Boletim BioPESB 2016 - Edição 24

Ciência
Ano 6, n°24 - Pág 4
Higor Sette
Italo Bianchini
Júlia Andrade
Lavínia Martin
Maria Cristina Baracat
Renato Senra
Wassali Valadares
Com certeza,
você já ouviu falar de
proteínas, não é mesmo?
Em geral, relacionamos
estas moléculas
à alimentação, nutrição
e a algumas doenças.
As proteínas são macromoléculas
de grande
importância para as
pessoas e para todos
os seres vivos, e estão
entre as moléculas mais
abundantes e versáteis
da natureza. São formadas
pela associação de
unidades básicas chamadas
aminoácidos, podendo
ou não conter outras
biomoléculas associadas
a elas, como açúcares,
lipídeos e vitaminas,
dentre outras, encontrados
nos organismos vivos
e também nos alimentos.
As proteínas
foram descobertas no
século XIX, a partir de
estudos principalmente
com sangue e clara de
ovos. Foram assim de-
nominadas em consequência
da palavra
grega proteios, que significa
“primeiro”, ou “na
origem”. Os aminoácidos
que compõem as proteínas,
por sua vez, são
formados por átomos
de carbono, hidrogênio,
oxigênio, nitrogênio e,
ocasionalmente, enxofre.
Podem ser considerados
blocos construtores das
proteínas e, por meio
das inúmeras combinações
entre esses aminoácidos
é que se formam
as diferentes proteínas,
cada uma com a sua função
específica.
A proteína é fundamental
para o dia a
dia do nosso organismo,
e devem corresponder
de 10 a 15% do total
de calorias, por meio
da ingestão de alimentos
como carne, ovos e
leguminosas. Por isto, a
deficiência proteica, leva
a um quadro acentuado
de perda de massa muscular,
além do grande
comprometimento do
sistema imunológico, gerando
a possibilidade
de ocorrência de outras
doenças oportunistas.
Diversidade proteica do pesb é
fundamental para pesquisas
Por sua grande
diversidade e valor biológico,
as moléculas
proteicas são importantes
alvos de pesquisas
científicas bioquímicas,
farmacêuticas e
nutricionais, que encontram
na natureza uma
rica variabilidade para
os seus objetos de estudos.
A ciência tem
como grande aliado o
conhecimento popular
que, através de gerações,
identificam plantas
e definem procedimentos
que são utilizados
na alimentação, para o
tratamento de doenças
e feridas, em processos
terapêuticos diversos, e
outros fins. Proteínas e
peptídeos vêm sendo assim
identificados como
presentes em compostos
naturais e por apresentar
atividades antimicrobianas,
cicatrizantes, calmantes,
anti-inflamatórias,
antioxidantes, anticancerígenas,
e outras.
O Parque Estadual
da Serra do Brigadeiro,
por ser uma reserva
rica em biodiversidade,
representa uma fonte
ímpar e inesgotável de
conhecimento e pesquisa
acerca das proteínas e
suas funcionalidades. Esses
estudos abrangem o
emprego de proteínas
para os mais diversos
fins, desde o uso medicinal
à semelhança dos
povos antigos, identificação
de espécies por
proteínas específicas,
até a identificação de
procedimentos para a
obtenção de produtos e
serviços para o bem do
homem. Diferentes projetos
envolvendo a caracterização
e a avaliação
de atividades biológicas
diversas de espécies
pouco conhecidas nativas
desse habitat vêm sendo
propostos e desenvolvidos,
muitos envolvendo
o estudo de proteínas e
peptídeos biologicamente
ativos, sempre visando a
preservação e a obtenção
de conhecimento científico
com responsabilidade.