Revista Apólice #236
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❙❙Kunihiko Higashi, da Tokio Marine<br />
do cliente quanto às necessidades de<br />
aquisição de seguros de forma adequada.<br />
Embora Automóvel e Vida despontem<br />
como os produtos pessoa física<br />
mais comercializados no país, existe<br />
uma grande preocupação sobre riscos<br />
cibernéticos, especialmente em relação<br />
às pessoas jurídicas. Com o desenvolvimento<br />
tecnológico do Japão, os riscos<br />
emergentes despertam bastante interesse.<br />
Segundo Higashi, também estão sendo<br />
analisadas questões sobre os seguros de<br />
veículos autônomos, especialmente quanto<br />
à responsabilidade das montadoras<br />
e motoristas em caso de sinistros – até<br />
2030, a previsão dos japoneses é que os<br />
veículos autônomos representem mais de<br />
30% das vendas de veículos novos.<br />
Americanos contratam mais<br />
seguros de Vida<br />
Os Estados Unidos somam uma<br />
quantidade enorme de ações judiciais, o<br />
que praticamente obriga as empresas a<br />
terem uma proteção. Em nenhum outro<br />
país, a proporção de seguros como Responsabilidade<br />
Civil, D&O e E&O é tão<br />
alta como no mercado norte-americano.<br />
No entanto, assim como no Japão, a carteira<br />
de Vida se destaca. Nos últimos 50<br />
anos, o número de americanos com este<br />
tipo de cobertura cresceu de maneira<br />
significativa. O cenário foi impulsionado<br />
pelo crescimento populacional, pelo aumento<br />
de trabalhadores e pelas melhores<br />
condições de trabalho, de acordo com o<br />
levantamento Employment-Based Life<br />
Insurance Ownership Trends, publicado<br />
em 2017 pela organização mundial de<br />
pesquisa LIMRA. O percentual de pessoas<br />
cobertas com o seguro de vida por<br />
meio dos seus empregadores aumentou<br />
68%, chegando a 57 milhões, ao passo<br />
que o número de pessoas com cobertura<br />
de vida (tanto adultos como crianças)<br />
quase dobrou, saltando de 55 milhões<br />
para 108 milhões. Pela primeira vez na<br />
história, mais americanos estão cobertos<br />
pelo seguro de vida baseado em emprego<br />
do que pelo seguro de vida individual.<br />
Muitas vezes esses seguros são<br />
oferecidos como benefício para reter os<br />
melhores talentos do mercado de trabalho.<br />
Segundo o Estudo de Tendências de<br />
Benefícios para Funcionários, realizado<br />
pela operação americana da MetLife em<br />
2018, 70% dos funcionários afirmam que<br />
a capacidade de customizar benefícios<br />
para atender as suas necessidades é um<br />
fator que concede alta fidelidade aos seus<br />
empregadores. O documento revela ainda<br />
que 60% dos colaboradores (frente 52%<br />
em 2017) estão dispostos a contribuírem<br />
financeiramente para ter mais opções de<br />
benefícios, adaptando seus seguros às<br />
suas necessidades. A afirmação cresce<br />
para 69% entre os funcionários millennials.<br />
Produtos como o seguro de Vida e<br />
Dental, assim como as coberturas para<br />
invalidez permanente, são os mais comuns<br />
na MetLife dos Estados Unidos,<br />
por exemplo. No entanto, a companhia<br />
vê um maior crescimento nas carteiras<br />
de seguros voluntários como acidentes<br />
pessoais, saúde e doenças críticas.<br />
Auto, Vida e Previdência se<br />
destacam na França<br />
Alguns países europeus tratam os<br />
seguros como obrigatórios e estes são<br />
direcionados pelo governo. As seguradoras<br />
foram aos poucos incluindo<br />
serviços, o que aumentou o interesse e o<br />
conhecimento dos clientes, criando uma<br />
cultura mais aberta para a aquisição de<br />
seguros. França, seguida da Alemanha, é<br />
o segundo país mais relevante em termos<br />
de contribuições, ficando atrás apenas<br />
do Reino Unido. Em 2017, o mercado<br />
segurador francês teve um crescimento<br />
moderado de 1,4%. As linhas que mais<br />
cresceram foram as de seguros de bens<br />
e responsabilidade (+2,3%) e seguros de<br />
pessoas (+1,1%).<br />
As carteiras mais significativas são<br />
as de Automóvel, seguro mandatório e<br />
que já está na cultura dos franceses; e<br />
seguros de Vida e Previdência, para preparar<br />
o futuro e a aposentadoria – frentes<br />
que podem ser ainda mais exploradas,<br />
considerando que os franceses acreditam<br />
na proteção do estado e ainda não<br />
enxergam que precisam complementar<br />
com uma iniciativa individual. Proteção<br />
das empresas integra a lista. “A maioria<br />
das empresas, pequenas ou grandes,<br />
estão asseguradas. Não necessariamente<br />
com a melhor proteção, mas estão. Elas<br />
entendem a necessidade do seguro para<br />
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