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Revista Apólice #236

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seguros | economia<br />

Resiliência à prova<br />

Seguradoras<br />

cortam projeção de<br />

desempenho para 2018<br />

pela metade, em um<br />

movimento que visa<br />

a inserir a realidade<br />

da previdência<br />

privada nos números.<br />

Com a redução dos<br />

juros e a volatilidade<br />

nos mercados, a<br />

rentabilidade dos<br />

planos foi ladeira abaixo<br />

e levou consigo a<br />

arrecadação dos planos<br />

no semestre, enquanto<br />

a economia segue sem<br />

forças para engrenar<br />

um ritmo de retomada<br />

do crescimento mais<br />

parrudo<br />

42<br />

Manuela Almeida<br />

O<br />

baque no setor de previdência<br />

privada associado a uma<br />

economia ainda frágil e que<br />

demora a engrenar foram<br />

capazes de postergar novamente a expectativa<br />

do mercado de seguros voltar<br />

a encostar nos sonhados dois dígitos de<br />

crescimento. Ficou para 2019, considerando<br />

um olhar otimista. Executivos não<br />

esperavam um primeiro semestre fácil,<br />

levando em conta o ritmo de atividade do<br />

País. A economia não vinga. As empresas<br />

e famílias já estão com orçamentos<br />

enxutos e, portanto, itens até então preservados<br />

como, por exemplo, o seguro,<br />

passam a estar na mira dos ajustes fiscais<br />

domésticos. O índice de desemprego<br />

demonstra sinais de trégua. Mas, ainda<br />

assim, são 13 milhões de pessoas sem<br />

trabalho no País. Do lado corporativo, a<br />

instabilidade política em meio às eleições<br />

presidenciais mais fragmentadas da história<br />

brasileira posterga os investimentos<br />

e adiciona uma dose a mais de cautela nas<br />

empresas, que seguem em compasso de<br />

espera em busca de mais clareza no cenário<br />

atual. “Muitos segurados que ainda<br />

priorizam o seguro, e que antes pagavam<br />

à vista, estão parcelando a renovação de<br />

suas apólices em dez ou 12 vezes. Já as<br />

empresas têm reduzido as coberturas de<br />

frotas, contratando somente para terceiros”,<br />

conta o corretor de seguros Leandro<br />

Moriya, da Moriseg Seguros.<br />

O cenário tem como ator principal<br />

um Produto Interno Bruto (PIB) que não<br />

reage. O segundo trimestre veio acompanhado<br />

de uma expansão tímida de 0,2%<br />

em relação aos três meses anteriores,<br />

segundo dados do Instituto Brasileiro<br />

de Geografia e Estatística (IBGE). Não<br />

bastasse isso, com o impacto negativo<br />

da greve dos caminhoneiros, em maio,<br />

o crescimento de janeiro a março deste<br />

ano foi revisado de avanço de 0,4% para<br />

apenas 0,1%. Assim, o PIB brasileiro<br />

caminha para repetir mais um ano de<br />

“Os seguros de vida e<br />

de viagem têm crescido<br />

neste ano. O último<br />

muito motivado pela<br />

variação do dólar – em<br />

meio à volatilidade com<br />

as eleições e fatores<br />

externos – que motiva os<br />

prêmios para cima”<br />

Leandro Moriya, da Moriseg Seguros

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