Amor & Sexo: feminismos, sexualidades e o contra-agendamento da mídia
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ou até com pesos, também porque as que não fazem tal prática não conseguem bons<br />
casamentos 44 . A explicação para isso é que homens gostam de ter o pênis envolto pela vagina<br />
durante a relação sexual. Curiosamente, conforme a Socie<strong>da</strong>de Internacional de Cirurgia<br />
Plástica Estética (Isaps) o Brasil é o país que mais faz cirurgias plásticas para diminuir os<br />
pequenos lábios no mundo, isso porque por aqui eles são esteticamente indesejáveis.<br />
No episódio seguinte, as críticas de Regina estão direciona<strong>da</strong>s aos contos de fa<strong>da</strong>s. Para<br />
a psicanalista estas histórias só reforçam a ideia de que mulheres “devem estar sempre em coma<br />
e tem que ser salvas por um homem”. Ela diz ain<strong>da</strong> que este tipo de história não aju<strong>da</strong> a<br />
desenvolver o potencial <strong>da</strong>s meninas e que historicamente as mulheres foram ti<strong>da</strong>s como<br />
incompetentes e essas histórias acabam por reforçar essa ideia. Personagens como a Branca de<br />
Neve, Cinderela e Bela Adormeci<strong>da</strong> não representam mais - se é que representaram um dia - a<br />
mulher. A própria Walt Disney já percebeu isso e começou a desenvolver as “novas princesas”,<br />
que não vivem em coma - como sinalizou Regina - mas que são livres e independentes, como é<br />
o caso <strong>da</strong>s histórias de Valente e Moana, por exemplo. Mesmo assim, em uma votação feita por<br />
Fernan<strong>da</strong> Lima, a maior parte <strong>da</strong> banca<strong>da</strong> votou que estas histórias devem sim ser conta<strong>da</strong>s às<br />
crianças, acreditando que por serem histórias lúdicas, elas não influenciarão diretamente na vi<strong>da</strong><br />
desta criança, especialmente desta menina.<br />
Por outro lado, existe o processo de construção também <strong>da</strong> masculini<strong>da</strong>de, que é<br />
concretiza<strong>da</strong> socialmente pelas tarefas, ações e desejos não femininos, ou seja, o ser masculino<br />
na<strong>da</strong> mais é que uma busca incessante por não ser feminino.<br />
Arbitrária em estado isolado, a divisão <strong>da</strong>s coisas e <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des (sexuais e<br />
outras) segundo a oposição entre o masculino e o feminino recebe sua<br />
necessi<strong>da</strong>de objetiva e subjetiva de sua inserção em um sistema de oposições<br />
homólogas, alto/baixo, em cima/ embaixo, na frente/a trás [...] que, para<br />
alguns, correspondem a movimentos do corpo. (BOURDIEU, 2010, p.16)<br />
Em diversos momentos do programa surgem frases que reforçam a naturalização desta<br />
masculini<strong>da</strong>de, como já citado anteriormente, na busca incessante pela binarie<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s relações,<br />
inclusive. Entretanto, no programa de 18 de outubro de 2012, Alexandre Nero faz uma<br />
colocação certeira que leva à reflexão sobre o assunto. “Tem uma coisa que sempre me chamou<br />
muito atenção com essa coisa <strong>da</strong> próstata. É que assim, se o cara gosta de um dedo no ânus,<br />
enfim - ca<strong>da</strong> um tem o tesão onde quiser - ... ele é chamado de homossexual. As pessoas<br />
esquecem que o homossexual ou homoafetivo é a pessoa que gosta de uma pessoa do mesmo<br />
sexo. É isso que define se uma pessoa é homossexual. Quer dizer, não é o prazer de onde você<br />
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Neste artigo (em inglês) a jornalista e ativista Chan<strong>da</strong> Buumba Katongo, de Zâmbia, fala sobre o assunto:<br />
https://goo.gl/qip7E3