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Revista SECOVIRIO - 105

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www.secovirio.com.br<br />

REVISTA<br />

MARÇO/ABRIL 2017 venda proibida<br />

nº<strong>105</strong><br />

CURTINHAS<br />

pág. 5 » 7<br />

ENTREVISTA<br />

pág. 9 » 18<br />

CAPA<br />

pág. 19 » 22<br />

JURÍDICO<br />

pág. 24 » 30<br />

Conheça os cursos<br />

de hidráulica,<br />

marcenaria<br />

e mecânica<br />

criados<br />

especialmente<br />

para mulheres


IMÓVIL - Administradora de Bens Imóveis Ltda.<br />

Av. Presidente Vargas, 417 – 11º Andar<br />

Centro – Rio de Janeiro<br />

(21) 2224 8901<br />

imovil@imovil.com.br<br />

ABADI Nº1<br />

SECOVI Nº8<br />

CRECI-RJ J.224


SUMÁRIO<br />

DIRETORIA/EXPEDIENTE<br />

ENTREVISTA<br />

2<br />

9<br />

PALAVRA DO PRESIDENTE<br />

CAPA<br />

4<br />

19<br />

CURTINHAS<br />

JURÍDICO<br />

5<br />

24<br />

MARÇO•ABRIL 2017 / nº <strong>105</strong><br />

INSTITUCIONAL<br />

CONDOMÍNIOS<br />

VERDES<br />

INDICADORES<br />

HABITACIONAIS<br />

31<br />

34<br />

36<br />

MATÉRIAS ESPECIAIS<br />

NOSSOS LUGARES<br />

SERVIÇOS E PRODUTOS<br />

38<br />

53<br />

62<br />

O NORMAL HISTÓRICO<br />

Pergunta rápida: você acredita que um homem deve ajudar a mulher nas tarefas da casa? Se<br />

você faz parte do público masculino e respondeu “não”, está de acordo com 65% dos homens<br />

que responderam a uma pesquisa dos institutos Avon e Locomotiva. Se disse “sim”, talvez seja<br />

uma boa oportunidade de rever algumas armadilhas de linguagem. E esse texto é para você.<br />

Ao dizer que um homem deve ajudar a esposa, demonstramos, mesmo com a melhor das<br />

intenções, a convicção de que as tarefas domésticas são prioritariamente responsabilidade<br />

feminina. Em uma sociedade patriarcal, é isso que aprendemos desde sempre, e essas<br />

noções vão se naturalizando. Mas por que ainda hoje utilizamos esse discurso e tratamos<br />

como algo inofensivo?<br />

Aqui, vale o convite à autocrítica: que tal reprogramar a mente e falar em compartilhar as<br />

tarefas domésticas? Uma pequena alteração pode, com o tempo, oferecer uma perspectiva<br />

mais ampla sobre as diferenças de tratamento – ainda expressivas – entre os gêneros. O<br />

respeito a quem está ao lado é uma prática que requer exercício constante, inclusive da<br />

linguagem.<br />

As estruturas que formam as diferenças de gênero dentro de casa acabam tendo reflexos fora.<br />

Prova disso é que, na lista das 74 pessoas mais poderosas do mundo elaborada pela revista<br />

“Forbes” no fim do ano passado, apenas seis são mulheres. Sinal de que, com todos os<br />

avanços vivenciados nas últimas décadas, ainda há um longo caminho para alcançarmos um<br />

mundo em que a equidade, de fato, seja regra. Vamos criar um novo normal?<br />

EQUIPE SECOVI RIO


DIRETORIA/EXPEDIENTE<br />

DIRETORIA SECOVI RIO<br />

Efetivos<br />

Presidente: Pedro José Maria Fernandes Wähmann<br />

Vice-Presidente: Leonardo Conde Villar Schneider<br />

Vice-Presidente Financeira e de Desenvolvimento: Maria Teresa Mendonça Dias<br />

Vice-Presidente Administrativo: Ronaldo Coelho Netto<br />

Vice-Presidente de Marketing: João Augusto Pessôa<br />

Vice-Presidente Jurídico: Rômulo Cavalcante Mota<br />

Vice-Presidente de Assuntos Condominiais: Alexandre Hermes Rodrigues Corrêa<br />

Vice-Presidente de Locações: Antonio Paulo de Garcia Monnerat<br />

Vice-Presidente de Relações do Trabalho: Dennys Abdalla Muniz Teles<br />

Suplentes<br />

Aldo Fernando Villar Hecht da Fonte; Antonio Carlos Ferreira; Antonio Henrique Lopes da Cunha; Frederico Honorato Rodrigues Moreira; Germana<br />

Aragão de Mesquita Aguiar; Luiz Alberto Queiroz Conceição; Luis Carlos Bulhões Carvalho da Fonseca Filho; Pedro Carlos Carsalade<br />

CONSELHO FISCAL<br />

Efetivos<br />

Dorzila Irigon Tavares; Marco Antonio Moreira Barbosa<br />

Suplentes<br />

Antonio José Fernandes Costa Neto; Marco Antonio Valente Tibúrcio; Marco Antonio Vieira de Mello<br />

DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO À FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO<br />

Efetivos<br />

Pedro José Maria Fernandes Wähmann; Manoel da Silveira Maia<br />

Suplentes<br />

João Augusto Pessôa; Ronaldo Coelho Netto<br />

CONSELHO DE RELAÇÕES DO TRABALHO<br />

Dennys Abdalla Muniz Teles (presidente); Alexandre Hermes Rodrigues Corrêa; Fernando Schneider; Maria Teresa Mendonça Dias<br />

REGIONAIS SECOVI RIO<br />

Regional Baixada Fluminense<br />

Av. Governador Roberto Silveira, 470, sala 412, Centro, Nova Iguaçu - RJ<br />

(Edifício Top Commerce)<br />

CEP: 26210-210<br />

Telefone: (21) 2667-3397<br />

E-mail: baixadafluminense@secovirio.com.br<br />

Regional Lagos<br />

Rua Francisco Mendes, 350, loja 5, Centro, Cabo Frio - RJ<br />

(Leste Shopping)<br />

CEP: 28907-070<br />

Telefone: (22) 2647-6807<br />

E-mail: lagos@secovirio.com.br<br />

Regional Litorânea<br />

Av. Ernani do Amaral Peixoto, 334, sala 1.009, Centro, Niterói - RJ<br />

CEP: 24009-900<br />

Telefone: (21) 2637-1633<br />

E-mail: litoranea@secovirio.com.br<br />

Regional Noroeste Fluminense<br />

Praça São Salvador, 21, sala 904, Centro, Campos dos Goytacazes - RJ<br />

CEP: 28010-000<br />

Telefone: (22) 2738-1046<br />

E-mail: noroestefluminense@secovirio.com.br<br />

Regional Norte Fluminense<br />

Avenida Rui Barbosa, 1.043, sala 201, Centro, Macaé - RJ<br />

CEP: 27910-362<br />

Telefone: (21) 2772-3714<br />

E-mail: nortefluminense@secovirio.com.br<br />

Regional Serra Imperial<br />

Rua Dr. Nelson de Sá Earp, 95, sala 406, Centro, Petrópolis - RJ<br />

CEP: 25680-195<br />

Telefone: (24) 2237-5413<br />

E-mail: serraimperial@secovirio.com.br<br />

Representante: José Roberto Bittencourt Sauer<br />

Regional Serra Norte<br />

Rua Doutor Ernesto Brasílio, 45, sala 205, Centro, Nova Friburgo - RJ<br />

CEP: 28610-120<br />

Telefone: (22) 2523-7513<br />

E-mail: serranorte@secovirio.com.br<br />

Representante: Gabriel de Freitas Ruiz<br />

Regional Serra Verde<br />

Av. Feliciano Sodré, 460, loja 3, Várzea, Teresópolis - RJ<br />

CEP: 25963-082<br />

Telefone: (21) 2742-2102<br />

E-mail: serraverde@secovirio.com.br<br />

Representante: Henrique Luiz Rodrigues<br />

Regional Sul Fluminense<br />

Rua Dezesseis, 109, sala 1.101/A3-cobertura, Vila Sta. Cecília, Volta Redonda - RJ<br />

(Edifício Vila Shopping)<br />

CEP: 27260-110<br />

Telefone: (24) 3339-2272<br />

E-mail: sulfluminense@secovirio.com.br<br />

Representante: Vanisi de Oliveira Ferreira<br />

SEDE<br />

Av. Almirante Barroso, 52/9º andar, Centro, Rio de Janeiro - RJ<br />

CEP: 20031-918<br />

Telefone: (21) 2272-8000 - Fax: (21) 2272-8001<br />

E-mail: secovi@secovirio.com.br<br />

A <strong>Revista</strong> Secovi Rio é uma publicação institucional, bimestral, do<br />

Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração<br />

de Imóveis e dos Condomínios Residenciais e Comerciais em todo o<br />

Estado do Rio de Janeiro.<br />

EXPEDIENTE<br />

Conselho Editorial: Pedro Wähmann, João Augusto Pessôa<br />

e João Fernandes Filho<br />

Gerente de Marketing e Comunicação: Marcos Mantovan<br />

REDAÇÃO<br />

imprensa@secovirio.com.br<br />

Jornalistas responsáveis: Gustavo Monteiro (25.140 MTE/RJ)<br />

e Igor Augusto Pereira (2.629 MTE/GO)<br />

Redação: Amanda Gama, Gustavo Monteiro e Igor Augusto Pereira<br />

Projeto gráfico e diagramação: Henrique Vasconcellos<br />

Revisão: Sandra Paiva<br />

PUBLICIDADE<br />

Elcias Teodoro (21) 2272-8009 - (21) 99789-6454<br />

teodoro@secovirio.com.br<br />

parcerias@secovirio.com.br<br />

Thiago Bogado (21) 2272-8007 - (21) 97226-8936<br />

revista@secovirio.com.br<br />

thiago@secovirio.com.br<br />

A revista reserva-se o direito de não aceitar publicidade sem<br />

fundamentar motivação de recusa.<br />

Os anúncios veiculados são de responsabilidade dos anunciantes.<br />

IMPRESSÃO<br />

Gráfica Colorset<br />

Tiragem: 24.000 exemplares. Distribuição gratuita.<br />

Auditada pela:<br />

BKR Lopes, Machado Auditors, Consultants & Business Advisers.<br />

Distribuição nacional:<br />

Treelog S.A. Logística e Distribuição.<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>105</strong> / 2


PALAVRA DO PRESIDENTE<br />

A função de síndico não tem manual. Ser síndico é lidar com o<br />

inesperado, é saber lidar com surpresas – nem sempre<br />

agradáveis –, é dar um boa-tarde ou um boa-noite diferente a<br />

cada dia. Ser síndico pode ser uma experiência emocionante,<br />

mas também pode ser uma experiência exaustiva, afinal, não é<br />

fácil cuidar do patrimônio de tanta gente ao mesmo tempo. Muita<br />

responsabilidade. Por isso todos os anos, em abril, o Secovi Rio presta sua<br />

homenagem a essa figura batalhadora: o síndico. São mais de 30 mil em todo o Estado<br />

do Rio. É muita gente se esforçando para assegurar o bem-estar, a segurança e<br />

qualidade de vida a milhões de pessoas. Para você, síndico, nossos aplausos.<br />

Se você for síndica, mais aplausos ainda! Em março celebramos o Dia Internacional da<br />

Mulher, e também por isso homenageamos todas as síndicas que não fogem à luta da<br />

administração condominial. Independentemente de gêneros, a mensagem que<br />

podemos passar é que para cuidar de um condomínio não basta apenas entender as<br />

burocracias e nuances que a atividade requer. Até porque o Secovi Rio e as<br />

administradoras de imóveis estão sempre a postos para prestar este auxílio. Ser síndico<br />

requer inteligência emocional, empatia, zelo pelo bem comum, coragem, dedicação,<br />

amor ao próximo...<br />

A função vai além de cuidar de salários, consertos, reformas e contas de consumo. É<br />

sobre cuidar de seres humanos. Fazer com que eles vivam em harmonia, que tenham<br />

respeito uns pelos outros, que colaborem para o bem-estar coletivo, que compreendam<br />

a importância de pagar as despesas em dia. O segmento de comércio e serviços<br />

imobiliários, representado pelo Secovi Rio, reconhece a necessidade de ajudar esses<br />

gestores a gerirem seus condomínios, por isso oferece cursos e palestras.<br />

A teoria esta aí. Mas a prática, só estando na linha de frente mesmo. Por isso<br />

acreditamos que, mais que um bom punhado de informação, é<br />

necessário ter vontade. Vontade de fazer com que tudo dê certo.<br />

Vontade de crescer junto. Vontade de viver em paz com os vizinhos.<br />

Vontade de fazer um condomínio cada dia melhor para todos os<br />

moradores. Que assim seja. Feliz Dia do Síndico!<br />

Pedro Wähmann<br />

Presidente do SECOVI RIO<br />

Sua opinião é muito importante<br />

Quer mandar um comentário sobre esta edição<br />

ou sugerir uma pauta?<br />

Envie um e-mail para imprensa@secovirio.com.br<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>105</strong> / 4


CURTINHAS<br />

Reuniões express<br />

Em um dos episódios da série “The Crown”,<br />

disponível no serviço de streaming Netflix, a<br />

protagonista, Rainha Elizabeth II, estranha a<br />

duração da reunião agendada com o<br />

primeiro-ministro, Winston Churchill, de apenas 20<br />

minutos. O político retruca que nenhum assunto é<br />

tão complexo que não possa ser abordado em 20<br />

minutos. Mas será que isso funciona na vida real?<br />

“Talvez seja uma característica latina, mas é muito<br />

difícil para nós, brasileiros, entendermos que<br />

podemos abordar assuntos de maneira mais<br />

objetiva”, comenta o profissional de marketing<br />

Pedro Waengertner em artigo para o LinkedIn.<br />

“Há alguns anos, marquei uma reunião com o CEO<br />

de uma empresa americana. Como era em uma<br />

cidade fora do circuito, tive que pegar dois voos,<br />

levando mais de 20 horas para chegar lá. Este<br />

executivo colocou exatos 30 minutos na agenda<br />

para falar comigo. Fiquei chocado, até ofendido.<br />

Chegando lá, fui levado à sala do executivo e<br />

conversamos sobre todos os pontos do acordo que<br />

queríamos montar. Cobrimos tudo e discutimos os<br />

próximos passos. E pasmem: os 30 minutos foram<br />

mais do que suficientes. Se tivesse marcado uma<br />

ou duas horas, o resultado teria sido exatamente o<br />

mesmo”, completa. Que tal pensar em um modelo<br />

similar para as reuniões da assembleia<br />

condominial?<br />

Divulgação/Netflix<br />

Natureza no DNA<br />

Um projeto arquitetônico<br />

ousado quer montar o maior<br />

jardim vertical do mundo em<br />

Tapei, em Taiwan. Assinado<br />

pelo arquiteto belga Vincent<br />

Callebaut, o empreendimento<br />

de 21 andares deve abrigar 23<br />

mil árvores nas sacadas e no<br />

interior de seus apartamentos.<br />

A expectativa é que a<br />

construção capture 130<br />

toneladas de dióxido de<br />

carbono por ano. Simulando a<br />

estrutura do DNA humano,<br />

para ampliar o uso da luz e<br />

ventilação natural, o prédio Tao<br />

Zhu Yin Yuan também terá<br />

painéis de energia solar e<br />

sistema de aproveitamento da<br />

água da chuva.<br />

Divulgação/Vincent Callebaut Architecture<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>105</strong> / 5


Proteção contra raios<br />

A cada 50 mortes por raios em todo o mundo, uma<br />

acontece no Brasil, país com a maior incidência desse<br />

fenômeno. Só em 2016, 45 pessoas morreram vítimas<br />

de raios. Os prejuízos materiais chegam a R$ 1 bilhão.<br />

“Em locais onde a incidência de raios é baixa, basta<br />

um Dispositivo de Proteção contra Surtos Elétricos<br />

(DPS, sistema similar a um disjuntor, que absorve a<br />

corrente). Em prédios altos, onde a incidência é maior,<br />

é preciso um para-raios. Há diversos tipos,<br />

dimensionados de acordo com a altura da edificação<br />

e a incidência de raios naquela localidade”, explica<br />

Fábio Amaral, da Engerey. No caso dos prédios, o<br />

para-raios atrai a descarga elétrica e a envia para o<br />

aterramento. No entanto, a sobra dessa descarga é<br />

distribuída para a rede elétrica e é neutralizada no<br />

DPS que fica dentro dos apartamentos.<br />

Shutterstock<br />

Brincadeira segura<br />

Na hora de montar um<br />

playground para a criançada,<br />

tão importante quanto a<br />

diversão proporcionada pelo<br />

espaço é a segurança dos<br />

usuários. Por isso devem ser<br />

observadas as orientações<br />

da NBR 16071, editada pela<br />

Associação Brasileira de<br />

Normas Técnicas. O texto<br />

estabelece a necessidade de<br />

nivelar o piso, proteger<br />

grelhas de esgoto e fixar ao<br />

solo a grama sintética. Os<br />

brinquedos devem ser vistoriados<br />

periodicamente, para<br />

verificar se há farpas, pregos<br />

ou pontas que possam<br />

machucar as crianças. A<br />

supervisão constante de um<br />

adulto responsável também é<br />

indispensável.<br />

Depressão na pauta<br />

A falta de confiança nos vizinhos pode ser um fator determinante para<br />

a depressão em idosos. É o que aponta um estudo conduzido pela<br />

Universidade de Macau, na China. Segundo o professor Brian Hall,<br />

ainda é difícil determinar se o que vem primeiro é a depressão ou a<br />

falta de confiança. “É difícil de distinguir. Mas nosso estudo é<br />

consistente com a literatura que sugere que as pessoas com baixo<br />

capital social tendem a não acreditar que os outros sejam de<br />

confiança, que podem contar com outras pessoas para ajudá-los, e<br />

essas crenças influenciam a depressão e seus sintomas”,<br />

acrescenta.<br />

Precisa de apoio emocional?<br />

O Centro de Valorização da Vida atende voluntariamente pessoas<br />

que precisam conversar. Acesse www.cvv.org.br ou ligue para<br />

141. O serviço funciona 24 horas por dia, sete dias por semana.<br />

Lá vem o sol<br />

A geração de energia a partir de fontes solares<br />

deve saltar de 7,6 mil conexões geradoras em<br />

2017 para 1,2 milhão em 2024, segundo<br />

projeção da Aneel. Hoje, os consumidores<br />

podem desenvolver um sistema de micro e<br />

minigeração, que permite utilizar o que for<br />

produzido e trocar o excedente por créditos com a<br />

distribuidora local, válidos por até 60 meses. Quer<br />

testar gratuitamente a eficiência energética do<br />

condomínio em que você vive? Acesse o formulário<br />

do Programa de Eficiência Energética, disponível<br />

no site do Sindistal (www.sindistal.org.br). O Secovi<br />

Rio é parceiro na iniciativa, que vem estimulando<br />

condomínios a equilibrar o consumo e reduzir a conta de luz.<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>105</strong> / 6


Academia nos trinques<br />

Trena digital<br />

Um aplicativo promete facilitar a vida<br />

de quem quer decorar um cômodo<br />

ou iniciar uma pequena reforma em<br />

casa. Com o RoomScan, é possível<br />

tirar as medidas do imóvel apenas<br />

encostando o celular na parede. De<br />

superfície em superfície, a<br />

ferramenta vai montando, inclusive,<br />

o desenho preciso da planta do<br />

local. O aplicativo está disponível<br />

para sistemas operacionais iOS,<br />

com uma versão de testes gratuita.<br />

Prospectando<br />

De um lado, quem fornece produtos e serviços para empresas e<br />

condomínios. Do outro, quem contrata. Em breve, esse encontro<br />

vai acontecer em um ambiente propício à concretização de<br />

grandes parcerias. É que ao longo do ano serão realizadas duas<br />

edições da Rodada de Negócios, encontro setorial que o Secovi<br />

Rio promove em parceria com a Secretaria Estadual de<br />

Desenvolvimento Econômico por meio do programa Compra Rio.<br />

E a primeira já tem data marcada: 4 de maio. Os detalhes sobre<br />

critérios de participação e formas de inscrição serão divulgados<br />

no endereço eletrônico www.secovirio.com.br.<br />

Solidariedade na veia<br />

Divulgação/Locomotric<br />

A campanha de doação de<br />

sangue #compartilheavida<br />

acontece no dia 12 de maio,<br />

das 10h às 15h, na sede do<br />

Secovi Rio. A ação é uma<br />

parceria com o Hemorio.<br />

Para participar, é preciso<br />

ter entre 16 e 69 anos,<br />

pesar pelo menos 50 kg e<br />

estar bem de saúde.<br />

vantagens@atlantida.com.br<br />

Vale conhecer<br />

Três praias fluminenses estão entre as dez<br />

preferidas dos usuários do site TripAdvisor na<br />

América Latina, que tem no topo outra brasileira, a<br />

Baía de Sancho, em Fernando de Noronha (PE). O<br />

prêmio Traveller’s Choice elegeu a Praia de Lopes<br />

Centro: 2277-9696 | Copacabana: 2586-9696<br />

Mendes, em Ilha Grande (foto), como a terceira<br />

mais amada pelo público. Em sexto lugar ficou a<br />

Praia do Farol, em Arraial do Cabo. Na oitava<br />

posição ficou a Prainha, na capital.<br />

www.atlantida-adm.com.br |<br />

/ atlantida-adm<br />

Aleksandar Todorovic/Shutterstock<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>105</strong> / 7<br />

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você que é um cliente Atlântida!


ENTREVISTA • DAYSE PAPAROTO<br />

DEGUSTANDO<br />

Amanda Gama<br />

O SUCESSO<br />

Amanda Gama<br />

Misturando ingredientes<br />

como carisma,<br />

espiritualidade e força,<br />

a vencedora do<br />

“MasterChef Profissionais”<br />

conta como vem trilhando<br />

um caminho vitorioso<br />

É<br />

um fim de tarde ensolarado no Rio de<br />

Janeiro, quando aguardo no hall de um hotel<br />

cinco estrelas, na Barra da Tijuca. Na hora<br />

marcada, de short, camiseta, chinelo e os cabelos<br />

amarrados em rabo de cavalo, chega Dayse<br />

Paparoto. A vencedora da primeira edição de<br />

profissionais do “MasterChef Brasil” (TV<br />

Band/2016) e responsável pela cozinha do<br />

restaurante paulista Feed Food, em sua primeira<br />

visita ao Rio de Janeiro, encontrou um tempinho<br />

para conversar comigo entre uma atividade e<br />

outra do evento de que veio participar a convite<br />

de uma famosa multinacional.<br />

De fato, a primeira impressão de Dayse faz jus<br />

à sua personalidade. Humilde, tranquila e<br />

descolada, posou para as lentes da <strong>Revista</strong><br />

Secovi Rio de cara limpa e cheia de caretas<br />

(algo que faz o tempo todo). E se você esperava<br />

aquela imagem de chef engomadinha, posando<br />

com dólman (aquela famosa blusinha de chef),<br />

esqueça, porque a moça não se apega a clichês.<br />

Aliás, uma das críticas da chef é quanto ao<br />

excesso de preocupação com a exposição e<br />

imagem nos dias de hoje. Evangélica, assume<br />

que Deus é o seu assunto preferido e recorre a<br />

dogmas da religião para explicar por que não<br />

gosta muito de ser considerada um símbolo<br />

feminista. Ela também não enxerga machismo em<br />

muitas atitudes ocorridas no reality: “Acho que as<br />

pessoas ficaram mais ofendidas do que eu.”<br />

Mas o fato é que o público ama Dayse. Em pouco<br />

tempo, diversas pessoas passaram, contaram<br />

que torceram por ela, pediram para fotografar.<br />

Não à toa: aos 32 anos, além de contar com um<br />

currículo invejável, a chef é puro carisma. E foi<br />

com todo esse seu “tchururu” que ela falou sobre<br />

a vida, carreira e por que não gosta de “mimimi”.


ENTREVISTA • DAYSE PAPAROTO<br />

Por que você decidiu trabalhar com culinária?<br />

Trabalho nessa área há 14 anos. Saí de casa com 18, e o curso que encontrei mais longe da<br />

minha casa era o de Gastronomia. Queria ser independente, mas meu pai era muito rígido.<br />

Eu queria sair de casa, mas por bem, então escolhi algo distante. Chegando lá, deu certo e<br />

eu gostei, graças a Deus.<br />

Dayse<br />

Você tinha alguma inspiração?<br />

Não havia ninguém. Na verdade, eu tentava cozinhar em casa e tudo ficava péssimo. Entrei<br />

no curso sem saber cortar uma cebola, mas saí de lá como a melhor aluna. Foi legal porque<br />

era um hotel-escola, então eu fazia o curso das 13h às 22h, e depois fazia voluntariado. Lá<br />

era possível trabalhar e ganhar as horas. Então eu fiz mais horas do que eram necessárias.<br />

Achei legal porque era dinâmico, não era escritório bonitinho, e eu sou uma pessoa bem<br />

ansiosa, agitada. E acho que deu certo, que colou.<br />

Dayse<br />

Você já cozinhou com nomes renomados. Como você foi parar nesses restaurantes?<br />

Na faculdade, o chef Laurent (Suaudeau) ia fazer um jantar e foram escolhidos oito entre 200<br />

alunos para ajudar a preparar. E, como eu vivia me destacando – não por ser boa, e sim por<br />

ser esforçada –, eles me deram uma oportunidade. Entre esses oito, o chef me escolheu<br />

para fazer um estágio de três meses em São Paulo, no restaurante dele. Detalhe: ele não<br />

gostava de trabalhar com mulher, mas me chamou mesmo assim. Eu consegui ficar um ano.<br />

Trabalhava dois horários com uma folga na semana, não ganhava um real e morava em<br />

pensão. Chegou um momento em que eu falei: “Chef, obrigada, mas não dá mais. Eu preciso<br />

ganhar dinheiro.” Então ele ligou para o Salvatore Loi, que é o do Fasano, e falou: “Tenho<br />

uma menina aqui que não tem medo de panela. Se você quiser, ela precisa trabalhar.” Aí<br />

foram acontecendo todas as outras coisas.<br />

Dayse<br />

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SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>105</strong> / 10


ENTREVISTA • DAYSE PAPAROTO<br />

E como surgiu o “MasterChef” na sua vida?<br />

Foi por meio de amigos e da própria dona do Feed Food. Ela perguntou: “Por que você não<br />

vai?” E eu respondi: “Ah, não, vou passar vergonha. Não quero.” É porque acho que é um<br />

programa que, para o profissional, pode ser que o público não entenda... É igual a médico.<br />

Um cuida do olho, um cuida do nariz, outro cuida de criança, mas todos são médicos, né?<br />

Acho que o público ainda não tem esse entendimento, pensa que chef de cozinha sabe<br />

todas as culinárias do mundo inteiro. Se no programa pedem que você faça uma sobremesa<br />

e você não sabe, vão pensar: “Nossa, que droga de chef!” Pode ser perigoso.<br />

Dayse<br />

Carlos Reinis/Band<br />

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SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>105</strong> / 11


ENTREVISTA • DAYSE PAPAROTO<br />

E o que convenceu você?<br />

Ela falou: “Se você ganhar, vai poder quitar o seu apartamento.” Além disso, meus amigos e<br />

minha família me incentivaram. Então fui com esse foco. Minha intenção não era ficar<br />

famosa nem nada. Na verdade, eu não tinha noção do que poderia acontecer, mas fui<br />

tranquila, sabendo que, se eu não ganhasse, não morreria. Você sabe que sou evangélica,<br />

acho que todo mundo sabe. Eu tinha certeza de que só poderia chegar até onde Deus tinha<br />

um plano para mim. Não sabia até onde iria, mas fui descobrindo. Por isso me espantava<br />

quando passava de fase. Eu pensava: “Nossa, Deus me deixou ficar mais um pouco!” Eu<br />

seguia, prova por prova, não pelo desejo de ganhar, e sim de ver como seria. Quando me dei<br />

conta, estava na final, né? Louco!<br />

Dayse<br />

E quitou o apartamento?<br />

Quitei! (risos)<br />

Dayse<br />

E como essa experiência interferiu na sua vida profissional?<br />

É engraçado porque a nossa profissão é muito escondida, né? Então, às vezes, as pessoas<br />

demoram 15 ou 20 anos para conhecerem um chef. O programa me deu uma visibilidade um<br />

pouco maior e mais rapidamente. Eu já havia sido indicada como chef-revelação pela revista<br />

“Veja” e tchururu... Mas, em nível nacional, é diferente. É impressionante o fato de que as<br />

pessoas começam a dar mais valor só porque você apareceu na TV ou ganhou um título. Na<br />

minha visão, não quer dizer que eu seja melhor do que os 14. No programa você passa por<br />

vários filtros. Então, na verdade, não se trata de quem é melhor, e sim de quem errou menos.<br />

E eu não me considero a melhor chef do Brasil. Pelo amor de Deus, longe de mim! Ainda<br />

tenho muita coisa para aprender, mas é engraçado...<br />

Dayse<br />

Não me considero a melhor<br />

chef do Brasil. Pelo amor de<br />

Deus, longe de mim!<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>105</strong> / 12


ENTREVISTA • PEPE DAYSE GUTIERREZ PAPAROTO<br />

E o que mudou desde a final?<br />

Eu não mudei. Continuo fazendo as mesmas coisas de sempre, como tomar café na padaria<br />

e ir à feira. Pode ser que agora seja um pouco mais difícil, né? (risos) Meus hábitos<br />

continuam os mesmos, o que mudou foi o assédio. Eu não estou acostumada com isso e, às<br />

vezes, não sei lidar. Fico meio sem graça, não sei se abraço, se sorrio... Mas tento ser o mais<br />

simpática possível. O trabalho também mudou porque o restaurante agora está bombando,<br />

até a minha equipe teve que aumentar. Contratamos mais dois funcionários porque a<br />

rotatividade está grande. Mas continuo trabalhando sábado, domingo e feriado.<br />

Dayse<br />

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SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>105</strong> / 13


ENTREVISTA • DAYSE PAPAROTO<br />

Mesmo sendo reconhecida nacionalmente?<br />

Hoje estou aqui porque estou em um evento, mas isso não acontecia. Para uma pessoa que<br />

ficava enfiada na cozinha, não existia a possibilidade de viajar em um fim de semana, por<br />

exemplo. É um domingo no mês e folga toda segunda. E é isso. Cozinha é isso. É como se<br />

você estivesse dando a sua vida para o outro comer. Então agora, sim, estou começando a<br />

ver coisas novas. Hoje, por exemplo, estou no Rio e nunca vim aqui passear. É muito legal<br />

ter abertura para fazer esse tipo de coisa.<br />

Dayse<br />

Desde que você ganhou o “MasterChef”, fora quitar o apartamento, houve alguma realização que<br />

essa vitória lhe proporcionou e você nunca havia pensado que conseguiria?<br />

Começou a surgir um monte de convites, inclusive um para viajar para a Suíça. Não achei<br />

que isso aconteceria tão rapidamente. Fui convidada para dar aula e foi tipo “uau”. Estou<br />

achando que vou viajar mais do que eu imaginava. E tudo numa “cacetada” só. É muito<br />

louco, né?<br />

Dayse<br />

Tem algo que você gostaria de realizar, mas ainda não conseguiu?<br />

Até abriria um restaurante, mas<br />

não seria dona de restaurante.<br />

Eu quero é ser chef, meu<br />

negócio é cozinha<br />

Casar, né? (risos) Mas não depende de<br />

nada disso, tem que aparecer. Não tem jeito,<br />

tenho que esperar mesmo.<br />

Dayse<br />

E os planos para a carreira?<br />

Todo mundo me pergunta se eu não vou abrir um restaurante. Na verdade, eu até abriria um,<br />

tudo bem! Estou aberta às oportunidades. Mas digo que eu não seria dona de restaurante,<br />

eu quero é ser chef de restaurante. Preciso de um sócio que cuide do administrativo porque<br />

meu negócio é cozinha. Não sei fazer outra coisa, não adianta. O que eu sei é comandar uma<br />

equipe.<br />

Dayse<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>105</strong> / 14


ENTREVISTA • PEPE DAYSE GUTIERREZ PAPAROTO<br />

Vamos tocar em um assunto que você deve falar o tempo todo, mas sobre o qual me<br />

sinto obrigada a perguntar: machismo. Sobre os casos ocorridos no “MasterChef”,<br />

você mencionou que as pessoas ficaram mais ofendidas do que você. Dentro ou fora<br />

do programa, nada disso a incomoda?<br />

A cozinha é um ambiente extremamente duro. Não é machismo. Você tem que ser lapidada<br />

pelo chef para aguentar. Se você quer trabalhar nessa área, tem que ser espremida. Não se<br />

trata de só saber cozinhar. Tem que ser focada, tem que aguentar pressão, calor, sede e dor,<br />

porque você vive se queimando. Eu vejo que, às vezes, as estagiárias – me refiro à minha<br />

profissão, tá? – chegam ao restaurante, vão fazer uma coisa um pouco mais pesada e já<br />

chamam um homem. Se uma mulher quer fazer aquilo, precisa entender que o trabalho exige<br />

certos esforços. Ao contrário, é como se fosse necessário deslocar um funcionário para<br />

ajudá-la a fazer algo. Assim se perde tempo e dinheiro. A cozinha é tensa. É um meio bruto.<br />

Se você tem que servir e cortou o dedo, não pode pedir que todo mundo espere.<br />

A cozinha é um meio bruto. Se você tem que servir e<br />

cortou o dedo, não pode pedir que todo mundo espere<br />

Dayse<br />

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SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>105</strong> / 15


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ENTREVISTA • DAYSE PAPAROTO<br />

Mas você sempre teve essa dureza ou foi lapidada?<br />

Meu pai é filho de italiano, então na minha casa sempre foi do tipo: “Caiu, ralou o joelho?<br />

Levanta, levanta, não foi nada.” Acho que eu já tinha essa criação um pouco mais rígida, por<br />

isso me adaptei um pouco mais facilmente na cozinha. É como se meu pai tivesse me<br />

treinado. Quando cheguei na cozinha, parecia a minha casa. Não vejo certas atitudes como<br />

machismo. Acho que, se a mulher quer ser bombeira, não dá para chegar no meio do fogo e<br />

mandar alguém no lugar dela. Ela tem que fazer o que um bombeiro tem que fazer. É questão<br />

de posicionamento. E, se formos chorar por tudo que os outros falam, não vamos viver.<br />

Então podem falar o que quiserem, não estou nem aí. Isso não muda.<br />

Dayse<br />

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SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>105</strong> / 16


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ENTREVISTA • DAYSE PAPAROTO<br />

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Na cozinha você já foi maltratada?<br />

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(Ao ser maltratada),<br />

poderia falar ‘vai se<br />

lascar’ e ir embora,<br />

mas como eu iria<br />

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Ah, sim! Já tomei tapa na cara... Poderia falar “vai se<br />

lascar” e ir embora? Poderia! Mas como eu iria<br />

aprender? Tive que aguentar porque queria aprender e o<br />

“cara” era muito bom. Além disso, também ouvi várias<br />

piadinhas, fui chamada por nomes... Era chato? Era, mas<br />

eu dava risada, fingia que não estava ligando.<br />

Dayse<br />

Você acredita que a cozinha a preparou para a vida?<br />

O novíssimo<br />

você que<br />

Acho que o que me preparou para a vida foi entender que Deus tem um plano para mim e<br />

que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que o amam. Se me faz chorar, sorrir...<br />

Eu penso que, se determinada situação me fez chorar, é porque tenho que aprender algo<br />

com aquilo. E, às vezes, Ele nos coloca nos extremos porque só assim podemos enxergar e<br />

pôr para fora o que somos. Acho que Deus quer fazer de cada um a melhor versão de si<br />

mesmo, e isso que é lapidar. Quando podamos a árvore, ela não cresce mais bonita? Mas,<br />

sei lá, não quer falar que é Deus? Quer falar que é força? Tudo bem.<br />

Novas exper<br />

Dayse<br />

Você parece uma pessoa bem resignada. Nada a tira do sério?<br />

Eu me converti (evangélica) há seis anos. Antes eu era uma chef muito “estourada”, tinha<br />

dificuldade de relacionamento. Hoje, se você for conversar com os meus funcionários, vai<br />

descobrir que eu abraço todo mundo, beijo todo mundo. São meus parceiros. Se pegar<br />

alguém que trabalhou comigo seis anos antes, possivelmente dirá que eu era mais brava e<br />

rígida. Na verdade, estava copiando o que eu aprendi com os outros chefs.<br />

Dayse<br />

Você já disse que não gosta muito de ser considerada um símbolo feminista. Então, que tipo de<br />

exemplo você gostaria de ser?<br />

Não sei se posso ser um exemplo, né? Mas, se eu pudesse, gostaria de mostrar como cada<br />

parte da nossa vida é controlada por Deus e, quando a gente crê nisso, Ele faz tudo por nós.<br />

Se alguém fala que seu prato é feio, você não precisa falar nada. Se alguém fala que você é<br />

fraca, você não precisa abrir a boca para se defender. O mundo hoje está muito louco. Todo<br />

mundo vive de aparência. Você pode estar mal, mas posta uma foto com um sorrisão. Acho<br />

que hoje as pessoas têm a necessidade de mostrar para as outras que estão bem. Acho que,<br />

se as pessoas pensassem “tanto faz”, ajudaria um pouquinho. O que tem? Eu posso<br />

assumir que estou triste. Se você assumir o que é, tira um peso das costas gigantesco.<br />

Dayse<br />

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SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>105</strong> / 18


CAPA<br />

Amanda Gama<br />

Tchau, marido de aluguel!<br />

Cresce o interesse entre as mulheres por noções práticas de manutenção<br />

E<br />

xperimente digitar na área de busca<br />

do Google o termo “reparos<br />

domésticos”. Com certeza você vai se<br />

deparar predominantemente com diversos<br />

links para sites de cursos e serviços de<br />

“marido de aluguel”.<br />

Nada de mais para os desatentos, mas um<br />

indício sutil de que, mesmo em 2017, ainda<br />

vivemos numa sociedade patriarcal em que<br />

prevalece a ideia de que resolver problemas<br />

e realizar consertos no lar são atividades<br />

relacionadas à figura masculina.<br />

Mas, se esse cenário ainda persiste e a<br />

mudança vem chegando a passos lentos,<br />

algumas empresas têm chamado a atenção<br />

do público feminino apresentando iniciativas<br />

que ajudam as mulheres a realizar qualquer<br />

missão, inclusive as consideradas<br />

tradicionalmente masculinas.<br />

Para quem também tem vontade de colocar<br />

a “mão na massa”, mas precisa de um<br />

empurrãozinho, apresentamos algumas<br />

delas aqui.<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>105</strong> / 19


HIDRÁULICA<br />

Em muitos casos, a mulher pode até não querer, de<br />

fato, colocar a mão na massa. Mas saber como<br />

resolver pequenos problemas do dia a dia de uma<br />

residência já é uma ferramenta de autonomia, pois<br />

permite fiscalizar o serviço de um profissional<br />

contratado, evitando ações dos mal-intencionados.<br />

Por isso, a Tigre conta com um programa de<br />

capacitação também voltado para o público<br />

externo, tendo na sua grade o curso “Hidráulica<br />

para Mulheres”, treinamento de apenas um dia, que<br />

aborda temas como pinga-pinga na torneira, mau<br />

cheiro no banheiro e lavanderia, entupimento de<br />

pias e vasos sanitários, entre outros.<br />

“Essa iniciativa surgiu pensada na mulher que<br />

gostaria de aprender um pouco mais sobre o<br />

universo da hidráulica para diversos fins. Seja para<br />

realizar pequenos reparos em casa, para<br />

estudantes que querem melhorar os seus<br />

conhecimentos ou para quem já trabalha na área”,<br />

explica Ricardo Reis, coordenador da área de<br />

capacitação de mercado da Tigre.<br />

Segundo Reis, a empresa já vinha percebendo há<br />

algum tempo a necessidade de criar algo específico<br />

para o público feminino: “Independentemente da<br />

motivação que fazia com que as mulheres nos<br />

procurassem – seja uma profissional da construção<br />

civil, arquiteta ou dona de casa –, havia esse<br />

interesse.”<br />

Não à toa, o curso tem sido ministrado em várias<br />

cidades, para diversos tipos de grupos. É mais<br />

comumente realizado em revendas, conforme a<br />

demanda. “É ali que ficamos mais próximos do<br />

nosso público”, afirma Reis. Ele também explica<br />

que cada treinamento costuma ser adaptado à<br />

necessidade do tipo de grupo: “Há turmas em que<br />

podemos utilizar conceitos hidráulicos mais<br />

‘pesados’.”<br />

Mas, mesmo sem contabilizar os alunos, o<br />

coordenador avalia que a iniciativa tem sido<br />

bem-sucedida e que o público tem apresentado<br />

respostas bem positivas: “Quando uma mulher<br />

procura nosso curso, ela busca conhecimento.<br />

Apesar de não mensurarmos, percebemos a<br />

grande presença feminina nesse mercado,<br />

alavancando bastante o interesse pelo ‘faça você<br />

mesmo’.”<br />

O curso “Hidráulica para Mulheres”<br />

ensina a lidar com problemas<br />

como pinga-pinga em<br />

torneiras e pias<br />

entupidas<br />

Amanda Gama<br />

E foi justamente pelo seu interesse por essa cultura<br />

“mão na massa” que a carioca Iná Barros foi<br />

convidada a participar de uma das edições do<br />

curso voltada em especial para jornalistas e<br />

blogueiras. Autora do blog Nosso Apê, que trata de<br />

temas como decoração, design e trabalhos<br />

manuais, ela aprovou a iniciativa da Tigre e a<br />

autonomia que o aprendizado proporciona: “É<br />

sempre bom aprender a cuidar um pouco mais dos<br />

nossos cantinhos.”<br />

Como participar?<br />

O curso acontece por demanda. Para saber<br />

mais sobre a realização em algum espaço ou<br />

revenda próximo a você, ou até para solicitar<br />

um treinamento, entre em contato com a<br />

Central de Relacionamento da empresa pelo<br />

telefone 0800 701 9110.<br />

MARCENARIA<br />

Um simples conserto em um cantinho foi o ponto de<br />

partida que inspirou a Tree House Community<br />

Brasil (THC Brasil), uma equipe de construtores<br />

responsáveis por projetos sustentáveis de casas<br />

em árvores, a lançar uma iniciativa ainda mais<br />

empoderadora: um curso de marcenaria para<br />

mulheres. Porque, se poder fazer reparos já é uma<br />

satisfação, imagina criar as suas próprias peças!<br />

A ideia surgiu quando um dos membros da equipe<br />

THC Brasil recebeu um pedido para consertar o<br />

chuveiro de amigas vizinhas. A solução do<br />

problema era tão simples que ele incentivou as<br />

próprias moradoras a consertarem a partir das<br />

instruções que daria. As meninas ficaram<br />

surpresas com a facilidade e lamentaram o fato de,<br />

mesmo assim, sempre dependerem dos outros em<br />

situações como essa.<br />

Além disso, também desabafaram sobre como se<br />

sentem ameaçadas ao receber estranhos em casa<br />

para fazer eventuais consertos. “Foi então que elas<br />

mesmas sugeriram um curso que ensinasse<br />

técnicas para ajudar a conquistar mais autonomia e<br />

liberdade em um espaço onde pudessem ficar à<br />

vontade para aprender, sem se sentirem<br />

intimidadas pelos olhares e comentários machistas,<br />

caso o curso fosse misto”, conta o porta-voz da<br />

equipe, Iog Paiva.


A procura pelo curso tem surpreendido os<br />

membros da THC Brasil. “Às vezes, antes mesmo<br />

de começar a divulgação, as vagas já quase se<br />

esgotam só pela divulgação boca a boca que as<br />

pessoas fazem”, explica Iog. Algumas interessadas<br />

chegam a depositar o valor do curso mesmo sem<br />

saber se há vagas, o que acaba gerando uma fila<br />

de espera por turmas. Além disso, a THC Brasil<br />

também tem recebido procura por cursos privados<br />

e até convite de outros estados.<br />

Segundo Iog, o público do curso é bem eclético.<br />

São várias idades, que vão de 18 a 60 anos, e a<br />

procura se dá por diversos motivos. Existem alunas<br />

que estudam ou trabalham em áreas como<br />

arquitetura e design, são artesãs ou até mesmo<br />

marceneiras e buscam no curso aperfeiçoamento;<br />

algumas almejam a possibilidade de fabricar os<br />

próprios produtos de maneira sustentável; outras<br />

são filhas ou netas de marceneiros e querem dar<br />

continuidade ao ofício. Há também as que<br />

procuram um espaço reservado onde possam<br />

realizar troca de conhecimento de maneira segura<br />

e confortável.<br />

Mas, seja qual for a razão, a equipe observa que<br />

todas elas têm em comum o interesse pelo “faça<br />

você mesmo”. “Elas buscam autonomia para que<br />

não precisem depender do sexo masculino para<br />

fazer pequenos reparos na casa ou usar<br />

ferramentas”, avalia Iog. “Esse espaço de<br />

construção, reparos, marcenaria, hidráulica,<br />

elétrica, mecânica ainda é um território bastante<br />

masculinizado e machista. A existência de um<br />

ambiente específico é mais do que necessária para<br />

que elas se sintam à vontade para criar e se<br />

arriscar sem ter aquele medo de errar por ser<br />

mulher”, conclui.<br />

Essa também é a percepção da psicóloga Mayara<br />

Pereira, de 30 anos, que fez o curso e conta que<br />

costuma causar espanto quando fala sobre seus<br />

conhecimentos ou posta fotos das suas criações<br />

em madeira nas mídias sociais: “Histórica e<br />

culturalmente, esse é um espaço de conhecimento<br />

dominado pelo homem. Acredito que não só a<br />

marcenaria, mas os trabalhos manuais e a<br />

utilização de ferramentas em geral são vistos como<br />

algo masculino tanto por homens quanto por<br />

algumas mulheres.”<br />

A psicóloga conta que procurou o curso não<br />

apenas pelo interesse em criar móveis, mas para<br />

aprender a lidar com ferramentas e conquistar<br />

autonomia: “Achei interessante a proposta de se<br />

pensar na transmissão desse conhecimento em um<br />

ambiente voltado para mulheres, acolhedor,<br />

divertido, de não competitividade e com ênfase no<br />

desenvolvimento da confiança.”<br />

Hoje, aproveitando o aprendizado tanto em reparos<br />

básicos do dia a dia quanto no desenvolvimento de<br />

peças, Mayara pensa em se aprimorar: “Eu me<br />

senti confiante para começar alguns projetos em<br />

madeira, consolidando o que aprendi. No momento,<br />

estou construindo uma mesa de centro para a<br />

minha casa e também estou interessada em fazer<br />

os próximos cursos de marcenaria avançada.”<br />

E, nessa experiência, a confiança é o maior ganho<br />

para a psicóloga: “Acredito que o curso contribui<br />

muito para que as mulheres se empoderem nesse<br />

universo visto como masculino, ganhando<br />

confiança para pegar ferramentas, fazer e<br />

consertar as coisas sem depender de outra<br />

pessoa.”<br />

Acervo pessoal<br />

Com o curso de marcenaria, a psicóloga Mayara não apenas aprendeu<br />

a construir peças em madeira, mas também desenvolveu mais confiança<br />

Como participar?<br />

A empresa divulga a abertura de novas<br />

turmas em sua página no Facebook:<br />

www.facebook.com/t3hcbr. Você também pode<br />

tirar dúvidas pelo e-mail<br />

t3hcbrasil@gmail.com.<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>105</strong> / 21


MECÂNICA<br />

Mas, para além dos reparos domésticos, há<br />

também um curso que tem ajudado as mulheres a<br />

se dar bem em outro universo tido como masculino.<br />

É o “Mecânica para Mulheres”, promovido<br />

gratuitamente pela seguradora Porto Seguro para<br />

as suas clientes.<br />

A ação, que existe desde 2009, é realizada em<br />

diversas cidades por meio de um bate-papo<br />

informal, que tem uma hora e meia de duração,<br />

com a mecânica Roseli Oliveira da Silva. Na<br />

reunião, as participantes podem tirar dúvidas e<br />

aprender um pouco mais sobre temas como<br />

transmissão, sistema elétrico e de injeção, motor,<br />

freio, suspensão e direção.<br />

Segundo o superintendente da Porto Seguro Auto,<br />

Jaime Soares, o curso foi desenvolvido com vistas<br />

a garantir maior segurança para as mulheres no<br />

trânsito: “Sabemos que, no geral, elas são mais<br />

cuidadosas e responsáveis por um número menor<br />

de acidentes. Com o curso, além de boas<br />

condutoras, as participantes podem ter ainda mais<br />

conhecimento sobre as questões mecânicas de<br />

seus veículos.”<br />

O superintendente avalia que a procura pelo curso<br />

tem aumentado cada vez mais e que a resposta do<br />

público tem sido muito positiva: “O conteúdo supera<br />

as expectativas das participantes, pois promove<br />

ainda mais a independência da mulher, gerando<br />

autonomia para que elas possam lidar com os<br />

problemas do seu veículo e até mesmo opinar<br />

quando forem levá-lo a um mecânico.”<br />

Como participar?<br />

O curso é oferecido apenas para clientes Porto<br />

Seguro, e a inscrição pode ser realizada em<br />

www.cursos.campanhaporto.com.br/cursos/<br />

mecanica-para-mulheres.<br />

SEIS DICAS SALVADORAS PARA O SEU LAR<br />

TORNEIRA PINGANDO<br />

Feche o registro geral e, em seguida,<br />

desenrosque o pino superior da torneira<br />

utilizando um alicate. Você deve remover um<br />

parafuso interno com a ajuda de uma chave<br />

inglesa ou de rosca. Se a borrachinha estiver bem<br />

presa, o problema é da torneira, que precisa ser<br />

substituída. Se não, basta trocá-la por uma nova,<br />

que deve ser fixada com firmeza.<br />

VASO SANITÁRIO ENTUPIDO<br />

Com firmeza, posicione o desentupidor no buraco<br />

do vaso de forma a cobrir toda a área acessada<br />

pelo cano. Empurre o cabo na direção do cano e<br />

puxe-o ligeiramente para trás e para cima.<br />

Geralmente, repetir esse movimento por até 10<br />

vezes é suficiente para liberar o entupimento.<br />

CHUVEIRO ELÉTRICO QUEIMADO<br />

Em boa parte das vezes, a água não aquece por<br />

problemas na resistência, peça que se<br />

assemelha a uma mola. Para começar, desligue o<br />

disjuntor. Em seguida, remova a peça e troque<br />

por uma nova, do mesmo tipo. Na hora de fechar,<br />

rosqueie bem para evitar vazamentos. Antes de<br />

religar, abra o chuveiro e deixe a água fria correr<br />

por um tempo.<br />

CANO VAZANDO<br />

Se você localizar o vazamento, desligue o registro<br />

geral e deixe as torneiras abertas até que a água<br />

armazenada termine de escoar. Coloque uma<br />

borracha com uma válvula de aço (do tipo<br />

braçadeira) em volta do local. Outra opção é<br />

aplicar uma resina de vidro sobre o cano, que<br />

deve secar antes da abertura do registro.<br />

RACHADURAS NA PAREDE<br />

Antes de mexer, é preciso saber se a rachadura<br />

compromete ou não a estrutura da casa. Um<br />

truque simples é bater na parede com o punho<br />

fechado. Se houver um som oco, recomenda-se a<br />

intervenção de um especialista. Caso contrário,<br />

cobrir com massa corrida pode resolver.<br />

DESCARGA DISPARANDO<br />

Caso a descarga esteja disparando, o problema<br />

pode ser a mola que fica dentro da válvula. Abra<br />

a tampa e, com uma chave de fenda, retire a<br />

mola. Substitua a peça por outra da mesma<br />

marca e modelo.<br />

DICAS IMPORTANTES<br />

• Atenção aos riscos! Equipamentos de proteção, como óculos e<br />

luvas, são importantes.<br />

• Utilize ferramentas adequadas. Muitas vezes, usar o aparelho<br />

errado pode prejudicar o conserto e causar um estrago ainda<br />

maior.<br />

• Fique atento à corrente elétrica. Jamais manuseie fios sem<br />

luvas, nem antes de verificar se o equipamento está desligado.


JURÍDICO • ARTIGO<br />

Desconto salarial:<br />

quando e como<br />

pode ser aplicado<br />

Wivian Nunes Pereira • Departamento Jurídico do Secovi Rio<br />

O salário é a principal contraprestação do empregador<br />

e responsável pela subsistência do trabalhador e sua<br />

família. Por essa razão, mereceu do Direito do<br />

Trabalho diversas formas de resguardo.<br />

A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 7º,<br />

incisos IV, VI e X, estabelece princípios de proteção<br />

salarial, garantindo ao trabalhador a remuneração<br />

devida e abrindo a possibilidade de<br />

descontos previstos em lei,<br />

convenção ou acordo coletivo, bem<br />

como definindo como crime sua<br />

retenção dolosa.<br />

O artigo 462 da CLT veda ao<br />

empregador efetuar descontos no<br />

salário do trabalhador, mas abre<br />

exceções: adiantamentos efetivados<br />

pelo empregador, negociação<br />

coletiva, dano decorrente de dolo do<br />

empregado, dano decorrente de<br />

culpa do empregado (desde que previsto o desconto<br />

no contrato) e demais permissões legais.<br />

Dentre os descontos legais estão as contribuições<br />

previdenciárias, Imposto sobre a Renda Retido na<br />

Fonte, aviso prévio pelo descumprimento por parte do<br />

empregado do aviso (dando direito ao empregador de<br />

Não há previsão legal<br />

que permita o<br />

desconto no salário<br />

do empregado nos<br />

casos de empréstimo<br />

concedido pelo<br />

empregador<br />

descontá-lo dos dias não cumpridos), contribuição<br />

sindical do empregado e suspensões que ocorram<br />

para disciplinar o empregado. Também estão previstos<br />

descontos por empréstimo consignado, financiamentos,<br />

cartões de crédito e operações de arrendamentos<br />

mercantis concedidas por instituições financeiras e<br />

sociedades de arrendamento, desde que os<br />

descontos sejam autorizados por<br />

contrato. Não existe previsão legal<br />

que permita o desconto no salário<br />

do empregado nos casos de<br />

empréstimo concedido pela empresa<br />

empregadora, uma vez que ela não<br />

é instituição financeira.<br />

Há ainda outros descontos, como<br />

vale-transporte (6% incidentes<br />

sobre o salário-base ou vencimento<br />

do empregado, excluídos quaisquer<br />

adicionais ou vantagens, se o<br />

empregado optar por tal benefício), alimentação (até<br />

20% do salário contratual, desde que a empresa<br />

esteja cadastrada no Programa de Alimentação do<br />

Trabalhador), e pensão alimentícia, nos casos em que<br />

o desconto é determinado por ordem judicial.<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>105</strong> / 24


Quanto aos adiantamentos, ensina Mauricio Godinho<br />

Delgado que, do ponto de vista técnico, é certo que não<br />

se poderia considerar como desconto a simples<br />

dedução do valor já pago, uma vez que o que ocorreu,<br />

na verdade, foi o efetivo pagamento antecipado de<br />

salário.<br />

O dano por dolo do empregado ocorre quando o<br />

empregado quis o resultado e assumiu o risco de<br />

produzi-lo. Neste caso, será necessária a comprovação<br />

de que ele teve a intenção de causar o dano, praticando<br />

o ato de natureza dolosa para que tenha que ressarcir<br />

o empregador, com desconto em folha de pagamento.<br />

Ou seja, a vontade do empregado é elemento que<br />

caracteriza o dolo.<br />

Não são raros os casos em que o funcionário age<br />

danificando propositalmente o patrimônio do<br />

empregador, forçando-lhe a aplicar pena disciplinar,<br />

suspensão ou até mesmo a pena máxima de demissão<br />

por justa causa. A aplicação dessas penas acarreta,<br />

porém, apenas a diminuição do resultado salarial<br />

pretendido pelo trabalhador, sem ressarcir o<br />

empregador do dano sofrido. Para o ressarcimento do<br />

dano sofrido por dolo, a lei autoriza o desconto no<br />

salário.<br />

Já no caso do dano decorrente de culpa, o desconto<br />

será lícito se previamente acordado entre empregador<br />

e empregado. O fundamento da culpa está na<br />

previsibilidade. São situações em que o empregado<br />

age com culpa, sem empregar a atenção ou diligência<br />

que deveria ter em face das circunstâncias. Ou seja, o<br />

empregado não prevê que sua ação pode gerar algum<br />

dano, ou ainda, mesmo prevendo essa possibilidade,<br />

realiza a ação, não se preocupando com as<br />

consequências.<br />

O empregado age com imprudência, negligência ou<br />

imperícia. A imprudência ocorre quando ele pratica ato<br />

perigoso, precipitado, sem qualquer cautela.<br />

Negligência se configura quando o empregado age<br />

com falta de precaução, deixando de cumprir seus<br />

deveres. Já a imperícia consiste na falta de aptidão<br />

técnica, teórica ou prática do empregado. A imperícia<br />

só pode ser atribuída a alguém no exercício de arte ou<br />

profissão.<br />

Não são raros os casos em que o<br />

funcionário age danificando<br />

propositalmente o patrimônio do<br />

empregador, forçando-lhe a aplicar<br />

pena disciplinar<br />

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SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>105</strong> / 25


Caso concreto<br />

A 6ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho condenou<br />

uma empresa de logística a pagar a um motorista os<br />

descontos que foram feitos indevidamente em suas<br />

verbas rescisórias para cobrir prejuízos por acidente<br />

com o caminhão que dirigia e pelo sumiço de<br />

mercadorias.<br />

Segundo o motorista, a empresa descontou R$ 885<br />

depois que ele bateu o veículo no portão do hotel onde<br />

pernoitaria, no fim da jornada (R$ 155 pelas<br />

mercadorias e R$ 730 pelos prejuízos no caminhão).<br />

Pediu também indenização por danos morais por ter<br />

sido acusado de furto dos bens desaparecidos. A<br />

empresa sustentou a legalidade dos descontos,<br />

alegando que havia previsão contratual expressa<br />

quanto à responsabilidade do motorista em caso de<br />

prejuízos.<br />

A 5ª Vara do Trabalho de Vitória (ES) condenou a<br />

empresa à restituição, afirmando que, não tendo sido<br />

demonstrado dolo por parte do empregado, o desconto<br />

se pautou apenas na culpa e só poderia ter ocorrido se<br />

houvesse norma nesse sentido. Já a indenização por<br />

danos morais foi afastada. O entendimento foi o de que<br />

o desconto no salário não implica acusação de furto.<br />

O Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região (ES)<br />

manteve a sentença, destacando que o artigo 462 da<br />

CLT veda descontos no salário fora dos casos<br />

expressamente previstos. Para a corte, o desconto foi<br />

irregular porque não havia no processo prova da<br />

autorização expressa do empregado para as deduções.<br />

A empresa mais uma vez recorreu, mas a 6ª Turma do<br />

TST não conheceu (não entrou no mérito) da matéria.<br />

O voto do relator, ministro Augusto César Leite de<br />

Carvalho, seguido com unanimidade, considerou a<br />

afirmação do TRT-17 sobre a ausência de autorização<br />

expressa do motorista para os descontos, nos termos<br />

do artigo 462, parágrafo 1º, da CLT, e a inexistência de<br />

cláusula contratual nesse sentido.<br />

Concordância é necessária<br />

Salários são impenhoráveis, por isso, com o intuito de<br />

proteger o salário do empregado, o legislador<br />

determinou expressamente a proibição da retenção de<br />

parcelas salariais pelo empregador.<br />

A doutrina e parte majoritária da jurisprudência<br />

entendem que os descontos salariais se limitam às<br />

hipóteses previstas em lei. Admitem, no entanto, o<br />

desconto decorrente da vontade individual do<br />

empregado. Desse modo, para que o desconto não<br />

contrarie o disposto no artigo 462 da CLT, há<br />

necessidade de prévia e expressa autorização do<br />

empregado, além da ausência de prejuízo.<br />

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SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>105</strong> / 26


JURÍDICO • CONSULTAS<br />

Controle<br />

Há alguma implicação trabalhista no fato de um<br />

empregado do condomínio ser o responsável<br />

pela supervisão de trabalhadores terceirizados?<br />

Sim. O trabalhador terceirizado é o empregado<br />

contratado pela empresa prestadora de serviços<br />

para trabalhar para um tomador de serviços.<br />

Portanto, está sujeito às ordens diretas da empresa<br />

prestadora de mão de obra, da qual recebe seu<br />

pagamento.<br />

A subordinação do trabalhador ao tomador de<br />

serviços descaracteriza a terceirização e poderá<br />

resultar no reconhecimento do vínculo empregatício<br />

com o beneficiário da prestação de serviços. Essa<br />

questão constou, inclusive, da Súmula nº 331 do<br />

Tribunal Superior do Trabalho.<br />

Sendo assim, a supervisão desses trabalhadores<br />

não deve ficar a cargo de membros da<br />

administração do condomínio ou mesmo de seus<br />

empregados diretos, a fim de evitar qualquer<br />

discussão quanto ao reconhecimento de vínculo<br />

empregatício.<br />

Benefício<br />

O adicional de manuseio de lixo pode ser pago<br />

de forma proporcional, quando da admissão,<br />

férias ou demissão do empregado?<br />

O adicional de manuseio de lixo é um benefício<br />

concedido por negociação coletiva, sendo sua<br />

incidência definida expressamente na Convenção,<br />

bem como a hipótese em que ele deixa de ser<br />

obrigatório.<br />

O adicional sempre será calculado na base de 20%<br />

do piso salarial do servente e comporá a<br />

remuneração mensal do trabalhador. Na hipótese<br />

de o empregado trabalhar apenas alguns dias do<br />

mês, sua remuneração, já computado o adicional<br />

integral, será proporcional aos dias trabalhados.<br />

Morte<br />

Como proceder a rescisão do contrato de<br />

trabalho em decorrência do falecimento do<br />

empregado?<br />

A rescisão do contrato de trabalho de empregado<br />

falecido deve obedecer ao disposto na Lei nº<br />

6.858/1980, que estabelece que o pagamento será<br />

feito aos dependentes habilitados perante a<br />

Previdência Social e, na sua falta, aos sucessores<br />

previstos na lei civil, indicados em alvará judicial.<br />

Para recebimento da rescisão e levantamento do<br />

FGTS, deve ser solicitada junto ao órgão<br />

previdenciário a Certidão de Dependentes<br />

Habilitados à Pensão por Morte ou a Certidão de<br />

Inexistência de Dependentes Habilitados à Pensão<br />

por Morte. No primeiro caso, devem constar o nome<br />

completo do segurado, o número de seu documento<br />

de identidade, do benefício, o nome do último<br />

empregador, a data do óbito, o nome completo e a<br />

filiação dos dependentes, grau de parentesco ou<br />

relação de dependência com o falecido e<br />

respectivas datas de nascimento.<br />

Serão devidas as seguintes verbas aos<br />

dependentes: saldo de salário, 13º salário, FGTS,<br />

férias vencidas, férias proporcionais, acréscimo<br />

sobre as férias. É importante destacar que deverá<br />

ser depositada a parcela do FGTS do termo de<br />

rescisão do contrato de trabalho. Os dependentes<br />

não terão direito a aviso prévio ou multa rescisória<br />

do FGTS.<br />

Em relação à homologação da rescisão, a<br />

assistência na rescisão contratual será prestada<br />

aos beneficiários habilitados perante o órgão<br />

previdenciário, reconhecidos judicialmente ou<br />

previstos em escritura pública lavrada nos termos<br />

do artigo 982 do Código de Processo Civil. É<br />

fundamental que constem, na escritura, os dados<br />

necessários à identificação do beneficiário e à<br />

comprovação do direito, conforme o artigo 21 da<br />

Resolução nº 35, de 24 de abril de 2007, do<br />

Conselho Nacional de Justiça, e o artigo 2º do<br />

Decreto nº 85.845, de 26 de março de 1981.<br />

Mudança<br />

Qual o prazo para que o inquilino desocupe o<br />

imóvel no caso de venda?<br />

Após conceder o direito de preferência ao inquilino,<br />

nas condições em que o imóvel será vendido, e este<br />

o houver negado, o locador está livre para alienar o<br />

bem a terceiros. A saída do inquilino do imóvel<br />

dependerá do contrato, pois, se houver cláusula de<br />

vigência com averbação junto à matrícula do imóvel,<br />

o adquirente deverá respeitar a locação até o final<br />

de sua vigência. Se não houver esta cláusula, basta<br />

o adquirente, até 90 dias após a compra, comunicar<br />

ao inquilino que não deseja manter a locação, e o<br />

inquilino terá o prazo de 90 dias para deixar o<br />

imóvel, conforme previsto no artigo 8º da Lei nº<br />

8.245/1991. Como se verifica, o start para a<br />

desocupação do imóvel pelo inquilino é a data da<br />

venda do imóvel, e não a do direito de preferência. A<br />

locação somente será denunciada pelo adquirente.<br />

Reunião<br />

O condomínio é obrigado a convocar o locatário<br />

para as assembleias condominiais?<br />

As deliberações nos condomínios são tomadas<br />

pelos proprietários das unidades (condôminos), que<br />

têm poder de decisão. Cabe ao condômino decidir<br />

se deseja participar pessoalmente do ato ou indicar<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>105</strong> / 28


JURÍDICO • CONSULTAS<br />

outra pessoa.<br />

Em decorrência da relação locatícia, o inquilino<br />

pode participar das deliberações das assembleias<br />

que não envolvam despesas extraordinárias, desde<br />

que o locador a ela não compareça. Essa é uma<br />

relação que envolve somente locador e locatário,<br />

cabendo entre eles resolver sobre a participação de<br />

um ou de outro nas assembleias, sendo certo que o<br />

condomínio se desincumbe de sua obrigação legal<br />

ao convocar o condômino.<br />

Tal entendimento está fundamentado no artigo<br />

1.354 do Código Civil, que imperativamente<br />

determina que a assembleia não poderá deliberar<br />

se todos os condôminos não forem convocados<br />

para a reunião. Nada impede, no entanto, que um<br />

comunicado sobre a assembleia seja afixado no<br />

quadro de avisos, de forma a noticiar a todos sobre<br />

sua realização.<br />

Locação<br />

Com a morte do locatário, a viúva procedeu à<br />

entrega das chaves do imóvel, efetuando os<br />

reparos necessários, bem como pagando os<br />

encargos proporcionais ao período. Neste caso,<br />

incide a multa pela rescisão antecipada do<br />

contrato de locação?<br />

A Lei nº 8.245/1991, que regula as locações<br />

urbanas, estabelece no artigo 11, inciso I, que,<br />

morrendo o locatário, ficarão sub-rogados nos seus<br />

direitos e obrigações o cônjuge sobrevivente ou o<br />

companheiro e, sucessivamente, os herdeiros<br />

necessários e as pessoas que viviam na<br />

dependência econômica do falecido, desde que<br />

residentes no imóvel.<br />

No entanto, a sub-rogação é uma faculdade, e não<br />

uma obrigação. Assim, caso os legitimados<br />

elencados no artigo 11 não queiram dar continuidade<br />

à locação, devem comunicar ao locador, deixando o<br />

imóvel livre de pessoas e objetos, não sendo devido<br />

o pagamento de qualquer multa pelo exercício desse<br />

direito.<br />

Este é o ensinamento que se extrai da obra do jurista<br />

Sylvio Capanema, “A Lei do Inquilinato Comentada”,<br />

5ª ed., Rio de Janeiro: GZ Editora, 2009, fls. 73/74:<br />

“Se não convier ao cônjuge ou companheiro<br />

sobrevivente, ou os herdeiros necessários, ou às<br />

demais pessoas referidas na lei, manter o vínculo,<br />

nele sub-rogando-se, poderão desocupar o imóvel,<br />

devolvendo-o ao locador, independentemente de<br />

multa, já que se trata de hipótese de resolução não<br />

culposa.”<br />

Número mínimo<br />

A apuração de quórum qualificado para<br />

deliberação da assembleia do condomínio deve<br />

tomar por base a totalidade dos condôminos ou<br />

apenas os presentes?<br />

A apuração do quórum para deliberação<br />

assemblear pode tomar por base a totalidade dos<br />

condôminos ou apenas aqueles presentes na<br />

assembleia. O que se deve observar é o que<br />

estabelece o dispositivo legal. Quando o documento<br />

restringe a apuração do quórum aos presentes à<br />

assembleia, esse comando é expresso, por<br />

exemplo, nos artigos 1.352 e 1.353 do Código Civil,<br />

que fazem referência a “votos dos condôminos<br />

presentes” e “deliberar por maioria dos votos dos<br />

presentes”. Quando o quórum deve ser apurado em<br />

razão da totalidade dos condôminos, o dispositivo<br />

determina, por exemplo, “voto de dois terços dos<br />

condôminos” e “voto da maioria dos condôminos”<br />

(artigo 1.341).<br />

Autorização<br />

As obras realizadas nas unidades condominiais<br />

devem possuir licença da Prefeitura?<br />

É preciso distinguir o tipo de obra, pois,<br />

dependendo do caso, deverá ser exigido ou não<br />

um parecer técnico de um profissional da área de<br />

engenharia ou arquitetura ou mesmo a licença<br />

junto à Prefeitura.<br />

São consideradas obras de reforma aquelas que<br />

não alteram as características gerais dos projetos<br />

de arquitetura, estrutura e complementares, isto<br />

é, que não alteram os desenhos de planta baixa<br />

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SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>105</strong> / 29


JURÍDICO • CONSULTAS<br />

ou de cortes dos ambientes – pinturas, trocas de<br />

revestimentos ou forros (de pisos, paredes ou<br />

tetos), trocas de louças, metais e aparelhos<br />

hidráulico-sanitários, sem mudança de instalações<br />

ou de sua localização, as trocas de instalações<br />

(reposições), obedecendo ao projeto original, e as<br />

trocas de esquadrias conforme dimensões e<br />

desenhos originais. Abrem-se poucas exceções<br />

nessa conceituação. Embora alterem aqueles<br />

desenhos, são aceitos como reforma o<br />

rebaixamento de teto com forros leves, como o<br />

gesso ou lambris, e a elevação de piso sem<br />

acréscimo de carga, ou seja, sem utilização de<br />

enchimentos.<br />

São obras de modificação ou alteração aquelas<br />

que mexem nas características de qualquer dos<br />

projetos da edificação, modificando os desenhos<br />

de planta baixa ou os de cortes dos ambientes.<br />

Entram nessa categoria a remoção ou a<br />

construção de paredes, a abertura ou fechamento<br />

de vãos de portas, de janelas ou de basculantes, a<br />

remoção parcial ou total de lajes, o fechamento ou<br />

abertura de vãos em lajes, a construção de lajes<br />

ou de quaisquer planos não horizontais ou<br />

verticais, as mudanças nas instalações, as<br />

mudanças de destinação ou de uso de ambientes,<br />

no seu total ou parcialmente, que possam produzir<br />

alterações de sobrecarga, supressões ou<br />

acréscimos, gerando dessa forma desequilíbrios<br />

entre ações e reações estruturais, ou, ainda, as<br />

modificações diretas na própria estrutura.<br />

As obras de modificação com acréscimos são uma<br />

situação particular da anterior, envolvendo todas as<br />

suas abrangências e, ainda, a questão de expansão<br />

de áreas cobertas ou de ocupação de espaços que<br />

poderão ter implicações com propriedades de<br />

terceiros, como a limitação da utilização futura<br />

destes. No caso das modificações, torna-se<br />

imprescindível que seja feita uma consulta prévia ao<br />

condomínio, com apresentação do anteprojeto<br />

elaborado por profissional legalmente habilitado. A<br />

partir daí pode ser verificada a possibilidade de<br />

interferência na segurança das pessoas e do<br />

patrimônio, na utilização e no desempenho<br />

esperados da edificação, na tranquilidade, no<br />

sossego, enfim, nos direitos individuais e comuns.<br />

Quer saber mais sobre o assunto?<br />

A íntegra da cartilha “Obras em Condomínios”,<br />

que o Secovi Rio editou com o Crea-RJ e o<br />

CAU-RJ, pode ser acessada no site do Secovi Rio<br />

(www.secovirio.com.br).<br />

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SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>105</strong> / 30


INSTITUCIONAL<br />

O ANO DE 2016 EM NÚMEROS<br />

U<br />

m período de definições sociais, políticas e<br />

econômicas importantes, com caminhos mais<br />

claros para a retomada do desenvolvimento. Assim<br />

foi 2016 nas palavras do presidente do Secovi Rio,<br />

Pedro Wähmann, em evento que reuniu, no mês de<br />

janeiro, empresários e profissionais do mercado<br />

imobiliário na sede do Sindicato.<br />

O dirigente apresentou os dados da publicação<br />

“Resultados e Perspectivas”, em que o Secovi Rio<br />

divulga seus principais indicadores de desempenho<br />

no ano anterior e anuncia alguns dos projetos para<br />

o período seguinte. Segundo Wähmann, a crise e<br />

seus efeitos estiveram em evidência, mas o<br />

Sindicato conseguiu manter a qualidade no<br />

atendimento aos seus representados.<br />

“Em 2017, celebramos 75 anos de história e, nesse<br />

jubileu de diamante, queremos desenvolver uma<br />

programação muito rica para os nossos<br />

representados e a sociedade em geral”, adiantou.<br />

Confira alguns dos principais indicadores do Secovi<br />

Rio no ano passado:<br />

4.000<br />

ATENDIMENTOS<br />

11<br />

NEGOCIAÇÕES<br />

352<br />

PROJETOS DE LEI<br />

em consultoria jurídica foram prestados pelo Secovi Rio<br />

aos seus representados<br />

foram concluídas pelo Conselho de Relações do Trabalho,<br />

dando origem a Convenções Coletivas de Trabalho<br />

foram avaliados e monitorados pela Coordenação de<br />

Relações Político-Institucionais<br />

Quer saber mais?<br />

Acesse no QR-Code<br />

a versão digital do<br />

“Resultados e<br />

Perspectivas”.<br />

1.700<br />

PESSOAS<br />

foram formadas pela UniSecovi Rio em cursos presenciais<br />

e a distância, além de palestras e debates<br />

2.800<br />

PESSOAS<br />

participaram de eventos promovidos pelo Sindicato<br />

2.900<br />

CONSULTAS<br />

foram realizadas no aplicativo Pesquisa Online<br />

218.000<br />

ACESSOS<br />

foram feitos ao blog Condomínios Verdes<br />

178<br />

BOLSAS DE SANGUE<br />

foram coletadas em duas edições da campanha<br />

#compartilheavida<br />

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SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>105</strong> / 31


CONDOMÍNIOS VERDES<br />

PRECISAMOS<br />

FALAR DE ÁGUA<br />

Carla Neiva<br />

odo dia é dia de reforçar a importância do<br />

consumo consciente de água, este recurso<br />

natural tão precioso e cada vez mais escasso no<br />

meio ambiente. Mas, durante o mês de março, tal<br />

tema se torna foco principal em vários meios de<br />

comunicação, devido, principalmente, ao Dia<br />

Mundial da Água, comemorado em 22 de março.<br />

A data, criada pela ONU em 1992, aborda<br />

diferentes temáticas todos os anos e sempre traz<br />

à tona discussões que nos fazem repensar o uso<br />

deste bem essencial para a vida.<br />

Essencial também é estar bem informado, por<br />

isso preparamos um desafio para você.<br />

Elaboramos um pequeno quiz com três<br />

perguntinhas sobre o tema para saber se você<br />

está antenado quando o assunto envolve<br />

práticas sustentáveis relacionadas à água.<br />

Preparado para este desafio? Então, vamos<br />

às perguntas:<br />

Se a superfície terrestre é coberta por<br />

cerca de 71% de água, como nosso planeta<br />

pode sofrer com problemas de falta<br />

d’água?<br />

a) A maioria da água disponível é salgada e<br />

imprópria para consumo<br />

b) A maior parte da água doce está<br />

congelada nas calotas polares<br />

c) Quem disse que nosso planeta está com<br />

problemas de falta d’água?<br />

De que forma seu condomínio pode<br />

contribuir para o consumo consciente de<br />

água?<br />

a) Colocando em prática três atitudes:<br />

economizar, reutilizar e informar<br />

b) Vigiando os vizinhos para ver quem está<br />

desperdiçando água<br />

c) Implantando uma severa política de<br />

racionamento de água<br />

Dentro de casa, quais são os grandes<br />

vilões de desperdício de água?<br />

a) Acionar a descarga, cozinhar alimentos e<br />

lavar roupa<br />

b) Banhos demorados, lavar roupa e limpar a<br />

casa<br />

c) Pequenos vazamentos, banhos demorados<br />

e acionar a descarga<br />

E aí, conseguiu responder às perguntas?<br />

Para conferir as respostas, acesse<br />

www.condominiosverdes.com.br e clique<br />

no post “Quiz Dia Mundial da Água”. Aproveite<br />

e deixe um comentário dizendo como você se<br />

saiu em nosso desafio. E, se você quiser<br />

saber todas as novidades sobre<br />

sustentabilidade em condomínios, acesse<br />

diariamente o blog Condomínios Verdes, o<br />

canal digital oficial de sustentabilidade do<br />

Secovi Rio.<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>105</strong> / 34


INDICADORES HABITACIONAIS<br />

Barra e Adjacências: uma região em expansão<br />

Pesquisa inédita do Secovi Rio vai mostrar o comportamento do mercado imobiliário local<br />

Gustavo Monteiro<br />

A<br />

Barra já foi considerada um local distante,<br />

quase uma outra cidade, um mundo à<br />

parte do Rio de Janeiro que a maioria conhece.<br />

Pouco a pouco, porém, o bairro vai se<br />

integrando a outras regiões e atraindo<br />

moradores. Os censos do IBGE de 2000 e<br />

2010 comprovam isso. Segundo os<br />

levantamentos, a região – que engloba Barra,<br />

Recreio, Itanhangá e Vargem Grande – teve um<br />

salto de 73% no número de habitantes, o maior<br />

percentual registrado no Rio. Nessa década, a<br />

população saltou de 174 mil para 300 mil<br />

pessoas.<br />

O mercado imobiliário vem acompanhando<br />

esse fluxo. De acordo com a Associação de<br />

Dirigentes de Empresas do Mercado<br />

Imobiliário (Ademi), 68,5% de todas as<br />

unidades habitacionais lançadas na cidade<br />

entre 2005 e 2010 estavam concentradas em<br />

Barra, Jacarepaguá, Recreio e Campo Grande.<br />

Apenas nos últimos 15 anos, 131.035 novas<br />

unidades (residenciais, comerciais e<br />

hoteleiras) foram lançadas na Zona Oeste,<br />

número 136% superior ao de todas as outras<br />

regiões do município somadas.<br />

Barra, Recreio, Itanhangá e Vargem Grande<br />

registraram aumento populacional de 73% em<br />

dez anos<br />

Com tanto potencial populacional e imobiliário,<br />

o local é também uma importante fonte de<br />

estudo para os analistas do segmento<br />

imobiliário. Por isso o Secovi Rio lança, em<br />

abril, o “Cenário do Mercado Imobiliário da<br />

Barra e Adjacências”, com levantamentos sobre<br />

condomínios, compra, venda, locação e<br />

ofertas dos segmentos comercial e residencial,<br />

bem como dados socioeconômicos.<br />

Mercado imobiliário no ano olímpico<br />

Principal palco das Olimpíadas, a Barra<br />

recebia, em apenas um dia de competições,<br />

mais de 150 mil pessoas, metade do número<br />

de habitantes locais. E se antes a região<br />

parecia inacessível, o metrô encurtou as<br />

distâncias.<br />

Com quase 5 mil condomínios residenciais e<br />

300 comerciais, o bairro e os arredores tiveram<br />

variações de preços pouco significativas,<br />

apesar da exposição na mídia nacional e<br />

internacional, por conta da crise econômica. O<br />

valor médio do metro quadrado para venda<br />

quase não subiu de janeiro a dezembro do ano<br />

passado: 0,5%.<br />

Em dezembro de 2016, o número de<br />

apartamentos ofertados para compradores na<br />

Barra e áreas vizinhas era superior ao da Zona<br />

Norte: 10.733, um aumento de 11% em<br />

relação a novembro. Os preços mais elevados<br />

do metro quadrado de apartamento-padrão<br />

para venda são R$ 10.257, na Barra, e R$<br />

7.091, no Recreio. No mercado de locações,<br />

verificou-se queda de 6,2% no preço médio do<br />

metro quadrado.<br />

A quantidade de apartamentos ofertados para<br />

alugar fechou o ano em 3.182, volume 25%<br />

superior ao registrado em janeiro. A Barra tem<br />

também o maior preço de aluguel entre os<br />

bairros adjacentes, R$ 32,86 o metro<br />

quadrado, seguida de Camorim (R$ 23,92).<br />

Barra, Recreio, Itanhangá e<br />

Vargem Grande registraram<br />

aumento populacional de<br />

73% em dez anos<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>105</strong> / 36


MATÉRIA ESPECIAL I<br />

PORTARIA VIRTUAL<br />

Igor Augusto Pereira<br />

VALE A PENA?<br />

Manter o serviço de maneira remota pode ajudar a<br />

economizar na taxa condominial, mas algumas mudanças<br />

no dia a dia podem ser necessárias<br />

O<br />

morador direciona o rosto para uma câmera,<br />

que reconhece sua face ou o desenho de sua<br />

íris e abre o portão automaticamente. Ao posicionar<br />

a digital ao lado de uma catraca, o acesso é<br />

liberado, deixando um registro do dia e horário da<br />

ocorrência. Com o toque de um chaveiro magnético,<br />

a porta do apartamento é destravada.<br />

Há poucos anos, ferramentas desse tipo eram<br />

consideradas tecnologias de filme de ficção<br />

científica. Entretanto, inovações no mercado<br />

condominial têm tornado a segurança predial cada<br />

vez mais conectada às necessidades dos novos<br />

tempos. O sistema de portarias virtuais, por<br />

exemplo, vem chamando a atenção de síndicos e<br />

demais gestores como uma solução eficaz e com<br />

bom custo-benefício.<br />

Para quem ainda não está familiarizado com a<br />

ferramenta, o processo funciona de modo similar ao<br />

de uma guarita tradicional. A diferença é que o<br />

contato com visitantes é feito por um operador que<br />

atua em uma central de monitoramento, muitas<br />

vezes a quilômetros do local. O profissional tem<br />

acesso às imagens em alta definição, em tempo<br />

real, e pode falar com os moradores da unidade por<br />

interfone a fim de verificar se o acesso está<br />

autorizado ou não.<br />

O profissional tem acesso às<br />

imagens em alta definição, em<br />

tempo real, e pode falar com os<br />

moradores da unidade por<br />

interfone<br />

Ocorrências fora do padrão são analisadas<br />

rapidamente pelo operador, que pode acionar o<br />

morador, uma patrulha de segurança ou mesmo a<br />

polícia. “A central vai aplicar todos os<br />

procedimentos básicos. Em uma guarita ou em uma<br />

portaria virtual, ninguém pode entrar sem antes ser<br />

autorizado, avisado, conhecido ou reconhecido”,<br />

explica o especialista José Antônio Caetano,<br />

diretor-executivo da Haganá Segurança.<br />

Em sistemas desse tipo, o acesso dos moradores é<br />

feito geralmente por senha, biometria, cartão e<br />

chaveiro magnético, mas o recurso mais avançado<br />

é o reconhecimento facial. As câmeras são ligadas<br />

a computadores que medem as proporções dos<br />

rostos dos usuários de maneira ágil – um modelo de<br />

checagem análogo já é utilizado em pelo menos 14<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>105</strong> / 38


aeroportos brasileiros, cruzando dados da Interpol<br />

e da Receita Federal. Com a entrada automatizada<br />

de moradores, o que muda efetivamente é o<br />

atendimento aos visitantes.<br />

Mas, se há ganhos em segurança, o que mais<br />

chama a atenção de muitos optantes pela portaria<br />

virtual é a redução nos gastos com pessoal,<br />

considerados o custo mais relevante de boa parte<br />

dos condomínios. Segundo o “Perfil Nacional –<br />

Comércio e Serviços Imobiliários”, publicado pelo<br />

Secovi Rio, a folha salarial da categoria, só nas<br />

cidades do Rio de Janeiro, foi superior a R$ 4<br />

bilhões no ano de 2013, último período pesquisado.<br />

Mas e se a eletricidade deixa de funcionar ou a<br />

banda larga falha? No primeiro caso, um gerador ou<br />

nobreak deve ser acionado. “Quanto à internet, o<br />

condomínio deve possuir dois provedores<br />

contratados. Na hipótese de queda de um, o<br />

equipamento automaticamente redireciona para o<br />

segundo. Se caírem os dois ao mesmo tempo, o que<br />

é quase impossível de acontecer, encaminhamos<br />

um porteiro ao local até que o serviço seja<br />

restabelecido”, esclarece Póvoa.<br />

Para a portaria virtual funcionar,<br />

o condomínio deve contar com<br />

dois serviços de banda larga<br />

“Por eliminarmos quatro porteiros necessários para<br />

uma guarita convencional 24 horas, conseguimos<br />

reduzir o custo do funcionamento desse espaço em<br />

até 50%”, explica Pedro Póvoa, diretor comercial da<br />

Portaria Prime. Isso acontece porque os prédios<br />

podem compartilhar a central, otimizando o tempo e<br />

os O valores formato gastos. do prédio idealizado por Oscar Niemeyer chama atenção<br />

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SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>105</strong> / 39


MITOS E<br />

VERDADES<br />

Bastante difundida nos Estados Unidos e em<br />

alguns países da Europa, a portaria virtual<br />

vem se firmando como tendência no Brasil,<br />

mas ainda não é comum se deparar com<br />

prédios que tenham adotado esse serviço.<br />

Para esclarecer alguns pontos importantes<br />

relacionados ao assunto, a <strong>Revista</strong> Secovi<br />

Rio conversou com especialistas para<br />

entender o que é mito e o que é verdade em<br />

relação às portarias virtuais.<br />

FALSO<br />

--------------------------------------------------<br />

O MODELO VALE PARA<br />

QUALQUER TIPO DE<br />

CONDOMÍNIO<br />

--------------------------------------------------<br />

O sistema de portaria virtual é indicado<br />

para prédios residenciais com até 50<br />

unidades. E há duas razões que<br />

determinam isso. A primeira é o<br />

contingente de visitantes em condomínios<br />

comerciais ou mesmo em residenciais<br />

maiores, em que o grau de dedicação dos<br />

operadores seria relativamente maior. A<br />

segunda é financeira: como muitas<br />

empresas cobram por unidade (o valor<br />

pode ficar entre R$ 500 e R$ 600, segundo<br />

fontes ouvidas pela reportagem), manter<br />

uma portaria com funcionários pode sair<br />

mais em conta nos prédios grandes.<br />

VERDADEIRO<br />

--------------------------------------------------<br />

A ADOÇÃO PODE SER<br />

APROVADA POR MAIORIA<br />

SIMPLES EM ASSEMBLEIA<br />

--------------------------------------------------<br />

O assunto deve necessariamente ser<br />

discutido em assembleia, porém sua<br />

aprovação não depende de quórum<br />

qualificado, apenas da maioria simples dos<br />

presentes. Recomenda-se que, além de<br />

três orçamentos, o síndico apresente ao<br />

grupo uma planilha de custos associados<br />

à rescisão dos funcionários.<br />

FALSO<br />

--------------------------------------------------<br />

A TECNOLOGIA EXTINGUE<br />

POSTOS DE TRABALHO<br />

--------------------------------------------------<br />

Esse é um dos pontos mais sensíveis do<br />

serviço, mas é preciso considerar que o<br />

trabalho de uma portaria virtual não é<br />

realizado por inteligência artificial, apenas<br />

remotamente. O modelo tradicional pode<br />

até estar em xeque, mas a tecnologia gera<br />

empregos especializados, como técnico de<br />

câmeras, vigilantes e profissionais de<br />

Tecnologia da Informação. Segundo José<br />

Antônio Caetano, da Haganá Segurança,<br />

os rendimentos de alguém nesse perfil<br />

podem ser o dobro dos salários pagos nas<br />

portarias presenciais.<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>105</strong> / 40


FALSO<br />

--------------------------------------------------<br />

MUDANÇAS SÃO<br />

EXCLUSIVAMENTE NA<br />

SEGURANÇA<br />

--------------------------------------------------<br />

As alterações na adoção de uma portaria<br />

virtual podem ser bastante expressivas.<br />

Em condomínios em que muitos<br />

habitantes são idosos, a diferença pode<br />

ficar mais evidente, já que alguns<br />

moradores acabam contando com o apoio<br />

e a gentileza do porteiro. Prédios em que o<br />

sistema de luz das áreas comuns não é<br />

automatizado também podem passar por<br />

mudanças na rotina, já que alguém terá<br />

que se encarregar de acender e apagar as<br />

lâmpadas. O sistema de recebimento de<br />

encomendas também muda.<br />

NEM SEMPRE<br />

--------------------------------------------------<br />

A PORTARIA VIRTUAL É MAIS<br />

SEGURA<br />

--------------------------------------------------<br />

Há algumas divergências em relação a<br />

esse fato, em especial por se considerar<br />

que a atenção do profissional poderá estar<br />

sendo compartilhada por mais de um<br />

prédio. Entretanto, além do monitoramento<br />

por uma central especializada, um grande<br />

ganho em segurança é a impossibilidade<br />

de rendição do porteiro, em caso de<br />

assalto – o que não ocorre quando o<br />

trabalho é feito remotamente. É importante<br />

ressaltar que esse modelo exige alguns<br />

cuidados extras do morador em relação ao<br />

fechamento dos portões.<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>105</strong> / 42


NEM SEMPRE<br />

--------------------------------------------------<br />

CUSTOS DE INSTALAÇÃO<br />

SÃO ALTOS<br />

--------------------------------------------------<br />

Ainda há poucas empresas atuando no<br />

setor, mas é possível comparar recursos,<br />

padrão de atendimento e preços. Enquanto<br />

algumas cobram um valor inicial de<br />

instalação, que pode ser de até R$ 100 mil<br />

e inclui um projeto de segurança completo,<br />

outras atuam mediante comodato,<br />

estipulando em contrato um período de<br />

fidelidade.<br />

FALSO<br />

--------------------------------------------------<br />

O CONDOMÍNIO NÃO<br />

ASSUME QUALQUER<br />

RESPONSABILIDADE<br />

TRABALHISTA<br />

--------------------------------------------------<br />

Embora o trabalho do operador seja<br />

terceirizado, há a possibilidade de o<br />

condomínio ser considerado responsável<br />

solidário em um processo judicial caso a<br />

empresa contratada deixe de cumprir com<br />

suas obrigações trabalhistas. Para evitar<br />

que isso aconteça, é fundamental que o<br />

síndico busque empresas idôneas.<br />

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SECOVI RIO / 2016 2017 / nº <strong>105</strong> 103 / 43


CONHEÇA OS ASSOCIADOS E OS<br />

SÓCIOS SOLIDÁRIOS DO SECOVI RIO<br />

ASSOCIADOS<br />

ACIR ADMINISTRAÇÃO S/A<br />

www.aciradm.com.br • 2212-5300<br />

AD'RIO ADMINISTRAÇÃO DE IMÓVEIS<br />

www.adrio.com.br • 2262-3774<br />

ADIPLANTEC ADMINISTRAÇÃO DE IMÓVEIS<br />

E PLANEJAMENTO S/C LTDA<br />

www.adiplantec.com.br • 2524-1844<br />

ADJUVE IMOBILIÁRIA LTDA - EPP<br />

www.adjuve.com.br • 2249-9009<br />

ADMINISTRADORA ABRJ LTDA<br />

www.abrj.com.br • 3253-7001<br />

ADMINISTRADORA DE IMÓVEIS MASSET LTDA<br />

www.masset.com.br • 3037-9850<br />

ADMINISTRADORA NACIONAL LTDA<br />

www.admnacional.com.br • 3212-1935<br />

ADMINISTRADORA QUATRO MARIAS LTDA<br />

www.quatromarias.com.br • 2533-8869<br />

AJF COSTA NETO CONDOMÍNIOS E LOCAÇÕES LTDA<br />

www.ajfcostaneto.com.br • 2221-7748<br />

APSA - ADMINISTRAÇÃO PREDIAL E NEGÓCIOS<br />

IMOBILIÁRIOS S.A<br />

www.apsa.com.br • 3233-3009<br />

ART NOVA ASSESSORIA IMOBILIÁRIA LTDA<br />

www.artnova.com.br • 3222-9044<br />

ATLÂNTIDA ADMINISTRADORA DE IMÓVEIS LTDA<br />

www.atlantida-adm.com.br • 2277-9696<br />

BAP ADMINISTRAÇÃO DE BENS LTDA<br />

www.bap.com.br • 4501-2200<br />

BCF ADMINISTRADORA DE BENS LTDA<br />

www.bcfadm.com.br • 2509-9002<br />

BERVEL EMPREENDIMENTOS LTDA<br />

www.bervel.com.br • 2212-6100<br />

BNI BANCO DE NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS LTDA<br />

www.bnionline.com.br • 2189-8484<br />

CELISA EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA<br />

www.celisa.com.br • 2526-8350<br />

CENTRIMÓVEIS LTDA<br />

www.centrimoveis.com.br • 3978-6021<br />

CINOCRED IMÓVEIS LTDA<br />

www.cinocred.com.br • 2199-0600<br />

CIPA - PARTICIPAÇÕES E ADMINISTRAÇÃO SA<br />

www.cipa.com.br • 2196-5000<br />

CONAC ADM DE IMÓVEIS LTDA<br />

www.conacimoveis.com.br • 3797-3797<br />

CRASE-SIGMA EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA<br />

www.crasesigma.com.br • 2525-0900<br />

EMACI EMPRESA DE ASSESSORIA A CONDOMÍNIOS<br />

E IMÓVEIS LTDA<br />

www.emaci.com.br • 2262-6767<br />

ENGEPRED ADMINISTRADORA DE IMÓVEIS S/C LTDA<br />

www.engepred.com.br • 2253-4872<br />

ESTASA EMPRESA DE SERVIÇOS TÉCNICOS<br />

E ADMINISTRATIVOS LTDA<br />

www.estasa.com.br • 2323-4400<br />

FINANCIAL ADMINISTRADORA S/A<br />

www.financialadministradora.com.br • 2240-0829<br />

GRUPO IRMÃOS GUIMARÃES<br />

www.grupoirmaosguimaraes.com.br • 2509-1967<br />

IMAGEM IMOBILIÁRIA E ASSESSORIA GERAL<br />

DE EMPRESAS LTDA<br />

www.imagemimobiliaria.com.br • 3974-9200<br />

IMOBILIÁRIA CAMELO LTDA<br />

www.imobiliariacamelo.com.br • 2667-3956<br />

IMOBILIÁRIA MAUÁ LTDA<br />

www.imobiliariamaua.com.br • 2220-3065<br />

IMOBILIÁRIA SÃO CRISTÓVÃO LTDA<br />

www.isc.com.br • 2487-6262<br />

IMOBILIÁRIA ZIRTAEB LTDA<br />

www.zirtaeb.com • 3233-3500<br />

IMODATA ADMINISTRAÇÃO, COMPRA E VENDA<br />

DE IMÓVEIS LTDA<br />

www.imodata.net • 2548-7494<br />

IMÓVEIS MADUREIRA ADMINISTRAÇÃO DE BENS<br />

SOC. LTDA<br />

www.imoveismadureira.com.br • 3390-1623<br />

IMOVEST ADMINISTRAÇÃO DE BENS LTDA<br />

www.imovest.com.br • 3813-3030<br />

IMÓVIL ADMINISTRADORA DE BENS IMÓVEIS LTDA<br />

www.imovil.com.br • 2224-8901<br />

IRIGON PROGRAMAÇÕES IMOBILIÁRIAS LTDA<br />

www.irigon.com.br • 2569-2063<br />

JM ADMINISTRAÇÃO DE IMÓVEIS LTDA<br />

2524-5633<br />

JMC CONSULTORIA E ASSESSORIA IMOBILIÁRIA LTDA<br />

www.jmcadm.com.br • 2544-2224<br />

JOÃO OLIVEIRA IMÓVEIS LTDA<br />

www.joaooliveiraimoveis.imb.br • 2277-4450<br />

JULIO BOGORICIN IMÓVEIS RIO DE JANEIRO LTDA<br />

(MATRIZ)<br />

www.juliobogoricin.com • 2187-4050<br />

LOWNDES & SONS S/A ADMINISTRAÇÃO, CORRETAGEM E<br />

REPRESENTAÇÃO<br />

www.lowndes.com.br • 3213-3700<br />

M&S - MERCADANTE E SIMÕES<br />

www.mercadantesimoes.com.br • 2222-9457<br />

MARCA IMÓVEIS LTDA<br />

www.marcaimoveis.com • 2220-6577<br />

MARVA ADMINISTRADORA DE IMÓVEIS LTDA<br />

www.marva.com.br • 2199-1744


anos<br />

ML ADMINISTRAÇÃO DE IMÓVEIS LTDA<br />

www.mlimoveis.com.br • 3861-6400<br />

MM GESTÃO IMOBILIÁRIA LTDA<br />

3309-3883<br />

NOBRE FERNANDES ADMINISTRADORA DE BENS LTDA<br />

2221-4100<br />

NOVO MUNDO ADMINISTRADORA LTDA<br />

www.novomundoadm.com.br • 2217-9700<br />

PACÍFICA ADMINISTRADORA DE IMÓVEIS LTDA<br />

www.pacifica.com.br • 2518-3700<br />

PALMARES ADMINISTRADORA DE IMÓVEIS LTDA<br />

www.palmaresadm.com.br • 3147-6666<br />

PEIMARAN ADMINISTRADORA DE BENS<br />

E SERVIÇOS LTDA<br />

2522-1528<br />

PREDIAL PRIMUS LTDA<br />

www.predialprimus.com.br • 2525-7750<br />

PRIMAR - PREDIAL RIO, MAIOR ADMINISTRADORA<br />

DE BENS LTDA<br />

www.primaradministradora.com.br • 3297-8686<br />

PRIVILEGIO INVESTIMENTOS LTDA<br />

2543-8807<br />

PROMENADE CONSULTORIA IMOBILIÁRIA S/C LTDA<br />

www.promenade.com.br • 2106-2300<br />

PROTEL ADMINISTRADORA<br />

www.protel.com.br • 3723-5800<br />

PROTEST ADMINISTRAÇÃO E EMPREENDIMENTOS LTDA<br />

www.protest.com.br • 2525-0500<br />

QUALITY HOUSE PARTICIPAÇÃO EMPREENDIMENTOS<br />

IMOBILIÁRIOS LTDA<br />

www.qualityhouse.com.br • 3816-5000<br />

QUEIROZ CONCEIÇÃO PART E EMPREENDIMENTOS<br />

IMOBILIÁRIOS LTDA<br />

www.queirozconceicao.com.br • 2210-5222<br />

RT IMOBILIÁRIA E CONSULTORIA DE NEGÓCIOS LTDA<br />

www.rtimob.com.br • 3534-8438<br />

SELF IMÓVEIS LTDA<br />

www.selfadm.com.br • 3179-5700<br />

SINAI EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA<br />

www.sinai.imb.br • 3137-9000<br />

TIBURCIO RODRIGUES IMÓVEIS LTDA<br />

www.tiburciorodrigues.com.br • 3153-7540<br />

SÓCIOS SOLIDÁRIOS<br />

BASE SOFTWARE LTDA<br />

www.basesoft.com.br • 2195-0550<br />

BAULER ASSESSORIA ORGANIZACIONAL EIRELI<br />

www.bauler.com.br • (51) 2102-0305<br />

CARVALHO HOSKEN S/A<br />

www.carvalhohosken.com.br • 3416-9327<br />

FICHA CERTA - ASSECAD BRASIL ASSESSORIA<br />

CADASTRAL LTDA<br />

www.fichacerta.com.br • 2222-4998<br />

FEDCORP CORRETORA E AGENCIADORA DE SEGUROS<br />

www.fedcorp.com.br • 2516-6001<br />

GÁS NATURAL SERVIÇOS SA<br />

www.gasnaturalfenosa.com • 3115-6800<br />

HIDROLUZ<br />

www.hidroluz.com.br • 2023-0153<br />

ITACOATIARA CONSULTORIA E CORRETAGEM DE<br />

SEGUROS LTDA<br />

2508-6237<br />

LECCA COMERCIAL LTDA<br />

www.lecca.com.br • 3824-8008<br />

M.A. BROOKLYN EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS<br />

LTDA<br />

www.brooklyn.com.br • 2556-3813<br />

MAPFRE SEGUROS GERAIS S/A<br />

www.mapfre.com.br • 3523-2802<br />

SER-TEL SERV E COM DE EQUIPAMENTOS ELET LTDA<br />

www.ser-tel.com.br • 2102-4000<br />

TECNOLOGIA ADM E CORRETORA DE SEGUROS<br />

www.tecnologiaseguros.com.br • 2215-1663<br />

VIGAFORT ASSESSORIA SERVIÇOS E TECNOLOGIA LTDA<br />

www.vigafort.com • 2564-5342<br />

Tradição e modernidade<br />

no setor da habitação<br />

www.secovirio.com.br<br />

UNIDADE ADMINISTRAÇÃO DE IMÓVEIS LTDA<br />

www.unidadeadm.com.br • 2263-6273<br />

VIVENDA CENTER PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS<br />

IMOBILIÁRIOS LTDA<br />

2224-8887<br />

XCON ADMINISTRADORA<br />

www.xcon-adm.com.br • 2524-5400


anos


MATÉRIA ESPECIAL II<br />

LIMPEZA<br />

Gustavo Monteiro<br />

SUSTENTÁVEL<br />

Menos poluentes e com matérias-primas que<br />

não fazem mal à saúde, produtos naturais<br />

são boas alternativas para o condomínio<br />

C<br />

oceira, vermelhidão e descamações na pele,<br />

agravamento de quadros de rinite, sinusite e<br />

bronquite alérgicas... Não, esta não é uma matéria<br />

sobre saúde, embora o tema esteja diretamente<br />

relacionado ao bem-estar físico de quem cuida da<br />

limpeza do condomínio ou da casa.<br />

Certos produtos químicos usados nas faxinas<br />

podem ser grandes vilões e prejudicar a saúde de<br />

funcionários, empregadas domésticas e donas de<br />

casa. Por isso, produtos com ativos biodegradáveis<br />

de origem vegetal estão ganhando espaço nos<br />

condomínios. E, diferente do que muita gente<br />

pensa, eles podem nem ser tão mais caros assim.<br />

Os preços dos itens elaborados pela Ibeji Limpeza<br />

Consciente, que fabrica apenas produtos<br />

biodegradáveis, naturais e artesanais (desinfetante,<br />

lava-louças, lava-roupas líquido, spray antimofo e<br />

aromatizador de ambiente), variam de R$ 15 a<br />

R$ 25. Os valores ficam próximos e, em muitos<br />

casos, até abaixo dos que encontramos nas<br />

gôndolas dos supermercados.<br />

A farmacêutica e sócia da Ibeji, Alline Cipriano,<br />

alerta que é preciso começar a prestar atenção nos<br />

rótulos dos produtos. “O lauril, presente em grande<br />

parte dos produtos de limpeza tradicionais, serve<br />

apenas para fazer espuma. Mas as pessoas têm a<br />

falsa impressão de que espuma limpa. E ela não<br />

limpa, o efeito é mais psicológico”, ratifica Alline,<br />

Maira Suarez<br />

Fernanda Sal Lima e Alline, da Ibeji<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>105</strong> / 47


que iniciou o negócio em 2016 junto com a amiga<br />

Fernanda Sal Lima. E o pior da história é que essa<br />

espuma desce pelo ralo e chega aos oceanos, rios<br />

e lagos, gerando uma película que impede a troca<br />

de oxigênio entre os seres aquáticos e o ambiente.<br />

“Nas nossas casas, os mais impactados são as<br />

crianças e os animais, que ficam mais em contato<br />

com o chão. Tanto os bebês na fase de engatinhar<br />

quanto os animais acabam levando a mão ou a pata<br />

à boca, ingerindo essas substâncias nocivas”,<br />

pondera.<br />

Limpando com o inimigo<br />

Um dos maiores especialistas em alergias no país,<br />

Marcello Bossois, que exerce a função de<br />

coordenador técnico do projeto social Brasil sem<br />

Alergia, explica que os produtos de limpeza podem<br />

causar eczemas de contato – principalmente nas<br />

plantas dos pés e palmas das mãos, áreas que<br />

normalmente estão mais expostas aos produtos de<br />

limpeza –, com sintomas como vermelhidão,<br />

coceira, ardência, descamação, rachaduras e até<br />

aparecimento de feridas.<br />

Ao contrário do que a maioria das pessoas imagina,<br />

os produtos não causam alergias respiratórias,<br />

segundo Bossois. “O que pode ocorrer é uma<br />

irritação respiratória, uma intolerância ao produto.<br />

Se as mucosas já estiverem mais sensíveis devido<br />

a uma alergia causada por outro agente (ácaro,<br />

mofo, poeira, pólen, pelos de animais etc.), aí o<br />

quadro pode se agravar”, explica. Nestes casos, as<br />

principais vilãs são as fragrâncias, que podem<br />

causar irritação nas mucosas.<br />

Igor Bahiense<br />

Marcello Bossois - Coordenador técnico do projeto social Brasil sem Alergia<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>105</strong> / 48


Deu ruim, e agora?<br />

O especialista esclarece que, em tais casos, a<br />

alergia é uma reação tardia, que demora de 48 a 72<br />

horas para se manifestar. “Isso significa que o único<br />

tratamento possível é suspender o uso do produto.<br />

É preciso procurar o médico para que ele receite o<br />

remédio adequado. Não existe vacina para isso”,<br />

observa.<br />

Se a pessoa tem alguma alergia respiratória<br />

preexistente, agravada pelo contato com os<br />

materiais de limpeza, é necessário primeiro<br />

suspender o uso do produto, depois procurar um<br />

alergista e tratar a causa primária, com uso de<br />

medicação, vacina e controle ambiental.<br />

Soluções caseiras para a sua casa<br />

e o condomínio<br />

A primeira dica da farmacêutica Alline Cipriano é<br />

desconfiar de produtos milagrosos que limpam<br />

sujeiras difíceis com muita facilidade. Esse tipo de<br />

produto tem muitas substâncias tóxicas que podem<br />

causar dermatites e irritações respiratórias. É<br />

preciso também ficar atento aos rótulos: fragrância,<br />

lauril e branqueador óptico (comum em sabões de<br />

lavar roupa e em alguns sabões de coco), usado<br />

para refletir a luz branca nas roupas e dar a<br />

impressão de que o tecido está mais limpo, devem<br />

ser evitados.<br />

Maira Suarez<br />

Spray antimofo Ibeji<br />

Shutterstock<br />

“A água é a grande ajudante da limpeza, se fervida<br />

já resolve. Sabão de coco ralado e diluído em água<br />

quente também é uma ótima opção. Vinagres de<br />

maçã e álcool são maravilhosos. E tem uma receita<br />

ótima: pega casca de laranja ou de outras frutas<br />

cítricas e bota vinagre, deixa descansar por uma<br />

semana, aí coa e dilui na água com sabão ralado. É<br />

muito bom para usar na faxina”, aconselha.<br />

Para quem não gosta do cheiro de vinagre, uma<br />

dica é colocar nessas misturas algumas gotas de<br />

óleos essenciais. Alline indica o de melaleuca: “As<br />

fragrâncias dos produtos que encontramos nos<br />

supermercados são sintetizadas em laboratórios e<br />

podem causar sérias alergias. Já os óleos<br />

essenciais são extraídos das plantas. São mais<br />

caros, mas compensa.”<br />

Para lavar roupa, a dica é ralar o sabão de coco na<br />

máquina e colocar três gotas de melaleuca ou outro<br />

óleo essencial de sua preferência. “A roupa fica<br />

limpa e sem aquele cheiro muito forte, brigando<br />

com outros produtos que a pessoa já use<br />

(hidratante, perfume etc.)”, comenta a farmacêutica,<br />

que faz em casa os seus produtos de higiene<br />

(desodorante, hidratante, pasta de dente, xampu,<br />

perfume). Você pode botar também um sachezinho<br />

com folhas de manjericão ou lavanda nas gavetas,<br />

se gosta da roupa mais cheirosa.<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>105</strong> / 50


Para a limpeza dos condomínios, Alline dá uma<br />

receita ótima: fazer uma pasta com sabão de coco<br />

ralado dissolvido em um pouco de água e<br />

bicarbonato de sódio, mistura ideal para tirar<br />

manchas de parede (não pintadas com tinta a óleo).<br />

Ela dá uma dica importante: prefira ralar o sabão de<br />

coco em barra a comprá-lo já na versão em pó,<br />

porque esta pode conter aditivos químicos.<br />

Quando o piso colabora<br />

Utilizar produtos naturais e biodegradáveis pode<br />

evitar uma série de problemas de saúde. Mas o<br />

material do qual o piso é feito também pode ser um<br />

grande aliado.<br />

O Unique SK, da Revitech, por exemplo, possui uma<br />

superfície autodesinfetante – composta por duas<br />

linhas de defesa – que faz com que as bactérias<br />

sejam eliminadas sem o uso de produtos químicos.<br />

Além de ser autolimpante, o piso purifica o ar por<br />

fotocatálise, ou seja, por aceleramento de uma<br />

reação com a luz natural ou artificial, eliminando os<br />

odores desagradáveis e material poluente do ar,<br />

como a nicotina.<br />

O Unique SK também ajuda a combater a poluição<br />

sonora porque tem propriedades acústicas que<br />

reduzem o impacto em 17 decibéis. Com todas essas<br />

qualidades, o piso torna-se ideal para ambientes que<br />

necessitam estar sempre limpos e livres de<br />

bactérias, como hospitais, laboratórios,<br />

consultórios, sendo também recomendado para<br />

áreas de educação, recepções etc.<br />

O que tem no mercado?<br />

De acordo com a farmacêutica Alline Cipriano, além<br />

da Ibeji, existem atualmente poucas empresas<br />

trabalhando com produtos de limpeza naturais. Ela<br />

cita a BioWash (cujos produtos podem ser achados<br />

nos supermercados Zona Sul e Pão de Açúcar) e a<br />

Bioz (que pode ser encontrada em São Paulo).<br />

Outra opção é a Purit Rio, que tem uma linha de<br />

produtos concentrados desenvolvidos à base de<br />

terpenos, ativos naturais e biodegradáveis de<br />

origem vegetal, com agentes capazes de combater<br />

bactérias e fungos, além de permitir a neutralização<br />

de odores.<br />

Serviço<br />

Brasil sem Alergia – www.brasilsemalergia.com.br<br />

Ibeji Limpeza Consciente –<br />

www.facebook.com/ibejilimpezaconsciente<br />

Biowash – www.biowash.com.br<br />

Bioz – www.biozorganic.eco.br<br />

Purit Rio – www.puritrio.com.br<br />

Revitech – www.revitechpisos.com.br<br />

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SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>105</strong> / 52


NOSSOS LUGARES<br />

UMA BELEZA<br />

PORTUGUESA,<br />

COM CERTEZA<br />

Amanda Gama<br />

Completando 130 anos, Real Gabinete<br />

Português de Leitura “arruma a casa” e<br />

reafirma a fama de uma das mais belas<br />

bibliotecas do mundo<br />

Shutterstock<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>105</strong> / 53


Em meio ao caos do Centro do Rio, uma<br />

ruela cheia de sobrados antigos é<br />

atravessada por um grande fluxo de gente.<br />

Ali é possível ver a lateral do campus de<br />

Filosofia e Ciências Sociais da Universidade<br />

Federal do Rio de Janeiro e os fundos do Teatro<br />

João Caetano. Uma confusão visual se forma<br />

entre estilos diversos de imóveis e um ou outro<br />

andaime de alguma restauração dos sobrados<br />

predominantemente malconservados.<br />

Em tal cenário, a correria do dia a dia faz com<br />

que muita gente passe sem prestar atenção na<br />

maravilha arquitetônica que, não por acaso, está<br />

localizada na rua que foi batizada com o nome<br />

de um dos mais famosos filhos da nação<br />

lusitana, o poeta Luís de Camões. Ali está o<br />

Real Gabinete Português de Leitura, biblioteca<br />

pública que funciona como centro de estudos e<br />

um polo de pesquisas literárias.<br />

Inaugurado pela Princesa Isabel em 1887, o<br />

espaço foi construído a partir da iniciativa de um<br />

grupo de imigrantes portugueses que se<br />

reuniram com o objetivo de estimular o gosto<br />

pela leitura entre os conterrâneos que aqui<br />

viviam. Em 1900 tornou-se biblioteca pública.<br />

Edu Mendes<br />

O salão da biblioteca que abriga cerca de 350 mil obras<br />

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sua casa<br />

para o verão<br />

Fique atento aos seus eletrodomésticos<br />

Eles precisam de manutenção correta<br />

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*Eletrodomésticos cobertos: geladeiras, freezers, máquinas de lavar roupas, secadoras, tanquinhos, depuradores/exaustores de ar, frigobares, fornos de micro-ondas, fornos elétricos, cooktops elétricos,<br />

aparelhos de ar-condicionado. Peças e materiais não estão inclusos. Oferta válida para as unidades conectadas à rede de gás natural canalizado da distribuidora local. A oferta de serviços/equipamentos pela<br />

GNS não tem nenhuma relação com as atividades da concessionária de distribuição de gás local, não sendo esta responsável por qualquer problema referente a equipamentos ou quanto à manutenção,<br />

instalação ou obras realizadas pela Gas Natural Serviços, dentro do plano contratado.<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>105</strong> / 54


Mas se para alguns moradores do Rio o local pode<br />

passar despercebido, para turistas, o prédio em<br />

estilo neomanuelino é uma verdadeira atração.<br />

Segundo a secretária do Real Gabinete, Rose<br />

Boaventura, a biblioteca recebe cerca de 5 mil<br />

visitantes por mês, provenientes, em sua maioria,<br />

de outros estados e países. Número que ela atribui<br />

ao fato de a instituição estar localizada no chamado<br />

“Corredor Cultural” e, claro, à sua beleza.<br />

E a afirmação de Rose não é exagero. Mencionado<br />

em diversas publicações internacionais, o Gabinete<br />

já foi citado pelo Business Insider e também pela<br />

revista “Time” entre as 20 bibliotecas mais bonitas<br />

do mundo. Com isso, não é difícil imaginar que<br />

quem decide fazer uma visita não costuma se<br />

decepcionar com a visão das imponentes estantes,<br />

dos ricos entalhes, da claraboia de vitrais coloridos<br />

e de tantos outros belos detalhes.<br />

Entrar no Real Gabinete é como ser transportado ao passado<br />

Edu Mendes<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>105</strong> / 56


Mas, se tanto se fala sobre a beleza da construção,<br />

não se deve esquecer as preciosidades que ela<br />

abriga. São cerca de 350 mil obras, entre elas<br />

algumas raridades, como um exemplar da primeira<br />

edição de “Os Lusíadas”, de 1572, e o manuscrito<br />

de “Amor de Perdição”, obra do escritor português<br />

Camilo Castelo Branco.<br />

Tudo isso, no entanto, andou temporariamente<br />

ofuscado pelas obras realizadas para solucionar<br />

alguns problemas que tangem principalmente a<br />

área da cobertura e claraboias. “O prédio está agora<br />

a completar 130 anos da construção e nunca havia<br />

passado por uma reforma desse porte”, explica<br />

Rose. Mas, para a felicidade dos visitantes,<br />

segundo as previsões, o bate-bate está<br />

praticamente no fim.<br />

Edu Mendes<br />

A claraboia e seus belos vitrais<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>105</strong> / 58


Em 2017 o Real Gabinete completa 130 anos de existência<br />

SERVIÇO<br />

Real Gabinete Português de Leitura<br />

Rua Luís de Camões, 30, Centro, Rio de Janeiro/RJ<br />

Telefone: (21) 2221-3138<br />

E-mail: gabinete@realgabinete.com.br<br />

Edu Mendes<br />

Horário de funcionamento<br />

Segunda a sexta-feira, das 9h às 18h<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>105</strong> / 59


OUTROS OLHARES<br />

O último desafio da nossa galeria foi: supermulher. Convidamos nossos leitores a homenagear as<br />

mulheres que os inspiram. Confira as imagens.<br />

A Carmen Lucas, do Rio de Janeiro, é<br />

a inspiração do marido, Cidauro<br />

Estanislau, que enaltece o<br />

companheirismo da mulher. "Casal<br />

bom é aquele que faz bem ao<br />

coração e também ao corpo."<br />

A Christianne Duarte, da Tijuca (Rio<br />

de Janeiro), desenvolve um grande<br />

trabalho social com a ONG Quatro<br />

Patinhas, que acolhe animais<br />

abandonados. É a inspiração da<br />

amiga Edmara Carvalho.<br />

A Elizabete Lucindo, de Fonseca<br />

(Niterói), foi indicada por sua amiga<br />

Rose Nunes: “Aprendo muito com<br />

ela! Sua alegria contagia qualquer<br />

pessoa ao redor.”<br />

A Jô Vasconcellos, do Jardim<br />

Interlagos, e a Mariana Carvalho, de<br />

São José do Imbassaí (Maricá), são<br />

as supermulheres da vida do Henrique<br />

Vasconcellos, respectivamente filho e<br />

namorado.<br />

A dona Lourdinha, de Vista Alegre<br />

(Rio de Janeiro), é a musa<br />

inspiradora das filhas. “Aos 78<br />

anos, ela faz ioga e tem um<br />

alongamento incrível”, diz a filha,<br />

Valéria Ferreira.<br />

A Maria Sebastiana, de Goiânia<br />

(Goiás), é a maior referência da vida<br />

do filho, Igor Pereira. “Por ser<br />

professora, desde sempre ela me<br />

ensinou o valor que a formação e o<br />

respeito ao próximo podem ter.”<br />

SEU OLHAR NA PRÓXIMA EDIÇÃO!<br />

Quer ver sua foto nesta galeria? O tema da próxima edição é folia.<br />

Para mostrar como você curtiu o Carnaval, publique uma imagem<br />

nas redes sociais (em modo público) utilizando a hashtag<br />

#outrosolhares. Se preferir, envie a foto para<br />

imprensa@secovirio.com.br.<br />

O prazo final é 3 de abril.<br />

Participe!<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>105</strong> / 60


SERVIÇOS E PRODUTOS<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>105</strong> / 62


SERVIÇOS E PRODUTOS<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>105</strong> / 63


SERVIÇOS E PRODUTOS<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>105</strong> / 64

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