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Revista SECOVIRIO - 101

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www.secovirio.com.br<br />

REVISTA<br />

JULHO/AGOSTO 2016 venda proibida<br />

nº<strong>101</strong><br />

CURTINHAS<br />

pág. 5 » 8<br />

ENTREVISTA<br />

pág. 11 » 16<br />

CAPA<br />

pág. 18 » 24<br />

JURÍDICO<br />

pág. 25 » 31<br />

A MARATONA<br />

CHEGA AO FIM<br />

APÓS ANOS DE PREPARAÇÃO, RIO DE JANEIRO<br />

SEDIA O MAIOR EVENTO DO PLANETA.<br />

ENTENDA COMO AS OLIMPÍADAS IMPACTAM<br />

O ENTORNO DAS ÁREAS DE COMPETIÇÃO.


SUMÁRIO<br />

DIRETORIA/EXPEDIENTE<br />

OUTROS OLHARES<br />

2<br />

10<br />

PALAVRA DO PRESIDENTE<br />

ENTREVISTA<br />

4<br />

11<br />

CURTINHAS<br />

CAPA<br />

5<br />

18<br />

JULHO•AGOSTO 2016 / nº <strong>101</strong><br />

JURÍDICO<br />

INSTITUCIONAL<br />

MATÉRIA ESPECIAL<br />

25<br />

32<br />

34<br />

NOSSOS LUGARES<br />

INDICADORES<br />

HABITACIONAIS<br />

SERVIÇOS E PRODUTOS<br />

41<br />

52<br />

53<br />

QUE COMECEM OS JOGOS<br />

Mais de 2500 anos antes de Cristo, gregos de diversas regiões se reuniam no santuário de<br />

Olímpia para prestar homenagens a Zeus, o maior dos deuses, segundo a mitologia do local.<br />

Cidades inimigas entravam em trégua e, durante alguns dias, cidadãos livres disputavam<br />

provas em apenas cinco modalidades. Ao final, os vencedores recebiam uma coroa de<br />

folhas e então a normalidade era restabelecida.<br />

De lá para cá, as Olimpíadas cresceram, os esportes em competição se multiplicaram, e os<br />

Jogos acabaram conquistando o posto de maior evento global. As disputas não ocorrem<br />

apenas em campo, quadra, tablado, piscina ou tatame, mas em pleno cenário<br />

político-econômico mundial. Assim, subir ao pódio pode depender dos atletas, mas<br />

conquistar as oportunidades apresentadas pelo evento depende de uma articulação quase<br />

perfeita entre poder público e iniciativa privada.<br />

As preocupações com a operação urbana e o legado – palavra que se inseriu de vez no<br />

vocabulário do carioca – existem, entretanto não devem intimidar nem impedir que o espírito<br />

olímpico encontre lugar por aqui. As gerações atuais certamente não terão outra chance<br />

dessas para ver os Jogos pela janela de casa ou prospectar negócios internacionais tão<br />

estratégicos.<br />

Durante alguns dias, o Rio de Janeiro emerge como uma Olímpia moderna, que tem a<br />

missão de encantar o mundo, atrair investimentos e, em especial, garantir a qualidade de<br />

vida de seus habitantes. Não são tarefas simples, mas é necessário assumi-las com a<br />

convicção de que a hora é essa.<br />

EQUIPE SECOVI RIO


DIRETORIA/EXPEDIENTE<br />

DIRETORIA SECOVI RIO<br />

Efetivos<br />

Presidente: Pedro José Maria Fernandes Wähmann<br />

Vice-Presidente: Leonardo Conde Villar Schneider<br />

Vice-Presidente Financeira e de Desenvolvimento: Maria Teresa Mendonça Dias<br />

Vice-Presidente Administrativo: Ronaldo Coelho Netto<br />

Vice-Presidente de Marketing: João Augusto Pessôa<br />

Vice-Presidente Jurídico: Rômulo Cavalcante Mota<br />

Vice-Presidente de Assuntos Condominiais: Alexandre Hermes Rodrigues Corrêa<br />

Vice-Presidente de Locações: Antonio Paulo de Garcia Monnerat<br />

Vice-Presidente de Relações do Trabalho: Dennys Abdalla Muniz Teles<br />

Suplentes<br />

Aldo Fernando Villar Hecht da Fonte; Antonio Carlos Ferreira; Antonio Henrique Lopes da Cunha; Frederico Honorato Rodrigues Moreira; Germana<br />

Aragão de Mesquita Aguiar; Luiz Alberto Queiroz Conceição; Luis Carlos Bulhões Carvalho da Fonseca Filho; Pedro Carlos Carsalade<br />

CONSELHO FISCAL<br />

Efetivos<br />

Dorzila Irigon Tavares; Marco Antonio Moreira Barbosa<br />

Suplentes<br />

Antonio José Fernandes Costa Neto; Marco Antonio Valente Tibúrcio; Marco Antonio Vieira de Mello<br />

DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO À FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO<br />

Efetivos<br />

Pedro José Maria Fernandes Wähmann; Manoel da Silveira Maia<br />

Suplentes<br />

João Augusto Pessôa; Ronaldo Coelho Netto<br />

CONSELHO DE RELAÇÕES DO TRABALHO<br />

Dennys Abdalla Muniz Teles (presidente); Alexandre Hermes Rodrigues Corrêa; Fernando Schneider; Maria Teresa Mendonça Dias<br />

REGIONAIS SECOVI RIO<br />

Regional Baixada Fluminense<br />

Av. Governador Roberto Silveira, 470, sala 412, Centro, Nova Iguaçu - RJ<br />

(Edifício Top Commerce)<br />

CEP: 26210-210<br />

Telefone: (21) 2667-3397<br />

E-mail: baixadafluminense@secovirio.com.br<br />

Representante: Hilário Franklin Pinto de Souza<br />

Regional Lagos<br />

Rua Francisco Mendes, 350, loja 5, Centro, Cabo Frio - RJ<br />

(Leste Shopping)<br />

CEP: 28907-070<br />

Telefone: (22) 2647-6807<br />

E-mail: lagos@secovirio.com.br<br />

Representante: José Carlos Bonan<br />

Regional Litorânea<br />

Av. Ernani do Amaral Peixoto, 334, sala 1.009, Centro, Niterói - RJ<br />

CEP: 24009-900<br />

Telefone: (21) 2637-1633<br />

E-mail: litoranea@secovirio.com.br<br />

Regional Noroeste Fluminense<br />

Praça São Salvador, 21, sala 904, Centro, Campos dos Goytacazes - RJ<br />

CEP: 28010-000<br />

Telefone: (22) 2738-1046<br />

E-mail: noroestefluminense@secovirio.com.br<br />

Representante: Rodrigo Guimarães<br />

Regional Norte Fluminense<br />

Avenida Rui Barbosa, 1.043, sala 201, Centro, Macaé - RJ<br />

CEP: 27910-362<br />

Telefone: (21) 2772-3714<br />

E-mail: nortefluminense@secovirio.com.br<br />

Representante: Viviane Guimarães Ferreira<br />

Regional Serra Imperial<br />

Rua Dr. Nelson de Sá Earp, 95, sala 406, Centro, Petrópolis - RJ<br />

CEP: 25680-195<br />

Telefone: (24) 2237-5413<br />

E-mail: serraimperial@secovirio.com.br<br />

Representante: José Roberto Bittencourt Sauer<br />

Regional Serra Norte<br />

Rua Doutor Ernesto Brasílio, 45, sala 205, Centro, Nova Friburgo - RJ<br />

CEP: 28610-120<br />

Telefone: (22) 2523-7513<br />

E-mail: serranorte@secovirio.com.br<br />

Representante: Gabriel de Freitas Ruiz<br />

Regional Serra Verde<br />

Av. Feliciano Sodré, 460, loja 3, Várzea, Teresópolis - RJ<br />

CEP: 25963-082<br />

Telefone: (21) 2742-2102<br />

E-mail: serraverde@secovirio.com.br<br />

Representante: Henrique Luiz Rodrigues<br />

Regional Sul Fluminense<br />

Rua Dezesseis, 109, sala 1.<strong>101</strong>/A3-cobertura, Vila Sta. Cecília, Volta Redonda - RJ<br />

(Edifício Vila Shopping)<br />

CEP: 27260-110<br />

Telefone: (24) 3339-2272<br />

E-mail: sulfluminense@secovirio.com.br<br />

Representante: Vanisi de Oliveira Ferreira<br />

SEDE<br />

Av. Almirante Barroso, 52/9º andar, Centro, Rio de Janeiro - RJ<br />

CEP: 20031-918<br />

Telefone: (21) 2272-8000 - Fax: (21) 2272-8001<br />

E-mail: secovi@secovirio.com.br<br />

A <strong>Revista</strong> Secovi Rio é uma publicação institucional, bimestral, do<br />

Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração<br />

de Imóveis e dos Condomínios Residenciais e Comerciais em todo o<br />

Estado do Rio de Janeiro.<br />

EXPEDIENTE<br />

Conselho Editorial: Pedro Wähmann, João Augusto Pessôa<br />

e João Fernandes Filho<br />

Gerente de Marketing e Comunicação: Marcos Mantovan<br />

REDAÇÃO<br />

imprensa@secovirio.com.br<br />

Jornalistas responsáveis: Gustavo Monteiro (25.140 MTE/RJ)<br />

e Igor Augusto Pereira (2.629 MTE/GO)<br />

Redação: Gustavo Monteiro, Igor Augusto Pereira e Amanda Gama<br />

Projeto gráfico e diagramação: Henrique Vasconcellos<br />

Ilustração: Daniel Santos de Abreu<br />

Revisão: Sandra Paiva<br />

Fotografias: Daniel Wander<br />

PUBLICIDADE<br />

Elcias Teodoro (21) 2272-8009 - (21) 97377-7913<br />

(21) 99789-6454<br />

teodoro@secovirio.com.br<br />

parcerias@secovirio.com.br<br />

Thiago Bogado (21) 2272-8007 - (21) 97226-8936<br />

revista@secovirio.com.br<br />

thiago@secovirio.com.br<br />

A revista reserva-se o direito de não aceitar publicidade sem<br />

fundamentar motivação de recusa.<br />

Os anúncios veiculados são de responsabilidade dos anunciantes.<br />

IMPRESSÃO<br />

Gráfica Colorset<br />

Tiragem: 23.000 exemplares. Distribuição gratuita.<br />

Auditada pela:<br />

BKR Lopes, Machado Auditors, Consultants & Business Advisers.<br />

Distribuição Nacional:<br />

Treelog S.A. Logística e Distribuição.<br />

SECOVI RIO / 2016 / nº <strong>101</strong> / 2


senior<br />

Síndicos e condôminos precisam contar sempre com a experiência de uma empresa pioneira, que evoluiu<br />

com o mercado. Há 70 anos a Zirtaeb vem conquistando a confiança dos síndicos e proprietários de imóveis.<br />

................................<br />

O BRAÇO DIREITO DO SÍNDICO E PROPRIETÁRIOS<br />

/zirtaeb | acesse: www.zirtaeb.com | Tel. 3233.3500<br />

Administração de Condomínios e Imóveis para renda, compra e venda.<br />

CRECI J<strong>101</strong> / ABADI 2 / SECOVI 11


PALAVRA DO PRESIDENTE<br />

Em 2012, quando ainda pouco se falava sobre o “legado<br />

olímpico”, recebemos, na sede do Secovi Rio, alguns postulantes<br />

ao cargo de prefeito para o período de 2013 a 2016. Além de<br />

orientar os eleitores, os debates tinham um objetivo estratégico:<br />

apresentar as demandas do setor de comércio e serviços<br />

imobiliários e ouvir dos candidatos as suas ideias.<br />

A cidade já passava por grandes transformações. Tínhamos pela frente uma Copa do<br />

Mundo de Futebol e o mais grandioso evento esportivo do planeta: as Olimpíadas. Mas<br />

precisávamos saber quais seriam os planos para o futuro. Haveria desenvolvimento<br />

sustentado? O novo prefeito renovaria o compromisso de construir uma cidade mais<br />

eficiente, sustentável, inclusiva e moderna?<br />

O que aquelas pessoas pensavam sobre impostos, ocupação urbana, sustentabilidade,<br />

entre outros assuntos relevantes para a nossa sociedade? Quais eram suas propostas?<br />

Como elas poderiam beneficiar os nossos representados: um universo de 33 mil<br />

condomínios – e os 3,5 milhões de pessoas que vivem neles – e de 4 mil empresas do<br />

ramo imobiliário?<br />

Passados quatro anos, já é possível enxergar as mudanças iniciadas lá atrás. Porém, a<br />

questão premente agora é outra: o novo mandatário conseguirá garantir o legado que<br />

estamos esperando? Para avaliar, vamos, de novo, convidar os candidatos para<br />

conversar com os nossos pares. É necessário saber o que eles estão pensando para o<br />

Rio e para o nosso setor.<br />

As Olimpíadas estão aí. E este é um divisor de águas. Mas não podemos nos acomodar.<br />

Precisamos cobrar, sim. Contudo, temos também o dever de colaborar com a gestão<br />

que virá mostrando as nossas ideias e propondo soluções que consigam beneficiar a<br />

todos. Mais que oferecer produtos e serviços, queremos ser um<br />

agente de transformação, para que redescubramos como pode ser<br />

bom viver do lado de fora aproveitando tudo que essa nova cidade<br />

é capaz de nos oferecer. Esta é uma oportunidade única para um<br />

reencontro com o Rio de Janeiro.<br />

Pedro Wähmann<br />

Presidente do SECOVI RIO<br />

Sua opinião é muito importante<br />

Quer mandar um comentário sobre esta edição<br />

ou sugerir uma pauta?<br />

Envie um e-mail para imprensa@secovirio.com.br<br />

SECOVI RIO / 2016 / nº <strong>101</strong> / 4


CURTINHAS<br />

Utopia autossustentável<br />

Uma cidade sem políticos nem diferenças<br />

sociais. Assim é Auroville, na Índia.<br />

Considerada um paraíso autossustentável<br />

pelos entusiastas em organização urbana,<br />

a cidade de 2 mil habitantes não tem<br />

governos eleitos nem cargos públicos.<br />

Quando há um impasse, um conselho de<br />

delegados se reúne e resolve o que está<br />

em debate. Uma premissa fundamental é<br />

que todos tenham um trabalho oficial.<br />

Todos os moradores recebem um salário<br />

estimado em R$ 405, o que é suficiente<br />

para custear as necessidades básicas e<br />

guardar para emergências – o estilo local<br />

não inclui espaço para consumismo.<br />

Divulgação<br />

Estufa inteligente<br />

Um dispositivo que possui luzes LED que<br />

simulam o ciclo do sol é uma novidade<br />

para quem deseja ter plantas em<br />

apartamentos e não dispõe de espaço. O<br />

EcoQube é uma miniestufa de 20cm de<br />

largura por 40cm de altura que reúne um<br />

regulador de luzes, um sistema de solo<br />

hidropônico e um nebulizador. Além de<br />

garantir o crescimento saudável das<br />

plantas, o dispositivo ainda ajuda na<br />

purificação do ambiente, pois conta com<br />

um filtro que remove pólen, mofo e<br />

partículas de pó.<br />

Alimentação saudável<br />

Tem aumentado no Brasil o número de pessoas que<br />

priorizam alimentos como verduras, legumes e frutas. É o<br />

que demonstra um levantamento feito pelo Instituto Datafolha<br />

para a Associação das Empresas de Refeição e Alimentação<br />

Convênio para o Trabalhador (Assert). Entre os profissionais<br />

de restaurantes, bares, lanchonetes e padarias que<br />

respondem à pesquisa, 56% confirmam a ampliação do<br />

consumo de alimentos saudáveis por seus clientes.<br />

Horta subterrânea<br />

Divulgação<br />

Um edifício em São Paulo inaugurou, em junho, a primeira<br />

horta subterrânea do país. O espaço aproveita resíduos<br />

orgânicos gerados no próprio Edifício Pátio Victor Malzoni<br />

para abastecer um sistema de compostagem. O adubo<br />

produzido nutre temperos como hortelã, manjericão e<br />

alecrim, que, depois de colhidos, são distribuídos entre seus<br />

usuários.<br />

SECOVI RIO / 2016 / nº <strong>101</strong> / 5


Condomínio premiado<br />

Seu condomínio desenvolve ações<br />

sustentáveis e criativas?<br />

Inscreva-se até 17 de agosto no Prêmio<br />

Secovi Rio, que nesta edição vai entregar<br />

R$ 10 mil ao grande vencedor. As<br />

inscrições devem ser feitas pelo hotsite<br />

www.secovirio.com.br/premiosecovirio,<br />

e a cerimônia de premiação ocorre em 14<br />

de setembro, no encerramento da Feira<br />

Secovi Rio – Condomínio Maravilha.<br />

Profissionais de imprensa que tenham<br />

produzido matérias relacionadas ao<br />

segmento de comércio e serviços<br />

imobiliários também podem participar na<br />

categoria Mídia.<br />

Administrado pela síndica Maria Auxiliadora Patrício, o condomínio<br />

Bandeirante Capitão Domingos, em Todos os Santos, foi o<br />

vencedor da última edição<br />

Transmissão de imóveis<br />

Entra em vigor no início de julho a<br />

Lei Estadual nº 7.171/2015, que<br />

estabelece mudanças no pagamento<br />

do Imposto sobre a Transmissão<br />

Causa Mortis e Doação<br />

(ITD). Com as alterações, a<br />

cobrança irá de 4% para 4,5%<br />

para bens e direitos com valores<br />

de até R$ 400 mil e 5% para os<br />

demais. A base de cálculo é o valor<br />

de mercado aferido por avaliação<br />

judicial ou administrativa.<br />

Ventilador barulhento<br />

O morador de um edifício em<br />

Santa Catarina foi condenado a<br />

indenizar a vizinha do apartamento<br />

de cima em R$ 7 mil por causa<br />

da perturbação causada por um<br />

ventilador de teto barulhento. A<br />

mulher foi à Justiça argumentando<br />

que o vizinho utilizava o equipamento<br />

permanentemente e<br />

que o aparelho estaria fora dos<br />

padrões da<br />

ABNT. Acrescentou<br />

ainda que<br />

precisou recorrer<br />

a sedativos para<br />

conseguir dormir.<br />

=(@#%!<br />

Inovações no acesso<br />

Um novo sistema de controle de acesso utiliza a leitura de placas<br />

para autorizar a entrada de veículos, sem depender da avaliação<br />

humana. O PlateView Embedded, que reúne tecnologias brasileiras<br />

e suecas, também registra os horários de entrada e saída, permitindo<br />

que o porteiro se concentre em outras funções. Outra inovação<br />

é o Sistema Inteligente de Gestão de Acesso Haganá (Sigah), que<br />

realiza o reconhecimento facial de várias pessoas ao mesmo<br />

tempo. A tecnologia foi desenvolvida em Israel e pode ser instalada<br />

tanto em um dispositivo na portaria quanto em um smartphone.<br />

SECOVI RIO / 2016 / nº <strong>101</strong> / 6


TIRE A INOVAÇÃO<br />

DO PAPEL!<br />

Sabe aquela ideia que você teve há algum tempo<br />

para tornar o seu condomínio um lugar<br />

socialmente justo, ambientalmente adequado<br />

e economicamente viável?<br />

Agora você tem um estímulo a<br />

mais para fazê-la virar realidade!<br />

É que o Prêmio Secovi Rio<br />

irá premiar com R$ 10 mil o<br />

condomínio sustentável do ano.<br />

Na categoria mídia, R$ 5 mil.<br />

R$<br />

5.000<br />

R$<br />

10.000<br />

14/9/2016<br />

CENTRO DE CONVENÇÕES SULAMÉRICA<br />

RIO DE JANEIRO/RJ<br />

INSCRIÇÕES ABERTAS ATÉ 18/8/2016<br />

Consulte o regulamento e inscreva-se no site:<br />

www.secovirio.com.br/premiosecovirio<br />

Realização:<br />

Patrocínio:


Passeio histórico<br />

Síndicos, profissionais do<br />

mercado imobiliário e outros<br />

convidados participaram, no<br />

início de junho, do Tour Cultural<br />

Secovi Rio. O grupo foi guiado<br />

pelo historiador Milton Teixeira,<br />

que contou curiosidades sobre<br />

o Centro Histórico do Rio de<br />

Janeiro, em pontos como o<br />

Mosteiro de São Bento, o<br />

Palácio Tiradentes e a Praça<br />

Mauá. “É uma maneira<br />

inteligente de mostrar a cidade<br />

sob um olhar que geralmente<br />

não se tem”, avaliou Teixeira. A<br />

próxima edição será realizada<br />

em 7 de julho, com inscrições<br />

gratuitas pelo site<br />

www.secovirio.com.br.<br />

Um caso curioso dividiu opiniões em um condomínio de Salt Lake City, nos Estados<br />

Unidos. A administradora entregou aos inquilinos um aditivo do contrato de locação,<br />

que estabelecia a obrigatoriedade de curtir a página do condomínio no Facebook.<br />

Outra cláusula proibia que se fizesse qualquer comentário negativo sobre o local na<br />

rede social, sob pena de rompimento do contrato. Com a divulgação do caso, o<br />

resultado acabou sendo desastroso: o condomínio recebeu uma série de avaliações<br />

negativas de internautas, com uma nota média de 1,5 estrela (de 1 a 5).<br />

Rede social<br />

Sangue bom<br />

A campanha Seja um Herói, que o Secovi Rio<br />

promoveu em maio, registrou o maior número de<br />

bolsas de sangue já coletadas entre todas as<br />

edições. Foram quase 100 bolsas em dois dias<br />

de campanha. A assistente administrativa Anne<br />

Ketully Correa participou pela primeira vez:<br />

“Poder ajudar faz com que eu me sinta mais feliz<br />

e realizada.”<br />

O Condomínio Residencial Chopin, no Méier,<br />

também mobilizou doadores de sangue em<br />

maio. Segundo o síndico Wellington Oscar, a<br />

intenção foi aproveitar a estrutura do<br />

condomínio para conscientizar os moradores<br />

em prol da causa. “Precisamos de pessoas que,<br />

mesmo sem saberem a quem foi endereçado<br />

seu ato, são capazes de ajudar e salvar vidas,<br />

sem exigir nada em troca”, defende.<br />

Mobilização aconteceu no Secovi Rio...<br />

...e no Condomínio Chopin<br />

Quer se tornar um doador?<br />

O Hemorio funciona todos os dias, das 7h às 18h, na Rua Frei Caneca, 8, Centro (ao lado da Praça da<br />

República). Para doar, basta estar bem de saúde; portar documento oficial de identidade com foto; ter de<br />

16 até 69 anos (menores de idade precisam da autorização dos pais ou responsável legal) e pesar, no<br />

mínimo, 50kg.<br />

SECOVI RIO / 2016 / nº <strong>101</strong> / 8


OUTROS OLHARES<br />

Essa dupla absolutamente estilosa<br />

na imagem em preto e branco é<br />

formada pelo Thomás e pela Thaisy<br />

Pecsén, de Madureira. Fotogenia<br />

pouca é bobagem.<br />

O Bala mora no bairro da<br />

Passagem, em Cabo Frio, com a<br />

tutora Beth Leite, que enviou vários<br />

cliques. "Ele é meu fiel<br />

companheiro!"<br />

É no bairro Vital Brasil, em Niterói,<br />

que o Snoopy late, brinca e faz<br />

charminho. Quem enviou esse clique<br />

foi sua tutora, Andrea Maia.<br />

Boa-praça, o Duque vive em<br />

Copacabana, no Rio de Janeiro, com<br />

o "papai" Marcos Montavan. Por ali,<br />

ele é quem chama para passear.<br />

Como não atender?<br />

A Cidinha é a mais velha de sete<br />

gatos da Edmara Carvalho, da<br />

Taquara, Rio de Janeiro. Ela deixa<br />

um recado aos tutores: lugar de<br />

gato é em lares telados.<br />

O Chuvisco tem apenas três meses,<br />

mas a "mamãe" Aimée Magalhães já<br />

se derrete toda. E dá pra ser<br />

diferente? A dupla mora na Glória,<br />

Rio de Janeiro.<br />

SEU OLHAR NA PRÓXIMA EDIÇÃO!<br />

A próxima edição da <strong>Revista</strong> Secovi Rio chega junto com a<br />

primavera, e a seção #outrosolhares também vai entrar no<br />

clima da estação. Se seu condomínio ou apartamento contam<br />

com um belo jardim, canteiro ou até vasinhos floridos, fotografe<br />

e envie para imprensa@secovirio.com.br ou poste no<br />

Instagram em modo público, marcando a hashtag<br />

#outrosolhares_secovirio.<br />

As melhores fotos podem aparecer por aqui.<br />

#outrosolhares_secovirio<br />

Essa "menina" fantasiada é a<br />

Brasinha, que mora no Jardim<br />

Interlagos, Maricá. Ela é o xodó da<br />

família de Henrique Vasconcellos.<br />

SECOVI RIO / 2016 / nº <strong>101</strong> / 10


ENTREVISTA • ALLINE CIPRIANO E HELENA ASSIS, VAGA VIVA<br />

DAS RODAS AOS<br />

BANCOS DE MADEIRA<br />

Daniel Wander<br />

Ilustração: Daniel Abreu<br />

Igor Augusto Pereira<br />

No lugar de uma tonelada de metal, uma<br />

estrutura móvel de madeira, geralmente com<br />

bancos e elementos de paisagismo. Em vez de<br />

um veículo parado, a interação humana. Essa é<br />

a premissa básica dos parklets, os espaços de<br />

lazer que surgiram há pouco mais de dez anos<br />

nos Estados Unidos e vêm se popularizando<br />

pouco a pouco no Brasil.<br />

Para quem ainda não se familiarizou com o<br />

assunto, o parklet é uma estrutura de lazer<br />

montada em um espaço público que serviria<br />

tradicionalmente como estacionamento de um<br />

veículo. Os primeiros foram construídos na<br />

cidade de São Francisco, com o objetivo de criar<br />

um ambiente mais amigável para pedestres e<br />

ciclistas. A conta fecha assim: em um dia, uma<br />

área correspondente a duas vagas poderia<br />

abrigar 40 carros ou... 400 pedestres (em<br />

rotatividade).<br />

O primeiro município brasileiro a receber um<br />

parklet foi São Paulo, e em pouco mais de quatro<br />

anos já foram instalados cerca de 60 – número<br />

que cresce mais a cada dia, na esteira da<br />

popularização da cultura de ocupação de<br />

espaços públicos pelos cidadãos. No Rio, o<br />

número ainda é bem menor, mas um grupo de<br />

jovens empreendedores quer alterar essa<br />

realidade, inserindo os parklets de vez no cenário<br />

urbano.<br />

A iniciativa tem como epicentro a associação<br />

Goma, espaço de trabalho colaborativo que<br />

ocupa três galpões na Zona Portuária. Em uma<br />

área onde o espírito coletivo é característica<br />

inerente às atividades, cinco empresas elaboram,<br />

ao lado de profissionais autônomos, o Vaga Viva,<br />

que pensa e forja o futuro dos parklets no Rio de<br />

Janeiro. Não há a hierarquia rígida do mercado<br />

tradicional, mas as tarefas são divididas e o<br />

trabalho flui com a dinâmica de uma agência.<br />

A <strong>Revista</strong> Secovi Rio conversou com a<br />

produtora Alline Cipriano e a profissional de<br />

marketing Helena Assis sobre o projeto e a<br />

contribuição que o grupo quer dar ao processo de<br />

revitalização urbana. Confira.<br />

SECOVI RIO / 2016 / nº <strong>101</strong> / 11


Por que decidiram adotar os parklets como causa?<br />

Proposta é trazer<br />

uma discussão<br />

sobre o uso do<br />

espaço público<br />

O Vaga Viva é um coletivo que surgiu de uma demanda<br />

externa, especificamente para celebrar o Dia Mundial Sem<br />

Carro. Nossa proposta é trazer para a cidade e as<br />

pessoas uma discussão sobre o uso do espaço público.<br />

A gente vê que, hoje em dia, as pessoas ficam muito mais<br />

confinadas em seus espaços particulares e vivenciam<br />

pouco a rua. O parklet é um espaço de convivência e de<br />

conveniência, dependendo do projeto.<br />

Alline<br />

Daniel Wander<br />

Nós estamos na Goma, que é uma associação de<br />

empreendedorismo em rede, que tem 90 pessoas e 30<br />

empresas. Essa primeira demanda, do Dia Mundial Sem<br />

Carro, surgiu em 2014. Juntamos algumas empresas para<br />

fazer a primeira ocupação de parklet em frente à<br />

associação e no Largo da Prainha, também na Zona<br />

Portuária. A ocupação tinha o objetivo de provocar essa<br />

reflexão do uso do espaço público, até para trazer o<br />

decreto para o Rio, porque só havia em São Paulo na<br />

época. Vimos uma oportunidade de criar um coletivo para<br />

oferecer esse serviço.<br />

Helena<br />

ALLINE<br />

CIPRIANO<br />

HELENA<br />

ASSIS<br />

SECOVI RIO / 2016 / nº <strong>101</strong> / 12


E quais os projetos em que vocês atuam hoje?<br />

Estamos trabalhando no projeto do Ciclo Orgânico, que é um parklet<br />

educacional criado para trabalhar o ciclo dos materiais e produtos. Ele<br />

vai contar com composteira, captação da água de chuva, placa solar...<br />

A ideia é mostrar a sustentabilidade na prática. Ele será viabilizado em<br />

parceria com uma empresa de cosméticos para trazer essa experiência<br />

para o público. Não é só um espaço urbano, uma praça, uma ocupação<br />

com bancos. O Vaga Viva se propõe a trazer mais – tanto benefícios<br />

para a marca quanto para os usuários.<br />

Helena<br />

Como isso acontece?<br />

Parklet pode ser financiado por uma<br />

pessoa física ou jurídica<br />

O parklet é concebido como um espaço vivo, então temos a<br />

preocupação de “ativá-lo” constantemente, trazendo sempre<br />

movimento. Está sempre acontecendo alguma coisa. O do Ciclo<br />

Orgânico vai trazer uma programação educacional, falando de<br />

sustentabilidade. Assim como o de uma marca de materiais<br />

esportivos, que é voltado a corredores, então disponibilizamos uma<br />

assessoria esportiva que mensalmente vai ao local mostrar a melhor<br />

forma de se alongar, de aquecer... Mas pode também privilegiar o lado<br />

cultural, com sessões de cinema, teatro, o que for.<br />

Alline<br />

Quem banca um parklet?<br />

O parklet pode ser solicitado por pessoas físicas ou pessoas jurídicas.<br />

Geralmente há um patrocinador que traz esse benefício à cidade. É<br />

importante ressaltar que ele não é um espaço de merchandising, já<br />

que a marca geralmente vem só em uma placa de 60cm. A gente pode<br />

até imaginar que as empresas relutam em investir porque não terão<br />

sua marca em evidência, impressa em destaque, mas hoje esse<br />

pensamento vem sendo superado.<br />

Helena<br />

Por que é interessante para a iniciativa privada investir em um espaço assim?<br />

Divulgação<br />

A maior vantagem é que você traz experiência para seu público,<br />

trabalha o marketing direto. Muitas marcas hoje têm optado por formas<br />

diferenciadas de comunicação, como eventos. Escolhem um momento<br />

de lazer para o cliente em detrimento de um comercial de televisão. A<br />

partir do momento que você chega à televisão e diz “meu produto é<br />

bom”, e ele não é bom de fato, os usuários do Facebook vão reagir na<br />

mesma hora.<br />

SECOVI RIO / 2016 / nº <strong>101</strong> / 13<br />

Helena


Do ponto de vista publicitário, funciona mesmo?<br />

Há uma legitimidade diferente em ações desse tipo, sem falar no<br />

impacto social. As empresas passam a fazer parte de momentos de<br />

lazer. O cliente está ali passeando com o filho, lendo um jornal, e elas<br />

estão oferecendo um benefício para a cidade e os usuários. É por isso<br />

que muitas marcas veem vantagem em patrocinar um parklet .<br />

Helena<br />

Que tipo de retorno as pessoas que habitam o entorno do parklet costumam passar?<br />

Divulgação<br />

O Rio é uma cidade onde as pessoas já vivem bastante na rua, na<br />

praia... Recentemente, inauguramos um parklet em Copacabana,<br />

patrocinado por uma empresa de material esportivo. Durante a<br />

semana, vemos os trabalhadores da região, que sentam ali com suas<br />

quentinhas, os aposentados... Para os moradores, também há uma<br />

série de mudanças. Sair de casa e conhecer seu vizinho é uma coisa<br />

que acaba gerando muita segurança.<br />

Alline<br />

PUBLICIDADE<br />

SECOVI RIO / 2016 / nº <strong>101</strong> / 14


Não há um estranhamento?<br />

No geral, a<br />

preocupação<br />

inicial é com a<br />

extinção da<br />

vaga, mas isso<br />

vai passando<br />

No geral, a grande preocupação das pessoas é com a<br />

extinção, mesmo que temporária, daquela vaga de carro,<br />

além do temor de abandono. Mas, quando começam a<br />

vivenciar o dia a dia do parklet, elas também começam a<br />

ver o lado positivo daquela ocupação. Saem da<br />

estranheza, que vem do desconhecimento mesmo, e<br />

começam a perceber os pontos positivos.<br />

A síndica do prédio em frente a esse parklet de<br />

Copacabana, por exemplo, foi uma entusiasta. Mas isso<br />

só aconteceu porque a gente conversou com ela,<br />

explicou o que pretendia fazer ali. Tanto jovens quanto<br />

pessoas mais velhas utilizam o espaço. Há muitos jovens<br />

que alugam apartamentos na região, veem naquela área<br />

um ambiente para bater um papo no fim da tarde. Nós<br />

também temos a preocupação de mostrar que esse é um<br />

espaço que vai ficar ali por 12 meses (podendo ser<br />

renovado), tem um projeto de manutenção periódica e<br />

não fica abandonado. É um presente para a cidade, uma<br />

“praça” onde você não teria nada.<br />

Alline<br />

Helena<br />

Falta muito para essa ideia pegar?<br />

Há espaço<br />

para a cultura<br />

dos parklets<br />

crescer<br />

no Rio<br />

Em São Paulo, já há muitos parklets em frente a<br />

condomínios. O decreto do Rio de Janeiro é muito novo,<br />

saiu em abril do ano passado. O parklet tem política<br />

pública em São Paulo, a cidade foi pioneira. Eles saíram<br />

na frente, a população estava aberta para receber isso, e<br />

a coisa cresceu muito lá. E agora a gente está querendo<br />

fazer isso crescer no Rio também, porque percebemos<br />

que há espaço.<br />

São Paulo é muito mais noturna. Durante o dia, a<br />

movimentação é mais a trabalho. Então, trazer também<br />

esses espaços para o Rio de Janeiro, onde a vida na rua<br />

faz ainda mais parte da cultura, seria maravilhoso.<br />

Helena<br />

Alline<br />

Divulgação<br />

SECOVI RIO / 2016 / nº <strong>101</strong> / 15


Como vocês estão trabalhando para mobilizar as pessoas em prol dessa causa?<br />

A cada vez que fazemos um novo parklet, buscamos o diálogo com as<br />

pessoas. Como ele é patrocinado por uma marca, a gente precisa<br />

viabilizar o projeto para colocá-lo na rua. Precisamos que mais marcas<br />

e pessoas se sintam apropriadas dessa nova lei, dessa nova forma de<br />

ocupar a cidade. Acredito que, quanto mais espaços instalados<br />

houver, mais esse conhecimento será disseminado. Quando a gente<br />

consegue colocar um parklet na rua, (o fato de ficar em evidência) já<br />

consegue fortalecer esse movimento.<br />

Helena<br />

Quanto pode custar, em média, um parklet?<br />

O custo de todo o projeto, que inclui desde a concepção, a<br />

manutenção e a desmontagem, é algo a partir de R$ 60 mil por ano. Vai<br />

depender muito do que esse espaço vai conter, da ativação<br />

(programação) prevista.<br />

Alline<br />

Qual é o mínimo que um síndico precisa saber para construir<br />

um parklet na porta de seu condomínio?<br />

O princípio de tudo é o projeto arquitetônico, que deve ser aprovado<br />

pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade. A autorização para fazer<br />

no local, no Rio, é com a Subprefeitura. Ela avalia algumas questões,<br />

como a velocidade média dos carros que trafegam na via e a distância<br />

da esquina. Além disso, o parklet não pode ocupar mais do que 15%<br />

do espaço destinado às vagas de carro. O projeto tem que apresentar<br />

um plano de manutenção e o seguro do espaço.<br />

Alline<br />

O que falta para que os parklets saiam do papel e sejam uma<br />

realidade em todos os pontos da cidade?<br />

Divulgação<br />

As pessoas precisam sentir essa apropriação. Quando você começa a<br />

questionar, as coisas começam a acontecer mais. Nossa intenção é<br />

gerar uma transformação e fazer com que haja vários parklets por aí e<br />

várias pessoas trabalhando com isso.<br />

Falta que a população se conscientize de que o espaço público é<br />

nosso, que nós precisamos ocupá-lo. Talvez estejamos nos fechando<br />

em nossas áreas particulares, em nossos condomínios... Acredito que,<br />

à medida que entendermos que há um mundo lá fora, e que ele é<br />

nosso, vamos pedir mais parklets por aí. Esperamos contribuir um<br />

pouquinho para ver cada vez mais pessoas andando de bicicleta,<br />

caminhando na rua e olhando umas para as outras.<br />

Helena<br />

Alline


CONDOMÍNIO<br />

2016<br />

13 e 14 de setembro<br />

CENTRO DE CONVENÇÕES SULAMÉRICA<br />

ATRAÇÕES<br />

Estandes com produtos e serviços<br />

para condomínios<br />

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atualidade<br />

“Gerenciamento de Mudanças<br />

com Foco em Gestão<br />

Condominial”,<br />

com MAX GEHRINGER<br />

Simulação de AGO<br />

(Assembleia Geral Ordinária)<br />

Atendimento jurídico<br />

Salas de workshops gratuitos<br />

Cerimônia de entrega do Prêmio<br />

Secovi Rio 2016<br />

Praça de alimentação<br />

Sorteio de brindes<br />

O plantio de árvores compensa o CO2<br />

emitido pelo evento e auxilia na<br />

recomposição da Mata Atlântica.<br />

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ANTECIPADAS<br />

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ou pelo tel. (21) 2272-8000<br />

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GRATUITO<br />

Haverá transporte gratuito saindo da<br />

estação de metrô Estácio até o Centro<br />

de Convenções, e vice-versa.<br />

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SOLIDÁRIO<br />

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Traga 1kg de alimento não perecível.<br />

Consulte a programação atualizada no site<br />

www.secovirio.com.br/feirasecovirio<br />

Realização:<br />

Patrocínio:<br />

Apoio institucional:<br />

SECOVIS BRASIL<br />

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Local: Centro de Convenções SulAmérica | Av. Paulo de Frontin com Presidente Vargas - Cidade Nova - Centro - Metrô Estácio


CAPA<br />

UMA<br />

CIDADE-PÓDIO<br />

Nas áreas que cercam as instalações<br />

olímpicas, moradores vivem misto de<br />

expectativa e apreensão<br />

Amanda Gama e Igor Augusto Pereira<br />

Foram quase 70 meses desde que o Rio de<br />

Janeiro foi anunciado como sede dos Jogos<br />

Olímpicos de 2016. A divulgação chegou<br />

acompanhada da promessa de uma nova cidade<br />

que, de lá para cá, foi se tornando um grande<br />

canteiro de obras. A palavra de ordem passou a<br />

ser “legado”.<br />

Para as delegações, a base será a Barra da<br />

Tijuca, que abriga a Vila dos Atletas. São 31<br />

prédios de 17 andares, que, durante os Jogos,<br />

funcionarão como uma verdadeira Babel<br />

moderna, dado o intercâmbio cultural entre os<br />

grandes ícones do esporte internacional. Foi<br />

montada uma estrutura com refeitórios,<br />

quiosques, área de recreação e uma série de<br />

estabelecimentos comerciais.<br />

Mas, nos quatro pontos principais da cidade<br />

durante as Olimpíadas – além da própria Barra da<br />

Tijuca, as competições ocorrem nas regiões de<br />

Copacabana, Deodoro e Maracanã –, a<br />

complexidade da operação é ainda maior. Só de<br />

estrangeiros, o governo federal estima a chegada<br />

de 500 mil turistas ao Rio de Janeiro. Preparando<br />

a casa para receber tanta gente, espaços<br />

surgiram, outros sumiram, alguns foram<br />

redescobertos, recuperados e caíram nas graças<br />

dos cariocas.<br />

Com expectativas por todos os lados, os mais<br />

ansiosos são aqueles que vivem nessas regiões.<br />

Os moradores tiveram as rotinas alteradas,<br />

quebra-quebra, buracos, poeira e alterações no<br />

trânsito. E, para quem está pertinho das<br />

instalações olímpicas, a agitação está apenas<br />

começando. Confira como os vizinhos das<br />

Olimpíadas estão se preparando para curtir os<br />

Jogos (ou sobreviver a eles).


Renato Sette Camara/Prefeitura do Rio<br />

BARRA<br />

Nas proximidades do Parque Olímpico, na Barra<br />

da Tijuca, o panorama é diferente. Em virtude das<br />

obras de mobilidade, quem vive na região, que é<br />

a mais afetada pelas transformações urbanas<br />

para os Jogos, enfrenta dificuldade até para sair<br />

de casa.<br />

“Foram muitas pistas e retornos fechados. Antes<br />

do início das obras, um morador levava em média<br />

três minutos para sair de seu condomínio. Hoje,<br />

pode chegar a gastar 30”, conta Luciano Dias,<br />

presidente da Associação de Moradores da Rua<br />

Aroazes, que reúne os 33 condomínios mais<br />

próximos ao complexo esportivo. Outra<br />

preocupação é com a segurança do local em<br />

virtude do maior movimento de pessoas, em<br />

especial pela maior facilidade de acesso à região<br />

por transporte público.<br />

“Muitos moradores mostram-se satisfeitos com as<br />

mudanças que estão prestes a ocorrer, mas<br />

outros ficam apreensivos com a segurança. No<br />

Recreio dos Bandeirantes, foram feitas algumas<br />

obras de mobilidade que eram necessárias, mas<br />

a criminalidade acabou aumentando muito”,<br />

explica Dias. Para minimizar eventuais riscos, os<br />

condomínios estão se organizando para<br />

aumentar o efetivo de vigilantes durante os Jogos<br />

e capacitando porteiros a identificar e evitar<br />

situações de perigo.<br />

Outra questão que ainda é relativamente nova<br />

para o morador da região é a locação por<br />

temporada. “Os condomínios não podem vetar,<br />

mas há um movimento para evitar que esse<br />

vaivém represente riscos. Os proprietários tratam<br />

direto com os locatários e, mesmo fazendo<br />

cadastro nas portarias, não dá para saber muito<br />

sobre quem vai estar por lá”, conta Dias.<br />

O grande questionamento para quem vive na<br />

região, porém, é com o legado que as obras<br />

trarão. “Estamos falando de um espaço imenso,<br />

que é o Parque Olímpico. Se ele ficar<br />

abandonado depois, vai acabar trazendo<br />

insegurança e desvalorização. Torcemos para<br />

que não vire um ‘elefante branco’, como<br />

aconteceu com o Centro Aquático Maria Lenk<br />

(erguido em 2007, para o Pan), que só mais<br />

recentemente passou a ser utilizado”, reclama.<br />

Até o fechamento desta edição, os moradores<br />

ainda não conheciam os detalhes da operação de<br />

trânsito nos dias dos Jogos. A Subprefeitura<br />

prometeu marcar uma reunião para esclarecer<br />

todos os bloqueios e as formas de acesso.<br />

SECOVI RIO / 2016 / nº <strong>101</strong> / 19<br />

Na região mais afetada pelas<br />

obras, moradores chegam a<br />

gastar 30 minutos para sair do<br />

condomínio<br />

Luciano Dias:<br />

além do legado deixado pelos Jogos, preocupação da<br />

região é com a segurança durante a competição<br />

MODALIDADES EM DISPUTA<br />

• Jogos Olímpicos:<br />

basquete, ciclismo (estrada – ponto de partida e<br />

chegada das provas de contrarrelógio), ginástica<br />

artística, rítmica e de trampolim, golfe, marcha<br />

atlética, saltos ornamentais, nado sincronizado,<br />

polo aquático, tênis, natação, judô, luta olímpica,<br />

tae kwon do, esgrima, handebol, ciclismo (pista),<br />

levantamento de peso, tênis de mesa, badminton<br />

e boxe<br />

• Jogos Paralímpicos:<br />

basquete em cadeira de rodas, rúgbi em cadeira<br />

de rodas, paraciclismo (estrada – ponto de<br />

partida e chegada), basquete em cadeira de<br />

rodas, tênis em cadeira de rodas, futebol de 5,<br />

natação, bocha, judô, goalball, ciclismo, vôlei<br />

sentado e tênis de mesa


COPACABANA<br />

O bairro mais famoso da cidade não sofreu<br />

nenhuma grande intervenção urbana nem<br />

recebeu nenhum complexo esportivo. A região,<br />

onde todas as modalidades disputadas serão ao<br />

ar livre, conta apenas com instalações<br />

provisórias. Isso, no entanto, não quer dizer que a<br />

vida do bairro será menos afetada – aliás, muito<br />

pelo contrário. Não bastasse ser um dos lugares<br />

preferidos dos turistas, as provas realizadas na<br />

rua prometem dias bem agitados em<br />

Copacabana.<br />

Mas, segundo Antônio Fernandes, o<br />

porteiro-chefe do Edifício Aslan, localizado na<br />

Avenida Atlântica e a poucos metros da arena de<br />

vôlei de praia, a movimentação anda devendo à<br />

animação da Copa do Mundo. Às vésperas do<br />

início dos Jogos, ele compara os eventos: “Na<br />

Copa, a essa altura, já havia muito mais turistas<br />

circulando por aqui.”<br />

Acostumado com a presença de visitantes, já que<br />

no condomínio há imóveis que habitualmente são<br />

alugados por temporada, Antônio explica que, em<br />

datas especiais, a equipe é orientada a aumentar<br />

a atenção para reforçar a segurança. O risco de<br />

furtos e roubos, aliás, é a maior preocupação do<br />

porteiro-chefe do edifício de 24 unidades, que<br />

acredita que, apesar de o evento ser positivo para<br />

os comerciantes, pode vir a se tornar uma dor de<br />

cabeça para quem vive na região.<br />

Como até o fechamento da edição o condomínio<br />

ainda não havia recebido nenhuma orientação da<br />

Prefeitura sobre as alterações no bairro, Antônio<br />

não sabe exatamente o que vai mudar na rotina<br />

dos moradores da região. Mas, diante do cenário<br />

atual, ele especula se o público vai deixar para se<br />

animar mais em cima da hora. “Nem parece que<br />

vai acontecer em tão pouco tempo. Por enquanto,<br />

como diz a música: ‘tá tranquilo, tá favorável’”,<br />

brinca.<br />

Mais acostumados aos grandes<br />

eventos, prédios de Copacabana<br />

devem reforçar cuidados com a<br />

segurança<br />

Segundo o porteiro-chefe Antônio Fernandes, a<br />

movimentação para a Copa começou bem mais<br />

cedo que nas Olimpíadas<br />

MODALIDADES EM DISPUTA<br />

• Jogos Olímpicos:<br />

vôlei de praia, ciclismo (estrada), maratonas<br />

aquáticas, triatlo, remo, canoagem (velocidade) e<br />

vela<br />

• Jogos Paralímpicos:<br />

atletismo (maratona), paratriatlo, remo,<br />

paracanoagem e vela<br />

Daniel Wander<br />

SECOVI RIO / 2016 / nº <strong>101</strong> / 20


DEODORO<br />

A cerca de 30km dali, outro síndico também ainda<br />

está receoso com o legado olímpico. João Lima,<br />

que administra o Condomínio Parque Real, em<br />

Realengo, próximo ao Complexo Esportivo de<br />

Deodoro, se depara com uma faca de dois<br />

gumes.<br />

Se por um lado o edifício passou a contar com a<br />

bela vizinhança das novas instalações, por outro,<br />

teve que lidar com os transtornos de obras no<br />

entorno, que já duram cerca de dois anos e,<br />

segundo ele, não têm exatamente gerado<br />

resultados positivos: “Infelizmente, elas têm<br />

causado muitos problemas. Por aqui nunca houve<br />

enchente, mas, depois das obras, ocorreram<br />

situações em que os moradores não conseguiam<br />

entrar no condomínio.”<br />

À frente do Parque Real há cerca de 10 anos,<br />

João conta que a combinação da poeira das<br />

obras com a temporada de chuvas resultou em<br />

muita lama e que já foi necessário chamar a<br />

Cedae para sugar os bolsões de água. De acordo<br />

com ele, os moradores de algumas das 432<br />

unidades também têm reclamado da ausência de<br />

orientação de trânsito no local, tanto sobre as<br />

mudanças de trajeto quanto sobre a presença de<br />

buracos na pista.<br />

O resultado disso, o síndico explica, é o aumento<br />

nos engarrafamentos. “De Realengo até o Centro<br />

costumava-se levar cerca de uma hora de<br />

viagem. Ultimamente, leva-se por volta de duas<br />

horas e meia”, compara.<br />

Desanimado com os resultados apresentados até<br />

agora, o síndico não perde completamente as<br />

esperanças e afirma levar fé na chegada do BRT.<br />

Além disso, mostra-se positivo quanto ao legado<br />

esportivo: “Acho que vai ser ótimo se houver<br />

aplicação, continuidade e incentivo. O esporte é<br />

muito bom, consegue ‘arrebanhar’ a rapaziada.”<br />

Nascido em Maceió e morando no Rio desde<br />

1956, João se considera “carioca da gema” e,<br />

como tal, diz querer acreditar que a situação vai<br />

melhorar e torce para que tudo transcorra bem:<br />

“Espero chamar a atenção da cidade para a<br />

região. Tenho esperança de que tudo isso vai<br />

trazer um bom resultado para nós todos.”<br />

Obras acarretaram lama,<br />

buracos no asfalto e problemas<br />

de trânsito, mas expectativa é<br />

positiva<br />

Para João Lima, as instalações estão bonitas, mas as obras<br />

no entorno só têm gerado problemas<br />

MODALIDADES EM DISPUTA<br />

• Jogos Olímpicos:<br />

basquetebol e pentatlo moderno (esgrima),<br />

rúgbi, pentatlo moderno (hipismo, natação e<br />

combinado), hipismo, tiro esportivo, hóquei sobre<br />

grama, ciclismo (BMX), ciclismo (mountain bike)<br />

e canoagem<br />

• Jogos Paralímpicos:<br />

esgrima em cadeira de rodas, futebol de 7,<br />

hipismo e tiro esportivo<br />

Daniel Wander<br />

SECOVI RIO / 2016 / nº <strong>101</strong> / 21


MARACANÃ<br />

Para muita gente, a agitação não é motivo para<br />

estresse. É o que garante Zelma Barcaui, síndica<br />

do Edifício Aquarius, no Maracanã. Apesar de<br />

estar apenas a cerca de 300m do palco de<br />

abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos, a<br />

experiência de 15 anos à frente do condomínio de<br />

72 unidades fez com que ficasse bem<br />

acostumada a grandes eventos. Já viu os Jogos<br />

Pan-Americanos de 2007 e a Copa do Mundo de<br />

Futebol de 2014.<br />

Aliás, como o entorno do estádio já havia sido<br />

reformado para o último evento, os moradores da<br />

região já desfrutam do resultado há um bom<br />

tempo. “Ficou mais bonitinho. Principalmente o<br />

trecho da Avenida Maracanã. Está mais<br />

iluminado, e a modificação no trânsito também foi<br />

muito boa. Acho que a obra foi válida”, elogia a<br />

síndica.<br />

Além do Maracanã e do Sambódromo, a área<br />

definida para o evento como Região Maracanã<br />

terá competições no Maracanãzinho e no Estádio<br />

Olímpico João Havelange, conhecido como<br />

Engenhão. Sobre as preparações para o evento,<br />

Zelma acredita que a maior preocupação dos<br />

organizadores é o trânsito no entorno.<br />

Segundo ela, a Prefeitura enviou ao condomínio<br />

um formulário para fazer um levantamento dos<br />

veículos dos moradores, que receberão adesivos<br />

para que possam circular próximo ao estádio. E,<br />

quando estiverem a pé, eles precisarão sair de<br />

casa com comprovantes de residência. Outra<br />

providência da Prefeitura foi enviar um mapa,<br />

informando ao condomínio o que será alterado<br />

nos dias de evento. “De resto, não dá problema<br />

nenhum”, garante.<br />

Apesar da calma, a síndica admite que agora a<br />

situação é diferente. “A Copa não foi toda aqui no<br />

Rio. Era mais tranquilo. Pode ser que seja mais<br />

complicado, mas acho que o policiamento vai ser<br />

bem mais rigoroso”, reflete. Confiante em sua<br />

equipe, ela também conta com um trunfo. “Todo<br />

esquema de segurança é montado próximo à<br />

minha porta. Sempre tem um carro da polícia aqui<br />

na frente”, comemora.<br />

Moradores foram cadastrados:<br />

só circula quem tiver adesivo no<br />

veículo ou comprovante<br />

de residência<br />

Apesar de estar a poucos metros do estádio do Maracanã,<br />

Zelma se diz tranquila quanto ao início dos Jogos Olímpicos<br />

MODALIDADES EM DISPUTA<br />

• Jogos Olímpicos:<br />

futebol, voleibol, atletismo (maratona) e tiro com<br />

arco<br />

• Jogos Paralímpicos:<br />

tiro com arco<br />

marchello74 – Shutterstock<br />

SECOVI RIO / 2016 / nº <strong>101</strong> / 22


Fernando Alvim<br />

MUDANÇAS<br />

IMPORTANTES<br />

Para o presidente do Instituto de Arquitetos do<br />

Brasil (IAB), Pedro da Luz Moreira, não há como<br />

negar que a cidade está sofrendo alterações<br />

importantes, mas, apesar das intervenções na<br />

área do porto, as fortes mudanças na região da<br />

Barra da Tijuca determinam a ausência de uma<br />

direção clara.<br />

“O Centro e a Zona Portuária possuem o potencial<br />

de reverter uma tendência da cidade, que é o<br />

crescimento para a Zona Oeste. Recuperar essas<br />

áreas significa investir em uma cidade mais densa,<br />

mais ocupada, onde podem morar estratos sociais<br />

diferentes”, pontua o arquiteto.<br />

Ainda assim, para Moreira, a atenção à região de<br />

Deodoro é algo positivo: “É uma área da cidade<br />

carente de investimentos públicos.” Para ele,<br />

comodidades e áreas de lazer são elementos que<br />

faltam para gerar qualidade de vida para os bairros<br />

que contornam o percurso da linha do trem. Por<br />

isso, destaca como um bom legado o Parque<br />

Madureira, inaugurado em 2012. Por outro lado,<br />

lamenta o insucesso da despoluição da Baía de<br />

Guanabara: “Muitos bairros se beneficiariam com<br />

a despoluição.”<br />

Já do ponto de vista da mobilidade, o presidente<br />

do IAB também destaca alguns avanços, mas<br />

acredita que as prioridades não foram as mais<br />

adequadas: “Grande parte do investimento do<br />

município foi feita num modal de média<br />

capacidade, que são os BRTs, enquanto, no<br />

projeto do governo do estado, o principal<br />

investimento está sendo feito no metrô.” Para ele,<br />

poderia haver muito mais verba dedicada aos<br />

trens, considerados modais de alta capacidade. “É<br />

uma rede potente que cruza a metrópole e poderia<br />

vir a atender um número expressivo de pessoas”,<br />

explica.<br />

Moreira conta que o sistema de trens já chegou a<br />

transportar cerca de 1,2 milhão de passageiros por<br />

dia, enquanto, hoje, leva cerca de 600 mil pessoas<br />

diariamente. Esse dado é fruto de um abandono de<br />

parte da população que passou a utilizar outros<br />

meios de transporte público. “Os outros modais<br />

não deveriam competir com ele, e sim ser<br />

complementares a ele. No entanto, não se trata de<br />

uma rede que tenha a confiança da população.<br />

Está sucateada, mal estruturada e não é confiável<br />

do ponto de vista do usuário”, lamenta.<br />

Fonte: Abrelpe<br />

Para o presidente do IAB, Pedro da Luz Moreira, mudanças<br />

não apresentaram uma direção clara<br />

UMA GRANINHA<br />

EXTRA<br />

A realização dos Jogos Olímpicos no Rio de<br />

Janeiro deixou muita gente com cifrões nos olhos,<br />

“à la Tio Patinhas”. Para o mercado de locação de<br />

temporada, o evento é uma oportunidade e tanto.<br />

É o que garante a diretora-geral do site Alugue<br />

Temporada, Mariana Bastos. Segundo ela, entre a<br />

realização da Copa do Mundo de Futebol, em<br />

2014, e o ano passado, o número de acessos ao<br />

site cresceu 35%, atingindo 21 milhões de<br />

visitantes em 2015.<br />

A diretora conta que cerca de 36% da demanda é<br />

de estrangeiros e, de acordo com uma pesquisa<br />

interna realizada com proprietários, foi apurado<br />

que mais de 40% dos hóspedes são americanos,<br />

22% europeus, e os argentinos somam<br />

aproximadamente 15%. “Um dado interessante é<br />

que os turistas internacionais, como vêm de mais<br />

longe, pretendem ficar na cidade por mais de 10<br />

dias. Entre os brasileiros, a média é de uma<br />

semana”, destaca.<br />

Apesar de não possuir um levantamento<br />

específico de dados comparando brasileiros e<br />

estrangeiros quanto à procura para as Olimpíadas,<br />

Mariana avalia que os viajantes, de maneira geral,<br />

buscam por imóveis grandes, com pelo menos três<br />

quartos: “São famílias e grupos de amigos que se<br />

reúnem e optam por esse modelo de<br />

hospedagem, priorizando a privacidade, a<br />

possibilidade de compartilhar momentos especiais<br />

juntos e a versatilidade de deixar as crianças<br />

brincando, enquanto aproveitam para tomar uma<br />

taça de vinho ou mesmo ver um filme.”<br />

Turista estrangeiro passa mais<br />

tempo no Rio: em média, são 10<br />

dias. Americanos são a maioria.<br />

De acordo com a diretora, a maior oferta de<br />

imóveis no Rio ocorre em Copacabana (36%),<br />

seguido de Barra (17%), Ipanema (13%) e Leblon<br />

(6,5%). Mas ela ressalta que o Joá e o Itanhangá<br />

dobraram a quantidade de imóveis anunciados<br />

entre fevereiro de 2015 e o mesmo mês de 2016.<br />

O primeiro, com crescimento de 117%, e o<br />

segundo, com 100%.<br />

Para quem tem um imóvel disponível e quer uma<br />

fatia desse bolo, Mariana orienta: anúncios claros,<br />

com preços atualizados para o período e<br />

comunicação clara e direta com o locatário. “O<br />

carioca sabe como receber. Temos certeza de que<br />

o retorno será excelente tanto para o proprietário,<br />

que conseguirá uma renda extra, quanto para o<br />

viajante, que estará presente no maior evento<br />

esportivo do mundo como se estivesse em sua<br />

própria casa.”


JURÍDICO • ARTIGO<br />

INOVAÇÕES<br />

PREVISTAS<br />

NO NOVO<br />

CÓDIGO DE<br />

PROCESSO<br />

CIVIL<br />

Ana Cristina Rielo • Departamento Jurídico do Secovi Rio<br />

As mudanças nas leis são necessárias para que<br />

elas acompanhem a evolução da sociedade.<br />

Embora tenha sofrido várias alterações no<br />

decorrer dos anos, o Código de Processo Civil de<br />

1973 precisava há muito tempo de uma grande<br />

atualização, a fim de atender aos anseios da<br />

sociedade por uma Justiça mais célere e efetiva.<br />

O novo Código de Processo Civil, Lei nº<br />

13.105/2015, entrou em vigor no dia 18 de março<br />

de 2016 e permitiu uma série de inovações aos<br />

procedimentos judiciais. Este artigo aponta<br />

algumas dessas modificações, que interessam de<br />

perto à administração condominial.<br />

Mediação<br />

O texto insere a mediação como método alternativo<br />

de solução de conflitos, em que as partes litigantes<br />

são conduzidas a uma comunicação efetiva, na<br />

busca de uma composição que atenda aos<br />

interesses de ambos. Além de estar no CPC, a<br />

alternativa foi regulamentada pela Lei nº<br />

13.140/2015.<br />

No procedimento judicial comum, o réu será citado<br />

e intimado para comparecer à audiência de<br />

conciliação ou de mediação. Cabe ao juiz indicar se<br />

o meio mais adequado para as partes solucionarem<br />

seu impasse será a mediação ou a conciliação.<br />

Ambas são caracterizadas pelos princípios da<br />

independência, da imparcialidade, da autonomia da<br />

vontade, da confidencialidade, da oralidade, da<br />

informalidade e da decisão informada.<br />

A confidencialidade é uma prerrogativa de<br />

todas as informações produzidas no curso<br />

do procedimento, cujo teor não poderá ser<br />

utilizado para um fim diferente do<br />

deliberado expressamente pelas partes.<br />

Em razão do dever de sigilo, inerente às suas<br />

funções, o conciliador e o mediador, assim como os<br />

membros de suas equipes, não poderão divulgar ou<br />

depor acerca de fatos ou elementos oriundos da<br />

conciliação ou da mediação.<br />

Admite-se a aplicação de técnicas negociais, com o<br />

objetivo de proporcionar ambiente favorável à<br />

autocomposição. A mediação e a conciliação serão<br />

regidas conforme a livre autonomia dos<br />

interessados, inclusive no que diz respeito à<br />

definição das regras procedimentais.<br />

Para ajudar a acelerar a solução das demandas<br />

condominiais, o Secovi Rio criou a sua Câmara de<br />

Mediação, em que as partes poderão, com o auxílio<br />

do mediador, buscar uma solução amigável para os<br />

conflitos tão comuns em condomínios, como os<br />

relativos a barulhos, animais e vizinhança.<br />

SECOVI RIO / 2016 / nº <strong>101</strong> / 25


Citação<br />

Com o novo CPC, o porteiro do prédio pode<br />

receber a citação postal. Ele pode até recusar o<br />

recebimento, desde que declare, por escrito, sob<br />

as penas da lei, que o destinatário da<br />

correspondência está ausente ou não reside mais<br />

no imóvel. Assim, muitos réus que se furtavam a<br />

receber a citação já não poderão fazê-lo.<br />

Dessa forma, na hipótese de o condomínio ainda<br />

não dispor de um controle de entrega de<br />

correspondências registradas, é recomendável<br />

que providencie um livro para registro dessas<br />

correspondências, e, quando da entrega aos<br />

condôminos, estes firmarem o protocolo do<br />

recebimento.<br />

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SECOVI RIO / 2016 / nº <strong>101</strong> / 26


Execução judicial da cota<br />

condominial<br />

Antes, as demandas condominiais eram ajuizadas por ações de<br />

cobrança, que se arrastavam por longos anos. O novo CPC, no<br />

artigo 784, X, considera como título executivo extrajudicial o<br />

crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias<br />

de condomínio edilício, previstas na respectiva Convenção ou<br />

aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente<br />

comprovadas.<br />

Com isso, os processos avançam a fase de conhecimento, em<br />

que o condomínio apresenta a petição inicial, o condômino<br />

devedor contesta, o juiz profere a sentença e somente então<br />

pode-se executar a dívida – inclusive, levando o imóvel a leilão.<br />

Toda essa tramitação levava um tempo considerável.<br />

Agora, basta o condomínio deliberar em assembleia a<br />

aprovação do valor da cota ordinária e/ou extraordinária para<br />

dar liquidez ao valor da cota condominial e poder cobrar<br />

executivamente esse montante, acrescido de juros e correção<br />

monetária. Ajuizada a execução, o condômino devedor terá três<br />

dias para quitar o valor da dívida ou indicar bens e imóveis para<br />

leilão.<br />

Continua resguardado o direito de defesa do devedor, mas o<br />

processo terá uma fase única, que é o da execução, com a<br />

possibilidade de ele requerer o parcelamento da dívida em seis<br />

vezes, desde que deposite 30% do seu valor total.<br />

Para ingressar com a execução de cotas condominiais,<br />

a administração do condomínio deve ser mais criteriosa<br />

nas deliberações assembleares e na redação de suas<br />

atas.<br />

No momento da apresentação do orçamento, o síndico, se for o<br />

caso, informará o valor proposto para a cota, que deverá constar<br />

na redação da ata dessa assembleia. Fica assim demonstrada a<br />

liquidez do valor da cota condominial, o que propicia a execução<br />

direta do valor dessa cota.<br />

Junto com a ata, item imprescindível para o ajuizamento da ação<br />

de execução, deve o síndico entregar ao advogado que conduzirá<br />

o processo uma planilha do débito mês a mês, acrescido da multa<br />

de 2% e dos juros contados a partir do primeiro mês do<br />

vencimento da dívida, atualizada até a data de entrada da ação,<br />

além da ata da assembleia que o elegeu e da Convenção do<br />

condomínio.<br />

A ação de execução, por ser mais rápida, não admite a inclusão<br />

de cotas que não forem pagas no curso do processo, cabendo ao<br />

condomínio ajuizar outra ação de execução para a cobrança das<br />

cotas que vencerem após aquele ajuizamento.<br />

Caso o condomínio não queira ter vários processos contra um<br />

mesmo condômino, poderá optar pelo procedimento comum,<br />

passando pela fase de conhecimento, o que certamente fará com<br />

que leve mais tempo para o recebimento do valor da dívida.<br />

Optando por esse procedimento comum, poderá somar as<br />

parcelas que vencerem no curso da demanda judicial até a<br />

sentença.<br />

SECOVI RIO / 2016 / nº <strong>101</strong> / 27<br />

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JURÍDICO • CONSULTAS<br />

CNPJ<br />

Os condomínios devem ser cadastrados na<br />

Receita Federal como pessoa jurídica, para<br />

efeitos fiscal e trabalhista?<br />

Conforme disposto na Instrução Normativa RFB nº<br />

1.470/2014, os condomínios edilícios, conceituados<br />

pelo Código Civil, são obrigados a se inscrever no<br />

Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ).<br />

Ele é indispensável para o cumprimento de uma<br />

série de obrigações, em especial o recolhimento de<br />

impostos e a apresentação de informações à<br />

autoridade pública. É o caso, por exemplo, da<br />

transmissão das informações à Previdência Social e<br />

ao FGTS, que, desde julho de 2013, devem ser<br />

feitas pelo canal Conectividade Social ICP, que<br />

exige a certificação digital.<br />

Registro<br />

A Convenção de um condomínio, sem registro<br />

no Cartório de Imóveis, é válida?<br />

O Código Civil estabelece, em seu artigo 1.333,<br />

que todos os condôminos e possuidores estão<br />

sujeitos à Convenção condominial, ainda que sem<br />

registro. Para ter efeito contra terceiros, ela deve<br />

ser registrada no Registro de Imóveis. Isso significa<br />

dizer que, entre os próprios condôminos, não<br />

precisa estar registrada para ser obrigatória. Tal<br />

orientação é pacífica tanto na doutrina quanto na<br />

jurisprudência, inclusive sendo sumulada pelo<br />

Superior Tribunal de Justiça.<br />

Informação<br />

Os condomínios estão obrigados a se<br />

enquadrar no eSocial?<br />

A obrigatoriedade da utilização do eSocial para os<br />

condomínios está prevista para vigorar, a princípio,<br />

em janeiro de 2017. Após essa data, todos os<br />

procedimentos relativos a folha de pagamento,<br />

férias e movimentações dos empregados deverão<br />

observar rigorosamente o que estabelece a<br />

legislação. É fundamental que os dados dos<br />

empregados estejam consistentes com o Cadastro<br />

Nacional de Informações Sociais (CNIS). Contudo,<br />

observe-se que, até que o eSocial esteja em pleno<br />

funcionamento, deve ser feita uma série de<br />

cadastros e lançamentos, a fim de verificar<br />

possíveis inconsistências, de forma a que estas<br />

possam ser sanadas tempestivamente.<br />

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SECOVI RIO / 2016 / nº <strong>101</strong> / 30


Garantia<br />

Como deve ser calculada a devolução da<br />

caução dada em garantia locatícia?<br />

Conforme previsto no artigo 37 da Lei do Inquilinato<br />

(Lei nº 8.245/1991), a caução é uma modalidade de<br />

garantia locatícia, podendo ser em bens móveis,<br />

bens imóveis, em dinheiro, em títulos e ações. O<br />

artigo 38 explicita que, em relação à caução em<br />

dinheiro, ela não poderá exceder o equivalente a<br />

três meses de aluguel, que serão depositados em<br />

caderneta de poupança autorizada pelo poder<br />

público e por ele regulamentada. Todas as<br />

vantagens dela decorrentes por ocasião do<br />

levantamento da soma respectiva revertem em<br />

benefício do locatário.<br />

O valor dado em caução deve ser corrigido com os<br />

mesmos percentuais aplicados aos rendimentos da<br />

caderneta de poupança. A devolução da caução<br />

ocorre quando há a rescisão do contrato de<br />

locação, com a entrega das chaves e a emissão do<br />

recibo de quitação.<br />

Em geral, contratos de locação especificam a<br />

responsabilidade do locatário pelo pagamento de<br />

aluguéis e reparos no imóvel até a efetiva entrega<br />

das chaves, que ocorre após a vistoria por parte do<br />

locador e a constatação da necessidade ou não de<br />

reparos. Enquanto o imóvel não for entregue nas<br />

condições previstas no contrato, o locatário ficará<br />

responsável pelo pagamento dos aluguéis. Poderá<br />

ser acordada entre o locador e o locatário a<br />

compensação dessas despesas com o valor da<br />

caução a ser devolvida ao final do contrato.<br />

Afastamento<br />

O empregado que, após afastamento do<br />

trabalho por benefício previdenciário, vem a ser<br />

aposentado por invalidez pode ser demitido?<br />

O empregado que for aposentado por invalidez terá<br />

suspenso o seu contrato de trabalho durante o<br />

prazo fixado pelas leis de previdência social para a<br />

efetivação do benefício, conforme disposto no<br />

artigo 475 da CLT. Nesse caso, o vínculo<br />

empregatício permanece, não podendo ser<br />

rescindido.<br />

No curso da aposentadoria por invalidez, não há<br />

qualquer pagamento por parte do empregador,<br />

bem como não são devidos os depósitos referentes<br />

ao FGTS. De acordo com a legislação<br />

previdenciária, a aposentadoria por invalidez será<br />

mantida enquanto o segurado for considerado<br />

incapaz para o trabalho.<br />

Recuperada a capacidade para o trabalho, a<br />

aposentadoria será cancelada, tendo o empregado<br />

assegurado o retorno à função que ocupava. Fica a<br />

critério do empregador a decisão de rescindir ou<br />

não o contrato de trabalho, com o correspondente<br />

pagamento de verbas rescisórias, nos termos do<br />

artigo 475, parágrafo 1º, da CLT.<br />

Homologação<br />

Que procedimento deve ser adotado em relação<br />

ao empregado de uma administradora de<br />

imóveis que pediu demissão e, apesar de<br />

regularmente informado, por mais de uma vez<br />

não compareceu ao sindicato profissional na<br />

data de homologação da rescisão?<br />

A homologação da rescisão do contrato de<br />

trabalho, prevista no parágrafo 1º do artigo 477 da<br />

CLT, feita pelo sindicato profissional, é requisito de<br />

validade para os pedidos de demissão ou recibo de<br />

quitação. Se o empregado for devidamente avisado<br />

da data da homologação e não comparecer, o<br />

primeiro passo será obter uma declaração do<br />

sindicato dos empregados, certificando a ausência<br />

desse empregado. Tal medida serve para evitar<br />

futura discussão sobre incidência de multa pela não<br />

homologação da rescisão. Com esse documento,<br />

resta ao empregador aguardar eventual<br />

providência do trabalhador, como o ajuizamento de<br />

ação trabalhista para contestar o próprio pedido de<br />

demissão ou o valor rescisório recebido.<br />

Caso seja proposta uma reclamação trabalhista, o<br />

empregador deverá apresentar sua contestação.<br />

Com relação à multa estabelecida no artigo 477 da<br />

CLT, poderá se valer, inclusive, do previsto no caput<br />

da cláusula 18ª da Convenção Coletiva de Trabalho<br />

da categoria, que afasta a multa quando há demora<br />

ou ausência de homologação por culpa do<br />

empregado. É importante destacar que a ausência<br />

de homologação da rescisão do contrato de<br />

trabalho não anula o pedido de demissão formulado<br />

pelo empregado, conforme reiteradas decisões<br />

judiciais sobre a questão.<br />

SECOVI RIO / 2016 / nº <strong>101</strong> / 31


INSTITUCIONAL<br />

ELEIÇÕES 2016: PRIORIDADES DO SEGMENTO<br />

Secovi Rio apresenta demandas do setor aos candidatos<br />

a prefeito do Rio<br />

Gustavo Monteiro<br />

ra uma manhã de terça-feira, dia 7 de<br />

agosto de 2012, e o então candidato à<br />

reeleição para prefeito do Rio, Eduardo<br />

Paes, falava para uma plateia de síndicos e<br />

empresários no auditório do Secovi Rio.<br />

Além dele, Aspásia Camargo, Marcelo Freixo e<br />

Otávio Leite aceitaram o convite do Sindicato para<br />

mostrar suas propostas ao setor de comércio e<br />

serviços imobiliários.<br />

Ao final de cada debate, os aspirantes ao cargo<br />

executivo mais importante da cidade respondiam a<br />

perguntas sobre autovistoria, impostos, ocupação<br />

urbana, sustentabilidade etc., e recebiam um<br />

caderno de propostas com as principais demandas<br />

do segmento.<br />

Quatro anos depois, novos candidatos entram na<br />

disputa para comandar a Cidade Olímpica. O<br />

primeiro turno das eleições municipais de 2016, que<br />

elegerão em todo o país prefeitos e vereadores, será<br />

realizado em 2 de outubro, primeiro domingo do mês.<br />

Mas, assim como em 2012, o Secovi Rio está atento<br />

e já prepara um caderno com as propostas do setor<br />

para os políticos.<br />

Para conhecer as principais demandas, realizou-se<br />

uma reunião com os diretores de imobiliárias e<br />

administradoras de imóveis. Os pontos levantados<br />

serão utilizados na elaboração de um novo caderno<br />

de propostas a ser entregue nos debates que se<br />

realizarão em nossa sede no período de 30 de<br />

agosto a 6 de setembro. O material estará também<br />

disponível no site da Entidade. Conheça os temas<br />

mais relevantes para o setor imobiliário segundo os<br />

participantes.<br />

Segurança<br />

A violência foi um item bastante comentado. Os<br />

empresários concluíram que, embora a segurança<br />

pública seja uma atribuição do governo estadual, o<br />

governo municipal pode contribuir para atacar a<br />

origem do problema, garantindo educação de<br />

qualidade e urbanizando áreas degradadas a fim de<br />

promover a qualidade de vida. Um planejamento<br />

eficiente para a iluminação pública foi outro ponto<br />

levantado como estratégia para minimizar a<br />

insegurança.<br />

Ocupação urbana e sustentabilidade<br />

A regulação dos loteamentos no Plano Diretor do<br />

Município e a conservação dos passeios públicos e<br />

calçadas são itens que deverão merecer a atenção<br />

dos candidatos. O estímulo à coleta seletiva por meio<br />

da ampliação do serviço e de campanhas educativas<br />

também foi abordado na reunião para elaboração do<br />

caderno de propostas.<br />

Futuro da cidade<br />

Os preparativos para as Olimpíadas não ficaram de<br />

fora. O grupo indagou como o futuro prefeito<br />

pretende administrar todas as melhorias que a<br />

cidade está vendo nascer, em especial as<br />

relacionadas ao legado olímpico. Também foi<br />

debatido pelo grupo o tema “mobilidade urbana e<br />

transporte público”. O BRT esteve na pauta. Para os<br />

empresários, é preciso garantir que a rede não se<br />

sobrecarregue com o aumento da frota e a redução<br />

entre os intervalos de viagem. A qualidade do<br />

material utilizado no asfaltamento das linhas é um<br />

ponto que deve ser levado aos candidatos, avaliou o<br />

grupo focal.<br />

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SECOVI RIO / 2016 / nº <strong>101</strong> / 32


MATÉRIA ESPECIAL<br />

Embora ainda gere controvérsias quanto à sua aplicação,<br />

autovistoria do gás é fundamental para garantir<br />

Gustavo Monteiro<br />

a segurança dos usuários<br />

O gás natural canalizado ou o GLP dos botijões<br />

podem oferecer risco à saúde ou causar<br />

acidentes se não houver manutenção adequada<br />

dos equipamentos. Em 2014, uma explosão<br />

provocada pela má instalação de uma peça na<br />

cozinha de um apartamento em um prédio<br />

abastecido por gás natural, em São Conrado,<br />

reacendeu a preocupação de moradores e<br />

síndicos em toda a cidade. No mesmo ano, outro<br />

acidente grave num prédio em São Cristóvão,<br />

que teria sido causada por um botijão, também<br />

deixou todos em alerta.<br />

Em ambos os casos, é preciso atenção. Mas,<br />

quando se fala em gás, é importante esclarecer<br />

pontos importantes. O gás natural canalizado é<br />

fornecido pela CEG, e o GLP, mais conhecido<br />

como gás de botijão, não. E eles têm<br />

características muito diferentes. O primeiro, mais<br />

leve que o ar, se dissipa rapidamente, e por isso<br />

gera menos acidentes. No caso de um<br />

vazamento dentro de um banheiro, por exemplo,<br />

basta uma pequena abertura num basculante<br />

para que o gás evapore. Com o gás de botijão,<br />

acontece o oposto. Ele é mais pesado que o ar,<br />

ou seja, em vez de evaporar, ele vai se<br />

acumulando no ambiente. Nesse caso, acender<br />

um interruptor já é suficiente para causar uma<br />

explosão.<br />

Em meio a esse contexto de apreensão,<br />

legisladores correram para aprovar um projeto<br />

que tramitava havia sete anos e que se<br />

transformou na Lei Estadual nº 6.890/2014. Em<br />

vigor desde 18 de março de 2015, ela determina<br />

que todos os consumidores de gás natural<br />

canalizado das concessionárias CEG e CEG Rio<br />

devem realizar a vistoria das instalações em um<br />

prazo de até cinco anos a contar daquela data. A<br />

inspeção periódica abrange também as<br />

instalações que utilizam GLP em botijões.<br />

O consumidor (proprietário do imóvel) deve<br />

manter sob sua responsabilidade o laudo emitido<br />

pela empresa que fizer a inspeção. Aqueles que<br />

não realizarem a inspeção de segurança<br />

quinquenal terão o fornecimento de gás<br />

interrompido. Apelidada de Lei de Autovistoria do<br />

Gás, a norma gerou controvérsias.<br />

Primeiro, porque faltou uma regulamentação<br />

eficaz para normatizar a inspeção. Depois,<br />

porque a Lei nº 6.400/2013, no âmbito estadual,<br />

e a Lei Complementar nº 126/2013, no âmbito<br />

municipal, já haviam tornado obrigatória a<br />

realização de vistorias técnicas periódicas pelos<br />

responsáveis por imóveis existentes na cidade do<br />

Rio.<br />

Usuários que não fizerem<br />

a inspeção de segurança<br />

quinquenal terão<br />

o fornecimento<br />

suspenso<br />

Quer saber mais<br />

sobre a autovistoria<br />

do gás?<br />

Acesse este<br />

QR Code e veja a<br />

cartilha que a CEG<br />

elaborou para tirar<br />

todas as dúvidas.


Ônus para os proprietários de<br />

imóveis<br />

O Secovi Rio reconhece a importância de leis como<br />

esta, que visam garantir a segurança da população e<br />

a integridade dos edifícios, mas alerta que ela pode<br />

ser de difícil aplicabilidade para muitas edificações já<br />

existentes, sobretudo no que diz respeito à<br />

compatibilidade dos equipamentos, eventuais obras<br />

de infraestrutura, custo e eficácia para<br />

implementação da medida.<br />

Vale destacar que a lei prevê que “as inspeções<br />

provenientes da autovistoria abrangerão todos os<br />

equipamentos e instalações integrantes do sistema<br />

de fornecimento e distribuição do produto, em<br />

especial, fogões e aquecedores, com teste de<br />

monóxido de carbono, conforme o que dispõem as<br />

normas ABNT NBR-13.103 vigentes à época da<br />

realização da inspeção”.<br />

Normatização<br />

Em junho de 2015, a Agência Reguladora de<br />

Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio<br />

(Agenersa) publicou no “Diário Oficial” a Instrução<br />

Normativa (IN) Codir nº 48, que aprovava o<br />

regulamento e manual de rede de distribuição<br />

interna de gás.<br />

A IN define os requisitos mínimos à aprovação de<br />

projetos e inspeção e fiscalização da rede interna de<br />

gás – de acordo com a ABNT NBR 15.923 – para o<br />

cumprimento da Lei Estadual nº 6.890/2014.<br />

Cabe à Agenersa regular apenas as empresas de<br />

gás canalizado, uma vez que a agência é<br />

responsável pela regulação e fiscalização dos<br />

contratos de concessão firmados entre o governo do<br />

estado e as concessionárias CEG e CEG Rio –<br />

empresas do grupo Gás Natural Fenosa.<br />

Além de designar o Instituto Nacional de Metrologia,<br />

Qualidade e Tecnologia (Inmetro) como o órgão<br />

responsável por acreditar empresas para realizar o<br />

serviço de autovistoria quinquenal, a IN nº 48<br />

determina ainda que essas firmas tenham<br />

profissionais responsáveis inscritos no Conselho<br />

Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do<br />

Rio (Crea-RJ) ou no Conselho de Arquitetura e<br />

Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU-RJ).<br />

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SECOVI RIO / 2016 / nº <strong>101</strong> / 35


Como funciona a vistoria do gás?<br />

De acordo com a IN nº 48, os técnicos das empresas<br />

acreditadas deverão vistoriar todas as instalações e<br />

as peças que compõem os equipamentos referentes<br />

ao sistema de fornecimento de gás natural em fogões<br />

e aquecedores.<br />

Os técnicos, considerando as instalações adequadas,<br />

emitirão laudos em três cópias, sendo uma delas<br />

entregue ao consumidor, que deverá guardá-la como<br />

prova da sua regularidade junto à Lei nº 6.890/2014; a<br />

outra será remetida à concessionária para arquivamento.<br />

Além disso, fixarão na unidade consumidora um selo<br />

com as datas das vistorias realizada e prevista para a<br />

próxima inspeção quinquenal.<br />

Na hipótese de constatação de irregularidade capaz<br />

de ser sanada, os técnicos poderão fixar prazos – já<br />

determinados na normativa – para realização de<br />

adequações. Se essa inadequação representar risco<br />

para o cliente, poderá haver interrupção do<br />

fornecimento. Findo o prazo, devem retornar à<br />

unidade consumidora para nova inspeção de<br />

segurança.<br />

Considerando as instalações adequadas, os técnicos<br />

emitirão o laudo em três cópias e fixarão na unidade<br />

consumidora um selo com as datas das vistorias<br />

realizada e prevista para a próxima inspeção<br />

quinquenal. Caso o consumidor não tenha feito as<br />

adequações, será emitido um laudo reprovando as<br />

instalações. A CEG e a CEG Rio interromperão o<br />

fornecimento de gás da unidade assim que receberem<br />

o parecer da empresa responsável pela inspeção.<br />

Caso a vistoria identifique<br />

irregularidade, os usuários<br />

devem proceder ao<br />

reparo nos prazos<br />

determinados<br />

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SECOVI RIO / 2016 / nº <strong>101</strong> / 36


ITENS VERIFICADOS NA INSPEÇÃO PERIÓDICA DE GÁS<br />

A lista de itens a serem avaliados é grande: são mais de 40.<br />

Abaixo, alguns dos mais importantes:<br />

Instalação dos rabichos e<br />

aparelhos<br />

Chaminés de exaustão individuais<br />

e/ou coletivas ou forçadas<br />

dos aquecedores<br />

(dimensionamento<br />

e funcionamento)<br />

Traçado e materiais utilizados<br />

nas instalações prediais<br />

de gás internas<br />

Homogeneização da combustão<br />

dos aquecedores, com teste de<br />

monóxido de carbono, quando<br />

necessário<br />

Estanqueidade (proteção<br />

contra vazamentos) das<br />

instalações prediais<br />

internas de gás<br />

Estanqueidade das torneiras de<br />

ligação entre a tubulação de<br />

gás e os rabichos de ligação<br />

dos aparelhos<br />

Cabines de medidores<br />

e reguladores<br />

Qualidade do ambiente onde estão<br />

os aparelhos a gás instalados, e<br />

ventilações permanentes superiores<br />

e inferiores necessárias, conforme<br />

determinam as normativas vigentes<br />

SECOVI RIO / 2016 / nº <strong>101</strong> / 37


E QUANDO ALGO NÃO CHEIRA BEM...<br />

Os síndicos devem estimular moradores e funcionários a investigar<br />

rapidamente qualquer sinal de cheiro de gás. Se o produto for o canalizado,<br />

fornecido pela CEG, há que se fazer contato com a Central de Emergência da<br />

Companhia, no 08000-240197, que funciona 24 horas, todos os dias da<br />

semana. Caso a pessoa use botijão, a recomendação é ligar para o Corpo de<br />

Bombeiros (193). Veja abaixo dicas e informações importantes.<br />

Ao ligar para a Central de Emergência da CEG, uma equipe de atendimento<br />

será enviada para o endereço e fará uma avaliação. Se ficar comprovada<br />

a existência de escapamento de gás, o fornecimento será interrompido<br />

e restabelecido após uma nova verificação em que fique comprovado<br />

que não há mais escapamento.<br />

Abra portas e janelas, deixando<br />

o ambiente bem ventilado<br />

Feche os registros dos aparelhos<br />

a gás e do medidor. Não os abra<br />

até que o defeito seja reparado<br />

Não acione interruptores nem<br />

aparelhos elétricos<br />

Ao constatar qualquer<br />

anormalidade, como cheiro de<br />

queimado, fumaça ou fuligem,<br />

chame imediatamente o Corpo<br />

de Bombeiros e facilite<br />

o acesso da equipe<br />

Não fume nem acenda fósforos<br />

ou isqueiros. Também não faça<br />

nada que possa produzir<br />

centelhas ou chamas<br />

Avise os moradores do<br />

condomínio e, caso a situação<br />

seja grave, alerte quanto à<br />

necessidade de evacuação<br />

do prédio<br />

Conte com a presença de algum<br />

funcionário que conheça bem<br />

as instalações do edifício<br />

SECOVI RIO / 2016 / nº <strong>101</strong> / 38


NOSSOS LUGARES<br />

Bonito por natureza<br />

Amanda Gama<br />

Famosa pelas praias de águas cristalinas,<br />

a cidade de Cabo Frio também reúne um<br />

vasto patrimônio histórico<br />

Canto do Forte<br />

Acesse esse QR Code<br />

e confira, no canal do<br />

Youtube do Secovi Rio,<br />

o vídeo panorâmico<br />

em 360° da vista do<br />

Mirante do Morro da<br />

Guia.<br />

----------------------------<br />

SECOVI RIO / 2016 / nº <strong>101</strong> / 41


Como falar de Cabo Frio sem, imediatamente,<br />

pensar em praias? Não tem jeito. Ao lembrar do<br />

município da Região dos Lagos, parece quase<br />

impossível não pensar em suas águas cristalinas e<br />

areias branquinhas. Mas, também, pudera... É<br />

justamente essa riqueza de sal e sol que atrai um<br />

grande número de turistas, encantados pelas<br />

paisagens que parecem prontas para serem<br />

emolduradas.<br />

Entre tantos visitantes, destacam-se os vizinhos<br />

fluminenses, em especial os da capital, e também<br />

os mineiros. Estão em todos os lugares. E chegar a<br />

essa conclusão não é muito difícil, basta dar uma<br />

olhadinha nas placas dos carros estacionados pela<br />

cidade. O turismo, principal atividade da região,<br />

aliás, acabou incentivando muita gente a ir para<br />

ficar.<br />

Foi o caso da mineira Paula Cristina Nogueira, de<br />

20 anos, que há quatro meses deixou o pequeno<br />

município de Martins Soares em busca de uma<br />

oportunidade de emprego. Com os tios vivendo em<br />

Cabo Frio, ela decidiu apostar sem sequer<br />

conhecer a cidade. “Pensei: ‘Vou arriscar. Se eu não<br />

for, não vou saber se pode dar certo.’ Então fiz as<br />

malas e vim”, conta.<br />

E deu certo: em apenas três dias, Paula conseguiu<br />

uma vaga como atendente em uma loja de<br />

presentes no famoso Shopping dos Biquínis.<br />

Infelizmente (ou felizmente), o tempo dedicado ao<br />

trabalho não tem permitido à jovem explorar muito a<br />

cidade. Mas, por ironia, a mineira que trocou o<br />

interior pelo litoral não gosta de praia, o que não a<br />

impede de declarar o amor por aquela região e já<br />

ter um lugarzinho preferido: “Amo o Morro da Guia.<br />

É lindo! Dá para ver tudo de lá. Apesar do calor,<br />

Cabo Frio é muito bom. Não tem como não gostar.”<br />

O Shopping dos Biquínis era uma rua que reunia lojas de<br />

moda praia e acabou transformada<br />

Amanda Gama<br />

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Garanta seu condomínio<br />

em condições seguras<br />

Conte com uma equipe altamente qualificada para realizar<br />

o serviço de vistoria técnica preventiva nas instalações de<br />

gás natural do seu condomínio<br />

O serviço inclui:<br />

Realização de teste de estanqueidade com emissão de laudo de resultado<br />

e respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica (ART).<br />

Avaliação quanto ao cumprimento das normas técnicas brasileiras de<br />

utilização de gás canalizado.<br />

Entrega de laudo técnico atestando o cumprimento das normas e/ou<br />

possíveis adequações necessárias para o uso seguro do gás canalizado.<br />

Em até<br />

12x<br />

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SECOVI RIO / 2016 / nº <strong>101</strong> / 42


O cantinho escolhido por Paula é uma prova de<br />

que não são apenas as famosas praias que<br />

tornam Cabo Frio tão atraente. Pelas ruas do<br />

sétimo município mais antigo do Brasil, é possível<br />

encontrar belos exemplares da história do país,<br />

como o bairro da Passagem, área de povoação<br />

portuguesa mais antiga da cidade; a Igreja Matriz<br />

de Nossa Senhora d’Assunção, inaugurada em<br />

1615; o famoso Forte São Mateus, construído<br />

entre 1616 e 1620; o Convento de Nossa Senhora<br />

dos Anjos, de 1696, aos pés do ponto preferido<br />

de Paula, onde também existe a capela<br />

construída em 1740.<br />

E foi justamente lá no alto, numa manhã<br />

ensolarada, que encontramos o eletricista<br />

Elcimar Alves, de 44 anos. Cabo-friense de<br />

coração, ele nasceu em Campos dos Goytacazes<br />

e chegou à cidade junto com a família com<br />

apenas 2 anos de idade. Acompanhado da<br />

mulher, a cabeleireira Andréia Pessoa, de 35<br />

anos, ele aproveitava o tempo agradável para lhe<br />

apresentar a bela vista, uma entre tantas que ela<br />

ainda deseja conhecer.<br />

E esse desejo vai ter que ser realizado aos<br />

pouquinhos, já que a cabeleireira, que é mineira,<br />

mora em Araruama, município a cerca de 40km<br />

de distância. Casada com Elcimar há pouco<br />

tempo, ela tem que aproveitar as folgas para<br />

poder conhecer um pouquinho mais da cidade<br />

onde vive o marido.<br />

Mas, se a logística do relacionamento a distância<br />

pode causar estranhamento em alguns, o casal<br />

explica que ainda estão tentando conciliar a vida<br />

deles por causa de seus empregos. Para<br />

solucionar a questão, Elcimar chegou a propor<br />

que o casal se mude para Iguaba Grande,<br />

localizada entre as duas cidades.<br />

No entanto, apesar da sugestão, Andréia se<br />

mostra ainda mais flexível. “Se alguém tiver que<br />

ceder, vou segui-lo, porque aqui é mais gostoso”,<br />

diverte-se. Mas, mesmo ainda não conhecendo<br />

tudo, ela já tem um lugar querido na cidade,<br />

compartilhado com Elcimar: o Canto do Forte.<br />

“Tem uma visão linda de Cabo Frio”, garante o<br />

eletricista.<br />

Mas, como nem tudo é perfeito, Elcimar acredita<br />

que a cidade ainda precisa de investimento em<br />

áreas como saúde e limpeza: “Cabo Frio é uma<br />

cidade turística, e os turistas não querem ficar em<br />

um lugar largado.”<br />

Para o historiador Rafael Peçanha, especialista<br />

em sociologia urbana, as verbas públicas acabam<br />

sendo mais destinadas à região central da cidade,<br />

que costuma receber maior número de turistas.<br />

“Não acho que esteja errado, é preciso investir na<br />

área que há 30, 40 anos é um grande polo de<br />

atração. Mas, se disseminar um pouco desses<br />

recursos em outros aparelhos turísticos, cria-se<br />

uma rede que vai permitir que a cidade toda<br />

lucre”, avalia.<br />

Convento Nossa Senhora dos Anjos<br />

Elcimar e Andréia fazem uma selfie diante da vista do<br />

mirante do Morro da Guia<br />

Amanda Gama<br />

SECOVI RIO / 2016 / nº <strong>101</strong> / 43


#saibamais<br />

O município foi fundado em 13 de novembro de 1615 como Santa<br />

Helena e teve o nome alterado para Nossa Senhora d’Assunção de<br />

Cabo Frio. Está localizado a 155km da capital. Possui cerca de 200 mil<br />

habitantes, segundo o último levantamento do IBGE.<br />

Amanda Gama<br />

Praia do Forte<br />

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SECOVI RIO / 2016 / nº <strong>101</strong> / 44


Da ponte para cá e para lá também<br />

Rafael, o autor do livro “O Outro Lado da<br />

Ponte – Um Olhar Antropológico. Uma<br />

História Urbana”, que trata sobre o<br />

processo de urbanização da cidade,<br />

defende a existência de uma divisão social que<br />

tem como símbolo a Ponte Feliciano Sodré.<br />

Segundo ele, esse panorama é resultado de um<br />

desenvolvimento urbano traçado considerando a<br />

ótica de fora da cidade, seja do turista ou do<br />

próprio planejador. “As pessoas falam que moram<br />

‘da ponte pra lá’ ou ‘da ponte pra cá’”, explica.<br />

Com o desenvolvimento da indústria salineira, a<br />

região “da ponte pra lá”, que abrange bairros<br />

como Gamboa, Peró, Jardim Esperança, Tamoio<br />

e outros, foi crescendo de maneira desordenada.<br />

De qualquer forma, a área tem apresentado um<br />

crescimento turístico, o que ele atribui<br />

principalmente aos valores convidativos dos<br />

bairros mais afastados do centro da cidade e à<br />

estrutura agradável. “É uma tendência muito<br />

positiva, contanto que haja investimento”,<br />

acrescenta.<br />

Apaixonado por Cabo Frio, Rafael destaca como<br />

seu lugar preferido a Praia do Forte: “É linda!<br />

Totalmente diferenciada do resto do Brasil. Aliás,<br />

toda a extensão: Ilha do Japonês, Peró...” Ele<br />

também acredita que é esse conjunto de belezas<br />

naturais o grande diferencial da cidade. “É algo<br />

que, independentemente do investimento,<br />

continua ali atraindo. A qualidade das praias e a<br />

vegetação são invejáveis. É um patrimônio que<br />

nunca vai acabar, ele vai continuar gerando lucros<br />

desde que nós o preservemos”, completa.<br />

Canto do Forte<br />

Amanda Gama<br />

Canal Itajuru<br />

SECOVI RIO / 2016 / nº <strong>101</strong> / 45


CONHEÇA OS ASSOCIADOS E OS<br />

SÓCIOS SOLIDÁRIOS DO SECOVI RIO<br />

ASSOCIADOS<br />

ACIR ADMINISTRAÇÃO S/A<br />

www.aciradm.com.br • 2212-5300<br />

AD'RIO ADMINISTRAÇÃO DE IMÓVEIS<br />

www.adrio.com.br • 2262-3774<br />

ADIPLANTEC ADMINISTRAÇÃO DE IMÓVEIS<br />

E PLANEJAMENTO S/C LTDA<br />

www.adiplantec.com.br • 2524-1844<br />

ADJUVE IMOBILIÁRIA LTDA - EPP<br />

www.adjuve.com.br • 2249-9009<br />

ADMINISTRADORA ABRJ LTDA<br />

www.abrj.com.br • 3253-7001<br />

ADMINISTRADORA DE IMÓVEIS MASSET LTDA<br />

www.masset.com.br • 2240-1323<br />

ADMINISTRADORA NACIONAL LTDA<br />

www.admnacional.com.br • 3212-1935<br />

ADMINISTRADORA QUATRO MARIAS LTDA<br />

www.quatromarias.com.br • 2533-8869<br />

AJF COSTA NETO CONDOMÍNIOS E LOCAÇÕES LTDA<br />

www.ajfcostaneto.com.br • 2221-7748<br />

APSA - ADMINISTRAÇÃO PREDIAL E NEGÓCIOS<br />

IMOBILIÁRIOS S.A<br />

www.apsa.com.br • 3233-3009<br />

ART NOVA ASSESSORIA IMOBILIÁRIA LTDA<br />

www.artnova.com.br • 3222-9044<br />

ATLÂNTIDA ADMINISTRADORA DE IMÓVEIS LTDA<br />

www.atlantida-adm.com.br • 2277-9696<br />

BAP ADMINISTRAÇÃO DE BENS LTDA<br />

www.bap.com.br • 4501-2200<br />

BCF ADMINISTRADORA DE BENS LTDA<br />

www.bcfadm.com.br • 2509-9002<br />

BERVEL EMPREENDIMENTOS LTDA<br />

www.bervel.com.br • 2212-6100<br />

BNI BANCO DE NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS LTDA<br />

www.bnionline.com.br • 2189-8484<br />

CELISA EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA<br />

www.celisa.com.br • 2526-8350<br />

CENTRIMÓVEIS LTDA<br />

www.centrimoveis.com.br • 3978-6021<br />

CINOCRED IMÓVEIS LTDA<br />

www.cinocred.com.br • 2199-0600<br />

CIPA - PARTICIPAÇÕES E ADMINISTRAÇÃO SA<br />

www.cipa.com.br • 2196-5000<br />

CONAC ADM DE IMÓVEIS LTDA<br />

www.conacimoveis.com.br • 3797-3797<br />

CRASE-SIGMA EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA<br />

www.crasesigma.com.br • 2525-0900<br />

EMACI EMPRESA DE ASSESSORIA A CONDOMÍNIOS<br />

E IMÓVEIS LTDA<br />

www.emaci.com.br • 2262-6767<br />

ENGEPRED ADMINISTRADORA DE IMÓVEIS S/C LTDA<br />

www.engepred.com.br • 2253-4872<br />

ESTASA EMPRESA DE SERVIÇOS TÉCNICOS<br />

E ADMINISTRATIVOS LTDA<br />

www.estasa.com.br • 2323-4400<br />

FINANCIAL ADMINISTRADORA S/A<br />

www.financialadministradora.com.br • 2240-0829<br />

GRUPO IRMÃOS GUIMARÃES<br />

www.grupoirmaosguimaraes.com.br • 2509-1967<br />

IMAGEM IMOBILIÁRIA E ASSESSORIA GERAL<br />

DE EMPRESAS LTDA<br />

www.imagemimobiliaria.com.br • 3974-9200<br />

IMOBILIÁRIA CAMELO LTDA<br />

www.imobiliariacamelo.com.br • 2667-3956<br />

IMOBILIÁRIA MAUÁ LTDA<br />

www.imobiliariamaua.com.br • 2220-3065<br />

IMOBILIÁRIA SÃO CRISTÓVÃO LTDA<br />

www.isc.com.br • 2487-6262<br />

IMOBILIÁRIA ZIRTAEB LTDA<br />

www.zirtaeb.com • 3233-3500<br />

IMODATA ADMINISTRAÇÃO, COMPRA E VENDA<br />

DE IMÓVEIS LTDA<br />

www.imodata.net • 2548-7494<br />

IMÓVEIS MADUREIRA ADMINISTRAÇÃO DE BENS<br />

SOC. LTDA<br />

www.imoveismadureira.com.br • 3390-1623<br />

IMOVEST ADMINISTRAÇÃO DE BENS LTDA<br />

www.imovest.com.br • 3813-3030<br />

IMÓVIL ADMINISTRADORA DE BENS IMÓVEIS LTDA<br />

www.imovil.com.br • 2224-8901<br />

IRIGON PROGRAMAÇÕES IMOBILIÁRIAS LTDA<br />

www.irigon.com.br • 2569-2063<br />

JM ADMINISTRAÇÃO DE IMÓVEIS LTDA<br />

2524-5633<br />

JMC CONSULTORIA E ASSESSORIA IMOBILIÁRIA LTDA<br />

www.jmcadm.com.br • 2544-2224<br />

JOÃO OLIVEIRA IMÓVEIS LTDA<br />

www.joaooliveiraimoveis.imb.br • 2277-4450<br />

JULIO BOGORICIN IMÓVEIS RIO DE JANEIRO LTDA<br />

(MATRIZ)<br />

www.juliobogoricin.com • 2187-4050<br />

LOWNDES & SONS S/A ADMINISTRAÇÃO, CORRETAGEM E<br />

REPRESENTAÇÃO<br />

www.lowndes.com.br • 3213-3700<br />

M & S - MERCADANTE E SIMÕES<br />

www.mercadantesimoes.com.br • 2222-9457


MARCA IMÓVEIS LTDA<br />

www.marcaimoveis.com • 2220-6577<br />

MARVA ADMINISTRADORA DE IMÓVEIS LTDA<br />

www.marva.com.br • 2199-1744<br />

ML ADMINISTRAÇÃO DE IMÓVEIS LTDA<br />

www.mlimoveis.com.br • 3861-6400<br />

MM GESTÃO IMOBILIÁRIA LTDA<br />

3309-3883<br />

NOBRE FERNANDES ADMINISTRADORA DE BENS LTDA<br />

2221-4100<br />

NOVO MUNDO ADMINISTRADORA LTDA<br />

www.novomundoadm.com.br • 2217-9700<br />

PACÍFICA ADMINISTRADORA DE IMÓVEIS LTDA<br />

www.pacifica.com.br • 2518-3700<br />

PALMARES ADMINISTRADORA DE IMÓVEIS LTDA<br />

www.palmaresadm.com.br • 3147-6666<br />

PEIMARAN ADMINISTRADORA DE BENS<br />

E SERVIÇOS LTDA<br />

2522-1528<br />

PREDIAL PRIMUS LTDA<br />

www.predialprimus.com.br • 2525-7750<br />

PRIMAR - PREDIAL RIO, MAIOR ADMINISTRADORA<br />

DE BENS LTDA<br />

www.primaradministradora.com.br • 3297-8686<br />

PROMENADE CONSULTORIA IMOBILIÁRIA S/C LTDA<br />

www.promenade.com.br • 2106-2300<br />

PROTEL ADMINISTRADORA<br />

www.protel.com.br • 3723-5800<br />

PROTEST ADMINISTRAÇÃO E EMPREENDIMENTOS LTDA<br />

www.protest.com.br • 2525-0500<br />

QUALITY HOUSE PARTICIPAÇÃO EMPREENDIMENTOS<br />

IMOBILIÁRIOS LTDA<br />

www.qualityhouse.com.br • 3816-5000<br />

QUEIROZ CONCEIÇÃO PART E EMPREENDIMENTOS<br />

IMOBILIÁRIOS LTDA<br />

www.queirozconceicao.com.br • 2210-5222<br />

RT IMOBILIÁRIA E CONSULTORIA DE NEGÓCIOS LTDA<br />

www.rtimob.com.br • 3534-8438<br />

SELF IMÓVEIS LTDA<br />

www.selfadm.com.br • 3179-5700<br />

SINAI EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA<br />

www.sinai.imb.br • 3137-9000<br />

TIBURCIO RODRIGUES IMÓVEIS LTDA<br />

www.tiburciorodrigues.com.br • 3153-7540<br />

UNIDADE ADMINISTRAÇÃO DE IMÓVEIS LTDA<br />

www.unidadeadm.com.br • 2263-6273<br />

SÓCIOS SOLIDÁRIOS<br />

AVANTE SEGURANÇA E VIGILÂNCIA LTDA<br />

www.avanteseguranca.com.br/index.htm • 2293-0186<br />

BASE SOFTWARE LTDA<br />

www.basesoft.com.br • 2195-0550<br />

BAULER ASSESSORIA ORGANIZACIONAL EIRELI<br />

www.bauler.com.br • (51) 2102-0305<br />

CARVALHO HOSKEN S/A<br />

www.carvalhohosken.com.br • 3416-9327<br />

FICHA CERTA - ASSECAD BRASIL ASSESSORIA<br />

CADASTRAL LTDA<br />

www.fichacerta.com.br • 2222-4998<br />

FEDCORP CORRETORA E AGENCIADORA DE SEGUROS<br />

www.fedcorp.com.br • 2516-6001<br />

GÁS NATURAL SERVIÇOS SA<br />

www.gasnaturalfenosa.com • 3115-6800<br />

HAGANÁ SEGURANÇA LIMITADA<br />

www.hagana.com.br • 2279-0850<br />

HIDROLUZ<br />

www.hidroluz.com.br • 2023-0153<br />

ISTA BRASIL SERVIÇOS DE ENGENHARIA LTDA<br />

www.ista.com.br • (11) 3285-6040<br />

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www.lecca.com.br • 3824-8008<br />

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www.mapfre.com.br • 3523-2802<br />

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Morro da Guia<br />

Um dos lugares preferidos de muita gente em Cabo Frio abriga um mirante com uma das mais belas<br />

vistas da cidade e uma Capela Nossa Senhora da Guia. Segundo a lenda, a pequena construção<br />

de 1740 foi criada para atender à “vontade” da santa, cuja imagem possuía um altar no Convento de<br />

Nossa Senhora dos Anjos, localizado aos pés do morro. Conta-se que a estátua costumava<br />

aparecer no alto desse morro e, sempre que era devolvida ao seu altar, tornava a ser vista no<br />

mesmo lugar.<br />

Onde: Largo de Santo Antônio, Centro<br />

Amanda Gama<br />

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SECOVI RIO / 2016 / nº <strong>101</strong> / 48


Canal Itajuru<br />

Com cerca de 6km de extensão, o canal liga a Lagoa de Araruama ao Oceano Atlântico e é muito<br />

procurado para passeios turísticos de barco. A maioria sai do trecho próximo ao centro da cidade,<br />

onde também fica a Avenida Boulevard Canal, repleta de bares e restaurantes. Dali também é<br />

possível ter uma bela vista da Ponte Feliciano Sodré, que liga a região central ao bairro da Gamboa.<br />

É também no canal, mas no trecho no bairro do Portinho, que fica outra atração turística da cidade:<br />

a estátua conhecida como Anjo Caído. Erguido em 1907, em comemoração à abertura do Canal<br />

Palmer, o monumento de cerca de 9m de altura, na verdade, representa Nike (ou Nice), a Deusa da<br />

Vitória, sobre um capitel no estilo coríntio. O nome acabou se originando do fato de a coluna com a<br />

figura alada ter se inclinado aos poucos pela força das águas até cair em 1979, tendo retornado ao<br />

seu lugar no ano seguinte.<br />

Onde: Avenida Boulevard Canal, Centro<br />

Amanda Gama<br />

Anjo Caído<br />

SECOVI RIO / 2016 / nº <strong>101</strong> / 49


Morro do Arpoador<br />

O local onde, em 1503, foi fundada por Américo Vespúcio a Feitoria de Cabo Frio, a primeira do<br />

Brasil, conta com um mirante de onde é possível ver a praia do Forte, a Ilha do Japonês, o encontro<br />

do Canal Itajuru com o mar, além da entrada e saída de vários barcos pesqueiros. O acesso ao<br />

morro é feito a partir do local conhecido como “Canto do Forte”, o cantinho preferido do Elcimar e<br />

da Andréia.<br />

Onde: Praia do Forte, próximo ao bairro da Passagem<br />

Amanda Gama<br />

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SECOVI RIO / 2016 / nº <strong>101</strong> / 50


Forte São Mateus<br />

Tão famoso que influenciou o nome da praia mais célebre de Cabo Frio, foi erguido entre 1616 e<br />

1620 para defender o território ocupado pelos portugueses da chegada de navios inimigos, como<br />

ingleses, franceses e holandeses. Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico<br />

Nacional (Iphan), a fortaleza tem uma bela vista da orla banhada pelo Oceano Atlântico.<br />

Onde: Praia do Forte, próximo ao bairro da Passagem<br />

Amanda Gama<br />

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SECOVI RIO / 2016 / nº <strong>101</strong> / 51


INDICADORES HABITACIONAIS<br />

Cabo Frio tem forte valorização imobiliária<br />

Gustavo Monteiro<br />

Tomando por base a redução nos preços de imóveis<br />

em todo o Brasil, seria natural imaginar que essa<br />

tendência se estendesse para diversas regiões do<br />

Estado do Rio, mas não foi o que aconteceu em<br />

Cabo Frio no último ano. Muitos bairros tiveram<br />

variação do metro quadrado superior a 10%.<br />

Alguns, como Ogiva e Vila Nova, ultrapassaram os<br />

20% de valorização, para casas de condomínio e<br />

coberturas, respectivamente.<br />

Para mostrar com detalhes o comportamento dos<br />

preços dos imóveis cabo-frienses, o Secovi Rio<br />

lançou a pesquisa intitulada “Cenário do Mercado<br />

Imobiliário de Cabo Frio 2016”, em um evento que<br />

contou com a participação de cerca de 50 pessoas<br />

e recolheu 80 quilos de mantimentos para o asilo Lar<br />

da Cidinha. Considerando os apartamentos-padrão,<br />

apurou-se, por exemplo, que o Jardim Flamboyant<br />

teve a maior variação no preço do metro quadrado<br />

para venda entre os sete bairros analisados: 18,4%.<br />

O único bairro a apresentar variação negativa nos<br />

preços para este mesmo tipo de imóvel foi Vila<br />

Nova. Embora para as coberturas situadas na orla<br />

tenha se percebido aumento expressivo, os<br />

apartamentos comuns localizados em outros<br />

pontos do bairro não seguiram a mesma tendência.<br />

O baixo padrão construtivo de prédios e o excesso<br />

de turistas em períodos de alta temporada podem<br />

ter gerado a desvalorização de 1%.<br />

Analistas do mercado imobiliário afirmam que o<br />

aumento dos valores na cidade pode ser explicado,<br />

em parte, pela grande procura de compradores de<br />

outras regiões, especialmente do Rio de Janeiro,<br />

atraídos pelos preços bem mais em conta – o valor<br />

mais alto do metro quadrado de apartamentos-padrão,<br />

no Centro, é de R$ 7.017, quase três vezes menos<br />

que o praticado em Ipanema, na Zona Sul carioca.<br />

Muitos desses compradores estão migrando para<br />

levar uma vida mais pacata, fugindo do caos dos<br />

grandes centros urbanos; outros procuram investir<br />

no segmento de locação por temporada, que se<br />

mantém estável, apesar da crise.<br />

Com pouco mais de 538 mil habitantes, a Região<br />

dos Lagos se destaca pelo forte apelo turístico. Os<br />

serviços prestados pelo Sindicato na cidade se dão<br />

por meio da Regional Lagos, cujo atendimento<br />

abrange também os municípios de Araruama,<br />

Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Iguaba,<br />

Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia.<br />

Quer conhecer o “Cenário do Mercado Imobiliário<br />

de Cabo Frio 2016”? Acesse o novo portal do<br />

Secovi Rio, www.secovirio.com.br, e clique na<br />

seção Publicações.<br />

M² PARA VENDA • APARTAMENTO-PADRÃO<br />

Bairros<br />

Jd. Flamboyant<br />

Braga<br />

Algodoal<br />

Passagem<br />

Centro<br />

Peró<br />

Vila Nova<br />

2015<br />

R$ 5.325<br />

R$ 4.589<br />

R$ 5.998<br />

R$ 5.939<br />

R$ 6.374<br />

R$ 3.461<br />

R$ 5.634<br />

2016<br />

R$ 6.306<br />

R$ 5.165<br />

R$ 6.702<br />

R$ 6.560<br />

R$ 7.017<br />

R$ 3.543<br />

R$ 5.580<br />

Var. (%)<br />

18,4%<br />

12,6%<br />

11,7%<br />

10,5%<br />

10,1%<br />

2,4%<br />

-1,0%<br />

Amanda Gama<br />

Vista do Morro da Guia<br />

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