Style<br />
Solução ecológica<br />
Seat Ibiza 1.0 TSI Xcellence<br />
Rosa Mistic<br />
w Pode uma cor marcar, de forma determinante, a diferença num<br />
modelo que prima pela discrição das suas linhas? Pode. Perfeitamente.<br />
Com a carroçaria a ostentar um Rosa Mistic, o Seat Ibiza,<br />
ensaiado pela <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, mostra uma faceta muito mais<br />
descontraída e elegante. Uma questão de atitude que favorece<br />
o conjunto.<br />
O novo Seat Ibiza estreia a nova plataforma MQB do Grupo VW,<br />
característica que lhe permite aumentar a rigidez torsional em<br />
30%. Tal argumento, associado ao facto de o modelo estar mais<br />
largo e ligeiramente mais baixo, proporciona-lhe um maior dinamismo.<br />
A habitabilidade cresceu face ao antecessor: oferece mais<br />
35 mm de espaço para as pernas,<br />
mais 24 mm de largura à<br />
frente e 17 mm na traseira e<br />
mais 42 mm de largura para<br />
os bancos.<br />
A versão de equipamento de<br />
topo, bem servida tecnologicamente<br />
e em matéria de<br />
conforto, é precisamente a<br />
da unidade ensaiada, a XCellence,<br />
onde os acabamentos<br />
são bastante mais “luxuosos”. O motor 1.0 TSI, um pequeno bloco<br />
de três cilindros, com 115 cv de potência, entre as 5000 e as 5500<br />
rpm, e 200 Nm de binário, entre as 2000 e as 2500 rpm, consome,<br />
segundo valores da marca, 4,7 l/100 km em regime combinado.<br />
w A introdução de uma variante híbrida na terceira geração<br />
do Yaris é a prova de que a Toyota leva muito a sério os<br />
avanços tecnológicos associa<strong>dos</strong> ao ambiente. O Yaris 1.5<br />
HSD, com 100 cv de potência, é disso o mais fiel exemplo.<br />
Nesta evolução, de resto, o pequeno modelo nipónico<br />
foi sujeito a alguns tratamentos de beleza. Mais atlético<br />
e dinâmico, ostenta, à frente e atrás, um novo design em<br />
forma de Catamaran, com secções largas a conjugarem, de<br />
forma feliz, com os redesenha<strong>dos</strong> grupos óticos, que, por<br />
sua vez, contam com a nova assinatura luminosa da marca.<br />
No habitáculo, as principais novidades centram-se no ecrã<br />
TFT multifunções, sistema de conectividade Toyota Touch 2<br />
e, no volante, com inserções<br />
em “Piano Black”, além <strong>dos</strong><br />
acabamentos em cromado<br />
a emoldurar os mostradores.<br />
Relativamente a esta versão<br />
1.5 HSD, importa referir que<br />
cumpre, com distinção, os<br />
seus propósitos citadinos.<br />
Incorpora o sistema Driveco,<br />
que permite ao condutor aceder ao seu histórico de condução,<br />
revelando da<strong>dos</strong> como o tempo, a distância percorrida<br />
e as velocidades médias, bem como as percentagens <strong>dos</strong><br />
percursos realiza<strong>dos</strong> em modo 100% elétrico.<br />
FICHA TÉCNICA<br />
Motor<br />
3 cil. linha, transv. diant.<br />
Cilindrada (cc) 999<br />
Potência máxima (cv/rpm) 115/5000-5500<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 200/200-2500<br />
Velocidade máxima (km/h) 195<br />
0-100 km/h (s) 9,3<br />
Consumo comb. (l/100 km) 4,7<br />
Emissões de CO 2<br />
(g/km) 108<br />
Preço €19.763<br />
IUC €92,05<br />
<strong>Pneus</strong> teste Michelin Primacy 3<br />
215/45R17 91W<br />
FICHA TÉCNICA<br />
Motor<br />
4 cil. linha + motor elétrico<br />
síncrono de magneto permanente<br />
Cilindrada (cc) 1497<br />
Potência máxima (cv/rpm) 100/4800<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 111/3600-4400<br />
Velocidade máxima (km/h) 165<br />
0-100 km/h (s) 11,8<br />
Consumo comb. (l/100 km) 3,6<br />
Emissões de CO 2<br />
(g/km) 82<br />
Preço €20.727<br />
IUC €125,81<br />
<strong>Pneus</strong> teste<br />
Dunlop SP Fast Response<br />
175/65R15 84H<br />
66 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2017
Distribuição multimarca<br />
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