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Jornal das Oficinas 153

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motormaquina_selo.pdf 1 19/01/17 14:18<br />

jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

<strong>Jornal</strong> independente<br />

da manutenção e reparação<br />

de veículos ligeiros e pesados<br />

<strong>153</strong><br />

Agosto 2018<br />

Periodicidade | Mensal<br />

ANO XIV | 3 euros<br />

Diretor | João Vieira<br />

C<br />

M<br />

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PEÇAS LAND ROVER E JEEP<br />

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REGULAMENTO (UE) 2018/858<br />

Fortalecer o<br />

aftermarket<br />

Acesso à informação técnica<br />

Defesa do setor independente<br />

O que dizem as associações Pág. 4<br />

ATUALIDADE Pág. 10<br />

Um ano depois da Mesa Redonda<br />

dedicada aos filtros de partículas,<br />

fomos saber o que mudou desde então<br />

TECNOLOGIA Pág. 18<br />

Terão os motores de combustão e<br />

as caixas de velocidade futuro risonho?<br />

ENTREVISTA Pág. 22<br />

Luís Costa, fundador da Japopeças,<br />

é o protagonista da rubrica Máquina do<br />

Tempo. Uma história que vale a pena ler<br />

RPL Clima_selo.pdf 1 15/06/18 10:56<br />

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CONTITECH Pág. 54<br />

A incorporação de João Cardoso<br />

como responsável da ContiTech para<br />

Portugal vai permitir conhecer melhor<br />

as necessidades dos parceiros<br />

TÉCNICA Pág. 60<br />

As operações de lixamento são<br />

essenciais dentro do processo de pintura<br />

ENSAIO Pág. 64<br />

Com 390 cv, o Mercedes-AMG C 43<br />

4Matic Cabriolet transpira sensualidade<br />

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Uma edição<br />

Janeiro I 2018<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


FOLHA DE SERVIÇO<br />

03<br />

EDITORIAL<br />

Revista TOP 100 – Edição 2018<br />

Com os IES <strong>das</strong> empresas já entregues nas Finanças,<br />

iniciámos a compilação dos dados que vão permitir<br />

encontrar as organizações TOP 100 do aftermarket<br />

nacional. Será o sexto ano consecutivo que executaremos<br />

este estudo, que é já uma referência no mercado e é visto<br />

como uma útil fonte de informação sobre o estado atual <strong>das</strong><br />

empresas do pós-venda.<br />

Este ano, subimos a fasquia e vamos ter uma Revista TOP<br />

100 ainda maior e mais interessante, graças à participação<br />

de novas empresas e conteúdos mais atuais. Sabemos que<br />

a qualidade e a inovação são fatores chave para o sucesso<br />

de qualquer produto. Por isso, não vamos poupar esforços<br />

para produzir a maior e melhor edição de sempre da TOP<br />

100, uma publicação que tem dado garantias de qualidade<br />

perante anunciantes e leitores. Para preparar os conteúdos<br />

desta edição, começámos os contactos com as empresas que,<br />

DIRETOR João Vieira – joao.vieira@apcomunicacao.com<br />

EDITOR EXECUTIVO Bruno Castanheira – bruno.castanheira@apcomunicacao.com REDAÇÃO Jorge Flores – jorge.flores@apcomunicacao.com<br />

DIRETOR COMERCIAL Mário Carmo – mario.carmo@apcomunicacao.com | GESTOR DE CLIENTES Paulo Franco – paulo.franco@apcomunicacao.com<br />

| IMAGEM António Valente | MULTIMÉDIA Catarina Gomes | ARTE Hélio Falcão | SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS E CONTABILIDADE financeiro@apcomunicacao.com<br />

PERIODICIDADE Mensal | ASSINATURAS assinaturas@apcomunicacao.com<br />

© Copyright Nos termos legais em vigor, é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do<br />

JORNAL DAS OFICINAS<br />

Impressão – FIG, Indústrias Gráficas, S.A.<br />

Rua Adriano Lucas, 3020 - 265 Coimbra<br />

Tel.: 239 499 922<br />

Edição<br />

AP COMUNICAÇÃO<br />

N.º de Registo no ERC: 124.782<br />

Depósito Legal n.º: 201.608/03<br />

Tiragem – 10.000 exemplares<br />

Proprietário/Editor João Vieira - Publicações Unipessoal, Lda. | Contribuinte 510447953 | Sede Bela Vista Office, Sala 2.29 – Est. de Paço de Arcos, 66 - 66A,<br />

2735 - 336 Cacém - Portugal GPS 38º45’51.12”N - 9º18’22.61”W | Tel. +351 219 288 052/4 | Fax +351 219 288 053 | Email geral@apcomunicacao.com<br />

Consulte o Estatuto Editorial no site www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

este ano, vão estar presentes nos vários rankings: Distribuidores<br />

de Peças, Equipamentos, Pesados, Repintura e Pneus.<br />

De referir que a inclusão nestes rankings pressupõe que<br />

a entidade tenha efetuado a entrega obrigatória do IES referente<br />

ao ano fiscal anterior. Por isso, alertamos to<strong>das</strong> as<br />

empresas que ainda não tenham entregue o IES referente a<br />

2017 para fazê-lo o quanto antes, pois só assim será possível<br />

estarem presentes na próxima edição da TOP 100.<br />

A revista contará, igualmente, com a participação de um<br />

significativo número de parceiros, que escolhem este meio<br />

para transmitir a importância da sua empresa, o que muito<br />

nos orgulha e a quem agradecemos, antecipadamente.<br />

Igualmente saudamos o envolvimento de um numeroso<br />

conjunto de entidades, que prestigiam esta revista e nos<br />

ajudam a contribuir para o desenvolvimento e afirmação do<br />

aftermarket no tecido empresarial português. ✱<br />

.es<br />

Parceiro<br />

em Espanha<br />

João Vieira Diretor<br />

Questão de<br />

confiança<br />

O fator mais decisivo para que<br />

um cliente prefira determinada<br />

oficina em detrimento de outra, é<br />

a confiança que tem nessa oficina,<br />

ou melhor, nas pessoas da oficina.<br />

Porque em questões de confiança,<br />

só as pessoas interessam.<br />

A confiança está muito à frente<br />

de outras vantagens, como a proximidade,<br />

a garantia de reparação<br />

e até mesmo o preço. Tendo em<br />

conta a preponderância deste<br />

aspeto, tem, certamente, grande<br />

interesse e total prioridade saber<br />

como podemos obter a confiança<br />

dos nossos clientes, colocando em<br />

foco o relacionamento que temos<br />

com eles, para além <strong>das</strong> meras transações<br />

comerciais.<br />

Em relação a uma oficina, se to<strong>das</strong><br />

as ações tiverem sido no passado<br />

e continuarem a ser transparentes,<br />

se to<strong>das</strong> as contas baterem certo e<br />

se não houver qualquer motivo de<br />

suspeita, o cliente fica geralmente<br />

com uma impressão geral positiva<br />

do negócio e estará disponível para<br />

voltar lá com o seu veículo na próxima<br />

oportunidade. No que respeita<br />

às pessoas, essa impressão global<br />

pode ser reforçada positivamente<br />

ou contrariada. E, aqui, é que está<br />

o núcleo do problema. A forma<br />

de um profissional se vestir, de se<br />

exprimir e de se comportar pode,<br />

desde logo, gerar graus muito diferentes<br />

de credibilidade e confiança.<br />

Pessoas que falam muito e dizem<br />

pouco, baralham as coisas. Caso se<br />

contradigam, perdem, desde logo,<br />

qualquer credibilidade. Para haver<br />

confiança, a comunicação tem de<br />

ser clara, objetiva e coerente.<br />

A oficina de reparação de veículos<br />

não tem de ser um local desinteressante,<br />

onde as pessoas sintam pouca<br />

vontade de lá estar e onde só vão<br />

por obrigação. As oficinas podem<br />

ser (e, provavelmente, deveriam<br />

ser) mais locais de encontro, onde<br />

profissionais e clientes se sentissem<br />

à vontade e partilhassem ideias e<br />

interesses comuns, sem que tal impedisse,<br />

pelo contrário, que a manutenção<br />

dos veículos e o negócio da<br />

empresa pudessem prosperar. ✱<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Agosto I 2018


04<br />

DESTAQUE<br />

Regulamento (UE) 2018/858<br />

Aftermarket fortalece-se<br />

› O Regulamento (UE) 2018/858, que entrou em vigor no passado dia 4 de julho mas que apenas terá<br />

aplicação prática a partir de 1 de setembro de 2020, foca a necessidade de garantir que a informação<br />

técnica esteja disponível aos operadores independentes. Para sabermos até que ponto esta norma<br />

fortalece o aftermarket, recorremos a diversas associações nacionais do setor<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

FIGIEFA e DPAI/ACAP juntas a uma só voz<br />

FIGIEFA e DPAI/ACAP sublinham, respetivamente, através<br />

de Sylvia Gotzen e Joaquim Candeias, a importância deste normativo<br />

para o pós-venda independente<br />

Nos termos deste normativo, os fabricantes<br />

de veículos estão obrigados,<br />

desde 2017, a comunicar a informação<br />

OBD e a informação relativa à reparação<br />

e manutenção de veículos aos operadores<br />

independentes, que devem poder<br />

aceder à informação de forma ilimitada,<br />

padronizada e não discriminatória, bem<br />

como ao equipamento de diagnóstico e<br />

outras ferramentas, incluindo referências<br />

completas e downloads disponíveis do<br />

software aplicável e da informação sobre<br />

reparação e manutenção do veículo.<br />

Os operadores independentes devem,<br />

igualmente, poder ter acesso aos serviços<br />

de diagnóstico remoto utilizados pelos<br />

concessionários e reparadores autorizados.<br />

O material de formação também<br />

deve estar disponível.<br />

As informações OBD e as informações<br />

sobre reparação e manutenção do veículo<br />

devem estar sempre acessíveis e<br />

atualiza<strong>das</strong> nos sites dos fabricantes, ao<br />

mesmo tempo que são disponibiliza<strong>das</strong><br />

aos reparadores autorizados.<br />

Qual é a importância do Regulamento<br />

(UE) 2018/858 para o pós-venda Independente?<br />

Este regulamento, em vigor há 10 anos,<br />

foi revisto em 2017 no contexto do ‘dieselgate’,<br />

em especial no que se refere ao<br />

reforço dos mecanismos de verificação,<br />

monitorização e aplicação da lei, bem<br />

como de uma maior vigilância dos operadores<br />

de mercado.<br />

A par da homologação de veículos e<br />

componentes, inclui um capítulo relativo<br />

ao acesso à “Informação sobre Reparação<br />

e Manutenção (Repair & Maintenance<br />

Information - RMI)”, fundamental para<br />

o pós-venda independente.<br />

Sylvia Gotzen, chief executive<br />

officer da FIGIEFA<br />

Qual o objetivo, em termos de aplicabilidade,<br />

e quando produz efeitos?<br />

Tal como referido anteriormente, o<br />

presente regulamento estabelece as disposições<br />

administrativas e os requisitos<br />

técnicos para homologação e comercialização<br />

de todos os veículos novos, sistemas,<br />

componentes e unidades técnicas.<br />

Agosto I 2018<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


​<br />

05<br />

Além disso, vem, agora, incorporar um<br />

capítulo específico, que esclarece quais<br />

as peças e os componentes do pós-venda<br />

que devem ser homologados de acordo<br />

com as regras UNECE.<br />

Naturalmente que, por razões de<br />

segurança, várias peças utiliza<strong>das</strong> no<br />

pós-venda estavam submeti<strong>das</strong> a homologação<br />

(por exemplo, pneus, iluminação<br />

e para-brisas, entre outras), mas o novo<br />

Anexo II descreve, de forma mais clara,<br />

que outras peças de substituição são<br />

submeti<strong>das</strong> a requisitos de homologação,<br />

tais como, a título de exemplo, limpa<br />

para-brisas e sistemas de aquecimento.<br />

O Regulamento (UE) 2018/858 entrará<br />

em vigor a 1 de setembro de 2020.<br />

Que benefícios este Regulamento traz<br />

para o mercado de reposição independente?<br />

O objetivo destas disposições legislativas<br />

é assegurar uma concorrência<br />

livre e leal no pós-venda automóvel e<br />

proporcionar, a cerca de 284 milhões<br />

de automobilistas da União Europeia, a<br />

liberdade de escolher onde e por quem<br />

os seus veículos podem ser reparados e<br />

mantidos.<br />

Que alterações foram feitas na elaboração<br />

deste regulamento relativamente<br />

à manutenção e acesso ao<br />

OBD no veículo, bem como ao fluxo<br />

de dados RMI?<br />

As conquistas mais importantes foi o<br />

esclarecimento de que as informações<br />

de reparação e manutenção, bem como<br />

as informações de identificação de peças<br />

sobressalentes, devem ser forneci<strong>das</strong> na<br />

forma de “conjuntos de dados processáveis<br />

​por computador e processáveis<br />

eletronicamente”. Isso significa que, em<br />

vez de um processamento manual, deve<br />

ser possível, no futuro, recuperar essas<br />

informações <strong>das</strong> fontes dos fabricantes<br />

de veículos, relaciona<strong>das</strong> com o número<br />

de identificação do veículo (VIN) e com<br />

o número de peças de reposição originais,<br />

num formato processável eletronicamente.<br />

Isso é fundamental para obter<br />

dados que são realmente utilizáveis ​imediata<br />

e universalmente pelos operadores<br />

de mercado independentes. Além disso,<br />

foi esclarecido que o fluxo de dados OBD,<br />

de diagnóstico e de RMI do veículo permanecerá<br />

disponível através do conector<br />

OBD, quer o veículo esteja parado ou em<br />

movimento (no caso de funções de leitura,<br />

apenas neste último caso).<br />

Qual a relação entre acesso a informação<br />

técnica e telemática/conectividade?<br />

O regulamento relativo à homologação<br />

fornece regras sobre o que as Informações<br />

de Reparação e Manutenção<br />

incluir. Isso significa “COMO” reparar o<br />

veículo, por exemplo, e instruções de<br />

reparação.<br />

A telemática e conectividade referem-<br />

-se ao acesso direto aos dados de monitorização<br />

gerados pelo veículo, que<br />

são a base para qualquer diagnóstico<br />

e subsequente processo de reparação.<br />

Enquanto o conector OBD fornece,<br />

atualmente, este tipo de acesso, esta<br />

interface de comunicação será, progressivamente,<br />

transferida para o mundo<br />

digital. O acesso direto aos dados no veículo,<br />

através do conector OBD, é muito<br />

importante e constitui a base dos atuais<br />

modelos digitais de negócio, mas tem<br />

limitações físicas e técnicas (em comparação<br />

com os sistemas telemáticos<br />

dos fabricantes de veículos), que não<br />

suportam totalmente os requisitos de<br />

serviços digitais remotos. É, por isso, que<br />

a FIGIEFA e 10 outras Federações Europeias<br />

que representam diversas áreas<br />

de negócio, tais como operadores do<br />

pós-venda automóvel e de serviços de<br />

mobilidade, seguradoras, consumidores<br />

de automóveis e várias PME, reivindicam<br />

a criação de uma plataforma telemática<br />

interoperável no veículo, com acesso<br />

e comunicação totalmente remotos,<br />

necessários para poder competir, em<br />

igualdade de circunstâncias, a longo<br />

prazo, com os fabricantes de veículos<br />

automóveis.<br />

Existem penalizações para quem não<br />

cumprir este novo regulamento? Se<br />

sim, quais?<br />

A legislação prevê diferentes níveis de<br />

ação, a fim de obrigar os operadores do<br />

mercado a cumpri-la.<br />

As empresas, assim como as associações<br />

empresariais, podem, formalmente,<br />

reclamar junto <strong>das</strong> autoridades de homologação<br />

competentes. No caso de as<br />

autoridades de homologação detetarem<br />

uma infracção, podem utilizar um leque<br />

de sanções, que vão desde a adoção de<br />

medi<strong>das</strong> corretivas adequa<strong>das</strong> até multas<br />

e, por fim, à suspensão ou mesmo à<br />

revogação da homologação.<br />

Para além deste sistema, foi agora<br />

criado um Fórum Consultivo, através<br />

do qual os operadores do mercado<br />

podem divulgar, publicamente, as suas<br />

preocupações e dificuldades encontra<strong>das</strong><br />

perante a Comissão Europeia e os<br />

Estados-Membros, aumentando, assim,<br />

a transparência. Este Fórum assegurará,<br />

também, o intercâmbio de informações<br />

para garantir a harmonização de interpretação<br />

e aplicação da legislação.<br />

Joaquim Candeias,<br />

presidente da DPAI/ACAP<br />

De que forma pode haver supervisão<br />

para garantir o cumprimento desta<br />

medida, de modo a não prejudicar o<br />

mercado de reposição independente?<br />

Como as informações de reparação e<br />

manutenção se enquadram no âmbito<br />

da legislação e dos seus mecanismos<br />

de monitorização e fiscalização, face<br />

à maior atenção dada a este setor no<br />

pós-“Dieselgate”, espera-se uma maior<br />

atenção a eventuais infrações nos próximos<br />

anos.<br />

O cumprimento <strong>das</strong> obrigações relativas<br />

ao acesso à informação OBD e à da<br />

reparação e manutenção de veículos, é<br />

efetuado por uma entidade homologadora,<br />

que pode, a qualquer momento,<br />

por iniciativa própria, com base numa<br />

denúncia ou numa avaliação por um<br />

serviço técnico, verificar se o fabricante<br />

do veículo está em conformidade com as<br />

suas obrigações relativamente ao acesso<br />

à informação OBD do veículo e à da reparação<br />

e manutenção de veículos.<br />

Que outras medi<strong>das</strong> poderiam ser<br />

aplica<strong>das</strong> no mercado de reposição<br />

independente para garantir a livre<br />

concorrência e evitar o monopólio<br />

dos fabricantes de veículos?<br />

A legislação é sempre a opção mais<br />

segura para evitar risco de eventuais<br />

monopólios no setor automóvel, assim<br />

como em qualquer outro setor. Os contratos<br />

“business to business” provaram<br />

não ser suficientemente robustos, face<br />

à diferente força negocial <strong>das</strong> partes<br />

envolvi<strong>das</strong>.<br />

Para desencadear um processo legislativo,<br />

é da maior importância sensibilizar<br />

os decisores políticos com campanhas<br />

públicas esclarecedoras. A FIGIEFA lançou,<br />

neste contexto, a campanha “Direct<br />

Access Driving Progress”, juntamente<br />

com outras associações. O objetivo é<br />

garantir que todos os operadores possam<br />

ter acesso direto, em tempo real e<br />

bidirecional, aos veículos, bem como<br />

aos seus dados, às suas funções e aos<br />

seus utilizadores, através de um sistema<br />

interoperável, padronizado, seguro, com<br />

base numa plataforma de acesso aberto e<br />

suas interfaces. O objetivo final é garantir<br />

que os fabricantes de veículos não sejam<br />

os únicos capazes de fornecer serviços<br />

personalizados aos utilizadores. ✱<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Agosto I 2018


06<br />

DESTAQUE<br />

Regulamento (UE) 2018/858<br />

ARAN está atenta ao assunto<br />

Rui Gonçalves, presidente da ARAN, esclarece que o Regulamento<br />

(UE) 2018/858 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 30<br />

de maio de 2018, relativo à homologação e à fiscalização do<br />

mercado dos veículos a motor e seus reboques, e dos sistemas,<br />

componentes e unidades técnicas destinados a esses veículos, altera<br />

os Regulamentos (CE) n.o 715/2007 e (CE) n.o 595/2009 e revoga a<br />

Diretiva 2007/46/CE<br />

Em que consiste, no fundo, o novo<br />

Regulamento COM 31?<br />

Este regulamento veio reforçar o atual<br />

quadro de homologação e fiscalização<br />

do mercado dos veículos a motor e seus<br />

reboques, bem como dos sistemas, componentes<br />

e unidades técnicas destinados<br />

a esses veículos, nomeadamente mediante<br />

a especificação <strong>das</strong> obrigações<br />

dos operadores económicos na cadeia<br />

de abastecimento, <strong>das</strong> responsabilidades<br />

<strong>das</strong> autoridades responsáveis pela aplicação<br />

da lei nos Estados-Membros e <strong>das</strong><br />

medi<strong>das</strong> a tomar quando se encontrarem<br />

no mercado produtos automóveis que<br />

apresentem graves riscos para a segurança<br />

ou para o ambiente, que prejudiquem<br />

a proteção dos consumidores<br />

ou que não respeitem os requisitos de<br />

homologação.<br />

Um dos pontos a salientar neste regulamento,<br />

nomeadamente para o sub-setor<br />

da reparação e manutenção, é a questão<br />

da acessibilidade da informação à generalidade<br />

dos intervenientes do setor,<br />

acautelando que todo o setor terá acesso<br />

à mesma.<br />

O regulamento tem por objetivo garantir<br />

uma concorrência efetiva no mercado<br />

dos serviços de informação, disponibilizando-a<br />

a todo setor, de modo a garantir<br />

que o mercado <strong>das</strong> empresas de<br />

reparação e manutenção independentes,<br />

no seu conjunto, possa competir com os<br />

concessionários autorizados, independentemente<br />

de o fabricante dos veículos<br />

fornecer essas informações diretamente<br />

aos concessionários e às oficinas de reparação<br />

autorizados. Ou de usar, ele<br />

próprio, essas informações para efeitos<br />

de reparação e manutenção.<br />

Qual a sua abrangência em termos<br />

de aplicabilidade e quando entrará<br />

em vigor?<br />

O regulamento aplica-se ao setor automóvel<br />

em geral e aos sub-setores da<br />

fabricação e reparação automóvel. Entra<br />

em vigor no dia 4 de julho de 2018 e<br />

será aplicável a partir de 1 de setembro<br />

de 2020.<br />

Quais os benefícios que este novo<br />

regulamento traz para o aftermarket<br />

independente?<br />

O regulamento é claro quanto à intenção<br />

de pretender garantir maior<br />

competitividade no mercado dos serviços<br />

de informação sobre a reparação<br />

e manutenção de veículos, clarificar que<br />

essas informações também englobam as<br />

informações que é necessário fornecer<br />

aos operadores independentes que não<br />

sejam oficinas de reparação.<br />

Os operadores independentes são<br />

pessoas singulares ou coletivas, com<br />

exceção dos concessionários e <strong>das</strong> oficinas<br />

de reparação autorizados, direta<br />

ou indiretamente envolvidos na reparação<br />

e na manutenção de veículos.Os<br />

referidos operadores incluem oficinas de<br />

reparação, fabricantes ou distribuidores<br />

de equipamentos, de ferramentas ou de<br />

peças sobressalentes de reparação, bem<br />

como editores de informações técnicas,<br />

clubes automobilísticos, empresas de assistência<br />

rodoviária, operadores de serviços<br />

de inspeção e ensaios, operadores<br />

de serviços de formação a empresas de<br />

instalação, fabricantes e oficinas de reparação<br />

de equipamentos destinados a<br />

veículos movidos a combustíveis alternativos,<br />

entre outros.<br />

É de salientar o papel de relevo dos<br />

operadores independentes que não sejam<br />

oficinas de reparação na prestação<br />

de informação, porquanto se permitirá,<br />

por esta via, garantir que o mercado <strong>das</strong><br />

empresas de reparação e manutenção<br />

independentes, no seu conjunto, poderão<br />

competir com os concessionários<br />

autorizados, independentemente de o<br />

fabricante dos veículos fornecer essas<br />

informações diretamente aos concessionários<br />

e às oficinas de reparação autorizados<br />

ou de usar, ele próprio, essas<br />

informações para efeitos de reparação<br />

e manutenção.<br />

Rui Gonçalves,<br />

presidente da ARAN<br />

Que emen<strong>das</strong> foram feitas relativamente<br />

à manutenção e acesso ao<br />

OBD no veículo, bem como ao fluxo<br />

de dados RMI, na redação deste regulamento?<br />

O regulamento estabelece requisitos<br />

técnicos para o acesso às informações do<br />

sistema OBD do veículo e às informações<br />

relativas à reparação e manutenção de<br />

veículos.<br />

Vem reforçar, relativamente ao anterior<br />

regulamento, que o fabricante deve<br />

pôr em prática as medi<strong>das</strong> e os procedimentos<br />

necessários para garantir que as<br />

informações do sistema OBD do veículo<br />

e as informações relativas à reparação e<br />

à manutenção de veículos esteja acessível,<br />

utilizando um formato normalizado<br />

de acesso fácil e rápido, de modo não<br />

discriminatório, colocando, em condições<br />

de igualdade, a generalidade dos<br />

operadores do setor.<br />

Os operadores independentes devem<br />

ter acesso aos serviços de diagnóstico<br />

à distância utilizados pelos fabricantes,<br />

concessionários e oficinas de reparação<br />

autorizados.<br />

Visto não existir, atualmente, um processo<br />

comum estruturado para o intercâmbio<br />

de dados sobre componentes do<br />

veículo, entre os fabricantes de automóveis<br />

e os operadores independentes, o<br />

regulamento prevê que se definam princípios<br />

para esses intercâmbios de dados.<br />

Existe, também, menção à necessidade<br />

de reformar o regulamento ou partes<br />

deste, a fim de ter em conta a evolução<br />

técnica e regulamentar ou de evitar utilizações<br />

abusivas, atualizando os requisitos<br />

de acesso às informações do sistema OBD<br />

do veículo e às informações relativas à<br />

reparação e à manutenção de veículos,<br />

inclusive sobre as atividades de reparação<br />

e manutenção apoia<strong>das</strong> por redes<br />

de área alargada sem fios.<br />

A comissão reguladora tem em conta<br />

as atuais tecnologias da informação, a<br />

evolução previsível <strong>das</strong> tecnologias automóveis,<br />

as normas ISO existentes e a<br />

possibilidade de estabelecer uma norma<br />

ISO a nível mundial.<br />

Qual a relação entre o acesso à informação<br />

técnica e a telemática/conectividade?<br />

O acesso a informações de reparação e<br />

manutenção é uma parte importante de<br />

um pós-venda automóvel seguro e eficaz.<br />

Atualmente, todos consumidores que<br />

dispõem de um veículo sabem o quanto<br />

é importante garantir que este seja adequadamente<br />

mantido e reparado.<br />

Este trabalho de reparação e manuten-<br />

Agosto I 2018<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


07<br />

medida, de modo a não prejudicar o<br />

aftermarket independente?<br />

A implementação da fiscalização terá<br />

de acautelar que não prejudica o setor<br />

em geral, incluindo-se o aftermarket independente.<br />

Para evitar prejuízos para os diferentes<br />

intervenientes, consideramos essencial<br />

uma coordenação e monitorização eficaz<br />

da implementação da fiscalização, bem<br />

como a definição dos procedimentos<br />

aplicáveis de modo transparente e transversal,<br />

tanto a nível da União Europeia<br />

como a nível nacional.<br />

Consideramos, também, necessário<br />

para que as autoridades de fiscalização<br />

do mercado e as entidades homologadoras<br />

possam exercer de forma adequada<br />

as suas funções, dotá-las dos recursos<br />

necessários para o efeito. Certamente<br />

que o trabalho, tanto a nível europeu<br />

como a nível nacional, será desenvolvido<br />

com as cautelas devi<strong>das</strong>, de modo a que<br />

ninguém saia prejudicado. No entanto,<br />

a ARAN estará atenta ao desenrolar da<br />

situação e à implementação do regulamento.<br />

ção vai desde uma simples troca de filtro<br />

de óleo a uma reprogramação altamente<br />

complexa de unidades de controlo eletrónico<br />

que gerem o sistema de motor e<br />

controlo da emissões ou a ativação dos<br />

airbags.<br />

Perspetiva-se que, quando eficazmente<br />

utilizada e regulada, a conectividade entre<br />

os variados intervenientes do setor<br />

permitirá uma melhoria da eficiência da<br />

reparação e manutenção automóvel.<br />

Os fabricantes de veículos têm de<br />

preparar-se para disponibilizar os dados<br />

<strong>das</strong> viaturas a terceiros, garantindo<br />

a proteção dos dados pessoais do usuário<br />

do veículo, não colocando em perigo o<br />

funcionamento seguro este e não prejudicando<br />

a responsabilidade do fabricante<br />

do veículo.<br />

Para limitar esses riscos, uma <strong>das</strong> alternativas<br />

mais equilibra<strong>das</strong> ao acesso<br />

não controlado e completo dos dados<br />

do veículo, é os fabricantes de veículos<br />

comunicarem os dados relevantes do<br />

veículo de maneira segura a uma plataforma<br />

externa. Assim, os prestadores<br />

de serviços podem aceder aos dados do<br />

veículo através de meios externos, em<br />

vez de diretamente ao veículo, minimizando<br />

os riscos de segurança, proteção<br />

e responsabilidade.<br />

O acesso off-board aos dados proporciona<br />

uma interface aberta, mas protegida,<br />

para terceiros, uma vez que opera<br />

de acordo com regras técnicas, de proteção<br />

de dados e de concorrência claramente<br />

defini<strong>das</strong>.<br />

Este conceito para a transferência de<br />

dados gerados pelos veículos, garante o<br />

acesso de forma totalmente transparente<br />

e conjugada. O servidor neutro permite<br />

que os prestadores de serviços (assim<br />

como os serviços exatos que eles oferecem)<br />

permaneçam desconhecidos para o<br />

fabricante do veículo, contribuindo para<br />

a inovação, permitindo uma concorrência<br />

justa e aberta.<br />

Existirão sanções para quem não cumprir<br />

este novo regulamento? Se sim,<br />

quais?<br />

Sim, estão previstas sanções para quem<br />

cometer determina<strong>das</strong> infrações, designadamente:<br />

A prestação de declarações falsas durante<br />

os procedimentos de homologação<br />

ou durante a aplicação de medi<strong>das</strong><br />

corretivas ou restritivas;<br />

A falsificação dos resultados dos ensaios<br />

de homologação ou de fiscalização do<br />

mercado;<br />

A omissão de dados ou de especificações<br />

técnicas suscetíveis de implicar a<br />

recolha de veículos, sistemas, componentes<br />

e unidades técnicas, ou a recusa<br />

ou a revogação do certificado de homologação;<br />

O incumprimento pelos serviços técnicos<br />

dos requisitos para a sua designação.<br />

Quanto aos operadores económicos<br />

que recusem facultar o acesso a informações<br />

e a disponibilização no mercado de<br />

veículos, sistemas, componentes ou unidades<br />

técnicas sujeitos a homologação,<br />

mas que não a tenham obtido, ou a falsificação<br />

de documentos, de certificados de<br />

conformidade, de chapas regulamentares<br />

ou de marcas de homologação com esse<br />

propósito, também serão sancionados.<br />

As coimas aplica<strong>das</strong> pela comissão não<br />

podem exceder €30.000 por cada veículo,<br />

sistema, componente ou unidade técnica<br />

não conformes.<br />

Quanto aos Estados-Membros, compete-lhes<br />

estabelecer as regras e aplicar<br />

sanções, em caso de violação do regulamento,<br />

pelos operadores económicos e<br />

pelos serviços técnicos.<br />

De que forma poderá haver fiscalização<br />

para garantir o cumprimento desta<br />

Que outras medi<strong>das</strong> poderiam ser aplica<strong>das</strong><br />

no aftermarket independente<br />

para garantir a livre concorrência<br />

e evitar o monopólio por parte dos<br />

construtores de veículos?<br />

Consideramos que dotar as entidades<br />

com meios humanos e formação adequada<br />

é essencial nesta matéria. Cada vez<br />

mais, os veículos são equipamentos complexos<br />

e sofisticados. Assim, é essencial<br />

dotar todos os intervenientes do setor<br />

de informações técnicas sobre veículos,<br />

ferramentas, equipamentos e matérias<br />

indispensáveis para o cumprimento e<br />

execução de boas e eficazes reparações<br />

e manutenções dos veículos circulantes,<br />

contribuindo, dessa forma, para o<br />

aumento direto e indireto da segurança<br />

rodoviária, bem como do desempenho<br />

ambiental do veículo.<br />

Para finalizar, mas não menos importante,<br />

destacamos a formação técnica,<br />

pela valorização e valor acrescentado<br />

que este elemento tem sobre os operadores<br />

do setor, contribuindo para a<br />

realização <strong>das</strong> manutenções e reparações<br />

dentro dos tempos e parâmetros<br />

pré-definidos. ✱<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Agosto I 2018


08<br />

DESTAQUE<br />

Regulamento (UE) 2018/858<br />

Alexandre Ferreira,<br />

presidente da direção<br />

da ANECRA<br />

ANECRA tem acompanhado temática<br />

ANECRA tem vindo a acompanhar, sistematicamente, desde<br />

há largos anos, a temática do acesso à informação técnica dos<br />

veículos, dá conta Alexandre Ferreira, presidente da direção<br />

Em que consiste, no fundo, o novo Regulamento<br />

COM 31?<br />

Antes de mais, impõe-se salientar que a<br />

ANECRA, desde há largos anos, tem vindo<br />

a acompanhar, sistematicamente, a temática<br />

do “Acesso à informação técnica”<br />

e dos impactos que esta matéria tem no<br />

futuro dos seus associados, empresários<br />

e profissionais do setor automóvel. Este<br />

acompanhamento tem sido feito, em boa<br />

parte, no âmbito do estatuto de membro<br />

que a ANECRA tem junto do CECRA, o<br />

Comité Europeu do Comércio e da Reparação<br />

Automóvel, sediado em Bruxelas, e<br />

no contexto <strong>das</strong> relações que a ANECRA<br />

tem mantido com a suas congéneres<br />

europeias. Exemplo disso, foi a reunião<br />

realizada no passado mês de maio, em<br />

Lisboa, entre a ANECRA e a CETRAA, onde<br />

esta temática constituiu um dos principais<br />

pontos da agenda.<br />

O COM (2016) 31 não é um regulamento,<br />

mas uma proposta de regulamento do<br />

Parlamento Europeu e do Conselho, que<br />

diz respeito à homologação e à fiscalização<br />

do mercado dos veículos a motor e<br />

seus reboques e dos sistemas, componentes<br />

e unidades técnicas destinados<br />

a esses veículos.<br />

Esta proposta deu origem ao recente<br />

Regulamento (UE) 2018/858 do Parlamento<br />

e do Conselho, de 30 de maio de<br />

2018, publicado no <strong>Jornal</strong> Oficial da União<br />

Europeia no passado dia 14 de junho.<br />

Qual a sua abrangência em termos<br />

de aplicabilidade e quando entrará<br />

em vigor?<br />

O regulamento entrou em vigor no passado<br />

dia 4 de julho mas apenas tem aplicação<br />

prática a partir de 1 de setembro<br />

de 2020, data em que a Diretiva 2007/46/<br />

CE deixa de ter efeitos.<br />

Este regulamento vem, à semelhança<br />

de diplomas anteriores, estabelecer os<br />

requisitos técnicos e administrativos respeitantes<br />

à homologação dos veículos a<br />

motor (categorias M, N, e O) e dos sistemas,<br />

componentes e unidades técnicas<br />

destinados a esses veículos. O objetivo<br />

é garantir elevados níveis de segurança<br />

e desempenho ambiental.<br />

É objetivo deste regulamento reforçar<br />

o atual quadro europeu de homologações,<br />

em especial através da introdução<br />

de disposições de fiscalização do mercado,<br />

menos aborda<strong>das</strong> em diplomas<br />

anteriores. Inclui as medi<strong>das</strong> a tomar<br />

quando se encontrarem no mercado<br />

produtos automóveis que apresentem<br />

graves riscos para a segurança ou para o<br />

ambiente, que prejudiquem a proteção<br />

dos consumidores ou que não respeitem<br />

os requisitos de homologação.<br />

Vem, também, garantir a continuidade<br />

da prática de adoção pelo fabricante de<br />

medi<strong>das</strong> e procedimentos necessários,<br />

a fim de garantir que as informações do<br />

sistema OBD do veículo e as informações<br />

relativas à reparação e manutenção de<br />

veículos estejam acessíveis, em formatos<br />

normalizados, de acesso fácil e rápido,<br />

de modo não discriminatório.<br />

Quais os benefícios que este novo<br />

regulamento traz para o aftermarket<br />

independente?<br />

Temia-se pela não continuidade da<br />

obrigação de existência de OBD. Este<br />

regulamento garante a sua continuidade<br />

após 2020.<br />

As viaturas só podem ser homologa<strong>das</strong><br />

quando a entidade que as homologa tiver<br />

recebido do fabricante um certificado de<br />

acesso às informações do sistema OBD<br />

do veículo e às informações relativas à<br />

reparação e à manutenção de veículos.<br />

O regulamento foca a necessidade de<br />

garantir que a informação técnica continue<br />

disponível ao conjunto de operadores<br />

independentes: oficinas de reparação;<br />

fabricantes ou distribuidores de equipamentos;<br />

fabricantes de ferramentas ou<br />

de peças de substituição; editores de<br />

informações técnicas; clubes automobilísticos;<br />

empresas de assistência rodoviária;<br />

operadores de serviços de inspeção e<br />

ensaios; operadores de serviços de formação;<br />

fabricantes e oficinas de reparação<br />

de equipamentos destinados a veículos<br />

movidos a combustíveis alternativos.<br />

Que emen<strong>das</strong> foram feitas relativamente<br />

à manutenção e acesso ao OBD<br />

no veículo, bem como ao fluxo de dados<br />

RMI, na redação deste regulamento?<br />

A ANECRA continua a discutir com o<br />

CECRA e com outras associações europeias<br />

o impacto do regulamento no futuro<br />

dos reparadores e de outros operadores<br />

independentes.<br />

Para já, este regulamento prevê a influência<br />

da nova conectividade no acesso<br />

à informação. Refere que o progresso técnico<br />

não deverá enfraquecer o objetivo do<br />

regulamento no que respeita ao acesso<br />

às informações relativas à reparação e à<br />

manutenção por parte dos operadores<br />

independentes. Isto numa alusão clara<br />

ao acesso remoto à informação que a<br />

conectividade permitirá.<br />

A regulação da existência de OBD encontra-se,<br />

também, melhor clarificada, já que<br />

o regulamento prevê, em relação a este<br />

tema, um capítulo inteiro de disposições.<br />

Qual a relação entre o acesso à informação<br />

técnica e a telemática/conectividade?<br />

Pode dizer-se que a conectividade influi<br />

num número alargado de áreas, onde<br />

se inclui o acesso à informação técnica.<br />

A nova conectividade permite o acesso<br />

remoto à informação da viatura, até agora<br />

só disponível junto da veículo pela ficha<br />

OBD.<br />

Quando falamos de conectividade,<br />

teme-se, não só, que os operadores independentes<br />

possam deixar de ter acesso<br />

à informação técnica (menos agora, com<br />

a publicação deste regulamento), mas,<br />

também, que os seus clientes possam<br />

ser influenciados pelo tratamento que é<br />

dado à informação que o veículo disponibiliza<br />

remotamente. Por exemplo, se o<br />

operador independente apenas conhecer<br />

a situação de uma viatura quando a<br />

assiste presencialmente, estará em clara<br />

desvantagem face ao operador que é<br />

alertado remotamente de uma forma<br />

automática e que até pode comunicar<br />

imediatamente com a viatura.<br />

Existe, também, algum receio, por parte<br />

dos operadores independentes, pelos<br />

procedimentos que venham a ser implementados<br />

para que os mesmos possam<br />

aceder à informação técnica relacionada<br />

com a segurança, que estarão, invariavelmente,<br />

associados à conectividade.<br />

O Fórum SERMI desenvolveu já um manual<br />

de procedimentos para que, relativamente<br />

à informação técnica relacionada<br />

com a segurança, quer os seus operadores<br />

independentes quer os seus colaborares<br />

possam ser autorizados e possam ser acreditados<br />

os organismos que vão dar essas<br />

autorizações. Os trabalhos deste fórum<br />

continuam em desenvolvimento.<br />

Existirão sanções para quem não cumprir<br />

este novo regulamento? Se sim,<br />

quais?<br />

A entidade que faz homologações de<br />

veículos pode verificar, em qualquer<br />

momento, por sua própria iniciativa ou<br />

com base numa reclamação, se um fabricante<br />

cumpre o disposto respeitante ao<br />

acesso às informações do sistema OBD<br />

do veículo e às informações relativas à<br />

reparação e à manutenção de veículos.<br />

Caso se conclua que o fabricante não<br />

cumpriu as suas obrigações no que respeita<br />

ao acesso às informações do sistema<br />

OBD do veículo e às informações<br />

relativas à reparação e à manutenção<br />

de veículos, a entidade que concedeu<br />

esta homologação adotará as medi<strong>das</strong><br />

necessárias para corrigir a situação. Essas<br />

Agosto I 2018<br />

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09<br />

medi<strong>das</strong> essas que podem incluir a revogação<br />

ou a suspensão da homologação,<br />

bem como a aplicação de coimas.<br />

Os Estados-Membros vão estabelecer<br />

regras relativas às sanções aplicáveis em<br />

caso de violação do regulamento e terão<br />

de tomar to<strong>das</strong> as medi<strong>das</strong> necessárias<br />

para garantir a aplicação do mesmo. Diz<br />

o regulamento que essas sanções devem<br />

ser efetivas, dissuasivas e proporciona<strong>das</strong><br />

relativamente à gravidade da não conformidade,<br />

bem como ao número de veículos,<br />

sistemas, componentes ou unidades<br />

técnicas não conformes, disponibilizados<br />

no mercado dos Estados-Membros em<br />

causa. Os Estados-Membros terão de notificar<br />

a Comissão até 1 de setembro de<br />

2020 <strong>das</strong> regras e medi<strong>das</strong> que tiverem<br />

estabelecido.<br />

De que forma poderá haver fiscalização<br />

para garantir o cumprimento desta<br />

medida, de modo a não prejudicar o<br />

aftermarket independente?<br />

Caso um operador independente ou<br />

uma associação profissional que represente<br />

operadores independentes,<br />

apresente uma queixa sobre algum<br />

incumprimento de algum fabricante, é<br />

realizada uma auditoria a fim de verificar<br />

o cumprimento pelo fabricante. É solicitado<br />

que quem concedeu a homologação<br />

do veículo completo que investigue<br />

a queixa e peça, subsequentemente,<br />

ao fabricante do veículo para fornecer<br />

provas de que o sistema que aplica está<br />

conforme com este regulamento. Os resultados<br />

dessa investigação devem ser<br />

comunicados no prazo de três meses a<br />

contar da apresentação do pedido.<br />

No âmbito dessa auditoria, pode ser<br />

solicitado a um serviço técnico ou a outro<br />

perito independente que proceda a uma<br />

avaliação para verificar se as obrigações<br />

relativas ao acesso às informações do sistema<br />

OBD do veículo e às informações<br />

relativas à reparação e à manutenção de<br />

veículos foram cumpri<strong>das</strong>.<br />

A nível mais global, também é certo<br />

que as entidades que representam os<br />

operadores independentes na Europa<br />

estarão, permanentemente, atentas e<br />

denunciarão to<strong>das</strong> as situações que se<br />

julguem menos corretas. Entre estas entidades,<br />

encontra-se o CECRA, organismo<br />

do qual a ANECRA faz parte. O CECRA<br />

integra, inclusivamente, o movimento<br />

AFCAR, que se dedica ao lobby sobre as<br />

matérias relaciona<strong>das</strong> com os operadores<br />

independentes.<br />

Que outras medi<strong>das</strong> poderiam ser<br />

aplica<strong>das</strong> no aftermarket independente<br />

para garantir a livre concorrência<br />

e evitar o monopólio por parte dos<br />

construtores de veículos?<br />

Uma <strong>das</strong> posições dos lobbies europeus<br />

para os operadores independentes é a<br />

de que a Comissão Europeia deve encontrar<br />

uma solução sobre como abordar o<br />

acesso remoto ao veículo conectado e<br />

começar a trabalhar, já em 2018, numa<br />

plataforma funcional, standard, segura<br />

e de acesso aberto, tal e qual como é<br />

sustentado pelo “Regulamento e-Call.<br />

O acesso deve ser ilimitado, normalizado<br />

e não discriminatório a to<strong>das</strong> as<br />

informações do veículo e não apenas<br />

às de reparação e manutenção. As informações<br />

devem ser apresenta<strong>das</strong> de<br />

modo facilmente acessível, num formato<br />

de conjuntos de dados passíveis de tratamento<br />

eletrónico e de leitura automática.<br />

Os operadores independentes devem<br />

ter acesso aos serviços de diagnóstico<br />

à distância, utilizados pelos fabricantes,<br />

pelos concessionários e pelas oficinas de<br />

reparação autoriza<strong>das</strong>.<br />

À medida que aumenta a conectividade<br />

nos automóveis, a necessidade de conseguir<br />

ligação remota com os veículos<br />

em tempo real é cada vez mais importante.<br />

Para que tal ocorra, regras e regulamentos<br />

vinculativos são extremamente<br />

necessários para garantir uma abordagem<br />

segura, favorável ao consumidor e<br />

competitiva, que coloque fornecedores<br />

independentes de serviços em igualdade<br />

competitiva.<br />

Tudo isto a fim de garantir uma concorrência<br />

efetiva no mercado.<br />

Em 20 de fevereiro, os deputados do<br />

Parlamento Europeu pertencentes à Comissão<br />

de Transportes votaram a favor<br />

da Comissão Europeia para desenvolver<br />

legislação vinculativa sobre os dados dos<br />

veículos conectados.<br />

No passado dia 17 de maio, a Comissão<br />

Europeia publicou o seu terceiro<br />

pacote legislativo sobre mobilidade,<br />

que abrange uma ampla variedade de<br />

tópicos, incluindo a condução conectada<br />

e autónoma.<br />

No entanto, é entendimento do CECRA<br />

que o pacote não estabelece um caminho<br />

legislativo claro para garantir condições<br />

equitativas para todos os produtos e serviços<br />

digitais do automóvel, no sentido<br />

de garantir que os consumidores possam<br />

decidir com quem compartilham<br />

os dados e para que serviços específicos.<br />

A menos que a legislação seja implementada<br />

numa plataforma funcional,<br />

normalizada, segura e aberta, existe uma<br />

séria ameaça à concorrência, à inovação e<br />

à escolha do consumidor para os serviços<br />

de mobilidade e de produtos digitais.<br />

A ANECRA continuará a acompanhar, de<br />

forma sistemática e atenta, a problemática<br />

do “Acesso à Informação Técnica” e o<br />

seu impacto na atividade <strong>das</strong> empresas<br />

do setor automóvel, na perspetiva da defesa<br />

dos interesses dos seus associados,<br />

com particular relevância para os operadores<br />

ligados à reparação e manutenção<br />

automóvel multimarca. ✱<br />

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10<br />

ATUALIDADE<br />

Filtros de partículas<br />

Descubra as diferenças<br />

› Cumprido um ano sobre a realização da Mesa Redonda que abordou os problemas ambientais<br />

provocados pela remoção dos filtros de partículas nos veículos, fomos auscultar alguns dos<br />

intervenientes no debate para saber se algo mudou no combate a esta ilegalidade<br />

Por: Jorge Flores<br />

m ano volvido sobre a realização<br />

da Mesa Redonda<br />

organizada pelo <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong><br />

<strong>Oficinas</strong> dedicada ao “Ambiente”,<br />

chegou a altura de<br />

fazer um ponto de situação<br />

sobre a remoção dos filtros de partículas<br />

nos veículos. O que mudou desde o animado<br />

debate? Terá esta prática aumentado?<br />

Estarão as entidades responsáveis<br />

pela fiscalização a cumprir o seu papel?<br />

Para responder a estas questões, fomos<br />

ouvir alguns dos intervenientes da Mesa<br />

Redonda.<br />

Marcos Oliveira, responsável da Bosal,<br />

por exemplo, tem uma visão positiva sobre<br />

o assunto. “Vemos que, gradualmente,<br />

é uma ‘moda’ com tendência a desaparecer.<br />

Os próprios Centros de Inspeção<br />

Técnica de Veículos estão mais atentos<br />

a esta ilegalidade. Sim, porque temos<br />

de perceber que é ilegal esta prática”,<br />

esclareceu. “Cada vez mais se constata<br />

um decréscimo nas remoções de filtros<br />

de partículas por vários importantes<br />

fatores”, disse. E exemplificou: “O filtro<br />

de partículas está com um preço deveras<br />

competitivo no aftermarket. Bosal é<br />

um produto OE e, como tal, é um fator<br />

que pesa na decisão final. Em termos<br />

de emissões, é o produto que mais tem<br />

aumentado a nível de ven<strong>das</strong> na nossa<br />

empresa”, garante Marcos Oliveira. Segundo<br />

o responsável, no último ano, o<br />

cliente tem vindo a “perceber que um<br />

filtro de partículas não é tão caro como<br />

se pensa”. Exemplo? “O valor médio de um<br />

filtro de partículas Bosal é de €263, pelo<br />

que não faz sentido optar pela remoção<br />

ou até mesmo pela sua limpeza. Mesmo<br />

a limpeza de um filtro de partículas não<br />

soluciona nada, apenas remedeia para<br />

que o veiculo possa funcionar durante um<br />

breve período de tempo. Mas não repara<br />

o dano. Inclusive, existem métodos de<br />

limpeza que danificam os poros internos<br />

do monólito do filtro de partículas”, disse.<br />

A limpeza pode custar “entre €120<br />

e €150. Uma vez eliminada a fuligem,<br />

num curto período de tempo, voltará<br />

a ser necessário nova limpeza e pagar<br />

outra vez entre €120 e €150. O filtro de<br />

partículas tem um custo médio de €220.<br />

O cliente irá agradecer por ter instalado<br />

uma peça nova com a qual funcionará na<br />

perfeição sem ter de gastar o dobro. Além<br />

da margem que uma limpeza não deixa<br />

à oficina, algo que a substituição por um<br />

novo lhe dará”, alerta Marcos Oliveira. “Se,<br />

a isso, lhe acrescenta o líquido EOLY’s<br />

Agosto I 2018<br />

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11<br />

original que a Bosal dispõe, acaba por<br />

realizar o trabalho a 100%. DPF + líquido<br />

+ mão-de-obra. Uma manutenção completa.<br />

Limpar um filtro de partículas não<br />

é negocio e não soluciona o problema,<br />

apenas o prolonga”, acrescenta.<br />

Como medida de combate a esta prática,<br />

o responsável defende uma “atualização<br />

legislativa que proíba este tipo de<br />

ilegalidade, coimas pesa<strong>das</strong> a quem as<br />

pratica e até mesmo o encerramento <strong>das</strong><br />

mesmas casas”, afirma. “A eliminação ou<br />

a desativação de um filtro de partículas<br />

constitui crime contra o meio ambiente<br />

e é um delito de falsidade documental.<br />

O veículo está homologado para poder<br />

emitir determinados níveis de emissões<br />

de gases. Ao ser eliminado o filtro de partículas,<br />

estes níveis são alterados, pelo<br />

que se está a prejudicar o meio ambiente<br />

e a cometer uma ilegalidade. Ao eliminar-<br />

-se o filtro de partículas, está a realizar-se<br />

uma reforma de importância não autorizada.<br />

Em definitivo: está a cometer-se<br />

uma ilegalidade! A fiscalização do meio<br />

ambiente está atenta a este tipo de ações<br />

e a oficina que a realize será a máxima<br />

responsável, com multas e penalizações<br />

que podem levar ao seu encerramento<br />

e à perda do seu negócio”, avisa ainda o<br />

responsável da Bosal.<br />

n ILEGALIDADES NA NET...<br />

Rui Lopes, administrador da Escape<br />

Forte, tem uma perspetiva um pouco<br />

diferente. “A remoção dos filtros de partículas<br />

e catalisadores continua a ser um<br />

negócio com enorme procura e oferta.<br />

O vazio legal permite que esta situação<br />

permaneça inalterada”, começa por dizer.<br />

“Com o passar dos anos, aquilo que<br />

parecia ilegal, hoje, é feito com toda a<br />

naturalidade e de forma explícita, com<br />

publicidades ‘agressivas’ nas redes sociais”,<br />

diz. E vai mais longe. “Com o aumento<br />

do número de viaturas e com o<br />

conhecimento da impunidade, é natural<br />

que os números aumentem. Basta, para<br />

tal, fazer uma pesquisa na Internet e ver<br />

a quantidade de ofertas à disposição do<br />

consumidor”.<br />

Por tudo isto, para Rui Lopes, “nada<br />

mudou”, neste último ano. “Somos confrontados,<br />

diariamente, com as mesmas<br />

questões: a possibilidade de eliminar o<br />

sistema e os malefícios para o futuro.<br />

Sendo a nossa garantia um incentivo<br />

para manter a originalidade da viatura,<br />

continuamos a lutar contra a deslealdade<br />

de um processo ilegal”, salienta o responsável<br />

da Escape Forte, que gostaria de ver<br />

uma fiscalização mais ativa. “As entidades<br />

competentes, tal como fazem nas medi-<br />

ções dos gases <strong>das</strong> viaturas a gasolina e a<br />

opacidade dos Diesel, deveriam adaptar-<br />

-se à nova realidade e seguir as normas<br />

de emissões impostas pela CE”, afirma.<br />

Como? “Quer por medição de opacidade<br />

ou por equipamentos de diagnóstico, seria<br />

fácil identificar os infratores. Contudo,<br />

não podemos deixar de fazer uma ressalva<br />

em relação aos sistemas <strong>das</strong> emissões<br />

de algumas viaturas, motores que<br />

foram adaptados para cumprir as novas<br />

normas, em que a mecânica, a eletrónica<br />

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12<br />

ATUALIDADE<br />

Filtros de partículas<br />

e a própria instalação ou localização dos<br />

filtros de partículas, não funcionam convenientemente.<br />

Casos que nas viaturas<br />

mais recentes e que para os mesmos tipos<br />

de motor, os filtros de partículas, foram<br />

adaptados em posições completamente<br />

diferentes na linha de escape, por forma<br />

a que o processo de regeneração seja<br />

mais rápido e eficiente. Problemas que,<br />

em alguns casos, originam o colapso do<br />

motor”, diz.<br />

De acordo com Rui Lopes, “grande parte<br />

<strong>das</strong> vezes, as próprias oficinas têm dificuldade<br />

em explicar ao proprietário<br />

da viatura que o problema é de fabrico,<br />

deixando em aberto a opção de eliminar<br />

o sistema, para salvaguarda do próprio<br />

motor. Para evitar situações complica<strong>das</strong>,<br />

a Escape Forte fornece to<strong>das</strong> as<br />

informações necessárias para o bom<br />

funcionamento do sistema, bem como<br />

formas de evitar danos maiores, quer no<br />

motor da viatura quer nas peças por nós<br />

intervenciona<strong>das</strong>”, refere.<br />

n PRÁTICA RECORRENTE<br />

Joaquim Cruz, responsável da Interescape,<br />

também não faz um balanço positivo.<br />

“A remoção dos filtros de partículas<br />

em Portugal é e será uma prática recorrente<br />

enquanto a legislação vigente não<br />

for alterada”, aponta. “A falta de conhecimentos<br />

técnicos sobre a importância do<br />

filtro de partículas e sobre as soluções<br />

existentes no mercado, bem como o<br />

facto de a remoção deste componente<br />

ser considerada bastante rentável, continuam<br />

a ser fatores determinantes para<br />

os profissionais do setor, que continuam<br />

a optar por este tipo de solução”, explica.<br />

“Lamentavelmente, a prática da remoção<br />

dos filtros de partículas continua a ser<br />

recorrente no mercado. Não considero<br />

que tenham havido mudanças significativas<br />

para combater esta prática”, sublinha<br />

Joaquim Cruz. Na sua opinião, “é fundamental<br />

o ajuste da legislação e do modelo<br />

de inspeção, que deveriam acompanhar<br />

a evolução dos veículos nos últimos anos.<br />

À semelhança do que acontece em outros<br />

países, os Centros de Inspeção Técnica<br />

de Veículos deveriam verificar se o filtro<br />

de partículas está instalado e, em caso<br />

de dúvi<strong>das</strong>, solicitar um documento que<br />

comprove a homologação por parte do<br />

fabricante”.<br />

Para o responsável da Interescape, seria<br />

“essencial consciencializar os profissionais<br />

do setor para a importância de optar<br />

por soluções que respeitem as normas<br />

que regulam as emissões de gases poluentes,<br />

em detrimento de outras práticas<br />

existentes no mercado, que, apesar<br />

de serem mais simples, podem mesmo<br />

prejudicar o funcionamento do motor<br />

<strong>das</strong> viaturas. Deveriam ser atribuí<strong>das</strong><br />

coimas aos profissionais do setor que<br />

continuem a promover a remoção dos<br />

filtros de partículas”, enfatiza.<br />

n OLHOS BEM FECHADOS<br />

Abílio Cardoso, administrador da Veneporte,<br />

também acredita que a situação<br />

permanece inalterada. “Não terá mu-<br />

dado praticamente nada. Continuam a<br />

ser removidos filtros todos os dias (informação<br />

que nos chega por parte dos<br />

nossos clientes), sendo substituídos<br />

por tubos simples ou por recolocação<br />

da peça, mas com o filtro removido. Ou<br />

seja, em qualquer dos casos, sem qualquer<br />

retenção de partículas”, revela. Para<br />

mais, “continuam a haver variadíssimos<br />

sites a publicitar a remoção dos filtros de<br />

partículas e não temos conhecimentos<br />

de qualquer atuação por parte <strong>das</strong> autoridades<br />

competentes”, lamenta Abílio<br />

Cardoso, defendendo uma atuação mais<br />

firme <strong>das</strong> autoridades. “Continuam a ser<br />

substituídos filtros de partículas por filtros<br />

não homologados e não adequados<br />

para os veículos em causa. Os Centros de<br />

Inspeção Técnica de Veículos continuam a<br />

não fazer qualquer tipo de controlo relativamente<br />

a to<strong>das</strong> estas ilegalidades. Criam<br />

procedimentos e códigos de ética, mas<br />

não os põem em prática. As entidades<br />

que deveriam fazer a fiscalização, estão<br />

a olhar completamente para o lado. Nem<br />

o IMT, nem a ASAE parecem estar, minimamente,<br />

preocupados com o problema.<br />

O Ministério do Ambiente não tem tido<br />

a preocupação que deveria, face à gravidade<br />

do problema”, acusa Abílio Cardoso.<br />

“Consideramos que deveriam ser<br />

toma<strong>das</strong> medi<strong>das</strong> muito urgentes, pois<br />

estamos a falar de crimes com enormes<br />

consequências para a saúde pública, que<br />

deveriam preocupar-nos a todos. Desde<br />

políticos responsáveis até todos nós, cidadãos.<br />

Mas, infelizmente, nada se faz.<br />

À boa maneira portuguesa”, conclui. ✱<br />

Agosto I 2018<br />

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Janeiro I 2018


14<br />

ATUALIDADE<br />

Gala EuroPremium 2018<br />

1<br />

2<br />

TOPCAR em alta<br />

› A edição de 2018 da Gala EuroPremium, realizada em Madrid, em junho último, distinguiu três<br />

parceiras da rede TOPCAR: Auto 2006 e BestConfort, ambas da Maia; Hemoauto, da Figueira da Foz<br />

Por: Jorge Flores<br />

Gala EuroPremium é um<br />

dos grandes acontecimentos<br />

do ano para as<br />

oficinas aderentes da rede<br />

TOPCAR. Na edição 2018<br />

do evento, realizado, como é tradição,<br />

em Madrid, foram distingui<strong>das</strong> as três<br />

casas da rede que mais destacaram no<br />

ano civil transato. A saber: Auto 2006 e<br />

BestConfort (ambas da Maia); Hemoauto<br />

(Figueira da Foz). Vanessa Barros, gestora<br />

de marketing e da rede TOPCAR, não<br />

escondeu a importância desta união de<br />

forças. “Estar em rede, hoje, é pensar no<br />

futuro. É pensar em como vamos estar<br />

preparados para todos desafios que aí<br />

vêm”. Exemplos? “A telemática, a comunicação<br />

com o cliente, a conectividade,<br />

a mudança de propriedade do automóvel,<br />

a necessidade de mobilidade.<br />

Todos estes pontos são desafios que<br />

condicionam a forma como podemos<br />

dar a melhor experiência aos nossos<br />

clientes”. Segundo a responsável, “felizmente”,<br />

a TOPCAR está a “desenvolver<br />

soluções para que as oficinas de hoje<br />

sejam as oficinas de amanhã e para que<br />

consigam acompanhar a evolução do<br />

mercado”, referiu. “A solução g-connect<br />

é um exemplo disso. E acredito que revolucionará<br />

a forma como os clientes<br />

veem as oficinas multimarca”, salientou.<br />

n ENFRENTAR DESAFIOS<br />

Outro desafio da TOPCAR “é conseguir<br />

dar a mesma experiência a toda a<br />

Agosto I 2018<br />

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15<br />

1 João Azenha e Tânia Azenha, da<br />

Hemoauto (Figueira da Foz) 2 Maria do<br />

Carmo e Filipe Machado, da Auto 2006<br />

(Maia) 3 Sílvia Moura e Ricardo Moura, da<br />

BestConfort (Maia). Foi este o trio vencedor<br />

da Gala EuroPremium 2018<br />

3<br />

rede, até porque, com a estratégia de<br />

crescimento sustentável, temos vindo<br />

a expandi-la. Somos agora 77 oficinas<br />

e, em breve, muitas mais”, garantiu. Vanessa<br />

Barros revelou ainda as ferramentas<br />

para ultrapassar os desafios que o<br />

futuro apresenta: “Em 2017, iniciámos o<br />

processo de certificação oficinal, através<br />

do Centro Zaragoza, que foi ultrapassado,<br />

pois já temos mais 20 oficinas<br />

certifica<strong>das</strong> na valência da colisão. Iniciativa<br />

que vamos continuar em 2018 e<br />

alargar à rede”, disse. “Introduzimos a escala<br />

NPS para analisar os resultados dos<br />

inquéritos de satisfação disponíveis em<br />

toda a rede. Reforçámos o nosso plano<br />

de formação com temas relacionados<br />

com a gestão e receção de clientes.<br />

Mudámos a forma de comunicar com<br />

os nossos clientes, a forma como nos<br />

apresentamos nas várias plataformas,<br />

como o site, o Facebook, os serviços de<br />

valor acrescentado que disponibilizámos<br />

e, acima de tudo, interagimos com os<br />

nossos clientes”, vincou Vanessa Barros.<br />

n INVESTIMENTO CONTÍNUO<br />

A responsável fez questão de deixar<br />

uma palavra de agradecimento aos parceiros.<br />

“Obrigada às oficinas presentes<br />

hoje, pois cada uma, à sua maneira,<br />

quer seja pelo seu perfil empreendedor,<br />

experiência no mercado ou pela<br />

forma como comunica com os seus<br />

clientes, representa a marca TOPCAR e<br />

garante a melhor experiência TOPCAR<br />

aos seus clientes. Obrigada, também,<br />

pelo vosso nível de profissionalismo e<br />

pelo contínuo investimento que têm<br />

feito a representar a marca. Como digo<br />

sempre, o melhor de uma oficina é o<br />

melhor de todos. Portanto, as oficinas<br />

aqui hoje presentes representam o bom<br />

que temos na rede e as mais-valias que<br />

A TOPCAR tem vindo a<br />

distinguir, em Madrid,<br />

na Gala EuroPremium,<br />

as três oficinas que mais<br />

se destacam no ano civil<br />

anterior. Na edição de<br />

2018, subiram ao palco<br />

duas oficinas da Maia e<br />

uma da Figueira da Foz<br />

temos para oferecer para nos afirmarmos<br />

no mercado nacional como a rede<br />

de oficinas multimarca em Portugal”,<br />

sublinhou.<br />

n TRIO VENCEDOR<br />

Na edição deste ano, o trio de vencedores<br />

mostrou-se orgulhoso com a<br />

conquista. Em conversa com o <strong>Jornal</strong><br />

<strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, Filipe Machado, responsável<br />

da Auto 2006, da Maia, explicou<br />

que a distinção é o “culminar de muito<br />

trabalho, durante muitos anos”. Segundo<br />

o responsável, esta conquista deve-se,<br />

também, a uma “melhor monitorização<br />

dos processos e <strong>das</strong> competências” da<br />

casa. “Abrimos em 2006, depois de ter<br />

trabalhado num concessionário. Estou<br />

com a TOPCAR desde 2011. E, em<br />

2018, somos distinguidos. É um caminho<br />

muito positivo. De trabalho diário”,<br />

disse. “Muitas oficinas foram passa<strong>das</strong><br />

de pais para filhos, pessoas que nunca<br />

trabalharam em oficinas. Na minha,<br />

comprei tudo. Investi. E, atualmente,<br />

estamos em fase de certificação com<br />

o Centro Zaragoza para conseguirmos<br />

alcançar mais sucessos no futuro”.<br />

Outro dos grandes vencedores da noite<br />

foi a BestConfort, também da Maia. Nascida<br />

em 2012, já como parceira da rede<br />

TOPCAR, a oficina gerida por Ricardo<br />

Moura e pela sua irmã, Sílvia Moura, é<br />

fruto de muita dedicação e esforço de<br />

toda a equipa. Segundo Ricardo Moura,<br />

trata-se de um “reconhecimento muito<br />

importante do trabalho realizado durante<br />

o ano passado”, disse. Sinal ainda<br />

de que o negócio está a correr a preceito<br />

e com a carteira de clientes a aumentar.<br />

O objetivo próximo, de acordo com o<br />

responsável, passa agora por assegurar a<br />

mesma distinção na Gala EuroPremium<br />

do próximo ano. “Algo que apenas se<br />

conquista com muito trabalho”, vincou<br />

Ricardo Moura.<br />

Por sua vez, a Hemoauto, da dupla<br />

João Azenha e Tânia Azenha, levou para<br />

a Figueira da Foz o galardão. “É sempre<br />

muito importante. Dá-nos prestígio e<br />

coloca-nos num patamar superior. Não<br />

sabíamos que íamos ser distinguidos.<br />

Mas trabalhamos diariamente para este<br />

reconhecimento”, referiu Tânia Azenha,<br />

que não pretende ficar por aqui. “Queremos<br />

sempre melhorar. E o feedback dos<br />

clientes tem sido o máximo. Estamos na<br />

rede TOPCAR desde 2012. O que nos<br />

distingue é o facto de termos sempre em<br />

mente a satisfação do cliente”, explicou.<br />

“A inovação é outra <strong>das</strong> nossas prioridades.<br />

Procuramos ter sempre equipamentos<br />

oficinais inovadores para dar uma<br />

resposta célere e de qualidade em todos<br />

os serviços. Queremos estar sempre um<br />

passo à frente. Também por isso, vamos<br />

obter a certificação do Centro Zaragoza”,<br />

afirmou. “A nossa casa existe desde 1995.<br />

No ano passado inaugurámos uma<br />

oficina moderna, com tudo novo, em<br />

Montemor-o-Velho”, revelou. ✱<br />

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16<br />

OBSERVATÓRIO<br />

Conceitos de Mobilidade (Parte VIII)<br />

Fortum Singalong Shuttle<br />

Tarifa cantada<br />

› Os conceitos de mobilidade continuam a reinventar-se. Na Finlândia, o Fortum Singalong Shuttle recusa<br />

aceitar dinheiro ou cartões de crédito/débito. As tarifas pela viagem são pagas pelo canto dos clientes<br />

Por: Jorge Flores<br />

riginalidade rimará<br />

sempre com mobilidade.<br />

Criatividade,<br />

também. Seja no tipo<br />

de motor, seja na forma<br />

de pagamento pelos serviços de locomoção,<br />

os conceitos automobilísticos,<br />

atualmente, estão obrigados a reinventar-se.<br />

Por vezes, de uma maneira divertida.<br />

Basta observar o exemplo surgido,<br />

recentemente, na Finlândia, onde foi<br />

dado a conhecer, de forma experimental,<br />

no festival Ruisrock, aquele que é o<br />

primeiro táxi do mundo cujas tarifas são<br />

pagas através do canto dos clientes. Por<br />

outras palavras, o designado Fortum<br />

Singalong Shuttle mais não é do que um<br />

serviço de táxi que apenas aceita, como<br />

forma de pagamento, as canções dos<br />

seus passageiros. O veículo manter-se-á<br />

em movimento enquanto estes continuarem<br />

a cantar. Mesmo que desafinem,<br />

supõem-se, dado que os responsáveis<br />

não esclarecem este detalhe. Sabe-se,<br />

isso sim, que o serviço está disponível<br />

somente em veículos 100% elétricos,<br />

de modo a que os passageiros possam<br />

soltar a voz e desfrutar <strong>das</strong> canções sem<br />

ruídos provenientes do motor.<br />

n CONCEITO EXPERIMENTAL<br />

Por enquanto, este peculiar táxi ainda<br />

não fará escola. Trata-se de uma experiência,<br />

sim, mas que deverá ser levada<br />

muito a sério. O teste a este ousado<br />

conceito de mobilidade musical teve<br />

lugar durante o festival, realizado na<br />

Finlândia, em julho deste ano, mais<br />

concretamente em Turku, tendo o táxi<br />

mantido-se disponível para os que se<br />

mostraram interessados em partilhar a<br />

viagem e uma música com os companheiros<br />

de percurso. Isto, entre as 12<br />

e as 17 horas, sempre em pequenos<br />

percursos, valendo-se <strong>das</strong> músicas que<br />

ainda estariam na mente dos festivaleiros<br />

quando entravam para o veículo.<br />

De resto, além de não precisarem de<br />

dinheiro, os passageiros e condutores<br />

do Singalong Shuttle não necessitavam,<br />

tão pouco, de reservar lugar a bordo.<br />

Apenas de escolher a canção e de “apanhar”<br />

o táxi.<br />

n MELODIA AMBIENTAL<br />

O Singalong Shuttle é um conceito<br />

inovador, criado pela empresa de<br />

energia limpa Fortum, que pretende<br />

envolver os seus clientes, em particular,<br />

e a sociedade, em geral, numa grande<br />

mudança para um mundo mais ecológico.<br />

Nesse sentido, a empresa oferece<br />

uma ampla gama de soluções de<br />

energia verde e incentiva os clientes<br />

a viver uma vida mais sustentável. A<br />

Fortum encontra-se, neste momento,<br />

concentrada no desenvolvimento de<br />

soluções sofistica<strong>das</strong> de carregamento<br />

de veículos elétricos.<br />

Refira-se, a propósito, que a rede de<br />

carregamento Fortum Charge & Drive<br />

EV é, nada mais nada menos, do que a<br />

maior entre todos os países nórdicos,<br />

contando com mais de 2.000 carregadores,<br />

distribuídos pela região. “Com a<br />

Singalong Shuttle, queremos mostrar<br />

às pessoas, de uma forma agradável,<br />

como é fácil e confortável conduzir um<br />

automóvel elétrico”, afirmou o gerente<br />

de marca da Fortum, Jussi Mälkiä. Que,<br />

de seguida, acrescentou: “Os veículos<br />

elétricos, silenciosos, tornam possível<br />

curtir a música sem ruído de fundo e<br />

emissões”. ✱<br />

Agosto I 2018<br />

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Janeiro I 2018


18<br />

TECNOLOGIA<br />

Motores de combustão e caixas de velocidade<br />

Independência<br />

ou morte?<br />

› Numa altura em que a indústria<br />

automóvel aponta para os veículos<br />

elétricos e movidos a energias<br />

alternativas, onde não existem motores<br />

alimentados a combustíveis fósseis<br />

nem caixas de velocidade manuais,<br />

ainda há quem veja futuro nas soluções<br />

“convencionais”. Estaremos perante um<br />

caso de independência ou morte? Só o<br />

tempo o dirá<br />

Por: Ricardo Carvalho<br />

Os automóveis que montam<br />

motores de combustão interna<br />

dispõem de um considerável<br />

potencial de melhoria dos seus consumos<br />

e emissões. Por um lado, através<br />

da otimização tecnológica do próprio<br />

propulsor, aumentando a sua eficiência<br />

e minimizando as per<strong>das</strong> de energia.<br />

Por outro, fazendo parte de um sistema<br />

de propulsão híbrido. E, depois, ainda<br />

existe o uso de combustíveis alternativos,<br />

como o gás natural ou os combustíveis<br />

sintéticos. O volume mundial de<br />

automóveis com caixas de velocidade<br />

manuais continuará a aumentar. Contudo,<br />

com pequenas modificações,<br />

poderão tirar benefícios <strong>das</strong> novas<br />

tecnologias na redução do consumo<br />

de combustível e <strong>das</strong> emissões de CO 2.<br />

Nos últimos 15 anos, os motores a<br />

gasolina registaram enormes progressos<br />

em termos da redução de consumos<br />

e emissões. Incitados por uma<br />

legislação ambiental cada vez mais<br />

exigente, os fabricantes têm vindo a<br />

aplicar nestes propulsores as tecnologias<br />

que já empregaram nos Diesel,<br />

como, por exemplo, a injeção direta<br />

e a sobrealimentação através de turbocompressor.<br />

Isto permitiu conceber<br />

motores mais pequenos (o chamado<br />

downsizing), com cilindrada mais baixa<br />

e menor número de cilindros. Além<br />

do mais, o aumento e a melhoria da<br />

entrega de binário permitiu alargar<br />

os desenvolvimentos <strong>das</strong> caixas de<br />

velocidade, o que, em conjunto com<br />

o aumento do número de relações,<br />

também contribuiu para reduzir consumos<br />

e emissões.<br />

n NOVAS NORMAS DE EMISSÕES<br />

O ciclo NEDC (New European Driving<br />

Cycle) de consumos e emissões<br />

foi a base sobre a qual os engenheiros<br />

trabalharam no desenvolvimento dos<br />

motores, concebidos para emitirem o<br />

mínimo a baixos regimes e cargas. Graças<br />

a isso, ofereciam consumos excecionalmente<br />

baixos nessas condições<br />

e valores que aumentavam consideravelmente<br />

na utilização real quotidiana.<br />

A 1 de setembro de 2017, entrou em<br />

vigor a nova norma WLTP (Worldwide<br />

harmonized Light vehicles Test Procedures),<br />

que começará a ser aplicada a<br />

partir do dia 1 de setembro de 2018.<br />

Os novos testes implicam uma velocidade<br />

média mais elevada, acelerações<br />

e desacelerações mais agressivas,<br />

normas de teste mais restritas e consideração<br />

do equipamento opcional<br />

para representar, com maior precisão,<br />

o consumo de combustível real para os<br />

consumidores. Para mais, na Europa,<br />

será realizado o teste RDE (Real Driving<br />

Emissions test). Este teste não mede<br />

as emissões poluentes (NOx, PM, CO<br />

e HC) em laboratório, mas na estrada.<br />

Uma vez que este método não segue<br />

um procedimento fixo, as emissões devem<br />

estar dentro dos limites legais em<br />

toda a gama de utilização do motor.<br />

Por causa de tudo isto, é provável que<br />

os preços dos automóveis aumentem<br />

consideravelmente. ✱<br />

Tecnologias que continuarão a otimizar os motores de combustão<br />

São várias as tendências e tecnologias que vão permitir aos motores de combustão continuar a evoluir em termos de eficiência e<br />

redução de CO 2, mas, também, adaptar-se às novas normas de emissões<br />

“Hibridização”<br />

O conceito de reunir um motor de combustão com um elétrico e um sistema de recuperação e armazenamento de energia mostrou-se muito válido para reduzir<br />

consumos e emissões. Os motores de combustão irão evoluindo para se harmonizarem com o sistema híbrido e de forma a manterem otimizado o seu funcionamento.<br />

A vantagem do conceito híbrido paralelo diz respeito ao elevado grau de flexibilidade <strong>das</strong> famílias de motores, que, apenas com pequenas modificações,<br />

podem ser utilizados tanto em sistemas de propulsão “convencionais” como nos híbridos. O que permite otimizar as capacidades de produção e o investimento<br />

em desenvolvimento tecnológico.<br />

A “hibridização” de 48 Volt permitirá “hibridizar” todo o tipo de motores com uma relação custo/benefício muito favorável. As simulações de consumo e emissões<br />

no ciclo WLTC demonstram que um híbrido de nível 0 – o mais simples tecnicamente – alcança uma poupança de 3,8% em consumos e emissões relativamente<br />

a um microhíbrido de 12 Volt (com alternador inteligente e função start&stop) equipado com um motor elétrico de polos assíncronos ou de polos alternados e<br />

de 6,6% desde que munido de motor elétrico síncrono de ímanes permanentes.<br />

Agosto I 2018<br />

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19<br />

Distribuição totalmente variável<br />

Os sistemas de distribuição variável vão desde um simples variador de fase instalado na árvore de cames até ao sistema de distribuição totalmente<br />

variável. Estes elementos otimizam o processo de combustão e reduzem quer o consumo de combustível quer as emissões. Desde 2009 que o<br />

sistema de distribuição variável é produzido em massa, com mais de três milhões de unidades fabrica<strong>das</strong> e uma permanente otimização. Também<br />

foi desenvolvida uma variante do sistema que pode facilmente ser integrada em motores já existentes. É importante que o motor, em geral, e a<br />

sobrealimentação através de turbocompressor, estejam devidamente adaptados aos requisitos do comando de válvulas totalmente variável. Com<br />

estas premissas, o sistema de distribuição totalmente variável reduz em 8,4% o consumo e as emissões no ciclo de testes WLTC.<br />

Gestão térmica<br />

Para maximizar a eficiência dos futuros sistemas de propulsão, é necessário otimizar o equilíbrio térmico de todo o sistema e dos seus componentes<br />

individuais, bem como controlar os fluxos de calor. Esta gestão é feita por um módulo que entra agora numa segunda fase. Um módulo<br />

mecatrónico que, no futuro, tornar-se-á mais complexo, ao mesmo tempo que se descentralizará. Todos os ensinamentos recolhidos sobre os fluxos<br />

de calor dos veículos híbridos serão empregues na conceção de sistemas preditivos, que consigam que todos os elementos do veículo funcionem<br />

à temperatura adequada e recebam calor ou frio de acordo com as necessidades de cada momento. Graças a isso, a eficiência de todo o sistema<br />

aumenta e reduzir-se-ão consumos e emissões.<br />

Redução da fricção<br />

Os rolamentos já reduzem, consideravelmente, os níveis de fricção em unidades acessórias, como árvores de cames, veios de equilíbrio, turbocompressores<br />

e touches. No turbo, os rolamentos podem reduzir até 80% a fricção a frio e melhorar a resposta, o que aumenta em 2,5% a eficiência,<br />

acelera a entrega de binário e reduz a riqueza da mistura, o que minimiza as emissões de NOx. O passo seguinte é substituir as chumaceiras da<br />

cambota por rolamentos, algo que já está a ser trabalhado pela Ford. Com o simples facto de se instalar um rolamento no primeiro apoio da<br />

cambota, o mais distante do volante do motor, consegue-se uma redução de 1% no consumo de combustível.<br />

Distribuição elétrica variável<br />

Este sistema permite sincronizar as válvulas para se adaptarem a to<strong>das</strong> as condições de utilização do motor. Ao contrário <strong>das</strong> hidráulicas, as árvore<br />

de cames com acionamento elétrico permitem ajustar o tempo de abertura <strong>das</strong> válvulas quando o motor está imobilizado. Durante uma sequência<br />

de arranque/paragem ou quando o veículo circula por inércia (“à vela”), este sistema pode preparar o motor de combustão por antecipação para<br />

o seu posterior reinício. Graças a isso, são exigidos menos binário, fricção e desgaste. Outros benefícios do atuador elétrico da árvore de cames<br />

dizem respeito a uma gama de temperaturas de utilização mais elevada, atuações mais rápi<strong>das</strong> e precisas, bem como a diminuição da carga da<br />

bomba de óleo. Graças a tudo isto, consegue-se uma redução de consumos e emissões de 2%.<br />

Desconexão de cilindros<br />

Os motores de três e quatro cilindros também podem beneficiar desta funcionalidade, que ajuda a reduzir as emissões de CO 2 . Existe um sistema<br />

eletromecânico de integração simples, que permite a desconexão seletiva de cilindros para reduzir consumos e emissões. São vários os fabricantes<br />

que desenvolveram volantes bimassa e embraiagens com pêndulos centrífugos para mitigar as vibrações torsionais produzi<strong>das</strong> pela desconexão<br />

de cilindros.<br />

Combustíveis alternativos<br />

O gás natural já está disponível e garante cerca de 25% menos de CO 2 face à gasolina “convencional”. E, a médio e longo prazos, será possível<br />

sintetizar gás metano num processo PtG (power to gas). Os motores Diesel não ficarão atrás e também se investiga no domínio dos combustíveis<br />

sintéticos baseados num processo PtL (power to liquid). Se a energia primária necessária durante a respetiva geração também tiver origem em<br />

fontes renováveis, como a energia eólica ou fotovoltaica, os combustíveis podem considerar-se como de emissões neutras em termos de CO 2 .<br />

E-Clutch ou embraiagem eletrónica<br />

43% dos automóveis vendidos em todo o mundo dispõem de caixa de velocidades manual. E ainda que a sua quota de mercado esteja a diminuir,<br />

o seu número absoluto continuará a crescer (em 2016, foram produzi<strong>das</strong> 40 milhões de caixas manuais). Têm a seu favor o seu baixo custo, mas,<br />

em eficiência, já foram supera<strong>das</strong> pelas caixas automáticas. Para aproveitar as oportunidades que oferecem as novas tecnologias na redução de<br />

consumo de combustível e emissões de CO 2 , é necessário automatizar a embraiagem <strong>das</strong> transmissões manuais. Graças a isso, deverão ser adota<strong>das</strong><br />

estratégias de poupança, como o “coasting” (circular por inércia, com o motor desligado), ou recuperar energia em desaceleração e travagem,<br />

graças a um sistema de “hibridização” de nível 0 ou 1. Entre ambos, poderá obter-se uma redução de 8%.<br />

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20<br />

REPORTAGEM<br />

Formação em elétricos ANECRA/CEPRA<br />

Valorizar eletrificação<br />

› O secretário de Estado Adjunto e do Ambiente encerrou a ação de formação em veículos elétricos<br />

tutelada pela ANECRA em parceria com o CEPRA. José Gomes Mendes fez questão de valorizar esta<br />

iniciativa de futuro<br />

Por: Jorge Flores<br />

osé Gomes Mendes, secretário<br />

de Estado Adjunto e do<br />

Ambiente, acredita que a<br />

eletrificação do automóvel<br />

é uma realidade incontornável.<br />

Por esse motivo, o<br />

membro do Governo fez questão de<br />

estar presente no encerramento da ação<br />

de formação sobre veículos elétricos,<br />

realizada pela Associação Nacional <strong>das</strong><br />

Empresas do Comércio e da Reparação<br />

Automóvel (ANECRA), em parceria com<br />

o Centro de Formação Profissional da<br />

Reparação Automóvel (CEPRA), nas instalações<br />

desta última, no Prior Velho.<br />

A problemática dos veículos elétricos<br />

constitui uma preocupação prioritária<br />

da ANECRA, tendo como objetivo formar<br />

os seus associados numa área tão<br />

específica.<br />

A emissão de mais de 310 certificados,<br />

que aferem a atribuição de<br />

competências relativas à segurança,<br />

no contacto com estas novas tecnologias<br />

relaciona<strong>das</strong> com o automóvel,<br />

será prova disso mesmo. A presença<br />

de José Gomes Mendes visou, no<br />

fundo, valorizar a iniciativa, perfeitamente<br />

enquadrada com o futuro<br />

da mobilidade.<br />

n CRISTA DA ONDA<br />

Depois de uma visita às instalações do<br />

CEPRA e do discurso de agradecimento<br />

do presidente da direção da ANECRA,<br />

Alexandre Ferreira, o governante dirigiu-<br />

-se aos formandos do curso, entre os<br />

quais os jovens integrantes do Fórmula<br />

Student, para explicar o motivo da sua<br />

visita. “Quando me falaram, no âmbito<br />

da realidade do setor automóvel, de um<br />

curso de formação na área da mobilidade<br />

elétrica e dos veículos elétricos,<br />

imediatamente, por iniciativa minha,<br />

disse que gostava de ver o que está a<br />

ser feito. Considero que organizações<br />

como a ANECRA e o CEPRA conseguem<br />

ver mais à frente e preparar profissionais<br />

para o futuro. Estão na crista da onda<br />

para o que virá”, salientou.<br />

José Gomes Mendes sublinhou ainda<br />

a existência de três grandes tendências<br />

do setor automóvel. A primeira? “A<br />

eletrificação”, como não podia deixar<br />

de ser. E concretizou: “Recebo todos<br />

os grandes fabricantes de automóveis<br />

por diferentes razões. Todos, sem exceção,<br />

têm planos para a eletrificação<br />

<strong>das</strong> frotas. Ainda recentemente recebi<br />

os dirigentes do Grupo PSA, que, há<br />

pouco tempo, parecia ser o fabricante<br />

mais relutante em seguir a tendência dos<br />

veículos elétricos. Disseram-me que, até<br />

2026, pretendem eletrificar toda a frota.<br />

O que significa que, depois de 2026, não<br />

deverá sair <strong>das</strong> fábricas deste grupo um<br />

só automóvel que não tenha um motor<br />

elétrico. Alguns serão ainda híbridos, sim,<br />

mas todos terão uma componente elétrica.<br />

E as outras marcas estão to<strong>das</strong> a<br />

fazer o mesmo. É uma tendência global”,<br />

garantiu, reforçando a ideia de ser esta<br />

uma “boa notícia” em matéria ambiental.<br />

Socorrendo-se de dados estatísticos, o<br />

secretário de Estado Adjunto e do Ambiente<br />

revelou que os veículos elétricos<br />

e híbridos plug-in representam, atualmente,<br />

no nosso país, perto de 2% <strong>das</strong><br />

ven<strong>das</strong> totais de automóveis.<br />

n AUTONOMIA E PARTILHA<br />

Segundo José Gomes Mendes, a segunda<br />

grande tendência está relacionada<br />

com os temas da conectividade e<br />

da autonomia. Sobre os veículos autónomos,<br />

o membro do Governo admitiu que<br />

ainda existem muitas “barreiras regulatórias”<br />

que, por enquanto, os impedem<br />

de circular nas estra<strong>das</strong>. Sublinhando,<br />

porém, que não demorará muito até<br />

que estes obstáculos formais sejam<br />

derrubados. Sobre a conectividade, foi<br />

mais taxativo. “Os veículos estão cada<br />

vez mais conectados”, assumindo esta<br />

vertente “uma importância crescente”,<br />

acrescentou.<br />

A terceira e última tendência, prende-se<br />

com a “partilha”. Segundo José Gomes<br />

Mendes, o sentido de propriedade automóvel<br />

tenderá a desaparecer. “Haverá<br />

menos pessoas a comprar automóveis,<br />

mas não a utilizá-los. Serão partilhados”,<br />

disse. O que terá consequências positivas.<br />

“Haverá menos veículos, mas estes serão<br />

muito mais utilizados”, adiantou. Além<br />

disso, os utilizadores poderão recorrer<br />

a vários tipos de modelos, consoante as<br />

suas necessidades, sem terem de investir<br />

na sua compra ou ficar “reféns” da sua<br />

escolha. Por tudo isto, os automóveis terão<br />

um ciclo de vida muito mais curto, o<br />

que alterará o paradigma da reparação e<br />

manutenção”, assegurou. “Também para<br />

isso temos de estar preparados. As empresas<br />

que fabricam e vendem veículos<br />

estão a fazer uma metamorfose da sua<br />

atividade de fabricantes ou vendedores<br />

de automóveis para fornecedores de mobilidade,<br />

alterando os seus modelos de<br />

negócio”, rematou o secretário de Estado<br />

Adjunto e do Ambiente. ✱<br />

Agosto I 2018<br />

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Janeiro I 2018


22<br />

MÁQUINAdoTEMPO<br />

LUÍS COSTA, Fundador da Japopeças<br />

Fui trilhando o meu caminho<br />

› Luís Costa fundou a Japopeças, em 1986, depois de uma longa experiência num concessionário Toyota.<br />

Nunca mais abandonou o mundo <strong>das</strong> peças orientais, onde o rigor do trabalho é mais do que uma filosofia<br />

Por: Jorge Flores<br />

Os tempos podem mudar, os<br />

automóveis evoluir, mas Luís<br />

Costa ainda conserva a mesma<br />

paixão pelo setor que o levou a fundar a<br />

Japopeças, decorria o ano de 1986. Uma<br />

empresa que nasceu pela necessidade<br />

que existia, na época, de fornecer as<br />

oficinas independentes com peças de<br />

origem asiática. “Ainda me lembro, perfeitamente,<br />

de como começou esta aventura.<br />

Gosto muito do que faço. Tenho essa<br />

sorte. Trabalhava num concessionário<br />

oficial da Toyota, era chefe de secção, e<br />

tínhamos necessidades de peças, nomeadamente,<br />

ao nível da questão logística”,<br />

começa por revelar. “Quando era preciso<br />

investir numa secretária ao algo parecido,<br />

as administrações depreciavam as<br />

necessidades. Estavam foca<strong>das</strong> somente<br />

no automóvel e na sua venda. Tudo o<br />

resto era marginal”, recorda Luís Costa.<br />

Por outras palavras, “para as oficinas e departamentos<br />

de peças era atribuído um<br />

plano secundário dentro <strong>das</strong> empresas”,<br />

acrescenta. O mercado crescia de forma<br />

exponencial e o responsável não via a<br />

empresa onde trabalhava acompanhar,<br />

“minimamente”, as suas “necessidades”.<br />

Aos poucos, entendeu que não podia<br />

continuar por aquele caminho.<br />

n DESCOBRIR O ORIENTE<br />

Era um mercado distinto do atual. Uma<br />

“época de ouro” para os produtos asiáticos.<br />

E Luís Costa percebeu a oportunidade.<br />

“Não havia produto para satisfazer<br />

as encomen<strong>das</strong>. Tanto automóveis novos,<br />

como até a própria reposição de stocks<br />

de peças. Não havia. Os importadores<br />

tinham bastantes dificuldades. Hoje, é<br />

tudo diferente, o mercado está saturado<br />

de automóveis, oficinas e retalhistas de<br />

peças. Na altura, a oferta era escassa, encarava-se<br />

de forma diferente o mercado”.<br />

Tomada a decisão, não olhou para trás.<br />

Sem hostilidades com a entidade patronal,<br />

mas sem recuos. “Vi que não con-<br />

Trabalhamos com<br />

o oriente e, por isso,<br />

estamos formatados,<br />

por defeito, para o rigor.<br />

São esses os nossos valores<br />

na relação com os clientes<br />

seguia vencer a inércia nesse ponto em<br />

relação à administração. Entendiam, mas<br />

não atuavam. Eu tinha mínimos que já<br />

não conseguia cumprir, porque era uma<br />

avalanche de trabalho brutal e sem os<br />

recursos indispensáveis para continuar.<br />

E houve um dia em que disse: acabou!<br />

Não consigo trabalhar neste modelo e<br />

vou-me embora. Sabia que ia ser abordado<br />

no sentido de ficar. Não quero<br />

ser presunçoso, mas, de facto, era eu<br />

quem liderava aquela área de peças,<br />

o mercado exterior e oficinas. Sabia<br />

que ia ser abordado. Só que também<br />

já conhecia as prioridades da empresa<br />

e sabia que eram apenas palavras”,<br />

adianta Luís Costa ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>.<br />

Quando se desvinculou do concessionário,<br />

começou a fazer o que melhor<br />

sabia, vender peças. De início, de forma<br />

Agosto I 2018<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Veja o vídeo em www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

23<br />

com muitas dificuldades<br />

tranquila. “Conhecia o mercado asiático<br />

e o local muito bem, num raio de 30 a<br />

40 km de São João da Madeira. Conhecia<br />

to<strong>das</strong> as oficinas e revendedores”, revela.<br />

O poder económico não era muito e teve<br />

de recorrer ao apoio de um fornecedor.<br />

Alguém que lhe deu um “grande impulso”.<br />

Uma espécie de “via verde”. De um lado,<br />

estava o conhecimento profundo do setor.<br />

E, isso, Luís Costa tinha. Do outro, o<br />

poder económico. A parceria ideal.<br />

n “JAPONÊS” ASSUMIDO<br />

Nos primeiros passos da sua carreira,<br />

começou a ter sucesso com peças da Toyota.<br />

“Dava para dar e vender”, diz. “Não<br />

conseguia assumir mais do que essa<br />

marca. Mas tudo tem o seu tempo. Entretanto,<br />

outras marcas foram ganhando<br />

quota de mercado”, realça. Contudo, uma<br />

vez que o pós-venda continuava a ser<br />

“negligenciado”, Luís Costa começou a<br />

ser solicitado por outras marcas asiáticas.<br />

Por esta ordem: “Mazda, Nissan, Mitsubishi<br />

e por aí fora”, sublinha. Era altura<br />

de “assumir a especialidade na área dos<br />

leciona<strong>das</strong> com base na sua qualidade<br />

e a um preço competitivo. Nesta feira,<br />

acabei por encontrar uma janela de<br />

oportunidades que passava ao lado de<br />

muitos, mais focados nos produtos para<br />

europeus”. Motivo de orgulho para Luís<br />

Costa, são os clientes. Alguns deles, há<br />

mais de duas déca<strong>das</strong>. “Fomos gradualmente<br />

crescendo no mercado nacional.<br />

Houve uma altura em que fazíamos o<br />

norte e não tínhamos clientes a sul. Entretanto,<br />

começámos a expandir para o sul<br />

e, finalmente, alargámos a nossa oferta<br />

para to<strong>das</strong> as ilhas. Fomos capitalizando<br />

mais e mais clientes, sempre de forma<br />

progressiva e consistente”, conta.<br />

n GANHAR ESPAÇO<br />

Há cerca de dois anos, a Japopeças inaugurou<br />

umas instalações em São João da<br />

Madeira. “Foi muito importante. A componente<br />

informática tem, para nós, uma<br />

importantância acrescida. Mas o investimento<br />

nas restantes áreas é, também, da<br />

máxima relevância. Só assim é possível<br />

proporcionar as condições necessárias<br />

veículos movidos a gasóleo, impõe-se<br />

a questão: jogará esta realidade a favor<br />

ou contra o negócio? Luís Costa prefere,<br />

uma vez mais, manter o bom senso. Sem<br />

exageros. “Vou lendo estudos sobre o<br />

mercado automóvel, nomeadamente<br />

por alguns dos grandes fabricantes<br />

atuais provêm, também, do setor automóvel.<br />

Acredito que a tecnologia híbrida<br />

veio para ficar, sendo já visível no parque<br />

automóvel atual. No entanto, penso que<br />

o processo de transição deverá demorar<br />

bem mais do que uma década”, sublinha.<br />

Mais preocupante, no seu entender, é<br />

Errar é humano.<br />

Mas o engano, na nossa<br />

empresa, tem de ser<br />

levado até à escala zero,<br />

sempre que possível.<br />

Não pode ser de outra<br />

maneira<br />

o facto de os híbridos, “em Portugal há<br />

20 anos”, consumirem menos peças. “Já<br />

não há mercado para todos os players<br />

ligados ao setor de peças. Mas, com os<br />

híbridos, essa tendência irá, com o tempo,<br />

acentuar-se ainda mais. Por exemplo, em<br />

pneus e pastilhas de travão, a sua durabilidade<br />

é consideravalmente maior do que<br />

num automóvel dito normal. Estou muito<br />

apreensivo em relação a isso”, admite. Luís<br />

Costa abraçou o mundo <strong>das</strong> peças aos<br />

14 anos e mantém a mesma filosofia de<br />

vida. “Fui trilhando o meu caminho com<br />

produtos japonenses”, destaca.<br />

Passados tantos anos de mercado, Luís<br />

Costa mantém um lema. “Nunca forço<br />

muito para que as coisas aconteçam.<br />

Trabalho todos os dias, porque é o que<br />

gosto de fazer. É o que me move. Mas<br />

não ultrapasso determinados limites para<br />

conquistar mais e mais mercado. Não.<br />

Para quem dá o seu melhor, os resultados<br />

sempre acontecem naturalmente”,<br />

sublinha. Prova disso mesmo é que, um<br />

dia, a convite de um amigo, importador,<br />

foi a à feira de Frankfurt e percebeu que<br />

“as peças que equipavam as viaturas na<br />

origem estavam lá expostas”, conta.<br />

“Fiquei muito admirado, porque era<br />

um mercado que até então desconhecia.<br />

Não fazia ideia que universo era esse<br />

da importação. Como é que existia um<br />

contacto direto com um fabricante de<br />

rolamentos, embraiagens, entre outros.<br />

Foi nessa feira que tudo mudou”.<br />

Quando regressou à sua loja, em Portugal,<br />

Luís Costa não perdeu tempo a<br />

fazer contactos e a tentar entender a<br />

viabilidade de importar outras gamas de<br />

material. “Foi um sucesso quase imediato”,<br />

confessa. “Algumas dessas marcas ainda<br />

hoje continuam no nosso portefólio, se-<br />

para que cada um possa profissionalmente<br />

dar o seu melhor. ”Nas instalações<br />

anteriores, as dificuldades logísticas eram<br />

evidentes”, recorda. No novo edifício, a<br />

capacidade de armazenagem mais do<br />

que triplicou: passou de 950 para 3.500<br />

m 2 . “Além disso, eliminámos a necessidade<br />

de suporte exterior às instalações.<br />

Todos os serviços foram centralizados.<br />

Não era nada prático. Recorríamos,<br />

constantemente, ao armazenamento<br />

fora <strong>das</strong> instalações principais e, agora,<br />

já conseguimos implementar as ideias<br />

que temos”, reforça.<br />

Luís Costa acredita que o mercado começa<br />

a entender as vantagens de um<br />

produto de qualidade face a outro apenas<br />

barato. “Trocar uma peça por vezes da<br />

marca original para conseguir pequenas<br />

diferenças no preço, pode comprometer<br />

uma reparação e resultar em desagradáveis<br />

consequências, decididamente<br />

não vale a pena”, garante. “Hoje, já existe<br />

essa consciência”, acrescenta.<br />

n ADAPTAÇÃO AO FUTURO<br />

Com a cavalgante evolução da tecnologia<br />

presente nos automóveis e com a<br />

“perseguição”, nas cidades europeias, aos<br />

mundiais. Sabendo que a Mazda no<br />

Japão considera que muito há ainda<br />

para desenvolver nos motores Diesel e<br />

a gasolina, com emissões e consumos<br />

muito reduzidos, apesar da tecnologia<br />

híbrida, dá que pensar”, diz. Será caso<br />

para afirmar que a morte do motor de<br />

combustão interna é, manifestamente,<br />

exagerada? “Sou sensível a questões ambientais<br />

e sei que muitos dos problemas<br />

muitas dificuldades. Espero que, quem<br />

vier suceder-me, concretamente o meu<br />

filho, Luís Almeida, consiga abraçar o<br />

projeto e continuá-lo. Futurologia, não<br />

faço”, reconhece. “O que será o automóvel<br />

amanhã?”, questiona. “Espero que ele<br />

continue a fazer o seu melhor, no dia a<br />

dia, conforme as coisas forem acontecendo.<br />

E consiga adaptar-se, ajustar-se<br />

e abrir caminho para vencer”, conclui. ✱<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Agosto I 2018


24<br />

ENTREVISTA<br />

FREDERICO ABECASIS<br />

Country Manager da Hella, Sucursal em Portugal, S.A.<br />

A decisão<br />

que tomámos<br />

vai trazer muitas<br />

vantagens ao<br />

mercado<br />

› A Hella Gutmann em Portugal, passou a estar<br />

integrada na estrutura da Hella, S.A. Por esse<br />

motivo, a comercialização dos equipamentos<br />

e a gestão de renovação <strong>das</strong> licenças passará a<br />

ser levada a cabo pelos distribuidores autorizados<br />

Hella Gutmann Solutions<br />

Por: João Vieira<br />

É<br />

uma alteração significativa no que<br />

diz respeito à abordagem ao mercado,<br />

uma vez que, até à data, os<br />

equipamentos eram comercializados<br />

não apenas pelos distribuidores, mas,<br />

também, para equipa Hella Gutmann<br />

diretamente, o que tinha vantagens e<br />

inconvenientes.<br />

Em entrevista ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>,<br />

Frederico Abecasis, country manager da<br />

Hella, Sucursal em Portugal, S.A. explica<br />

as razões desta mudança e os objetivos<br />

que pretende atingir com a marca Gutmann<br />

no mercado português.<br />

O que vai mudar com a transferência<br />

do negócio dos equipamentos Gutmann<br />

para a Hella, S.A.?<br />

Neste momento, creio que a decisão<br />

que tomámos vai trazer muitas vantagens<br />

ao mercado e melhorará o serviço<br />

às oficinas, tanto a nível comercial como<br />

no apoio técnico.<br />

Como vai funcionar a assistência técnica?<br />

O call center continua disponível?<br />

A assistência técnica continua a ser<br />

prestada pela nossa equipa técnica, assim<br />

como o call center, a que chamamos<br />

“Hot Line”, continuará disponível para os<br />

clientes que tenham essa subscrição. Portanto,<br />

nestes campos, não há qualquer<br />

alteração digna de nota.<br />

A partir de agora, o que devem fazer os<br />

clientes da Gutmann para manterem<br />

os seus equipamentos atualizados?<br />

Os clientes vão ser contactados pelos<br />

distribuidores da zona para procederem<br />

às atualizações do equipamento e eventual<br />

aquisição de novos equipamentos<br />

nos casos em que os existentes já não<br />

sejam atualizáveis.<br />

Como deve proceder o potencial cliente<br />

de equipamentos Gutmann para obter<br />

informações e adquirir produtos?<br />

Deverá contactar um dos distribuidores<br />

Hella Gutmann Solutions autorizado e<br />

pedir uma eventual demonstração in sito<br />

do equipamento que pretende adquirir.<br />

O site portugal.hella-gutmann.com<br />

vai continuar ativo?<br />

Sim, de momento não vamos fazer<br />

nenhuma alteração a esse nível.<br />

Qual vai ser o envolvimento da Hella,<br />

Sucursal em Portugal, S.A., na comercialização<br />

dos equipamentos?<br />

Vai ser total. O nosso papel será apoiar<br />

a distribuição tanto a nível técnico como<br />

a nível de apoio pós-venda em to<strong>das</strong> as<br />

questões relaciona<strong>das</strong> com os nossos<br />

equipamentos.<br />

A Gutmann Portugal esteve sempre<br />

presente com stands nos salões dedicados<br />

ao aftermarket. Vai continuar a<br />

apostar nestes eventos?<br />

Essa será uma questão a analisar caso a<br />

caso. Neste momento, temos prevista a<br />

feira de Madrid onde teremos um stand<br />

dedicado aos nossos equipamentos.<br />

O que tenciona fazer para aumentar<br />

a notoriedade da marca junto <strong>das</strong> oficinas<br />

portuguesas?<br />

O valor da marca é muito importante<br />

para nós. Queremos cuidar o valor do<br />

nosso produto e, por isso, estabelecemos<br />

uma nova lista de preços líquidos<br />

às oficinas, que é muito transparente e<br />

que trará maior clareza ao mercado e<br />

facilidade no momento da decisão. A<br />

notoriedade também passa pela inovação,<br />

tanto a nível de hardware como de<br />

software, para além do serviço pós-venda,<br />

que é um ponto crítico. Creio que com<br />

este pacote de soluções, conseguiremos,<br />

seguramente, aumentar a notoriedade<br />

do produto e manter os clientes satisfeitos<br />

com os nossos equipamentos.<br />

Soluções Gutmann<br />

para o aftermarket<br />

Estão previstas ações de formação<br />

sobre os equipamentos Gutmann?<br />

Sim, estão previstas e serão um ponto<br />

fundamental para o desenvolvimento do<br />

nosso negócio de equipamento oficinal<br />

em Portugal. ✱<br />

A gama de equipamentos Gutmann para o aftermarket está divida em quatro grandes áreas: equipamentos<br />

de diagnóstico, equipamentos de calibração (para câmeras e radares), equipamentos oficinais e assistência<br />

técnica e formação. Os modelos top sellers a nível de diagnóstico são MEGA MACS PC e MEGA MACS 56. Até<br />

final deste ano, está previsto o lançamento do novo topo de gama MEGA MACS 77, que vem substituir o atual<br />

MEGA MACS 66. Outro equipamento de grande sucesso é o CSC-Tool para calibração dos sistemas ADAS que<br />

equipam os automóveis mais recentes. “É um equipamento novo, que sai para o mercado para satisfazer uma<br />

necessidade que nos veículos mais antigos sem este sistema não era necessário. Hoje, é já muito solicitado e<br />

no futuro vai ter de ser uma realidade em quase to<strong>das</strong> as oficinas. A recetividade tem sido muito boa. Aliás,<br />

fomos pioneiros nesta tecnologia, pelo que o nosso equipamento acaba por ser uma referência no mercado.<br />

Com as novas máquinas de calibração de sistemas ADAS, iremos, necessariamente, crescer muito em ven<strong>das</strong><br />

nos próximos anos”, refere Frederico Abecasis.<br />

O parque de máquinas Gutmann existente no nosso mercado é muito relevante e aponta para uma quota de<br />

liderança a nível de diagnóstico. “Para aumentar a notoriedade, é necessário conseguir uma estabilidade nos<br />

preços de compra por parte da oficina e continuar a oferecer um serviço pós-venda de excelência”, assegura<br />

o responsável.<br />

A Hella Portugal é uma <strong>das</strong> sucursais com melhor implementação em relação ao parque existente, à parte da<br />

Alemanha, obviamente. Por isso, Frederico Abecasis está confiante no futuro da marca Gutmann no nosso país.<br />

“Seguramente, teremos um futuro promissor tendo em conta as novas soluções que apresentámos recentemente<br />

e que continuaremos a apresentar. O segredo para o sucesso deste tipo de produtos é estar sempre na<br />

vanguarda da tecnologia. E é isso que tentamos sempre fazer. Só temos de manter o legado e melhorar tudo<br />

o que for possível”, conclui.<br />

Agosto I 2018<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


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Janeiro I 2018


26<br />

PARCERIA<br />

ORGANIZAÇÃO<br />

2018<br />

Pedro Oliveira,<br />

Diretor Técnico<br />

e Comercial da<br />

ATEC<br />

Patrocinadores 2018<br />

solutions<br />

for<br />

your<br />

business<br />

soluções para o seu negócio<br />

O concurso gera entusiasmo e<br />

leva os profissionais a participar<br />

› Pedro Oliveira, diretor técnico e comercial da ATEC, não tem dúvi<strong>das</strong> que o concurso Melhor<br />

Mecatrónico 2018, organizado pela academia de formação a que pertence em parceria com o <strong>Jornal</strong><br />

<strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, se trata de uma iniciativa ímpar que gera entusiasmo e leva os profissionais a participar<br />

Como olha a ATEC para a profissão de<br />

mecatrónico automóvel?<br />

A profissão de mecatrónico automóvel<br />

é uma profissão que, por um lado, tem<br />

sido bastante procurada por quem quer<br />

iniciar a sua vida profissional. Por outro,<br />

como não existe desemprego atualmente,<br />

é uma área onde há possibilidade de fazer<br />

reconversões profissionais. Existem, neste<br />

momento, profissionais de outras áreas e<br />

sem especialização que procuram efetuar<br />

uma formação em Mecatrónico Automóvel,<br />

porque se sentem mais realizados profissionalmente.<br />

Sendo a ATEC uma referência em<br />

Portugal na formação destes profissionais,<br />

criamos as condições necessárias para que<br />

a profissão de mecatrónico automóvel seja,<br />

cada vez mais, gratificante e reconhecida<br />

socialmente.<br />

Quais os maiores desafios que se colocam<br />

à profissão de mecatrónico automóvel?<br />

Claramente a evolução tecnológica a<br />

que estes profissionais estarão sujeitos<br />

nos próximos tempos. Só com formação<br />

constante é que um mecatrónico automóvel<br />

estará apto a desempenhar com<br />

sucesso a sua função. Para além de todos<br />

os aspetos mecânicos e eletrónicos, estes<br />

profissionais terão de resolver problemas<br />

informáticos.<br />

Que oferta formativa dispõe a ATEC, em<br />

termos de mecatrónica, e qual a taxa de<br />

empregabilidade, nesta área, dos alunos<br />

que frequentam a vossa academia?<br />

As tipologias de formação que temos são<br />

para jovens com o 9.° Ano e idade até 25<br />

anos, que são os cursos de Aprendizagem,<br />

e para jovens com o 12.° Ano concluído<br />

para os cursos de Especialização Tecnológica.<br />

Temos, igualmente, oferta para<br />

adultos desempregados com mais de 23<br />

anos, nomeadamente na modalidade de<br />

Educação e Formação de Adultos. Em termos<br />

de formação para empresas e ativos,<br />

a título individual temos uma oferta vasta<br />

de formação contínua em cursos standard<br />

e temos sempre a possibilidade de desenvolver<br />

cursos à medida <strong>das</strong> necessidades<br />

<strong>das</strong> oficinas e dos seus profissionais. A<br />

nossa taxa de empregabilidade é, neste<br />

momento, de 90%.<br />

Olhando para o concurso Melhor Mecatrónico,<br />

que balanço faz a ATEC de todo<br />

o trajeto percorrido pelas edições anteriores<br />

até agora?<br />

Pelo número de concorrentes, visitantes<br />

e patrocinadores, sempre a aumentar de<br />

edição para edição, só podemos afirmar<br />

que este é um concurso que já se encontra<br />

consolidado e reconhecido na área automóvel.<br />

Com uma organização conjunta entre<br />

a ATEC e o <strong>Jornal</strong> da <strong>Oficinas</strong>, conseguimos<br />

criar uma dinâmica à volta do concurso de<br />

credibilidade, rigor e seriedade. E, isso, é o<br />

que garante o entusiasmo dos profissionais<br />

deste ramo em participar. O balanço<br />

é positivo, mas temos de trabalhar para<br />

conseguirmos inovar e diferenciar-nos de<br />

edição para edição. Essa parte também está<br />

a ser efetuada. Pretendemos aumentar o<br />

número de visitantes com as iniciativas que<br />

estamos a preparar e, dessa forma, valorizar<br />

cada vez mais a profissão de mecatrónico<br />

automóvel. Para alcançar este objetivo, pretendemos<br />

evidenciar o grau de complexidade<br />

da profissão, bem como o trabalho,<br />

a dedicação e a permanente atualização<br />

exigida aos profissionais da área.<br />

Como classifica o desempenho dos finalistas<br />

na edição do ano passado?<br />

O nível de compromisso dos concorrentes<br />

no concurso tem vindo a aumentar<br />

de edição para edição. Começa a existir<br />

já uma preocupação com a preparação,<br />

que é benéfica para o concorrente e, por<br />

isso, é que o desempenho dos profissionais<br />

tem sido bom. Paralelamente, acreditamos<br />

que as oficinas empregadoras destes concorrentes<br />

têm uma oportunidade de diferenciação<br />

face às restantes se apostarem<br />

conjuntamente na preparação dos seus<br />

colaboradores. O segredo do sucesso está<br />

numa boa preparação. A conquista de um<br />

lugar no pódio ajuda e muito a que as oficinas<br />

sejam reconheci<strong>das</strong> pela qualidade.<br />

Que diferenças têm vindo a verificar-se<br />

de edição para edição?<br />

Para além de algumas melhorias nas provas<br />

técnicas, a grande diferença encontra-se<br />

no aumento de visitantes e na participação<br />

de candidatos e patrocinadores, que<br />

encaram esta prova como um ponto de<br />

contacto com atuais e potenciais clientes.<br />

É de salientar que os patrocinadores têm<br />

uma parte bastante importante na dinamização<br />

deste concurso, pelas atividades<br />

que podem dinamizar e pela formação de<br />

produto que podem fazer.<br />

Que mudanças existirão no concurso<br />

face à edição de 2017?<br />

Vamos incorporar nas provas técnicas<br />

marcas diferentes de automóveis e vamos<br />

ter um espaço de competição mais direcionado<br />

para visitantes e patrocinadores.<br />

Pretendemos maior proximidade com os<br />

visitantes. No dia 17 de novembro, vamos<br />

incluir nas atividades do concurso um<br />

evento de mobilidade elétrica com investigadores<br />

desta área. Estamos a trabalhar<br />

com o <strong>Jornal</strong> da <strong>Oficinas</strong> para que este seja<br />

um evento relevante e diferenciador pelos<br />

temas que serão abordados. ✱<br />

Agosto I 2018<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

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PARCERIA<br />

ORGANIZAÇÃO<br />

27<br />

2018<br />

Patrocinadores 2018<br />

Cultivar qualidade oficinal<br />

› A 2.º edição do Challenge <strong>Oficinas</strong> continua à procura da melhor oficina de 2018. Segundo os<br />

patrocinadores da “inovadora” iniciativa, trata-se de uma forma de cultivar a qualidade junto do setor<br />

“Incentivamos tudo o que<br />

seja valorizar quem nos<br />

compra lubrificantes”<br />

Paulo Santos, responsável da Valvoline, um dos patrocinadores do Challenge<br />

<strong>Oficinas</strong> 2018, não tem dúvi<strong>das</strong> em vincar a intenção de “apoiar” tudo o que<br />

sejam iniciativas que “promovam os skills e a formação dos profissionais <strong>das</strong><br />

oficinas”. Segundo explica, “são as oficinas que nos compram lubrificantes”. Por<br />

outras palavras, “é muito importante que os responsáveis <strong>das</strong> oficinas saibam<br />

gerir bem o seu negócio”. E exemplifica: “A receção, por exemplo, é, cada vez<br />

mais, importante para uma oficina. Não apenas para melhorar a sua capacidade<br />

de trabalho como para gestão do negócio e satisfação dos clientes”, disse. “Tudo<br />

o que traga valor para quem nos compra produto, apoiaremos sempre”, reforça. ✱<br />

Paulo Santos, Valvoline<br />

Grisélia Afonso, SKF<br />

“Importante apoiar<br />

projetos que coloquem on<br />

job as boas práticas<br />

oficinais”<br />

Grisélia Afonso, responsável da SKF em Portugal é, desde a primeira hora, uma<br />

apoiante da 2.ª edição do Challenge <strong>Oficinas</strong>. Em declarações ao <strong>Jornal</strong> da <strong>Oficinas</strong>,<br />

explicou o motivo pelo qual a empresa continua a patrocinar a iniciativa.<br />

“É, para a SKF, importante apoiar projetos em que os responsáveis <strong>das</strong> oficinas<br />

têm possibilidade de colocar on job as boas práticas e a implementação de uma<br />

gestão adequada às exigências do seu dia a dia de trabalho, como o Challenge<br />

<strong>Oficinas</strong>”, disse. ✱<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Agosto I 2018<br />

26_Challenge oficinasREV.indd 27 26/07/2018 15:25


28<br />

NOTÍCIAS<br />

Empresas<br />

Kavo Parts lança<br />

nova gama<br />

de sensores<br />

Os veículos modernos são cada vez<br />

mais controlados por computador. A<br />

gestão do motor ganha cada vez mais<br />

importância. Um conjunto complexo de<br />

sensores e interruptores deve garantir<br />

um excelente desempenho, segurança<br />

do condutor e redução de combustível e<br />

de gases. Com a crescente importância<br />

da gestão de motor, a Kavo aumentou a<br />

sua gama de sensores. A partir de agora,<br />

dispõe de seis novas linhas de sensores e<br />

duas linhas de interruptores. Com mais<br />

de 215 novas referências, a Kavo Parts<br />

oferece uma gama completa para todos<br />

os veículos asiáticos.<br />

Japanparts Group festeja 30 anos de atividade<br />

O Japanparts Group, sediado em Verona, festeja 30 anos de atividade com os seus clientes, uma meta importante para<br />

a empresa que, ao longo destes anos, cresceu de forma exponencial em Itália e no estrangeiro. Nascido como empresa<br />

familiar em 1988, especializou-se em peças para veículos asiáticos, europeus e americanos com as marcas Japanparts,<br />

Ashika e Japko. Atualmente, são cerca de 30 mil as referências codifica<strong>das</strong> para cada uma <strong>das</strong> três marcas. A gama dos<br />

produtos distribuída pelo Japanparts Group inclui 140 famílias diferentes de artigos, que abrangem todos os tipos de<br />

peças, desde motor a travões, passando por embraiagens, peças elétricas e suspensões, excluindo-se apenas peças de<br />

carroçaria. O constante crescimento do mercado automóvel produzido no Extremo Oriente levou em pouco tempo a<br />

empresa a posicionar-se nos primeiros lugares do setor automóvel de peças.<br />

O Japanparts Group é uma empresa jovem, com uma força de trabalho com idade média pouco superior a 30 anos,<br />

constituída por um organigrama empresarial dinâmico, com 32 pessoas dedica<strong>das</strong> à parte administrativa e comercial e<br />

80 à logística, que é totalmente “terceirizada”. Obteve rendimentos de mais de 85 milhões de euros em 2017 e exporta<br />

para mais de 70 países, para um total de cinco continentes. Entre 2015 e 2017, a empresa assistiu a um crescimento de<br />

dois dígitos, quer na faturação em Itália quer na exportação, com um número de encomen<strong>das</strong> que alcançou os 75%<br />

de crescimento nos últimos cinco anos. Recentemente, concluiu uma importante otimização da projeção da empresa:<br />

investiu na ampliação do armazém da sede para atingir um total de 53.000 m 2 de superfície de armazenamento, que<br />

permitirá consolidar a própria presença e ampliar a gama europeia, assegurando a velocidade e a garantia <strong>das</strong> entregas<br />

e aumentando a cobertura do stock que, neste momento, já cobre cerca de seis meses de ven<strong>das</strong>.<br />

ARF aposta em motores recondicionados<br />

A ARF tem dado especial atenção aos seus clientes e trabalha para identificar as necessidades destes. O seu sucesso é<br />

o reflexo do trabalho criterioso que desenvolve no que diz respeito à comercialização de peças automóvel. A sua aposta em<br />

motores recondicionados tem sido uma forma de cada vez mais estar a um passo de dar a uma viatura uma “nova vida” com<br />

garantias certifica<strong>das</strong> e a preços bastante competitivos. Todos os motores recondicionados comercializados pela ARF são<br />

criteriosamente revistos e as peças de desgaste substituí<strong>das</strong> por peças novas, de forma a cumprir as especificações de fábrica.<br />

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Agosto I 2018<br />

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29<br />

FM Equipamentos e Escala<br />

Versão juntos com Gutmann<br />

As empresas FM Equipamentos e Escala Versão celebraram<br />

um acordo de parceria para comercializar, em conjunto, os<br />

equipamentos de diagnóstico Gutmann. Estas duas empresas<br />

continuarão a dar toda a assistência aos seus clientes em todos<br />

os equipamentos de diagnóstico da marca Gutmann, como<br />

têm feito ao longo dos últimos 19 anos. Para mais informações<br />

sobre a gama de equipamentos de diagnóstico disponível,<br />

serviços pós-venda e informação técnica, contactar Fernando<br />

Marques (917 213 877) ou Paulo Cardinal (961 521 883).<br />

SPANJAARD e a KROON OIL apoiaram CAAP<br />

A SPANJAARD e a KROON OIL estiveram presentes, através da Adir-Viseu, no apoio e receção dos<br />

associados da CAAP - Clube Português de Automóveis Antigos. A direção organizou um passeio de Rolls-<br />

-Royce e Bentley de várias épocas (1929 -1980) entre Porto e Braga, para inauguração da primeira oficina<br />

Bentley. A concentração, como de costume, foi no parque e átrio da Fundação Cupertino de Miranda,<br />

na Av.ª da Boavista. Conseguiu-se juntar 22 jóias automobilísticas com o charme de outros tempos, de<br />

um total cerca de 70 regista<strong>das</strong> a nível nacional como membros do tradicional Clube Português de Automóveis<br />

Antigos. O prestigiado clube é a mais antiga associação registada em Portugal que se dedica,<br />

exclusivamente, aos automóveis antigos e de coleção, sendo membro da F.I.V.A. (Fédération Internationale<br />

de Véhicules Anciens) desde 1969. A KROON OIL detém uma gama completa de óleos especificamente<br />

elaborados para a correta manutenção de todos automóveis antigos, desde do pré - I Guerra Mundial.<br />

Incluindo óleos de preservação muito usados em viaturas de exposição, óleos de Run-in usados após<br />

uma reparação interna do motor e óleos de lavagem interna de resíduos solúveis e não solúveis antes de<br />

aplicação do óleo novo de motor ou caixa. A SPANJAARD, por sua vez, detém um conjunto de produtos<br />

que solucionam, tratam, restauram e corrigem com precisão todos os problemas <strong>das</strong> viaturas. Os associados<br />

do CAAP podem ter acesso a toda informação e seleção de todos óleos e líquidos para viaturas<br />

clássicas de forma automática, com a introdução simples do modelo e ano (recomendação online).<br />

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30<br />

NOTÍCIAS<br />

Empresas<br />

Dayco lança campanha<br />

de fatos-de-macaco<br />

Premiando os seus clientes, a Dayco<br />

acaba de lançar no mercado português<br />

uma campanha de oferta de fatos-de-<br />

-macaco para to<strong>das</strong> as oficinas portuguesas,<br />

quer de ligeiros, quer de pesados. A Dayco<br />

é uma multinacional americana, líder global<br />

em pesquisa, desenvolvimento, produção e<br />

distribuição de produtos essenciais para motores,<br />

sistemas de transmissão e distribuição<br />

para automóveis, camiões, máquinas de<br />

construção, máquinas agrícolas e indústria.<br />

Para mais detalhes da campanha, deverá ser<br />

consultado o distribuidor Dayco ou deverá<br />

entrar-se em contacto diretamente com<br />

Ricardo Cal<strong>das</strong>, responsável da marca em<br />

Portugal, através do telemóvel 918 494 578<br />

ou do email ricardo.cal<strong>das</strong>@dayco.com.<br />

Breda Lorett apresentará novidades<br />

na Automechanika 2018<br />

A gama dos tensores de correia automáticos da Breda Lorett será a protagonista no stand da marca na próxima feira<br />

Automechanika. Estes tensores de correia, o ponto fulcral da atividade de investigação e desenvolvimento e produção<br />

da empresa, estão disponíveis em separado ou no interior dos kits de distribuição, com e sem bomba de água. Para<br />

garantir a qualidade do produto, a marca investiu na ampliação do laboratório de testes, o qual foi enriquecido com<br />

bancos de ensaio específicos para os testes comparativos nos rolamentos e tensor de correia completos, para além<br />

de instrumentos de medição para deteção mesmo em caso de anomalia mínima. As linhas de produção dedica<strong>das</strong><br />

aos tensores de correia automáticos verificam 100% dos principais aspetos críticos do produto diretamente na fase de<br />

montagem. Muitas outras informações sobre os tensores de correia Breda Lorett, bem como os folhetos de instrução<br />

para montagem e tutoriais sobre a instalação dos produtos, estão disponíveis no site www.bredalorett.com.<br />

A Automechanika 2018 contará com presença de um novo elemento na secção comercial. José Arnão, que integrou<br />

a equipa em abril, é responsável pela marca Breda Lorett nos países estrangeiros. José Arnão e os outros membros<br />

do quadro de funcionários terão prazer o receber os visitantes no stand C 38, Hall 5.0. O espaço será partilhado com a<br />

Bugatti Autoricambi, que, tal como a Breda Lorett, faz parte do Grupo Metelli.<br />

LIFT TEK efetua rebranding do logótipo e imagem<br />

A LIFT TEK acaba de efetuar um rebranding do seu logótipo e da sua imagem, que resulta da introdução de um novo símbolo<br />

inspirado pelo dinamismo <strong>das</strong> linhas estáticas contemporâneas e pelas formas suaves combina<strong>das</strong> com uma estrutura sólida,<br />

sugerindo rigor, tecnologia e alta qualidade. Assim como os valores do Grupo ALGO, ao qual pertence. O novo logótipo utiliza um<br />

tamanho e um estilo de fonte tipográfica de características suaves, que contrastam com linhas fortes. Sendo uma <strong>das</strong> marcas líder<br />

no mercado europeu na produção e distribuição de elevadores elétricos para veículos ligeiros e comerciais, a LIFT TEK decidiu criar<br />

um novo visual que representa o embarcar num trajeto que, começando com o rebranding da marca, vai abranger todos os diferentes<br />

aspetos da comunicação, desde os catálogos ao website, passando pela embalagem e to<strong>das</strong> as atividades de presença em social media.<br />

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31<br />

<strong>Oficinas</strong> elegem<br />

GT Estimate<br />

na valorização de danos<br />

Os profissionais <strong>das</strong> oficinas em Espanha elegeram<br />

a GT Motive, empresa especializada em<br />

tecnologia, soluções de valorização e gestão<br />

de acidentes, como a insígnia mais valiosa do<br />

mercado na categoria de software de valorização<br />

de danos nos prémios de Qualidade e Serviço<br />

Pós-venda Automóvel. Esta iniciativa identificou<br />

as marcas mais valiosas para os profissionais<br />

espanhóis <strong>das</strong> oficinas. Para eles, a empresa<br />

especialista em estudos de mercado no setor<br />

automotive, The Hub Automotive Insights, realizou<br />

uma investigação que contou com uma<br />

mostra estratégica de mais de 400 entrevistas<br />

com proprietários, gerentes ou responsáveis de<br />

compras <strong>das</strong> oficinas representativas do universo<br />

total de empresas de reparação.<br />

Parts Aftermarket Congress 2018<br />

confirma temas e oradores<br />

A 14.ª edição do Parts Aftermarket Congress, que decorrerá, em Roma, nos dias 6 e 7 de novembro, já tem confirmados<br />

os temas dos diversos painéis e respetivos oradores, que irão abordar a situação global do pós-venda na<br />

Europa. O congresso irá fazer uma análise da evolução dinâmica do setor, com testemunhos dos principais protagonistas<br />

sobre as tendências de desenvolvimento e as experiências de grandes grupos de distribuição europeus. No<br />

dia 6 de novembro, terça-feira, pelas 11h00, Vincenzo Boccia, presidente de Confindustria, inaugurará o evento, que<br />

se celebrará, pela primeira vez, em Roma, mais precisamente no A. Roma Lifestyle Hotel. Seguir-se-ão uma série de<br />

intervenções, que vão ter como tema central “Desafios para a cadeia do IAM”. Roberto Vavassori, presidente da CLEPA,<br />

participará como orador, assim como Sylvia Gotzen, CEO da FIGIEFA, Grégoire Chové, diretor-geral da Arval Italia, John<br />

Quinn, CEO e diretor-geral da LKQ Europe, e Fotios Katsardis, CEO e presidente da Temot International Autoparts.<br />

No dia 7 de novembro, os discursos serão dedicados às novas fronteiras da mobilidade cada vez mais inteligente,<br />

graças à inovação tecnológica e à propulsão alternativa. Os especialistas convidados são Michele Bertoncello, parceira<br />

da McKinsey, Michele Crisci, presidente da Volvo Italia, Romano Valente, presidente da Unrae, Marc Aguettaz, diretor-<br />

-geral da GiPA Italia, e Gianmarco Giorda, diretor-geral da ANFIA. O congresso é organizado pela revista italiana Parts,<br />

que faz parte, juntamente com o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, da Aftermarket Media Network, parceira oficial do evento. O<br />

programa completo de intervenções pode ser consultado em https://aftermarketcongress.partsweb.it/programma/.<br />

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Tel. 00351 229 982 880<br />

Fax 00351 229 982 889<br />

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Tel. 00351 244 849 620<br />

Fax 00351 244 849 629<br />

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32<br />

NOTÍCIAS<br />

Empresas<br />

Escape Forte disponibiliza manual “Passo a Passo”<br />

Auto Barros distribui produtos SIOM<br />

A Escape Forte, como forma de apoiar as oficinas, disponibiliza um protocolo geral para<br />

abordagem ao processo de manutenção dos filtros de partículas. Na perspetiva de garantia de<br />

sucesso na intervenção, a forma de diagnóstico antes e pós-montagem do filtro de partículas<br />

tem influência no desfecho da operação. Nesse sentido, a Escape Forte disponibiliza um<br />

manual “Passo a Passo” para que o serviço tenha resultados positivos. Os interessados podem<br />

solicitar o manual através do email info@escapeforte.com ou pelo telefone 93 22 22 200.<br />

Ao longo dos anos, a empresa Auto Barros Acessórios, Lda. tem vindo a<br />

aumentar a sua oferta de artigos. Recentemente, juntou à sua vasta gama<br />

a SIOM, produtos de reparação para alternadores e motores de arranque,<br />

induzidos, indutoras e rotores, entre outros. A SIOM, marca italiana criada<br />

em 1975, tem, ao longo dos anos, vindo a especializar-se no fabrico de componentes<br />

para reparação de material elétrico, nomeadamente alternadores<br />

e motores de arranque. A empresa está implantada numa área de 3.500<br />

m 2 , emprega mais de 30 colaboradores e dispõe de uma eficiente rede de<br />

ven<strong>das</strong>, com distribuidores em Itália e no exterior. Os produtos fabricados<br />

e distribuídos pelo SIOM são o resultado de três aspetos fundamentais que<br />

sempre caracterizaram a atividade da empresa e o seu desenvolvimento:<br />

experiência, qualidade e tecnologia, o que resulta numa boa relação qualidade/preço.<br />

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KYB reduz emissões de carbono<br />

para a Automechanika<br />

DISTRIBUIDOR NTN-SNR<br />

A equipa de pós-venda da KYB Europe estará presente com um stand no<br />

Salão Automechanika Frankfurt, onde irá receber parceiros vindos dos quatro<br />

cantos do mundo. De forma a limitar o impacto ambiental originado pelas viagens<br />

desses parceiros, a KYB calculou o CO 2 total gerado pelas deslocações <strong>das</strong><br />

pessoas, incluindo voos, viagens de carro, montagem dos stands e preparação<br />

de alimentos e bebi<strong>das</strong>. Para compensar essas emissões, a KYB fez uma doação<br />

para uma instituição de caridade ambiental que combate a mudança climática.<br />

Isso faz parte do compromisso global da KYB com a responsabilidade social<br />

corporativa. Durante a Automechanika, a KYB apresentará a sua nova gama<br />

de ferramentas de suporte, destina<strong>das</strong> a auxiliar os técnicos na montagem de<br />

produtos KYB. Que inclui o novo KYB Suspension Solutions App, com algumas<br />

novidades interessantes que serão apresenta<strong>das</strong> exclusivamente durante a feira.<br />

Document non contractuel - NTN-SNR copyright international - 07/2016 - Photos : Visuelys<br />

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33<br />

Veneporte cresce a dois dígitos<br />

bilstein group<br />

reforça competência<br />

em embraiagens<br />

Após considerações estratégicas e uma análise ao potencial<br />

desenvolvimento internacional, a equipa de gestão do bilstein<br />

group decidiu consolidar a competência de embraiagens<br />

dentro do grupo sob as marcas de produto febi (veículos<br />

pesados) e Blue Print (veículos ligeiros). A ampla gama de<br />

embraiagens da marca KM, composta por mais de 1.500 produtos,<br />

será transferida para os dois conhecidos especialistas<br />

do aftermarket e adicionada ao portefólio existente. A Kary +<br />

Mangler GmbH + Co. KG, especialista alemã de embraiagens<br />

localizada em Durmersheim, foi adquirida pela Ferdinand<br />

Bilstein GmbH + Co. KG no ano passado e foi integrada, com<br />

sucesso, no bilstein group, que opera globalmente. A unidade<br />

de Durmersheim vai tornar-se mais importante dentro do<br />

grupo no futuro e será expandida para um centro de competências<br />

de várias marcas para embraiagens.<br />

A Veneporte registou, no primeiro semestre de 2018, um crescimento superior a 10% nas<br />

suas ven<strong>das</strong> face ao mesmo período de 2017. O destaque vai para os componentes da parte<br />

quente do sistema de escape – filtros de partículas e catalisadores, cujas ven<strong>das</strong> cresceram na<br />

generalidade dos países onde a Veneporte está presente. Segundo a empresa, este incremento,<br />

já previsto em 2017, deve-se, principalmente, a dois fatores, um externo e outro interno. O fator<br />

externo diz respeito à natural tendência do mercado para uma maior procura de catalisadores<br />

e filtros de partículas de qualidade, alicerçada nas cada vez mais restritas normas de emissão<br />

de gases, bem como na também consciencialização crescente dos condutores e proprietários<br />

de veículos para as questões ambientais. Internamente, a empresa aponta o constante reforço<br />

da gama, de forma a aumentar a cobertura do parque automóvel de cada mercado onde atua.<br />

No seguimento da estratégica delineada, referira-se, também, que a Veneporte conta com um<br />

novo importante distribuidor para Itália: FTS. Assim se chama o novo parceiro. Trata-se de uma<br />

empresa com mais de 50 anos de existência. Originalmente posicionada como especialista em<br />

turbos e transmissões, a empresa tem vindo a alargar o seu portefólio com outras famílias de<br />

produtos dota<strong>das</strong> de tecnologia, tal como é caso dos catalisadores e filtros de partículas da<br />

Veneporte. A empresa italiana escolheu o fabricante nacional como seu fornecedor exclusivo<br />

devido ao bom feedback do mercado, à cobertura de gama, à qualidade geral e por se tratarem<br />

de produtos com a melhor performance ambiental do mercado.<br />

Este ano, a Veneporte estará presente na Automechanika Frankfurt 2018<br />

com a Faurecia. Facto que, por si só, não é notícia, pois este é um<br />

certame onde a empresa participa há mais de 20 anos. A novidade<br />

é, sim, a participação, de forma conjunta, com a Faurecia, tal<br />

como já tinha acontecido na edição de 2017 do Salão Equip<br />

Auto, em Paris.<br />

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34<br />

NOTÍCIAS<br />

Empresas<br />

Autopeças Cab lançou campanha<br />

de óleos Gameroil<br />

A Autopeças Cab lançou uma campanha de óleos Gameroil<br />

para bidões de 50 e 208 litros. A promoção, com preços muito<br />

competitivos, é limitada ao stock existente em armazém. A<br />

Gameroil renovou, recentemente, a sua imagem e apresentou<br />

novas gamas de produtos da última geração, que cumprem as<br />

exigências dos fabricante. Para este ano, a marca prevê um<br />

aumento <strong>das</strong> ven<strong>das</strong>, graças aos preços mais competitivos dos<br />

seus lubrificantes de última geração.<br />

Auto Diesel reconhecida como oficina 4.0<br />

LIQUI MOLY é melhor marca de<br />

óleo para pesados na Alemanha<br />

Os leitores da revista alemã de pesados “Werkstatt<br />

aktuell” colocaram a LIQUI MOLY no primeiro lugar do pódio.<br />

A publicação pediu aos leitores que elegessem as melhores<br />

marcas na área de serviços. No que toca a lubrificantes, a LIQUI<br />

MOLY atingiu o primeiro lugar, a uma grande distância dos<br />

lugares seguintes. O especialista alemão em óleos e aditivos<br />

confirma, assim, a sua qualidade em termos de produtos e<br />

serviços. Apesar de ser mais reconhecida nos automóveis, a<br />

LIQUI MOLY disponibiliza, também, uma gama completa de<br />

produtos especialmente concebidos para veículos comerciais<br />

e pesados. E esta qualidade é bem-recebida no mercado. Para<br />

a LIQUI MOLY, os resultados são especialmente importantes<br />

porque os leitores da “Werkstatt aktuell” são profissionais.<br />

Usam os produtos todos os dias e sabem perfeitamente quais<br />

os produtos que lhes facilitam o dia a dia e nos quais podem<br />

apostar sem hesitação.<br />

A Auto Diesel é a primeira oficina em Portugal reconhecida como oficina 4.0 pela Jaltest Telematics.<br />

Uma Oficina 4.0 combina gestão de veículos com diagnóstico remoto e telemática do veículo, com a<br />

eficiência que traz a gestão de to<strong>das</strong> as operações na nuvem (cloud). Com este modelo, as oficinas<br />

prestam um serviço com uma rapidez e precisão que até há pouco tempo eram, simplesmente, inimagináveis.<br />

Com a utilização <strong>das</strong> atuais tecnologias, a Auto Diesel consegue conectar diretamente com<br />

os veículos para obter informações sobre o seu estado, reduzindo o tempo de resposta e a execução<br />

de reparações com muito mais precisão. Esse é o cerne do conceito da Oficina 4.0: o uso inteligente da<br />

informação para aumentar a eficiência. Para a oficina moderna, ter acesso a esses dados e usá-los será<br />

vital se quiser manter a competitividade. As <strong>Oficinas</strong> 4.0, reconheci<strong>das</strong> pela Jaltest Telematics, podem<br />

ter o acesso imediato por via remota (caso o transportador assim deseje) às unidades ECU e sistemas<br />

FMS de qualquer veículo, seja ao camião e/ou ao reboque. Por meio do sistema, também o gestor de<br />

frota pode gerir indicadores de KPI em várias variáveis, enviar avisos de controlo de custos e até mesmo<br />

realizar processos de diagnóstico em tempo real. Além disso, os dados inseridos pelos técnicos nos<br />

seus relatórios podem ser usados em consultas subsequentes. “Sentimos um enorme orgulho, em<br />

termos sido a primeira Oficina 4.0 em Portugal nomeada pela Jaltest Telematics. Sem o conhecimento<br />

adquirido pelos nossos colaboradores, sem a tecnologia necessária, sem as parcerias fundamentais,<br />

não teria sido possível. Obrigado a todos”, disse Paulo Tomás, gerente da Auto Diesel.<br />

bilstein group ofereceu frigorífico<br />

para carro de bombeiros<br />

Uma vez que se inicia uma época propícia a incêndios, todos os meios e apoios aos Bombeiros<br />

Voluntários são necessários. Neste sentido, o bilstein group ofereceu um frigorífico para incorporação<br />

num dos veículos de combate a incêndio aos Bombeiros Voluntários da Malveira. No âmbito da<br />

responsabilidade social, os Bombeiros Voluntários da Malveira são uma <strong>das</strong> instituições que o bilstein<br />

group apoia, tendo sido com muita alegria que a empresa liderada por Joaquim Candeias abraçou<br />

esta iniciativa. Segundo o Comandante Miguel Oliveira, dos BVM, este frigorífico vai ser extremamente<br />

importante para toda a equipa do quartel, na medida em que vai contribuir e muito para que sempre<br />

que haja uma descompensação de líquidos nos operacionais, rapidamente se consiga controlar essa<br />

necessidade com águas frescas.<br />

Agosto I 2018<br />

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35<br />

Fuchs comprou<br />

Comercial Pacific no Chile<br />

O Grupo Fuchs, que opera a nível mundial na indústria<br />

de lubrificantes, comprou, em julho de 2018, o negócio<br />

de lubrificantes da Comercial Pacific, Ltd., no Chile, para o<br />

integrar numa empresa recém-fundada. A aquisição foca,<br />

em primeiro lugar, os clientes e os colaboradores. O Grupo<br />

Fuchs vai deter 65% desta empresa e a Comercial Pacific,<br />

Ltd. os restantes 35%. Como parceiro comercial de longa<br />

data da Fuchs, a Comercial Pacific, Ltd. estabeleceu-se no<br />

Chile nas indústrias mineira e alimentar, assim como na de<br />

pasta de papel.<br />

ZF Aftermarket com programa de pontos<br />

para oficinas independentes<br />

As oficinas irão beneficiar de ainda mais vantagens ao trabalharem em parceria com a ZF Aftermarket,<br />

já que a empresa acaba de lançar o seu novo programa de pontos, ZF [pro]Points, que vem substituir o<br />

programa automotive Diamonds. A partir de agora, as oficinas receberão pontos por cada compra de<br />

produtos do portefólio de peças de substituição para o mercado de pós-venda, com a qualidade do equipamento<br />

original da ZF Aftermarket: Lemförder, Sachs e TRW. Estes pontos são acumulados nas contas<br />

<strong>das</strong> oficinas, num portal online dedicado ZF [pro]Points, podendo ser trocados por vantajosos prémios,<br />

como, por exemplo, eletrónica de consumo ou artigos de fitness. Adaptado aos requisitos específicos de<br />

cada país, o programa ZF [pro]Points é extremamente fácil de utilizar. Para participar, a oficina tem de<br />

registar-se em www.zf-propoints.com. A seguir, é criada uma conta específica de utilizador que permite<br />

às oficinas colecionarem os rótulos <strong>das</strong> embalagens dos produtos Lemförder, Sachs e TRW. Depois, enviá-<br />

-los-ão diretamente para o programa ZF [pro]Points para serem processados e transformados em pontos.<br />

O programa ZF [pro]Points disponibiliza envelopes com portes pagos para as oficinas devolverem os<br />

rótulos da embalagens dos produtos.<br />

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18V 1/2” 0 / 1700 1000 2000<br />

m/sec -2<br />

100.6 6.37 230/85/283 3,81<br />

36<br />

NOTÍCIAS<br />

Empresas<br />

<strong>Oficinas</strong> espanholas<br />

elegem Dolz em bombas<br />

de água<br />

A marca Dolz foi galardoada na primeira<br />

edição dos prémios “Qualidade e Serviço do<br />

Pós-venda Automóvel”, que tem como principal<br />

objetivo distinguir as marcas de peças de substituição<br />

mais valiosas pelas oficinas espanholas<br />

de reparação de veículos. Rocio Dolz, diretor<br />

comercial <strong>das</strong> Indústrias Dolz, ficou encarregue<br />

de receber o prémio em nome da empresa, numa<br />

cerimónia na qual esteve presente Javier Vicent,<br />

responsável de marketing. A gala de entrega<br />

de prémios ficou preenchida por uma intensa<br />

jornada de trabalho, na qual os profissionais do<br />

setor refletiram sobre qual é o valor da marca no<br />

mercado <strong>das</strong> peças de substituição automóvel.<br />

Japopeças distinguida pela Aisin com galardão ouro<br />

Batalha vai ter oficina<br />

dedicada a elétricos e<br />

híbridos<br />

A Japopeças alcançou o estatuto de “Gold Member” da Aisin Family Association, tornando-se, oficialmente, num<br />

dos oito maiores distribuidores da Aisin Europe, prestigiado fabricante OEM japonês. É a primeira vez na história<br />

do aftermarket que o estatuto Gold atribuído pela Aisin é alcançado por um distribuidor português. A distinção foi<br />

entregue pelos diretores séniores da Aisin Europe, Yusuke Nagura e Pierre Gregoire, a Luís Almeida, diretor-geral<br />

da Japopeças, que se manifestou honrado pelo reconhecimento do trabalho realizado pela empresa na promoção<br />

e desenvolvimento da Aisin no mercado português. Ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, Luís Almeida referiu que “é muito gratificante<br />

ver o trabalho desenvolvido ser distinguido desta forma”, tendo acrescentando que considera ser “um feito<br />

assinalável a Japopeças figurar entre os oito maiores distribuidores da Aisin Europe, uma vez que a dimensão do<br />

mercado português é, significativamente, inferior à dos restantes membros que compõe este grupo exclusivo”. O<br />

responsável considera que tal feito só é alcançável pela constante aposta da Japopeças na qualidade do seu serviço,<br />

que partilha a identidade e cultura japonesas de rigor, profissionalismo e seriedade. De igual forma, o resultado<br />

obtido expressa a aposta da Japopeças na oferta da referida marca, dispondo de uma cobertura total do portefólio<br />

da Aisin com uma resposta imediata para o mercado português a preços competitivos.<br />

A rede de oficinas EVolution vai expandir-<br />

-se, assegurando mais e melhor assistência a<br />

veículos elétricos e híbridos. Está programado<br />

para setembro a abertura do primeiro espaço<br />

franchisado EVolution, na Batalha, que estará<br />

totalmente equipado para prestar a assistência<br />

necessária a veículos 100 % elétricos e à<br />

parte elétrica dos híbridos, assim como ajudar<br />

na formação de novos profissionais. Este primeiro<br />

passo na expansão da rede EVolution<br />

nasce do acordo com a empresa NTA - Novas<br />

Tecnologias Auto, do empresário Edgar Sousa.<br />

O investimento da NTA acontece naturalmente<br />

pelo acréscimo substancial destes veículos em<br />

circulação, sendo, igualmente, uma aposta<br />

estratégica devido aos veículos elétricos e às<br />

energias renováveis serem o caminho natural<br />

para um futuro mais sustentável. A EVolution,<br />

criada em 2016, é um centro especializado de<br />

alta tecnologia para intervenção em veículos<br />

elétricos, cumprindo as mais exigentes regras<br />

de segurança.<br />

Bahco promove campanha<br />

de pistola impacto 18V ½<br />

A Bahco está a promover, até final de agosto de 2018,<br />

uma campanha de lançamento da pistola de impacto<br />

18V ½ de alto rendimento. Trata-se da máquina ideal<br />

para aplicações de aperto e desaperto que exijam binário<br />

elevado em qualquer tipo veículo, incluindo máquinas<br />

agrícolas e veículos industriais. O motor da pistola não<br />

tem escovilhas, o que permite maior eficiência, menor<br />

manutenção e uma vida útil mais longa. Além da ausência<br />

de escovilhas, destacam-se o anel de retenção da chave,<br />

o gatilho progressivo, a luz de LED para iluminar a área de<br />

trabalho, o controlo de aperto e desaperto com uma só<br />

mão e o LED indicador do nível da bateria quando se ativa<br />

o gatilho. O kit é fornecido com máquina, duas baterias e<br />

carregador de bateria, dentro de uma caixa rígida.<br />

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Preços de Campanha sem IVA, válidos de 16 de Abril a 31 de Agosto 2018<br />

RETIFICAÇÃO<br />

Por lapso, no <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> n.° 152, referente ao mês de julho de 2018, foi publicada uma foto errada na pág. 65 do artigo referente<br />

à Open Parts. A foto mostra uma imagem de outra marca comercializada pela Open Parts apenas em Itália. Em Portugal, a Open Parts<br />

apenas comercializa produtos com a sua imagem. À empresa e aos leitores, apresentamos as nossas desculplas pelo sucedido.<br />

Agosto I 2018<br />

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37<br />

EUROPART eleita melhor distribuidor<br />

de peças para camiões/autocarros<br />

Pela quinta vez consecutiva, a EUROPART foi escolhida como a “Melhor Marca” na categoria “Distribuidor<br />

de Peças para Camiões/Autocarros”. Os leitores <strong>das</strong> revistas especializa<strong>das</strong> “Lastauto Omnibus”,<br />

“Trans Aktuell” e “Fernfahrer” escolheram a EUROPART, atribuindo-lhe o primeiro lugar, valorizando,<br />

desta forma, o serviço competente e orientado para o cliente, a logística rápida e precisa, assim como<br />

a gama abrangente de produtos. A distinção honra, além disso, o desenvolvimento contínuo e de<br />

longa data da empresa tradicional de Hagen, que, este ano, comemora o seu 70.º jubileu. A EUROPART<br />

concentrou-se, nos últimos anos, nos setores de camiões, reboques e autocarros, tendo-se estabelecido<br />

como líder do mercado europeu. Segue a estratégia de aumento contínuo da sua quota de mercado na<br />

Europa, tanto através de um crescimento orgânico e aquisições seletivas, como através de cooperações<br />

com parceiros nacionais e internacionais.<br />

Sonax é parceiro<br />

e fornecedor oficial Brabus<br />

A AD Portugal, distribuidor dos produtos Sonax para o mercado<br />

português, congratula-se com a assinatura contratual da<br />

parceria entre a Sonax e a Brabus, na qual a Sonax é nomeada<br />

parceira e fornecedora oficial da Brabus. Além disso, a Brabus<br />

recomenda a Sonax como marca de produtos de car care para os<br />

concessionários e oficinas em todo o mundo. Esta parceria vem,<br />

uma vez mais, mostrar quer o reconhecimento da qualidade<br />

dos produtos de car care da Sonax quer a aposta da AD Portugal<br />

em marcas de reconhecimento mundial.<br />

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38<br />

NOTÍCIAS<br />

Empresas<br />

LD Auto tem serviço de limpeza<br />

e reparação de DPF<br />

A LD Auto expandiu as suas áreas de negócio para a limpeza<br />

e reparação de filtros de partículas Diesel (DPF) e catalisadores,<br />

investindo em equipamentos especializados e de elevada tecnologia.<br />

O serviço prestado é realizado a seco e sem qualquer<br />

adição de químicos, assegura a remoção de AdBlue e a remoção<br />

de 95% da cinza/partículas. O componente faz-se acompanhar<br />

de um relatório técnico de limpeza, com valores de obstrução<br />

antes e depois do serviço efetuado, bem como procedimentos<br />

de montagem do mesmo.<br />

Atualmente, a LD Auto está preparada para efetuar estes<br />

serviços em componentes de veículos ligeiros, pesados (Euro<br />

IV, V e VI) e industriais.<br />

febi apresentou nova imagem<br />

para setor dos veículos pesados<br />

Depois do segmento de veículos ligeiros da famosa marca mundial de peças automóvel febi ter<br />

passado por uma restruturação no início deste ano, o setor de veículos pesados também tem um<br />

novo visual. As soluções de reparação para veículos pesados, reboques e semirreboques estão a<br />

ser apresentados agora num design novo e melhorado. O relançamento é, também, a oportunidade<br />

para uma nova definição de identidade da marca para a febi truck, de forma a refletir os elevados<br />

padrões de qualidade que a febi define como fornecedor premium no mercado de reposição automóvel.<br />

O novo design será o mesmo do setor de veículos ligeiros. O slogan existente, “Solutions<br />

Made in Germany”, também será utilizado para apresentar a febi truck ao mercado. Isto aumentará o<br />

valor de reconhecimento da marca febi como um todo, que é conhecida por fornecer qualidade OE<br />

equivalente testada no aftermarket tanto ao nível de veículos ligeiros como pesados. O logótipo da<br />

febi, totalmente reconhecido e estabelecido, tem sido usado tal como está desde 1994. Desta forma,<br />

não será afetado pela mudança.<br />

FAE ampliou gama de son<strong>das</strong><br />

Lambda e sensores de ABS<br />

A FAE ampliou a sua gama com 35 novas referências que<br />

cobrem as principais aplicações do parque automóvel europeu,<br />

asiático e americano, entre os quais encontram-se modelos como<br />

Nissan Qashqai, Suzuki Swift, Toyota iQ e ainda os motociclos<br />

Aprilia, Scarabeo ou Piaggio MP3. As referências incorpora<strong>das</strong><br />

são 20 novas son<strong>das</strong> Lambda, 10 novos sensores de ABS,<br />

dois novos captores, um novo MAP, um novo interruptor luz<br />

de stop mecânico e um novo sensor de pressão dos gases de<br />

escape.To<strong>das</strong> estas referências estão disponíveis em TecDoc,<br />

onde a FAE está certificada como fornecedor de dados Classe A.<br />

DT Spare Parts tem nova referência<br />

em caixas de velocidade<br />

O dispositivo de comutação 4.65501 gera os sinais hidráulicos necessários para a troca de relações<br />

de caixa, dependendo da velocidade pré-selecionada pelo condutor. Uma carcaça de alumínio de<br />

alta pressão e sem cavidades contém quatro pistões de controlo produzidos com alta precisão, que<br />

são vedados contra as fugas do fluido hidráulico por elementos de vedação de alta qualidade. Dois<br />

sensores de pressão monitorizam a pressão de operação obrigatória. O depósito de óleo contém o<br />

fornecimento de óleo necessário para uma operação confiável. A Diesel Technic recomenda que é<br />

importante passar a caixa de velocidades para “ponto morto” antes de se desmontar o dispositivo de<br />

comutação. Em seguida, deve desligar-se os tubos de fornecimento e, depois, desativa<strong>das</strong> as ligações<br />

da ficha de alimentação elétrica. Na última etapa da desmontagem, as linhas hidráulicas são removi<strong>das</strong>.<br />

A instalação é realizada na ordem inversa. Desta maneira, os binários de montagem deverão<br />

ser observados.<br />

Denso estreita laços<br />

com os clientes<br />

A Denso enviou aos seus clientes uma comunicação sob<br />

o título “Continuamos a melhorar para si”. Consciente de uma<br />

importância cada vez maior que tem o serviço de atendimento<br />

ao cliente, a marca vai passar a fornecer os pedidos urgentes<br />

com serviço de entrega premium, que garante a chegada da<br />

encomenda antes <strong>das</strong> 13h30 sem qualquer custo adicional. A<br />

marca quer ainda recordar o horário de abertura alargado até<br />

às 19h, onde os clientes podem fazer os seus pedidos. No caso de<br />

serem urgentes, serão enviados no mesmo dia. A Denso espera<br />

que esta iniciativa traga valor acrescentado aos seus clientes.<br />

Agosto I 2018<br />

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39<br />

Líquidos de refrigeração Olipes<br />

recebem prémio de qualidade<br />

No quadro da cerimónia de entrega dos “Prémios Qualidade<br />

e Serviço”, convocados pela iniciativa “Posventa Plural”,<br />

a Olipes foi galardoada com o “Prémio MQS para a Qualidade<br />

e Serviço” na categoria de líquidos de refrigeração. Os premiados<br />

foram escolhidos por votação de entre mais de 47<br />

mil oficinas de automóveis de toda a Espanha, que tiveram a<br />

oportunidade de expressar as suas preferências e escolheram<br />

as 38 marcas mais destaca<strong>das</strong> de entre as diferentes categorias.<br />

David Oliver, conselheiro delegado da Olipes, recebeu o<br />

“Prémio MQS para a Qualidade e Serviço”, que valoriza uma<br />

experiência positiva de utilizador, acima <strong>das</strong> expectativas<br />

que uma marca/produto oferece aos profissionais <strong>das</strong> oficinas.<br />

Este prémio é o resultado de uma aposta decidida em<br />

dotar os produtos Olipes de valores diferenciadores, para<br />

além de uma qualidade reconhecida, como as informações<br />

técnicas, a formação aberta aos profissionais e o apoio ao<br />

ponto de ven<strong>das</strong>.<br />

Gama asiática SKF oferece kits de praia<br />

De forma a privilegiar aqueles que elegem a SKF como a marca da sua preferência, este fabricante<br />

está a oferecer atrativos “Kits de Praia” na compra de referências para aplicações asiáticas. A SKF orgulha-<br />

-se de oferecer uma vasta gama de kits e competência técnica ímpar neste segmento, em linha com as<br />

especificações de OE, tirando partido <strong>das</strong> suas fábricas e Centros de Desenvolvimento de Produto e Pesquisa<br />

localizados em Singapura e Xangai. A SKF é fabricante de Equipamento Original e fornecedora da<br />

Daewoo, Honda, Hyundai, Kia, Mazda e Mitsubishi, entre outros. Tem, também, a maior gama disponível<br />

para aplicações asiáticas em Kits de Distribuição, Kits de Distribuição com Bombas de Água, Bombas de<br />

Água, Ponteiras de Transmissão e Correias Auxiliares, medida exata OE.<br />

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40<br />

NOTÍCIAS<br />

Empresas<br />

Car Academy assinou<br />

acordo com a Samiparts<br />

A Car Academy e a Samiparts assinaram um acordo<br />

de parceria para a realização de formação técnica na<br />

região de Leiria. A primeira ação destinada aos clientes<br />

da Samiparts decorrerá no próximo mês de setembro<br />

e está subordinada ao tema “Eletricidade Automóvel”.<br />

Estão previstos seis dias de formação até ao final de<br />

2018.<br />

Delphi superou a concorrência em testes<br />

As pastilhas de travão sem cobre da Delphi Technologies foram submeti<strong>das</strong>, recentemente, a um<br />

teste/comparativo quando instala<strong>das</strong> num Volkswagen Passat 2.0 TSI comparativamente a outras<br />

seis marcas destaca<strong>das</strong> do setor do aftermarket. O modelo da Delphi foi o mais rápido a parar o<br />

veículo, fez menos ruído e evidenciou um desgaste significativamente menor, o que prova que o<br />

desenvolvimento <strong>das</strong> suas pastilhas de travão é feito com extremo cuidado e tecnologia. A uma<br />

velocidade de 160 km/h, de acordo com a norma ECE90, o veículo equipado com pastilhas Delphi<br />

parou quatro metros antes daquele que montava pastilhas da marca, que ficou em segundo lugar,<br />

e 17 metros antes da pior classificada. É importante destacar que, a esta velocidade, nos últimos<br />

quatro metros de travagem, o veículo pode seguir a 16 km/h e, nos últimos 17 metros, a 56 km/h.<br />

A 80 km/h, a Delphi ficou em segundo lugar por escassa diferença. Ainda assim, o veículo conseguiu<br />

imobilizar-se antes daquele que estava equipado com peças originais.<br />

Eurol recebeu certificado<br />

ISO 14001:2015<br />

A Eurol obteve o certificado de gestão ambiental<br />

ISO 14001:2015. Com esta certificação, a marca demonstra<br />

que vai ao encontro de todos os requisitos e<br />

que trabalha, continuadamente, para melhorar a sua<br />

performance ambiental. A ISO 14001:2015 é o padrão<br />

para a gestão ambiental que otimiza todos os processos<br />

relacionados com o ambiente, controlando os riscos e<br />

tomando vantagem em relação às oportunidades. A<br />

Eurol renovou, também, o certificado ISO 9001:2015.<br />

Eni i-Sint tech F 0W-30<br />

disponível em embalagens de 5 litros<br />

O Eni i-Sint tech F 0W-30 é um lubrificante “top synthetic” de elevadíssimo desempenho,<br />

estudado para ser utilizado nos motores de última geração que trabalham com tolerâncias<br />

muito justas e exigem óleos de baixa viscosidade. O Eni i-Sint tech F 0W-30 é recomendado para<br />

motores de veículos Ford que exigem um óleo que cumpra a especificação WSS-M2C950-<br />

-A (como o Mondeo 2.0 Duratorq TDCi) e também pode ser usado em viaturas Jaguar e Land<br />

Rover, graças ao cumprimento dos requisitos da especificação STJLR 03.5007 (motores Diesel<br />

de última geração - Ingenium). Além disso, o produto tem utilização nos motores a gasolina e<br />

Diesel dos veículos Fiat e Alfa Romeo, nos quais é recomendado um lubrificante de acordo com as<br />

especificações Fiat 9.55535-GS1 e Fiat 9.55535-DS1. O especial grau de viscosidade SAE e o baixo<br />

valor da viscosidade HTHS, permitem obter benefícios consideráveis em termos de economia de<br />

combustível, com a consequente redução <strong>das</strong> emissões de CO 2.<br />

Agosto I 2018<br />

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41<br />

Grupo Beirauto fez formações<br />

de ar condicionado e start & stop<br />

Denso felicitou Toyota<br />

pela vitória em Le Mans<br />

No passado mês de junho, o Grupo Beirauto realizou ações de formação de ar condicionado<br />

e sistemas start & stop. Destinada a clientes <strong>das</strong> empresas Mondegopeças e<br />

Beirauto, a ação em ar condicionado foi imperativa para os que necessitam de formação<br />

para operar com sistemas em veículos ligeiros ou para aqueles que tinham necessidade de<br />

renovar o seu certificado. Foi realizada ainda a segunda edição da formação em sistemas<br />

start & stop, que teve a mesma adesão e sucesso da anterior. Incidiu sobre os vários tipos<br />

de sistemas existentes, bem como na verificação dos seus componentes. Esta formação<br />

poderá ser complementada com a formação de elétricos e híbridos (também na segunda<br />

edição), prevista para os dias 26 e 27 de outubro. O conceito “Grupo Beirauto Academia”<br />

segue, assim, o seu caminho de consolidação na aposta de formações atuais que vão ao<br />

encontro <strong>das</strong> necessidades dos clientes.<br />

A Toyota Gazoo Racing (TGR) e o seu patrocinador técnico, Denso, voltaram<br />

às 24 Horas de Le Mans em 2018 com a ambição de conseguirem a sua primeira<br />

vitória na prova. Na 86.ª edição da prova, este objetivo converteu-se em realidade,<br />

pois a equipa da TGR assegurou a vitória num dos mais famosos circuitos<br />

do mundo. Os dois TS050 Hybrid foram fortemente perseguidos ao longo de<br />

5.286 km e a vitória nunca esteve assegurada até ao final, quando um tardio<br />

incidente com o combustível afastou o carro 7 da liderança e Kazuki, com o<br />

carro 8, conseguiu a bandeira azadrezada. O carro Rebellion n.º 3 terminou<br />

em terceiro, 12 voltas atrás. Para o sistema de energia Hybrid, os componentes<br />

Denso ajudaram na eficiência e prestações da condução da equipa toyota Gazoo,<br />

com o TS050 a estar equipado com diversos componentes Denso, incluindo um<br />

motor traseiro híbrido, o inverter e a ECU híbrida, as velas, o óleo e o refrigerante.<br />

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42<br />

NOTÍCIAS<br />

Empresas<br />

Auto Silva lança<br />

campanha de verão<br />

A Auto Silva Acessórios, S.A. está com<br />

uma campanha de verão imperdível. Em cada<br />

encomenda que inclua dois ou mais amortecedores<br />

Bilstein, o cliente recebe uma coluna<br />

de metal de 3W de potência com conexão<br />

Bluetooth e cabo Mini USB incluído. Com esta<br />

campanha, os automobilistas podem reforçar<br />

a segurança dos seus veículos para as férias e<br />

ainda receber um bónus. A Bilstein dispõe de<br />

uma gama alargada de amortecedores que se<br />

adaptam à maioria do parque automóvel em<br />

circulação. É uma marca muito conhecida da<br />

competição automóvel, onde vai buscar todo<br />

o know-how tecnológico para a construção<br />

dos seus produtos.<br />

Best Stock – Lucas Oil lança gama de lubrificantes<br />

A Best Stock, importador oficial para a Península Ibérica da Lucas Oil, consolida a sua posição junto dos distribuidores<br />

nacionais com a introdução da gama de lubrificantes L.O.P. (Lucas Oil Products) Super Lube. Trata-se de um<br />

novo projeto da Best Stock para este ano e tem tido por parte dos distribuidores aderentes um excelente incremento<br />

e aceitação nas suas áreas geográficas. Fazer crescer o negócio é o objetivo, permitindo-lhes ter no seu ponto de<br />

venda uma marca diferenciada, potenciando, também, a venda dos restantes produtos Lucas Oil, tais como aditivos,<br />

lubrificantes e car care, para ligeiros, pesados, motos, barcos e racing. Estão ainda agenda<strong>das</strong> campanhas direciona<strong>das</strong><br />

em toda a fileira (distribuidores, oficinas e consumidor final) para que estes se apercebam da excelente qualidade<br />

dos produtos e soluções que a Lucas Oil tem para oferecer ao mercado. Ainda este ano, estão previstos novos lançamentos<br />

de produtos L.O.P. Para mais informações, poderá ser contactado Carlos Rosa, para o telemóvel 961 555 137<br />

ou através do email beststock@sapo.pt.<br />

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PAIXÃO PELAS COISAS BEM FEITAS<br />

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aftermarket, garantindo a mesma qualidade a todos.<br />

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Agosto I 2018<br />

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43<br />

Auto Delta tem novos produtos<br />

LIQUI MOLY no portefólio<br />

Bosch já fabricou 250 milhões de injetores GDI<br />

São duas as grandes novidades LIQUI MOLY que estão<br />

em stock na Auto Delta. Em primeiro lugar, os óleos de motor<br />

especialmente adaptados para viaturas Jaguar e Land Rover.<br />

Depois, uma ampla gama de aditivos, uma <strong>das</strong> bandeiras<br />

da LIQUI MOLY, especialmente desenvolvidos para veículos<br />

pick-up. Recomendado oficialmente pela Jaguar Land Rover,<br />

este é um óleo importantíssimo, fruto do aumento evidente<br />

de viaturas em circulação destas duas marcas. Especialmente<br />

fluido, tem como objetivo a redução de consumo bem como de<br />

emissões poluentes, lubrificando, de forma fiável, o motor em<br />

solicitações extremas e mantendo a fiabilidade do mesmo. Por<br />

outro lado, a gama de aditivos especialmente desenvolvida<br />

para veículos pick-up, “Truck Series”, vem finalmente responder<br />

a um segmento do parque automóvel que, fustigado pela<br />

perda de potência ao longo dos anos, finalmente vê chegar<br />

um produto que lhe assenta como uma luva.<br />

A injeção direta de combustível da Bosch permite que os veículos de passageiros sejam ainda mais<br />

eficientes e económicos. Por isso, os fabricantes de automóveis estão a incorporar cada vez mais esse<br />

sistema na produção em massa dos seus motores. A sua presença como primeiro equipamento não<br />

para de crescer, tendo a Bosch conseguido ultrapassar as 250 milhões de unidades produzi<strong>das</strong> de<br />

injetores GDI. A consequência lógica é um aumento na procura por substituição e manutenção desses<br />

componentes. A Bosch dispõe de uma vasta gama deste tipo de peças de reposição: desde injetores e<br />

bombas de alta pressão até ao sensor, entre outros. Os injetores desempenham um papel fundamental<br />

nos motores modernos. Independentemente da sua vida útil, é necessário cumprir as boas práticas de<br />

manutenção do motor e o uso de um combustível de qualidade padrão. Só assim é possível garantir<br />

seu desempenho e redução de emissões. Pelo contrário, uma má operação do injetor pode levar a<br />

sérios danos no motor, razão pela qual os injetores defeituosos devem ser detetados e substituídos o<br />

mais rápido possível.<br />

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44<br />

NOTÍCIAS<br />

Empresas<br />

ZF Aftermarket mostrará<br />

inovações na Automechanika<br />

Dezoito meses depois da integração da ZF Services e da<br />

TRW Aftermarket, bem como da subsequente formação da<br />

ZF Aftermarket, a empresa demonstrou estar perfeitamente<br />

equipada para moldar o futuro da mobilidade do mercado<br />

de pós-venda. Como parceiro de confiança, a ZF Aftermarket<br />

procura transformar desafios, como a digitalização e a eletromobilidade,<br />

em oportunidades de negócio para os seus<br />

clientes. Em Frankfurt, a marca TRW da ZF irá estrear uma<br />

nova geração de pastilhas de travão para veículos elétricos,<br />

sob o nome Electric Blue. Para além de uma melhoria na<br />

redução de ruído, a combinação do material da pastilha de<br />

travão com os calços azuis reduz até 45% as emissões de<br />

partículas durante o processo de travagem. Os visitantes<br />

poderão, também, conhecer alguns membros da equipa ZF<br />

[pro]Tech e ver de que forma o conceito está a oferecer aos<br />

seus parceiros uma verdadeira mais-valia para garantir que<br />

se mantêm competitivos.<br />

Chevron apresentou nova marca<br />

de lubrificantes Texaco Delo<br />

A Chevron Lubrificantes lançou a Texaco Delo como a sua nova marca para aplicações comerciais e<br />

industriais em todos os mercados europeus. À semelhança <strong>das</strong> restantes marcas comerciais da Chevron,<br />

a Texaco Delo será fabricada e distribuída em Espanha, Portugal e Gibraltar pela companhia energética<br />

Cepsa. A empresa Chevron, que opera na Europa sob a marca corporativa Texaco, conduziu algumas<br />

alterações para alinhar o seu segmento de negócio de lubrificantes para veículos pesados na Europa com a<br />

marca global Delo, que é, atualmente, comercializada na América do Norte e Central, Ásia-Pacífico, Médio<br />

Oriente e África. Com este lançamento, a Chevron continua a apostar na elevada qualidade, segurança<br />

e diversificação de produtos Texaco, que amplia a sua gama com novos artigos de lubrificação para<br />

veículos pesados (Diesel), como fluidos de transmissão, óleos para engrenagens, massas lubrificantes<br />

e novas formulações de óleos para motores.<br />

REPXPERT lança<br />

nova campanha de verão<br />

Determinados em celebrar a tecnologia, a qualidade<br />

e a inovação da forma mais refrescante, o Grupo Schaeffler<br />

lançou no REPXPERT uma promoção de verão tão original como<br />

irresistível. De facto, com a compra dos produtos <strong>das</strong> marcas<br />

INA, FAG e Ruville incluídos na promoção, o REPXPERT oferece,<br />

automaticamente, latas de cerveja Heineken, especificamente<br />

uma por referência. Não será necessário participar em sorteios<br />

nem ter sorte. Bastará adquirir os produtos selecionados. A<br />

campanha “Viva a Frescura” está em vigor até ao dia 31 de<br />

agosto ou até esgotar as existências. Os produtos incluídos<br />

são os seguintes: INA (tensores, polia livre, kit de corrente,<br />

bomba de água, INA FEAD Kit e correia auxiliar); FAG (Wheel<br />

Set); Ruville (componentes de suspensão e direção).<br />

ALTARODA distribui máquinas<br />

de lavar ro<strong>das</strong> PERFORMTEC<br />

Desde a passada edição da expoMECÂNICA que a ALTARODA comercializa produtos da prestigiada<br />

marca de origem alemã PERFORMTEC. A “Black Edition Wheel Washing System” é uma sofisticada máquina<br />

de lavagem de ro<strong>das</strong> que combina um design sofisticado com uma tecnologia de lavagem inigualável,<br />

quando comparado com os sistemas tradicionais, que utilizam pequenos grânulos (partículas sóli<strong>das</strong>).<br />

A “Black Edition Wheel Washing System” garante excelentes resultados em lavagens constantes sem<br />

recurso a grânulos e sem necessidade de troca de água, graças à sua pressão de trabalho (140 bar - enquanto<br />

os equipamentos tradicionais funcionam entre 10 a 12 bar) e com baixos custos de manutenção.<br />

A PERFORMTEC assume-se como um dos maiores produtores de sistemas de lavagem de ro<strong>das</strong> para uso<br />

profissional. Sediado na Alemanha, desde 2002 que desenvolve produtos específicos para esta área,<br />

sendo responsável por todo o processo de fabrico, desde o desenvolvimento até ao produto acabado.<br />

Agosto I 2018<br />

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45<br />

Würth Portugal tem solução<br />

AdBlue para veículos Diesel<br />

O AdBlue é um aditivo para motores Diesel destinado<br />

ao sistema de pós-tratamento de gás de escape. Aprovado<br />

pelos principais fabricantes automóveis, o AdBlue da Würth<br />

Portugal é um aditivo de fácil aplicação, tendo 32,5% de<br />

solução ureica aquosa para sistemas SCR (Selective Catalytic<br />

Reduction) e sendo diretamente injetado no sistema de escape,<br />

reduzindo, substancialmente, as emissões de NOx. O<br />

AdBlue da Würth cumpre com to<strong>das</strong> as normas Euro 4, Euro<br />

5 e Euro 6 (veículos ligeiros de passageiros).<br />

MEYLE-HD lançou 22 novas juntas flexíveis<br />

A MEYLE apresentou 22 novas referências de juntas flexíveis na qualidade MEYLE-HD, que resultam<br />

da colaboração com um dos maiores fabricantes da técnica de vibração automóvel, a BOGE Elastmetall<br />

GmbH. Graças à colaboração dos dois fabricantes, está agora disponível para o aftermarket a junta flexível<br />

como conjunto Smart Repair da MEYLE pronto a montar, que é composto por um disco articulado<br />

de elevada qualidade e material de montagem adequado. O material otimizado, tal como uma mistura<br />

de borracha especial e uma excelente estabilidade de torção no interior da junta flexível, garantem<br />

um maior desempenho, assim como uma vida útil acima da média. Uma junta flexível defeituosa pode<br />

representar um elevado risco para a segurança e, em caso extremo, leva a uma rutura da própria junta,<br />

com consequências nefastas para veículo e condutor. Devido à redução dos picos do binário, assim como<br />

do amortecimento e isolamento da acústica do eixo em respostas a mudança de carga, a junta flexível<br />

MEYLE-HD é extraordinariamente eficiente.<br />

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46<br />

NOTÍCIAS<br />

Empresas Repintura<br />

Glasurit disponibiliza novo primário aparelho<br />

Axalta distinguida com o prémio<br />

“Estrela de Ouro” da EcoVadis…<br />

As oficinas estão sob enorme pressão para cortar custos e economizar tempo nas suas rotinas<br />

diárias. A Glasurit, marca premium da BASF, tem vindo a desenvolver novos produtos que visam<br />

acelerar os processos e aumentar a flexibilidade e harmonia entre os fluxos de trabalho na oficina.<br />

Com o 283-1780 CV Multi Wash Primer Filler, a Glasurit oferece uma solução que facilita ainda mais<br />

o trabalho e aumenta a eficiência. O tempo de evaporação do primário aparelho é de apenas 30<br />

minutos à temperatura ambiente, o que permite às oficinas utilizar a cabine para outros trabalhos,<br />

garantindo, desta forma, que os fluxos de trabalho na oficina são projetados com maior eficiência.<br />

Graças à sua ampla gama de aplicação, este novo primário aparelho é adequado tanto para as pequenas<br />

reparações como para revestimentos completos. Dependendo do trabalho, o pintor pode<br />

usar o primário aparelho num sistema de duas etapas ou usá-lo como base para resultados de ponta<br />

num sistema de três etapas. O primário aparelho oferece excelente proteção contra a corrosão para<br />

diferentes substratos, incluindo peças complementares de alumínio, aço e aço galvanizado.<br />

A Axalta foi distinguida com o prémio “Estrela de Ouro”<br />

da EcoVadis, empresa internacional de classificação de CSR e<br />

sustentabilidade. Esta “Estrela de Ouro” reflete o forte desempenho<br />

e as realizações importantes da Axalta num conjunto<br />

de critérios relacionados com a sustentabilidade em quatro<br />

categorias: Ambiente, Práticas de Trabalho, Política de Compras<br />

sustentável e Práticas Comerciais Justas. A pontuação da Axalta<br />

no último inquérito colocou-a no top 5 <strong>das</strong> mais pontua<strong>das</strong>,<br />

entre mais de 45.000 empresas inquiri<strong>das</strong> e avalia<strong>das</strong> pela<br />

EcoVadis. Além disso, foi-lhe atribuída uma classificação alta<br />

entre o seu grupo de pares na categoria de atividade de fabricantes<br />

de tintas, vernizes e tintas de impressão. A análise<br />

<strong>das</strong> práticas comerciais leais e justas da Axalta incluíram a<br />

avaliação do Código de Ética e Conduta Comercial, bem como<br />

de políticas relaciona<strong>das</strong> da empresa, como a formação em<br />

ética e integridade realizada todos os anos por mais de 90%<br />

dos colaboradores da Axalta.<br />

Produtos R-M têm nova imagem nos rótulos<br />

… e vai lançar sistema de<br />

pedidos simplificado<br />

A Axalta vai lançar um novo e eficiente sistema de gestão<br />

de pedidos no segundo semestre de 2018, que foi concebido<br />

para proporcionar aos clientes de repintura uma escolha mais<br />

ampla de opções de pedidos e um resumo maior da disponibilidade<br />

de produtos e preços em tempo real. Esta solução<br />

multi-loja foi testada, com sucesso, em oito países. A Axalta<br />

fornece, regularmente, a mais de 100 mil clientes nos setores<br />

industrial e automóvel em 130 países, serviços e produtos<br />

de tintas. Até há pouco, 95% dos pedidos na Europa, Médio<br />

Oriente e África (EMEA) eram realizados por telefone. Agora,<br />

com o lançamento desta nova solução multi-loja, os clientes<br />

podem ver o catálogo de produtos online, obter informações<br />

em tempo real sobre a disponibilidade dos produtos e preços,<br />

localizar e seguir os respetivos pedidos e utilizar tecnologias<br />

digitais para efetuar pedidos online. Além disso, a nova loja<br />

online permite aos clientes utilizar a aplicação móvel, disponível<br />

para Android/iOS e digitalizar os códigos de barras dos<br />

produtos que pretendem pedir novamente, que, por sua vez,<br />

envia os pedidos para a loja online para serem analisados.<br />

Agosto I 2018<br />

No âmbito do 100.º Aniversário, a comemorar já no próximo ano, a marca de tinta premium R-M<br />

da BASF exibe um visual novo e dinâmico. A partir de julho de 2018, todos os rótulos dos produtos<br />

R-M terão uma nova imagem, que inclui uma alteração na forma do logótipo da R-M. A nova imagem<br />

do rótulo simplifica o layout na lata e fornece to<strong>das</strong> as informações relevantes. Produtos livres de<br />

VOC são marcados com um símbolo especial para que possam ser reconhecidos imediatamente.<br />

As informações constantes na lata serão forneci<strong>das</strong> em inglês para todos os produtos. As cores <strong>das</strong><br />

categorias de produtos permanecerão inaltera<strong>das</strong>, por forma a permitir que os clientes identifiquem<br />

o produto rapidamente. As formulações dos produtos também permanecem inaltera<strong>das</strong>, podendo<br />

contar com a mesma qualidade dos produtos R-M.<br />

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47<br />

Mota & Pimenta lançou<br />

nova Base Série 900+ DeBeer<br />

A nova base DeBeer Metalizado Ultra Fino Brilhante<br />

permite alcançar reparações perfeitas em acabamentos<br />

metalizados muito exigentes. A base foi especialmente<br />

desenvolvida para atingir a excelência na igualdade de<br />

cor tal com aspeto sedoso e efeito Flop. Esta base é rápida<br />

na aplicação, permitindo que os “chapeiros” e pintores<br />

consigam a eficiência do ritmo de trabalho de repintura<br />

que necessitam para maximizar o seu rendimento.<br />

BMW aprovou Spies Hecker e Standox<br />

em alguns países<br />

O Grupo BMW renovou a aprovação anual da Spies Hecker e Standox para a repintura dos automóveis<br />

de passageiros da marca BMW. Este acordo com as duas marcas diz respeito à rede de reparação do Grupo<br />

BMW presente em 51 países na Europa, Médio Oriente, África, Europa Oriental e Ásia-Pacífico. A renovação<br />

desta aprovação baseia-se nos testes de desempenho rigorosos <strong>das</strong> tecnologias de tintas de repintura Spies<br />

Hecker e Standox. “Estamos muito felizes por continuar a nossa parceira bem sucedida com o Grupo BMW.<br />

Além <strong>das</strong> nossas tecnologias de tintas de qualidade superior, oferecemos um aconselhamento especializado<br />

abrangente e orientações de aplicação práticas aos centros de revisão do Grupo BMW presentes em<br />

todo o mundo”, afirmou Jürgen Knorr, key account director da Axalta na Europa, Médio Oriente e África.<br />

“Em conjunto, há mais de 20 anos que a Spies Hecker e a Standox são aprova<strong>das</strong> pelo Grupo BMW e esta<br />

relação de longa data comprova o nosso compromisso em pôr os nossos clientes em primeiro lugar e<br />

fornecer-lhes tecnologias inovadoras e avança<strong>das</strong>,” acrescentou o responsável.<br />

NelsonTripa.pdf 1 14/12/17 16:54<br />

3M apresentou catálogo online 2018<br />

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Numa ótica contínua de aproximação entre a marca e os seus clientes, a 3M lançou o seu<br />

catálogo online de reparação automóvel através de uma nova plataforma, que inclui to<strong>das</strong> as<br />

novidades para 2018 classifica<strong>das</strong> em diferentes áreas: abrasivos, chapa, mascaramento, PPS,<br />

acabamento, DMS, adesivos para revestimentos, proteção pessoal e acessórios. Agora, os clientes<br />

da marca encontram to<strong>das</strong> as gamas de produtos, vídeos, demos e fichas técnicas, de forma fácil<br />

e intuitiva, no site www.catalogoreparaçaoautomovel2018.com. Para aceder à plataforma, basta<br />

as oficinas facultarem alguns dados, num pequeno formulário, para, dessa forma, poderem<br />

receber, também, informações <strong>das</strong> últimas novidades e promoções da 3M. Cada uma <strong>das</strong> áreas<br />

do catálogo dispõe de informação atualizada e muito completa sobre os produtos, incluindo<br />

características técnicas, detalhes da embalagem, vídeos de utilização e a respetiva referência<br />

para compra. Existe ainda um espaço exclusivo, dedicado a “promoções do mês”, e outro para<br />

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contacto direto com os responsáveis da 3M.<br />

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48<br />

CARROS COM HISTÓRIA<br />

ROVER 2000 TC<br />

O carro dos doutores e engenheiros<br />

Por: João Paulo Lima<br />

Considerado o carro dos doutores e engenheiros nos anos 70, este modelo foi símbolo de diferença e prestígio de uma classe. O Rover 2000 TC<br />

era um carro revolucionário e cativava por dispor de soluções ímpares<br />

Lançado em outubro de 1963, no<br />

ano seguinte venceu o troféu<br />

«Carro Europeu do Ano» e passou a<br />

ocupar um espaço que a British Leyland<br />

astutamente pesquisara. Na altura, existia<br />

uma franja de mercado situada entre<br />

as grandes berlinas de 3L onde se podia<br />

encontrar o Jaguar Mk2 ou o Woolsley<br />

6/99, e os modelos 1.5L, representados<br />

pelos Ford Consul e Singer Gasele.<br />

Com este 2000 carregado de inovações,<br />

o construtor conseguiu chegar a uma<br />

população mais jovem em início de carreira,<br />

que ainda não conseguia alcançar<br />

o segmento mais alto dos 3L. Mas aspirava.<br />

O Rover 2000 TC era um modelo<br />

revolucionário e cativava por dispor de<br />

soluções ímpares. A suspensão, apesar<br />

de não ser tão interativa como a do Citroën<br />

DS, tinha opções revolucionárias,<br />

como uma mola helicoidal montada horizontalmente<br />

dentro do compartimento<br />

do motor e um sistema DeDion com um<br />

movimento telescópico para diminuir<br />

o atrito dos componentes na traseira.<br />

Para travar, contava com quatro discos<br />

bem dimensionados, dois dos quais<br />

montados junto ao diferencial, uma<br />

solução utilizada, também, no Citroën<br />

DS. A caixa de velocidades, precisa e<br />

com um comando bem posicionado,<br />

fazia lembrar os desportivos da época,<br />

permitindo explorar ao máximo o 2000<br />

de quatro cilindros, nunca suficiente para<br />

tornar ágil o elevado peso do conjunto,<br />

que contava com um interior requintadamente<br />

britânico. Para resolver o problema,<br />

foi mais tarde montado um V8,<br />

tornando as performances mais agradáveis<br />

mas sempre longe <strong>das</strong> dos outros<br />

concorrentes.<br />

As reduzi<strong>das</strong> dimensões da bagageira<br />

levaram a uma solução que acabou por<br />

caracterizar o modelo. O condutor podia<br />

passar o pneu suplente para fora do veículo,<br />

ganhando mais uns litros dentro do<br />

compartimento. Assim sendo, montava<br />

o pneu num suporte fixo à tampa da<br />

bagageira tapado com uma capa de vinil,<br />

imagem que nos fará sempre recordar<br />

este automóvel.<br />

Também conhecido por P6, este Rover<br />

foi vendido nos EUA sob o nome<br />

de NADA (North American Dollar Area)<br />

e estava equipado com extras, como<br />

para-choques de maiores dimensões,<br />

três entra<strong>das</strong> de ar no capot, refletores<br />

característicos dos modelos americanos,<br />

sensor “Ice alert” montado na grelha<br />

(alertando para a queda da temperatura<br />

e possibilidade de formação de<br />

gelo na estrada), vidros elétricos, direção<br />

assistida e ar condicionado, equipamento<br />

mais tarde montado em modelos de série<br />

ingleses. O valor do P6 no mercado varia<br />

com o estado, não sendo uma compra<br />

inacessível para quem aspira ter um<br />

verdadeiro clássico inglês. ✱<br />

Agosto I 2018<br />

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OFICINAdoMÊS<br />

50<br />

OFICINA DO MÊS<br />

A Paulcar está,<br />

atualmente, a<br />

remodelar as<br />

instalações com<br />

o objetivo de<br />

oferecer um<br />

melhor serviço<br />

aos clientes<br />

Espírito de competição<br />

› Sendo uma oficina independente, a Paulcar não quer ser apenas mais uma. Por essa razão aposta<br />

muito na relação de proximidade com os seus parceiros, fornecedores, e clientes, mantendo o...<br />

espírito de competição<br />

Por: João Vieira<br />

O<br />

desafio tecnológico há muito que<br />

está superado pela Paulcar, uma<br />

oficina com 21 anos de atividade,<br />

localizada no Carriço, totalmente dedicada<br />

à manutenção e reparação de veículos de<br />

alta gama e carros de competição.<br />

Fundada por Paulo Carvalheiro, a oficina<br />

foi concebida e criada à sua imagem, tendo<br />

como pontos fortes o aprumo <strong>das</strong> instalações,<br />

a qualidade dos equipamentos e<br />

a competência dos técnicos. “A imagem<br />

é muito importante. Por isso, atualmente<br />

estamos a remodelar as instalações para<br />

dar melhores condições de trabalho aos<br />

colaboradores e ampliar o espaço para<br />

fazer uma nova secção apenas para montagem<br />

e desmontagem de chapa”, diz Paulo<br />

Carvalheiro.<br />

A Paulcar dispõe de um enorme stand de<br />

automóveis, conhecido pela qualidade dos<br />

modelos que comercializa, a maioria topos<br />

de gama, praticamente novos e impecavelmente<br />

recondicionados. “A nova secção de<br />

montagem e desmontagem de chapa vai<br />

permitir desmontar todos os componentes<br />

que necessitam de reparação, de modo a<br />

fazer o recondicionamento e detalhe perfeitos.<br />

Todos os veículos que vendo saem<br />

do stand sem qualquer tipo de imperfeição<br />

e os clientes apreciam e valorizam muito<br />

este trabalho”, afirma o gerente.<br />

A oficina está aberta ao público em geral,<br />

mas dificilmente aceita viaturas que<br />

não tenham sido adquiri<strong>das</strong> nas suas<br />

instalações, porque os clientes habituais<br />

garantem trabalho permanente e mantêm<br />

a oficina em atividade constante. “Não estou<br />

preocupado com a falta de trabalho”,<br />

assegura o responsável.<br />

O nível de viaturas que visita a oficina<br />

Paulcar necessita que os mecânicos disponham<br />

de um elevado grau de conhecimentos<br />

técnicos, o que só é possível devido<br />

às muitas formações a que assistem e,<br />

também, ao apoio <strong>das</strong> marcas quando é<br />

necessário.<br />

“Quando se trata de veículos muito recentes,<br />

não hesito em recorrer ao apoio<br />

<strong>das</strong> marcas, até porque tenho um bom<br />

relacionamento com to<strong>das</strong> elas, como é<br />

o caso da BMW, de quem somos agente<br />

autorizado de nível 4. Este ano, fomos<br />

distinguidos por esta marca por sermos<br />

a oficina independente que mais peças<br />

compra ao concessionário BMW A. Brás<br />

Heleno, de Leiria”, revela Paulo Carvalheiro.<br />

n NOVA ÁREA DE NEGÓCIO<br />

Desde sempre ligado à competição<br />

automóvel, disputando, atualmente, o<br />

Campeonato Nacional de Ralis ao volante<br />

de um Mitsubishi EVO, Paulo Carvalheiro<br />

decidiu, este ano, incrementar a área de<br />

competição na oficina.<br />

Neste sentido, criou um departamento<br />

próprio para dar assistência a carros de<br />

competição externos, tendo já dois técnicos<br />

a trabalhar a tempo inteiro. Atualmente,<br />

dispõe de quatro clientes que<br />

disputam a Taça de Portugal, a quem<br />

fornece todo o serviço de logística para<br />

transportar os carros para as provas e assistência<br />

na competição. “Já participo em ralis<br />

há muito tempo, mas fazíamos só para nós.<br />

Agora, decidi fazer este serviço também<br />

para fora. Preparamos as viaturas e damos<br />

assistência, desde o início da corrida até<br />

ao final. E mesmo após a corrida”, refere.<br />

Para o futuro e tendo como objetivo a diversificação<br />

do negócio, Paulo Carvalheiro<br />

pretende vir a comercializar uma marca de<br />

veículos novos e continuar a desenvolver<br />

os serviços oficinais, embora com moderação,<br />

conforme nos confidencia: “A oficina<br />

dá assistência aos veículos que vendo e<br />

como não comercializo modelos elétricos,<br />

não invisto na formação nesta área.<br />

Não vejo um futuro para estes veículos e<br />

como se tratam de viaturas muito recentes,<br />

carecem de ser assistidos nas oficinas dos<br />

concessionários de marca, que dispõem<br />

de equipamentos próprios”.<br />

Outras áreas em crescimento são a reparação<br />

de caixas de velocidade automáticas<br />

e de filtros de partículas, onde a procura<br />

tem aumentado todos os meses.<br />

O principal fornecedor de componentes<br />

é a empresa Rodapeças, com quem<br />

trabalha desde o início da atividade. “Conseguem<br />

ter o material que preciso sempre<br />

disponível. E como trabalham marcas premium,<br />

oferecem o nível de qualidade que<br />

procuro para os meus clientes”.<br />

Sobre o futuro do mercado da reparação,<br />

Paulo Carvalheiro antevê algumas dificuldades,<br />

principalmente devido às restrições<br />

ao crédito que, inevitavelmente, vão acontecer.<br />

“Há uns anos, a queda foi grande.<br />

Mas, neste momento, a queda pode ser<br />

ainda maior, pois as pessoas voltaram<br />

a endividar-se. A faixa etária dos 20 aos<br />

40 anos emigrou e são eles que faziam<br />

o consumo do automóvel. Por isso, acredito<br />

que, nos próximos anos, o mercado<br />

irá estagnar”. ✱<br />

Paulcar<br />

Gerente Paulo Carvalheiro | Morada Estrada Nacional 109, Vieirinhos, 3105 - 069 Carriço | Telefone 233 959 689<br />

Email standpaulcar@gmail.com | Site www.paulcar.com<br />

Agosto I 2018<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


JO_publicidade_APCT.pdf 1 22/03/18 08:16<br />

Única publicação do setor oficinal<br />

e aftermarket em Portugal<br />

com tiragem e circulação audita<strong>das</strong><br />

www.apct.pt<br />

A Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação (APCT) foi constituída em<br />

maio de 1986, com o objetivo de comprovar e certificar os números de tiragem e circulação<br />

dos títulos dos Editores Associados, bem como a sua penetração geográfica no mercado.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

Janeiro I 2018


52<br />

EMPRESA<br />

Bombóleo<br />

Relançamento da rede<br />

Checkstar é prioridade<br />

› A Bombóleo é o novo distribuidor da marca Magneti Marelli para Portugal e representante do<br />

conceito Checkstar. Um grande desafio que é encarado com otimismo e determinação por Juan<br />

Santos, responsável pelo desenvolvimento da rede oficinal<br />

Por: João Vieira<br />

A<br />

Magneti Marelli tem um longo<br />

historial no mercado português,<br />

onde dispõe de uma rede oficinal<br />

própria, denominada Checkstar,<br />

composta, atualmente, por 66 oficinas<br />

com um enorme know-how, fruto da formação<br />

que advém da Magneti Marelli,<br />

sendo estas mesmas oficinas reconheci<strong>das</strong><br />

como especialistas, nomeadamente<br />

na componente elétrica e mecânica.<br />

Propriedade do grupo fabricante de<br />

automóveis Fiat Chrysler Automobiles<br />

(FCA), a Magneti Marelli tem um portefólio<br />

de produtos de marca própria, que<br />

respondem a todos os critérios exigidos<br />

pela “casa mãe”, ou seja, produtos de<br />

qualidade OE. Alguns, são construídos<br />

em fábricas próprias e, outros, são produzidos<br />

por fabricantes para o segmento<br />

OE. A Magneti Marelli tira partido do<br />

peso que a FCA tem para escolher os<br />

seus fornecedores e desenvolver em<br />

conjunto as suas gamas de produto.<br />

n ENORME CAMINHO A PERCORRER<br />

Neste momento, todos os produtos<br />

acrescentados ao portefólio são novidades<br />

e alguns são, inclusive, produtos<br />

novos que a própria Magneti Marelli<br />

lançou este ano e que a Bombóleo já<br />

colocou no mercado, como é o caso dos<br />

kits de distribuição de correntes.<br />

Desde que iniciou a distribuição dos<br />

produtos Magneti Marelli junto <strong>das</strong><br />

A Magneti Marelli dispõe de uma<br />

vasta gama de produtos. O maior<br />

desafio é divulgar o extenso<br />

portefólio junto <strong>das</strong> oficinas<br />

oficinas, a recetividade tem sido boa,<br />

pois todos os meses tem vindo a crescer<br />

nas ven<strong>das</strong> da marca. E à medida<br />

que vão divulgando e dão a conhecer<br />

o produto, os clientes vão experimentando<br />

e confirmando a qualidade dos<br />

mesmos. Mas “há um enorme caminho<br />

a percorrer, já que a marca, apesar de<br />

ter uma excelente notoriedade junto<br />

do mercado profissional, tem produtos<br />

para o aftermarket que são recentes”,<br />

afirma Juan Santos.<br />

Existe um portal de ven<strong>das</strong> disponível<br />

para todos os clientes, onde foi colocada<br />

a marca Magneti Marelli e os seus<br />

produtos através da identificação <strong>das</strong><br />

peças pela matrícula da viatura e pela<br />

Agosto I 2018<br />

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Veja o vídeo em www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

53<br />

Rede Checkstar<br />

Forte know-how na parte elétrica<br />

Na Convenção <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> Checkstar realizada no<br />

passado mês de abril, na Exponor, foram apresenta<strong>das</strong><br />

as novas linhas orientadoras dos requisitos da<br />

rede existente e de novos parceiros que possam vir<br />

a fazer parte dela, assim como a entrada da Bombóleo<br />

enquanto distribuidor para a rede Checkstar.<br />

A rede existe em Portugal há mais de 20 anos e deriva<br />

de um upgrade da marca, já que anteriormente<br />

existiam os serviços Magneti Marelli (especialistas<br />

na parte elétrica) onde alguns deles integraram a<br />

nova rede criada com a designação Magneti Marelli<br />

Checkstar, voltada para uma prestação global de<br />

assistência e manutenção de viaturas.<br />

Atualmente, a rede é composta por 66 oficinas,<br />

que se caracterizam pela forte componente técnica<br />

que advém dos conteúdos de qualidade da sua<br />

formação. Recentemente, foi incorporada na zona<br />

de Braga aquela que é a primeira oficina Checkstar<br />

criada através da Bombóleo, estando outras em fase<br />

de decisão para fazer integrar a rede.<br />

To<strong>das</strong> as oficinas prestam assistência a viaturas ligeiras,<br />

havendo algumas, pelas suas características<br />

e conhecimentos, que prestam assistência a viaturas<br />

pesa<strong>das</strong>. Os critérios para uma oficina poder<br />

entrar na rede Checkstar são simples mas carecem<br />

de uma análise cliente a cliente. Os interessados<br />

podem consultar diretamente a Bombóleo, que,<br />

sem qualquer compromisso, fará a apresentação<br />

e facultará toda a informação.<br />

BENEFÍCIOS E MAIS-VALIAS<br />

A rede consegue garantir vantagens competitivas<br />

aos seus aderentes. Acesso a formação de excelência,<br />

call center técnico, produtos de marca própria<br />

com condições especiais e campanhas desenvolvi<strong>das</strong><br />

pela Magneti Marelli para o consumidor final.<br />

Os serviços prestados pelos membros da rede são<br />

variados e cada oficina poderá oferecer mais ou<br />

menos serviços ao cliente. No entanto, serviços<br />

rápidos, manutenções programa<strong>das</strong> e reparações<br />

mecânicas elétricas são tarefas transversais a toda<br />

a rede. De facto, a rede, pelo seu longo historial,<br />

tem muito know-how na parte elétrica.<br />

A componente de formação é muito forte e abrange<br />

to<strong>das</strong> as áreas técnicas. Vai desde sistemas elétricos<br />

até monografias de motorizações específicas. O<br />

plano de formação anual é delineado pela Magneti<br />

Marelli em função <strong>das</strong> necessidades que a rede<br />

demonstra.<br />

Neste momento, Juan Santos anda no terreno a<br />

conhecer os membros da rede. E a rede está a<br />

conhecer a Bombóleo. “Houve um trabalho excelente<br />

feito até ao momento e nós queremos dar<br />

continuidade a ele, colocando o nosso cunho e<br />

trazendo, também, para a rede o nosso know-how<br />

e as nossas mais-valias enquanto parceiro”, afirma.<br />

A rede dispõe de uma página na Internet (www.<br />

magnetimarelli-checkstar.pt) e está presente no<br />

Facebook, no Instagram e no YouTube. Aqui, notamos<br />

a influência da origem italiana da marca, já<br />

que a comunicação, os conteúdos e a imagem são<br />

elaborados com muito cuidado e detalhe.<br />

A Magneti Marelli realiza ações e campanhas<br />

direciona<strong>das</strong> para o consumidor final e que são<br />

divulga<strong>das</strong> pelas próprias oficinas aos seus clientes.<br />

Também este ano, a Magneti Marelli Checkstar<br />

é um dos patrocinadores oficiais do Campeonato<br />

do Mundo de Motocross (MXGP), onde patrocina<br />

o italiano hexacampeão do mundo Tony Cairoli.<br />

Com o objetivo de melhorar a qualidade dos serviços,<br />

a Bombóleo disponibiliza o máximo de produto<br />

Magneti Marelli a to<strong>das</strong> as oficinas da rede, de<br />

modo que tenham sempre as peças necessárias<br />

para fazer a intervenção nas viaturas. “Em termos<br />

gerais, procuramos soluções de produtos e serviços<br />

de forma a que a Bombóleo seja vista como um<br />

parceiro e não como um fornecedor ou entregador<br />

de peças. Nós vemos o negócio de uma perspetiva<br />

diferente e talvez seja por isso que, no próximo ano,<br />

completamos seis déca<strong>das</strong> de atividade”, refere<br />

Juan Santos.<br />

DESAFIOS PARA O FUTURO<br />

Os desafios são constantes e as dificuldades são<br />

transversais a to<strong>das</strong> as empresas do setor. Para Juan<br />

Santos, a maior dificuldade está em perceber qual<br />

é o futuro do setor a médio prazo, já que as mudanças<br />

que se avizinham são muito desafiantes. “Se<br />

voltarmos umas déca<strong>das</strong> atrás, uma viatura teria<br />

de passar a ser diagnosticada por um equipamento<br />

de diagnóstico que era para a altura um desafio<br />

enorme e visto como uma evolução impensável<br />

de pôr em prática. Hoje, os desafios são outros,<br />

é certo, mas são sempre fruto da evolução. Acreditamos<br />

que quem estiver formado e informado,<br />

perceberá melhor estas mudanças. Quem estiver<br />

próximo <strong>das</strong> empresas que tem esta informação<br />

e a partilhe, estará à frente daqueles que não tem<br />

acesso tão facilitado. Em resumo, a essência do que<br />

tem sido a evolução do nosso setor, que é contínua,<br />

aponta para que aqueles que estiverem mais bem<br />

preparados e apoiados, serão os que terão mais<br />

probabilidade de sucesso. O negócio na reparação<br />

automóvel continuará a ser sempre suportado pelo<br />

conhecimento técnico. A vertente comercial do<br />

negócio será uma parte importante, mas não será<br />

a pedra basilar que sustentará a oficina”, conclui<br />

Juan Santos.<br />

1.º Curso de<br />

Formação do Campus<br />

Magneti Marelli<br />

No dia 27 de junho, realizou-se o primeiro curso<br />

de formação do Campus Magneti Marelli, no<br />

Porto. O programa Campus 2018 é o serviço de<br />

formação fornecido pela Magneti Marelli<br />

Aftermarket para toda a rede de oficinas da<br />

Magneti Marelli Checkstar. O “Grupo VAG<br />

Technical News” foi o programa do dia de treino,<br />

que decorreu no Hotel Tryp, no Porto, para 20<br />

participantes, que foram aceites por ordem de<br />

inscrição. Os que não tiveram oportunidade de<br />

estar presentes, irão ter acesso a uma nova<br />

formação ainda durante este ano. Com este<br />

primeiro curso, a empresa lançou o seu programa<br />

Campus 2018 no mercado português para<br />

oficinas da sua rede, como foi anunciado na<br />

Convenção da rede de oficinas Magneti Marelli<br />

Checkstar, realizada, no mês de abril, na Exponor.<br />

equivalência por outras referências (OE<br />

e OEM).<br />

n CARACTERÍSTICAS ÚNICAS<br />

Para Juan Santos, o nosso mercado<br />

tem potencial de crescimento para a<br />

Magneti Marelli. “Estamos a falar de uma<br />

marca fabricante para OE que tem um<br />

longo historial e notoriedade no mercado<br />

automóvel, para além de dispor de<br />

um conceito oficinal próprio e produtos<br />

de marca própria, o que faz com que a<br />

marca e conceito oficinal tenham características<br />

quase únicas no mercado<br />

português. Para além disso, é uma marca<br />

que, pelo facto de não estar massificada,<br />

poderá ser um fator importante para o<br />

crescimento sustentado da mesma. O<br />

maior desafio é divulgar a existência da<br />

gama de produtos que constitui o portefólio,<br />

que vai desde o filtro de óleo até<br />

às pastilhas e discos de travão, passando<br />

pelo kit de distribuição de correntes ou<br />

injetor de gasolina. É necessário dar a<br />

conhecer à oficina que existe produto de<br />

qualidade, com um preço competitivo”,<br />

explica o responsável. “As expectativas<br />

são sempre positivas, sabendo, porém,<br />

que temos muito trabalho pela frente.<br />

Faremos o nosso trabalho. Se o fizermos<br />

bem, os resultados vão aparecer”,<br />

conclui Juan Santos. ✱<br />

Bombóleo<br />

Responsável rede Checkstar Juan Santos | Morada Rua António Silva Marinho, 211, 4100 - 063 Porto | Telefones 229 736 082<br />

935 842 090 | Email juan.santos@bomboleo.com | Site www.bomboleo.com<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Agosto I 2018


54<br />

EMPRESA<br />

ContiTech<br />

Trabalhamos<br />

com o objetivo<br />

de sermos a<br />

marca mais<br />

valorizada no<br />

mercado<br />

› Presente no mercado português há mais de três<br />

déca<strong>das</strong>, a marca ContiTech encontra-se, atualmente,<br />

numa fase muito importante da implementação<br />

de uma nova estratégia para o nosso país. A<br />

incorporação de João Cardoso como responsável<br />

para o mercado português, vai permitir conhecer<br />

melhor as necessidades dos parceiros<br />

Por: João Vieira<br />

O<br />

mercado português é muito<br />

importante para a ContiTech e<br />

a marca reconhece que tem um<br />

grande potencial de crescimento. “Teremos<br />

de enfrentar grandes mudanças, a<br />

curto e médio prazos, na indústria automóvel,<br />

o que implica mudanças também<br />

ao nível do pós-venda. Estas mudanças<br />

vão oferecer inúmeras oportunidades de<br />

negócio para as empresas que estejam<br />

bem prepara<strong>das</strong>. Portanto, pensamos<br />

que temos uma grande capacidade de<br />

crescimento em Portugal. A nossa oferta<br />

vai muito para além da transmissão de<br />

potência. Somos uma empresa líder a<br />

nível tecnológico e este ponto faz com<br />

que sejamos vistos como um parceiro no<br />

presente e no futuro. Sentimo-nos muito<br />

identificados com o mercado português,<br />

muito profissional e com um grande nível<br />

de colaboração, que nos permite um alto<br />

nível de parceria”, afirma Manel Real, head<br />

IAM Portugal e Espanha da Continental<br />

ContiTech.<br />

n REDE FORTE E CONSOLIDADA<br />

A estratégia que a ContiTech segue em<br />

Portugal é a mesma que desenvolve no<br />

resto da Europa. A sua visão é sempre a<br />

longo prazo. Quer uma rede de distribuidores<br />

que entenda e partilhe a sua filosofia.<br />

Por isso, procura qualidade em vez de<br />

quantidade. “Atualmente, temos oito distribuidores.<br />

Mas o mais importante não<br />

é adicionar mais parceiros sempre que<br />

consigamos atingir os objetivos definidos,<br />

tanto em termos quantitativos como<br />

qualitativos. Este ponto é fundamental.<br />

Elegemos parceiros que demonstrem ter<br />

uma estratégia adequada e que esteja<br />

João Cardoso, area sales manager<br />

Portugal da Continental ContiTech<br />

de acordo com a nossa visão”, refere<br />

Manel Real.<br />

“Estamos numa fase muito importante<br />

da implementação da nossa estratégia<br />

para Portugal. A incorporação de João<br />

Cardoso como responsável do mercado<br />

português permitiu-nos, por um lado,<br />

conhecer melhor as necessidades dos<br />

nossos parceiros e, assim, podermos<br />

estar melhor preparados para lhes<br />

prestar o apoio adequado e potenciar<br />

as suas ven<strong>das</strong>. Por outro, permite-nos<br />

ter uma melhor visão sobre o estado<br />

do mercado e dos nossos parceiros. Em<br />

resumo, temos uma visão muito clara<br />

de onde viemos, onde estamos e onde<br />

queremos chegar. Com quem faremos<br />

este caminho dependerá, sobretudo, do<br />

nível de compromisso e da capacidade<br />

de resposta da nossa rede de parceiros.<br />

Agosto I 2018<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Veja o vídeo em www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

55<br />

Kits são produto<br />

“estrela”<br />

A ContiTech foi pioneira na introdução do kit<br />

de distribuição com bomba de água. Desde o<br />

primeiro dia que investe na qualidade dos seus<br />

kits e isso nota-se pelo feedback muito positivo<br />

que recebe dos clientes. A maior parte <strong>das</strong> oficinas<br />

já optam pelos kits em detrimento dos<br />

componentes separados.<br />

Para além da correia de distribuição “normal”,<br />

alguns motores requerem uma segunda correia,<br />

para, por exemplo, para acionar o eixo de compensação<br />

ou uma bomba de injeção. É aí que a<br />

ContiTech entra com os kits PRO. Até agora, para<br />

substituir a correia, o cliente tinha de comprar o<br />

kit de correia de distribuição ou o kit de correia<br />

de distribuição com bomba de água. E ainda<br />

outra correia adicional. Com os kits PRO, o cliente<br />

obtém tudo o que necessita num só kit.<br />

Gama completa<br />

A gama ContiTech é composta por todos os componentes<br />

da transmissão de potência, desde as<br />

correias, passando por toda a gama de kits com<br />

e sem bomba de água, passando pelas polias de<br />

cambota e alternador, entre outros produtos.<br />

Historicamente, o produto mais reconhecido da<br />

ContiTech é a correia. E apesar de ainda hoje<br />

ser um produto que goza de elevado prestígio,<br />

pois é a primeira opção para a maioria <strong>das</strong> oficinas,<br />

os kits também geram grande confiança<br />

no mercado, sendo o de distribuição com bomba<br />

de água o produto “estrela”.<br />

A qualidade dos produtos do Grupo Continental<br />

é reconhecida mundialmente. As suas equipas<br />

de I&D e produção desenvolvem produtos e processos<br />

baseados nos standards de qualidade<br />

mais exigentes, cumprindo, na íntegra, com os<br />

requisitos de qualidade <strong>das</strong> principais marcas<br />

de automóveis.<br />

No desenvolvimento de um novo produto, há<br />

sempre um investimento significativo em investigação<br />

e desenvolvimento. As equipas de<br />

desenvolvimento de produto dedicam muito<br />

tempo (por vezes anos) na criação de uma nova<br />

aplicação. Todo este trabalho é feito em parceria<br />

com os clientes OE.<br />

O foco da nossa estratégia está em gerar<br />

confiança e criar valor na cadeia de distribuição.<br />

Entendemos que esta é a melhor<br />

forma de aumentar a notoriedade junto<br />

<strong>das</strong> oficinas, sempre em conjunto com os<br />

nossos parceiros”, acrescenta.<br />

Sobre o desempenho da marca no<br />

nosso país, Manel Real faz um balanço<br />

muito positivo. “Nos últimos anos, temos<br />

vindo a adaptar a nossa oferta global de<br />

serviços às necessidades do mercado português.<br />

Não obstante, continuamos muito<br />

exigentes e com um objetivo claro, que é<br />

perceber que nível de colaboração os nossos<br />

parceiros necessitam e analisar que<br />

passos devemos dar em seguida. Neste<br />

sentido, o João Cardoso tem um papel<br />

fundamental como interlocutor entre o<br />

mercado e a Continental”, assegura.<br />

Para o sucesso alcançado, muito tem<br />

Informação disponível para todos<br />

A ContiTech é <strong>das</strong> marcas que mais aposta na produção e divulgação de informação técnica gratuita,<br />

fundamental para que as oficinas possam fazer uma instalação profissional. Exemplo disso são os tutoriais<br />

em formato vídeo “Watch and Work”, muito valorizados pelos mecânicos. É uma prova da enorme aposta<br />

que a ContiTech está a fazer para estar mais próxima <strong>das</strong> oficinas, procurando chegar com informação de<br />

qualidade, que funcione, sem dúvida, como uma ferramenta de apoio ao profissional. De referir que todos<br />

os vídeos estão disponíveis em português, assim como os conteúdos do site. “Desde<br />

há vários anos que Portugal é um país e um mercado onde o Grupo Continental<br />

tem investido de uma forma muito significativa. É por todos estes motivos<br />

que a informação relevante do nosso site está disponível em português.<br />

Apesar do pouco tempo de existência do canal ‘Watch and Work’, podemos<br />

confirmar que já temos um número considerável de visitas. Não obstante,<br />

temos o objetivo de incrementar o nosso programa de comunicação, para<br />

que um maior número de oficinas descubram e utilizem os nossos vídeos<br />

W&W como uma ferramenta de trabalho”, refere Manel Real.<br />

Em paralelo, a ContiTech está a trabalhar para poder iniciar um programa<br />

de formação bastante completo, que será direcionado para os mecânicos e<br />

implementado em 2019.<br />

Ainda com o objetivo de facilitar aos profissionais uma quantidade muito útil de informação, quer sejam<br />

distribuidores, retalhistas ou mecânicos, a ContiTech desenvolveu o PIC – Product Information Center.<br />

Trata-se de uma página web que disponibiliza, de forma gratuita, instruções de montagem específicas,<br />

technical info’s, vídeos de montagem W&W e toda informação relevante sobre todos os produtos. Em<br />

resumo, os mecânicos podem encontrar, de uma forma fácil e sem restrições, toda a informação necessária<br />

para efetuar uma reparação profissional e eficiente, criando maior confiança junto do consumidor final.<br />

ContiTech recomenda substituição de<br />

todos os componentes da distribuição<br />

Num sistema de transmissão primário (distribuição), regra geral, faz parte algo mais do que apenas uma<br />

correia. E todos esses componentes estão sujeitos a desgaste. Assim, as oficinas que, aquando da mudança<br />

<strong>das</strong> correias, substituem, também, os rolos tensores e as polias de desvio e de guia, estão a jogar pelo seguro.<br />

A oficina recebe com os kits da ContiTech um pacote completo e otimamente conjugado com to<strong>das</strong> as peças<br />

necessárias para uma montagem correta. Assim, é garantida a qualidade de topo e a segurança máxima<br />

possível para uma mudança profissional da correia de distribuição.<br />

Todos os produtos ContiTech dispõem de cinco anos de garantia, o que comprova que a qualidade está sempre<br />

em primeiro lugar. Portanto, qualquer oficina que esteja interessada, pode aceder ao site da ContiTech,<br />

registar-se e ficar abrangida pelos cinco anos de garantia. Assim, oferece ao consumidor final a confiança<br />

que procuram: produto original, oficina profissional e cinco anos de garantia.<br />

Manel Real, head IAM Portugal e Espanha<br />

da Continental ContiTech<br />

contribuído o elevado nível de colaboração<br />

que os distribuidores mantêm com<br />

a marca. “É fácil identificar quando um<br />

parceiro coloca a Continental como um<br />

parceiro imprescindível a nível estratégico.<br />

Tudo se torna mais fácil quando se<br />

consegue um nível de colaboração que<br />

permite criar sinergias e aproveitar as<br />

mais-valias de ambos. E, isto, acontece<br />

quando a relação se baseia no diálogo<br />

honesto e construtivo. Neste sentido, podemos<br />

garantir que nos sentimos muito<br />

orgulhosos com o nível de parceria que<br />

temos com alguns distribuidores”, enalteceu<br />

Manel Real. Para o responsável,<br />

2018 será um ano especialmente positivo<br />

a nível estratégico, porque considera<br />

estar melhor colocado do que nunca para<br />

consolidar uma posição de relevo no panorama<br />

do aftermarket em Portugal. ✱<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Agosto I 2018


56<br />

EMPRESA<br />

Intermaco<br />

Dinâmica de qualidade<br />

› A Intermaco aposta forte na venda de equipamentos e ferramentas de elevada qualidade<br />

para as oficinas. Sempre com uma postura dinâmica no mercado, como é disso exemplo as<br />

demonstrações presenciais que faz com as duas carrinhas de que dispõe<br />

Por: Jorge Flores<br />

lações de Albergaria-a-Velha. Por outras<br />

palavras, a Intermaco era a empresa certa<br />

na altura perfeita. “Para preparar um automóvel<br />

para a inspeção, era necessário,<br />

por exemplo, analisadores de gases. As<br />

oficinas agora já estão muito equipa<strong>das</strong>,<br />

mas na altura não estavam”, acrescenta<br />

o responsável, que abraçou a empresa<br />

justamente na fase em que o boom dos<br />

centros de inspeção começava a criar<br />

a necessidade de “equipamentos mais<br />

evoluídos e técnicos nas oficinas”.<br />

Momento crucial na história da Intermaco<br />

foi ainda a parceria estabelecida<br />

com a Controlauto. “Deu-nos muita projeção.<br />

Todos os analisadores de gases e<br />

opacímetros eram e ainda são fornecidos<br />

por nós. Há cerca de 30 anos que temos<br />

essa ligação”, revela Pedro Santos. Foi essa<br />

envolvência que nos trouxe para a área<br />

técnica. E fomos desenvolvendo a empresa<br />

nessas duas vertentes: ferramentas<br />

e equipamento”, enfatiza o responsável.<br />

Em matéria de peso na estrutura, hoje,<br />

ambas as áreas se equivalem. Muitos<br />

clientes cruzam as duas vertentes. “Caso<br />

dos grandes concessionários de marcas.<br />

Trabalhamos com quase todos. A Facom<br />

é uma ferramenta muito conhecida e somos<br />

a empresa número um em Portugal”,<br />

afiança Pedro Santos ao nosso jornal.<br />

n DEMONSTRAÇÕES PRESENCIAIS<br />

Uma <strong>das</strong> explicações para o sucesso<br />

da Intermaco é a forma dinâmica como<br />

se apresenta no mercado. Nunca para. E<br />

tem sempre novidades. Faz parte da filosofia<br />

“levar a Intermaco ao cliente. Desde<br />

Fundada em 1984, em Vila Nova de<br />

Gaia, a Intermaco tem conquistado<br />

o mercado <strong>das</strong> ferramentas e equipamentos,<br />

mantendo uma vitalidade invejável<br />

para uma empresa com 34 anos.<br />

Tudo começou com a determinação de<br />

quatro sócios, que, na altura, trabalhavam<br />

na área <strong>das</strong> ferramentas e dos produtos<br />

de manutenção. Um dos fundadores, pai<br />

de Pedro Santos, atual diretor-geral da<br />

empresa para a qual entrou há 30 anos,<br />

dois tios e ainda um quarto sócio. Na<br />

época, o conceito de centros de inspeção<br />

automóvel começava a florescer em<br />

Portugal e “as oficinas começavam a ter<br />

outras preocupações e necessidades,<br />

pelo que foi um momento de viragem”,<br />

começa por explicar Pedro Santos, que<br />

recebeu o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> nas instasempre<br />

tivemos o conceito de carrinha<br />

de demonstração. Quem nos conhece,<br />

sabe que funcionamos assim. Levamos as<br />

duas carrinhas equipa<strong>das</strong> às oficinas. Eu<br />

próprio já meti quase um milhão de quilómetros<br />

numa delas”, conta. Uma forma<br />

de estar com resultados comprovados.<br />

“Resulta”, garante. “Porque levávamos diversos<br />

níveis de preços e de equipamentos.<br />

Havia clientes que não acreditavam<br />

muito que a máquina fizesse aquilo que<br />

se dizia. Tínhamos de lá ir explicar. Ainda<br />

agora é assim. Só conseguimos fazer uma<br />

boa venda se fizermos uma boa demonstração.<br />

A menos que o cliente já conheça<br />

a máquina e saiba o que quer”, explica.<br />

A aquisição da Mercedes-Benz Sprinter<br />

de demonstração da Facom surgiu quase<br />

por acaso. “Eles iam renovar e achámos<br />

Agosto I 2018<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


57<br />

que podíamos fazer negócio. Ficámos<br />

com o carro e com o equipamento completo”,<br />

salienta Pedro Santos.<br />

Com pouco mais de seis meses no<br />

ativo, ainda não houve tempo para a<br />

carrinha “rodar” muito pelo país todo.<br />

Mas a receita é de sucesso. Os resultados<br />

<strong>das</strong> demonstrações são seguros.<br />

“Quando vamos a um concessionário,<br />

todos conhecem a Facom. Mas esta tem<br />

sempre muitas novidades. É um bom cartão<br />

de visita. Mas se levarmos também<br />

a novidade, aquilo que o cliente quer<br />

ver - porque a Facom sabe o que eles<br />

querem ver – melhor ainda. No fundo,<br />

estamos a replicar aquilo que a marca<br />

já faz há muitos anos”, diz. “Os nossos<br />

comerciais estão preparados para falar<br />

sobre a ferramenta. Quando se trata de<br />

uma demonstração técnica – uma máquina<br />

de diagnóstico, um analisador de<br />

gases, um elevador especial, nesses casos,<br />

o técnico faz o acompanhamento ao<br />

comercial. Temos um corpo técnico com<br />

seis pessoas”, acrescenta o diretor-geral<br />

da Intermaco.<br />

n DESCARBONIZADORA HHO<br />

Outra novidade de respeito no extenso<br />

catálogo da Intermaco é a máquina<br />

“descarbonizadora” HHO. Um inovador<br />

equipamento que assegura a limpeza<br />

interna dos motores, tanto Diesel como<br />

gasolina, GPL ou biodiesel, sem obrigar<br />

a desmontar uma única peça. “Funciona<br />

hora nos restantes. “O único resíduo que<br />

deixa é água. O que sai pelo escape é<br />

apenas água. Não recorre a químicos”,<br />

acrescenta.<br />

De resto, o novo equipamento “está a<br />

ter aceitação, mas ainda estamos numa<br />

fase de tentar explicar as vantagens. É<br />

mais difícil vender a quem não entende<br />

o processo e o negócio. Porque esta<br />

máquina gera valor numa oficina”. Os<br />

na disponibilidade, mais binário e vai<br />

consumir menos”, afirma.<br />

n FUTURO RISONHO<br />

Pedro Santos encara com otimismo o<br />

futuro da empresa. Desde logo, pela qualidade<br />

do portefólio de equipamentos e<br />

ferramentas que tem ao seu dispor. “Desde<br />

diagnóstico ao ar condicionado. Somos<br />

especialistas. Temos um catálogo muito<br />

extremamente bem. É um equipamento<br />

surpreendente. Com resultados inacreditáveis.<br />

Temos clientes que compram a<br />

máquina e, ao fim de seis meses, pagam<br />

o equipamento”, assegura Pedro Santos.<br />

O modo de funcionamento desta<br />

máquina de “alta eficiência” é possível<br />

de resumir em poucas palavras. “Por intermédio<br />

do eletrólise, o equipamento<br />

permite dissociar o oxigénio e o hidrogénio<br />

presente na água, fornecendo o<br />

gás OxiHidrogénio, também conhecido<br />

por HHO ou gás de Brown”, adianta. “O<br />

elevado poder calorífico deste gás injetado<br />

dentro do motor, faz com que<br />

a temperatura da combustão suba rapidamente,<br />

provocando uma pirólise<br />

controlada, desintegrando e removendo<br />

todos os depósitos de carbono acumulados”,<br />

sublinha. Um processo que<br />

demora não mais do que 30 minutos<br />

nos motores a gasolina e perto de uma<br />

resultados podem ser avaliados no preciso<br />

momento em que um cliente leva o<br />

veículo a uma oficina. “Se o carro já tiver<br />

dois ou três anos, já perdeu potência<br />

sem o cliente dar por isso. Foi-se habituando<br />

ao motor e à perda de potência,<br />

porque, como não é momentânea, não<br />

se nota. Depois da descarbonização,<br />

feita por esta máquina, o cliente achará<br />

que puseram mais potência no automóvel.<br />

Todos os clientes notam a diferença:<br />

vasto e um grande acompanhamento<br />

técnico. Tudo o que interessa às oficinas.<br />

Estamos confiantes. Ter produtos desta<br />

natureza ajuda muito. Trabalhamos com<br />

marcas de grande qualidade. E essa é a<br />

chave: trabalhar com produtos de qualidade,<br />

que façam confiança do cliente”, diz.<br />

Para ajudar a “manter a forma”, a Intermaco<br />

realiza ações de formação todos os meses.<br />

Não só internas, como externas, para os<br />

nossos clientes”, remata Pedro Santos. ✱<br />

Intermaco<br />

Diretor-geral Pedro Santos | Morada Arruamento “E”, Zona Industrial/Apartado 88, 3854 - 909 Albergaria-a-Velha<br />

Telefone 234 520 110 | Fax 234 520 119 | Email intermaco@intermaco.pt | Site www.intermaco.pt<br />

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58<br />

EMPRESA<br />

Suspartes<br />

Herbert Kemp (à<br />

esq.ª), gestor <strong>das</strong><br />

empresas Suspartes<br />

e Parabólica; João<br />

Loureiro (à dta.),<br />

atual responsável pela<br />

Oficina Parabólica<br />

Especialista em pesados<br />

› Representante da SAF Holland em regime de exclusividade para Portugal, a Suspartes é uma<br />

empresa especialista em pesados que dispõe de elevado conhecimento técnico. Do seu universo, faz<br />

parte a Parabólica, oficina que entre suspensões, travões e material de engate, abre uma média de<br />

oito obras por dia<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

A<br />

Suspartes, fundada em 1987 pelos<br />

atuais sócios-gerentes, Herbert<br />

Kemp e Manuel Ramos, é, atualmente,<br />

administrada pelos gerentes Herbert<br />

Kemp e Vanessa Ramos. A empresa<br />

começou a sua atividade no comércio,<br />

importação e exportação de peças para<br />

veículos pesados (camiões, tratores, semirreboques<br />

e cisternas). Natural da Holanda,<br />

Herbert Kemp veio para Portugal<br />

aos cinco anos de idade. Quando começou<br />

a trabalhar, foi para a Tanzânia dirigir uma<br />

oficina de pesados que pertencia a uma<br />

empresa holandesa. “Trabalhei, também,<br />

em oficinas de uma companhia de transportes<br />

na Alemanha. A minha formação é<br />

nessa área. Quando regressei a Portugal,<br />

comecei a desempenhar a minha função<br />

apenas comercialmente. Mais tarde, com a<br />

criação da Parabólica, em 1989, dois anos<br />

depois da Suspartes, comecei a dar algum<br />

apoio técnico”, recorda Herbert Kemp ao<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>. E como conheceu<br />

Manuel Ramos? “Eu tinha um escritório<br />

em Lisboa, uma vez que já trabalhava<br />

na exportação de peças dentro do setor<br />

automóvel, nomeadamente molas para<br />

suspensões de camiões. Na fábrica onde<br />

comprava as molas, trabalhava Manuel<br />

Ramos. Foi assim que nos conhecemos.<br />

Estava eu em Lisboa e ele na margem sul,<br />

mais concretamente no Seixal”, explica o<br />

nosso interlocutor.<br />

Quando iniciou a sua atividade, em 1987,<br />

a Suspartes apenas dispunha de um escritório<br />

na Amora. “Cerca de dois anos volvidos,<br />

passámos para Fernão Ferro. Até<br />

porque começámos, nessa altura, com a<br />

oficina de pesados. Em 1999, quer a Suspartes<br />

quer a Parabólica mudaram-se para<br />

onde se encontram atualmente, na Zona<br />

Industrial de Vila Amélia, na Quinta do<br />

Anjo (Palmela)”, dá conta Herbert Kemp,<br />

no tom simpático e calmo que o caracteriza.<br />

n REPRESENTAÇÃO SAF HOLLAND<br />

Há mais de três déca<strong>das</strong>, quando arrancou<br />

com o negócio, a ideia da Suspartes<br />

era ter material de suspensão para o mercado<br />

nacional, nomeadamente molas.<br />

“Começámos a abastecer todos os fabricantes<br />

de reboques (nessa altura, tudo<br />

tinha suspensão mecânica) com molas<br />

que comprávamos no estrangeiro ou em<br />

Portugal”, relembra o sócio-gerente. Que<br />

acrescenta de seguida: “Graças ao contacto<br />

que mantivemos com os fabricantes<br />

de reboques, fomos abordados pela<br />

SAF (na época Sauer Achsenfabrik) para<br />

passarmos a representá-la em Portugal.<br />

Dissemos logo que sim. Era um grande<br />

desafio. E a SAF, nessa altura, era <strong>das</strong><br />

poucas empresas que produzia suspensões<br />

pneumáticas. Vimos que era uma<br />

boa aposta e que o futuro passaria por<br />

aí. Em 1989, começámos a representar a<br />

SAF no nosso país”.<br />

Fruto da fusão que houve, em 2006,<br />

entre a Otto Sauer Achsenfabrik, na Alemanha,<br />

e a The Holland Group, nos EUA,<br />

a SAF Holland passou a fabricar eixos e<br />

suspensões para reboques, quintas ro<strong>das</strong><br />

e pernos de apoio. Ou seja, todo o equipamento<br />

de engate, de atrelagem e de<br />

suspensão para camiões e reboques. A<br />

Suspartes sempre trabalhou com pesados.<br />

É esta a sua especialidade. E assim<br />

continuará. “A nossa oferta, hoje, é muito<br />

mais ampla do que era no início. Como<br />

a SAF era apenas fabricante de eixos e<br />

suspensões, a nossa gama era mais restrita.<br />

Com a fusão e as aquisições que a<br />

SAF Holland tem vindo a fazer ao longo<br />

Agosto I 2018<br />

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59<br />

com o maior grau de satisfação possível. É,<br />

basicamente, este o meu papel enquanto<br />

responsável da oficina”, acrescenta.<br />

Todos os produtos que a Suspartes comercializa<br />

provêm da SAF Holland. Suspartes<br />

é apenas e só SAF Holland. “A nossa<br />

gama pode ser vista como algo limitada,<br />

é um facto, por não ser realmente muito<br />

extensa. Mas a própria SAF Holland tem<br />

criado uma linha secundária, com to<strong>das</strong><br />

as garantias, apoio e qualidade, que se<br />

chama Sauer. O que nos tem permitido<br />

aumentar o portefólio de produtos. Temos<br />

material original e, depois, propomos<br />

outra gama, que permite, digamos,<br />

uma segunda vida do veículo”, frisa Herbert<br />

Kemp. Revelando que “a Suspartes<br />

dispõe de cerca de 150 clientes” e que<br />

da oficina, 70% da reparação está centralizado<br />

no distrito de Setúbal, ficando<br />

os restantes 30% para as outras zonas do<br />

país”, esclarece Herbert Kemp. Revelando,<br />

de seguida, que “o setor dos pesados é difícil<br />

e muito concorrido. Os custos para os<br />

transportadores têm aumentado bastante.<br />

Eles têm de ir à procura de soluções mais<br />

acessíveis. O nosso negócio não é fácil,<br />

mas temos o melhor produto do mercado.<br />

Estou convicto disso. Tal como os nossos<br />

clientes, que continuam a escolher-nos”.<br />

Com garantias bastante longas, que chegam,<br />

em alguns casos, aos seis anos, a Suspartes<br />

assegura que vai seguir as regras da<br />

SAF Holland e que vai manter-se na SAF<br />

Holland. “Sem perdermos a especialização<br />

que temos, aumentaremos a gama se for<br />

do tempo (como, por exemplo, a G+F, o<br />

segundo maior fabricante de kit de ro<strong>das</strong><br />

na Europa, a Orlandi, de Itália, e a York, que<br />

detém uma fábrica na China e outra na<br />

Índia), o produto foi aumentando”, explica<br />

Herbert Kemp. “Somos especialistas em<br />

tudo o que diz respeito a suspensões para<br />

veículos pesados. A nossa vitória neste<br />

mercado foi o conhecimento técnico de<br />

que dispomos. Foi por isso que fizemos,<br />

praticamente desde o início, a nossa oficina.<br />

Conseguimos dar apoio técnico a<br />

todos os produtos que comercializamos,<br />

além de trabalharmos para outras marcas.<br />

Temos o conhecimento técnico do<br />

material que vendemos. E esta é, sem dúvida,<br />

uma grande vantagem”, assegura o<br />

responsável.<br />

pensões, travões e material de engate,<br />

abre uma média de oito obras por dia). A<br />

Parabólica começou por ser uma oficina<br />

de suspensão de molas, atividade que, de<br />

resto, reúne, hoje, 40% da faturação (ainda<br />

que as suspensões tenham evoluído ao<br />

longo dos anos para pneumáticas), mas<br />

alargou a sua intervenção a outras áreas<br />

do veículo. Esta oficina tem como líder<br />

João Loureiro. É ele quem gere a atividade<br />

da Parabólica. Cargo que acumula com<br />

o de responsável pelas garantias e pelo<br />

apoio técnico no aftermarket. “Entrei para<br />

a empresa no ano 2000 e comecei o meu<br />

percurso na parte da laboração oficinal.<br />

Depois, em 2001, assumi o serviço de assistência<br />

e garantias. Também faço parte<br />

da revenda, ou seja, dou apoio a todos os<br />

n PORTEFÓLIO DE QUALIDADE<br />

Com uma equipa composta por 20<br />

pessoas, <strong>das</strong> quais oito pertencem à Suspartes<br />

e 12 estão aloca<strong>das</strong> à Parabólica,<br />

no universo <strong>das</strong> duas empresas, 80% da<br />

faturação é assegurado pela venda de<br />

componentes (a atividade da Suspartes),<br />

ficando 20% a cargo dos serviços oficinais<br />

(o negócio da Parabólica, que, entre suscomponentes<br />

que são disponibilizados”,<br />

conta ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> o chefe da<br />

oficina. “Ser responsável da Parabólica é<br />

um novo desafio. A minha função passa<br />

por garantir que todos os processos oficinais<br />

que estão implementados ou que<br />

venham a sê-lo, sejam cumpridos. E que<br />

os serviços sejam executados de modo a<br />

que o cliente saia <strong>das</strong> nossas instalações<br />

aquilo que mais vende são “conjuntos<br />

de eixos com suspensão pneumática<br />

agregada aos fabricantes de reboques”.<br />

De acordo com o sócio-gerente, a Suspartes<br />

“comercializa to<strong>das</strong> as peças que<br />

tem a SAF Holland. Vendemos a revendedores<br />

e, também, a transportadores, que<br />

são o nosso cliente final. Em termos de<br />

percentagem, a maior fatia pertence aos<br />

revendedores, com 40%. Depois, 20% são<br />

para transportadores, 20% para oficinas<br />

e 20% para construtores de reboques”,<br />

revela o responsável. Acrescentando que,<br />

“na oficina, que conta com uma carteira<br />

de 500 clientes, fazemos reparações de<br />

outras marcas. Somos especializados em<br />

suspensão e travões. Dispomos de todos<br />

os equipamentos para tal (bancos de ensaio<br />

incluídos). Compramos no mercado<br />

as peças que forem necessárias para fazer<br />

as intervenções”.<br />

n MEIO MILHÃO EM STOCK<br />

A Suspartes e a Parabólica acabam, no<br />

fundo, por ser um grupo. De dimensão<br />

nacional. “Os componentes que comercializamos<br />

chegam ao país todo. Já no caso<br />

necessário e se a SAF Holland assim o entender”,<br />

afirma o sócio-gerente. “Não contando<br />

com os eixos, a Sauer reúne 10% <strong>das</strong><br />

ven<strong>das</strong> da Suspartes, ficando os restantes<br />

90% para a SAF Holland. Introduzimos a<br />

Sauer na nossa oferta há dois anos. E temos<br />

vindo a aumentar a gama”, dá conta<br />

o nosso interlocutor.<br />

Com cerca de meio milhão de euros<br />

em stock permanente, todo o material<br />

que chega à Suspartes provém da Alemanha,<br />

ainda que a produção possa ter<br />

ocorrido noutros países. Semanalmente,<br />

a empresa recebe um camião. Depois,<br />

expede as peças por intermédio de três<br />

transportadoras. Na zona de Lisboa, as<br />

entregas são feitas da manhã para a tarde.<br />

Nas restantes áreas, o prazo é de 24 horas.<br />

E quanto ao futuro? “Queremos aumentar<br />

a nossa faturação e chegar cada vez<br />

mais perto do cliente final. Pretendemos<br />

incrementar as nossas ven<strong>das</strong>. Por vezes,<br />

é complicado, fruto da nossa gama um<br />

pouco reduzida. Mas precisamos de ter<br />

cada vez mais vendedores e de dispor de<br />

uma logística para conseguir isso”, conclui<br />

Herbert Kemp. ✱<br />

Suspartes – Comércio Internacional de Suspensões e Peças, Lda.<br />

Gerentes Herbert Kemp e Vanessa Ramos | Sede Lote 107, Vila Amélia, 2950 – 805 Quinta do Anjo<br />

Telefone 212 134 710 | Fax 212 103 206 | Email geral@suspartes.pt | Site www.suspartes.pt<br />

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60<br />

TÉCNICA&SERVIÇO<br />

Tipos de lixa e qualificação dos bate-chapas<br />

Processos de<br />

lixamento eficientes<br />

› Dentro <strong>das</strong> numerosas operações que se realizam durante o processo de pintura de um veículo, as<br />

de lixamento são especialmente relevantes. O bate-chapas tem de mostrar toda a sua experiência,<br />

formação e capacidades para conseguir excelentes resultados quanto à qualidade final<br />

O<br />

pintor realizará a imensa maioria<br />

dos trabalhos de lixamento na<br />

zona de preparação de superfícies<br />

dentro dos denominados trabalhos<br />

de fundo, que reúnem aquelas operações<br />

do processo realiza<strong>das</strong> antes de se<br />

aplicarem as pinturas de acabamento. A<br />

aderência mecânica entre cama<strong>das</strong> extra<br />

que o lixamento proporciona junta-se<br />

à própria aderência química que certos<br />

produtos possam ter entre si.<br />

n FASES DE UM PROCESSO<br />

DE LIXAMENTO<br />

A cronologia dos processos de lixamento<br />

é a seguinte:<br />

l Lixamento dos rebordos da superfície<br />

reparada: realiza-se sobre a chapa ou<br />

plástico reparado, para eliminar o relevo<br />

ou rebordo que criam as diferentes cama<strong>das</strong><br />

de pintura. Também se eliminam as<br />

marcas de lixa cria<strong>das</strong> pelo bate-chapas<br />

no seu trabalho e aquelas cama<strong>das</strong> que<br />

aderiram mal ou em mau estado.<br />

l Matificação da cataforese: as peças<br />

novas a pintar apresentam-se com uma<br />

camada de pintura anticorrosiva, chamada<br />

cataforese. O seu lixamento ou<br />

matificação consiste em abrir o poro,<br />

tentando eliminar a menor quantidade<br />

de material possível.<br />

l Lixamento <strong>das</strong> massas de poliéster:<br />

realiza-se para nivelar as superfícies e<br />

prepará-las para receberem outras pinturas<br />

de fundo, como os primários e os<br />

aparelhos.<br />

l Lixamento do aparelho: proporciona<br />

um bom suporte para as pinturas de acabamento,<br />

com o lixamento do aparelho<br />

nas superfícies danifica<strong>das</strong> e a matificação<br />

do resto da peça.<br />

Quando as pinturas estão completamente<br />

secas, podem existir os últimos microlixamentos.<br />

Realizam-se para corrigir<br />

pequenas imperfeições sofri<strong>das</strong> durante<br />

o processo de pintura (manchas de pó,<br />

escorrimentos), ou durante a montagem<br />

final <strong>das</strong> peças e dos seus acessórios (riscos<br />

superficiais).<br />

Os fabricantes de abrasivos desenvolveram<br />

lixamentos eficientes para estes<br />

trabalhos, minimizando o número de<br />

passos e, sobretudo, o processo de polimento<br />

e abrilhantamento com abrasivos<br />

químicos.<br />

Sistema de lixamento Colad<br />

n IMPORTÂNCIA DOS LIXAMENTOS<br />

O custo da mão de obra numa reparação<br />

de pintura supera o dos materiais necessários<br />

para a correta preparação e embelezamento<br />

<strong>das</strong> superfícies. Trataremos<br />

os processos de lixamento necessários<br />

para reparar e pintar as superfícies danifica<strong>das</strong><br />

de um veículo a partir destes dois<br />

pontos de vista: a elevada percentagem<br />

de tempo que o pintor deve investir e o<br />

custo económico dos materiais. Durante<br />

mais de 30% do seu tempo de produção,<br />

o pintor realiza trabalhos de lixamento<br />

de rebordos, de massas, de aparelhos, ou<br />

de tintas e vernizes envelhecidos. Assim,<br />

é o tempo de toda a reparação no qual<br />

se emprega maior número de horas. Por<br />

sua vez, o custo dos diferentes abrasivos<br />

implica, somente, cerca de 4% do total da<br />

reparação. O segundo valor mais baixo.<br />

n PROCESSOS DE LIXAMENTO<br />

MAIS EFICIENTES<br />

Conseguir um processo de lixamento<br />

eficiente, quanto a mão de obra, pode<br />

Agosto I 2018<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Colaboração<br />

CESVIMAP<br />

www.cesvimap.com<br />

61<br />

1<br />

1 Sistema<br />

OSP da Mirka<br />

2 Sistema<br />

Cyclonic da<br />

Norton<br />

3 Abrasivos<br />

Kovax<br />

4 Abrasivos<br />

Silver, da<br />

Zaphiro<br />

2<br />

3 4<br />

SISTEMAS DE LIXAMENTO<br />

ser vital na rentabilidade dos trabalhos<br />

de pintura.<br />

Está sujeito a vários fatores: a capacidade<br />

ou qualificação dos pintores, as<br />

lixas, os equipamentos ou ferramentas<br />

de lixamento (lixadoras) e outros acessórios<br />

necessários (tacos de lixamento,<br />

pratos).<br />

Toda a experiência e formação dos<br />

pintores na realização dos processos de<br />

lixamento será fundamental, visto que,<br />

durante um longo período de tempo,<br />

são os encarregados de realizar estes<br />

trabalhos. Como em qualquer “receita”,<br />

é recomendável utilizar lixas e abrasivos<br />

de qualidade, que mantenham um<br />

poder de corte produtivo ao longo da<br />

sua vida útil e permitam uma boa aspiração<br />

do pó produzido no lixamento.<br />

Para se ser mais rápido, não é necessário<br />

gastar muitos discos de lixa, mas<br />

sim rentabilizar bem aqueles que são<br />

utilizados. Os fabricantes de abrasivos<br />

incorporam na sua gama de produtos<br />

abrasivos convencionais, com uma granulometria<br />

FEPA muito ampla (desde<br />

P60 até P800). Também desenvolvem<br />

processos de lixamento eficientes, onde<br />

determinam o uso concreto de certos<br />

grãos abrasivos para realizar o processo<br />

de lixamento completo numa reparação<br />

de pintura.<br />

As lixadoras, sejam elétricas ou pneumáticas,<br />

constituem uma parte importante<br />

nos processos de lixamento<br />

eficientes. Mais do que as próprias<br />

ferramentas em si, a maior eficiência<br />

no lixamento será conseguida com a<br />

combinação <strong>das</strong> órbitas de trabalho<br />

que ofereçam. Os equipamentos de lixamento<br />

mais utilizados costumam ter<br />

uma órbita de 5 mm, a mais frequente<br />

nas oficinas, mas existem, também, lixadoras<br />

com órbitas de 7 ou 8 mm para<br />

operações de maior desbaste e de 2,5<br />

ou 3 mm, para operações de matificação<br />

e lixamento finais. Combinando duas e,<br />

inclusivamente, três órbitas, por oposição<br />

a apenas uma para realizar todos<br />

os trabalhos de lixamento, o processo<br />

Processo CONVENCIONAL<br />

Uma única órbita<br />

Maior número de passos de lixamento<br />

Maior consumo de abrasivos<br />

Maior tempo de trabalho de lixamento<br />

Boa qualidade<br />

Fraca eficiência<br />

de reparação torna-se mais vantajoso,<br />

eficaz e eficiente. A dureza dos pratos<br />

nas lixadoras, as interfaces de espuma<br />

ou os tacos para o lixamento manual<br />

influenciam, de igual modo, a eficiência.<br />

A melhoria na aspiração, mediante<br />

abrasivos tipo malha, sistemas de aspiração<br />

multiorifícios, também favorece<br />

o processo, visto que o pó produzido<br />

durante o lixamento é rapidamente aspirado,<br />

evitando, deste modo, a falta de<br />

ação prematura dos abrasivos, marcas<br />

(caracóis) nas cama<strong>das</strong> de pintura.<br />

Convencional Eficiente Benefício em<br />

tempos e materiais<br />

Operações Grãos Órbitas Grãos Órbitas<br />

Lixamento dos rebordos<br />

P80 - P120 5 mm P100 - P120 7 - 8 mm ✔<br />

<strong>das</strong> reparações em chapa<br />

Matificação da cataforese em peças P320 - P400 5mm P320 - P400 5 – 7 mm Semelhante<br />

novas<br />

Lixamento <strong>das</strong> massas P80 - P120 5 mm P100 – P150 7 – 8 mm ✔<br />

Afinação de massas e preparação P180 - P220 5 mm P220 – P240 5 – 3 mm Semelhante<br />

do aparelho<br />

Lixamento e afinação do aparelho P400- P500 5 mm P400 - P500 2,5 – 3 mm ✔<br />

Matificação do resto da peça<br />

ou peças adjacentes<br />

P600 - P800 5 mm P600 2,5 - 3 mm ✔<br />

Processo EFICIENTE<br />

Combinando órbitas<br />

Menor número de passos de lixamento<br />

Menor consumo de abrasivos<br />

Menor tempo de trabalho de lixamento<br />

Boa qualidade<br />

Máxima eficiência<br />

n LIXAMENTO EM QUATRO PASSOS<br />

Os fabricantes de abrasivos estão a criar<br />

linhas de lixamento exclusivas para se conseguir<br />

a máxima eficiência no processo.<br />

Alguns continuam a contar com a granulometria<br />

FEPA, mas elegendo apenas<br />

quatro grãos abrasivos para realizar um<br />

trabalho eficiente. Outros, pelo contrário,<br />

criam um novo sistema de quatro passos,<br />

em que os discos são enumerados de 1 a<br />

4, sendo o 1 o grão de maior abrasão e o<br />

4 o mais fino de todos. Alguns fabricantes<br />

apostam em tingir com diferentes cores os<br />

seus abrasivos, facilitando, desta forma, a<br />

rápida identificação, por parte do pintor,<br />

dos abrasivos a utilizar. Estes processos de<br />

lixamento eficientes costumam combinar<br />

lixadoras de duas ou três órbitas diferentes,<br />

facilitando, assim, a maior rentabilidade<br />

e qualidade final. Tendo em conta<br />

a quantidade de tempo empregue pelo<br />

pintor para realizar este tipo de trabalhos<br />

e a sua importância nas reparações de<br />

pintura, comparando com o baixo custo<br />

dos materiais utilizados, é fácil entender a<br />

sua transcendência. A oficina deve dotar a<br />

área de pintura com bons equipamentos e<br />

ferramentas de lixamento, com aspiração<br />

eficaz e diferentes órbitas de lixamento,<br />

acessórios, como tacos ou pratos de diferente<br />

dureza e lixas de qualidade, para<br />

melhorar a eficiência do lixamento nas<br />

operações de pintura. ✱<br />

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62<br />

TÉCNICA&SERVIÇO<br />

Otimização de processos e equilíbrio ambiental<br />

Aproveitamento<br />

energético da oficina<br />

› Para além <strong>das</strong> ações de redução de consumo elétrico, é possível implantar nas oficinas outras<br />

medi<strong>das</strong> que permitem otimizar os consumos, tais como melhorias tecnológicas em equipamentos e<br />

processos e aproveitamento de água<br />

Nas oficinas de reparação, para além<br />

da poupança energética, podem<br />

aplicar-se determina<strong>das</strong> medi<strong>das</strong><br />

e melhorias que incidam na redução <strong>das</strong><br />

despesas, atendendo tanto a normas preventivas<br />

como a ações que fazem parte<br />

dos diferentes processos.<br />

n CONSUMO DE ÁGUA<br />

l Água da lavagem de veículos<br />

A lavagem dos veículos com pontes de<br />

lavagem consome entre 80 e 100 litros<br />

por cada viatura. A adoção de um sistema<br />

de reciclagem para o abastecimento de<br />

água da máquina permite utilizar 80% de<br />

água reciclada.<br />

Para isso, além do decantador de sólidos<br />

e do separador de gorduras, coloca-<br />

-se um terceiro depósito no qual a água<br />

recuperada volta ao circuito de lavagem,<br />

deixando a utilização de água limpa para<br />

o enxaguamento final. A poupança é significativa<br />

para as oficinas e benéfica para<br />

o ambiente.<br />

l Aproveitamento da água da chuva<br />

Através da utilização de depósitos à superfície<br />

ou enterrados, podemos aproveitar<br />

as águas pluviais <strong>das</strong> coberturas<br />

e telhados para posterior utilização. As<br />

águas pluviais, recolhi<strong>das</strong>, filtra<strong>das</strong> e<br />

armazena<strong>das</strong>, constituem uma fonte<br />

alternativa de água de boa qualidade,<br />

embora exijam a utilização de sistemas<br />

que separem os sedimentos sólidos. As<br />

águas pluviais utilizam-se principalmente<br />

no abastecimento de autoclismos, na rega<br />

de zonas ajardina<strong>das</strong>, na lavagem de pisos,<br />

no interior e/ou exterior de edifícios e na<br />

lavagem de veículos.<br />

Algumas empresas também utilizam as<br />

suas próprias captações de águas subterrâneas<br />

para evitar o consumo de água<br />

pública.<br />

l Utilização de filtros em torneiras<br />

A utilização de arejadores nas torneiras<br />

implica incluir ar no jato de água, permitindo<br />

poupanças de 40 a 50% sem qualquer<br />

inconveniente para o utilizador.<br />

l Utilização de fontes de água engarrafada<br />

Nas oficinas onde ocorra um consumo<br />

apreciável de água engarrafada, é muito<br />

interessante a utilização de fontes de água,<br />

visto que permitem dispor de água fria<br />

em qualquer momento e reduzir a zero as<br />

embalagens de plástico da água.<br />

O aproveitamento, consumo responsável<br />

e tratamento adequado <strong>das</strong> águas<br />

proporciona vantagens individuais para<br />

a empresa, que beneficiam a sociedade<br />

em geral e o ambiente natural. É necessária<br />

uma tomada de consciência para<br />

pôr em marcha este tipo de processos<br />

e padronizá-los, tal como as restantes<br />

melhorias tecnológicas e sistemáticas<br />

descritas em seguida.<br />

n MELHORIAS TECNOLÓGICAS<br />

EM EQUIPAMENTOS<br />

l Estufas de pintura<br />

Convencionalmente, as estufas de pintura<br />

funcionavam com gasóleo como<br />

combustível e com um motor para a insuflação<br />

e extração de ar, o que permitia<br />

dispor de um caudal de ar de 20.000 m 3 /h.<br />

A obrigação da utilização de tinta de água<br />

exigiu mais caudal de ar para a renovação<br />

na estufa, o que implicou a integração<br />

de dois motores independentes para a<br />

insuflação e para a extração, os quais, para<br />

renovar 25.000 a 30.000 m 3 /hora, tinham<br />

de ter 15 cv (11 kW) cada um.<br />

A mudança do gasóleo para gás implica<br />

melhor rendimento energético, sem emis-<br />

sões de S02 e com menor emissão de CO 2.<br />

As despesas com o combustível também<br />

diminuem.<br />

Atualmente, a utilização de motores inverter<br />

de alta eficiência, de sistemas de<br />

recuperação do ar quente, de materiais<br />

A lavagem de veículos<br />

pode permitir poupar 75%<br />

da água e contribuir para o<br />

equilíbrio do espaço<br />

natural envolvente<br />

mais leves e de novas conceções de turbinas<br />

está a permitir reduzir para metade<br />

a potência nominal destes motores. Isto<br />

traduz-se numa poupança no consumo<br />

e, inclusivamente, na potência a contratar<br />

pela oficina. Uma consequência disto é,<br />

também, a diminuição do ruído emitido.<br />

Isto é complementado com a introdu-<br />

Agosto I 2018<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Colaboração<br />

CESVIMAP<br />

www.cesvimap.com<br />

63<br />

ção, cada vez maior, de autómatos, que<br />

podem ser programados para adequar os<br />

ciclos de aplicação, os tempos de evaporação<br />

e de secagem ao tipo de tinta a utilizar<br />

e às peças a pintar. E, inclusivamente, para<br />

utilizar o produto específico, permitindo<br />

que a energia e os tempos sejam cada vez<br />

mais ajustados, sempre com menor gasto<br />

energético e menor tempo de utilização<br />

da estufa.<br />

l Soldaduras de pontos por resistência<br />

Os novos aços utilizados no fabrico de<br />

carroçarias implicam dispor de máquinas<br />

de soldadura de pontos com mais intensidade,<br />

passando de 5.000-6.000 amperes<br />

para os 12.000-14.000 atuais, recomendados<br />

pelos fabricantes nos respetivos<br />

processos de trabalho. Estas máquinas<br />

implicavam a existência de uma ligação de<br />

63 amperes na oficina que, normalmente,<br />

devia ser instalada como uma linha adicional.<br />

As novas máquinas de soldadura de<br />

pontos, com transformador na pinça de<br />

soldadura e eletrónica de funcionamento,<br />

fazem com que as possamos utilizar inclusivamente<br />

com toma<strong>das</strong> de 32 amperes e,<br />

em casos especiais, de 45 amperes. Estas<br />

toma<strong>das</strong> são muito mais frequentes nas<br />

instalações <strong>das</strong> oficinas.<br />

l Recuperação de calor dos compressores<br />

Os compressores de ar comprimido <strong>das</strong><br />

oficinas absorvem energia, que convertem<br />

em calor na quase totalidade. Mais de<br />

90% da energia de funcionamento de um<br />

compressor é desperdiçada na forma de<br />

calor gerado pelo motor e pela secagem,<br />

sendo dissipado no ambiente. Este calor<br />

é utilizável de forma bastante simples<br />

através de sistemas adaptados ao próprio<br />

compressor ou ao local:<br />

l Recuperação do calor do local<br />

Um compressor eleva a temperatura do<br />

óleo de funcionamento para 90°C e o local<br />

onde se encontra pode superar os 45°C de<br />

temperatura. Nestas salas, é normal dispor<br />

de um sistema de extração de ar para baixar<br />

a temperatura ambiente, enviando o<br />

ar para o exterior. Através de um sistema<br />

bypass, podemos colocar uma conduta<br />

para o aproveitamento do ar quente resultante<br />

do funcionamento do compressor,<br />

projetando-o para outras zonas no interior<br />

da oficina próximas da zona de espera,<br />

no inverno, e para o exterior, no verão.<br />

Outros sistemas levam o ar diretamente<br />

da saída de ar do compressor.<br />

l Apoio à água quente ou ao aquecimento<br />

Colocando um permutador de placas<br />

água-óleo no circuito do óleo do compressor,<br />

conduz-se esse calor para o circuito<br />

de água quente ou aquecimento, melhorando<br />

a sua produção, com temperaturas<br />

inclusivamente superiores a 60°C.<br />

A recuperação de calor permite, não só,<br />

uma melhor gestão energética, mas, também,<br />

um funcionamento mais eficiente<br />

do equipamento. Este investimento é<br />

recuperado rapidamente.<br />

l Utilização de portas rápi<strong>das</strong><br />

Se conseguimos ter uma temperatura<br />

confortável na oficina, esta deteriora-se rapidamente<br />

com a abertura de portões de<br />

acesso tradicionais. A utilização de portões<br />

de abertura e fecho rápido automáticos,<br />

com velocidades até três metros por segundo,<br />

mantêm a temperatura e evitam<br />

as correntes de ar nas oficinas.<br />

n MELHORIAS TECNOLÓGICAS<br />

NOS PROCESSOS<br />

l Aplicação de aparelhos e vernizes<br />

Os fabricantes de tinta estão a lançar<br />

no mercado produtos para aplicação de<br />

fundos e vernizes de acabamento que<br />

reduzem drasticamente a utilização do<br />

calor da estufa, passando dos habituais 40<br />

minutos a 60°C para a respetiva secagem<br />

para cinco minutos a 60°C ou 20 minutos<br />

a 40°C. Isto permite reduzir o tempo<br />

por veículo e aumenta o rendimento da<br />

estufa de pintura, ponto crítico habitual<br />

nas oficinas. Também estão a ser desenvolvidos<br />

produtos para a secagem ao ar<br />

sem utilização de calor e, inclusivamente,<br />

de secagem por absorção de humidade.<br />

l Processo húmido sobre húmido<br />

Habitualmente, o aparelho aplicava-<br />

-se realizando um primeiro mascaramento,<br />

aplicação do produto, secagem<br />

com calor (forno/estufa ou infravermelhos),<br />

lixamento e um segundo mascaramento<br />

para a aplicação <strong>das</strong> tintas de<br />

acabamento (cor e verniz). Os sistemas<br />

húmido sobre húmido eliminam o lixamento<br />

e algumas limpezas e desengorduramentos,<br />

para se realizar um único<br />

mascaramento. A secagem limita-se a um<br />

O expediente eletrónico<br />

evita a utilização de papel,<br />

com o consequente<br />

contributo para o<br />

ambiente<br />

reduzido tempo de evaporação indicado<br />

pelo fabricante nas respetivas fichas técnicas,<br />

para, em seguida, se aplicar cor.<br />

Esta técnica aplica-se nos ligeiros, sobre<br />

peças novas e pintura de interiores (compartimentos<br />

do motor, alojamentos de<br />

roda sobresselente), sendo muito comum<br />

na pintura de veículos industriais, agrícolas<br />

e autocarros. Aplicar este processo<br />

de trabalho, aumentará a rentabilidade,<br />

reduzindo os materiais de lixamento,<br />

desengorduramento e mascaramento.<br />

Além de que encurtará tempos de processo,<br />

assim como otimiza o consumo<br />

energético.<br />

l O expediente eletrónico<br />

Cada vez mais, os concessionários e as<br />

oficinas dispõem de programas informáticos<br />

de gestão que eliminam a utilização<br />

de papel, digitalizando os múltiplos<br />

documentos da reparação, pelo que os<br />

documentos em papel são mínimos.<br />

Como exemplo disso, podemos referir o<br />

envio da marcação para a oficina através<br />

de correio eletrónico e SMS, entrega do<br />

recibo de depósito ao cliente, em pdf, por<br />

correio eletrónico, a troca de relógios de<br />

ponto com papel por registo de ponto<br />

através de um terminal informático,<br />

transmitindo os dados diretamente ao<br />

programa informático de gestão, a gestão<br />

de peças de substituição através da utilização<br />

de portais na Internet. Portanto, o<br />

expediente eletrónico evita a utilização<br />

de papel, com o consequente contributo<br />

para o ambiente.<br />

n UTILIZAÇÃO DE VEÍCULOS<br />

ELÉTRICOS<br />

Os concessionários e as oficinas já têm,<br />

como prática habitual, a cedência de um<br />

veículo de cortesia enquanto é realizada<br />

uma reparação. Um passo adicional neste<br />

avanço é a utilização do veículo elétrico<br />

tanto para utilização do cliente como<br />

no caso dos veículos da empresa. Estão<br />

a ocorrer casos de veículos de substituição<br />

elétricos para condutores de motociclos<br />

ou de bicicletas elétricas. A melhoria ambiental<br />

é evidente. Complementar esta<br />

tecnologia com a formação em técnicas<br />

de condução eficiente contribui para se<br />

alcançar o objetivo. Também contribui<br />

para a boa imagem da oficina.<br />

l Automatização de sistemas nos<br />

escritórios<br />

Não é invulgar encontrarem-se escritórios<br />

que mantêm todos os equipamentos<br />

a utilizar ligados desde a hora de abertura<br />

até à hora de encerramento sem qualquer<br />

tipo de controlo. Alguns conselhos<br />

de melhoria podem ser:<br />

l Para a climatização do ar do escritório<br />

deve procurar realizar-se renovações em<br />

função da temperatura exterior, combinando<br />

o ar exterior com o ar a extrair.<br />

l A desativação automática programada<br />

dos equipamentos informáticos<br />

permite uma grande poupança nos sistemas<br />

(consumo em modo de espera), assim<br />

como a crescente utilização de detetores<br />

de presença. Embora o consumo dos mesmos<br />

não supere 2% do total, a poupança<br />

pode chegar aos 10%.<br />

l Programa de manutenção de instalações<br />

e de equipamentos<br />

A manutenção periódica dos equipamentos<br />

contribui, de forma importante,<br />

para um ótimo rendimento e para prolongar<br />

a vida útil dos sistemas. Uma boa<br />

manutenção deve ficar refletida num<br />

plano no qual se detalhe a identificação do<br />

equipamento, o técnico de manutenção<br />

designado (interno ou externo), a periodicidade<br />

da revisão e as datas da última<br />

revisão e da próxima prevista. Tudo isso<br />

deve ser garantido com os correspondentes<br />

registos ou evidências <strong>das</strong> mesmas. ✱<br />

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64<br />

MUNDO AUTOMÓVEL<br />

AVALIAÇÃO OBRIGATÓRIA<br />

Algodão doce<br />

Mercedes-AMG C 43 4Matic Cabriolet<br />

› Branco como o algodão, doce como o açúcar cristalizado. Equipado com motor V6 de 3,0 litros com<br />

390 cv, que são transmitidos às quatro ro<strong>das</strong> (na proporção de 31% para a frente e 69% para trás) por<br />

intermédio de uma caixa automática de nove velocidades, o Mercedes-AMG C 43 4Matic Cabriolet seduz<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Um AMG é sempre um AMG. Seja<br />

qual for o figurino que apresente<br />

e a cor da indumentária. Sem ser<br />

demasiado compacto nem excessivamente<br />

comprido, o C 43 4Matic Cabriolet<br />

ensaiado nesta edição do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

tem as proporções certas. E destaca-se<br />

<strong>das</strong> versões “convencionais” pelos seus<br />

(inúmeros) atributos físicos, que mais<br />

adiante mencionaremos. O descapotável<br />

de quatro lugares mais pequeno da<br />

Mercedes-Benz é dos melhores cabrios<br />

que conduzimos. Alvo de uma atualização,<br />

que foi dada a conhecer na primavera<br />

deste ano, viu todos os seus argumentos<br />

serem refinados, desde a componente<br />

estética até ao plano mecânico, passando<br />

pelos acabamentos, pelo novo volante e<br />

pela funcionalidade de alguns comandos.<br />

O que já era bom, ficou ainda melhor.<br />

■ CLASSE DESPORTIVA<br />

Vestido de branco, o C 43 4Matic Cabriolet<br />

ganha um ar imaculado que não consegue<br />

passar despercebido, por mais que<br />

tente. Grande parte do seu apelo deve-se à<br />

classe desportiva, com a secção dianteira a<br />

exibir uma expressão mais forte graças às<br />

inserções aplica<strong>das</strong> na grelha do radiador,<br />

às cavas <strong>das</strong> ro<strong>das</strong> retoca<strong>das</strong> e ao novo<br />

acabamento do “lábio” inferior. De perfil,<br />

sobressaem as novas minissaias e as jantes<br />

AMG aerodinamicamente melhora<strong>das</strong>,<br />

que conseguem otimizar o consumo de<br />

combustível e aumentar a refrigeração dos<br />

travões. Quanto à traseira, destacam-se<br />

os novos acabamentos que envolvem as<br />

saí<strong>das</strong> de escape, o retocado difusor e o<br />

spoiler pintado na cor da carroçaria. Seja<br />

com a capota de lona colocada ou recolhida,<br />

o C 43 4Matic Cabriolet consegue<br />

ser sensual to<strong>das</strong> as horas do dia e todos<br />

os dias do ano.<br />

Bem construído, rodeado de fortes<br />

medi<strong>das</strong> de segurança, espaçoso q.b. e<br />

funcional, o habitáculo seduz, também,<br />

pelo posto de condução ótimo e pelo<br />

design desportivo. Também no interior,<br />

a presença do “espírito” AMG faz toda a<br />

diferença. E, como não podia deixar de ser,<br />

o facto de dispor de vários extras torna<br />

ainda mais agradável a estadia a bordo. A<br />

saber: assistente de ângulo morto (€600);<br />

banco do passageiro com ajuste elétrico<br />

(€650); pack de memórias no assento do<br />

condutor (€1.000); pack fumadores (€60);<br />

Comand Online (€2.500); sistema de luzes<br />

inteligente LED (€750); sistema de som<br />

Burmester (€950); bancos dianteiros<br />

aquecidos (€400); acabamento interior<br />

em carbono/alumínio (€1.200); pack parking<br />

(€1.300); pack espelhos (€550); Night<br />

Edition AMG (€3.200); sistema de escape<br />

desportivo AMG (€1.500). A bagageira oferece<br />

um volume quase simbólico. Já os<br />

lugares posteriores, não permitem que<br />

dois adultos viagem confortavelmente<br />

durante muito tempo.<br />

Agosto I 2018<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


65<br />

A atenção dada à elaboração de cada detalhe é<br />

apenas um dos inúmeros atributos deste cabrio.<br />

As prestaçoes fulgurantes, a elevada competência<br />

dinâmica, o rigor da construção e o posto de<br />

condução ótimo, contribuem, também, para o<br />

elevado poder de sedução deste AMG<br />

■ PAPA-LÉGUAS<br />

Equipado com suspensão desportiva, direção precisa,<br />

rápida caixa automática de nove velocidades com<br />

patilhas no volante, eficaz sistema de tração integral<br />

(sendo a distribuição do binário de 31% para a frente<br />

e 69% para trás) e umas enormes “borrachas” (Continental<br />

SportContact 6, de medida 225/40ZR19 93Y<br />

XL no eixo dianteiro e 255/35ZR19 96Y XL no eixo<br />

traseiro), o C 43 4Matic Cabriolet é um papa-léguas.<br />

Por outras palavras, tem enorme apetência para devorar<br />

quilómetros, cumprindo de forma brilhante a<br />

missão para a qual foi concebido: proporcionar prazer<br />

de condução e prestações fulgurantes. Envolvente, ágil<br />

e reativo como poucos, tudo o que faz, faz bem. Com a<br />

maior <strong>das</strong> facilidades e em total segurança. Até porque<br />

a suspensão desempenha muito bem o seu papel, sem<br />

ser radicalmente firme, e os pneus mantêm a carroçaria<br />

colada ao asfalto como uma lapa.<br />

Face ao modelo anterior ao restyling, o novo C 43<br />

4Matic Cabriolet oferece mais 23 cv. O motor V6 biturbo,<br />

que é bem explorado por intermédio de uma caixa<br />

automática de nove velocidades (que viu as relações<br />

serem otimiza<strong>das</strong>) propõe nada menos do que 390 cv<br />

e 520 Nm, contando com sistema start/stop. Exibindo<br />

uma sonoridade viciante, as performances criam dependência:<br />

quanto mais depressa se circula, mais se<br />

quer elevar a fasquia da velocidade máxima. Que está<br />

limitada (eletronicamente) a 250 km/h. Já o arranque<br />

dos 0 aos 100 km/h, faz-se num ápice: 4,8 segundos. Para<br />

um cabrio com 1.885 kg de peso (em vazio), não está<br />

nada mal. Ao volante deste Mercedes-AMG, é normal<br />

sentirmos o estômago subir à boca e o cérebro flutuar<br />

dentro do crânio nos arranques a fundo. Nada de novo,<br />

é um facto, mas sempre de assinalar. Equipado com<br />

travões potentes, este descapotável de quatro lugares<br />

dispõe ainda de quatro modos de condução, bem<br />

conhecidos do Dynamic Select (de baixo para cima no<br />

painel de instrumentos): “Comfort”; “Sport”; “Sport+”;<br />

“Individual”. ✱<br />

MOTOR<br />

Tipo 6 cilindros em V a 60°,<br />

longitudinal, dianteiro<br />

Cilindrada (cc) 2996<br />

Diâmetro x curso (mm)<br />

88,0x82,1<br />

Taxa de compressão 10,5:1<br />

Potência máxima (cv/rpm) 390/6100<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 520/2500-5000<br />

Distribuição<br />

2x2 v.e.c., 24 válvulas<br />

Alimentação<br />

injeção direta de gasolina<br />

Sobrealimentação<br />

2 turbocompressores<br />

Tração<br />

Caixa de velocidades<br />

TRANSMISSÃO<br />

DIREÇÃO<br />

integral perm. com ESP<br />

automática de 9+ma<br />

Tipo<br />

pinhão e cremalheira<br />

Assistência<br />

sim (eletromecânica)<br />

Diâmetro de viragem (m) 12,1<br />

TRAVÕES<br />

Dianteiros (ø mm) discos ventilados (360)<br />

Traseiros (ø mm) discos ventilados (320)<br />

ABS<br />

sim, com EBD+BAS<br />

SUSPENSÕES<br />

Dianteira<br />

Traseira<br />

Barra estabilizadora diant./tras.<br />

independente<br />

multilink<br />

sim/sim<br />

PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />

Velocidade máxima (km/h) 250<br />

0-100 km/h (s) 4,8<br />

Cons. Extra-urb./comb./urb. (l/100 km) 7,9/9,8/12,9<br />

Emissões de CO 2 (g/km) 223<br />

Nível de emissões Euro 6<br />

DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />

Cx 0,32<br />

Comprimento/largura/altura (mm) 4693/1810/1405<br />

Distância entre eixos (mm) 2840<br />

Vias frente/trás (mm) 1602/1558<br />

Capacidade do depósito (l) 66<br />

Capacidade da mala (l) 285<br />

Peso (kg) 1885<br />

Relação peso/potência (kg/cv) 4,83<br />

Jantes de série fr.-tr.<br />

7 1/2Jx18” – 8 1/2Jx18”<br />

Pneus de série fr.-tr.<br />

225/45ZR18 95Y XL<br />

245/40ZR18 97Y XL<br />

Pneus de teste fr.-tr. Continental SportContact 6,<br />

225/40ZR19 93Y XL<br />

255/35ZR19 96Y XL<br />

Mecânica<br />

Pintura<br />

Anticorrosão<br />

GARANTIAS<br />

ASSISTÊNCIA<br />

2 anos<br />

2 anos<br />

30 anos<br />

1.ª revisão 1 ano ou 25.000 km<br />

Custo 1.ª revisão (c/ IVA) €507,95<br />

Intervalos<br />

1 ano ou 25.000 km<br />

PREÇO (s/ despesas) €95.850<br />

Unidade testada €110.509<br />

Imposto Único de Circulação (IUC) €687,71<br />

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66<br />

MUNDO AUTOMÓVEL<br />

NOTÍCIAS<br />

Volvo Car Mobility<br />

apresentou marca “M”<br />

Terceira geração do VW Touareg desde €83.900<br />

O novo SUV de grande porte da Volkswagen, o Touareg, chegará ao mercado nacional no próximo<br />

mês de setembro. Esta terceira geração é encarada como o novo porta-estandarte “hi-tech” da Volkswagen<br />

e afirma revolucionar a classe dos SUV premium, colocando-se como a referência em digitalização<br />

graças ao “Innovision cockpit”, inovador sistema de infoentretenimento que integra um ecrã central<br />

de 15”, e o Active Info Display de 12,3”. Os sistemas de assistência à condução, como o “Night Vision”,<br />

que permite detetar peões ou animais em ambiente noturno, ao qual se juntam os faróis I.Q.Light (LED<br />

matrix), são outros trunfos deste modelo. No capítulo do conforto, os bancos com massagem integrada<br />

ou o sistema “Trailer Assist”, que simplifica manobras com reboque, prometem fazer a diferença. Já em<br />

termos de design e personalização, é possível optar por ambientes interiores distintos, como “Elegance”<br />

ou “Atmosphere”. Mais leve 106 kg do que o modelo da anterior geração, o novo Volkswagen Touareg,<br />

que conta com uma bagageira 113 litros maior, recorre aos préstimos do motor V6 3.0 TDI com dois<br />

patamares de potência (231 e 286 cv), que traz acoplada caixa automática de oito velocidades e surge<br />

associado à tração integral 4Motion. A gama para Portugal inclui os níveis de equipamento Elegance e<br />

R Line, existindo, em opção, o Atmosphere. A versão de entrada, Elegance de 231 cv, tem um preço de<br />

venda ao público (sem despesas administrativas) de €83.900. ✱<br />

A Volvo Cars apresentou a “M”. Estabelecida em 2018,<br />

esta nova marca destina-se a alargar a oferta de serviços de<br />

mobilidade do construtor nórdico a nível mundial, disponíveis<br />

através de uma app intuitiva. Para além do acesso a<br />

veículos e serviços, a “M” será, também, capaz de entender<br />

as necessidades dos utilizadores, as suas preferências e os<br />

seus hábitos, personalizando, desta forma, as suas ofertas<br />

e experiências. Com estreia agendada para a primavera de<br />

2019, a app estará disponível na Suécia e nos EUA. Além de<br />

uma vasta equipa de engenheiros de software digital, que<br />

engloba experiência e talentos emergentes, a “M” incorpora<br />

20 anos de aprendizagem e de dados provenientes da Sunfleet,<br />

empresa pioneira na experiência de car sharing e já<br />

pertencente ao Volvo Car Group. A Sunfleet é uma empresa<br />

sueca de referência que, através de uma frota de 1.700 veículos,<br />

regista já mais de 500.000 transações anuais. Em 2019,<br />

será integrada na “M”, disponibilizando, deste modo, os seus<br />

serviços aos membros já existentes. Mais do que simplesmente<br />

informar os locais onde será possível realizar o levantamento<br />

e entrega <strong>das</strong> viaturas, na “M” os utilizadores encontrarão<br />

uma tecnologia de conhecimento capaz de questioná-los<br />

acerca <strong>das</strong> suas necessidades. ✱<br />

CUPRA e-Racer<br />

já rodou em circuito<br />

Novo Dacia Duster já está disponível<br />

O novo Duster já está disponível em Portugal com preços que começam nos €14.900. O posicionamento<br />

que também tem feito o sucesso da Dacia, ou seja, preços imbatíveis, mantém-se na nova geração<br />

deste SUV. A exemplo dos restantes modelos da marca, o novo Duster beneficia da garantia contratual<br />

de três anos ou 100 mil km. Mais moderno, sem comprometer a imagem de robustez que sempre caracterizou<br />

este modelo, as linhas da nova geração são ainda mais marcantes, graças a detalhes como os<br />

faróis dianteiros deslocados para as extremidades da carroçaria, a grelha alargada, o capot desenhado<br />

em posição mais horizontal, a linha de cintura mais alta, as novas proteções na dianteira e traseira de<br />

dimensões superiores, o para-brisas mais inclinado com uma base que avançou 100 mm, as novas barras<br />

de tejadilho em alumínio, as novas jantes de 17” e a nova assinatura luminosa. Por dentro, destaca-se a<br />

evolução ao nível dos materiais, os estofos de malha 3D em relevo, a melhoria ao nível da ergonomia e<br />

arrumação, o nível de equipamento aprimorado e a dotação de mais tecnologia. O conforto de condução<br />

também foi otimizado. O novo Duster está disponível com uma completa gama de motores. A oferta a<br />

gasolina contempla o bloco TCe de 125 cv (apenas nas versões 4x2), associado a caixa manual de seis<br />

velocidades. Já o bloco SCe de 115 cv (também para versões 4x2), estará disponível, posteriormente,<br />

com uma oferta gasolina/GPL. Quanto ao Diesel, o motor dCi de 110 cv, disponível em versões 4x2 e 4x4,<br />

sempre associado a caixa manual de seis velocidades, continua a ser a aposta. ✱<br />

A CUPRA, marca desportiva da SEAT, levou o e-Racer até<br />

ao circuito de velocidade de Zagreb, na Croácia, com o objetivo<br />

de experimentar, pela primeira vez, em ação, a integração<br />

<strong>das</strong> baterias elétricas na restante massa do veículo. Todos os<br />

sistemas elétricos, eletrónicos, de bateria, de refrigeração e de<br />

propulsão foram testados em separado. Na pista de Zagreb,<br />

todos os elementos foram integrados e a sua operacionalidade<br />

foi testada, pela primeira vez, em conjunto, com resultados<br />

bastante otimistas para a equipa CUPRA. Durante os dias<br />

de teste, as altas temperaturas verifica<strong>das</strong> no traçado confirmaram<br />

que o CUPRA e-Racer está pronto para enfrentar o<br />

desafio da competição. Destes primeiros testes, retiraram-se<br />

conclusões muito positivas. A bateria deste carro de turismo<br />

de competição 100% elétrico é formada por 6.072 células<br />

cilíndricas, o equivalente à bateria de 9.000 telemóveis.<br />

Com estas credenciais, a autonomia do e-Racer consegue<br />

ser perfeitamente compatível para competir no novo E-TCR<br />

(Campeonato de Viaturas de Turismo Elétrico). ✱<br />

Agosto I 2018<br />

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APRESENTAÇÃO<br />

67<br />

Olá Mercedes!<br />

Mercedes-Benz Classe A<br />

› O novo Classe A coloca as relações entre o veículo e condutor num nível mais intimista. O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong><br />

<strong>Oficinas</strong> viajou até Óbidos com o mais evoluído modelo compacto da Mercedes-Benz. Tudo começou<br />

com um cumprimento em português<br />

Por: Jorge Flores<br />

- Olá Mercedes!<br />

- Olá! Em que posso ser útil?<br />

Quando damos connosco a encetar<br />

conversa com o Me Connect, disponível<br />

no novo Classe A, sabemos que já estamos<br />

com um ou dois pezinhos no futuro.<br />

Sobretudo, quando, do outro lado do<br />

sistema, está uma sensual voz feminina,<br />

que, em português, se dispõe a navegar-<br />

-nos, estrada fora, até terras de Almourol,<br />

naquela que foi a primeira apresentação<br />

dinâmica do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> ao compacto<br />

da Mercedes-Benz. Um evento<br />

“ligeiro e descontraído”, onde alguns jornalistas<br />

mais afoitos puderam fazer-se ao<br />

rio Zêzere e navegar pequenos caiaques.<br />

E onde outros, ainda mais destemidos, os<br />

viraram ao contrário...<br />

Graças à última versão do Linguatronic,<br />

o modelo consegue ouvir cada palavra<br />

proferida, fruto do controlo inteligente<br />

por voz com reconhecimento de discurso<br />

natural. Mas vai mais longe. Entende o<br />

condutor e passageiros, mesmo sem<br />

precisar de aprender comandos de voz.<br />

E comunica, também, através da fala.<br />

■ PEQUENO DESENTENDIMENTO<br />

Da nossa parte, focados na condução,<br />

lá seguimos, seduzidos pela tecnologia<br />

alemã e respeitando as coordena<strong>das</strong>. Até<br />

cairmos na fria realidade de que ainda<br />

haverá alguns acertos a fazer na versão<br />

lusa do sistema, quando damos por nós<br />

a gritar com a sexy e robótica voz, para<br />

tentar atinar com o caminho. Mas, ainda<br />

assim, que ninguém duvide: o fabricante<br />

alemão encontrou o seu caminho em<br />

matéria de conectividade com o novo<br />

Classe A. Um portento tecnológico que<br />

incorpora, pela primeira vez, o designado<br />

MBUX (sigla alusiva a Mercedes-Benz User<br />

Experience) e que inicia uma nova era nos<br />

serviços Mercedes Me Connect. Uma <strong>das</strong><br />

características únicas deste sistema, de<br />

resto, reside na sua capacidade de interação.<br />

Graças à inteligência artificial, o MBUX<br />

poderá ser personalizado e adapta-se ao<br />

utilizador, criando, desta forma, uma ligação<br />

emocional (mesmo que com alguns<br />

desentendimentos pontuais), entre o veículo,<br />

quem vai ao volante e os restantes<br />

passageiros a bordo.<br />

■ PUREZA SENSUAL<br />

O novo Classe A não rompeu a 100%<br />

com as linhas do modelo da anterior geração.<br />

Seria uma loucura se improvisasse<br />

demasiado em cima de uma estética coroada<br />

de êxito, como é o caso. Trata-se<br />

de um modelo de presença sempre elegante<br />

e que representa o próximo passo<br />

na filosofia de design “Pureza Sensual”. O<br />

carácter desportivo, equilibrado e (não<br />

menos) emotivo deste modelo familiar<br />

compacto de dois volumes, expressa-se<br />

por via do desenho progressivo da secção<br />

dianteira, onde pontifica o capot de baixa<br />

altura, a grelha do radiador (com a estrela<br />

bem visível), os faróis de LED planos com<br />

elementos cromados e as luzes de circulação<br />

diurna em forma de boomerang.<br />

Durante o passeio entre Lisboa, Almourol<br />

e a Lagoa de Óbidos, onde a comitiva<br />

de jornalistas pernoitou, pudemos<br />

comprovar o dinamismo e a suavidade<br />

de condução do A 180d, com 116 cv, e o<br />

maior fulgor da variante A 200, de 163 cv,<br />

ambas disponíveis por €32.450. De referir<br />

que a versão A 250 eleva o preço para uns<br />

mais expressivos €47.100. ✱<br />

Mercedes-Benz A 180d<br />

MOTOR 4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1461<br />

Potência máxima (cv/rpm) 116/4000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 260/1750-2500<br />

Velocidade máxima (km/h) 202<br />

0-100 km/h (s) 10,5<br />

Consumo combinado (l/100 km) 4,5<br />

Emissões de CO 2 (g/km) 108<br />

Preço €32.450<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Agosto I 2018


68<br />

MUNDO AUTOMÓVEL<br />

EM ESTRADA<br />

Novos modelos lançados no mercado<br />

Por: Jorge Flores<br />

Honda Civic Sedan 1.5 i-VTEC Turbo<br />

A quarta porta<br />

Kia Stonic 1.6 CRDi TX<br />

Preparado para tudo<br />

Suzuki S-Cross 1.4 Turbo GLX 2WD<br />

Conteúdo funcional<br />

Volvo XC60 D4 Inscription<br />

Energia sueca<br />

.<br />

Após o ensaio à versão de cinco portas do<br />

Honda Civic, realizado há poucos meses,<br />

desta feita, partimos para a estrada com<br />

a variante de quatro portas do modelo<br />

japonês, equipado com o mesmo motor<br />

1.5 i-VTEC de 182 cv. Pode dizer-se que<br />

continua a ser um “pequeno samurai”,<br />

ainda que, nesta variante, ganhe uma<br />

dimensão superior. Mede 4,63 metros de<br />

comprimento (mais 11 cm do que a versão<br />

de cinco portas). Trata-se de uma variação<br />

que afeta, essencialmente, a sua capacidade<br />

de carga: 519 litros (mais 41 litros).<br />

O acesso à bagageira faz-se, nesta versão<br />

de quatro portas, através de uma tampa e<br />

não de um portão de maiores dimensões.<br />

No interior, o espaço para condutor e ocupantes<br />

não foi alterado. Ou seja, cumpre o<br />

exigível. O design do tablier e os materiais<br />

utilizados no habitáculo da especificação<br />

Elegance foram alvo de maiores cuidados.<br />

Nesta versão sedan, o motor a gasolina<br />

1.5 i-VTEC Turbo de 182 cv, com 240 Nm<br />

de binário máximo, encontrado entre as<br />

1900 e as 5000 rpm, alcança uma velocidade<br />

máxima de 210 km/h e é competente<br />

para acelerar dos 0 aos 100 km/h em 8,4<br />

segundos. Os consumos anunciados, de<br />

5,7 l/100 km em regime combinado, são,<br />

manifestamente, inferiores aos registados<br />

no ensaio.<br />

O Kia Stonic não foi dos primeiros crossovers<br />

compactos a chegar ao mercado.<br />

Mas pode dizer-se que veio preparado para<br />

(quase) tudo. Dotado de um design feliz, o<br />

modelo destaca-se, também, pelo fator...<br />

preço: €23.810 na versão 1.6 CRDi TX. O<br />

que não será nunca negligenciável, sobretudo,<br />

num segmento B-SUV tão povoado.<br />

As dimensões são compactas (4,14 m de<br />

comprimento), mas não se pense que, a<br />

bordo existe alguma sensação de claustrofobia.<br />

Antes pelo contrário. Condutor e<br />

passageiros têm espaço quanto baste para<br />

fazerem uma viagem em conforto e sem<br />

encolher as pernas. A bagageira, com 352<br />

litros de capacidade, pode aumentar até um<br />

máximo de 1155 litros, com o rebatimento<br />

dos encostos dos bancos traseiros, pelo que<br />

também não precisam de grande esforço<br />

para economizar nas malas de viagem.<br />

No habitáculo, o ecrã tátil é de 7’’, com<br />

navegação nas versões mais equipa<strong>das</strong>,<br />

caso da unidade ensaiada: TX.<br />

Atendendo ao público de gostos acentuados<br />

do segmento, a Kia colocou à disposição<br />

um total de 20 combinações de cores<br />

de carroçaria possíveis (cinco delas são do<br />

teto). No interior, são três as tonalidades<br />

possíveis: cor-de-laranja, verde e cinza.<br />

Equipado com o motor 1.6 CRDi de 110 cv e<br />

binário de 260 Nm, entre as 1500 e as 2750<br />

rpm, o Stonic não é um poço de energia e<br />

obriga a recorrer amiúde à caixa de velocidades.<br />

Por outro lado, regista um consumo<br />

médio (anunciado) de 4,2 l/100 km.<br />

O Suzuki S-Cross é um modelo iminentemente<br />

prático. Funcional. Esse será, porventura,<br />

o seu lado mais negativo. A forma<br />

discreta como circula na via pública, sem<br />

quase se dar por ele. Mais conteúdo do que<br />

forma. Ainda assim, o modelo foi alvo de<br />

uma revisão estética muito recente, sobretudo,<br />

na dianteira: grelha, para-choques,<br />

faróis e capot. O destaque reside na grelha<br />

com contornos cromados, para um visual<br />

mais distinto, ao passo que os faróis passam<br />

agora a integrar as luzes diurnas de circulação<br />

em LED. Na traseira, também os faróis<br />

ganham novo desenho e encontram-se,<br />

agora, mais integrados no para-choques.<br />

No habitáculo, alguns materiais justificariam<br />

uma renovação mas, por outro lado, o<br />

renovado sistema de infoentretenimento,<br />

com ecrã tátil de 7” com função Mirror-<br />

Link e associação aos sistemas operativos<br />

Apple CarPlay e Android Auto, mostram<br />

um S-Cross adaptado aos novos tempos.<br />

Coube ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> a versão 1.4<br />

Turbo com 140 cv às 5500 rpm e binário má-<br />

ximo de 220 Nm, entre as 1.500 e as 4.000<br />

rpm. Prestações que não comprometem<br />

uma condução zelosa, mas que raramente<br />

entusiasmam. A caixa automática de seis velocidades,<br />

essa sim, é bastante cumpridora.<br />

O Volvo XC60, aqui testado na variante<br />

D4 Inscription, é um modelo (há muito)<br />

nuclear para as contas da marca sueca.<br />

Recorre à plataforma modular SPA e sofreu,<br />

nesta sua atualização, uma melhoria<br />

considerável em todos os campos.<br />

O SUV surge de visual rejuvenescido. E<br />

atraente. Respeitando, como é evidente,<br />

a mais recente linguagem estética que<br />

a Volvo tem imposto aos seus modelos.<br />

Exemplo disso, são os faróis dianteiros<br />

com o formato em “T” deitado. Mais<br />

largo e comprido, o Volvo XC60 baixou,<br />

contudo, a sua altura ao solo: 216 mm.<br />

De rolamento suave e bastante empenhado,<br />

o motor D4 com 190 cv permite<br />

ao SUV nórdico alcançar uma velocidade<br />

máxima de 205 km/h e acelerar dos 0<br />

aos 100 km/h em 8,4 segundos. Mais<br />

impressionantes, porém, para um modelo<br />

desta dimensão são os consumos<br />

anunciados pela marca, na ordem dos<br />

5,1 l/100 km quando em circulação em<br />

regime combinado. De resto, o XC60 permite<br />

optar por um dos quatro modos<br />

de condução: “Eco”, “Comfort”, “Off-road”<br />

e “Dynamic”. Cada um destes modos<br />

atuará junto do acelerador, da caixa e<br />

da direção, adequando a condução à<br />

preferência do condutor no momento.<br />

Embora disponha de tração às quatro<br />

ro<strong>das</strong>, o XC60 D4 Inscription não convida<br />

a grandes aventuras de todo-o-terreno,<br />

quando mais não seja, para não sujar as<br />

jantes de 20”.<br />

MOTOR<br />

4 cil. linha, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1498<br />

Potência máxima (cv/rpm) 182/5500<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 240/1900-5000<br />

Velocidade máxima (km/h) 220<br />

0-100 km/h (s) 8,2<br />

Consumo combinado (l/100 km) 5,8<br />

Emissões de CO 2<br />

(g/km) 133<br />

Preço €30.300<br />

IUC €157,01<br />

MOTOR 4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1582<br />

Potência máxima (cv/rpm) 110/4000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 260/1500-2750<br />

Velocidade máxima (km/h) 175<br />

0-100 km/h (s) 11,3<br />

Consumo combinado (l/100 km) 4,2<br />

Emissões de CO 2<br />

(g/km) 109<br />

Preço €23.810<br />

IUC €127,44<br />

MOTOR<br />

4 cil. linha, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1373<br />

Potência máxima (cv/rpm) 140/5500<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 220/1550-4000<br />

Velocidade máxima (km/h) 200<br />

0-100 km/h (s) 9,5<br />

Consumo combinado (l/100 km) 5,4<br />

Emissões de CO 2<br />

(g/km) 122<br />

Preço €26.083<br />

IUC €157,01<br />

MOTOR 4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1969<br />

Potência máxima (cv/rpm) 190/4250<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 400/1750-2500<br />

Velocidade máxima (km/h) 205<br />

0-100 km/h (s) 8,4<br />

Consumo combinado (l/100 km) 5,1<br />

Emissões de CO 2<br />

(g/km) 135<br />

Preço €59.163<br />

IUC €224,98<br />

Agosto I 2018<br />

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USO PROFISSIONAL<br />

69<br />

Três alegres furgões<br />

Citroën Berlingo, Peugeot Partner e Opel Combo<br />

› O Grupo PSA mostrou os seus furgões de mercadorias da nova geração. Falamos dos Citroën<br />

Berlingo, Peugeot Partner e Opel Combo. Três propostas de sucesso que pretendem reforçar ainda<br />

mais o êxito alcançado nos últimos anos<br />

Por: Ricardo Carvalho<br />

O<br />

conglomerado de marcas do<br />

Grupo PSA, que inclui Citroën,<br />

Peugeot e, agora, Opel, lançou<br />

um novo trio de furgões compactos.<br />

Se Berlingo e Partner já eram dos mais<br />

vendidos entre nós, o Combo pode<br />

beneficiar do sucesso dos dois primeiros<br />

para relançar a sua carreira. Os três<br />

furgões são produzidos em Portugal,<br />

mais concretamente na fábrica de<br />

Mangualde, e, tal como já acontecia,<br />

servem de base a versões de passageiros<br />

refina<strong>das</strong>, que tentam distanciar-se<br />

<strong>das</strong> variantes de trabalho. A Peugeot,<br />

por exemplo, trocou o nome Partner<br />

Tepee por Rifter, de forma a reforçar<br />

esta ideia. Já a Opel, acrescentou a<br />

designação Life ao Combo. E a Citroën<br />

adotou o apelido Multispace.<br />

Não será fácil distanciar estes três<br />

modelos, ainda que cada marca tenha<br />

uma política comercial diferenciada.<br />

Nesta nova geração (a terceira de Partner<br />

e Berlingo; a quinta do Combo),<br />

Características em resumo<br />

Os três novos furgões, que resultam do acordo<br />

Core Model Strategy, estão disponíveis em várias<br />

variantes, que se ajustam a múltiplas aplicações.<br />

A saber:<br />

• A versão de chassis curto tem 4,40 m de comprimento<br />

e anuncia uma distância entre eixos<br />

de 2,785 m;<br />

• A tara alcança os 1.000 kg e o volume do<br />

compartimento de carga vai de 3,3 a 3,8 m 3 ,<br />

sendo possível transportar mercadorias até<br />

3,090 m de comprimento;<br />

• Para objetos mais longos, os modelos podem<br />

dispor de uma escotilha de tejadilho que suporta<br />

pesos até 100 kg, num ângulo que evita a<br />

necessidade de ter as portas traseiras abertas;<br />

• A versão de chassis longo, com distância entre<br />

eixos de 2,975 m e capacidade de carga de<br />

4,4 m 3 , consegue transportar objetos até 3,440<br />

m de comprimento;<br />

• O plano de carga, baixo, tem apenas 557 mm.<br />

estes modelos surgem mais funcionais,<br />

mais espaçosos e mais tecnológicos do<br />

que nunca.<br />

■ DESEMPENHO ELEVADO<br />

Esta combinação de argumentos positivos<br />

foi alcançada com recurso a uma<br />

nova arquitetura (plataforma EMP2 do<br />

Grupo PSA), a avança<strong>das</strong> medi<strong>das</strong> de<br />

packaging e a tecnologias sofistica<strong>das</strong>.<br />

Assim, os novos furgões surgem com<br />

uma gama ampla de escolhas, que inclui<br />

uma variante curta (4,4 m de comprimento<br />

e uma opção longa de 4,75<br />

m), sendo que ambas podem ter dois<br />

ou três lugares à frente, dependendo<br />

da escolha de quem compra. Também<br />

vai estar disponível uma versão “crew<br />

cab”, de passageiros, menos requintada<br />

do que as que mencionámos anteriormente,<br />

que vai disponibilizar um habitáculo<br />

espaçoso para cinco ocupantes.<br />

As três novidades prometem superar,<br />

em matéria de volume de carga, a concorrência,<br />

ao propor 4,4 m 3 , bem como<br />

uma tara de 1.000 kg e um comprimento<br />

de zona de carga de 3,44 m. Outra vantagem<br />

reside no facto de o espaço entre as<br />

cavas <strong>das</strong> ro<strong>das</strong> permitir a acomodação,<br />

em largura, de europaletes. As versões<br />

mais curtas conseguem carregar duas<br />

delas. O modelo da Opel vai estrear um<br />

indicador de excesso de carga, ou seja,<br />

através de um toque num botão, o utilizador<br />

fica a saber se o carregamento<br />

excedeu o limite do veículo.<br />

Esta nova geração de modelos será<br />

produzida nas unidades fabris de Mangualde<br />

(Portugal) e Vigo (Espanha). Para<br />

acompanhar as ambições comerciais<br />

desta renovada oferta, foi constituída<br />

uma terceira equipa em Mangualde (225<br />

contratações) e uma quarta em Vigo<br />

(900), que estão em operação desde<br />

abril e junho, respetivamente.<br />

Colocando-se ao mais alto nível de<br />

desempenho do Grupo PSA, estas duas<br />

fábricas do Polo Industrial Ibérico introduziram<br />

alterações profun<strong>das</strong> para<br />

acomodar os novos modelos. No capítulo<br />

<strong>das</strong> motorizações, o novo Combo<br />

recorre a unidades do Grupo PSA para<br />

se deslocar. Assim, a versão furgão vai<br />

contar com os préstimos do bloco 1.5<br />

Diesel com três níveis de potência: 75,<br />

100 e 130 cv. ✱<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Agosto I 2018


70<br />

MUNDO AUTOMÓVEL<br />

PESOS-PESADOS<br />

Scania fornece camiões<br />

ao MotoGP<br />

A Dorna Sports anunciou um novo contrato<br />

de dois anos com a Scania, confirmando, assim, a<br />

empresa como Fornecedor de Camiões Sustentáveis<br />

do MotoGP em 2018 e 2019. A Scania surgiu<br />

pela primeira vez associada ao MotoGP em 2015 e,<br />

graças a este novo acordo, o fabricante de veículos<br />

continuará a fornecer 14 unidades tratoras destina<strong>das</strong><br />

às operações do MotoGP. A frota utiliza HVO<br />

(Óleo Vegetal Hidrotratado) e, desde 2017, já reduziu<br />

as emissões de CO2 em 90% comparativamente<br />

ao combustível “normal”. Além disso, a parceria<br />

entre a Scania e o MotoGP inclui as experiências<br />

na MotoGP VIP Village, o local ideal para promover<br />

marcas e negócios, assim como conteúdos digitais<br />

focados na sustentabilidade, apoiando os valores<br />

partilhados de ambas as partes e uma série de<br />

exposições no paddock do MotoGP. ✱<br />

Galius lançou campanha<br />

Renault Trucks<br />

A Galius, empresa do Grupo Nors, representante<br />

exclusivo da Renault Trucks em Portugal,<br />

lançou uma campanha que proporciona três<br />

anos de garantia ou 180 mil km na aquisição de<br />

veículos novos Renault Trucks da Gama D. Com<br />

esta campanha, a Renault Trucks, disponibiliza<br />

aos seus clientes mais do que um veículo: uma<br />

solução que oferece total tranquilidade. A campanha<br />

está disponível para veículos novos Renault<br />

Trucks modelos D 18 HIGH 4x2 280E e D 19 WIDE<br />

4x2 280E. Para além de toda a robustez de um veículo<br />

Renault Trucks, esta ação contempla peças de<br />

substituição originais Renault Trucks e assistência<br />

numa alargada rede de concessionários. Incluído<br />

na campanha está um serviço 24/7 de assistência<br />

em viagem, com o melhor desempenho da Europa.<br />

Uma rede de especialistas está disponível em 16<br />

idiomas para assegurar as operações de assistência<br />

e de desempanagem, garantindo a máxima qualidade<br />

de serviço 24 horas por dia e sete dias por<br />

semana. A campanha está em vigor até dia 15 de<br />

outubro de 2018. ✱<br />

Iveco apoia unidade produção de biometano<br />

As Iveco e Iveco Bus apoiaram a cerimónia de inauguração de uma unidade de produção de biometano com<br />

a exibição de toda a sua gama de veículos a gás natural, proporcionando aos participantes um serviço de shuttle<br />

com esta solução. No evento de inauguração, a Iveco apresentou a sua visão de transportes sustentáveis com<br />

base no gás natural e no biometano. As Pot au Pin Energie, Air Liquide e Carrefour inauguraram uma unidade<br />

de produção de biometano e um posto de abastecimento de biometano em Cestas, na região francesa de Nova-<br />

-Aquitânia. As três empresas trabalham em conjunto neste projeto, com uma abordagem circular à transição<br />

energética, reunindo, pela primeira vez neste país, toda a cadeia de valor de biogás num único local. Pioneira<br />

nos veículos a gás natural e na promoção desta tecnologia como a alternativa sustentável e mais “amadurecida”<br />

face ao Diesel, a Iveco apoiou o evento com a exibição da sua vasta gama de veículos Natural Power, concebidos<br />

de raiz para circular com biometano. Em simultâneo, proporcionou os serviços de transporte do evento, disponibilizando<br />

os seus autocarros a gás natural. Os veículos a gás natural são elementos chave do ciclo virtuoso<br />

e a Iveco está na vanguarda da indústria, contando com mais de 20 anos de experiência no desenvolvimento,<br />

produção e assistência a este tipo de veículos. A marca é, atualmente, o único construtor a dispor de uma gama<br />

completa de veículos, desde comerciais ligeiros, através do modelo Daily Blue Power Hi-Matic Natural Power, até<br />

veículos pesados de transporte, com as gamas Eurocargo NP e Stralis NP, bem como veículos de transporte de<br />

passageiros, com os autocarros Daily Minibus NP, Urbanway e Crealis, aos quais se junta o autocarro Crossway<br />

LE NP, recentemente lançado no mercado. ✱<br />

Volvo FH comemora 25 anos<br />

Criado em 1993, o Volvo FH comemora, em 2018, 25 anos de existência. Como forma de celebrar este marco<br />

histórico, a marca promete tornar o modelo ainda melhor. Mais conforto, mais segurança e um lugar de trabalho<br />

mais ergonómico, no caminho para as emissões zero. Tudo porque a Volvo considera que o FH é, desde o<br />

primeiro dia, o camião do futuro. Neste aniversário, é apresentado o Volvo FH Edição Especial 25 anos, lançado<br />

em duas cores: cinzento “Mammoth Tree” e vermelho “Crimson Pearl”, sendo este último uma versão moderna<br />

da cor da cabine original da primeira geração. Ainda assim, o modelo especial pode ser encomendado em<br />

qualquer cor de cabine. Esta edição, por ser especial, é, também, limitada, estando apenas à venda durante<br />

um período estabelecido pela marca. Mas essa é a única limitação, pois está preparado para ir ao encontro dos<br />

pedidos mais exigentes da vida na estrada, podendo contar com vários opcionais e inovações, como o i-Shift e<br />

o Volvo Engine Brake+. ✱<br />

Agosto I 2018<br />

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Janeiro I 2018


POTENCIAR Janeiro I 2018<br />

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